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PORTARIA PMI/PGM Nº 004, DE 04 DE ABRIL DE 2020. O PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO, no uso de suas atribuições legais que lhe confere a legislação em vigor CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, na forma do artigo 196 da Constituição da República; CONSIDERANDO, que no dia 17 de abril de 2020, o Governador do Estado de Santa Catarina promulgou o Decreto nº 562, por meio do qual declarou estado de calamidade pública em todo o território catarinense, nos termos do COBRADE nº 1.5.1.1.0 - doenças infecciosas virais, e estabeleceu outras medidas para fins de enfrentamento à COVID-19; CONSIDERANDO o teor do art. 36 do Decreto nº 562, de 17 de abril de 2020, e a decisão cautelar proferida pelo Ministro Alexandre de Moraes nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 672; CONSIDERANDO a necessidade de adoção de medidas para preservar e assegurar a manutenção da saúde e da segurança à população que precisa deixar, mesmo que momentaneamente, o isolamento social para desenvolver atividades essenciais ou adquirir bens de primeira necessidade; CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (com público superior a cem pessoas); CONSIDERANDO a Portaria n. 188/GM/MS, de 4 de fevereiro de 2020, que declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), em decorrência da Infecção Humana pelo novo COVID-19; CONSIDERANDO o disposto nos Decretos Estaduais nº 515, de 17 de março de 2020, nº 521, de 19 de março de 2020, e o nº 562,

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PORTARIA PMI/PGM Nº 004, DE 04 DE ABRIL DE 2020.

O PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO, no uso de suas atribuições legais que lhe confere a legislação em vigor

CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, na forma do artigo 196 da Constituição da República;

CONSIDERANDO, que no dia 17 de abril de 2020, o Governador do Estado de Santa Catarina promulgou o Decreto nº 562, por meio do qual declarou estado de calamidade pública em todo o território catarinense, nos termos do COBRADE nº 1.5.1.1.0 - doenças infecciosas virais, e estabeleceu outras medidas para fins de enfrentamento à COVID-19;

CONSIDERANDO o teor do art. 36 do Decreto nº 562, de 17 de abril de 2020, e a decisão cautelar proferida pelo Ministro Alexandre de Moraes nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 672;

CONSIDERANDO a necessidade de adoção de medidas para preservar e assegurar a manutenção da saúde e da segurança à população que precisa deixar, mesmo que momentaneamente, o isolamento social para desenvolver atividades essenciais ou adquirir bens de primeira necessidade;

CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (com público superior a cem pessoas);

CONSIDERANDO a Portaria n. 188/GM/MS, de 4 de fevereiro de 2020, que declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), em decorrência da Infecção Humana pelo novo COVID-19;

CONSIDERANDO o disposto nos Decretos Estaduais nº 515, de 17 de março de 2020, nº 521, de 19 de março de 2020, e o nº 562, de 30 de março de 2020;

CONSIDERANDO que estudos recentes demostram a eficácia das medidas de afastamento social precoce para contenção da disseminação da COVID-19;

CONSIDERANDO que as atividades e serviços não essenciais da Administração Municipal, que não puderem ser realizados por meio digital ou remoto estão suspensos desde 23.03.2020, em decorrência das determinações advindas do Governo do Estado através do inciso III do artigo 2º do Decreto Estadual nº 515;

CONSIDERANDO que cada Secretaria Municipal organizou as atividades passiveis de execução através de meio digital ou remoto, entendido como Teletrabalho (Home Office);

CONSIDERANDO que o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, ao editar recomendações aos Municípios no quesito pessoal, sugeriu que para servidores que não conseguem desenvolver trabalho remoto, poder-se-á fazer a compensação da jornada de trabalho quando a

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situação normalizar, ou utilizar de banco de horas;

CONSIDERANDO ainda a expedição das regras para o funcionamento dos estabelecimentos públicos, privados ou filantrópicos através da Portaria SES nº 251, de 16 de abril de 2020;

CONSIDERANDO que para a retomada das atividades do Município de Imbituba se faz necessário o estabelecimento de cuidados importantes para os servidores públicos e para a população imbitubense,

CONSIDERANDO o disposto no Decreto Municipal nº 068, de 30 de abril de 2020;

RESOLVE:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º A forma de trabalho no âmbito da Procuradoria-Geral do Município de Imbituba – SC, passa a ser regulado pela presente Portaria, podendo ser implementado nas seguintes formas:

I – Presencial: consiste na realização de atividades no ambiente de trabalho, sendo o local físico o prédio público em que os demais servidores da administração direta prestam serviços.

