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5 TSF – Na Ordem do Dia Código Deontológico: Princípios são inegociáveis 12 OM reedita Relatório sobre as Carreiras Médicas 14 OM portuguesa integra direcção da Conferência das Ordens dos Médicos Euro-Mediterrânicas Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos: 18 Carlos Silva Santos 24 Miguel Leão 34 Pedro Nunes Candidaturas aos Órgãos Regionais e Distritais 40 Conselho Regional do Norte 58 Conselho Regional do Centro 82 Conselho Regional do Sul ACTU CTU CTU CTU CTUALID ALID ALID ALID ALIDADE ADE ADE ADE ADE 10 17 ELEIÇÕES 2008-2010 ELEIÇÕES 2008-2010 ELEIÇÕES 2008-2010 ELEIÇÕES 2008-2010 ELEIÇÕES 2008-2010 EDIT EDIT EDIT EDIT EDITORIAL ORIAL ORIAL ORIAL ORIAL 4 S U M Á R I O Ano 23 – N.º 84 – Novembro 2007 PROPRIEDADE: Centro Editor Livreiro da Ordem dos Médicos, Sociedade Unipessoal, Lda. SEDE: Av. Almirante Gago Coutinho, 151 1749-084 Lisboa Tel.: 218 427 100 Redacção, Produção e Serviços de Publicidade: Av. Almirante Gago Coutinho, 151 1749-084 Lisboa E-mail: [email protected] Tel.: 218 437 750 – Fax: 218 437 751 Director: Pedro Nunes Directores-Adjuntos: José Manuel Silva Isabel Caixeiro Directora Executiva: Paula Fortunato E-mail: [email protected] Redactores Principais: José Ávila Costa, João de Deus e Paula Fortunato Secretariado: Miguel Reis Dep. Comercial: Helena Pereira Dep. Financeiro: Maria João Pacheco Dep. Gráfico: CELOM Impressão: SOGAPAL, Sociedade Gráfica da Paiã, S. A. Av.ª dos Cavaleiros 35-35A – Carnaxide Depósito Legal: 7421/85 Preço Avulso: 1,60 Euros Periodicidade: Mensal Tiragem: 34.000 exemplares (11 números anuais) Nota da redacção: Os artigos de opinião e outros artigos assinados são da inteira responsabilidade dos autores, não representando qualquer tomada de posição por parte da Revista da Ordem dos Médicos. Médicos Ordem dos Ficha Técnica Ficha Técnica REVISTA AGEND AGEND AGEND AGEND AGENDA 127

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5 TSF – Na Ordem do Dia

Código Deontológico:Princípios são inegociáveis

12 OM reedita Relatório sobreas Carreiras Médicas

14 OM portuguesa integradirecção da Conferênciadas Ordens dos MédicosEuro-Mediterrânicas

Candidatura a Bastonárioda Ordem dos Médicos:

18 Carlos Silva Santos

24 Miguel Leão

34 Pedro Nunes

Candidaturas aos ÓrgãosRegionais e Distritais

40 Conselho Regionaldo Norte

58 Conselho Regionaldo Centro

82 Conselho Regionaldo Sul

AAAAACTUCTUCTUCTUCTUALIDALIDALIDALIDALIDADEADEADEADEADE10

17 ELEIÇÕES 2008-2010ELEIÇÕES 2008-2010ELEIÇÕES 2008-2010ELEIÇÕES 2008-2010ELEIÇÕES 2008-2010

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S U M Á R I O

Ano 23 – N.º 84 – Novembro 2007

PROPRIEDADE:

Centro Editor Livreiro da Ordemdos Médicos, Sociedade Unipessoal, Lda.

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João de Deus e Paula Fortunato

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Impressão: SOGAPAL, Sociedade Gráfica da Paiã, S. A.

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Depósito Legal: 7421/85Preço Avulso: 1,60 Euros

Periodicidade: MensalTiragem: 34.000 exemplares

(11 números anuais) Nota da redacção: Os artigos de opinião e outros artigos assinados são da inteira responsabilidade dosautores, não representando qualquer tomada de posição por parte da Revista da Ordem dos Médicos.

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4 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

E D I T O R I A L

Há um conjunto de ameaças que che-gam da política de saúde em curso quesó por si justificam que os médicossejam capazes de dar uma respostamuito forte. Perante os ataques à qua-lidade da Medicina prestada nos hos-pitais e centros de saúde, com as res-trições orçamentais condicionantes,com a prática persecutória do Minis-tério que coloca os médicos comoresponsáveis das falhas do sistema edas políticas, com a introdução demeios de controlo biométrico da assi-duidade – medida recebida com des-confiança por médicos mas tambémpor outros profissionais (é esse o casoda economista e ex-ministra da SaúdeManuela Arcanjo, como demos nota naedição anterior da revista) – e com afamigerada tentativa de intervençãonuma matéria que só aos médicospode dizer respeito: a revisão do Có-digo Deontológico. Registe-se que estaatitude, por exemplo, já deu azo a mui-tas críticas e não apenas dos médicos,seja individualmente, ou da sua Ordem,num sentido mais colectivo e institu-cional.Medidas que limitam a capacidade deintervenção dos médicos e que visamespartilhar as suas competências vêm,de resto, sendo tomadas há anos a estaparte, embora, reconheça-se, sem oalcance que têm atingido nestes anosmais recentes.Na Ordem dos Médicos, aproxima-seo acto eleitoral, que terá o seu epílo-go no dia 12 de Dezembro, data emque será possível votar directamenteem urna, nas secções de voto, para sejuntarem esses votos aos que chega-rem até ao dia anterior (dentro do

Votação elevadaseria uma carta-aberta

horário normal de expediente), envia-dos por via postal.Estas eleições realizam-se, pois, nestecontexto especial –, em suma, o dasameaças à prática médica e aos princí-pios que têm sido os pilares da Medi-cina. Portanto, entre todos os argu-mentos costumeiros pela necessidadede votar em massa, há agora mais um,o de dar uma resposta colectiva sim-bólica aos ataques que se sentem nodia-a-dia das unidades de saúde, deNorte a Sul do país.A importância da Ordem dos Médi-cos como entidade reguladora doexercício da Medicina, com compe-tências delegadas do Estado, é de in-vocação obrigatória. Por esta razão,os médicos devem envolver-se acti-vamente nos debates sobre a profis-são e a carreira, na defesa da forma-ção médica, assim contribuindo acti-vamente para a construção de mode-los que permitam o desenvolvimentoda Medicina às mãos dos seus profis-sionais.Mas ainda que falte aos médicos tem-po para participarem na dinâmica des-tes processos, não faltarão, com cer-teza, os minutos necessários para sedeslocarem a uma das secções de votoda sua área e depositarem o seu voto.Aqueles para quem esse tempo nãoseria apenas de minutos, por terem dese deslocar a maior distância a partirdas suas residências ou dos seus lo-cais de trabalho, tiveram à disposiçãoa alternativa do voto por correspon-dência, desde que ele tenha sido envi-ado a tempo de ser recebido nos ser-viços da Ordem até 11 de Dezembro,às 18 horas.

A eleição de um Bastonário e de ou-tros dirigentes regionais e distritaispermite muitas leituras, sempre legíti-mas e às vezes controversas. Mas háuma a que nenhum analista decenteescapa: a de que uma votação elevada,ao reforçar uma liderança, torna maissólida uma instituição.Por exemplo, ter um Presidente daOrdem dos Médicos eleito com a par-ticipação de 30 por cento do universoeleitoral não é o mesmo que o elegercom uma taxa de 50, 60 ou 70 porcento de eleitores votantes.Para os médicos, mais importante doque quem elegem seria elegerem diri-gentes com legitimidade acrescida, umBastonário que chegue aos fóruns dediscussão com o reforço de milharese milhares de votos expressos, emnúmero claramente acima dos maisrecentes actos eleitorais.Uma resposta deste tipo seria tambémela ameaçadora para as políticas quevisam limitar as possibilidades de osmédicos tratarem bem dos seus do-entes, teria a repercussão de uma men-sagem directa e explícita, de uma car-ta-aberta assinada por muitos milha-res, por todos aqueles que estão dis-postos a recusar medidas avulsas to-madas estritamente em nome da con-tenção e que pugnarão sempre poruma Medicina de qualidade, responsá-vel e com capacidade de resposta aoscidadãos de um país, onde as políticasfalham mais vezes do que seria desejá-vel, deixando quase sempre a desco-berto os meios de protecção que aoEstado são exigíveis.

Diamantino Cabanas

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5Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

TSF – Na Ordem do Dia

Nota da redacçãoPor lapso da redacção, o texto relativo à rubrica de dia 29 de Outubro não foi publicado na anterior edição da ROM.Em seu lugar foi publicada a intervenção de dia 5 de Novembro. Publicamos assim, este mês, além dos textos referentesas rubricas de Novembro, o artigo em falta.

29 Outubro

Contava-se de um antigo professor daFaculdade de Medicina de Lisboa queum dia teria dito durante um examepara um aluno: «O senhor disse umaasneira tão grande, tão grande que vaichumbá-lo a si e aos outros dois se-nhores que vêm a seguir».É mais ou menos esta a situação emque se encontra o nosso Ministro daSaúde depois da tentativa atabalhoadae inqualificável da semana passada detentar alterar por sua iniciativa o có-digo de ética de uma classe a que nãopertence. No entanto, prometi a mimpróprio quando esta oportunidade defalar na TSF surgiu que me manteriafiel aos factos sem me deixar influen-ciar por estados de alma.Assim, esta semana e para variar, cum-pre assinalar um facto em si positivo:o anúncio de que, por fim, certos me-dicamentos para formas graves de do-enças como a artrite reumatóide e apsoríase vão passar a ser comparti-cipados. Tal decisão poderá acarretaraumento da despesa o que nos tem-pos que correm de cortes sistemáti-cos e acríticos se torna uma decisãode aplaudir.Ouviram-se algumas críticas principal-mente vindas de alguns sectores mé-dicos que advogaram face aos custospresumíveis que a prescrição destesfármacos deveria estar reservada aosespecialistas de reumatologia. Nãoconcordo e não concorda a Ordemdos Médicos com tal postura.A receita de qualquer medicamentonão pode ser o privilégio de um mé-dico ou especialidade mas pelo con-trário estar unicamente condiciona-da pela necessidade de cada doenteconcreto.Tanto é incorrecto negá-los a quemdeles necessita como usá-los sem cri-

tério fazendo o doente correr riscosdesnecessários e nós todos pagarmosa factura. Neste como em todo o tipode medicamentos, e por maioria derazão se são caros e de manejo difícil,deve o Estado assegurar que o seu usoé o adequado e racional estando es-tribado na melhor evidência científicaexistente no momento. A forma de ofazer só pode ser a de publicar e actu-alizar regularmente recomendaçõesterapêuticas substantivamente apoia-das na literatura médica que sirvam deguia ao uso correcto quer nas dosa-gens quer nos doentes a seleccionar.Por vezes poderá mostrar-se útilcondicionar o seu fornecimento a far-mácias hospitalares principalmentequando o seu uso abusivo possa levara um risco público acrescido. A exis-tência de resistências, hoje infelizmentevulgares, a determinados antibióticos,nomeadamente os usados no trata-mento da tuberculose, ensina-nos a serprudentes e a não permitir a venda foradas farmácias dos hospitais, por exem-plo, dos medicamentos usados no tra-tamento da SIDA.Nalguns casos como o da hormona docrescimento pelos seus elevadíssimoscustos, raridade dos casos clínicos emque está indicada e tentação de usoabusivo para fins estéticos resultou empleno uma medida de condicionar a suaadministração à aprovação prévia poruma comissão de peritos nomeadopara o efeito.

Como vemos há um conjunto de me-didas de prudência que não podemosdeixar de considerar lícito o Estadotomar devendo o decisor político pro-duzir a regulamentação adequada. Oque não será pelo contrário lícito é atomada de medidas cosméticas inúteisnas suas consequências e meramentecerceadoras de direitos e condiciona-doras de mercados.Seria o caso se se impedisse algunsmédicos por exemplo especialista demedicina interna, medicina geral e fa-miliar ou dermatologia de receitarqualquer fármaco a qualquer doenteque dele efectivamente necessitasse.Ir por tal caminho podia ser simples eaté benéfico para os interesses eco-nómicos de alguns médicos. Seria emcontrapartida seguramente um erro euma injustiça para os doentes que sevissem coarctados no seu direito deser tratados pelo médico em quemconfiassem ou a cujo acesso tivessemmaior facilidade.É que isto da medicina e dos medica-mentos não é meramente uma partedo jogo económico global.Na saúde e na doença estão em cau-sa uma multiplicidade de valores emque a economia, se bem que impor-tante, ocupa apenas uma pequeníssimaparte.

12 Novembro

Um acidente estúpido, como o são to-

E D I T O R I A L

A receita de qualquer medicamento não podeser o privilégio de um médico ou especialidademas pelo contrário estar unicamente condicio-nada pela necessidade de cada doente concreto

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6 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

dos, enlutou famílias, gerou tristezaonde antes havia alegria e mobilizouvontades para minorar os seus efeitosnefastos.Em Castelo Branco, médicos, enfermei-ros e outro pessoal, ao saberem danotícia, acorreram ao Hospital e tra-balharam sem qualquer remuneraçãoou compromisso de horário.O Sr. Ministro da Saúde, numa atitudeque se louva, tanto mais quanto raraem governantes, deslocou-se ao locale não se esqueceu de elogiar o com-portamento dos profissionais.Não sabemos se, no regresso, S. Ex.ªmeditou no facto a que tinha assistidoou se, simplesmente, dever cumprido,entrou noutro registo e fez a viagementretido com algumas contas.É que se tivesse meditado por uns ins-tantes, por certo teria percebido queo mesmo impulso que levou os médi-cos naquela noite ao Hospital é exac-tamente o mesmo que os leva a pedira demissão de responsabilidades emFaro quando se recusam a colaborarem maus-tratos aos doentes.Tal impulso não radica em qualqueremoção nem traduz qualquer interes-se mesquinho de agradar ao Ministro,ser melhor remunerado ou subir osdegraus do carreirismo. Tal impulsonem sequer é um impulso – é um actopensado e assumido que resulta de umcompromisso implícito ou explícitocom uma Ética milenar.O louvor do Ministro levanta assimproblemas incontornáveis. Ou bemque acreditamos na Ética dos Médicos,aceitamos quando ela é incómoda erespeitamos os códigos que dela deri-vam ou bem que queremos impor aogrupo os consensos da Sociedade glo-bal e estamos preparados para pagartodos os preços.

O que não é possível é esperar queem caso de acidente os médicos acor-ram aos hospitais sem remuneração,horário de trabalho ou recompensaprospectiva e esperar que os mesmosmédicos aceitem ser tratados comomangas de alpaca a quem se impõe orelógio de ponto biométrico e se acre-dita poder fazer pôr os interesses daempresa à frente dos interesses dosdoentes convenientemente transfor-mados em clientes.É que quem louva os médicos de Cas-telo Branco por acorrerem ao Servi-ço de Urgência sem escala ou obriga-ção contratual, tem inexoravelmentede estar preparado para estabelecercom esta estranha gente que não semove só por dinheiro uma relaçãoadulta baseada no respeito.Tal relação não admite qualquer ten-tativa arrogante e prepotente de fazeralterar códigos de conduta ou qualquerconvite a pactos de silêncio baseadosno interesse do empregador e solida-riedade de empregado.Quem louva gente que põe o homeme as suas fragilidades à frente dos inte-resses, mesmo quando são os seuspróprios interesses, não pode justifi-car o inaceitável com o argumento cí-nico de não estar pior que com ante-rior governo.

TSF – Na Ordem do Dia

É que para os médicos, quando a Éticaos move, é indiferente qual o Gover-no, qual o Partido ou qual o Ministro.Para os Médicos a questão coloca-seentre doentes, as suas carências emeios disponíveis e a capacidade deprestar serviços, desenvolvimento téc-nico e adequação às necessidades.Quem é o dono da loja é quem me-nos conta.Em suma o que está em causa nas ac-ções estranhamente coevas da últimasemana é, mais que a circunstância, atradução de um profundo conflito cul-tural. Conflito que, como todos, parater fim implica escolhas e tomadas departido.Escolhas explícitas que nada impedeque sejam baseadas no que mais con-vém à Sociedade. O que não é possí-vel, mais uma vez, é ter... o Sol na eira ea chuva no nabal...

19 Novembro

Um jornalista, seguramente bem inten-cionado, perguntava-me ontem, algunsdias passados sobre um debate quetoda a comunicação social dera conta,do porquê dos médicos não quereremcumprir a lei do aborto.De início julguei que estaria a brincar.Quando compreendi que era genuínaignorância expliquei pela enésima vezque a recusa da Ordem em alterar oCódigo de conduta dos médicos nadatinha a ver com o aborto. Continuosem compreender como há aindaquem não entenda que cumprir a Leie aceitar o seu primado não é sinó-nimo de abdicar de ideias ou do di-reito de as ter.Pessoalmente não me incomoda o de-

E D I T O R I A L

O impulso que levou os médicos naquela noiteao Hospital [Castelo Branco] é exactamente o

mesmo que os leva a pedir a demissão de res-ponsabilidades em Faro quando se recusam a

colaborar em maus-tratos aos doentes

Para os Médicos a questão coloca-se entre doen-tes, as suas carências e meios disponíveis e a

capacidade de prestar serviços, desenvolvimentotécnico e adequação às necessidades

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7Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

bate entre os médicos sobre a melhorforma de transcrever no Portugal dehoje o compromisso milenar com aVida. Aceito, com o espírito democráti-co que me orgulho de sempre terperfilhado, as soluções que as maioriasmédicas entenderem ser mais adequa-das, o que não aceito é que outros, defora, nos venham impor a sua vontade.Aliás o episódio que se viveu na últimasemana, se em termos de consequên-cias práticas é irrelevante, em termosdo estado da democracia portuguesa éparticularmente preocupante.Que um vulgar cidadão eventualmentenão compreenda a razão que nos assis-te e menos familiarizado com as ques-tões dos direitos e liberdades entendapor birra o que é a única posição legíti-ma que a independência nos concedeacho aceitável. Que um comentadorencartado, licenciado por Faculdade epretensões a intelectual, se confunda jáé do domínio do impossível e o diag-nóstico óbvio – má-fé.O que se passará na Sociedade Portu-guesa que um Ministro sinta a pulsãode tentar fazer um grupo profissionalalterar a sua Ética quando tal em nadacontribui para a solução dos proble-mas a que é pressuposto esse Minis-tro dedicar as suas horas de trabalho?O que levará intelectuais que a si pró-prios se classificam de esquerda ao in-sulto soez de quem com eles não con-corda e tem o atrevimento de mera-mente lutar pela sua liberdade dandode barato o cumprimento da lei?

E D I T O R I A L

Agradecimento

A Ordem dos Médicos agradece, pelo contributo positivo para o prestígio dos Médicos de todo o País, aos Colegasque na noite do nefasto acidente que ocorreu no passado dia 5 de Novembro na A23, acorreram voluntariamenteao Serviço de Urgência do Hospital Amato Lusitano. O cumprimento de deveres Éticos e a acção abnegada esolidária é a resposta lapidar e correcta aos que nos querem transformar em meros funcionários e subordinar osnossos Códigos de Deontologia.

O Bastonário da Ordem dos Médicos

Pedro Nunes

Aceito, com o espírito democrático que meorgulho de sempre ter perfilhado, as soluçõesque as maiorias médicas entenderem ser maisadequadas, o que não aceito é que outros, de

fora, nos venham impor a sua vontade

É a resposta a estas questões que pe-las hipóteses possíveis se revela preo-cupante.

Senão vejamos:

Ou se trata de uma manobra de co-municação de massas, procurandodescredibilizar uma Classe profissionalem quem os Portugueses reconhecemempenho e vontade de bem-fazer, oque a ser o caso traduziria uma vonta-de estratégica de destruir os gruposdiferenciados para reinar sem contes-tação manipulando a massa anónima earregimentável.Ou se trata de pura e simples arro-gância, fruto de uma adolescência malresolvida, onde a militância em parti-dos não democráticos traduzia não avontade de lutar pela igualdade socialmas a incapacidade de pensar pela pró-pria cabeça, característica dos fracos.Qualquer que seja o caso, alguns jor-nalistas e a maioria dos políticos pare-ce não ter percebido o que estaria em

causa, nem se preocupou em procu-rar o diagnóstico.Chegado a este ponto, e dado que emcerto momento pareceu tratar-se deuma disputa pessoal entre mim e oMinistro Correia de Campos, queroafirmar que, em minha opinião, da suaparte se tratou de mera inabilidadepolítica e alguma vontade de afirmação– nada de muito grave ou particular-mente preocupante, por conseguinte.O que em contrapartida é preocupanteé a obsessão laudatória de uns e o silên-cio alheado de outros. É que estes silên-cios e estes compromissos com o po-der de insuspeitos intelectuais são sinaispremonitórios da grave doença que jáfez muitos perderem a liberdade.Aos que se calam e aos que sentem airreprimível necessidade de se tornarvisíveis pelo chefe, nomeadamente aNuno Brederode Santos que me dis-tinguiu com a sua prosa de comen-tador, recomendaria um regresso àcinemateca para rever Bergman no«Ovo da Serpente»...

TSF – Na Ordem do Dia

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8 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

TSF – Na Ordem do DiaE D I T O R I A L

Noticia

Risco e Ética em CirurgiaO caso recente do médico cirurgião a quem foi diagnosticado, em exames de rotina pela Medicina do Trabalho, aseropositividade para o vírus HIV e a ameaça subjacente de despedimento/obrigatoriedade de mudança de profissãoveio colocar o acento tónico numa questão fulcral na prática cirúrgica neste século XXl. Estarão os médicos cirurgiõesbem como os médicos em geral, condenados a tratar e intervencionar todos os doentes seropositivos para o HIV/SIDA, para o HCV ou HBV (vírus da hepatite C ou B) ou outro microorganismo qualquer, sem que tenham a devidaprotecção do Estado para a situação de risco efectivo de contaminação num destes doentes?...Decorreu na Ordem dos Médicos, no sábado, dia 24 de Novembro, entre as 10.30h e as 14h, um simpósio que tevecomo objectivo de analisar e discutir estas questões, e que incluiu palestras dos Colégios da Especialidade de CirurgiaGeral, Infecto-Contagiosas e Medicina do Trabalho, bem como do Centro de Direito Biomédico, Conselho Nacionalpara o Exercício Técnico da Medicina e Conselho Nacional de Ética e Deontologia.O Simpósio foi promovido pela Direcção do Colégio de Cirurgia Geral e pela Sociedade Portuguesa de Cirurgia econtou com a colaboração dos já citados Colégios da Especialidade e do Centro de Direito Biomédico.Numa edição posterior da Revista da Ordem dos Médicos, daremos conta do resumo das intervenções que tiveramlugar no âmbito do simpósio.

26 Novembro

Esta semana o que esteve na ordemdo dia não foi, contrariamente ao queé hábito, da responsabilidade do Mi-nistério ou de qualquer estrutura daárea da Saúde. Indubitavelmente a no-tícia da semana foi o acórdão da Rela-ção que confirmou o despedimento deum cozinheiro por alegadamente serseropositivo para o VIH.Ao que se sabe a história não terá sidocompletamente bem contada e algu-mas tecnalidades ou circunstâncias in-trínsecas ao processo judicial terãocontribuído para o insólito desfecho.Fica, contudo, o facto incontornável denuma peça jurídica ter sido valorizadacomo significativo e justificador de acçãoo risco ínfimo do contágio através de lá-grimas ou saliva transportadas em sala-das para bocas potencialmente feridas.Pensava-se já ser pacífico a improba-bilidade para não dizer impossibilida-de de tal tipo de contágio. No entanto,nas páginas da nossa jurisprudênciateve acolhimento como argumentaçãobaseada no facto de o risco existir enão ser nulo.Compreende-se que na esfera da filo-sofia, da construção teórica do pensa-mento, um risco deva ser encaradocomo tal e portanto não pesável oumensurável quando base de uma con-

clusão. Mas a vida humana decorre noterreno do concreto e um risco ínfi-mo é um risco ínfimo e um despedi-mento é um despedimento.Também nesse terreno concreto epalpável às acções correspondem re-acções e o risco de despedimento ar-rasta a multiplicação das ocultações,dos abandonos de terapêutica, enfimdo aumento exponencial do risco efec-tivo de contágio.É bom, neste momento, recordar otrágico se não tristemente sarcásticocaso da lepra, doença bacteriana masnão contagiável que durante séculoslevou ao internamento em condiçõesignóbeis de seres humanos votados aomais atroz dos degredos quando nãoconstituíam qualquer perigo para aSociedade.Para que daqui por uns séculos não seolhe incrédulo para o que hoje faze-mos é importante aprender com opassado e, como em tantas outras áre-as da vida deixar a realidade e o bomsenso marcarem o caminho. Tal só seconsegue com factos, de preferênciaolhados com frieza, despidos de emo-ções que lhe desvaneçam as cores elhes esbatam os contornos.E o primeiro facto que hoje parecearredado dos nossos considerandos éque a realidade não se confunde coma sua representação e as regras do

palco mediático não se aplicam à per-cepção da realidade.Se no palco da televisão em que hojedecorre a vida em Sociedade o facto éirrelevante e a sua representação real,na vida o fim é o fim e não admite«encores», o sofrimento tem conse-quências e a medida do risco, conheci-do ou imaginado, é o condicionantemaior das decisões dos humanos.Se no palco mediático todos tendema ser belos, jovens e saudáveis, e a mor-rer como tal, na vida real cada um é oque é e a trajectória é condicionadapelas múltiplas perdas e incapacidadesque cada dia comporta.No caso do cozinheiro, como no casoda decisão a tomar no futuro sobre ocirurgião, o importante é medir o ris-co e não perder de vista que a vida emsi mesma comporta um risco não negli-genciável e que a ausência absoluta dorisco só é atingível com a ausência ab-soluta dela própria.Há sempre em cada momento do vi-ver um risco genérico que é aceitávele imprescindível a cada um aceitar paraque seja possível a todos o acto sim-ples de viver.Para os decisores, sejam eles políticos,médicos ou judiciais o importante é oesforço difícil de em cada momento,em cada decisão, ter, firmes, os pés bemassentes no chão.

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10 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

A C T U A L I D A D E

Perante uma sala repleta de jornalis-tas, Pedro Nunes esclareceu que oCódigo Deontológico está em perma-nente revisão mas apenas pela vonta-de e determinação dos médicos. «Aética dos médicos não pode ser assu-mida por um qualquer ministro». Qua-lificando a pretensão do Ministro daSaúde, Correia de Campos, como sen-do abusiva, o bastonário da OM refe-riu que tal pretensão revela «uma vi-são restritiva do que são uma ordemprofissional e um código de ética».Conforme foi referido na conferênciade imprensa, a exigência do Ministroda Saúde só pode ter um de dois fun-damentos: «ou se trata de uma de-monstração espúria de poder ao que

Código Deontológico:princípios são Inegociáveis

A Ordem dos Médicos promoveu na quinta-feira, dia 15 de Novembro, pelas15h30, uma conferência de imprensa, em que o Bastonário, Pedro Nunes, ex-plicou os fundamentos da posição do Conselho Nacional Executivo para arecusa das mudanças no Código Deontológico impostas pelo Ministro da Saú-de. Presentes nessa conferência estiveram ainda José Manuel Silva e FernandoGomes, respectivamente presidente e secretário do Conselho Regional doCentro (CRC), Isabel Caixeiro, presidente do Conselho Regional do Sul (CRS)e o vice-presidente João de Deus.

a OM só poderá responder que jamaisos princípios serão negociáveis, ou éuma forma de distrair as pessoas deoutras medidas que estão a ser toma-das pelo Governo».Tal como foi explicado aos jornalistaspresentes, os médicos têm reflectidosobre o seu Código Deontológico e asua adaptação a novas realidades de-correrá sempre e apenas dessa refle-xão profunda no seio da Ordem. «OCódigo Deontológico está sempreaberto a alterações, por pedido, suges-tão e decisão dos médicos. Se o Se-nhor Ministro fosse médico poderiainiciar um tal processo. Assim, só po-derá pedir alterações ao CódigoDeontológico dos advogados».

A Ordem dos Médicos alertou queesta posição de princípio não está re-lacionada com a nova lei da interrup-ção voluntária da gravidez em vigor eque, tal como vinha referido no convi-te para a conferência de imprensa, «es-tabelecer essa confusão não serve osinteresses de um país livre como onosso nem o respeito pela diversida-de». Pedro Nunes frisou que «a OMnão apela aos médicos que actuem emdesacordo com a lei e não tomou qual-quer posição pública quanto ao refe-rendo. O que a OM defende é que, doponto de vista da ética, a vida humanaé um valor inviolável. Não há nenhu-ma lei nem nenhum Governo que pos-sam pôr em causa esse princípio. O

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que existe são diferentes opiniõesquanto ao momento no qual começaa vida. (…) Os médicos cumprem a leimas têm direito a ter e ver respeita-dos os seus princípios éticos. Uma leinão pode violar a consciência moralde um grupo.»

«Factos são factos, as interpreta-ções serão as que cada um qui-ser…» – Fernando GomesFernando Gomes, secretário do CRCpresentes nesta conferência e recém-eleito tesoureiro da Conferência dasOrdens dos Médicos Euro-Mediterrâ-nicas, referiu o facto do Conselho Na-cional Executivo já ter sido interpela-do pelo Ministro da Saúde em Junhopassado. A resposta do CNE foi dadano dia 26 desse mesmo mês. Só a 17de Outubro, enquanto decorria naOrdem dos Médicos uma sessão so-bre o controlo biométrico de presen-ças, sessão em que foi convidada comooradora a economista e ex-ministra dasaúde Manuela Arcanjo, é que Correiade Campos convocou «com urgência»o bastonário da OM. Essa convocatóriateve como objectivo a entrega à OMda carta contendo a exigência de alte-ração do Código Deontológico e oprazo limite para que a mesma fosseconcretizada. Classificando essa se-quência de datas como sendo «curio-sa», Fernando Gomes concluiu: «no dia

seguinte, os jornais não referiam ascríticas de Manuela Arcanjo ao siste-ma de controlo de presenças que oMinistério está a implementar. Os tí-tulos eram antes ‘Ministro obriga OMa alterar o Código Deontológico’. (…)Factos são factos, as interpretaçõesserão as que cada um quiser…»

«Colegas europeus incréduloscom a exigência do Ministro»– João de DeusJoão de Deus, vice-presidente do CRSe vice-presidente do Subcomité de Éti-ca do CPME (Comité Permanente dosMédicos Europeus), referiu aos jorna-listas que «os colegas europeus fica-ram incrédulos pela forma como o Mi-nistro da Saúde colocou esta questão.A nível europeu o que é respeitado éo que os médicos decidem». Explican-do a falta de lógica da posição que al-guns adjectivam de ditatorial assumi-da pelo Ministério da Saúde, João de

Deus exemplificou: «Se um Governoinstaurar a tortura serão os médicosobrigados a aceitá-la em termos éti-cos e a incorporá-la no seu códigodeontológico?». Este representante doCRS realçou ainda que os princípioséticos não são prejudicados pelo factode uma lei impor conceitos diferentes.«Os princípios mantém-se só que nãosão aplicados em face da lei».

«Uma lei não pode obrigar as pes-soas a mudar a sua forma de sen-tir» – José Manuel SilvaJosé Manuel Silva, presidente doCRC, referiu que não se pode pôrem causa a consciência colectiva deuma classe profissional. «Ninguémpode, por lei, obrigar as pessoas amudar a sua forma de sentir e pen-sar. E não nos esqueçamos que a pró-pria lei continua a considerar a In-terrupção Voluntária da Gravidezcomo algo a evitar».

«O Código Deontológico está sempre aberto aalterações, por pedido, sugestão e decisão dosmédicos. Se o Senhor Ministro fosse médico

poderia iniciar um tal processo. Assim, só poderápedir alterações ao Código Deontológico dos

advogados» – Pedro Nunes

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Dada a relevância e importância fun-damentais das carreiras para o desen-volvimento profissional dos médicos eas ameaças e ataques que as mesmassofrem constantemente, o ConselhoNacional Executivo resolveu proceder,através do Centro Editor Livreiro daOrdem dos Médicos, à reedição doRelatório sobre as Carreiras Médicas.A obra foi em simultâneo enviada atodos os médicos. Pedro Nunes fezquestão de sublinhar que esta reediçãoconsubstancia uma homenagem aosmédicos que elaboraram o relatório ea todos os que têm trabalhado na OM.«A presença de ex-bastonários da OM– Germano de Sousa e Gentil Martins– neste lançamento vem recordar-nosque a Ordem é um contínuo. Estareedição foi a forma que encontrámospara este agradecimento público e for-mal da OM aos subscritores do rela-tório: Jorge da Silva Horta, Bastonárioda Ordem dos Médicos e Presidenteda Comissão, Albertino da Costa Bar-ros, Albino Aroso Ramos, António Fer-nandes da Fonseca, António Galhordas,Mário Luís Mendes e João Pedro MillerGuerra (relator)».Da sessão de lançamento da reediçãodo Relatório sobre as Carreiras Médi-cas concluiu-se, tal como foi referidopor Pedro Nunes, Bastonário da OM,que, este é um livro com um conteú-do profundamente actual, o que sópode significar que o país tem estadoquase parado desde que, em 1961, aOrdem dos Médicos fez a identifica-ção dos problemas e a proposta desoluções no que se refere ao sistemanacional de saúde.

OM reedita RelatórioSobre as Carreiras MédicasA apresentação da reedição do Relatório Sobre as Carreiras Médicas teve

lugar no dia 7 de Novembro no auditório da Ordem dos Médicos. Muitos

médicos associaram-se a este acontecimento, não querendo deixar de estar

presentes num momento tão importante da vida da sua Ordem.

Na nota prévia de Pedro Nunes a estareedição, pondo em evidência a impor-tância deste documento histórico mas,ao mesmo tempo, actual, pode ler-se:«Há três anos, preocupado com a au-sência de futuro para as novas gera-ções sujeitas a contratos individuais emhospitais e centros de saúde autonomi-zados, o Conselho Nacional Executi-vo da Ordem decidiu reflectir sobrecarreiras. Começava assim um proces-so que, espero, há-de levar os médi-cos a tomar nas suas mãos, isto é den-tro da sua Ordem, a responsabilidadede tornar inteligível a evolução técni-co-profissional ao longo da vida.Evolução técnica, essencialmente, por-que a ética, a outra face da profissão,não evolui – aprimora-se. Evoluçãoprofissional, que quando laboral come-te a sindicatos e quando liberal a asso-ciações, no sentido da sua adequação

à prática, densificação do conhecimen-to, maturação do gesto. Desencadeeiessa reflexão num mês de férias, numainterrupção de Agosto, em atmosferadistendida, correspondendo todos aum convite do Fernando Gomes paraprovar um peixe no seu refúgio deverão. Foi mesmo o Fernando que in-troduziu o tema lendo uns apontamen-tos que tinha coligido. O texto ade-quava-se à realidade, espelhava o País,identificava os problemas concretos eactuais. Uma ou outra desconformi-dade parecia inexplicável. Tudo se tor-nou claro quando nos disse que maisnão eram do que transcrições do Re-latório das Carreiras Médicas de 1961.Houve uma certa estupefacção. Oubem que em quarenta anos de agita-ção nada acontecera, ou bem que oRelatório pela sua profundidade eacutilância se tornara intemporal».

Fernando Gomes, Pedro Nunes e Isabel Caixeiro

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Manuel Machado Sá Marques, neto deBernardino Machado e primeiro pre-sidente do Sindicato dos Médicos, es-teve presente neste lançamento e foiconvidado a dizer algumas palavras, asquais aproveitou para salientar que oRelatório só existe graças ao afecto eempenho dos médicos que o realiza-ram. Sá Marques classificou os médi-cos formados no período áureo dascarreiras médicas como sendo «a jóiado nosso sistema de saúde» e afirmouque «a OM e os sindicatos têm pelafrente uma luta muito importante emnome da defesa das carreiras médicas».Pedro Nunes havia já agradecido a pre-sença dos representantes sindicais ereferiu que OM e dos sindicatos mé-dicos chegaram a acordo quanto à ela-boração e apresentação de um docu-mento no início de Janeiro de (re)cria-ção das carreiras médicas, aditandomais dois graus de topo – o de especi-alista graduado e o de chefe de servi-ço (ou equivalente). Neste lançamen-

Sá Marques, Francisco Ferreira, Isabel Caixeiro e Carlos Alves Pereira

A Ordem representada como um contínuo,através da presença de vários bastonários

to esteve também presente Car-los Alves Pereira e Francisco Fer-reira, dois dos médicos que com-puseram a Comissão da SecçãoRegional de Lisboa, uma das co-missões eleitas pelas AssembleiasExtraordinárias das Secções Re-gionais da OM, e sem o esforço,competência e zelo das quais(através da elaboração de estu-dos sobre as carreiras médicas)o relatório final não teria sidopossível de concretizar. Alves Pe-reira congratulou-se com estareedição e realçou a sua impor-tância fundamental.Pedro Nunes, bastonário da OM,Isabel Caixeiro, presidente do Con-selho Regional do Sul e FernandoGomes, secretário do ConselhoRegional do Centro, compuserama mesa deste evento que contouainda com a presença de Leal daCosta, conselheiro do presidenteda República para a Saúde.

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A primeira Direcção eleita tem a se-guinte composição: Bekkat-Berkani(Argélia), Presidente; Philippe Biclet(França), Secretário-Geral; SalvatoreAmato (Itália) e Zuhair Abu Faris(Jordânia), Vice-Presidentes; FernandoGomes (Portugal), Tesoureiro.

Esta nova associação de Ordens dosMédicos tem como objectivos:

• Iniciar uma reflexão de aproximaçãoda ética e deontologias médicas;

• Vigiar pela independência dos médi-cos;

• Promover o papel das Ordens na ges-tão da profissão e naparticipação na

Foi fundada no passado dia 1 de Novembro, em Argel, a Conferência das Or-

dens dos Médicos Euro-Mediterrânicas, uma associação que resulta de cerca

de um ano de trabalhos preliminares. Na assembleia constituinte, estiveram

representadas, como membros-fundadores, as Ordens dos Médicos de Albânia,

Argélia, Bélgica, Egipto, Espanha, França, Itália, Jordânia, Marrocos, Portugal,

Síria e Tunísia e ainda a Liga Médica Árabe. A Ordem dos Médicos portuguesa

encontra-se representada na primeira Direcção desta organização, através da

eleição para o cargo de tesoureiro de Fernando Gomes, secretário do Conse-

lho Regional do Centro da OM.

melhoria dos sistemas de saúde;

• Promover programas de formação,de educação sanitária ecientífica;

• A ligação estreita entre todas as or-ganizações que se preocupam com ascondições de saúde das populações,com realce para as migrações, com ofim de prever acções comuns.

Para atingir estes objectivos a Confe-rência das Ordens dos MédicosEuro-Mediterrânicas propõe-se:

• Facilitar a comunicação, trocas deideias, informações eexperiências;

• Facilitar as visitas, a entreajuda, a so-

lidariedade e acooperação entre osseus membros;

• Facilitar a cooperação com as ins-tâncias competentes emmatéria de for-mação e de organização de cuidadosde saúde;

• Editar boletins, revistas e documen-tos que visem os seusobjectivos;

• Contribuir para a realização de estu-dos e organizarcongressos temáticos.

A próxima Reunião e Assembleia-Ge-ral da Conferência das Ordens dosMédicos Euro-Mediterrânicas estáagendada para Março de 2008, em Amã,Jordânia.

OM portuguesa integradirecção da Conferênciadas Ordens dos MédicosEuro-Mediterrânicas

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ELEIÇÕES 2008-2010

12 de Dezembro de 2007Onde e como votar:

1) No dia 12 de Dezembro, directamente nas Assembleias Eleitorais, das 8 às 20 horas (a listagem delocalizações das assembleias eleitorais por Secção Regional e Distrito encontra-se disponível no portal da OM emwww.ordemdosmedicos.pt)

2) Por entrega directa nas instalações sociais da Ordem dos Médicos em carta endereçada ao Presidenteda Mesa da Assembleia Eleitoral Regional do Distrito Médico a que pertence (conforme subscrito enviado para casados Colegas) até às 18 horas do dia 11 de Dezembro (véspera do acto eleitoral).

3) Pelo correio até às 18 horas do dia 11 de Dezembro – os boletins de voto dobrados em quatro devem serintroduzidos no sobrescrito branco respectivo (Presidente da Ordem, Órgãos Regionais e Órgãos Distritais) quedepois se introduzem num outro dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Eleitoral do Distrito Médico a quepertence, com porte pago, com nome impresso, número da Cédula da Ordem e devidamente assinado com aassinatura idêntica à existente no arquivo da Secção Regional (não sendo necessário reconhecimento oficial).

Avisam-se todos os Colegas que:

• Só serão considerados os votos por correspondência enviados por correio ou entregues pelo pró-prio que dêem entrada na Secção Regional até às 18 horas do dia 11 de Dezembro.

• Deverão ter atenção ao sobrescrito de porte pago que leva impresso o seu nome e que servirá parao envio pelo correio ou para entrega directa.

• Não é permitido o voto por procuração nem por portador.

• Todos os médicos no acto da votação devem apresentar a sua Cédula Profissional.

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Carlos Silva Santos

A candidatura alternativa tem vindo aafirmar-se com uma estratégia de mu-dança apresentando as grandes linhasde acção que visam renovar a Ordemdos Médicos, fortalecer a sua prática afavor dos médicos, da medicina e dasaúde dos portugueses.É pois tempo de, por um lado, analisare discutir o que tem sido o papel e aacção da direcção da OM e, por outro,apresentar à reflexão alargada dos co-legas novas propostas e compromis-sos que marquem a diferença, moti-vem e dinamizem a intervenção dosmédicos. Numa palavra, retirar a OMda apatia, e multiplicar o seu potencialde salvaguarda do SNS, das carreirasmédicas, da formação contínua, dasboas práticas em todos os locais detrabalho e circunstâncias.

A OM, como parte integrante do SNSe do sistema de saúde, não pode nemdeve ter um papel secundário em todoo planeamento e desenvolvimento dapolítica de saúde. É confrangedor veri-ficar que as últimas direcções da OMnão têm sabido ou, melhor dizendo,não têm sido capazes de defender osmédicos e a qualidade da medicina pe-rante a política ofensiva, agressiva e dependor neoliberal desenvolvida pelosúltimos governos. A presidência da OMdesenvolveu a sua acção com base natese de low profile, de poucas ondas,de falsa pureza política, de falsa inde-pendência (há quem diga tão indepen-

ALTERNATIVAPARA A ORDEMDOS MÉDICOS

Com a campanha eleitoral em desenvolvimento

com vista às eleições de 12 de Dezembro próximo,

ficam cada vez mais claras as sensibilidades e as

perspectivas em presença no processo eleitoral.dente dos médicos que já pouco lhesdiz respeito), com pouco trabalho dereflexão e propositura e subvalorizan-do o contributo dos médicos quer in-dividualmente quer das direcções dosColégios de Especialidade. A OM ficouassim refém de uma política mesqui-nha, cerzida em pequenos grupos, con-fiante que a sua reverência perante opoder e a sua aversão anti-partidos lhedesse dividendos. Grande engano egrande desastre. A insatisfação dos mé-dicos quanto ao papel e à actividadeda Ordem e dos seus actuais dirigen-tes, nomeadamente o seu bastonário,é generalizada e multifacetada.A OMestá pobre de património de pensa-mento escrito, de estudos da realida-de de quem são os médicos hoje, oque fazem e que expectativas têmquanto ao futuro. A OM está divorcia-da dos meios científicos e académicose raramente presta o apoio desejávele necessário ao desenvolvimento ci-entífico e técnico dos médicos das di-ferentes especialidades. A OM conti-nua com uma estrutura interna poucooperativa. Os agora meus opositoresdemonstraram no último mandatoquanto é obsoleto o modelo de orga-nização existente. A governabilidadepossível foi assegurada, no essencial,pelo contributo dos dirigentes da sec-ção regional centro, nomeadamente doseu presidente o colega José ManuelSilva que agora se recandidata numaperspectiva de continuidade e de re-

forço da qualidade de intervenção daOM segundo princípios claros de opo-sição efectiva à política do actual eanteriores governos.

Razões da candidatura alter-nativa

Perante esta realidade reconfirmadadiariamente junto dos médicos nosmais diversos locais de trabalho, a mi-nha candidatura tornou-se também umdever cívico e moral. Não é possívelalterar e reorientar o rumo da organi-zação dos cuidados médicos e de saú-de, a organização das condições do tra-balho médico e os ganhos em saúdesem uma nova direcção da OM. Porisso é preciso reflectir sobre qual dascandidaturas, que se perfilam, tem me-lhores condições para fazer a rupturanecessária e reerguer a nova Ordemdo saber médico que vai à frente dosproblemas da medicina e dos médicosque procura as soluções de forma par-ticipada, que assume uma acção efec-tiva onde os médicos se revejam.Não temos dúvidas de que os meusopositores com passado recente naOM como dirigentes devem ser res-ponsabilizados pelos fracassos, confli-tos neutralizantes, guerras de peque-nos poderes e a ausência de trabalhosério e qualificado em matéria de polí-tica de saúde e de defesa da boa práti-ca e da imagem da classe médica. Seráque queremos ver repetida esta situa-

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Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Carlos Silva Santos

ELEIÇÕES 2008-2010

ção que será inevitável caso vença umdos dois?Para obstar às limitações do funciona-mento da OM é preciso promover aunidade na diversidade é preciso teruma visão estratégica para os serviçosde saúde, é preciso aprofundar combase técnico-científica o desenvolvi-mento do SNS, é preciso ligar a OM àUniversidade e às associações profis-sionais e científicas. No fundo, criar aunidade na acção em torno de projec-tos sem exclusões e sem tacticismosde interesses menores. Profissional eacademicamente, penso reunir os atri-butos necessários a levar por diante estedesafio – assim os médicos o queiram.

Com o objectivo de construir um ver-dadeiro património de análise e refle-xão escrita com os recursos própriose em cooperação com o mundo aca-démico e da investigação em saúde eem serviços de saúde apresentamosum conjunto de propostas que, sendodo bastonário, devem ser considera-das como projectos a desenvolver ecomo tal inacabados abertos a todosos contributos dos médicos e outrosrelevantes.

A candidatura alternativa apresenta-seaos médicos e à comunicação socialcom um trabalho feito de múltiploscontactos de grande abrangência, comum levantamento alargado das razõesde descontentamento e das preocu-pações de muitas centenas de médi-cos. Desenvolvemos um processoexemplar de dinamização dos colegascom base em diagnósticos precisos darealidade e das ameaças em curso,construímos projectos e propostasque se encontram em desenvolvimen-to dinâmico e que durante a campa-nha eleitoral irão ser contrastadas coma vivência e a praxis dos médicos.Entregámos as listas alternativas paraa Secção Regional Sul, distritos médi-cos de Lisboa, Grande Lisboa e Beja.Contamos com votantes e apoiantesem muitas outras listas tanto nas Sec-ções Regionais Norte como Centro ena generalidade das listas dos restan-tes distritos médicos.

Apresentamos aqui o programa baseda Candidatura Alternativa que iráenquadrar os múltiplos contributosindividuais e de grupo que irão enri-quecer o debate e a reflexão escritasobre os diversos temas da agenda.Será o nosso contributo para colmatara vil pobreza de pensamento escritoactual e da inteira responsabilidade dasdirecções, actual e anterior da OM.Como candidato a Bastonário da Or-dem dos médicos apresento-me aosmédicos do todo nacional como a can-didatura melhor colocado para enfren-tar o desafio de travar a subversão e aprogramada destruição do Serviço Na-cional de Saúde Constitucional, a liqui-dação das Carreiras Médicas, a des-qualificação geral da actividade médi-ca e derrocada dos princípios éticos edeontológicos da profissão.Represento a candidatura melhor co-locada para, em conjunto com todosos médicos das diversas sensibilidadese qualificações, definir uma agenda daOM, apresentar e defender propostasde progresso para a defesa dos inte-resses dos médicos, da medicina, dosserviços de saúde e da saúde dos por-tugueses.

Os grandes temas que estamos alançar a debate são:– A questão das Carreiras Médi-cas, passado presente e futuro.– A questão do Serviço Nacionalde Saúde, o presente e o futuro.– A questão dos jovens médicos,síntese prática e operativa dasduas primeiras grandes questõestemáticas.

Como candidato a Bastonário da Or-dem dos médicos apresento-me aosmédicos do todo nacional como a can-didatura melhor colocado para enfren-tar o desafio de travar a subversão e aprogramada destruição do ServiçoNacional de Saúde Constitucional, aliquidação das Carreiras Médicas, a des-qualificação geral da actividade médi-ca e derrocada dos princípios éticos edeontológicos da profissão.Represento a candidatura melhor co-locada para, em conjunto com todos

os médicos das diversas sensibilidadese qualificações, definir uma agenda daOM, apresentar e defender propostasde progresso para a defesa dos inte-resses dos médicos, da medicina, dosserviços de saúde e da saúde dos por-tugueses.

Como candidato considero reu-nir os atributos necessários paraenfrentar o desafio e reverter aactual situação de pré desastrepara a profissão médica e para asaúde em Portugal na medida emque possuo capacidades:1 – Capacidade e saber par identificar,analisar os problemas sentidos pelosmédicos e apresentar soluções efectivas.2 – Capacidade de avaliar técnica e ci-entificamente as medidas e propostasdo governo e propor alternativas fun-damentadas.3 – Capacidade de desenvolver traba-lho colectivo e de promover a coope-ração inter profissional.4 – Capacidade de promover a unida-de dos médicos respeitando a diversi-dade de opiniões e de interesses legí-timos.5 – Capacidade de leitura política darealidade da saúde e dos serviços e deequacionar as prioridades da agendada OM e dos médicos.

Domino saberes pertinentes para aacção:1 – Sei contextualizar saberes teóri-cos e a realidade da saúde/doença.2 – Sei o que quero saber sobre a pro-dução de cuidados médicos e sobre ahistória natural das doenças.3 – Sei onde encontrar a informaçãoque fundamente a tomada de decisõescom evidência.4 – Sei identificar e abordar quem co-nhece ou está apto a investigar na áreada saúde e dos serviços de saúde.5 – Sei o que não sei e por isso mereservarei até estar informado.

Estou preparado para agir porque seifazer:1 – Gerir a informação pertinente emsaúde2 – Gerir grupos de trabalho para a

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produção de pensamento consensuale fundamentado3 – Gerir investigação não só sobresaúde/doença como sobre serviços desaúde4 – Gerir conflitos de interesses téc-nicos entre profissionais ou entidadesdo SNS5 – Gerir a acção em política de saúdecom base em conhecimentos evi-dentes.

Neste quadro, apresento o seguintePrograma de Acção que me compro-meto a implementar logo que eleitocomo Presidente do Conselho Nacio-nal Executivo da Ordem dos Médicos– e que é semelhante ao Programa e Ba-ses programáticas já apresentadas peloscandidatos meus apoiantes quer para aRegião Sul, quer para a Grande Lisboa,para a Cidade de Lisboa e para Beja:

I – Defesa em progresso doServiço Nacional de SaúdeConstitucional

O Serviço nacional de saúde (SNS) temsido fundamental para a saúde dosportugueses no seu conjunto, pesemembora as conhecidas dificuldades eestrangulamentos que é necessário al-terar. A Candidatura «Alternativa paraa Ordem dos Médicos» defende o SNScom base em análise científica da reali-dade vigente e das suas potencialidades.

1 – Razões técnico-científicas do seu êxitoO SNS respondeu a fases muito defi-citárias da Saúde em Portugal: com elesaiu-se do Terceiro Mundo para pa-drões mínimos de serviço público desaúde, geral e universal, como a Cons-tituição determina.

2 – Principais debilidadesO SNS atravessou fases de sub-finan-ciamento e de má organização que co-locaram em risco não só a sua eficáciacomo também a sua continuidade.

3 – A necessidade da sua remodelação eactualização em progressoPor essas razões dizemos que o SNStem de ser remodelado e actualizado,

de modo a adaptar-se aos novos tem-pos, às reais necessidades das popula-ções e às novas condições económi-co-financeiras cada vez mais apertadasque lhe são impostas de fora.

4 – A importância da participação dosprofissionais de saúdeDefendemos sem qualquer hesitaçãoque estas alterações, que são urgen-tes, devem ser conseguidas com o con-curso interessado dos profissionais daSaúde e, entre eles em plano indiscutí-vel, os médicos.

5 – Os benefícios da informatização daactividade clínica e da actividade médicaem geral há tanto tempo esperadaAs aquisições da modernidade, entreelas, por exemplo, a informatização daactividade clínica são caminhos a per-correr com a velocidade que a pró-pria vida permita e que devem seraproveitadas para benefício especialdos utentes dos Serviços de Saúdepúblicos e outros.

6 – Vantagens da perspectiva de saúdepublica e dos ganhos em saúde e do pla-neamento em saúdeA perspectiva de saúde pública trazvantagens ao SNS e ao seu funciona-mento efectivo em função dos interes-ses das populações em geral e dos quea ele recorrem.

7 – Vantagens de participação das popu-laçõesNa planificação e funcionamento doSNS e na distribuição dos serviços peloterritório devem ser auscultadasvalidamente as populações e os seusrepresentantes. Há vantagem nessa par-ticipação. Há desvantagem no distancia-mento que se tem pretendido impor.

8 – Vantagens das finanças locais, regio-nais e nacionais de saúde – estudar osmelhores critériosCom princípios de distribuição equi-tativa melhoram as condições do exer-cício e melhoram os resultados doSNS, inclusive ao nível das suas finan-ças no todo nacional e também aosníveis local e regional.

9 – Garantia da ética e deontologia nosserviços de saúde – Código de Ética paraos médicos do SNSDadas as condições especiais de exercí-cio da actividade clínica no SNS, justifi-ca-se que se estabeleçam normas éticasespeciais também. A Candidatura «Al-ternativa para a Ordem dos Médicos»assume o compromisso de promover ospassos tendentes a estabelecer um Có-digo de Ética para os médicos do SNS.

10 – Cooperação entre as profissões dasaúdeNão se podem dispensar os contri-butos de todos os profissionais da saú-de que funcionam no SNS. Pelo con-trário, há toda a vantagem em promo-ver essa cooperação.

11 – Aproximação aos profissionais daadministração em saúdeNa administração da Saúde, nomeada-mente entre os administradores hos-pitalares, há profissionais muito capa-zes e que devem ser alvo de um esfor-ço de sinergias também nesta área in-dispensável a um bom resultado con-junto.

II – Defesa das carreirasmédicas

A candidatura «Alternativa para a Or-dem dos Médicos» compromete-se adefender eficazmente e com determi-nação as carreiras médicas.

A defesa das carreiras médicas é um ele-mento basilar da CandidaturaEste é um dos suportes da qualidade, daefectividade e da eficiência da prestaçãode cuidados médicos e ainda da garantiada realização profissional dos médicos.

O que traz de novo o velho taylorismonos cuidados médicos e de saúdeUma das principais «pechas» do sectorresulta de processos antiquados e pou-co científicos de gestão e de adminis-tração. Modernizar esses processos éuma necessidade e uma urgência.

Os maus resultados da parcialização dasactividades em saúde

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Carlos Silva Santos

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21Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Defendemos uma visão global das ac-tividades do sector. A produção conta-bilística e de mercado neoliberal po-derá ser um grande negócio financei-ro mas é um mau princípio que deveser combatido.

A hierarquização dos cuidados e dos pro-fissionais por critérios de formação de-monstrada é uma vantagem em relaçãoà gestão casuísticaEfectivamente, a formação é o pilar deum bom exercício da actividade médi-ca técnica e cientificamente demons-trado.

Vantagens da produção integrada versusprodução à peçaNo mesmo sentido defendemos aintegração, em detrimento da compar-timentação, na prestação de cuidadosde saúde e de doença.

A necessidade de códigos de boas práti-cas e protocolos de acção… Toda a actividade médica deve sersujeita, tanto quanto possível, a regrasde boas práticas escritas legitimadaspela praxis profissional tendo em vistaa garantia da qualidade e a minimizaçãodo chamado erro médico, baseados naresponsabilização ehonestidade do tra-balho desenvolvido.

Garantia de patamares de formaçãoA formação é da responsabilidade doempregador até aqui muitas vezes au-sente. A formação contínua e a avalia-ção do desempenho ao longo da vidaprofissional é matéria de grande rele-vância para a OM.

Em especial: a formação pós-graduadados jovens internosEsta formação é encarada como a basedo exercício profissional de excelên-cia e tem de ser uma área de inter-venção prioritária da OM e das direc-ções dos colégios de especialidade coma participação obrigatória dos própri-os internos.

