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setembro de 2015 Santa Casa a abrir portas e percorrer novos caminhos, Pensando nas necessidades da população e assente numa visão proativa, a Santa Casa vai dinamizando novos projetos e fazendo novas apostas. O foco é a comunidade interna e externa e a qualidade do serviço que prestamos. Geral História do Hospital António Lopes (continuação) Pág. 03 Santa Casa: Com qualidade certificada há 10 anos! Pág. 05 Recursos humanos: as pessoas e a moti- vação Pág. 10 A segurança e a prevenção Pág. 10 Projetos futuros: as apostas da instituição Pág. 6 O Arquivo Histórico e Patrimonial da Santa Casa da Póvoa de Lanhoso Pág. 11 Coro da Misericórdia – a celebração do 1º aniversário Pág. 14 Ano 2015 - Nº 41 - Publicação Semestral Distribuição Gratuita Director: Diretor Humberto Carneiro Coordenação: Mesa Administrativa Impressão: Grafipóvoa Tiragem: 8000 Design Editorial: Bsolus - Business Solutions Propriedade: Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, Rua da Misericórdia, 141 - Apart. 143 4830 Póvoa de Lanhoso Tel.: (+351) 253 639 030 Fax: (+351) 253 639 036 Depósito Legal: 296364/09 Jornal da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso Medalha de Honra - Grau Ouro CMPVL - 19/03/1985 Saúde e social Farmácia da Misericórdia Pág. 02 Hospital António Lopes Pág. 04 ULDM – Unidade de Longa Duração e Manutenção D. Elvira Câmara Lopes Pág. 04 Serviço de Apoio ao Domicilio Pág. 11 CATL – Centro de Atividades e Tempos Livres de S. Nicolau Pág. 12 Creche e Pré-escolar Pág. 12 ERPI – Estrutura Residencial para Pes- soas Idosas, Lar de S. José Pág. 13

Santa Causa Nº41 (Set/2015)

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Page 1: Santa Causa Nº41 (Set/2015)

setembro de 2015

Santa Casa a abrir portas e percorrer novos caminhos, Pensando nas necessidades da população e assente numa visão proativa, a Santa Casa vai dinamizando novos projetos e fazendo novas apostas. O foco é a comunidade interna e externa e a qualidade do serviço que prestamos.

Geral História do Hospital António Lopes (continuação)

Pág. 03

Santa Casa: Com qualidade certificada há 10 anos!

Pág. 05

Recursos humanos: as pessoas e a moti-vação

Pág. 10

A segurança e a prevenção

Pág. 10

Projetos futuros: as apostas da instituição

Pág. 6

O Arquivo Histórico e Patrimonial da Santa Casa da Póvoa de Lanhoso

Pág. 11 Coro da Misericórdia – a celebração do 1º aniversário

Pág. 14

Ano 2015 - Nº 41 - Publicação Semestral Distribuição Gratuita

Director: Diretor Humberto CarneiroCoordenação: Mesa AdministrativaImpressão: GrafipóvoaTiragem: 8000Design Editorial: Bsolus - Business SolutionsPropriedade: Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, Rua da Misericórdia, 141 - Apart. 1434830 Póvoa de LanhosoTel.: (+351) 253 639 030Fax: (+351) 253 639 036Depósito Legal: 296364/09

Jornal da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso

Medalha de Honra - Grau OuroCMPVL - 19/03/1985

Saúde e social Farmácia da Misericórdia

Pág. 02

Hospital António Lopes

Pág. 04

ULDM – Unidade de Longa Duração e Manutenção D. Elvira Câmara Lopes

Pág. 04

Serviço de Apoio ao Domicilio

Pág. 11

CATL – Centro de Atividades e Tempos Livres de S. Nicolau

Pág. 12

Creche e Pré-escolar

Pág. 12

ERPI – Estrutura Residencial para Pes-soas Idosas, Lar de S. José

Pág. 13

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2 Setembro de 2015 Santa Causa

Farmácia

Por ser um dos setores com mais encargos para o Estado, a Saúde tem sido alvo de especial atenção nas medidas de contenção orçamental. A partir de 2010, o setor do medicamento foi objeto de diversas medidas com vista

a uma redução da despesa pública, com o respetivo impacto nas farmácias comunitárias. Neste âmbito, o ano de 2011 ficou essencialmente marcado por alterações ao regime de comparticipação de medicamentos que motivaram consecutivas reduções nos preços. O ano de 2012 começou com uma alteração profunda sobre o modelo de remuneração do medicamento, que veio reduzir significativamente a margem bruta de venda das farmácias. Num contexto económico-social, em que se especula sobre as margens das farmácias, se assiste através dos media a notícias sobre atrasos nos pagamentos a fornecedores que estão a conduzir a uma rutura de stocks, e à dependência de financiamento recorrente, a Farmácia da Misericórdia tem conseguido junto dos Povoenses cumprir o seu compromisso social, conseguindo reforçar a relação de confiança e de credibilidade que se estabeleceu entre a farmácia e os doentes. É desta relação entre a Farmácia da Misericórdia e a comunidade povoense que nos devemos orgulhar. Num período difícil foram tomadas várias medidas pela atual direção para reverter esta situação de degradação da farmácia, de forma a garantir a sustentabilidade da mesma, atravessando esta, neste período, uma situação estável e de crescimento.Os mais necessitados sabem que a farmácia e os farmacêuticos estão sempre lá para os ajudarem quando a doença lhes bate à porta.Se não têm dinheiro, a conta na farmácia serve para ultrapassar dificuldades e proporcionar o acesso aos medicamentos. Mesmo no momento atual a farmácia continua a corresponder à sua vocação de solidariedade com os doentes. A solidariedade da farmácia é, antes de mais, com aqueles que sofrem, que têm dificuldade no acesso aos medicamentos e que entram diariamente na farmácia. É este o nosso passado, o nosso presente e será o nosso futuro. A farmácia é fértil em iniciativas de solidariedade individuais e coletivas.

O compromisso social da Farmácia da Misericórdia

Horário 08h – 20h (Segunda a sexta) e 09h – 13h (Sábado)

Morada Praça Eng. Armando Rodrigues, 316, 4830-520 Póvoa de Lanhoso

Telefone 253 631 252

Email [email protected]

Facebook https://www.facebook.com/farmaciadamisericordiapvl

Ana Rita Oliveira Diretora Técnica da Farmácia da Misericórdia

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3Setembro de 2015 Santa Causa

Para a posteridade descreveram os jornais locais essa incomparável jornada, afirmando que os “brilhantes e ruidosos festejos consistiram em admiráveis ornamentações nos largos e ruas, artísticas decorações em quase todas as fachadas dos prédios e edifícios públicos, cinco bandas de música, entre as quais a de infantaria nº 18, do Porto, esplêndido fogo do ar e preso, surpreendentes aeróstatos e deslumbrantes iluminações”.

A concorrência de povo foi extraordinária, anotaram os jornalistas, vindo, das freguesias e dos concelhos vizinhos para assistir aos grandiosos festejos, milhares de forasteiros, que daqui levaram as melhores impressões “cativando-os, sobremaneira, a limpeza e asseio com que a vila se revestiu no memorável dia 5 de setembro”.Ao ato da inauguração do hospital esteve presente o chefe do distrito, Dr. Eduardo Cruz, esperado na rua dos Osórios por vários membros da câmara municipal e da comissão dos festejos, por duas bandas de música, por funcionários públicos, corpo ativo dos bombeiros voluntários e por muito povo. Com o governador civil vieram, para honrar a cerimónia, o Dr. Domingos Pereira, deputado da nação, e Marques de Azevedo, comissário da polícia civil de Braga. A comitiva seguiu depois, em cortejo, para o hospital, onde, no salão nobre, se procedeu ao ato solene. Falou o presidente do senado municipal, Dr. Adriano Martins que enalteceu as obras feitas pelo benemérito António Lopes, presente na sala. Também o escritor Campos Lima produziu uma “brilhante e eloquente oração de louvor ao insigne benemérito, pelas grandes obras com que tanto tem beneficiado a sua terra natal”. Foram depois descerrados os dois retratos a óleo, um de António Ferreira Lopes e outro da falecida esposa D. Elvira Câmara Lopes. Rezam as crónicas jornalísticas do tempo que “o ilustre benemérito, com as lágrimas nos olhos, a todos agradeceu”.

Terminada a sessão solene no hospital, deslocaram-se as autoridades e o povo para o largo António Lopes, onde foi lançada a primeira pedra para o monumento que ali se veio a erigir como homenagem de gratidão ao grande benemérito.

O resto do dia foi vivido em festa. Nas várias praças da vila tocaram cinco bandas de música e as ruas andaram cheias de forasteiros que não falavam noutra coisa, a não ser na obra. Para a conhecerem, o novo edifício do hospital esteve aberto todo o dia para quem o quisesse visitar, tendo todos os que ali se deslocaram ficado maravilhados com o hall de entrada e os bonitos azulejos de Jorge Colaço, com as salas nobres ricamente decoradas e com os modernos consultórios, enfermarias, balneário, sala de partos e bloco de operações. E porque as zonas de lazer eram, como ainda o são hoje, importantes para o restabelecimento dos doentes, havia ainda, na frontaria do prédio, um belíssimo jardim para os internados passearem.O hospital da Póvoa de Lanhoso foi mesmo alvo de notícia em vários jornais de âmbito nacional, tendo o diário “República” afirmado que este se constituía como o melhor e mais bem equipado de todos os que, à sua dimensão, existiam no país.Daqui por dois anos, em 5 de setembro de 2017, vamos comemorar o Centenário da inauguração deste importante melhoramento – data em que os povoenses souberam, pela primeira vez, o que era uma verdadeira unidade de saúde. Desejamos que a Póvoa de Lanhoso, capitaneada pela mesa administrativa da sua Misericórdia, herdeira desse legado ímpar, saiba mais uma vez associar-se em festa para recordar o benemérito e todos aqueles que, dirigentes e funcionários, ali serviram ao longo destes 100 anos.

