39
RUPTURA ESPONTÂNEA DE RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Cirurgia Geral Sessão Clínica Sessão Clínica Maria Roberta M. Maria Roberta M. Seravali (R1) Seravali (R1)

RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

RUPTURA ESPONTÂNEA RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUEDE BAÇO POR DENGUE

HGJ – Serviço de Cirurgia GeralHGJ – Serviço de Cirurgia GeralSessão ClínicaSessão ClínicaMaria Roberta M. Seravali (R1)Maria Roberta M. Seravali (R1)

Page 2: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 1CASO CLÍNICO 1

ID:ID: JCMS, 27 anos, solteiro, 3 filhos, natural do JCMS, 27 anos, solteiro, 3 filhos, natural do Rio de Janeiro, trabalha em depósito de bebidasRio de Janeiro, trabalha em depósito de bebidas

QP:QP: “Dor no corpo” “Dor no corpo”

HDA:HDA: Pct deu entrada na emergência do HGJ Pct deu entrada na emergência do HGJ 02/01/08 com quadro de mialgia intensa, 02/01/08 com quadro de mialgia intensa, distensão e dor abdominal difusa, taquicardia, distensão e dor abdominal difusa, taquicardia, taquipneia, sudorese fria, pulsos fracos. taquipneia, sudorese fria, pulsos fracos.

Page 3: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 1CASO CLÍNICO 1Exames Laboratoriais:Exames Laboratoriais:

Htc 12,8Htc 12,8 Hgb 4,4 Hgb 4,4 leuc 12300leuc 12300 (0/1/0/1/ (0/1/0/1/2222/42/32/2) – anisocitose, /42/32/2) – anisocitose, atipia atipia

linfocitárialinfocitária, hipoplaquetemia, macroplaquetemia, hipoplaquetemia, macroplaquetemia Plaq 77300Plaq 77300 TAP 38%,TAP 38%, PTT 80 seg PTT 80 seg Cr 1,7 Ur 44Cr 1,7 Ur 44 TGO 64 TGP 71 FA 100 GGT 18TGO 64 TGP 71 FA 100 GGT 18 Ptn total 2,6 (1,7 alb/ 0,9 glob)Ptn total 2,6 (1,7 alb/ 0,9 glob) K 3,6 glicose 369K 3,6 glicose 369

Indicado LPD - positivo para sangue.Indicado LPD - positivo para sangue.

Page 4: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 1CASO CLÍNICO 1Relato cirúrgico:Relato cirúrgico:

Encontrado:Encontrado:– Volumoso hemoperitoneo (3l)Volumoso hemoperitoneo (3l)– Esplenomegalia com ruptura do 1/3 médio e discreto hematoma ao Esplenomegalia com ruptura do 1/3 médio e discreto hematoma ao

seu redorseu redor– Fígado, estômago, vesícula, intestino sem alteraçõesFígado, estômago, vesícula, intestino sem alterações

Realizado: Realizado: – Esplenectomia com ligadura da a. esplênica após abertura da Esplenectomia com ligadura da a. esplênica após abertura da

retrocavidade dos epíplons, seguido por dissecção do hilo retrocavidade dos epíplons, seguido por dissecção do hilo esplênico, com nova ligadura do hilo e descolamento dos esplênico, com nova ligadura do hilo e descolamento dos ligamentosligamentos

– Apendicectomia incidentalApendicectomia incidental– Revisão da hemostasiaRevisão da hemostasia

Page 5: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 1CASO CLÍNICO 1

02/01/08:02/01/08: Pct admitido no CTI obnubilado, Pct admitido no CTI obnubilado, desorientado, abertura ocular ao estímulo verbal e desorientado, abertura ocular ao estímulo verbal e doloroso, hipocorado (4+/4+), edema conjuntival doloroso, hipocorado (4+/4+), edema conjuntival (2+/4+), acianótico, anictérico, acoplado à VM por (2+/4+), acianótico, anictérico, acoplado à VM por TOT em modo IPPV ( VC 500 PEEP 7 FiO2 60%) TOT em modo IPPV ( VC 500 PEEP 7 FiO2 60%)

