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7/23/2019 sanidade http://slidepdf.com/reader/full/sanidade 1/28 TEMA: Qual éasuamaior prioridade? INTRODUÇÃO Sobrea santidadeestánaConfissãodeFé deWestminster,nocapítulo“Santificação”: Capítulo13. I– Os que são eficazmente chamados e regenerados,tendo criado em sium novo coraçãoeum novoespírito, sãoalém disso santificados real e pessoalmente, pela virtudeda morteeressurreiçãodeCristo, pela sua palavra epelo seu Espírito,que neleshabita. II– Esta santificação é no homem todo, porém imperfeita nesta vida; ainda persistem em todasaspartesdelerestosda corrupção, e daí nasce uma guerra contínuaeirreconciliável –acarnelutando contraoespíritoe oespíritocontraacarne.

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TEMA:Qual é a sua maior prioridade?

INTRODUÇÃO

Sobre a santidade está na Confissão de Féde Westminster, no capítulo “Santificação”:

Capítulo 13.

I – Os que são eficazmente chamados eregenerados, tendo criado em si um novocoração e um novo espírito, são além dissosantificados real e pessoalmente, pela

virtude da morte e ressurreição de Cristo,pela sua palavra e pelo seu Espírito, queneles habita.

II – Esta santificação é no homem todo,

porém imperfeita nesta vida; aindapersistem em todas as partes dele restos dacorrupção, e daí nasce uma guerracontínua e irreconciliável – a carne lutando

contra o espírito e o espírito contra a carne.

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III – Nesta guerra, embora prevaleçam poralgum tempo as corrupções que ficam,contudo, pelo contínuo socorro da eficácia

do santificador Espírito de Cristo, a parteregenerada do homem novo vence, e assimos santos crescem em graça, aperfeiçoandoa santidade no temor de Deus.

Breve Catecismo de Westminster, perguntas35 e 36:

Pergunta35: "O que é santificação?"

Santificação é a obra da livre graça de Deus,pela qual somos renovados em todo o nossoser, segundo a imagem de Deus, habilitadosa morrer cada vez mais para o pecado e aviver para a retidão.

Pergutna36: Quais são as bênçãos que

nesta vida acompanham a justificação,

a adoção e a santificação, ou delas

procedem? As bênçãos que nesta vida

acompanham a justificação, a adoção e asantificação, ou delas procedem, são:

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Certeza do amor de Deus;Paz de consciência;Alegria no Espírito Santo

Aumento de graça;Perseverança até o fim".

É todo oprocesso de ser conformado àimagem de Jesus Cristo. É um processo quecomeça no momento do novo nascimento, econtinua durante toda a vida do crente até oseu último suspiro.

ELUCIDAÇÃO

Introdução à carta aos ColossensesA carta aos Colossenses é dirigida à igrejaem Colossos, que pertence à província

romana da Ásia. Colossos está localizada norio Lico, não longe do lugar em que esse riodesemboca no rio Meandro, e a cerca de 200km de Éfeso em direção do interior do

continente.

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Colossos estava ligada a Éfeso por meio deuma grande via comercial. Essa

antiquíssima e famosa via comercial ligava

o mundo greco-romano entre o MarMediterrâneo e o Golfo Pérsico.

A rota era Éfeso – Laodicéia – Colossos –

Antioquia (da Pisídia) – Icônio – Listra –Derbe – Tarso – Isso – Síria – Mesopotâmia –Média

Durante o tempo em que esteve nesta regiãopor ocasião da segunda e terceira viagensmissionárias, Paulo provavelmente nuncavisitou as cidades do vale do Meandro eLico.Um colaborador de Paulo, chamado

Epafras, fundou a igreja em Colossos (Cl1.6s; 4.12s).Talvez Epafras tenha se convertido ao

cristianismo em Éfeso, por meio do

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apóstolo. Paulo o chama de “um amadoconservo” (Cl 1.7).

