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Saneamento e Licença Ambiental Dia 18 - das 9h às 12h Planos Municipais de Saneamento e Resíduos Sólidos Dia 18 - das 13h30 às 17h30 A Gestão ambiental nos Municípios Dia 19 - das 9h às 12h O Licenciamento Ambiental

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Saneamento e Licença Ambiental

Dia 18 - das 9h às 12h

Planos Municipais de Saneamento e Resíduos Sólidos

Dia 18 - das 13h30 às 17h30

A Gestão ambiental nos Municípios

Dia 19 - das 9h às 12h

O Licenciamento Ambiental

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A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes

públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos,

consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade

e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

- Professores especializados e atuantes na área (Prática)

- Certificados de Participação digitalizado

- Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc)

- Tira-dúvidas durante realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital)

- Atendimento personalizado e simpático

- Rigor no cumprimento de horários e programações

- Fotografias individuais digitalizadas

- Apostilas e material de apoio

- Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos

professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat

entre alunos e contato com a escola.

Público Alvo

- Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores,

atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .

- Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Des.

Clotário Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação

9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.

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Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo

em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de

avaliação dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública

investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente.

Missão

Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas

respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para

os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos

seus alunos, cidadãos e entidades públicas.

Valores

Reputação ilibada

Seriedade na atuação

Respeito aos alunos e à equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernização tecnológica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Ética profissional

SEJA BEM VINDO, BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898

www.unipublicabrasil.com.br

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Programação:

Dia 18 - das 9h às 12h

Planos Municipais de Saneamento e Resíduos Sólidos

1 O papel do município

2 Planos Municipais de Saneamento Básico

3 Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

4 Responsabilidades na efetivação do Saneamento

5 O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB)

6 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS)

7 A gestão do Saneamento Básico

Dia 18 - das 13h30 às 17h30

A Gestão ambiental nos Municípios

a) Meio ambiente e desenvolvimento

b) Sistema nacional de meio ambiente – SISNAMA

c) Instrumentos de gestão:

d) Avaliação de impacto ambiental

e) Fiscalização

f) Instrumentos econômicos

g) Politicas de estimulo a sustentabilidade

h) Educação ambiental

Dia 19 - das 9h às 12h

O Licenciamento Ambiental

a) Definição de competências

b) Estruturação do município para a gestão ambiental

c) Atribuições do licenciamento municipal

d) Instrumentos de licenciamento.

e) Tipos de licenças ambientais

f) Os procedimentos do Licenciamento ambiental

g) Estudos de casos

Professores:

Cleverson Andreolli: Engenheiro Agrônomo - Mestre em Ciência do Solo - Doutor em Meio Ambiente e

Desenvolvimento.

Annelissa Gobel Donha: Engenheira Agrônoma pela Universidade Federal do Paraná, Mestre em Ciência do Solo pela

UFPR (2003), Sócia da Andreoli Engenheiros Associados desde 2004 atuando como Gerente de Projetos responsável

pela coordenação de processos de licenciamento ambiental e trabalhos técnicos especializados na área ambiental.

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Sumário

PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO E RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................ 1

A GESTÃO AMBIENTAL NOS MUNICÍPIOS E O LICENCIAMENTO AMBIENTAL .............. 15

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO E RESÍDUOS

SÓLIDOS

Cleverson Andreolli

SANEAMENTO BÁSICO

Implantação de barreiras sanitárias

ÁGUA

ESGOTO

LIXO

DRENAGEM URBANA

Gestores de serviços de saneamento

TRÍADE DA DOENÇA

Virulência do agente causal

Resistência do hospedeiro

Condições ambientais de infecção

SANEAMENTO AMBIENTAL

Conjunto integrado de ações que

englobam as atividades de saneamento

básico, em uma perspectiva sistêmica,

buscando a saúde ambiental como

estratégia da melhoria da qualidade

de vida e saúde humana.

SANEAMENTO BÁSICO

- Tratamento de esgoto

- Coleta e disposição final

de resíduos sólidos

- Tratamento de água

- Drenagem urbana

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

SA - ARTICULAÇÃO

SAUDE

MEIO AMBIENTE

RECURSOS HÍDRICOS

HABITAÇÃO

REFORMA URBANA

EMPREGO E RENDA

AGRÁRIA

EDUCAÇÃO

IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO

CONDIÇÕES AMBIENTAIS

SAÚDE (doenças de veiculação hídrica e desnutrição)

QUALIDADE DE VIDA

EMPREGO

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

RELAÇÃO SANEAMENTO X SAÚDE

Há uma indiscutível correlação

Difícil de diferenciar das doenças da pobreza

Poucos trabalhos confiáveis dimensionando a correlação:

1U$ saneamento equivale a 5 (ABES - Foz do Iguaçu 97)

70% das internações hospitalares por doenças de veiculação hídrica (trabalho estimativo para AL - FAO 87)

RELAÇÃO ACESSO A ÁGUA X MORTALIDADE INFANTIL

0

20

40

60

80

100

120

Canad

aUSA

Cuba

Chile

Costa

Ric

a

Uru

guay

Ven

ezuel

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Arg

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Pan

ama

Colo

mbia

Mex

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Dom

Rep

Hondura

s

Ecu

ador

El S

alv

Bra

zil

Guat

emala

Nic

aragua

Per

uHaiti

Infant Mortality Access to Water

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Saneamento e Saúde

Saneamento e Saúde

Saneamento e Saúde

- 2.528 crianças, na faixa etária de 0 e 5 anos, morrem todos os anos no Brasil em decorrência de diarréia

(FUNASA)

- Brasil aplica 0,22% do Produto Interno Bruto (PIB) em coleta e tratamento de esgoto - gastos com atendimento

hospitalar e medicamentos são quatro vezes maiores (Instituto Trata Brasil)

- Estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima que 65% das internações em

hospitais de crianças com menos de 10 anos sejam provocadas por males provocados pela falta de saneamento.

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

- Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH)/SUS indicam que nos últimos dez anos ocorreram no

Brasil cerca de 700.000 internações hospitalares anuais provocadas por doenças relacionadas com a falta ou

inadequação de saneamento;

- A falta de coleta e tratamento de esgoto é a principal causa da mortalidade de crianças de 0 a 5 anos por

diarréia e doenças parasitárias (Instituto Trata Brasil).

Saneamento e Mão de Obra

- A cada R$ 1 milhão investido em infraestrutura de saneamento, gera, em média, 163 postos de trabalho - 30 diretos,

19 indiretos e 114 remotos – também chamados de empregos decorrentes do efeito-renda (PASTORE, 2003);

- Para o SNIS, o número de trabalhadores envolvidos diretamente com a prestação de serviços no setor de saneamento

em 2005 foi estimado em 174 mil, incluídos nesse total os postos de trabalho próprios dos prestadores de serviços (igual

a 117 mil empregos) e os que resultaram das atividades terceirizadas.

- O Modelo de Geração de Emprego e Renda do BNDES, mais conservador, propõe uma taxa média de 530 empregos

para cada R$ 10 milhões de aumento na produção da construção civil. Assim sendo, estima-se que com os investimentos

do PAC, haverá a geração de aproximadamente, 2,12 milhões de empregos diretos, indiretos e de efeito (Conselho

Nacional dos Municípios, Brasília);

- Em relação à produtividade de pessoal total medida segundo a quantidade de ligação ativa (água + esgotos) por

pessoal total (próprios + terceiros), o índice médio foi de 265 ligações/empregado. Com o crescimento anual da ordem

de 3,1% da quantidade de ligações, em relação ao ano 2005, conclui-se que é possível geral mais 3,8 mil postos de

trabalho por ano ou cerca de 76 mil empregos em 20 anos (CNF).

Saneamento no mundo

• 2.6 bilhões não dispõem de saneamento básico ( 40% da população mundial)

• Aproximadamente 1.2 bilhão despejam esgoto à céu aberto, no entanto, este número vem caindo de

25% em 1990 para 17% em 2008 (ONU);

• Em 2008, 87% da população mundial detinha alguma forma de abastecimento de água (845 milhões

sem água)

The Millennium Development Goal's (MDGs) ou Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs): - Objetivo de reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso ao saneamento até 2015;

- Mesmo que atinja a meta ainda haverá 1.7 bilhões de pessoas excluídas;

- No entanto, com o ritmo atual de crescimento, a tendência é que sejam 2.7 bilhões de pessoas sem saneamento básico.

Urbanização e crescimento populacional: panorama mundial

População urbana/total do Mundo, América Latina e Caribe e das regiões mais desenvolvidas

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Saneamento na América Latina

Saneamento na América Latina

América Latina e Caribe: evolução dos indicadores de acesso aos principais serviços públicos, 1995-2006

Saneamento no Brasil

- Enquanto em 1990 o Brasil era o 48º país em acesso a saneamento – entre 177 países pesquisados pela ONU–,

em 2004 figurava na 67ª posição (FGV, 2008);

- Entre 2006 e 2007, o acesso à rede saneamento básico no Brasil teve o maior salto desde 1992, segundo

pesquisa divulgada Pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o instituto Trata Brasil;

- Em 2008, 4.627 municípios eram atendidos com os serviços de água e 1.420 com os serviços de esgotos

(respectivamente, 83,2% e 25,5% do total dos municípios brasileiros (PLANSAB, 2010)

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Diagnóstico do saneamento no Brasil

• Diferenças regionais: abastecimento de água

• Diferenças regionais: esgotamento sanitário

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

• Diferenças regionais: coleta de lixo

Saneamento no Paraná

Água 100% da população urbana

Atendimento com rede 63,02%

REMOÇÃO DE CARGA ORGÂNICA NO PARANÁ

Investimentos em saneamento

De 2003 a 2011 (Plano Nacional de Saneamento Básico, 2013) foi investido R$41,5 bilhões → corresponde a 0,13%

valor comprometido: R$79,8 bilhões

Para atingir a universialização em 2025: Necessário investimento de 300 bilhões

Fonte:http://www.aesbe.org.br/conteudo/6309#sthash.6YVI2Azn.KoO9lHvE.dpuf

Atlas do Saneamento do Paraná

CO gerada CO gerada CO removida

Unidade Hidrográfica (kg DBO/dia) (kg DBO/dia) (kg DBO/dia)

Litorânea 249.683 13.483 42.043 2.270 1.814

Alto Iguaçu 3.254.530 175.745 2.319.726 125.265 93.756

Itararé/Cinzas/Prpn 1 e 2 409.328 22.103 190.348 10.279 8.058

Alto Tibagi 611.498 33.021 446.479 24.110 18.965

População Urbana Total Pop. Urbana Atendida

nº hab. nº hab.

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Metas PLANSAB

Abastecimento de Água

Indicador Ano Brasil

% de domicílios abastecidos por rede de

distribuição e por poço ou nascente com

canalização interna

2008

2015

2020

2030

91

93

94

98

% de economias atingidas por intermitências no

abastecimento de água

2008

2015

2020

2030

31

29

27

18

% do índice de perdas na distribuição de água 2008

2015

2020

2030

47

45

42

32

Metas PLANSAB

Esgotamento Sanitário

Indicador Ano Brasil

% de domicílios servidos por rede

coletora ou fossa séptica

2008

2015

2020

2030

70

75

80

88

% de tratamento de esgoto coletado 2008

2015

2020

2030

53

62

70

88

% de domicílios com renda até 3

salários mínimos mensais que possuem

2008 95

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unidades hidrossanitárias 2015

2020

2030

95

97

100

Metas PLANSAB

Manejo de Resíduos Sólidos

Indicador Ano Brasil

% de domicílios urbanos atendidos por coleta

direta de resíduos sólidos

2008

2015

2020

2030

91

94

96

100

% de domicílios rurais atendidos por coleta

direta e indireta de resíduos sólidos

2008

2015

2020

2030

29

39

48

64

% de municípios com presença de

lixão/vazadouro de resíduos sólidos

2008

2015

2020

2030

51

0

0

0

% de municípios com coleta seletiva de

resíduos sólidos domiciliares

2008

2015

2020

2030

18

24

30

40

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Diagnóstico da água no Brasil

Rede geral com canalização interna

Rede geral canalizada na propriedade ou terreno

Poço ou nascente com canalização interna

Diagnóstico do esgoto no Brasil

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Relação entre coleta e tratamento

52,94% do esgoto coletado não é tratado

Diagnóstico dos resíduos sólidos no Brasil

Necessidade de 60 bilhões

40% municípios não dispõe de aterros

ESGOTO LANÇADO EM BRUTO

39,7% do esgoto é coletado

52,94% do esgoto coletado não é tratado

Cerca de 18,5 bilhões litros sem tratamento

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Suponha um penico com as seguintes dimensões:

Comprimento = 244m

Largura = 244m

Altura = 55m

Volume = 3.274.480 m 3

ESGOTO BRUTO LANÇADO NOS RIOS EQUIVALENTE A 15,48/DIA

PLANASA - Plano Nacional de Saneament

Criado no final da década de 1960.

