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comer para uma alimentação segura

Saber o que Comer para uma Alimentação Segura_PtBr.pdf

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  • comerpara uma alimentao segura

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    Estado de So Paulo: (ll) 4003-3906Rio de Janeiro e demais estados: (21) 3906-3800Saiba mais sobre as revistas da PROTESTE: www.proteste y.br

  • saber o que comer 3

    ndice

    Nos ltimos anos, tm surgido inmeras notcias relacionadas qualidade dos alimentos para consumo humano. Deixandode lado as mais sensacionalistas, o que sobra? Inmerasdvidas em relao ao que comemos. Com a ajuda desteguia, voc saber como fazer escolhas conscientes no que dizrespeito sua alimentao.

    Quem controla a segurana dos alimentos? 4 Rede de comunicao de alimentos 5 Riscos e ameaas 7 Higiene na cozinha 12 Os aditivos so txicos? 14 Intoxicaes alimentares: o que fazer? 19

    PROTESTE Associao de Consumidores Av. Lcio Costa, 6.420, saias 101 a 106 - Barra da TijucaCEP: 22630-013 RIO DE JANEIRO-RJ Tels. (11) 4003-3906 e (21) 3906-3800 www.proteste.org.brCoordenao editorial Ilustraes Reviso tcnica Depsito LegalAna Lcia Pra Javier Vazquez Fernanda Ribeiro 308452/10Coordenao de arte Diagramao Manuela Dias ISBNMarcus Vincius Pinheiro Deborah Curci Weberth Batista 978-85-98241-12-8Projeto grfico Impresso Tiragem DataManuel Estrada Design Grfica Na Presso 40 mil exemplares Maio/2014

    Esta publicao, no seu todo ou em parte, no pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo, eletrnico,mecnico ou fotogrfico, incluindo fotocpia, xerocpia ou gravao, sem autorizao prvia e escrita da editora.

  • 4 saber o que comer

    Quem controla asegurana dos alimentos?

    O objetivo garantir as aes de vigilncia sanitria de alimentos, bebidas,guas envasadas, seus insumos, suasembalagens, aditivos alimentares ecoadjuvantes de tecnologia, limites decontaminantes e resduos de medicamentos veterinrios. Essa atuao compartilhada com outros ministrios,como o da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, e com os estados e municpios que integram o Sistema Nacional deVigilncia Sanitria.

    A Anvisa possui aes de vigilncia sanitria quefiscalizam diversos alimentos que voc encontranas prateleiras dos supermercados.

    Na rea de alimentos, a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa) coordena, supervisiona e controla as ativida-des de registro, informaes, inspeo,controle de riscos e estabelecimento denormas e padres.

  • saber o que comer 5

    Rede de comunicaode alimentos

    Duas frentes da Anvisa trabalham para divulgarinformaes sobre as doenas transmitidas poralimentos, a fim de proteger os consumidores.

    O projeto Redes de Comunicao deAlimentos, coordenado pela Gerncia--Geral de Alimentos da Anvisa, envolveduas temticas:

    A ocorrncia de doenas transmitidaspor alimentos (DTA), reaes adversas,agravos, eventos e emergncias desade pblica que estejam associadosao consumo de alimentos, os quais sotratados pela Rede de Comunicaode Vigilncia Sanitria em Investigaode Surtos de Doenas Transmitidaspor Alimentos (RCVISA).

    Os produtos alimentcios e os possveis riscos associados a eles, incluindoos alertas internacionais e os rechaospor pases estrangeiros, sendo estesmanejados pela Rede de Alerta eComunicao de Riscos de Alimentos(Reali).

    A RCVISA foi a iniciativa pioneira da reade alimentos da Anvisa de se desenvolver uma ferramenta de intercmbio de

    informaes rpidas e eficazes. A necessidade de se fortalecer a investigaode surtos de DTA foi o estopim parasua criao, que ocorreu em junho de2007. Entre suas atividades, est a divulgao de artigos, publicaes e notcias sobre doenas, agravos, eventos eemergncias associados ao consumo dealimentos.

