88
Mensal - Distribuição gratuita com o jornal “Público” Encarte comercial da responsabilidade de Páginautêntica - Publicações, Lda e não pode ser vendido separadamente Edição n.º 38 MARÇO 2017 SANTIAGO DO CACÉM Terra única Distritos de Braga, Porto, Santarém, Setúbal e Vila Real | Ação Social ESPECIAL

SANTIAGO DO CACÉM

  • Upload
    others

  • View
    5

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SANTIAGO DO CACÉM

Men

sal -

Dis

tribu

ição

gra

tuita

com

o jo

rnal

“Púb

lico”

Enc

arte

com

erci

al d

a re

spon

sabi

lidad

e de

Pág

inau

tênt

ica

- Pub

licaç

ões,

Lda

e n

ão p

ode

ser v

endi

do s

epar

adam

ente

Edição n.º 38 MARÇO 2017

SANTIAGO DO CACÉMTerra única

Distritos de Braga, Porto, Santarém, Setúbal e Vila Real | Ação SocialESPECIAL

Page 2: SANTIAGO DO CACÉM
Page 3: SANTIAGO DO CACÉM
Page 4: SANTIAGO DO CACÉM
Page 5: SANTIAGO DO CACÉM
Page 6: SANTIAGO DO CACÉM

► É um dos maiores municípios de Portu-gal, e também um dos mais ricos em valor paisagístico. Desde a zona plana disseca-da pela rede hidrográfica do concelho, às zonas planas e baixas que dão lugar a for-mação de lagoas, Santiago do Cacém fica ainda mais vivo com o rico património ar-quitetónico e arqueológico, indicadores de uma riqueza histórica que o concelho apresenta. O concelho de Santiago do Ca-cém representa uma área de 1058 quiló-metros quadrados e uma população de mais de 31 mil habitantes. São oito as fre-guesias que compõem o município e que, naturalmente, contribuem para a hetero-geneidade paisagística do mesmo. Fala-mos de Abela, Alvalade, Cercal do Alente-jo, Ermidas-Sado, São Francisco da Serra, Santo André, União de Freguesias de San-tiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolo-meu da Serra e União de Freguesias de São Domingos e Vale de Água. O território encontra-se perto do complexo petroquímico e energético de Sines, é atra-vessado por importantes eixos rodoviários e tem na sua taxa de desemprego uma das

suas grandes bandeiras. Com um valor de 9,12%, representa a taxa mais baixa do Alentejo Litoral e um valor inferior ao verifi-cado para o conjunto do país (13,2%).Álvaro Beijinha é desde 2013 o autarca do concelho e tem nas pessoas a sua principal preocupação. “Trabalhamos to-dos os dias para encontrar soluções, al-ternativas e caminhos seguros para o de-senvolvimento do território e para o bem--estar das pessoas”, indica o edil que, em entrevista ao Empresas+®, analisou o seu primeiro mandato à frente do Municí-pio, aferiu as principais dificuldades e perspetivou o caminho a seguir.

Seis objetivos,uma estratégia comum Focado num regime de proximidade e mo-tivado para elevar bem alto o nome do mu-nicípio de Santiago do Cacém, Álvaro Beiji-nha traçou seis objetivos centrais que guiaram, ao longo dos últimos quatro anos, o seu trabalho à frente do Município. O primeiro objetivo, e comum a todas as áreas de intervenção, focou-se numa rees-

MUNICÍPIO DE SANTIAGO DO CACÉM

6

truturação do ponto de vista financeiro. Era crucial alcançar uma situação mais estável e desde logo o edil tomou cons-ciência que a aposta passaria por obras de proximidade e não por grandes investi-mentos. “A Câmara Municipal nunca teve problemas de maior, nunca entrou em in-cumprimentos, mas conseguimos encur-tar uma dívida de curto prazo que nos cria-va alguns constrangimentos. Este objetivo foi claramente alcançado pois reduzimos a dívida em cerca de oito milhões e meio de euros e não temos, aos dias hoje, dívi-das a fornecedores a mais de 90 dias. Ho-je a dívida de curto prazo ronda um milhão de euros, valor que nos permite ter uma gestão muito mais interessante. Prevía-

mos atrasos no acesso ao novo quadro co-munitário e por isso apostamos na obra de proximidade. O Município tem capaci-dade de trabalhar por administração dire-ta, pois temos trabalhadores e equipa-mentos para tal, o que nos permitiu reor-ganizarmos os serviços”, explica.O segundo objetivo incidiu na área do tu-rismo. Sabendo que o concelho não pos-sui uma grande extensão de costa, ape-nas de 11 quilómetros, a aposta caiu no turismo de natureza e de património. “Quisemos dar visibilidade ao concelho, apostando na promoção do centro histó-rico, da Igreja Matriz, do castelo e das ruí-nas de Miróbriga, monumentos nacionais com grande potencial. Requalificamos

O município de Santiago do Cacém é conhecido pela “terra única”. Esta é uma terra, um lugar e um espaço que ostenta uma grande

diversidade e valor paisagístico. O concelho, localizado em pleno litoral alentejano, é desde 2013 presidido por Álvaro Beijinha. As pessoas estão sempre em primeiro lugar e, por isso, o reforço da

qualidade de vida dos cidadãos do município de Santiago do Cacém é a maior prioridade para o autarca.

Santiago do Cacém,terra única

Álvaro Beijinha

Page 7: SANTIAGO DO CACÉM

7

estes locais, assim como a estrada das ruínas, e tentamos ao máximo captar tu-rismo rural de qualidade”, refere. A revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) foi outro dos objetivos propostos e já claramente cumprido. Hoje, Santiago do Cacém tem já em vigor o novo PDM, um plano de nova geração que se assu-me como a chave para o desenvolvimen-to do concelho para os próximos 20 anos. De salientar ainda a estratégia, do ponto de vista regional, de aproximação a Sines, co-mo uma outra meta a alcançar. “São con-celhos vizinhos, e estamos interligados através do complexo industrial e portuário de Sines. A cidade de Santo André é parte integrante desse grande projeto desenvol-vido há mais de 40 anos e naturalmente que todos os investimentos que ali são fei-tos têm efeitos no concelho de Santiago. Na refinaria da Galp, cerca de 70% da sua mão de obra reside no município de Santia-go do Cacém. Devido a esta ligação, temos reforçado esses laços através da organiza-ção de eventos em parceria”, realça o edil.O desenvolvimento económico foi o quin-

to objetivo traçado por Álvaro Beijinha, através de estratégias para fixar empre-sas, atrair investimento, e captar pes-soas para o concelho.Por último, mas com real importância, es-tá a aposta na educação. “Temos defen-dido sempre a escola pública e a manu-tenção de escolas rurais. Queremos man-ter abertas escolas mesmo que tenham nove alunos, porque essas escolas são a alma das pequenas localidades. Fechar, é matar a terra. Por isso temos dotado as escolas de conforto para contrariar os ar-gumentos que as fizessem encerrar. A educação foi para nós uma prioridade e tem tido resultados muito significativos”, acrescenta o presidente.

Potencial empresariale industrialAssim como do ponto de vista paisagísti-co, também na vertente empresarial e in-dustrial o concelho de Santiago do Cacém apresenta realidades distintas. Por um la-do, apresenta uma enorme área com ca-racterísticas rurais, onde sobressaem as

atividades agropecuárias. Por outro lado, existem as cidades de Santo André e San-tiago do Cacém com grande incidência de empresas prestadoras de serviços. “Te-mos o maior centro de inseminação artifi-cial de suínos aqui no concelho. Mais de 50% da carne de porco branco consumi-da em Portugal provém deste centro de produção. Este projeto nasceu da vontade da associação de produtores que estão atualmente ligados a uma empresa multi-nacional do setor. Na zona de Alvalade e São Domingos a produção de regadio [ar-roz] é muito significativa, tendo especial destaque também uma cooperativa que tem um dos maiores índices de produtivi-dade de tomate. Destaco também o facto de termos o maior aviário da Europa. Esse projeto inclui o ciclo de produção e trans-formação do milho, matadouro e fábrica para transformação de desperdícios. Ain-da na faixa interior do concelho há um in-vestimento significativo com cerca de três anos, numa fábrica de transformação de bacalhau fresco e congelado. Na parte li-toral do concelho de Santiago temos so-

bretudo empresas prestadoras de servi-ços às grandes empresas que se encon-tram em Sines. Metalomecânica, constru-ção civil, eletricidade, limpeza e seguran-ça são as principais áreas de destaque”, salienta o autarca.A aposta nos estímulos à criação de em-prego é uma constante e, como tal, diaria-mente são feitos esforços na promoção de condições ímpares para que empresas e empresários se fixem em Santiago do Ca-cém. Com a consciência da importância da dinâmica dos agentes económicos no desenvolvimento do concelho, o Município criou o Gabinete de Apoio ao Empresário, um serviço que visa melhorar a qualidade do atendimento empresarial, bem como o Centro de Apoio às Empresas em Vila No-va de Santo André e ainda a Feira do Em-preendedorismo.