Garantia de princípios de remuneraçãoequitativosA OM deve acompanhar a efectivação

do direito à retribuição de acordo como trabalho produzido bem como ou-tros direitos laborais cuja defesa cabeaos sindicatos.

Integração de todos os profissionais naestrutura de carreirasAs carreiras médicas são unas e comotal devem ser valorizados todos os ní-veis de formação a começar pelo in-ternato (garantia aos jovens e aosmenos jovens).

Garantia do trabalho em equipaO trabalho em equipa multi-profissio-nal e transdisciplinar é uma pedra detoque da medicina moderna a ser efec-tivado segundo as especificidades decada organização de serviços em con-creto.

Garantia da integraçãoSempre que necessário a integraçãodos diversos contributos das diferen-tes especialidades e de outros profis-sionais de saúde para um objectivocomum de saúde ou de prestação decuidados médicos deve ser equa-cionado pela OM.

Actualização das carreirasA actualização e a estruturação das car-reiras, conteúdos, níveis e meios deacesso, bem como a avaliação de de-sempenho ao longo da vida, devem seruma preocupação permanente da OM,nomeadamente nos conteúdos funci-onais e napromoção do internato agrau de carreira.

As condições de trabalho médicoÉ tempo de estudar, debater, imple-mentar os novos paradigmas da pro-fissão, valorizando a saúde dos mé-dicos no local de trabalho e criandoboas condições de trabalho que fa-çam caminho pelo século XXI, emvez de continuar virados para o pas-sado.

III – A promoção social ecultural dos médicos

É premente aumentar o prestígio daactividade médica. A Ordem não o tem

feito. Pelo contrário. De facto, é reco-nhecido pela generalidade dos colegasque a OM, como estrutura integrantedo nosso sistema de saúde, não temsabido, não tem sido capaz de defen-der os médicos e a medicina perantea política ofensiva, agressiva e de pen-dor neoliberal desenvolvida pelos úl-timos governos.

Eis as principais medidas a tomar nes-te capítulo, para as quais os membrosda candidatura «Alternativa para a Or-dem dos Médicos» darão o seu eficazcontributo, cada um ao nível de inter-venção que lhe vier a competir:

A valorização do potencial social danossa actividade

O contributo da nossa cidadania paraa paz e para a justiça social

O enriquecimento cultural dos médi-cos

O convívio cultural entre pares e ou-tros sectores da sociedade

A fruição do ambiente, da beleza e dopatrimónio cultural nacional e inter-nacional

A solidariedade entre colegas em es-pecial par com os que se encontremem dificuldade

O nosso contributo no espaço euro-peu e internacional para democraciaem saúde

Não à mercantilização da doença

A solidariedade internacional em saú-de

IV – A reorganização inter-na da OM

A organização interna da Ordem estáobsoleta e é sentido por todos quenão corresponde às actuais necessida-des de representação das diversas sen-sibilidades e correntes de opinião exis-tentes entre os médicos.

Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Carlos Silva SantosELEIÇÕES 2008-2010

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22 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Actualmente, a nível nacional, só o Pre-sidente OM é eleito directamente pe-los médicos.

As restantes estruturas executivas aosdiversos níveis são eleitas por lista semrepresentação proporcional o que re-tira representatividade e facilita a mo-nopolização da OM por grupos insta-lados.

É necessária outra estrutura da OM,outros estatutos, que durante o pró-ximo mandato serão postos à discus-são e aprovação dos médicos.

Novos estatutos, nova democracia…… porque os actuais estão ancilosadose desadaptados em relação à mudançados tempos.

Princípio da proporcionalidade…… na construção dos órgãos plenári-os bem como na constituição de exe-cutivos resultantes destes.

Garantia da pluralidade…… de contributos para a contrição dasposições da OM.

Valorização dos colégios de especialida-de…… com a garantia de autonomia emeios para exercer a sua actividade.

Criar espaços de análise…… e avaliação de temas que interes-sem a diversas especialidades.

Promover planos de acção de cada espe-cialidadeUma das medidas essenciais para visara operacionalidade das especialidadesé a dotação de cada uma delas do seuprojecto de intervenção, com planosde acção adequados.

Política de comunicação aberta e pluralistaentre médicosFundamental: mudar os mecanismos deinteracção que a OM coloca ao dispor

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Carlos Silva Santos

dos médicos. Há que instituir e execu-tar uma política de comunicação am-pla e diversificada, plural e abrangente– ao contrário do que tem sucedido.

As relações institucionais…… serão as próprias dos órgãos deEstado e de governo, sem quebra daautonomia de associação livre de mé-dicos que também é a OM.

V – Representação externa

Há que dar maior dignidade às rela-ções institucionais e à representaçãoexterna da OM, adequando cada casoà realidade em causa e diversificandoo tipo de representação:

Junto dos organismos de Estado

Junto da comunidade científica

Junto das Universidades

Internacionalmente

Conjuntamente com os PALOP

Acompanhamento dos movimentos deutentes e de doentes

Estreita cooperação com outras asso-ciações incluindo as sindicais e nãosomente nos períodos pré eleitorais

Um novo tipo de Fórum Médico

VI – Que metodologias detrabalho vão ser defendidas?

Entre outras, eis as principais:

Primado do trabalho em equipa, se-guindo a vontade das maiorias comrespeito pelas minorias.

Medidas técnicas baseadas na evidên-cia própria ou documentada.

Trabalho de consenso permanente.

Auscultação dos profissionais. Promo-ver o estatuto da sondagem e do refe-rendo inter-pares.

Abertura do gabinete de apoio aomédico com uma componente técni-ca e também jurídica (mas esta nuncaisoladamente mas sempre ao serviçodas orientações médicas).

Organização e agilização dos proces-sos com ou sem implicação disciplinare a sua credibilização com eventualcontribuição de elementos externos(magistrados por exemplo).

Penalização exemplar e atempada doscasos disciplinares justificados. Análisedos incidentes críticos de interessemais geral para a classe e eventualmen-te para a opinião pública.

Colaboração com a Inspecção-geral daSaúde na componente técnica da ac-ção médica.

VII – Compromisso dosmembros das listas da Can-didatura «Alternativa para aOrdem dos Médicos»

Os membros da Candidatura «Alter-nativa para a Ordem dos Médicos» as-sumem o solene compromisso de que,no exercício efectivo dos seus cargos,a começar pelo de Bastonário, irãopromover a democratização interna daOM e assegurar a defesa técnica e ci-entificamente fundamentada dos legí-timos interesses dos médicos, a quali-dade da medicina no sector público eprivado, os princípios e valores éticose deontológicos, a formação e a qua-lificação profissional, a independên-cia e autonomia técnica do exercí-cio profissional em coerência com aelevada dimensão humana e social daprofissão, defendendo os interessesdos doentes e da população em ge-ral no respeito pelo direito consti-tucional à saúde.

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23Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Curriculum Vitae

Carlos Silva Santos

Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Carlos Silva SantosELEIÇÕES 2008-2010

• Nascido em Porto do Carro, Maceira, Leiria em 9 de Ju-nho de 1951, residente em Lisboa.• Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina daUniversidade de Lisboa, em 1974, com 15 valores.• Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian do 2º ao 6ºano do Curso de Medicina.• Diplomado com o curso de Saúde Pública da Escola Naci-onal de Saúde Pública em 1979.• Diplomado com o Curso de Medicina do Trabalho da Es-cola Nacional de Saúde Pública em 1980.• Doutorado em Saúde Pública pela Universidade Nova deLisboa, em 2004, na Especialidade de Medicina do Trabalho.• Serviço Médico à Periferia nos concelhos de Borba,Alandroal e Vila Viçosa em 1977/78.• Inicio da Carreira Médica de Saúde Pública no concelhode Loures como Sub-delegado de Saúde em 1979, e comoDelegado de Saúde de 1993 a 1997.• Chefe de Divisão de Saúde Pública da Região de Saúde deLisboa e Vale do Tejo de 1997 a 1999.• Delegado Regional de Saúde e Coordenador do CentroRegional de Saúde Pública da Região de Lisboa e Vale doTejo de 1999 a 2005.• Autoridade de Saúde Adjunta do concelho de Lisboa des-de 2005 até à presente data.• Colaborador regular em grupos de trabalho e em projec-tos de saúde pública (ocupacional e ambiental) em repre-sentação da Direcção Geral da Saúde.• Assistente da Escola Nacional de Saúde Pública, Universi-

dade Nova de Lisboa de 1982 a 2004.• Professor Auxiliar Convidado da Escola Nacional de Saú-de Pública Universidade Nova de Lisboa desde 2004.• Autor de cerca de 150 comunicações apresentadas emcongressos e reuniões científicas no âmbito da saúde pú-blica e ocupacional.• Autor e co-autor de cerca de duas dezenas de trabalhoscientíficos publicados em revistas nacionais e também in-ternacionais.• Membro eleito das Comissões de Curso desde o primeiroano da Faculdade e nos anos de Interno Policlínico até 1979.• Sócio refundador do Sindicato Médico da Zonal Sul em1979 e membro da sua direcção de 1980 a 2000. Vice-presidente de 1982 a 1986. Presidente de 1986 a 1988.• Membro do Conselho Regional da Secção Regional doSul da Ordem dos Médicos no triénio 1993/1995.• Especialista inscrito no Colégio de Especialidade de Saú-de Pública da Ordem dos Médicos por opção em relação àEspecialidade de Medicina do Trabalho.• Presidente da Confraria da SopaMembro da SociedadePortuguesa de Medicina do Trabalho e da Sociedade dasCiências Médicas (Academia de Medicina).• Autor regular de artigos sobre temas de saúde pública epolítica de saúde publicados na imprensa.• Actividade continuada de exercício de cidadania social epolítica, nomeadamente, como autarca nas Assembleias deFreguesia de Odivelas e do Lumiar e como conferencistasobre temas de saúde pública.

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OS MOTIVOS

Caras e Caros Colegas:

Em 12 de Dezembro do corrente ano,decorrerão eleições para os CorposGerentes da Ordem dos Médicos.

Decidi candidatar-me à Presidência daOrdem dos Médicos para «Defendere Unir os Médicos» em torno de umProjecto e Programa nacionais,apresentando candidaturas solidáriasem todas as Secções Regionais

Pretendo ser o porta-voz de todos osmédicos; a voz que não existiu nos úl-timos dois anos.

Uma voz firme e determinada,sem medo dos poderes (especialmen-te o político), que seja o coordenadorda equipa nacional de governo da Or-dem dos Médicos assente no Conse-lho Nacional Executivo, procurando aconciliação de interesses, a união deesforços e a promoção de consensosentre todos os médicos e suas organi-zações representativas.

Nestes últimos anos aconteceu opior: o pagamento das taxas à Entida-de Reguladora da Saúde, os despachosministeriais sobre as incompatibilida-des, a redução de vencimento dosmédicos, o crescimento da instabilida-

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Miguel Leão

de profissional graças a contratos in-dividuais de trabalho penalizantes, adestruição progressiva e acelerada dascarreiras médicas, a ausência de diálo-go com os Sindicatos Médicos, os ata-ques à Associação Portuguesa dosMédicos de Clínica Geral e seus diri-gentes, as interferências administrati-vas na actividade médica através daintrodução de novas taxas modera-doras, a desorganização completa noâmbito dos concursos e exames dointernato, a questão dos atestadospara os funcionários públicos, a ultra-jante introdução do método de mar-cação de ponto por impressão digital,a instalação de meios de diagnósticoe terapêutica nas farmácias e tantomais.

É caso para dizer ‘«para melhor estábem, está bem, para pior já basta as-sim».

Quem não defende os médicos nopresente, não tem credibilidade paraos defender no futuro.

Como Presidente da Ordem quero fa-zer o contrário do que tem sido feito.

Nos termos do nosso Estatuto a Or-dem dos Médicos deve «fomentar edefender os interesses da profis-são médica a todos os níveis», bemcomo «dar parecer sobre todos osassuntos relacionados com a or-ganização dos serviços que seocupem da saúde».

Só quero cumprir o nosso Estatuto.

Por isso preconizo a MUDANÇA.

Uma Mudança que se realize com aUnidade de todas as associaçõesrepresentativas de médicos; paraque a Defesa dos Médicos seja tam-bém a defesa dos doentes, da ex-celência da prática da Medicina edo nosso Serviço Nacional deSaúde, solidário e humanista.

Não me resigno perante a depre-ciação progressiva da Dignidadedos Médicos e entendo que é possí-vel – que ainda é possível – mobilizara Classe a que pertencemos em nomede Ideais e Valores.

Abster-se é votar no que está.

A CANDIDATURADA MUDANÇA

PARA «DEFENDERE UNIR OS MÉDICOS»UM PROJECTO E UM PROGRAMA NACIONAIS.

UMA EQUIPA COESA E SOLIDÁRIA EM TODAS

AS SECÇÕES REGIONAIS.

Mandatário Nacional – Manuel Sobrinho Simões

Mandatário para a Região Centro – Adriano Vaz Serra

Mandatário para a Região Norte – Alfredo Loureiro

Mandatário para a Região Sul – Henrique Bicha Castelo

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Miguel Leão

Peço-lhe, pois que vote. E que vote naMudança logo que receba o seu bole-tim de voto.

É para isso que preciso de contar consi-go. É por isso que pode contar comigo.

Miguel Leão

AS CANDIDATURASREGIONAIS

MANDATÁRIO – JOÃORODRIGUES PENA

SECÇÃO REGIONAL DO SUL

MESA DA ASSEMBLEIAREGIONAL

Hélder Monteiro – Urologia; José Trin-dade Soares – Cirurgia; Helena BaptistaCosta – Medicina Geral e Familiar;Carlos Catarino – Cardiologia

CONSELHO REGIONALAna Isabel Lopes – Pediatria; AntónioMário Santos – Medicina Interna; Antó-nio Marques – Gastrenterologia; ArturMendes – Nefrologia; Francisco SáCarneiro – Cirurgia Geral; Isabel Gló-ria Guimarães – Medicina Geral e Fa-miliar ; Manuel de Carvalho Rod-rigues – Cardiologia; Maria João Barrau– Medicina Geral e Familiar; Rita Perez– Anestesiologia; Rui Julião – Medici-na Geral e Familiar ; Sílvia Graça– Medicina Geral e Familiar

CONSELHO DISCIPLINARCarlos Nobre Leitão – Gastrente-rologia; Manuel Costa Matos – Medi-cina Interna; Luís Manuel Nunes – Pe-diatria; Silva Pereira – Medicina Gerale Familiar; António Fonseca – Gine-cologia

CONSELHO FISCALVictor Gabão da Veiga – Otorrino-laringologia; Figueiredo Lima –Anestesiologia; Carlos França – Medi-cina Intensiva

SECÇÃO REGIONALDO NORTE

MESA DA ASSEMBLEIAREGIONAL

José Remisio Castro Lopes – Neuro-logia; José Luís Medina – Endocrinolo-gia; Raul Cunha – Medicina Geral eFamiliar; José Lourenço – Ortopedia

CONSELHO REGIONALAntónio Araújo – Medicina Interna;Cláudio Rebelo – Ginecologia/Obste-tricia; Fátima Oliveira – Medicina Ge-ral e Familiar; José Pedro Moreira daSilva – Imunoalergologia; Lurdes Gan-dra – Cirurgia Geral; Maria ManuelaDias – Cirurgia Geral; Marlene Lemos– Medicina Geral e Familiar; MiguelGuimarães – Urologia; André FilipeMonteiro Santos Luís – InternoEstomatologia; Alexandre Figueiredo– Anestesiologia; Maria ManuelaSelores – Dermatologia

CONSELHO DISCIPLINARRodrigues e Rodrigues – Otorrino-laringologia; Carlos Dias – MedicinaInterna; Damieta Figueiredo – Aneste-siologia; João Bernardes – Ginecolo-gia/Obstetrícia; Fátima Carvalho – Ci-rurgia Pediátrica

CONSELHO FISCALAntónio Marinho – Oftalmologia; JoséCarlos Areias – Cardiologia Pediátrica;António Strecht Ribeiro – MedicinaInterna

SECÇÃO REGIONAL DOCENTRO

MESA DA ASSEMBLEIAREGIONAL

Abel Meliço Silvestre – Infecciologia;Margarida Figueiredo Dias – Gineco-logia/Obstetrícia; José Mendes Barros– Psiquiatria da Infância e Adolescên-cia; Ana Margarida Lopes Soares – Me-dicina Geral e Familiar

CONSELHO REGIONALCarlos Maia Teixeira – Medicina Gerale Familiar; Francisco Rolo – Urologia;Frederico Valido – Patologia Clínica;Jorge Tomaz – Imunohemoterapia; JoséGuilherme Tralhão – Cirurgia Geral;Luís Trindade – Infecciologia; Rosa

Ramalho – Pediatria; Paula Aves – Radi-oterapia; Graça Ribeiro – Patologia Clí-nica; Silva Marques – Psiquiatria; CesárioSilva – Medicina Geral e Familiar

CONSELHO DISCIPLINARAlberto Seabra – Cirurgia Geral; Cami-lo Pereira Leite – Pneumologia; Antó-nio Vieira – Infecciologia; Teresa Tomé– Medicina Geral e Familiar; Rui Batis-ta – Pediatria

CONSELHO FISCALMário Campos – Nefrologia; JoséMoura Pereira – Oftalmologia; OlgaPedroso – Estomatologia

A EQUIPA DE CANDIDATURA

MandatáriosNacional: Manuel Sobrinho Simões;Secção Regional do Centro:Adriano Vaz Serra; Secção Regionaldo Norte: Alfredo Loureiro; SecçãoRegional Sul: Henrique Bicha Caste-lo; Medicina Desportiva: MiguelManassas; Medicina Geral e Fami-liar: Mário Moura; Médicos Internos:Ana Ferreira; Medicina Hospitalar:Armando Gonçalves; Medicina Legal:Duarte Nuno Vieira; Medicina Mili-tar: Mário Pragosa; Medicina Priva-da: Filipe Caseiro Alves; Medicina doTrabalho: António Sousa Uva; Saú-de Pública: Constantino Sakellarides;Açores: Adelino Diniz; Aveiro: MiguelCapão Filipe; Beja: Carlos Monteverde;Braga: Bessa Peixoto; Bragança:Telmo Moreno; Castelo Branco:Fernando Jorge; Coimbra: FerrerAntunes; Évora: José Vieira; Faro: LuísPereira; Grande Lisboa: Manuel Bar-bosa; Guarda: Gil Barreiros; Leiria:Eduardo Fatela; Lisboa/Cidade: Trin-dade Soares; Madeira: Dolores Quin-tal; Oeste: Nuno Santa Clara;Portalegre: Jaime Azedo; Porto:Miguel Guimarães; Santarém: PintoCorreia; Setúbal: Manuel Carrageta;Viana: Veiga Torres; Vila Real: Marga-rida Faria; Viseu: Pedro Henriques

Candidaturas Regionais

Mandatário: João Rodrigues Pena

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26 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Órgãos Regionais da SecçãoRegional Sul

Manuel Carvalho Rodrigues(Conselho Regional); HélderMonteiro (Mesa da AssembleiaRegional); Nobre Leitão (Conse-lho Disciplinar); Victor Gabão daVeiga (Conselho Fiscal)

Órgãos Regionais da SecçãoRegional Norte

José Pedro Moreira da Silva (Con-selho Regional); José R.CastroLopes (Mesa da Assembleia Regi-onal); Manuel Rodrigues eRodrigues (Conselho Disciplinar);António Marinho (Conselho Fis-cal)

Órgãos Regionais da SecçãoRegional Centro

Carlos Maia Teixeira (ConselhoRegional); Meliço Silvestre (Mesada Assembleia Regional); AlbertoSeabra (Conselho Disciplinar);Mário Campos (Conselho Fiscal)

Candidaturas DistritaisAlgarve: Carlos Nunes; Aveiro:Constança Miranda; Beja: CarlosMonteverde; Braga: João Cunha;Bragança: Fernando Andrade; Cas-telo Branco: Ernesto Rocha;Coimbra: Teresa Sousa Fernandes;Évora: Nuno Canas Mendes; Gran-de Lisboa: João Albuquerque Castro;Guarda: Augusto Lourenço; Leiria:Rui Pinheiro; Lisboa/Cidade: CarlosPereira Alves; Madeira: Pedro Ramos;Oeste: Nuno Santa Clara;Portalegre: Jaime Azedo; Santarém:José Salgado; Setúbal: AntónioParamez; Porto: José Fraga; Viana:Nélson Rodrigues; Vila Real: Marga-rida Faria; Viseu: José Pedro Saraiva

A EQUIPA DE CONSELHEIROS

PARA O SERVIÇO NACIONALDE SAÚDE E CARREIRAS

MÉDICASArmando Gonçalves – Cardiologia –Centro; Ferrer Antunes – HematologiaClínica – Centro; João Almeida –Pneumologia – Norte; José Luís Biscaia

– Medicina Geral e Familiar – Centro;Manuel Carrageta – Cardiologia – Sul;Martins Campos – Neurocirurgia – SulMartins Soares – Medicina Geral eFamiliar – Norte

PARA O ENSINO E EDUCA-ÇÃO MÉDICAS

Bicha Castelo – Cirurgia Geral – Sul;Adriano Vaz Serra – Psiquiatria – Cen-tro; Alberto Barros – Genética Médi-ca – Norte; António Sousa Pereira –Clínica Geral – Norte; Luís Providên-cia – Cardiologia – Centro; Luís SilvaCarvalho – Fisiologia – Sul; Sousa Guer-reiro – Medicina Interna – Sul

PARA A ÉTICA EDEONTOLOGIA MÉDICAS

Jorge Soares – Anatomia Patológica –Sul; Francisco Corte-Real – MedicinaLegal – Centro; Helena Gervásio –Oncologia Médica – Centro; LevyGuerra – Nefrologia – Norte; Mariado Carmo Vale – Pediatria – Sul; NunoMontenegro – Ginecologia/Obstetrí-cia – Norte; Regina Corado – Gineco-logia/Obstetrícia – Sul

PARA O DESENVOLVIMENTOPROFISSIONAL CONTÍNUO

José Amarante – Cirurgia Plástica– Norte; Ana Aleixo – Cardiologia –Sul; Carlos Robalo Cordeiro – Pneu-mologia – Centro; Fernando Campina– Ortopedia – Sul; Gonçalves Ferreira– Neurocirurgia – Sul; Maria João Neto– Medicina Interna – Centro; NunoReis – Neurocirurgia – Sul; Paes Duarte– Medicina Interna – Sul; Pinto Espa-nhol – Medicina Geral e Familiar –Norte; Rui Cernadas – Medicina Ge-ral e Familiar – Norte

PARA A MEDICINA LIVREFilipe Caseiro Alves – Radiodiagnóstico– Centro; Fernando Jorge – PatologiaClínica – Centro; Joaquim Murta –Oftalmologia – Centro; José ManuelMorais – Patologia Clínica – NorteManuel Pedro Magalhães – CirurgiaCardio-Torácica – Sul; Passos Ângelo– Radiodiagnóstico – Sul; Pedro Can-tista – Medicina Física e Reabilitação –Norte

PARA OS CONTRATOS INDI-VIDUAIS DE TRABALHO

Ana Antunes – Anestesiologia – NorteCarlos Mexedo – Anestesiologia –Norte; Dora Oliveira – Anestesiologia –Centro; Ivette Pedro – Anestesiologia –Centro; João Subtil - Otorrinolaringo-logia – Sul; Júlia Toste – Cardiologia –Sul; Nuno Bettencourt – Cardiologia– Norte; Sandra Morgado – Gastro-enterologia – Sul

PARA O MEDICAMENTOAna Maria Nogueira – Medicina Far-macêutica – Sul; Fontes Ribeiro – Far-macologia – Centro; Jorge Fortuna –Medicina Interna – Centro; JorgePolónia – Medicina Interna/Farmaco-logia Clínica – Norte; José PedroNunes – Cardiologia/FarmacologiaClínica – Norte; Perpétua Rocha – Me-dicina Interna – Sul; Rosa Begonha –Medicina Interna – Norte

PARA A QUALIDADESusana Parente – Anestesiologia – Sul;Álvaro Monteiro – Imunohemoterapia– Norte; Carlos Seco – Anestesiologia– Centro; Carvalho Rodrigues – Pato-logia Clínica – Sul; João Paulo Nunesdos Santos – Medicina Geral e Famili-ar – Sul; Lafuente Carvalho – Urologia– Norte; Paula Seiça – Imunohemotera-pia – Centro

PARA A AVALIAÇÃODO LITIGIO

Duarte Nuno Vieira – Medicina Legal– Centro; Carlos Mota Cardoso – Psi-quiatria – Norte; Isabel Antunes –Medicina do Trabalho – Centro; Mar-garida Albuquerque – Pediatria – Sul;Miguel Baptista – Ginecologia/Obste-trícia – Centro; Pedro Ulisses – Orto-pedia – Sul; Rui Koeller – Pediatria –Norte

PARA A COOPERAÇÃO COMOS PAÍSES LUSÓFONOS

Sónia Goulart – Medicina do Trabalho– Sul; Amélia Ferreira – Oftalmologia –Norte; António Andrade – PatologiaClínica – Sul; Fernando Nobre – Ci-rurgia Geral – Sul; Gomes da Silva –Cirurgia Geral – Norte; Hernâni Ca-

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Miguel Leão

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27Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

niço – Medicina Geral e Familiar –Centro; Herculano Vitorino – Medici-na Geral e Familiar – Centro; JoséManuel Pavão – Cirurgia Pediátrica –Norte; José Mendes – Estomatologia– Sul; Trindade Soares – Cirurgia Ge-ral – Sul

PLATAFORMA DE OBSERVA-ÇÃO E ACOMPANHAMENTODA SAÚDE – OS NÃO MÉDICOSProf. Doutor Alberto Castro – Ex-Se-cretário de Estado (Governo PS), Pro-fessor da Universidade Católica doPorto; Dr. Arlindo Carvalho – Ex-Mi-nistro da Saúde (Governo PSD); Dr.António Arnaut – Ex-Ministro da Saú-de (Governo PS); Dr. António Pires deLima – Ex-Bastonário da Ordem dosAdvogados; Dr. Clara Carneiro – Far-macêutica – Ex-Deputada do PSD;Prof. Doutor Francisco CarvalhoGuerra – Professor Catedrático Jubi-lado da Faculdade de Farmácia e Ex-Director do Centro Regional do Por-to da Universidade Católica; Prof.Doutor Figueiredo Dias – ProfessorCatedrático da Faculdade de Medici-na de Coimbra; Dr.Manuel FontesCarvalho – Ex-Bastonário da Ordemdos Médicos Dentistas; Prof. Enge-nheiro Manuel Porto – Ex-DeputadoEuropeu (PSD)

PLATAFORMA DE OBSERVA-ÇÃO E ACOMPANHAMENTO

DA SAÚDE – OS MÉDICOSAlfredo Loureiro – Nefrologia – Nor-te; António Sousa Uva – Medicina doTrabalho – Sul; Assunção Martinez –Medicina Geral e Familiar – Sul;Carlos Costa Almeida – CirurgiaVascular – Centro; ConstantinoSakellarides – Saúde Pública – Sul;Francisco Castro e Sousa – CirurgiaGeral – Centro; Fleming Torrinha –Patologia Clínica – Norte; JoãoRodrigues – Medicina Geral e Fami-liar – Centro; Massano Cardoso –Medicina do Trabalho – Centro; Mar-garida Pereira – Radiodiagnóstico –Sul; Nuno Grande – Medicina Gerale Familiar – Norte; Rui Nunes –Otorrinolaringologia – Norte; VazSerra/Manuel Antunes

PARA A REVISÃO DO ESTA-TUTO E DO CÓDIGO

DEONTOLÓGICODaniel Serrão – Anatomia Patológica– Sul; Agostinho Almeida Santos – Gi-necologia/Obstetrícia – Centro; Antó-nio Branco – Medicina Geral e Famili-ar – Sul; António Firmo – CirurgiaGeral – Centro; Caldas Afonso – Pedi-atria – Norte; Francisco Crespo – Pa-tologia Clínica – Sul; Galvão Teles –Endocrinologia – Sul; Jorge Biscaia –Pediatria – Centro; José Miguel Boqui-nhas – Nefrologia – Sul; Machado Lopes– Oncologia Médica – Norte; ManuelAntónio Silva – Oncologia Médica –Centro; Paulo Mendo – Neuroradio-logia – Norte

OS PRINCÍPIOS

I – O Presidente da Ordem deve sero porta-voz e o coordenador deuma equipa nacional de governo daOrdem dos Médicos, assente noConselho Nacional Executivounificada em torno de um progra-ma nacional, procurando a concili-ação de interesses, a união de es-forços e a promoção de consensos.Por isso deve:

Actuar com firmeza, mostrando aoPoder Político a força dos médicos eda sua Ordem.

Actuar com clareza, para que osmédicos, os poderes e a sociedadepercebam o sentido, o alcance e a de-terminação das posições do Presiden-te da Ordem dos Médicos.

Actuar com transparência, informan-do os médicos das propostas que o Pre-sidente veicula em nome da Ordem ousobre as quais a Ordem é consultada.

Actuar com oportunidade, inter-vindo por antecipação e em tempo útil.

Actuar com democraticidade,negociando apenas aquilo para queestiver mandatado pelo Conselho Na-cional Executivo.

Actuar com rigor, mantendo a coe-rência dos princípios

Transformar a Ordem dos Médi-cos numa organização comprotagonismo, dotada de capacida-de de iniciativa, ambiciosa e audaz ecapaz de intervir por antecipação

II – A Ordem dos Médicos deve de-fender os médicos

Consagrar, por via da revisão do Esta-tuto, a competência da Ordem na de-fesa da liberdade, independênciae autonomia dos médicos emcontrato individual de trabalho,adoptando como principio que cabe àOrdem dos Médicos apreciar a valida-de das respectivas estipulações.

Proceder a um registo nacionaldos médicos em contrato indivi-dual de trabalho, defendendo asua capacidade negocial e fazercumprir o Código Deontológico dosMédicos que obriga os responsáveisclínicos das unidades de saúde a co-municarem à Ordem dos Médicos oteor dos contratos individuais de tra-balho por celebrados por aquelas.

Promover a criação de associa-ções de médicos por área profis-sional como forma de salvaguar-dar a sua capacidade negocialcom entidades terceiras e de ga-rantir do direito a uma remune-ração digna.

Pugnar pela reposição da tabela denomenclatura e valor relativo dosactos médicos actualmente suspensapor intervenção da Autoridade da Con-corrência e proceder à sua revisão.

Proceder à avaliação sistemática e àdefesa das condições de exercícioprofissional dos médicos, no âm-bito de acordos por estes celebra-dos com terceiros, designadamentesubsistemas de saúde e entidades de-tentoras de seguros de saúde, de for-ma a salvaguardar o cumprimento dasregras de boa prática.

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Miguel Leão

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28 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Apresentar um projecto de regula-mentação do risco profissionalmédico em cooperação com os Sin-dicatos Médicos.

Pugnar pelo cumprimento da legisla-ção relativa à criação e generaliza-ção de serviços de saúde ocupa-cional nas unidades de saúde no âm-bito da criação da carreira médica deMedicina do Trabalho.

Criar uma estrutura de apoio amédicos injustamente caluniadosde forma a reparar os danos causadosao seu bom-nome e ao seu prestígioprofissional

Criar a Linha SOS Médico desti-nada a prestar apoio a médicosvítimas de situações de conflito, vio-lência ou agressividade no exercício dasua actividade profissional.

Defender a introdução de alteraçõesao regime legal de justificação defaltas por doença de forma aumen-tar a responsabilização dos utilizadoresdos serviços de saúde, libertando osmédicos de pressões quotidianas visan-do a emissão de atestados médicos.

III – A Ordem dos Médicos deve de-fender os doentes enquanto entida-de reguladora da qualidade do exer-cício da medicina valorizando e pro-movendo o papel dos Órgãos Téc-nicos das Especialidades, Sub-Espe-cialidades e Competências

Apresentar uma proposta defini-dora de Acto Médico, adoptando aformulação da União Europeia de Médi-cos Especialistas (UEMS) e garantindo aconsagração jurídica da liderança e doprimado da hierarquia médica nasequipas de saúde através da estipula-ção que o exercício da medicina é daexclusiva competência dos licenciadosem Medicina regularmente inscritos ouregistados na Ordem dos Médicos, po-dendo a prática das técnicas de execu-ção inerentes àquele exercício ser reali-zada directamente por estes ou sob asua orientação e responsabilidade.

Consagrar, por via da revisão do Estatu-to ou outra, a competência específi-ca da Ordem dos Médicos no com-bate ao exercício ilegal da medici-na e à publicidade enganosa.

Combater a intromissão da Entida-de Reguladora da Saúde nas com-petências da Ordem dos Médicos.Apresentar uma proposta de altera-ção da legislação sobre a ReceitaMédica de modo a impedir qual-quer forma, directa ou indirecta,de modificação da prescrição.

Combater a aplicação do Protoco-lo celebrado entre a AssociaçãoNacional de Farmácias e o Gover-no, nomeadamente no que se refere àpossibilidade de instalação de meios au-xiliares de diagnóstico e terapêutica nasfarmácias ou à prática disfarçada de ac-tos médicos naqueles estabelecimentos.

Proceder a uma auditoria nacional aosserviços hospitalares ou dos cuidadosprimários, com vista a identificar ecombater restrições à introduçãoou utilização de meios de diagnós-tico e terapêutica e proceder à suadivulgação pública.

Fornecer aos médicos, em caso delimitações à liberdade de exercícioprofissional, os instrumentos jurídi-cos que os possam ilibar de res-ponsabilidade civil, disciplinar oupenal que resultem da imposição demedidas atentatórias da qualidade doexercício.

Promover a definição, para cadaespecialidade, sub-especialidadeou competência, dos standardshumanos e técnicos adequados aoexercício profissional, nomeadamen-te no que se refere a prática de actoscirúrgicos e/ou invasivos e à composi-ção de equipas mínimas de urgência/emergência, tendo em conta o nível dediferenciação das unidades de saúde.

Promover a elaboração, para cadaespecialidade, sub-especialidadeou competência, de manuais de

boas práticas, com vista à sua publi-cação em Diário da Republica e à suaaplicação vinculativa em todas as uni-dades de saúde.

Promover a acreditação assisten-cial e a certificação de qualidadedos serviços clínicos, aplicandocritérios uniformes aos sectorespúblicos e privado, pelos Colégiosde Especialidade e Comissões Técni-cas de Sub-Especialidade e Competên-cia, em articulação com o ConselhoNacional da Qualidade

Elaborar e manter actualizado oRegulamento de Certificação deQualidade dos Serviços e Unida-des de Saúde, através da participa-ção do Conselho Nacional da Quali-dade em colaboração com as Direc-ções dos Colégios de Especialidade eas Comissões Técnicas de Sub-Especi-alidade e Competência.

Criar a Competência em Audito-rias Clínicas.

Institucionalizar a cooperação comassociações de doentes, criando oConselho Nacional para as Asso-ciações de Doentes.

Criar o Conselho Nacional paraAvaliação do Litígio com vista àinventariação e contextualização dascausas de litígio de acordo com as con-dições objectivas de exercício profis-sional, estimulando inter-pares a cor-recção das suas causas

Criar a Provedoria do Doente ori-entada para recolha de sugestões oucríticas relativas ao funcionamento dasunidades de saúde.

Apresentar de um projecto deregulamentação da Lei de Infor-mação Genética e de Saúde (apro-vada pela AR e que aguarda regulamen-tação pelo Governo), contemplando apossibilidade da Ordem dos Médicosse constituir na entidade solicitadora deinformações clínicas, sem quaisquer en-cargos para os doentes, quando estes não

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tenham possibilidade de a requerer atra-vés do seu médico assistente

Propor as necessárias alterações aoDecreto-Lei 101/2006 relativo àRede Nacional de Cuidados Con-tinuados de modo a garantir a lide-rança médica nas unidades integran-tes daquela rede, nomeadamente noque se refere aos especialistas emMedicina Física e Reabilitação

Propor as necessárias alterações àPortaria 646/2007 relativa aolicenciamento de unidades priva-das de saúde que permite ausurpação das competências daOrdem dos Médicos, por váriasentidades, designadamente pelaEntidade Reguladora da Saúde.

IV – A Ordem dos Médicos deve de-fender o Serviço Nacional de Saú-de e as Carreiras Médicas enquan-to elementos decisivos de solidarie-dade, coesão social, protecção dosdoentes, promoção da qualidade doexercício da medicina e diferencia-ção técnica dos médicos

Defender as carreiras médicasreivindicando a participação daOrdem dos Médicos nas negocia-ções do Acordo Colectivo de Tra-balho para os Hospitais do ServiçoNacional de Saúde em cooperaçãoestratégica com os SindicatosMédicos (FNAM e SIM).

Defender uma estrutura de car-reira médica devidamente certi-ficada, que garanta:

- a diferenciação técnica dos médicos- a equivalência de qualificações quepermita a sua aplicação universal, in-dependentemente do vínculo laboralou do estatuto jurídico da unidade desaúde, de forma a assegurar a liberda-de de circulação entre sectores- a universalidade do acesso e a qua-lidade da formação durante o inter-nato e após a especialização-a existência de programas de for-mação médica contínua, asseguradaspela entidade patronal, criando in-

centivos à mesma e associando-a àprogressão na carreira e à remune-ração-a valorização do desempenho pro-fissional

Defender a consagração legal de umperfil de diferenciação técnica ede competências na área da ges-tão para a atribuição de funçõesde direcção e chefia dos serviçosde acção médica de forma a garan-tir a sua qualificação e independênciae a impedir que aquelas sejam atribuí-das segundo o livre arbítrio dos ór-gãos de administração.

Obter a valorização da Compe-tência em Gestão reconhecida ouatribuída pela Ordem dos Médi-cos para a atribuição de funções dedirecção e chefia dos serviços de ac-ção médica.

Combater todos os modelos de car-reira médica que associem a progres-são técnico-científica ou a remunera-ção ao cumprimento de políticas derestrição orçamental das unidadesde saúde.

Combater a concessão da explora-ção de serviços clínicos das uni-dades do Serviço Nacional deSaúde a entidades privadas.

Pugnar pela realização de concur-sos de provimento nas unidadesde saúde cujos quadros apresentemvagas não preenchidas.

Reivindicar a periodicidade anual darealização dos concursos de ha-bilitação.

Monitorizar o processo de Refor-ma dos Cuidados de Saúde Pri-mários de acordo com princípiosseguintes:

-apoiar o principio da criação deUnidades de Saúde Familiares,enquanto processo de adesão volun-tária, de auto-organização e de lide-rança médica.

-garantir a não discriminaçãodos médicos não aderentes, no-meadamente no que se refere à pro-gressão na carreira, ao acesso à for-mação médica e à melhoria das con-dições de exercício profissional, sal-vaguardando os direitos já adquiridos.-combater quaisquer limitações à li-berdade de prescrição de meios dediagnóstico e terapêutica, de acor-do com o estado da arte, rejeitan-do absolutamente o modelo do«Orçamento Clínico».

Defender a liberalização do aces-so ao regime de convenção quedeve ser apenas condicionado à verifi-cação de critérios técnicos definidospela Ordem dos Médicos como sejamo titulo de especialista e o cumprimen-to das normas técnicas definidas pe-los Colégios de Especialidade ou Co-missões Técnicas de Sub-Especialida-de ou Competência.

Defender a actualização anual databela dos preços dos serviçosconvencionados

Pugnar pela definição de um quadrolegal que permita a criação de car-reiras médicas para as especiali-dades de Medicina Desportiva,Medicina do Trabalho e MedicinaTropical

V – A Ordem dos Médicos deve as-sumir um papel fundamental napromoção da unidade entre as or-ganizações representativas de mé-dicos, designadamente dos sindica-tos médicos.

Revitalizar o Fórum Médico ,institucionalizando a realização de reu-niões periódicas, como fórmula para aconcertação de posições das principaisorganizações representativas dos mé-dicos.

Estreitar as relações de coopera-ção e convergência, multilateraise bilaterais, com a Associação dosMédicos da Carreira Hospitalar,com a Associação Portuguesa dos

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Médicos de Clínica Geral, com aAssociação dos Médicos de Saú-de Pública, com a Associação Na-cional dos Médicos Internos, coma Federação dos Prestadores dosCuidados de Saúde, com a Fede-ração Nacional dos Médicos(FNAM) e com o Sindicato Inde-pendente dos Médicos (SIM).

VI – A Ordem dos Médicos deve sera entidade que promove activamen-te, regula e certifica a FormaçãoMédica Pós-Graduada e que reco-nhece e atribui os títulos de qualifi-cação profissional, sendo da suaexclusiva competência, através dosseus Colégios de Especialidade, adefinição dos programas de forma-ção do respectivo internato e a de-finição e verificação dos critériosqualitativos e quantitativos deatribuição de idoneidade formativa

Promover activamente a formaçãomédica continuada através da cri-ação do Conselho Nacional para oDesenvolvimento Profissional Con-tínuo com vista a estabelecer parceriasestratégicas entre a Ordem dos Médi-cos (através dos órgãos representativosdas especialidades, sub-especialidades,competências e dos médicos internos),Sociedades Científicas, Faculdades deMedicina, Institutos Públicos ou Privadose Indústria Farmacêutica.

Criar o Fórum para a FormaçãoMédica, englobando representantesdas Especialidades, Sub-Especialidadese Competências, do Conselho Nacio-nal do Médico Interno, das SociedadesCientíficas e das Faculdades de Medici-na com vista à harmonização de inicia-tivas no âmbito da formação médica.

Reforçar a participação decisóriados órgãos técnicos da Ordem demodo a consagrar, em sede de revisãoestatutária, na composição do Plená-rio de Conselhos Regionais, a presen-ça dos Presidentes dos Colégios deEspecialidades e dos Coordenadoresdas Comissões Técnicas de Sub-Espe-cialidade e Competência.

Institucionalizar Plenário de Di-recções dos Colégios de Especia-lidade e das Comissões Técnicasde Sub-Especialidade e Compe-tências destinado a discutir matériasrelacionadas com a formação médica.

Estimular a cooperação entreColégios de Especialidade e asSociedades Científicas afins comvista à harmonização de iniciativas quepromovam a formação médica e o de-senvolvimento profissional contínuo eque permitam uma articulação eficazno âmbito das respectivas represen-tações internacionais.

Monitorizar as condições de fun-cionamento dos internatos e deacesso à formação médica contí-nua em todas as unidades de saú-de, nomeadamente aquelas sujeitas aregras de gestão empresarial, atravésde auditorias periódicas a realizar me-diante articulação dos Colégios de Es-pecialidade e do Conselho Nacional doMédico Interno, com especial incidên-cia na tutela formativa dos médicosinternos.

Adoptar os seguintes princípiosrelativamente ao Internato Médi-co, em estreita colaboração como Conselho Nacional do MédicoInterno:

– Defender que os mapas de vagas doconcurso de ingresso ao internatomédico sejam do conhecimento dosmédicos interessados à data da reali-zação do respectivo exame de acesso.– Realizar uma consulta aos médicosinteressados com vista a definir o tem-po de inexistência de autonomia pro-fissional após a licenciatura em Medi-cina, respeitando a legislação aplicávelna União Europeia, continuando a ga-rantir a existência do ano comum dointernato.– Consagrar a definição legal do perfiladequado ao desempenho da funçãode orientador de formação, pugnar pelacriação de incentivos ao desempenhodas respectivas funções, realizar cur-sos certificados para orientadores de

formação e promover a identificação,junto dos colégios de especialidade,dos médicos com funções deorientador de formação.– Definir como critérios para a atri-buição de idoneidade formativa a exis-tência de carreira médica estruturadae quadro médico efectivamente dirigi-do por médico da especialidade coma categoria de chefe de serviço ou, pelomenos, com o grau de consultor, emcircunstâncias justificadas e aceites peladirecção do respectivo colégio.– Instituir o princípio da realização devisitas aos serviços para fins de atri-buição de idoneidade formativa com aperiodicidade máxima de dois anos– Avaliar, através de inquéritos perió-dicos, os motivos de abandono oumudança de especialidade.– Consagrar o princípio que a realiza-ção de trabalho extraordinário dosmédicos internos, fora do âmbito dosprogramas de formação da respectivaespecialidade, deve depender do acor-do expresso dos mesmos.– Definir o conteúdo das grelhas deavaliação do exame final do internato,a serem obrigatoriamente publicadasna Revista da Ordem dos Médicos, pelomenos 2 anos antes da época de avali-ação a que disserem respeito.– Defender o princípio que qualquerespecialista pela Ordem dos Médicospoderá integrar os júris de avaliaçãodo internato médico, independente-mente do respectivo vínculo contra-tual a unidades de saúde.– Promover a apresentação de um re-latório apreciativo do internato, apósa realização do respectivo exame finale aquando da inscrição no Colégio darespectiva Especialidade.– Instituir a atribuição de bolsas paraformação

Aprovar de imediato e exigir apromulgação do programa deformação do internato de espe-cialidade de Medicina Geral eFamiliar

Promover a especialidade de Saú-de Pública salvaguardando a respec-tiva independência técnica e recusan-

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do a sua subordinação a entidades deâmbito autárquico.

Obter a promulgação dos progra-mas de formação dos internatosmédicos das especialidades de Me-dicina Desportiva, de Medicinado Trabalho e de Medicina Tro-pical

Promover um debate interno relati-vo à criação de novos títulos de di-ferenciação profissional no âm-bito da Geriatria e Cuidados Pa-liativos

VII – A Ordem dos Médicos deveprocurar uma concertação estraté-gica com as instituições de ensinomédico pré-graduado, com vista aassegurar a consistência, coerênciae continuidade da formação pré epós-licenciatura em Medicina.

Desenvolver uma cooperação estra-tégica com as Faculdades de Me-dicina, nomeadamente através doConselho Nacional de Ensino e Edu-cação Médicas e do Conselho Nacio-nal do Médico Interno, com vista à ar-ticulação da formação médica pré epós-graduada.

Monitorizar o funcionamento 6ºano profissionalizante através doConselho Nacional de Ensino e Edu-cação Médicas e do Conselho Nacio-nal do Médico Interno em estreitacooperação com a Associação Nacio-nal de Estudantes de Medicina.

Combater a criação de novas fa-culdades de medicina, sejam elaspúblicas ou privadas impedindo a cria-ção de excedentes de médicos e a suaproletarização.

Admitir como factor de ponde-ração para o concurso de ingres-so ao internato médico a classifi-cação de licenciatura, desde queeliminadas eventuais distorções geo-gráficas daquela classificação.Participar no Conselho Nacional deAvaliação do Ensino Superior e na

Comissão de Avaliação Externa dasFaculdades de Medicina

Estabelecer relação de cooperaçãocom a Associação Nacional deEstudantes de Medicina atribuindo-lhe o estatuto de observador do Con-selho Nacional de Ensino e EducaçãoMédica e assegurando a distribuição daRevista da Ordem dos Médicos aosestudantes de Medicina.

VIII – A Ordem dos Médicos deveexercer a acção disciplinar univer-salmente, de forma transparente ecom independência da intervençãosocio-profissional.

Apresentar uma proposta de revisão doEstatuto Disciplinar dos Médicos eda Lei Orgânica da Inspecção-geralde Saúde, com vista à criação de umsistema inspectivo misto e aplicável a to-das as unidades de saúde que consagre aparticipação paritária de peritos médicosdesignados pela Ordem dos Médicos epela Inspecção-Geral de Saúde.

Consagrar, em sede de revisão estatu-tária a separação das funções dePresidente da Ordem, de Presi-dente do Conselho Fiscal Nacio-nal e de Presidente do ConselhoNacional de Disciplina.

IX – A Ordem dos Médicos deve cri-ar, por via interna ou por negocia-ção com entidades terceiras, meca-nismos de solidariedade e protec-ção aos médicos

Criar mecanismos de solidarieda-de a médicos carenciados e seusfamiliares directos alargando osapoios actualmente existentes (queabrangem apenas escassas dezenas demédicos) tendo em conta os activosdo Fundo de Solidariedade.

Proceder, após consulta vinculativa euniversal a todos os médicos, à cria-ção de um complemento de re-forma para todos os médicos devalor a definir, mediante a rentabiliza-ção do Fundo de Solidariedade e/ou

um acréscimo de quotas especifica-mente destinado a esse fim.

Proceder à criação de um seguro deresponsabilidade civil profissional,de grupo e universal, financiado pelaOrdem dos Médicos e no valor de250000 Euros, após consulta vinculativae universal a todos os médicos.

X – A Ordem dos Médicos deve re-organizar-se de modo a garantirceleridade, eficácia, transparênciae descentralização no processo detomada de decisões e a asseguraruma adequada e generalizada in-formação junto dos médicos e daopinião pública.

Divulgar periódica e sistematica-mente as deliberações do CNEjunto dos médicos e dos doentesatravés dos órgãos de comunicaçãosocial especializados e generalistas.

Defin ir uma estratégia comu-nicacional com a opinião pública, cri-ando a figura do Porta-Voz Téc-nico da Ordem dos Médicos, de-signados pelas Direcções dos Co-légios de Especialidade ou ComissõesTécnicas de Sub-especialidade ouCompetência.

Transformar a Revista e o Portalda Ordem dos Médicos em instru-mentos de comunicação demo-cráticos e efectivamente informativose actualizados das actividades dos di-versos órgãos da Ordem.

Personalizar as responsabilidadesdecisórias dos membros do ConselhoNacional Executivo, através da atribui-ção de pelouros específicos.

Atribuir aos Presidentes dos Con-selhos Distritais o estatuto deobservador nos Conselhos Naci-onais Executivos.

Cometer aos Conselhos Distritais afunção de promover a eleição dosDelegados da Ordem dos Médicos noslocais de exercício profissional.

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Introduzir o estatuto do referendocomo instrumento de decisão para maté-rias de relevante interesse para a classe.

XI – A Ordem dos Médicos deve to-mar a iniciativa de propor junto doPoder Legislativo a revisão do seuEstatuto e de proceder à modifica-ção do Código Deontológico

Constituir um Grupo de Missão coma função de promover um debate na-cional e de recolher os contributos detodos os médicos relativos à revisãodo Estatuto da Ordem dos Médi-cos e do Código Deontológico.

Proceder à revisão do Estatuto daOrdem dos Médicos e do CódigoDeontológico, admitindo o princí-pio da representação proporcionalem órgãos deliberativos, nomeada-mente os fiscalizadores e disciplinares.

Ponderar a inclusão no Estatuto daOrdem de normas deontológicas(como já acontece com outras Or-dens) ou a elaboração de Recomen-dações Éticas sobre matérias sobre asquais não exista consenso para sua in-clusão estatutária, garantindo destaforma a resolução de contradiçõesinsanáveis com o ordenamentojurídico do país.

Submeter a consulta universal detodos os médicos, com valorvinculativo, os projectos de revi-são do Estatuto e do CódigoDeontológico.

XII – A Ordem dos Médicos devemanter e desenvolver no âmbito in-terno, relações de cooperação comtodas as Ordens Profissionais, nome-adamente as que representam pro-fissionais de saúde, e, no âmbito ex-terno, para além de respeitar os com-promissos internacionais assumidos,aprofundar o seu relacionamentocom as organizações congéneres dospaíses de língua portuguesa

Estreitar as relações de coopera-ção com a Ordem dos MédicosDentistas atendendo ao facto de sera única Ordem do sector da Saúde que,para além da Ordem dos Médicos, filiaprofissionais com competência reco-nhecida para estabelecer diagnósticose prescrever terapêuticas.

Desenvolver uma estratégia de coo-peração com a Ordem dos MédicosDentistas com vista à revisão da legis-lação que regulamenta o exercício daactividade privada no âmbito daestomatologia, cirurgia maxilo-facial emedicina dentária.

Curriculum Vitae

MIGUEL JORGE SANTOS DE OLIVEIRA FERREIRA LEÃO

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Miguel Leão

Criar o Conselho de CooperaçãoMédica com os Países Lusófonos,destinado a promover o estreita-mento das relações de cooperaçãocom os médicos e suas organizaçõesrepresentativas dos países de línguaportuguesa, nomeadamente atravésdo desenvolvimento da especialidadede Medicina Tropical.

Reforçar a participação da Ordem dosMédicos no Conselho Nacional dasProfissões Liberais e intervir no res-pectivo Centro de Arbitragem comvista à resolução de situações delitigio que envolvam médicos e enti-dades terceiras.

Criar a figura do embaixador itine-rante da Ordem dos Médicos, deforma a profissionalizar o desempenhoda representação internacional da Or-dem dos Médicos.

Respeitar os compromissos inter-nacionais da Ordem dos Médicos,nomeadamente no âmbito do ComitéPermanente dos Médicos da UniãoEuropeia e na União Europeia dosMédicos Especialistas.

Apoiar empenhadamente as Presidên-cias portuguesas da UEMO e do PWG.

Nascido em 26 de Setembro de 1960 no Porto, divorciado,uma filha, com residência em Matosinhos

A) ACTIVIDADE PROFISSIONAL

• Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina doPorto, com a classificação de 16 valores (1984)• Monitor da Disciplina de Genética Médica da Faculdadede Medicina do Porto (1982-1987)• Assistente Convidado da Disciplina de Genética Médicada Faculdade de Medicina do Porto (1987-1994)• Assistente Convidado da Disciplina de Genética do CursoSuperior de Ciências da Nutrição (1987-1991)

Cédula Profissional – 29126

• Docente Convidado da Disciplina de Medicina Legal do Cur-so de Direito da Universidade Católica do Porto (1987-1996)• Mestrado em Genética Médica pela Universidade do Por-to com a classificação de Muito Bom (1990)• Secretário do Conselho Regional do Norte da Ordemdos Médicos (1990-1992)• Membro do Conselho Nacional Executivo da Ordem dosMédicos (1990-1992)• Membro do Conselho Redactorial da Revista Acta MédicaPortuguesa (1991-1992)• Membro da Subcomissão de Formação Profissional do Co-mité Permanente dos Médicos da CEE (1992)• Secretário-Geral do Comité Permanente dos Médicos daCEE (1992)

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Miguel Leão

• Sócio Fundador da Associação Portuguesa de DoençasNeuromusculares (1991)• Grau de Especialista em Neurologia com a classificaçãode 19 valores (1992)• Competência em Genética Médica pela Ordem dos Médi-cos (1992)• Assistente Hospitalar de Neurologia Pediátrica do Hospi-tal de S.João com a classificação de 18,5 valores (1993)• Especialista em Neurologia pela Ordem dos Médicos(1995)• Equiparação ao Ciclo de Estudos Especiais de NeurologiaPediátrica (1996)• Membro do Grupo Peritos destinado à análise ereformulação do quadro legal relativo à definição e verifica-ção da morte,por nomeação da Ministra da Saúde, Dr.ª Mariade Belém Roseira (1996)• Especialista em Genética Médica pela Ordem dos Médi-cos (1998)• Grau de Consultor e Assistente Graduado de NeurologiaPediátrica do Hospital de S.João (1999)• Presidente do Conselho Regional do Norte da Ordemdos Médicos (1999-2004)• Sub-Especialista em Neurologia Pediátrica pela Ordem dosMédicos (2001)• Membro da Comissão Consultiva Externa da Escola deCiências da Saúde da Universidade do Minho (2001-2002)• Membro fundador da Associação Médica de CooperaçãoLusófona e Iberoamericana (2003)• Membro do Júri de Coordenação Nacional da Prova deComunicação Médica de ingresso ao Internato Complemen-tar (2003-2004)• Membro do Grupo de Trabalho para regulamentar a dis-pensa em farmácias de oficina de medicamentos de uso hos-pitalar (2004)• Membro da Comissão de Avaliação das Faculdades de Me-dicina (2004)• Presidente da Mesa da Assembleia Regional do Norte daOrdem dos Médicos (2005-2007)• Membro do Conselho Nacional para o Serviço Nacionalde Saúde (2005-2007)

• Filiado em várias sociedades científicas relacionadas coma Neurologia, Neurologia Pediátrica e Genética Médica• Autor e Co-Autor de cerca de 80 comunicações de índo-le científica e de 25 publicações em revistas nacionais eestrangeiras

B)ACTIVIDADE CÍVICA

• Membro fundador da Sociedade Portugal-Europa (1979)(já extinta)• Vice-Presidente da Associação de Estudantes da Faculda-de de Medicina do Porto (1979-1981)• Representante da Associação de Estudantes da Faculdadede Medicina do Porto na Comissão Central da Queima dasFitas da Universidade do Porto (1980)• Representante da Associação de Estudantes da Faculdadede Medicina do Porto na Comissão Instaladora da Associa-ção Académica do Porto (1981)• Membro (como aluno) do Conselho Directivo da Facul-dade de Medicina do Porto (1981-1983)• Vice-Presidente da Comissão Política Concelhia do Portoda Juventude Centrista e membro do Conselho Nacionalda Juventude Centrista (1983-1984)• Presidente da Comissão Politica Concelhia do Porto daJuventude Centrista (1985-1986)• Candidato a Presidente da Junta de Freguesia de Ramaldee membro da respectiva Assembleia de Freguesia pelo Par-tido do Centro Democrático e Social (CDS) (1985)• Membro da Comissão Distrital de apoio à candidatura doProf. Doutor Diogo Freitas do Amaral à Presidência da Re-pública (1986)• Candidato (derrotado) à Presidência da Comissão Políti-ca Concelhia do Porto do CDS (1986)• Membro Fundador da Fundação Portugal Século XXI e daAssociação Nova Democracia (já extintas) (1987)• Sócio Fundador da Associação Nacional de Jovens Médi-cos (1989)• Filiação no Partido Social-Democrata (1995)• Deputado à Assembleia Municipal do Concelho do Porto,eleito pelo PSD (2002-2005)

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Pedro Nunes

Porque se trata de um projecto comque se identificam milhares de médi-cos em todo o País não o tomo comomeu nem o assumo unicamente emtorno da candidatura a Bastonário.