As igrejas das cidades vizinhas de Colossos,a saber, Laodicéia e Hierápolis,provavelmente também foram fundadas porEpafras (Cl 4.13).Quando Paulo se encontrava no cativeiroromano, Epafras levou notícias ao apóstoloacerca do amor dos colossenses peloapóstolo, dando-lhe um relatório sobre oexcelente estado da igreja (Cl 1.3ss).

Depois Epafras também o avisou a respeitodas graves ameaças à igreja por meio deheresias que haviam penetrado no grupo decristãos de Colossos.

Embora Paulo nunca tivesse visitado aigreja de Colossos, considerou muitoapropriado escrever-lhe uma carta.

Assim como as demaiscartas da prisão

(veja a Introdução à carta aos Filipenses), a

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carta aos Colossenses também foi escritaem Roma.A igreja era formada inteiramente, ou quase

inteiramente, de convertidos do mundogentio.Algumas divindades eram adoradas ali taiscomo: Cibele, Isis, Demétrio e Artemis.Portanto, o mal básico que confrontava ajovem igreja era:1. O perigo do retorno ao paganismo comsua crassa imoralidade.2. O perigo de se aceitar a heresiacolossense

Ora, o que a chamada “heresia colossense”tem a ver com tudo isso?“Vocês estão engajados na tremenda batalha(porém, perdida) contra as tentações da sua

natureza maligna? Nós podemos ajudá-los.A fé em Cristo, apesar de boa até certoponto, não é suficiente, pois Cristo não é oSalvador completo”.“Cristo não lhes dará plenitude de

conhecimento, santidade, poder, alegria,etc.

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3. Cerimonialismo judaico (Cl 2.11,16,17;3.11), que acrescentava um significadoespecial ao ritual da circuncisão física, às

regulamentações de alimentos e àobservância de datas especiais pertinentesà economia da velha dispensação.4. Adoração de anjos (Cl 1.16; 2.15; 2.18),que também desvaloriza a singularidade deCristo, como se ele fosse insuficiente para asalvação plena.

A SANTIFICAÇÃO EVANGÉLICA – CL 3.1-

17a) seu fundamento: v. 1-4, b) sua execução:

v. 5-15, c) sua força: v. 16s.

 A)  O FUNDAMENTO DA

SANTIFICAÇÃO CRISTÃ

Verso1 - O capítulo 3 traz em seu início a

palavra“portanto”, indicando a conexão

entre o que foi dito anteriormente e o queestá para ser ensinado. Paulo, na verdade,

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está aqui introduzindo o desfecho dopensamento expresso em 2.20-23, em queexortou os crentes a não se sujeitarem a

regras inúteis, uma vez que “morreram comCristo para os princípios elementares destemundo”.Tudo o que Paulo expõe no capítulo 2.

Para Paulo era fato inegável que, quandocreram no Senhor, os colossensesromperam com o antigo sistema pagão decrenças e comportamentos.

Tendo morrido para aquelas coisas, era

também certo que ressuscitaram com Cristo(2.12-13; 3.3), ou seja, passaram a

participar da vida do Senhor, nutrida emoldada por ele só (2.6-7), uma vida que eleagora vive no céu.A implicação básica que resulta disso é odever imposto aos cristãos de buscar ascoisas que são do alto, onde Cristo está,deixando de se preocupar com a

religiosidade mecânica que só se baseia empreceitos de origem humana acerca de

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coisas meramente terrenas que se dissolvemtão logo são usadas (2.22).A expressão “coisas que são do alto” é

complementada pela cláusula “onde Cristoestá assentado à direita de Deus”. No VelhoTestamento, o Salmo 110.1 aponta a destrade Deus como lugar reservado ao Messiasde Israel.Assim, é evidente que a referência a Cristocomo alguém que ocupa lugar ao lado do

Pai tem geralmenteo objetivo de inspirar

devoção e obediência exclusiva a ele.

Obviamente esse é o caso no texto emanálise, uma vez que, conforme visto, oensino gnóstico desestimulava a sujeição aCristo, identificando-o apenas como maisuma das diversas emanações angélicas quecompunham o universo espiritualimaginário dos falsos mestres.