PA 150x100mmHg FC 135bpm FR 20 irpmPA 150x100mmHg FC 135bpm FR 20 irpm Cd: Transfusão de 2 HC, sorologia p/ dengue, Cd: Transfusão de 2 HC, sorologia p/ dengue,

toxo,CMV, leptosp. Pct foi extubadotoxo,CMV, leptosp. Pct foi extubado

Page 6: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 1CASO CLÍNICO 1 03/01/08:03/01/08: D1POD1PO Retirado SNGRetirado SNG Aceitou dieta líquida de provaAceitou dieta líquida de prova D1 Clavulin (fez 9d)D1 Clavulin (fez 9d)

Sorologia para dengue 1ª amostra: Sorologia para dengue 1ª amostra: – IgG +, IgM fracamente reativoIgG +, IgM fracamente reativo

Sorologia:Sorologia:– Epstein Barr: IgM – IgG +Epstein Barr: IgM – IgG +– Mononucleose: -Mononucleose: -– Toxo IgM – IgG +, Toxo IgM – IgG +, – AntiHbs + Anti HBC – Anti HCV -, CMV IgM – IgG +AntiHbs + Anti HBC – Anti HCV -, CMV IgM – IgG +

Page 7: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 1CASO CLÍNICO 1 04/01/08:04/01/08: D2POD2PO Admitido na UICIR estável hemodinamicamente, Admitido na UICIR estável hemodinamicamente,

evacuando, recebeu 1 HCevacuando, recebeu 1 HC Evoluiu com queda do HTCEvoluiu com queda do HTC FC 130bpm, taquipneico, hipocorado (4+/4+), abd tenso, FC 130bpm, taquipneico, hipocorado (4+/4+), abd tenso,

curativo sujo de sgcurativo sujo de sg

USGUSG: imagem heterogênea com componente ecogênico e : imagem heterogênea com componente ecogênico e hipoecoico de aproximadamente 11,5cm no eixo hipoecoico de aproximadamente 11,5cm no eixo longitudinal, ocupando loja esplênica sugerindo coágulo. longitudinal, ocupando loja esplênica sugerindo coágulo. Imagem semelhante em fundo de saco post. Moderada Imagem semelhante em fundo de saco post. Moderada qtde de líquido livre na cavidade.qtde de líquido livre na cavidade.

Cd: Laparotomia exploradora Cd: Laparotomia exploradora

Page 8: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 1CASO CLÍNICO 1

Relato cirúrgicoRelato cirúrgico

Encontrado: Encontrado: – Hemoperitoneo com gde quantidade de coágulo em HE Hemoperitoneo com gde quantidade de coágulo em HE

e goteira parietocólica Ee goteira parietocólica E

Realizado: Realizado: – Lavagem exaustiva da cavidade sem evidências de Lavagem exaustiva da cavidade sem evidências de

sangramento ativo. Colocados 2 drenos de Penrose em sangramento ativo. Colocados 2 drenos de Penrose em HEHE

Pct voltou ao CTI intubadoPct voltou ao CTI intubado

Page 9: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 1CASO CLÍNICO 1 31/01/08:31/01/08: Alta hospitalarAlta hospitalar Vacinação pneumococo e haemophilusVacinação pneumococo e haemophilus

08/02/08:08/02/08: Ambulatório – queixando-se de dormência em mmii Ambulatório – queixando-se de dormência em mmii

bilateral e língua, nega dor abd, náuseas, vômitos ou bilateral e língua, nega dor abd, náuseas, vômitos ou febre. FO em bom aspectofebre. FO em bom aspecto

01/03/08:01/03/08: Ambulatório – s/ queixas, em bom estado geralAmbulatório – s/ queixas, em bom estado geral

01/04/08:01/04/08: Ambulatório – s/ queixas, em bom estado geralAmbulatório – s/ queixas, em bom estado geral

Page 10: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 1CASO CLÍNICO 1Histopatológico:Histopatológico:

MacroscopiaMacroscopia: Baço pesando 489g, medindo 18x13x8cm : Baço pesando 489g, medindo 18x13x8cm marcado com fio de sutura numa das faces e na outra marcado com fio de sutura numa das faces e na outra lesão elevada cinza escura com área de solução de lesão elevada cinza escura com área de solução de continuidade. Aos cortes, hematoma com 8cm no maior continuidade. Aos cortes, hematoma com 8cm no maior eixo que esta próximo a solução de continuidade já eixo que esta próximo a solução de continuidade já mencionada. O restante apresenta polpa vermelha e mencionada. O restante apresenta polpa vermelha e vinhosa. Apêndice de aspecto habitual medindo 7x0,5cm. vinhosa. Apêndice de aspecto habitual medindo 7x0,5cm. Aos cortes luz virtual. Parede com até 0,2cm de Aos cortes luz virtual. Parede com até 0,2cm de espessura.espessura.