É o projecto de todos os médicos quecom ele se identifiquem pelo que deleserei representante e testemunha.Nele têm lugar todos os que se iden-tifiquem com os seus valores. Dareideles testemunho como até à data deitestemunho dos valores dos médicose do querer colectivo da Ordem quetive o privilégio de representar en-quanto Presidente.

Na medida em que transporta umpassado e a expressão de uma postu-ra alguns querem fazer vê-lo como umprojecto de estagnação a que preten-dem opôr os seus projectos de mu-dança. Não é assim. O projecto deunidade e independência é umprojecto de contínua mudança e adap-tação a novos desafios a que natural-mente se opõem os projectos demudança para pior que se desenvol-vem em torno quer da ambição pes-soal quer da subserviência aos desíg-nios de um partido para quem a Or-dem dos Médicos poderia ser um útilinstrumento de luta.

Defendo o projecto de unidade eindependência porque acredito:

CONSOLIDARA INDEPENDÊNCIA

– DEFENDER OSMÉDICOS

Em Dezembro confrontam-se três projectos para

a Ordem dos Médicos: um projecto pessoal, um pro-

jecto partidário e um projecto de unidade e inde-

pendência que tenho a honra de protagonizar.

Mandatário Nacional – António Pereira Coelho

Mandatário para a Região Sul – Manuel Rodrigues Martins

Mandatário para a Região Centro – António Reis Marques

Mandatário para a Região Norte – Pedro Correia da Silva

Mandatário para a Região Autónoma da Madeira – ManuelBrito

Mandatário para a Região Autónoma dos Açores – Francis-co Rego Costa

Mandatário para a Medicina Hospitalar – Óscar Gonçalves

Mandatário para a Medicina Geral e Familiar – José LuísGomes

Mandatário para a Saúde Pública – Carlos Daniel Pinheiro

Mandatário para os Jovens Médicos – Rui Guimarães

Mandatários de Candidaturas Regionais que Apoiam a Tí-tulo Pessoal:Região Centro Lista B – Linhares FurtadoRegião Norte Lista B – Albino Aroso

– Acredito nos médicos quando orien-tados pelos valores de uma éticamilenar que sobrevive ao devir das ci-vilizações e coloca o Homem, cada ho-mem, no centro de todas as decisões.– Acredito que a defesa dos médicospressupõe o poder político que só oreconhecimento por parte da Socie-dade confere. Que não é por reivindi-car ser elite que se o é, mas apenas osomos quando os outros em nós re-

conhecem capacidade, empenho e von-tade de bem-fazer.

– Acredito que só é possível defenderos médicos quando nós próprios pu-dermos afirmar não servir outros in-teresses, nem militar noutras ideolo-gias, que naqueles ou naquelas que seidentificam com os valores da ÉticaUniversal que enquanto Médicos so-mos testemunha.

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35Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos – Pedro Nunes

– Acredito que todos os Médicos sãoimportantes para garantir a Saúde docolectivo em que se inserem e quetodos têm um papel determinante naconstrução da Ordem que nos re-presenta. Não distingo entre médi-cos de primeira e de segunda, entrepríncipes da Medicina e vulgaresesculápios, entre dirigentes e dirigi-dos, entre professores e discípulos.Apenas acredito nos médicos, emcada médico, quando em cada acçãodo seu dia de trabalho são testemu-nha da vontade de uma Classe degente de Bem.

– Acredito que, como profissionais osMédicos têm direito a defender os seusinteresses, pelo que é incontornável aexistência de Sindicatos fortes que osdefendam enquanto assalariados e As-sociações que os defendam enquantoprofissionais liberais.– Acredito que no Portugal do SéculoXXI não é possível a Ordem eximir-seàs suas funções de intervenção exter-na, nomeadamente nas organizaçõesque procuram influenciar as decisões noespaço europeu e na interacção perma-nente com as organizações que repre-sentam Médicos que falam português.

– Acredito que a Ordem é a Casa deTodos os Médicos e que o seu Presi-dente mais não é que a face, o rostovisível, de milhares de colegas. Cole-gas que têm o direito de exigir ver-serepresentados nos seus anseios, nosseus propósitos e nos seus desejosquando o seu representante é julgadono tribunal da opinião pública.

– Acredito no direito dos portugue-ses a cuidados de Saúde de acessouniversal, distribuídos com equidade egratuitos no ponto de prestação. Quetal desígnio só se consegue com umServiço Nacional de Saúde público,geral, universal e gratuito integradonum Sistema de Solidariedade Social.Num Sistema que igualmente potenciea capacidade empreendedora dos mé-dicos através da iniciativa individual, depequenos grupos ou cooperativas, eda livre adesão a Convenções Univer-

sais unicamente condicionada por cri-térios técnicos.

– Acredito que a chave para manter oprestígio de que a Classe se voltou apoder orgulhar nos últimos anos, resi-de na identificação dos Médicos comoum grupo profissional livre e sem medoque se sabe afirmar e enquadrar naSociedade de que faz parte. Para talacredito ser imprescindível manter orumo, em resumo CONSOLIDAR AINDEPENDÊNCIA – DEFENDEROS MÉDICOS...

Para que tal seja possível proponho-me:Acto Médico e CarreirasMédicas

Defender a imprescindibilidade da pu-blicação de um instrumento legaldefinidor do Acto Médico é hoje pací-fica entre os médicos. Tal diploma temde respeitar as especificidades e de-senvolvimento consignado por lei aoutras profissões da área da Saúde masnão pode deixar de ser o garante dainviolabilidade da profissão médica. Umdiploma que defina o Acto Médico maisque identificar os actos que são pró-prios dos médicos tem de ser um ver-dadeiro documento enquadrador, iden-tificando os limites das acções de ter-ceiros, o papel de liderança que cabeaos médicos enquanto profissionaisdotados de maior acervo técnico ecultura científica, bem como constituir-se como carta de direitos dos doen-tes a uma Medicina de qualidade.

Desencadear o processo de consoli-dação dos acordos já alcançados emmatéria de Carreiras Médicas levandoà criação de mais dois patamares dereconhecimento de evolução profissi-onal por parte da Ordem dos Médi-cos, para além dos actualmente exis-tentes de médico e médico especialis-ta. As Carreiras a aprovar após amplodebate entre os médicos pelos órgãospróprios da Ordem deverão ser sujei-tas a consulta referendária antes da suaimplementação. Comprometo-me a pro-mover tal consulta durante o ano 2008.

Deontologia e Ética Médicas

Considero que os valores da Ética Mé-dica nomeadamente os que se prendemcom o primado da defesa da vida hu-mana e o compromisso primordial dosmédicos para com o ser humano indi-vidual são irrevogáveis e inalienáveis.Considero que os códigos, a expressãode tais valores e a identificação da praxiscom eles identificada, podem e devemsofrer aprimoramentos que derivem dopermanente debate entre os médicos.

Promoverei a discussão pública entreos médicos do projecto de revisão doCódigo Deontológico completadopelo Conselho Nacional de Ética eDeontologia Médica do mandato queagora finda. Após a assumpção doscontributos dos médicos tal Códigoserá colocado a aprovação pelo Ple-nário de Conselhos Regionais após oque será sujeito a consulta referendáriaantes da sua implementação.Opor-me-ei frontal e intransigente-mente a qualquer tentativa vinda doexterior à profissão de condicionar osseus valores. A independência da pro-fissão médica face a quaisquer poderes,nomeadamente o político e o econó-mico, são para mim matéria não passí-vel de qualquer negociação ou cedência.

Política de Saúde

Respeitarei as políticas de Saúde quevierem a ser definidas pelo Governolegítimo do País, entendendo que nãocompete à Ordem paternalizar a So-ciedade ou substituir-se a esta nas es-colhas que lhe competem. Não deixa-rei de, publicamente e com total fir-meza, dar testemunho do entendimen-to da Ordem, decidido pelos seus ór-gãos próprios, sobre as consequênciaspara os portugueses das políticasprosseguidas seja qual for o partido ouGoverno responsável.

Defenderei a Solidariedade Nacionaldemonstrada numa política de desen-volvimento homogéneo de todo o ter-ritório, nomeadamente das zonas maisabandonadas do interior, de manuten-

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ção e consolidação do Serviço Nacio-nal de Saúde enquanto estruturantedos cuidados prestados e garante dasua universalidade e equidade. Promo-verei o desenvolvimento de centros deexcelência nacionais sempre que tal fortecnicamente adequado e defendereia sua disseminação pelo território emdetrimento de políticas centralistas.

Defenderei o direito dos Médicos à li-vre iniciativa, à pequena empresa mé-dica ou ao associativismo em torno decooperativas de prestadores ou uni-dades autónomas. Pugnarei pela Con-venção Universal, de adesão livre portodos que aceitem as condições eco-nómicas e provem possuir a caracte-rização técnica predefinida em termosde formação e equipamentos.

Articularei, nos termos definidos peloCNE, a acção da Ordem com as ac-ções dos Sindicatos e AssociaçõesMédicas, de molde a garantir que aprossecução dos objectivos estatutá-rios seja potenciadora de cada vezmelhores condições de vida e traba-lho dos Médicos.

Continuarei a luta já encetada contrao intrusismo na esfera de competên-cias da Ordem por parte de entidadescomo a Autoridade da Concorrência,a Entidade Reguladora da Saúde oumesmo qualquer tipo de prepotênciaou autoritarismo ilegal por parte doGoverno.

Medicina Hospitalar

Enquadrado nas actuais e futuras car-reiras médicas defenderei o respeitopelas hierarquias de competência, es-tabilização da vida profissional e direi-to dos médicos ao desenvolvimentoprofissional contínuo.Promoverei as formas de organizaçãoque potenciem o trabalho médico, no-meadamente as que promovam a cons-tituição de equipas multi e pluridis-ciplinares com carácter de estabilidade.

Atento aos interesses económicos le-gítimos dos médicos e respeitando a

esfera de acção próprias da Ordem edos Sindicatos, não deixarei de cha-mar a atenção para as condiçõesgravosas de exercício potenciadorasdo erro nomeadamente as que resul-tem de períodos exagerados de ser-viço e da contratação à tarefa ou atra-vés de empresas fornecedoras demão-de-obra.

A Ordem empenhar-se-á activamen-te, qualquer que seja o enquadramentoeconómico ou de gestão das unidadesde saúde, em promover o trabalho emequipa, as hierarquias de competênciaaceites e assumidas interpares e a nãoprecarização e exploração do traba-lho médico. Potenciarei a estabilidadeprofissional e a articulação entre to-dos de forma a que a criação de in-centivos ao desempenho não seja ge-radora de injustiças em si mesmasdesmotivadoras.

Promoverei o debate entre as estru-turas representativas das várias espe-cialidades (Colégios e Sociedades Ci-entíficas) de forma a obviar a inútilconflituosidade entre médicos e a fa-cilitar a permanente evolução da praxise formação médicas, nomeadamentelevando à identificação de novos conteú-dos e saberes das várias especialidades,sub-especialidades e competências.

Conduzirei uma política de unidadeentre todos os médicos de todas ascarreiras e áreas de diferenciação paraque seja claro que só existe uma Me-dicina e que aquilo que une os Médi-cos é substantivamente mais que aquiloque circunstancialmente os separe.

Intransigentemente defenderei emcada caso concreto o primado da téc-nica sobre a economia e a tomada dedecisão baseada em critérios clínicos.

Medicina Geral e Familiar

Reconhecendo a especificidade destaespecialidade médica e as particularesdificuldades que os médicos especia-listas desta área enfrentam pugnareipelo seu desenvolvimento e unidade.

Chamarei constantemente a atençãopara a carência do País em Médicosde Família, as suas penosas condiçõesde trabalho e a necessidade de recon-siderar a carga abusiva de trabalho bu-rocrático e administrativo que lhes temsido consignada.

Apoiarei nos termos em que for defi-nido pelo CNE, ouvido o respectivoColégio de Especialidade, a criação dasUnidades de Saúde Familiar enquantoprojecto de desenvolvimento e aper-feiçoamento da prática profissional.

Não transigirei em caso algum comtentativas de pressionar ou criar divi-sionismo entre os médicos de famílialevando a inaceitáveis situações em quede qualquer forma sejam criados mé-dicos ou doentes de primeira e médi-cos ou doentesde segunda.

Obrigarei o poder político a respeitaras decisões que cada Médico de Famí-lia entenda tomar quanto à sua formade integração e actuação nos mode-los de prestação de serviço que a Leilhes consigne.

Lutarei contra qualquer tipo de discrimi-nação dos Médicos de Família em rela-ção a outros Médicos nomeadamente noseio das Unidades Locais de Saúde e es-tarei atento à previsível subordinação agestores e administradores nos futurosAgrupamentos de Centros de Saúde.

Continuarei a luta já longamente desen-volvida pela Ordem contra o exercícioda Medicina por indiferenciados ou aabusiva atribuição de funções para asquais não haja o adequado enquadra-mento profissional ou a formação espe-cífica participada de forma voluntária.

Saúde Pública

Continuarei, como tenho feito até aqui,a articular a minha acção com o Colé-gio de Especialidade de Saúde Públicade forma a potenciar o desenvolvimen-to desta Especialidade Médica e asse-gurar as condições indispensáveis aoseu exercício.

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Atentas as funções transversais de es-tudo e planeamento que recomendama sua integração no todo global da Saú-de e as suas inalienáveis funções de au-toridade serei intransigente contraquaisquer formas implícitas ou explíci-tas de subordinação, nomeadamente asua inaceitável e anunciada futura de-pendência dos executivos autárquicos.

Formação Médica e Internatos

Tendo conseguido no mandato queagora finda a longamente desejada tu-tela da Ordem sobre a formação mé-dica pós-graduada será minha funçãodinamizar os órgãos próprios da Or-dem com esse fim específico – os Co-légios de Especialidade e o ConselhoNacional da Pós-Graduação.

Será imprescindível garantir que a evo-lução do processo no tempo sejaadaptativa de novas realidades e com-porte melhorias na sua estruturação masque não se descaracterize nos seus prin-cípios. Serão elementos caracterizadoresdo processo e como tais inalienáveis:

– A participação dos Médicos Internosem todas as matérias que digam res-peito aos Internatos Médicos consub-stanciada na sua presença junto das di-recções dos Colégios de Especialidade,a intervenção através do ConselhoNacional do Médico Interno em todosos debates e negociações em matériade Internatos bem como a presença dosseus representantes eleitos em órgãosda Administração Pública em que têmassento como seja o CNIM (ConselhoNacional dos Internatos Médicos).

– O carácter nacional das provas detitulação e a sua gestão subordinada aosinteresses de desenvolvimento técni-coprofissional dos médicos especialistas,consubstanciada nas decisões determi-nantes das direcções livremente eleitasdos Colégios de Especialidade.

– A autonomia da Ordem em todas asdecisões que respeitem à formação mé-dica, exceptuando-se naturalmente asque são atribuição específica da Admi-

nistração Pública como seja a planifica-ção de recursos humanos. Tal autono-mia de decisão e autoridade reconheci-da não obstará ao que considero ser odever de audição dos interessados no-meadamente as Sociedades Científicas,Faculdades de Medicina e Associaçõesde Estudantes e Jovens Médicos.

Política Internacional

A acção da Ordem dos Médicos é hojeimpensável sem a sua intervenção nasAssociações Europeias e Mundiais deMédicos. No Mundo global, quer sequeira ou não, a voz dos Médicos Por-tugueses só será ouvida ou terá qual-quer possibilidade de intervenção nocurso dos processos de decisão se oPresidente da Ordem for suficiente-mente conhecedor das diversas orga-nizações e seus protagonistas e comotal for capaz de intervir com eficácia.

Findas que foram as lutas por assegu-rar o direito à liberdade de prescriçãoe impossibilidade de substituição dareceita médica e pela preservação deuma Directiva sectorial, outros objec-tivos se perfilam no horizonte. Den-tre eles cabe destacar a preservaçãoda Directiva dos tempos de trabalhobem como a sua extensão aos Médi-cos Internos trabalho que se deve àPresidência Portuguesa do PWG.

É imprescindível o apoio do Presidenteda Ordem dos Médicos de Portugal àshonrosas presidências que o Paísprotagoniza – a Presidência da UEMO(União Europeia dos Médicos Genera-listas) da equipa liderada pela Dr.ª. Isa-bel Caixeiro e que integra os Dr.s Jai-me Correia de Sousa, Luís Santiago, LuísFilipe Gomes e Manuela Santos, e a Pre-sidência do PWG (Permanent WorkingGroup of European Junior Doctors) daequipa liderada pelo Dr. Rui Guimarãese que integra os Dr.s Ricardo Mexia,Diana Mota e José Tiago Baptista.

É imprescindível manter a Presidênciada EFMA (European Forum of MedicalAssociatios and World Health Orga-nization) entidade que realizou em Lis-

boa a reunião em que pela primeiravez o Presidente da Comissão Euro-peia e o Director Geral da Região Eu-ropeia da Organização Mundial de Saú-de expuseram perante as organizaçõesmédicas, e ouviram destas, as perspec-tivas sobre as políticas de Saúde paraa Europa. Sendo há vários anos mem-bro do Comité de Ligação desta es-trutura assumo a responsabilidade pormuito do que foi feito e permitiu amaior influência dos Médicos em es-truturas transnacionais de inegávelimportância como a Organização Mun-dial de Saúde.

É imprescindível dinamizar a Comuni-dade Médica de Língua Portuguesa,associação criada pelo meu antecessore que foi constituída durante o meuacto de posse. Dediquei-lhe esforçoconsiderável já que tenho assumido asua Presidência. Esta Comunidade, hojejá legalmente constituída, membroobservador da CPLP (Comunidade dePaíses de Língua Portuguesa) agrupaAngola, Brasil, Cabo Verde, Moçam-bique e Portugal tendo já realizado doisCongressos.

Promoverei como acordado a realiza-ção do II Congresso de Lingua Portu-guesa e desenvolverei o projecto deque fui dinamizador - o Instituto dePós-Graduação dos Países de LínguaPortuguesa sedeado na cidade da Praia.

Organização interna

A Ordem dos Médicos, como a conhe-cemos existe desde 1978 com o actu-al Estatuto. Sendo a mais antiga Ordemdo período após 25 de Abril traduzesse facto em alguns aspectos do seEstatuto que merecem correcção emodernização.

Tal não será contudo possível nemmesmo desejável antes da aprovaçãopela Assembleia da República de umaLei de enquadramento das OrdensProfissionais que balize alguns aspec-tos relevantes. Só após esse processofindo, o qual tem contado com o tra-balho empenhado do Conselho Naci-

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onal das Ordens Profissionais do quala Ordem dos Médicos faz parte e temajudado à sua reestruturação e dina-mização, é possível avaliar do interes-se de tal revisão.

No caso de se mostrar exequível e, ou,útil entrar em processo de revisãoestatutária é necessária grande unida-de e acentuado discernimento políti-co. É importante que se perceba que arevisão não depende da vontade dosMédicos mas unicamente dos deputa-dos da AR onde, como se sabe, nemtodos são amigos...

Em qualquer caso, e quaisquer que se-jam as soluções preconizadas para amaior operacionalidade e representa-tividade das minorias eleitorais, queconsidero importante consignar emfuturo Estatuto, comprometo-me a nãodeixar perverter os aspectos positivosda autonomia regional que consagra.Igualmente um futuro Estatuto não po-derá fazer tábua rasa da realidade naci-onal pelo que deverá tornar claras asautonomias da Madeira e Açores.

Comprometo-me igualmente a conti-nuar o esforço desenvolvido para al-terar o Estatuto disciplinar tornandoa acção da Ordem mais transparente,rápida e eficaz nos seus aspectos pe-dagógico e de dissuasão. É importantereferir que só uma acção disciplinareficaz associado a um sistema justo deresponsabilidade civil baseado em se-guro, processo que iniciei neste man-dato, poderá retirar dos tribunais muitaconflitualidade que torna hoje penosoo exercício da Medicina. Igualmente seinscreve neste desígnio a promoção degabinetes do doente sob responsabili-dade dos Conselhos distritais.

Os Colégios de Especialidade, Sub-es-pecialidade e Competência que consi-dero dever continuar a ser órgãos decarácter consultivo em futuro Estatu-to têm gozado durante o meu manda-to de grande autonomia. Se fui um dosresponsáveis há vários anos pela elei-ção das suas Direcções não seria lógi-co que hoje assumisse qualquer tipo

de atitude centralizadora e asfixianteda sua dinâmica.

Alguns têm-me criticado por permitir aexpressão pública de opinião de Presi-dentes de Colégios, por vezes em con-tradição com as posições da Ordempodendo com elas confundir-se. Sou par-tidário da liberdade responsável e nãopretendo qualquer unanimismo. Se rei-vindico para a Ordem independênciaface ao poder político não poderia de-fender internamente qualquer espécie deprepotência castradora. Em qualquercaso a caracterização como órgão con-sultivo permitirá sempre, tal como a no-meação após consulta eleitoral, evitartendências desagregadoras que por ve-zes se manifestam e garante um árbitrocom poder sempre que se desenheminúteis lutas entre especialidades.

Sob a minha presidência os Colégiosadquirirão cada vez maiores respon-sabilidades. Findo o período de reor-ganização dos Internatos, critérios deIdoneidade e Programas que têm vin-do a desenvolver potenciarei as suasfunções de autoridade técnica, queratravés do trabalho pericial e de audi-toria junto dos tribunais e orgãos dis-ciplinares, quer promovendo a publi-cação de normas, recomendações te-rapêuticas e manuais de boas práticas.

Como fiz no passado com a criaçãodos Conselho Nacionais para a Evidên-cia em Medicina, Pós-Graduação e Ava-liação da Formação, não deixarei deaceitar e propor a criação dos órgãosnecessários a uma boa gestão da Or-dem e à capacidade de resposta destaaos desafios que se lhe vão colocando.Recuso, no entanto, o processo dema-gógico de inventar, antes das eleições,órgãos inexistentes para oferecerinexistentes lugares a apoiantes.

Comprometo-me ainda, e qualquer queseja a organização estatutária a mantercomo até aqui o fiz, abertas as páginasda Revista da Ordem dos Médicos paraa mais ampla troca de opiniões, as salasda Ordem dos Médicos a todas as or-ganizações que contribuam para a nos-

sa dinâmica interna e a disponibilidadeabsoluta para a colaboração leal de to-dos, mesmo os que hoje criticam e seconstituem como oposição.

Acção social

Alguns menosprezam a acção social daOrdem dos Médicos. Naturalmente osque a vêem como um instrumento aoserviço dos seus interesses pessoais oupolíticos não compreendem esta suafunção social. Os que a imaginam comoum Sindicato, normalmente os que nun-ca tiveram experiência do sindicalismo,não compreendem como um médicoem fim de vida, na velhice e na doençapode necessitar da sua organização pro-fissional e da ajuda dos seus colegas.

A Ordem não dispõe de avultadosmeios financeiros nem é lícito que de-sencadeie mecanismos contributivosobrigatórios que se tornariam redun-dantes e penalizadores para os médi-cos, quiçá incompatíveis constitucional-mente com uma organização em quea filiação é obrigatória.

A Ordem pode, no entanto, fazer mui-to com a gestão cuidadosa dos meiosque possui e potenciando as suas fon-tes de rendimento. São exemplo a Casado Médico de S. Rafael, realização doConselho Regional do Sul ou o pro-jecto de Aldeia do Médico do Conse-lho Regional do Centro. Foi tambémessa a origem, que não o desenvolvi-mento posterior, da Casa do Médicodo Norte concretizada pela direcçãodo Dr. António Meireles.

Foi nessa perspectiva que conseguimos,no actual mandato, oferecer um segurode responsabilidade civil e defesa jurí-dica e um seguro de danos próprios emcaso de agressão a todos os médicos,bem como um seguro multirisco aosjovens médicos durante os dois primei-ros anos do internato.

Com a colaboração das Secções Regio-nais e dos Tesoureiros irei desenvolverestas áreas nomeadamente através de um«programa de apoio ao médico doente».

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Curriculum Vitae

Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes

• Nascido a 17 de Março de 1954, em Lisboa.• Licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médi-cas da Universidade Nova de Lisboa (curso de 1977), comclassificação final de 16 valores.• Mestrado em Ciências Morfológicas após prestação deProvas de Capacidade Científica e Aptidão Pedagógica à Fa-culdade de Ciências Médicas, (1985) com a classificação deMuito Bom.• Monitor, Assistente Convidado e Assistente do Quadrodo Departamento de Anatomia da Faculdade de CiênciasMédicas de Lisboa, (1974 – 1993).• Responsável pela Cadeira de Deontologia Médica da FCML(1982-1992)• Assistente Hospitalar de Oftalmologia da Carreira MédicaHospitalar – Hospital Egas Moniz (1986), aprovado com 17valores.• Especialista de Oftalmologia pela Ordem dos Médicos(1988), aprovado por unanimidade com distinção.• Fundador do SIM (Sindicato Independente dos Médicos),(1979).• Presidente do Congresso, Membro do Conselho Nacio-nal e do Secretariado do Sindicato Independente dos Médi-cos (1979-1998).•Coordenador do Departamento Internacional da Ordemdos Médicos (1998-2004).• Membro do LC EFMA-WHO (Comité de Ligação do

Cédula profissional n.º 18537.

Fórum Europeu das Associação Médicas Nacionais com aOrganização Mundial de Saúde), (1998-2007).• Membro do Management Council da UEMS (UniãoEuropeia dos Médicos Especialistas (1998-2007).• Secretário Geral da FEMS (Federação Europeia dos Médi-cos Assalariados) (1993-2001).• Membro da CEOM (Conferência Europeia das Ordensdos Médicos) (1996-2007).• Chefe de Delegação Portuguesa ao CPME (Comité Per-manente dos Médicos Europeus) (1996-2007).• Membro do Comité de Ética, Deontologia e Códigos Pro-fissionais do Comité Permanente dos Médicos Europeus(1993-2007).• Auditor Interno do Comité Permanente dos Médicos Eu-ropeus (2000-2001).• Vice-Presidente do Comité Executivo do Comité Perma-nente dos Médicos Europeus (órgão de cúpula das organi-zações médicas europeias) (2002-2005).• Primeiro Vice-Presidente do Comité Permanente dos Mé-dicos Europeus eleito para o biénio 2004/2005.• Vogal do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médi-cos (1992-1998).• Presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dosMédicos (1999-2004).• Bastonário da Ordem dos Médicos (2005-2007).

Internacional

Declaração sobre E-health e registos electrónicos de saúde

O Comité Permanente dos Médicos Europeus (CPME) aprovou, no passado mês de Outubro a seguinte decisão:

Declaração política sobre E-health e registos electrónicos de saúdeDevido a um importante crescimento da tecnologia «e-health» na prestação de cuidados de saúde, o CPME apoiafirmemente o seu uso no desenvolvimento da actividade médica.Entre os Estados Membros da União Europeia existem, ainda, diferenças consideráveis na abordagem que os médicosadoptam face à «e-health».Tendo em conta estas diferenças, o CPME estabeleceu alguns princípios fundamentais atento o uso e desenvolvimentodos sistemas «e-health» sublinhando, também, que será fundamental um aprofundamento e desenvolvimento do estu-do destas matérias para se sejam estabelecidas regras sobre as diferentes abordagens já existentes.

Os registos de saúde electrónicos devem constituir um instrumento e servir o propósito básico de proporcionarcuidados de saúde optimizados, fundados na relação pessoal e na confiança entre paciente e médico. O principalobjectivo da tecnologia «e-health» terá de ser o de sustentar a qualidade dos cuidados de saúde fornecidos pelosrespectivos profissionais e de garantir a segurança do paciente, no absoluto respeito dos actuais princípios ético-legais.

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Norte

O QUE VAMOS FAZER

PUGNAR PELA ELEIÇÃO DODR. MIGUEL LEÃO PARA PRE-SIDENTE DA ORDEM DOS MÉ-DICOS E SUBSCREVER O SEUPROGRAMA NACIONAL DECANDIDATURA

Esta lista é a lista que se identifica coma Candidatura a Presidente da Ordemdos Médicos do Dr. Miguel Leão.

Esta é a lista candidata à Secção Regi-onal do Norte com a qual o Dr. MiguelLeão se identifica.

DEFENDER AS CARREIRAS MÉ-DICAS E O SERVIÇO NACIO-NAL DE SAÚDE

• Defender a existência de carreirasmédicas, enquanto instrumentos dediferenciação técnico profissional, que,pela sua equivalência, possam permitira mobilidade profissional dos médicos,independentemente da natureza jurí-dica dos estabelecimentos de saúde edo vínculo laboral, em estreita coope-ração com a FNAM e o SIM.• Defender que é da competência da

ÓRGÃOS REGIONAIS – Lista A

defender e unir os médicosOrdem dos Médicas a definição dosparâmetros técnicos que balizam aprogressão técnico-científica no âmbi-to de uma carreira médica• Combater qualquer modelo de car-reira médica em que a avaliação da di-ferenciação técnico-científica ou daprogressão na mesma seja realizadapor não médicos• Defender a autonomia técnica e ci-entífica de todos os médicos, estejamestes abrangidos por contratos indivi-duais de trabalho, integrados nas car-reiras médicas hospitalares, de clínicageral/medicina familiar ou saúde públi-ca ou vinculados a contratos com sub-sistemas de saúde ou entidades gesto-ras de seguros de saúde.• Combater qualquer tipo de con-trato individual de trabalho que po-nha em causa a independência técni-ca dos médicos ou o cumprimentodas regras deontológicas da profis-são médica.

• Garantir a participação activado Observatório para os Contra-tos Individuais de Trabalho para aconcretização deste programa eque apresenta a seguinte consti-tuição:

Ana Antunes – Anestesiologia – Cen-tro Hospitalar do Alto MinhoCarlos Mexedo – Anestesiologia– Hospital Geral de Santo AntónioNuno Betencourt – Cardiologia– Centro Hospitalar de Vila Nova deGaia/Espinho

• Defender os médicos de quaisquerrestrições à prescrição de meios dediagnóstico ou terapêutica, que impli-quem erro ou negligência, fornecen-do-lhes instrumentos formais de co-municação com os doentes, ao abrigodo principio do consentimento infor-mado e garantindo-lhes o apoio jurídi-co e politico da Ordem dos Médicos• Combater a imposição de medidas

que pretendam promover a quantida-de assistencial em detrimento da qua-lidade, sem prejuízo da criação de in-centivos à produtividade.• Combater quaisquer medidas do Mi-nistério da Saúde destinadas a intro-duzir orçamentos clínicos ou limitesfinanceiros à prescrição médica• Defender o principio que o Directordos Agrupamentos dos Centros deSaúde deve ser um Médico, especialis-ta em Medicina Geral e Familiar• Apoiar o princípio da criação de USFenquanto processo de adesão volun-tária, de auto-organização e de lide-rança médica.• Garantir a não discriminação dosmédicos não aderentes às USF, salva-guardando os direitos adquiridos.• Combater a criação de pseudo ser-viços de urgência nos Centros de Saú-de, que ponham em causa a qualidadede exercício profissional da especiali-dade de Medicina Geral e Familiar eque acarretem risco de responsabili-dade para os médicos de família.• Manter a especialidade de Saúde Pú-blica com independência técnica e re-cusar qualquer subordinação ao poderautárquico.• Rever a legislação referente à Redede Cuidados de Saúde Continuados• Reforçar o papel da Ordem dos Médi-cos na realização de auditorias aos ser-viços de saúde, visando a inventariaçãodas condições de actividade profissionale a defesa da qualidade do exercício• Valorizar competências reconhecidasna área da gestão da saúde na selecçãodos médicos com funções de direcçãode unidades de saúde ou de serviçosmédicos, de forma a garantir a inde-pendência e qualificação técnicas.

• Garantir a participação activada Comissão Regional Consulti-va para as Carreiras Médicas paraa concretização deste programae que apresenta a seguinte cons-tituição:

José Pedro Moreira da Silva

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Norte

António Bastos Lima – Neurologia– Hospital Geral de Santo AntónioAlice João Reis Maia – Saúde Pública– Centro Saúde Póvoa de VarzimAntónio Taveira – Cirurgia Geral– Hospital S. JoãoCristina Carrapatoso – Ginecologia/Obstetrícia – Centro Hospitalar doAlto TâmegaElisa Azevedo Teixeira – Saúde PúblicaFrancisco Rocha Pinto – Medicina Ge-ral e Familiar – Centro Saúde do BonfimHermínia Queiroz – Medicina Geral eFamiliar – Centro Saúde de GondomarGoretti Ribeiro – Cirurgia Geral– Centro Hospitalar do Alto TâmegaGoretti Rodrigues – Anestesiologia– Centro Hospitalar de Vila RealJorge Breda – Oftalmologia – HospitalS. JoãoLaranja Pontes – Cirurgia Plástica– Instituto Português de OncologiaPaulo Lemos – Anestesiologia – Hos-pital Geral Santo AntónioPompeu Moutinho – Anestesiologia– Hospital Pedro Hispano

• Garantir a participação da Co-missão Regional Consultiva parao Serviço Nacional de Saúde paraa concretização deste programae que apresenta a seguinte cons-tituição:

António Silva Leal – Cirurgia GeralMaria Cândida Machado Barreira –Saúde Pública – Centro Saúde LousadaJosé Aguiar – Anestesiologia – Hospi-tal Geral Santo AntónioJoão Almeida – Pneumologia – Hospi-tal S. JoãoJorge Catarino – Medicina Geral e Fa-miliar – Centro Saúde Castelo da MaiaMartins Soares – Medicina Geral e Fa-miliar – Centro Saúde da BatalhaStrecht Monteiro – Ginecologia/Obs-tetrícia

• Designar como membros daPlataforma e Observação eAcompanhamento da Saúde:

Alfredo Loureiro – Nefrologia – Insti-tuto Português de OncologiaFlemming Torrinha – Patologia Clínica

Rui Nunes – Otorrinolaringologia– Faculdade de Medicina do Porto

DEFENDER E CULTIVAR A COO-PERAÇÃO ESTRATÉGICA COMOS SINDICATOS MÉDICOS

• Garantir a cooperação com a FNAMe o SIM no âmbito da elaboração doAcordo Colectivo de Trabalho para osHospitais EPE• Defender a estabilidade de empregoe a progressão profissional dos médi-cos em todas as unidades de saúde in-dependentemente do respectivo regi-me de gestão.• Apoiar os Sindicatos Médicos na re-visão dos índices salariais dos médi-cos integrados nas Carreiras Médicas

• Defender a regulamentação de riscoprofissional médico, em colaboraçãocom os sindicatos médicos, tendo ematenção as crescentes pressões paraprivilegiar a quantidade assistencial emdetrimento da qualidade.• Pugnar pela realização de concursosde provimento em estabelecimentosde saúde que apresentem quadros nãopreenchidos.• Combater qualquer legislação que apretexto da criação de incompatibilida-des promova, de facto e sem qualquerrecompensa, o regime de exclusividadeaos médicos que a ele não aderiram.• Combater a contratação de médi-cos à revelia de quaisquer critérios dequalificação técnica que ignoram qual-quer tipo de carreira médica.

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado da Candidatura: José Nelson Coelho Pereira

Mesa da Assembleia RegionalPresidente: José Remisio de Castro LopesVice-Presidente: José Luís Medina VieiraSecretários: José Manuel Gomes Lourenço

Raúl Jorge Fernandes da Cunha

Conselho RegionalAndré Filipe Monteiro Santos LuísAntónio Manuel Ferreira AraújoCláudio Tomé Ramos RebeloJosé Miguel Ribeiro de Castro GuimarãesJosé Pedro da Fonseca Moreira da SilvaManuel Alexandre Guimarães Pais de FigueiredoMaria de Fátima Carvalho OliveiraMaria de Lurdes Triana Esteves GandraMaria Manuela Selores Azevedo Gomes MeirinhosMaria Manuela da Silva DiasMaria Marlene Lemos da Silva e Sousa

Conselho Fiscal RegionalPresidente: António Aires Pereira MarinhoMembros: António Gouveia Strecht Ribeiro

José Carlos Neves da Cunha Areias

Conselho Disciplinar RegionalDamieta Isabel Pinto Ramos FigueiredoJoão Francisco Montenegro de Andrade Lima BernardesManuel Carlos Costa Carvalho DiasManuel Rodrigues e RodriguesMaria de Fátima Soares da Costa Carvalho

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DEFENDER A QUALIDADE DOEXERCÍCIO PROFISSIONAL

• Promover a acreditação dos servi-ços para fins assistenciais de acordocom critérios elaborados por cadaColégio da Especialidade em colabo-ração com os órgãos consultivos paraa qualidade.• Estimular os Colégios de Especiali-dade a elaborar Manuais de Boas Prá-ticas, com vista à sua aplicação univer-sal em todos os sectores de activida-de médica.• Pugnar pela colaboração com os Co-légios de Especialidade, com as Facul-dades de Medicina e com as Socieda-des Científicas com vista à articulaçãoda formação pré e pós-graduada e àmelhoria das condições de desenvol-vimento profissional contínuo.

• Garantir a participação activada Comissão Regional Consulti-va para a Qualidade para aconcretização deste programa eque apresenta a seguinte consti-tuição:

Eurico Monteiro – Otorrino-laringologia – Instituto PortuguêsOncologiaJorge Amil Dias – Pediatria – Hospitalde S. JoãoÁlvaro Monteiro – Imunohemoterapia– Centro Hospitalar Vila Nova Gaia/EspinhoRosário Capucho – Medicina Interna– Unidade Local Saúde de MatosinhosLafuente de Carvalho – Urologia– Hospital Geral Santo António

• Garantir a participação da Co-missão Regional Consultiva asNovas Tecnologias na Saúde naconcretização deste programa eque apresenta a seguinte consti-tuição:

Torres da Costa – Imunoalergologia –Hospital S. JoãoAltamiro Costa Pereira – Faculdade deMedicina do PortoFrederico Carmo Reis – Urologia –Unidade Local de Saúde de Matosinhos

Fernando Lopes – Clinica Geral – H. S.JoãoAna Ermelinda Baptista Teixeira – In-terna Cirurgia Geral – Unidade Localde Saúde de Matosinhos

DEFENDER PRINCIPIOS DENATUREZA DISCIPLINAR, ÉTI-CA E DEONTOLÓGICA QUEPROTEJAM OS MÉDICOS E OSDOENTES

• Promover a publicação da legislaçãorelativa à definição de acto médico, quedefina o primado da hierarquia médicanas equipas de saúde e que permita com-bater o exercício ilegal da medicina• Combater a legalização ou o reco-nhecimento de todas as práticas nãocientificamente validadas.• Combater a usurpação de funções eo exercício ilegal da medicina, porquaisquer grupos profissionais ligadosou não ao sector da saúde, recorren-do às instâncias judiciais, disciplinar ouadministrativas competentes• Combater a publicidade enganosarelativa a actos praticados por nãomédicos e relacionados com a saúde ea doença, nomeadamente aquela queé realizada nos órgãos de comunica-ção social.• Promover a revisão do Estatuto Dis-ciplinar dos Médicos de modo a que opoder disciplinar da Ordem dos Mé-dico seja extensivo aos serviços públi-cos de saúde.• Pugnar pela revisão da Lei Orgânicada Inspecção-geral de Saúde de formaa assegurar a participação de peritosdesignados pela Ordem dos Médicosem todas as acções inspectivas da ACSSque digam respeito à acção médica.• Defender a punição dos médicos queviolem o Código Deontológico,designadamente aqueles que sejamconiventes com políticas que se tra-duzam, por qualquer forma, na discri-minação de doentes no acesso aosserviços de saúde e a meios de diag-nóstico e terapêutica.• Defender a aplicação do CódigoDeontológico que obriga os Directo-res Clínicos de todas as instituiçõesde saúde a comunicar à Ordem dos

Médicos o teor dos contratos indivi-duais de trabalho celebrados commédicos, no sentido de avaliar a suaconformidade com as regras da éticae deontologia médicas.

. Garantir a participação activa daComissão Regional Consultiva deÉtica e Deontologia Médicas paraa concretização deste programae que apresenta a seguinte cons-tituição:

Levi Guerra – NefrologiaFerraz Gonçalves - Medicina Interna– Instituto Português de OncologiaNuno Montenegro - Ginecologia/Obs-tetrícia – Hospital S. JoãoHerculano Rocha – Pediatria – Hospi-tal Maria PiaManuel Brandão – Anestesiologia– Hospital Geral Santo António

• Garantir a participação activada Comissão Regional Consulti-va para Avaliação do Lítigio paraa concretização deste programae que apresenta a seguinte cons-tituição:

Teresa Magalhães – Medicina Legal– Instituto de Medicina LegalCarlos Mota Cardoso – PsiquiatriaRui Koeller – Pediatria – Hospital Ge-ral Santo António

PROMOVER A EDUCAÇÃO E AFORMAÇÃO MÉDICAS DOSMÉDICOS EM GERAL E DOSMÉDICOS INTERNOS EM PAR-TICULAR

• Promover a liberdade de formaçãodos médicos de todas as carreiras, norespeito pela livre escolha dos even-tos científicos a frequentar, cuja fre-quência apenas deve depender, salvosituações excepcionais, do parecer dorespectivo Director de Serviço (ouequivalente) e da autorização do res-ponsável máximo da respectiva unida-de de saúde.• Combater quaisquer medidas desti-nadas a controlar o livre acesso à for-mação médica.

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Norte

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• Aplicar, intransigentemente, a com-petência da Ordem dos Médicos na de-finição da idoneidade e capacidadeformativa dos serviços.• Defender a existência de um contra-to de formação que garanta a conti-nuidade formativa dos internos ao lon-go de todo o internato, precavendoqualquer alteração do estatuto jurídi-co das unidades de saúde onde aqueledecorra.• Realizar inquéritos periódicos aosmédicos internos, destinados a avaliare a melhorar as condições de forma-ção estimulando a participação daque-les no processo de verificação da ido-neidade de serviços.• Pugnar pela criação de mecanismoslegais que possam incentivar os médi-cos internos à realização de activida-des docentes ou de investigação nasFaculdades de Medicina.• Combater a utilização dos médicosinternos como instrumento de produ-ção sem respeito pelas condições deformação a que tem direito.• Combater a criação de internatosvoluntários e de médicos indiferencia-dos.• Definir critérios para a designaçãode orientadores de formação.• Defender a uniformização e estabili-dade dos critérios de funcionamentodos júris de exame final do internatoe dos respectivos métodos de avalia-ção, segundo critérios de âmbito naci-onal, após audição dos Colégios deEspecialidade e do Conselho Nacio-nal do Médico Interno, com vista apermitir a aplicação de métodos equi-tativos e justos na avaliação e classifi-cação dos candidatos e a impedir amudança das mesmas ao longo do pro-cesso formativo.• Promover critérios objectivos e uni-formes de admissão ao ano comum dointernato médico nas unidades hospi-talares• Desenvolver as excelentes relaçõesinstitucionais com a Faculdade de Me-dicina do Porto, o Instituto de Ciênci-as Biomédicas Abel Salazar e a Escolade Ciências da Saúde da Universidadedo Minho e, neste último caso, mantera a participação da Ordem dos Médi-

cos na Comissão de Avaliação Exter-na da Licenciatura em Medicina.• Combater quaisquer medidas quepretendam criar «troncos comuns» deensino pré-graduado abrangendo a li-cenciatura em Medicina e quaisqueroutras licenciaturas de profissionaisnão médicos.• Combater a criação de licenciaturasem Medicina que não corresponda àsexigências de qualificação considera-das adequadas pela Ordem dos Médi-cos para o exercício profissional.• Manter activo o departamento de for-mação da Secção Regional do Norteda OM no sentido de colaborar nodesenvolvimento profissional contínuo,com incidência particular nas áreas ci-entífica, de gestão e de formação deinternos.

• Garantir a participação activada Comissão Regional Consulti-va de Ensino e Educação Médicapara a concretização deste pro-grama e que apresenta a seguin-te constituição:

Alberto Barros – Genética Médica– Faculdade Medicina PortoAntónio Sousa Pereira – Instituto Ci-ências Biomédicas Abel SalazarFrancisco Cruz – Urologia – HospitalS. JoãoJorge Maciel Barbosa – Cirurgia Geral– Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/EspinhoNuno Carvalho Sousa – Neuroradio-logia – Escola Ciências Médicas/Uni-versidade do MinhoJúlia Guimarães – Pediatria – HospitalS. JoãoAmadeu Pimenta – Cirurgia Geral– Hospital S. João

• Garantir a participação activada Comissão para Promoção deActividades Cientificas para aconcretização deste programa eque apresenta a seguinte consti-tuição:

Agostinho Marques – Pneumologia –Hospital S. JoãoCarlos Lopes – Anatomia Patológica –

Instituto Português de ConcologiaHenrique Pinto de Barros – Gastroen-terologia – Faculdade Medicina PortoLuís Vale – Pediatria – Hospital GeralSanto AntónioJoão Fonseca – Imunoalergologia– Hospital S. JoãoRoberto Roncon Albuquerque – Inter-no de Medicina Interna – Hospital S. JoãoPedro Menéres – Oftalmologia – Hos-pital Geral Santo AntónioAgostinha Souto – Pediatria – Unida-de Local Saúde MatosinhosBela Pereira – Interna Cirurgia Geral– Centro Hospitalar Vila Nova Gaia/Espinho

• Garantir a participação activada Comissão para o Desenvolvi-mento Profissional Contínuo paraa concretização deste programae que apresenta a seguinte cons-tituição:

José Amarante – Cirurgia Plástica– Hospital S. JoãoPinto Espanhol – Medicina Geral e Fa-miliar – Centro de Sáude de S.JoãoRui Cernadas – Medicina Geral e Fa-miliar

DEFENDER A ACTIVIDADEPROFISSIONAL INDEPENDEN-TE SEM SUJEIÇÕES

• Combater as intromissões da Enti-dade Reguladora da Saúde na esferade competências da Ordem dos Mé-dicos.• Defender que a Ordem dos Médicosassuma, mediante adesão voluntáriados médicos, o papel de negociadorcom todos os subsistemas prestadoresde cuidados de saúde, designadamenteas entidades seguradoras, de modo asalvaguardar o cumprimento do códi-go de nomenclatura e valor relativodos actos médicos e as regras da boaprática• Defender a competência exclusiva daOrdem dos Médicos, através dos Co-légios de Especialidade, na definição docódigo de nomenclatura e valor rela-tivo dos actos médicos.• Promover a revisão urgente do có-

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digo de nomenclatura e valor relativodos actos médicos de modo a adequá-lo ao estado da arte.• Promover a generalização de conven-ções, definindo como únicas condiçõespara a sua celebração a posse do títu-lo de especialista pela Ordem dosMédicos, salvo as incompatibilidadesdecorrentes de horário ou de regimede trabalho.• Defender a actualização anual das re-munerações dos serviços prestados noâmbito da Medicina Convencionada

• Garantir a participação activada Comissão Regional Consulti-va para a Medicina Livre para aconcretização deste programa eque apresenta seguinte constitui-ção:

José Manuel Morais – Patologia ClínicaSerafim Miguel Barreto Guimarães –Nefrologia – Centro Hospitalar VilaNova de Gaia/EspinhoPedro Cantista – Medicina Física eReabilitação – Hospital Geral SantoAntónioRegina Brito – Neurologia – HospitalMilitar do PortoRicardo Campos Costa – Radio-diagnósticoHernâni Troufa Lencastre – CirurgiaTorácica – Instituto Português deOncologiaPaula Ramoa – Ginecologia/Obstetrícia

DEFENDER UMA POLITICADO MEDICAMENTO QUE AS-SEGURE AS COMPETÊNCIASDOS MÉDICOS

• Pugnar pela alteração do actual mo-delo de receita médica visando com-bater a substituição da prescriçãomédica nas farmácias.• Combater toda e qualquer tentativado Ministério da Saúde e da Associa-ção Nacional de Farmácias visandoalargar ainda mais o processo de alte-ração da prescrição médica já existen-te.• Combater qualquer sistema de pres-crição que permita o controlo do re-ceituário médico pela Associação Na-

cional de Farmácias em violação dasdisposições legais referentes ao regis-to e protecção de dados pessoais.• Combater o acordo do Governo coma Associação Nacional de Farmáciasrelativamente à prática de qualqueracto médico nas farmácias.

• Garantir a participação activada Comissão Regional Consulti-va para o Medicamento para aconcretização deste programa eque apresenta a seguinte consti-tuição:

José Pedro Nunes – Cardiologia– Hospital de S. JoãoPaulo Sá – Ortopedia – Hospital deSanto AntónioJorge Polónia – Medicina InternaRosa Begonha – Medicina Interna– Instituto Português OncologiaLuís Granjeia – Medicina Interna– Hospital Militar do Porto

DEFENDER UMA ORGANIZA-ÇÃO DA SECÇÃO REGIONALDO NORTE QUE APOIE OSMÉDICOS E MANTENHA ASSUAS ACTIVIDADES CULTU-RAIS E DE LAZER

• Promover a defesa pública dos mé-dicos vítimas de notícias difamatórias,criando um Gabinete de Imprensa como apoio dos serviços jurídicos da Or-dem dos Médicos.• Propor a criação de um Gabinete In-ternacional que coordene a participa-ção de todos os representantes daOrdem dos Médicos nas organizaçõesinternacionais onde esta se encontrarepresentada, designadamente na UEMS,através dos membros das direcções dosColégios de Especialidade.

• Garantir a participação activada Comissão Regional Consulti-va para as Relações Internacio-nais para a concretização desteprograma e que apresenta a se-guinte constituição:

Guimarães dos Santos – CirurgiaGeral

Celso Pontes – NeurologiaConceição Sousa Neves – CirurgiaTorácica – Centro Hospitalar Vila NovaGaia/Espinho

• Desenvolver a cooperação com osPaíses Lusófonos

• Garantir a participação activado Núcleo para a Cooperaçãocom os Países Lusófonos para aconcretização deste programa eque apresenta a seguinte consti-tuição:

Amélia Ferreira – Oftalmologia – Fa-culdade de Medicina do PortoAntónio Gomes da Silva – CirurgiaGeral – Hospital Geral de SantoAntónioJosé Manuel Pavão – Cirurgia Pediátrica

• Manter o Programa de Ajuda a Médi-cos destinado a auxiliar médicos emsituações de saúde que limitam oucomprometam a capacidade de exer-cício profissional.• Instituir como órgão consultivo doConselho Regional e dos ConselhosDistritais, o Conselho de Delegados daOrdem dos Médicos nos Locais de Tra-balho.• Proceder à descentralização adminis-trativa da SRN da Ordem dos Médi-cos, tendo em conta as disposições doEstatuto da Ordem dos Médicos.• Alargar a actividade cultural e cientí-fica da SRN da Ordem dos Médicos atodos os Distritos Médicos.• Promover a autonomia financeira dosConselhos Distritais e criação de Se-des Distritais da Ordem dos Médicosnos Distritos de Bragança e Viana doCastelo, de acordo com a situação fi-nanceira da Secção Regional do Norte.• Desenvolver a cooperação institu-cional entre os Órgãos Distritais eRegionais, nomeadamente através daparticipação dos Membros Consulti-vos dos Conselhos Distritais na activi-dade do Conselho Regional.• Enviar aos médicos informação actu-alizada sobre os aspectos relevantesda actividade dos Corpos Gerentes daOrdem dos Médicos

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Norte

Informação

Circular Informativa n.º 3 da ACSSPor decisão do Conselho Nacional Executivo, que a subscreve, publica-se a posição do Conselho Distrital de Setúbalsobre a Circular Informativa n.º 3 da ACSS.

Após apreciação da Circular Informativa n.º 3 da ACSS, de 3 de Agosto, o Conselho Distrital de Setúbal entendeu porbem transmitir o seguinte:- É inquestionável que as estruturas do SNS devem estar ao serviço dos cidadãos e da sociedade;- Reconhecemos que alguns recursos humanos estão desadequadamente distribuídos em função dos dados demográficosactuais e das necessidades assistenciais existentes;- A viabilidade e a idoneidade dos serviços pressupõe a existência de «massa crítica» o que pode condicionar a fusãonalguns casos, dado que não é exequível haver todas as especialidades em todos os hospitais;- Cabe pois aos médicos um dever de colaboração com as politicas que visem cumprir com estes desígnios.Contudo, parece-nos que por trás de uma alegada «boa intenção», numa circular de conteúdo ambíguo e poucopreciso, se escondem outro tipo de objectivos, nomeadamente:- Extinguir Direcções de Serviço e Departamento de uma forma arbitrária;- Fundir Serviços sem respeitar a acessibilidade dos doentes e a operacionalidade dos seus elementos;- Reestruturar organigramas hospitalares e redes de referenciação sem olhar ao cumprimento das normas técnicaspara o exercício das respectivas especialidades, cujas estruturas legalmente capacitadas são as Direcções dos corres-pondentes Colégios da OM.O que verdadeiramente parece importar presentemente à Tutela, que não prima infelizmente por se comportarsempre como uma «Pessoa de Bem» é, para além do afrontamento permanente dos médicos e das suas estruturasrepresentativas, uma politica regida exclusivamente por critérios economicistas e que visa em última instância alienaras responsabilidades para com os utentes do SNS e desmotivar aqueles a quem compete a parte mais importante dagestão clínica na prevenção e na doença.É assim que se contratam elementos ainda inexperientes a ganhar mais do que Directores e Chefes de Serviço,tarefeiros indiferenciados nas urgências a auferirem muito mais do que os Chefes de equipa, sem que isso pareçaincomodar o Ministério e as Administrações Hospitalares.O objectivo a médio-longo prazo é pois, através da constante perda de poder de compra dos funcionários públicos epelo desrespeito quotidiano para com as chefias intermédias, fazer com que cada vez mais colegas abandonem o SNS.Desta forma, pela destruição das carreiras médicas, se torna o próprio SNS iníquo e progressivamente alienável aosinteresses privados de teor mais mercantilista.É por tudo isto que entendemos que é imperioso que a cúpula das nossas estruturas mais representativas falem altoe a uma só voz, desmarcando-se também de algum «proteccionismo caseiro» que só nos poderá prejudicar de futuro.

• Manter a Actividade Cultural (artesplásticas, música etc.) e a realização deeventos de convívio e lazer em épo-cas festivas

• Garantir a participação activada Comissão Regional Consulti-va de Actividades Culturais e deLazer para a concretização des-te programa e que apresenta aseguinte constituição:

Amélia Ferraz – Ginecologia/Obstetrí-cia – Hospital S. JoãoJosé Ferraz de Oliveira – Imunoaler-gologia – Hospital S. JoãoRui Soares da Costa – Cirurgia Geral

– Hospital S. JoãoManuel Quintas – Medicina InternaRodrigo Liberal – Interno do Ano Co-mum – Hospital S. JoãoBernardino Castro – Medicina Interna– Centro Hospitalar de Vila Nova deGaia/EspinhoLara Marcelo – Anestesiologia –Hos-pital Geral Santo António

DEFENDER A REVISÃO DO ES-TATUTO DA ORDEM DOS MÉ-DICOS E DO CÓDIGO DEON-TOLOÓGICO

• Participar no processo de revisão doEstatuto da Ordem dos Médicos e do

Código deontológico

• Designar como representantesdo Conselho Regional no proces-so de revisão do Estatuto da Or-dem dos Médicos e do CódigoDeontológico:

Daniel Serrão – Anatomia PatológicaCaldas Afonso – Pediatria – Hospitalde S.JoãoHenrique Botelho – Medicina Geral eFamiliar – Centro de Saúde de Terrasdo BouroMachado Lopes – Oncologia Médica– IPOPaulo Mendo – Neuroradiologia

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PROGRAMA

OS VALORES

A nossa candidatura considera indis-pensável iniciar a apresentação do seuprograma explicitando os valores quenos orientam. Assumimos o compro-misso de que toda a nossa acção sedesenvolverá com base no respeitopelos seguintes Valores fundamentais:

1. Verdade, Integridade e Transpa-rênciaPartilharemos a informação semprecom verdade e de forma precisa.Consideramos que não se pode dizeruma coisa e fazer outra. Que não sepode dizer a pessoas diferentes coisasdiferentes.Nunca omitir parte do essencial nemtão pouco o acessório.Reputamos de essencial que sempreexistam explicações claras para asdecisões, as quais devem ser conhe-cidas de todos.