EditorialDr. Humberto Carneiro

Amigas e amigos povoenses,

Para este mandato, a Mesa Administrativa, fiel deposi-tária da confiança de todos os Irmãos que em suces-sivas Assembleias Gerais aprovaram, por unanimi-dade, os respetivos Planos de Atividades, elegeu para cumprimento do seu compromisso de serviço e como prioridades da sua gestão, tendo como premissas a sustentabilidade e consolidação da instituição, inter-vir na área da saúde com a remodelação e ampliação do nosso hospital, na área social reforçar o apoio aos mais carenciados e desprotegidos, na área dos recursos humanos continuar a pugnar pela melhoria contínua, por uma cultura de partilha e interação valencial e proporcionar aos nossos funcionários e colaboradores melhores condições de trabalho, pois sem eles não nos seria possível atingir os objetivos a que nos propomos, nem chegar de uma forma eficaz e eficiente, a quem de nós mais precisa. Passados quase três anos do início do atual mandato, apenas a dois de comemorarmos o centenário do Hospital António Lopes e a poucos meses do pro-cesso eleitoral, ao qual, por faculdade permitida pela nova legislação em vigor e pelo novo Compromisso e conforme já anunciado na Assembleia Geral Ex-traordinária, realizada no passado dia 26 de junho, os atuais titulares dos Órgãos Sociais serão candidatos a novo mandato social. Esperamos continuar a merecer a vossa confiança. É, por isso, tempo de balanço. Porque o espaço é curto, partilho apenas algumas notas que me parecem merecer maior destaque.A intenção da Mesa Administrativa, anunciada em setembro de 2012, de avançar com o projeto de remod-elação e ampliação do Hospital António Lopes, embora contestada, sem fundamentação, por alguns, felizmente muito poucos, constituiu um momento absolutamente crucial de afirmação para a sustentabilidade da nossa instituição. Não fosse a audácia de caminhar em frente e não estaríamos em condições de poder cumprir com os, cada vez mais exigentes, requisitos legais de func-ionamento das unidades hospitalares, nem celebrar, no passado dia 31 de julho, o novo acordo de cooperação com a ARS Norte. Graças a este acordo, o HAL passa a hospital do SNS, em plano de igualdade com os hospi-tais da rede pública, viu alargado o acesso aos utentes do SNS, que apenas necessitam de ser referenciados pelo respetivo médico de família, a uma diversidade de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT´s), dos quais destaco, entre outras, as espe-cialidades de cardiologia (ECG com provas de esforço, Ecocardiogramas, Holter e MAPA), gastroenterologia (EDA e Colonoscopias) e medicina física e reabilitação (fisioterapia). A partir de janeiro de 2016, entra em fun-cionamento a Consulta Aberta em horário complemen-tar ao Centro de Saúde, nos dias úteis das 20h às 24h e fins de semana e feriados das 8h às 24h e a abertura da referenciação aos utentes do ACES do Alto Tâmega e Barroso. Com a entrada em funcionamento, embora faseada, das novas áreas do HAL e alargamento das suas valências, é chegado o momento, em defesa e em nome do livre acesso dos povoenses aos cuidados de saúde, de se consumar uma efetiva e sadia parceria com os respon-sáveis dos Cuidados de Saúde Primários da nossa terra. Como povoense, formulo o desejo de que assim seja.Na área social, destaco a candidatura para abertura do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, integrado na RLIS – Rede Local de Inserção Social. Este serviço será uma resposta social no qual são at-endidos e/ou acompanhados os cidadãos e famílias, numa relação de reciprocidade e confiança, constituin-do-se como um modelo de organização que visa uma intervenção articulada, integrada e de proximidade, com o objetivo de promover o combate às desigual-dades, à pobreza e a promoção da inclusão e coesão social.Pretendemos alargar este serviço a todo o concelho, com polos de atendimento em duas freguesias, para além do serviço prestado diariamente na instituição. Estamos certos de que iremos proporcionar um serviço assente na premissa de “inovação social” que se inter-ligue com as restantes respostas sociais existentes na Santa Casa.Assim Deus nos ajude. O provedor,Humberto Carneiro

Hospital António Lopes

HISTÓRIA DO HOSPITAL ANTÓNIO LOPES | (4) | Por José Abílio Coelho*

A inauguração do hospital1.Os preparativos do grande dia

Quem nada tem valoriza tudo o lhe é oferecido. E a Póvoa de Lanhoso soube valorizar a oferta do hospital, feita por António Ferreira Lopes pois, até 1917, nada o concelho

tinha no campo da saúde e da assistência para disponibilizar aos seus habitantes. Por isso, até à dádiva do grande benemérito, os pobres sofriam e morriam sem qualquer tipo de apoio. E mesmo as classes mais abastadas, se precisassem de um internamento ou cirurgia, tinham que recorrer ao hospital de Braga e muitas vezes ao do Porto, sendo-lhes até difícil arranjar uma consulta na terra quando dela necessitavam, pois os dois médicos residentes no concelho não chegavam para valer a toda a gente. As crianças eram as mais sacrificadas e os mais velhos ainda se lembrarão das dezenas de recém-nascidos ou meninos e meninas de tenra idade que morriam todos os meses. Por essa razão, o cantão destinado às crianças, no cemitério local, era quase tão grande como o destinado a inumar os adultos.

A obra que o “brasileiro” das Casas Novas iniciou em finais de 1912, e que se encontrava praticamente concluída no início de 1917, enchia os povoenses de esperança e júbilo. Por que, finalmente, fruto do investimento de um só benemérito, inegavelmente o maior que a terra conheceu desde sempre, iam ter o “seu” hospital, onde todos, e muito especialmente os miseráveis que nada possuíam, seriam tratados com especiais cuidados e carinho. A última parte da unidade de saúde a ficar pronta foi o bloco de operações, que o fundador quis do melhor que em Portugal existisse, bem como a capela, cujo altar foi assente na reta final da obra.

Quando António Lopes, querendo homenagear a sua já então falecida esposa D. Elvira Câmara Lopes - que morrera em fevereiro de 1910 e que pelo seu amor aos desafortunados fora a verdadeira inspiradora da obra - marcou para 5 de setembro de 1917, data em que, se fosse viva, a senhora das Casas Novas cumpriria o seu aniversário de nascimento, a inauguração, os habitantes do concelho prepararam-se para viver em festa, em grande festa, o grande dia.

Semanas antes já os jornais à época existentes no concelho publicavam matérias de agradecimento ao “brasileiro” benfeitor, mas, sobretudo, já todos pediam que a vila da Póvoa se engalanasse para tão festivo acontecimento. Que a terra desse sinal da alegria sentida, caiando as fachadas das residências, limpando as ruas, retirando da praça pública o que pudesse causar transtornos, que o comércio desse um pouco do espaço das suas montras para expor algo que lembrasse o benemérito e a sua doação. Paixão Bastos, grande escritor e jornalista povoense do tempo, escrevia nas páginas do “Jornal de Lanhoso” que o dia 5 de setembro devia ser vivido de modo especial, pedindo que os povoenses decorassem as ruas com bandeiras e as janelas e sacadas das casas com as melhores e mais coloridas colchas que tivessem.

E o povo da Póvoa, que nunca tinha recebido prenda maior, aderiu em força aos pedidos. Não lhes interessaram as divergências políticas, as rivalidades pessoais, as zangas e os ódios, que os havia na época tanto ou mais que hoje. Vivia-se um momento de festa e todos se uniram, remando para o mesmo lado. As ruas foram alindadas, as casas caiadas, as lixeiras públicas desapareceram. A vila estava preparada para receber em festa todos os que cá quisessem vir para a inauguração de tão grande melhoramento. E foram muitos os milhares de pessoas que aqui se deslocaram para verem com olhos incrédulos como esta pequena terra do coração do Minho fazia ver a muitas outras em redor.

*Historiador. Coordenador do Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso

2.Finalmente, a inauguração

O dia 5 de setembro de 1917 amanheceu solarengo. Das janelas e varandas da maioria das casas da vila brotavam lindas colchas que se juntavam no colorido de alegria às bandeiras

que enfeitavam praticamente todas as ruas.

A primeira foto do hospital António Lopes, pouco tempo depois da inauguração

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4 Setembro de 2015 Santa Causa

Valências da saúde

Hospital António Lopes

Unidade de Longa Duração e ManutençãoEstudos recentemente apresentados voltam a identificar diversas lacunas na evolução de Portugal relativamente à sua sustentabilidade no futuro. A perda de população é abismal e a elevada idade da população residente associada à baixa natalidade, colocam o país à beira do abismo no futuro. Nos mais recentes dados demográficos apresentados, Portugal é o 5.º país a nível mundial com a maior perda de população. No ano de 2014 Portugal perdeu cerca de 0,57% da sua população, sendo que no período compreendido entre 2010 e 2014 a perda total de população está já nos 1,7%. Para uma maior exigência na qualidade e quantidade de serviços de saúde, a Unidade de Longa Duração e Manutenção Dona Elvira da Câmara Lopes – Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso - Rede Nacional de Cuidados Continuados, tendo em vista a resposta às novas realidades de dependência, patologias crónicas, doenças em estado avançado, em fase final de vida e apoio social, tem vindo nestes últimos anos a assumir-se como mais um espaço de colaboração, tornando-se igualmente num centro de excelência na área da formação

e acolhimento de alunos das mais diversas áreas profissionais. Apesar do sistema financeiro atual não estar vocacionado para financiar o tipo de inovação necessária para dar resposta aos grandes desafios sociais foi criado o ambiente para que surgissem novas ideias, nomeadamente com a implementação do Plano Individual de Intervenção (PII) desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, assumindo-se como uma resposta inovadora já testada em outra valência (Unidade de Convalescença), e com resultados reconhecidamente vantajosos quer para o utente quer para as equipas envolvidas, constituindo parte integrante do Processo Clínico do utente.Em função das necessidades da população povoense a ULDM, tem estado igualmente, envolvida em vários projetos e programas relacionados com o envelhecimento, com o desenvolvimento de estratégias de saúde que melhorem a qualidade de vida dos idosos, em parceria quer com a ARS Norte quer com as entidades mais importantes da região.Um dos desafios do setor da saúde é a

melhoria do financiamento e da alocação de mais recursos, mediante o desenvolvimento de um sistema baseado nos resultados, destacando como exemplo as doenças crónicas, de forma a evitar que os prestadores reduzam os cuidados prestados para diminuir os custos e melhorar a rentabilidade, de modo a que o pagamento seja mais justo e equitativo. Como se verificou, a solução encontrada por Portugal para responder a crescente necessidade de CCI – Cuidados Continuados Integrados, resultante do aumento acentuado do envelhecimento populacional, passou pela criação de uma rede nacional, com base em modelos já existentes noutros países, mas tendo em conta as especificidades da realidade portuguesa. Destacam-se assim fatores que têm claramente que ser referidos: a boa assistência a baixo custo (para o estado e para o utente), a assistência multidisciplinar centrada em boas práticas e numa abordagem mais humanizada; a criação de postos de trabalho/Mobilidade de RH; uma gestão profissionalizada e participada onde se fomenta o brainstorming entre equipas/corpos gerentes; o benchmarking interno

e externo e a informatização do processo clínico que contribui para a demonstração de resultados de recapacitação funcional dos utentes muito bons e em tempo útil (segundo o relatório da UMCCI). Assim sendo, a ULDM Dona Elvira da Câmara Lopes, continuando a apostar na rentabilização do espaço, recursos humanos e equipamentos, desenvolvendo e divulgando novas práticas, baseando-se em parcerias institucionais e estudos de investigação, terá com toda a certeza um futuro risonho e brilhante, dado que tem o orgulho de contar com colaboradores de extrema capacidade e profissionalismo, e igualmente ser uma referência no exercício das melhores práticas de saúde.