Criadas as CESBs - Companhias Estaduais de Saneamento Básico, modelo predominante até hoje. Atendem mais de

75% dos municípios.

Recursos transferidos da União através do Banco Nacional de Habitação - BNH

- Foco no abastecimento de água e coleta esgotos

Sem tratamento de esgotos

Déficit área resíduos sólidos Poluição Hídrica

PLANASA - Plano Nacional de Saneamento

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INVESTIMENTOS

PMSS - 2003

Investimento na Universalização do Saneamento:

178 Bi Reais – dez/2002

268,8 Bi Reais – dez/2007

Necessidade de cerca de R$20 bi ano

Governo Investimento

FHC (1999-2002) 10,5 Bi Reais

Lula (2003-2006) 14,1 Bi Reais

Lula (2007-2010) 25 Bi Reais

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A GESTÃO AMBIENTAL NOS MUNICÍPIOS

O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Cleverson Andreolli

Annelissa Gobel Donha

1 INTRODUÇÃO

As ações humanas sobre o meio ambiente apresentam aspectos deletérios a ponto de afetar as condições

ambientais, tanto em nível de ecossistemas quanto em nível do equilíbrio da biosfera. Portanto, há a necessidade de se

utilizar instrumentos, que possibilitem uma atuação de caráter preventivo, que permitam a execução de uma política de

gerenciamento ambiental, voltada a ordenar o uso dos recursos naturais.

A gestão do meio ambiente deve ir além da tarefa modesta e defensiva de eliminação da poluição local mais

incômoda, preocupando-se com a situação ecológica global e em longo prazo, que poderá culminar com uma

deterioração das condições do habitat do homem em termos gerais. A gestão ambiental pode ser definida como a

condução, a direção e o controle, pelo governo, do uso dos recursos naturais através de determinados instrumentos, o

que inclui medidas econômicas, regulamentos e normas, investimentos públicos e financiamento, requisitos

institucionais e jurídicos (SELDEM, 1973, in MALHEIROS, 1995).

O avanço da degradação ambiental e da destruição do equilíbrio ecológico levou à discussão de que é

necessário incorporar um marco ecológico ao processo de decisões governamentais, de forma que o meio ambiente

deixe de ser tratado como uma externalidade ao processo de desenvolvimento. O crescimento industrial não

devidamente planejado agrava as questões de poluição ambiental, sendo estratégico estabelecer um sistema de

disciplinamento da ocupação de uso do solo baseado no licenciamento prévio das fontes de poluição.

A partir daí se desenvolveu o conceito de desenvolvimento ecologicamente sustentável, entretanto, permanece

ainda um contraste entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento, pois nas economias altamente

industrializadas os problemas relativos ao meio ambiente referem-se, em geral, a questões de poluição e, por isso, as

ações estão voltadas para controlar a degradação e restaurar padrões de qualidade da água, do ar e do solo.

Já nos países em desenvolvimento os problemas ambientais estão mais relacionados ao esgotamento e a

degradação dos recursos naturais e as suas políticas devem estar voltadas para a gestão racional desses recursos.

A tendência de desenvolvimento mundial atual está direcionada para um futuro sustentável do ponto de vista

ambiental e os esforços para reduzir a poluição e manejar os recursos naturais em bases sustentáveis está calcado na

responsabilidade da comunidade, tanto em nível nacional como local.

Alguns países industrializados têm assumido questões relacionadas ao meio ambiente num contexto mais amplo

de desenvolvimento sustentável, encorajando a utilização de processos industriais mais eficientes e reduzindo o

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

consumo de recursos naturais, como vem ocorrendo na Holanda, que implantou políticas de alteração de processos

produtivos e mudanças de padrões de consumo visando o desenvolvimento sustentável (WORLD RESOURCE

INSTITUTE, 1994).

Os governos, tanto nos países industrializados como nos países em desenvolvimento apresentam uma grande

demanda por recursos financeiros, que são limitados. Entretanto, estes são ainda mais limitados nos países em

desenvolvimento onde há uma maior pressão para utilização desses recursos para promover o desenvolvimento

econômico (WORLD RESOURCE INSTITUTE, 1994).

A institucionalização de um sistema nacional que traduzisse essa preocupação em nível governamental é

recente no Brasil, tendo ocorrido a partir da vigência da Lei 6.938/81, que iniciou no Brasil a implementação da Política

Nacional do Meio Ambiente, estabelecendo os objetivos, as diretrizes e os instrumentos para tal. Dentre estes

Instrumentos destacam-se a Avaliação de Impacto Ambiental e o Licenciamento Ambiental.

Evolução histórica dos estudos ambientais

No Brasil, a utilização do meio ambiente caracterizou-se pela exploração desordenada e predatória.

Após a independência, em 1882, tanto o governo imperial quanto a República preocuparam-se primeiramente

em consolidar a ocupação do vasto território brasileiro, então praticamente despovoado. A expansão das atividades

agrícolas e pecuárias ignorou qualquer cuidado com a proteção do meio ambiente, levando a destruição de áreas

florestadas. As primeiras unidades industriais implantaram-se como se os recursos ambientais fossem inesgotáveis.

Desde cedo, incorporou-se à cultura brasileira a idéia de que a devastação da natureza e a poluição significam

progresso e desenvolvimento.

Na década de 30, o governo começa a controlar a utilização de alguns recursos naturais. Criam-se os Códigos

das Águas e da Mineração e o primeiro Código Florestal em 1934, a proteção ao patrimônio histórico em 1937 e o

Código da Pesca em 1938.

Contudo, nessa época a gestão de cada recurso fazia-se por meio de ações isoladas e descoordenadas, servindo à

preservação de reservas para uso futuro.

Entre fins da década de 50 e início da de 60, a crescente sensibilidade de estudiosos, acadêmicos e gestores

públicos apontava a necessidade urgente da criação de novos instrumentos capazes de complementar e ampliar a

eficiência dos tradicionalmente utilizados no licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos. Vários grupos

de estudos foram se formando nos Estados Unidos e Europa, primeiramente nacionais e a seguir multinacionais, para

dar resposta a esse desafio.

Nessa mesma época passou a consolidar-se o conceito, hoje corrente, de impactos sobre o ambiente. O

detalhamento desse conceito demonstrou que sua avaliação podia ser feita com razoável margem de objetividade, de

modo que ela pudesse ter aceitação e representatividade social e transformar-se em instrumento do processo de tomada

de decisões no licenciamento ambiental. Para tanto, essa avaliação deveria ter características técnicas mínimas

regulamentadas pelo poder público e deveria ser traduzida em um documento público acessível aos vários segmentos da

sociedade interessados no processo de licenciamento ambiental.

Em 1965 com a promulgação do Estatuto da Terra e o Código Florestal possibilitou o aparecimento da moderna

legislação ambiental, ao criar condições para que o Poder Público interferisse nas atividades econômicas que modificam

o ambiente. Diversos diplomas legais foram gerados, a partir de então, para regular alguns aspectos ambientais e

atribuir a certos órgãos a responsabilidade de proteger o meio ambiente.

Munn (1975) dá uma versão das características básicas de uma avaliação de impacto ambiental:

a) descrever a ação proposta e as alternativas também;

b) prever a natureza e a magnitude dos efeitos ambientais;

c) identificar as preocupações humanas relevantes;

d) listar os indicadores de impacto a serem utilizados e para cada um definir sua magnitude. Para o conjunto de

impactos, os pesos de cada indicador obtidos do decisor ou das metas nacionais; e

e) a partir dos valores previstos em (b) acima, determinar os valores de cada indicador de impacto e o impacto

ambiental total.

Em 1973, o Governo Brasileiro criou a Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA, vinculada ao Ministério

do Interior, em resposta às recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em

Estocolmo.

Em 1981, decorridas já quase duas décadas de uma crescente preocupação com o meio ambiente e uma década

desde a Primeira Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, realizada pela ONU, o Brasil definiu a Política Nacional

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do Meio Ambiente (Lei Federal n.º 6.938, de 31/08/81). Nessa lei, a „Avaliação de Impactos Ambientais‟ e o

„Licenciamento de Atividades Efetiva ou Potencialmente Poluidoras foram dois dos instrumentos criados para que

fossem atingidos os objetivos dessa política, ou seja: “... preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental

propícia à vida, visando assegurar no país condições propícias ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da

segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana...”.

Após cinco anos, durante os quais se viveu um processo rico de novas experiências, mas dificultado pela falta de

prática do diálogo construtivo entre representantes dos vários segmentos que o compunham, o Conselho Nacional do

Meio Ambiente (CONAMA), por meio da Resolução nº 001/86, definiu como deve ser feita a avaliação de impactos

ambientais, criando duas figuras novas, respectivamente: o Estudo de Impactos Ambientais (EIA) e o Relatório de

Impacto Ambiental (Rima). Definiu em que consiste cada um deles e estabeleceu a relação das atividades para as quais

sua exigência é obrigatória. O licenciamento para fins de exercício dessas atividades e de outras que pode ser

estabelecido pela autoridade ambiental local passou, desde então, a depender da prévia aprovação do EIA/Rima,

mediante procedimentos regulamentados.

Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA

Na década de 70, em resposta as demandas internacionais definidas a partir da Conferencia de Estocolmo, o

governo federal criou a SEMA que trouxe duas contribuições importantes: o SISNAMA e o aparato legislativo ambiental

nacional.

A institucionalização do Sistema Nacional do Meio Ambiente, o SISNAMA, foi criada pela lei nº 6.938 de

1983. O Brasil se organiza sobre alguns princípios importantes a serem considerados: a responsabilidade pela

manutenção da qualidade ambiental é compartilhada entre o governo federal, estadual e municipal, denominada da

competência concorrente. Todos os níveis de governos são responsáveis concomitantemente pelo o meio ambiente.

É possível que exista uma legislação federal, estadual e municipal para tratar de assuntos ambientais. A regra

básica é que a legislação municipal deve ser igual ou mais restritiva do que a estadual, que por sua vez deve ser igual ou

mais restritiva do que a legislação federal. O governo federal possui o poder supletivo, ou seja, se o estado e o

município se omitem na aplicação da legislação ambiental, o governo federal pode exercer seu papel e impor a

legislação.

Além disso, foi criado o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, com caráter consultivo,

deliberativo e normativo, que dá poderes para elaborar regulamentações, que estabelecem o detalhamento da

interpretação das leis brasileiras. Este Conselho é formado por representantes dos estados, órgãos do governo federal e

da sociedade civil.

A segunda contribuição importante da SEMA foi a formulação do aparato legislativo nacional, posteriormente

aprovado pelo Congresso Nacional, que é considerada uma das legislações ambientais mais avançadas do mundo.

A estruturação da maioria dos órgãos ambientais estaduais no Brasil se deu na década de 80, com a instituição

do SISNAMA. Estes órgãos foram institucionalizados em diferentes áreas administrativas dos diferentes estados.

Geralmente os órgãos que tratavam da fauna e da flora eram ligados as Secretarias de Agricultura separados dos órgãos

gestores ambientais. Os órgãos de meio ambiente eram ligados a diferentes secretarias, tais como de saúde,

planejamento, do interior, de minas e energia.

No final da década de 80 houve uma enorme pressão da sociedade para a unificação dos órgãos. Em alguns estados

havia um órgão responsável pela flora e fauna, outro dos recursos hídricos e ainda outro que tratava da gestão do meio

ambiente em geral.

Isso culminou no nível federal com a criação do IBAMA no final dos anos 80, que integrou o IBDF, SEMA,

SUDERHSA em um órgão único federal. Paralelamente à isso, houve um movimento nos estados justamente para a

junção dos órgãos. Este processo também envolveu a criação das secretarias de meio ambiente em vários estados, as

quais ficavam vinculadas aos diferentes órgãos de fauna e flora, recursos hídricos e de meio ambiente.