ÓRGÃOS REGIONAIS – Lista B

«Uma Equipa nova paraos médicos do norte»

2. Lealdade e SolidariedadeA lealdade e a solidariedade entre to-dos os médicos serão valores funda-mentais da nossa candidatura. Consi-deramos o respeito pela diversidadede pensamento e pelos princípios de-mocráticos na tomada de decisão im-plícitos nos valores referidos.

3. Liderança e ResponsabilidadeA assumpção das responsabilidadespor parte de todos os dirigentes daOM será também uma bandeira danossa candidatura, respondendo porestas perante todos os médicos e pe-rante a sociedade.

OBJECTIVOS ESTRUTURAN-TES E PRINCÍPIOS ESSENCIAIS

Sem prejuízo dos objectivos progra-máticos que constam dos capítulos se-guintes, a nossa candidatura propõe-se promover de forma decisiva a defi-nição legal do Acto Médico, a re-visão dos Estatutos e Regulamen-tos da Ordem dos Médicos – no-meadamente do Código Deonto-lógico – e de todos aqueles que,consensualmente, o Conselho Nacio-nal Executivo reconheça desajustadosà realidade da sociedade portuguesaem geral e da sociedade médica emparticular.De igual modo, propõe-se contribuirde forma decisiva para a definição dasgrandes linhas de orientação deum modelo de carreira profissio-nal, assente na progressão da di-ferenciação técnica dos Médicose procura contínua da excelência.Também contribuirá para a definiçãode políticas que se revelem de es-pecial importância para o desem-penho da actividade médica, no-meadamente a política do medi-camento.

Neste contexto irá propor à As-sembleia Regional do Norte a cri-ação de um Conselho Científico,constituído por figuras de inegávelprestígio, a ser nomeado em cadatriénio por proposta do ConselhoRegional.

A ORGANIZAÇÃO DOS SERVI-ÇOS DE SAÚDE E CARREIRASMÉDICAS

Nos termos da Lei de Bases da Saúde,consideramos que o Sistema de SaúdePortuguês é constituído pelo ServiçoNacional de Saúde e por todas as en-tidades públicas que desenvolvam ac-tividades de promoção, prevenção etratamento na área da saúde, bemcomo por todas as entidades privadase do sector social e por todos os pro-fissionais que acordem com a primei-ra a prestação de todas ou de algumasdaquelas actividades.No contexto de uma visão da presta-ção global de cuidados de saúde àspopulações, consideramos de grandeimportância a promoção de contactose iniciativas conjuntas com autarquias,conscientes da importância da articu-lação dessa prestação com políticas dehabitação, saneamento, ambiente,transportes e educação, nas quais de-vem intervir como peritos daSRNOM, os médicos de SaúdePública.Convictos do papel charneira da Me-dicina Geral e Familiar no eficazfuncionamento dos Serviços de Saú-de, propomo-nos levar a efeito umestudo sobre as reais carências deEspecialistas desta área, contribu-indo desta forma para a identificaçãodas regiões geográficas que carecemde mais urgente intervenção e para umplaneamento adequado de formaçãodestes Especialistas.

Luís Monteiro

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Mandatário: Albino Aroso RamosDelegado da Candidatura: Artur Manuel Osório Morais Araújo

Mesa da Assembleia RegionalPresidente: Ângelo Acílio Moreira da Silva AzenhaVice-Presidente: Manuel Jesus Falcão Pestana VasconcelosSecretários: Alberto Carlos Otto Koch

Domingos do Rego Araújo

Conselho RegionalArtur Manuel Flores FernandesCarlos Alberto Silva VasconcelosCarlos Manuel Vieira de MagalhãesFernando Rosas VieiraIsabel Maria Almeida Lourenço RibeiroIsabel Maria Pilão Fortuna MouraJosé Alexandre Costa Malheiro SarmentoJosé Manuel Duarte Pinheiro CardosoLuís Manuel Estrela do Carmo MonteiroRaquel Soraia Calisto da Silva GonçalvesVasco Montenegro Pinto de Miranda

Conselho Fiscal RegionalPresidente: Serafim Manuel da Rocha GuimarãesMembros: José Carlos Aroso Reis Cidrais Rodrigues

Rui Manuel Machado e Sousa

Conselho Disciplinar RegionalAna Maria de Oliveira Aroso MonteiroEdgar Ribeiro LopesLuís Afonso Meireles Maio GraçaLuís Filipe Freitas Lima LaranjeiroMaria de Fátima Oliveira Silva Borges

Entendemos que a garantia dequalidade de toda a prestação decuidados de saúde está sujeita aomesmo nível de exigência, inde-pendentemente da entidade queos presta (sector público, social ouprivado), através da racionalização dosrecursos existentes, da melhoria doacesso dos cidadãos à prestação decuidados e pela obtenção de ganhosem saúde.Defenderemos a liberdade de es-colha dos doentes na procura deserviços de saúde, sem prejuízo dagarantia do cumprimento dosprincípios éticos da justiça distri-butiva e da equidade de acesso aosmesmos por todos os cidadãos.Não abdicaremos de trazer a discus-são das carreiras médicas para o âm-bito das competências da Ordem dosMédicos e demais organizações repre-sentativas dos médicos, ou seja, para adiscussão entre pares e não en-tre políticos.Por outro lado, vamos pugnar pela cla-rificação das competências da Entida-de Reguladora da Saúde, de modo aque não haja sobreposição com as daOrdem dos Médicos.

EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Defendemos os princípios da auto-regulação médica, não aceitando inge-rências economicistas que prejudi-quem o doente ou o correcto exercí-cio profissional. Vamos combater amassificação no atendimento, obrigan-do ao respeito pelos padrões de umexercício seguro e personalizado daprofissão e pelos direitos dos médi-cos e dos doentes.

A ÉTICA E A DEONTOLOGIA

Para dar resposta aos desafios do nos-so tempo, propomo-nos a reflectir ea promover a reflexão sobre osseguintes aspectos:

A Dignidade ontológica da pessoahumana

num contexto socio-político de acres-

centado pendor economicistanum contexto científico de agressivacarga tecnológica

A Vulnerabilidade humana

no tempo de nascerno tempo de adoecerno tempo de morrer

A solidariedade e a subsidiariedade

como praxis de uma cidadania exigente

como valores emergentes a observarpelo exercício profissional e institucio-nal no campo da saúde

Disponibilizaremos regularmente aos

médicos, através da respectiva publi-cação no sítio da Secção Regional doNorte, orientações éticas ou deonto-lógicas sobre novos procedimentos ouuso de novas tecnologias de que re-sultem questões a exigir clarificação.

A DISCIPLINA E PREVENÇÃODO ERRO MÉDICO

Vamos definir e promover a divul-gação junto da sociedade civil, dasdiversas faces do erro médico, deforma a desmistificar o grande sa-co em que se incluem hoje ques-tões tão diferentes como aciden-te, incidente, erro por ausência dedecisão, por desconhecimento,erro grosseiro, e até, o erro co-metido por outros profissionais.

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Norte

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Constituirá prioridade da nossa can-didatura nesta área, a identificaçãoe formação de peritos médicos,tendo em vista a respectiva colabora-ção em todos os actos de litigância,quer estes se restrinjam à intervençãodo Conselho Disciplinar, quer decor-ram noutras instâncias (inspecção ge-ral de saúde ou judiciais), nomeada-mente nos casos relacionados com oerro médico.É nosso objectivo garantir permanen-te intervenção na defesa dos médi-cos injustamente acusados dequalquer erro, através das mais diver-sas formas de divulgação pública, no-meadamente junto dos meios de co-municação social.

A QUALIDADE

A garantia de qualidade e respectivamelhoria contínua será preocupaçãoconstante da nossa candidatura.Consideramos que a acreditação ecertificação dos serviços de saúde, dosector público, social e privado, são umimperativo. Por tal motivo prestaremostoda a colaboração às entidades pres-tadoras de cuidados de saúde que de-cidam implementar programas comesse objectivo, nomeadamente atravésde auditorias externas relacionadas como exercício técnico da medicina.A autonomia profissional do médicopressupõe uma profunda e constantepreocupação com as boas práticas, faceao estado da arte.No que diz respeito ao «exercício téc-nico da medicina», com base na ade-quada articulação e participação dosColégios de Especialidades, a nos-sa candidatura propõe-se:Promover a elaboração em todos osServiços de Saúde da «avaliação derisco clínico», e, com base neste pro-cedimento, desenvolver acções de co-laboração com os médicos dos Servi-ços participantes, com vista à resolu-ção das situações identificadas.Promover a construção de uma basede dados de um «Sistema de relatode acidentes, incidentes, aconte-cimentos perigosos e efeitos ad-versos» no exercício da actividade

médica, tendo em vista o desenvolvi-mento e divulgação de estratégias deprevenção do erro médico.Promover a elaboração de recomenda-ções sobre «Protocolos Terapêuticos»,com prioridade para as situações clíni-cas relacionadas com maiores custos narespectiva avaliação e tratamento.Promover protocolos de colaboraçãocom os médicos e os Serviços na rea-lização de «auditorias clínicas», nome-adamente no âmbito da implementa-ção de programas de melhoria contí-nua de qualidade.Promover o estudo e avaliação das uni-dades prestadoras de cuidados de saú-de, na perspectiva dos serviços pres-tados, sua diferenciação técnica e uti-lização, centrada no interesse de to-dos os doentes.Participar activamente nas Comis-sões Técnicas Nacionais e Comis-sões de Verificação Técnica, legal-mente previstas para o licenciamentoe fiscalização das Unidades Privadasdesde 1999, nomeadamente no capí-tulo da qualidade de prestação de ser-viços.Pugnar pela inclusão na lei de gestãode Unidades de Saúde, (Hospitais eCentros de Saúde) das normas queefectivamente garantam a auto-nomia técnica dos médicos, atri-buam efectivos poderes de deci-são às Direcções de Serviços eDirecção Clínica, que respeitem ashierarquias técnicas não permitin-do a sobreposição de hierarquiasparalelas e que simultaneamenteconfiram responsabilidade e exi-gência aos referidos Directores.

A FORMAÇÃO

A nossa candidatura empenhar-se-á naformação médica pré e pós gra-duada e na formação contínua,reconhecendo estas como as princi-pais formas de criar Valor e melhordesempenho. Para o efeito, em cola-boração com os Colégios de Especia-lidade e Conselho Nacional do Médi-co Interno, irá:Promover a realização de parceriascom as Universidades Públicas e Pri-

vadas da Região Norte e Institutos deInvestigação tendo em vista iniciativasde carácter científico;Promover em articulação com o Mi-nistério de Saúde e outras entidades adefinição de uma política para atribui-ção regular de bolsas para forma-ção específica em centros espe-cializados no país ou no estran-geiro, dirigidas aos médicos maisjovens. Para tal desenvolverá as acçõesde sensibilização necessárias junto doórgãos Centrais ou instituições pres-tadoras de cuidados de saúde (quersejam do sector público, social ou pri-vado), sem prejuízo de intervençõescom o mesmo objectivo junto de ou-tras entidades vocacionadas para apromoção da investigação e desenvol-vimento científico;Promover a revisão dos critérios dedefinição de idoneidade formativados diversos Serviços, com vista à ob-tenção do título de especialista, apli-cáveis simultaneamente aos estabele-cimentos públicos, do sector social ouprivado;Promover a criação de um Gabinetede Apoio ao Internato Médico, queem estreita relação com o ConselhoNacional do Médico Interno, possaacolher a Provedoria do Médico Inter-no, prestando esclarecimentos e acom-panhando a legislação e concursos,dando assessoria às comissões de mé-dicos internos e fomentando a reali-zação de acções de formação;Criar um serviço de acesso a conteú-dos médicos electrónicos, de reconhe-cido interesse na formação;Promover a realização de conferênci-as de consenso e definição de Normasde Orientação Clínica;Promover a classificação da idoneida-de dos eventos científicos, numa pers-pectiva de contribuição para a realactualização e evolução científi-ca de todos os médicos;Promover as acções necessárias queconduzam à responsabilização da Or-dem dos Médicos pela atribuição detodos os títulos que correspondam àobtenção/reconhecimento de diferen-ciação técnica (especialista, consultorou outros)

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Identificar e promover a realização deacções de formação, sob as mais di-versas formas, que dêem resposta àsnecessidades dos médicos, com espe-cial destaque para as que se relacio-nam com as áreas de gestão e dodireito em medicina.

A INVESTIGAÇÃO E A INO-VAÇÃO

Tendo em conta que nem tudo o queé avanço tecnológico em medicina ésinónimo de benefício para os doen-tes, a nossa candidatura propõe-semanter uma permanente atenção aestas matérias, através do dinamismode uma comissão técnica específica,que dará pareceres acerca das diver-sas inovações, publicando-as no sítioda Secção Regional do Norte.De igual modo constituirá nossa pre-ocupação permanente a análise de es-tudos de investigação de que resultemnovos procedimentos ou introduçãode novos fármacos, pronunciando-nossobre o respectivo custo benefício,custo utilidade e custo efectividade.Das conclusões dessas análises serádado conhecimento a todos os médi-cos através da respectiva publicaçãono sítio da Secção Regional do Norte.

A MEDICINA LIVRE E CON-VENÇÕES

No exercício liberal da profissão, con-sideramos que as convenções devemser abertas a todos os médicos que odesejem, no âmbito das especialidadese competências que Ihes são reconhe-cidas pela Ordem dos Médicos;As remunerações dos serviços previs-tos nas convenções deverão ser revis-tas anualmente.Novos serviços/procedimentos a reali-zar no âmbito das convenções deverãoser reavaliados anualmente, face ao es-tado da arte, sendo os respectivos pre-ços estabelecidos por negociação en-tre a Ordem dos Médicos, as organiza-ções representativas dos médicos (As-sociações) e o Ministério da Saúde.Tendo em vista as iniciativas referidasem relação às convenções, considera-

mos oportuno rever o Código deNomenclatura dos Actos Médicos,mediante parecer da Autoridade daConcorrência.

A SEGURANÇA E SOLIDARIE-DADE

O trabalho desenvolvido pela SRNOMnesta área deve ser ampliado e, princi-palmente, ter uma gestão transparen-te e permanentemente actualizada.Constitui especial preocupação danossa candidatura a garantia de condi-ções económicas dignas para todos osmédicos e familiares directos em con-dições de dependência quando, pelasmais diversas circunstâncias, transitó-ria ou definitivamente fiquem privadosda possibilidade de exercer a profis-são (Fundo de Solidariedade).Nesta perspectiva, a nossa candidatu-ra empenhar-se em potenciar os sis-temas de apoio já existentes, diversifi-cando as soluções que permitam taisobjectivos.A responsabilidade civil dos médicosserá também motivo da máxima aten-ção, tendo como objectivo garantir se-guros que dêem as maiores cobertu-ras às situações de risco de todos osmédicos, em qualquer grau da suacarreira, levando em conta, nomea-damente, as diferentes especialidades.

A RELAÇÃO COM AS OUTRASORGANIZAÇÕES REPRESEN-TATIVAS DOS MÉDICOS

A nossa candidatura propõe-se funci-onar como o denominador comum detodos os médicos.Teremos sempre presente que o po-der de influência da Ordem dos Médi-cos nos diversos sectores da vida soci-al e política é directamente proporcio-nal aos objectivos e projectos que emconjunto construirmos com as diver-sas organizações representativas dosmédicos, designadamente os Sindicatos.

A RELAÇÃO COM ORGANIZA-ÇÕES REPRESENTATIVAS DEOUTROS GRUPOS PROFISSIO-NAIS

A nossa candidatura seguirá uma polí-tica de cooperação e bom entendimen-to com todos os outros grupos pro-fissionais envolvidos, directa ou indi-rectamente, na prestação de cuidadosde saúde às populações, promovendoou colaborando em iniciativas que vi-sem a defesa dos seus interesses co-muns e, simultaneamente, como objec-tivo de assegurar melhores cuidadosde saúde aos cidadãos.Propomo-nos dinamizar o funciona-mento do Fórum das Profissões Libe-rais, para partilha de conhecimentos eexperiências.

O GABINETE DE COMUNICA-ÇÃO E APOIO AO CIDADÃO

Sendo a actividade médica implicita-mente centrada no cidadão, entende anossa candidatura que a SRNOM de-verá dispor de um gabinete para co-municação e atendimento específico edirecto dos cidadãos que, por algummotivo, desejem contactar a Ordemdos Médicos.Este gabinete terá como objectivosfundamentais ouvir, esclarecer, aconse-lhar e orientar os cidadãos que nosprocurem, em matéria de serviços desaúde ou assuntos relativos à activida-de profissional dos médicos.Entre os motivos de procura destegabinete merecerão especial atençãoas eventuais reclamações, que enten-demos como oportunidades de melho-ria dos serviços prestados pelos mé-dicos e, naturalmente, diminuição decasos de litigância.

O GABINETE DE APOIO AOMÉDICO

Reconhecendo como um dospontos fracos da SRNOM o apoioao médico, a nossa candidatura pro-põe-se criar o gabinete de apoio aomédico como unidade funcional daSRNOM que, de forma permanente eintegrada, proporcione todo o tipo deapoio e informação que este deseje enecessite, com um leque tão amploquanto possível de serviços, incluin-do os de natureza técnica e científica,

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Norte

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50 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

pareceres jurídicos e ligados a carrei-ras médicas.

A ESTRUTURA ORGANIZA-ClONAL DA ORDEM

Órgãos Distritais e Regionais

É nosso objectivo a implementação deum programa de melhoria contí-nua da qualidade dos serviçosprestados pela Secção aos seus asso-ciados.Será feito um inquérito de satisfaçãoanual e, em função dos seus resulta-dos, definido o programa de melhoriaa implementar, do que será dado co-nhecimento a todos os médicos, no-meadamente no que se refere aos pra-zos de concretização.No âmbito deste processo, serão con-sideradas as instalações sociais da Or-dem dos Médicos e a Casa do Médicoe, naturalmente, os processos relacio-nadas com a gestão da SRNOM mere-cendo realce, desde já, a publicaçãopara cada ano civil do Plano de Acti-vidades e do Relatório de Gestãoe Contas. Tal publicação será feitaatravés do sítio da SRNOM.Tendo em conta o exposto propomo-nos concretizar, como ponto de partida,

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Norte

uma auditoria de diagnóstico porEntidade Independente, que sirva debase a nova forma de gestão da SecçãoRegional do Norte e Casa do Médico.Conscientes dos princípios de interde-pendência e complementaridade, anossa candidatura garantirá uma per-manente e estreita colaboração entreos órgãos Distritais e Regionais, des-tacando como prática fundamental arealização de reuniões periódicas en-tre os citados órgãos.Será garantido adequado financiamen-to aos órgãos distritais, que Ihes per-mitam um exercício autónomo, deacordo com os estatutos.Por outro lado, promoveremos duran-te este mandato a abertura de SedesDistritais, onde estas ainda não existem.

Órgãos Nacionais

A nossa candidatura vai valorizar umaintervenção pró-activa nos órgãosNacionais, motivo pelo qual elaboraráuma agenda de todas as matérias quepreocupam os médicos do Norte, ten-do em vista a sua análise e discussãonesses órgãos.Contribuirá também para a promoçãoda realização de Plenários dos Conse-lhos Regionais.

A CASA DO MÉDICO

A nossa candidatura considera aCasa do Médico o local privilegiadode encontro de todos os médicos,sublinhando o seu papel fundamental naaproximação não só científica como cul-tural e afectiva onde se incluem, natural-mente, os respectivos familiares.Com esse objectivo elaboraremos pro-gramas adequados que ficarão sob a res-ponsabilidade de Comissão própria e comcoordenação directa de elemento a de-signar dentro do Conselho Regional. Nosreferidos programas serão consideradasparcerias com outras Instituições deprestígio, como são exemplo a Casa daMúsica e a Fundação de Serralves.Conscientes de que a cultura é pordefinição um bem universal, conside-ramos também que a Casa do Médicodeverá estar aberta a toda a socieda-de, pelo que iremos pugnar pela reali-zação de eventos em conjunto comoutras entidades.

Iremos promover uma revisão doRegulamento da Casa do Médicono sentido de agilizar a sua gestão, pro-curando o total aproveitamento dasrespectivas instalações de acordo comuma programação anual.

O Conselho Regional do Norte, paraa realização deste programa, irá conta-rcom a colaboração das seguintesComissões Consultivas:

Comissão Regional Consultiva deDeontologia e Ética MédicaAntónio Sarmento (Doenças Infecciosas)Filipe Almeida (Pediatria)Ilda Ferro (Anestesiologia)

Comissão Regional Consultiva deEnsino e Educação MédicaArtur Águas (ICBAS)Carlos Lopes (Anatomia Patológica)Manuel Pestana (Nefrologia)

Comissão Regional Consultiva para

o Exercício Técnico da MedicinaAníbal Albuquerque (Cardiologia)José Luís Fougo (Cirurgia Geral)Nuno Morujão (Anestesiologia)

Comissão Regional Consultivapara o Serviço Nacional de SaúdeAntónio Maia Gonçalves (Medicina In-terna)Luís Lencastre (Anestesiologia)Maria das Dores Martins Pinheiro(Anestesiologia)

Comissão Regional Consultivapara o Exercício da Medicina LivreAntónio Resende (Radiologia)Durval Campos Costa (Medicina Nuclear)José Vila Nova (Medicina Geral e Familiar)

Comissão Regional Consultiva paraa Segurança Social dos MédicosA. Carlos Saraiva (Cirurgia Geral)João Luís Mocho (Medicina Geral eFamiliar)Mário Mesquita Montes (Ortopedia)

Comissão Regional Consultivapara o MedicamentoAntónio Albino (Farmacologia eReumatologia)Domingos Araújo (Urologia)Fernando Magro (Gastroenterologia)

Comissão para a Promoção da In-vestigação e Inovação em MedicinaAcácio Rodrigues (Anestesiologia)Isabel Mesquita (Interna de Cirurgia Geral)

COMISSÕES CONSULTIVAS DO CONSELHO REGIONAL

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ComunicadoÀ Ordem dos Médicos chegaram informações fidedignas de que há médicos a serem contactados pelo telefone parase pronunciarem sobre o seu sentido de voto nas próximas eleições para Bastonário. De acordo com essas informa-ções repetidamente confirmadas, o contacto estaria associado a uma sondagem promovida pela Ordem dosMédicos.Assim, vem a Ordem dos Médicos advertir para a ilegitimidade desses contactos em nome da instituição,uma vez que não foi promovida qualquer sondagem, nem a OM deu o seu aval ou colaboração a qualquer trabalhodesse tipo. Consequentemente, a Ordem alerta igualmente os médicos, que têm todo o direito de não responder àsquestões formuladas nesse âmbito e também o de não dar conhecimento do seu sentido de voto nas eleições dopróximo dia 12 de Dezembro.

Lisboa, 16 de Novembro de 2007

Óscar Camacho (Anestesiologia)Patrícia Coelho (Medicina Geral e Fa-miliar)Roberto Roncon de Albuquerque (In-vestigador)Vasco Gama (Cardiologia)

Casa do MédicoFausto Machado (Clínica Geral)Jorge Braga (Obstetrícia)Rui Costa (Cirurgia Geral)Rui e Sousa (Medicina Interna)Ruy Branco (Cirurgia Geral)Sónia Azenha (Psiquiatria)

Comissão Consultiva para a Au-ditoria e QualidadeAlda Melo (Medicina Geral e Familiar)Fátima Barros (Cirurgia Plástica)Joaquim Pinheiro (Neurologia)Jorge Carrapita (Cirurgia Geral)Jorge Coutinho (Hematologia Clínica)Jorge Reis (Anestesiologia)Luís Fonseca (Anestesiologia)Miguel Trigueiros (Ortopedia)Pedro Branca (Anestesiologia)Teresa Gama (Medicina Geral e Familiar)

Comissão de Acompanhamentodos Hospitais E.P.E. e PrivadosAna Paula Tavares (Doenças Infecciosas)António Jorge (Neurologia)Freire Soares (Medicina Interna)Jorge Santos (Cirurgia Geral)Magda Pereira (Psiquiatria)Rosas Vieira (Medicina Interna)Venceslau Hespanhol (Pneumologia)

Comissão Consultiva para a Infor-matização e Novas TecnologiasDomingues Rodrigues (Interno deOrtopedia)Filipe Guerra (Interno de Cirurgia Geral)Pedro Moura Relvas (Medicina Gerale Familiar)Ricardo Ramirez (Urologia)Susana Cadilhe (Medicina Geral e Familiar)

Comissão Consultiva para a For-mação e Internatos MédicosBernardo Pinto (Interno de Anes-tesiologia)Cristina Rodrigues (Medicina Gerale Familiar)Ivone Pascoal (Pneumologia)Hugo Pinto (Medicina Desportiva)José Alves (Pneumologia)Raul Pereira (Interno do Ano Comum)Ricardo Lima (Interno de Pneumologia)Rosa Pires (Medicina Geral e Familiar)

Comissão para as Relações Inter-nacionaisAyres Wagner (Interno de MedicinaInterna)Blinque Camais (Ortopedia)Inês Amorim (Medicina Nuclear)João Sousa (Interno de Medicina Interna)José Alberto Martins (Anestesiologia)Serafim Guimarães (Ginecologia)

Gabinete de Apoio a Médicos Es-trangeirosJoaquim Vieira dos Santos (MedicinaGeral e Familiar)

Rafael GonzalezRicardo Angel Batista (Pneumologia)Liliana Soraia Carvalho Almeida (Inter-na do Ano Comum)

Comissão Consultiva para a Ur-gência e EmergênciaAdelaide Ramos (Medicina Geral eFamiliar)Humberto Machado (Anestesiologia)Jorge Teixeira (Medicina Interna)José Artur Paiva (Medicina Intensiva)Miguel Oliveira (INEM)Susana Ribeiro (Medicina Geral e Fa-miliar)

Observatório da Medicina Gerale FamiliarAlice Rio (Medicina Geral e Familiar)António Luís Moreira (Medicina Ge-ral e Familiar)António Neto Rodrigues (MedicinaGeral e Familiar)Aurora Aroso (Medicina Geral e Familiar)Fernanda Costa (Medicina Geral e Fa-miliar)Inês Viegas (Medicina Geral e Familiar)Joaquim Moutinho de Carvalho (Me-dicina Geral e Familiar)José Costa (Medicina Geral e Familiar)Nuno Grande (Medicina Geral e Familiar)

Observatório da Saúde PúblicaCarlos Daniel Bravo Pinheiro (SaúdePública)Laurinda Queirós (Saúde Pública)Maria Manuela Felício (Saúde Pública)

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Norte

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52 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Braga, Lista A

Aprofundar o Compromissoe Manter a Independência

- O SNS como modelo estruturantedo sistema de saúde e a MedicinaGeral e Familiar como sua base desustentação.- Defesa das Carreiras Médicas e daTitulação Única enquanto garantedo exercício profissional- Dignidade e qualificação dos Inter-natos Médicos- Defesa do exercício e da éticamédica face às lógicas de mercadodos grupos económicos- O primado da gestão centrada nasnecessidades da pessoa- A importância do ensino médicouniversitário- Orientação pelas boas práticas- Atitude transparente e de absolutaindependência no relacionamentocom as outras estruturas representa-tivas dos médicos (sindicatos e asso-ciações), instituições de saúde, autar-quias, partidos políticos, ...

DISTRITO MÉDICO DE BRAGA

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado da Candidatura: Henrique Manuel da Silva Botelho

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Alberto Jorge Neves Bessa PeixotoVice-Presidente: Francisco Manuel Carvalho CostaSecretário: Maria Teresa Oliveira Nogueira LemosSecretário: Maria Rosa Costa Marques

Conselho DistritalAnabela Rodrigues CorreiaArtur José Queirós de Sousa BastoJoão Fernando Gomes da Costa e CunhaMagda Kingwell Alcântara Santos GonçalvesSerafim China Pereira

Membros Consultivos ao Conselho RegionalÁlvaro Pratas Balhau PereiraCarlos Henrique Calheiros Silva MoreiraJorge Miguel Amorim CordeiroJosé Luís Carvalho FonsecaLucinda Cerqueira MeloMaria Helena Jacinto Sarmento PereiraNarciso Alexandre Fernandes Oliveira

Subscreve o programa de candidatura da Lista que apresenta como candida-

to a Presidente do Conselho Regional o Dr. J. Pedro Moreira da Silva

Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Braga, Lista B

Mandatário: Albino Aroso RamosDelegado da Candidatura: Fernando Alberto da Cruz Vilaça

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: José Manuel Gonçalves OliveiraVice-Presidente: Tiago da Costa GodinhoSecretários: Albina Maria Sousa Silva Cardoso

Joaquim Ferreira Carvalho Ribeiro

Conselho DistritalAntónio Alberto Perez DiasFernando Henrique Pires Pardal de Oliveira

José Luís Fortunato Franqueira PereiraPedro Manuel Otto KochVitor Hugo Meneses Baptista Nogueira

Membros Consultivos ao Conselho RegionalDaniel Augusto Marques DiasErnesto Alves MartinsJosé Licinio Vieira FélixJosé Manuel Mira Mendes FurtadoJosé Santos de OliveiraManuel Joaquim Santos Beleza BragaMaria de Fátima Oliveira Pimenta Peixoto

DISTRITO MÉDICO DE BRAGA

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53Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Bragança, Lista A

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues Pena

Delegado da Candidatura: Telmo José Moreno

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Eugénia Maria Madureira ParreiraVice-Presidente: Rosa Maria Godinho Marques CarvalhoSecretários: João Paulo Lopes Montanha

Maria Fernanda Belchior Teixeira de Sousa

DISTRITO MÉDICO DE BRAGANÇA

Conselho DistritalAntónio Afonso Salgado RuanoAntónio Manuel Ferreira PimentelFernando Ferreira da Silva AndradeHermando Manuel Carvalho MarquesMaria do Rosário Pires Almor Branco

Membro Consultivo ao Conselho RegionalMarcelino da Conceição Oliveira Marques Silva

Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Bragança, Lista B

Mandatário: Albino Aroso Ramos

Delegado da Candidatura: António Cândido Monteiro de Morais

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Domingos António da Veiga FernandesVice-Presidente: Jorge Luís Mourão PoçoSecretários: António Augusto Gonçalves

Nelson Duarte Teixeira

DISTRITO MÉDICO DE BRAGANÇA

Conselho DistritalIsabel Cristina Moura NunesJosé Luís Corriça ClementeLucinda de Fátima Ramos Pereira da SilvaOlimpia Trigo do CarmoRicardo Adriazola Semino

Membro Consultivo ao Conselho RegionalMaria Manuela Sá Ferreira

Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Porto, Lista A

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues Pena

Delegado da Candidatura: José Nelson Coelho Pereira

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Isabel Maria Amorim Pereira RamosVice-Presidente: Armando Jorge Mariz RozeiraSecretários: João Carlos Bessa Cardoso

Mónica Ferreira Caetano

Conselho DistritalAntónio Candido Figueiredo Pereira FerrãoAntónio Carlos Besteiro MexedoAntónio Rui Bomba PaisJorge Manuel Roque Neves dos SantosJosé Manuel Leite de Castro Fraga

Membros Consultivos ao Conselho RegionalAna Paula Tavares BrancoAna Sofia Coelho AntunesAntónio Joaquim Freitas de Oliveira e SilvaAntónio José Machado de Faria e Almeida Praça

DISTRITO MÉDICO DO PORTO

António Marques da SilvaCarlos Filipe Pinto Leite de Gonçalves BastoCarmen Marisa Marques GonçalvesFrancisco Luís Maia Mamede PimentelGil Filipe Ramada FariaIngride Vanessa Macedo Fernandes da CostaIsabel Maria Marques Aragão FeschJoáo Duarte Coelho do Sameiro Espregueira MendesJoão Geraldo dos Reis Correia PintoJoão Moreira PintoJoão Paulo Ferreira da Silva OliveiraJohn Rodrigues PretoJorge Madeira do Carmo e SilvaJosé Fernando Santos AlmeidaJosé Luís Martins da Costa LimaJosé Manuel Oliveira TeixeiraLara Patrícia Mendes QueirósLuís Almeida dos SantosLuís António Nunes de CamposLuís Frederico Azevedo Dias Branco LopesManuel Laranjeira GomesManuel Luciano Correia da Silva

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54 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Porto, Lista A

Manuel Maia de Oliveira CorreiaMaria Adelaide do Carmo Fernandes Pinto de VasconcelosMaria Antónia Sampaio Trigo CabralMariana Napoles Tudela Pinho GomesMiguesl Joaquim Silva Dias Galaghar

Nuno Paulo Alegrete da SilvaPaulo Jorge Barbosa CarvalhoPaulo Miguel Pereira Sarmento CarvalhoPedro Alexandre Simões VendeiraRicardo Manuel Alves Monteiro Fontes de Carvalho

Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Porto, Lista B

Mandatário: Albino Aroso Ramos

Delegado da Candidatura: Artue Manuel Osório Morais Araújo

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: António Carlos Megre Eugénio SarmentoVice-Presidente: Rui Manuel Cardoso VazSecretários: Pedro Manuel Pinhal Neves Salazar Norton

Sergio Miguel de Azevedo Silva

Conselho DistritalFernando Manuel Mendes Falcão ReisJosé António Caiado SoaresLuís Filipe Crespo de Goes PinheiroMário Canossa DiasNuno Maria Trigueiros da Silva Cunha

Membros Consultivos ao Conselho RegionalÁlvaro Manuel Batazar Ferreira SilvaAntónio Gomes FreitasAntónio João Rosmaninho de SeabraAntónio José Cruz Pereira MagalhãesAntónio Manuel Neto RodriguesArlindo Manuel de Sousa MatosArmando Manuel Bernardo dos ReisAurora Maria Ferreira Pinho Aroso DiasCarlos Manuel Ribeiro de SousaDiana Marisa Castro Diogo da MotaFausto Manuel Vigário Santos Fernandes

DISTRITO MÉDICO DO PORTOGonçalo Nuno Castel-Branco Osório BorgesHerculano Jorge Abreu Loureiro CostaHorácio Urgel Silva Monteiro da CostaInês Quelhas Lima BessaJoão da Costa NóbregaJoão Gregório de Sousa GonçalvesJoão Henrique do Canto Moniz PessanhaMoreiraJoão Manuel Neves Quinaz GarciaJoão Paulo Branco Calheiros de Figueiredo DiasJosé Carlos Guerra de Magalhães e VasconcelosJosé Carlos Morais Leitão TeixeiraJosé Manuel de Azevedo Lopes dos SantosLuís Alberto de Lima Pinheiro TorresLuís Carlos Ferreira Pinto VougaManuel António Silva Ferreira AlmeidaManuel Dilio Pimenta AlvesMaria Georgina Esteves Cruz Martins CorreiaMaria da Glória dos Santos Ferreira CabralCampelloMaria Inês Ribeiro Amorim Dias SilvaMaria João Eugénia Avides Sarmento Pestana deVasconcelosMário Ferreirinha Caetano NoraMário Manuel Silva Leite SousaPedro Leonel Dias Marques da CunhaSérgio Marques CoimbraSérgio Miguel Pereira Chacim

Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Viana do Castelo, Lista A

DISTRITO MÉDICO DE VIANA DO CASTELO

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues Pena

Delegado da Candidatura: Pedro de Meireles Vieira

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Jorge de Sousa da Veiga TorresVice-Presidente: Manuel Luís Antunes Belo da SilvaSecretários: Juan José Gomez Vazquez

Luís António Pacheco de Oliveira

Conselho DistritalAlberto Jaime Marques MidõesAntónio Nelsom Gomes RodriguesDiana Maria Pereira Gomes da Costa GuerraLourenço Fernandes LabandeiroManuel Gomes Afonso

Membros Consultivos ao Conselho RegionalElisabete Fernandes BarbosaJorge Manuel Bastos das Neves

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55Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Viana do Castelo, Lista A

«Unir para Agir»

A defesa da prestação de cuidados desaúde passa pela defesa da exelênciada prática da Medicina, de um modosolidário e humanista. É o objectivo dosmédicos, é o que deve ser o nosso Sis-tema Nacional de Saúde bem como oExercício Livre da Medicina.Esta candidatura assume-se com odesejo de contribuir para uma maiorparticipação dos médicos nas situaçõesrelacionadas com a saúde das pessoase condições de trabalho dos médicos.Nos últimos anos o Distrito Médico deViana do Castelo tem passado por vá-rias vicissitudes a nível organizacionaldos seus órgãos distritais que em nadatem favorecido a defesa da medicina eem particular dos médicos do Distrito.Tal paralisia tem levado a que a defesada dignidade do exercício da medicinanas suas mais variadas expressões e nadefesa de um Serviço Nacional de Saú-de moderno e eficaz não tenha sido amais adequada.Esta candidatura compromete-se a tra-balhar com todos os médicos. Nestaeleição encontra-se solidária com JoséPedro Moreira da Silva coandidato aPresidente do Conselho Executico daSecção Regional do Norte.A Ameaça das carreiras médicas, a ins-tabilidade profissional, a precariedadedo emprego, põe em causa um exercí-cio da medicina a bem dos nossosconcidadãos.

Vivemos um período em eque os in-teresses das pessoas que necessitamde cuidados médicos de saúde está aser posta em causa.

É possível fazer mais e melhor doque tem sido feito «Pela Medici-na do Alto Minho», defendendo adignidade de ser médico. Estamosconscientes de que a aproxima-ção e aquisição de um espíritocolectivo vai certamente «Reto-mar a Iniciativa» na defesa da me-dicina.

Convosco «Vamos Fazer deNovo!»

Propomo-nos:

- Organizar o Distrito Médico,(e.g. eleger Delegados nos locais de tra-balho);

- Criação de Órgãos Consultivosdo Conselho Distrital que ajudemem várias áreas da actividade médica,constituído por um ou mais médicos(e..g. Exercício Técnico da Medicina, Ac-tividades Recreativas);

- Instalar a sede do Distrito Médicode Viana do Castelo, com descentra-lização e desburocratização das fun-ções de secretariado;

- Vigilância da reforma do SNS re-lativamente ao exercício técnico damedicina e cumprimento preceitosdeotológicos (implementação daULS de Viana do Castelo, reformados Cuidados de Saúde Primários eSecundários);

- Visita anual aos locais de exercí-cio da medicina e formação mé-dica, ouvir os Médicos/Internos. Co-municar às entidades competentesqualquer irregularidade;

- Realizar debates sobre: Erro mé-dico; Relação dos Médicos com osmeios de comunicação social; Re-lação entre Médicos; Relação comoutros grupos profissionais da áreada saúde;

- Criar um portal do ConselhoDistrital e correio electrónico;

- Assitência a colegas envolvidos emprocessos judiciais decorrentes dasua actividade profissional;

- Criar um procedimento que permitaidentificar colegas com dificuldadesocial e accionar mecanismos deajuda;

- Realizar anualmente uma semanacultural, desportiva.

Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Viana do Castelo, Lista B

Subscreve o programa de candidatura da Lista que apresenta como candida-

to a Presidente do Conselho Regional o Dr. J. Pedro Moreira da Silva

Mandatário: Albino Aroso Ramos

Delegado da Candidatura: Pedro Soares da Silva

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: António Álvaro Fontainhas Pimenta CastroVice-Presidente: Maria Idalina Pimentel da Costa MacielSecretários: Maria Ângela de Sá Carneiro Leão

Maria de Lurdes Colaço de Matos

DISTRITO MÉDICO DE VIANA DO CASTELOConselho DistritalHelena Maria Bento TerleiraHugo Pedro Silva e Costa RodriguesHumberto Elisio Andrade FariaJosé Manuel Silva da CunhaMaria Joana Correia Monteiro Oliveira Moura

Membros Consultivos ao Conselho RegionalDulce Helena dos Santos LealJorge Faro da Costa

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56 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Vila Real, Lista A

Quando nos candidatamos para otriénio 2005-2007 assumimos o com-promisso de concretizar a criação deum espaço específico para os médicos,

DISTRITO MÉDICO DE VILA REALMandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues Pena

Delegado da Candidatura: Ana Maria Pereira Rebelo Fernandes

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Manuel Fernandes PinheiroVice-Presidente: António Manuel Santos Pereira de OliveiraSecretários: Eurico Jorge dos Santos Cardoso Gaspar

Maria Teresa Mamede Passos Coelho

Conselho DistritalAnabela Martins Morais CadavezCarlos Esteves PintadoJoaquim Baptista da FonsecaMargarida Andrade Anes Azevedo de FariaTeresa Maria Pinto Furriel Sousa Cruz

Membros Consultivos ao Conselho RegionalJorge Mário Magalhães de Sousa CruzRosa de Fátima Dinis Ribeiro

Subscreve o programa de candidatura da Lista que

apresenta como candidato a Presidente do Conse-

lho Regional o Dr. J. Pedro Moreira da Silva

Defender e Uniros Médicos

Sede do Distrito Médico de Vila Real.Embora este objectivo tenha sido pro-posto em candidaturas anteriores, nun-ca foi conseguido.

Podemos afirmar agora que a inaugu-ração da Sede do Distrito Médico deVila Real da Ordem dos Médicos, ocor-rerá até ao fim do ano 2007.Porque as funções da Sede do Distri-to Médico não se esgotam no apoioadministrativo, é necessária a suadinamização para que esta se transfor-me num local de encontro, informa-ção e formação para todos os médi-cos, aglutinador de discussão dos inú-meros problemas que o médico comoprofissional e pessoa enfrenta todosos dias.Porque surgiram novos desafios pro-pomos como objectivos essenciaispara o próximo triénio:

• Defender as carreiras médicas.• Contrariar o crescimento da ins-tabilidade profissional.• Assumir a defesa do interesse dodoente.• Denunciar as interferências econo-micistas nos cuidados de saúde.• Dignificar a profissão do médico.• Apoiar a uniformização da avali-ação final do internato comple-mentar.• Promover formação actualizada emtemas de interesse reconhecido.

Contamos com o seu apoio paracumprir o objectivo de:

Defender e Unir os Médicos

Vila Real, 19 de Outubro de 2007

Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Vila Real, Lista B

Mandatário: Albino Aroso RamosDelegado da Candidatura: José Joaquim Gotlib Costa Gonçalves

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Francisco António Taveira FerreiraVice-Presidente: António Vicente de Almeida e SilvaSecretários: Albino Carreiras Leitão

Leandro Lajut Gannoumy

DISTRITO MÉDICO DE VILA REAL

Conselho DistritalFrancisco José EstevesMaria Adelaide Sequeira Varejão PintoMaria Benedita Barreto Seixas dos SantosMaria Eufémia Reis Martins RibeiroMaria João Vicente de Campos Serafino

Membros Consultivos ao Conselho RegionalMiguel Lima Viseu CarvalhoPaulino do Nascimento Rodrigues

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58 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Centro

Os médicos não estão, não estiverame nunca poderão estar em conflito comos interesses da população, como al-guns querem fazer crer, mas temos aobrigação de defender-nos da demago-gia e crescente afrontamento por par-te de sectores da sociedade que naúltima década tentaram, e em parteconseguiram, minar a nossa relaçãocom a população, ao mesmo tempo

que somos um grupo (que alguns du-vidam que pudesse ser coeso, tal adisparidade de pensamentos e opções),que está disposto a ir até às últimasconsequências na defesa dos interes-ses dos médicos, pois estamos tambémseguramente, a defender os interessesda população, da sua saúde e da eco-nomia do país.

É por isso urgente e imperioso agir einovar para:

- Renovar e creditar de novo a or-dem reconciliando-a com os médi-cos e projectando-a na sociedade ci-vil (a Ordem é detentora de ummandato do estado para o bem pú-blico mas não é um sócio do minis-tério da saúde);- Garantir a qualidade dos cuidadosde saúde, defendendo os mais ele-vados valores éticos e deontológicos,elevando o prestígio dos médicos,recolocando-o no lugar que já nospertenceu na sociedade.

Ninguém tem dúvidas que a Ordemdos Médicos (OM) deve, necessaria-mente, afirmar-se como o garante daprática de uma Medicina qualificada,sob os pontos de vista ético e técni-co-científico. Ninguém duvida que paraisso é preciso que a Ordem congre-gue todos os médicos na realização deuma Medicina moderna, centrada nodoente e apostada em proporcionar atoda a população os melhores cuida-dos de saúde (nas vertentes preventi-va, curativa e paliativa), que queremose manifestamente nos propomos aju-dar a (re)organizar. Esse esforço devoltar a fazer acreditar os médicos nasua Ordem está por fazer, tem vindoano após ano a diminuir e o evidenteafastamento dos médicos da sua Or-dem tem a sua tradução máxima, noperíodo eleitoral. Verdadeiramente,poucos se importam com as eleiçõese o poder político sabe ler nas mes-mas o poder negocial dos dirigentes

ÓRGÃOS REGIONAIS – Lista A

Mais Ordem, Melhores Médicosque penetravam ferozmente em áreasmédicas, sem que a Ordem, Sindicatosou qualquer outra força de associati-vismo médico conseguisse travar es-sas mudanças ou sequer alertar em de-vido tempo o poder politico, fazendosempre crer a estes e àqueles que tudo,era a bem da sociedade. Foi assim quede modo sucessivo, vimos intromete-rem-se na prescrição médica, nas com-petências médicas, nas carreiras médi-cas, enfim, em tudo o que se mostras-se uma área interessante de negócio,esquecendo sempre a população emprimeiro lugar, os interesses do país emsegundo e por arrastamento o prestí-gio e a dignidade do «Ser Médico».

Vimos ainda com especial esperança aspromessas que, em sucessivas eleições,colegas e políticos nos fizeram, sem queapós as mesmas, sentíssemos no dia adia qualquer coisa que tenha sido feita.

Não precisamos de citar exemplos emconcreto, pois todos sentimos e vive-mos com o passar dos anos, a arro-gância com que somos muitas vezestratados, a falsa continência por quemtodos os dias nos trai e substitui, odesprezo com que somos noticia sem-pre que um de nós falha.

Nunca sentimos da parte dos nossosdirigentes, a firmeza e a determinaçãoque, infelizmente para Nós, vemos nou-tras classes profissionais. Assim, é qua-se diária a tentativa (muitas vezesconseguida) do enxovalhamento daclasse médica. Basta que de modo in-cógnito entremos numa farmácia, es-cutemos os nossos colaboradores ousimplesmente ouçamos os nossos (dosoutros) doentes.

A tudo isto importa dizer «Basta». Ésempre fácil dizer que esta é a opor-tunidade de mudar, que Nós vamosfazer melhor (ainda há 3 anos ouvimosisto). Não acreditem. Acreditem sim

O que nos une, é uma

profunda preocupação

pelas crescentes dificul-

dades que são impostas

à actividade médica e o

delapidar constante da

credibilidade e prestígio

da nossa profissão peran-

te a sociedade.

Carlos Maia Teixeira

PROGRAMA

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59Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado: Duarte Nuno Pessoa Vieira

Mesa da Assembleia RegionalPresidente: António Abel Garcia Meliço SilvestreVice-Presidente: Maria Margarida de Oliveira Figueiredo Dias1º Secretário: José Mendes de Barros2º Secretário: Ana Margarida Lopes Soares

Conselho RegionalCarlos Alberto Maia Marques TeixeiraFrancisco Agostinho Rolo Marques de OliveiraFrederico Fernando Monteiro Marques ValidoJorge Humberto Moura Pinto TomazJosé Guilherme Lopes Rodrigues TralhãoLuís António Pimenta TrindadeRosa Maria Crespo Ramalho AlvesPaula Cristina Silva Dias Sanches Pinto AlvesMaria da Graça Vaz de Carvalho RibeiroAntónio Manuel da Silva MarquesCesário Ilídio Andrade Silva

Conselho FiscalPresidente: Mário Alberto Domingos CamposVogais: José António Alves de Moura Pereira

Olga Maria Ribeiro Louro Pedroso

Conselho DisciplinarAlberto Ferreira SeabraAntónio Camilo de Caldas Pires Pereira LeiteMaria Teresa Correia Cordeiro Pereira ToméRui Rodrigues BatistaAntónio Augusto de Almeida Vieira

que de 3 em 3 anos lhe entram pelaporta. Também aqui precisamos de umamudança. É importante que votem poissó assim poderemos ter força para serouvidos.

Claro que a OM deve reforçar a suaintervenção, de forma permanente esem alinhamentos político-partidários,garantindo o rigor científico, a quali-dade da formação médica, a melhoriacontínua dos cuidados de saúde pres-tados e pugnando pelo aperfeiçoamen-to das diferentes organizações de exer-cício profissional.

Deve também ser obrigatoriamente ogarante da diferenciação técnico-pro-fissional assente naquilo que é o pilarfundamental da intervenção do médi-co – O ACTO MÉDICO. E este, é semdúvida o nosso maior calcanhar deAquiles, porque não está legislado ecom isso permite que toda a gentepense que pode ser ou executar osactos próprios de um médico. Até umnosso Presidente da República (tidopor uma pessoa sensata e de princípi-os), nos vetou o acto médico, sendoque contudo, foi a Nós que recorreu,quando necessitou de cuidados de saú-de. Sem ressentimentos mas comamargura, perguntamos. Como é pos-sível um País Europeu no Século XXI,não ter a definição e respectiva legis-lação do ACTO MÉDICO? Bem quetrocávamos uns dias de férias ou umpouco de salário por esse tão impor-tante documento que nunca soubemosnegociar. É uma pedra basilar que con-tinua a fazer falta e a permitir que in-divíduos e associações pratiquem ac-tos médicos impunemente, não se as-segurando o direito dos utentes a umamedicina qualificada. Será que vai serpreciso o exemplo dos colegas Belgasno passado e dos Alemães no presen-te que tiveram de mostrar ao poder aforça de «Ser Médico»?

É público que a actividade legislativado Ministério da Saúde, a pretexto dereformar o Serviço Nacional de Saú-de, originou profundas modificações,quer da gestão hospitalar, quer do re-

gime jurídico dos hospitais e centrosde saúde, não se tendo mostrado ca-paz de melhorar a eficácia e, sobretu-do, a eficiência do SNS. Cada vez maisas deficientes condições de trabalhoem que os médicos realizam a sua ac-tividade condicionam o erro e a insa-tisfação profissional. A quem competesenão à Ordem, junto das autoridadescompetentes, ser a voz activa e ac-tuante na promoção e garantia damelhoria dessas condições.

Temos de congregar os médicos à vol-ta da Ordem, fazendo dela, uma Insti-tuição em que cada um de nós se re-veja e sinta orgulho por a ela perten-cer e que, a uma só voz saiba transmi-tir o sentir e os desejos de todos.

Assumiremos pois, como nossa, amissão de defender os médicos e osseus interesses bem como uma pres-tação de cuidados de saúde de quali-dade, com base num Sistema emconstante aperfeiçoamento e moder-nização, que enalteça a dignidade e oexercício do acto médico. (quer anível público, quer convencionado ouprivado).

Temos por isso como objectivosprioritários para o mandato os seguin-tes pontos (sem deixarmos de subscre-ver outros que forem ditos na defesa dosmédicos mas que nos parecem de some-nos importância face à gravidade dos pro-blemas com que a classe no momento sedebate):

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Centro

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60 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

1 – Cumprir e fazer cumprir os Esta-tutos da OM, com especial incidênciano artigo 6º em que se afirmam as suasfinalidades essenciais e que a ser cum-prido, em primeira instância pelo pró-prio governo, evitaria desencontros emalentendidos em relação a entidadescomo a ERS ou outras que nos pareceestarem a querer substituir-se à Or-dem em questões que estatutaria-mente nos estão atribuídas. Tambémlá consta, que é uma tarefa da Ordemdefender os interesses dos médicos, oque até agora não tem acontecido;

2 – Defender a necessidade de umaqualificação profissional médica, paraa prática de todo e qualquer acto mé-dico, a fim de assegurar o direito dosutentes a uma medicina qualificada(sem subterfúgios linguísticos ou deocasião, ser médico e praticar um actomédico implica ter andado numa Fa-culdade de Medicina e estar inscritona Ordem dos Médicos);

3 – Promover o desenvolvimento dacultura médica intra e inter pares;

4 – Não admitir que qualquer outraEntidade dê sem sermos consultadosum parecer sobre assuntos relaciona-dos com o ensino pós graduado, como exercício da medicina e com a orga-nização dos serviços que se ocupemda saúde;

5 – Colocar os Colégios de Especiali-dade no Centro das decisões, comoos verdadeiros guardiães da qualidadetécnico-científica na Ordem dos Mé-dicos;

6 – Reforçar sempre o papel interven-tivo da OM e da Secção Regional doCentro em particular nas discussõese negociações com as diversas enti-dades oficiais e associativas, sem es-quecer a defesa intransigente dos in-teresses dos médicos, não permitin-do seja a quem for «beliscaduras» quese vieram a revelar «dentadas». Olema será sempre, «Se não concor-dam connosco, caminhem sozinhos».No final se verá;

7 – Procurar reformular a legislaçãono que concerne à inscrição na OM.Preocupa-nos a qualidade da formaçãofeita fora de Portugal e receamos acurto prazo uma baixa da qualidadetécnico científica do acto médico bemcomo a proletarização da profissão,que já hoje a espaços se vai verifican-do no País;

8 – Criar consensos com todas as es-truturas médicas com vista à promul-gação e ultimação do novo DecretoLei das Carreiras Médicas que contem-ple a progressão de modo vertical ehorizontal em qualquer serviço públi-co ou privado com creditação eTitulação Única pela Ordem em pro-vas públicas, assumindo a Ordem, atra-vés dos seus órgãos próprios, um pa-pel primordial na reformulação dascarreiras médicas e na concessão degraus e diferenciações técnico/profis-sionais;

9 – Queremos ainda a curto prazo:- Fazer o levantamento e avaliaçãodas reais necessidades de médicosno País, como suporte para a ade-quação do número de vagas de in-gresso nas Faculdades de Medicinae nas diversas Especialidades;- Participar no plano de abertura devagas para o Internato Médico na Re-gião Centro (o que entronca no pon-to anterior e deve ser feito em fun-ção do levantamento efectuado);- Fazer os internos participarem naatribuição de idoneidades formativas,bem como na avaliação contínua doprocesso formativo;- Impedir que o contrato individualde trabalho possa, ainda que vela-damente, condicionar a autonomiaprofissional do médico e promoverrapidamente um contrato colectivode trabalho, sendo a ordem uma for-ça motora em conjunto com os sin-dicatos médicos;- Promover o desenvolvimento pro-fissional contínuo na área da forma-ção médica;- Afirmar a Ordem como a única en-tidade acreditadora em acções deformação médica;

- Alterar o projecto de lei que per-mite que a Direcção Executiva dosAgrupamentos de Centros de Saú-de seja um Não Médico e do mes-mo modo não permitir que haja in-terferência na autonomia da Direc-ção Clínica nos Centros de Saúde;- Continuar a reforçar a autonomiatécnica dos médicos de família e oesforço da reforma através das USF,relembrando contudo à tutela quehá Centros de Saúde que trabalhamcom qualidade e com parâmetros deeficiência, que não foram contempla-dos na reforma;- Apoiar a formação médica na áreada gestão de unidades de saúde, sen-do inequívoco que é mais fácil for-mar médicos em gestão do quegestores em médicos;- Actualizar a legislação da carreiramédica de Saúde Pública;- Dialogar com o Governo, Sindicatose as Associações de Prestação de Ser-viços de Saúde no sentido de rever alegislação que se encontra desactua-lizada em especial tratando-se de co-legas que não se encontram em ne-nhuma carreira da função pública;- Activar e manter vivo o projectode Fundo de Solidariedade, para pro-porcionar apoio adequado aos co-legas mais necessitados e suas famí-lias, potencializando as perspectivasde ajuda e os modelos já em vigorna Ordem dos Médicos;- Estabelecer protocolos estruturadoscom IPSS de reconhecida qualidadenos serviços prestados, como formade prevenir eventuais necessidadespara médicos idosos e seus cônjuges;- Reformular e incentivar o Progra-ma de Ajuda Integral ao Médico(PAIM - programa de apoio aos mé-dicos doentes);- Voltar a dar vida ao Clube Médico,com a promoção de iniciativas re-gulares de carácter científica e cul-tural, em colaboração com os diver-sos Concelhos Distritais, reforçandoa relação existente entre a Ordemdos Médicos e a sociedade civil.