    A Reali, criada em fevereiro de 2009, veiocomplementar a iniciativa da RCVISA,estabelecendo um canal para o tratamento das situaes de riscos associadosa alimentos, visando permitir reaes etomadas de decises rpidas quanto sintervenes necessrias para sua minimizao, protegendo, assim, a sade dosconsumidores.

    As principais atividades da Reali so:intercmbio de informaes a respeitodas aes fiscais adotadas pelos rgosdo Sistema Nacionalde Vigilncia Sanitria (SNVS) e demais rgos membros daRede, diante de riscos relativos a alimen-

  • 6 saber o que comer

    tos; emisso de alertas sobre riscos associados a alimentos que ocorrem nacionale internacionalmente; tratamento derechaos de produtos alimentcios quedescumpriram normas sanitrias de pases estrangeiros; divulgao de artigos,publicaes e notcias sobre riscos associados a alimentos.

    Alimento estragado: o que eu fao?Voc tambm pode fiscalizar a qualidadedos produtos e denunciar o fabricanteou estabelecimento se encontrar algo deerrado.Se voc comprar algum alimento estragado no supermercado ou se o seu pratono restaurante tiver um gosto duvidoso,denuncie.

    Faa a sua parteVoc tambm deve ficar atento paraproblemas como alimentos refrigeradosfora da geladeira e infestao de inse-tos. Caso voc encontre alguma irregularidade no local, reclame diretamentecom o estabelecimento. Se a soluodo supermercado ou restaurante no forsatisfatria, voc pode:

    Entrar em contato com a PROTESTE -Tel.: (21) 3906-3800.

    Procurar a Vigilncia Sanitria municipal e fazer uma denncia.

    Mas nem sempre voc percebe o problema na hora, no caso de compras nosupermercado. Se voc s constatar airregularidade quando chegar em casa(por exemplo, um produto dentro da validade, mas j deteriorado), pode:

    Voltar ao estabelecimento (com a notafiscal e o produto) e efetuar a troca oureceber de volta o valor pago.

    Entrar em contato diretamente com ofabricante atravs do SAC.

  • Riscose ameaas

    No possvel eliminar por completoo risco de alimentos potencialmenteperigosos chegarem ao mercado.

    Alguns perigos escapam vontade dosintervenientes na cadeia alimentar (produtores de alimentos para animais, agricultores e produtores/operadores dealimentos para consumo humano). Mash outros contra os quais possvel lutar,para reduzir ao mnimo a insegurana.Existem dois grandes grupos: contaminaes qumicas e microbiolgicas.

    Contaminaes qumicasA maioria dos alimentos contm substncias que no fazem parte da sua composio. Elas surgem devido manipulaopelo homem: os produtos agrcolas sotratados com pesticidas tanto no campocomo depois de colhidos, os animaisrecebem tratamentos veterinrios desdeque nascem e aos alimentos so adicionados aditivos durante o processamento.Os exemplos poderiam continuar.

    Dependendo da dose e da capacidadede essas substncias se acumularem noorganismo, podem ser inofensivas oucausar intoxicaes agudas ou crnicas.Para os contaminantes mais habituais,

    foram fixadas as doses dirias que oorganismo capaz de assimilar sem problemas. Esses valores so levados emconta na legislao, que define os limitesmximos de resduos qumicos permitidos nos alimentos.

    Conhea os tipos de contaminantes maiscomuns:

    Pesticidas-Substncias qumicas paracombater as pragas que atacam asculturas. Em longo prazo, e em dosesexcessivas, podem ter efeitos devastadores na sade.

    Resduos de medicamentos veterinrios- Entre eles, se destacam:Antibiticos para tratar e prevenirdoenas nosanimais: podem estimular

    O uso de medicamentos veterinrios obriga que sejam feitos intervalos de segurana antes do abate.

  • 8 saber o que comer

    Com que velocidade uma bactria de multiplica,se encontra condies favorveis?Uma bactria capaz de dividir-se emduas a cada 20 minutos. E cada novabactria que se dividiu d origem amais outras duas. Assim, em apenas12 horas, um alimento contaminadoadquire um nmero altssimo de bactrias: 69 milhes a partir de uma sintrusa! Para evitar que uma bactriapatognica cause problemas, preciso garantir uma higiene impecvele submeter os alimentos a temperaturas que impeam a proliferao oudestruam os micro-organismos.