ConclusãoConclusão: Baço - os cortes revelam cápsula espessada, : Baço - os cortes revelam cápsula espessada, hiperplasia folicular reativa, congestão dos sinusóides hiperplasia folicular reativa, congestão dos sinusóides (ectasia) com áreas hemorrágicas e áreas de proliferação (ectasia) com áreas hemorrágicas e áreas de proliferação capsular. Apêndice – apendicite aguda.capsular. Apêndice – apendicite aguda.

Page 11: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2

ID:ID: TSJ, 20 anos, solteiro, s/ filhos, natural do Rio TSJ, 20 anos, solteiro, s/ filhos, natural do Rio de Janeiro, estudante de engenhariade Janeiro, estudante de engenharia

HDA:HDA: Pct deu entrada na emergência do HGJ no Pct deu entrada na emergência do HGJ no dia 23/03 com queixa de febre alta, cefaléia e dia 23/03 com queixa de febre alta, cefaléia e mialgia há 6d, dor abd em HD irradiada para mialgia há 6d, dor abd em HD irradiada para flanco E e diarréia. flanco E e diarréia.

Exame Físico:Exame Físico: Pct orientado, eupnêico, afebril. Pct orientado, eupnêico, afebril. Abd – flácido, indolor à palp sup e prof. (Dengue? Abd – flácido, indolor à palp sup e prof. (Dengue? Hepatopatia aguda?)Hepatopatia aguda?)

Page 12: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2

Exames Laboratoriais:Exames Laboratoriais:

Htc 46,6Htc 46,6 Hgb 15,7Hgb 15,7 Leuc 27700Leuc 27700 (0/0/0/0/ (0/0/0/0/1616/44/39/1) /44/39/1) linf atípicoslinf atípicos Plaq 28100Plaq 28100 EAS ptn ++ 5-7 pioc 2-4 hemacEAS ptn ++ 5-7 pioc 2-4 hemac

Page 13: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2

24/03/08:24/03/08: Htc 42Htc 42 Hgb 14,1Hgb 14,1 Leuc 45300Leuc 45300 (0/0/0/0/ (0/0/0/0/2121/55/17/7) linf /55/17/7) linf

atípicos, anisocitose, hipoplaqatípicos, anisocitose, hipoplaq Plaq 46800Plaq 46800 BT 3,13BT 3,13 (1,69 BD/1,44 BI) (1,69 BD/1,44 BI) Amilase 64 Amilase 64 Cr 1,9Cr 1,9 Ur 80 glic 149 Ur 80 glic 149 TGO 3964TGO 3964 TGP 1240TGP 1240

Page 14: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2

Pct nega contato com urina de rato ou viagens Pct nega contato com urina de rato ou viagens recentes, nega antecedentes de dçs infecciosas, recentes, nega antecedentes de dçs infecciosas, nega tabagismo, etilismo ou uso de drogas ilícitas.nega tabagismo, etilismo ou uso de drogas ilícitas.

HD:HD: Sd febril aguda + dor abd Sd febril aguda + dor abd Sepse graveSepse grave Dengue superpostaDengue superposta Hepatite aguda viralHepatite aguda viral LeptospiroseLeptospirose

Internado na CM para investigaçãoInternado na CM para investigação

Page 15: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2 25/03:25/03: Iniciou Penicilina + Amicacina + Gentamicina Iniciou Penicilina + Amicacina + Gentamicina

(endocardite?)(endocardite?) Sorologia para dengue IgG+ IgM+ em duas Sorologia para dengue IgG+ IgM+ em duas

amostras.amostras. Sorologias Hep A, Hep B, Hep C, mononucleose Sorologias Hep A, Hep B, Hep C, mononucleose

USGUSG: baço aumentando (15cm) difusamente : baço aumentando (15cm) difusamente heterogêneo, ascite moderada.heterogêneo, ascite moderada.

