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SADC HOJE VOL. 16 No 3 Abril 2014 por Kizito Sikuka UM TOTAL de sete áreas prioritárias de actividades foram identificadas para serem implementadas este ano, no quadro da intensificação dos esforços visando aprofundar a integração para o desenvolvimento socioeconómico da África Austral. As áreas prioritárias foram aprovadas pelo Conselho de Ministros da SADC que esteve reunido em Março, no Lilongwe, Malawi. Os ministros concordaram em intensificar os esforços no sentido de finalizar o processo de revisão do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional (RISDP) e consolidar a Área de Comércio Livre da SADC (ACL), lançado em 2008. Outras prioridades são a conclusão das negociações para o estabelecimento de um mercado único que abrange 26 países da África Oriental e Austral; rápida implementação do Plano Director Regional de Desenvolvimento de Infra-estruturas; reforço das medidas para melhorar a segurança alimentar; e implementação das iniciativas transfronteiriças de HIV e SIDA. A sétima prioridade é a construção da paz e consolidação das práticas democráticas na região. O Conselho de Ministros da SADC, que supervisiona o funcionamento e o desenvolvimento da SADC é composta pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros, POLÍTICA 3 COMÉRCIO 4 INFRA-ESTRUTURA 5 ENERGIA 6-7 GESTÃO DE DESASTRES 8-9 BREVES NEGÓCIOS 10 GÉNERO 11 ELEIÇÕES 12 PAZ & SEGURANÇA 13 ODMs 14 EVENTOS 15 HISTÓRIA HOJE 16 Planeamento Económico e Financeiro dos 15 Estados-Membros. O actual presidente do Conselho da SADC, o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Malawi Efraim Chiume, disse que a implementação das áreas prioritárias é fundamental na promoção do desenvolvimento regional, especialmente tomando em consideração as perspectivas mundiais de limitações económicas. "A economia mundial está mostrando sinais de enfraquecimento e isso pode ter um efeito dominó sobre as economias da SADC, por isso temos de encontrar formas inovadoras para superar esses efeitos", disse Chiume. Um grupo multissectorial de trabalho de várias partes interessadas foi criado para implementar as recomendações do RISDP, cuja revisão independente foi concluída o ano passado. Espera-se que o grupo de trabalho proponha novas prioridades, principais áreas de maior atenção, metas, resultados e prazos para o restante do período de implementação do RISDP; e que sugira nova política, estratégia e inovações institucionais para o período pós- 2018, quando o plano de desenvolvimento chegar ao fim. A equipa deverá preparar um resumo das principais recomendações e prioridades para a conclusão do RISDP e apresentar ao Conselho para deliberação e aprovação quando se reunir novamente no Zimbabwe, em Agosto. ccontinua na página 2... Aprofundamento da integração SADC define prioridades para 2014

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SADC HOJE VOL. 16 No 3 Abril 2014

por Kizito Sikuka

UM TOTAL de sete áreas prioritárias deactividades foram identificadas para seremimplementadas este ano, no quadro daintensificação dos esforços visando aprofundar aintegração para o desenvolvimentosocioeconómico da África Austral.

As áreas prioritárias foram aprovadas peloConselho de Ministros da SADC que estevereunido em Março, no Lilongwe, Malawi.

Os ministros concordaram em intensificar osesforços no sentido de finalizar o processo derevisão do Plano Estratégico Indicativo deDesenvolvimento Regional (RISDP) e consolidara Área de Comércio Livre da SADC (ACL),lançado em 2008.

Outras prioridades são a conclusão dasnegociações para o estabelecimento de ummercado único que abrange 26 países da ÁfricaOriental e Austral; rápida implementação doPlano Director Regional de Desenvolvimento deInfra-estruturas; reforço das medidas paramelhorar a segurança alimentar; eimplementação das iniciativas transfronteiriçasde HIV e SIDA.

A sétima prioridade é a construção da paz econsolidação das práticas democráticas na região.

O Conselho de Ministros da SADC, quesupervisiona o funcionamento e odesenvolvimento da SADC é composta pelosMinistros dos Negócios Estrangeiros,

POLÍTICA 3

COMÉRCIO 4

INFRA-ESTRUTURA 5

ENERGIA 6-7

GESTÃO DE DESASTRES 8-9

BREVES NEGÓCIOS 10

GÉNERO 11

ELEIÇÕES 12

PAZ & SEGURANÇA 13

ODMs 14

EVENTOS 15

HISTÓRIA HOJE 16

Planeamento Económico e Financeiro dos 15Estados-Membros.

O actual presidente do Conselho da SADC, oMinistro dos Negócios Estrangeiros do MalawiEfraim Chiume, disse que a implementação dasáreas prioritárias é fundamental na promoção dodesenvolvimento regional, especialmentetomando em consideração as perspectivasmundiais de limitações económicas.

"A economia mundial está mostrando sinaisde enfraquecimento e isso pode ter um efeitodominó sobre as economias da SADC, por issotemos de encontrar formas inovadoras parasuperar esses efeitos", disse Chiume.

Um grupo multissectorial de trabalho devárias partes interessadas foi criado paraimplementar as recomendações do RISDP, cujarevisão independente foi concluída o anopassado.

Espera-se que o grupo de trabalhoproponha novas prioridades, principais áreasde maior atenção, metas, resultados e prazospara o restante do período de implementaçãodo RISDP; e que sugira nova política, estratégiae inovações institucionais para o período pós-2018, quando o plano de desenvolvimentochegar ao fim.

A equipa deverá preparar um resumo dasprincipais recomendações e prioridades para aconclusão do RISDP e apresentar ao Conselhopara deliberação e aprovação quando se reunirnovamente no Zimbabwe, em Agosto.

ccontinua na página 2...

Aprofundamento da integração SADC define prioridades para 2014

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2 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2014

C O N T I N U A Ç Ã O D A P Ã G I N A 1

Aprofundamento da integração SADC define prioridades para 2014

Adoptada em 2004, aDeclaração de Dar es Salaamincentiva os países membros adestinar anualmente pelomenos 10 por cento dos seusorçamentos nacionais para aagricultura.

Outras medidas incluem amelhoria da disponibilidade eacesso a insumos agrícolas paraos agricultores, composta porvariedades de sementesmelhoradas, fertilizantes,serviços de tratamento do solo einsumos agrícolas.

Progressos significativosforam feitos no cumprimento dealgumas das metas. No entanto,vários países estão ainda muitoaquém da implementação doplano - um desenvolvimentoque poderia minar os esforçospara aumentar a produção etornar a região auto-suficientede alimentos.

A plena implementação dasiniciativas transfronteiriças deHIV e SIDA permitiria a regiãoconter a propagação da doença,permitindo a SADC reforçar asua base de recursos humanos –uma componente importantepara o avanço da agenda deintegração regional.

Como parte da iniciativa, osEstados-Membros devemmelhorar a resposta regionalao HIV e SIDA entre aspopulações móveis, incluindomotoristas de caminhão delongo curso, trabalhadoras dosexo e das comunidades quevivem perto de áreasfronteiriças.

Pelo menos duas clínicasmóveis deverão ser criadas emcada Estado-Membro parafornecer vários serviços eencaminhamentos médicos,bem como a mudança decomportamento.

Além das várias metas eprogramas regionais, aSADC pretende aprofundara integração deste ano,consolidando ganhos, como aACL e a paz que prevalece naregião.

A revisão do plano dedesenvolvimento da SADC, numperíodo de 15 anos, foi aprovadaem 2003 e tem como objectivogarantir que as metas sejamrealistas e em conformidade comos acordos regionais, bem como adinâmica continental e global.

Conselho resolveu dedicarmais energia para aimplementação do PlanoDirector Regional deDesenvolvimento de Infra-estrutura que visa criar umarede de infra-estrutura eficientee de baixo custo na ÁfricaAustral até 2027.

A implementação do PlanoDirector teve um impulso emFevereiro, após a assinatura deum contrato de 12 milhões deEuros (cerca de 16,5 milhões dedólares norte-americanos) entre aSADC e da União Europeia paraa operacionalização do ProjectoPreparação e Facilidade para oDesenvolvimento (PPDF).

O PPDF pretende facilitar apreparação de projectosfinanciáveis na região.

No âmbito do ambiciosoprograma de infra-estruturaavaliado em 64 biliões dedólares norte-americanos, aSADC pretende desenvolverinfra-estruturas transfronteiriçasnas seis principais áreasprioritárias, nomeadamenteenergia, transportes, turismo,água, tecnologia de informaçãoe comunicação e meteorologia.

A implementação desteprograma teve início em 2013 eserá feito em três fases de cincoanos cada, designadamentecurto prazo (2012-2017), médioprazo (2017-2022) e longo prazo(2022-2027).

No que diz respeito àsegurança alimentar, a regiãoestá com o objectivo deaumentar a capacidade atravésde um maior compromisso comvárias medidas regionais deagricultura identificadas naDeclaração de Dar es Salaamsobre Agricultura e SegurançaAlimentar.

A ACL daSADC entrou emvigor a 1 de Janeirode 2008, após aimplementação doscompromissos de reduçãotarifária acordadas entre2000 e 2007.

A partir de 2008, osprodutores e os consumidoresjá não pagam imposto deimportação em cerca de 85 porcento de todo o comércio demercadorias entre os Estados-Membros part ic ipantes ,que são Botswana, Lesotho,M a d a g á s c a r, M a l a w i ,Maurícias, Moçambique,Namíbia, Seychelles, África doSul, Swazilândia, Tanzânia,Zâmbia e Zimbabwe.

Dois países, Angola eRepública Democrática doCongo, disseram que vãoparticipar na ACL maistarde. No entanto, uma vezque as fronteiras foramprogressivamente abertas,questões críticas surgiram sobreo impacto da ACL para oconsumidor, para a indústria epara o sector público. Já que osEstados-Membros levantaramdireitos de importação, um dosefeitos imediatos tem sido aredução dos produtosimportados de países que têmuma vantagem comparativa.

Outro impacto fundamentaltem sido o aumento daconcorrência já que os Estadosmembros removeram tarifas esubsídios. Todas as empresas domesmo sector estão competindoem pé de igualdade,independentemente do seutamanho.

No que diz respeito aoenvolvimento com outrasComunidades EconómicasRegionais, a finalização doacordo tripartido com oCOMESA e a EAC iráimpulsionar o comércio intra-regional, através da criação deum mercado mais amplo queabrange 26 países da ÁfricaOriental e Austral.

Empresas da SADC terãoacesso a uma população total deaproximadamente 600 milhõesde pessoas, abrangendo desde oCabo ao Cairo.

O mercado único serviria umdos blocos de construção daComunidade EconómicaAfricana, uma visão de longadata dos líderes do continentedesde 1963 aquando daformação da Organização deUnidade Africana (OUA) e que,finalmente, concordaramretomar várias décadas depoisquando aprovaram o Tratado daComunidade EconómicaAfricana em 1991.

A meta para COMESA-EAC-SADC é chegar a um acordo atéJunho, abrindo o caminho para olançamento da grande ACL quese tornará no novo marco para oaprofundamento da integraçãoregional e continental em África.