    69 milhesde bactrias

    1 bactria

    Horas

    IH A partir de 100C:destruio dos esporosEntre 65C e 100C:no h desenvolvimento,mas os esporos sobrevivemEntre 40C e 65C:crescimento lentoEntre 20C e 40C:crescimento rpidoEntre 0C e 20C:crescimento lentoAbaixo de 0C:no h desenvolvimento.Os micro-organismospermanecem inativose alguns morrem

    no homem o aparecimento de bactrias resistentes e anular a eficcia dosantibiticos;Hormnios naturais e sintticos: utilizados com fins teraputicos, alguns

    A aflatoxina B1 a substnciacancergena mais perigosa quese conhece.

    tm efeitos cancergenos e podemproduzir malformaes no feto;Tranquilizantes: usados durante otransporte dos animais;Beta-agonistas: para tratar broncopneumonias e estimular o parto.

    Micotoxinas - Toxinas produzidas poralguns fungos em determinadas condies de temperatura e umidade. Algumas so potencialmente cancergenase podem afetar o fgado e os rins.

  • Nitrosaminas e hidrocarbonetos poli- cclicos aromticos (HPA)-Formam-sedurante o processamento dos alimentos. Por ao das bactrias da bocae do estmago, os nitratos podemconverter-se em nitritos. Estes, por suavez, ao reagirem com as aminas dos alimentos, formam as nitrosaminas, compostos potencialmente cancergenos.Os nitratos e nitritos tambm so utilizados como conservantes em certosalimentos, mas isso s se justifica paraevitar a intoxicao por botulismo. OsHPA resultam dos processos de combusto e podem estar presentes emalimentos defumados ou grelhados.Os mais perigosos so os benzopire-nos, com efeitos cancergenos.

    saber o que comer 9

    Contaminao ambiental - H diversas fontes, como as bifenilas policlo-radas (PCBs), substncias sintticascom mltiplas aplicaes industriais;as dioxinas, produzidas na queima demateriais base de cloro; os metaispesados (cdmio, chumbo, mercrio,etc.) e o arsnico, usados na mineraoe indstria, entre outros, para fabricarpilhas e combustveis.

    Contaminao microbiolgicaA presena de micro-organismos nos alimentos normal e, at certo ponto, inofensiva. Os problemas aparecem quandodeterminados limites so ultrapassadosdevido a deficientes medidas de higieneou conservao.

    Os micro-organismos nos alimentospodem ser de trs tipos:

    teis - Contribuem para o desenvolvimento e a transformao de certosalimentos de conservao mais duradoura, impedindo o crescimento debactrias perigosas. o caso das bactrias lcticas, responsveis pela fermentao de iogurte e queijos, assim comoas leveduras do po ou da cerveja e os

  • io saber o que comer

    No abuse dos churrascos!Preparar alimentos grelhados umaopo bastante saudvel, mas desdeque corretamente executada. H 30vezes mais benzopirenos em uma salsicha mal grelhada do que em outrapreparada de acordo com nossas dicas a seguir:

    1. Escolha uma churrasqueira quepermita regular a altura da grelha (e,assim, do carvo) ou dosar o combustvel (gs). Para os alimentos mais gordurosos, ajuste a grelha para que noproduza chama. Nos modelos a gs,cozinhe lentamente.

    2. Carnes com menos gordura, almde mais saudveis, produzem menoschamas. Portanto, se voc no temcomo controlar a altura do fogo, prefira peas mais magras.

    3. Antes de pr a comida em umachurrasqueira a carvo, deixe-o quehmar at que fique com uma fina camada de cinzas.

    4. No seguro usar lcool lquido ououtros produtos inflamveis.

    5. Evite fazer churrascos com alimentos defumados. No geral, so gordurosos e podem conter uma certaquantidade de substncias nocivas.