Aposta consistentena área socialSantiago do Cacém, pela visão de Álvaro Beijinha, não esquece aqueles que atra-vessam dificuldades no seu dia a dia, um

Page 8: SANTIAGO DO CACÉM

trabalho difícil, mas que o autarca subli-nha ser uma missão de todos em nome de uma sociedade mais justa. Diversos têm sido os projetos criados e as estraté-gias desenvolvidas para a promoção da inclusão social. Ao mesmo tempo, o Mu-nicípio está atento às problemáticas da toxicodependência, ao insucesso escolar, ao desemprego e a comportamentos de risco. O autarca sublinha algumas inicia-tivas levadas a cabo pela Câmara Munici-pal, em que a terceira idade foi o princi-pal público-alvo. “Lançamos o Cartão Sé-nior, uma parceria entre o Município e o comércio local que oferece descontos em estabelecimentos aderentes. Atribuímos o primeiro cartão, de forma simbólica, à pessoa mais idosa do concelho, que tem 103 anos mas encontra-se perfeitamen-te lúcida. Mantivemos o projeto Sénior

Ativo, em que trazemos os idosos do con-celho às piscinas e a outras estruturas para a prática desportiva. Para além dis-so, criámos o projeto Engenhocas, uma iniciativa de sucesso, com muita procura e resultados interessantes”, nota.

Projeto EngenhocasFoi uma das grandes apostas neste man-dato de Álvaro Beijinha na área social. Tra-ta-se de uma resposta social onde o prin-cipal objetivo é dar apoio a pessoas caren-ciadas através de uma oficina móvel. Po-dem ser prestados serviços de carpinta-ria, serralharia, eletricidade, canalização e serviços de pedreiro nas habitações da população mais vulnerável do concelho. Os principais beneficiários do projeto En-genhocas são pessoas com mais de 65 anos, portadores de deficiência ou incapa-

MUNICÍPIO DE SANTIAGO DO CACÉM

8

cidade igual ou superior a 70%, e famílias com carência económica. Neste projeto fo-ram investidos cerca de 40 mil euros na aquisição de uma viatura móvel que é con-duzida por um técnico munido das respeti-vas ferramentas para a realização de pe-quenas reparações nas habitações.

Eventos para todos os gostos“Temos um conjunto de atividades varia-do, que chegam a qualquer tipo de públi-co”, destaca o edil. Iniciativas como a Fei-ra do Monte, o Festival do Tomate de Al-valade/Mimosa, o Festival da Enguia da Lagoa de Santo André, fazem as delícias de milhares de pessoas que se deslocam ao concelho de Santiago. Contudo, a San-tiagro - a Feira Agropecuária e do Cavalo – é o evento chave do município. Na edi-ção de 2016 contou com mais de 40 mil

visitantes em quatro dias, batendo assim o seu record de visitantes. Há muito que é considerada a melhor feira de ativida-des económicas do litoral alentejano, sendo também conhecida e marcada pe-los seus concertos, pelos restaurantes tí-picos e tasquinhas que fazem as delícias dos visitantes e pela promoção do cavalo. Para além desta oferta, Álvaro Beijinha destaca a Mostra Internacional de Teatro, as 'C'extas de Cultura, o Terras sem Som-bra e o papel das bibliotecas e dos mu-seus na promoção de atividades cultu-rais. “Temos o Museu Municipal, o Museu do Trabalho Rural, o Museu da Farinha e vamos agora abrir o Museu da Arqueolo-gia, em Alvalade do Sado. Faz parte dos nossos objetivos criarmos uma rota dos museus”, revela.

Um mandato cumprido Prestes a terminar o primeiro mandato ao leme da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, é de forma positiva que Álvaro Beijinha olha para o trabalho desenvolvi-do nos quatro anos de atividade.Salienta a requalificação da costa de Santo André como o projeto mais desa-fiante, e conclui afirmando que sente o dever cumprido. “Tudo o que tínhamos previsto realizar durante o mandato, pen-so que vamos conseguir concretizar até ao final. Porventura, poderão ficar por realizar objetivos de pequena monta. Não temos nenhum grande projeto que fi-que por concretizar. Temos um grande projeto em curso, que é a criação do Bal-cão Único, com centralização de serviços e desmaterialização de procedimentos, que será concluído em breve”.

Page 9: SANTIAGO DO CACÉM

Pretende uma estrutura nova do telhado, substituir uma laje de madeira, ou ampliar o seu edifício, numa obra rápida e limpa

obtendo no final uma construção resistente, confortável e termicamente eficiente? A DosMontes – Construção, Lda, apresenta

a melhor solução neste sentido. Construção metálica em perfis ligeiros de aço galvanizado, uma técnica vulgarmente designada por

Light Steel Framing (LSF). Venha conhecer as suas vantagens.

► A DosMontes – Construção, Lda, surgiu em 1999 pelas mãos de Francisco Vilhena que encontrou no LSF uma oportunidade a explorar. Esta técnica construtiva é si-multaneamente a especialidade e objetivo da empresa: obras rápidas e limpas, uma estrutura leve e resistente, criando confor-to e poupança energética em casa dos clientes. Atuando como subempreiteiros nesta especialidade, trabalham para em-preiteiros gerais tradicionais.Portugal vai-se deixando lentamente con-vencer pela construção metálica em perfis ligeiros de aço galvanizado. Francisco Vi-lhena afirma que esta técnica tem vindo a cativar projetistas, empreiteiros gerais e clientes finais, demonstrando todo o seu potencial na resposta que tem dado às atuais necessidades de reconstrução e re-cuperação do património edificado, seja pela facilidade introduzida na logística e montagem, como na versatilidade das so-luções apresentadas. O LSF surgiu nos Estados Unidos da Amé-rica com o objetivo de obter uma constru-ção mais resistente, antissísmica, reduzin-do a utilização da madeira. Estas necessi-dades levaram à escolha do aço, material abundante, infinitamente reciclável, fácil de moldar, com grande resistência e flexi-bilidade, imune aos parasitas da madeira. Na optimização da sua utilização, criaram--se perfis de baixas espessuras e varias secções que permitem a sua utilização em

paredes, lajes, pilares e vigas compostas para um máximo de resistência e versatili-dade. A galvanização dos perfis dá-lhes re-sistência à corrosão, aumentando a dura-bilidade da estrutura. Materiais leves facilitam todo o processo logístico da obra. Evita-se assim a utiliza-ção de gruas, equipamento impossível de instalar nas estreitas ruas das zonas his-tóricas. Um perfil com 12 metros não che-ga a pesar 100 quilogramas, carga que dois ou três homens conseguem transpor-tar e elevar à mão. A composição de diver-sos destes perfis permite a criação de vi-gas compostas ou treliças de muito alta resistência, capazes de assim resolver di-versas situações em vãos amplos. Resulta assim uma estrutura extremamente leve e resistente, fácil de adaptar a inúmeras so-luções arquitectónicas. Complementada por variados materiais igualmente evoluídos, seja nos revesti-mentos, impermeabilizações ou isolamen-tos térmico e acústico, resulta num acaba-mento em tudo idêntico ao tradicional, mas com um desempenho ao nível do conforto, temperatura e humidade, em tu-do superior. Uma construção leve e seca traduz-se numa obra rápida e limpa, ob-tendo-se no final um ambiente salubre e isento de bolores.Embora desenvolvido para a construção de raiz, o LSF tem dado provas da sua ver-satilidade na reconstrução e ampliação,

área em que a DosMontes se tem especia-lizado, tendo já uma forte presença na zo-na histórica de Lisboa. “Este é um setor em que se está a intervir, para o qual este sistema construtivo tem sérias vantagens, levando junto com a estrutura metálica um complemento de materiais que trazem acréscimos muito significativos no confor-to”, explica o empresário.