A consolidação das práticasdemocráticas e da boagovernação na região éfundamental na manutenção daestabilidade e da paz na SADC.

A estabilidade é umpré-requis i to para odesenvolvimento económico eindustrial. A região da SADC temtido uma relativa paz eestabilidade ao longo dos anos,atraindo investimentos emsectores como mineração eturismo. r

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O MADAGÁSCAR foiformalmente readmitido naSADC durante o Conselhode Ministros realizado noMalawi, em Março, mascontinuará com um estatutode observador até quepague as suas dívidas naorganização.

A readmissão ocorreu apóso levantamento da suspensão,na qualidade de membro, pelosChefes de Estado e de Governoda SADC, durante uma CimeiraExtraordinária realizada àmargem da 22ª SessãoOrdinária da União Africana naEtiópia, em Janeiro.

O levantamento dasuspensão abriu o caminho parao Madagáscar para retomar asua participação em todas asactividades da SADC. "Emnome dos Estados Membros daSADC... Eu gostaria dereafirmar o nosso firmecompromisso de apoiar ecooperar com o povo e ogoverno da República deMadagáscar nos seus esforçoscorajosos para a reconciliaçãonacional, a recuperação social eeconómica que acabará porabrir um caminho paradesenvolvimento económicosustentável e crescimentoinclusivo", disse o presidente deConselho e Ministro dosNegócios Estrangeiros doMalawi, Ephraim Chiume.

Chiume observou que oMadagáscar vai participar comoobservador até que suas dívidasde filiação sejam pagas.

"Nós temos o mandato doSecretariado para negociar comMadagáscar, para que possaapresentar um plano depagamento das dívidas, poisentendemos a sua situação eiremos considerar algunsaspectos quando nosencontrarmos novamente",explicou Chiume.

O Madagáscar foi suspensoda SADC em 2009, quando o

país mergulhou numa crisepolítica.

Isso ocorreu depois dolíder da oposição, AndryRajoelina, ter tomado o poderdo então presidente MarcRavalomanana, através demanifestações públicasapoiadas pelos militares, nummétodo semelhante ao utilizadopor Ravalomanana, quando eleassumiu o poder, poucos anosantes do seu predecessor, DidierRatsiraka.

Desde a suspensão, em2009, a SADC tem estado navanguarda dos esforços demediação para garantir aoretorno da ordem constitucionalno Madagáscar.

O e x - p r e s i d e n t emoçambicano Joaquim

Madagáscar formalmente readmitida na SADC

P O L Í T I C A

Revisão dos princípios eleitorais em curso

O CONSELHO ConsultivoEleitoral da SADC (SEAC) estáa rever os princípios edirectrizes que regem arealização de eleições e adesenvolver um manual sobreas eleições na região.

A revisão surge emcumprimento de uma decisãoda Comissão Ministerial doÓrgão de Política, Defesa eSegurança, tomada duranteuma reunião realizada emLusaka, Zâmbia, em Junho de2011, sobre a obrigatoriedadeda SEAC rever os princípios daSADC e DirectrizesReguladoras de EleiçõesDemocráticas e desenvolverum Manual Eleitoral da SADC.

O SEAC desenvolveu os"Princípios e directrizesrevistas que regem as eleiçõesdemocráticas na SADC ", e estápartilhando com os principaisactores regionais através deuma série de consultas àspartes interessadas.

As consultas são dirigidasaos Estados-Membros, aos

peritos eleitorais e actores nãoestatais, como as instituiçõesde pesquisa e universidades.

Aprovados em Agosto de2004, na Cimeira de Chefes deEstado e de Governo da SADC,nas Maurícias, os princípios edirectrizes contêmprocedimentos a seremseguidos por missões deobservadores da SADC e asnormas mínimas que umEstado-Membro deve seguirpara que o seu processoeleitoral seja declarado livre ejusto.

As directrizes eleitoraisvisam melhorar atransparência e credibilidadedas eleições e governaçãodemocrática, bem comogarantir a aceitação dosresultados eleitorais por todosos partidos concorrentes.

Eles são, no entanto, nãojuridicamente vinculativos e sãosubservientes às disposições dalegislação nacional.

Também não é obrigatórioque um Estado-Membro

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 3

convide uma Missão deObservação Eleitoral da SADC(SEOM) para observar assuas eleições. Secção 3.1 afirmaque a SEOM terá apenas umpapel de observação "no casode um Estado-Membroconsiderar necessário convidarSADC para observar as suaseleições."

No entanto, no interesse daaplicação coerente dosprincípios eleitorais, todos osEstados-Membros devem serobrigados a convidar umgrupo de observadores daSADC para observar as suaseleições.

O SEAC, de 12 membros, foiimplantado em Abril de 2011para aconselhar a região emmatéria eleitoral e questõesrelativas ao reforço dademocracia e da boagovernação.

É composto por umrepresentante de cada Estado-Membro, seleccionados a partirde uma lista indicada pelosGovernos. r

Chissano foi apontado como oprincipal negociador nasconversações de paz entreos part idos pol í t icos ,principalmente os deRavalomanana e Rajoelina.

A nomeação de Chissano,em Junho de 2009, ocorreu umasemana depois de a UniãoAfricana e das Nações Unidassuspenderam os seus esforçosde mediação, evocando falta devontade política de ambas aspartes.

Essas organizações serecusaram a reconhecer oregime de Rajoelina e, emalgum momento, até sugeriramuma intervenção militar parasalvar milhões de cidadãosmalgaxes afectados pelasituação política no seu país.

A Mediação da SADCfinalmente teve resultadosno final de 2013, quandoo Madagáscar realizoueleições presidenciais vencidaspelo ex-ministro das Finanças,Hery Rajaonarimampianina.Ele derrotou o seu rival,Jean Louis Robinson, por53,49 por cento para46,51 por cento do total devotos.

Rajaonarimampianina,precisou de uma segundavolta para ganhar depois deter estado em em segundolugar na primeira volta daseleições presidenciais emOutubro. Tomou possec o m o p r e s i d e n t edemocraticamente eleito a 25de Janeiro de 2014. r

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4 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2014

assimetria foi fundamental parao processo de negociação quenasceu da constatação de que,entre outras questões, osEstados Membros da SADCestavam em diferentes níveis dedesenvolvimento económico.

Para fins de aplicação doProtocolo de Comércio, osEstados-Membros foramcolocados nas seguintescategorias: • Países Desenvolvidos

(principalmente África doSul, mas de facto a UniãoAduaneira Sul-Africana que

inclui Botswana, Lesotho,Namíbia e Swazilândia);

• Países em Desenvolvimento(Maurícias e Zimbabwe), e

• Países Menos Desenvolvidos(sendo os restantes, ou sejaAngola, RDC, Madagáscar,Malawi , Moçambique,Tanzânia, Seychelles eZâmbia). Com base nesses

agrupamentos, a SADC iniciouum programa de reduçãogradual de tarifas em escalasvariáveis de velocidade onde seesperava que o grupo de países

desenvolvidos antecipasse assuas reduções tarifárias paraalcançar "substancialmente todoo comércio" em cerca de cincoanos de implementação, até2005.

Para o grupo de países emdesenvolvimento em geral,esperava-se que concluíssem assuas reduções tarifárias em2007/08, enquanto a últimacategoria, os países menosdesenvolvidos, deveriaconcluir as suas reduções detarifas num período nãosuperior a 12 anos. r

O MALAWI e a República Unidada Tanzânia já deram o seu oprimeiro passo para a criação deum posto fronteiriço de paragemúnica no ponto de entradaSongwe-Kasumulu, no quadrode um esforço que visa facilitar alivre circulação de pessoas e bensentre os dois Estados Membrosda SADC.

Funcionários dos dois paísesassinaram um Memorando deEntendimento (MoU) em Março,que formalizou a criação de umúnico centro de alfândega eimigração na sua fronteiracomum.

De acordo com o Memorandode Entendimento, os postosfronteiriços de Kasumulu, naTanzânia, e Songwe, no norte doMalawi, estará operando sob omesmo guarda-chuva até o finaldo ano.

Conselho de Ministros daSADC, no Malawi, a Ministradas Finanças da Tanzânia,Saddah Mkuya Salum, disseque o desenvolvimento vaiajudar a reduzir o custo denegócios entre os dois países.

"O estabelecimento do centroúnico de alfândega e imigraçãona fronteira Songwe-Kasumulunão só irá reduzir os custos denegócios, mas também cimentaras relações bilaterais existentesentre os dois países", disse ela.

O Ministro da Indústria eComércio do Malawi, SostenGwengwe, disse que o posto defronteira comum trará eficiênciade pessoas, bens e serviços entreos dois vizinhos.

Ele disse que o arranjoactual, onde pessoas e bens sãosubmetidos a inspecçãomigratória duas vezes paraatravessar de um país paraoutro é dispendioso em termosde tempo gasto na fronteira.

Ele está confiante de que ocentro proposto vai facilitar otransporte de cargas de formamais suave do Malawi para aTanzânia, uma vez que oprimeiro é um país sem litoral.

Mkuya disse queespecialistas de ambos os paísesse reunirão em breve paradesenvolver um plano detrabalho sobre aforma deimplementar oprojecto. r

Ao abrigo do esquema deposto fronteiriço de paragemúnica, os viajantes e mercadoriassão sujeitas a procedimentosaduaneiros apenas uma vezpara a passagem para outropaís, em contraste com asituação actual em que eles têmque ser submetidos ao processomigratório em ambos os ladosda fronteira.

Espera-se que estedesenvolvimento resolvaquestões de atrasos, quemuitas vezes ocorrem nam a i o r i a d o s p o s t o sfronteiriços, e promova o bomfluxo de bens através daremoção de procedimentosoperacionais considerados"restritivos" nas fronteiras.

Falando durante a cerimóniade assinatura realizada àmargem da reunião do

C O M É R C I O

Maurícias removem todos os direitos aduaneiros sobre os produtos da SADC por Joseph Ngwawi

AS MAURÍCIAS tornaram-seno primeiro país a retirardireitos aduaneiros sobre todosos produtos importados dosEstados Membros da SADC,como parte dos esforços paramelhorar o comércio intra-regional.

Segundo a Câmara deComércio e Indústria dasMaurícias (MCCI), todos osprodutos importados de paísesda SADC estão livres deimposto a partir de 1 Janeiro de2014.

"De acordo com o Diário daRepública das Maurícias No.116de 28 de Dezembro de 2013…todos os direitos aduaneiros jáforam removidos nos restantesprodutos sensíveis, incluindoprodutos de plástico, óleocomestível, farinha de trigo,margarina, sabonetes, enxovaispara bebé, barras de ferro erefrigerantes ", indicou a MCCInum aviso.

Para se qualificar para isençãode imposto, todos os produtosdevem ser acompanhados de umcertificado de origem válido daSADC.

A remoção de tarifas está emconsonância com as disposiçõesdo Protocolo Comercial daSADC ao abrigo do qual osEstados-Membros concordaramem retirar gradualmente astarifas alfandegárias e asbarreiras não-tarifárias nocomércio intra-regional.