No v. 2 Paulo renova a admoestação nosentido de que os colossenses tenham como

prioritárias as coisas do alto. Desta vez,porém, ele realça o pensamento dos

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crentes, ensinando o que deve ocupar suamente na maior parte do tempo.Há um mundo espiritual situado nas

alturas que é tão real quanto este, sendocerto que a reflexão sobre seus bens evalores determina o modo como se viveagora (Fp 3.7-9; Hb 11.24-27).

A segunda cláusula do v. 2 aponta o opostodo viver pensando nas coisas do alto. Trata-se de manter o coração centrado nas coisasterrenas. Essa expressão descreve o estilode vida do incrédulo.

De fato,para o ímpio, tudo o que importa éo que se pode perceber através dos sentidoscorporais. Sua vida não recebe qualquerinfluência procedente do pensamento deque existe um Deus no céu, cuja vontadedeve ser cumprida e que, afinal, julgarátodas as ações dos homens. Tendo os olhosfixos neste mundo, tudo o que lhe importa écomer, beber e alegrar-se (Mt 24.37-39; Lc

12.13-21). O prazer ilusório e o sucesso

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material são seus alvos supremos, sua maisalta aspiração.

EmFilipenses 3.18-21 (Lê) Paulo contrasta

o crente com o incrédulo descrevendo, aprincípio, o modo de vida das pessoas queadotam a visão meramente terrena darealidade.No versículo em análise, portanto, aoexortar os colossenses a não fixar a mente

no que pertence a este mundo,Paulo está

advertindo seus leitores a não adotarem

a filosofia de vida própria dos incrédulos.

Versículo 3-Paulo estar falando sobre avida gloriosa que pertence ao crente.Essa vida não pode ser vista agora em todo

o seu esplendor, permanecendo escondidaaos olhos de todos. O texto diz que ela está“com Cristo em Deus” porque o Salvador,estando junto ao Pai, vive na plenaparticipação dela (Jo 17.5; Fp 2.9; 1Tm

3.16; Hb 2.9).

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Esse entendimento harmoniza-se como que

é dito no v. 4. Ademais, seu conteúdoparece ajustar-se melhor ao contexto em

que Paulo exorta os crentes acerca do quedeve ocupar o pensamento deles (vv. 1-2).

Paulo diz:“Mantenham o pensamento nascoisas do alto... Pois vocês morreram, e agora

a sua vida está escondida com Cristo emDeus”.

Ora, ao usar aconjunção “pois”, Paulo

deixa clara a ligação entreas coisas em que

os crentes devem pensare a vida gloriosade que um dia desfrutarão.Paulo ensina ainda que o Senhor um dia se

manifestará. A alusão é claramente à

segunda vinda de Cristo. Nessa ocasião os

cristãos “também serão manifestados comele em glória”.

2) A EXECUSÃO DA SANTIDADE CRISTà

A palavra “Assim” (no Grego. pois,portanto), constante do início do v. 5,

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evidencia essa relação de resultado entre oque foi dito nos vv. 1-4 e o que vem a seguir.

Inicialmente, Paulo emite uma admoestaçãoampla: “...façam morrer tudo o que

pertence à natureza terrena de vocês”

(5).

A expressão“façam morrer” significa aquiprivar de poder, destruir a força, deixar semvitalidade ou enfraquecer.

O impulso queo cristão deve lutar paradebilitar é a sua“natureza terrena”. 

O texto grego refere-se a essa natureza comas palavras “os membros sobre a terra”,dando a entender que os crentes devem seesforçar para minar o vigor das inclinaçõespecaminosas que atuam em seu corpo napresente realidade terrena.O corpo físico não é mau, como dizia ognosticismo incipiente, mas é um veículoatravés do qual a força do pecado se

manifesta (Rm 7.5, 21-24).