Um sem número de vantagensInúmeras são as vantagens da utilização de LSF, seja na recuperação da estrutura de um piso, na execução de um mezanino, terraços, telhados, mansardas ou na cons-trução de paredes. A utilização de perfis li-geiros de aço galvanizado, revestidos com placas de OSB, permitem a criação de es-truturas altamente resistentes, com um ex-celente desempenho, e um peso significati-vamente inferior ao de muitas outras solu-ções estruturais. Tendo o aço a melhor rela-ção resistência/peso e resistência/preço de todos os materiais de construção, a substituição de uma estrutura de telhado em madeira, por uma estrutura em aço re-vestida com OSB, isolamento térmico e subtelha, não cria qualquer acréscimo de

LSF: Reconstrução estruturalDOSMONTES – CONSTRUÇÃO, LDA

9

peso ao anteriormente existente, trazendo inúmeras vantagens ao nível de todo o tipo de comportamentos, desde a resistência mecânica à resistência à intrusão, passan-do pelo isolamento e impermeabilização. “Quando investimos numa casa, pretende-mos alcançar um conforto que nos permita sentir bem. Nesse objetivo, a temperatura, a humidade e a salubridade da casa, são fa-tores importantes e assegurados pela utili-zação desta técnica”, garante o engenheiro.Para além da rapidez de execução, outro aspeto importante prende-se com a preci-são e o rigor exigidos nesta construção. Na montagem da estrutura a tolerância de erro é ao nível do milímetro, para evitar cortes ou ajustes nos materiais aplicados sobre esta. “Por isso temos pessoal quali-ficado e especializado”, refere.

A visão de futuroFrancisco Vilhena não duvida da generali-zação da utilização da estrutura ligeira em aço galvanizado a médio prazo. “A forma-ção, informação e divulgação de conheci-mentos sobre as vantagens e formas de utilização deste processo é fundamental, pois há ainda um enorme desconheci-mento, e até mesmo por vezes, falta de vontade na evolução para o que não é co-nhecido”, lamenta.Relativamente à DosMontes, Francisco Vi-lhena vê o mercado do LSF a crescer, fruto de uma boa relação com os seus clientes--empreiteiros, satisfação dos clientes fi-nais, divulgação do método, experiências variadas e excelentes resultados reconhe-cidos por já inúmeros clientes. “Esta é a nossa diferenciação”, conclui.

Francisco Vilhena

Page 10: SANTIAGO DO CACÉM

► A construção em terra é uma técnica que tem milhares de anos. Era assim que o homem construía as suas habitações até meados do século passado, quando apare-ceu o betão. A massificação do betão aca-bou por fazer desaparecer esta milenar for-ma de fazer casas, que sempre se caracte-rizou por ter um reduzido impacto ambien-tal, pela utilização de material natural e reutilizável. Contudo, no Alentejo, a técnica está a surgir e com vontade. A arte perdeu--se no tempo, mas no Sul de Portugal a ter-ra está a voltar a levantar-se do chão. As construções em taipa têm cada vez mais procura e há mesmo quem dedique toda a sua arte à arte de construir com terra. Fala-mos da João Bernardino, Lda - Construções Ecológicas, que em Cercal do Alentejo tem vindo a recuperar esta tradição. Como re-sultado final, esta empresa apresenta ca-sas sustentáveis e respeitadoras do meio ambiente, confortáveis e agradáveis do ponto de vista arquitetónico.

Um pouco de históriaJoão Bernardino é o homem que está por detrás deste projeto. Iniciou a sua atividade em 1983, altura em que a preocupação com o meio ambiente e um modo de vida sustentável ainda não eram uma preocu-pação para a maioria das pessoas. Está há 25 anos no setor das construções conven-cionais, mas há cerca de 17 que trabalha com terra. “Os tempos mudam, e estamos

cada vez mais conscientes das limitações dos recursos, por isso a João Bernardino, Lda - Construções Ecológicas, desenvolveu uma nova área de negócio dentro da cons-trução civil: a construção de casas e pisci-nas ecológicas”, nota o empresário. A sua inserção neste mercado e o desenvolvi-mento desta atividade obrigaram-no a es-forços redobrados. “Fiz formações, partici-pei em congressos e adquiri novos conheci-mentos em Portugal, em Cuba, em Marro-cos, em França, na Índia, no Brasil e em Is-rael. Para além disso, fui aprendendo en-quanto fazíamos testes e também com ar-quitetos que já trabalhavam no ramo”.Hoje a João Bernardino, Lda - Construções Ecológicas, é uma empresa devidamente especializada em construções ecológicas, especialmente casas em taipa, casas em bloco ecológico (BTC), casas de madeira, casas em pedra, casas em palha e casas em colmo. Esta especialização surge do acompanhamento à evolução da socieda-de que tem uma preocupação crescente com o meio ambiente, com a sustentabili-dade e rentabilização de recursos. “A aposta numa construção de carácter eco-lógico faz todo o sentido”, realça.

Construção ecológica A João Bernardino, Lda - Construções Eco-lógicas, alia a especialização e experiên-cia que tem da construção civil convencio-nal, à formação que tem vindo a adquirir,

JOÃO BERNARDINO, LDA – CONSTRUÇÕES ECOLÓGICAS

10

fazendo com que apresente um padrão otimizado de construção e de respeito pe-lo meio ambiente, sem abdicar de todas as exigências arquitetónicas e de conforto atuais. O objetivo de João Bernardino é que a sua empresa seja autossustentável ao nível dos materiais, ao nível do proces-so construtivo, ao nível da construção, e que vá de encontro aos atuais padrões de respeito pelo ambiente e ecologia. Especi-ficidades que não deixam de assegurar a longevidade das construções.

Aumento de atividade É com este conjunto de conhecimentos, fer-ramentas e técnicas, que a João Bernardi-no, Lda - Construções Ecológicas, desenvol-ve a sua atividade, focada na motivação e empenho dos seus colaboradores, tendo em vista a máxima satisfação dos seus clientes, com o mínimo impacte ambiental. A construção em terra está a ganhar cada vez mais adeptos em Portugal, especial-mente no Alentejo e no Sul do país. Mas mesmo assim João Bernardino afirma que não se trata de uma construção para qual-quer pessoa. “O nosso cliente tem que ser amigo do ambiente, tem de ser um cliente muito específico e que partilhe das mes-mas ideias. Felizmente cada vez há mais

pessoas a partilharem o gosto por este tipo de construção. As vantagens são mais que evidentes: conforto térmico, longevidade e flexibilidade. Por isso mesmo temos tido al-gum trabalho e temos vindo a crescer na nossa área de ação. Estamos sediados no concelho de Santiago do Cacém, mas já es-tamos presentes em praticamente todos os concelhos do Algarve, do Alentejo e do Ribatejo, e aos poucos estamos a chegar a todo o país”, refere o empresário.

Projeto TerraCrua- Construções Ecológicas, LDATodos os materiais ecológicos e ambien-talmente sustentáveis utilizados pela João Bernardino, Lda - Construções Ecológicas são produzidos pela TerraCrua - Constru-ções Ecológicas, Lda, uma empresa tam-bém de João Bernardino, localizada em Al-jezur. Este projeto nasceu em 2014 e apa-receu quando a João Bernardino, Lda - Construções Ecológicas, sentiu a necessi-dade de materiais ecológicos. “Neste mo-mento a TerraCrua - Construções Ecológi-cas, Lda, produz e a João Bernardino, Lda - Construções Ecológicas, constrói. Este projeto surgiu como um complemento à empresa-mãe”, explica.Como funciona então todo este processo?

A João Bernardino, Lda - Construções Ecológicas, está a recuperar a antiga arte, perdida no tempo, de fazer construção em terra. Esta técnica tem um impacto ambiental reduzido pela

sua utilização de material natural e reutilizável. A empresa é autossustentável, tendo um processo interno de reciclagem de materiais que utiliza na construção. A TerraCrua - Construções

Ecológicas, Lda, é a empresa responsável pela produção dos materiais e é a grande aposta para o futuro.