Hospital António Lopes, inaugurado a 5 de setembro de 1917 com a finalidade de prestar assistência médica e medicamentosa aos mais desfavorecidos, apresenta-se como uma das joias da coroa da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, não só por ter dado origem à sua fundação, mas também por ter sabido defender, pelos elevados níveis de qualidade na prestação de cuidados de saúde e pela preservação do seu belo edifício, o espírito altruísta do seu fundador.O Hospital António Lopes disponibiliza os serviços de Convalescença, Bloco Operatório e Internamento Cirúrgico, Consulta de Especialidades e Serviço de Atendimento Permanente, bem como Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, incluindo Medicina Física e Reabilitação, Imagiologia e Posto de colheitas de análises.Dispõe atualmente de 28 camas de convalescença e 9 camas de internamento em Cirurgia.Está, nesta altura, quase pronta a primeira fase da ampliação e remodelação do Hospital. Trata-se de uma obra absolutamente vital para manter vivos os desígnios do Hospital mas, também, da própria Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. As exigências dos organismos que nos tutelam e dos vários subsistemas de saúde, tornaram imperativa a intervenção no edifício. Só assim poderemos garantir a continuidade aos protocolos já em vigor e potenciar a celebração de novos protocolos de cooperação, bem como criar novas ofertas de serviços, que potenciem a sustentabilidade desta valência. As condições de trabalho e a qualidade do serviço prestado irão melhorar, nomeadamente com aumento do número e tipo de cirurgias a realizar e a melhoria da quantidade e qualidade das camas de internamento, que passarão a permitir internamentos não cirúrgicos.De facto, com as instalações de que dispomos até à conclusão da obra, estamos gravemente limitados na quantidade e qualidade dos serviços que podemos oferecer à nossa população. Um espaço insuficiente e uma arquitetura que, embora fosse estado da arte em 1917, atualmente se revela penalizante na gestão de espaços destinados à presença de doentes. Finalmente, com as obras concluídas, vamos dispor de instalações modernas, pensadas de raiz com vista a cumprir todos os requisitos legais e todo o conforto e eficácia

necessários a uma clinica de qualidade. O módulo central, a principal área intervencionada na obra, passa de 190 m2 para 2470 m2, dispostos em 4 pisos, que incluem 2 salas de bloco acrescendo uma área técnica de 380m2. Todo o edifício hospitalar será objeto de remodelação geral excetuando o hall principal, caixa de escadas e salão nobre. Está também previsto um parque de estacionamento de 2 pisos com uma área total de 4500m2.Os objetivos são claros: Disponibilizar cuidados de saúde de qualidade, em condições de instalação ótimas do ponto de vista técnico e hoteleiro, designadamente- Dar resposta adequadas à procura existente; - Aumentar a área de influência do hospital;- Aumentar o número de especialidades médico-cirurgicas;- Contratualizar com novos subsistemas (ex: ADSE) e seguradoras;- Alargar os acordos de cooperação e convenções;- Criar novos postos de trabalho.

Com a conclusão das obras, completa-se a mudança de paradigma do HAL iniciada em 2000: De hospital de retaguarda, nesse ano, com a inauguração do Bloco operatório passou a dar resposta a necessidades da população nesta área. A mudança continuou em 2006, com a inclusão no projeto piloto da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, tendo passado a fornecer serviços de excelência na área da Convalescença após doença aguda. A qualidade destes serviços tem sido amplamente reconhecida como estando entre os melhores desta região, quer pelos utentes quer pelas instituições Estatais que monitorizam a atividade deste tipo de unidades. Agora, com a evolução permitida pelas obras, acrescentaremos serviços de saúde mais alargados, que nos permitirão ter um papel determinante no apoio à saúde das populações da Póvoa de Lanhoso mas também dos concelhos adjacentes, que desta forma se pretende que deixem de ter de recorrer aos hospitais de Braga e de Guimarães, encontrando no HAL a solução para a maioria dos seus problemas de saúde, que se consubstancia no novo Acordo de Cooperação celebrado entre esta Santa Casa e a ARS Norte no passado dia 31 de Julho.Este Acordo que constitui um marco histórico para esta Santa

Casa, só foi possível graças ao trabalho intenso e persistente do nosso Provedor, junto da União das Misericórdias Portuguesas e do Ministério da Saúde, passando a partir de agora o HAL a integrar a rede hospitalar do SNS, potenciando desta forma a parceria entre esta Instituição e o Setor Público.O novo Acordo de Cooperação para o corrente ano, não só renova o acesso dos utentes do SNS, por via do respetivo Médico de Família, para consultas e cirurgias das especialidades de: Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular, Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia e Urologia, mas também, pela mesma via, o acesso dos mesmos utentes a uma diversidade de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT’s) das especialidades de: Cardiologia (Ex: ECG, Ecocardiograma), Cirurgia Vascular (EcoDopller), Gastroenterologia (Ex.: Colonoscopia, Polipectomia, EDA), Neurologia (EEG e Eletromiografia), Otorrinolaringologia (Audiometria e Timpanograma), Pneumologia (Provas Funcionais Respiratórias e Polisonografia), Medicina Física e Reabilitação-MFR e Imagiologia (Rx Convencional com Ortopantomografia, Ecografia, Mamografia, Exames com Contraste e Radiologia de Intervenção-Biópsias). Para o próximo ano, além de manter todas as áreas acordadas para este ano, contempla a abertura da referenciação ao ACES Alto Tâmega e Barroso, com a adequação dos correspondentes meios financeiros, como a Consulta Aberta, sem referenciação/acesso livre pelos utentes do SNS, em regime de disponibilidade, nos dias úteis das 20h às 24h e fins-de-semana e feriados das 8h às 24h.

Agostinho VieiraAdministrador-delegado

D. Elvira da Câmara Lopes

Nelson Ferreira Diretor Técnico

ULDM Elvira Câmara Lopes

Mário Almeida Diretor Clínico

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5Setembro de 2015 Santa Causa

Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso

Santa Casa, há uma década com qualidade certificada!

A garantia de qualidade do serviço prestado pela instituição foi uma das premissas da Mesa Administrativa que em 2004 assumiu a gestão da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. Ainda em 2004 iniciou-se todo o processo de implementação do sistema através da formação e sensibilização dos funcionários/colaboradores, da criação e sistematização de práticas de trabalho, da mudança de mentalidades. O objetivo central foi o de conseguir melhorar o serviço prestado e a relação com o utente, melhorar e facilitar as práticas de trabalho,

reduzir ao número de erros, reclamações ou outras situações não conformes, mas também dar a conhecer e melhorar a imagem da instituição junto de todas as partes interessadas. Esta implementação iniciou-se nas valências sociais sendo que em 2 de junho de 2005 a Santa Casa viu emitido o primeiro certificado de conformidade ao abrigo da norma ISO 9001, para os seus serviços de Ação Social, certificado esse que ao longo do tempo foi alargado a todos os serviços e que atualmente abrange todas as valências da instituição.Em 2013 a instituição recebeu a proposta por parte da União da Misericórdias Portuguesas e integrou um projeto de implementação e cerificação ao abrigo do referencial EQUASS (European Quality in Social Services) esperando em novembro próximo, após auditoria, obter certificação também neste referencial. Na verdade qualquer referencial normativo relativo a Sistemas de Gestão de Qualidade tem pontos comuns pelo que a integração de um novo é sempre mais fácil do que a implementação de raiz desse mesmo sistema. O referencial EQUASS é de aplicação apenas aos serviços de ação social e denota uma abordagem mais centrada no utente e na promoção da sua qualidade de vida. O elemento chave que este novo referencial trouxe foi a implementação da medição de qualidade de vida através da definição de um Plano Individual para cada utente, situação que anteriormente ainda não estava totalmente definida e implementada nas valências sociais. Nas valências da saúde, designadamente nas Unidades de Cuidados Continuados, esta prática já está instituída desde o início do funcionamento das mesmas.A implementação de um referencial normativo de qualidade permite uma abordagem mas eficaz na uniformização de práticas de trabalho e na definição e acompanhamento dos objetivos de cada valência e/ou serviço.