Implementação do Protocolocomeçou no ano de 2000 eprevia a eliminação gradual detodos os direitos aduaneirosentre os países da SADC, comum período de transição maislongo para a redução de tarifados produtos sensíveis.

O processo de negociaçãofoi realizado através da"abordagem pedido-oferta" sobos auspícios do Fórum deNegociação do Comércio, quese reuniu regularmente,conforme previsto no Protocolodo Comércio. O princípio da

Malawi e Tanzânia criam posto fronteiriço de paragem única

O Posto Fronteiriço de paragem única, na entrada Songwe-Kasumulu, fa-cilita a livre circulação de pessoas entre o Malawi e a República Unida daTanzânia.

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 5

BAD aprova estratégia nacional dasMaurícias

senvolvimento da capacidadehumana na região para a identifi-cação, preparação, avaliação ecomercialização de projectos deinfra-estrutura económica; e com-ercialização de propostas de in-vestimento.

O Vice-Secretário Executivoda SADC para a integração re-gional, o Dr. Thembinkosi Mh-longo saudou a PPDFsublinhando ser um salto gigan-tesco na direcção certa.

"Este é um passo importantepara a implementação do PlanoDirector de Desenvolvimento Re-gional de Infra-estruturas daSADC, uma vez que a infra-estru-tura é a base para o desenvolvi-mento económico e um dosprincipais impulsionadores de in-tegração regional e cooperação naregião da SADC", disse Mhlongo,durante a cerimónia de assi-natura o acordo.

O Chefe da delegação da UEpara o Botswana e SADC, GerardMcGovern, assinou o acordo emnome da União Europeia.

"Este programa vai diminuir odeficit de infra-estrutura naregião da África Austral. Esteprograma é uma resposta prag-mática para a elaboração e finan-ciamento de projectos deinfra-estruturas regionais", disseMc-Govern. Os 12 milhões deEuros são parte de um pacote de84 milhões de Euros que a EU secomprometeu a disponibilizarpara a SADC no âmbito do pro-grama 10º Fundo Europeu de De-senvolvimento (FED10).

Além do financiamento daUE, o Governo alemão, através

do Banco Kreditanstalt fürWiederaufbau (KfW), tambémcontribuiu com 4.8 milhões deEuros para este programa.

O Plano Director de Desen-volvimento Regional de Infra-estruturas da SADC foiaprovado pelos Chefes de Es-tado e de Governo na sua 32ªCimeira Ordinária realizada emAgosto de 2012, em Maputo,Moçambique.

A África Austral está aprocura de investimento e finan-ciamento para um programa esti-mado em 64 biliões de dólaresnorte-americanos para melhoraro transporte, energia e outrasinfra-estruturas ao longo dospróximos cinco anos.

O sector dos transportes tem omaior número de projectos noâmbito do Plano de Acção aCurto Prazo do Plano Director,com 40 projectos para a melhoriade estradas, ferrovias, portos epostos de fronteira, no valor decerca de 16,3 biliões de dólaresnorte-americanos.

É seguido pelo sector de en-ergia, que tem 16 projectos avali-ados em 12 biliões de dólaresnorte-americanos, que são direc-cionados para a implementaçãoaté 2017 na área prioritária detransporte, nomeadamente osque visam a expansão, reabili-tação e modernização dos portosde Durban e Walvis Bay; novosprojectos ferroviários e reabili-tação dos já existentes; novas lig-ações rodoviárias que ligamAngola e a RepúblicaDemocrática do Congo, e a re-abilitação de outros ao redor daregião; e um posto fronteiriço deparagem única em Beitbridgeentre África do Sul e Zimbabwe.

Os principais projectos de en-ergia apresentados durante a con-ferência para investidoresrealizada em Moçambique, em2013, incluem o projecto de in-terligação ZiZaBoNa a ser imple-mentado pelo Zimbabwe,Zâmbia, Botswana e Namíbia,bem como a proposta da Interli-gação Namíbia-Angola que vailigar o último ao Grupo de Em-presas de Electricidade da ÁfricaAustral. r

O BANCO Africano deDesenvolvimento aprovou umaestratégia para conduzir odesenvolvimento técnico deinfra-estruturas nas Mauríciasdurante os próximos cinco anos.

O Documento da Estratégiadas Maurícias (2014-2018projecta ajudar o país a construira sua competitividade ecapacidade de resistência achoques exógenos para fortalecera qualidade do crescimento eacelerar a transição do país paraaumento das receitas no País.

O Pilar I da estratégia temcomo alvo as actividades dereforma política destinadas aresolver a crise de energia,transporte, água e saneamento."Isso permitiria as Mauríciasmelhorar a qualidade e acapacidade de infra-estrutura,

de modo a atrair investimentosde maior valor agregado,aumentar a capacidade dosector privado nacional parapenetrar no mercado regional emelhorar a prestação de serviçopúblico", disse o BAD.

Espera-se também promovera transição gradual para ocrescimento "verde" nasMaurícias, apoiando o governoa operacionalizar a sua políticasobre a quota das energiasrenováveis de produçãonacional e reduzir a poluição daágua subterrânea.

No âmbito do Pilar II, aestratégia concentra-se emacções e reformas políticas queajudarão a melhorar aqualidade e a relevância daeducação e o fortalecer o capitalhumano. r

Programa de infra-estruturas da SADC recebe forte apoio da UE

I N F R A - E S T R U T U R A

por Danai Majaha

O PLANO Director de Desen-volvimento Regional de Infra-es-truturas da SADC recebeu, daUnião Europeia, um impulsocom a assinatura de um acordoavaliado em 12 milhões de Euros(cerca de 16.5 milhões de dólaresnorte-americanos) para fortalecera capacidade regional de desen-volvimento de projectos finan-ciáveis.

O acordo entre a SADC e aUnião Europeia, assinado emFevereiro, vai ajudar a suprir osdesafios enfrentados pela SADCna elaboração de projectos finan-ciáveis, especialmente para o sec-tor de infra-estruturas.

Apenas alguns dos projectosregionais identificados no Planode Acção a Curto Prazo do PlanoDirector (2013 2017) tem parte definanciamento assegurado, co-brindo apenas parte de um pro-jecto num país.

A maioria dos projectos estãona fase de viabilidade ou de es-tudo de pré-viabilidade, e não hánecessidade urgente de comple-tar estes num formulário quepode atrair financiamento.

A Projecto Preparação e Facil-idade para o Desenvolvimentoda SADC (PPDF) é um dosmecanismos institucionais pre-vistos para o conseguir.

Esta iniciativa tem como objec-tivo apoiar os Estados-Membrosda SADC a resolver os constrang-imentos do lado da oferta deinfra-estrutura que afectam o de-senvolvimento económico naregião, como forma de promovera integração económica regional.

Isso será feito por meio daidentificação e preparação de umconjunto de projectos de infra-es-trutura económica regional; de-

Investir no sector dos transportes aumenta a capacidade regional.

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A ÁFRICA AUSTRAL espera implementar novos projectos de energia,em 2014, que irão adicionar cerca de 5.500 Megawatts de electricidade paraa rede regional, no quadro dos esforços para atingir as metas regionais deauto-suficiência energética nos próximos quatro anos, de acordo com oGrupo de Empresas de Electricidade da África Austral (SAPP).

Os projectos de produção de energia previstos para este ano, novose modernizados, poderão adicionar cerca de 6.141 MW de energiaeléctrica, mas 685MW desta nova capacidade virá de Angola e daRepública Unida da Tanzânia, que ainda não estão ligadas à rederegional.

Outra nova energia virá da África do Sul, que este ano projecta 4.936MW, Zâmbia (195MW), Moçambique (175MW) e Botswana (150MW).

Em linha com a meta regional de aumentar gradualmente autilização de fontes de energia limpa até 2020, cerca de 36 por cento danova capacidade planeado em 2014 será a partir de fontes de energiarenováveis e será produzida por produtores independentes de energiana África do Sul.

Parte desta energia virá do Parque Eólico na região do CaboOcidental da África do Sul, que poderá vir a ser um dos maiores parqueseólicos na África Austral, produzindo 100 MW quando estiverconcluído.

Projectos de Energia Solar Concentrada (CSP) poderão adicionarmais de 1.800 MW à rede eléctrica.

Os sistemas CSP usam espelhos ou lentes para concentrar umagrande área de luz solar numa pequena área. A energia eléctrica éproduzida quando a luz concentrada é convertida em calor, que accionaum motor de calor ligado a um gerador de energia eléctrica.

Os Países da África Austral concordaram em 2012 em aumentar acaptação de fontes de energia limpa que contribuem menos para aemissão do carbono.

Isto ocorre após a adopção de uma ampla gama de estratégias quevisam alinhar a região com as novas tendências do sector de energia

ÁFRICA DO Sul manifestou interesse emparticipar no projecto ZiZaBoNa, umainterligação de transmissão de energia eléctricaque actualmente envolve o Zimbabwe,Zâmbia, Botswana e Namíbia.

De acordo com o engenheiro-chefe doGrupo de Empresas de Electricidade da ÁfricaAustral (SAPP), Alison Chikova, aconcessionária Sul-Africana de energia,Eskom, finalizou um exercício de diligênciainterna para estabelecer as implicaçõesfinanceiras e comerciais de adesão ao projectoZiZaBoNa.

Ele disseque a Eskom espera designarconsultores que irão informar sobre asmodalidades de se tornar parte do projecto.

Uma comissão de advogados doZimbabwe, Zâmbia, Botswana e Namíbiareuniu-se recentemente na Namíbia para

discutir como o projecto ZiZaBoNa seráestruturado. O Comité de AdvogadosZiZaBoNa analisou o Acordo de Accionistasdo Projecto, nos aspectos em que os respectivosserviços públicos de energia dos quatro paísesterão participações iguais e financiar parte doprojecto que cair dentro das suas fronteirasnacionais.

O projecto de interligação tem a capacidadede aumentar a comercialização de energiaentre as concessionárias participantes, bemcomo fornecer uma rota de transmissão deenergia alternativa e ajudar a descongestionaro actual corredor de transmissão centro, queactualmente passa pelo Zimbabwe.

O projecto ZiZaBoNa ajudará a fornecer umoutro caminho e, portanto, aumentar ocomércio entre as partes norte e sul da SADC.

A capacidade inicial da interligação de

transmissão será de 300 Megawatts (MW), quemais tarde subirá para 600 MW.

O projecto será implementado em duasfases. A primeira fase irá abranger a construçãode uma linha de 330kilovolt de 120quilómetros, da Estação Eléctrica de Hwangea Victoria Falls, onde uma estação deinterligação será construída no lado doZimbabwe. A linha vai estender-se a umasubestação em Livingstone, na Zâmbia.

A segunda fase envolverá a construção deuma linha de 330kV de 300 km de Livingstonea Katima Mulilo, na Namíbia, atravésPandamatenga, no Botswana.

A interligação Zimbabwe-Zâmbia seráconstruída como uma linha de alta tensão comuma capacidade de transmissão de 430kV. Noentanto, ela irá operar como uma linha de330kV durante a primeira fase. r

6 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2014

global, que agora favorecem as energias renováveis em detrimento doscombustíveis fósseis.