II – Home Office: consiste na realização de atividades, de forma desterritorializada ou não, pelos membros Procuradoria do Município - PGM, sem alteração de lotação ou de exercício.

§ 1º O servidor fica obrigado ao controle de jornada na semana em que estiver exercendo sua atividade de forma presencial, estando desobrigado quando estiver em teletrabalho.

§ 2º O teletrabalho não abrange as atividades que, pela sua própria natureza, constituem trabalhos externos às dependências físicas das Unidades da PGM.

§ 3º As atividades designadas para o regime de teletrabalho serão, preferencialmente, as de maior esforço individual e menor interação com servidores e com outros Procuradores, cujo desempenho possa ser mensurado, pela característica do serviço.

§ 4º A implantação do regime de teletrabalho não pode prejudicar o atendimento ao público interno e externo, bem como as demais atividades para as quais a presença física na Unidade seja estritamente necessária.

§ 5º O desempenho de teletrabalho só é admitido na forma desta Portaria.§ 6º Os projetos de teletrabalho não poderão contrariar as normas expedidas pelas

Coordenações, concernentes à forma de atuação, seja na representação judicial, na consultoria administrativa, na gestão corporativa ou na gestão da dívida ativa.

CAPÍTULO IIDO REGIME DE HOME OFFICE

Seção IDas regras gerais

Art. 2º A implementação do home office poderá ocorrer:I - a pedido do interessado, mediante solicitação formal ao Procurador Geral, ouII - por iniciativa do Procurador Geral.§ 1º A adesão do servidor ao home office é facultativa e não implica alteração de

lotação e exercício.§ 2º A inclusão do servidor no regime de home office não gera direito adquirido.

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Art. 3º Aos servidores em regime de home office, poderá ser distribuída uma carga de trabalho superior em, no mínimo, 10% (dez por cento) e, no máximo em 20% (cinte por cento), àquela distribuída aos demais servidores que desempenhem as mesmas atividades.

Parágrafo único. A porcentagem será aplicada abstraindo-se eventual diminuição na carga de trabalho dos Procuradores em regime presencial em decorrência do disposto no caput.

Art. 4º Poderão aderir, por semana, ao home office, no máximo 50%(cinquenta por cento) dos servidores em exercício na Unidade da PGM.

§ 1º Se insuficiente as vagas disponíveis para Home office, a prioridade será definida por critério discricionário do Procurador Geral.

§2º Será obrigatório o rodízio semanal na condição de trabalho presencial e em home office, alterando-se os servidores a cada semana.

Art. 5º O teletrabalho em regime de home office, a partir da publicação desta Portaria, somente poderá ser implementado com a autorização do Procurador Geral do Município.

Seção IIDos deveres dos servidores participantes do home office

Art. 6º Além das demais atividades inerentes ao cargo, é dever dos servidores em regime de home office:

I - apresentar, ao Procurador Geral, o registro de atividade diária, sendo que, a não apresentação será considerado como dia não trabalhado;

II - propiciar, ao Procurador Geral, o acesso aos trabalhos e a obtenção de outras informações e orientações, salvo dispensa justificada;

III- manter telefones de contato, inclusive pessoais, atualizados no cadastro da prefeitura e ativos em dias úteis;

IV - estar disponível, para comparecimento à Unidade, para reuniões administrativas, despachos com Secretários e Prefeito Municipal ou outros servidores, eventos locais e sempre que houver interesse da Administração, mediante agendamento prévio;

V - consultar, nos dias úteis, a sua caixa postal/inbox sistema 1Doc individual e da pasta da PGM ou outro canal de comunicação institucional previamente definido;

VI - alimentar os sistemas informatizados de acordo com as normas da PGM, dentro dos prazos estabelecidos;

VII - informar, ao gestor da Unidade, o andamento dos trabalhos e apontar eventual dificuldade, dúvida ou informação que possa atrasar ou prejudicar a entrega dos trabalhos sob sua responsabilidade;

VIII- arquivar as suas peças judiciais, pareceres e outros documentos produzidos nos sistemas da PGM

IX - preservar o sigilo dos dados acessados de forma remota, observadas a legislação aplicável e as normas internas de segurança da informação, e adotar as cautelas adicionais necessárias.