Construção amiga do ambiente

João Bernardino

Page 11: SANTIAGO DO CACÉM

11

“Temos um ciclo interno de reciclagem, ou seja, tentamos aproveitar todos os mate-riais que vêm de obras nossas para fazer-mos o nosso próprio bloco. O material que vem das obras é todo triturado, e depois juntamos à terra, fazendo os devidos tes-tes. Caso tenha muita argila, temos de cor-tar com areia, se tiver pouca argila, temos de adicionar cal. A nossa meta é substituir todo o cimento. Cerca de 60% da poluição que existe no planeta é derivada de mate-riais provenientes de obras, e a João Ber-nardino, Lda - Construções Ecológicas, es-tá a tentar reciclar todo esse material, pa-ra termos um controlo total da nossa cons-trução”, explica João Bernardino.Como resultado final do processo de reci-clagem derivam vários materiais em terra, materiais esses que definem um perfil eco-lógico às construções da empresa. Para além disso, João Bernardino destaca ainda a carpintaria própria, onde os seus colabo-radores especializados trabalham no fabri-co de todos os componentes em madeira aplicados nas suas obras. “Na carpintaria aproveitamos paletes cuja madeira depois de limpa e tratada com água salgada será seca e encaminhada para fazer caixilha-rias. Temos um forno apenas para cozer a cal que será empregue na produção do nosso Tadelak de Marraquexe e blocos eco-lógicos. Vamos também aproveitar o calor do forno para aquecimento da estufa para secagem de madeiras e também para o aquecimento de águas que irão aquecer uma piscina de argila com a finalidade de proporcionar alívio de dores reumáticas, bem como limpeza de pele. Os fumos resul-tantes da queima no forno são filtrados e transformados em vapor de água.Igualmente importante, na tentativa de aproveitamento dos recursos ao nosso dis-por, é o aproveitamento das cinzas resul-tantes da queima do combustível do forno, pellets produzidos com os resíduos da nos-sa carpintaria e casca de amêndoa. Estas cinzas são incorporadas na mistura de ter-ras e arreias, que neste momento tem cer-ca de 6% em cimento, futuramente preten-de-se reduzir ou eliminar este cimento utili-zado na produção dos nossos blocos ecoló-gicos (BTC’s – Blocos de Terra Comprimi-da), blocos estes que não são cozidos, são somente comprimidos com 10 toneladas de pressão e curados com água.Paralelamente a este projeto existe a construção do Centro de Estudos que a TerraCrua - Construções Ecológicas, Lda, em parceria com a João Bernardino, Lda - Construções Ecológicas, está a construir em Aljezur. Trata-se de um investimento

de 700 mil euros numa obra que deverá fi-car concluída no final de 2017 e onde a ideia é criar um espaço onde arquitetos, universidades e outros parceiros possam estudar os métodos de construção ecoló-gica. “Vamos poder aprofundar mais o nosso conhecimento, discutir com outras pessoas, ganhar mais experiência e, tal-vez, clientes. Sem dúvida que será uma enorme mais-valia porque vamos adquirir conhecimento e transmiti-lo para todo o mundo”, desvenda o empresário.Para além do Centro de Estudos, ainda em fase de construção, as empresas do em-presário têm uma série de parcerias esta-belecidas com diversas Universidades do país, nomeadamente a Universidade do Algarve, a Universidade do Minho, o Insti-tuto Politécnico de Beja, a Universidade Nova de Lisboa, e ainda a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. “Es-tas parcerias envolvem o estudo dos mate-riais, nomeadamente a consistência e a resistência dos mesmos”. Além destas en-tidades, temos também acordo com as Câmaras Municipais de Santiago do Ca-cém, Odemira e Aljezur, estando disponí-

veis para alargar o leque de parceiros, com o objetivo de aprofundar e fazer che-gar mais longe as construções ecológicas.Com a finalidade de efetuar in situ o con-trolo de qualidade e apuramento das ca-racterísticas dos nossos materiais, proce-deu-se recentemente à construção de um pequeno laboratório próprio.

Projetos de futuroJá lá vão 17 anos a fazer construções eco-lógicas em Portugal, e chegou a altura de João Bernardino começar a analisar pro-postas e projetos no mercado externo. O reconhecimento da sua atividade pela im-prensa internacional é ponto assente, mas neste momento o empresário está a investir no mercado francês, argelino e marroquino. Estes mercados permitirão à João Bernardino, Lda - Construções Ecoló-gicas, desenvolver ainda mais a sua ativi-dade em todo o mundo e a sua especiali-zação em construções ecológicas, salien-tando que não há fronteiras que impeçam a empresa de exercer a sua actividade. Quero fazer com que a TerraCrua – Cons-truções Ecológicas, Lda, seja uma empre-

sa líder a nível mundial porque não existe nenhuma empresa que faça o mesmo que nós”, conclui João Bernardino.O empresário salienta ainda que não faz is-to por ele, mas sim pelas gerações futuras. “Se todos nós contribuirmos um pouco pa-ra a preservação ainda podemos ir a tem-po de reverter as alterações climáticas e ambientais. Nós pensamos no presente mas também no futuro do nosso planeta, apostando em materiais ecológicos, reci-clando e produzindo com métodos não po-luentes tendo por base a autossustentabi-lidade. Também as nossas instalações res-peitam este princípio, empregando mate-riais, técnicas e equipamentos ecológicos. Apostamos na autossustentabilidade na produção dos nossos produtos, com enfo-que na reciclagem de produtos, na conce-ção e gestão das nossas instalações, apos-tando em tecnologias de produção de energia e aproveitamento de águas, e nas nossas obras com a utilização dos nossos materiais. Pretendemos ainda passar os nossos conhecimentos e formar gerações futuras nesta temática. Este é o nosso compromisso para com o futuro e para com o planeta”, conclui.

“Santiago do Cacém situa-se numa vasta região onde a construção em terra foi muito utilizada, tanto no meio rural como nos aglomera-dos mais urbanos até meados do século XX. O trabalho desenvolvido pela empresa João Bernardino, Lda - Construções Ecológicas, veio permitir recuperar um património único e milenar, de forma responsável e profissional, pois além de envolver as entidades locais no seu projecto pioneiro, trabalha diariamente no desenvolvimento do estudo da técnica de construção, envolvendo inclusivamente várias universidades do país. Em tempos em que a defesa do ambiente deveria estar na ordem do dia, só podemos valorizar a revitalização de uma técnica de construção com ma-teriais ecológicos e ambientalmente sustentável, que ocupando um lugar de destaque na dinamização da nossa economia local é também um valioso legado às gerações futuras”.

Álvaro Beijinha, Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém

Page 12: SANTIAGO DO CACÉM

► Dá para imaginar como seria, há cerca de 40 anos, trabalhar o alumínio? Foi preci-samente nessa altura, em 1980, que sur-giu a Simar, uma empresa que tem acom-panhado a evolução do alumínio e a sua ex-pansão na área da construção civil. Tudo começou quando Simão Pimenta, por ne-cessidade de emprego, criou uma pequena oficina de fabricação de caixilharia de alu-mínio, um negócio rudimentar que come-çou muito pelo gosto que o empresário ti-nha por máquinas. Começou em Queluz, foi mudando algumas vezes de instalações até ao momento em que Simão elaborou um projeto para a construção de raiz de uma fábrica na Quinta do Conde, projeto esse que teve de ser alterado para a Zona Industrial Vila Amélia, em Palmela.

Começou sozinho e hoje a Simar é uma só-lida empresa que não se limita a transfor-mar perfis de alumínio em portas e janelas. Hoje em dia faz todo o tipo de trabalhos em PVC, alumínio e alumínio-madeira.