Contamos contigo, dando-te a cer-teza que podes contar connosco.

MAIS ORDEM, MELHORES MÉDICOS

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Centro

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62 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Centro

– Manifesto Eleitoral –

Aos Colegas que acham que a Ordemnão devia existir, esquecendo que é devi-do à Ordem que não são tutelados porpolíticos, juristas ou enfermeiros,

Aos Colegas que acham que a Ordemnada faz, mas nem sequer fazem a míni-ma ideia do que é que a Ordem faz,

Aos Colegas que acusam a Ordem detudo, até de não fazer aquilo que, estatu-tária e juridicamente, lhe é impossível fazer,

Aos Colegas que acham que a Ordemnão toma posições, mas que tão poucoacompanham, nos Boletins e na Comuni-cação Social, as posições da Ordem,

Aos Colegas que acham que a Ordemdevia fazer muito mais do que aquilo quefaz, mas não estão lá muito disponíveispara trabalhar na Ordem,

Aos Colegas que acompanham a Or-dem de forma criticamente construtiva,

Aos Colegas que sabem exactamenteo que significa trabalhar na Ordem,

Aos Colegas que acreditam que a Or-dem pode continuar a melhorar,

Aos Colegas que, apesar de tudo, achamque a Ordem está a trabalhar bem,

ÓRGÃOS REGIONAIS – Lista B

Manter o Rumo, Mantera Diferença

A TODOS os Colegas,

Está a chegar ao fim o triénio em que alista «Por uma Ordem dos Médicosmuito diferente» foi responsável pelagestão da Secção Regional do Centroda Ordem dos Médicos (SRC-OM).Sob as mais diversas perspectivas, nãoobstante o período muito difícil quese atravessa na área da saúde, fruto deuma estranha forma de Governo demaioria absoluta e totalitária, na nossaopinião o balanço do nosso desempe-nho é francamente positivo, bem dife-rente, para melhor, relativamente aopassado. Por isso nos recandidatamos,amadurecidos pela experiência entre-tanto adquirida, agora sob o lema«Manter o rumo, manter a dife-rença».Pretendemos continuar e melhorar otrabalho desenvolvido e dar a oportu-nidade aos Colegas de, votando, avali-arem esse mesmo trabalho, que con-tou com a inestimável participação demuitos Colegas a quem agradecemostodo o seu empenho, disponibilidadee horas perdidas em benefício do co-lectivo.Não podemos deixar de salientar oJosé Couceiro e demais Colegas doDistrito Médico de Coimbra, cuja co-laboração e actividade própria foramessenciais para a concretização de todaa actividade da SRC-OM, para além deterem organizado numerosas iniciati-vas culturais e científicas e exposiçõesde arte no Clube Médico. O entrosa-mento entre a SRC-OM e a SecçãoDistrital de Coimbra representou umaenorme mais valia para o trabalho dae na Ordem. Por isso vos pedimosque votem na lista X para o Dis-trito Médico de Coimbra.Igualmente, é de toda a justiça re-ferenciar o trabalho desenvolvido portodas as Secções Distritais do Centro,quantas vezes quase invisível mas ab-

solutamente primordial para o normaldesempenho e funcionamento da Or-dem dos Médicos. Merecem o respei-to, a admiração e sentido reconheci-mento de todos nós.

E por que consideramos que sejustifica a continuação? Resumi-damente:

- Nas palavras, nos actos e nas interven-ções, a SRC-OM foi intransigentementeindependente de partidos, sindicatos,associações ou grupos de pressão.- Não houve medo das palavras, escri-tas e faladas. Sempre que necessáriofomos polémicos, críticos e contun-dentes, para dentro e para fora da Clas-se. Fomos totalmente livres e, por ve-zes, fomos profundamente incómodospara alguns. É exactamente assim quepretendemos continuar a ser, pensa-dores e actores livres, descomprome-tidos, controversos e acutilantes. Parauma SRC-OM silenciosa e anódina te-rão de escolher outros.- Enquanto muitos, apesar das suasresponsabilidades, se refugiaram emestranhos e comprometedores silên-cios, estivemos criticamente presentes.Enquanto alguns, sem dizer como, afir-mam querer uma Ordem ainda maiscrítica mas nunca tiveram coragem deaparecer em público, nós demos a carapelos médicos e pelas nossas convic-ções! Só os muito distraídos po-derão dizer que nos acomodá-mos. Estando no ‘poder’ da Or-dem, nós fomos o verdadeiro ‘con-tra-poder’! Recorde-se, por exemplo,textos como «Nunca fui a um SAP nemnunca irei», «O Atestado», «Mercená-rios!?», «Os números estão com gri-pe», «Michael Porter e Correia deCampos», «Os Internos e o Serviçode Urgência», «Para onde vai o SNS?»,«Lavar as mãos», etc., etc., etc.- Analisámos a política da saúde com

José Manuel Silva

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63Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Centro

Mandatário: Alexandre José Linhares FurtadoDelegado: Jorge António Monteiro de Carvalho Pratas Leitão

Mesa da Assembleia RegionalPresidente: Henrique Vilaça RamosVice-Presidente: Paulo Henrique Lages Coelho dos Santos1º Secretário: João Carlos Araújo Morais2º Secretário: Beatriz Gusmão Pereira

Conselho RegionalJosé Manuel Monteiro de Carvalho e SilvaJosé Ávila Rodrigues CostaFernando Manuel da Conceição GomesMaria Teresa Gomes Fernandes LopesMaria dos Prazeres Gomes Figueiredo Reis Teixeira FranciscoAntónio Carlos de Paiva RamalheiraAna Sofia Bento de MatosJorge Miguel Eva MiguéisMaria Filipa Cabral Antunes de Seabra PereiraPaula Cristina Aires Coutinho Figueira da SilvaAlexandra Maria da Cunha Vilar Guedes Estrada

Conselho FiscalPresidente: José Humberto Santos Paiva de CarvalhoVogais: Ana Maria Amaro Soares Torres de Almeida

João José Santiago Alves Correia

Conselho DisciplinarAlmerinda Purificação Freitas Rodrigues MarquesMaria Zaida Monteiro Pereira FernandesDécio Bernardino Pereira de SousaCarlos Alberto Castelo-Branco OrdensMaria do Carmo Rosa da Cruz

seriedade, de forma tecnicamente fun-damentada, com apresentação de alter-nativas ao actual rumo da saúde. De-fendemos o Serviço Nacional de Saúdee não a sua destruição, a co-habitaçãocom a iniciativa privada, com regras cla-ras e transparentes, a igualdade de di-reitos e deveres no sistema público eprivado e a livre escolha do cidadão.- Verberou-se sem subterfúgios e luta-remos por alterar: a subordinaçãoeconomicista do SNS, o encerramen-to desregrado de recursos, a maiordesprotecção das populações maiscarenciadas, a entrega da saúde aosgrandes grupos económicos, as iníquastaxas de cirurgia ambulatória e inter-namento, a ausência de investimentona qualidade, o ataque à pequena inici-ativa privada e às Carreiras Médicas, atransformação de ambulâncias em Ma-ternidades e de Bombeiros em espe-cialistas de obstetrícia, a absurda legis-lação sobre os atestados médicos, aincapacidade de elaboração de um re-gulamento das Consultas Abertas, asubstituição de médicos por enfermei-ros em alguns SAPs, a obcecação emcolocar os hospitais a dar lucro (sejalá o que isso quer dizer!), a imposiçãode limites à produção hospitalar sob acapa de uma falsa contratualização, orecuo na promessa em substituir osgestores dos hospitais EPE com pio-res resultados (até podemos imaginara razão…), os zigzags de uma políticaque afirmou mas logo recuou na in-tenção de transformar os piores hos-pitais EPE em SPA, a nomeação dosadministradores da saúde por critéri-os partidários e não exclusivamentepor competência, o incumprimento dapromessa de disponibilizar todos osrecursos necessários para a reformados CSP, as ameaças à Saúde Pública,os recorrentes ataques demagógicos einsultuosos aos médicos, a existência ea exorbitância da Entidade Reguladorada Saúde, o regime de justificação defaltas, a receita médica, etc., etc., etc.- Contra os enviesados interesses eestratégia pessoal de alguns dirigentes,colaborámos e permitimos o funcio-namento da Ordem, com um posicio-namento crítico e independente, mas

responsável, maduro e participativo. Apostura da SRC-OM evitou graves pre-juízos para a Classe Médica e a parali-sação e descredibilização da própriaOrdem. É esta a postura que iremosadoptar no futuro, caso sejamos reelei-tos, respeitando e trabalhando leal-mente com o Bastonário que vier aser livremente eleito pelos médicos.Estranho é que quem durante trêsanos trabalhou contra a Ordem e pro-moveu a desunião da Classe se apre-sente agora com intenções de a unir...- Com os pés bem assentes no chão edepois da realização de um Inquérito,a que responderam mais de 700 Cole-gas, iniciámos o ambicioso projecto daAldeia do Médico com a aquisição deum magnífico terreno de cerca de onze

hectares, projecto já divulgado publica-mente. Muitos prometeram, nósestamos a concretizar. No início de2008 lançaremos um concurso abertode arquitectura. Durante o próximotriénio planeamos mudar a sede admi-nistrativa da Ordem para um novo emoderno edifício nos terrenos da Aldeiado Médico e lançar toda a restante obra.- Através das Presidências Abertas, emestreita colaboração com os Conse-lhos Distritais, visitámos todos os dis-tritos da SRC para dialogar e levar aOrdem ao encontro dos Colegas. Sónão efectuámos mais visitas porque,legalmente, foi impossível dedicar ain-da mais tempo à Ordem dos Médicos,uma das questões importantes quetem de ser revista nos Estatutos, legali-

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zando a possibilidade de uma maior de-dicação à Ordem, em moldes a definir.O programa das Presidências Abertas épara manter, visitando novos locais.- Desenvolvemos um programa de vi-sitas aos nossos Colegas mais idosos,que irá continuar, os mais esquecidosdos Médicos, que nos recordam asnossas memórias e as raízes da Medi-cina e a quem levámos a nossa home-nagem, o nosso reconhecimento, a nos-sa presença e o nosso carinho.- As reuniões quinzenais do ConselhoNacional Executivo evitaram os cró-nicos atrasos na análise de documen-tos e tomadas de posição nos assun-tos mais sensíveis. Somando as reuni-ões do Conselho Regional e outras,foram centenas as reuniões em queestivemos presentes!- As contas da Ordem foram e continu-arão a ser sistematicamente auditadas.- Foi criada uma rede e renovado o ma-terial informático das Secções Distritais,aumentando a sua autonomia de funci-onamento e capacidade de resposta.- Foram oferecidos seguros, gratuita-mente, a todos os médicos: um segurode responsabilidade civil e de defesajurídica, caso sejam vítimas de proces-sos por alegada má prática e um segu-ro de danos próprios em caso de ag-ressão durante o exercício profissio-nal. Foi oferecido a todos os jovensmédicos um seguro multirrisco duran-te os dois primeiros anos de activida-de profissional.- Revolucionou-se a regulamentação e,pela primeira vez, situação ímpar nomundo, a Ordem assumiu toda aorganização e responsabilidadesobre o Internato Médico, garan-tindo a sua idoneidade e qualidade evagas para todos os licenciados, e de-fenderam-se os jovens Médicos do tra-balho excessivo e desprotegido noserviço de urgência. Reconhecidamen-te, com algumas arestas a limar, os exa-mes nacionais vieram introduzir mai-or equilíbrio e seriedade na avaliaçãofinal do Internato Médico.- Acabou-se com a absurda prova decomunicação para todos os que fize-ram a sua licenciatura na língua portu-guesa. Propomos modificar o Regula-

mento desta prova de modo a quequem tenha feito o ensino secundárioem língua portuguesa também seja deladispensado.- Organizou-se o Congresso Nacionalde Medicina, os jovens organizaramanualmente a MostrEM (Mostra dasEspecialidade Médicas) e colaborou-sena organização do Congresso dosMédicos de Língua Portuguesa.- Por nossa iniciativa, aprovada no Ple-nário dos Conselhos Regionais, o Re-gulamento Eleitoral foi actualizado etornado mais transparente e a eleiçãodo Bastonário foi dignificada, introdu-zindo a exigência de maioria absoluta,solução que agora começa a ser de-fendida para outras Ordens.- Repondo a justiça e a legalidade, nal-guns casos com recurso aos tribunais,implementou-se um programa de re-cuperação das quotas em atraso, quecontinuará, pois encontrámos cerca de600000 euros de quotas não liquida-das! Foi essencial para fazer face aoprojecto da Aldeia do Médico e paracolocar um ponto final na enorme in-justiça de nem todos cumprirem assuas obrigações.- Com regularidade organizaram-seimportantíssimos debates naSRC-OM com a presença e mo-deração do Bastonário, onde seabordaram temas polémicos, como oActo Médico, as Carreiras, o SNS, areforma dos CSP, o ALERT, etc.- Defendemos a aprovação urgen-te de uma Lei do Acto Médico,adaptada aos tempos modernos e quedignifique e reconheça as especificida-des da profissão Médica e defenda aSaúde Pública, iniciativa estranhamentesabotada pela absurda, demagógica eprejudicial obstinação de alguns diri-gentes do Norte num texto já vetado,ilegal e inaprovável. Infelizmente, a si-tuação actual permite que qualquer ci-dadão deste país continue a praticarActos Médicos de forma totalmenteimpune, desde que não usurpe o títu-lo de Médico.- Pugnámos e pugnaremos pela revi-são dos Estatutos, juridicamente de-pendente de uma iniciativa legislativada Assembleia da República e actual-

mente uma questão extremamentedelicada face à elaboração de uma novaLei definidora do enquadramento ju-rídico das Ordens. Algumas das novi-dades que propomos são a profissio-nalização da Ordem, a criação de umSecretário-Geral, médico, em dedica-ção exclusiva, que agilize e se respon-sabilize por todo o funcionamentoburocrático-administrativo da Ordem,uma separação entre o poder execu-tivo e disciplinar da Ordem e uma novafórmula de distribuição das quotiza-ções, menos penalizadora para a SRC-OM, a mais pequena das três Secções.- Colocámos uma ênfase muito parti-cular no cumprimento exemplar dasfunções de auto-regulação da Ordem.Para o Conselho Disciplinar, numa even-tual futura revisão dos Estatutos, defen-demos o aumento do número de ele-mentos que o compõem, de forma aacelerar a sua capacidade de resposta.- Iniciaram-se os ensaios do GrupoCoral da SRC-OM, com o MaestroVirgílio Caseiro (são necessárias maisvozes masculinas e femininas).- Triplicámos as páginas do Boletimda SRC-OM e tornámo-lo indiscutivel-mente mais vivo, interessante e partici-pado. O nosso Boletim foi consideradopelo jornal Tempo Medicina como «omais ousado» das três Secções Regio-nais da Ordem. Consideramos que foiuma distinção merecida. Ousado nostemas, ousado nas ideias, ousado nas crí-ticas, ousado nas propostas. Na nota ‘Eesta?’ (TM, 12/04/06), depois de repro-duzir uma notícia publicada no Boletimda Secção Regional do Centro, este jor-nal afirmou: «… Boletim, que já agora,diga-se, justifica encómios. De todos osque se publicam na órbita da Ordem éo mais ousado, o que publica matéria deopinião mais polémica e não teme tra-tar assuntos difíceis. E porque merece,aqui fica o elogio».- Iniciou-se um processo de divulga-ção das realizações da Ordem por e-mail, forma simples, rápida e barata dechegar a todos os Médicos, pelo que,mais uma vez, se apela para que todosos Colegas comuniquem à Ordem oseu e-mail pessoal (podem fazê-lo peloe-mail [email protected]).

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Centro

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65Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

- Reunimos o Fórum Médico Regional doCentro, num esforço de dinamização dodebate e união de esforços entre as or-ganizações representativas dos médicos.- Confirmado pelo juízo de muitosColegas que espontaneamente o afir-maram, transformámos a Ordemnuma instituição mais viva, maispresente e mais próxima, maisatenta e mais interveniente e, aci-ma de tudo, sentimos que a SRC-OMatingiu um elevado patamar derealização, intervenção, acuti-lância, reconhecimento e prestígionacional a todos os títulos assinalável.Igualmente nos sensibiliza profunda-mente verificar que os Colegas nosconsideram aptos a concretizar o ar-rojado projecto da Aldeia do Médico.- Continuámos e promoveremos o di-álogo com outras Ordens.- O actual Conselho Nacional deDeontologia e Ética Médica, presidi-do pelo Prof. Vilaça Ramos, elaborouuma proposta de um novo CódigoDeontológico , adaptado à mo-dernidade, que será lançado à discus-são pública da Classe logo após o pe-ríodo eleitoral.

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Sem querermos nem podermosser exaustivos e deixando muitasquestões e realizações por refe-rir, pensamos que as actividadesdescritas são suficientes para nosorgulharmos do trabalho efectu-ado e legitimar plenamente aaposta na manutenção do rumoe na afirmação da diferença.A marcar esta recandidatura está omomento mais difícil do SNS e da pro-fissão Médica do último quarto de sé-culo. Estranhamente e de forma ines-perada, a mudança de Governo e deMinistro da Saúde, na sequência daantecipação das eleições nacionais,apenas piorou o cenário por nós tra-çado há três anos.

Quem segue com atenção a maisrecente estratégia da política dasaúde em Portugal, nas suas múl-tiplas facetas, verifica que estapersegue os mesmos objectivosessenciais do anterior Governo,relativamente aos quais, comosempre fizemos, nos propomoscontinuar em frontal e incansáveloposição:- Destruição progressiva e emagreci-mento forçado do SNS, que a OMS ti-nha considerado como o 12º melhordo mundo.- Através do emagrecimento forçadoe selvagem do SNS, exercício de umapressão subliminar para a subscrição,pela população, de seguros de saúde,que em Portugal são maus e caros, in-duzindo uma dupla contribuição paraa saúde, através dos impostos e dosprémios dos seguros de saúde.- Privatização da saúde e liquidaçãoda pequena Medicina Privada indepen-dente, em benefício dos grandes gru-pos económicos e com prejuízo paraos doentes.- Afastamento dos recursos da saúdedas populações mais carenciadas etransferência de custos do Estado paraos cidadãos doentes.- Entrega de funções nucleares do Es-tado aos privados, como a conferên-cia de facturas e receitas.- Criação de uma bolsa de Médicosdesempregados, aumentado para alémdo necessário e desejável o numerusclausus, com a finalidade de fragilizar eproletarizar a Classe. Opomo-nos in-transigentemente à criação de novasFaculdades de Medicina.- Aumento da pressão sobre os Médi-cos e transformação progressiva emsimples assalariados sem independên-cia técnica (defendemos a duplicaçãodo salário base dos médicos e uma dis-cussão transparente dos horários, masessa é uma questão sindical).- Desvalorização da Classe Médica, no-meadamente na área da emergência

pré-hospitalar, favorecendo outras clas-ses profissionais da saúde e inventan-do o suporte intermédio de vida (!),com agravamento dos riscos para osdoentes.- Destruição das Carreiras Médicas(sendo certo que apoiamos a sua mo-dernização).- Reconhecendo e saudando os inegá-veis avanços, criticamos construtiva-mente os adiamentos, indefinições,contradições e insuficiências da refor-ma dos CSP.

...........

Por tudo isto propomo-nos defenderinflexivelmente a independência e uni-dade da Ordem e continuar a elevá-laa um irredutível bastião e parceiro nadefesa da verdade e transparência nareforma da Saúde, na preservação doSNS, na manutenção do acesso univer-sal e socialmente equilibrado e justode todos os cidadãos ao SNS e da qua-lidade da prática médica, pública e pri-vada, na livre escolha do doente, namodernização e dignificação das Car-reiras Médicas, na assunção de funçõesde verdadeiro Provedor do doente.O nosso percurso nos últimos trêsanos, bem mais do que quaisquerintervenções ou promessas im-possíveis e demagógicas, pusilâni-me e cavilosamente limitadas aoperíodo eleitoral, é a melhor ga-rantia de que, em caso de vitória,a nossa postura como responsá-veis da SRC e Distrito Médico deCoimbra, trabalhando em conjun-to com as outras Secções Distri-tais e Regionais e com o Presiden-te do CNE, continuará a ser inte-ligente, esclarecida, ponderada,fundamentada, independente, de-terminada, coerente, ousada eperseverante.

«MANTER O RUMO, MANTER A DI-FERENÇA»

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Centro

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68 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Aveiro, Lista A

DISTRITO MÉDICO DE AVEIRO

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado: Artur Manuel Restani Graça Alves Moreira

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: João Francisco da Paula TerrívelVice-Presidente: José António Madail Ratola1º Secretário: António Luís da Conceição Cardoso2º Secretário: António Manuel Frias Coutinho

Conselho DistritalConstança Maria Tipping Bettencourt da Câmara de MirandaMaria Elvira de Magalhães Vilela Pires RitoMaria João Parracho VidalPaulo Jorge Barreto Marques da MaiaNuno Filipe Maio Lopes Fernandes

Membros Consultivos ao Conselho RegionalAntónio Frederico Ramos de Morais CerveiraAntónio Carlos da Cruz MaiaManuel Nunes Simões dos Santos

propõe como Programa de Acção:1º Dar continuidade, incentivando epromovendo reuniões periódicas, co-lóquios e conferências nas vertentes:

Profissional, no âmbito do desenvolvi-mento profissional sistemático e con-tínuo,Formativa – eventos com conteúdo pe-dagógico claro, acompanhando a forma-ção contínua dos Médicos disponibi-lizando as Instalações da Ordem para tal.cultural, e promover exposições, fazen-do da Ordem um Centro previlegiadode convívio.

2º Pôr o Conselho Distrital da Ordemà disposição dos Médicos, na sua defe-sa Profissional Institucional, e Pessoal.

3° Manter uma estreita colaboraçãocom o Conselho Regional e Nacionalpromovendo relacionamento previli-

giado pessoal e Institucional, na defesados Médicos e na resolução rápida ejusta nos problemas que surjam.

4º De acordo com as directrizes doPrograma Nacional se faça a defesa dasCarreiras Médicas e do bom nome dosMédicos.

5º Promover e incentivar a articula-ção entre os Cuidados Hospitalares, aMedicina Geral e Familiar e Saúde Pú-blica, explorando e procurando formasde colaboração e cooperação. Anali-sar, promover e incentivar em reuni-ões com os interessados as melhoresformas de combate às Listas de Espe-ra, a acessibilidade dos Doentes doDistrito aos Cuidados Médicos, e àExcelência desses mesmos Cuidadosna procura de Meios tecnológicos eCondições para a prática de Medicinade Qualidade e excelência, motivando

e interessando para tal as Administra-ção Hospitalar.

6° Interessar, motivar e empenhar asforças vivas do Distrito, diligenciandopara que o Hospital de Aveiro, seja umHospital Central dotado das valências,que Aveiro e a sua Região há muitomerecem e desejam.

7° Acompanhar e pugnar pelo redi-mensionamento das Unidades da RedeNacional de Cuidados ContinuadosIntegrados no Distrito da Aveiro.

8° Aproveitar, com vantagens mútuas,a prestigiada Universidade de Aveiro,para em conjunto elaborarem planosque integrem os recursos Tecnológicose Humanos existentes.

9° Deligenciar para que no Distritohaja a Casa do Médico, em articula-ção com as entidades competentes nogarante de uma Obra que prestigie osMédicos do Distrito, integrando a com-ponente administrativa, social, científi-ca e de lazer.

10º Propor que seja prestada home-nagem aos Médicos que desenvolve-ram acção Profissional relevante noDistrito.

11° Criar deslocações do ConselhoRegional a diversas Unidades de Saú-de do Distrito, promovendo reuniõesalargadas com os Médicos com inter-venção e diálogo no prestígio médico,eliminação de conflitos entre a classe,organização, humanização de Cuidados,e preocupação com a Qualidade e BemEstar dos Doentes.

12° Cronograma elaborado para divul-gação, fazendo um balanço anual doque cumprimos e analisando o que faltafazer.

Setembro 2007

A Lista proponente ao ConselhoDistrital

A Lista ao ConselhoDistrital da Ordem

dos Médicos

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69Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Os actuais elementos que compõe osÓrgão Distritais de Castelo Branco daOrdem dos Médicos apresentaram-sea sufrágio em Dezembro de 1998 numaposição de independência face a dife-rentes grupos e correntes existentesna classe médica e fora dela, procu-rando, sobretudo servir os médicos,mantendo-se com esta filosofia em trêsmandatos consecutivos. O lema foi sem-pre «PELO PRESTIGIO DA CLASSE– COM SOLIDARIEDADE MÉDICA».

Nos últimos tempos as bases estrutu-rais em que assentava o Serviço Naci-onal de Saúde têm sido delapidadas ealteradas e desta forma os ideais paragarantir uma medicina de qualidade sãocada vez mais difíceis.O nosso papel com «provedores» dosdoentes está a ser substituído pela

DISTRITO MÉDICO DE CASTELO BRANCO

Delegado: Álvaro Rascão Ferreira Pinto

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Francisco Manuel Dias do Coito EliasVice-Presidente: Manuel Armindo de Oliveira Reis1º Secretário: Luís Manuel Gomes Fernandes2º Secretário: Rui Miguel Alves Filipe

Conselho DistritalErnesto Fernandes RochaVitor Manuel dos SantosEduardo João Abrantes PereiraJorge Augusto Faria de Vilhena MonteiroFilipe Reis Antunes

Membros Consultivos ao Conselho RegionalJosé Carlos da Fonseca Rua

PROGRAMA DE ACÇÃO

«SER MÉDICO»implementação de sistemas que nos le-vam ao funcionalismo. A imagem de umtécnico superior que exerce a sua activi-dade em parâmetros pré estabelecidosnão se coaduna com a actividade médica.Este profissional deve exercer a suaprofissão de forma hipocrática e não deforma hipócrita, como diria um coleganosso que muito estimo. A actividademédica está para além do diagnósticoe tratamento.Quem forma os colegas mais novos?Quem promove a formação médicacontínua? Quem é que fora do seu«horário laboral» promove tantas ac-tividades de forma gratuita e não re-conhecida (júris de exames nacionais,referees de artigos científicos, organi-zação e eventos para formação médi-ca, cargos nas instituições do estadoque não são remunerados...)

Há que voltar a «SERMOS MÉDI-COS».

Sabemos que estaturariamente poucoou nada poderemos fazer mas é verda-de que esta Ordem Distrital tem esta-do aberta às inquietações, aos medosdenunciando nos locais próprios.Para isso é necessário que todos vo-tem, que os colegas se aproximem daOrdem Distrital para que em conjun-to possamos alterar e melhorar a nos-sa acção e levar a que os órgãos cen-trais criem mais dinamismo, mais for-ça perante o poder central.

Assim:

1. Actuaremos de acordo e com orespeito que o Código Deontológicoe os Estatutos da Ordem exigem enos honram,2. Defenderemos a deontologia e éti-ca de acordo com o juramento pornós feito,3. Seremos independentes de qual-quer poder,4. Defenderemos a qualidade do actomédico,5. Estaremos com todos os colegasem solidariedade sempre que injus-tiçados,6. Não seremos neutros nem indife-rentes aos problemas distritais e ouregionais mantendo sempre um diá-logo aberto e franco com todos oscolegas e instituições de Saúde, pro-curando gerar e gerir os maioresconsenso possíveis.

Vamos continuar a privilegiar o deba-te com os médicos do Distrito sobretodos os assuntos pertinentes da clas-se , dando oportunidade aos colegaspara manifestarem as suas opiniões ede as fazer chegar aos outros órgãosda Ordem.

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Castelo Branco, Lista D

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70 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

O que nos une, é uma profunda preo-cupação pelas crescentes dificuldadesque são impostas à actividade médicae o delapidar constante da credibili-dade e prestígio da nossa profissãoperante a sociedade.

Os médicos não estão, não estiverame nunca poderão estar em conflito comos interesses da população, como al-guns querem fazer crer, mas temos aobrigação de defender-nos da dema-gogia e crescente afrontamento porparte de sectores da sociedade que na

DISTRITO MÉDICO DE COIMBRA

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado: Vitor Luís Adão Melo

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: José Manuel Azenha TeresoVice-Presidente: José Emílio Vieira de Campos Coroa1º Secretário: António José Ribeiro Alegre2º Secretário: Rui Artur Coutinho da Silva Nogueira

Conselho DistritalMaria Teresa Matos Pereira Sousa FernandesJosé de Magalhães FreitasMaria Hermínia Vicente Trindade SimõesLuís Filipe Santos SilvaAida Maria Nunes de Sousa Palmeiro

Membros Consultivos ao Conselho RegionalAmérico Manuel da Costa FigueiredoCarlos Aragão Pereira de AthaydeJorge Manuel Costa LainsMário Manuel Chaves LoureiroAndrea Cristina Cruz Almeida Sousa GomesTiago Miguel Soares CarreiroJosé Manuel da Silva Ramos RodriguesAntónio Neves VicenteMaria Luisa Ferreira Soares e Silva Reis RibeiroCésar Duarte FernandesSérgio José da Cruz Serra LourençoManuel Lencastre de CamposAntónio Manuel Costa Gomes da SilvaJosé Domingues da Ascenção Cabeças

Programa de acção

Mais Ordem, MelhoresMédicos

última década tentaram, e em parteconseguiram, minar a nossa relaçãocom a população, ao mesmo tempoque penetravam ferozmente em áreasmédicas, sem que a Ordem, Sindicatosou qualquer outra força de associati-vismo médico conseguisse travar es-sas mudanças ou sequer alertar emdevido tempo o poder politico, fazen-do sempre crer a estes e àqueles quetudo, era a bem da sociedade. Foi as-sim que de modo sucessivo, vimos in-trometerem-se na prescrição médica,nas competências médicas, nas carrei-

ras médicas, enfim, em tudo o que semostrasse uma área interessante denegócio, esquecendo sempre a popu-lação em primeiro lugar, os interessesdo país em segundo e por arrasta-mento o prestígio e a dignidade do«Ser Médico».

Vimos ainda com especial esperança aspromessas que, em sucessivas eleições,colegas e políticos nos fizeram, sem queapós as mesmas, sentíssemos no dia adia qualquer coisa que tenha sido feita.

Não precisamos de citar exemplos emconcreto, pois todos sentimos e vive-mos com o passar dos anos, a arro-gância com que somos muitas vezestratados, a falsa continência por quemtodos os dias nos trai e substitui, odesprezo com que somos noticia sem-pre que um de nós falha.

Nunca sentimos da parte dos nossosdirigentes, a firmeza e a determinaçãoque, infelizmente para Nós, vemos nou-tras classes profissionais. Assim, é qua-se diária a tentativa (muitas vezes con-seguida) do enxovalhamento da classemédica. Basta que de modo incógnitoentremos numa farmácia, escutemosos nossos colaboradores ou simples-mente ouçamos os nossos (dos ou-tros) doentes.

A tudo isto importa dizer «Basta». Ésempre fácil dizer que esta é a opor-tunidade de mudar, que Nós vamosfazer melhor (ainda há 3 anos ouvimosisto). Não acreditem. Acreditem simque somos um grupo (que alguns du-vidam que pudesse ser coeso, tal adisparidade de pensamentos e opções),que está disposto a ir até às últimasconsequências na defesa dos interes-ses dos médicos, pois estamos tambémseguramente, a defender os interessesda população, da sua saúde e da eco-nomia do país.

É por isso urgente e imperioso agir einovar para:

- Renovar e creditar de novo a or-dem reconciliando-a com os médi-cos e projectando-a na sociedade

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Coimbra, Lista A

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71Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

civil (a Ordem é detentora de ummandato do estado para o bem pú-blico mas não é um sócio do minis-tério da saúde);- Garantir a qualidade dos cuidadosde saúde, defendendo os mais ele-vados valores éticos e deontológicos,elevando o prestígio dos médicos,recolocando-o no lugar que já nospertenceu na sociedade.

Ninguém tem dúvidas que a Ordemdos Médicos (OM) deve, necessaria-mente, afirmar-se como o garante daprática de uma Medicina qualificada,sob os pontos de vista ético e técni-co-científico. Ninguém duvida que paraisso é preciso que a Ordem congre-gue todos os médicos na realização deuma Medicina moderna, centrada nodoente e apostada em proporcionar atoda a população os melhores cuida-dos de saúde (nas vertentes preventi-va, curativa e paliativa), que queremose manifestamente nos propomos aju-dar a (re)organizar. Esse esforço devoltar a fazer acreditar os médicos nasua Ordem está por fazer, tem vindoano após ano a diminuir e o evidenteafastamento dos médicos da sua Or-dem tem a sua tradução máxima, noperíodo eleitoral. Verdadeiramente,poucos se importam com as eleições eo poder político sabe ler nas mesmas opoder negocial dos dirigentes que de 3em 3 anos lhe entram pela porta. Tam-bém aqui precisamos de uma mudança.É importante que votem pois só assimpoderemos ter força para ser ouvidos.

Claro que a OM deve reforçar a suaintervenção, de forma permanente esem alinhamentos político-partidários,garantindo o rigor científico, a quali-dade da formação médica, a melhoriacontínua dos cuidados de saúde pres-tados e pugnando pelo aperfeiçoamen-to das diferentes organizações de exer-cício profissional.Deve também ser obrigatoriamente ogarante da diferenciação técnico-pro-fissional assente naquilo que é o pilarfundamental da intervenção do médi-co – O ACTO MÉDICO. E este, é semdúvida o nosso maior calcanhar de

Aquiles, porque não está legislado ecom isso permite que toda a gentepense que pode ser ou executar osactos próprios de um médico. Até umnosso Presidente da República (tidopor uma pessoa sensata e de princípi-os), nos vetou o acto médico, sendoque contudo, foi a Nós que recorreu,quando necessitou de cuidados de saú-de. Sem ressentimentos mas comamargura, perguntamos. Como é pos-sível um País Europeu no Século XXI,não ter a definição e respectiva legis-lação do ACTO MÉDICO? Bem quetrocávamos uns dias de férias ou umpouco de salário por esse tão impor-tante documento que nunca soubemosnegociar. É uma pedra basilar que con-tinua a fazer falta e a permitir que in-divíduos e associações pratiquem ac-tos médicos impunemente, não se as-segurando o direito dos utentes a umamedicina qualificada. Será que vai serpreciso o exemplo dos colegas Belgasno passado e dos Alemães no presen-te que tiveram de mostrar ao poder aforça de «Ser Médico»?

É público que a actividade legislativado Ministério da Saúde, a pretexto dereformar o Serviço Nacional de Saú-de, originou profundas modificações,quer da gestão hospitalar, quer do re-gime jurídico dos hospitais e centrosde saúde, não se tendo mostrado ca-paz de melhorar a eficácia e, sobretu-do, a eficiência do SNS. Cada vez maisas deficientes condições de trabalhoem que os médicos realizam a sua ac-tividade condicionam o erro e a insa-tisfação profissional. A quem competesenão à Ordem, junto das autoridadescompetentes, ser a voz activa eactuante na promoção e garantia damelhoria dessas condições.

Temos de congregar os médicos à vol-ta da Ordem, fazendo dela, uma Insti-tuição em que cada um de nós se re-veja e sinta orgulho por a ela perten-cer e que, a uma só voz saiba transmi-tir o sentir e os desejos de todos.

Assumiremos pois, como nossa, a mis-são de defender os médicos e os seus

interesses bem como uma prestaçãode cuidados de saúde de qualidade,com base num Sistema em constanteaperfeiçoamento e modernização, queenalteça a dignidade e o exercício doacto médico (quer a nível público, querconvencionado ou privado).

Temos por isso como objectivos priori-tários para o mandato os seguintes pon-tos (sem deixarmos de subscrever outrosque forem ditos na defesa dos médicos masque nos parecem de somenos importânciaface à gravidade dos problemas com que aclasse no momento se debate):

1 – Cumprir e fazer cumprir os Esta-tutos da OM, com especial incidênciano artigo 6º em que se afirmam as suasfinalidades essenciais e que a ser cum-prido, em primeira instância pelo pró-prio governo, evitaria desencontros emalentendidos em relação a entidadescomo a ERS ou outras que nos pareceestarem a querer substituir-se à Or-dem em questões que estatutaria-mente nos estão atribuídas. Tambémlá consta, que é uma tarefa da Ordemdefender os interesses dos médicos, oque até agora não tem acontecido;

2 – Defender a necessidade de umaqualificação profissional médica, paraa prática de todo e qualquer acto mé-dico, a fim de assegurar o direito dosutentes a uma medicina qualificada(sem subterfúgios linguísticos ou deocasião, ser médico e praticar um actomédico implica ter andado numa Fa-culdade de Medicina e estar inscritona Ordem dos Médicos);

3 – Promover o desenvolvimento dacultura médica intra e inter pares;

4 – Não admitir que qualquer outraEntidade dê sem sermos consultadosum parecer sobre assuntos relaciona-dos com o ensino pós graduado, como exercício da medicina e com a orga-nização dos serviços que se ocupemda saúde;

5 – Colocar os Colégios de Especiali-dade no Centro das decisões, como

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Coimbra, Lista A

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72 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

os verdadeiros guardiães da qualidadetécnico-científica na Ordem dos Mé-dicos;

6 – Reforçar sempre o papel interven-tivo da OM e da Secção Regional doCentro em particular nas discussõese negociações com as diversas entida-des oficiais e associativas, sem esque-cer a defesa intransigente dos interes-ses dos médicos, não permitindo sejaa quem for «beliscaduras» que se vie-ram a revelar «dentadas». O lema serásempre, «Se não concordam connosco,caminhem sozinhos». No final se verá;

7 – Procurar reformular a legislação noque concerne à inscrição na OM. Preo-cupa-nos a qualidade da formação feitafora de Portugal e receamos a curtoprazo uma baixa da qualidade técnicocientífica do acto médico bem como aproletarização da profissão, que já hojea espaços se vai verificando no País;

8 – Criar consensos com todas as es-truturas médicas com vista à promul-gação e ultimação do novo DecretoLei das Carreiras Médicas que contem-ple a progressão de modo vertical ehorizontal em qualquer serviço públi-co ou privado com creditação e Titu-lação Única pela Ordem em provaspúblicas, assumindo a Ordem, atravésdos seus órgãos próprios, um papelprimordial na reformulação das carrei-ras médicas e na concessão de graus ediferenciações técnico/profissionais;

9 – Queremos ainda a curto prazo:- Fazer o levantamento e avaliaçãodas reais necessidades de médicosno País, como suporte para a ade-

quação do número de vagas de in-gresso nas Faculdades de Medicinae nas diversas Especialidades;- Participar no plano de abertura devagas para o Internato Médico na Re-gião Centro (o que entronca no pon-to anterior e deve ser feito em fun-ção do levantamento efectuado);- Fazer os internos participarem naatribuição de idoneidades formativas,bem como na avaliação contínua doprocesso formativo;- Impedir que o contrato individualde trabalho possa, ainda que velada-mente, condicionar a autonomia pro-fissional do médico e promoverrapidamente um contrato colectivode trabalho, sendo a ordem uma for-ça motora em conjunto com os sin-dicatos médicos;- Promover o desenvolvimento pro-fissional contínuo na área da forma-ção médica;- Afirmar a Ordem como a única en-tidade acreditadora em acções deformação médica;- Alterar o projecto de lei que per-mite que a Direcção Executiva dosAgrupamentos de Centros de Saú-de seja um Não Médico e do mes-mo modo não permitir que haja in-terferência na autonomia da Direc-ção Clínica nos Centros de Saúde;- Continuar a reforçar a autonomiatécnica dos médicos de família e oesforço da reforma através das USF,relembrando contudo à tutela quehá Centros de Saúde que trabalhamcom qualidade e com parâmetros deeficiência, que não foram contempla-dos na reforma;- Apoiar a formação médica na áreada gestão de unidades de saúde, sen-

do inequívoco que é mais fácil for-mar médicos em gestão do quegestores em médicos;- Actualizar a legislação da carreiramédica de Saúde Pública;- Dialogar com o Governo, Sindica-tos e as Associações de Prestaçãode Serviços de Saúde no sentido derever a legislação que se encontradesactualizada em especial tratando-se de colegas que não se encontramem nenhuma carreira da função pú-blica;- Activar e manter vivo o projectode Fundo de Solidariedade, para pro-porcionar apoio adequado aos co-legas mais necessitados e suas famí-lias, potencializando as perspectivasde ajuda e os modelos já em vigorna Ordem dos Médicos;- Estabelecer protocolos estrutura-dos com IPSS de reconhecida quali-dade nos serviços prestados, comoforma de prevenir eventuais neces-sidades para médicos idosos e seuscônjuges;- Reformular e incentivar o Progra-ma de Ajuda Integral ao Médico(PAIM – programa de apoio aos mé-dicos doentes);- Voltar a dar vida ao Clube Médico,com a promoção de iniciativas re-gulares de carácter científica e cul-tural, em colaboração com os diver-sos Concelhos Distritais, reforçan-do a relação existente entre a Or-dem dos Médicos e a sociedade ci-vil.

Contamos contigo, dando-te a cer-teza que podes contar connosco.

MAIS ORDEM, MELHORES MÉDICOS

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Coimbra, Lista A

www.actamedicaportuguesa.com

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73Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

DISTRITO MÉDICO DE COIMBRA

Mandatário: Celso Daniel da Cruz CruzeiroDelegado: Ana Bela Grosso dos Santos Couceiro

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Salvador Massano CardosoVice-Presidente: José Manuel Pacheco Portela1º Secretário: Luísa Maria de Abreu Freire Diogo Matos2º Secretário: Daniel Santos Brito

Conselho DistritalAmândio José Correia Martins CouceiroManuel Teixeira Marques VerissimoAna Luisa Machado Agudo Simões MateusTeresa Paula Lopes Sousa de SantisRicardo Manuel Angélico Faria Gabriel

Membros Consultivos ao Conselho RegionalJosé Mário Pinto Saraiva MartinsLuiz Miguel de Mendonça Soares SantiagoMaria da Luz Machado MartinsMaria Fernanda da Silva Leite GouvêaCarlos Alberto Fontes RibeiroGisela Margarida Monteiro Dias da CostaMarília Dias PereiraAntónio Manuel Pinto Brochado Moreira MoraisMaria Irene Valente Baptista MartinsFernando Jaime Alves Dias MartinhoJosé Henrique Dias PereiraEmanuel San Bento FurtadoAndrea Alexandra Guerra Sancho Salgueiro da CostaCiro Magalhães Guedes Costa

Programa de Acção

«Manter o Rumo,Manter a Diferença»

A nossa candidatura ao Distrito Médi-co de Coimbra subscreve integralmen-te o programa da lista «MANTER ORUMO, MANTER A DIFERENÇA»,que se candidata à Secção Regional doCentro da Ordem dos Médicos. Aí es-tão claramente consignados os princí-pios e ideias que defendemos e quetambém constituem o nosso progra-ma de acção.Apesar disso, importa realçar algunsaspectos a que nos comprometemosa dar particular atenção.Propomo-nos unir e dinamizar osMédicos do Distrito Médico deCoimbra em torno desses princípi-

os e desse programa.No último triénio, o Conselho Regio-nal, através das «presidências abertas»e em estreita colaboração com osConselhos Distritais, visitou todos osdistritos da Secção Regional do Cen-tro, para dialogar e levar a Ordem aoencontro dos colegas.Vamos manter esta postura, compro-metendo-nos a visitar no próximotriénio todas as instituições hospitala-res e centros de saúde do distrito mé-dico, procurando o diálogo e anteci-pando soluções, fazendo da Ordemuma estrutura cada vez mais partici-pada e actuante.

Vamos manter e melhorar um conjun-to de acções, em que os médicos par-tilhem com a Sociedade envolvente aprocura de respostas para os proble-mas da saúde. Neste sentido vamospropor às autarquias locais parceriasque permitam informar, discutir, pre-venir e procurar soluções para as po-pulações, abrindo a Ordem à Socieda-de envolvente.Propomo-nos manter e valorizar a jáexistente produção cultural a que oClube Médico nos habituou e refor-çar e dinamizar este espaço, como cen-tro de todas as actividades que pos-sam contribuir para a dignificação eimagem pública da classe médica.No último triénio foram realizadasexposições de pintura, escultura e fo-tografia com periodicidade mensal.Ciclos de conferências, em parceriacom o CEIS XX, com seis realizaçõesanuais de grande nível cientifico e cul-tural, relacionados habitualmente coma saúde e a medicina.As instalações do Clube Médico foramcedidas a pedido de Médicos ou Asso-ciações Médicas, dezenas de vezes, pararealizações culturais e cientificas vari-adas, lançamento de livros, actividadedo Grupo Coral.Mas, obviamente pensando no futuro,os nossos esforços irão no sentido daconsolidação do projecto da «Aldeiado Médico», que terá em 2008, após ajá efectuada aquisição do terreno deonze hectares, o lançamento do con-curso para o projecto de arquitectura.Durante o próximo triénio planeamosmudar a sede administrativa da Ordempara um novo e moderno edifício nosterrenos da aldeia do médico e lançartoda a restante obra.

«O nosso percurso nos últimos trêsanos, bem mais do que quaisquer in-tervenções ou promessas demagógi-cas, pusilânime e cavilosamente limita-das ao período eleitoral, é a melhorgarantia de que, em caso de vitória, anossa postura como responsáveis daSRC e Distrito Médico de Coimbra,trabalhando em conjunto com as ou-tras Secções Distritais e Regionais ecom o Presidente do CNE, continuaráa ser inteligente, esclarecida, pondera-da, fundamentada, independente, deter-minada, coerente, ousada e perseve-rante».

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Coimbra, Lista B

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74 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Guarda, Lista A

DISTRITO MÉDICO DA GUARDA

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado: Luís António Vicente Gil Barreiros

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Augusto José de Sousa RenteVice-Presidente: Manuel Francisco de Almeida Gomes1º Secretário: Maria Eugénia Serra Pereira2º Secretário: Isabel Maria Seromenho Sequeira Mendes

Conselho DistritalAugusto Manuel Almeida LourençoRicardo Nuno Calado Cabral de CamposLuís Manuel MarquesFernando Manuel Seromenho Sequeira MendesAna Paula Valente Silva Gonçalves

Membros Consultivos ao Conselho RegionalDr. Francisco José Fernandes Luís

Programa de Acção

Ordem renovada,Ordem Activa

Somos um grupo de colegas, que ten-do sentido a necessidade de mudançase empenharam em apresentar umalista aos Órgãos Distritais.Pugnamos por dignificar a Classe etransformar a Ordem na sua real voz.Não podemos ficar calados e desmo-bilizados perante as mudanças que es-tão em curso.

Queremos envolver todos os colegasnas actividades da Ordem independen-temente da sua carreira ou local detrabalho.Devemos ter orgulho em ser Médicos.Temos uma sede, fruto do trabalho dasanteriores direcções, que saudamos,mas que necessita de ter vida.Queremos ter uma sede com a porta

aberta e na qual todos os colegas sesintam em casa.

COM A CONVICÇÃO QUE SOMOSCAPAZES, PROPOMOS

• SER DIFERENTES• RENOVAR A ORDEM• ABRIR A ORDEM A TODOS OSCOLEGAS E SOCIEDADE CIVIL• PROMOVER CURSOS DE FORMA-ÇÃO E ACTIVIDADES CIENTIFICAS• CRIAR UMA PAGINA NA NET• ESTABELECER PROTOCOLOS DECOOPERAÇÃO COM OUTRASORDENS PROFISSIONAIS• PROMOVER ACTIVIDADESLÚDICAS NA SEDE E EM TODO ODISTRITO• APOIAR PROMOVER E PATROCI-NAR INICIATIVAS DOS COLEGAS• RENTABILIZAR AS INSTALAÇÕES• INICIAR ESTUDOS PARA A VIABI-LIDADE DA CRIAÇÃO DA CASADO MEDICO• PROMOVER CONDIÇÕES PREFE-RENCIAIS DE ACESSO DOSMEDICOS AO COMERCIO ESEVIÇOS DO DISTRITO

COM A VOSSA VONTADE E COLA-BORAÇÃO SEREMOS A ORDEMRENOVADA E ACTIVA

SOMOS A ALTERNATIVASOMOS A MUDANÇA

Programa de Acção

Esbater Fronteiras, Preservandoa Dignidade da classe e Defendendo

o Direito à Saúde das PopulaçõesSomos um grupo de médicos empe-nhados na prossecução do que devemser as tarefas dum Conselho Distritalduma Ordem Profissional: a defesa daclasse no contexto da realidade em quenos inserimos.Trabalhamos num distrito de fronteira.A fronteira é simultaneamente um ter-

Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Guarda, Lista B

ritório de demarcação e um espaço deconvivência.Temos a Leste – Espanha; a Sul – Covada Beira; a Oeste – Viseu e a Norte –Trás-os-Montes.Convivemos, pois, com: o país vizinhopara o qual enviamos estudantes deMedicina e do qual recebemos médi-

cos; uma Universidade em crescimen-to à qual fornecemos já formadores eda qual receberemos quadros; regiõesequipadas com serviços hospitalares emexpansão partilhando com elas zonasde influência em termos da organiza-ção dos cuidados de saúde primários eredes de referenciação hospitalar.

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75Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

DISTRITO MÉDICO DA GUARDA

Delegado: Álvaro Rascão Ferreira Pinto

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: João José dos Reis PereiraVice-Presidente: António José Ferreira Nolasco1º Secretário: Carlos Manuel Gonçalves Almeida2º Secretário: Celestina Blanco Torres

Conselho DistritalAntónio José Pissarra da CostaIsabel Natividade Carvalho Coelho Cruz AntunesMaria de Jesus Martins Rabaço Ferreira ClaraCremilda Maria Sucena Santos e Sousa e CostaJosé Manuel Paulo da Silva

Membros Consultivos ao Conselho RegionalMaria de Fátima Domingues Azevedo Cabral

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Guarda, Lista B

Vivemos tempos de mudança.O país enfrenta um período de refor-mas no campo da organização dos cui-dados de saúde e da segurança social,algumas das quais interferem com di-reitos que considerávamos adquiridos.O mundo experimenta transforma-ções na forma de encarar o nascimen-to, os relacionamentos inter-pessoaise a morte, que acarretam necessaria-mente mudanças em diversos aspec-tos éticos da nossa profissão (veja-se

sas carreiras e sectores, em fases dife-rentes de progressão na carreira e dediversas nacionalidades.Entendemos que, DEFENDER ACLASSE, é lutar pela preservação danossa dignidade enquanto cidadãos, danossa respeitabilidade como profissi-onais, da nossa ética em mudança e danossa responsabilidade enquantointerlocutores sociais.Desta forma, sem pretender inviabilizaras mudanças que possam beneficiar osdoentes (em função dos quais nós,médicos, existimos), não poderemosdeixar de nos preocupar, enquantoOrdem, com os interesses socio-profissionais da classe, com desta-que para os seus sectores mais des-protegidos (nomeadamente os médi-cos em princípio e fim de carreira) ecom aspectos éticos fundamentais(designadamente o da nossa indepen-dência em relação aos interesseseconómicos).Pretendemos continuar a aproveitar osespaços de que dispomos, desde oedifício da nossa sede às conferênciaspúblicas como as da Saúde Sem Fron-teiras, ampliando o debate e procu-rando o consenso possível, no seioda classe e da sociedade.

o caso do aborto, do suicídio assistidoe da eutanásia).Somos uma classe heterogénea.Na classe médica, como na sociedadeportuguesa, há opiniões diferentes emrelação à melhor forma de defenderos seus/nossos interesses e de nosarticularmos com os interesses/direi-tos dos outros.Neste contexto, apresentamo-noscomo uma lista assumidamente hete-rogénea integrando médicos de diver-

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Leiria, Lista A

O que nos une, é uma profunda preo-cupação pelas crescentes dificuldadesque são impostas à actividade médicae o delapidar constante da credibili-dade e prestígio da nossa profissãoperante a sociedade.

Os médicos não estão, não estiverame nunca poderão estar em conflito comos interesses da população, como al-guns querem fazer crer, mas temos aobrigação de defender-nos da dema-gogia e crescente afrontamento porparte de sectores da sociedade que naúltima década tentaram, e em parteconseguiram, minar a nossa relaçãocom a população, ao mesmo tempoque penetravam ferozmente em áreasmédicas, sem que a Ordem, Sindicatosou qualquer outra força de associati-vismo médico conseguisse travar es-sas mudanças ou sequer alertar emdevido tempo o poder politico, fazen-do sempre crer a estes e àqueles quetudo, era a bem da sociedade. Foi as-sim que de modo sucessivo, vimos in-trometerem-se na prescrição médica,

Programa de Acção

Defender e Uniros Médicos

nas competências médicas, nas carrei-ras médicas, enfim, em tudo o que semostrasse uma área interessante denegócio, esquecendo sempre a popu-lação em primeiro lugar, os interessesdo país em segundo e por arrasta-mento o prestígio e a dignidade do«Ser Médico».

Vimos ainda com especial esperançaas promessas que, em sucessivas elei-ções, colegas e políticos nos fizeram,sem que após as mesmas, sentíssemosno dia a dia qualquer coisa que tenhasido feita.

Não precisamos de citar exemplos emconcreto, pois todos sentimos e vive-mos com o passar dos anos, a arro-gância com que somos muitas vezestratados, a falsa continência por quemtodos os dias nos trai e substitui, odesprezo com que somos noticia sem-pre que um de nós falha.

Nunca sentimos da parte dos nossosdirigentes, a firmeza e a determinação

que, infelizmente para Nós, vemos nou-tras classes profissionais. Assim, é qua-se diária a tentativa (muitas vezes con-seguida) do enxovalhamento da classemédica. Basta que de modo incógnitoentremos numa farmácia, escutemosos nossos colaboradores ou simples-mente ouçamos os nossos (dos ou-tros) doentes.

A tudo isto importa dizer «Basta». Ésempre fácil dizer que esta é a opor-tunidade de mudar, que Nós vamosfazer melhor (ainda há 3 anos ouvimosisto). Não acreditem. Acreditem simque somos um grupo (que alguns du-vidam que pudesse ser coeso, tal adisparidade de pensamentos e opções),que está disposto a ir até às últimasconsequências na defesa dos interes-ses dos médicos, pois estamos tambémseguramente, a defender os interessesda população, da sua saúde e da eco-nomia do país.

É por isso urgente e imperioso agir einovar para:

- Renovar e creditar de novo a or-dem reconciliando-a com os médi-cos e projectando-a na sociedadecivil (a Ordem é detentora de ummandato do estado para o bem pú-blico mas não é um sócio do minis-tério da saúde);- Garantir a qualidade dos cuidadosde saúde, defendendo os mais ele-vados valores éticos e deontológicos,elevando o prestígio dos médicos,recolocando-o no lugar que já nospertenceu na sociedade.

Ninguém tem dúvidas que a Ordemdos Médicos (OM) deve, necessaria-mente, afirmar-se como o garante daprática de uma Medicina qualificada,sob os pontos de vista ético e técni-co-científico. Ninguém duvida que paraisso é preciso que a Ordem congre-gue todos os médicos na realização deuma Medicina moderna, centrada nodoente e apostada em proporcionar atoda a população os melhores cuida-dos de saúde (nas vertentes preventi-va, curativa e paliativa), que queremose manifestamente nos propomos aju-

DISTRITO MÉDICO DE LEIRIA

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado: Cândido Manuel Pereira Monteiro Ferreira

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: António Rui Costa PaixãoVice-Presidente: Salvaterra Bandeira1º Secretário: Graça Maria Barbeiro Fabião2º Secretário: Carlos Alberto Ferreira Bucete

Conselho DistritalCarlos Alberto Bernardino PinheiroÉlio Fernando Pimentel da Silva VasquesMaria Dulce Coimbra Pais CorreiaLeonel Pereira dos SantosJosé Maria da Silva Carvalhinho

Membros Consultivos ao Conselho RegionalNorberto Gameiro MalhoJosé da Cunha Pereira

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dar a (re)organizar. Esse esforço devoltar a fazer acreditar os médicos nasua Ordem está por fazer, tem vindoano após ano a diminuir e o evidenteafastamento dos médicos da sua Or-dem tem a sua tradução máxima, noperíodo eleitoral. Verdadeiramente,poucos se importam com as eleiçõese o poder político sabe ler nas mes-mas o poder negocial dos dirigentesque de 3 em 3 anos lhe entram pelaporta. Também aqui precisamos de umamudança. É importante que votem poissó assim poderemos ter força para serouvidos.

Claro que a OM deve reforçar a suaintervenção, de forma permanente esem alinhamentos político-partidários,garantindo o rigor científico, a quali-dade da formação médica, a melhoriacontínua dos cuidados de saúde pres-tados e pugnando pelo aperfeiçoamen-to das diferentes organizações de exer-cício profissional.