Avaliação da satisfaçãoA Santa Casa da Misericórdia procura ter uma visão daquela que é a perceção dos diferentes intervenientes, face aos serviços que prestamos e à forma como atuamos e trabalhamos. A satisfação das partes interessadas é medida através da recolha de testemunhos, sugestões, reclamações ou propostas de melhoria mas também através da aplicação de inquérito por questionário.Este inquérito é adequado ao seu objetivo sendo aplicado a utentes, famílias, funcionários/colaboradores, parceiros, entidades financiadoras e comunidade.A periodicidade da aplicação deste instrumento é definida em função do tipo de utente e da valência em que este se encontra, sendo que para os restantes (funcionários/colaboradores, entidades financiadoras, parceiros, comunidade) a auscultação é feita anualmente.Considerando os resultados relativos a 2014, e que ficaram refletidos no Relatório de Atividades apresentado em Assembleia Geral de Irmãos em Março passado, verifica-se que em termos gerais o público que nos procura encontra-se satisfeito com o serviço que prestamos.Abaixo indicamos os resultados obtidos, em termos globais, por áreas de serviço:

Valor acrescentado e satisfação das necessidades e expetativas da sociedadeA SCMPL verifica-se como uma entidade de grande destaque e responsabilidade perante a comunidade envolvente. Através da questão “Qual a sua satisfação relativamente ao papel que a instituição desempenha na comunidade?” percebe-se que de um modo geral os funcionários/colaboradores consideram que a SCMPL, instituição que representam, tem um papel de destaque no concelho. Da amostra recolhida, 87,6% das pessoas encontrava-se satisfeita relativamente a este ponto.No questionário efetuado à Comunidade verifica-se também que 82% das pessoas que participaram no questionário consideram que a instituição desempenha um papel importante no concelho e 96% recomendariam os seus serviços.É possível perceber ainda o papel que a instituição desempenha, pelas ações que vai tomando e pelas respostas que vai dando às necessidades dos utentes e comunidade em geral:

• Refeições fornecidas pela Cantina Social: como resultado das fragilidades que muitas famílias povoenses atravessam, resultantes, em grande medida, da falta de emprego, tem-se verificado maior procura para esta resposta. Assim, em 2013, a SCMPL viu o seu protocolo alargado para 100 refeições diárias tendo em 2014 servido 33.097 refeições e em 2015 já serviu mais de 20mil refeições;

• Apoio a famílias carenciadas pelo programa FEAC: Em 2014 a SCMPL apoiou 704 pessoas ao abrigo desta medida;

• Fornecimento de refeições a pessoas referenciadas pelo SIGO (Serviço para a Promoção da Igualdade de Género) ou CPCJ (Comissão de Proteção de Jovens e Crianças em Risco);

• Desde 2012 que a Instituição mantém uma parceria com o Pingo Doce no sentido de ser entidade recetora de bens por si cedidos. Não podendo usar alguns desses bens para benefício dos utentes, a Instituição optou por ceder a algumas famílias carenciadas que nos vão procurando. Desde então tem vindo a apoiar algumas famílias neste âmbito;

• Atentos e conscientes do nosso papel, a Instituição vai procurando dar resposta a situações pontuais que vão surgindo dentro da nossa população de utentes e que afetam a qualidade de vida dos mesmos. Quer através do fornecimento de refeições ou através de algum outro

apoio que o utente necessite como por exemplo uma redução na mensalidade, a Instituição procura dar resposta a todos aqueles que demonstrem necessidade expressa de apoio; Em 2014 acedemos a mais de 70% dos pedidos de redução de mensalidade nas nossas valências de infância e verificamos que mais de 30% dos utentes da ERPI – Estrutura Residencial para Idosos, não pagam “complemento familiar”.

• Acolhimento de estágios através de protocolos para integração de alunos nas diversas valências/serviços da instituição. Em 2014 recebemos um total de 20 alunos em estágio e em 2015 já recebemos mais de 10;

• Dinamização do desfile de Carnaval que além de contar com os utentes e funcionários da SCMPL, também conta com elementos de outras entidades convidadas e é sempre um momento de festa e convívio para a grande quantidade de pessoas que o vêm ver. Em 2015 o tema foi alusivo aos contos infantis. Este desfile assume já um destaque ao nível supraconcelhio.;

• Participação em atividades promovidas pelo concelho, nomeadamente: Eco Espantalhos; desfile etnográfico; procissões de S. José e N. Sr.ª do Pilar; Visita; concurso de exposição de Maios; Comemorações diversas com utentes de outras instituições do concelho; atividades do projeto “bem envelhecer”, etc;

Inquiridos

Valências sociaisValências da saúdeFormaçãoParceirosComunidade

Grau de satisfação

88,5%95,4%91,3%94,5%96,0%

Nota(1) Considera-se como “satisfeito” as respostas dadas com uma classificação de “bom” e “muito bom”. (2) Os resultados apresentados baseiam-se na análise dos questionários relativos a uma amostra da população inquirida.

Planos IndividuaisA definição de um plano individual por utente/cliente é prática transversal a todas as valências sociais e da saúde. Esta prática centra-se na definição de um plano de intervenção multidisciplinar baseado naquelas que são as necessidades e expetativas do utente e/ou da família. Nas valências sociais há ainda a prática, trazida pelo referencial EQUASS, de para além da aplicação de outras escalas de diagnóstico, usar escalas de avaliação de qualidade de vida para ter perceção da forma como o utente e/ou familiar encara o seu bem físico, mental, psicológico, emocional e relacional.

Monitorização de objetivos do Plano Anual de AtividadesDesde 2014 que se iniciou a prática de monitorizar mensalmente os objetivos/atividades definidas em Plano anual. Assim, cada valência/serviço vai mensalmente monitorizando a sua atividade permitindo desta forma uma análise e execução mais eficaz do mesmo. Analisando o Plano de Atividades para o ano de 2015 verifica-se que o objetivo mais arrojado nele previsto advém da obra que já está em curso no Hospital António Lopes. Verifica-se que em breve, a nova unidade médico-cirúrgica, parte integrante do edifício, já estará apta para ser usada para que as obras possam continuar nas alas atualmente em uso. Esta obra permitiu o alargamento dos acordos de cooperação em vigor, possibilitando o alargamento da resposta ao nível de Meios Auxiliares de Diagnóstico e Terapêutica, especialidades médicas ao nível da clínica geral e cirurgia, subsistemas de saúde, entre outros.Ao nível das valências sociais, realizaram-se as diversas atividades de animação e lazer programadas em Plano de Atividades nomeadamente, desfile de Carnaval, S. João, idas à praia, passeios convívio, visitas à biblioteca municipal, outras atividades realizadas em parceria com instituições locais. No que se refere ao funcionamento geral das valências, foram realizadas diversas atividades de manutenção de equipamentos e infraestruturas bem como de toda a rede informática.

Sónia FernandesResponsável da Qualidade

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6 Setembro de 2015 Santa Causa

Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso

A Santa Casa da Misericórdia procura manter uma visão atenta e proativa, que lhe permita a prossecução dos seus objetivos definidos. Atendendo às dificuldades financeiras que todo o país atravessa e aos desafios de, mesmo assim, conseguir manter uma estrutura, física e financeira, consolidada e que permita a prestação de um serviço de qualidade, vamos procurando apoios e respostas que nos ajudem nesta missão.

Abaixo falamos de alguns projetos em curso que iremos implementar.

PROJETOS EM CURSO E PROJETOS FUTUROS

SAÚDE

ON2 – Overbooking

Ao abrigo do Eixo prioritário IV- Coesão Social e Urbana do ON2 – O Novo Norte, em final do ano passado a Santa Casa apresentou candidatura em regime de Overbooking. O “overbooking” resulta da prática de, em programas de candidatura a fundos comunitários habitualmente se aprovarem verbas acima do limite de programação de cada eixo prioritário de forma a garantir a plena utilização dos fundos programados. Atendendo que o comportamento histórico de gestão destes fundos revela a existência de quebras decorrentes da desistência de realização de investimentos ou da realização dos investimentos abaixo dos valores aprovados, resulta este valor excendentário.

Assim, as candidaturas em Overbooking resultam de uma constituição de reserva de intenções de investimento cujo financiamento não está assegurado mas que pode ser atribuído caso hajam quebras e que serão apuradas em definitivo em sede de encerramento do programa e de pagamento de saldo por parte da Comissão Europeia.

Desta forma, a Santa Casa apresentou candidatura para obter verbas que apoiem o financiamento da obra da ULDM – Unidade de Longa Duração e Manutenção D. Elvira Câmara Lopes, a qual veio como aprovada no final de maio passado e da qual pode resultar um financiamento até 1,5 milhões de euros, nos termos das verbas remanescentes do apuramento de saldo final acima mencionado.

SAÚDE

Hospital António Lopes

Está já em curso a remodelação e criação da nova Unidade Médico-Cirúrgica do HAL, que contempla a criação de mais um bloco operatório com duas salas de cirurgia, o aumento de 20 camas na área de internamento, a criação de novas áreas dedicadas às diversas especialidade médico-cirúrgicas, o alargamento do número de especialidades de consulta e cirurgia bem como os MCDT’s (Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica) disponíveis em cada especialidade. Fala-se aqui de uma obra com 4 pisos e uma área de construção superior a 2850m2.

Depois de um complexo concurso público, pensado para possibilitar o enquadra¬mento numa candidatura futura a fundos comunitários, a obra foi adjudicada à empresa que apresentou as condições mais vantajosas, por um valor a rondar os 3,5 milhões de euros. Para o suporte da obra a Misericórdia foi contemplada com um financiamento de 3,5 milhões de euros. Destes, 50% provêm do Banco Europeu do Investimento, através de candidatura efetuada ao “fundo Jessica”, a uma taxa de juro de 0% e a pagar em 17 anos.

Os restantes 50% provêm do BPI a uma taxa de juro de 3,5%, a liquidar em oito anos e meio. Estas condições de financiamento, que excluem o património edificado da Misericórdia das garantias reais, são extremamente vantajosas para a instituição.

SAÚDE

Farmácia da Misericórdia

Em 2005 iniciou-se um projeto de remodelação de um edifício, transferindo a Farmácia da Misericórdia para novas instalações criando melhores condições de trabalho e ampliando o espaço destinado ao atendimento ao público. Hoje, este espaço já se encontra desajustado face às necessidades do serviço e da qualidade que pretendemos oferecer, nomeadamente ao nível das novas técnicas de venda. Assim planeamos um projeto de remodelação do espaço interior, tornando-o mais funcional, a executar ainda em 2015. Esta proposta de remodelação do interior da farmácia baseia-se na reestruturação do espaço para uma melhor organização, funcionalidade e aspeto visual mais apelativo, simples e claro. Nesta sequência:

• Será redesenhado o balcão de atendimento, a zona de armazenagem, bem como a pequena saleta de apoio;• A caixilharia com os respetivos vidros será trocada para um melhor isolamento e cuidado com a exposição solar, (assim como para uma imagem mais cuidada) tendo em vista o conforto e economia energética, valorizando a sua eficiência;• Uma porta será fechada e a entrada será revista e redesenhada;• O pavimento será trocado e as paredes pintadas de novo;• A iluminação será outro ponto a ter em conta, sempre numa perspetiva de eficiência e parte integrante do todo.