Page 16: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2 TC tórax, abd e pelveTC tórax, abd e pelve: :

derrame pleural bilat, derrame pleural bilat, extensas opacidades não extensas opacidades não homogêneas nas bases homogêneas nas bases pulm, ascite, aumento das pulm, ascite, aumento das dimensões hepáticas e dimensões hepáticas e esplênicas e densidade esplênicas e densidade heterogênea, pânc com heterogênea, pânc com dimensões e densidade dimensões e densidade normais. Rins normais, normais. Rins normais, eliminando contraste eliminando contraste simetricamente. Aorta e simetricamente. Aorta e veia cava inf de dimensões veia cava inf de dimensões normais. Bexiga repleta, de normais. Bexiga repleta, de paredes finas. Ausência de paredes finas. Ausência de linfonodomegalias.linfonodomegalias.

Page 17: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2 26/03/08:26/03/08: Admitido no CTI taquicárdico, taquipnêico, hipocorado Admitido no CTI taquicárdico, taquipnêico, hipocorado

(2+/4+), ictérico (+/4+). AR – estertores crepitantes (2+/4+), ictérico (+/4+). AR – estertores crepitantes difusos, MV diminuído em bases, sibilos esparsos.difusos, MV diminuído em bases, sibilos esparsos.

28/03/08:28/03/08: Htc 22,6Htc 22,6 Hgb 7,9 Hgb 7,9 Leuc 17700 (0/0/5/8/22/45/15/5) – anisocitose, atipia linf, Leuc 17700 (0/0/5/8/22/45/15/5) – anisocitose, atipia linf,

neut com granulações grosseiras, policromasia, neut com granulações grosseiras, policromasia, eritroblastoseritroblastos

Plaq 137000Plaq 137000 amilase 127 amilase 127 BT 3,43 (1,38BD/ 2,05 BI)BT 3,43 (1,38BD/ 2,05 BI) Ca 7,5 Cl 107 Cr 1,2 Ur 53 Ca 7,5 Cl 107 Cr 1,2 Ur 53 TGO 1837 TGP 925 TAP 52% PTT 41segTGO 1837 TGP 925 TAP 52% PTT 41seg

Page 18: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2

2 HC2 HC Piora da dor em HEPiora da dor em HE

TC: derrame pleural bilateral, ascite TC: derrame pleural bilateral, ascite moderada, baço congesto e aumentado, moderada, baço congesto e aumentado, contendo grande hematoma subcapsular, contendo grande hematoma subcapsular, focos hemorrágicos no parênquima renal.focos hemorrágicos no parênquima renal.

Page 19: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2

Page 20: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2

Laparotomia exploradoraLaparotomia exploradora: : - Encontrado: Baço - Encontrado: Baço aumentado de tamanho com aumentado de tamanho com grande hematoma grande hematoma subcapsular. subcapsular.

- Realizado: acesso à - Realizado: acesso à retrocavidade dos epíplons, retrocavidade dos epíplons, isolamento, ligadura tripla e isolamento, ligadura tripla e secção da artéria e veia secção da artéria e veia esplênica, secção dos esplênica, secção dos ligamentos esplênicos e ligamentos esplênicos e retirada do baço. Revisão da retirada do baço. Revisão da hemostasia e lavagem da hemostasia e lavagem da cavidade.cavidade.

Page 21: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2

30/03/08:30/03/08: Aceitou dieta líquida de provaAceitou dieta líquida de prova

03/04/08:03/04/08: Enfermaria de CMEnfermaria de CM

09/04/08:09/04/08: Alta hospitalarAlta hospitalar

05/05/08:05/05/08: Ambulatório: Bom estado geral, s/ queixas, vacinação em Ambulatório: Bom estado geral, s/ queixas, vacinação em

dia.dia.