Art. 7º Nas hipóteses em que o servidor não dispuser de computador com acesso à internet em sua residência para a execução das atividades laborais, fica autorizada a movimentação temporária dos equipamentos e do mobiliário de propriedade do Poder Público para o imóvel ocupado pelo servidor, mediante a assinatura do termo de responsabilidade que deverá ser entregue ao gestor patrimonial da unidade de lotação dos bens móveis, desde que a movimentação

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temporária de que trata esse parágrafo não prejudique o bom andamento dos serviços da pasta, ficando a decisão a critério do Procurador Geral.

Art. 8º O acesso remoto a processos e demais documentos deve observar os procedimentos relativos à segurança da informação e àqueles relacionados à salvaguarda de informações de natureza sigilosa, e demais normas aplicáveis.

Parágrafo único. A retirada de documentos e processos físicos, quando necessária, será realizada pelo próprio servidor em regime de home office e deverá ser registrada com trâmite para a sua carga pessoal.

Seção IIIDo desligamento do home office

Art. 9º O servidor será desligado do home office nas seguintes hipóteses:I - de ofício, mediante decisão do Procurador Geral:a) pelo descumprimento de quaisquer dos deveres previstos nesta Portaria e no Plano

de cada Unidade;b) por não corresponder ao acréscimo na carga de trabalho de que trata o art. 5º;c) pelo fim do prazo estabelecido em sistema de rodízio; oud) pela superveniência das hipóteses de vedação estabelecidas no artigo 4º, incisos II e

III.II - em caso de remoção para outra unidade da Prefeitura Municipal de Imbituba.§1º Ao ser cientificado do seu desligamento do home office, o servidor deverá, de

imediato, retornar a trabalhar nas dependências físicas da Unidade da PGM em que tiver exercício.

Seção IVDas responsabilidades do Procurador Geral e dos Procuradores

Art. 10 É responsabilidade do Procurador Geral:I - a verificação do limite de servidores que podem aderir ao home office, nos termos

do art. 6º desta Portaria;II - desabilitar os mecanismos de acesso remoto fornecidos ao Servidor, na hipótese de

desligamento do home office;III - reavaliar e reestruturar, se for o caso, a distribuição do espaço interno da PGM.

Art.11 São atribuições do Procurador responsável pelas pastas virtuais:I - distribuir o fluxo de trabalho para os servidoresII - estabelecer, monitorar e publicar os resultados da pasta, nos termos;III- receber e encaminhar as solicitações administrativas dos servidores;IV - realizar reuniões periódicas com a equipe por via eletrônica, por videoconferência,

ou de forma presencial;V - realizar a interlocução com o setor de Tecnologia da Informação acerca das

necessidades, dificuldades e medidas de aprimoramento; eVI - atender as demais solicitações recebidas dos respectivos servidores.

Art. 12 São atribuições do servidor lotado na respectiva pasta:I - apresentar relatório de atividades, sempre que solicitado;II- informar, ao Procurador Geral, acerca de dificuldades técnicas, operacionais ou de

qualquer razão que impeça a realização remota de seus trabalhos;III - manter atualizado cadastro para contato, junto à Prefeitura Municipal;

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IV - consultar, nos dias úteis, a sua caixa postal individual de correio eletrônico ou outro canal de comunicação institucional previamente definido; e

V - preservar o sigilo de dados acessados de forma remota, observadas a legislação aplicável e as normas internas de segurança da informação, sem prejuízo das cautelas adicionais necessárias.

Art. 13 Casos omissos a respeito da forma de trabalho estão dispostos no Decreto PMI n. 068, de 30 de abril de 2020.

Art. 14. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Imbituba, 04 de abril de 2020.

Leandro de Souza RibeiroProcurador Geral

Registre-se e Publique-se.Registrado e publicado, no Diário Oficial dos Municípios de Santa Catarina – DOM/SC.