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No v. 5, Paulo alista cinco desvios queemanam da natureza terrena. A lista, assim

comono v. 8,não é exaustiva, mas apenas

fornece exemplos de vícios em que oscrentes podem cair caso não amorteçam opecado que subsiste em seus membros.

O primeiro vício  mencionado é a

imoralidade sexual.O termo tem sentido abrangente (1Co 6.18),sendo usado para referir-se a todo tipo deintercurso sexual ilícito e extramarital(adultério, fornicação, prostituição, etc).

Relações antinaturais  também sãoincluídas no significado da palavra usadaaqui (1Co 5.1). Que a imoralidade é obra dacarne é expressamente ensinado em Gálatas5.19, sendo dever do crente fugir dela (1Ts4.3-5).

Os três vícios mencionados a seguir têmtambém conotação sexual, mas podemabranger outras esferas em que a

pecaminosidade humana se manifesta.

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Impureza refere-se a todo tipo de imundícia,

tantomoral como ou física (Mt 23.27), massomente o primeiro sentido é pretendido

aqui (Assim tb. em Rm 6.19; 2Co 12.21; Ef4.19; 5.3).A impureza moral, além de envolver aluxúria (Rm 1.24), também englobamotivações sujas (1Ts 2.3). Em 1Coríntios7.14, o termo “impuro” é aplicado a pessoasque estão fora de qualquer influênciasantificadora.

A palavra traduzida como “paixão” é

pathos e aplica-se a qualquer afeiçãodesordenada, mas no NT, onde ocorre emapenas outros dois lugares, é usadaespecialmente para aludir ao desejo sexualardente, desonroso e depravado (Rm 1.26;

1Ts 4.5).Pathos é uma doença espiritual que subjugaa alma tornando-a inquieta, continuamentesedenta, sempre desejosa de satisfazer

apetites impuros.

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A próxima expressão foi traduzida como

desejos maus. Basicamente é sinônima dotermo que a antecede. Trata-se, pois, da

cobiça, da ambição, do intenso anseio poralgo ilícito (Rm 6.12; 13.14; Gl 5.16; 1Tm6.9; Tt 3.3; 2Pe 3.3).

A listado v. 5 termina com a menção da

Avareza. A palavra usada pelo Apóstolodesigna o desejo insaciável de adquirir bensmateriais (Mc 7.21-22; Rm 1.29; Ef 5.3).Paulo encoraja os seus leitores a viveremlonge dos vícios alistados no v. 5 dizendo

que esses desviossão a causa pela qual aira de Deus sobrevém aos descrentes verso6.

Paulo diz, portanto, queos colossenses

tinham passado seus dias deincredulidadesob a orientação do pecado,ligados continuamente ao mal.A nova vida inaugurada pela fé em Cristo

tem como marca o sepultamento (imediato

ou gradual) do modo de andarcaracterístico dos “filhos da desobediência”.

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Isso é ensinado por Paulo já a partir do v. 5.Agora, porém, no v. 8, ele amplia essa ideia,destacando o dever que o crente tem de

demonstrar o contraste entre seu passado(7) e o “agora”. Verso 8.

Esse dever consiste do abandono não sódos vícios predominantemente sexuais

alistados no v. 5, mas também dos pecadosde mau gênio e do uso inescrupuloso daspalavras.

Indicao livramento definitivo de um hábito

ou de um estilo de vida que desagrada aDeus (Rm 13.12; Ef 4.22,25; Hb 12.1; Tg1.21; 1Pe 2.1).

Verso 12- As virtudes do vers. 12 devemsubstituir os vícios do vers. 8. O despimentodas velhas vestes há de ser seguido pelavestidura das novas.Antes de dizer o que devemos fazer paraDeus, Paulo

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relembra o que Deus fez por nós. ELEITOSDE DEUS, SANTOS E AMADOS. Termos quee referem ao pacto.

Concordo com William Hendriksenquando ele diz que“a eleição afeta a vidaem todas as suas fases, pois não é algo

abstrato.

Mesmo que pertença ao decreto de Deus

desde a eternidade, chega a ser uma força

dinâmica no coração e na vida dos filhos de

Deus. Ela produz frutos.”