A grande dificuldade para a estruturação das agências ambientais é que a criação da maioria das estruturas foi realizada

a partir dos anos 80, quando o estado brasileiro já estava inflado. Ocorre que a legislação ambiental tornou-se bastante

complexa e burocrática, sem a adequada estruturação física e de recursos humanos dos órgãos responsáveis pela gestão

ambiental. Estes fatores associados definem até os dias atuais, uma grande morosidade nos licenciamentos

ambientais, não obstante ao empenho dos técnicos ligados ao setor.

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Legislação Nacional de licenciamento ambiental

O sistema de licenciamento ambiental está inserido no contexto do Sistema Nacional do Meio Ambiente,

SISNAMA, que tem como órgão central o Ministério do Meio Ambiente, responsável pela promoção e avaliação da

implementação da Política Nacional do Meio Ambiente. O órgão superior, que define normas a nível nacional é o

Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA, que tem a função de assistir o Governo na definição das diretrizes

da Política Nacional do Meio Ambiente, sendo o órgão consultivo e deliberativo. O órgão executivo federal é o Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), sendo os órgãos estaduais e municipais

os órgãos executores a nível local. Dentro das diretrizes estabelecidas na legislação nacional, os estados definem sua

estrutura e política estadual.

A participação de órgãos federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal foi estabelecida desde 1981, com

a publicação da Política Nacional do Meio Ambiente, estando de acordo com os dispositivos constitucionais. Compõem

ainda o SISNAMA os órgãos setoriais, integrantes da administração federal direta ou indireta, cujas atividades estejam

associadas à proteção da qualidade ambiental; os órgãos seccionais, responsáveis pela execução de programas, projetos,

controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental e os órgãos locais, no nível municipal.

Como regra geral, está estabelecida a atribuição do órgão estadual competente para o prévio licenciamento da

construção, instalação, ampliação e funcionamento de atividades utilizadoras de recursos naturais, consideradas efetiva

ou potencialmente poluidoras e/ou capazes de causar degradação ambiental. A competência do governo federal, que

inicialmente era a de licenciamento de pólos industriais (Decreto 88.351/83, revogado pelo Decreto 99.274/90), com a

publicação da Lei 7.804/89, passou a ser a de licenciamento em caráter supletivo, bem como atividades ou obras com

significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional.

Outros atores envolvidos no processo de licenciamento são os próprios empreendedores, que têm a obrigação

de solicitar o licenciamento ambiental de sua atividade, apresentar informações e detalhamento da proposta apresentada,

elaborar estudos ambientais e implementar as diretrizes estabelecidas no processo de licenciamento.

A participação popular no processo ocorre por meio da realização de audiências públicas, pela representativa da

sociedade civil nos Conselhos de Meio Ambiente, tanto a nível nacional, estadual como municipal e da divulgação

atualmente obrigatória, da publicação das solicitações e deferimento das licenças requeridas aos órgãos de meio

ambiente, podendo se habilitar a fornecer informações ou apresentar questionamentos durante o processo.

Na Política Nacional do Meio Ambiente está estabelecido que o licenciamento ambiental é um dos instrumentos

de gestão ambiental, juntamente com a Avaliação de Impactos Ambientais - AIA e o Estudo de Impactos Ambientais

e respectivo Relatório de Impactos Ambientais – EIA/RIMA. O Decreto 99.274/89 que regulamenta da Lei 6938/81,

estabelece os tipos de licença (LP, LI e LO) e determina a relação entre o licenciamento ambiental e a avaliação de

impactos ambientais, onde o EIA/RIMA deve ser utilizado na fase de Licença Prévia (LP), fase em que se avaliam as

questões relacionadas à localização e viabilidade ambiental do empreendimento.

Em 1986, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) publicou a Resolução nº 001/86, especificando

o uso da avaliação de impactos ambientais no Brasil e regulamentando os requisitos para a utilização e conteúdo do

EIA/RIMA. Também estabelece o conteúdo mínimo do estudo e apresenta uma listagem de atividades sujeitas à

elaboração de EIA/RIMA. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu o caráter de concorrência dos três níveis de

governo com relação à questão ambiental.

Fortalecendo desta forma, a atuação dos Estados por meio da regulamentação do assunto, de acordo com suas

necessidades e peculiaridades, a partir das normas gerais nacionais, baixadas por leis, decretos e resoluções do

CONAMA. Assim, é possível identificar grandes variações no uso do licenciamento como instrumento de gestão

ambiental nos diferentes estados.

Com a publicação da Resolução CONAMA nº 237/97 (Anexo I), decorrente de um processo de participação

dos órgãos licenciadores e dos setores interessados, principalmente os representantes do setor produtivo, procurou-se

solucionar ou esclarecer as principais questões que afligiam os atores envolvidos no processo, surgidas no processo de

discussão da proposta. Assim, esta resolução estabeleceu, entre outras coisas, prazos de duração do processo de

licenciamento, período de validade das licenças, revisão dos custos para análise e emissão de licenças que incomodavam

o setor produtivo, como também estabeleceu as competências para o licenciamento, nos níveis nacional, estadual e

municipal, e definiu uma listagem, em termos gerais, de atividades passíveis de licenciamento.

Desta forma, alguns dos principais problemas enfrentados pelo licenciamento, em termos de regulamentação

estrutural do sistema, como norma geral, foram abordados na revisão realizada. Entretanto, observa-se que algumas

ações são ainda necessárias para que o sistema torne-se mais eficiente.

Quanto à participação da sociedade nos processos de licenciamento, observa-se que esta ainda é reduzida, não

permitindo que todos os anseios da comunidade sejam atendidos.

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A forma de participação mais direta da população interessada na decisão do licenciamento de atividades

produtivas restringe-se aos processos em que são exigidos EIA‟s/RIMA‟s, onde está estabelecido, através de Resolução

do CONAMA, que deve- se realizar audiência pública quando solicitado. Para projetos que não exigem EIA/RIMA, não

existe obrigação legal para a participação da sociedade no processo, apesar de haver a obrigação de que o empreendedor

publique em jornal que solicitou ou que obteve licenciamento.

Na maioria dos sistemas estaduais, o processo de licenciamento passa por um Conselho Estadual, o que

aumenta a participação das partes interessadas e da população no processo, entretanto, no licenciamento federal,

executado pelo IBAMA, não existe este mecanismo, o que faz com que o Presidente do órgão se torne soberano para

tomar a decisão.

Quanto ao setor produtivo, que têm suas atividades licenciadas, verifica-se que existe uma grande restrição para

a internalização das questões ambientais no processo produtivo, ou no cotidiano das empresas, sendo uma das falhas do

sistema de licenciamento não ter conseguido promover a internalização da gestão ambiental em seus processos

industriais, onde seriam adotadas medidas de controle ambiental com maior responsabilidade pelas empresas,

reduzindo, inclusive, os custos do órgão de meio ambiente para licenciamento e fiscalização.

As peculiaridades de cada estado, influenciadas por diferentes culturas e posturas políticas e pelas diferenças no

processo de industrialização e desenvolvimento social, determina uma grande diversidade de práticas executadas para o

licenciamento ambiental das atividades produtivas. Além disso, a diversidade dos atributos ambientais determina a

necessidade da definição de diferentes formas de gestão.

Dessa forma, pode-se observar que o sistema de licenciamento ambiental no Brasil apresenta uma base

nacional, em forma de normas gerais, que são regulamentadas e especificadas a nível local ou regional, fazendo com

que exista um verdadeiro mosaico de situações e condições para execução do sistema de licenciamento.

Caracterização da avaliação de impactos ambientais

A avaliação de impacto ambiental é um instrumento de gestão ambiental que foi criado nos Estados Unidos, no

ano de 1969, como parte da política ambiental nacional. Após isso se verificou uma grande disseminação de sua

concepção e a sua utilização se deu tanto internamente, nos estados, como externamente, pela sua adoção em vários

países, com adequações à realidade local.

Dos instrumentos de política e gestão ambientais surgidos a partir de então, a AIA (Avaliação de Impactos

Ambientais) tem sido o mais discutido e adotado em todo o mundo. Segundo Moreira (1989), isto se deve,

principalmente, à possibilidade que ela oferece de incorporar aspectos técnico-científicos e circunstâncias políticas no

mesmo processo de avaliação, adaptando seus princípios a diferentes esquemas legais e administrativos. O seu caráter

democrático, permitindo a participação da sociedade, também é um fator que contribui para a sua aceitação.

Os objetivos da Avaliação dos Impactos Ambientais são, então, a previsão e o dimensionamento das

conseqüências ambientais de uma ação, com a finalidade de subsidiar a tomada de decisões.

Observa-se, portanto, que a AIA constitui-se num valioso instrumento de planejamento de alternativas, de

medidas preventivas e de controle dos impactos ambientais, bem como de suporte substancial ao processo de gestão

ambiental (AGRA FILHO, 1993).

Compensação Ambiental

A Compensação Ambiental é obrigatória em processos de licenciamento ambiental de empreendimentos ou

atividades que provoquem perda de biodiversidade e de recursos naturais, tais como perda de vegetação nativa,

perda de habitat, corredores ecológicos e ecossistemas de interesse para a flora e a fauna, com fundamento no Estudo

de Impacto Ambiental.

Os recursos serão destinados a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo

Proteção Integral que tem como objetivo básico: preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus

recursos naturais. Constituem este grupo as seguintes categorias de unidade de conservação:

Estação Ecológica;

Reserva Biológica;

Parque Nacional;

Monumento Natural;

Refúgio de Vida Silvestre.

O EIA/RIMA do empreendimento apresentará proposta ou projeto ou indicará possíveis alternativas para a

aplicação da compensação ambiental.

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Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento, o

licenciamento ambiental só poderá ser concedido mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a

unidade afetada, mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da

compensação ambiental.

A obrigatoriedade de pagamento de compensação não deve ser confundida, em hipótese alguma, com a

implantação de projetos de controle e de mitigação de impactos negativos necessários para garantir a viabilidade

ambiental do empreendimento, preconizadas nos estudos ambientais e acordadas com o órgão ambiental.

Compete ao órgão ambiental definir as unidades de conservação a serem beneficiadas, considerando as

propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de novas

unidades de conservação.

Em relação aos dispositivos legais o dispositivo que cria o Sistema Nacional das Unidades de Conservação

(SNUC) é regido pela Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Importante destacar que o Supremo Tribunal

Federal, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.378, declarou inconstitucional a fixação do valor em, no

mínimo, 0,5%.

Nesta oportunidade, o Conselho Nacional de Meio Ambiente editou a Resolução n° 371/2006 que “estabelece

diretrizes aos órgãos ambientais para o cálculo, cobrança, aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos

advindos de compensação ambiental a Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000” também vincula a estipulação do valor da

contribuição à avaliação do EIA/RIMA.

A mesma resolução do CONAMA supracitada estabelece que caso não haja metodologia específica para

calcular o valor da contribuição, este deve ser fixado em 0,5%. Assim a falta de uma metodologia que calculasse os

impactos e que efetivamente estabelecesse critérios de cobrança vinha gerando discussões impetradas tanto pelo

poder público, que vinha exigindo percentuais acima do estipulado pela resolução, quanto pelo empreendedor, que

discutia a aplicabilidade da lei.

Diante dessa lacuna na lei, foi promulgado o Decreto Federal nº 6.848 de 14 de maio de 2009, que altera e

acrescenta dispositivos frente ao Decreto Federal nº 4.340/2002 e regulamenta a compensação ambiental, tendo a

seguinte redação:

Art. 31 - Para os fins de fixação da compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985, de 2000, o Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA estabelecerá o grau de impacto a partir de

estudo prévio de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, ocasião em que considerará, exclusivamente, os

impactos ambientais negativos sobre o meio ambiente.

§ 1º O impacto causado será levado em conta apenas uma vez no cálculo.

§ 2º O cálculo deverá conter os indicadores do impacto gerado pelo empreendimento e das características do ambiente

a ser impactado.

§ 3o Não serão incluídos no cálculo da compensação ambiental os investimentos referentes aos planos, projetos e

programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de impactos, bem como os encargos e

custos incidentes sobre o financiamento do empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com

apólices e prêmios de seguros pessoais e reais.