Na reunião realizada no Botswana, em Abril de 2012, especialistasem energia da região concordaram que o SAPP deve alcançar um mistode energia renovável na rede regional de pelo menos 32 por cento, até2020, e 35 por cento, em 2030.

Também concordaram que os Estados-Membros deviam identificartodos os projectos de energia renovável que podem ser ligados à rederegional e que o SAPP deve elaborar um Plano de Desenvolvimento deEnergia Renovável que lista os projectos de acordo com a prioridadeque deve ser vinculado ao Plano Director Regional de DesenvolvimentoInfra-estruturas da SADC.

Foi acordado que, até 2015, todos os Estados Membros da SADC e oSAPP deverão ter avaliado a sua capacidade de rede para as energias

África do Sul interessada em aderir ao ZiZaBoNa

SAPP projecta 5.500MW de en

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A FALTA de dados estáafectando a finalizaçãode um relatório sobre asituação regional donível de tarifas de energia eléctricada África Austral. O SecretárioExecutivo da Associação Regionalde Reguladores de EnergiaEléctrica da África Austral (RERA),Elijah Sichone, disse que afinalização de uma actualização dasituação regional sobre as tarifasestá a ser prejudicada por atrasoe/ou apresentação de dadosincompletos dos Estados-Membros.

Ele disse que os órgãosreguladores de apenas seis Estados-membros da SADC tinhamapresentado dados sobre as suastarifas ao mesmo que nenhumretorno havia sido recebido dosrestantes nove países.

Os formulários preenchidosforam recebidos dos órgãosreguladores no Lesotho, Namíbia,África do Sul, Swazilândia, Zâmbiae Zimbabwe.

"A RERA precisa de ajudaurgente para finalizar aactualização da situação, incluindoa colecta oportuna e sustentável dedados / submissão de publicações",disse Sichone durante a 13 ª reuniãodo Grupo Temático de Energia daSADC realizada em Gaborone,Botswana, em Fevereiro.

A RERA trabalha desde 2010com o Secretariado da SADC e do

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 7

renováveis e as necessidades identificadas para a modernização da rede,se houver; e que todos os países deveriam ter realizado avaliaçõesambientais estratégicas para os vários tipos de energias renováveis nosseus países. r

ergia adicional na Região

Seychelles criaregulador deenergia

AS SEYCHELES tornaram-se nomais recente Estado-Membro daSADC a criar uma instituição pararegular as operações do sector deenergia.

A recém criada Comissão deEnergia das Seychelles (SEC)torna-se a 12ª reguladora deenergia na região da SADC.

Existem outros órgãosreguladores em Angola ,Lesotho, Madagáscar, Malawi,Moçambique, Namíbia, África doSul, Swazilândia, República Unidada Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

O Escritório de Regulação deEnergia Eléctrica (ORE) deMadagáscar, no entanto, não émembro da Associação Regionalde Reguladores de EnergiaEléctrica da África Austral(RERA).

Os restantes três EstadosMembros da SADC (Botswana,RDC e Maurícias) estão emvários estágios de reforma dosector de energia. Dos 12Estados-Membros com órgãosreguladores, quatro sãoreguladores de electricidade, seissão reguladores de energia e doissão reguladores multissectoriais(energia / água).

Os reguladores de electricidadesão o Instituto de RegulamentoSector Eléctrico de Angola, oConselho Consultivo Nacional deEnergia Eléctrica (Moçambique), eÓrgão de Controlo de Electricidade(Namíbia).

Os reguladores da energiadisponíveis na região são aAutoridade Reguladora deEnergia do Malawi, o ReguladorNacional de Energia da África doSul, Autoridade Reguladora deEnergia da Swazilândia, aReguladora de Energia Eléctricada Zâmbia e a EntidadeReguladora Energia doZimbabwe.

As entidades reguladorasmultissectoriais são a AutoridadeElectricidade da Água do Lesothoe a Autoridade Reguladora deEnergia e Água da Tanzânia. r

Falta de dados atrasa Relatório sobre aSituação de Tarifas

tarifas afectam negativamente aÁfrica Austral e há um consensogeral sobre a gravidade e oprovável impacto do problema.

As actuais tarifas de energia daSADC não mostram sinais clarospara atracção de novosinvestimentos e conservação deenergia, nem se revelam eficientespara os consumidores.

Um estudo realizado pelaRERA, em 2009 com o apoio doCentro Global de Competitividadeda África Austral (Centro deComércio da USAID) mostrou queo sector de energia da região não éauto-sustentável.

De acordo com o levantamento,as tarifas de electricidade na regiãoda SADC variam de 2,7 cêntimosdo dólar norte-americano (USc)por quilowatt-hora (kWh) para12,5 USc / kWh.

Em alguns casos, o custo deprodução de electricidade é maiordo que o que as empresas cobram. Por exemplo, a produção de umkWh de energia hidroeléctrica -que é o segundo método maiscomum de produção de energia naregião depois do carvão - custaentre 6 e 8 USc, enquanto aprodução de um kWh de energiaeléctrica em qualquer centraltérmica custa, em média, 7,5 USc.

O estudo mostrou que Angola ea República Unida da Tanzâniatinham as tarifas mais altas naregião, de 12,5 USc / kWh e 12 USc/ kWh, respectivamente. A Zâmbiatinha as tarifas mais baixas deenergia eléctrica fixadas em 2,7USC / kWh seguida pelasSeychelles (3,2 USc / kWh) e pelaÁfrica do Sul (3,7 USc / kWh). r

685 MWNão

Interligados

1982 MWEnergia

Renovável

PROJECTOS DE PRODUÇÃO – METAS PARA 2014

Grupo de Empresasde Energia da ÁfricaAustral para produzirum relatório anual

sobre as tarifas de energia eléctricada SADC e indicadores dedesempenho.

Esse documento tem servidode instrumento essencial deinformações sobre as tendênciasregionais referentes às tarifas daindústria de abastecimento deenergia e de indicadores específicosde desempenho para os Governos,reguladores, serviços públicos,organizações da sociedade civil,universidades, investidores eoutras partes interessadas.Evidências mostram que as baixas

PaísAngolaAngolaAngolaAngola

TanzâniaTanzâniaTanzânia

RASRAS

RAS

RASRAS

RAS

RAS

Moçambique

Botswana

Zâmbia

Zâmbia

Tipo

HidroeléctricaTérmicaTérmicaTérmica

GásGásGás

Gás

Térmica

Hidroeléctrica

Gás

Eólica

PV, CSP, Solar

PV, CSP, Solar

GásTérmica

Hidroeléctrica

Hidroeléctrica

Empresa NomeCapacidade

(MW)

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AS CHEIAS tornaram-se uma característica cocorrem podem causar perda de vidas humacasas, culturas e infra-estruturas, e causar a ehoje olha para as medidas tomadas pelos Estados Sistemas de Aviso Prévio, prontidão e resinerentes.

MOÇAMBIQUE É seriamente afectado porcheias, principalmente porque é atravessado pornove rios internacionais, tornando-separticularmente vulnerável.

O país sofreu a sua pior cheia no ano de 2000,que deixou cerca de 700 pessoas mortas ecentenas de outras pessoas deslocadas, de acordocom as estatísticas oficiais.

No entanto, o governo já criou uminstituto extremamente dinâmico degestão de desastres para lidar comtais fenómenos.

O fortalecimento do InstitutoNacional de Gestão de Calamidades

(INGC) Moçambique, ao longo devários anos, tem mostrado resultados

reflectidos na diminuição de pessoasafectadas pelas cheias, devido Sistemas

eficazes de Aviso Prévio, bem comoserviços de rápida evacuação dos afectados

pelas cheias. Por exemplo, em Março de 2014, o

INGC salvou vidas quando alertouatempadamente os moradores da Aldeia 3

Fevereiro de perto a bacia do rio Incomáti, nodistrito de Manhiça, para deixar a área antes dascheias atingirem aquela área.

"Estamos a apelar a população a deixar a área",afirmou a porta-voz do INGC, Rita Almeida, naAntena Nacional, acrescentando que as pessoasque vivem na bacia do Incomáti estavam em riscode inundações, porque os níveis de água ao longodo rio tinham atingido cerca de 5,9 metros naszonas mais baixas do distrito.

A maioria das pessoas seguiu o conselho e serefugiaram em abrigos de emergência em terrenosmais altos.

O Presidente Armando Guebuza elogiou"a forma como o povo acatou as instruçõespara se retirar das zonas de risco." Eleapelou a todos os intervenientes, incluindo ogoverno, líderes comunitários, organizações dasociedade civil e o público, para permanecer emestado de alerta contra a possível ocorrência decheias.

Além de melhorar o seu sistema de avisoprévio, Moçambique também tem investidofortemente na gestão de desastres.

Entre 2009 e 2011, o governo moçambicanocolocou a disposição cerca de 275 milhões dólaresnorte-americanos para as acções de redução dorisco de desastres.

Este enorme investimento é essencial paraMoçambique já que o País aprende e consolida amaneira de lidar com os vários tipos de desastres.

Zâmbia e Zimbabwe melhoram a coordenação naabertura de comportas daBarragem de KaribaEM TODAS as épocas chuvosas as comportas daBarragem de Kariba têm de ser aberta para aliviara pressão na parede da barragem.

No entanto, a abertura das comportas tem umefeito negativo sobre as pessoas que vivem pertodas margens do rio Zambeze, particularmente ajusante da barragem.

Apesar da barragem de Cahora Bassa, emMoçambique também ter a capacidade deacomodar o súbito fluxo de água quando ascomportas são abertas em Kariba, houve casos emque o fluxo repentino causou graves inundaçõesao longo do Vale do Zambeze, especialmente naNamíbia e em Moçambique.

Como resultado disto, Zâmbia e Zimbabwe,que gerem a Barragem de Kariba através daAutoridade do Rio Zambeze, introduziram ummecanismo que garante que a abertura dascomportas seja bem gerida.

Por exemplo, somente uma comporta estáaberta, em qualquer momento particular, emcomparação com o passado, quando duas ou maisportas poderiam ser abertas ao mesmo tempo.

Além disso, a abertura das comportas éanunciada pelo menos com sete dias deantecedência e comunicada a todas as partes,incluindo as comunidades locais, bem como as deMoçambique e da Namíbia.

A melhoria na coordenação na comunicaçãoda abertura de comportas Kariba, permite que aspessoas se mudem para um lugar mais alto,reduzindo os impactos de possíveis inundações

Sistema de Aviso Prévio salva vidas em Moçambique

8 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2014

Fortalecimento G E S T Ã O D E D E S A S T R E S

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que ocorrem geralmente perto das margens do rioZambeze, quando as comportas são abertas.

Maurícias estabelecem sistema deprontidão a tempestades VAGAS DE tempestade são comuns nas Mauríciasdevido à sua localização costeira do Oceano Índicoe causam a perda de vidas e destruição de infra-estruturas.

Para lidar com esse desafio, as Mauríciasadoptaram um plano de alerta prévio de vagas detempestade.

O Sistema de Aviso Prévio a (EWS), divulgadoem Março, será implementado conjuntamente pelosServiços Meteorológicos das Maurícias e peloMinistério do Meio Ambiente e DesenvolvimentoSustentável.