Page 22: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2HistopatológicoHistopatológico

MacroscopiaMacroscopia: baço pesando 785g e medindo : baço pesando 785g e medindo 16,5x9,5x8cm, apresentando cápsula acinzentada, de 16,5x9,5x8cm, apresentando cápsula acinzentada, de aspecto granuloso. Observa-se áreas de solução de aspecto granuloso. Observa-se áreas de solução de continuidade, que mede 7x6cm. Aos cortes, mostra-se continuidade, que mede 7x6cm. Aos cortes, mostra-se avermelhado, de aspecto esponjoso, com pontos avermelhado, de aspecto esponjoso, com pontos brancacentos subcorticais, ao lado de extensas áreas brancacentos subcorticais, ao lado de extensas áreas amarelas e friáveis.amarelas e friáveis.

ConclusãoConclusão: cortes histopatológicos de tecido esplênico : cortes histopatológicos de tecido esplênico revelam dilatação sinusoidal em meio a extensas áreas de revelam dilatação sinusoidal em meio a extensas áreas de hemorragia, depósitos de hemossiderina, processo hemorragia, depósitos de hemossiderina, processo inflamatório agudo e crônico, ao lado de grandes áreas de inflamatório agudo e crônico, ao lado de grandes áreas de necrose. Observa-se ainda espessamento capsular leve.necrose. Observa-se ainda espessamento capsular leve.

Page 23: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

DengueDengue

Mais impt arbovirose que afeta os humanosMais impt arbovirose que afeta os humanos 50-100 milhões pessoas infectadas/ano em 50-100 milhões pessoas infectadas/ano em

mais de 100 paísesmais de 100 países Transm: Transm: Aedes aegypti, A. albopictusAedes aegypti, A. albopictus, ,

gestaçãogestação RNA filamento único, esférico, envelopadoRNA filamento único, esférico, envelopado Família FlaviviridaeFamília Flaviviridae 4 sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-44 sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-4

Page 24: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

DengueDengue

Histórico:Histórico:– Séc XVIII – Ásia, África e AméricasSéc XVIII – Ásia, África e Américas– Séc XIX (déc 20) - BrasilSéc XIX (déc 20) - Brasil– Séc XX (déc 50) – Sudeste da ÁsiaSéc XX (déc 50) – Sudeste da Ásia– 1954 – Filipinas (dengue hemorrágica)1954 – Filipinas (dengue hemorrágica)– 1986-7/1998/2001-2: gdes epidemias1986-7/1998/2001-2: gdes epidemias

Page 25: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

DengueDengue Patogênese:Patogênese:Inoculação Inoculação replicação(cél mononuc ou musc)replicação(cél mononuc ou musc)

ViremiaViremia

2ª replicação 2ª replicação Cél mononucCél mononuc

DisseminaçãoDisseminação

Tropismo por Macrof e Monoc, cél musc esq (mialgia)Tropismo por Macrof e Monoc, cél musc esq (mialgia)

Liberação TNFα e IL6 (Sd febril)Liberação TNFα e IL6 (Sd febril)

Page 26: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

DengueDengue

4º d- IgM4º d- IgM 7º d- IgG (imunidade soroespecífica)7º d- IgG (imunidade soroespecífica) Formas graves: pcts já infectadosFormas graves: pcts já infectados Virulência: 2>3>4 e 1Virulência: 2>3>4 e 1

Page 27: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

DengueDengue

Infecção 1ªInfecção 1ª

ac neutralizantes (ac homólogos)ac neutralizantes (ac homólogos)

Imunidade cruzada (de curta duração)Imunidade cruzada (de curta duração)

Nova infecçãoNova infecção

Ac heterólogos subneutralizantes Ac heterólogos subneutralizantes (Teoria de Halsted)(Teoria de Halsted)

Page 28: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

DengueDengueQuadro ClínicoQuadro Clínico

Período incubação 5-6dPeríodo incubação 5-6d AssintomáticoAssintomático Dengue clássica:Dengue clássica:

– + comum+ comum– Febre alta (39-40ºC), início abrupto, calafriosFebre alta (39-40ºC), início abrupto, calafrios– Cefaléia, dor retroorb., mialgia intensa, artalgiaCefaléia, dor retroorb., mialgia intensa, artalgia– Náuseas, vômitos, anorexia, prostraçãoNáuseas, vômitos, anorexia, prostração– Exantema morbiliforme ou escarlatiforme, centrífugo poupando reg Exantema morbiliforme ou escarlatiforme, centrífugo poupando reg

palmoplantar às vezes pruriginosopalmoplantar às vezes pruriginoso– Hepatomegalia dolorosa, micropoliadenopatiaHepatomegalia dolorosa, micropoliadenopatia– Fenômenos hemorrágicos (petéquias, equimoses, epistaxe...)Fenômenos hemorrágicos (petéquias, equimoses, epistaxe...)– Duração 5-6dDuração 5-6d– Laboratório – leucopenia c/ linfocitose relativa, lif atípicos, Laboratório – leucopenia c/ linfocitose relativa, lif atípicos,

trombocitopenia leve, Htc normal, transaminases ↑ 2-3xtrombocitopenia leve, Htc normal, transaminases ↑ 2-3x