Muito mais que serralhariaO conhecimento adquirido ao longo dos anos permitiu à Simar ser uma referên-cia na produtividade, organização, assis-tência e qualidade de serviço. O extenso leque de oferta de produtos e serviços tem sido o garante de clientes fideliza-dos ao longo de quase quatro décadas de atividade. É verdade que ganhou no-me e ficou conhecida no mercado pela qualidade de produção de portas e jane-las em PVC, alumínio e alumínio-madei-

SIMAR

12

ra, no entanto a sua atividade hoje é muito mais extensa. Estores, automatis-mos, portões, redes mosquiteiras, jane-las de sótão e até decks em PVC. Com orçamentos gratuitos, apoio técnico, as-sistência pós-venda e remodelações, a Simar assume ser uma empresa de ser-ralharia capaz de efetuar qualquer servi-ço de norte a sul do país.“É de destacar as duas linhas que temos de janelas eficientes, ou seja, são janelas que não têm transmissões entre o inte-

rior e o exterior. Têm normalmente um teor de estanquidade muito elevado, fa-zendo com que nem aqueça nem arrefe-ça as casas. Isto obriga a um aproveita-mento de energia ao longo do ano que di-minui os custos da casa. É uma solução à qual as pessoas estão a aderir bastante bem, estamos a sentir um bom feedback” realça Simão Pimenta.Ao nível do PVC, que hoje representa cer-ca de 80% da produção total da Simar, a empresa tem equipamento próprio para

Antiga só de idade, porque a Simar é uma empresa que está em constante inovação e rejuvenescimento. Foi criada em 1980

por Simão Pimenta como uma pequena oficina de fabricação de caixilharia de alumínio. Hoje é uma das referências

nacionais do setor, graças ao constante investimento em tecnologia que a Simar sempre foi incorporando. A sua

experiência e o seu know-how valeram para estar sempre um passo à frente do mercado, conseguindo ultrapassar as

dificuldades do mesmo. O mercado externo é hoje visto como uma aposta segura para o sucesso da Simar.

A sabedoria comotrampolim para o sucesso

Simão Pimenta

Page 13: SANTIAGO DO CACÉM

13

a transformação por completo do produ-to. “Adquirimos a tecnologia há oito anos e tem sido crucial para as exigências do mercado de hoje em dia”, comenta.

Tendências de mercadoA construção civil foi, durante muitos anos, o grande foco da atividade da Simar. O in-vestimento constante em novas tecnolo-gias elevou a capacidade de resposta da empresa, assim como a qualidade de fa-bricação com que foi habituando os clien-tes. Mas, como em todas as áreas de ne-gócio, a crise que abalou o nosso país nos últimos anos veio alterar significati-vamente o foco de atenção de Simão Pi-

menta. Perante a quebra que se fez notar no volume de negócios, a Simar recon-verteu a sua atividade para a área da rea-bilitação, em prol da construção de raiz, como forma de dinamizar a sua ativida-de. “A renovação e a reabilitação foi de tal modo importante para a Simar que ti-ve que renovar as instalações para esta-rem adequadas a esse tipo de serviço e, ao mesmo tempo, modifiquei os sistemas a que estávamos habituados. Passámos da construção nova para a renovação e hoje temos um produto especial para a renovação em PVC. Trabalhamos cada vez mais na área da reabilitação, nomea-damente através da substituição da caixi-lharia em todo o tipo de edifício.

Investimento constanteÉ uma das imagens de marca da Simar, o investimento em novos equipamentos é uma constante e é o que vai fazendo a di-ferença num mercado tão concorrencial.

O investimento na produção sempre acompanhou a evolução do setor e é dis-so exemplo um investimento de 260 mil euros num banco automatizado para montagem de ferragem e numa perfilado-ra que faz revestimento em perfis de PVC e alumínio. O objetivo? Assegurar inde-pendência ao nível de material disponí-vel, minimizando os prazos de entrega e ampliado a gama de acabamentos dispo-níveis aos clientes. “A Simar acaba por não sentir muito o peso da crise porque como temos uma linha a fabricar avança-da. Ao mesmo tempo também fornece-mos para terceiros. Temos uma parte de revenda que vai mantendo de certa for-ma a fábrica a funcionar. Sinceramente não fiz um levantamento em termos de venda antes e pós crise, para nós não é relevante em termos de venda, porque conseguimos adaptarmo-nos e não te-mos tido grandes quebras no nosso servi-ço”, explica Simão Pimenta.

O que vai dificultando a ação da Simar no mercado é mesmo a concorrência de pe-quenas empresas que se batem com pre-ços mais baixos. “Empresas que não têm o nosso conhecimento nem o nosso know-how e apresentam preços com os quais não conseguimos competir, mas que nos obrigam a baixar as nossas mar-gens de comercialização. Felizmente te-mos fornecedores e representações que nos diferenciam desse tipo de empresas.

A alternativado mercado externoA chegada da crise ao mercado nacional e a concorrência feroz que se fez sentir fez a Simar procurar alternativas de mercado. Em 2012 começou a dar os primeiros pas-sos no mercado externo, fazendo obras pontuais em França, Suíça e Cabo Verde. Afinal, com a sua experiência de quase quatro décadas sentia-se segura para passar a fronteira e receber propostas de âmbito internacional. “Neste momento es-tamos a explorar mais concretamente o mercado suíço. Contratei um arquiteto es-pecífico para esse efeito, que tem ligações com outros arquitetos suíços e espero du-rante os próximos meses explorar bem es-te mercado. Suíça é um mercado seguro que me transmite confiança, ao contrário dos mercados africanos. O nosso objetivo é realizar novas parcerias no mercado ex-terno, pois sabemos que é uma das solu-ções obrigatórias para manter o sucesso da Simar”, frisa o empresário.

Visão de futuroTal como tem acontecido ao longo de quase quatro décadas de existência, o in-vestimento em maquinaria vai continuar a fazer parte do dia a dia da Simar. Hoje, a empresa dispõe de umas instalações de 2500 metros quadrados, espaço mais que suficiente para poder continuar a crescer em clientes e em obras. “Os nos-sos pavilhões são grandes e, se for ne-cessário, podemos ampliar ainda mais o espaço. Depende sempre das máquinas. Durante o ano de 2017 vou marcar pre-senças em várias feiras internacionais com o objetivo de me atualizar e ver o que existe de novo no mercado em rela-ção às novas tecnologias. Só assim pode-mos evoluir. Quero rapidamente fazer mais algumas aquisições a nível do equi-pamento porque rapidamente fica obso-leto e eu não gosto de estar ultrapassa-do. Quero manter o negócio que tenho”, conclui Simão Pimenta.

Produtos Simar• Janelas de Sótão• Escadas• Decks em PVC• Painéis solares• Piso radiante• PVC• Alumínio • Estores• Portões e automatismos• Redes mosquiteiras • Proteções de banheiras

Page 14: SANTIAGO DO CACÉM

► Entre uma empresa e um grupo em-presarial vai uma grande diferença, mas Bruno Tavares viu na dificuldade um de-safio e tem hoje, à sua responsabilida-de, um pequeno grupo de empresas. Tu-do aconteceu tão rápido que até parece fácil, mas o segredo, revela, está na filo-sofia e na paixão que tem pelas diferen-tes atividades onde se encontra envolvi-do. Áreas diferentes é certo, mas que re-velam exatamente o gosto, a história e o modo de estar na vida de Bruno Tavares. Mediação imobiliária, investimentos, reabilitações, restauração e pesca. De certa forma, os projetos foram apare-cendo na vida do empresário de forma natural, mas é a sua ambição e dedica-ção que os tornam fatores de sucesso. E desengane-se quem pensar que esta-mos a falar de alguém que já atingiu a maturidade da vida. Bruno Tavares tem apenas 36 anos tendo, por isso, ainda muitos sonhos por concretizar.

De empresa a grupoNatural de Sesimbra e um eterno apaixo-nado pela “Vila Zimbra”, não podia ser outra a localização para desenvolver a sua atividade empresarial. A aventura co-meçou em 2009 quando decidiu criar uma empresa na área da mediação imo-biliária, a Imovila. Foi precisamente na al-tura em que a crise começou a afetar a maioria das atividades económicas em Portugal. A posteriori, Bruno Tavares pen-sou em formas de conseguir ultrapassar as dificuldades do setor imobiliário. Deci-diu criar a Gruvila, uma empresa que se dedica à compra, venda, revenda e ao in-vestimento imobiliário. O Grupo Vila co-meçava a ganhar forma, ficando ainda mais consistente quando o sesimbrense adquiriu duas embarcações, dando início de atividade à Vilapesca. O grupo ficou completo em 2015 com a aquisição do restaurante Lobo do Mar, também em Se-simbra. Completo e fechado para já, por-

GRUPO VILA – IMOVILA E GRUVILA

14

que o empenho e a visão de futuro de Bruno Tavares podem, a qualquer mo-mento, trazer novas surpresas.