Os Serviços Meteorológicos das Maurícias irãogerir o sistema e detectar tempestades antes deatingirem o país.

As informações serão divulgadas para aspessoas que vivem em áreas que estão de alto riscoa tempo de serem evacuadas para terrenos maiselevados.

Prevê-se que as pessoas que vivem nas zonascosteiras tenham conhecimento de possíveis vagasde tempestade com pelo menos três horas deantecedência.

Mais de 226 mil pessoas nas Maurícias vivem nazona costeira e são directamente vulneráveis aosefeitos de tempestades.

A tempestade é normalmente gerada porcondições climáticas extremas causadas pormudanças do nível do mar. O fenómeno maisperigoso está associada a ciclones que sãoresponsáveis por mais de 70 por cento das mortes edanos.

O EWS, que visa proteger as vidas e meios desubsistência das comunidades costeirasvulneráveis, poderá vir a melhorar a compreensãodas mudanças climáticas entre os residentes edesenvolver a capacidade das comunidades pararesponder aos desastres.

Espera-se que esteja operacional em Julho de2014. O Ministério do Meio Ambiente eDesenvolvimento Sustentável se comprometeu adisponibilizar recursos financeiros significativospara garantir que o sistema seja um sucesso.

O EWS é um dos componentes do Fundo deAdaptação, um fundo internacional que financia

comum na África Austral e cada vez que elasanas e de animais bem como a destruição derupção de epidemias. A revista África Austral

ados Membros da SADC no tocante ao reforçosposta aos impactos das cheias e aos desafios

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 9

da Gestão de Desastres na África Austral

KuombokaO KUOMBOKA é umacerimónia tradicional anual,celebrada no final de Março ouinício de Abril pelo povo Lozi,da província ocidental daZâmbia. A cerimónia assinala omovimento sazonal do ChefeSupremo, o Litunga, dasplanícies de inundação para asterras altas, assim o nome Kuomboka significa "sair da água".

G E S T Ã O D E D E S A S T R E S

projectos e programas destinados aajudar os países emdesenvolvimento a se adaptaremaos efeitos nocivos das mudançasclimáticas.

Ele foi criado no âmbito doProtocolo de Quioto daConvenção-Quadro das NaçõesUnidas sobre Mudanças doClimáticas.

África do Sul usa diquese sistemas hidráulicos A ÁFRICA do Sul foi seriamente atingida porcheias nos últimos anos, e em 2011 mais de 90pessoas morreram devido a inundações.

Em resposta a isso, o governo começou aconstruir diques e sistemas hidráulicos paragarantir que as cheias sejam mitigadas e nãotenham um impacto ainda mais grave.

Os diques e sistema hidráulico capturam partedo aumento nos fluxos de água, limitando o seuimpacto sobre as pessoas e bens.

Outras iniciativas regionais OS ESTADOS Membros da SADC estão tambémajudar uns aos outros a lidar com as inundações,uma vez que as cheias atingem qualquer regiãogeográfica.

Por exemplo, a Namíbia enviou trêshelicópteros para o Zimbabwe em Fevereiro, pararesgatar e evacuar mais de 600 pessoas na baciahidrográfica de Tokwe-Mukosi severamenteafectada pelas cheias em Masvingo, no sul do país.

Para complementar as medidas de resiliênciaconvencionais, outras estratégias tem sidoadoptadas a partir da adopção ou incorporaçãode acções e culturas locais de resposta asadversidades através do uso das tradições locais,conhecidas por sistemas de conhecimentoindígena, transmitidas de forma oral sem quetenham sido escritas (ver caixa). r

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10 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2014

O ministro das Finanças,Xavier Duval, disse que ogoverno vai comprarparticipações até 10 por cento,mas não mencionou quaisquerempresas específicas.

"Estamos optimistas em atrairmais parceiros uma vez que os

fundos de pensão e de quitaçõesprivadas e ajudariam a aumentaro Fundo de África para 2 biliõesde Rupias", disse Duval.

As Maurícias vem tentandoreduzir a sua dependência doturismo, do açúcar e dos têxteisporque agora as empresas a

AS MAURÍCIAS lançaram umfundo de 500 milhões deRupias (17 milhões de dólaresnorte-americanos) paracomprar participações emempresas locais que queiramexpandir os seus negócios naÁfrica.

crescer em serviços bancários,outsourcing, imobiliária eturismo médico. r

americanos, está localizado acerca de 70km de distância dacapital Mbabane e temcapacidade para lidar com 300passageiros por hora, enquantosua pista poderá receber jactosJumbo quando estivertotalmente operacional.

O aeroporto, no entanto,ainda aguarda a licença de

exploração pela AssociaçãoInternacional de TransportesAéreos (IATA).

Esta nação da África Australnão tem uma companhia aéreaprópria e é actualmente servidapor SA Airlink, da África do Sul,que opera a partir de umpequeno aeroporto na cidadecomercial de Manzini. r

O REI Mswati III inaugurou umnovo aeroporto na Swazilândia,em Março, que tem capacidadepara lidar com aeronavesmaiores e mais passageiros.

O Aeroporto InternacionalRei Mswati III, avaliado em 280milhões de dólares norte-

Rei Mswati inaugura novo aeroporto da Swazilândia

Botswana e Namíbia assinamacordo de porto seco

O BOTSWANA E a Namíbiavão assinar um acordo que vaipermitir aos dois países vizinhosdesenvolver 1,500 km deferroviária para o transporte decarvão ao porto de Walvis Bay.

O Presidente Executivo daCâmara de Minas do Botswana,Charles Siwawa, disse que"falhas técnicas" que atrasaram oprojecto da ferrovia Trans-Kalahari já foram resolvidas.

Ele disse que o acordo dejoint-venture irá pavimentar ocaminho para iniciativas definanciamento e concursospúblicos.

Isto ocorre após um acordode princípio entre a Namíbia eBotswana no ano passado para aconstrução de uma linhaferroviária Trans-Kalahari quevai transportar mercadorias,principalmente carvão, doBotswana para Walvis Bay.

Depósitos de carvão deMorupule, no Botswana,figuram entre os maiores domundo e tem a capacidade

para exportar cerca de 100milhões de toneladas de carvãopor ano.

A linha ferroviária Trans-Kalahari está em discussão avários anos e é consideradaideal para exportar o carvãoatravés de Walvis Bay. r

MALAWI iniciou um programapara explorar novos mercadospara o seu tabaco, uma vez quevisa a diversificar sua base declientes.

Uma delegação do Malawicompletou uma viagempromocional ao Egipto e aosEmirados Árabes Unidos, emMarço.

O Director Executivo daComissão de Controle doTabagismo (TCC), BruceMunthali, disse que a missãogerou um grande interesse depotenciais compradores quepediram amostras do tabaco doMalawi, especialmente avariedade Burley.

"A missão promocionalrendeu sucessos porqueconseguimos aumentar avisibilidade do tabaco do Malawinos países que visitamos e hásinais positivos de que possamosver as demandas de exportaçãode tabaco a aumentar."

Munthali disse que váriasempresas dos países visitadostambém manifestaram interesseem investir na indústria defabricação de cigarros. O Malawitem apenas uma empresa defabricação de cigarros. (TheNation) r

As Ilhas Seychelles registaramum crescimento de 11 por centonas chegadas de turistas em2013 graças ao forteinvestimento e desempenho dosector do turismo da companhiaaérea nacional.

O Presidente James Michelrevelou que as Seychellesreceberam mais de 230.000visitantes em 2013, um aumentode 11 por cento sobre o ano 2012.

"Ao mesmo tempo,continuamos a atrairinvestimentos, tanto locaiscomo estrangeiros, no sector deturismo", disse ele no seudiscurso do Estado da Nação.

O número de pousadas ehotéis aumentou de 417 em 2012para 438, e capacidade dequartos aumentou sete por centodurante o mesmo período.

Dois grandes hotéis estão emconstrução em Beau Vallon eBelOmbre, que poderãoaumentar a capacidade dequartos para 300 e criar 600novos postos de trabalho. r

Chegada de turísticas sobe 11por cento nasSeychelles

Malawi explora novosmercados para otabaco

MOEDAS Abril 2014

País Moeda (US $1)Angola Kwanza (100 lwei) 97.59Botswana Pula (100 thebe) 8.89RDC Franco Congolês 912.50Lesotho Maloti (100 lisente) 10.68Madagáscar Ariary 2,344.00Malawi Kwacha (100 tambala) 404.55Maurícias Rupia (100 cêntimos) 29.90Moçambique Metical (100 centavos) 31.55Namíbia Dólar (100 cêntimos) 10.68Seychelles Rupia (100 cêntimos) 12.04África do Sul Rand (100 cêntimos) 10.68Swazilândia Lilangeni (100 cêntimos) 10.68Tanzânia Shilling (100 cêntimos) 1,632.00Zâmbia Kwacha (100 ngwe) 6.03Zimbabwe Dólar norte-americano (100 cêntimos) 1O Zimbabwe usa, desde 2009, um sistema de moedas múltiplas, no qual o dólar norte-americano é a moeda de maior circulação.

B R E V E S N E G Ó C I O S

Maurícias apoiam expansão de empresas em África

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 11

G É N E R O

O PARLAMENTO Sul-Africanoaprovou a Lei de Autonomia dasMulheres e Igualdade de Género(WEGE) num passo descritocomo um marco importante paraa igualdade de género nossectores público e privado.

A Lei foi aprovada pelaAssembleia Nacional em Marçoe encaminhada ao ConselhoNacional de Províncias (NCOP),onde mais consultas deverãoocorrer a nível de base em todasas províncias.

A Lei prevê a realizaçãoprogressiva da representação, nados 50 por cento, das mulheresnas estruturas de tomada dedecisão, acesso melhorado e igualà educação e à formação edesenvolvimento decompetências, bem comomedidas para promover eproteger a saúde reprodutiva dasmulheres, práticas de eliminaçãoda discriminação e actosprejudiciais incluindo a violênciabaseada no género.

A actual representação dasmulheres nas estruturas degovernação é de 44 por centopara o Parlamento, 42 por centono Governo central e 38,4 porcento no Governo Local.

"A Lei reafirma o cometimentona promoção da igualdade dogénero e a proibição dadiscriminação baseada no género,em conformidade com a Lei dosDireitos previstos na Constituiçãoe Instrumentos Internacionaisassinados e ratificados pela Áfricado Sul,” disse Lulu Xingwana,Ministra da Mulher, Crianças ePessoas Portadoras deDeficiência.

CINCO PROCESSOS eleitoraisnacionais, previstos para este anoÁfrica Austral, designadamentena África do Sul, Malawi,Botswana, Moçambique eNamíbia serão estratégicos emdiversos aspectos.

Estes processos ocorrem umano antes do prazo para a

Namíbia actua contra Violência Baseada no Género

África do Sul aprova Lei de Igualdade de Género

SADC atingir a meta de 50:50 derepresentação de homens emulheres nos principais cargosde tomada de decisão.