Page 29: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

DengueDengue

Dengue hemorrágica:Dengue hemorrágica:– Fat risco: histórico dengue prévia, inf sorotipo 2, lact mães Fat risco: histórico dengue prévia, inf sorotipo 2, lact mães

passado de dengue, cçs < 12a, sexo fem, raça brancapassado de dengue, cçs < 12a, sexo fem, raça branca– Alt hemodinâmicas e sistêmicas (hiperpermeabilidade capilar) – Alt hemodinâmicas e sistêmicas (hiperpermeabilidade capilar) –

hipovolemia relativa, edema intersticial e derrames serososhipovolemia relativa, edema intersticial e derrames serosos– Trombocitopenia mod/grave, dist coag, CIDTrombocitopenia mod/grave, dist coag, CID– Duração 7-10dDuração 7-10d– Letalidade 5-50%Letalidade 5-50%– Prova do laço + e precede fenômenos Prova do laço + e precede fenômenos

hemorrágicos hemorrágicos – HepatoesplenomegaliaHepatoesplenomegalia– Derrame pleural (80%), ascite, insuf hepática Derrame pleural (80%), ascite, insuf hepática

fulminante, dçs miocárdicas, insuf renalfulminante, dçs miocárdicas, insuf renal

Page 30: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

DengueDengue

Dengue hemorrágica:Dengue hemorrágica:– Lab: Hemoconcentração (↑ Htc > 20% ou acima de Lab: Hemoconcentração (↑ Htc > 20% ou acima de

38%cçs, 40% mulheres e 45% homens), plaquetopenia 38%cçs, 40% mulheres e 45% homens), plaquetopenia < 100.000 com prova laço + ou hemorragia espontânea, < 100.000 com prova laço + ou hemorragia espontânea, leucopenia, ↑ transaminaes, alt coagleucopenia, ↑ transaminaes, alt coag

– Classificação:Classificação: Grau I: prova laço + s/ manif hemorrágicas ou inst Grau I: prova laço + s/ manif hemorrágicas ou inst

hemodinâmicahemodinâmica Grau II: fen hemorrágicos espontâneosGrau II: fen hemorrágicos espontâneos Grau III: hipot, pulso fraco, taquicardia, pele pegajosa e fria, Grau III: hipot, pulso fraco, taquicardia, pele pegajosa e fria,

inquietudeinquietude Grau IV: choque c/ ausência de pulso e PA inaudívelGrau IV: choque c/ ausência de pulso e PA inaudível

Page 31: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

DengueDengue

DiagnósticoDiagnóstico

Gripe, leptospirose, viroses exantemáticas, hep A, Gripe, leptospirose, viroses exantemáticas, hep A, infecções bact agudas, sepse bacteriana, infecções bact agudas, sepse bacteriana, meningococcemia, malária, febre amarela, febre meningococcemia, malária, febre amarela, febre maculosa, hantavirosemaculosa, hantavirose

Sorologia (MAC ELISA): não é capaz de separar o Sorologia (MAC ELISA): não é capaz de separar o sorotipo (só PCR)sorotipo (só PCR)– ↑ ↑ > ou = 4x IgG de fase aguda para a de covalesc.> ou = 4x IgG de fase aguda para a de covalesc.– Começa a + a partir de 6d.Começa a + a partir de 6d.