A mediação imobiliária A Imovila assume-se como o parceiro ideal para encontrar a melhor solução para um momento importante na vida de qualquer cliente. Seja a comprar, vender, trespassar ou arrendar, a Imovila garante a total satis-fação com a garantia do melhor resultado. E o sucesso da empresa é evidenciado pe-lo sucesso dos seus clientes. Trabalha em prol da mediação, fazendo intermediação com os clientes através de uma equipa que se define diferente. “Aqui prevalece a união. Não trabalhamos como as imobiliá-rias tradicionais onde cada um vai para seu lado, aqui existe trabalho de equipa. À medida que o tempo foi passando, fomos

crescendo com muita capacidade e espíri-to de sacrifício, sempre com muita vonta-de de trabalhar. Devido a dificuldades que fomos encontrando no mercado, começa-mos a adquirir imóveis com investidores, porque a nível empresarial os bancos nos abriam as portas. Até hoje não temos um único crédito com a banca. Trabalhamos esporadicamente com particulares e em-presas, mas apesar de as taxas serem mais altas temos conseguido umas parce-rias engraçadas e as pessoas têm estado do nosso lado”, explica Bruno Tavares.A mediação por si só não satisfazia o em-presário que decidiu criar uma alternati-va de mercado à Imovila. “Com a criação da Gruvila conseguimos ter uma alterna-tiva à quebra no setor imobiliário. Conse-guimos assim dar uma nova vida aos imóveis por nós adquiridos. Desta forma

A Imovila foi a empresa base para a criação do Grupo Vila. Para muitos pode ser desconhecido, mas decore o nome porque vai dar que falar. Imovila, Gruvila, Lobo do Mar e

Vilapesca são as empresas do grupo e todas elas partilham a mesma dinâmica, energia e disciplina. “Um cliente, um

amigo” é a filosofia do grupo, que tem na área da mediação e investimentos imobiliários o seu principal foco de atividade.

Um compromisso para a vidaBruno Tavares

Page 15: SANTIAGO DO CACÉM

15

temos a empresa que faz a reconstrução, onde as únicas especialidades que não conseguimos responder de forma autó-noma são eletricidade e LSF. Tudo o resto é feito por nós”, acrescenta.Hoje são quase 40 pessoas que Bruno Tavares tem envolvidas nestas duas áreas de negócio que se acabam por complementar. No total, tem entre 70 a 80 casas em recuperação anual, apenas na zona de Sesimbra. No final de 2016 Bruno Tavares realizou mais um sonho. “Abrimos um escritório em Lisboa, na Avenida da República, para nos dedicar-mos apenas à parte dos investimentos, fundos imobiliários e de rentabilidade ga-rantidas com base em imóveis”.

Como fugir da concorrência Está há sete anos envolvido no mercado da mediação imobiliária, tempo suficien-te para Bruno Tavares ter uma perceção da concorrência que existe no setor. “Desleal” é a palavra que utiliza para ca-racterizar a luta entre as diferentes em-presas que se encontram no mercado. “As pessoas acabam por desconfiar mui-to das imobiliárias por causa disso mes-mo. Hoje uma pessoa tem um negócio que não pretende passar a ninguém e amanhã há o risco de ser partilhado com outro. Por isso mesmo nós monta-mos um grupo de investimento apenas dedicado à parte dos investimentos dire-tos com particulares e empresas para

transmitirmos confiança e seriedade. A partir daí temos tido muito mais traba-lho do que inclusive na imobiliária. Fugi do mercado complicado da compra e venda de propriedades e entrei num ni-cho muito próprio, onde nós adquirimos propriedades, reabilitamos e colocamos novamente num mercado exclusivamen-te nosso. Não há ninguém que consiga vender os nossos imóveis, partilhamos sim porque eu sou adepto da partilha e porque acho que todos ganhamos com isso. Neste momento o Grupo Vila tem 24 investidores, todos eles com capitais entre dez e 100 milhões de euros. Te-mos também uma parceria com uma empresa em Lisboa que é a Link Provi-der que trabalha com fundos internacio-nais onde nós também encaixamos al-guns imóveis de oportunidade para ren-tabilidade, short renting e arrendamen-to. Temos conseguido fazer muitos negó-cios, principalmente na zona da grande Lisboa”, explica o gestor.O processo é simples. “Eu procuro as operações, monto-as, faço as contas, concluo os resultados finais, realizo o

processo na totalidade e faço a participa-ção à empresa parceira. Ela, por sua vez, é a responsável pelo capital que gerimos. Quando o processo finaliza há uma per-centagem para o Grupo Vila e outra para o investidor. É assim que nós trabalha-mos e estamos a falar de rentabilidades de 15 ou 20% ao ano para o lado do par-ticular. O Grupo Vila obviamente que aca-ba por ter mais margem porque somos os responsáveis pelo negócio”, adianta.

Um cliente, um amigo“Um cliente, um amigo” é a filosofia de Bruno Tavares e do Grupo Vila, que olham para o cliente não apenas como uma for-ma de ganhar dinheiro. “De facto o clien-te vai-nos criar liquidez, mas todos são tratados como um amigo, gostamos de criar uma linha confiança porque o clien-te é o futuro da empresa”, sublinha, acrescentando que “na prática, a minha vida é feita só de partilha. Eu sou o único proprietário das empresas, não tenho mais nenhum sócio, mas acabo por ter muitos sócios porque partilho os negó-cios com toda a gente e todas essas pes-

soas foram as responsáveis por eu hoje ser quem eu sou”.Para além disso, o Grupo Vila tem em ca-da negócio um compromisso para a vida, porque acredita que todos os clientes fo-ram os responsáveis pelo crescimento e afirmação do grupo no mercado.

Olhar o futurocom tranquilidade Projetos, ideias e sonhos não acabam no Grupo Vila, mas é agora tempo de assen-tar os pés e olhar o futuro com tranquili-dade. Lisboa é o alvo preferencial como aposta para um futuro próximo do grupo. “Quero fixar-me em Lisboa, criar nome e marca, tal como o consegui fazer em Se-simbra. Depois gostava de me dedicar um pouco mais ao investimento de clas-se média, ou seja, investimentos na clas-se com mais dificuldades financeiras, pessoas que tenham projetos em carteira e que a banca não ajude com disponibili-dade financeira. Nós cá estamos para de-fender esses projetos e procurar o capital em fundos ou em investidores. Em rela-ção à Gruvila pretendo manter o que te-nho em Sesimbra e adquirir novos imó-veis com história em Lisboa”, perspetiva.Em retrospetiva, Bruno Tavares orgulha--se do trajeto percorrido até ao momento. Em dois anos, realizaram 29 operações financeiras, todas aprovadas num espa-ço de uma semana, com escrituras reali-zadas em 30 dias.

“DE FACTO O CLIENTE VAI-NOS CRIAR LIQUIDEZ, MAS TODOS SÃO TRATADOS COMO UM AMIGO, GOSTAMOS DE CRIAR UMA LINHA CONFIANÇA PORQUE O CLIENTE É O FUTURO DA EMPRESA”

“COM A CRIAÇÃO DA GRUVILA CONSEGUIMOS TER UMA ALTERNATIVA À QUEBRA NO SETOR IMOBILIÁRIO. CONSEGUIMOS ASSIM DAR UMA NOVA VIDA AOS IMÓVEIS POR NÓS ADQUIRIDOS. DESTA FORMA TEMOS A EMPRESA QUE FAZ A RECONSTRUÇÃO, ONDE AS ÚNICAS ESPECIALIDADES QUE NÃO CONSEGUIMOS RESPONDER DE FORMA AUTÓNOMA SÃO ELETRICIDADE E LSF”

Page 16: SANTIAGO DO CACÉM

A Vilapesca é uma empresa que se dedica à pesca

profissional e que está inserida no Grupo Vila. Com

32 colaboradores, a Vilapesca tem duas

embarcações que diariamente trazem para

terra o melhor peixe de Sesimbra. São duas as embarcações de Bruno

Tavares e têm um grande valor sentimental para o

empresário, não tivesse sido a pesca o início da sua atividade profissional.