De acordo com o Protocolo daSADC sobre Género eDesenvolvimento, que entrou emvigor em 2013, após a ratificaçãopor dois terços dos signatários,

os países da África Austral devealcançar 50:50 de representaçõesnos principais cargos de tomadade decisão até 2015.

No entanto, apenas cincopaíses da SADC estãosignificativamente próximos deatingir a meta de paridade noParlamento, estando acima do

limiar de 30 por cento definidoanteriormente pelos líderesregionais no tocante arepresentação de mulheres noscargos de tomada de decisões.

Trata-se das Seychelles (43,8por cento), África do Sul (42,3por cento), Moçambique (39,2por cento), República Unida daTanzânia (36 por cento) eAngola (34,1 por cento).

O Zimbabwe, que introduziuum sistema de quotas ao abrigoda nova Constituição, tem agora31,5 por cento de representaçãode mulheres na AssembleiaNacional.

A representação média demulheres no parlamento estámuito aquém da meta de 50 porcento acordado no âmbito doProtocolo da SADC sobre Géneroe Desenvolvimento, apesar de teraumentado de 20,6 por cento e 23por cento, em 2005 e 2011respectivamente, para 25,8 porcento nos meados de 2013.

Em termos de representaçãode mulheres no Governo, apenasa África do Sul superou aanterior meta de 30 por cento,mas mais mulheres na região têmagora uma maior variedade depastas ministeriais, como apolítica externa, assuntosinternos, defesa, finanças,educação, saúde e comércio eindústria. sardc.net r

Os instrumentos regionais einternacionais de que a África doSul aderiu incluem a Convençãosobre a Eliminação daDiscriminação contra asMulheres, Plataforma de Acçãode Beijing, o Protocolo da UniãoAfricana, o Protocolo da SADCsobre Género e Desenvolvimento,e o s O b j e c t i v o s d eDesenvolvimento do Milénio.

A África do Sul junta-se aoutros Estados Membros daSADC que têm leis de igualdadede género.

Estes incluem o Malawi,que aprovou a Lei de Igualdadede Género em 2013 que,e n t r e o u t r a s c o i s a s ,visa promover a igualdadeem todas as esferas dasociedade. r

O GOVERNO da Namíbiaprometeu agir rapidamente paraimplementar medidas queasseguram que os autores deViolência Baseada no Génerosejam severamente punidos.

O Presidente HifikepunyePohamba disse que as medidasincluem alterações à legislaçãoexistente, nomeadamente a Leido Processo Penal e a Lei doServiço Correccional, paraapertar os requisitos de caução eproibição da liberdadecondicional para culpados.

Ele disse que a nova legislaçãovai impor penas de prisão maiorsobre as pessoas condenadas por

delitos. A Namíbia assistiu umgrande aumento de casos deviolência doméstica no anopassado, a maioria envolvendo oassassinato de mulheres porparte dos seus maridos ouparceiros.

"Perante esta situação semprecedentes, é preciso tomarmedidas urgentes. Nósprecisamos de nos unir comonação e enfrentar este fenómenofeio com uma determinação",disse Pohamba.

O Governo namibianoelaborou uma resolução especialem Março, para alterar a Lei doProcesso Penal de 1977 para

apertar os requisitos para opedido de pagamento de cauçãopor pessoas acusadas de actosde violência de violênciadoméstica.

Pohamba disse que aNamíbia está a planear realizaruma Segunda ConferênciaNacional sobre a ViolênciaBaseada no Género (VBG) naqual o País vai tentar encontrarsoluções para a VBG.

O líder namibiano discursavaperante cerca de 10.000 pessoasque se reuniram na capitalWindhoek no Dia Internacionalda Mulher, num culto pelasvítimas da VBG. r

Parlamento Sul Africano na Cidade do Cabo

Tempo para Paridade do Género

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12 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2014

O partido Frelimo dopresidente Armando Guebuzaterá um candidato diferente esteano, uma vez que Guebuzacumpriu os dois mandatospermitidos pela Constituição dopaís.

Ele continua a ser o líder dopartido. O candidato da Frelimo,para a presidência do País é FilipeJacinto Nyussi, Ministro daDefesa, que foi eleito pelo ComitéCentral do Partido o mêspassado.

Nyussi, 55 anos, nasceu emMueda, na província nortenha deCabo Delgado, facto que sinalizaque o partido está a começar amudar o foco para o norte, ricoem recursos do País, e regresso àssuas raízes.

Cabo Delgado foi o coração ea sede da guerra de libertação emMoçambique (1964-1975),apoiada pela República Unida daTanzânia.

Ambos os países identificaramrecentemente reservassignificativas de gás natural nomar e na região da fronteira, emuitos minerais estratégicosestão localizados na área.

Nyussi nasceu a 9 deFevereiro de 1959 e cresceu com omovimento de libertaçãonacional que conquistou aindependência do domíniocolonial Português.

Quando ele tinha dois anos deidade, ocorreu um incidente emMueda a 16 de junho de 1960 quefoi tão importante na mobilizaçãoe politização dos moçambicanostal como o massacre deSharpeville, ocorrido três mesesantes, foi importante para os sul-africanos.

A polícia colonial disparoucontra manifestantes desarmadosque exigiam melhores condiçõesde vida e salários nas fazendas dealgodão, no que ficou conhecidocomo o massacre de Mueda.Cerca de 500 pessoas morreram,embora os números exactostenham sido ocultados pelasautoridades coloniais.

Ambos os pais de Nyussieram veteranos da guerra, queestava começar na época em quefoi levado, através do rio Rovumajunto a fronteira com a Tanzânia,

para a escola primária Frelimoem Tunduru do outro lado dafronteira.

A Tanzânia forneceu abrigopara os refugiadosmoçambicanos e uma base deretaguarda para os guerrilheirosda Frelimo, incluindotreinamento e equipamento, bemcomo hospedagem do Comité deLibertação da Organização daUnidade Africano (OUA).

Nyussi é da etnia Makonde eda União Nacional AfricanaMakonde (mais tarde UniãoNacional Africana deMoçambique) que foi um dosprimeiros movimentos formadospara exigir a independência, eum dos três partidos que seuniram para formar a Frelimoem 1962.

A Frelimo lançou a guerra delibertação em Cabo Delgado, a 25de Setembro de 1964, e o homemcreditado para disparar osprimeiros tiros é antecessorpopular de Nyussi comoMinistro da Defesa, AlbertoChipande, que foi nomeado peloprimeiro Presidente, SamoraMachel, depois daIndependência em 1975 eocupou o cargo até 1986.

O jovem Filipe Nyussi foicapaz de voltar para casa durantea guerra para iniciar o ensinosecundário na escola da Frelimoem Mariri, em Cabo Delgado, atéentão uma zona liberada, eterminou mais tarde na EscolaSecundária Samora Machel, naBeira, após a independênciaalcançada a 25 de Junho de 1975.

Mais tarde, ele se formou emengenharia mecânica (1990), ejuntou-se a empresa dos Portos eCaminhos de Ferro deMoçambique (CFM), tornando-se Director Executivo do CFMNorte de 1995-2007, durante umperíodo em que Guebuza eraMinistro dos Transportes eComunicações.

Se for eleito no dia 15 deOutubro deste ano, ele vai setornar o primeiro presidenteoriginário do Norte, uma vastaregião que se estende por 2470km ao longo da costa sudeste daÁfrica entre Tanzânia e África doSul. O actual Presidente

Guebuza, que é do sul, tambémcresceu no norte e lutou naguerra de libertação.

Nyussi foi nomeado peloPresidente Guebuza comoMinistro da Defesa, em 2008, eeleito para o Comité Central doPartido em 2012.

A oposição Renamo, quedetém 51 assentos na AssembleiaNacional, retomou os ataquesarmados isolados na principalestrada norte-sul a partir de umabase localizada perto daGorongosa, província de Sofala,no centro do país, que lembra adesestabilização do país, nadécada de 1980, que consistia nasabotagem económica e física,apoiado pelo então regime doapartheid na África do Sul.

Renamo não participou naseleições municipais deNovembro e há pouca indicaçãode que possa melhorar o seudesempenho a nível nacional. Outro concorrente nas eleições éo MDM, liderado por DavizSimango, que se separou daRenamo em 2009.

O MDM conta apenas comoito assentos na AssembleiaNacional, mas teve um bomdesempenho nas eleiçõesmunicipais realizadas em 54municípios em Novembro de2013, vencendo a presidência e asassembleias municipais dasprincipais cidades (Beira,Quelimane e Nampula),enquanto a Frelimo varreu oresto e está confiante na vitória.

O MDM, também estáconfiante após a expansão do seuapoio em áreas urbanas eanunciou que o seu objectivo éganhar uma maioria naAssembleia Nacional. sardc.net r

Processo eleitioral Moçambicano em cursopor Phyllis Johnson

O RECENSEAMENTOeleitoral em Moçambiquecomeçou em Fevereiro, oitomeses antes das eleiçõesmarcadas para o deste ano.

Esta primeira fase depreparação das eleições, previstapara decorrer até 29 de Abril, foiprorrogada por mais 10 dias, apedido de um dos partidos deoposição, a Resistência Nacionalde Moçambique (Renamo).

O processo vai, portanto,terminar no dia 9 de Maio e seráseguido pelo registo dos partidospolíticos e dos candidatos para aseleições presidenciais, legislativase provinciais previstas para 15 deOutubro de 2014.

Para as eleiçõesparlamentares, cada lista deveconter candidatos provinciaissuficientes para preencher todosos lugares atribuídos a essaprovíncia, além de pelo menostrês candidatos suplentes.

Isto parece descartar apossibilidade de partidosmenores terem a oportunidade deganhar assentos. No entanto,espera-se que 20 ou 30 partidospossam apresentar pedidos deregisto em Maio, uma vez que oEstado prevê o financiamento decampanhas eleitorais e dequalquer partido cujoscandidatos sejam aceites pelaComissão Nacional de Eleições deterem o direito a uma parte dosrecursos.

Os três principais partidospolíticos deverão apresentar listascompletas de candidatos ouextensas, embora a Renamopossa lutar para fazê-lo, depoisde ter perdido uma parte dosseus membros, financiamento eapoio a favor do MovimentoDemocrático de Moçambique(MDM).

Os três maiores partidosidentificaram os seus candidatosà presidência para disputar aseleições, incluindo AfonsoDhlakama, da Renamo e DavizSimango, líder do MDM, que é oactual Edil da Beira, queconquistou mais um mandato naseleições municipais realizadas emNovembro do ano passado.

E L E I Ç Õ E S

Candidatos as eleições presidenciais emMoçambique, da esquerda para a direita DavisSimango, Afonso Dhlakama e Filipe Nyussi.

Presidente moçambicano,Armando Guebuza

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 13

P A Z & S E G U R A N Ç A

por Joseph Ngwawi

PARA A MAIORIA daspessoas na África Austral, oconflito na República CentroAfricana é um assunto distanteseparado da situação política eeconómica na África Austral.

No entanto, um conflitoviolento e brutal está em cursonum país que faz fronteira coma República Democrática doCongo (RDC), um Estado-membro da SADC.

Quatro pessoas diferentesocuparam a Presidência desdeMarço de 2013 e, actualmente aex-edil de Bangui é Presidenteinterino, Catherine Samba-Panza.