Page 32: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

DengueDengue

TratamentoTratamento

SintomáticoSintomático NotificarNotificar

Page 33: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

Ruptura de Baço como Ruptura de Baço como complicaçãocomplicação

A ruptura do baço pode A ruptura do baço pode ser subdiagnosticada e, ser subdiagnosticada e, apesar de rara, é uma apesar de rara, é uma complicação fatalcomplicação fatal

Baço está geralmente Baço está geralmente congesto com hematoma congesto com hematoma subcapsular em 15% dos subcapsular em 15% dos casoscasos

Prognóstico depende da Prognóstico depende da rapidez do diagnósticorapidez do diagnóstico

Predomínio em homens Predomínio em homens (2/3)(2/3)

Page 34: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

Ruptura de Baço como Ruptura de Baço como complicaçãocomplicação

Formas de apresentação:Formas de apresentação:

– Forma Típica:Forma Típica: MaioriaMaioria Sd dor abdominal localizada em HE, irradiada para escápulaSd dor abdominal localizada em HE, irradiada para escápula

– Forma Progressiva:Forma Progressiva: Piora da dor, tornando-se difusa, manifestações hipovolemiaPiora da dor, tornando-se difusa, manifestações hipovolemia Irradiação escapular inconstante (sinal de Kehr em 50% dos Irradiação escapular inconstante (sinal de Kehr em 50% dos

casos) pela irritação do diafragmacasos) pela irritação do diafragma

– Forma Médico-legalForma Médico-legal

Page 35: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

Ruptura de Baço como Ruptura de Baço como complicaçãocomplicação

DiagnósticoDiagnóstico

DifícilDifícil TCTC RNMRNM LPDLPD

Page 36: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

Ruptura de Baço como Ruptura de Baço como complicaçãocomplicação

Histopatólogico:Histopatólogico:– Baço bastante congesto com múltiplos focos de Baço bastante congesto com múltiplos focos de

hemorragia, pesando 400-500g até 1Kg, hemorragia, pesando 400-500g até 1Kg, hematoma subcapsular. O antígeno viral pode hematoma subcapsular. O antígeno viral pode ser identificadoser identificado

Acredita-se que a ruptura do baço seja Acredita-se que a ruptura do baço seja causada pelo consumo de fatores de causada pelo consumo de fatores de coagulação e pela severa trombocitopeniacoagulação e pela severa trombocitopenia

Page 37: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

Ruptura de Baço como Ruptura de Baço como complicaçãocomplicação

TratamentoTratamento

Estado HemodinâmicoEstado Hemodinâmico

Estável Estável InstávelInstável

ObservaçãoObservação Laparotomia Laparotomia

Sucesso Transfusão Esplenect. EsplenorrafiaSucesso Transfusão Esplenect. Esplenorrafia

90%90% >2HC >2HC

Page 38: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

Ruptura de Baço como Ruptura de Baço como complicaçãocomplicação

Tto conservador é usado Tto conservador é usado com sucesso nas causas com sucesso nas causas traumáticas e há trabalhos traumáticas e há trabalhos documentando bons documentando bons resultados na resultados na mononucleosemononucleose

Tto conservador evita as Tto conservador evita as complicações da complicações da esplenectomiaesplenectomia

Causas de ruptura espontânea Causas de ruptura espontânea de origem infecciosade origem infecciosa

MononucleoseMononucleose Varicela zoster Varicela zoster

CMV CMV HIV HIV

Hep A Hep A Rubéola Rubéola

Dengue Dengue Aspergilose Aspergilose

Leishimaniose Leishimaniose Enterobactérias Enterobactérias

Endocardite Endocardite Tuberculose Tuberculose

BruceloseBrucelose Legionelose Legionelose

Page 39: RUPTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO POR DENGUE HGJ – Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica Maria Roberta M. Seravali (R1)

Referências BibliográficasReferências Bibliográficas1. Figueiredo L. B, Cecílio A. C., Ferreira G. P., et al. 1. Figueiredo L. B, Cecílio A. C., Ferreira G. P., et al. Dengue virus 3 genotype 1 associated with Dengue virus 3 genotype 1 associated with

dengue fever and dengue hemorrhagic fever, Brazil. dengue fever and dengue hemorrhagic fever, Brazil. Emerging Infectious Diseases Emerging Infectious Diseases 2008;14(2):314-6.2008;14(2):314-6.

2. Ministério da Saúde. Vigilância Epidemiológica-Programa Nacional de Controle da Dengue no 2. Ministério da Saúde. Vigilância Epidemiológica-Programa Nacional de Controle da Dengue no Brasil. Brasília, 2002. Available from Brasil. Brasília, 2002. Available from http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21389.http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21389.