§ 4º A compensação ambiental poderá incidir sobre cada trecho, naqueles empreendimentos em que for emitida a

licença de instalação por trecho.” (NR)

Fiscalização

Devido a dificuldade da estruturação dos órgãos ambientais, geralmente não há processos de fiscalização

sistematizados, mas sim, em atendimento a denuncias. Como os problemas ambientais têm sido muito observados pela

sociedade, é muito comum a existência de denuncias pela sociedade civil.

O que seria mais adequado é que os órgãos ambientais programassem processos de fiscalização sistêmica,

independentemente de denúncias. Esse processo poderia começar pela definição de determinada unidade de gestão

ambiental, na qual todas as atividades seriam analisadas em determinado período de tempo. Desta forma, todos os

empresários e empreendedores seriam avaliados pelos técnicos dos órgãos ambientais para promover a adequação de

suas atividades.

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Licenciamento ambiental como instrumento de gestão

A aplicação do licenciamento ambiental se estende a todas as atividades utilizadoras/degradadoras dos recursos

naturais e para a sua execução foi concebido o sistema de licenciamento ambiental, que consiste em um conjunto de leis,

normas técnicas e administrativas que estabelecem as obrigações e responsabilidades dos empresários e do Poder

Público, com vistas a autorizar a implantação e operação de empreendimentos, potencial ou efetivamente capazes de

alterar as condições do meio ambiente.

O Sistema de Licenciamento Ambiental é um conjunto de procedimentos e mecanismos que garantem uma ação

prévia de controle ambiental para a implantação de atividades produtivas efetiva ou potencialmente poluidoras e, por

isso, foi concebido como um serviço público prestado ao usuário, com o objetivo de garantir a implementação de

medidas que evitem a degradação ambiental e, consequentemente, reduzir seus custos de controle ambiental. A eficácia

do licenciamento ambiental está relacionada à confiança do usuário na utilidade do sistema de controle e gestão

ambiental implantado como mecanismo de redução de custos e de conflitos com a sociedade e, conseqüentemente, de

agilização dos procedimentos de implantação do empreendimento.

Além disso, é importante que se estimule uma maior responsabilidade do usuário por uma atuação pró-ativa em

gestão ambiental, como uma estratégia da Política Nacional do Meio Ambiente, tais como a adoção das declarações de

conformidade, que poderiam dar ao empresário maior responsabilidade por suas declarações e ações.

No contexto atual é observado que as funções do Poder público vêm sofrendo uma alteração, e há uma

necessidade da adoção de mudanças para adequação à uma nova realidade, onde se deve procurar ser eficiente com

redução de custos. Para as atividades produtivas essa nova realidade vem sendo incorporada nas empresas por

exigências de um mercado cada vez mais competitivo e exigente, estimulando a adoção de instrumentos voluntários de

controle ambiental e redução de custos.

Para o setor público essas questões se apresentam de outra forma, pois não existe mercado competitivo, mas

sim, atividades típicas de estado, que devem ser executadas em um contexto de redução de recursos e pessoal

disponíveis, frente a uma demanda crescente de atuação. O licenciamento ambiental é cada vez mais exigido em termos

de uma atuação eficiente de controle e gestão ambiental e para isso, precisa ser incorporado de instrumentos e

mecanismos que promovam uma atuação eficiente frente às dificuldades.

O sistema de licenciamento é organizado em quatro licenças: Licença Prévia, Licença de Instalação, Licença de

Operação e Renovação de Licença. Todas as licenças têm um prazo de validade definido, que variam de estado para

estado. Deve- se observar cuidadosamente estes prazos, pois alguns estados não revalidam licenças vencidas.

A Licença Prévia - LP faz a avaliação da compatibilidade do empreendimento com o local onde se pretende

instalá-lo. É avaliada a proximidade de habitações, as condições da qualidade da água do corpo receptor em relação à

carga de poluição remanescente, se o plano de uso do solo do município está de acordo com o empreendimento, o

impacto ambiental do empreendimento sobre o meio e etc. Em linhas gerais, o objetivo da Licença Previa é

determinar se o empreendimento está adequado ao local pretendido. A Licença Previa define os parâmetros de

lançamento, em limites máximos de emissão atmosférica, poluição sonora, efluentes líquidos e alternativas de destino

final de resíduos sólidos e fornece os parâmetros que deverão ser obedecidos na continuidade do processo.

Na Licença Prévia o órgão ambiental também avalia a exigibilidade de elaboração de Estudo de Impacto

Ambiental (EIA), que será explicado mais adiante. O EIA deve ser solicitado sempre que a obra cause significativo

impacto ambiental. O EIA deve ser realizado antes da decisão sobre a execução da obra, e estará vinculado à emissão da

Licença Previa.

Para a emissão da Licença Prévia o empreendedor deverá apresentar a anuência municipal, atestando que a obra

está adequada ao código de postura do município ou na lei de uso do solo. É exigido também que o pedido de licença

tenha sido publicado em jornal. A Licença Prévia não autoriza a execução da obra, ela apenas orienta as etapas

subseqüentes do licenciamento. Destaca-se ainda que para as atividades que demandem a tomada de água, é necessária a

apresentação da outorga do uso de recurso hídrico. Para os casos em que o empreendimento implique na remoção de

cobertura vegetal, é também necessária uma licença específica.

A Licença de Instalação - LI autoriza o empresário a construir o empreendimento. Para a obtenção dessa

licença, em geral, os órgãos ambientais exigem a apresentação dos projetos executivos definidos na Licença Prévia. Por

exemplo, se uma indústria produz um efluente, ela terá de apresentar um projeto do sistema de tratamento, que será

analisado pelo órgão ambiental. O projeto estando aprovado é emitida a licença, vinculando a execução do

empreendimento a implantação das estruturas ambientais necessárias ao seu funcionamento, de forma que o órgão

ambiental possa verificar posteriormente se o projeto foi adequadamente implementado.

Após a implantação do empreendimento e, portanto, quando os equipamentos ambientais da empresa estiverem

prontos, o empresário pode pedir a Licença de Operação - LO. Por ocasião da análise da Licença de Operação, os

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

técnicos dos órgãos ambientais vão até a empresa a fim de verificar se os equipamentos ambientais aprovados no projeto

foram efetivamente implantados. Em resumo, na licença de Operação verifica-se se o que foi proposto na Licença de

Instalação foi realmente executado. Emitida a Licença de Operação, o empresário está autorizado a iniciar a operação do

seu empreendimento.

A Licença de Operação possui um prazo de validade específico. Esse prazo é estabelecido de acordo com o

potencial poluidor e do histórico da empresa. Quanto menor o potencial poluidor, menor o porte e o desempenho da

empresa, teoricamente maior o prazo de validade das licenças. A Resolução CONAMA nº 001, de 23/01/1986 define

que o prazo mínimo de validade de uma Licença de Operação é 3 anos, mas os órgãos ambientais em geral avaliam em

2 anos.

O empreendedor deve ser cauteloso quanto aos prazos de validade. A determinação é que 120 dias antes do

prazo de vencimento das licenças o empreendedor deve pedir a prorrogação. Se por algum motivo o empresário passa o

vencimento do prazo de uma das licenças, a Licença Prévia perde a validade, e ele terá de iniciar o processo do início.

Pontos fortes da implementação do sistema de licenciamento ambiental

Entre as conquistas obtidas com a na utilização do sistema de licenciamento no país, são constatados muitos

avanços nos sistemas estaduais, resultantes de uma prática de quase vinte anos de utilização do instrumento. Entre esses

avanços pode-se destacar:

A disponibilidade de base legal mínima para implementação do sistema;

A amplitude de relações institucionais promovida pelo sistema de licenciamento;

A institucionalização de Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, que possuem função prioritária no processo de

licenciamento;

A sistematização de rotinas e procedimentos administrativos para o licenciamento;

A possibilidade de auto-sustentação financeira do sistema.

Principais problemas observados

Apesar dos avanços observados com a introdução do licenciamento ambiental no país, a prática nos diversos

órgãos executores do licenciamento ambiental indica que as principais deficiências observadas para a sua execução são:

Falta de regulamentação, em âmbito estadual, da legislação básica e das diretrizes nacionais, tanto no que se refere

ao sistema de licenciamento quanto à avaliação de impacto ambiental;

Despreparo técnico da administração superior e dos quadros técnicos em geral, para o desenvolvimento de sistemas

de gestão ambiental nos quais a implementação dos sistemas de licenciamento ambiental e de avaliação de impacto

ambiental se faça de forma integrada aos demais instrumentos da política nacional de meio ambiente;

Necessidade de descentralização das atividades de fiscalização e acompanhamento das atividades

Restrição das atividades devido à limitação de recursos para planejamento e execução de fiscalização e

monitoramento,

Falta de um sistema de monitoramento e vigilância dos impactos ambientais, que permita um conhecimento

contínuo das condições de qualidade ambiental na área de abrangência do empreendimento;

Ausência de um sistema de informações ambientais para esclarecer aos empreendedores e o público interessado

sobre as características de cada tipo de licenciamento e da situação de qualidade ambiental das áreas de influência dos

empreendimentos pleiteados.

Nesse contexto, observa-se que os principais problemas existentes para a execução adequada do licenciamento

ambiental referem-se à desestruturação dos órgãos ambientais em termos qualitativo e quantitativo de pessoal para

atendimento da demanda e às limitações para o acompanhamento de atividades licenciadas; à reduzida participação da

sociedade no processo, e a não internalização das questões ambientais nas empresas.

O processo de licenciamento não termina com a concessão da licença a um empreendimento, pois existe a

necessidade do acompanhamento dos projetos licenciados para verificação da adoção das medidas especificadas durante

o processo de licenciamento e verificação da veracidade das informações prestadas nos estudos de impacto ambiental.

Deve-se avaliar se os aspectos ambientais significativos estão sendo tratados de forma adequada pela empresa

licenciada.

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Com a grande quantidade de empresas a serem licenciadas e as já licenciadas em condições que comprometem

a atuação com qualidade de serviços, em um contexto em que há escassez de recursos e de pessoal, torna-se uma tarefa

impossível realizar um acompanhamento de atividades com o mínimo de qualidade possível.

A grande burocracia do processo, aliada à falta de procedimentos específicos de licenciamento, incluindo

tipologias e questões específicas também são fatores que comprometem a eficiência do processo.

Um dos principais conflitos existentes refere-se à competência para o licenciamento, nas esferas federal,

estadual e municipal, pois para alguns tipos de atividades não estava claro a quem cabia o licenciamento, principalmente

para quem interpreta os textos legais. Com isto surgem impasses para a execução do processo de licenciamento, com

uma disputa para verificar a quem cabe o licenciamento. Muitas vezes o processo acaba passando por diferentes

instâncias administrativas.

A participação das prefeituras no processo de licenciamento é muito importante porque pode reduzir em muito

a grande demanda existente nos órgãos estaduais, principalmente para empreendimentos de impactos ambientais

localizados, mas a descentralização do licenciamento deve seguir alguns critérios para que seja eficiente.

De uma forma geral, observa-se como principais fatores causais das dificuldades enfrentadas a desestruturaçâo

do setor público em geral, principalmente no que diz respeito à adaptação às novas exigências da sociedade quanto à

eficiência do estado, à participação pública na gestão ambiental e à transparência nas decisões. Assim, a participação de

uma coordenação a nível nacional do processo político no país é relevante no contexto atual, no sentido de orientar e

conduzir uma política nacional que estabeleça uma nova ordem para se adaptar às novas exigências, definindo também

as responsabilidades dos atores envolvidos no processo e as condições de sustentabilidade do licenciamento voltado para

uma eficiência máxima do processo.

Em 2011 foi publicada a Lei Complementar nº 140 (Anexo II) visando fixar normas referentes aos incisos III,

VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal (Vidal de Souza, 2011), referente a

competência da gestão compartilhada e substituiu parte das diretrizes para a execução do licenciamento am- biental da

Lei 6.938/81 e das Resoluções 001/86 e 237/97 do Conama, tendo como fundamento a localização do empreendimento,

depositando maior responsabilidade aos municípios.

Outras licenças e autorizações

Autorização de supressão de vegetação

A supressão é disciplinada de vegetação nativa ou não é regulamentada pelo Código Florestal (Lei no 4.771/65)

e os pedidos de autorização de sua supressão devem ser apresentados ao IBAMA ou ao órgão estadual de meio ambiente

quando este possuir delegação para tal. A maioria dos Estados já dispõe de atribuição para avaliar e autorizar os pedidos

de supressão. Os requisitos básicos para a instrução desse pedido são a apresentação de laudo florestal sobre a área

objeto do pedido e sua localização em base cartográfica oficial.