A sustentabilidade dos espaços é o resultado das preocupações em projeto e resolução de questões pertinentes como as enunciadas. Assim consegue-se o sucesso do projeto e a eficiência da obra, ficando todos a ganhar!

Esta obra tem previsto um custo aproximado de 50.000€, com execução, fiscalização e controlo pelo DIE – Departamento de Instalações e Equipamentos, quer na aquisição de materiais, quer na contratação direta dos fornecedores para execução das diferentes especialidades.

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7Setembro de 2015 Santa Causa

SOCIAL

RLIS – Rede Local de Inserção Social

A RLIS – Rede Local de Inserção Social foi criada pelo XIX Governo Constitucional, através, do Despacho nº 12154/2013, em sinal de reconhecimento do contributo que as entidades do setor social têm no apoio a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade. Definiu então que este novo modelo de organização deveria assumir uma intervenção articulada e integrada, de entidades públicas ou privadas com responsabilidade no desenvolvimento da ação social.Atendendo à proximidade que as instituições têm com as populações e o conhecimento que detêm dos territórios onde atuam, bem como à possibilidade de otimização e rentabilização de recursos das instituições e da comunidade, determinou-se este desafio colocando as instituições a intervir numa lógica de trabalho em Rede. Abriu-se aqui uma porta para a chamada “Inovação social” obrigando as instituições a refletirem sobre o meio onde se inserem numa perspetiva de análise das necessidades da população versus recursos disponíveis, procurando oferecer uma abordagem diferente aquele que é o Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS). Assim a RLIS “assenta numa lógica de intervenção articulada e integrada de entidades com responsabilidade no desenvolvimento a ação social que visa potenciar uma atuação concertada dos diversos organismos e entidades envolvidas na prossecução do interesse público e promover a implementação de novos mecanismos de atuação e diferentes estratégias de ação em resposta às necessidades sociais”.

A RLIS iniciou o seu funcionamento através de experiências piloto. No início de julho, e com objetivo de alargar esta experiência ao restante território, abriram candidaturas ao abrigo do Portugal 2020. Considerando a importância e papel que assume na comunidade bem como a experiência que dispõe no Setor Social, a Santa Casa considerou que não deveria ficar de parte deste projeto e como tal apresentou candidatura a financiamento para abertura de um Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, integrado na RLIS. Pretende-se que este serviço seja alargado a todo o concelho abrangendo as suas 22 freguesias/agrupamentos de freguesia. Como forma de promover a proximidade com a população e o acesso a este serviço, foi proposta: a sua descentralização com funcionamento em pólos em duas freguesias do concelho, para além do serviço garantido diariamente nas instalações da Santa Casa; o funcionamento em horários flexíveis; um conjunto de atividades e serviços numa lógica de potenciar o compromisso e envolvimento da população atendida e acompanhada garantindo o alcance dos objetivos determinados para cada família/individuo. Esperamos aqui proporcionar um serviço assente na premissa de “inovação social”, que se interligue com a missão da Santa Casa e com as restantes respostas sociais, possibilitando uma maior proximidade da comunidade.Os resultados desta candidatura deverão ser divulgados no final deste trimestre, pelo que em caso de aprovação, como é nossa expetativa, iniciaremos de imediato este projeto alargando assim a nossa intervenção e resposta à comunidade.

SOCIAL

Fundo Rainha D. Leonor

O Fundo Rainha D. Leonor é um fundo criado com objetivo de apoiar as Misericórdias a desenvolver respostas sociais prioritárias. Foi criado em Abril de 2014, por iniciativa do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Dr. Pedro Santana Lopes, em acordo com o Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Dr. Manuel de Lemos, através de um Acordo de Parceria.

Ciente da necessidade de obras no edifício de S. Gonçalo, a instituição está a ultimar a apresentação a uma candidatura a este fundo. O objetivo é o de remodelar todo o edifício aumentando a capacidade em creche, por forma a dar resposta ao maior número de solicitações. O projeto já deu entrada na Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso para aprovação.

Foi com o edifício de S. Gonçalo que em 1986 a Misericórdia iniciou a aposta no setor infantil, depois de tomar posse do edifício e da gestão da então chamada “Casa do Povo”. Desde então tem sofrido algumas obras de melhoramento mas que não são suficientes para o ajustarem aos requisitos legais que os atuais normativos exigem.

Pretende-se com esta candidatura obter o financiamento a fundo perdido de 300 mil euros, que permitam à instituição o suporte para alcance dos objetivos definidos para esta resposta.

SOCIAL

Mapeamento de necessidades pela CMPL

No âmbito da auscultação de necessidades efetuada pela CIM do Ave aos municípios nela integrados, a Santa Casa referenciou como projetos a integrar as obras de remodelação e ampliação dos edifícios de infância, Nossa Srª da Misericórdia e S. Gonçalo, bem como o edifício Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, Lar de S. José. Atendendo à expetativa de

obter enquadramento noutros programas de financiamento nomeadamente através do Portugal 2020 ou do Fundo Rainha D. Leonor, a instituição referenciou como prioritário a obra do edifício N. Srª da Misericórdia.Todas estas obras, para além da remodelação, ampliação e melhoria das condições de trabalho e prestação do serviço, têm como dotar os edifícios de meios que lhes permitam uma maior eficiência energética. Esperamos aqui poder beneficiar de um financiamento na ordem dos 300 mil euros.

QUALIDADE E FORMAÇÃO

Certificação EQUASS

Desde 2013 que as valências sociais têm implementado novas práticas de trabalho para prever novas metodologias de trabalho previstas no referencial normativo EQUASS (European Quality in Social Services). Este referencial normativo prevê uma melhoria naquela que é a comunicação e relação com o utente promovendo o envolvimento de todas as partes e centrando a prestação do serviço, na procura da melhoria da qualidade de vida do mesmo. Neste seguimento a instituição tem recebido auditorias internas tendo previsto que em novembro próximo seja efetuada a auditoria de certificação pela APQ – Associação Portuguesa para a Qualidade. Assim a instituição passará a estar certificada ao abrigo de dois referenciais normativos ISO 9001 – Sistemas de Gestão de Qualidade e EQUASS.

Formação profissional

Desde 2008 que a Santa Casa se encontra acreditada enquanto entidade formadora. Recentemente, após notificação por parte da DGERT, apresentou candidatura a renovação desta qualidade mas ao abrigo da nova legislação, passando agora a ter o estatuto de entidade formadora certificada.As apostas na área formativa estão alinhadas com aquele que é o know how da instituição nomeadamente ao nível das áreas da saúde e social, mas também em áreas transversais alinhadas no desenvolvimento pessoal e no enquadramento de atividades das instituições/empresas.

O objetivo desta certificação é o de poder proporcionar formação aos nossos funcionários, garantindo uma qualificação e ajuste de competências, mas também proporcionar à população externa a aquisição de competências naquilo que nos distingue. Aguardamos a abertura de candidaturas ao abrigo dos programas operacionais do Portugal 2020 de forma a conseguirmos obter financiamento para formação que responda às necessidades internas e externas, alinhadas com aquele que é o nosso diagnóstico de necessidades bem como com o diagnóstico local.

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8 Setembro de 2015 Santa Causa

Em destaque SCMPL

“Se a criança não receber a devida atenção, em geral, quando adulta, tem dificuldades em amar os seus semelhantes.”No dia 11 de setembro de 1989 comecei a trabalhar com crianças, foi uma sensação especial e de realização pessoal.Durante o meu percurso profissional de 26 anos, tentei sempre dar a devida atenção aos bebés e crianças. Partilhei momentos de carinho e ternura e de tentativas de educar, no verdadeiro sentido da palavra, pois as idades com que trabalho são muito importantes para o desenvolvimento de futuros adultos equilibrados e felizes. Ao longo da minha prática profissional, ultrapassei obstáculos, dificuldades que me tornaram um ser humanos mais completo.

Gracinda Maria A. Gomes Duro, AjudAnte de Ação educAtivA

Distinção: 25 anos de serviço

Nascida a 20 de julho de 1961, na Póvoa de Lanhoso e aqui residente, fui admitida nesta Santa Casa da Misericórdia de Póvoa de Lanhoso, em 13 de setembro de 1989, para a valência de Creche/Jardim de infância e, integrando várias equipas de trabalho, desenvolvi sempre nesta área aplicação dos meus conhecimentos, que acaba por ser o meu tirocínio que hoje distingue.

Maria Madalena Reis P. Ribeiro Costa, AjudAnte de Ação educAtivA

No dia 11 de Setembro de 1989, comecei a trabalhar na Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso no edifício São Gonçalo, estava feliz e ansiosa com a perspetiva de trabalhar com crianças, uma vez que a minha experiência anterior era cuidar de crianças em casa.Ao longo destes 25 anos sempre tentei dar o meu melhor, trabalhar em equipa com as minhas colegas, respeitando os meus superiores e as normas da instituição.As dificuldades e obstáculos do dia-a-dia, tornaram-me uma pessoa mais forte quer pessoal como profissionalmente, aprendo todos os dias pois nesta profissão não somos detentores de verdades absolutas, estamos sempre em construção e temos de nos adaptar a cada criança.Mas o mais importante ao longo destes anos foi proporcionar a cada bebe um ambiente de afetos e carinho de forma a minimizar o tempo que estão longe dos familiares e a torna-las crianças mais felizes.

Maria Fátima Gonçalves S. Vaz, AjudAnte de Ação educAtivA

Do sonho à realidade, empenhada em colaborar, defender e realizar a luta pelas melhores causas sociais, com equipas fabulosas, assim ingressei nesta Santa Casa há já alguns anos.Com empenho e muito amor e carinho, uma grande força de vontade se concretizam todos os desejos até atingir todos os objetivos. Bem-haja, Santa Casa da Misericórdia. Parabéns!