3. Lupi O, Carneiro C.G., Coelho I.C.B. Mucocutaneous manifestations of dengue. An. Bras. 3. Lupi O, Carneiro C.G., Coelho I.C.B. Mucocutaneous manifestations of dengue. An. Bras. Dermatol. 2007; 82(4): 291-305.Dermatol. 2007; 82(4): 291-305.

4. Câmara F.P, Theophilo R.L.G., Santos G.T, et al. 4. Câmara F.P, Theophilo R.L.G., Santos G.T, et al. Regional and dynamics characteristics of Regional and dynamics characteristics of dengue in Brazil: a retrospective study. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2007; 40(2):192-96.dengue in Brazil: a retrospective study. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2007; 40(2):192-96.

5. Gubler D.J. Dengue and Dengue Hemorragic Fever. Clin Microbiol Rev. 1998;11(3):480-96.5. Gubler D.J. Dengue and Dengue Hemorragic Fever. Clin Microbiol Rev. 1998;11(3):480-96.6. Bhamarapravati N., Tuchinda P., Boonyapaknavik V. Pathology of Thailand haemorrhagic fever. 6. Bhamarapravati N., Tuchinda P., Boonyapaknavik V. Pathology of Thailand haemorrhagic fever.

A study of 100 autopsy cases. Ann Trop Med Parasitol 1967;61:500-10. A study of 100 autopsy cases. Ann Trop Med Parasitol 1967;61:500-10. 7. Srichaikul T, Punyagupta S, Kanchanapoom T, et. al. Hemophagocytic syndrome in Dengue 7. Srichaikul T, Punyagupta S, Kanchanapoom T, et. al. Hemophagocytic syndrome in Dengue

hemorrhagic fever with severe multiorgan complications. hemorrhagic fever with severe multiorgan complications. J Med Assoc Thai 2008;91(1):104-9.J Med Assoc Thai 2008;91(1):104-9.8. Basílio de Oliveira C.A., Aguiar G.R., Balzana M.S., et al. 8. Basílio de Oliveira C.A., Aguiar G.R., Balzana M.S., et al. Pathologic study of a fatal case of Pathologic study of a fatal case of

dengue-3 virus infection in Rio de Janeiro, Brazil. The Brazilian Journal of Infections Diseases dengue-3 virus infection in Rio de Janeiro, Brazil. The Brazilian Journal of Infections Diseases 2005;9(3):341-47. 2005;9(3):341-47.

9. Teixeira M.G., Costa M.C.N, Barreto M.L., Mota E. Dengue and dengue hemorrhagic fever 9. Teixeira M.G., Costa M.C.N, Barreto M.L., Mota E. Dengue and dengue hemorrhagic fever epidemics in Brazil: what research is needed based on trends, surveillance, and control epidemics in Brazil: what research is needed based on trends, surveillance, and control experiences? Caderno de Saúde Pública 2005; 21(5):1307-15.experiences? Caderno de Saúde Pública 2005; 21(5):1307-15.

10. Miranda L.E.C., Miranda S.J.C., Rolland M. Case report: spontaneous rupture of the spleen due 10. Miranda L.E.C., Miranda S.J.C., Rolland M. Case report: spontaneous rupture of the spleen due to dengue fever. The Brazilian Journal of Infections Diseases 2003;7(6):423-425.to dengue fever. The Brazilian Journal of Infections Diseases 2003;7(6):423-425.

11. Imbert P., Sordet D., Hovette P., Touze J.E. Spleen rupture in a patient with dengue fever. Trop 11. Imbert P., Sordet D., Hovette P., Touze J.E. Spleen rupture in a patient with dengue fever. Trop Med Parasitol 1993;44:327-8. Med Parasitol 1993;44:327-8.

12. Rapp C., Debord T., Imbert P., Lambotte O., Roué R. Splenic rupture in infectious disease: 12. Rapp C., Debord T., Imbert P., Lambotte O., Roué R. Splenic rupture in infectious disease: splenectomy or conservative treatment? Report of three cases. Rev Méd Interne 2002; 23(1) splenectomy or conservative treatment? Report of three cases. Rev Méd Interne 2002; 23(1) 85-91.85-91.