Autorização de supressão de vegetação em área de preservação permanente - APP

Área de Preservação Permanente – APP é aquela definida pelo artigo 1o do Código Florestal – Lei no 4.771/65,

alterada pela Medida Provisória no 2.166/01 como “área protegida nos termos dos arts. 2º e 3º desta Lei, coberta ou não

por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a

biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”

A supressão de vegetação em área de preservação permanente somente poderá ser autorizada em caso de

utilidade pública ou de interesse social, devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo

próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, como determinado no artigo 4o

do Código Florestal.

O mesmo Código, em seu artigo 1o, estabelece como de utilidade pública: as atividades de segurança nacional e

proteção sanitária; as obras essenciais de infra- estrutura destinadas aos serviços públicos de transporte, saneamento e

energia; e demais obras, planos, atividades ou projetos previstos em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente

– CONAMA.

Entende, ainda, como de interesse social: as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação

nativa; as atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na pequena propriedade ou posse rural familiar, que

não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função ambiental da área; e as demais obras, planos,

atividades ou projetos definidos em resolução do CONAMA.

Em relação à essa tratativa deve-se abordar os dispositivos definidos pela Resolução CONAMA 302/2002 que

dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o

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regime de uso do entorno e a Resolução CONAMA 303/2002 que dispõe sobre parâmetros, definições e limite de Áreas

de Preservação Permanente. Porém, apesar de estabelecerem diretrizes, ainda restavam muitas duvidas em que

efetivamente, era possível a auytorização de supressão de APP, neste sentido é que foi promulgada a Resolução

CONAMA 369/2006 que dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto

ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente - APP.

Os órgãos ambientais poderão autorizar a supressão eventual e de baixo impacto ambiental, assim definido em

regulamento, da vegetação em área de preservação permanente. Previamente à emissão da autorização para a supressão

dessa vegetação, estabelecerá as medidas mitigadoras e compensatórias que deverão ser adotadas pelo empreendedor.

Outorga de uso de recursos hídricos

O uso de recursos hídricos necessita de outorga, a ser solicitada pelo empreendedor diretamente ao órgão gestor

da bacia hidrográfica da qual utilizará os recursos ou onde executará lançamentos. Esse órgão poderá ser de âmbito

estadual ou federal, dependendo da situação de domínio das águas da bacia (rios federais ou estaduais).

As orientações sobre a outorga de uso de recursos hídricos federais seguem as disposições da Lei Federal no

9.433/97 que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de

Recursos Hídricos, e do Decreto no 24.643/34 – Código de Águas.

A Agência Nacional de Águas – ANA, segundo a Lei Federal 9.984/00, poderá emitir outorgas preventivas de

uso de recursos hídricos, com a finalidade de declarar a disponibilidade de água para os usos requeridos.

De acordo com a lei 9.433/97, estão sujeitos a outorga e pagamento os seguintes usos de recursos hídricos:

derivação ou captação de água para consumo final, inclusive abastecimento público ou insumo de processo

produtivo;

extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;

lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua

diluição, transporte e disposição final;

aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;

outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo d‟água.

Explotação de recursos minerais

O Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM é a autarquia responsável pela explotação mineral,

com competência para promover a concessão relativa à explotação e ao aproveitamento dos recursos minerais, e baixar

normas, em caráter complementar, exercendo a fiscalização sobre o controle ambiental das atividades de mineração, em

articulação com os órgãos responsáveis pelo meio ambiente.

Os empreendimentos que se destinem a explotação de recursos minerais deverão, quando do desenvolvimento

dos procedimentos de licenciamento ambiental, apresentar documentos próprios a este tipo de atividade.

Desta forma, quando da apresentação do EIA e do correspondente RIMA para obtenção da LP, devem submeter

à aprovação do IBAMA Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD, por determinação do Decreto no 97.632/89.

Entende-se como degradação os processos resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se

reduzem algumas de suas propriedades originais, tais como, a qualidade ou capacidade produtiva dos recursos

ambientais.

O licenciamento da explotação de substâncias minerais de emprego imediato na construção civil é

regulamentada pela Resolução CONAMA no 010/90, que determina a precedência do licenciamento ambiental do

IBAMA nos casos de empreendimentos de fronteira ou de significativo impacto ambiental. O DNPM exige a

apresentação da LI para a concessão do Registro de Licenciamento. Para a obtenção da LO, o empreendedor deverá

apresentar ao órgão licenciador cópia deste Registro.

Patrimônio Histórico Artístico Nacional

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN é o órgão responsável pela preservação do

patrimônio histórico nacional. Em áreas com potencial de ocorrência de sítios arqueológicos e áreas de interesse

histórico e cultural, é necessária a realização de pesquisa autorizada pelo IPHAN e coordenada por arqueólogos

devidamente registrados, previamente à execução de obras. No caso de ocorrência, o resgate de peças e artefatos e o

respectivo envio a museus devem ser também autorizados e registrados pelo IPHAN. O patrimônio cultural nacional é

regulado pelo Decreto Lei no 25/37, que organiza a proteção ao patrimônio histórico e artístico nacional e pela Lei no

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3.924/61, que dispõe sobre os sítios arqueológicos, além dos demais instrumentos legais incidentes na área de

implantação de projetos.

Comunidades Indígenas

A Fundação Nacional do Índio – FUNAI é o órgão responsável pela tutela das nações indígenas e pela

administração das respectivas reservas. Regula as interferências de empreendimentos sobre os territórios indígenas

através da Lei no 6.001/73, que dispõe sobre o Estatuto do Índio. Outros regulamentos também regem a matéria:

Decreto no 1.141/94, que dispõe sobre as ações de proteção ambiental, saúde e apoio às atividades produtivas para as

comunidades indígenas; Decreto no 1.479/95, que dispõe sobre as ações de proteção ambiental, saúde e apoio às

comunidades indígenas e dá outras providências; e Portaria no 542/93, que aprova o regimento interno da FUNAI. Vale

lembrar que o aproveitamento dos recursos hídricos, a pesquisa e a lavra dos recursos minerais em áreas indígenas só

podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional.

Populações Tradicionais

A Fundação Cultural Palmares, entidade pública vinculada ao Ministério da Cultura, instituída pela Lei Federal

no 7.668/88 e com o seu estatuto aprovado pelo Decreto no 418/92 tem a finalidade de promover a preservação dos

valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira. Realiza a

sistematização das áreas remanescentes de quilombos, promovendo seu reconhecimento finalizando com o

recebimento do título definitivo da terra.

Mais recentemente, no âmbito ainda federal, pela interpretação da lei, foi publicada a Portaria Interministerial

419/2011 que regulamenta a atuação dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, envolvidos no

licenciamento ambiental, de que trata o art. 14 da Lei no 11.516, de 28 de agosto de 2007. Esta Portaria regulamenta a

atuação da Fundação Nacional do Índio-FUNAI, da Fundação Cultural Palmares-FCP, do Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional-IPHAN e do Ministério da Saúde, incumbidos da elaboração de parecer em processo de

licenciamento ambiental de competência federal, a cargo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis-IBAMA.

Sistema ambiental no Paraná

O Sistema Estadual é composto pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMA,

com duas Autarquias vinculadas: Instituto Ambiental do Paraná – IAP e Superintendência de Desenvolvimento de

Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental – SUDERHSA.

A estrutura é descentralizada, contando com Escritórios Regionais: oito da SEMA, vinte do IAP e cinco da

SUDERHSA (consultar www.pr.gov.br/sema, para visualizar as regiões de abrangência de cada escritório).

O órgão responsável pelo Licenciamento Ambiental é o IAP.

Além desses, outros órgãos atuam na gestão ambiental do Estado, destacando- se: Batalhão da Polícia Florestal,

Delegacia de Meio Ambiente, Ministério Público, COMEC, Conselho de Desenvolvimento do Litoral, Conselhos de

Meio Ambiente, Conselho de Recursos Hídricos, Comitês de Bacias Hidrográficas, etc.

O IBAMA dispõe de estrutura descentralizada. Os endereços estão disponíveis no endereço: www.mma.gov.br.

A Legislação ambiental do Estado pode ser encontrada no endereço www.pr.gov.br/sema. Abaixo, são

relacionados, alguns dos principais instrumentos legais do Paraná:

LEI Nº 7.109/79 - Institui o Sistema de Proteção do Meio Ambiente e adota outras providências.

LEI FLORESTAL DO ESTADO- lei nº 11.054/95.

LEI ESTADUAL 12.726/99 - Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, cria o Sistema Estadual de

Gerenciamento de Recursos Hídricos e dá outras providências.

Decreto Estadual 2.317/00 - Regulamenta a competência da Secretaria de Estado do meio Ambiente e Recursos

Hídricos.

Decreto Estadual 2.316/00 - Regulamenta a participação de Organizações Civis de Recursos Hídricos no Sistema

Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Decreto Estadual 2.315/00 - Regulamenta o processo de instituição de Comitês de Bacias Hidrográficas.

Decreto Estadual 2.314/00 - Regulamenta o Conselho Estadual de Recursos Hídricos.

Decreto Estadual 4.647/01 - Aprova o regulamento do Fundo Estadual de Recursos Hídricos

Decreto Estadual 4.646/01 - Dispõe sobre o regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos.

Decreto Estadual 5.361/02 - Regulamenta a cobrança pelo direito de uso de recursos hídricos.

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Decreto estadual 6.674/02 - aprova o regulamento da lei nº 12.493, de 22 de janeiro de 1999.

Resolução SEMA 031/98 - Estabelece requisitos critérios e procedimentos administrativos referentes ao licenciamento

ambiental, autorizações ambientais, autorizações florestais e anuência prévia para desmembramento e parcelamento de

gleba rural, a serem cumpridos no território do Estado do Paraná.

Resolução CEMA 065/08 – Dispõe sobre o licenciamento ambiental, estabelece critérios e procedimentos a serem

adotados para as atividades poluidoras, degradadoras e/ou modificadoras do meio ambiente e adota outras providências.

Resolução CEMA 070/09 – Dispõe sobre o licenciamento ambiental, estabelece condições e critérios e dá outras

providências, para Empreendimentos Industriais.

Resolução CEMA 072/09 – Re-Ratificação da Resolução Nº. 0070/2009 – CEMA, que dispõe sobre o licenciamento

ambiental para Empreendimentos Industriais, haja vista revisão do texto de alguns dos artigos da referida norma.

Resolução SEMA 051/09 – Dispensa de licenciamento e/ou autorização ambiental estadual de empreendimentos e

atividades de pequeno porte e baixo impacto ambiental.

Resolução CEMA 088/2013 - Estabelece critérios, procedimentos e tipologias para o licenciamento ambiental

municipal de atividades, obras e empreendimentos que causem ou possam causar impacto de âmbito local e determina

outras providências (Anexo III).

Referências bibliográficas AGRA FILHO, S. S. Os Estudos de Impactos Ambientais no Brasil: Uma Análise de sua efetividade. IPEA. Documento

de Política n0 18. 1993. 75p mais anexos.

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SENADO FEDERAL, Sem Bernardo Cabral. Direito Administrativo: tema água. Caderno Legislativo n01. Brasília.

1997. 67Op.

2 ANEXOS

Anexo I

Resolução CONAMA 237/97 – Licenciamento Ambiental Federal

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237 , de 19 de dezembro de 1997

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições e competências que

lhe são conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentadas pelo Decreto nº 99.274, de 06 de junho

de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, e

Considerando a necessidade de revisão dos procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de

forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política

Nacional do Meio Ambiente;

Considerando a necessidade de se incorporar ao sistema de licenciamento ambiental os instrumentos de gestão

ambiental, visando o desenvolvimento sustentável e a melhoria contínua;

Considerando as diretrizes estabelecidas na Resolução CONAMA nº 011/94, que determina a necessidade de

revisão no sistema de licenciamento ambiental;

Considerando a necessidade de regulamentação de aspectos do licenciamento ambiental estabelecidos na

Política Nacional de Meio Ambiente que ainda não foram definidos;

Considerando a necessidade de ser estabelecido critério para exercício da competência para o licenciamento a

que se refere o artigo 10 da Lei no

6.938, de 31 de agosto de 1981;

Considerando a necessidade de se integrar a atuação dos órgãos competentes do Sistema Nacional de Meio

Ambiente - SISNAMA na execução da Política Nacional do Meio Ambiente, em conformidade com as respectivas

competências, resolve:

Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:

I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a

localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais ,

consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação

ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições

e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para

localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas

efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização,

instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da

licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar,

diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.