► É talvez o negócio que melhor repre-sente a paixão e as recordações que Bru-no Tavares tem das suas origens. Aqui não foi a rentabilidade financeira que o fez investir na empresa de pesca, mas foi apenas o facto de continuar um negócio que representa o seu início de atividade profissional. “A Vilapesca é apenas um acompanhamento”, refere, explicando o motivo pela qual criou a empresa. “Saí da escola tinha apenas 14 anos, porque na altura não queria continuar os estudos. O meu pai já era armador há muitos anos, e então comecei a traba-lhar na embarcação dele até ao momen-to em que enveredei pela mediação imo-biliária. Há um ano tive a oportunidade de compra uma embarcação que já ti-nha sido do meu pai. Inclusivamente es-tava gravado no barco o meu nome e do meu irmão. Adquiri uma segunda embar-

cação, e juntamente com o barco do meu pai temos hoje 32 funcionários de pesca. Trabalhamos com rede de covos. Os barcos vão ao mar todos os dias, e quando chegam à terra o peixe vai para venda, havendo uma parte que vai dire-tamente para o restaurante Lobo do

Mar, que tem peixe fresco todos os dias.O restaurante Lobo do Mar não é o úni-co meio de escoamento do peixe da Vi-lapesca, mas é onde diariamente se po-dem provar os melhores mariscos, os robalos, douradas, pargos ou lingua-dos. A qualidade do peixe pescado com-

Na onda de Sesimbra,o melhor peixe

GRUPO VILA – VILAPESCA

16

“A QUALIDADE DO PEIXE PESCADO COMPROVA-SE NO SUCESSO DO RESTAURANTE”

“É UM NEGÓCIO QUE PRETENDO CONSOLIDAR. NÃO ESTÁ, PARA JÁ, NOS MEUS HORIZONTES, AUMENTAR AO NÚMERO DE EMBARCAÇÕES. QUERO APENAS CONTINUAR A GARANTIR A FRESCA QUALIDADE DE SEMPRE”

prova-se no sucesso do restaurante. É um negócio que pretendo consolidar. Não está, para já, nos meus horizontes, aumentar ao número de embarcações. Quero apenas continuar a garantir a fresca qualidade de sempre”, conclui Bruno Tavares.

Page 17: SANTIAGO DO CACÉM

É junto à doca de Sesimbra que encontramos o

restaurante Lobo do Mar, mais um projeto do Grupo

Vila que, à semelhança dos outros, se apresenta com uma qualidade de serviço

inigualável.

► A especialidade é peixe fresco grelha-do no carvão e o cliente tem a mais-valia de o poder escolher, na montra, ainda an-tes de se sentar. Venha descobrir o fresco peixe de Sesimbra.O restaurante Lobo do Mar é a melhor su-gestão a ter em conta para quem gosta de peixe fresco grelhado no carvão. Localiza-do junto à saída da doca de Sesimbra, o espaço apresenta um ambiente acolhedor onde pode degustar o que de mais saboro-so o mar tem. O espaço já estava na famí-lia de Bruno Tavares há vários anos, mas só em 2016 o jovem adquiriu a totalidade das quotas, passando a ter mais um proje-to inserido no Grupo Vila. “Sempre fui apaixonado por esta casa e realizei este negócio não pela rentabilidade em si, mas para continuar na família”, explica.A especialidade é o peixe fresco e seus de-rivados, escolhido à entrada numa montra pelos clientes antes de se sentarem. “O Lobo do Mar é conhecido pelo topo da qualidade, em que nós capturamos a

nossa própria qualidade, através das em-barcações próprios que possuo. Além da qualidade destaco a história, o ambiente, a tranquilidade e o preço acessível como fatores convidativos. Temos pessoas que vêm cá semanalmente ou mensalmente de propósito, de Lisboa e de outros pon-tos, almoçar ao restaurante”, destaca.Com uma equipa coesa de 20 colabora-dores, o restaurante Lobo do Mar tem ca-pacidade para 200 lugares tendo, por norma, o espaço sempre bem composto.

Para Bruno Tavares o segredo passa “pe-la história, pela qualidade e pelo ambien-te familiar. É a forma como recebemos os clientes e como nos dedicamos a eles que faz a diferença”.Bruno Tavares aproveita o facto de ter uma empresa de construção para, todos os anos, realizar melhorias na infraestru-tura do restaurante. O próximo projeto a esse nível passa pela concretização de um piso superior para turismo. “O objeti-vo do alojamento é rentabilizar nas épo-cas sazonais. A vila este ano foi muito procurada em relação a anos anteriores. O distrito, de uma forma geral, tem um potencial turístico muito forte ao nível de qualquer país do mundo, mas faz falta in-vestimento turístico”, lamenta.

O melhor peixe frescode Sesimbra

GRUPO VILA – RESTAURANTE LOBO DO MAR

17

“O LOBO DO MAR É CONHECIDO PELO TOPO DA QUALIDADE, EM QUE NÓS CAPTURAMOS A NOSSA PRÓPRIA QUALIDADE, ATRAVÉS DAS EMBARCAÇÕES PRÓPRIOS QUE POSSUO. ALÉM DA QUALIDADE DESTACO A HISTÓRIA, O AMBIENTE, A TRANQUILIDADE E O PREÇO ACESSÍVEL COMO FATORES CONVIDATIVOS. TEMOS PESSOAS QUE VÊM CÁ SEMANALMENTE OU MENSALMENTE DE PROPÓSITO, DE LISBOA E DE OUTROS PONTOS, ALMOÇAR AO RESTAURANTE”

Page 18: SANTIAGO DO CACÉM

► Desde 2012 que o distrito de Setúbal passou a contar com mais uma empresa que veio dinamizar o tecido económico--social do mesmo e, para além disso, fo-mentar o espírito empreendedor da cida-de sadina. O projeto a que nos referimos é a Trade Medic, uma empresa de capital exclusivamente nacional, sediada em pleno coração de Setúbal e com uma uni-dade de produção e de logística localiza-da em Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém. A empresa, da qual um dos administradores é João Mendon-ça, dedica-se ao desenvolvimento, produ-ção, importação, exportação, armazena-mento e distribuição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos. “A Trade Medic é uma empresa de cariz familiar e como já trabalháva-mos na área do medicamento, a dada al-tura decidimos que, em termos familia-res, fazia sentido apostarmos na cadeia do medicamento. A nossa aposta recaiu

na distribuição por grosso. Como acha-mos algumas particularidades e como tí-nhamos know-how nesta área resolve-mos investir neste setor. E tem corrido dentro das nossas expectativas. Estamos sediados em Setúbal com os nossos es-critórios, mas resolvemos criar inicial-mente um armazém com 300 metros quadrados na zona industrial de Ermidas--Sado. Posteriormente fizemos outras aquisições para aumentar a nossa capa-cidade logística. Temos vindo sempre a crescer e, neste momento, estamos a aguardar o licenciamento para um arma-zém de 1400 metros quadrados, na mes-ma zona industrial”, adianta o empresá-rio e administrador João Mendonça

Uma empresa com objetivos“Nós somos uma empresa distribuidora por grosso de marcas de terceiros e mar-cas próprias. Atuamos no mercado nacio-nal e internacional diretamente ou atra-

TRADE MEDIC

18

vés de terceiros. Acabamos por ser uma empresa exportadora, sempre no âmbito dos produtos de saúde (medicamentos, dispositivos médicos, cosméticos e su-plementos alimentares). Nas representa-das que temos falamos de marcas inter-nacionais, temos também dispositivos médicos, quer nacionais como interna-cionais, suplementos alimentares e cos-mética”, sublinha o administrador, escla-recendo que as marcas, sejam criadas ou desenvolvidas, destinam-se unicamente para comercialização em farmácias ou espaços de saúde.

Atuando na área da saúde, sempre sujeita a um grande controlo, a Trade Medic tra-balha para oferecer medicamentos e pro-dutos de saúde seguindo as mais estritas normas europeias de qualidade, eficácia e segurança. Este é um requisito obrigatório para a empresa, que também se esforça no sentido de criar sinergias com marcas, fornecedores e parceiros de negócio que garantam ultrapassar dificuldades e aju-dem a levar os produtos onde são neces-sários. Para chegar sempre mais além, a Trade Medic explora continuamente novas parcerias e procura soluções que deem

Sediada em Setúbal e com unidade produtiva e logística em Ermidas-Sado, a Trade Medic é uma empresa de referência no

desenvolvimento, produção, importação, exportação, armazenamento e distribuição de medicamentos, produtos farmacêuticos, dispositivos médicos e de saúde. Atingir as

necessidades do mercado é o principal segredo da empresa que vê na internacionalização das suas marcas os objetivos futuros.