A capital, Bangui, está na áreade fronteira e, inevitavelmente,há transposição para o norte daRepública Democrática doCongo com o potencial para umanova escalada, embora a maiorparte da violência está ocorrendoem áreas rurais no norte do país,na fronteira com o Chade.

A fase actual de violência naRepública Centro Africana(RCA) começou em Janeiro doano passado. Quase um milhãoda população da RCA de 4,8milhões, desde então, fugiu dassuas casas e entre 80.000 e100.000 refugiados já fugirampara os países vizinhos,incluindo a RDC.

Há várias dimensões doconflito, incluindo entre milíciasétnicas e re l ig iosas , eprofundamente entrelaçadacom a história colonial dopaís, nomeadamente a antigapotência colonial, a França, umasituação semelhante à ex-colónias francesas no norte,como o Chade e Mali.

Rica em diamantes, madeira,ouro, urânio e petróleo, o Paísfoi afectado por cinco golpes deEstado e inúmeras rebeliõesdesde a independência daFrança em 1960 uma vez quegrupos diferentes lutam pelocontrolo dos recursos.

Apesar de rico em minerais,o país está entre os mais pobresdo mundo. Isso, junto comrepercussões de conflitos na

vizinha República Democráticado Congo (RDC), Sudão eChade, destruiu o Estado dedireito, deixando o governointerino com a formidável tarefade tentar restaurar a ordem.

A ONU alertou para ogenocídio, estabelecendo umparalelismo com seu fracassoem evitar o genocídio doRuanda, há 20 anos.

O Secretário-Geral Adjuntodas Nações Unidas, JanEliasson, advertiu no anopassado que a situação poderiaatingir o "caos completo" eapelou para uma acção urgente."Um país no coração da Áfricaestá a mergulhar no caoscompleto diante dos nossosolhos."

Há 6.000 soldados da Força deManutenção de Paz da UniãoAfricana operando como parteda Missão de ApoioInternacional a RCA, lideradapor África, (MISCA), e oConselho de Segurança dasNações Unidas aprovou porunanimidade, a 10 de Abril, aimplantação de uma força de pazcomposta por 12.000 homens.

As actuais forças depacificação da UA irão operarcomo parte da MissãoMultidimensional das NaçõesUnidas de Estabilização na RCA(MINUSCA), a ser lançada a15de Setembro por um períodoinicial até 30 de Abril de 2015.

A missão irá assegurarprotecção civil, apoio aodesarmamento e prestação deassistência humanitária. Noentanto, ainda não está clara aproveniência dos outros 4.000soldados e 1.800 polícias, bemcomo a fonte de financiamentoestimada em milhões de dólaresde dólares norte-americanos.

A União Europeia anunciouque vai enviar 1.000 soldados daUE no final de Abril para apoiaros 2000 soldados franceses já noterreno.

Apesar do aparenteafastamento dos problemasdo RCA, o conflito deveser verdadeira causa depreocupação para a região daSADC.

Este país sem litoral partilhauma fronteira de 1.577 km coma RDC, tornando-se uma novapotencial frente para osinsurgentes que lutam contra oGoverno do Presidente JosephKabila, no leste do país.

De acordo com NanjalaNyabola, um analista políticobaseado na Faculdade deDireito de Harvard, A RCA éparte de um sistema de conflitoque envolve o Sudão do Sul,Sudão, Uganda do norte,nordeste da RepúblicaDemocrática do Congo e Chade,com o envolvimento tácito dospaíses de vizinhos como oRuanda e os Camarões.

Os Estados Unidos enviaram100 forças especiais para operarn e s s a á r e a g e o g r á f i c a ,ostensivamente para caçar umgrupo rebelde do Uganda, e onúmero foi recentementeaumentada.

"A actual guerra na RCA,embora geograficamente esteja aocorrer numa entidade políticaseparada, é também parte de umsistema mais amplo de violênciacom ligações com os conflitosem curso ou aparentementeresolvidos na região", escreveuNyabola no jornal namibianoSouthern Times.

A Violência contínua na RCAdeve, portanto, ser vista à luz doseu potencial para agravar osproblemas políticos na RDC.

Dezenas de milhares derefugiados procuraram refúgiona RDC desde meados de 2013,atravessando a fronteira na

região de Ubangi, da provínciade Equateur, e na região de BasUele, da Província Oriental daRDC.

O afluxo de refugiados ésusceptível de agravar osproblemas de segurança naRDC, que está lutando contrainsurgentes que lançam ataquesa partir do vizinho Ruanda eUganda.

Os insurgentes lançaram umarebelião contra o governo daRDC em Abril de 2012 eameaçaram a marchar emdirecção de Kinshasa, a capitaldo país vasto e rico em mineraisque tem um papel importante napolítica e economia regional, eque alberga um dos maioresdepósitos do mundo dediamantes, cobre e cobalto.

Um surto de a guerra civil daRDC teria efeitos nocivos sobrea SADC, cuja agenda deintegração tem como premissa aestabilidade, a paz e a segurançanesta região de 15 membros.

A RDC também tem umagrande capacidade agrícolainexplorada e pode ser apróxima cesta de alimentos deÁfrica, se os esforços de paz emcurso darem frutos.

Atravessado pelo equador eabrangida por duas zonastropicais, o seu clima favorece ocultivo de uma grandevariedade de culturas tropicais esubtropicais. Mais da metadedas terras da RDC é arável eadequada para a agricultura,mas actualmente apenas umafracção está sendo utilizada. r

República Centro Africana

Conflicto na fronteira da SADC

REPÚBLICA CENTRO AFRICANA

REPÚBLICA CENTRO AFRICANA SUDÃO

DO SUL

R.D. CONGO

CAMARÕES

Milhas

SUDÃO

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14 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Abril 2014

Desenvolvimento que apela paraa paridade de 50:50 até 2015, enas constituições da maioria dospaíses da SADC que fornecemmarcos legais contra adiscriminação do género.

Em relação ao Objectivo 6,sobre o combate ao HIV e SIDA,

tuberculose, malária e outrasdoenças, cinco dos 15 países commelhor desempenho são daregião da SADC. Esses Países sãoBotswana, Namíbia, Maurícias,África do Sul e Zimbabwe.

O Desempenho para alcançaroutras metas tem sido irregular

ODMs Contagem decrescente para 2015 A ÁFRICA Austral registouprogressos significativos nocumprimento dos Objectivos deDesenvolvimento do Milénio(ODMs) rumo a 2015.

No entanto, há ainda muitopor fazer para manter este ritmomuito além do cronograma dosODMs de forma a garantir que ascondições sócio-económicas, emgeral, continuem a melhorar.

Um total de oito metas, quevão desde a educação, a saúde, apobreza e o ambiente, foramaprovados pela comunidadeglobal no ano de 2000 commetas desejáveis e indicadoresmensuráveis.

A s m e t a s v i s a mmelhorar o desenvolvimentosocioeconómico no mundo,particularmente nos Países emdesenvolvimento.

"Foram feitos progressossubstanciais em África emdirecção ao alcance de muitosobjectivos, metas e indicadores ",indica o Relatório de 2013 sobreos ODMs. (Ver tabela)

A região da SADC lidera emáreas como desenvolvimento degénero e saúde. Por exemplo, dos11 Países com melhordesempenho no alcance doObjectivo 3, atinente a promoçãoda igualdade do género eautonomia das mulheres, seis sãoda África Austral. Trata-sede Angola, Botswana, IlhasMaurícias, Moçambique,Seychelles e África do Sul.

De acordo com o Monitor doGénero da SADC de 2013, todosesses países, excepto o Botswanaconseguiram alcançar mais de 30por cento de representação dogénero no parlamento.

A igualdade do género estáfirmemente enraizada na agendade integração regional da SADCe os Estados-Membros apoiam oprincípio fundamental de que oshomens e as mulheres devem serenvolvidos de igual modo natomada de decisões a todos osníveis e em todas as posições deliderança.

Isso se reflecte no Protocoloda SADC sobre Género e

devido a vários desafios queafectaram o processo deimplementação dos ODM.

Assim, continua a sernecessário definir medidasconcretas para acelerar aimplementação de algumas dasmetas visadas. r

Nações Unidas (NU)

Rumo a uma agenda pós-2015 CONSULTAS SOBRE a agendade desenvolvimento pós-2015tem estado a decorrer a escalaglobal com o objectivo deencontrar consensos sobre o novoprograma que vai substituir osObjectivos de Desenvolvimentodo Milénio depois do próximoano.

Como parte do processo deconsulta, as Nações Unidasenviaram questionários paraalguns países sobre os assuntosque devem estar na ordem dodia.

Dos 68 países seleccionados,três são da região da SADC.Trata-se do Botswana, Zâmbia eZimbabwe.

Os três países da SADCidentificaram uma série de áreasprioritárias que devem serabordados nas propostas dosObjectivos de DesenvolvimentoSustentável (ODS) comocontributo para o alcance dodesenvolvimento sustentáveldesenvolvimento.

Entre as áreas prioritáriasidentificadas figuram a reduçãoda pobreza, a segurançaalimentar, o desenvolvimento deinfra-estruturas, capacitação,transferência e mitigação àsmudanças climáticas.

No concernente a questão seos ODS devem ser comuns paratodos ou se devem ser definidos

por cada País ou ainda em funçãodas características de cada Paísou do nível de desenvolvimento,os três Países apresentaramrespostas similares.

Disseram que os objectivosdevem ser comuns, masdiferenciados dependendo dascaracterísticas do país e do nívelde desenvolvimento, pois asprioridades de cada país sãodiferentes.