Paulo deixa de falar daquilo que Deus fez

por nós para tratar daquilo que devemosfazer uns aos outros. Agora pertencemos àfamília de Deus e devemos viver nela demodo digno de Deus.

Em primeiro lugar, ternos afetos demisericórdia (3.12).Paulo traça um contraste entre a vida antesda conversão, marcada por ira, indignação,

maldade, maledicência, obscenidade e

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mentira (3.8,9), e a nova vida caracterizadapor “ternos afetos de misericórdia” (3.12).

Ser misericordioso é lançar o coração na

miséria do outro. E uma genuína simpatiapelas necessidades dos outros. O cristãodeve ter um coração compassivo.

Em segundo lugar, bondade (3.12).

Bondade é exatamente o oposto da malíciaou maldade mencionada no versículo 8.A palavra grega chrestoteta é a bondadeexpressa em atitudes e atos. Denota oespírito amigável e ajudador que procura

suprir as necessidades dos outros medianteatos generosos.

Em terceiro lugar, humildade (3.12). Apalavra grega, “humildade”, é uma virtudecriada e introduzida no mundo pelocristianismo.A humildade não era considerada umavirtude, mas uma fraqueza. Era tratada com

desdém e não incentivada como virtude.

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Em quarto lugar, mansidão (3.12).Mansidão não é fraqueza, mas poder sobcontrole.

A mansidão é uma disposição de ceder osdireitos. É a pessoa que está pronta a sofrerdanos em vez de causar danos, diz WilliamHendriksen.

Em quinto lugar, longanimidade (3.12). Apalavra grega significa o espírito que jamaisperde a paciência com o próximo.Essa palavra é específica para falar sobre apaciência com pessoas. Longanimidade é

paciência estendida ao máximo. E suportaras ofensas sem retaliar. E sofrer os maus-tratos sem amargurar a alma.William Barclay declara que essa virtudecristã estava em oposição à virtude grega.

Para o grego, ser grande era vingar-se. Parao cristão, ser grande é renunciar àvingança.

Em sétimo lugar, perdão (3.13b). Não

basta apenas deixar de retaliar, é precisoperdoar.

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Em oitavo lugar, amor (3.14). O apóstoloPaulo orienta: “Acima de tudo isto, porém,esteja o amor, que é o vínculo da perfeição”.

“Acima de tudo isto” pode transmitir opensamento de “por cima de todas asdemais roupas”a serem vestidas.William Hendriksen diz que o amor é olubrificante que permite que as outrasvirtudes funcionem suavemente. O amor é agraça que liga todas as outras graças.

Hernandes Dias Lopes:O que é a ortodoxia sem amor? Legalismo

frio e repulsivo!O que é a santidade sem amor? Farisaísmoreprovado por Jesus!O que é a beneficência sem amor?Exibicionismo egoísta!O que é o culto sem amor? Formalismoabominável aos olhos de Deus!O que é a pregação sem amor? Apenas umdiscurso vazio!

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3-A SANTIFICAÇÃO É POSSÍVEL

MEDIANTE O USO DOS PODEROSOS

RECURSOS ORDENADOS POR DEUS

(3.15-17)

Em primeiro lugar, a paz de Cristo (3.15).William Hendriksen diz que esta paz é a

condição de descanso e contentamento nocoração daqueles que sabem que seuRedentor vive. E a convicção de que ospecados passados já foram perdoados.

Essa paz“é a paz de Cristo” porque foi Ele

quem nos deu (Jo 14.27).A paz de Cristo é o árbitro em nossocoração. O termo grego, traduzido por“árbitro”, faz parte do vocabulário esportivo

e refere-se “àquele que preside o jogo edistribui os prêmios”.Assim, sempre que houver um conflito demotivos, a paz de Cristo tem de entrar edecidir o que deve prevalecer.