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III – Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de influência direta

do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados.

Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades

utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos

capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental

competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

§ 1º- Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividades relacionadas no Anexo 1, parte

integrante desta Resolução.

§ 2º – Caberá ao órgão ambiental competente definir os critérios de exigibilidade, o detalhamento e a

complementação do Anexo 1, levando em consideração as especificidades, os riscos ambientais, o porte e

outras características do empreendimento ou atividade.

Art. 3º- A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de

significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto

sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando

couber, de acordo com a regulamentação.

Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou empreendimento não é potencialmente

causador de significativa degradação do meio ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo

processo de licenciamento.

Art. 4º - Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, órgão

executor do SISNAMA, o licenciamento ambiental, a que se refere o artigo 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981,

de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber:

I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plataforma

continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União.

II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados;

IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em

qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da

Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;

V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica.

§ 1º - O IBAMA fará o licenciamento de que trata este artigo após considerar o exame técnico procedido pelos órgãos

ambientais dos Estados e Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento, bem como, quando couber, o

parecer dos demais órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no

procedimento de licenciamento.

§ 2º - O IBAMA, ressalvada sua competência supletiva, poderá delegar aos Estados o licenciamento de atividade com

significativo impacto ambiental de âmbito regional, uniformizando, quando possível, as exigências.

Art. 5º - Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamento ambiental dos empreendimentos e

atividades:

I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de domínio estadual ou do

Distrito Federal;

II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente

relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por

normas federais, estaduais ou municipais;

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Municípios;

IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio.

Parágrafo único. O órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal fará o licenciamento de que trata este artigo após

considerar o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos Municípios em que se localizar a atividade ou

empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãos competentes da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento de licenciamento.

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Art. 6º - Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito

Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e

daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.

Art. 7º - Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único nível de competência, conforme estabelecido

nos artigos anteriores.

Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças:

I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando

sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a

serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações

constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais

condicionantes, da qual constituem motivo determinante;

III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo

cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes

determinados para a operação.

Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza,

características e fase do empreendimento ou atividade.

Art. 9º - O CONAMA definirá, quando necessário, licenças ambientais específicas, observadas a natureza,

características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de

licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação.

Art. 10 - O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas:

I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e

estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida;

II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos

ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade;

III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA , dos documentos, projetos e estudos

ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias;

IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA,

uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber,

podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido

satisfatórios;

V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente;

VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, decorrentes de audiências

públicas, quando couber, podendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não

tenham sido satisfatórios;

VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico;

VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade.

§ 1º - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura

Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação

aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para o

uso da água, emitidas pelos órgãos competentes.

§ 2º - No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impacto ambiental - EIA, se verificada a

necessidade de nova complementação em decorrência de esclarecimentos já prestados, conforme incisos IV e VI, o

órgão ambiental competente, mediante decisão motivada e com a participação do empreendedor, poderá formular novo

pedido de complementação.

Art. 11 - Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados por profissionais legalmente

habilitados, às expensas do empreendedor.

Parágrafo único - O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos previstos no caput deste artigo serão

responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais.

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Art. 12 - O órgão ambiental competente definirá, se necessário, procedimentos específicos para as licenças ambientais,

observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do

processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação.

§ 1º - Poderão ser estabelecidos procedimentos simplificados para as atividades e empreendimentos de pequeno

potencial de impacto ambiental, que deverão ser aprovados pelos respectivos Conselhos de Meio Ambiente.

§ 2º - Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambiental para pequenos empreendimentos e atividades

similares e vizinhos ou para aqueles integrantes de planos de desenvolvimento aprovados, previamente, pelo órgão

governamental competente, desde que definida a responsabilidade legal pelo conjunto de empreendimentos ou

atividades.

§ 3º - Deverão ser estabelecidos critérios para agilizar e simplificar os procedimentos de licenciamento ambiental das

atividades e empreendimentos que implementem planos e programas voluntários de gestão ambiental, visando a

melhoria contínua e o aprimoramento do desempenho ambiental.

Art. 13 - O custo de análise para a obtenção da licença ambiental deverá ser estabelecido por dispositivo legal, visando o

ressarcimento, pelo empreendedor, das despesas realizadas pelo órgão ambiental competente.

Parágrafo único. Facultar-se-á ao empreendedor acesso à planilha de custos realizados pelo órgão ambiental para a

análise da licença.

Art. 14 - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise diferenciados para cada modalidade de

licença (LP, LI e LO), em função das peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem como para a formulação de

exigências complementares, desde que observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de protocolar o

requerimento até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência

pública, quando o prazo será de até 12 (doze) meses.

§ 1º - A contagem do prazo previsto no caput deste artigo será suspensa durante a elaboração dos estudos ambientais

complementares ou preparação de esclarecimentos pelo empreendedor.

§ 2º - Os prazos estipulados no caput poderão ser alterados, desde que justificados e com a concordância do

empreendedor e do órgão ambiental competente.

Art. 15 - O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos e complementações, formuladas pelo órgão

ambiental competente, dentro do prazo máximo de 4 (quatro) meses, a contar do recebimento da respectiva notificação

Parágrafo Único - O prazo estipulado no caput poderá ser prorrogado, desde que justificado e com a concordância do

empreendedor e do órgão ambiental competente.

Art. 16 - O não cumprimento dos prazos estipulados nos artigos 14 e 15, respectivamente, sujeitará o licenciamento à

ação do órgão que detenha competência para atuar supletivamente e o empreendedor ao arquivamento de seu pedido de

licença.

Art. 17 - O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a apresentação de novo requerimento de licença,

que deverá obedecer aos procedimentos estabelecidos no artigo 10, mediante novo pagamento de custo de análise.

Art. 18 - O órgão ambiental competente estabelecerá os prazos de validade de cada tipo de licença, especificando-os no

respectivo documento, levando em consideração os seguintes aspectos:

I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração

dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos.

II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de

instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos.

III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no

mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.

§ 1º - A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos de validade prorrogados, desde que

não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos nos incisos I e II

§ 2º - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de validade específicos para a Licença de Operação

(LO) de empreendimentos ou atividades que, por sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou

modificação em prazos inferiores.

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§ 3º - Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou empreendimento, o órgão ambiental competente

poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenho

ambiental da atividade ou empreendimento no período de vigência anterior, respeitados os limites estabelecidos no

inciso III.

§ 4º - A renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou empreendimento deverá ser requerida com

antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença,

ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.

Art. 19 – O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as medidas

de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:

I - Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais.

II - Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da

licença.

III - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

Art. 20 - Os entes federados, para exercerem suas competências licenciatórias, deverão ter implementados os Conselhos

de Meio Ambiente, com caráter deliberativo e participação social e, ainda, possuir em seus quadros ou a sua disposição

profissionais legalmente habilitados.

Art. 21 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando seus efeitos aos processos de

licenciamento em tramitação nos órgãos ambientais competentes, revogadas as disposições em contrário, em especial os

artigos 3o

e 7º da Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986.

GUSTAVO KRAUSE GONÇALVES SOBRINHO

Presidente

RAIMUNDO DEUSDARÁ FILHO

Secretário-Executivo

ANEXO 1

ATIVIDADES OU EMPREENDIMENTOS SUJEITAS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Extração e tratamento de minerais

- pesquisa mineral com guia de utilização

- lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento

- lavra subterrânea com ou sem beneficiamento

- lavra garimpeira

- perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural

Indústria de produtos minerais não metálicos

- beneficiamento de minerais não metálicos, não associados à extração

- fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: produção de material cerâmico, cimento,

gesso, amianto e vidro, entre outros.

Indústria metalúrgica

- fabricação de aço e de produtos siderúrgicos

- produção de fundidos de ferro e aço / forjados / arames / relaminados com ou sem tratamento de superfície, inclusive

galvanoplastia

- metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro

- produção de laminados / ligas / artefatos de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive

galvanoplastia

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- relaminação de metais não-ferrosos , inclusive ligas

- produção de soldas e anodos

- metalurgia de metais preciosos

- metalurgia do pó, inclusive peças moldadas

- fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia

- fabricação de artefatos de ferro / aço e de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive

galvanoplastia

- têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfície

- fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem tratamento térmico e/ou de superfície

Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações

- fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores

- fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação e informática

- fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos

Indústria de material de transporte

- fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios

- fabricação e montagem de aeronaves

- fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes

Indústria de madeira

- serraria e desdobramento de madeira

- preservação de madeira

- fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada

- fabricação de estruturas de madeira e de móveis

Indústria de papel e celulose

- fabricação de celulose e pasta mecânica

- fabricação de papel e papelão

- fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada

Indústria de borracha

- beneficiamento de borracha natural

- fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionamento de pneumáticos

- fabricação de laminados e fios de borracha

- fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha , inclusive látex

Indústria de couros e peles

- secagem e salga de couros e peles

- curtimento e outras preparações de couros e peles

- fabricação de artefatos diversos de couros e peles

- fabricação de cola animal

Indústria química

- produção de substâncias e fabricação de produtos químicos

- fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas betuminosas e da madeira

- fabricação de combustíveis não derivados de petróleo

- produção de óleos/gorduras/ceras vegetais-animais/óleos essenciais vegetais e outros produtos da destilação da

madeira

- fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látex sintéticos

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- fabricação de pólvora/explosivos/detonantes/munição para caça-desporto, fósforo de segurança e artigos pirotécnicos

- recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e animais

- fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos

- fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas, germicidas e fungicidas

- fabricação de tintas, esmaltes, lacas , vernizes, impermeabilizantes, solventes e secantes

- fabricação de fertilizantes e agroquímicos

- fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários

- fabricação de sabões, detergentes e velas

- fabricação de perfumarias e cosméticos

- produção de álcool etílico, metanol e similares

Indústria de produtos de matéria plástica

- fabricação de laminados plásticos

- fabricação de artefatos de material plástico

Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos

- beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos

- fabricação e acabamento de fios e tecidos

- tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e artigos diversos de tecidos

- fabricação de calçados e componentes para calçados

Indústria de produtos alimentares e bebidas

- beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares

- matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal

- fabricação de conservas

- preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados

- preparação , beneficiamento e industrialização de leite e derivados

- fabricação e refinação de açúcar

- refino / preparação de óleo e gorduras vegetais

- produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação

- fabricação de fermentos e leveduras

- fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais

- fabricação de vinhos e vinagre

- fabricação de cervejas, chopes e maltes

- fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação de águas minerais

- fabricação de bebidas alcoólicas

Indústria de fumo

- fabricação de cigarros/charutos/cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento do fumo

Indústrias diversas

- usinas de produção de concreto

- usinas de asfalto

- serviços de galvanoplastia

Obras civis

- rodovias, ferrovias, hidrovias , metropolitanos

- barragens e diques

- canais para drenagem - retificação de curso de água

- abertura de barras, embocaduras e canais

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- transposição de bacias hidrográficas

- outras obras de arte

Serviços de utilidade

- produção de energia termoelétrica

- transmissão de energia elétrica

- estações de tratamento de água

- interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário

- tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos)

- tratamento/disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas embalagens usadas e de serviço de

saúde, entre outros

- tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas

- dragagem e derrocamentos em corpos d‟água

- recuperação de áreas contaminadas ou degradadas

Transporte, terminais e depósitos

- transporte de cargas perigosas

- transporte por dutos

- marinas, portos e aeroportos

- terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos

- depósitos de produtos químicos e produtos perigosos

Turismo

- complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos

Atividades diversas

- parcelamento do solo

- distrito e pólo industrial

Atividades agropecuária

- projeto agrícola

- criação de animais

- projetos de assentamentos e de colonização

Uso de recursos naturais

- silvicultura

- exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais

- atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre

- utilização do patrimônio genético natural

- manejo de recursos aquáticos vivos

- introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modificadas

- uso da diversidade biológica pela biotecnologia

Anexo II

LEI COMPLEMENTAR Nº 140/2011 – Competência do Licenciamento

ATOS DO PODER LEGISLATIVO

LEI COMPLEMENTAR Nº 140, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2011

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Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição

Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas

decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do

meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e

altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

A P R E S I D E N T A D A R E P Ú B L I C A

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Esta Lei Complementar fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art.