    6. Sempre jogue fora os pedaosqueimados.

    7. Lave a churrasqueira regularmentee remova todos os pedaos de alimentos presos grelha.

    bolores que conferem caractersticas aalguns queijos, como o roquefort.

    Deterioradores - Embora no sejamtxicos, causam apodrecimento, o qued mau aspecto, odor e sabor aos alimentos e leva sua rejeio imediata.

    Patognicos - Capazes de causardoenas com diversos nveis de gravidade e, at mesmo, a morte. Podemchegar aos alimentos, por exemplo,

    atravs de guas de rega contaminadas ou da prpria terra, onde vivemalgumas bactrias perigosas. Sereshumanos e animais tambm podemser portadores de bactrias. Bastauma manipulao pouco higinicapara contaminar um alimento por con-tato com a pele, as feridas, a saliva ouas fezes (mos mal lavadas). As bactrias tambm vivem no trato intestinaldos animais. Por vezes, passam para acarne durante o abate.

  • Toda a informao ao alcance de umtelefonema ou em poucos

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  • 12 saber o que comer

    Higienena cozinha

    As infees e intoxicaesalimentares so frequentes.Por vezes, o problema temorigem em nossa casa e,principalmente, na cozinha.

    PlantasEvite-as na cozinha. Se astiver, deixa-as fora da rea depreparao dos alimentos, paraimpedir que a terra caia sobre essasuperfcie e contamine a comida.

    Higiene das mosLave as mos com gua e detergenteantes de cozinhar, depois de ir aobanheiro e de manipular alimentos,sobretudo crus. E aps lavar a loua, prefervel secar sua mos ao ar do quecom um pano menos limpo.

    DespensaAfaste os alimentos da luz, defontes de calor e do contatocom o cho. Guarde osprodutos com validade curtaem locais mais acessveis.

    ZS3

    Vnimaisiles so proibidos na:ozinha. Se eles comemlesse ambiente, mantenha aao em comedouros. E assim}ue esvaziarem, lave-os-e,:laro, separadamente da louaje uso da famlia.

    Lata de lixoMantenha-a tampadae forrada com umsaco. melhor optarpela que tem pedal.Regularmente, lave-acom gua e detergente.

    Produtos de limpezaArrume-os em locais inacessveiss crianas e separe-os bem dosalimentos. Prefira produtos com tampasde segurana. Respeite as instruese no retire o produto da embalagemoriginal, para evitar acidentes.

  • saber o que comer 13

    fundamental melhorar as medidas de higiene e adotarbons hbitos na manipulao dos alimentos (compra,conservao e preparao), a fim de afastar os microorganismos responsveis pelas toxi-infeces alimentares.Coloque em prtica algumas medidas para se proteger.

    ExaustorPropcio acumulao degordura, pode provocarincndios. Limpe-o uma vezpor ms, pelo menos, comgua morna e detergente, eenxgue com gua quente.

    Forno e micro-ondasMantenha-os limpos.Reduza os respingos dealimentos no microondas usando umatampa sobre pratos etravessas. Depois deo limpar, deixe a poftaaberta por um tempopara ventilar e eliminarodores e restos dodetergente.

    Geladeira e freezerLave com gua e detergente, antes de guardar ascompras semanais. A cada trs meses, faa umalimpeza mais profunda. Para desinfetar, use vinagreou gua sanitria. Guarde os alimentos embaladosou em recipientes fechados. A temperatura interiordeve ficar em torno de 3C-nunca abaixo de zero,nem acima de 5C. J a do freezer deve se manterabaixo de 18C negativos. Identifique a comidacongelada por etiquetas com data e prazo. E evite oacmulo de gelo, que prejudica o funcionamento.

    Mquina delavar louaLimpe-a comfrequncia e nodeixe sujeirasacumularem no filtro.

    Bancada e tbuasDeixe a superfcie sempre limpacom detergente. Aplique guasanitria para limpezas maisprofundas e siga as instrues dortulo.Aps usar as tbuas, lave-ascom gua muito quente ou coloque-as na mquina de lavar loua.