Maria Sameiro Alves Silva, AjudAnte de Ação educAtivA

No dia 01 de junho de 2015 completei 20 anos de serviço de Ajudante de Lar na valência de Lar de S. José desta Santa Casa. Gosto muito do que faço e sinto uma enorme satisfação por poder ajudar e cuidar dos nossos utentes.É com maior orgulho que e prazer que trabalho todos os dias com esta família amorosa.

Maria Fátima Costa Rodrigues, AjudAnte de LAr e centro de diA

São 20 anos de serviço, desafios vencidos, receios superados e realização não livre de problemas, mas “ Pessoas felizes não são aquelas livres de problemas, mas sim as que sabem lidar com eles”. As mudanças ainda que pequenas (dentro da mesma instituição) parecem intimidar, gerar, alguma confusão ou incerteza e no final todo se mantém neutro e expectante pelo nosso sentido e interpretação. O tempo é responsável por mudança, nunca seremos ontem o que somos hoje, ganhamos e perdemos a cada instante, na certeza porém que cada vitória, ainda que pequena é um degrau que subimos para estar mais próximo dos nossos objetivos. Poderia muito acrescentar ou “percorrer” acerca do meu trabalho nesta Santa Casa da Misericórdia, dizer que 20 anos parecem que foram 20 dias, mas vou terminar resumindo a minha satisfação, dizendo apenas – Tenho orgulho em ser parte desta instituição.

Salomé Jesus Magalhães Alves, diretorA técnicA

Distinção: 20 anos de serviço

Passaram 10 anos como funcionária nesta instituição de enorme prestígio, da qual me orgulho.Como educadora este tem sido um projeto aliciante, tendo vivido experiências com crianças de carater diferentes que são cada vez mais exigentes, mas tudo se torna mais fácil devido ao apoio, interajuda, união e acima de tudo confiança que esta instituição transmite.Por tudo isto o muito obrigado, espero que assim continue pois da minha parte, continuarei com o meu empenho e dedicação a esta instituição e acima de tudo para com as crianças.

Eduarda Sousa Carvalho, educAdorA de infânciA

Distinção: 10 anos de serviço

Estes dez anos ao serviço da infância na Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso têm sido de dedicação, constante aprendizagem, e enorme vontade de a cada dia melhorar as nossas dinâmicas para bem servir aqueles para quem queremos oferecer o melhor: as crianças.Agradeço à Santa Casa o apoio incondicional que me dedicou ao longo destes anos para que, enquanto educadora de infância pudesse desempenhar as minhas funções com a qualidade a que esta Casa nos habituou.Obrigada!

Alexandra Marina Soares Almeida Ferreira, educAdorA de infânciA

Tudo começou com um sonho!A instituição onde trabalho desde 2004, Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, proporcionou-me a realização desse sonho, ser Educadora de Infância. Permitiu-me pintar o mundo de todas as cores, fazer sorrir as crianças, vê-las crescer, ajudá-las a aprender e deixar em cada criança a lembrança de um mundo melhor. Ser educadora é isso mesmo, uma profissão de amor. Tenho paixão pelo trabalho que faço e procuro fazê-lo sempre com zelo e dedicação. Foram anos de muitas partilhas, experiências, emoções, de muitas realizações na vida profissional e também de crescimento pessoal.Muito obrigada a todos que contribuíram para o meu crescimento e me ajudaram durante essa caminhada de 11 anos.

Sónia Cristina Morais Bassos, educAdorA de infânciA

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9Setembro de 2015 Santa Causa

É com muito orgulho que sinto o reconhecimento, pelo trabalho que foi realizado ao longo dos meus primeiros dez anos de exercício da minha profissão de educadora de infância.Este reconhecimento é para mim ainda mais valioso porque lembra os meninos e pessoal da Santa Casa que me ajudaram a crescer e a melhorar profissionalmente e também como pessoa.Não posso deixar de felicitar as minhas companheiras de profissão e que comigo partilharam as rotinas diárias vividas e com quem partilhei sempre alegrias e sucessos mas também preocupações e, por vezes alguns desabafos. Com os nossos gestos de incentivo todas ultrapassamos os momentos menos fáceis e juntas ajudamos os “nossos meninos” a crescer, a rir e a brincar.Para finalizar quero expressar o meu muito obrigada à direção da Santa Casa, a todo pessoal docente e não docente, aos familiares e aos meninos que frequentaram e frequentam a nossa querida Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso.

Elisabete Conceição Rocha Silva, educAdorA de infânciA

Passaram 10 anos desde que comecei a trabalhar na Santa casa da Misericórdia com entusiasmo e dedicação.Ao fim destes anos, é com grande satisfação que continuo a dedicar todo o meu empenho em prol da satisfação e bem-estar dos utentes desta grande Instituição.

Martine Silva Ferreira, diretorA técnicA

Antes de mais, quero agradecer à Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso a oportunidade que me deu em receber-me como sua colaboradora, e agora, através deste momento, reconhecer todo o meu trabalho. Claro que para estar ao nível desta instituição é necessário trabalhar arduamente, com dedicação e persistência, tentando atingir o compromisso de melhorar a qualidade dos serviços prestados aos nossos utentes. Deste modo, o meu percurso na Santa Casa foi exatamente no sentido de contribuir para essa melhoria dos serviços concedidos à população, e também para a minha realização pessoal. Ciente do compromisso que tenho com a instituição, senti necessidade de melhorar a minha qualificação ingressando na Universidade e concluir com sucesso o Curso de Psicologia Clínica e da Saúde. Neste percurso foi necessário muita força de vontade de minha parte e muita compreensão dos meus superiores e colegas de trabalho. Hoje, enquanto psicóloga da valência, ERPI S. José, centro o meu trabalho na promoção de uma melhor qualidade de vida para os idosos, avaliando e aplicando um conjunto de estratégias que vão ao encontro do desiderato, do envelhecimento ativo. Tento em todos os momentos dar o meu melhor e espero estar a altura dos desafios futuros. Quero agradecer a todos os colegas a relação saudável de trabalho que estabelecemos, e que é de extrema importância para a vida da instituição. Por fim, agradecer aos membros da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia, por me ter dado a oportunidade de ascensão na carreira, que espelha o reconhecimento de todo o trabalho que desenvolvi ao longo destes últimos 10 anos.“A persistência é o caminho do êxito.” (Charles Chaplin) Márcia Moreira Pereira Mor, PsicóLogA

Distinção: 10 anos de serviço

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10 Setembro de 2015 Santa Causa

Para a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso é fácil compreender que o ativo mais importante com que conta é a própria equipa humana.

Através das suas Políticas de Recursos Humanos, a Misericórdia fomenta a igualdade de oportunidades no recrutamento dos funcionários, não fazendo qualquer descriminação e apostando em todas as gerações de profissionais. O funcionamento da Instituição é assegurado por mais de 200 funcionários dos quais 88% possuem contrato de trabalho sem termo. Do universo de funcionários, 86% são mulheres, 14% são homens e 52% tem entre 30 e 50 anos de idade.

Procuramos proporcionar, aos funcionários a oportunidade de crescerem e se aperfeiçoarem enquanto profissionais, incentivando o acesso à formação certificada. Ao longo dos anos temos vindo a fomentar a mobilidade interna, como forma de crescimento e de desenvolvimento profissional dos funcionários, como é o caso das direções técnicas das áreas de infância e séniores. De igual forma, sempre que possível, acedemos aos pedidos dos funcionários, possibilitando a sua transferência para outra valência, pois sabemos que para fazer mais e melhor, os funcionários tem de se sentir realizados profissionalmente.

Acreditamos que a motivação continua a ser a condição fundamental para um bom desempenho e, por isso, para além do período de férias anual, os funcionários usufruem, (após deliberação da Mesa Administrativa) de tolerâncias de ponto na quadra natalícia e na Páscoa. Por outro lado, devido à diversidade valencial da Santa Casa, os funcionários beneficiam de descontos diversos nos serviços prestados por esta Instituição. Além disso, e porque consideramos que a Avaliação de Desempenho é uma estratégia capaz de enriquecer, motivar, reconhecer, de promover o diálogo e potenciar a produtividade de cada um dos funcionários, o referido processo iniciou-se em 2009 como projeto piloto e instalou-se progressivamente na Instituição. Foi alvo de algum stresse e natural desconfiança, no entanto, hoje em dia, estamos certos de ter conquistado o reconhecimento de todos para a relevância da avaliação de desempenho na melhoria contínua da prestação de serviços. Para isso fomos, ao longo do caminho, apelando e promovendo a participação de todos na melhoria do sistema de avaliação, sendo que desta participação tem vindo a ser integradas as sugestões e as alterações que o possam afinar em

termos de eficiência e eficácia. A este processo de avaliação de desempenho, está associado um conjunto de benefícios a atribuir aos funcionários de forma a recompensá-los pelos bons resultados alcançados.

Numa altura de crise económica, mas, conscientes do desfasamento da tabela salarial existente, a Mesa Administrativa procedeu em Janeiro passado, à sua revisão e atualização.

Numa perspetiva futura, a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso pretende continuar a apostar numa política de qualidade de gestão de recursos humanos, visando a melhoria contínua do desempenho dos funcionários, mediante a monitorização e avaliação das práticas internas adotadas, promovendo a qualificação e valorização profissional dos recursos humanos, identificando necessidades e propondo planos de formação profissional.

Com um quadro de pessoal acima dos 200 funcionários, a Santa Casa é um dos maiores empregadores do concelho. Assim, a aposta em recursos humanos qualificados, motivados e empenhados com a causa Misericordiana, tem de continuar a ser um caminho a trilhar. Porque há muito para fazer. Pela felicidade de todos: dos que colaboram e dos que servimos!

Gestão e motivação de pessoasSanta Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso

Eduarda OliveiraResponsável de Recursos Humanos

A SEGURANÇA DE TODOS COMEÇA NA PREVENÇÃO “Os riscos existem e podem ser evitados. O melhor caminho é a prevenção!”