23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações

administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à

proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e

da flora.

Art. 2o Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se:

I - licenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos

utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar

degradação ambiental;

II - atuação supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das

atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar;

III - atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das

competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas nesta

Lei Complementar.

Art. 3o Constituem objetivos fundamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no exercício da

competência comum a que se refere esta Lei Complementar:

I - proteger, defender e conservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado, promovendo gestão descentralizada,

democrática e eficiente;

II - garantir o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico com a proteção do meio ambiente, observando a

dignidade da pessoa humana, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais;

III - harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição de atuação entre os entes federativos, de

forma a evitar conflitos de atribuições e garantir uma atuação administrativa eficiente;

IV - garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas as peculiaridades regionais e locais.

CAPÍTULO II

DOS INSTRUMENTOS DE COOPERAÇÃO

Art. 4o Os entes federativos podem valer-se, entre outros, dos seguintes instrumentos de cooperação institucional:

I - consórcios públicos, nos termos da legislação em vigor;

II - convênios, acordos de cooperação técnica e outros instrumentos similares com órgãos e entidades do Poder

Público, respeitado o art. 241 da Constituição Federal;

III - Comissão Tripartite Nacional, Comissões Tripartites Estaduais e Comissão Bipartite do Distrito Federal;

IV - fundos públicos e privados e outros instrumentos econômicos;

V - delegação de atribuições de um ente federativo a outro, respeitados os requisitos previstos nesta Lei Complementar;

VI - delegação da execução de ações administrativas de um ente federativo a outro, respeitados os requisitos previstos

nesta Lei Complementar.

§ 1o Os instrumentos mencionados no inciso II do caput podem ser firmados com prazo indeterminado.

§ 2o A Comissão Tripartite Nacional será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada

e descentralizada entre os entes federativos.

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§ 3o As Comissões Tripartites Estaduais serão formadas, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos da

União, dos Estados e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e descentralizada

entre os entes federativos.

§ 4o A Comissão Bipartite do Distrito Federal será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos

da União e do Distrito Federal, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e descentralizada entre

esses entes federativos.

§ 5o As Comissões Tripartites e a Comissão Bipartite do Distrito Federal terão sua organização e funcionamento regidos

pelos respectivos regimentos internos.

Art. 5o O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações administrativas a ele atribuídas nesta

Lei Complementar, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a executar as

ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente.

Parágrafo único. Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos do disposto no caput, aquele que

possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e em número compatível com a demanda das ações

administrativas a serem delegadas.

CAPÍTULO III

DAS AÇÕES DE COOPERAÇÃO

Art. 6o As ações de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão ser desenvolvidas

de modo a atingir os objetivos previstos no art. 3o e a garantir o desenvolvimento sustentável, harmonizando e

integrando todas as políticas governamentais.

Art. 7o São ações administrativas da União:

I - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito nacional, a Política Nacional do Meio Ambiente;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

III - promover ações relacionadas à Política Nacional do Meio Ambiente nos âmbitos nacional e internacional;

IV - promover a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração pública da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados à proteção e à gestão ambiental;

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio à Política Nacional do Meio Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental, divulgando os

resultados obtidos;

VII - promover a articulação da Política Nacional do Meio Ambiente com as de Recursos Hídricos,

Desenvolvimento Regional, Ordenamento Territorial e outras;

VIII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos e entidades da administração pública dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima);

IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a proteção

do meio ambiente;

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco

para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,

ambientalmente, for cometida à União;

XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:

a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;

b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva;

c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;

d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção

Ambiental ( APAs);

e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;

f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles

previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de

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1999;

g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer

estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão

Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou

h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite

Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados

os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento;

XV - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em:

a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservação instituídas pela União, exceto em

APAs; e

b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pela União;

XVI - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção e de espécies sobre-explotadas no

território nacional, mediante laudos e estudos técnico-científicos, fomentando as atividades que conservem essas

espécies in situ;

XVII - controlar a introdução no País de espécies exóticas potencialmente invasoras que possam ameaçar os

ecossistemas, habitats e espécies nativas;

XVIII - aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora em ecossistemas naturais frágeis ou

protegidos;

XIX - controlar a exportação de componentes da biodiversidade brasileira na forma de espécimes silvestres da flora,

microorganismos e da fauna, partes ou produtos deles derivados;

XX - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas;

XVI;- proteger a fauna migratória e as espécies inseridas na relação prevista no inciso

XXI - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito nacional ou regional;

XXII - gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento tradicional associado,

respeitadas as atribuições setoriais;

XXIII - exercer o controle ambiental sobre o transporte marítimo de produtos perigosos; e XXV - exercer o controle

ambiental sobre o transporte interestadual, fluvial ou terrestre,

de produtos perigosos.

Parágrafo único. O licenciamento dos empreendimentos cuja localização compreenda concomitantemente áreas

das faixas terrestre e marítima da zona costeira será de atribuição da União exclusivamente nos casos previstos em

tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a

participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e considerados os critérios de porte,

potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento.

Art. 8o São ações administrativas dos Estados:

I - executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Nacional do Meio Ambiente e demais políticas nacionais

relacionadas à proteção ambiental;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

III - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Estadual de Meio Ambiente;

IV - promover, no âmbito estadual, a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração pública

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados à proteção e à gestão ambiental;

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas Nacional e Estadual de Meio Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental, divulgando os

resultados obtidos;

VII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos municipais competentes, o Sistema Estadual de

Informações sobre Meio Ambiente;

VIII - prestar informações à União para a formação e atualização do Sinima;

IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito estadual, em conformidade com os zoneamentos de âmbito nacional e

regional;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a proteção

do meio ambiente;

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco

para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;

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XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,

ambientalmente, for cometida aos Estados;

XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais,

efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o

disposto nos arts. 7o e 9o;

XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em

unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

XVI - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em:

a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

b) imóveis rurais, observadas as atribuições previstas no inciso XV do art. 7o; e

c) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Estado;

XVII - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção no respectivo território, mediante

laudos e estudos técnico-científicos, fomentando as atividades que conservem essas espécies in situ;

XVIII - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas destinadas à implantação de criadouros e à

pesquisa científica, ressalvado o disposto no inciso XX do art. 7o;

XIX - aprovar o funcionamento de criadouros da fauna silvestre; XX - exercer o controle ambiental da pesca em

âmbito estadual; e

XXI - exercer o controle ambiental do transporte fluvial e terrestre de produtos perigosos, ressalvado o disposto no

inciso XXV do art. 7o.

Art. 9o São ações administrativas dos Municípios:

I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e Estadual de Meio Ambiente e demais

políticas nacionais e estaduais relacionadas à proteção do meio ambiente;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; III - formular, executar e fazer cumprir a

Política Municipal de Meio Ambiente;

IV - promover, no Município, a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração pública federal,

estadual e municipal, relacionados à proteção e à gestão ambiental;

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas Nacional, Estadual e Municipal de

Meio Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental, divulgando os

resultados obtidos;

VII - organizar e manter o Sistema Municipal de Informações sobre Meio Ambiente;

VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualização dos Sistemas Estadual e Nacional de

Informações sobre Meio Ambiente;

IX - elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a proteção

do meio ambiente;

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco

para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,

ambientalmente, for cometida ao Município;

XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o

licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:

a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos

Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade;

ou

b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental

(APAs);

XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, aprovar:

a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em florestas públicas municipais e

unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e

b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em empreendimentos licenciados ou

autorizados, ambientalmente, pelo Município.

Art. 10. São ações administrativas do Distrito Federal as previstas nos arts. 8o e 9o.

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

Art. 11. A lei poderá estabelecer regras próprias para atribuições relativas à autorização de manejo e supressão de

vegetação, considerada a sua caracterização como vegetação primária ou secundária em diferentes estágios de

regeneração, assim como a existência de espécies da flora ou da fauna ameaçadas de extinção.

Art. 12. Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais,

efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, e para

autorização de supressão e manejo de vegetação, o critério do ente federativo instituidor da unidade de conservação não

será aplicado às Áreas de Proteção Ambiental (APAs).

Parágrafo único. A definição do ente federativo responsável pelo licenciamento e autorização a que se refere o caput,

no caso das APAs, seguirá os critérios previstos nas alíneas "a", "b", "e", "f" e "h" do inciso XIV do art. 7o, no inciso

XIV do art. 8o e na alínea "a" do inciso XIV do art. 9o.

Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente

federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar.

§ 1o Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou autorização, de

maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental.

§ 2o A supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais é autorizada pelo ente federativo licenciador.

§ 3o Os valores alusivos às taxas de licenciamento ambiental e outros serviços afins devem guardar relação de

proporcionalidade com o custo e a complexidade do serviço prestado pelo ente federativo.

Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos para tramitação dos processos de

licenciamento.

§ 1o As exigências de complementação oriundas da análise do empreendimento ou atividade devem ser comunicadas

pela autoridade licenciadora de uma única vez ao empreendedor, ressalvadas aquelas decorrentes de fatos novos.

§ 2o As exigências de complementação de informações, documentos ou estudos feitas pela autoridade licenciadora

suspendem o prazo de aprovação, que continua a fluir após o seu atendimento integral pelo empreendedor.

§ 3o O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica emissão tácita nem

autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas instaura a competência supletiva referida no art. 15.

§ 4o A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da

expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a

manifestação definitiva do órgão ambiental competente.

Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na

autorização ambiental, nas seguintes hipóteses:

I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União

deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação;

II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve desempenhar

as ações administrativas municipais até a sua criação; e

III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve

desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos.

Art. 16. A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de apoio técnico, científico,

administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação.

Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente detentor da atribuição nos termos

desta Lei Complementar.

Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou

atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação

ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada.

§ 1o Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento ou

atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão

a que se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia.

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

§ 2o Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver

conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente

ao órgão competente para as providências cabíveis.

§ 3o O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de

fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de

recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que

detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 18. Esta Lei Complementar aplica-se apenas aos processos de licenciamento e autorização ambiental iniciados a

partir de sua vigência.

§ 1o Na hipótese de que trata a alínea "h" do inciso XIV do art. 7o, a aplicação desta Lei Complementar dar-se-á a partir

da entrada em vigor do ato previsto no referido dispositivo.

§ 2o Na hipótese de que trata a alínea "a" do inciso XIV do art. 9o, a aplicação desta Lei Complementar dar-se-á a partir

da edição da decisão do respectivo Conselho Estadual.

§ 3o Enquanto não forem estabelecidas as tipologias de que tratam os §§ 1o e 2o deste artigo, os processos de

licenciamento e autorização ambiental serão conduzidos conforme a legislação em vigor.

Art. 19. O manejo e a supressão de vegetação em situações ou áreas não previstas nesta Lei Complementar dar-se-ão

nos termos da legislação em vigor.

Art. 20. O art. 10 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos

ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental

dependerão de prévio licenciamento ambiental.

§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão publicados no jornal oficial, bem como

em periódico regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico de comunicação mantido pelo órgão

ambiental competente.

§ 2o (Revogado).

§ 3o (Revogado).

§ 4o (Revogado)." (NR)

Art. 21. Revogam-se os §§ 2o, 3o e 4o do art. 10 e o § 1o do art. 11 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Art. 22. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 8 de dezembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.

DILMA ROUSSEFF

Francisco Caetani

Anexo III

RESOLUÇÃO CEMA nº 088/2013 – Licenciamento municipal no Paraná

RESOLUÇÃO CEMA nº 088, 27 de agosto de 2013.

Estabelece critérios, procedimentos e tipologias para o licenciamento ambiental municipal de atividades, obras

e empreendimentos que causem ou possam causar impacto de âmbito local e determina outras providências.