    Panos e esponjasPara evitar contaminaes, reserve um para cadatipo de utilizao. Quanto s esponjas, lave-as eescorra bem depois de usar. Os panos de algodotambm devem ser bem limpos, por vezes comcloro ou gua sanitria. E, com frequncia, troquepanos e esponjas, sem esperar que fiquem comsujeiras ou degradaes evidentes.

  • 14 saber o que comer

    Os aditivosso txicos?

    Basta ler os rtulos dos alimentos que fazem parteda nossa dieta para perceber que so poucos os queso livres de aditivos.

    O uso de aditivos admissvel quando sedestinam a satisfazer uma necessidadetecnolgica, como prolongar o tempode conservao dos produtos, sem prejudicar a sade. Mas muitos so usadospara mascarar a pobreza dos ingredientes ou melhorar o aspeto dos produtos.

    Nem todos os aditivos so perigosos oususcetveis de causar alergias. Algunsso at muito teis, porque lutam contraa proliferao de bactrias. O consumo

    ocasional no traz riscos. O problemasurge por acumulao. Por vezes, a presena de aditivos na alimentao tohabitual que pode trazer problemas. Umbom exemplo a quantidade de edulco-rantes ingeridos por dia pelas pessoasque consomem rotineiramente bebidaslight, iogurtes desnatados ou balas semacar.

    Entre os aditivos mais usados, encon-tram-se os seguintes:

    INS-120Corantes

    INS-202Conservantes

    INS-220 ao INS-228Conservantes

    CochonilhaComentrios: cor vermelha-carmim, origem natural, obtido apartir da carapaa seca do insetocochonilha.Uso: alimentos de cor avermelhada, como, por exemplo,refrigerantes, doces, compotase salsichas.Avaliao: possveis reaes alrgicas em pessoas sensveis.

    Sorbato de potssioComentrios: origem sinttica.Uso: bebidas fermentadas (comovinho e sidra), derivados lcteos(como os queijos), produtos depadaria, etc.Avaliao: possveis reaesalrgicas em pessoassensveis.

    SulfitosComentrios: origem sinttica.Uso: produtos secos ou desidratados, sucos, vinho, sidra oucerveja, crustceos, etc.Avaliao: reaes alrgicasem pessoas sensveis.

  • saber o que comer 15

    O que significa o cdigo INS?O Sistema internacional de Numerao deAditivos Alimentares (INS) foi elaborado peloComit Codex Alimentarius sobre Aditivos Alimentares e Contaminantes de Alimentos paraestabelecer um sistema numrico internacionalde identificao dos aditivos alimentares naslistas de ingredientes, como alternativa declarao do nome especfico no aditivo.Segundo a legislao brasileira, os aditivospodem aparecer no rtulo com o nome ou onmero INS.No geral, o papel principal de cada aditivopode ser identificado com o primeiro algarismo (mas saiba que alguns aditivos tm diversasfunes e encontram-se em vrias categorias):

    INS1 corantesINS2 conservantesINS3 antioxidantesINS4 emulsionantes, estabilizantes,

    espessantes e gelificantesINS5 agentes antiaglomerantes

    + cidos, bases e saisINS620 a INS635 intensificadores

    de saborINS901 a INS904 agentes

    de revestimentoINS950 a INS967 edulcorantes

    Alguns aditivos tm diversas funese encontram-se em vrias categorias.

    INS-407 INS-620 ao INS-625 INS-951Agentes de textura Intensificadores do sabor EdulcorantesCarrageninaComentrios: origem natural,obtido a partir de uma algamarinha vermelha.Uso: produtos lcteos, sobremesas, compotas, sorvetes,molhos, etc.Avaliao: possvel interfernciana absoro de alguns minerais.

    GlutamatosComentrios: origem sinttica.Usos: aperitivos salgados,sopas e cremes, produtos decharcutaria, refeies pr--preparadas, etc.Avaliao: reaes alrgicasem indivduos sensveis.

    AspartameComentrios: origem sinttica.Uso: produtos light (iogurtes,refrigerantes, etc.).Avaliao: consumo proibidopara quem tem fenilcetonria.