A existência de condições de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho constitui o requisito essencial para que o trabalhador se sinta bem no seio da organização, reflectindo-se positivamente no seu desempenho profissional e aumentando a competitividade com a diminuição da sinistralidade, sendo parte integrante do programa de prevenção de riscos profissionais.Reconhecendo este pressuposto a instituição tem vindo a proporcionar a todos os trabalhadores condições de trabalho que assegurem a sua realização pessoal e profissional.Para a sustentação das actividades dos serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, torna-se importante a comunicação de regras através da formação, que promovem comportamentos seguros e saudáveis e procedimentos uniformes na matéria, adaptando a legislação em vigor.A instituição de forma a assegurar e a promover a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho nas diversas valências, tem realizado diversas medidas, nomeadamente:

• Planear a prevenção, integrando a todos os níveis e, para o conjunto das actividades da empresa, a avaliação dos riscos e as respectivas medidas de prevenção;• Implementar as Medidas de Autoprotecção, nomeadamente o plano de combate a incêndios, evacuação de instalações e de primeiros socorros;• Concepção de locais, métodos e organização do trabalho, bem como na escolha e na manutenção dos locais de trabalho;• Supervisionar o aprovisionamento, a validade e a conservação dos equipamentos de protecção individual, bem como a instalação e manutenção da sinalização de segurança;

• Promover a vigilância da saúde, através da Medicina no Trabalho, com a realização de exames complementares; • Desenvolver actividades de promoção da saúde;• Vigiar as condições de trabalho de trabalhadores em situações mais vulneráveis;• Conceber e desenvolver o programa de formação para a promoção da segurança e saúde no trabalho;• Realizar consulta aos trabalhadores sobre a segurança e saúde no trabalho;

Todas as medidas desenvolvidas no âmbito da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho servem para providenciar um local de trabalho seguro, manuseamento de materiais isentos de risco e estabelecer métodos e práticas seguras.

“Não há trabalho tão urgente e nem lazer tão importante, que não possa ser feito com

segurança!”Dr. Jorge Lordello

Dr. Jorge Lordello

Eliana FernandesTécnica Superior de SHST

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11Setembro de 2015 Santa Causa

Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso

O Arquivo da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de LanhosoTodas as instituições encerram no seu arquivo a história que lhes deu ser e forma: os nomes dos fundadores e as razões da fundação, a memória dos episódios que as fizerem caminhar e crescer, o relato dos momentos mais felizes e também o dos mais dramáticos, o esforço dos seus dirigentes, a dedicação dos seus benfeitores e funcionários. O arquivo das instituições é, em suma, o seu bilhete de identidade e a memória descritiva da sua vida.

Criada em 1928 para gerir o hospital fundado em 1917 por António Ferreira Lopes que, por testamento, o legou à sua (e nossa) terra, possui a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso um importante arquivo que colheu, ao longo de praticamente um século, documentos que contam, no seu conjunto, uma bonita história de doação e amor à Póvoa de Lanhoso. Não obstante a sua importância, nestes quase cem anos o arquivo da Misericórdia povoense esteve resguardado mas não tratado, inventariado ou estudado.

Foi a esse trabalho de salvaguarda do seu arquivo que a atual Mesa Administrativa deu, há cerca de dois anos, a melhor atenção, decidindo recolhê-lo num espaço próprio, tratando-o, inventariando-o e preparando-o para o tornar mais facilmente acessível. À atenção dada ao arquivo documental junta-se a aposta num moroso mas imprescindível processo de inventariação

de todo o património histórico da Santa Casa, por forma a que, num futuro mais ou menos próximo, essas peças que fizeram a história da instituição se possam converter em acervo musealizável.

É esse o trabalho que atualmente coordeno. Uma missão que se encontra ainda em fase embrionária mas que permitiu já não apenas inventariar grande parte das existências, mas também a digitalização de um significativo volume de documentos que, assim, passaram a encontrar-se salvaguardados da deterioração, ou até da perda.

Esperamos e desejamos que, como é intenção expressa da Mesa Administrativa da nossa Misericórdia, possamos, em breve, dispor dos meios necessários para oferecer ao património histórico, no qual o arquivo se integra, o destaque que ele merece, dando-o a conhecer aos povoenses como um pedaço mais da nossa história comum.

Merecem-no os beneméritos António Lopes e sua esposa D. Elvira Câmara Lopes, merece-o a proveta idade da instituição e exigem-no todos aqueles que, ao longo dos últimos cem anos, deram o melhor de si à Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso.

José Abílio Coelho,Coordenador do Arquivo Histórico e Patrimonial da SCMPL

O serviço de Apoio ao Domicilio (SAD) da Santa Casa da Misericórdia funciona desde 1996. Desde então presta cuidados da vida

diária a todos os Povoenses que necessitam de apoio.A Santa Casa tem um acordo de cooperação com a Segurança Social para a prestação de cuidados a 36 utentes, no entanto, devido ao elevado número de solicitações, damos resposta a utentes que manifestam necessidade de apoio para as Atividades de Vida Diária (AVD’s). Mesmo não abrangidos por Acordo de Cooperação, não poderíamos deixar de prestar o auxílio de que necessitam.Desde o início da atividade, a valência tem vindo a sofrer alterações, no sentido de uma melhoria contínua, nomeadamente: aumento do quadro de pessoal afeto à valência; mudança para novas instalações; processo de certificação ISO 9001 desde 2005; processo de implementação para futura certificação pela norma EQUASS; renovação da frota automóvel; apoio de uma lavandaria e cozinha central com uma grande capacidade de resposta; aquisição de novo material para acondicionamento e transporte de refeições. Todas estas alterações foram, sem dúvida, imprescindíveis para responder ao crescimento e melhoria do serviço prestado aos nossos utentes.A valência conta com uma equipa diversificada de recursos humanos qualificados de modo a prestar um serviço de excelência aos seus utentes. Os nossos serviços incidem essencialmente na higiene pessoal diária, tratamento de roupas, limpeza habitacional, distribuição de refeições, atividades de animação/ socialização, teleassistência, aquisição de bens e serviços, encaminhamento para serviços, e outros, que sejam acordados.O SAD presta o apoio diretamente aos utentes na sua residência contribuindo, desta forma, para o prolongamento da vivência junto da sua família e no seu ambiente habitacional, retardando tanto quanto

possível a necessidade de institucionalização. Pretende também ser uma ajuda aos cuidadores informais, pois um idoso (in)dependente na esfera familiar altera indiscutivelmente a vivência natural do ciclo familiar. Por norma, os cuidados aos idosos começam por ser assumidos por familiares, os cuidados formais são solicitados a partir do momento em que os informais precisam de ajuda, por não conseguirem responder de maneira eficiente às exigências do idoso (SOUSA,2005:90). Na perspetiva de Oliveira (2005:52), o grande desafio dos anos vindouros é aproximar a curva de esperança de vida com a correspondente curva da qualidade de vida, em ternos de diminuição de mobilidade física mas também psicológica e social. Os serviços da Santa Casa, nas suas diversas valências, trabalham permanentemente sobre a reflexão da sua ação e intervenção junto dos idosos, de modo a proporcionar-lhes as melhores condições de vida e providas de maior sentido.

O Serviço de Apoio ao Domicilio

Martine FerreiraDiretora Técnica do SAD

Referências BibliográficasOLIVEIRA, José (2005). Psicologia do envelhecimento e do idoso. Porto: Legis editora/Livpsic SOUSA, Liliana; FIGUEIREDO, Daniela; CERQUEIRA, Margarida (2006). Envelhecer em Família. Os cuidados familiares na velhice. Porto: AMBAR – ideias no papel, S.A. 2ª Ed.

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Centro de Atividades e Tempos LivresDesde sempre a valência Centro de Ativida-

des e Tempos Livres da nossa Santa Casa da Misericórdia, denominada CATL São

Nicolau desde 2001, para além de acolher de for-ma personalizada as crianças nos períodos dispo-níveis das responsabilidades escolares, tem como primacial objetivo proporcionar a todos conheci-mento e cultura. Daí que os projetos educativos concebidos ao longo dos anos tivessem, como têm hoje, o propósito de ir ao encontro das expe-tativas e interesses dos seus utentes e de apoiar as respetivas famílias.

Nessa medida, a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso foi pioneira na oferta de várias atividades extracurriculares, nomeadamente atra-vés do acompanhamento/inserção e prática de atividades específicas, como é o caso do Inglês, da Música e da Educação Física. Ao mesmo tem-po, nunca foi descurada a parte do acompanha-mento escolar, não só no que respeita ao apoio aos trabalhos escolares, mas também procurando melhorar a situação socioeducativa e a qualidade de vida das crianças, sendo de destacar a realiza-ção de atividades dramáticas e lúdicas.

Atualmente, devido à mais recente reforma do ensino, o CATL São Nicolau teve que se adaptar a uma nova realidade, porém continua a inserir no seu plano de atividades o Inglês, Música e TIC. As crianças são apoiadas na realização dos tra-balhos de casa assim como nas dificuldades que apresentam ao longo do seu percurso escolar. As salas de estudos são constituídas tendo em conta o ano escolar que frequentam e, adequadamente, são auxiliadas por forma a ultrapassar os obstá-culos com que se deparam, tanto ao nível da ma-temática como da língua portuguesa ou de outra disciplina curricular.

É de sublinhar que durante as férias escolares as salas de estudo continuam a funcionar, e poderão ser frequentadas por todos. Contudo, no presente ano letivo os alunos que frequentaram o 4.º ano e 6.º ano de escolaridade tiveram um horário espe-

cífico para a preparação dos exames nacionais de português e de matemática.

No CATL São Nicolau todos são apoiados e orien-tados ao longo do caminho escolar a percorrer, mas com o sentido da autonomia e da responsabi-lidade. Nesta perspetiva, são transmitidas orienta-ções relacionadas com a aquisição de método de estudo, isto é, aprender a estudar, bem como ad-quirir hábitos de estudo. Construir um edifício não é amontoar tijolos. Organizar uma biblioteca não é empilhar livros. Aprender não é arquivar informações sem nexo no «ficheiro mental» (António Estanqueiro, 2014. Aprender a estudar- um guia para o sucesso na escola, Lisboa, Texto Editora, p. 34).

É importante que a equipa quer de acompanha-mento, como de resto os próprios pais e encar-regados de educação, estimulem o gosto destas crianças pelo saber mais, pela leitura e pelo gos-to de pesquisar, e principalmente os incentive na descoberta da matemática e da sua língua mater-na: a Língua de Camões!