O Conselho Estadual do Meio Ambiente - CEMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelas Leis nº

7.978, de 30 de novembro de 1984 e nº 10.066, de 27 de julho de 1992, ambas com alterações posteriores, e nos

Decretos nº 4.447, de 12 de julho de 2001 e nº 8.690, de 03 de novembro de 2010, após a Deliberação no Plenário da

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

21a

Reunião Extraordinária, realizada em 27 de agosto de 2013, considerando a determinação da Alínea a do Inciso

XIV da Lei Complementar

Federal nº 140, de 08 de dezembro de 2011, que fixa normas, nos termos dos Incisos III, VI e VII do caput e do

Parágrafo único do Artigo 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e

os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das

paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à

preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 - Política Nacional do

Meio Ambiente, dentre outras providências, além das demais normas pertinentes,

RESOLVE:

Art. 1º - Estabelecer as tipologias de atividades, empreendimentos e obras que causem ou possam causar impacto

ambiental de âmbito local, considerando os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade, para fins de

licenciamento ambiental pelos órgãos municipais de meio ambiente, de acordo com o Anexo, integrante da presente

Resolução.

Art. 2º - Para os efeitos desta Resolução, adotam-se, além das definições constantes do Artigo 2º da Lei Complementar

Federal nº 140/11, as seguintes:

I - Órgão ambiental municipal capacitado: aquele que possui quadro de profissionais próprios, colocados à sua

disposição ou contratados através de consórcios públicos, legalmente habilitados para a análise de pedidos de

licenciamento ambiental, compatível com a demanda das ações administrativas, além de infra-estrutura, equipamentos e

material de apoio, próprio ou disponibilizado, para o adequado exercício de suas competências;

II - Impacto local: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas do meio ambiente, causada por

qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem a saúde, a

segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do

meio ambiente, a qualidade dos recursos ambientais ou que lancem matérias ou energia fora dos padrões de suporte do

ambiente, dentro dos limites territoriais de um Município;

III - Impacto regional: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas do meio ambiente, causada

por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem a

saúde, a segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e

sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos recursos ambientais ou que lancem matérias ou energia fora dos padrões de

suporte do ambiente, que afetem mais de um Município.

Art. 3º - Para o exercício do licenciamento ambiental, consideram-se capacitados os municípios que disponham de:

I - Conselho Municipal de Meio Ambiente, instância colegiada normativa, consultiva e deliberativa, de composição

paritária, devidamente implementado e em funcionamento;

II - Fundo Municipal de Meio Ambiente, devidamente implementado e em funcionamento;

III - Órgão ambiental capacitado, atendendo os requisitos do Inciso I do Artigo 2º desta Resolução;

IV - Servidores municipais de quadro próprio ou contratados através de consórcios públicos, legalmente habilitados

dotados de competência legal para o licenciamento ambiental;

V - Servidores municipais de quadro próprio, legalmente habilitados, ou através de convênios com órgãos integrantes

do SISNAMA para a fiscalização ambiental;

VI - Plano Diretor Municipal aprovado e implementado, contendo diretrizes ambientais;

VII - Sistema Municipal de Informações Ambientais organizados e em funcionamento;

VIII - Normas municipais regulamentadoras das atividades administrativas de licenciamento, fiscalização e controle

inerentes à gestão ambiental.

Art. 4º - Os Municípios apresentarão ao Conselho Estadual do Meio Ambiente

- CEMA a comprovação do cumprimento do disposto no Artigo 3º desta Resolução, demonstrando estarem capacitados

para exercer as competências administrativas de licenciamento, controle e fiscalização ambiental.

§ 1º. O CEMA, após comprovado pelo IAP que o Município atendeu ao disposto no Art. 3º, comunicará o Município,

via oficio, que o mesmo atendeu os requisitos e poderá iniciar atividades de licenciamento ambiental em acordo com as

tipologias definidas pelo CEMA, comunicando também, o IAP, o Instituto das Águas do Paraná, o IBAMA, o

Ministério Público e as Câmaras Municipais.

§ 2º. O CEMA manterá Cadastro atualizado dos Municípios habilitados, ao qual dará publicidade, em especial por meio

de seu sítio eletrônico.

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Curso: Saneamento e Licença Ambiental– 18 e 19 Novembro de 2015 /Curitiba-PR

§ 3º. O Instituto Ambiental do Paraná – IAP disponibilizará o Sistema de Informações Ambientais o qual deverá ser

utilizado pelos municípios.

Art. 5º - O Município poderá valer-se de instrumentos de cooperação interinstitucional para a execução das ações

administrativas regulamentadas pela presente Resolução, em especial os consórcios públicos com personalidade de

direito público, observadas as disposições da Lei federal nº 11.107, de 06 de abril de 2005 e demais normas aplicáveis,

bem como os convênios, acordos de cooperação técnica e demais instrumentos similares.

Art. 6º - O licenciamento ambiental municipal deverá observar as normas quanto à outorga de uso de água, de

competência do Instituto das Águas do Paraná, bem como observar, as restrições das Áreas Estratégicas para a

Conservação da Biodiversidade e do interior e entorno das Unidades de Conservação e corredores ecológicos, áreas de

proteção de mananciais e demais normas pertinentes.

Art. 7º - O Instituto Ambiental do Paraná - IAP, em atuação subsidiária, fornecerá orientação e instrução técnica aos

Municípios para ações administrativas em licenciamento, monitoramento e fiscalização ambiental, desde que solicitado

de forma justificada, atuando supletivamente nos demais casos.

Art. 8º - Os casos omissos quanto à atividade, porte e potencial poluidor serão instruídos pelo IAP, submetidos ao

Conselho Estadual de Meio Ambiente – CEMA que, após análise da Câmara Temática pertinente, decidirá e adotará as

providências necessárias, inclusive atualização do Anexo.

Parágrafo único: a cada 02 (dois) anos, ou sempre que necessário, será revisada a presente Resolução pelo

CEMA.

Art. 9º - Os procedimentos administrativos de licenciamento ambiental que estão em trâmite no IAP continuarão sob sua

competência até decisão final, e os casos de licenciamento ambiental com Licença Prévia, Licença de Instalação e

Licença de Operação, serão conduzidos pelo IAP até a primeira renovação da Licença de Operação.

Art. 10. - Os municípios que não estão capacitados na forma do art. 3º desta norma, terão prazo de até 04 (quatro anos)

para se adequar, quando então exercerão plenamente os licenciamentos ambientais das atividades ou empreendimentos

das tipologias definidas pelo CEMA.

Parágrafo único - Neste período o IAP atuará em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e

na autorização ambiental.

Art. 11. - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Curitiba, 27 de agosto de 2013.

LUIZ EDUARDO CHEIDA

Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos Presidente do Conselho Estadual do Meio

Ambiente

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ANEXO

GRUPO DE

ATIVIDADE

ATIVIDADE ESPECÍFICA

PORTE/CLASSIFICAÇÃO

POTENCIAL

POLUIDOR/

DEGRADADO

R 1. Extração mineral

1.1. Cascalheira Todos Baixo

1.2. Extração de pedras irregulares, de

modo artesanal Todos

Baixo

2. Atividades

agropecuárias e

silviculturais

2.1. Suinocultura

Produção de

leitões Até 100 matrizes

Alto

Ciclo completo Até 50 matrizes Alto

Terminação Até 500 animais Alto

2.2. Empreendimento de avicultura Até 10.000 m2 de área construída Médio

2.3. Piscicultura- cultivo de peixes em

águas continentais nos sistemas de

açudes e viveiros de terra

Viveiros escavados cuja somatória de

superfície de lamina d‟água, seja inferior a

2,0 ha (Dois hectares) e produção anual de

pescado inferior ao 5.000 kg/hectare/ano.

Baixo

3. Atividades

industriais

3.1.1 Empreendimento

industrial

Até 2.000 m2 de área construída

Até 8.000 Investimento total em UPF/PR

Até 50 empregados

Alto/Médio/ Baixo

4. Construção civil

4.1. Construção, pavimentação,

recapeamento asfáltico e micro

drenagem urbana de águas pluviais

Todos

Médio

4.2. Conservação, manutenção e

restauração de estrada municipal

Todos

Médio

4.3. Terraplenagem

Em obras e atividades específicas licenciadas

pelo município

Médio

5. Serviços de

infraestrutura

5.1. Eletrificação rural Todos Médio

5.2. Estrutura para a captação superficial

(rios e minas) e subterrânea, como

também perfuração e operação de

poço tubular raso

Todos, exceto no aqüífero Karst

Médio

5.3. Rede de distribuição, adutora,

reservatório e elevatória de

sistemas de abastecimento de água

Todos

Baixo

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5.4. Coletor tronco e rede coletora de

esgoto

Todos

Médio

5.5. Unidade de tratamento

simplificado das águas de

captações superficiais e

subterrâneas

(apenas cloração + fluoretação)

Baixo

5.6. Estações Comercias

Emissoras de Campos

Eletromagnéticos, utilizadas para

sistemas de

telecomunicações dos

serviços regulamentados pela

ANATEL

Uso do espectro eletromagnético na faixa de

freqüência de 9kHz (nove quilohertz) a

300GHz (trezentos gigahertz).

Médio

6. Gestão de resíduos

sólidos

6.1. Serviço de coleta e transporte,

tratamento e disposição final de

resíduos da construção civil

Classes A, B e C

CONAMA 307/02)

(conforme Resolução

Médio

6.2. Barracão para triagem de resíduos

urbanos recicláveis

Todos

Médio

7. Comerciais e

Serviços

7.1. Lavador de veículos Todos Médio

7.2. Prestador de serviço de controle

fitossanitário e de vetores e pragas

urbanas

Todos

Médio

7.3. Transportadora de cargas, exceto de

resíduos perigosos e produtos

perigosos

Todos

Baixo

7.4. Oficina mecânica e

estabelecimento para

manutenção e reparo de

veículo automotor

Todos

Médio

7.5.

Supermercado Até 50 000 m2 de

impermeabilizada

área construída e/ou

Médio

7.6.

Shopping center Até 100 000 m2 de área construída e/ou

impermeabilizada

Médio

7.7. Meios de hospedagem

Todos, desde que localizados em área urbana

consolidada

Médio

7.8. Estabelecimento de ensino público e

privado

Todos

Baixo

7.9. Comércio varejista de gás liquefeito

de petróleo (GLP)

Todos

Alto

7.10. Gráfica Até 2.000 m2 de área construída Médio

7.11. Lavanderia Todos, exceto lavanderia industrial Médio

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7.12. Postos de Combustíveis e/ou

Retalhistas de Combustíveis

Novos empreendimentos a partir da

publicação desta resolução

Alto

8. Serviços

médico, hospitalar,

laboratorial e

veterinário

8.1. Hospital Até 80 leitos Alto

8.2. Empreendimentos de serviços de

saúde

Com volume de geração de resíduos até 30

litros/dia, exceto os que produzem resíduos

quimioterápicos

Médio

9. Atividades

turísticas de lazer

9.1. Kartódromo, autódromo, pista de

motocross, ciclovia, entre outras

Todos até 10.000 m2

Médio

10. Empreendime ntos

imobiliários

10.1. Loteamentos;

Todos, desde que localizados em área urbana

ou de expansão urbana, assim definidas pelo

Plano Diretor Municipal

Alto

10.2. Implantação de conjuntos

habitacionais

10.3. Parcelamento do solo urbano para

fins habitacionais e comerciais

11. Atividade

florestal

11.1. Supressão de vegetação secundaria

em estagio inicial de regeneração

Todas em área urbana

Alto

11.2. Aproveitamento de material lenhoso,

para exemplares secos, em pé e/ou

caídos naturalmente, em áreas de

ocorrência de acidente natural em

área urbana

Até 100 m3 e para as espécies ameaçadas de

extinção volume de 15 m³ a cada 5 (cinco)

anos sem fins comerciais por imóvel

Alto

11.3. Corte de espécies florestais nativas

isoladas em áreas urbanas

consolidadas

Somente para fins de edificações e árvores

que ponham em risco a vida e o patrimônio

público ou privado

Alto

11.4. Supressão de vegetação secundaria

em estagio inicial de regeneração

em áreas urbanas

Para fins de

construções/edificações/empreendimentos

imobiliários em perímetros urbanos

Alto

11.5. Corte de espécies nativas plantadas

em imóvel urbano

Todos, exceto espécies ameaçadas de

extinção e integrantes de remanescentes

florestais

Alto

11.6. Supressão de espécies florestais

exóticas em área de preservação

permanente, para substituição com

espécies florestais nativas, através

de Projeto Técnico

Todos os casos

Médio

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Parabéns por estudar!

Agora você faz parte da classe capacitada, que contribui para o progresso nos

serviços públicos, obrigado por escolher a Unipública!

Acesse nosso face e veja suas fotos

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ANOTAÇÕES:

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EM CASO DE EMERGÊNCIA