Deve também ser obrigatoriamente ogarante da diferenciação técnico-pro-fissional assente naquilo que é o pilarfundamental da intervenção do médi-co – O ACTO MÉDICO. E este, é semdúvida o nosso maior calcanhar deAquiles, porque não está legislado ecom isso permite que toda a gentepense que pode ser ou executar osactos próprios de um médico. Até umnosso Presidente da República (tidopor uma pessoa sensata e de princípi-os), nos vetou o acto médico, sendoque contudo, foi a Nós que recorreu,quando necessitou de cuidados de saú-de. Sem ressentimentos mas comamargura, perguntamos. Como é pos-sível um País Europeu no Século XXI,não ter a definição e respectiva legis-lação do ACTO MÉDICO? Bem quetrocávamos uns dias de férias ou umpouco de salário por esse tão impor-tante documento que nunca soubemosnegociar. É uma pedra basilar que con-tinua a fazer falta e a permitir que in-divíduos e associações pratiquem ac-tos médicos impunemente, não se as-segurando o direito dos utentes a umamedicina qualificada. Será que vai ser

preciso o exemplo dos colegas Belgasno passado e dos Alemães no presen-te que tiveram de mostrar ao poder aforça de «Ser Médico»?

É público que a actividade legislativado Ministério da Saúde, a pretexto dereformar o Serviço Nacional de Saú-de, originou profundas modificações,quer da gestão hospitalar, quer do re-gime jurídico dos hospitais e centrosde saúde, não se tendo mostrado ca-paz de melhorar a eficácia e, sobretu-do, a eficiência do SNS. Cada vez maisas deficientes condições de trabalhoem que os médicos realizam a sua ac-tividade condicionam o erro e a insa-tisfação profissional. A quem competesenão à Ordem, junto das autoridadescompetentes, ser a voz activa e ac-tuante na promoção e garantia damelhoria dessas condições.

Temos de congregar os médicos à vol-ta da Ordem, fazendo dela, uma Insti-tuição em que cada um de nós se re-veja e sinta orgulho por a ela perten-cer e que, a uma só voz saiba transmi-tir o sentir e os desejos de todos.

Assumiremos pois, como nossa, a mis-são de defender os médicos e os seusinteresses bem como uma prestaçãode cuidados de saúde de qualidade,com base num Sistema em constanteaperfeiçoamento e modernização, queenalteça a dignidade e o exercício doacto médico (quer a nível público, querconvencionado ou privado).

Temos por isso como objectivosprioritários para o mandato os seguin-tes pontos (sem deixarmos de subscre-ver outros que forem ditos na defesa dosmédicos mas que nos parecem de some-nos importância face à gravidade dos pro-blemas com que a classe no momento sedebate):

1 – Cumprir e fazer cumprir os Esta-tutos da OM, com especial incidênciano artigo 6º em que se afirmam as suasfinalidades essenciais e que a ser cum-prido, em primeira instância pelo pró-prio governo, evitaria desencontros e

malentendidos em relação a entidadescomo a ERS ou outras que nos pareceestarem a querer substituir-se à Or-dem em questões que estatutaria-mente nos estão atribuídas. Tambémlá consta, que é uma tarefa da Ordemdefender os interesses dos médicos, oque até agora não tem acontecido;

2 – Defender a necessidade de umaqualificação profissional médica, paraa prática de todo e qualquer acto mé-dico, a fim de assegurar o direito dosutentes a uma medicina qualificada(sem subterfúgios linguísticos ou deocasião, ser médico e praticar um actomédico implica ter andado numa Fa-culdade de Medicina e estar inscritona Ordem dos Médicos);

3 – Promover o desenvolvimento dacultura médica intra e inter pares;

4 – Não admitir que qualquer outraEntidade dê sem sermos consultadosum parecer sobre assuntos relaciona-dos com o ensino pós graduado, como exercício da medicina e com a orga-nização dos serviços que se ocupemda saúde;

5 – Colocar os Colégios de Especiali-dade no Centro das decisões, comoos verdadeiros guardiães da qualidadetécnico-científica na Ordem dos Mé-dicos;

6 – Reforçar sempre o papel interven-tivo da OM e da Secção Regional doCentro em particular nas discussõese negociações com as diversas entida-des oficiais e associativas, sem esque-cer a defesa intransigente dos interes-ses dos médicos, não permitindo sejaa quem for «beliscaduras» que se vie-ram a revelar «dentadas». O lema serásempre, «Se não concordam connosco,caminhem sozinhos». No final se verá;

7 – Procurar reformular a legislaçãono que concerne à inscrição na OM.Preocupa-nos a qualidade da formaçãofeita fora de Portugal e receamos acurto prazo uma baixa da qualidadetécnico científica do acto médico bem

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Leiria, Lista A

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78 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

como a proletarização da profissão,que já hoje a espaços se vai verifican-do no País;

8 – Criar consensos com todas as es-truturas médicas com vista à promul-gação e ultimação do novo DecretoLei das Carreiras Médicas que contem-ple a progressão de modo vertical ehorizontal em qualquer serviço públi-co ou privado com creditação e Titula-ção Única pela Ordem em provas pú-blicas, assumindo a Ordem, através dosseus órgãos próprios, um papel primor-dial na reformulação das carreirasmédicas e na concessão de graus e di-ferenciações técnico/profissionais;

9 – Queremos ainda a curto prazo:- Fazer o levantamento e avaliaçãodas reais necessidades de médicosno País, como suporte para a ade-quação do número de vagas de in-gresso nas Faculdades de Medicinae nas diversas Especialidades;- Participar no plano de abertura devagas para o Internato Médico na Re-gião Centro (o que entronca no pon-to anterior e deve ser feito em fun-ção do levantamento efectuado);- Fazer os internos participarem naatribuição de idoneidades formativas,bem como na avaliação contínua doprocesso formativo;-Impedir que o contrato individualde trabalho possa, ainda que velada-

mente, condicionar a autonomia pro-fissional do médico e promover ra-pidamente um contrato colectivo detrabalho, sendo a ordem uma forçamotora em conjunto com os sindi-catos médicos;- Promover o desenvolvimento pro-fissional contínuo na área da forma-ção médica;- Afirmar a Ordem como a única en-tidade acreditadora em acções deformação médica;- Alterar o projecto de lei que per-mite que a Direcção Executiva dosAgrupamentos de Centros de Saú-de seja um Não Médico e do mes-mo modo não permitir que haja in-terferência na autonomia da Direc-ção Clínica nos Centros de Saúde;- Continuar a reforçar a autonomiatécnica dos médicos de família e oesforço da reforma através das USF,relembrando contudo à tutela quehá Centros de Saúde que trabalhamcom qualidade e com parâmetros deeficiência, que não foram contempla-dos na reforma;- Apoiar a formação médica na áreada gestão de unidades de saúde, sen-do inequívoco que é mais fácil for-mar médicos em gestão do quegestores em médicos;- Actualizar a legislação da carreiramédica de Saúde Pública;- Dialogar com o Governo, Sindica-tos e as Associações de Prestação

de Serviços de Saúde no sentido derever a legislação que se encontradesactualizada em especial tratando-se de colegas que não se encontramem nenhuma carreira da função pú-blica;- Activar e manter vivo o projectode Fundo de Solidariedade, para pro-porcionar apoio adequado aos co-legas mais necessitados e suas famí-lias, potencializando as perspectivasde ajuda e os modelos já em vigorna Ordem dos Médicos;- Estabelecer protocolos estrutura-dos com IPSS de reconhecida quali-dade nos serviços prestados, comoforma de prevenir eventuais neces-sidades para médicos idosos e seuscônjuges;- Reformular e incentivar o Progra-ma de Ajuda Integral ao Médico(PAIM - programa de apoio aos mé-dicos doentes);- Voltar a dar vida ao Clube Médico,com a promoção de iniciativas re-gulares de carácter científica e cul-tural, em colaboração com os di-versos Concelhos Distritais, refor-çando a relação existente entre aOrdem dos Médicos e a sociedadecivil.

Contamos contigo, dando-te a cer-teza que podes contar connosco.

MAIS ORDEM, MELHORES MÉDICOS

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Leiria, Lista A

De novo em tempo de eleições, a de-cisão de uma recandidatura deve-se àvontade de dar continuidade àdinamização do Distrito Médico.

O nosso projecto é independente enão associado a outras candidaturas.

Estamos conscientes e seguros do quefizemos:

Programa de Acção

UMA CASA À(S) SUA(S) ORDEM(S)

Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Leiria, Lista B

1. Climatização e segurança da sede;2. Requalificação do andar superiorque vai permitir, dispor de um gabi-nete para apoio jurídico e criação deuma ampla sala de reuniões e biblio-teca;3. Informatização da sede, com acessoá Internet: [email protected];4. Realização de várias conferências/debates:

Acto Médico Erro Médico/Negligência Médica USFs e Novos Modelos Organiza-

cionais dos Centros de Saúde Seguros Médicos;

5. Realização de dois Cursos de Infor-mática;6. Sessões clínicas;7. Actividades de carácter cultural/re-creativo:

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DISTRITO MÉDICO DE LEIRIA

Delegado: Guilherme Wilson Júnior

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Maria Dulce Geraldes MendesVice-Presidente: Rui Manuel da Silva Matias1º Secretário: Fernando Gonçalves Travassos2º Secretário: António Macedo Mota

Conselho DistritalAna Maria Rodrigues de BarrosCélio Ferreira FernandesRui Manuel Passadouro FonsecaMaria de Lurdes RochaPaulo Jorge Antunes Clara

Membros Consultivos ao Conselho RegionalCarlos Alberto Faria FerreiraVítor Manuel Ribeiro Faria

Exposição colectiva de pintura deMédicos do Distrito; Exposição individual de pintura de

um colega; Lançamento de livros de dois co-

legas do Distrito; Aulas de dança; Passeio convívio com visita guiada

à parte histórica da cidade;8. Homenagem anual aos Médicos com

25 e 50 anos de inscrição na OrdemMédicos.

Continuamos motivados para prosseguir:1. Defender uma Medicina de qualida-de, técnica e eticamente isenta;2. Defender o S.N.S. e as CarreirasMédicas;3. Criação de um Gabinete de Forma-ção;4. Manter o Ciclo de Debates, comtemas que sejam julgados oportunos;5. Continuar com as realizações deordem cultural e recreativa;6. Relançar a figura de delegado daOrdem nos locais de trabalho, de for-ma a quebrar o isolamento e contri-buir para a resolução de problemas;7. Homenagem anual aos Médicos com25 e 50 anos.8. Recepção anual aos colegas maisnovos, com a finalidade de facilitar asua integração e de conheceram o es-paço da Ordem.

INOVAR É PRECISOCONTAMOS COM O VOSSO APOIO

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Leiria, Lista B

Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Viseu, Lista A

Programa de Acção

Dignificar a Classe,Defenda Saúde

Razões de candidatura

• Reafirmar a Ordem dos Médicoscomo a Entidade Acreditadora, Re-guladora e Certificadora do exercí-

cio da Medicina• Defender o Serviço Nacional de Saú-de enquanto elemento estruturante decoesão social• Assegurar a qualidade e a conti-

nuidade da formação pré e pós gra-duada• Valorizar a competência e reforçar aautonomia dos médicos• Defender as Carreiras Médicas

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues Pena

Delegado: Hélio Fausto Moita dos santos Fresco

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Francisco José das Neves Cortez VazVice-Presidente: Carlos Alberto Leocádio Daniel1º Secretário: Rita Maria Ferreira Figueiredo2º Secretário: Bela Marisa Torres Prata

Conselho DistritalJosé Pedro Simões SaraivaAntónio Simões TorresAmérico Jerónimo Taveira da SilvaJorge Alberto da SilvaFernando José de Matos Marques

Membros Consultivos ao Conselho RegionalJoão Carlos de Almeida AlexandreAntónio Júlio Simões Silva Santos

DISTRITO MÉDICO DE VISEU

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80 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Objectivos

• Conseguir uma Sede Distrital dig-na, que seja um espaço de reflexão edebate, bem como, de actividade

lúdica e cultural• Garantir a descentralização adminis-trativa e consultadoria jurídica• Promover Acções deFormação pa-trocinadas pela Ordem dos Médicos

nas várias áreas das Especialidades• Definir um programa de diagnósticode situação dos vários estabelecimen-tos de Saúde de Distrito, identificando«in loco» problemas e necessidades

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Viseu, Lista A

Mandatário: Marina Cabral Figueiredo Bastos

Delegado: Ilídio José Albuquerque Beirão

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: José Joaquim Coelho Dias ArêdeVice-Presidente: Alexandra Maria da Cunha Vilar Guedes Estrada1º Secretário: Isabel Maria de Oliveira Almeida Rodrigues2º Secretário: Maria da Graça Ferreira de Carvalho

Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Viseu, Lista B

Programa de Acção

Continuar a Unir e Dinamizar:UMA ORDEM PARA TODOS

DISTRITO MÉDICO DE VISEU

Conselho DistritalJosé Armando Marques NevesMaria Cristina Pereira Andrade Monteiro da CostaDuarte Jorge Nunes da SilvaCristina Andrade Delgado PereiraJoão César de Carvalho Marques dos Santos

Membros Consultivos ao Conselho RegionalFernando Jorge Prior Caldas PereiraEduardo Jorge Gonçalves Mendes

Notícia

INTERNACIONAL – COMITÉ PERMANENTE DOS MÉDICOS EUROPEUS

O Comité Permanente dos Médicos Europeus (CPME) aprovou, no passado mês de Outubro as seguintes decisões:

Deliberação sobre boicotes académicosO CPME expressa a sua oposição de princípio aos boicotes académicos.Boicotes académicos ou quaisquer outras acções que tenham por intenção criar discriminações em razão do sexo,etnia, fé, grupo social ou nacionalidade, independentemente do fundamento invocado, são uma ameaça perigosa para aliberdade académica e para o progresso científico. As instituições académicas estão, por natureza, implicadas no com-promisso de que a difusão de conhecimento e informação contribuem para o desenvolvimento da Humanidade. Por-tanto, devem manter os valores de liberdade, tolerância e respeito entre todos os povos e promover à escala universalo entendimento e respeito pelos sucessos científicos e académicos.

Moção de apoio aos médicos ChecosO CMPE manifesta o seu apoio absoluto aos colegas da República Checa e, em particular, no que respeita à protecçãodo seu envolvimento na regulação médica. O CPME apela a todos os governos da EU/EEA que reconheçam, nos seusrespectivos países, a importância da profissão médica no âmbito da prestação de cuidados médicos seguros e de boaqualidade.O CPME apela, ainda, aos governos da EU/EEA no sentido de manterem o modelo de associações médicas profissionaiscomo entidades independentes dentro da sociedade civil.

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82 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Os novos poderes subvertem o exer-cício da medicina enquanto conheci-mento organizador das instituições edo exercício profissional, a favor deuma estratégia que tudo vulgariza.Grandes serviços retrocedem na suadiferenciação e são empurrados paraa mediania.Regridem a motivação, a dedicação eo consenso, substituídos pelo espíritode caserna, a litigância e a desmobili-zação. Deixa de fazer-se o que é im-portante ser feito para se fazer ape-nas o que se é obrigado a fazer. É o

regresso à voz de comando que tornaprofissionais diferenciados em peõesde uma máquina degradada em que nãoparticipam, não assumem responsabi-lidades, e da qual se dissociam, força-dos a despir a camisola da dedicaçãoque sempre foi seu apanágio.O retrocesso da medicina como pro-fissão estruturante dos cuidados desaúde é indissociável dos sinais de de-cadência do SNS. Em poucos anos, oSNS cedeu o passo na frente tecnoló-gica e organizativa, na captação da ex-celência profissional e, sobretudo, naresposta às necessidades da população.Desse retrocesso ficou também pre-judicada a tradicional medicina liberal,confrontada com as seguradoras queesmagam preços e os hospitais bancá-rios que secundarizam a Medicina.Teria de ser necessariamente inovado-ra a resposta médica quando são pos-tas em causa, qualidade, autonomia eauto-regulação profissionais. Um novo ci-clo na Ordem torna-se imperioso para uniros médicos na sua diversidade e venceras ameaças à profissão.Esta lista agrega o fundamental das cor-rentes que no passado b ipolarizarama competição eleitoral, porque a divi-são deve ceder perante as respostasque é necessário dar às ameaças dopresente. Ao fazê-lo, valorizam-se asimportantes realizações do mandatoanterior (ver tabela) ao mesmo tem-

Mais Ordem na SaúdeA resposta às ameaças da actual

política de saúde

Nunca se assistiu, em tão pouco tempo, a tanta deterioração na medicina.

Fragmentou-se a profissão desregulando os vínculos contratuais, ameaçando-

se a formação e desarticulando-se a hierarquia técnica, garante da qualidade.

Em nome de uma agenda exclusivamente política, os resultados em saúde

cederam o passo ao volume de exames ou consultas. Generalizou-se um esti-

lo de comando burocrático.

po que se descobre um novo alento,um novo vigor, na mobilização de to-dos os médicos. A diversidade é o pon-to de partida para um renovado com-promisso.É por isso que cada candidato se com-promete nesta lista candidata ao Con-selho Regional do Sul, independente-mente do bastonário que decida apoi-ar. Trata-se de uma nova visão que con-cilia diversidade, agregação e governa-bilidade da Ordem, em vez de uma ilu-sória unicidade que, nas actuais cir-cunstâncias, seria factor de exclusão,fragilidade e dispersão. A independên-cia e a diversidade das listas não de-vem pôr em causa a governação insti-tucional da Ordem em torno do basto-nário que venha a merecer a confian-ça dos médicos.

[1] Autonomia Profissional eAuto-regulação Profissional

Enquanto habilitação específica, a au-tonomia profissional é o garante dointeresse do doente, o seu insubstituí-vel advogado de defesa, inspirada queé nos avanços da medicina, consensostécnicos e imperativo humanista daprofissão.A proliferação de gestores e o gigan-tismo do aparelho administrativo nãose repercutem em nada na produção eservem apenas para pressionar os ser-

ELEIÇÕES 2008-2010

Isabel Caixeiro

Candidatura ao Conselho Regional do Sul

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83Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

viços de saúde no sentido da conten-ção das respostas que a medicina po-deria e deveria dar aos doentes. Estenovo paradigma burocrático introme-te-se no acto médico procurando atodo o custo afastar a profissão do seupapel insubstituível na relação médico-doente, organização do trabalho e naco-definição da estratégia institucional.A par com a recessão que se está averificar no Serviço Nacional de Saú-de e a expansão privada no financia-mento e prestação, tanto a autonomiacomo a qualidade da medicina estão aser postas em causa. Pelo esmagamen-to dos preços, as seguradoras pressi-onam a qualidade dos actos e a sobre-vivência da medicina liberal. Os gran-des investidores na prestação, exibin-do pontualmente contratos atraentesacentuam, no essencial, o divórcio en-tre a profissão e a concepção e orga-nização das instituições, excluindo de-las qualquer veleidade de projecto, paraalém da mera recuperação do investi-mento no curto prazo. Representam,também eles, uma avassaladora pres-são sobre a profissão liberal e as suasinstituições que remete a medicinapara um lugar mais periférico.

A orientação com que esta Lista pro-cura mobilizar os médicos para umvasto compromisso de acção assentanos seguintes eixos:

[1.1] Exigência da publicação daLei do Acto Médico, balizadora dosaber e da acção específicos da pro-fissão, em complementaridade com asrestantes profissões da saúde e, so-bretudo, na promoção da autonomiaprofissional ameaçada pelos novospoderes.

[1.2] Mobilização de todos os mé-dicos para o urgente relança-mento das carreiras médicas, nacontinuidade do esforço de múlti-plas gerações de Colegas, com o pro-pósito de as instituir como matrizdos serviços públicos, independen-temente da sua natureza jurídica.Deverá este esforço orientar-seigualmente para a conquista do re-

gime de carreiras como referencialpara as instituições privadas, na pers-pectiva de que se tornarão indispen-sáveis na defesa da qualidade e nacertificação adequadas dos actos eserviços. No seu desenho e consa-gração procuram-se obter:

• Titulações únicas atribuídas pelaOrdem através dos seus colégios.• Concursos públicos para os grausdas carreiras equivalentes no sectorpublico ou privado com contraparti-das nas competências e remuneração.• Reconhecimento da Ordem comoúnica entidade competente nas ti-tulações em qualquer sector onde aprática médica se exerça.• Garantia da formação contínua, cer-tificada, com avaliação por critériosinter-pares.• Promoção do papel dos Colégiosde Especialidade na formação médi-ca pós graduada.

• Uniformização dos requisitosformativos e condições técnicas ne-cessárias à prática médica independen-temente do local onde se exerça.

[1.3] Definição de uma moldurareguladora da segurança e qua-lidade das prestações. É indispen-sável definirem-se regras quanto atempos de atendimento e execuçãode actos. É imperioso procurar a sus-tentação da actividade médica comqualidade, ao nível contratual, nas ta-belas de convenções e seguradoras,para que não seja comprometida pelacontínua depreciação dos preços.

[1.4] Para a Ordem, a autonomianão se confunde com compla-cência em relação a práticas in-suficientes ou não fundamenta-das, ou com desvios injustificadosàs recomendações consensualizadaspor comissões idóneas da profissão.

ELEIÇÕES 2008-2010

Pontos Altos do mandato cessante!

Construção da Casa do Médico de S. Rafael em Sines

Proximidade aos Colegas com visitas a Hospitais e Centros de saúdede toda a Região Sul e Regiões Autónomas

Aquisição de novas instalações para melhor operacionalidade dosserviços da Ordem

Nova Legislação do Internato Médico

Seguro de responsabilidade civil para todos os médicos

Seguro de acidentes pessoais para jovens médicos nos dois primei-ros anos de carreira

Seguro de acidentes pessoais por agressão física no exercícioda actividade profissional para todos os médicos

Presença reforçada em órgãos internacionais

Presidência da UEMO [Isabel Caixeiro]

Realização em Portugal da Reunião da Primavera da UEMO

Homenagem aos colegas com cinquenta anos de inscriçãona Ordem

Candidatura ao Conselho Regional do Sul

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Pelo contrário, a autonomia profis-sional é indissociável da sujeição àsmelhores práticas, comprometen-do-se esta equipa com a dinamiza-ção de iniciativas que visem aumen-tar a exigência no exercício profis-sional.

[1.5] Esta lista, no quadro da dis-persão e incoerência das funções deregulação, entre ministério, autori-dades de saúde e inspecção dos ser-viços de saúde, a que acresce aambiguidade e indefinição da Entida-de Reguladora da Saúde, não podedeixar de promover as funçõesespecíficas, inalienáveis, de auto-regulação profissional que ca-bem à Ordem dos Médicos. Omesmo sentido deve orientar a in-tervenção no caso do poder políti-co desencadear uma revisão do Es-tatuto das Ordens profissionais.A auto-regulação profissional devenaturalmente incidir na definição dosrequisitos para a prática médica, nadefinição de idoneidades formativaspor via dos colégios da especialida-de, na participação nos concursos dehabilitação e de carreira, na verifica-ção das condições técnicas idóneasdas valências assistenciais, instala-ções, equipamento e quadros míni-mos de pessoal, na vigilância contraabusos nos horários e cargas laboraisque de algum modo ponham em cau-sa a segurança dos actos para osdoentes. O poder de auto-regulaçãoassume, naturalmente, um lugar cen-tral no poder disciplinar.

Esta lista, compromete-se a:

• Conceder as melhores condiçõesde trabalho aos colégios de espe-cialidade nas suas funções regula-doras• Conceder as melhores condiçõesao trabalho do Conselho Disciplinar• Estudar a criação de mecanismosde certificação da qualidade de ser-viços mediante auditorias indepen-dentes e credíveis, accionáveis numabase voluntária• Favorecer a intervenção pública da

Ordem em assuntos que questionemas práticas de membros da classe,com respeito dos direitos de defesa,prudência na valorização dos con-textos, consideração dos meios pos-tos à disposição do médico, mas con-trariando enviesamentos corpora-tivos injustificados.

[2] Formação Médica

A Formação médica é estruturante daprofissão, constituindo-se cada vezmais como condição de defesa da au-tonomia e garante da qualidade damedicina.

[2.1] O conceito que esta lista pro-curará desenvolver define-se como:

O direito dos médicos internosdas especialidades a aceder aomelhor treino! Ao abrigo deste di-reito, o médico pode escolher asUnidades e Instituições melhor ape-trechadas para realizar os estágios,sem subordinações a necessidadesassistenciais desviadas da priorida-de formativa. Este direito materiali-za-se na liberdade de escolha do ser-viço onde exista capacidade forma-tiva disponível, por ordem de classi-ficação, sem subordinação a um mapade vagas rígido que impõe a conve-niência dos hospitais no recrutamen-to de mão-de-obra em detrimentodos serviços com melhor desempe-nho formativo. Passaria assim paraas instituições a responsabilidade deatraírem os internos para aí realizema sua formação.

Neste domínio esta lista orienta-sepelos seguintes objectivos:

• Estabelecimento de regras clarasde acesso ao Internato Médico e suaestabilização, de modo a definir-seum quadro plurianual que permitaao interno e aos serviços uma defini-ção melhor informada da respectivaestratégia.• Defesa da função formativa dos ser-viços e verificação da sua idoneida-de e da sua capacidade formativa por

parte dos colégios de especialidade.• Desenvolvimento de uma estrutu-ra profissional que dê apoio a todoo processo de acesso e gestão dosinternatos, conjunta entre a Ordeme o Ministério da Saúde, com dinami-zação da participação dos colégiose maior apoio ao exercício da suaactividade.• Exigência da profissionalização dointernato médico em termos de re-muneração, dedicação e concentra-ção do trabalho na formação.• Defesa das condições de exercíciodos orientadores de formação, comincentivos ao desempenho e valori-zação da sua função, estimulando oaprofundamento das suas competên-cias pedagógicas.• Atribuição de incentivos aos servi-ços com melhor desempenho for-mativo.• Defesa de modalidades isentas eidóneas de avaliação, por júris inde-pendentes de natureza nacional ouregional.

[2.2] Esta lista procurará promovera todos os níveis a formação pós-graduada e o desenvolvimentoprofissional contínuo, em colabo-ração com os colégios e associaçõescientíficas da especialidade. Nestedomínio, actuará na promoção doseguinte conceito:Em parceria com os colégios e as as-sociações científicas da especialida-de, o Conselho Regional dos Sul ac-tuará para promover um sistema deacreditação que valide, à semelhan-ça do que já acontece noutros paí-ses, a formação médica pós-gradua-da, com transparência e independên-cia em relação aos grupos econó-micos e à indústria farmacêutica.

Neste domínio esta lista orienta-sepelos seguintes objectivos:

• Elaboração e debate com os colé-gios e restantes órgãos da Ordemde regulamentos que enquadrem asconcessões de certificação das ini-ciativas de formação.• Estudo de modalidades curriculares

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onde a participação em acções deformação certificadas constitua umrequisito de aproveitamento

[3] Os Médicos no centrodas Reformas da Saúde, emDefesa dos Doentes

Numa actividade em constante inova-ção como a saúde, importa combatera sua captura por lógicas excessivas,administrativas e financeiras. As refor-mas detêm a legitimidade do poderdemocrático mas não podem afrontaros valores da medicina, o primado dointeresse do doente e da população.O que se pede à Ordem é um papelresponsável na sua compatibilização.Como se constata hoje em dia, não sepodem mistificar promessas de requali-ficação dos serviços de saúde com sub-reptícias, mas reais, ordens de recessãoe desarticulação. Para esta lista, o quese está a passar no SNS, afronta o pa-pel da medicina também pelo seu visí-vel retrocesso. Menos SNS significarámenos actualização tecnológica e ci-entífica, menos capacidade formativa,menos respeito pelas condições ine-rentes à boa prática da medicina eameaça sobre a própria medicina libe-ral. Para esta lista, a resposta médicanão se substitui ao papel do legislador,mas procura intervir para influenciarcom maiores e melhores respostas noscuidados de saúde, no escrupuloso res-peito pelos valores da qualidade, auto-nomia e auto-regulação profissionais.

Esta lista procurará os consensos in-dispensáveis na classe para agir nas se-guintes direcções:

• Intervir a favor de condiçõesconsolidadas de Reforma dosCuidados Primários para alcançarefectiva autonomia, responsabili-zação, uma moldura estimulante nosincentivos e amplas coberturas àpopulação. Ao mesmo tempo inter-vir para impedir inaceitáveis desigual-dades, para profissionais e cidadãos, emresultado da transição de regimes,abrindo uma ampla reflexão em tor-no dos méritos e deméritos deste

modelo de reforma (USFs e Agrupa-mentos de Centros de Saúde) e pos-síveis alternativas. Para esta lista, ocaminho tem de ser o de facilitaravanços negociados, consistentes, eclaros para todos os intervenientes.• Reposicionar a Saúde Publica nolugar exigido por uma visão holisticadoServiço Nacional de Saúde, acom-panhando as mudanças organizacio-nais que seestão a verificar nos ser-viços locais de saúde e reclamandomaior intervenção na concretizaçãodo Plano Nacional de Saúde.• Respeitar e valorizar o trabalho dossindicatos, propondo-lhes uma am-pla colaboração em tudo o que digarespeito à profissão médica. Trata-sede assistir e facilitar os debates paradar corpo ao princípio de ligar a re-muneração ao valor do desempenho.Debate que aliás cabe no relança-mento das carreiras.• Incentivar uma política do medi-camento mais racional, no respei-to pela centralidade médica da pres-crição e da sua inviolabilidade, masigualmente facilitadora de medidasreguladoras cuja evidência seja a maisútil para a segurança dos doentes.

[4] Nova cultura institu-cional e a eleição do Direc-tor Clínico

Esta lista defende uma nova culturainstitucional de participação econcertação democráticas nasinstituições em oposição à pressãoadministrativa e financeira hoje emdesenvolvimento. Evolução em tudooposta às promessas governamentaisde autonomia, contratualização e con-cessão de incentivos, escandalosamen-te desrespeitadas.É absurdo pensar-se que uma indústriatão sofisticada se desenvolva sem forteparticipação, motivação e negociaçãointernas com a sua base profissional. Adefesa dos doentes, da eficiência médi-ca e a melhoria nos indicadores de saú-de, obrigam ao urgente relançamentoda participação da hierarquia médica edos profissionais na organização doscuidados, no desenvolvimento de no-

vas apostas e no estabelecimento demetas e planos de acção.A Ordem não pode estar alheada docombate necessário pela devolução àmedicina do seu papel fulcral na orga-nização da prestação. Mesmo que issoimplique oposição aos Conselhos deAdministração e a decisões prepo-tentes do ministério.

• Para esta lista, concertação, demo-cracia, responsabilização e autono-mia institucionais só se materializame tornam credíveis junto dos médi-cos através da eleição pelos mé-dicos do Director Clínico, comomembro não executivo do Conse-lho de Administração do Hospital. Éeste o repto que esta lista coloca atodos os médicos para com ele secomprometerem, ao País e ao po-der político, para através dele com-preenderem a causa da moderniza-ção do SNS e a remobilização da suaimportante base profissional.• Esta lista promoverá o mais amploacesso dos médicos à formaçãoe Competência em Gestão deUnidades de Saúde, instrumentoque pode constituir-se em factor po-deroso na reconquista do espaço pro-fissional que é e deve ser a organiza-ção da prestação, a contratualizaçãoe a definição estratégica do desen-volvimento institucional.

[5] Apoio social aos médicos

A Ordem não pode ser apenas o es-paço definidor e regulador da profis-são, antes deve unir todos os médicospor laços de interesse comum queacentuam a sua coesão social.Os Médicos não estão imunes às pa-tologias que afectam a restante popu-lação e, pelas pressões múltiplas a queestão sujeitos no desempenho da suaactividade, estão em risco acrescido dedesenvolver situações de «burn out»,perturbações do comportamento oude adicção.A Ordem deve estar particularmenteatenta, enquanto entidade reguladorada profissão, às situações de doençaque originem risco para os doentespor prática incorrecta ou negligente.

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Nestas situações, mais que punir, impor-ta criar uma rede de apoio que possaacompanhar os colegas doentes, doponto de vista clínico, social e jurídico.Também o envelhecimento da classe,a evolução sócio-familiar e a escassezde equipamentos sociais dignos paraapoio nesta fase da vida, merecem anossa preocupação.Têm crescido, nos mandatos anteriores,os equipamentos e os apoios sociais aosmédicos nas mais diversas vertentes.

Compromete-se esta lista a ampliareste trabalho para:

• Concluir o projecto da Casa doMédico de S. Rafael, em Sines, mo-delo inovador de apoio a colegas que,decidindo viver nas proximidades,podem contratualizar apoio domici-liário e simultaneamente utilizar aCasa para convívio, realização dereuniões ou outros eventos.• Desenvolver o Programa deApoio ao Médico Doente, deacordo com as permissas já referi-das, com forte componente preven-tivo das situações de «burn out»com apoio de colegas voluntários.• Desenvolver um projecto de Larpara grandes dependentes com umavertente de apoio domiciliário naregião de Lisboa.• Apoiar, consoante as necessidadese os recursos disponíveis, médicosou familiares dependentes em difi-culdades por motivos de doença,morte ou incapacidade.• Desenvolver actividades lúdicas,culturais, turísticas, desportivas e so-ciais no âmbito da Ordem de modoregular e continuado.• Estabelecer contratos com empre-sas dos quais revertam inequívocosbenefícios para os médicos enquan-to consumidores e que não compro-metam a independência e isenção daOrdem enquanto instituição de uti-lidade pública.• Desenvolver os protocolos comSeguradoras para uma mais eficien-te cobertura dos riscos a que osmédicos estão sujeitos, nomeada-mente a responsabilidade civil e vida.

• Apoiar jurídica e processualmenteos médicos vítimas de acusações pormá pratica ou alvo de calúnias ouagressões no desempenho da suaprofissão.• Estudar o lançamento de novosapoios em software, modalidades deorganização, de articulação em rede,contabilidade, apoios a empresas ecooperativas de médicos no sen-tido de redinamizar e prestigiar aoferta da medicina liberal carecidacomo está de reorganização ereapetrechamento.• Apoiar o desenvolvimento da Bi-blioteca Histórica da Secção Regio-nal do Sul que constitui o maior acer-vo de 1as edições de obras de ficçãoescritas por autores médicos.• Apoiar a SOPEAM (Sociedade Por-tuguesa de Escritores e Artistas Mé-dicos)

[6] Imagem da Ordem e dosMédicos

A Ordem, pelo universo médico quereúne, pelas exigências científicas quedecorrem do exercício profissional,pelos desafios do poder político e ad-ministrativo, mas igualmente pela pres-são concorrencial com que a medicinaliberal, individual ou de pequenas em-presas, é constantemente confrontada,tem necessariamente de encetar umaresposta compreensiva que promova opapel dos médicos nas organizações desaúde e no conjunto da sociedade.A medicina portuguesa tem argumen-tos de peso para se posicionar maisfavoravelmente na nossa sociedade,mesmo quando defronta a hostilidadedo poder:

• É motriz na edificação de um siste-ma de saúde que desempenha me-lhor, no concerto das nações desen-volvidas, do que a maioria das ou-tras actividades na nossa sociedade.• Atrai e entusiasma a excelência nasnovas gerações de portuguesas eportugueses.• Embora em condições deveras ad-versas, pela reconhecida ausência demeios, mobiliza o engenho e a criati-

vidade de investigadores de relevo.• São reconhecidos muitos médicos einstituições como detendo um sabere um desempenho inigualáveis, mes-mo em comparações internacionais.• Desperta enorme interesse na po-pulação pela constante inovação deque é portadora, pela curiosidadepor parte da sociedade em relaçãoà medicina, à biologia, e em relaçãoaos constantes e prodigiosos avan-ços científicos.

São muito responsabilizadores estesargumentos, mas são simultaneamen-te a base para os médicos se afirma-rem ainda mais e alcançar maior reco-nhecimento. Em nenhum caso deve oprestígio alcançado servir o elitismo.Perante as dificuldades, a resposta sópode ser maior abertura à sociedade,maior exigência profissional, melhororganização.

Esta lista compromete-se a:

• Promover a imagem da Ordeme da Medicina no contexto da soci-edade portuguesa de maneira a au-mentar o reconhecimento da suaimportância e a relevância da saúdenos processos de decisão política eeconómica.• Desenvolver instrumentos profis-sionalizados de apoio científico à pro-fissão que abram caminho à criaçãode um grande serviço de bibliotecaelectrónica susceptível de superaras lacunas reconhecidas nas institui-ções do Estado e privadas.• Lançar um debate entre as institui-ções médicas mais envolvidas na in-vestigação sobre o rumo e as neces-sárias reestruturações, a propor aosórgãos da Ordem, relativamente àActa Médica.• Reorganizar e melhorar o medi.com,boletim da Secção Regional do Sul,nas suas versões, em papel e electró-nica, e o site da Ordem dos Médicos.

[7] Internacional

Num mundo globalizado o papel daOrdem não se esgota na acção a nível

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nacional. É já publicamente reconhe-cida a excelência da medicina portu-guesa, da formação médica e da acti-vidade da Ordem dos Médicos pelasoutras organizações médicas interna-cionais.Um desenvolvimento da cultura mé-dica de língua portuguesa deve ser tam-bém objectivo de todos e levou à cri-ação da Comunidade Médica de Lín-gua Portuguesa.Pela participação empenhada nas as-sociações europeias, Portugal detémneste momento:

• Presidência da UEMO (UniãoEuropeia dos Médicos Generalistase de Família) (Isabel Caixeiro,Manuela Santos e Luís Filipe Gomes)• Presidência do PWG (Rui Guima-rães e Ricardo Mexia)• Vice-Presidência da AEMH (João deDeus)

Esta lista compromete-se a:

• Apoiar as actividades decorren-tes dos altos cargos desempenha-dos a nível europeu, pelos nossoscolegas.• Apoiar o trabalho do Departamen-to Internacional da Ordem desenvol-vendo a participação nas organiza-ções médicas europeias e mundiais.• Apoiar o desenvolvimento da Co-munidade Médico de Língua Portu-guesa e a criação de um Instituto deFormação Médica Pós-Graduada emCabo Verde.

[8] Convergência das orga-nizações médicas

Esta lista dará todo o apoio a uma es-tratégia inclusiva em relação aos mé-dicos e às organizações médicas, deíndole científica ou sócio-profissional,porque a Ordem somos Todos.Os objectivos da lista exprimem-se nasseguintes intenções.

• Promover a realização de encon-tros regulares com os sindicatosmédicos, no sentido de melhorar atroca e circulação da informação.

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• Reforçar a articulação com as outrasOrdens de profissionais da saúde.• Estimular a auscultação regular dasorganizações de prestadores liberaispara defender a profissão do colap-so dos preços e da sua fixação uni-lateral pelas entidades financiadoras.• Promover uma auscultação regu-lar com médicos das diversas insti-tuições, no sentido de recensear osproblemas e mobilizar a classe paraas tarefas que se colocam.• Continuar a incentivar a participaçãoe a acção dos órgãos distritais na solu-ção dos diferentes problemas iden-tificados ao seu nível de influência.• Continuar a descentralizar as reu-niões regulares ou extraordináriasdo Conselho Regional.• Promover canais de comunicaçãocom a imprensa médica e generalista,fundações, convicções religiosas, es-colas e estabelecimentos de ensino,comissões técnicas partidárias,corporações sócio profissionais. Va-lorizar as formas de comunicação daOrdem dentro das normas estatu-tárias (Gabinete de imprensa e rela-ções públicas).• Actuar de forma inclusiva na rela-ção com todas as organizações mé-dicas com o objectivo de as envol-

ver no trabalho conjunto com a Or-dem e de alcançar, em última análi-se, uma regularidade de auscultaçãoe colaboração geradoras de coesãoprofissional e de maior afirmação dosmédicos no contexto nacional.• Desenvolver as iniciativas para aefectiva auscultação e mobilização daclasse com a promoção de Assem-bleias e de referendos.

Em conclusão:

Com este programa, esta lista procuraconcretizar o vasto compromissoagregador de que é protagonista, dandoa máxima prioridade às propostas quecimentam e dão força a esse compro-misso. Trata-se de superar efectivamen-te divisões do passado através de umarenovada síntese que transforme a am-plie a eficácia da intervenção médica.Este é um programa para gerar consen-sos, para dar força e agregação à classe.Este é um programa para defendera independência e a dignidade dosmédicos.É um programa para melhorar o de-sempenho e a governabilidade da Or-dem em concerto com todos os seusórgãos, é um programa para pôr MaisOrdem na Saúde.

Candidatura ao Conselho Regional do Sul

Mandatário da Candidatura: António Pereira Coelho

Mesa da Assembleia RegionalCaldeira Fradique, José Manuel Esteves, Manuel França Gomes, Maria José Reis

Conselho RegionalIsabel Caixeiro, Álvaro Beleza, João de Deus, Eduardo Santana, Fátima Araújo,José Luís Gomes, Manuela Santos, Nídia Zózimo, Paulo Coelho, Paulo Fidal-go, Ricardo Mexia

Conselho FiscalFrancisco Rita, João Coimbra, Rasiklal Ranchhod

Conselho DisciplinarFrancisco Freire de Andrade, Manuel Freitas e Costa, Manuela Reis, JoãoFurtado, Valente Fernandes

Gabinete do DoenteAlberto Escalda

Programa de Apoio ao Médico DoenteAntónio Sampaio

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Sul

«UNIR E DEFENDEROS MÉDICOS»

Mandatário Nacional – João Rodrigues Pena

Delegado da Candidatura – Joshua Ruah

Presidente da Assembleia Regional – Hélder Monteiro

Presidente do Conselho Fiscal – Gabão da Veiga

Presidente do Conselho Disciplinar – Nobre Leitão

Presidente do Conselho Regional – Manuel de CarvalhoRodrigues

Os Princípios da CandidaturaO Governo da Ordem dos Médicos assente no

Conselho Nacional Executivo, deve ser consti-

tuído por uma equipa nacional unificada em tor-

no de um programa e de um projecto nacional,

procurando a conciliação de interesses, a união

de esforços e a promoção de consensos.

O Conselho Regional do Sul enquantointegrante do Conselho Nacional Exe-cutivo deve actuar com clareza, para queos médicos, os poderes e a sociedadepercebam o sentido, o alcance e a de-terminação das suas posições.Saberemos actuar com transparência,informando os médicos das propostasque defendemos nos múltiplos proble-mas que actualmente afectam a digni-dade, o prestígio e de uma forma geralas condições de trabalho dos Médicos,bem como as pressões oriundas dasmais diversas entidades que sobre to-dos nós têm vindo a recair, sem que senote qualquer estratégia ou posiçãodos actuais dirigentes.Actuaremos com oportunidade, inter-vindo por antecipação e em tempo útil.Exerceremos o nosso mandato comfirmeza, expressando com coragem oselogios ou as críticas que quaisqueriniciativas legislativas me mereçam.Propomo-nos transformar a Ordemdos Médicos numa organização dota-da de capacidade de iniciativa, ambici-

1 – Define-se por medicina.

a)A actividade de avaliação diagnóstica,prognóstica, de prescrição e de exe-cução das medidas preventivas e tera-pêuticas relativas à saúde das pessoas,grupos ou comunidades, sem prejuízodas disposições legais relativas aos ac-tos médicos dentários e odontológicosb)A realização de exames de períciamédico-legal e respectivos relatóriosc)Os actos de declaração de estadode saúde, de doença ou de óbito deuma pessoa

2 – O exercício da medicina é da exclusivacompetência dos licenciados em Medicinaregularmente inscritos ou registados na Or-dem dos Médicos, podendo a prática dastécnicas de execução inerentes àquele exer-cício ser realizada directamente por estes ousob a sua orientação e responsabilidade.

Manuel de Carvalho Rodrigues

osa, capaz de intervir por antecipaçãoe de se assumir como interlocutor eprotagonista na formulação dos prin-cípios técnicos das políticas de saúde.A Ordem dos Médicos deve agir nopressuposto que a defesa dos doentesimplica a defesa dos médicos e que adefesa dos médicos implica a defesados doentes. O Estatuto da Ordemprevê que esta tem como finalidades,para além daquelas evidentemente re-lacionadas com a ética, a deontologia ea qualificação profissional, «fomentar edefender os interesses da profissãomédica a todos os níveis», bem como»dar parecer sobre todos os assuntosrelacionados com a organização dosserviços que se ocupem da saúde».Apresentaremos uma proposta defini-dora de Acto Médico, adoptando a for-mulação da União Europeia de Médi-cos Especialistas (UEMS).

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Sul

a) Consagrar, por via da revisão do Es-tatuto ou outra, a competência especí-fica da Ordem dos Médicos no comba-te ao exercício ilegal da medicina e àpublicidade enganosa relacionada coma saúde e a doença dos cidadãosb) Lutar por todos os meios ao nossoalcance pela alteração da legislaçãosobre a Receita Médica de modo aimpedir, qualquer forma, directa ou in-directa, a modificação da prescrição.c) Combater a aplicação do Protoco-lo celebrado entre a Associação Naci-onal de Farmácias e o Governo, no-meadamente no que se refere à possi-bilidade de instalação de meios auxili-ares de diagnóstico e terapêutica nasfarmácias ou à prática disfarçada deactos médicos naqueles estabeleci-mentos.d) Consagrar, por via da revisão do Es-tatuto, a competência da Ordem dosMédicos na defesa da liberdade, inde-pendência e autonomia dos médicos,nomeadamente no âmbito da celebra-ção dos contratos individuais de traba-lho, adoptando os princípios seguintes:

• que são nulas as estipulaçõescontratuais, bem como quaisquerorientações ou instruções da enti-dade contratadora que restrinjam aisenção e a independência do médi-co ou que, de algum modo, violem osprincípios deontológicos da profissão.• que cabe à Ordem dos Médicosapreciar a validade das estipulações,orientações e instruções dos con-tratos individuais de trabalho e suacompatibilidade com os deveres dadeontologia profissional.

e)Fazer cumprir o Código Deontoló-gico dos Médicos que obriga os res-ponsáveis clínicos das unidades de saú-de a comunicarem à Ordem dos Mé-dicos o teor dos contratos individuaisde trabalho celebrados com médicosna respectiva instituição.f) Pugnar pela reposição da tabela denomenclatura e valor relativo dos ac-tos médicos actualmente suspensa porintervenção da Autoridade da Concor-rência e proceder à sua revisão.g) Criar uma estrutura de apoio amédicos injustamente caluniados deforma a reparar os danos causados ao

seu bom-nome e ao seu prestígio pro-fissional.h) Criar a Linha SOS Médico destina-da a prestar apoio a médicos que delecareçam em resultado de situações deconflito, violência ou agressividade deque sejam vitimas no exercício da suaactividade profissional, de acordo comas recomendações sobre política cri-minal do Conselho Superior do Minis-tério Público.A Ordem dos Médicos deve defendero Serviço Nacional de Saúde, no con-texto do Sistema Nacional de Saúde,enquanto elemento estruturante edecisivo de solidariedade e coesãosocial, de protecção dos doentes, depromoção da qualidade do exercícioda medicina e de diferenciação técni-ca dos médicos, através de carreirasmédicas.Reivindicaremos a participação daOrdem dos Médicos nas negociaçõesdo Acordo Colectivo de Trabalho paraos Hospitais do Serviço Nacional deSaúde em cooperação estratégica comos Sindicatos Médicos (FNAM e SIM),com vista à salvaguarda de uma estru-tura de carreira médica devidamentecertificada que garanta:

- a diferenciação técnica dos médicos- a equivalência de qualificações quepermita a sua aplicação universal, in-dependentemente do vínculo laboralou do estatuto jurídico da unidade desaúde, de forma a assegurar a liber-dade de circulação entre sectores- a universalidade do acesso e a qua-lidade da formação durante o inter-nato- a existência de programas de for-mação médica contínua, asseguradaspela entidade patronal, criando in-centivos à mesma e associando-a àprogressão na carreira e à remune-ração- a valorização do mérito e da quali-dade do desempenho profissional

Pugnaremos pela realização de concur-sos de provimento nas unidades desaúde cujos quadros apresentem va-gas não preenchidas bem como pelaperiodicidade anual da realização dosconcursos de habilitação.Monitorizaremos o processo de Re-

forma dos Cuidados de Saúde Primá-rios de acordo com os seguintes prin-cípios:

- apoiar o principio da criação deUnidades de Saúde Familiares, en-quanto processo de adesão volun-tária, de auto-organização e de lide-rança médica.- garantir a não discriminação dosmédicos não aderentes, nomeada-mente no que se refere à progres-são na carreira, ao acesso à forma-ção médica e à melhoria das condi-ções de exercício profissional, salva-guardando os direitos já adquiridos.- combater quaisquer limitações à li-berdade de prescrição de meios dediagnóstico e terapêutica, de acor-do com o estado da arte, rejeitandoabsolutamente o modelo do «Orça-mento Clínico»

i)Pugnaremos para que a especialida-de de Saúde Pública mantenha a res-pectiva independência técnica e recu-sando a sua subordinação a entidadesde âmbito autárquico.Defenderemos a liberalização do aces-so ao regime de convenção que deveser apenas condicionado à verificaçãode critérios técnicos definidos pelaOrdem dos Médicos, como sejam otitulo de especialista e o cumprimen-to das normas técnicas definidas pe-los Colégios de Especialidade ou Co-missões Técnicas de Sub-Especialida-de ou Competência.A Ordem dos Médicos, organizaçãoque por imposição estatutária repre-senta todos os médicos, deve assumirum papel fundamental na promoção daunidade entre as organizações repre-sentativas de médicos, designadamentedos sindicatos médicos.:Para tal fomentaremos a estreita cola-boração entre Ordem e OrganizaçõesSindicais, amantendo com estas umaatitude de diálogo, de preocupação ede intervenção nas várias vertentes doexercício da profissão médica e do bemestar dos seus profissionais, sabendo,naturalmente, respeitar as éreas deacção especifica dos Sindicatos.A Ordem dos Médicos deve ser a enti-dade que regula, certifica e promove ac-tivamente a Formação Médica Pós-Gra-

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duada e que valida, reconhece e atribuios títulos de qualificação profissional.Defenderemos a aplicação do princi-pio estatutário que é da exclusiva com-petência da Ordem dos Médicos, atra-vés dos seus Colégios de Especialida-de, a definição dos programas de for-mação do respectivo internato e adefinição e verificação dos critériosqualitativos e quantitativos de atribui-ção de idoneidade formativa.Criaremos as condições para o desen-volvimento de uma estratégia de coo-peração entre Colégios de Especiali-dade e Sociedades Científicas no âm-bito das respectivas relações e repre-sentações internacionais.Adoptaremos os princípios seguintesrelativamente ao Internato Médico, emestreita colaboração com os Colégiosde Especialidade e o Conselho Nacio-nal do Médico Interno:

- defender que os mapas de vagasdo concurso de ingresso ao inter-nato médico sejam do conhecimen-to dos médicos interessados à datada realização do respectivo examede acesso- definir como um dos critérios paraa atribuição de idoneidade formativa,quando aplicável, a existência de car-reira médica estruturada e quadromédico efectivamente dirigido pormédico da especialidade com a ca-tegoria de chefe de serviço ou, pelomenos, com o grau de consultor, emcircunstancias justificadas e aceitespela direcção do respectivo colégio- consagrar a definição legal do per-

fil adequado ao desempenho da fun-ção de orientador de formação- realizar cursos certificados paraorientadores de formação- promover a identificação junto doscolégios de especialidade dos médi-cos com funções de orientador deformação- pugnar pela criação de incentivosao desempenho das funções deorientador de formação- consagrar o principio que a reali-zação de trabalho extraordinário dosmédicos internos fora do âmbito dosprogramas de formação da respec-tiva especialidade deve depender doacordo expresso dos mesmos- instituir a atribuição de bolsas deestudo para formação, durante o in-ternato, promovidas pela Ordem dosMédicos- definir o conteúdo das grelhas deavaliação do exame final do interna-to, a serem obrigatoriamente publi-cadas na Revista da Ordem dos Mé-dicos, pelo menos 2 anos antes daépoca de avaliação a que disseremrespeito- defender o principio de qualquerespecialista pela Ordem dos Médi-cos poderá integrar os júris de ava-liação do internato médico, indepen-dentemente do respectivo vínculocontratual a unidades de saúde- instituir a apresentação, após a re-alização do exame final de internatoe aquando da inscrição no Colégioda respectiva Especialidade, de umRelatório sobre a Formação

- Prestigiaremos o Dia do Médico,aproveitando a data para em SessãoSolene consagrar todos os novosEspecialistas desse ano pela atribui-ção do Diploma de Especialista.

A Ordem dos Médicos deve criar, porvia interna ou por negociação com en-tidades terceiras, mecanismos de soli-dariedade e protecção aos médicos.Criaremos mecanismos de solidarie-dade a médicos carenciados, alargan-do os apoios actualmente existentes.Criaremos mecanismos de solidarie-dade a familiares directos de médicos,segundo valor a definir, de acordo coma disponibilidade do Fundo de Solida-riedade.A Ordem dos Médicos deve tomar ainiciativa de propor junto do PoderLegislativo a revisão do seu Estatuto ede proceder à modificação do CódigoDeontológico.Defenderemos a revisão do Estatutoda Ordem dos Médicos e do CódigoDeontológico ponderando a inclusãono Estatuto da Ordem de normasdeontológicas (como já acontece comoutras Ordens) ou a elaboração deRecomendações Éticas sobre matéri-as sobre as quais não exista consensopara sua inclusão estatutária, garantin-do ainda e desta forma a resolução decontradições insanáveis com oordenamento jurídico do país.

Submeteremos a consulta universal detodos os médicos, com valor vincula-tivo, os projectos de revisão do Esta-tuto e do Código Deontológico.

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Sul

Envie-nos os seus artigosPara que a revista da Ordem dos Médicos possa ser sempre o espelho da opinião dosprofissionais de todo o país, agradecemos a colaboração de todos os médicos que dese-jem partilhar as suas opiniões, experiências ou ideias com os colegas, através do enviode artigos para publicação na Revista da Ordem dos Médicos. Os artigos devem seracompanhados de uma fotografia do autor (tipo passe) e poderão ser enviados para oscontactos que se encontram na ficha técnica (morada da redação e/ou respectivo e-mail).

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Sul

Para obstar às limitações do funciona-mento da OM é preciso promover aunidade na diversidade é preciso teruma visão estratégica para os serviçosde saúde, é preciso aprofundar combase técnico-científica o desenvolvi-mento do SNS, é preciso ligar a OM àUniversidade e às associações profis-sionais e científicas. No fundo, criar aunidade na acção em torno de projec-tos sem exclusões e sem tactismos deinteresses menores.

Candidatura ALTERNATIVAPARA A ORDEM DOS MÉDICOS

Bases Programáticas

Com o objectivo de construir um verdadeiro património de análise e re-

flexão escrita com os recursos próprios e em cooperação com o mundo

académico e da investigação em saúde e em serviços de saúde apresenta-

mos um conjunto de propostas que, sendo do bastonário e de toda a Can-

didatura «Alternativa para a Ordem dos Médicos», devem ser consideradas

como projectos a desenvolver e como tal inacabados abertos a todos os

contributos dos médicos e outros relevantes.

I – Defesa em progresso doServiço Nacional de SaúdeConstitucional

O Serviço nacional de saúde (SNS) temsido fundamental para a saúde dos por-tugueses no seu conjunto, pesem em-bora as conhecidas dificuldades e es-trangulamentos que é necessário alte-rar. A Candidatura «Alternativa para aOrdem dos Médicos» defende o SNScom base em análise científica da reali-dade vigente e das suas potencialidades.

1. Razões técnico-científicas doseu êxitoO SNS respondeu a fases muito defi-citárias da Saúde em Portugal: com elesaiu-se do Terceiro Mundo para pa-drões mínimos de serviço público desaúde, geral e universal, como a Cons-tituição determina.

2. Principais debilidadesO SNS atravessou fases de sub-financi-amento e de má organização que colo-caram em risco não só a sua eficáciacomo também a sua continuidade.

3. A necessidade da sua remodela-ção e actualização em progressoPor essas razões dizemos que o SNS

tem de ser remodelado e actualizado,de modo a adaptar-se aos novos tem-pos, às reais necessidades das popula-ções e às novas condições económi-co-financeiras cada vez mais apertadasque lhe são impostas de fora.

4. A importância da participaçãodos profissionais de saúdeDefendemos sem qualquer hesitaçãoque estas alterações, que são urgen-tes, devem ser conseguidas com o con-curso interessado dos profissionais daSaúde e, entre eles em plano indiscutí-vel, os médicos.