Temos presente que uma das tarefas principais da vida escolar é humanizar e transmitir conhe-cimento assim como cultura às nossas crianças. Por isso, o trabalho desenvolvido no CATL São Nicolau está em constante avaliação e evolução, acompanhando e criando novas respostas para as diferentes realidades educativas, familiares e sociais.

Valências sociais

Carla Rebelo de FariaProfessora de Inglês

A Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso desempenha um papel muito importante no apoio à popula-

ção do concelho, nomeadamente na área da Infância.A valência da Infância é constituída por dois polos, o edifício S. Gonçalo, criado em 1986 e o edifício N. Sr.ª da Misericórdia em 1992 A criação desta Valência resultou da necessida-de das famílias que, devido à sua ocupação profissional, não tinham como proporcionar acompanhamento e apoio aos seus educan-dos.Esta Valência está inserida na comunidade. Temos como base a filosofia de ligação aos encarregados de educação, com ênfase no contacto permanente com os mesmos, que consideramos os “primeiros educadores”, permitindo assim criar condições, para um trabalho de continuidade educativa. Os encarregados de educação conhecem o sistema de acompanhamento dos educandos: seguem regularmente o projeto curricular de sala, tomam conhecimento e validam o Pla-no de Desenvolvimento Individual (PDI) da criança, podem consultar o portfólio que se vai organizando em cada sala de atividades e participam nas reuniões individuais de ava-liação e reuniões gerais de sala e Valência.A Equipa Educativa é constituída por 39 co-laboradores (11 Educadoras, 22 Ajudantes de Ação Educativa, 5 Auxiliares de Serviços Ge-rais e 2 porteiras),1 psicóloga,1 nutricionista, sendo liderada pelas Coordenadoras de cada edifícioÉ uma equipa “sonhadora”, dinâmica, aber-ta e com vontade de “fazer e aprender” com capacidade de reflexão sobre a sua prática educativa. A instituição favorece a formação

contínua (através de centro de formação da misericórdia), como através da formação EQUASS (European Quality in Social Ser-vices). Desde 2005 que esta Valência está certificada pela norma ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade).A Instituição está aberta à inovação, fun-cionando como centro de estágio, da Uni-versidade do Minho, Universidade Católica, Escola Superior da Fafe, EPAVE e Escola Se-cundária da Póvoa de Lanhoso. A metodologia adotada é “Metodologia de Projeto”, que consiste na investigação de um determinado tema, problema, sendo trabalhado nas Creches e Jardins de Infância através de atividades orientadas e livres, ten-do em conta as áreas de desenvolvimento e princípios educativos, previstos nas Orienta-ções Curriculares.Os horários da Valência estão são adequados às necessidades das famílias funcionando 12 horas diárias divididas em horário letivo e não letivo. Neste ultima temos a opção de ati-vidades extra curriculares: TIC, Inglês, Inicia-ção à Música, Expressão motora e Natação.A Valência de Infância (Creche e Jardim de Infância), pretende manter-se entre os me-lhores do concelho. Através da procura da Qualidade, pretendemos ultrapassar as ad-versidades colocadas pela crise económico--social que a nossa região e o país atraves-sam.

Ângela Rodrigues e Cristina OliveiraCoordenadoras das valências de creche

e pré-escolar

A Creche e o pré-escolar

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13Setembro de 2015 Santa Causa

Focamos assim o nosso crescimento nas nossas potencialidades e nas oportunidades que se nos vão apresentando no entanto esta análise é sempre ponderada e atenta aquelas que são as debilidades que se nos apresentam. O funcionamento num edifício antigo e com limitações em termos de estrutura obrigam-nos a algumas adaptações que termos que contornar. A capacidade do edifício também é fator limitador em termos de admissões de utentes. Assim, é objetivo da instituição avançar com obras de remodelação e ampliação criando espaços que, para além de potenciarem a prestação de um serviço com maior qualidade, permitam um aumento da resposta às solicitações que recebemos.

Enquanto não é possível avançar para essas reestruturações, as equipas de trabalho vão procurando desenvolver e adaptar novas metodologias de trabalho. Através de uma constante reflexão sobre o serviço procuramos através da reorganização, da alteração de rotinas e espaços, bem como da formação dos recursos humanos, melhorar a qualidade do serviço que prestamos tendo como foco o utente/residente, as suas necessidades e a sua qualidade de vida.

Num futuro próximo são expetativas deste serviço: a continuidade de investimento na qualificação e reajuste profissional de recursos humanos; a remodelação e adaptação do edifício; a premissa de um serviço focado no utente, através da aplicação de Planos Individuais assentes numa avaliação das necessidades e sonhos, caminhando para uma certificação ao nível da norma EQUASS.

«A tendência para colocar uma ênfase especial ou organizar a juventude nunca me foi cara;Para mim, a noção de pessoa velha ou nova só se aplica às pessoas vulgares.

Todos os seres humanos mais dotados e mais diferenciados são ora velhos ora novos, do mesmo modo que ora são tristes ora alegres…»

É do conhecimento geral que envelhecer é um prodígio inevitável, sinal do tempo que passa e que varia individualmente. A alteração demográfica, caracterizada pelo aumento das pessoas idosas e diminuição das mais jovens, as alterações do estilo da vida da população em geral nos últimos anos não permite que as respostas sociais sejam as mesmas que há décadas atrás. É crucial que instituições possuam um plano estratégico que garanta que os recursos disponíveis são aplicados da melhor forma em ações que permitam atingir os objetivos e adequar os serviços desta ins-tituição a uma faixa etária cada vez mais desejosa de apoio especializado capaz de satisfazer as suas necessidades. Paralelamente é fundamental a mudança de pensamento no sentido de todos (sociedade em geral, profissionais, familiares e amigos) percecionem que é importante que a satisfação das necessidades das pessoas mais idosas passe não só pelo que necessitam mas também pelo que desejam. Verifica-se nos últimos tempos associados à crescente preocupação em proporcionar aos mais velhos conforto e segurança, um crescente aparecimento de lares de idosos, sejam eles de natureza pública, público-privada ou totalmente privada, não sendo a nossa área geográfica uma exceção. A atual Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, sofreu ao longo da sua existência, bem como estruturas similares ao nível nacional, mudança de designação tendo aberto as portas como Asilo São José, em 1966 passou a ter a designação de Lar de São José e hoje, de acordo com a Portaria nº 67/2012, de 21 de março, considera-se Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, pois é um estabelecimento para alojamento coletivo, de utilização temporária ou permanente, em que são desenvolvidas atividades de apoio social e prestados cuidados de enfermagem. Fazendo uma avaliação à valência, verificamos que existem bastantes pontos fortes e oportunidades de melhoria que se aliam ao nosso trabalho e à qualidade com que o prestamos nomeada-mente:

Salomé Alves, Diretora Técnica ERPI S. José

• a localização, que oferece a vantagem de se encontrar no centro da vila e próxima da capital de distrito;

• o espaço envolvente que para além de agradável e de grande beleza não oferece barreiras; • a integração num “quarteirão” pertencente à instituição, com proximidade de edifícios onde operam outros serviços permitindo um acesso facilitado a outras estruturas e um convívio intergeracional saudável;

• o foco na qualidade assumido por toda a equipa interdisciplinar bem como pelos órgão de gestão que lideram a instituição, e que se reflete na melhoria da satisfação e qualidade de vida do utente;

• a dimensão do edifício que será o que dispõe de maior capacidade a nível concelhio apesar de escassa para as solicitações. O envelhecimento da população e a falta de respostas deste tipo levam à necessidade de refletirmos sobre o serviço que prestamos e sobre a possibilidade de alargamento.

Hermann Hesse (in “Elogio da Velhice”)

ERPI S. José

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14 Setembro de 2015 Santa Causa

Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso celebra o primeiro aniversário do seu CoroCelebra-se a 5 de setembro de 2015, o primeiro aniversário do Coro da Santa Casa da Miseri-córdia da Póvoa de Lanhoso. Foi criado, em junho de 2014 fruto de um desafio lançado pelo seu Provedor, Dr. Humberto Carneiro e conta presentemente com cerca de 70 elementos. A direção artística está atribuída ao Maestro Ernesto Coelho, pessoa com um percurso artístico marcado por diversas peças e participações de destaque no meio artístico.

O Coro é formado por funcionários e colaboradores da instituição, mas também por todos os irmãos desta Santa Casa, e que dele quiseram fazer parte.

A promoção de um espírito de convívio e partilha entre funcionários, permitindo a interação entre diferentes valências e a fomentação de um princípio uno de Santa Casa, esteve na génese deste desafio.

A primeira atuação do Coro ocorreu a 5 de setembro de 2014, no dia das comemorações do 97º aniversário do Hospital António Lopes/Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. Desde então o Coro participou já em alguns eventos:• Concerto de Natal que se realizou no salão paroquial da igreja da vila da Póvoa de Lanhoso, onde atuaram para uma audiência de mais de 600 pessoas;• Missa de Natal promovida pela instituição, para os utentes das valências séniores e da saúde e seus familiares, realizada no mesmo espaço;• Encontro de Coros promovido pelo Município de Mondim de Basto;• Encontro de Coros promovido pelas Misericórdias de Póvoa de Lanhoso, Braga e Vila Verde no Theatro Circo;• Festa de encerramento da atividade “Um dia pela Vida”, dinamizada pela Liga Portuguesa Contra o Cancro.

A Santa Casa da Misericórdia é uma instituição de grande prestígio e destaque no concelho da Póvoa de Lanhoso muito próxima dos 100 anos de existência. Sendo a sua área de intervenção fulcral a intervenção social, a saúde e a formação, abre, com a criação do grupo coral, novos horizontes no domínio da cultura.

Com instalações modernas adaptadas às exigências atuais, olha o futuro com otimismo pres-tando serviços de elevada qualidade que melhor respondem às necessidades das pessoas que procuram os seus serviços.

Orgulha-nos o percurso desta Santa Casa ao longo do anos em geral e o percurso do nosso coro ao longo deste ano em particular. Esperamos que o caminho se abra e que possamos continuar a levar a nossa voz e a nossa cultura a quem nos quiser ouvir.

Santa Casa da Misericórdia

Sara MachadoResponsável pelo Coro da Misericórdia

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