"A maioria dos países têmdiferentes culturas, economias epolíticas, como tal, é importanteque eles tenham diferentes metasem vez de receberem metasimpostas", diz parte da respostado Botswana. r

Panorama do cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento de África em 2013

Melhor desempenho dos Países, metas e indicadores específicos

Meta 1A Egipto, Gabão, Guiné, Marrocos, TunísiaMeta 1B Burkina Faso, Etiópia, Togo, ZimbabweMeta 1C Argélia, Benin, Egipto, Ghana, Guiné Bissau, Mali, África do Sul, Tunísia

Indicador 2.1 Argélia, Egipto, Ruanda, São Tomé e PríncipeIndicador 2.2 Ghana, Marrocos, Tanzânia, Zimbabwe

Indicador 3.1 Gâmbia, Ghana, Maurícias, Ruanda, São Tomé e PríncipeIndicador 3.2 Botswana, Etiópia, África do SulIndicador 3.3 Angola, Moçambique, Ruanda, Seychelles, África do Sul

Indicadores 4.1 e 4.2 Egipto, Libéria, Líbia, Malawi, Ruanda, Seychelles, Tunísia

Meta 5A Guiné Equatorial, Egipto, Eritreia, Líbia, Maurícias, Ruanda, São Tomée Príncipe, TunísiaMeta 5B Egipto, Ghana, Guiné-Bissau, Ruanda, África do Sul, Swazilândia

Meta 6A Costa do Marfim, Namíbia, África do Sul, ZimbabweMeta 6B Botswana, Comores, Namíbia, RuandaMeta 6C Argélia, Cabe Verde, Egipto, Líbia, Maurícias, São Tomé e Príncipe,Sudão, Tunísia

Meta 7A Egipto, Gabão, Marrocos, NigériaMeta 7C Argélia, Botswana, Burkina Faso, Comores, Egipto, Etiópia,Líbia, Mali, Maurícias, Namíbia, Swazilândia

Meta 8F Quénia, Líbia, Ruanda, Seychelles, Sudão, Uganda, Zâmbia

Situação

Fora doroteiro

Dentro doroteiro

Dentro doroteiro

Fora doroteiro

Fora doroteiro

Dentro doroteiro

Fora doroteiro

Fora doroteiro

Objectivo

Objectivo 1Erradicar a pobreza extrema e a fome

Objectivo 2Atingir o ensino básico universal

Objectivo 3Promover a igualdade do género e a autonomia das mulheres

Objectivo 4Reduzir a mortalidade infantil

Objectivo 5Melhorar a saúde materna

Objectivo 6Combater o HIV e SIDA, Malária, Tuberculose e outras doenças

Objectivo 7Garantir a sustentabilidade ambiental

Objectivo 8Parceria Global para o Desenvolvimento

O D M s

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 15

Eventos Abril - Junho de 2014

Abril 8-9, África do Sul Encontro do Grupo de Trabalho do SAPP sobre Energia

RenovávelO grupo de trabalho das Empresas de Electricidade daÁfrica Austral (SAPP) reúne-se regularmente para desen-volver estratégias para aumentar a absorção de energiarenovável na região da SADC, bem como para ajudar aavaliar o impacto das tecnologias de energia renovávelna rede da SAPP.

Data por marcar, Fórum da SADC sobre Migração Digital na RadiodifusãoBotswana O fórum vai reunir as empresas de radiodifusão e os gov-

ernos da região da SADC para discutir as actividadesvisando assegurar que todos os Estados membros estejamprontos para a transição da radiodifusão analógica paradigital até Junho de 2015.

28 de Abril-2 de Reunião conjunta de Ministros da Agricultura, Pecuária,Maio, Etiópia Pesca, Aquacultura e Desenvolvimento Rural da UA

Após a declaração de 2014 como o ano da Agriculturae Segurança Alimentar para a África, os ministros vão sereunir para discutir formas de aumentar a produção agrí-cola e segurança alimentar, bem como melhorar a vidadas pessoas que vivem nas áreas rurais.

29-30, Zâmbia 1ª Cimeira Africana sobre a ÁguaMarcando a conclusão do bem-sucedido programa tri-anual de treinamento sobre integridade regional, naÁfrica subsaariana, a cimeira tem como objectivo incen-tivar especialistas e políticos africanos a melhorar adisponibilidade de água e reduzir os conflitos sobre estebem.

7 de Maio, Eleições Gerais África do Sul Mais de 25 milhões de sul-africanos vão às urnas nas

eleições para escolher os membros da Assembleia Na-cional, que depois elegerão o presidente. Estas são asquintas eleições gerais na África do Sul desde que amaioria negra foi permitida exercer o seu direito de votoapós o fim do apartheid em 1994.

20 de Maio, Malawi Eleições MultipartidáriasO Malawi prepara-se para comemorar os seus 50 anosde independência, a 6 de Julho deste ano, ao mesmotempo que cerca de 7.5 milhões de pessoas estão prontaspara votar para eleger o seu presidente, os membros doParlamento e do governo local a 20 de Maio.

5 de Junho, Global Dia Mundial do Meio AmbienteO Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado parasensibilização sobre as alterações no meio ambiente. Emapoio à designação, pelas Nações Unidas, de 2014como Ano Internacional dos Pequenos Estados Insulares(SIDS), as celebrações deste ano incidirão sobre os SIDSno contexto mais amplo das mudanças climáticas. O ob-jectivo é ajudar a criar uma dinâmica para a 3ª Confer-ência Internacional sobre SIDS, marcada para Setembro.

E V E N T O S

SADC HOJE Vol 16 No 3 Abril 2014

ÁFRICA AUSTRAL HOJEÉ produzido como uma fonte de referência das

actividades e oportunidades na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, e um guião para os

responsáveis pela elaboração de políticas a todos os níveis de desenvolvimento nacional e regional.

Comunidade para o desenvolvimento da África AustralSecretariado da SADC, SADC House,

Private Bag 0095, Gaborone, BotswanaTel +267 395 1863 Fax +267 397 2848/318 1070E-mail [email protected] Website www.sadc.int

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado seis vezes por ano pelo Centro de Documentação ePesquisa para a África Austral (SARDC) para o Secretariado da SADC em Gaberone, Botswana,como uma fonte credível de conhecimento sobre o desenvolvimento regional. Os artigospodem ser reproduzidos livremente pelos órgãos de comunicação social e outras entidades,citando devidamente a fonte.

EDITORMunetsi Madakufamba

COMITÉ EDITORIAL Joseph Ngwawi, Kizito Sikuka, Egline Tauya, Admire Ndhlovu,

Phyllis Johnson, Danai Majaha, Shirley Pisirai

TRADUTORBonifácio António

ÁFRICA AUSTRAL HOJE conta com o apoio da Agência Austríaca para o Desen-volvimento, que assiste o Grupo Temático de Energia da SADC co-presidido pelaÁustria.

© SADC, SARDC, 2014

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COMPOSIÇÃO & MAQUETIZAÇÃO Tonely Ngwenya, Anisha Madanhi

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H I S T Ó R I A H O J E

"ISSO PARA mim é a essência humana, que deve formar onúcleo da nossa mudança política e independência nacional.A partir de agora, você e eu devemos nos esforçar para nosadaptar, intelectual e espiritualmente, para a realidade danossa mudança política e nos relacionar como irmãos ligadosum ao outro por um vínculo de camaradagem nacional. Seontem eu lutei como um inimigo, hoje você se tornou umamigo e aliado com o mesmo interesse nacional, lealdade,direitos e deveres como eu. Se ontem você me odiava, hojevocê não pode evitar o amor que une a mim e a você. Não éloucura, portanto, que, nestas circunstâncias, qualquer pessoaprocurar reavivar as feridas e mágoas do passado? Os errosdo passado devem agora ser perdoados e esquecidos"-Presidente Robert Mugabe, num discurso proferido em 4 deMarço 1980, após a vitória eleitoral que conduziu àindependência a 18 de Abril de 1980.

FERIADOS PÚBLICOS NA SADCAbril - Junho 2014

Um futuro comum na comunidade regional

ABRIL DE 2014 marca 20 anosdesde que a África do Sul realizousuas primeiras eleiçõesdemocráticas. Após uma série denegociações e anos de luta e tensãopela libertação, as primeiraseleições democráticas foramrealizadas na África do Sul a 27 deAbril de 1994. Pela primeira vez, todas asraças no país votaram por umgoverno da sua preferência. Umtotal de 19 partidos políticosparticipou nas eleições em quemais de 20 milhões de pessoasvotaram. O Congresso NacionalAfricano (ANC) obteve a vitória,tendo conseguido 62 por centodos votos, um pouco abaixo damaioria de dois terços necessáriospara alterar a ConstituiçãoInterina. Conforme exigido por essedocumento, o ANC formou umGoverno de Unidade Nacionalcom o Partido Nacional (PN) e oPartido da Liberdade Inkatha, eoutros dois partidos que ganharammais de 20 assentos na AssembleiaNacional. Os 400 membros da AssembleiaNacional foram escolhidos a partirde listas de partidos,proporcionalmente à participaçãode cada partido nas eleições gerais. O primeiro acto da novaAssembleia Nacional foi a eleiçãode Nelson Mandela comoPresidente, tornando-o no primeirolíder negro do País. Mandela foi empossado comopresidente a 10 de Maio, com FWde Klerk, do PN, e Thabo Mbeki,como vice-presidentes.

A eleição foi conduzida sob adirecção da Comissão EleitoralIndependente (CEI), e marcou ofim de um processo de negociaçãode quatro anos, que pós fim aoregime de apartheid. A 2 de Fevereiro de 1990, oentão presidente FW de Klerk tinhalevantado restrições sobre os 33grupos da oposição, incluindo oANC, o Congresso Pan-Africano eo Partido Comunista, na aberturado Parlamento. Isso foi seguido pela liberaçãode Mandela da prisão a 11 deFevereiro do mesmo ano e odesmantelamento gradual dalegislação restritiva. Os grupos políticoscomeçaram a negociar o fim doregime de minoria branca, e noinício de 1992 o eleitorado brancoendossou a posição de de Klerksobre essas negociações duranteum referendo. Um acordo foi alcançado em1993 para a formação de umGoverno de Unidade Nacional quepermitiria uma parceria entre oantigo e o novo regime. O optimismo gerado pelasnegociações foi abalado peloassassinato de Chris Hani, oSecretário-Geral do PartidoComunista. Somente um apeloimediato à nação, feito porMandela, evitou uma reacçãomaciça. Uma constituição interinafoi acordada por 21 partidospolíticos no final de 1993. A data27 de Abril é agora um feriadopúblico na África do Sul e éconhecido como o Dia daLiberdade. r

4 Abril Dia da Paz e Reconciliação Angola7 Abril Dia do Sheikh Abeid Karume Tanzânia

Dia da Mulher Moçambique18 Abril Dia da Independência Zimbabwe

Sexta-feira Santa Toda a SADC excepto a RDC19 Abril Páscoa/Sábado Santo Seychelles, Zâmbia

Aniversário do Rei Dia da Bandeira Nacional21 Abril Segunda-feira de Páscoa Toda a SADC excepto a RDC25 Abril Dia da Bandeira Nacional Swazilândia26 Abril Dia da União Tanzânia27 Abril Dia da Liberdade África do Sul28 Abril Feriado Público África do Sul30 Abril Dia da Juventude RDC

1 Maio Dia do Trabalhador RDC, Lesotho, Moçambique,Namíbia, África do Sul, Tanzânia, Zimbabwe

Dia do Trabalho Angola, Botswana, Malawi,Madagáscar, Maurícias, Seychelles,

Swazilândia4 Maio Dia de Cassinga Namíbia5 Maio Feriado Público Namíbia7 Maio Feriado Público (Eleições Nacionais) África do Sul14 Maio Dia de Kamuzu Malawi17 Maio Dia da Liberdade RDC20 Maio Feriado Público (Eleições Nacionais) Malawi25 Maio Dia de África Angola, Lesotho, Namíbia, Zimbabwe

Dia da Liberdade de África Zâmbia29 Maio Dia de Ascensão Botswana, Lesotho,

Madagáscar, Namíbia, Swazilândia

5 Junho Dia da Liberdade Seychelles16 Junho Dia da Juventude África do Sul18 Junho Dia Nacional Seychelles19 Junho Corpo de Cristo Seychelles25 Junho Dia da Independência Moçambique26 Junho Dia da Independência Madagáscar29 Junho Dia da Independência Seychelles30 Junho Feriado Público Seychelles

Dia da Independência RDC

20Primeiras eleições democráticas daÁfrica do Sul

anos

Mugabe sobre a essência da independência