  • 16 saber o que comer

    Quem garante a seguranados aditivos?O exame toxicolgico efetuado pororganismos internacionais, que verificam os dossis apresentados pelosfabricantes, determinam a ingesto diria aceitvel (IDA) e definem os critriosde pureza dos aditivos.Em nvel mundial, um trabalho realizado pelo comit misto da Food andAgricultural Organization (FAO) e daOrganizao Mundial da Sade (OMS).No Brasil, a Anvisa o rgo responsvel por regulamentar o uso de aditivosalimentares.

    O que IDA?A ingesto diria aceitvel (IDA) a

    quantidade de uma substncia, em miligramas e por quilo de peso corporal,que uma pessoa saudvel pode consumir diariamente, durante a sua vida, semcorrer riscos. um conceito em evoluoe periodicamente revisto. Pode ser corrigido em funo de descobertas e estudos cientficos.

    Essa concentrao mxima deve levarem conta os hbitos alimentares dapopulao a que se refere, de formaque uma dieta equilibrada e variadano ultrapasse o valor determinado. Porexemplo, em um alimento consumidoem grande quantidade, como o po, adose deve ser inferior de produtos deconsumo ocasional.

  • saber o que comer 17

    Que quantidade de aditivos o meuorganismo tolera?A IDA foi criada com o intuito de no serfcil ultrapass-la. Mas em certos casos,e sobretudo quando as quantidadesnos alimentos superam os valores legais,isso pode acontecer. Em nossa avaliaode edulcorantes em refrigerantes, porexemplo, vimos que a quantidade presente nos produtos fazia com que, emapenas dois copos, crianas ultrapassassem a quantidade considerada segurapara o consumo.

    Na infncia, ainda mais cuidadoAs crianas tm um peso inferior ao dosadultos. Mas, em termos proporcionais,podem ingerir tantos aditivos como eles.Basta analisar os alimentos preferidosda garotada: guloseimas, refrigerantes,sobremesas lcteas, bolos, embutidos(como salsichas, presunto e mortadela)e refeies prontas industrializadas, ouseja, alguns dos produtos que mais abusam dessas substncias.

    Os limites legais e as quantidades fixadas como IDA so calculados para umadulto de constituio mdia e, portanto, excessivos para as crianas. No

    A ingesto diria aceitvel (IDA)pode ser revista luz de descobertas cientficas.

  • 18 saber o que comer

    se trata de alarmismo. Mas podem surgir problemas, sobretudo pelo efeitode acumulao.

    H muitos aspectos a serem mudados.Enquanto isso no acontece, para evitarriscos desnecessrios, os pais devemvigiar de perto a dieta dos filhos e propor alternativas mais saudveis, comoleite e frutas, em lugar dos muitos alimentos processados que lhes so oferecidos no dia a dia (batatas fritas comsabores e refrigerantes). O objetivo limitar o consumo dos alimentos maisricos em aditivos, presentes em embutidos, guloseimas, bolos e sobremesas.

    Crianas podem acabar ingerindoquantidades excessivas de aditivos,muito comuns em guloseimas.

  • saber o que comer 19

    Intoxicaesalimentares:o que fazer?

    A ingesto de alimentos em ms condies pode produzirdiversos problemas. Os mais comuns levam a sintomasgastrintestinais: vmitos, diarreia e dores abdominais. Masno so os nicos. Podem surgir, ainda, fraqueza, doresmusculares, paralisia muscular ou, at mesmo, aborto.

    O tempo de incubao de uma intoxicao varivel: pode aparecer em poucashoras ou aps vrios dias. E nem todasas pessoas que tenham consumido omesmo alimento contaminado ficamnecessariamente doentes. Diversos fato-res podem interferir, como a resistnciado organismo e a quantidade de alimento ingerido.

