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SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE Luiz Edmundo Costa Leite e Carlos Sabóia Monte 15/09/2006

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SANEAMENTO E MEIO SANEAMENTO E MEIO AMBIENTEAMBIENTE

Luiz Edmundo Costa Leite e Luiz Edmundo Costa Leite e

Carlos SabCarlos Sabóóia Monteia Monte

15/09/2006 15/09/2006

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Análise de Situação

• 30 milhões de brasileiros não tem abastecimento de água potável

• 90 milhões não contam com esgotamento sanitário adequado

• Aterros sanitários representam só 12,6% e os aterros de resíduos especiais 2,6

• Problemas de enchentes freqüentes nas cidades

• Poluição de ar em muitas áreas urbanas, especialmente em São Paulo

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Conseqüencias

• Doenças de veiculação hídrica respondem por 2/3 das internações do SUS

• 56% dos óbitos de crianças de 0 a 6 anos em 2005 foram causados por àgua contaminada

• Cada R$ 1,00 empregado em saneamento é possível economizar de R$ 4,00 a R$ 5,00 em gastos com saúde pública, (OMS)

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Causa: falta de investimentos

• Nos últimos três anos, 2003, 2004 e

2005 os investimentos somados em

saneamento básico com origem no OGU

e no FGTS foram de pouco mais de 500

milhões anuais em media, o que

corresponde a menos de 0,04 do PIB

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Os números dos investimentos

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Investimentos em gráfico

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Recursos Existem !

• Existem recursos do FGTS e do BNDES (o PPA 2004/2007 previu 7,2 bilhões e 6,3 bilhões de reais respectivamente)

• Alem disso, existe geração de caixa das empresas de saneamento (principalmente se desonerados de impostos excessivos) e existem financiamentos externos disponíveis.

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Reflexões

• O grande obstáculo ao desenvolvimento do saneamento básico no Brasil, alem da óbvia carência de recursos para investimentos, é a falta de um marco regulatório que estabeleça diretrizes nacionais para o setor de saneamento

• A tentativa de se estabelecer uma lei geral para o saneamento básico passou por diversas tentativas legislativas nos últimos anos, sempre esbarrando em dificuldades de resolver questões institucionais, relativas principalmente à titularidade dos serviços.

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Recomendação

•   O novo marco regulatório deverá considerar que as CESBs: Apesar dos problemas recentes, tem um histórico

de grande  sucesso

Promovem subsídios entre regiões de rendas diferentes

Possuem grande acervo de conhecimento tecnico e empresarial

A simples extinção das CEBs criaria um caos administrativo e operacional

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Expectativa de solução

• Em face da indefinição provocada pelo texto constitucional de 1988, sobre a responsabilidade sobre a gestão do abastecimento de água e da coleta e tratamento de esgotos, é necessário impulsionar o PLS 219/06, já aprovado no Senado da República e encaminhado à Câmara dos Deputados

• Este Projeto de Lei, foi produzido após uma negociação com intermediação de diversas instituições publicas, privadas e da sociedade civil, substituindo o PLS 155/05 do senador Gerson Camata e o PL 5291/05 oriundo do executivo

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Esperança atual

• A engenharia nacional espera que o novo

marco regulatório do saneamento seja

capaz de impulsionar as soluções de

financiamento do setor para cumprir o

programa de desenvolvimento do

saneamento ambiental que a engenharia

propõe, centrado na gestão de água,

esgotos e resíduos sólidos.

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Resíduos Sólidos

• É muito importante que se estabeleça uma Política Nacional de Resíduos Sólidos a partir de uma lei federal que regulamente o setor, incentivando reciclagem e protegendo trabalhadores

• Deve ser aproveitada a oportunidade de enquadrar aterros sanitários na modalidade de projetos de MDL, conforme Protocolo de Quioto

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Propostas e Projetos

• Legislação indutora de políticas públicas para aumentar a reciclagem

• Aumentar os níveis de cobertura dos sistemas de coleta nas zonas pobres

• Desenvolver um programa de destinação final adequado através da implantação de aterros sanitários com o aproveitamento da energia do biogás gerando, ao mesmo tempo, certificados de emissões reduzidas

• Buscar incentivos para transformação da fração orgânica em composto para a agricultura

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Recursos Hídricos

• Como já existe um excelente marco jurídico, isto é, a Lei 9.433 de 8 de janeiro de 1997 o esforço (que não é pequeno)  resume-se a implantar os diversos mecanismos de gerenciamento e preservação previstos na lei em todo o território nacional.

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Outras questões relevantes

• Transposição do São Francisco

• Remanejamento populacional

• Redução do uso de combustíveis fósseis

• Revitalização do Tietê e do Paraíba do Sul

• Preservação de Mananciais

• Redução de desmatamento e queimadas

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Prioridades

• É fundamental que se estudem diretrizes para um novo modelo tarifário a ser introduzido e  simultaneamente disciplinar a concessão de subsídios exigidos para possibilitar o atendimento às populações de menor renda.

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Conclusões (1)

• A melhoria da infra-estrutura do saneamento básico depende:

• de vontade política• de um novo marco regulatório,• da capacidade de investimento público.

• A engenharia nacional tem competência para apresentar soluções adequadas para todos os problemas técnicos do Setor.

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Conclusões (2)

• A universalização do saneamento básico, isto é, sistemas públicos de água e esgotos e de coleta e disposição dos resíduos sólidos resolve a maioria dos problemas ambientais, com grandes repercussões na saúde pública e na geração de trabalho e renda, alem, naturalmente de promover obras de engenharia e adequar a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento do país.