5. Os benefícios da informati-zação da actividade clínica e daactividade médica em geral hátanto tempo esperadaAs aquisições da modernidade, entreelas, por exemplo, a informatização daactividade clínica são caminhos a per-correr com a velocidade que a pró-pria vida permita e que devem seraproveitadas para benefício especialdos utentes dos Serviços de Saúdepúblicos e outros.

6. Vantagens da perspectiva de saú-de publica e dos ganhos em saúdee do planeamento em saúde

Jaime Mendes

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Sul

A perspectiva de saúde pública trazvantagens ao SNS e ao seu funciona-mento efectivo em função dos interes-ses das populações em geral e dos quea ele recorrem.

7. Vantagens de participação daspopulaçõesNa planificação e funcionamento doSNS e na distribuição dos serviços peloterritório devem ser auscultadas vali-damente as populações e os seus re-presentantes. Há vantagem nessa par-ticipação. Há desvantagem nodistanciamento que se tem pretendi-do impor.

8. Vantagens das finanças locais,regionais e nacionais de saúde– estudar os melhores critériosCom princípios de distribuição equi-tativa melhoram as condições do exer-cício e melhoram os resultados doSNS, inclusive ao nível das suas finan-ças no todo nacional e também aosníveis local e regional.

9. Garantia da ética e deontologianos serviços de saúde – Código deÉtica para os médicos do SNSDadas as condições especiais de exer-cício da actividade clínica no SNS, jus-tifica-se que se estabeleçam normaséticas especiais também. A Candidatu-ra «Alternativa para a Ordem dosMédicos» assume o compromisso depromover os passos tendentes a esta-belecer um Código de Ética para osmédicos do SNS.

10. Cooperação entre as profis-sões da saúdeNão se podem dispensar os contri-butos de todos os profissionais da saú-de que funcionam no SNS. Pelo con-trário, há toda a vantagem em promo-ver essa cooperação.

11. Aproximação aos profissionaisda administração em saúdeNa administração da Saúde, nomeada-mente entre os administradores hos-pitalares, há profissionais muito capa-zes e que devem ser alvo de um esfor-ço de sinergias também nesta área in-

dispensável a um bom resultado con-junto.

II – Defesa das carreiras mé-dicas

A candidatura «Alternativa para a Or-dem dos Médicos» compromete-se adefender eficazmente e com determi-nação as carreiras médicas.

1. A defesa das carreiras médicasé um elemento basilar da Candi-daturaEste é um dos suportes da qualidade,da efectividade e da eficiência da pres-tação de cuidados médicos e ainda dagarantia da realização profissional dosmédicos.

2. O que traz de novo o velhotaylorismo nos cuidados médicose de saúdeUma das principais «pechas» do sec-tor resulta de processos antiquadose pouco científicos de gestão e deadministração. Modernizar esses pro-cessos é uma necessidade e uma ur-gência.

3. Os maus resultados da parcia-lização das actividades em saúdeDefendemos uma visão global das ac-tividades do sector. A produçãocontabilística e de mercado neoliberalpoderá ser um grande negócio finan-ceiro mas é um mau princípio que deveser combatido.

4. A hierarquização dos cuidadose dos profissionais por critérios deformação demonstrada é umavantagem em relação à gestãocasuísticaEfectivamente, a formação é o pilar deum bom exercício da actividade médi-ca técnica e cientificamente demons-trado.

5. Vantagens da produção integra-da versus produção à peçaNo mesmo sentido defendemos a inte-gração, em detrimento da comparti-mentação, na prestação de cuidados desaúde e de doença.

6. A necessidade de códigos deboas práticas e protocolos deacçãoToda a actividade médica deve ser su-jeita, tanto quanto possível, a regras deboas práticas escritas legitimadas pelapraxis profissional tendo em vista a ga-rantia da qualidade e a minimização dochamado erro médico, baseados naresponsabilização ehonestidade do tra-balho desenvolvido.

7. Garantia de patamares de for-maçãoA formação é da responsabilidade doempregador até aqui muitas vezes au-sente. A formação contínua e a avalia-ção do desempenho ao longo da vidaprofissional é matéria de grande rele-vância para a OM.

8. Em especial: a formação pós-graduada dos jovens internosEsta formação é encarada como a basedo exercício profissional de excelên-cia e tem de ser uma área de inter-venção prioritária da OM e das direc-ções dos colégios de especialidade coma participação obrigatória dos própri-os internos.

9. Garantia de princípios de remu-neração equitativosA OM deve acompanhar a efectivaçãodo direito à retribuição de acordo como trabalho produzido bem como ou-tros direitos laborais cuja defesa cabeaos sindicatos.

10. Integração de todos os profis-sionais na estrutura de carreirasAs carreiras médicas são unas e comotal devem ser valorizados todos os ní-veis de formação a começar pelo in-ternato (garantia aos jovens e aosmenos jovens).

11. Garantia do trabalho emequipaO trabalho em equipa multi-profissio-nal e transdisciplinar é uma pedra detoque da medicina moderna a ser efec-tivado segundo as especificidades decada organização de serviços em con-creto.

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12. Garantia da integraçãoSempre que necessário a integraçãodos diversos contributos das diferen-tes especialidades e de outros profis-sionais de saúde para um objectivo co-mum de saúde ou de prestação decuidados médicos deve ser equacio-nado pela OM.

13. Actualização das carreirasA actualização e a estruturação das car-reiras, conteúdos, níveis e meios deacesso, bem como a avaliação de de-sempenho ao longo da vida, devem seruma preocupação permanente da OM,nomeadamente nos conteúdos funci-onais e napromoção do internato agrau de carreira.

14. As condições de trabalho mé-dicoÉ tempo de estudar, debater, imple-mentar os novos paradigmas da pro-fissão, valorizando a saúde dos mé-dicos no local de trabalho e criandoboas condições de trabalho que fa-çam caminho pelo século XXI, emvez de continuar virados para o pas-sado.

III – A promoção social e cul-tural dos médicos

É premente aumentar o prestígio daactividade médica. A Ordem não o temfeito. Pelo contrário. De facto, é reco-nhecido pela generalidade dos colegasque a OM, como estrutura integrantedo nosso sistema de saúde, não temsabido, não tem sido capaz de defen-der os médicos e a medicina perantea política ofensiva, agressiva e de pen-dor neoliberal desenvolvida pelos úl-timos governos.Eis as principais medidas a to-mar neste capítulo, para asquais os membros da candida-tura «Alternativa para a Or-dem dos Médicos» darão o seueficaz contributo, cada um aonível de intervenção que lhevier a competir:

1. A valorização do potencial so-cial da nossa actividade

2. O contributo da nossa cidada-nia para a paz e para a justiçasocial

3. O enriquecimento cultural dosmédicos

4. O convívio cultural entre parese outros sectores da sociedade

5. A fruição do ambiente, da bele-za e do património cultural naci-onal e internacional

6. A solidariedade entre colegasem especial par com os que se en-contrem em dificuldade

7. O nosso contributo no espaçoeuropeu e internacional para de-mocracia em saúde

8. Não à mercantilização dadoença

9. A solidariedade internacionalem saúde

IV – A reorganização inter-na da OM

A organização interna da Ordem estáobsoleta e é sentido por todos quenão corresponde às actuais necessida-des de representação das diversas sen-sibilidades e correntes de opinião exis-tentes entre os médicos. Actualmen-te, a nível nacional, só o Presidente OMé eleito directamente pelos médicos.As restantes estruturas executivas aosdiversos níveis são eleitas por lista semrepresentação proporcional o que re-tira representatividade e facilita a mo-nopolização da OM por grupos insta-lados.É necessária outra estrutura da OM,outros estatutos, que durante o pró-ximo mandato serão postos à discus-são e aprovação dos médicos.

1. Novos estatutos, nova demo-cracia…… porque os actuais estão ancilosadose desadaptados em relação à mudançados tempos.

2. Princípio da proporcionalidade…… na construção dos órgãos plenári-os bem como na constituição de exe-cutivos resultantes destes.

3. Garantia da pluralidade…… de contributos para a contrição dasposições da OM.

4. Valorização dos colégios de es-pecialidade…… com a garantia de autonomia emeios para exercer a sua actividade.

5. Criar espaços de análise…… e avaliação de temas que interes-sem a diversas especialidades.

6. Promover planos de acção decada especialidadeUma das medidas essenciais para visara operacionalidade das especialidadesé a dotação de cada uma delas do seuprojecto de intervenção, com planosde acção adequados.

7. Política de comunicação aber-ta e pluralista entre médicosFundamental: mudar os mecanismos deinteracção que a OM coloca ao dispordos médicos. Há que instituir e execu-tar uma política de comunicação am-pla e diversificada, plural e abrangente– ao contrário do que tem sucedido.

8. As relações institucionais…… serão as próprias dos órgãos deEstado e de governo, sem quebra daautonomia de associação livre de mé-dicos que também é a OM.

V – Representação externa

Há que dar maior dignidade às rela-ções institucionais e à representaçãoexterna da OM, adequando cada casoà realidade em causa e diversificandoo tipo de representação:

1. Junto dos organismos de Es-tado

2. Junto da comunidade científica

3. Junto das Universidades

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Sul

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4. Internacionalmente

5. Conjuntamente com os PALOP

6. Acompanhamento dos movi-mentos de utentes e de doentes

7. Estreita cooperação com ou-tras associações incluindo as sin-dicais e não somente nos perío-dos pré eleitorais Um novo tipode Fórum Médico

VI – Que metodologias detrabalho vão ser defendidas?

Entre outras, eis as principais:• Primado do trabalho em equipa, se-guimento da vontade das maiorias ecom respeito pelas minorias.• Medidas técnicas baseadas na evi-dência própria ou documentada.• Trabalho de consenso perma-nente.• Auscultação dos profissionais. Pro-

mover o estatuto da sondagem e doreferendo inter-pares.• Abertura do gabinete de apoio aomédico com uma componente téc-nica e também jurídica (mas estanunca isoladamente mas sempre aoserviço das orientações médicas).• Organização e agilização dos pro-cessos com ou sem implicação dis-ciplinar e a sua credibilização comeventual contribuição de elementosexternos (magistrados por exemplo)• Penalização exemplar e atempadados casos disciplinares justificados.Análise dos incidentes críticos de in-teresse mais geral para a classe e even-tualmente para a opinião pública.• Colaboração com a Inspecção-ge-ral da Saúde na componente técnicada acção médica.

VII – Compromisso dos mem-bros das listas da Candidatura«Alternativa para a Ordem dosMédicos»

Os membros da Candidatura «Alter-nativa para a Ordem dos Médicos»assumem o solene compromisso deque, no exercício efectivo dos seuscargos, a começar pelo de Bastonário,irão promover a democratizaçãointerna da OM e assegurar a defesatécnica e cientificamente fundamenta-da dos legítimos interesses dosmédicos, a qualidade da medicinano sector público e privado, osprincípios e valores éticos edeontológicos, a formação e aqualificação profissional, a inde-pendência e autonomia técnicado exercício profissional em coe-rência com a elevada dimensão huma-na e social da profissão, defendendoos superiores interesses dos do-entes e da população em geral norespeito pelo direito constitucional àsaúde.

25 de Outubro de 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura ao Conselho Regional do Sul

Gaivotas em Fim de VerãoLeonor Duarte de Almeida lançou nodia 22 de Novembro na BibliotecaHistórica da Ordem dos Médicos oseu romance com o título Gaivotasem Fim de Verão.A autora, médica oftalmologista, con-segue no dizer de Isabel do Carmo, aprefaciadora, «ver de lado a lado eter um campo de visão a varrer a re-alidade e a descobrir detalhes ondeos outros distraidamente passarame não viram...»A obra, cuja apresentação ficou a car-go de Isabel do Carmo, foi editadapela Parceria A.M.Pereira.

Para Além do MalAntónio Sampaio (psiquiatra) e MiguelVieira (enfermeiro graduado) editaramrecentemente o romance Para Alémdo Mal – Pré-história e história deum psicopata. Os direitos de autorda 1ª edição revertem a favor do Fun-

do Financeiro da Revista de Psiquia-tria do Hospital Júlio de Matos. Nes-te livro o que interessou aos auto-res foi explicar a génese de compor-tamentos que não tendo que ser ne-cessariamente anti-sociais, revelamuma origem quase não-humana.

Livros

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96 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Compromissos de Candidatura e Pro-grama de Acção para o triénio 2008-2010:

• Criação de um Plenário Consultivo,constituído por membros inerentes(médicos pertencentes a anteriores

«Pelo Futuro, Pelos Médicos

e Pela Saúde Nos Açores»

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Açores, Lista D

contros/visitas aos Centros de Saúdee Hospitais da Região (promovendouma relação mais profícua entre Or-dem e Médicos);• No intuito de promover a qualidadedo exercício profissional, criação deNúcleos de Trabalho, incluindo as se-guintes áreas:

- Núcleo Saúde Materno-Infantil- Núcleo Urgência/Emergência- Núcleo Oncologia- Núcleo Cuidados Primários deSaúde- Núcleo Formação/Internato Médicos- Núcleo Gestão em Saúde e Qualidade- Núcleo Investigação/Epidemiologia

• Criação do Gabinete de Apoio aoCidadão;• Realização do Congresso Médico dosAçores, sob o tema «Estado da Saúdena Região A. Açores, situação actual e pers-pectivas futuras»;• Publicação de Boletim Informativotrimestral, divulgando actividades daOrdem e temas de interesse médicoe geral;• Criação da página na Internet doConselho da Região A. Açores;• Organização e fomento de Acçõesde Formação;

CONSELHO MÉDICO DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

Mandatário: Acácio José CordeiroDelegado da Candidatura: Hermano Chorão de Almeida Lima

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Francisco Pacheco Rego CostaVice-Presidente: José António Amaral de Sousa1º Secretário: Aida Maria Brandão Paiva São João2º Secretário: Lénia Gracinda Mendonça Amaral

Conselho DistritalPresidente: Eduardo Albergaria Leite PachecoVogais: Aída Maria Mateus de Sousa Bártolo

Maria Cristina Fraga Gomes Freire de BarrosPedro Miguel Maurício CordeiroRui Manuel Lemos Bettencourt

Membros Consultivos do Conselho RegionalIrene Maria Antunes PereiraJorge Correia dos Santos

direcções) e membros não inerentes(delegados institucionais da Ordem eoutros);• Nomeação, após escolha pelos pa-res, de Delegados da Ordem dos Mé-dicos nos diversos locais de trabalhoe promoção com regularidade de en-

MENSAGEMCaros Colegas, a crise na Saúde adquire maior evidencia ao nível do SRS/SNS onde, ao invés da sua reformulação, sepreferiu enveredar por uma aventureira via de profundas e drásticas mudanças, insuficientemente estudadas e avaliadasquanto a consequências futuras, mas aparentemente comprometedoras da regular continuidade daqueles Serviços deSaúde tal como foram idealizados e, de imediato, geradoras de instabilidade, insegurança e incertezas. Simultaneamentedesarticularam-se as Carreiras Médicas e promoveu-se a precarização laboral, acentuondo-se a funcionalização médica,como panaceia para males seguramente alheios a este grupo profissional.Finalizando um mandato de gestão corrente estatutário, impor-se-ia uma passagem de testemunho, caso não tivessesurgido um franco e irrecusável desafio lançado pelos jovens médicos, propondo-se conjugar a sua vitalidade e entusias-mo, voluntarismo e disponibilidade, capacidade de trabalho e competência, já bem comprovados, com a experiência econhecimentos acumulados por direcções anteriores, numa candidatura conjunta de forte e inequívoco sentido detransição, organizada e actuante, ao serviço da classe médica e da saúde.É também forte a convicção e a certeza de que, em tão difícil e conturbado momento, uma direcção com um númerorelativamente reduzido de elementos, por imperativos de ordem estatutária, só por si, não poderá dar resposta eficaz àsresponsabilidades e tarefas com que se virá a deparar, sem uma maior mobilização e apoio directo da Classe Médica emgeral e de cada Colega em particular. Por isso se apela à colaboração de todos os que queiram e possam, seja integrandoos grupos de trabalho a formar, seja participando activamente nas reuniões e outras acções a serem promovidas.

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97Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Nos últimos tempos temos assistido aum conjunto de medidas e decisões,inclusivamente de índole legislativa,susceptíveis de condicionarem, a cur-to prazo, profundas alterações infa-mantes e inevitavelmente deturpado-ras dos princípios e dos valores sub-jacentes à profissão médica.Estas alterações interferem, de formainquestionável, no normal e adequa-

Programa de Acção

DEFENDER OS MÉDICOS E CONTINUARA DINAMIZAR A ORDEM

do desempenho das nossas funções,destruindo pilares fundamentais da or-ganização do sistema de saúdeinviabilizando uma medicina de quali-dade, precarizando ainda mais a rela-ção médico-doente e colidindo in-clusivamente com a nossa autonomiae ética.Por isso e porque pensamos consti-tuir, no ALGARVE, a melhor e mais

enérgica opção para o próximo trié-nio, apresentamos a nossa candidatu-ra e respectivo programa de acção.

Defesa dos Médicos

Podemos considerar a Ordem comouma entidade corporativa na vertenteem que é exclusivamente constituídae gerida por pessoas cujo denomina-dor comum reside no exercício de umaprofissão. Neste contexto, a Ordemtem necessariamente de assumir fun-ções de defesa dos seus associados.A Ordem dos Médicos tem de conti-nuar a ser credível, identificada comoisenta e intérprete dos mais elevadosvalores éticos, só assim poderá, comeficácia, defender os seus associadosquando a razão lhes assiste.Para que a prossecução deste deverde defender os médicos seja eficientetorna-se indispensável que as listascandidatas aos órgãos do DistritoMédico do Algarve tenham objectivostangíveis, apresentem candidatoscredíveis, com capacidade de interven-ção e com papel activo na defesa daClasse e da Região.Será impossível cumprir este propósi-to se se constituírem listas que maisnão sejam do que uma amálgama depessoas de pensamento e prática com-pletamente díspares, a quem não selhes reconhece qualquer opinião so-bre a Saúde, até agora, mas que se jun-

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Açores, Lista D

DISTRITO MÉDICO DO ALGARVE

Mandatário: Horácio Luís GuerreiroDelegado da Candidatura: Luís Filipe Ribeiro de Almeida Gomes

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Rui dos Santos ToméVice-Presidente: António João Moita1º Secretário: Ana Maria Gonçalves Lares2º Secretário: João Rodrigues Cunha

Conselho DistritalPresidente: Gildásio Martins dos SantosVogais: Eduardo Manuel Brasão Costa

Fernando Manuel Ferreira da Silva Van Der KellenJosé Manuel Valente RamosMaria Clara de Sousa Pires

Membros Consultivos do Conselho RegionalÁlvaro José Alves PereiraCarlos Manuel Furtado GlóriaDaniel João Freire CartuchoDomingos Amadeu Santos RodriguesLisete de Jesus Neves Romão

• Elaboração de Inquérito ao Grau deSatisfação Médica nos Açores e levan-tamento das necessidades de cada sec-tor e especialidade;• Promoção da recepção anual aos mé-dicos internos iniciando formação emestabelecimentos de saúde da R.A.A.• Promoção de mais estreito relacio-namento com os alunos do curso deMedicina da Universidade dos Açores.

• Dinamização da sede do C.R.A.A.promovendo reuniões médicas, cien-tíficas e culturais.• Promoção de reuniões com outrasassociações médicas, especialmenteSindicatos e Associação Clínicos Ge-rais para Fórum Médico Açores.• Instituição do prémio Ordem dos Mé-dicos – R.A.Açores, a atribuir ao melhorprojecto/trabalho de médicos ou alu-

nos de medicina;• Organização de Centro de Recolhade Dados e Documentação, com Ela-boração de Álbum sobre «Histórias devida dos médicos nos Açores»• Aquisição, na Terceira, de uma Dele-gação do Conselho da Região A.A. daO. Médicos e dinamização.• Estreitar o relacionamento com asoutras Ordens profissionais.

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Algarve, Lista D

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98 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

tem com um qualquer objectivoimediatista de transitório apoio a umcandidato a bastonário.

Defendemos:A – Assumimos o compromisso dedefender os médicos com verticalidadee intransigência.B – Procuraremos, por todos os mei-os ao nosso alcance, evitar conflitosentre médicos ou resolvê-los com in-dependência e isenção.C – A Ordem dos Médicos deve apoi-ar o sindicalismo médico, estimulandoos médicos a sindicalizarem-se e atra-vés dos sindicatos defender os seus in-teresses relativamente ao exercício defunções assalariadas. A Ordem deve teruma atitude isenta em relação aos doissindicatos médicos existentes.D – A Ordem deve apoiar os médicosdo sector liberal, apoiando o exercí-cio livre da medicina, a competitividadedas empresas médicas e convençõesjustas e universais.E – Reforçaremos, junto do CRS e doBastonário, a necessidade de continu-ar a pressionar as estruturas compe-tentes, no sentido de acelerar a reso-lução do conflito com a Autoridadeda Concorrência, bem como a revi-são e reposição do Código de No-menclatura e Valor Relativo dos Ac-tos Médicos.

Carreiras Médicas

Perante as tentativas em curso de re-forma das carreiras médicas e consi-derando que:1 – As carreiras médicas assegurarame asseguram uma hierarquia de com-petência técnica, de competitividade,de formação e de desenvolvimentoprofissional contínuo pós-graduado.2 – As carreiras médicas contribuíramdecisivamente para a qualidade damedicina portuguesa e para os exce-lentes resultados já alcançados peloSNS.

Defendemos:A – A Ordem dos Médicos será umdos interlocutores que, forçosamen-te, terá de participar numa eventual

reestruturação das carreiras médicas.B – Discussão alargada no seio da Or-dem, para a qual contribuiremos compropostas credíveis e consensualmenteaceites.C – Nessas propostas será necessáriogarantir para cada área da medicina umprograma de desenvolvimento previs-to para acompanhar a duração da ac-tividade profissional, impedindo que odesenvolvimento profissional dos mé-dicos dependa da qualidade da Insti-tuição, pública ou privada, onde traba-lham ou da imposição de regras deprogressão de carácter organizacional.

Jovens Médicos

Aos jovens médicos é atribuída umaelevada competência profissional, atéporque foram escolhidos entre os maiscapazes, no entanto, as Instituições nãolhes permitem perspectivar o futuroem condições de estabilidade e sãoatraídos, por vezes, para uma medici-na de baixa qualidade visando o pro-veito imediato.Terminada a formação pós-graduada, porvezes recheada de entraves, constatama inexistência no horizonte de qualquerpossibilidade de carreira, perspectivando-se apenas, os contratos individuais semgarantia de continuidade ou de regrasefectivas de progressão.

Defendemos:A – Criação de uma Comissão doMédico Interno que funcionará inter-ligada ao Conselho Distrital.B – Promover programas formativospós-graduados de acordo com as ne-cessidades dos jovens médicos.C – Pugnar pela defesa dos jovensmédicos na eventual revisão das car-reiras médicas.D – Fomentar uma maior aproxima-ção dos médicos internos à Ordem.E – Apoiar os médicos internos no âmbi-to de sua actividade profissional,designadamente no aspecto formativo,curricular e extra-curricular, enquadradonas especificidades do nosso distrito.F – Descentralizar informação e apoiodo Conselho Nacional do Médico In-terno aos jovens médicos no Algarve.

Formação Médica

Actualmente, com o aparente esface-lamento das carreiras médicas em ter-mos de hierarquia profissional, sendodefendida a direcção desde o mais ele-vado nível como decorrente da obten-ção de capacidades gestionárias, todaa formação deve ser reequacionada.O desenvolvimento das ciências em quese apoia a Medicina e o consequentedesenvolvimento de técnicas e actosespecíficos de cada área, leva a que cadavez mais sejamos forçados a restringir onosso campo de actividade e a ampliar acomponente formativa pós-graduada.Temos assistido, com a implementaçãodas políticas que retiram consistênciae uniformidade ao SNS, nomeadamen-te através da criação dos hospitais SA,EPE, etc. sem uma prévia definição deobrigações e complementaridade for-mativa, a uma progressiva perda de in-vestimento na formação.Se nas fases mais estruturadas da for-mação médica o abandono é evidente,então o que dizer da fase menosestruturada, a formação médica contí-nua, em que cada vez mais se põe emcausa o tempo previsto para a frequên-cia de acções formativas.Gestores convencidos da sua omnisci-ência questionam os critérios dos mé-dicos para o seu desenvolvimento pro-fissional, tentando condicioná-lo às ne-cessidades do serviço, arrogando-se odireito de ser a administração a inter-pretar as mencionadas necessidades.

Consideramos fundamental:1 – Analisar em cada Hospital ou Cen-tro de Saúde, as dificuldades sentidasna formação médica, em cada área.2 – A OM deverá garantir a uniformi-dade nacional da formação nas Espe-cialidades e consequentes mecanismosde avaliação.3 – Como forma de garantir a conti-nuidade, disponibilidade e o empenha-mento, a função de orientador de for-mação deverá ter a devida retribuiçãoquer remuneratória, quer em termosde horário.4 – Que a OM defina mecanismos quecondicionem e forcem as entidades a

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Algarve, Lista D

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99Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

promover a formação contínua.5 – Que a exclusividade da organizaçãoe controlo da formação médica recaiaapenas na OM e respectivos Colégios,não permitindo que outros (políticos,economistas, gestores) intervenhamnuma área essencialmente médica.6 – Instituir, pelo Conselho Distrital,três prémios a atribuir aos melhorestrabalhos apresentados, a nível regio-nal, nacional ou internacional.7 – Dar continuidade ao protocolocom a Universidade do Algarve relati-vamente à pós-graduação (a decorrer)e ao mestrado de Gestão em Saúde, jáaprovado.8 – Continuar a promover Cursos pós-graduados, na sede em Faro, de modoa responder às necessidades mais pre-mentes nas várias áreas.

Acto Médico

Continuar a defender a publicação doActo Médico, como meio indispensá-vel à defesa dos cidadãos e forma deoptimizar ainda mais a prestação decuidados de saúde.

Defendemos:A – Intervenção junto do CRS e doBastonário no sentido de reapreciaçãoe eventual reformulação do acto mé-dico, com vista à sua publicação.

Qualidade da Medicina

É indiscutível que a qualidade da Medi-cina depende dos meios colocados aodispor dos médicos e entre esses é damaior importância a capacidade de elespróprios se desenvolverem, actualiza-rem e ganharem maiores capacidades.Sendo a qualidade da medicina o ele-mento chave na qualidade de vida ebem-estar das populações, ela depen-de dos meios que a sociedade disponi-biliza para a sua saúde e a forma comotais meios são geridos.

A União Europeia dos Médicos Especi-alistas tem tido intervenção nesta área,através de recomendações específicascomo é exemplo a Declaração deBasileia, sobre Melhoria da Qualidade.Defendemos:A – Que é da responsabilidade da OM,de acordo com o seu Estatuto outor-gado pela Assembleia da República– Dec-Lei n.º 282/77, de 5 de Julho– garantir a qualidade da Medicina:Art. 6.º

A Ordem dos Médicos tem por finali-dades essenciais:

a) Defender a ética, a deontologia ea qualificação profissional médicas, afim de assegurar e fazer respeitar odireito dos utentes a uma medicinaqualificada;

B – Que é indispensável uma empe-nhada e adequada aposta na forma-ção médica de modo a atingir os es-perados patamares de qualidade damedicina.

Congresso de Medicina doAlgarve

Na sequência do sucesso que foi a re-alização do III Congresso de Medicinado Algarve, que se realizou em Maiopassado em Vilamoura, propomo-nosdar-lhe continuidade e realizar o IVCongresso de Medicina do Algarve, nopróximo triénio.

Sede Distrital

Propomos ainda:

A – Dar continuidade ao gabinete dodoente do Conselho Distrital, que tan-tos conflitos tem evitado e resolvidoextra-judicialmente.B – Criação de uma Comissão de Éti-ca do Conselho Distrital a funcionarde forma sincronizada com a respecti-va entidade nacional.C – Dar continuidade ao processo de

informatização da sede em Faro e cri-ar a página do Conselho Distrital, nanet, associada ao blog que já está emfuncionamento (medblog)D – Manter a periodicidade e conti-nuidade do Boletim da Ordem dosMédicos do Algarve com o formatoque incutimos a partir de 2005, infor-mação relevante, artigos de opiniãoabrangentes, baseados na diversidadedas ideias e entrevista de fundo a per-sonalidade que se tenha evidenciadoou seja referência em determinadaárea, na nossa Região.E – Dar continuidade às reuniões des-centralizadas que iniciámos com osColégios de Especialidade, na sede emFaro, com a finalidade de discutir assun-tos relevantes para cada especialidade.

Finalmente reiteramos a nossaconduta do último triénio, decompleta abertura e total dispo-nibilidade para:

– Garantir um posicionamento de-cisivo visando unir os médicos eevitando potenciais divergências.- Assumir um papel interventivo,no âmbito das competências en-quanto órgão legitimamente sufra-gado, em todos os aspectos relacio-nados com a Medicina mas tambémcom a Saúde.- Defender a estabilidade profis-sional dos médicos, incluindo osmédicos internos.- Defender o direito dos médicos àlegítima retribuição pelo desem-penho das suas funções.- Encorajar e reforçar a relaçãomédico-doente.- Repor a hierarquia médica edos médicos em todas as institui-ções e serviços de saúde.- Defender os princípios e os va-lores da Ética Médica.

Martins dos Santos, OM 30209

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Algarve, Lista D

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100 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

1) Órgãos distritais a que nos candi-datamos (pelo Distrito Médico deBeja) com poder de decisão autóno-ma e independente relativamente aosórgãos nacionais.

2) Criar um espaço de convívio, dis-cussão e debate de ideias no seio mé-dico do nosso Distrito, por exemplo:interface Medicina Geral e Familiar/Medicina Hospitalar, internatos médi-cos e formação pós-graduada, avalia-ção final das especialidades médicas.

3) Apoiar o actual processo em cursoda criação da Casa do Médico emSines.

4) Criar as condições para a existên-cia de meios jurídicos ao serviço dosmédicos do nosso Distrito.

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Beja, Lista A

«ALTERNATIVA PARA A ORDEMDOS MÉDICOS»»»»»

Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista C, candidata aos Órgãos

Regionais da Secção Regional do Sul.

O OUE PROPOMOS PARA O NOSSO DISTRITO:

ELEIÇÕES 2008-2010

DISTRITO MÉDICO DE BEJA

Mandatário: Carlos Alberto Ferreira de SousaDelegado da Candidatura: Francisco da Cruz dos Santos

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Maria da Graça UrzeVice-Presidente: Isabel Ingrid Sampaio Rodrigues1º Secretário: João Manuel Paradela Oliveira2º Secretário: José da Costa Lemos

Conselho DistritalPresidente: Bernardo Mendes Loff BarretoVogais: António da Rocha Oliveira

Carlos Alberto Correia VoabilEmanuel Filipe Pires Cavaleiro Ribeiro de AlmeidaTelo Fialho Nunes Bettencourt de Faria

Membro Consultivo do Conselho RegionalHenrique Maria Constant Abecasis Burnay

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Beja, Lista B

Essa é a primeira coisa que queremosMUDAR.

Só se muda quando nos dispomos aque se mude. Embora conscientes deque, para isso, importa juntar o nossoempenho ao daqueles que nos rodei-am e ao daqueles de quem financeira-mente dependemos, decidimo-nos jun-tar para tentar MUDAR aspectos noâmbito do nosso SABER e do nossoVIVER.

Mesmo porque a desmotivação é cúm-plice dos erros que criticamos e é,

MUDAR: DO SABER AO VIVERentre nós, pretexto fácil para o isola-mento profissional, intelectual e socialdos Médicos do Distrito. Assim,propomo-nos contribuir para:

1. renovar, sem preconceitos anacró-nicos, o orgulho de ser-se Médico, di-vulgando uma imagem justa e correc-ta da sua missão.2. reivindicar a sempre adiada aquisi-ção de uma Sede Distrital, tambémela ponto de encontro, terminandocom a inadmissível realidade de Bejaser um dos 2 únicos Distritos semaquelas instalações.

O verbo «mudar», tão

frequentemente utiliza-

do e traído nas mais di-

versas ocasiões, foi ga-

nhando no subconscien-

te colectivo o significado

inverso, sempre que in-

vocado.

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DISTRITO MÉDICO DE BEJA

Mandatário: João Olajos HrotkóDelegado da Candidatura: António José Maia de Oliveira

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Maurílio Domingos Agostinho GasparVice-Presidente: Edmundo José Bragança de Sá1º Secretário: Maria da Conceição Lopes Baptista Margalha2º Secretário: José Jaime Gaspar Caetano

Conselho DistritalPresidente: Pedro Camilo de Araújo Lima de VasconcelosVogais: Edite Maria Spencer Reis

José Bernardino Martins Cordeiro VazMaria Isabel Ilharco Caldeira de Sousa RamôaMaria Laura da Encarnação Nobre Caeiro Maia de Oliveira

Membro Consultivo do Conselho RegionalJorge Ângelo Ramos dos Santos

3. promover Encontros Clínicos, va-lorizando a qualidade da prática médi-ca, com especial enfoque nas questõesda Ética e da Deontologia.4. suavizar o isolamento dos Colegas, co-nhecendo e reportando as suas condiçõesde trabalho e as suas necessidades.5. proporcionar Sessões de Reflexãoe Debate sobre temas sociais comimplicação na prática e no pensamen-to dos Médicos.6. realizar Encontros de Convívio,estreitando os laços sociais e pessoaisentre os Médicos.7. negociar a obtenção de facilidadespara os Médicos em instituições e ser-viços, minorando uma parte das difí-ceis condições que a interioridadeimpõe, em especial para os Colegasrecém-chegados.

BEJA, 21. Outubro. 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Beja, Lista B

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Beja, Lista C

VAMOS CRIAR INTERESSE PELAORDEM DOS MÉDICOS

DISTRITO MÉDICO DE BEJA

Mandatário: Carlos Alberto Rodrigues MoteverdeDelegado da Candidatura: Guido João Dinis Pires

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Rosa Maria Fula Marques BentoVice-Presidente: Ana Cristina Duarte1º Secretário: Lucas Diaz Ruiz2º Secretário: Gaspar Lopes Vasques Gomes Cano

Conselho DistritalPresidente: Emília de Jesus Antunes Ferreira DuroVogais: Ana Margarida Coelho Frederico

João Manuel Victor de AlmeidaMaria Isabel Carrilho Lima Lopes VasquesPedro Nunes Pinheirinho da Cruz Costa

Membro Consultivo do Conselho RegionalAntónio Alexandrino Ferro Piçarra

Até já vai sendo difícil arranjar nomespara integrar as listas, dada a inérciada maioria, e a experiência dos que jálá passaram, e não querem voltar a tera mesma trabalheira...

Seria uma redundância escrever nestenovo acto eleitoral, que vamos fazeruma lista, para mudar, para unir osmédicos, ou outras frases feitas e bo-nitas, que já ninguém leva a sério.

A Lista que apresentámos sob o lema«Vamos criar interesse pela Ordemdos Médicos», tem apenas e só, essafinalidade.

Ao fim de tantos anos, em que tantoperdemos, e fundamentalmente as«Carreiras Médicas», devemos pensar,conversar e passar a mensagem a to-

De três em três anos fazem-se listas distritais para a Ordem. Como um doen-

te que se vira na cama, para dormir mais três anos. E no meio dorme mesmo.

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102 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Beja, Lista C

Propõe-se integrar uma equipa nacio-nal da Ordem dos Médicos, unificada

PROGRAMA DE ACÇÃO

«DEFENDER OS MÉDICOS,A MEDICINA E OS DOENTES»

Esta candidatura propõe-se ser o porta-voz de to-

dos os médicos do Distrito Médico de Évora, pro-

curando ser representativa de todas as situações

sócio-profissionais dos médicos.

dos, se vale ou não a pena interes-sarmo-nos pela Ordem, e fazer dela oprincipal instrumento que deveria ser,de defesa das Carreiras Médicas e dosMédicos.

Será que os Médicos estão contentescom a evolução dos Hospitais SA/EPE,e com o papel cada vez menor que lhesé reservado? Com as nomeações emque o estar próximo é mais importan-

te do que ser competente? Com asdesconsiderações constantes dirigidasaos médicos pela nova classe emergen-te dos chamados administradores hos-pitalares? Etc, etc?

Haverá alguma alternativa a tudo isto,que não seja interessarmo-nos poruma Ordem nossa, mais atenta e maissolidária aos nossos problemas?

Podemos começar por nos interessar-mos por estas eleições, e depois daseleições a ver vamos se não vamosdormir durante mais três anos.

Depende só, do interesse de cada umde nós, ou seja de todos.

O Mandatário da Lista

Carlos Monteverde

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Évora, Lista A

DISTRITO MÉDICO DE ÉVORA

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado da Candidatura: Maria do Carmo de SottoMaior

da Silveira Botelho Hasse Velez

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Maria Helena Azevedo dos Santos Teixeira da SilvaVice-Presidente: Arnaldo Freire Mesquita1º Secretário: João Gonçalo Monteiro de Ataíde e Melo2º Secretário: Isabel Maria Marmelo Cardoso Martins Nabais

Conselho DistritalPresidente: Nuno António Martins Canas MendesVogais: Artur Jorge Murta Canha da Silva

Heitor Manuel Pancada da Fonseca Manuel Filipe Cancela Torres Vítor Manuel Gouveia Batalha Ramalho

Membro Consultivo do Conselho RegionalCarlos Alberto Mogo Reis

em torno de um programa nacional,procurando a conciliação de interes-

ses, a união de esforços e a promoçãode consensos.

Para tal propõe-se:

1 – Actuar com oportunidade e rigor,intervindo por antecipação e em tem-po útil.2 – Actuar com firmeza, empenhamentoe profissionalismo em todas as circuns-tâncias na defesa intransigente e salva-guarda da dignidade dos médicos.3 – Transformar o Distrito Médico deÉvora da Ordem dos Médicos numaorganização dotada de capacidade deiniciativa, ambiciosa e audaz com par-ticular ênfase para fomentar e defen-der os interesses da profissão médicae todas as questões relacionadas coma ética, a deontologia e a qualificaçãoprofissional.4 – Defender os médicos e consequen-temente os doentes, através do contri-buto que for necessário para que adefinição do Acto Médico seja consa-grada na lei.5 – Assumir o exercício da medicinacomo exclusiva competência dos licen-ciados em Medicina regularmente ins-critos na Ordem dos Médicos, consa-grando a competência específica daOrdem dos Médicos no combate aoexercício ilegal da medicina e à publi-

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ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Évora, Lista A

cidade enganosa relacionada com asaúde e a doença dos cidadãos.6 – Promover e defender condiçõesdignas do exercício profissional dosmédicos do Distrito em todos os es-tabelecimentos de saúde na defesa daliberdade, independência e autonomiados médicos e o direito a uma remu-neração digna.7 – Pugnar pela celebração de um segu-ro por invalidez, de vida, de complementode reforma e de risco profissional paraos médicos, procedendo à criação de umseguro de responsabilidade civil profis-sional, de grupo e universal.8 – Apoiar os médicos em todas as si-tuações de conflito, violência ouagressividade de que sejam vitimas noexercício da sua actividade profissional.9 – Defender o Serviço Nacional deSaúde, no contexto do Sistema Naci-onal de Saúde, enquanto elementoestruturante e decisivo de solidarie-dade e coesão social, de protecção dosdoentes, de promoção da qualidade doexercício da medicina e de diferencia-ção técnica dos médicos, através decarreiras médicas.

10 – Pugnar pela realização de con-cursos de provimento nas unidades desaúde cujos quadros apresentem va-gas não preenchidas bem como pelaperiodicidade anual da realização dosconcursos de habilitação.11 – Promover a discussão alargada detemas e partilha de informação clínicarelevante promovendo colóquios edebates científicos.12 – Promover as especialidades Hos-pitalares, de Saúde Familiar e de SaúdePública salvaguardando a respectivaindependência técnica e funcional.13 – Defender a Ordem dos Médicoscomo a entidade reguladora, acredita-dora e certificadora da qualidade doexercício da medicina, combatendo aintromissão nas competências técnicasda Ordem dos Médicos de quaisqueroutras entidades.14 – Defender que a Ordem dos Mé-dicos deve ser a entidade que regula,certifica e promove activamente a For-mação Médica Pós-Graduada e quevalida, reconhece e atribui os títulosde qualificação profissional, sendo daexclusiva competência da Ordem dos

Médicos, através dos seus Colégios deEspecialidade, a definição dos progra-mas de formação do respectivo inter-nato e a definição e verificação doscritérios qualitativos e quantitativos deatribuição de idoneidade formativa.15 – Defender a criação, por via inter-na ou por negociação com entidadesterceiras de mecanismos de solidari-edade e protecção aos médicos, alargan-do os apoios actualmente existentes ten-do em conta os activos do Fundo deSolidariedade da Ordem dos Médicos.16 – Defender a reorganização demodo a garantir celeridade, eficácia,transparência e descentralização noprocesso de tomada de decisões e as-segurar uma adequada e generalizadainformação junto dos médicos divul-gando periódica e sistematicamente asdeliberações do Conselho Distritaljunto dos médicos.17 – Defender o estatuto de observa-dor dos Presidentes dos ConselhosDistritais nos Conselhos NacionaisExecutivos.

Nuno Canas Mendes

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Évora, Lista B

PROGRAMA ELEITORALA lista que agora se propõe para a Direcção de Sec-

ção Distrital de Évora da Ordem dos Médicos é uma

Lista Independente, sem compromissos partidári-

os, nem religiosos, sendo ainda independente em

relação às várias Candidaturas para Bastonário ou

para as diferentes Listas Candidatas à Direcção da

Secção Regional Sul da Ordem dos Médicos.

Achamos que esta nossa independên-cia, enquanto Lista, tanto política comoem relação aos diferentes candidatos abastonários, é a posição correcta, aquelaque melhor defende, neste momentoos Médicos e a sua unidade.Esta decisão de independência levou, no

entanto e para já, a que surgisse umaLista alternativa vinculada estritamen-te a um único candidato a bastonário.É uma Lista que procura ter um equilí-brio entre a Medicina Familiar e a Me-dicina Hospitalar. O Candidato a Presi-dente da Mesa da Assembleia Geral, Dr.

Rogério Costa, é da Carreira de Medici-na Familiar e o Candidato a Presidenteda Conselho Distrital, Dr. José EduardoCorreia, é da Carreira Médica Hospitalar.Procuraremos ainda uma estreita co-laboração com os nossos colegas daCarreira de Saúde Pública.É uma Lista que pretende, a par de inova-ções que achamos necessárias, dar conti-nuidade às acções da actual Direcção, daqual se candidatam connosco vários co-legas, sendo nossa Mandatária a actualPresidente do Conselho Distrital.

Linhas Programáticas

1 – Acto Médico- Defesa da qualidade do Acto Médico.- Garantia do cumprimento das nor-mas éticas e deontológicas.- Protecção jurídica na defesa do Acto

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104 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Évora, Lista B

DISTRITO MÉDICO DE ÉVORA

Mandatário: Maria de Fátima Camacho Rosado da FonsecaDelegado da Candidatura: António Manuel do Nascimento Fráguas

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Rogério Aurélio das Neves CostaVice-Presidente: António Jorge de Paiva Jara1º Secretário: António Maria Ribeiro Soares Pires2º Secretário: Joaquim António Borralho Crujo

Conselho DistritalPresidente: José Eduardo Garcia CorreiaVogais: Henrique Augusto Coelho da Rocha Terreiro Galha

Hermínia José Ramalho Cabrita Fernandes CaeiroIreneia Santos LinoSolange Pereira Gomes

Membro Consultivo do Conselho RegionalFernando Martins de Almeida

Médico- Garantia que os doentes tenhamacesso aos tratamentos indicados pe-las recomendações em vigor.- Critica a intervenções administrati-vas, em actos diagnósticos ou terapêu-ticos, que tenham unicamente uma in-tenção economicista.

2 – Carreiras Médicas- Defenderemos as Carreiras Médicas,como forma de valorização profissio-nal e da melhoria do sistema de saúde.

3 – Formação Pós-GraduadaTeremos um interesse acrescido naFormação Pós-Graduada dos Médicos,promovendo cursos ou outras acçõesde formação de reconhecido valor cur-ricular e utilidade prática, em colabo-ração com entidades idóneas.Apoiaremos e dinamizaremos tudo o quecontribua para que o médico possa man-ter e desenvolver a sua visão humanista.

4 – Jovens Médicos- Defesa e apoio aos jovens médicosna sua integração profissional.- Criação de um Gabinete de Apoioao Interno que o oriente do ponto devista legislativo.- Defesa dos Internatos Médicos comoforma de garantir a Qualidade na me-dicina futura.

A nossa Lista integra dois Internos doInternato Complementar no Conse-lho Directivo e que, também eles, se-rão garante destes nossos propósitos5 – Médicos Mais Velhos

Será nossa política a Integração, nasnossas actividades, dos nossos Cole-gas mais velhos.

Apoiaremos as medidas que a SecçãoRegional Sul faça na construção de es-paços/casas/apartamentos para Médicos.

Apresentaremos ao Conselho Executi-vo da Ordem dos Médicos e, em especi-al à sua Secção Sul, a nossa Candidaturaà localização duma estrutura residencial,no nosso Distrito, visto que oferece ex-celentes condições para o efeito.

6 – Instalações da Ordem dos Mé-dicosDinamização da Sede da Ordem dos

Médicos em Évora, com as seguintesiniciativas:- Exposições de pintura, de fotografia eoutras expressões de Arte – como músi-ca – nomeadamente de artistas médicos.- Apresentação de conferências oudebates sobre temas médicos ou nãomédicos, abertos, com a presença deoradores e convidados, nacionais ouestrangeiros, de reconhecido mérito.

7 – Descentralização da Ordemdos MédicosPromover, fora de Évora, noutras se-des concelhias, os vários tipos de ini-ciativas, anteriormente citadas, numalógica descentralizadora, que será be-néfica para todos.

LivrosNovas possibilidades dediagnóstico do cancro dapróstata em livro

O premiado na edição do PrémioBluepharma/Univ. Coimbra 2006 é di-rector do Serviço de Anatomia Pa-tológica do Instituto Português deOncologia do Porto, e professor doDepartamento de Patologia eImunologia Molecular, do Instituto deCiências Biomédicas de Abel Salazar,Universidade do Porto.Esta edição exclusiva, de três milexemplares, vai ser distribuída de for-ma gratuita a profissionais e entida-des de saúde, públicas e privadas, bemcomo a universidades e bibliotecas.

O novo livro da série Prémio Bluephar-ma/Universidade de Coimbra, «Hete-rogeneidade em Cancro da Próstata:Impacto das Alterações Genéticas eEpigenéticas no Diagnóstico e Prog-nóstico», foi apresentado dia 28 de No-vembro na Sala do Senado da Univer-sidade de Coimbra. A obra edita a tesede Rui Manuel Ferreira Henrique, ven-cedor do galardão em 2006, que apre-sentou o trabalho realizado no desen-volvimento de novos marcadores parao diagnóstico do cancro da próstata,na Universidade do Porto.

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106 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Grande Lisboa, Lista A

Distrito Médico da GrandeLisboa Manifesto Eleitoralda Candidatura

A lista candidata aos órgãos sociais dodistrito médico da Grande Lisboa apoiae subscreve o programa eleitoral e acandidatura Mais Ordem na Saúde, ga-rantindo-lhe, na parte que lhe diz res-peito e com os meios ao seu alcance,

«MAIS ORDEM NA SAÚDEA resposta às ameaças daactual política de saúde»

Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista B, candidata aos Órgãos

Regionais da Secção Regional do Sul.

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado da Candidatura: Marília Santos Barbosa Romeiro

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Carlos Alberto Santos PaivaVice-Presidente: António José Alves Arsénio1º Secretário: Manuel Augusto Martins Moreira2º Secretário: Gonçalo Mário Miranda Proença

Conselho DistritalPresidente: João António da Costa Cabral Albuquerque e CastroVogais: João José Mota Rosário Silva

Jorge Celso Dias Correia FonsecaNuno Miguel Correia de Carvalho LopesRicardo Augustus Guerreiro Baptista Leite

Membros Consultivos do Conselho RegionalAgnelo Alberto Carmo Monteiro

DISTRITO MÉDICO DE GRANDE LISBOA

Alexandre Marco Ramos de Azevedo Buinhas MarquesAntónio José Fernandes da Silva FranciscoAntónio Santos Alves JanaCarlos Manuel Alves PazCarlos Manuel Barra FalcãoCarlos Manuel Ventura RodriguesDalila Maria Andrade Cardoso GóisFernando Manuel Tavares MaltezJosé Avelino Oliveira RodriguesJosé Carlos Teixeira Pires PatrícioMaria Celeste Canha Coelho BarretoMaria Helena Coelho de Oliveira Pinto BoquinhasMaria Leonor Machado de Jesus Lima das NevesMaria Vaz Bravo FerreiraMário Vieira PragosaPaula Cristina Rodrigues Mongiardim FernandesPedro Afonso Costa BaptistaRute Furtado Alvarez

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Grande Lisboa, Lista B

Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista A, candidata aos Órgãos

Regionais da Secção Regional do Sul.

«unir e defender os médicos»

a sua contribuição para a concretizaçãodos objectivos nele fixados. Na esferadas suas competências esta candidatu-ra irá cumprir as funções que estatu-tariamente lhe estão atribuídas, nome-adamente através do contacto maispróximo entre os médicos de forma apromover a sua intervenção em todosos assuntos que digam respeito aoexercício da profissão.

É reconhecido que nos últimos anos asmodalidades organizativas de prestaçãode cuidados médicos têm sofrido alte-rações significativas. À retracção dosector público hospitalar tem respon-dido o sector privado com aumento doseu parque hospitalar, uma logísticatecnológica sofisticada e condições detrabalho aparentemente atraentes. Amedicina geral e familiar, apesar dos

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107Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

de de uma intervenção orientada econcertada dos médicos. Vão estar emcausa duas dimensões chave do exer-cício profissional: a autonomia e a auto-regulação. A autonomia, porque tan-to os aparelhos administrativos dosector público como do sector pri-vado dão mostras de querem interfe-rir nas decisões médicas em nome dosresultados financeiros das instituições.A auto-regulação, porque as administra-ções começam a apertar as suas malhasem tomo dos valores da profissão emnome das exigências das burocracias.Autonomia, enquanto depositários decompetências exclusivas para tomar asdecisões clínicas mais úteis aos doentes.Auto-regulacão, enquanto capacidadepara promover e orientar o percursoprofissional e técnico-científico no âm-bito dos pares.Nesta conjuntura, consolidar a auto-nomia e auto-regulação profissional éa resposta que está ao alcance dosmédicos para se manter garantida aprestação de cuidados à colectividadecom a mais elevada qualidade, qualquerque seja a modalidade organizativa.Autonomia e auto-regulação são ascaracterísticas do exercício profissio-nal que no actual ambiente de turbu-lência mais importa preservar paragarantir a independência dos médicosperante os poderes instituídos.Autonomia e auto-regulação são valo-res inquestionáveis cujo reforço deveestar presente em toda a actividadedos médicos de maneira a contribuí-rem para o alargamento da sua influ-ência social e o prestígio da profissão.Esta candidatura será particularmenteactiva nesta matéria e tomará todas asiniciativas que melhor garantam a suadefesa.

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Grande Lisboa, Lista B

DISTRITO MÉDICO DE GRANDE LISBOA

Mandatário: António Manuel da Silva Pereira CoelhoDelegado da Candidatura: Manuel Garcia Vasquez

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: José Daniel Pereira Figueira de AraújoVice-Presidente: Paulo Cristiano do Nascimento Simões1º Secretário: Maria Teresa Fernandes Ventura2º Secretário: Beatriz Alda Henriques Costa Neves

Conselho DistritalPresidente: Cipriano Pires JustoVogais: António José Gonçalves Martins Baptista

Fernando Manuel Moreira dos SantosJoão Nuno André Martins RossaMoisés Carlos Bentes Ruah

Membros Consultivos do Conselho RegionalÂngela Maria dos Santos Moreira MarquesBernardo Porral Paes de VasconcelosCarlos Aberto Ferreira Rodrigues de OliveiraCláudio Vergilio Antunes DavidFernando José da Silva Ramalho GomesGil João Aniceto JacintoGraça Maria de Almeida RodriguesJosé Carlos Lopes Martins da SilvaLuis Miguel da Cruz e Noronha Pais de RamosMarcelo dos Santos FernandesMargarida Cabral Sacadura FaroMaria Cecília Craveiro Forte LongoMaria Fátima das Neves Ferreira Botelho Baptista FernandesMaria Filipa Costa Mendonça de AguiarMaria Isilda Ribeiro MiguelMaria Teresa Coelho da Costa OliveiraRicardo Nuno Ribeiro Novo Fonseca da Encarnação FerreiraSantiago Pedro Magalhães Jervis PonceTereza Maria da Conceição Lobato Forte

avanços que a criação das USF podemsignificar, encontra-se num momento degrande hesitação quanto ao rumo queas mudanças podem tomar, e a saúde

pública vive os seus anos de chumbo.Esta situação, pelo elevado grau de in-certeza que transporta e pelas amea-ças que contém, faz apelo à necessida-

www.ordemdosmedicos.pt

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108 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010

Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista C, candidata aos ÓrgãosRegionais da Secção Regional do Sul.

«Alternativa para a OM»

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Grande Lisboa, Lista C

Mandatário: Henrique Delgado Domingues MartinsDelegado da Candidatura: João Gama Marques Proença

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Rui Jorge Bernardo Cristóvão MealhaVice-Presidente: Carlos Alberto Gomes da Costa1º Secretário: José Manuel Novo de Matos2º Secretário: Maria Alda Simões da Silveira

Conselho DistritalPresidente: Francisco Manuel da Costa DominguesVogais: Antero do Vale Fernandes

Artur Ramon da Rocha de la FériaFlora Fernanda de Castro FerreiraJoão José Passos Alves Mendes

Membros Consultivos do Conselho RegionalAlexandrina Maria Esteves Quintino

DISTRITO MÉDICO DE GRANDE LISBOAAna Luísa Fragoso Correia Santos

Ana Paula Breia Santos NevesAntónio Gomes Dias GuimarãesCarlos Augusto Carvalho Mendes de VasconcelosCarlos Manuel Santos CardosoElmira da Conceição Barbosa de MedeirosFrancisco José Valente de SousaGonçalo Nuno Marcelo CabralJosé Gabriel Monteiro de Barros CabralJorge Humberto Oliveira Fonseca SoaresLuísa Maria Gonçalves Pinto CoelhoManuel Vasco Torres de VasconcelosMaria Cristina Coelho dos Santos Varela da Silva DuarteMaria de Lourdes Correia Martins BanazolMaria de Lurdes Pais Correia Gonçalves de la FériaMaria Teresa Pancada Correia Galvão PereiraMaria Teresa Simões Tomé CorreiaSílvia da Silva de Sousa

Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista A, candidata aos ÓrgãosRegionais da Secção Regional do Sul.

«unir e defender os médicos»

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado da Candadidatura: Joshua Gabriel Benoliel Ruah

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Jacinto Manuel de Melo Oliveira MonteiroVice-Presidente: Maria Goretti Santiago1º Secretário: Paulo Ferreira de Matos Guimarães2º Secretário: Tiago Filipe Proença dos Santos

Conselho DistritalPresidente: Carlos Fernando Pereira AlvesVogais: Ana Sofia Campina Costa

José Cristiano Vicente Miranda CortezLucília Maria Marques Garnel Mafra SalgadoPedro Manuel Correia Magro

Membros Consultivos do Conselho RegionalAna Margarida da Silva Canas Ramalheiro Proença dos SantosAna Maria Macedo Lopes PenaAntónio Jorge Oliveira de AndradeAntónio José Murinello de Sousa GuerreiroAntónio Manuel Mano AzulBruno Miguel Martins Cardoso

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Lisboa Cidade, Lista A

DISTRITO MÉDICO DE LISBOA CIDADECarlos Manuel Cardoso Menezes Beato de OliveiraCarlos Manuel Tavares AguiarJoão Luís Pacheco PereiraJoão Paulo Neves Nunes SantosJoaquim José Pereira Silva NunesJosé António Martins Canas da SilvaJúlio Almeida RamosLuís Jorge de Oliveira LopesLuís Manuel Ramos Gardete CorreiaMaria da Graça Rocha OliveiraMaria Helena Paiva CustódioMaria Isabel Dias Ramos Pereira dos SantosMaria João Reis Silva Soares PaisMaria José Lopes AmaroMário Augusto Sanches Morais de AlmeidaMiroslava Gonçalves GonçalvesNuno Gonçalo Lynce FariaPatrícia Quadros BrancoPaulo Matos CostaPedro Fernando Cabral VarandasPedro Teixeira de Melo SerenoRaul José Castro Antunes DuarteValdemar Saraiva MarquesVasco Alves de Moura Geraldes

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111Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Lisboa Cidade, Lista B

«MAIS ORDEM NA SAÚDE.A resposta às ameaças da actual

política de saúde»Esta lista subscreve o

Programa de Acção da

Lista B, candidata aos Ór-

gãos Regionais da Sec-

ção Regional do Sul.