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Em segundo lugar, a Palavra de Cristo(3.16). Os falsos mestres estavam tentandointroduzir na igreja os falsos ensinos do

gnosticismo, do legalismo, do misticismo edo ascetismo. Estavam tentandoharmonizar a Palavra de Deus com seusensinos heréticos. Para eles, a Palavra nãoera suficiente. Paulo, então, determina:“Habite ricamente em vós a Palavra deCristo”. Essa ordenança é a mesma de

Efésios 3.17:“E, assim, habite Cristo nosvossos corações”.

A palavra grega, “habite”, está noimperativo. Trata-se de uma ordem. Não serum cristão cheio da Palavra equivale adesobedecer a um mandamento apostólico.A Palavra deve habitar ricamente, e não

pobremente, em nosso coração. Oanalfabetismo bíblico hoje é assustador.Ser cheio da Palavra significa ser governadopor ela (3.16).

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A palavra “habitar” traz a ideia de habitarcomo o dono da casa, e não como uminquilino.

Em terceiro lugar, o nome de Cristo(3.17). O cristão deve viver pelo poder donome de Cristo e para a glória de Deus.Nossas palavras e ações devem ser

realizadas em nome de Cristo.A vida toda é sagrada. Tudo o que o cristãofalar e disser deverá ser digno do seuSenhor e Salvador. Cristo é preeminente emseu viver, e por isso, o cristianismo que ele

vive é integral. Todas as coisas são sagradaspara ele, visto que ele pode fazer tudo emnome de Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

O ÚLTIMO SERMÃO DE THOMAS WATSON

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A 24 de agosto de 1662, dois mil ministrospuritanos do evangelho foram excluídos deseus púlpitos, tendo recebido a ordem de

não mais pregarem em público. O Ato deUniformidade, baixado pelo parlamentoinglês, conhecido pelos evangélicos como aGrande Ejeção, pairava por sobre aInglaterra como uma nuvem espessa.Muitos líderes eclesiásticos da IgrejaAnglicana, a religião oficial, estavamforçando os puritanos a cessarem suasprédicas ou a se moldarem à adoração

litúrgica decretada por lei. Muitos ministrospreferiam o silêncio à transigência.Antes que eu me vá, devo oferecer algunsconselhos e orientações para vossas almas.Eis as vinte instruções que tenho a dar a

cada um de vós, para as quais desejo a maisespecial atenção:

1) Antes de tudo, observa tuas horas

constantes de oração a Deus,diariamente. O homem piedoso é homem

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“separado” (Sl 4.3), não apenas porque Deuso separou por eleição, mas também porqueele mesmo se separa por devoção. Inicia o

dia com Deus, visita-O pela manhã, antesde fazeres qualquer outra coisa.

2) Tem cuidado com as más companhias.Evita qualquer familiaridade desnecessáriacom os pecadores. Ninguém pode apanhar asaúde de outrem; mas pode-se apanhardoenças. E a doença do pecado é altamentetransmissível.

3)Que o teu coração seja elevado acima

do mundo. “Pensai nas coisas lá do alto” (Cl3.2).

4) Consola-te com as promessas de Deus.As promessas são grandes suportes para afé, que vive nas promessas do mesmo modoque o peixe vive na água.

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5) Medita todos os dias sobre a

eternidade. Pois talvez seja questão depoucos dias ou de poucas horas — 

haveremos de embarcar através do oceanoda eternidade. A eternidade é uma condiçãode desgraça eterna ou de felicidade eterna.A cada dia, passa algum tempo a refletir a

respeito da eternidade.

Os pensamentos profundos sobre a eternacondição da alma deveriam servir de meiocapaz de promover a santidade.

Em conclusão, não devemos superestimaros confortos deste mundo. As conveniênciasdo mundo são muito agradáveis, mastambém são passageiras e logo se dissipam.

A ideia da eternidade deve ser o bastantepara impedir-nos de ficar tristes em face dascruzes e sofrimentos neste mundo. A afliçãopode ser prolongada, mas não eterna.

Nossos sofrimentos neste mundo não

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podem ser comparados com nosso eternopeso de glória.