    Quando devo ir ao mdico?Em intoxicaes menos graves, bastafazer uma boa hidratao e seguiruma dieta leve. Retome a alimentaoprogressivamente. Em um primeiromomento, sopas leves, arroz, cenourae ma cozidas. Depois, aps umamelhora, po torrado, banana, vegetaisbem cozidos e carnes magras grelhadas(bovina, ave ou peixe) podem ser inseridos. Alm, claro, de ingerir em tornode 2 litros de gua por dia em pequenasquantidades. Evite caf, leite, alimentos

    gordurosos, lcool e adoantes basede sorbitol, substncia que tem aoosmtica - induz diarreia.

    O mais perigoso a desidratao, ouseja, a perda excessiva de gua e saisminerais, sobretudo sdio e potssio.A hidratao oral deve ser feita semdemora. Ingira de 1,5 a 2 litros de guaem pequenas doses, para no vomitar.Ch preto aucarado e suco de frutadiludo (exceto de frutas ctricas) tambm podem ajudar. As farmcias vendem envelopes com sais de reidratao(p) para dissolver em gua. Tambmexistem receitas de soro caseiro, comoa que indicamos aqui. Outra soluo tomar uma bebida isotnica misturadacom um pouco de gua, para ser absorvida mais rapidamente. Beba pequenas quantidades a cada uma ou duashoras, de acordo com a tolerncia doorganismo.

  • 20 saber o que comer

    Quando consultar o mdico?

    Vmitoscontnuosimpedem ahidratao

    Tolerahidrataooral

    Crianasat 2 anosou idosos

    Dura maisde 3 diassem melhorase com sinaisde alerta*

    Intoxicaodura menosde 2 ou 3 dias,com melhorase sem sinaisde alerta*

    Dura menosde 12 horas e BIno apresentasinais de alerta*

    Dura maisde 12 horasou aparecemsinais de

    FAA OTRATAMENTOEM CASA

    CONSULTEO MDICO

    * Fique atento se surgirem alguns dos seguintes sinaisde alerta: febre alta (mais de 38C), muco e sanguenas fezes e vmitos com sangue.Em caso de dvida sobre a melhor forma de atuar,ligue para o nmero nacional de emergncia: 192.

  • saber o que comer 21

    Soro caseiro 1 litro de gua, que pode ser mine

    ral, filtrada ou fervida (neste caso,precisa j estar fria)

    2 colheres (sopa) rasas de acar 1 colher (caf) de salObservao: Para os bebs e as crianas pequenas, que podem desidratarrapidamente, recomenda-se o usode uma seringa de alimentao paraadministrar 1 ml de soro caseiro acada dez minutos. No caso de desidratao mais acentuada ou vmitos,pode ser necessrio recorrer ao hospital para receber soro intravenoso.

    Como agir se sofrer uma intoxicao causada por alimento servidoem um estabelecimento pblico?Os problemas decorrentes do consumode alimentos so muito difceis de provar. Mas veja aqui os passos a seguir e oque voc deve levar em conta na hora dereclamar uma indenizao:

    preciso estabelecer a relao entre odano e a causa. Pelo carter perecvel

    dos alimentos, torna-se complicadodeterminar a origem exata da intoxicao. No entanto, certos elementos ajudam a fazer a prova. Por isso, guardetodos os itens relevantes, como afatura ou o comprovante, com a datae a descrio do produto consumido.Tambm recomendvel juntar cpiade eventuais queixas escritas (porexemplo, no livro de reclamaes).

    Para demonstrar que realmente sofreua intoxicao, apresente atestadosmdicos, diagnstico ou tratamento,cpias de receitas e comprovantesde uma internao hospitalar, almde dispensa do trabalho. Se houversequelas, ser necessria a avaliaode um perito mdico.

    Por vezes, mesmo que se desconheaa causa exata e no seja possvel determinar de que alimento se trata, asdemonstraes podem ser feitas combase em indcios, como, por exemplo,relatrios de inspeo ao estabelecimento que revelem deficincias dehigiene, manipulao dos alimentos,refrigerao ou limpeza.

    Se vrias pessoas sofrerem sintomasidnticos, na mesma data e lugar, reu-

  • 22 saber o que comer

    KW

    nir seus testemunhos e tambm osde empregados do estabelecimentoajudam a determinar uma relao causal entre o consumo do alimento e osdanos. Pode ainda ser til apresentarum relatrio epidemiolgico ou apresentar o pagamento, pela seguradorado estabelecimento, de indenizaesa outros afetados. Isso significa quereconhece a sua responsabilidade.