Distrito Médico de LisboaCidade - Manifesto Eleitoralda Candidatura

A lista candidata aos órgãos sociais dodistrito médico da Lisboa Cidade apoiae subscreve o programa eleitoral e acandidatura Mais Ordem na Saúde, ga-rantindo-lhe, na parte que lhe diz res-peito e com os meios ao seu alcance,a sua contribuição para a concretizaçãodos objectivos nele fixados. Na esferadas suas competências esta candida-tura irá cumprir as funções que estatu-tariamente lhe estão atribuídas, nome-adamente através do contacto maispróximo entre os médicos de forma apromover a sua intervenção em todosos assuntos que digam respeito aoexercício da profissão.É reconhecido que nos últimos anosas modalidades organizativas de pres-tação de cuidados médicos têm sofri-do alterações significativas. À retracçãodo sector público hospitalar tem res-pondido o sector privado com aumen-to do seu parque hospitalar, uma lo-gística tecnológica sofisticada e condi-ções de trabalho aparentemente atra-entes. A medicina geral e familiar, ape-sar dos avanços que a criação das USFpodem significar, encontra-se nummomento de grande hesitação quantoao rumo que as mudanças podem to-mar, e a saúde pública vive os seus anosde chumbo.Esta situação, pelo elevado grau de in-certeza que transporta e pelas amea-

ELEIÇÕES 2008-2010

DISTRITO MÉDICO DE LISBOA CIDADE

Mandatário: António Manuel da Silva Pereira e CoelhoDelegado da Candidatura: Bernardo Ribeiro de Mendonça Feijóo

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Jorge Paulo Seabra Roque da CunhaVice-Presidente: Manuel Tavares Magalhães1º Secretário: José Carlos Gil de Morais2º Secretário: Maria Teresa Sampaio da Costa Macedo

Conselho DistritalPresidente: Florindo Esteves EsperancinhaVogais: António Augusto Pais de Lacerda Ferreira

Hugo Manuel Grasina Esteves João Paulo Moreno Rosa Camilo Malta Maria Manuela Aranha da Cruz

Membros Consultivos do Conselho RegionalAlexandre Jorge Castanheira Valentim LourençoAntónio Carlos de Sousa MoedaAntónio Maria Trigueiros de Sousa AlvimEduardo Jorge de Sousa Ferreira MarquesFernando Manuel Palma MarteloFernando Manuel Pimentel dos SantosFrancisco Alves Carrasquinho GomesGonçalo dos Santos Costa Queiroz de SousaJoana do Carmo Osório Ferreira de Sá CaiadoJoão António Frazão Rodrigues BrancoJoão Bernardo Barahona Simões Regalo CorrêaJoão Gonçalves Pereira Sequeira CarlosJoão Luís Raposo D’AlmeidaJoaquim Pedro Igreja Margalho CarrilhoJosé Ezequiel Pereira BarrosJosé Fernando Bento LeitãoJosé Neves Paulos AntunesJosé Paulo Elvas Roxo NevesManuel António de Almeida Martins NevesManuel João Fernandes AlbertoMaria de Fátima Freitas Monteiro Portugal GalvãoMaria Gabriela da Cruz de AlmeidaMaria de Lourdes da Silva Tavares RuelaMiguel Monteiro de Barros CabralPaula Maria Broeiro GonçalvesPedro Gustavo Pacheco Barreiros dos ReisPedro Miguel dos Santos GomesSamuel dos Santos RibeiroSusana de Castro Luís Lopes MoreiraTeresa Maria Taylor da Silva Kay

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112 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ças que contém, faz apelo à necessida-de de uma intervenção orientada econcertada dos médicos. Vão estar emcausa duas dimensões chave do exer-cício profissional: a autonomia e a auto-regulação. A autonomia, porque tantoos aparelhos administrativos do sec-tor público como do sector privadodão mostras de querem interferir nasdecisões médicas em nome dos resul-tados financeiros das instituições. Aauto-regulação, porque as administra-ções começam a apertar as suas malhasem tomo dos valores da profissão emnome das exigências das burocracias.

Autonomia, enquanto depositários decompetências exclusivas para tomar asdecisões clínicas mais úteis aos doentes.Auto-regulacão, enquanto capacidadepara promover e orientar o percursoprofissional e técnico-científico noâmbito dos pares.Nesta conjuntura, consolidar a auto-nomia e auto-regulação profissional éa resposta que está ao alcance dosmédicos para se manter garantida aprestação de cuidados à colectividadecom a mais elevada qualidade, qualquerque seja a modalidade organizativa.Autonomia e auto-regulação são as

características do exercício profissio-nal que no actual ambiente de turbu-lência mais importa preservar paragarantir a independência dos médicosperante os poderes instituídos.Autonomia e auto-regulação são valo-res inquestionáveis cujo reforço deveestar presente em toda a actividadedos médicos de maneira a contribuí-rem para o alargamento da sua influ-ência social e o prestígio da profissão.Esta candidatura será particularmen-te activa nesta matéria e tomará to-das as iniciativas que melhor garan-tam a sua defesa.

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Lisboa Cidade, Lista BELEIÇÕES 2008-2010

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Lisboa Cidade, Lista C

Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista C, candidata aos Órgãos

Regionais da Secção Regional do Sul.

«Alternativa para a Ordemdos Médicos»

Mandatário: Henrique Delgado Domingues MartinsDelegado da Candidatura: João Gama Marques Proença

Mesa Assembleia DistritalPresidente: José Manuel de Paiva JaraVice-Presidente: Gustavo Orlando Raposo Rodrigues1º Seretário: Amílcar Araújo e Silva2º Secretário: Maria Júlia Rebelo Duarte

Conselho DistritalPresidente: Pedro Manuel Matos MiguéisVogais: Isabel Anacleto Arroja

José Manuel do Vale SantosTeresa Cristina Ferreira GalhardoTeresa Guerreiro Laginha

Membros Consultivos do Conselho RegionalAna Maria Nunes BrandãoAntónio José Morais ValenteAntónio Manuel Chiado de AndradeCarlos Manuel Gasparinho Antero da SilvaConstança Jordão Madeira ChaveiroDeolinda Conceição Machado de MatosEduardo Pereira Marques

DISTRITO MÉDICO DE LISBOA CIDADE

Gisela Maria Borges Fernandes Barreto AntunesIsabel Maria Vicente RamiresJoão Camilo Vieira Carvalhal GonçalvesJorge Manuel de Sousa PintoJosé Carlos Pais Lopes MonizJosé Fernando Barbosa RibeiroJosé Manuel Pereira e Silva LabaredaManuel António Nisa PinheiroManuel da Conceição Martins de AlmeidaManuel Luís DominguezManuel Luís Marques VinagreMaria Cristina de Sales Viana FerreiraMaria Fernanda Lopes de Brito Mendes CabritaMaria Filomena Dias de Almeida Sintra ViegasMaria Isabel da Silva CarmoMaria Luísa Cortesão dos Santos PintoMaria Manuela de Matos OliveiraMaria Margarida Grilo da Silva DiasMaria Ricardina Brito de Carvalho Rebelo Pereirade MatosMário Moutinho de PáduaNuno Martins Marques CanasPaulo Jorge Castro Borges DinisSofia Lopes Calado

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114 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Madeira, Lista A

A nossa candidatura assenta na pro-messa de um trabalho sério e hones-to, condigno com a nossa profissão.Temos alguma experiência, e vamosaproveitá-la para tentarmos mudaraquilo que os colegas acharem quedeve ser alterado. Não abdicaremos dorespeito que nos rege que é a ÉTICAMÉDICA. Somos sérios sem quaisquerinteresses pessoais, privados ou polí-ticos. Não queremos ficar dependen-tes de qualquer entidade política ouprivada.

Desta forma, do nosso programa, consta:

1 – FORMAÇÃO CONTÍNUA

Conselho Médico da Região Autónoma da Madeira

PROGRAMA DE ACÇÃOAproximamo-nos de mais um momento importante para os Médicos do nos-

so País, que são as eleições para a Ordem dos Médicos. Esperamos como qual-

quer acto democrático, que decorra dentro da normalidade e que seja muito

participativo, demonstrando que apesar do pouco tempo disponível não nos

esquecemos de dar a nossa confiança à equipe que nos irá representar.

Vivemos por razões geográficas, «iso-lados» do resto do território nacio-nal, o que nos dificulta a frequência emcursos de interesse comum, como se-jam cursos de gestão, de formação deformadores, gestão de conflitos, etc.Por isso, iremos privilegiar a realiza-ção destes cursos na Região, cujo nú-mero e periodicidade serão aquelesque se justificarem.

2 – A REVISÃO DAS CARREIRAS MÉ-DICASNão podemos que outros, que nãoMédicos, decidam o nosso futuro, prin-cipalmente o dos colegas mais novos.Trabalharemos com quem de direito

para que esta revisão, independente-mente do rumo político, venha de en-contro daquilo que a maioria de nósanseia.

3 – A REVISÃO DA CONVENÇÃOPrometemos continuar este Projecto,já que este é um trabalho dinâmico.Éindispensável a colaboração de todospara fazer uma «revolução» da con-venção: Esta, diz respeito a todos osMédicos, porque engloba não só do-entes do sector privado mas tambémdo público.A convenção deve ser debatida a fun-do, não só em termos económicoscomo também na sua filosofia. Obvia-mente ouviremos os representantesdas especialidades, e se necessário,convocaremos Assembleias-gerais.

4 – A REVISTA«Islenha Médica», órgão de divulgaçãodas nossas actividades, local onde qual-quer um de nós, pode expressar as suasideias ou divulgar trabalhos é tambémuma aposta para este grupo. Tentare-mos que os colegas sejam mais inter-venientes principalmente em artigos deopinião.Estabeleceremos contactos para quesejam trocadas experiências com ou-tros Médicos, cuja realidade seja se-melhante à nossa como por exemplocom os colegas dos Açores. Aumenta-remos desta forma, o nível desta pu-blicação.

5 – Faz parte do nosso programa, eprometemos fazê-lo, desenvolver AC-

CONSELHO MÉDICO DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

Mandatário: Luís Filipe Santos FernandesDelegado da Candidatura: Manuel José França Andrade Gomes

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: José Bruno Freitas JesusVice-Presidente: Henrique Gomes de Freitas Morna1º Secretário: José Manuel Pinto da Cruz2º Secretário: Maria Cremilda Araújo de Barros Gouveia

Conselho DistritalPresidente: José Manuel Teixeira FrançaVogais: Carlos Miguel Pestana

Maria da Luz Andrade Reis BrazãoRaquel Maria Silva de Sousa TranquadaMarizela Gomes da Costa Freitas

Membros Consultivos do Conselho RegionalJosé Manuel Freitas Morna RamosLuísa Maria de Oliveira Camacho

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115Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

TIVIDADES LÚDICAS E CULTURAIS.Vamos por isso, promover exposiçõesde: pintura, escultura, fotografia, etc.,de colegas preferencialmente da Re-gião, mas também de colegas do Con-tinente e dos Açores.

6 – Prometemos DIGNIFICAR a nossaprofissão, tentando resolver os nossosconflitos em «sede» própria e não atra-

vés dos media. A nossa profissão por sijá é muito exposta à opinião pública,razão pela qual tentaremos que tudo oque diga respeito ao exercício da me-dicina seja resolvido dentro de «casa».

7 – À medida que fomos passando pe-los vários Serviços, foi-nos transmiti-do pelos nossos colegas que devíamoster uma SEDE mais condigna.

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Madeira, Lista A

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Madeira, Lista B

PROGRAMA DE ACÇÃO

VOTA POR TI,PARA O BEM DE TODOS

Caros Colegas,

Cá estamos para o nosso

COMPROMISSO COM OS MÉ-DICOS

COMPROMISSO COM A SOCI-EDADE

COMPROMISSO COM OS DO-ENTES

Porque entendemos que é precisooutro rumo para a Ordem e porquefomos convidados a indicar esse rumo.Não querendo fugir a este novo desa-fio e, depois de auscultarmos várioscolegas sobre esta missão, dos quaisalguns viriam a fazer parte da nossacomissão de apoio, achamos que te-mos legitimidade para avançar. Por vós.Ao darmos este passo, queremos de-fender a nossa classe e todos os seusmembros sem excepção. De maneiradiferente, através de uma melhor arti-culação entre todos, exigindo melho-res condições de trabalho que permi-tam uma melhor prestação de servi-ços junto da sociedade e o reconheci-mento desta pelo nosso trabalho. Eserá com a prossecução destes doispressupostos, que promoveremos, ne-cessariamente, uma maior e melhor

O nosso compromisso é modernizara actual sede e informatizá-la, tornan-do-a mais aprazível.

Isto é, o que em traços gerais, este gru-po se propõe assumir com os colegas,com os doentes e com o que nos ro-deiam, mantendo uma atitude crítica eindependente de qualquer Organismopúblico ou privado.

CONSELHO MÉDICO DA REGIÃOAUTÓNOMA DA MADEIRA

Mandatário: Martim DinizDelegado: Fernando Jasmins

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Margarida SoteroVice-presidente: Eugénio Mendonça1.º Secretário: Filipa Capelinha2º Secretário: Ema Freitas

Conselho DistritalPresidente: Pedro RamosVogais: Gil Bebiano

Luís JasminsAntónio BrazãoHorácio Paulo

Membros Consultivos do Conselho RegionalAmélia CavacoNuno Rodrigues

relação com os doentes, com os quaisinteragimos diariamente, e que são oobjectivo principal do nosso desem-penho.Naturalmente que, atingidos estescompromissos, teremos uma Classereforçada, os médicos serão reconhe-cidos e os doentes serão sempre os

principais beneficiados, pois puderamaceder ao exercício de uma medicinade qualidade, realizada por profissio-nais competentes e com condições detrabalho ideais.A nossa missão é dar um contributoválido para o desenvolvimento da saú-de na Região nos próximos anos. Com

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116 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

a ajuda e participação activa de todos,pois todos nós temos esta responsa-bilidade. Será um contributo que sepretende apelativo, participativo,motivador, interventivo e responsávelem todas as áreas que consideramosessenciais. Áreas, que têm sido objec-to de conversa nas várias visitas quetemos promovido nos serviços de saú-de e nas quais temos notado, com sa-tisfação, uma grande receptividade detodos.Assim, no nosso entender, caberá àOrdem:- Defender, promover, colaborar e con-tribuir com as suas acções e iniciativaspara uma gestão adequada dos recur-sos existentes;- Regular e certificar a formação e di-ferenciação técnica dos seus profissi-onais, sempre de acordo com os seusobjectivos e no seu interesse e, tam-bém, no das instituições, com o objec-tivo de possibilitar o aparecimento deunidades de saúde de referência quepermitam, posteriormente, novos con-tactos e o estabelecimento de proto-colos de actuação conjunta. Assim, adiferenciação dos próprios serviços desaúde, objectivo que deve estar sem-pre na mente de todos, deverá fazer-se de forma ordenada, sem atropelose evitando que ao longo do tempo osmédicos exerçam sempre a mesmaactividade;- Promover a defesa de valores comomotivação, qualidade, rapidez e confor-to, inerentes ao desempenho dos seusprofissionais;- Motivar os médicos e as instituiçõesligadas à saúde para a criação, a curtoprazo, de condições que conduzam,por um lado, à necessária formação dosmédicos e, por outro, à canalização derecursos financeiros para a aquisiçãode novas tecnologias que permitam oinício de novas actividades, aindainexistentes;- Exigir a presença activa dos médicosna elaboração funcional do novo Hos-pital, pois um funcionamento correctoe ajustado desta nova unidade às neces-sidades da população dependerá muitoda participação dos seus profissionais;- Pugnar pela interacção correcta e au-

tónoma com as outras Ordens, demodo a desempenhar um papel cívicocada vez mais influenciador dos bonshábitos de vida, com reflexos positi-vos para a população, mantendo aespecificidade e o papel de cada umadelas, evitando assim que o conflitopossa acontecer no decurso do de-sempenho das suas actividades;- Promover uma melhor e mais rápidaarticulação entre os médicos damedicina hospitalar e da medicina fa-miliar, de modo a melhorar a nossaprestação ao nível dos cuidados secun-dários e, também, dos cuidados primá-rios, para que o doente não se sintanunca desprotegido e abandonado;- Defender um Serviço Regional deSaúde que permita a personalização,a facilidade de acesso, a rapidez deatendimento, o conforto, a possibilida-de de resolver todos os problemasnum só local e, ainda, a possibilidadede interacção durante a prestação decuidados;- Defender a estratégia e o desenvol-vimento de unidades especializadaspara áreas como a da saúde da mulher,da oncologia, da saúde do idoso, dasaúde da criança, da medicina despor-tiva, dos cuidados paliativos, dos cuida-dos continuados, das doenças cardio-vasculares e das doenças metabólicas;- Promover na Região, uma recepçãocorrecta, digna e esclarecedora dosnovos internos realçando a importân-cia da sua chegada para o contínuodesenvolvimento dos serviços e dasinstituições regionais.- Promover a criação do Dossier doInterno, um manual de informaçõessobre serviços, centros de saúde, mapade vagas provisório, indicação das ac-tividades da instituição, informações decarácter jurídico que, no seu todo, irãopermitir uma melhor integração dosnovos internos na vivência das insti-tuições. Para além deste dossier, pre-tende-se que as suas actividades se-jam conhecidas por todos, através daconcessão de uma página de interven-ção na revista ISLENHA;- Acompanhar os novos desenvolvi-mentos sobre as carreiras médicas,defendendo sempre, de forma incon-

dicional, a sua implementação de modoa evitar o esvaziamento dos serviços,o desinteresse dos médicos pela suaactividade, formação e diferenciação;- Defender de uma forma acérrima oacto médico e lutar, intransigente-mente, pela sua promulgação de modoa evitar conflitos com outros actosrelacionados com a saúde, só possíveispela indefinição que existe actualmen-te e que tem contribuído para prejudi-car a prestação de serviços aos utentes;- Dar especial atenção aos novos con-tratos de trabalho e remuneraçõesdos vários médicos na medicina públi-ca e privada, procurando evitar o apa-recimento de situações de injustiça eaproveitamento dos profissionais desaúde por parte das instituições;- Acompanhar o desenvolvimento daUniversidade na Região, e promovermedidas que permitam uma maior par-ticipação por parte dos médicos e dasua classe, de modo a criar de formacontinuada alicerces cada vez mais for-tes que possibilitem o natural cresci-mento e desenvolvimento da licencia-tura em Medicina na Região só possí-vel com o trabalho competente e res-ponsável dos médicos;- Promover e assegurar aquilo que pa-rece ser um sonho de todos nós, acriação de uma nova Sede, um novoespaço, digno e representativo da clas-se, que nos dê a necessária autono-mia, permitindo a realização de encon-tros profissionais e, também, sociais.Uma casa aberta à sociedade, um es-paço de debate e convívio são, dandoa ver outras competências dos nossosmembros (literatura, pintura, escultu-ra, entre outras);- Acompanhar detalhadamente a evo-lução de assuntos periclitantes para aclasse como são os casos da conven-ção, instrumento político nas mãos doGoverno, e que tem contado, até ago-ra, com a participação dos médicos edo desenvolvimento que a medicinaprivada irá ter na Madeira nos próxi-mos anos. A Ordem deve estar atentanão só ao que se passa na Região mastambém aos novos modelos imple-mentados noutros pontos do País, ana-lisando-os e, caso os entenda viáveis,

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Madeira, Lista B

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117Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

propor a sua adaptação ou imple-mentação;- Promover a possibilidade de parceri-as público-privadas, que evitem arealização de viagens desnecessáriaspara os doentes, e ainda, a criação deum Seguro Autonómico Regional,que permita a recuperação de algumasverbas por parte da tutela, mas aomesmo tempo garanta a manutençãode uma medicina de qualidade;- Dinamizar a Revista da Ordem –ISLENHA – assegurando a divulgaçãojunto dos médicos, em tempo útil, deinformações de carácter profissional,jurídico, social, cultural, de âmbito re-gional, nacional e internacional;- Ainda em relação à revista, a garantiada sua publicação ininterrupta, com umaperiodicidade de 4/4 meses durante opróximo triénio, já foi oportunamenteassegurada através do contacto comuma única empresa que ficará incumbi-da de gerir todos os patrocínios;- Criar um novo e renovado Gabine-te do Utente, virado única e exclusi-vamente para o exterior onde osutentes possam ser informados de tudoo que se passa na Região em termos desaúde, ao nível da medicina familiar ehospitalar e que permita o surgimento

de uma nova relação médico-utente emáreas que os mesmos considerem im-portantes. Este deverá ser de apoio, deacesso fácil, de atendimento personali-zado e se possível de resposta rápidade acordo com as situações;- Criar um novo e dinâmico Gabine-te Jurídico, virado para a defesa daclasse de uma forma mais representa-tiva e segura, que transmita confiançaaos seus membros, e formado por pro-fissionais com experiência na gestãode assuntos relacionados com a ética,deontologia e conflito;- Defender em todos os actos médi-cos, a ética e a deontologia da nossaacção e actuar de uma forma exem-plar e disciplinar, sempre que estesvalores não sejam o esteio da nossaactividade médica;- Estimular e promover a criação demais estudos epidemiológicos e derastreio na Região, com os vários agen-tes responsáveis, desenvolvendo eaproveitando as características espe-ciais da mesma, considerada como umbom laboratório de investigação, ain-da não devidamente aproveitado;- Estabelecer uma nova relação com acomunicação social, promovendorelações de ética, de imparcialidade e

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Madeira, Lista B

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Oeste, Lista A

1. A nossa candidatura surge da con-vicção de que, numa altura em que im-portantes mudanças ocorrem, e se pre-param, na área da saúde, é possível enecessário que a Ordem dos Médicosassuma, junto de todos nós, um papelde maior proximidade, mais actuantee consequente, deixando de ser umaentidade sentida como distante e ine-ficaz pela maioria dos médicos, quemantêm com a sua Ordem uma rela-ção que se limita ao pagamento obri-gatório de quotas.2. Entendemos que a Ordem dos Mé-dicos, no estrito cumprimento das suasdisposições estatutárias, pode e deveactuar, de forma mais credível e visível,

PROGRAMA DE CANDIDATURA para o Distrito Médico do Oeste

«A diferença é sermos diferentes»na defesa dos médicos e dos doentes,que não se limite a questões éticas edeontológicas ou ligadas à formação ereconhecimento de habilitações, masque se traduza numa presença real einterventora em todos os domínios danossa actividade profissional.3. No momento presente, pensamosque a Ordem dos Médicos deverá terpor objectivos principais da sua activi-dade, nomeadamente, os seguintes:a) a defesa do Serviço Nacional de Saú-de e das Carreiras Médicas, como ele-mentos fundamentais para a qualida-de da medicina praticada e para a saú-de dos portuguesesb) a valorização do exercício da medi-

cina privada como sector igualmenteimprescindível na construção de umsistema equilibrado de prestação decuidados de saúdec) a defesa dos médicos, e da qualida-de do seu exercício profissional, nasrelações contratuais estabelecidas, in-dividual ou colectivamente, com enti-dades públicas e privadasd) a defesa dos doentes e dos médi-cos no âmbito de reorganização e/oureestruturação de serviços de saúdeno sector públicoe) a defesa da qualidade da formaçãomédica, pré e pós-graduada, e o acom-panhamento sistemático da forma econdições concretas em que esta se

respeito para com a Classe, garantin-do a defesa dos colegas sempre quetais princípios sejam atropelados. AClasse tem de ser respeitada, mas paraque tal aconteça, é necessário, também,que todos, sem excepção, sejam capa-zes de se fazer respeitar, promovendoe assegurando comportamentos e ati-tudes dignos da nossa Classe;Em suma, pretendemos promover egarantir um aumento crescente da pro-dutividade e da qualidade, com umaboa gestão e racionalização dos recur-sos existentes.Queremos motivar, queremos cativar,queremos estar sempre perto de vós,assegurando a defesa dos nossos di-reitos e o cumprimento dos nossos de-veres.Queremos actuar, queremos ser dinâ-micos, queremos inovar, mas só com acolaboração de todos os colegas con-seguiremos atingir os nossos objecti-vos e cumprir a missão de ver devida-mente reconhecida a nossa Classe.

SÃO ESTES OS NOSSOS PRO-PÓSITOS.SÃO ESTES OS NOSSOS COM-PROMISSOS.SEMPRE, POR VÓS.

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118 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

desenvolve, apoiando, neste sentido,internos e orientadores de formaçãof) a colaboração com os SindicatosMédicos para a resolução de questõesem que a Ordem possa intervir posi-tivamente, como seja, por exemplo, aregularização das dívidas acumuladasa milhares de médicos, referentes àprestação de trabalho extraordináriog) uma intervenção responsável e sis-temática com vista a restaurar o pres-tígio dos médicos e das instituições queos representam, contrariando, e des-mentindo de forma objectiva e credível,sucessivas campanhas demagógicas ecaluniosas de que temos sido alvoh) pugnar pelo direito de livre escolhado médico pelo doente, ultrapassan-do as limitações actualmente ineren-tes ao funcionamento do Serviço Na-cional de Saúde

4. Neste sentido apoiamos inequivo-camente a candidatura a Bastonário doDr. Miguel Leão, cujo programa subs-crevemos, bem como a candidatura aoConselho Regional do Sul da lista lide-rada pelo Dr. Manuel CarvalhoRodrigues.

5. Somos uma candidatura de pessoascoerentemente solidárias em torno deobjectivos profissionais, dispostas a daro contributo do seu trabalho, e do seuempenhamento, para as mudanças quejulgamos necessárias na actividade eorientação da Ordem dos Médicos.Não somos, nem apoiamos, uma can-didatura construída e definida por ob-jectivos político-partidários, ou umacandidatura de pseudo-unidade emque, numa espécie de frentismo abs-truso, os seus membros se apresen-tem como solidários durante metadedo tempo e adversários durante a ou-tra metade. Ao contrário, julgamos queeste é, justamente, o tipo de atitudesque a Ordem dos Médicos não preci-sa e que, sobretudo, acrescentam odescrédito dos seus órgãos dirigentesjunto da generalidade dos colegas.

6. Para além dos aspectos programáticosde princípio já enunciados, e do apoioaos programas das candidaturas referi-das, propomos, como objectivos especí-ficos para o Distrito Médico do Oeste:a) revitalização da presença e activida-

de da Ordem no Distrito, proporcio-nando a comunicação e troca de ex-periências entre colegas que possacontribuir para a melhoria das condi-ções do seu exercício profissional epara a resolução de problemas comunsb) pugnar pela transparência e facili-dade na comunicação entre os médi-cos e os órgãos dirigentes da Ordem,começando pela publicação das con-tas referentes à presente candidaturac) acompanhamento permanente deeventuais alterações de fundo na estru-tura, funcionamento e natureza dos ser-viços, e suas consequências para médi-cos e doentes, nomeadamente no quese refere à Urgência do Hospital dePeniche, deslocação de valências entreeste hospital e o Centro Hospitalar deCaldas da Rainha, e a passagem a EPEdo Centro Hospitalar de Torres Vedrasd) em conjunto com os colegas que osolicitarem, inventariação de carênciasrelativas à prestação de cuidados mé-dicos, nos hospitais e Centros de Saú-de do Distrito, e proposta de soluçõese) realização de auditorias aos serviçose às instituições, no sentido de detec-tar eventuais limitações no seu funcio-namento e na actividade médica, eapresentar propostas de melhoriaf) apoio a médicos e unidades funcionaisna implementação de novas técnicas emetodologias, de acordo com as neces-sidades dos doentes e o estado da Arteg) acompanhamento da progressiva

implementação de contratos individu-ais de trabalho, e apoio aos médicosna sua celebração, e no exercício dasua actividade profissional nas condi-ções daí decorrentesh) defesa do sistema de convenções,como forma de suplementar carênci-as da actividade assistenciali) prestar todo o apoio que seja solicita-do às Unidades de Saúde Familiar já exis-tentes ou a criar, bem como aos colegasde Medicina Geral e Familiar não inte-grados nestas unidades, com vista a con-tribuir para a resolução da situação devários milhares de utentes ainda semMédico de Família no nosso Distritoj) desenvolver acções, e apresentarpropostas, no sentido de melhorar acomunicação e as formas de trabalhoem conjunto entre médicos hospitala-res e dos Centros de Saúdek) actuar, em colaboração com os Sin-dicatos Médicos, no sentido da regula-rização do pagamento das dívidas aosmédicos, referentes à prestação de tra-balho extraordinárioI) criar no Distrito a figura da Pro-vedoria de Saúde, actuando junto doConselho Distrital, no sentido de emi-tir pareceres e fazer propostas ou re-comendações, sempre que solicitadoou por iniciativa própria

A Delegada da Candidatura

Dra. Ana Costa

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Oeste, Lista A

DISTRITO MÉDICO DO OESTE

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado da Candidatura: Ana Maria Silva Costa Rosa

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Horácio Manuel Neves Raposo LopesVice-Presidente: Henrique Carlos Moita Teixeira1º Secretário: Isabel Maria Azevedo Ramos2º Secretário: Joana Martins Louro

Conselho DistritalPresidente: Nuno Lima Santa Clara da CunhaVogais: António Rafael Nicolau Gomes

José Julião Sarmento Figueiroa RegoMaria do Rosário Mendes da Costa Mendonça SantosPaula Cristina Brandão Alves

Membros Consultivos do Conselho RegionalAna Maria Pipa de Matos da Costa MonteiroPedro Dinis Madeira Coito

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120 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Oeste, Lista B

«MAIS ORDEM NA SAÚDEA resposta às ameaças daactual política de saúde»

Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista B, candidata aos Órgãos

Regionais da Secção Regional do Sul.

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Portalegre, Lista A

1. Criação de uma Sede Distritalda Ordem dos Médicos, constitu-indo este, o principal objectivo da nos-sa candidatura, pois é um desejo anti-go dos médicos do Distrito de Porta-legre, a posse de um espaço onde sepossam encontrar para reunir, conver-sar e discutir os seus problemas e asquestões da Saúde em geral.

2. Pugnar em todas as situaçõespelo respeito e manutenção dascondições necessárias para o

Programa da Candidatura

exercício da Medicina, no nossoDistrito, em todas as suas valênciase atendendo às diferentes especifi-cidades de cada Especialidade Mé-dica.

3. Defesa do Serviço Nacional deSaúde, exigindo a sua manutenção econsequente investimento público, deforma a responder às necessidades desaúde da população do Distrito dePortalegre, já de si muito carenciadasocial e economicamente.

4. Organização de debates, pales-tras e fóruns sobre questões do in-teresse dos médicos do Distrito dePortalegre.

5. Envidar todos os esforços paraque o próximo Bastonário daOrdem dos lVIédicos, eleito no su-frágio que se avizinha, visite o Distri-to Médico de Portalegre, podendoassim constatar os problemas da nos-sa classe, num dos distritos demogra-ficamente mais exigentes do país.

aos Órgãos Distritais do Distrito Médico de Portalegre da Lista que apresenta

como Mandatário o Dr. João Alberto Ferreira Rodrigues Pena.

Mandatário: António Manuel da Silva Pereira CoelhoDelegado da Candidatura: Ana Paula Barreiros Tavares

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: António Marques Gonçalves CuradoVice-Presidente: Rui Manuel Félix Mota Araújo1º Secretário: Rosa Maria Ferreira Pessoa de Amorim2º Secretário: António Manuel Santos Martins

Conselho DistritalPresidente: Ana Paula Ferreira BrancoVogais: Maria Clara Mateus Ferreira Nobre

Maria Manuela Teixeira Pinto Roubaud AlvarezOsvaldo Sérgio Gouveia ParreiraPaula Helena Neves Vila Verde Apolinário

Membros Consultivos do Conselho RegionalAntónio Pedro Quintans de SoureMaria Leonor Lopes Ribeiro Horta Salvo

DISTRITO MÉDICO DO OESTETal como a Lista B de candidatura aosórgãos regionais da Secção Regional doSul, defendemos uma resposta firme àsameaças da actual política de saúde.

Pugnamos pela autonomia profissionale pela auto-regulação e por uma for-mação médica em que os internos te-nham direito a aceder ao melhor trei-no.

Defendemos igualmente uma políticaque coloque os médicos no centro dasreformas, em defesa dos doentes.

Neste âmbito é essencial uma nova cul-tura institucional, que consagre a elei-ção dos directores clínicos, entre ou-tras medidas, na defesa das quais colo-caremos todo o nosso empenho.

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121Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Santarém, Lista D

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Portalegre, Lista A

Somos um grupo de médicos que seorganizou para apresentar uma listapara as eleições que decorrerão emDezembro para o Conselho Distritalde Santarém da Ordem dos Médicos.Fazemo-lo porque achamos que asreformas profundas pelas quais a Saú-

Programa de acção

da lista candidata ao

Conselho Distrital de

Santarém da Ordem

dos Médicos que apre-

senta como candidato a

presidente do Conselho

Distrital o Dr. José An-

tónio da Costa Salgado

Por uma Ordem Forte, Unidae Representativa

DISTRITO MÉDICO DE PORTALEGRE

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado da Candidatura: José Pedro Canelas Ladeira de Figueiredo

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Daniel António de Frias DiasVice-Presidente: Vitor Manuel Barbosa da Silva1º Secretário: Maria Paula Falcão Moreno Pinheiro2º Secretário: Miguel Angel Fernandez Romero

Conselho DistritalPresidente: António Jaime Correia AzedoVogais: João Manuel Baptista Carvalho

António Manuel Bailão Pinto de SousaJoão Fernando Sena Martins TransmontanoHugo Chichorro e Silva Capote

Membro Consultivo do Conselho RegionalFernando Manuel Pinto de Pádua

DISTRITO MÉDICO DE SANTARÉM

Mandatário: José Manuel Gonçalves NogueiraDelegado da Candidatura: Filipe Manuel Mendes Rosas

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: António Júlio Pinto CorreiaVice-Presidente: Alberto Manuel Sampaio Borges de Sousa1º Secretário: Jorge Manuel Silva Santos Justo2º Secretário: Victor Manuel Pereira Bezerra

Conselho DistritalPresidente: José António da Costa SalgadoVogais: António Manuel Ferreira Soares

Margarida Isabel Dias EstrelaMaria Antonieta Baião Costa CabralRuth Cláudia Fernandes de Figueiredo Lopes

Membros Consultivos do Conselho RegionalCarlos Eduardo Baptista da Piedade NoronhaErmelinda Júlia Rodrigues GonçalvesRita Isabel Inácio MateiroRosa Maria Ferreira Mesquita Feliciano

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122 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

de em Portugal tem passado nos últi-mos anos têm gerado incertezas e re-ceios no seio da classe médica pare-cendo haver da parte dos nossos re-presentantes atitudes, que eventual-mente por deficit de comunicação, pa-recem titubeantes.Não nos candidatamos contra ninguémporque acreditamos que entre os mé-dicos não há inimigos, mas achamos quetem sido dada pouca importância aosDistritos Médicos e à auscultação dossentimentos e expectativas dos cole-gas, principalmente aqueles que vivemfora dos grandes centros de influência.Assim propomo-nos, se os Colegas nosderem a vossa confiança, funcionarcomo porta voz dos Médicos do Dis-trito Médico de Santarém, fazendocom que sejam ouvidas pelos ÓrgãosDirigentes da Ordem a nível regionale nacional que saírem das eleições de12 de Dezembro, as preocupações dosmédicos do Distrito.Foi nosso desejo que desta lista fizes-sem parte médicos de todas as zonasdo Distrito Médico, que vai desde oconcelho de Vila Franca de Xira até aode Mação, das diferentes áreas profissi-onais – médicos de Medicina Familiar eHospitalares e dos vários graus das car-reiras – internos, assistentes hospitala-res e chefes de serviço, num painel ver-dadeiramente representativo, coexistin-do pessoas já com experiência nestaslides com outras que nunca o fizeram.

Existem no nosso grupo pessoas queprivilegiam o trabalho em serviços doSNS, outros que o fazem mais na prá-tica privada e outros que repartem asua actividade entre o público e o pri-vado.Serão pontos importantes que tere-mos em atenção para além do que jáatrás dissemos, a situação de progres-siva fragilização do Serviço Nacionalde Saúde, a indefinição no que concer-ne às carreiras médicas que poderátrazer consequências funestas princi-palmente para os médicos mais jovense a subalternização do papel dos mé-dicos nas decisões sobre a saúde e nagestão das unidades de saúde que podecorporizar-se, por exemplo no condi-cionamento nas prescrições por razõesexclusivamente económicas ou noutrasameaças à boa prática médica.Temos consciência que a influência nosÓrgãos Dirigentes de um DistritoMédico nestas áreas é reduzida, e até,a existente, minimizada, mas tentare-mos que seja dada continuidade a pro-postas de alterações estatutárias quedêem aos Médicos dos Distritos idên-ticas oportunidades, responsabilidadese poderes decisórios que as de outrosÓrgãos DirigentesNuma lógica mais local propomo-nosdinamizar ou apoiar acções concretasde formação médica, com principalênfase naquelas que nos podem tor-nar mais aptos nos novos desafios que

se colocam à profissão, nomeadamen-te na aquisição de perícias nas áreasda organização e gestão de serviços e/ou unidades de saúde.Pensamos que poderemos também terum papel dinamizador de iniciativas deíndole social e lúdica que permitamcriar e consolidar laços entre os mé-dicos do Distrito.Pretendemos também tornar mais sig-nificativo o peso do nosso distrito mé-dico promovendo e accionando aactualização de moradas de forma aque todos os que cá residam estejamaqui registados e não em Lisboa, Coim-bra ou Porto dando assim mais legiti-midade às nossas propostas junto dosÓrgãos Regionais e Nacionais.Tentaremos também com a colabora-ção de todos dar os primeiros passospara a construção de uma Casa doMédico do Distrito Médico de Santa-rém ou eventualmente concertarmosesforços com outras estruturas da OMpara um projecto mais alargado para aRegião de Lisboa – Norte, Oeste e Valedo Tejo.Seguramente que as razões que nosmovem nesta candidatura se prendemcom o desejo de unir os médicos emtorno de interesses comuns e de osrepresentar de maneira ponderadamas firme, sem radicalismos mas comtenacidade, por isso se pudermos con-tar com o vosso apoio, poderão con-tar com o nosso empenho.

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Santarém, Lista D

COMPROMISSOS DE CANDIDATURA E PROGRAMA DE ACÇÃO

DEFENDER E UNIR OS MÉDICOS

Defender o Serviço Nacional de Saú-de e promover a diferenciação técnicaeprofissional dos Médicos através dasCarreiras Médicas.

Programa de Acção da lista Candidata aos Órgãos Distritais de Setúbal da

Ordem dos Médicos para o triénio de 2008 / 2010 que tem como Mandatário

o Dr. João Alberto Rodrigues Pena e candidato a Presidente da Mesa

daAssembleia Distrital a Drª Beatriz Craveiro Lopes .

Apoiar e subscrever o programa dacandidatura regional que apresentacomoMandatário o Dr. João AlbertoRodrigues Pena.

Apoiar e subscrever o programa decandidatura a presidente da OrdemdosMédicos, do Dr. Miguel Jorge San-tos Oliveira Ferreira Leão.

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Setúbal, Lista A

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123Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

DISTRITO MÉDICO DE SETÚBAL

Mandatário: João Alberto Ferreira Rodrigues PenaDelegado da Candidatura: Eduardo Jorge Pereira de Almeida

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: Maria Beatriz da Conceição Pereira Gomes Craveiro LopesVice-Presidente: Isabel Nunes Ribeiro1º Secretário: Carlos Manuel Coutinho Ribeiro da Costa2º Secretário: José Paramés Gomez

Conselho DistritalPresidente: António Paramés GomezVogais: Daniel Pires Paiva Travancinha

Orlando Caetano CordeiroAnabela da Assunção Bitoque Rodrigues TabordaJoão Carlos Paiva Sarreira Lopes

Membros Consultivos do Conselho RegionalÂngela Maria Machado Moreira QueijoRui Júlio Brites LebreAlcides Horácio PereiraSofia Sequeira de AlmeidaPedro Miguel de Oliveira Antunes CordeiroCarlos José Clara dos SantosPaulo Fernando Ferraz Marques Dourado

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Setúbal, Lista A

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Setúbal, Lista B

PROGRAMA de CANDIDATURAaos CORPOS SOCIAIS

da SECÇÃO DISTRITAL de SETÚBAL da ORDEM dos MÉDICOS

l) – PREÂMBULO

O nosso país continua envolto numagrave crise económico-financeira quese faz sentir, entre outros, muito espe-cialmente no sector da Saúde. De en-tre as suas principais causas e conse-quências, deveremos destacar os se-guintes aspectos:• Sub-financiamento crónico do SNSdirectamente pelo próprio Estado, e atentativa progressiva de alienar as res-

Lista Concorrente:

Unir a Classe, Motivar a Participação dos Médicos, e Promover a Prática de

uma Medicina de Qualidade ao Serviço dos Cidadãos e da Sociedade

ponsabilidades assistenciais para osoutros sectores, provocando umêxodo de médicos para os mesmos euma dificuldade crescente dos restan-tes poderem corresponder às exigênci-as decorrentes da prática de uma medi-cina de qualidade, humanizada, etica-mente correcta, capaz de satisfazer asnecessidades efectivas das populações;• escassez de médicos nalgumas espe-cialidades, a sua má distribuição terri-torial e a elevada média etária;

• coexistência de vários sub-sistemasde saúde com um SNS alegadamenteuniversal e tendencialmente gratuito;• diversos regimes jurídicos de admi-nistração do sector público hospitalarainda não convenientemente avaliadospor entidades isentas e competentes;• gestão administrativa entregue, cada vezmais, a pessoas sem qualquer experiênciaprofissional na área da Saúde e preocupa-das, essencialmente, no cumprimento deobjectivos de forte pendor economicista;

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124 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Setúbal, Lista B

DISTRITO MÉDICO DE SETÚBAL

Mandatário: João Luís da Silva SequeiraDelegado da Candidatura: Miguel Eusébio Lopes de Sousa

Mesa da Assembleia DistritalPresidente: António Alberto Sancho TrabuloVice-Presidente: Anita da Conceição Birrento Vilar1º Secretário: Manuel Pedro dos Santos Rodrigues Pereira2º Secretário: Manuel Joaquim de Alcobia e Sousa

Conselho DistritalPresidente: José Manuel Domingues PoçasVogais: Ana Paula Lino Luís Negrão

Carlos José Ramos de Sousa MonizLina Maria GuardaMário Duarte Parreira Rosa

Membros Consultivos do Conselho RegionalAurora Maria Gato PintoFilipe Fernando da Cruz InácioFilomena Maria MalveiroJorge Manuel Coelho do Espírito SantoJorge Ribeiro Marques de FreitasMaria Irene Martins MendesMaria da Luz Carvalho dos Santos Pereira

• tentação política de entregar algunsdos centros de saúde a profissionaisalheios à especialidade de medicinageral e familiar, e coexistência de vári-as modalidades organizativas dentro dosistema público;• indefinição quanto ao que se prendecom o papel a ser desempenhado pelaEspecialidade de Saúde Pública naconcretização das metas politicamen-te definidas para o sector, tentandoantes promover a sua desagregação emtermos da hierarquia funcional aos ní-veis local e regional, e assim retirar-lhe capacidade para desempenhar opapel fulcral que deveria ter;• assumir uma visão estratégica em ter-mos de dicotomia alternativa, privile-giando a vertente assistencial em de-trimento da prevenção, quando sedeveria antes optar por aprofundar arelação entre ambos os sectores, dadoserem igualmente importantes, inseri-dos então num projecto de coopera-ção inter-sectorial para concretizarobjectivos que são complementares enão concorrentes entre si;• falta de transparência e veracidadenos dados divulgados pela tutela rela-tivamente aos resultados efectivamen-te obtidos, de que as Listas de Esperapara Cirurgia Oncológica são um re-cente e eloquente exemplo, provocan-do um alarmismo infundado junto dapopulação e visando indirectamentedenegrir a imagem pública das insti-tuições e dos seus profissionais;• esvaziamento dos poderes atribuídosaos Directores de Serviço, a quem alegislação só virtualmente pretendeudignificar na sua prática quotidiana ena capacidade para definir as suas es-tratégias de desenvolvimento;• acentuada falta de alguns recursoshumanos fundamentais (enfermeiros,auxiliares de acção médica, técnicosespecializados e secretariado clínico);• falta de meios técnicos e ausência deuma gestão credível que permitam anecessária melhoria da qualidade e daprodutividade, nomeadamente atravésda tão propalada optimização da capa-cidade instalada;• desadequação de muitas das instala-ções de unidades prestadoras de cuida-

dos de saúde aos fins a que se destinam;• reduzida sensibilidade para as importan-tes áreas da formação pré e pós gradua-da, bem como para a investigação clínica.

Paralelamente, é preocupante consta-tar a existência de uma acentuada eprogressiva desmobilização de vastossectores da classe médica relativamen-te aos problemas da Saúde, sobretudopor parte dos mais jovens, situação queé preciso combater, até porque novase preocupantes realidades o exigem.

A título de exemplo, são de referir:• as tentativas do poder político deinviabilizar o SNS e de extinguir as Car-reiras Médicas;• a precarização dos vínculos contra-tuais às mais diversas entidades patro-nais, a começar pelo próprio Estado;• a vontade de implementar um siste-ma de avaliação e de incentivos aindaobscuro quanto aos seus aspectos maispráticos de aplicação, mas que se temeque fomente fortemente a contesta-ção à hierarquia dos serviços e pro-

mova alguma arbitrariedade na diferen-ciação entre os seus elementos, bemcomo a sua consequente desagregação;• a vontade mais ou menos explícitade transformar progressivamente todaa classe num vasto conjunto de assala-riados vulneráveis;• a tendência para pôr em causa a au-tonomia técnica e hierárquica das trêscarreiras da nossa profissão (hospitalar,medicina geral e familiar, e saúde públi-ca) e de implementar uma ilógica su-bordinação recíproca em detrimento deuma saudável inter complementaridade;• o anúncio da (pseudo)profissiona-lização das urgências sem pelo menosse instituir previamente a respectivaespecialidade, com o objectivo únicode poupar dinheiro a qualquer preçoe não olhando minimamente aos reaisimpactos assistenciais desta demagó-gica medida;• o estímulo à criação nefasta de umabolsa crescente de médicos não espe-cialistas contrária às directivas comu-nitárias, mas servindo objectivamenteo propósito de contratar mão-de-obra

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126 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Setúbal, Lista B

ao mais baixo custo sem se importarminimamente com a qualidade dos ser-viços prestados;• a visão deturpada da função dos in-ternatos médicos, segundo a qual o ob-jectivo subjacente é criar um conjun-to de médicos com uma cultura pre-dominantemente individualista da suapraxis profissional e com uma remu-neração completamente desadequadaàs suas responsabilidades cívicas, for-mativas e assistenciais;• a concorrência cada vez maior decor-rente da integração política num espaçoeuropeu progressivamente mais amplo;• a ainda não homologação da lei doacto médico;• a insegurança futura quanto à efecti-va protecção na doença e na velhice;• os novos desafios nos domínios daética e da deontologia profissionaisinerentes ao vertiginoso desenvolvi-mento tecnológico e às novas realida-des sociológicas.

II) – PROGRAMA DE ACÇÃO

Confrontados com esta problemática,os médicos não podem ficar indiferen-tes. Lutar pela defesa das nossas con-vicções mais profundas é um verdadei-ro imperativo de cidadania. É pois nestecontexto preocupante que a presenteLista para a Distrital de Setúbal da OMentendeu candidatar-se e assumir, pe-rante os colegas deste problemáticodistrito, a defesa do que julga seremos mais legítimos interesses dos do-entes e dos profissionais. Neste âmbi-to, tudo fará para que os órgãos regio-nais e nacionais da Ordem tomem asmais adequadas decisões em tempoútil, dentro do seu âmbito próprio deacção e no respeito pela autonomia eespecificidade de outras estruturas daclasse (Sindicatos, Sociedades Cientí-ficas, Associações Profissionais de Car-reira, etc).

Paralelamente, assumimos o compro-misso de cumprir outros objectivospelos quais nos iremos bater e queconstituem o fulcro do nosso Progra-ma de Acção para o triénio 2008/2010,a saber:

• Continuar a pugnar por manter eaprofundar uma certa autonomia re-lativamente aos órgãos regionais e na-cionais, através de uma adequadadescentralização de algumas decisõesque envolvam problemas de índoleeminentemente distrital;• Continuar com a realização de umacerimónia anual de boas vindas aosnovos internos;• Continuar a realização periódica deCursos de Formação Pós – Graduada,bem como de Ciclos de Debates so-bre temas candentes que sirvam oobjectivo de informar, de suscitar a dis-cussão e de aproximar os médicosentre si, e destes aos Cidadãos e àSociedade;• Tentar prosseguir com o aperfeiçoa-mento e actualização do Livro Brancoda Saúde do distrito;• Continuar a incluir informação es-pecífica de âmbito distrital no site na-cional da Ordem dos Médicos, bem noJornal Medi.com e na Revista da OM;• Continuar a actividade relacionada como departamento de contencioso nosmesmos moldes de celeridade e isenção;• Continuar a divulgação das nossas ac-tividades, bem como do Relatório Anu-al, através de um mailing endereçado atodos os médicos do distrito, a ser dis-cutido e aprovado em reunião plenáriacom a necessária antecedência;• Continuar a representação da OMem todas as cerimónias ou estruturasde índole local em que seja pertinentee possível a nossa presença;• Continuar a colaboração com outrasassociações de carácter profissionalem assuntos de interesse comum, talcomo temos feito com a Ordem dosAdvogados;• Continuar a marcar presença nascerimónias anuais de apresentação dorelatório e contas do CRS, e de ho-menagem aos colegas com 50 anos deactividade clínica;• Prosseguir com os melhoramentospossíveis na actual Sede Distrital, vol-tando a considerar a hipótese de ad-quirir um novo espaço por troca como actual, dado este se ter revelado fre-quentemente desajustado à dinâmicaentretanto empreendida;

• Tentar trazer para o nosso Distritouma Casa do Médico;• Apoiar as iniciativas dos Órgãos Re-gionais e Nacionais que visem resol-ver os problemas atrás equacionados,respeitando sempre a independênciae as responsabilidades estatutárias decada um, bem como as particularida-des dos seus Programas de Acção. Atítulo de exemplo, citaríamos a oposi-ção firme à aplicação indiscriminada eobstinada de algumas medidas even-tualmente muito gravosas que se anun-ciam, tais como a mobilidade dos re-cursos humanos, o controlo electró-nico da assiduidade, ou as limitações àliberdade de prescrição (sobretudo naárea da inovação farmacológica), de-fendendo sempre o papel da OM nadefinição dos parâmetros inerentes àcorrecta aplicação das normas técni-cas adequadas para o exercício damedicina e manifestando a mais vivadiscordância pela descaracterização edesmantelamento do SNS que pereceestar a ser levado a cabo pelos actuaisresponsáveis do sector.

III) – DECLARAÇÃO FINAL

Confrontados com todas estas preo-cupações que urge ajudar a resolver,esta Lista decidiu contudo não decla-rar o seu apoio público e explícito anenhuma das candidaturas que even-tualmente se apresentem à eleiçãopara o Conselho Regional do Sul, nema nenhum dos candidatos a Bastonário,mau grado o momento particularmen-te difícil que atravessamos, quer paraa Saúde em geral, quer para a Classeem particular.Por um lado, por não nos identificar-mos o suficiente com as mesmas, maspor outro, por privilegiarmos umaconcertação nas acções a serem em-preendidas logo após o processo elei-toral em curso, com quem realmentevier a merecer a confiança da classe,cientes que a mobilização desta emtorno de objectivos consensuais nun-ca foi tão decisiva e, ainda, por estar-mos plenamente convictos de quetudo saberão fazer para viabilizarem onosso próprio Programa.

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127Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2007

Esta Lista resulta pois de uma renova-ção da que se candidatou ao triénioanterior e que ganhou a pugna eleito-ral então realizada. Compreende mé-dicos das três carreiras médicas (Hos-pitalar, Clínica Geral e Saúde Pública),bem como Internos de especialidadee médicos dos principais hospitais(HGO de Almada, HNSR do Barreiro,e CHS-HSB de Setúbal).O programa não difere muito do an-terior, dado que infelizmente uma par-te importante dos problemas se man-têm, se bem que estejamos segurosde que a maioria dos colegas reco-nhecerá que fizemos um acentuadoesforço para promover o empenha-mento da classe na discussão de as-suntos de inegável interesse profissi-onal ou cultural, bem como de uma

abertura à Sociedade que frequente-mente nos acusa de nos colocarmosnum pedestal e de nos escondermospor trás de uma linguagem pretensa-mente hermética e algo enigmática.Esta foi pois uma aposta inequivoca-mente ganha, razão pelo que prome-temos um renovado esforço de apro-ximação dos eleitos aos eleitores,através sobretudo de uma discussãopública dos problemas principais iden-tificados e no propósito de nos en-volvermos, não só na denúncia dasdificuldades, mas sobretudo na pro-cura das soluções que se vierem aidentificar como as mais adequadas.Declaramos ainda que, com esta eleição,se encerrará um ciclo, em que a respec-tiva Distrital de Setúbal da OM se teráque reformular ainda mais quanto à sua

composição no próximo processo elei-toral, dado que sempre encaramos esteexercício como um contributo neces-sariamente efémero, em que é funda-mental uma cíclica renovação de méto-dos, de programas e dos seus protago-nistas, uma vez que a alternância é a ver-dadeira essência da democracia em queacreditamos e que a Classe e a Socie-dade tanto necessitam.

Em suma, comprometemo-nos inequi-vocamente na defesa de uma medici-na de qualidade, cientes que só com aautonomia técnica de que a OM é oseu garante, este tão importantedesiderato para a Sociedade e os Ci-dadãos se poderá alcançar.

Setúbal, 2007/10/10

ELEIÇÕES 2008-2010Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Setúbal, Lista B

AAAAA G E N DG E N DG E N DG E N DG E N D AAAAAEVENTO: COMEMORAÇÕES DOS 80 ANOS DO SERVIÇO DE RADIO-TERAPIA DO IPOLXLOCAL: Auditório do instituto de Oncologia FranciscoGentilDATA: 22 a 24 de NovembroCONTACTO: Serviço de Radioterapia; tel: 21 720 04 54

EVENTO: VI JORNADAS DE CARDIOLOGIA DO SERVIÇO DE

CARDIOLOGIA DO HOSPITAL REYNALDO DOS SANTOS

LOCAL: Atlântico Golfe Hotel, PenicheDATA: 23 e 24 de NovembroServiço de Cardiologia do hospital reynaldo dos SantosTel. 263 285 826E-mail: [email protected]

EVENTO: VIII JORNADAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E RISCO

CARDIOVASCULAR DO HOSPITAL PEDRO HISPANO

DATA: 23 e 24 de NovembroCONTACTO: Instituto de Investigação e Formaçãocardiovascular

EVENTO: II JORNADAS DE DIABETES DO ALGARVE

LOCAL: VilamouraDATA: 29 de Novembro a 1 de DezembroCONTACTO: A.E.D.M.A.D.ATel: 289 872 373E-MAIL: [email protected]

EVENTO: I SEMINÁRIO SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE

TRANSMISSÍVEIS

LOCAL: Faculdade de Ciências da saúde – Universidadepessoa –PortoDATA: 28 de NovembroCONTACTO: Gabinete de Comunicação e Imagem ad fa-culdade; Rua Carlos da Maia, 296; 4200-150 Porto

EVENTO: 13ª REUNIÃO DE PNEUMOLOGISTAS DO HOSPITAL PULIDO

VALENTE

LOCAL: Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNECDATA: 29 de Novembro a 1 de DezembroCONTACTO: Departamento de Pneumologia do Hospitalpulido Valente; Tel: 21 754 80 00 – Fax: 21 754 82 15

EVENTO: V CONGRESSO LUSO-GOÊS DE MEDICINA E

CARDIOLOGIA

LOCAL: GoaDATA: 30 de Novembro e 1 e 2 de DezembroCONTACTO: Departamento Médico de CongressosTel: 21 358 43 80EMAIL: [email protected]

EVENTO: CURSO DE FORMAÇÃO DE ACTUALIZAÇÃO EM

UROLOGIA

LOCAL: BarcelonaDATA: 7 e 8 de DezembroCONTACTO: Grupo Português Génito-Urinário daE.O.R.T.C; Tel: 21 795 24 94