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Conclusões (3)

• Para que isto seja alcançado é necessário portanto que se aumente o volume de recursos empregados, que se estabeleçam regras de financiamento adequadas e que sejam asseguradas por mecanismos sólidos e permanentes as correspondentes fontes de recursos indispensáveis, prioritariamente públicas e, complementarmente, segundo regras claras, o aporte de capital privado de risco.

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Propostas (1)

Ampliar substancialmente os investimentos públicos no setor, com aumento dos recursos fiscais e remoção de barreiras desnecessárias ao financiamento;

Priorizar as ações do Governo Federal no atendimento aos mais pobres, que constituem a parcela mais vulnerável da população, promovendo a equidade e a justiça distributiva, através de um sistema de subsídios diretos;

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Propostas (2)

• Integrar ações de saneamento a outras ações de desenvolvimento territorial, local ou regional, e de erradicação da pobreza, visando criar uma sinergia que aumente a eficiência das intervenções;

• Propor e construir mecanismos eficazes de cooperação entre governos, sociedade e setor privado;

• Estimular  o uso de tecnologias apropriadas, adaptando-as às condições peculiares de cada região;

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Propostas (3)

• Incentivar a participação da sociedade na gestão de serviços públicos

• Prestar assistência técnica e sanitária, através da Funasa

• Incluir o saneamento na agenda de trabalho dos agentes de saúde

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Propostas (4)

• Apoiar e incentivar a modernização dos prestadores públicos dos serviços de saneamento

• Rever tributos incidentes sobre prestadores de serviços de saneamento

• Incentivar gestão transparente e eficiente

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Propostas (5)

• Desenvolver, parcerias apropriadas a cada realidade local e regional, visando a universalização e a ampliação dos investimentos, e o desenvolvimento tecnológico.

• Estimular a eficiência como meio fundamental para ampliar investimentos e reduzir custos

• Usar programas de investimentos financiados e fiscais como fatores indutores da eficiência.

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Conclusão Prioritária

• Para alcançarmos a universalização nos

próximos cinco anos, isto é, até 2011, o

governo federal deverá aplicar cerca de

R$ 123 bilhões, uma média de R$ 24

bilhões ao ano, um valor muito superior ao

que vem sendo aplicado.

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Investimentos Necessários em SaneamentoESTADO /ANO 2007 2008 2009 2010 2011 Total

Acre 114,658 114,658 114,658 114,658 114,658 573,29Amapá 93,382 93,382 93,382 93,382 93,382 466,91Amazonas 548,826 548,826 548,826 548,826 548,826 2744,13Pará 824,774 824,774 824,774 824,774 824,774 4123,87Rondonia 279,576 279,576 279,576 279,576 279,576 1397,88Roraima 85,982 85,982 85,982 85,982 85,982 429,91Tocantins 295,112 295,112 295,112 295,112 295,112 1475,56Alagoas 318,17 318,17 318,17 318,17 318,17 1590,85Bahia 1547,056 1547,056 1547,056 1547,056 1547,056 7735,28Ceará 844,772 844,772 844,772 844,772 844,772 4223,86Maranhão 629,678 629,678 629,678 629,678 629,678 3148,39Paraiba 354,366 354,366 354,366 354,366 354,366 1771,83Pernanbuco 855,616 855,616 855,616 855,616 855,616 4278,08Piaui 315,54 315,54 315,54 315,54 315,54 1577,7Rio Grande do Norte 330,92 330,92 330,92 330,92 330,92 1654,6Sergipe 267,638 267,638 267,638 267,638 267,638 1338,19Espirito Santo 422,286 422,286 422,286 422,286 422,286 2111,43Minas Gerais 2427,73 2427,73 2427,73 2427,73 2427,73 12138,65Rio de Janeiro 2091,79 2091,79 2091,79 2091,79 2091,79 10458,95São Paulo 5128,05 5128,05 5128,05 5128,05 5128,05 25640,25Paraná 1777,646 1777,646 1777,646 1777,646 1777,646 8888,23Rio Grande do Sul 1790,84 1790,84 1790,84 1790,84 1790,84 8954,2Santa Catarina 1073,706 1073,706 1073,706 1073,706 1073,706 5368,53Distrito Federal 308,126 308,126 308,126 308,126 308,126 1540,63Goiás 1118,892 1118,892 1118,892 1118,892 1118,892 5594,46Mato Grosso 434,954 434,954 434,954 434,954 434,954 2174,77Mato Grosso do Sul 432,076 432,076 432,076 432,076 432,076 2160,38Total em R$ bilhões 24,71216 24,71216 24,71216 24,71216 24,71216 123,62

(1) Baseado no estudo "Dimensionamento das necessidades de investimento para a universalização dos serviços de abastecimento de água e de coleta e tratmento de esgotos sanitarios no Brasil" PMSS, 2003, aplicando investimentos de 2007 até o horizonte de

Origem dos investimentos: Orçamento Geral da União, Fundo de Garantia e Tempo de Serviço, empréstimos de agencias de credito bi-laterais e multilaterais, investimentos de risco privados, saldos de caixa dos empreendimentos publicos e privados

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Obrigado pela atenObrigado pela atençãoção

Luiz Edmundo H.B. da Costa Leite [email protected] Sabóia Monte [email protected]