    Contra quem devoapresentar a queixa?A reclamao deve ser apresentadacontra o titular do estabelecimento e arespectiva companhia de seguros. Se aintoxicao ocorrer durante uma viagemorganizada, a agncia e o operador turstico tambm podero ser acionados. J

    no caso de o problema acontecer emum estabelecimento ligado a uma administrao pblica (escola, hospital, etc.),deve-se registrar a queixa no livro dereclamaes e partir para um processocontra o Estado.

    Que indenizao pedir?O valor levar em considerao vriosfatores, como tipo de problema ocorridoe o modo como afetou a vtima, idade,nmero de dias sem trabalhar, gastoscom consultas, tratamentos e medicamentos e situao familiar em caso defalecimento. A indenizao pode tambm cobrir danos morais de quem notenha sido diretamente afetado pelaintoxicao (por exemplo, pais de crianas intoxicadas, noivos durante a festade casamento ou familiares de falecidos).

    Se quiser fazer uma denncia:Caso voc queira fazer uma denncia,deve encaminh-la para:

    Ao DIRETOR DA VIGILNCIA SANITRIA municipal ou estadual ou ao Centrode Sade de sua cidadeEndereo completo do estabelecimentode sadeC/C estabelecimento comercial a serdenunciado

  • saber o que comer 23

    Modelo de carta: requisio de ressarcimento de danos patrimoniais

    (Locale data)ANome completo da empresa fabricanteA/C do servio de atendimento ao clienteC/C estabelecimento comercial onde o produto foi comprado ou consumidoAssunto: Reparao de danos por acidente de consumoPrezados senhores

    Em (data) fui ao_ (nome e endereo do localonde comprou o produto)_ gadiguiri (produto, o nmero do hte e os dados completos do fabricante, com CNPi, endereco e telefone)c\ue estava dentro do prazo de validade.Ao (usar ou ingerir o produto) . ele me causou (descrever o que ocoireu: diarreia, vmitos, alergia, etc.) .o que me leuou ao atendimento hospitalar, com diagnstico de_ (indicar)_.Houue_ (internao/compra de medicamentos)_, alm de despesas como

    (gastos com transporte, honorrios mdicos, etc.) conforme comprovantes anexos.Esse fato considerado um acidente de consumo, pelo gual o fornecedor deve ser responsabilizado, de acordo com o disposto no artigo 12 do Cdigo de Defesa do ConsumdoeDiante do exposto, solicito providncias urgentes, para retirar o lote (nmerodo lote) do produto do mercado, e a oerificao do problema, com base no artigo 18, pargrafo 6o, inciso IIIdo Cdigo de Defesa do Consumidor, que diz gue so imprprios para o consumo "os produtosgue, por gualguer motiuo, se reoelem inadequados ao fim a que se destinam". Solicito aindao ressarcimento dos danos patrimoniais sofridos por mim em decorrncia do acidente deconsumo - todos os gastos e o dinheiro pago pelo produto -, no oalor total de R$ (indicar) .devidamente corrigido, de acordo com o artigo 18, pargrafo lo, inciso II, do CDC gue, em casode ocio, garante ao consumidor "a restituio imediata da guantia paga, monetariamenteatualizada, sem prejuzo de eoentuais perdas e danos".Dessa firma, fica esta empresa notificada de gue na falta de atendimento e soluo presentesolicitao, no prazo de 10 (dez) dias a contar do recebimento desta, farei reclamao nasentidades de defesa do consumidor, sem prejuzo das medidasjudiciais cabreis. Aguardo suaresposta por escrito.

    Atenciosamente

    (assinatura)

    Nome completoEndereo completo, telefone, fax ou e-mail para contato

  • associao de consumidores

    IndependnciaNo aceitamos publicidade. As receitas de nossas atividades

    so totalmente reinvistidas em prol dos consumidores.

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