Dinamismo e know-how,a junção para o sucesso

João Mendonça

Page 19: SANTIAGO DO CACÉM

19

respostas concretas e que satisfaçam as necessidades do mercado. Afinal de con-tas, João Mendonça quer que a empresa marque pela diferença através de um ser-viço inovador e profissional que possa su-perar as expectativas dos clientes.

Ermidas-Sado, uma aposta seguraFoi no concelho de Santiago do Cacém, na freguesia de Ermidas-Sado, que a Tra-de Medic encontrou a localização ideal para a implementação do seu polo logís-tico e produtivo. É uma freguesia com cerca de dois mil habitantes, mas que é escolha para a localização de algumas boas empresas do tecido empresarial português. João Mendonça explicou ao Empresas+® os motivos pelos quais Er-midas-Sado se revela uma boa opção. “A Trade Medic enquanto distribuidor por grosso de medicamentos encontra-se em Ermidas-Sado por razões de ordem eco-nómica e logística. É uma situação sim-pática devido à proximidade com o Porto de Sines e é interessante também por-que estamos a meio do percurso entre Lisboa e o Algarve, mercado onde a Trade Medic se coloca. Aqui, 70% do nosso ne-gócio está concentrado entre a capital e

o Algarve e neste momento encontramo--nos no meio do trajeto”, esclarece.Para além disto, a Trade Medic foi expan-dindo e crescendo em estrutura, encon-trando sempre, no Município de Santiago do Cacém, um parceiro que sempre cola-borou muito connosco.De salientar ainda o valor económico en-contrado na zona industrial de Ermidas--Sado. João Mendonça salienta que a po-lítica da Câmara de Santiago de Cacém, orientada para a captação de empresas novas para a zona industrial de Ermidas--Sado, permite às empresas manter pre-ços de produção claramente mais con-correnciais que em outros locais. Outra questão importante que também refere, é a oportunidade de criação de emprego em concelhos mais carenciados mas on-de é possível encontrar mão de obra qua-lificada, o que contribui para a qualidade vida da comunidade.

Investimento constanteO investimento da Trade Medic tem sido constante, explicado pelo sucesso que a empresa sempre alcançou. Atualmente, a empresa regista um volume de negó-cios que ronda os 20 milhões de euros anuais e emprega cerca de 40 colabora-

dores. Estes dividem-se pela parte logísti-ca e produtiva, em Ermidas-Sado, e pela área comercial, mais alocada a Lisboa, Porto, Ilhas, Angola e zona africana do CFA (Africa Francófona). “Obviamente que a empresa já faturou mais quando Angola tinha mais facilida-des de pagamento do que tem agora. O mercado angolano está com muitas difi-culdades de liquidez e isso tem impacto sobre a empresa. Em termos de rentabili-dade mantemos o mesmo nível, porque com a criação de marcas próprias as ren-tabilidades acabam por ser superiores”, sublinha João Mendonça. Mantendo as rentabilidades, a Trade Medic encontra mercado e segurança para apostar em no-vos investimentos. Foi criada recentemen-te, em Ermidas-Sado, a unidade fabril da empresa que se dedica a fazer suplemen-tos e cosméticos para comercialização própria, assim como para terceiros.

As marcasSeja com marcas próprias ou de tercei-ros, a Trade Medic preocupa-se em ter e desenvolver produtos/marcas que vão de

encontro às necessidades do mercado, seja em termos de tratamento como de prevenção. “Temos no nosso portefólio desde medicamentos até cosméticos de alta gama e é esse o nosso core busi-ness”. Delarom, Dermaforte, Hy fac, Fisio Free, Lifeway, PhytoSaúde, Salusif, Kem-phor, VItaglumil, Otocalma, Vital SPA, Vougan são as marcas que a Trade Medic tem disponíveis. “Também comercializa-mos produtos de terceiros que não so-mos representantes”, acrescenta.E são estas as marcas que permitem à Trade Medic atuar num mercado muito específico. “Essencialmente há três tipos de armazenistas. Primeiro os que fazem abastecimento das farmácias diárias, o que não é de todo o nosso caso. Depois há armazenistas, como nós, representan-tes e vendedores, de marcas nossas e de terceiros, a esses armazenistas e a far-mácias. Nesse tipo de armazenista, te-mos uma estrutura bastante significativa em termos de dimensão. Depois há pe-quenos armazenistas. O nosso core busi-ness é vender produtos de terceiros. Os nossos grandes clientes são as multina-

“A TRADE MEDIC ENQUANTO DISTRIBUIDOR POR GROSSO DE MEDICAMENTOS ENCONTRA-SE EM ERMIDAS-SADO POR RAZÕES DE ORDEM ECONÓMICA E LOGÍSTICA. É UMA SITUAÇÃO SIMPÁTICA DEVIDO À PROXIMIDADE COM O PORTO DE SINES E É INTERESSANTE TAMBÉM PORQUE ESTAMOS A MEIO DO PERCURSO ENTRE LISBOA E O ALGARVE, MERCADO ONDE A TRADE MEDIC SE COLOCA”

Page 20: SANTIAGO DO CACÉM

cionais e as farmácias, é para eles que trabalhamos todos os dias. O nosso ne-gócio é de promoção, visita médica, cria-ção de produto e mercado.

As consequênciasda crise farmacêuticaÉ um problema que, de facto, preocupa João Mendonça. A crise do setor farma-cêutico é uma realidade e com isto po-dem advir vários problemas para as em-presas cuja atividade se centra na cadeia de valor agregada às farmácias. “As far-mácias, neste momento, mais de metade delas não são rentáveis, estão na falên-cia. Houve medidas legislativas que leva-ram a que a rentabilidade das farmácias diminuísse drasticamente. O volume de negócios diminuiu, e agravou-se com a introdução dos genéricos e ainda com a diminuição do preço dos genéricos. En-tretanto também foi decidido politica-mente que a margem que existia, que é fi-xada pelo Estado, passou de 31 para 20%. Neste momento as farmácias per-deram de lucro bruto em cerca de um ter-ço. Obviamente que não estavam prepa-radas para isso, até porque os custos de funcionamento da farmácia são muito di-ferentes das outras superfícies. Isto aca-ba por ser uma mistura explosiva. As far-mácias economicamente estão mal, vão ficar pior se nada for feito e o futuro, co-mo nós o entendemos, na nossa opinião, é nebuloso. São setores que nós conhe-cemos bem, mas que achamos que tem

problemas de base. É claro que muitos dos produtos de marca própria [da Trade Medic] não estão englobados nos preços controlados, como tal são de preço livre e com margens anteriores às alterações le-gislativas, mas todos aqueles produtos sujeitos às novas margens podem ser um problema para as farmácias num futuro próximo. A farmácia é o pagador a toda a cadeia, logo o que está acima [armaze-nista] vai sofrer com isso. O nosso cliente é um cliente que neste momento tem um problema financeiro e isso afeta-nos. É claramente um dos nossos problemas porque envolve crédito mal parado, inca-pacidade de constituir stocks, incapaci-dade de comprar para vender e eventual-mente até perdas de pontos de vendas”, comenta João Mendonça.

TRADE MEDIC

20

Exportação como alternativaAnalisando o mercado nacional no seu to-do, a Trade Medic encontra no mercado ex-terno um bom destino para colocar os seus produtos. Atualmente, cerca de 50% do vo-lume de negócios da empresa advém de negócios realizados externamente, seja de forma direta, ou através de parceiros. “Atual-mente estamos presentes em Angola, Gui-né-Bissau, Guiné Equatorial, Mauritânea, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Senegal. Recentemente entramos no mercado mar-roquino que, apesar de ter muitas restri-ções, revelou-se um mercado interessante. Também fazemos alguns negócios com paí-ses europeus, nomeadamente através dos produtos de marca própria. No início de 2017 iniciamos uma produção de produtos para Itália, na área da ginecologia”.

Um futuro promissor Dinâmica e permanentemente atenta às tendências, necessidades e mudanças do mercado, a Trade Medic tem-se afir-mado como uma referência no panora-ma nacional e internacional. Com a cons-tante atualização dos seus métodos or-ganizacionais, tendo em conta a mais re-cente regulamentação em vigor e os me-lhores meios tecnológicos, a Trade Medic otimiza os seus procedimentos com vista a aumentar a satisfação dos seus clien-tes e a qualidade e eficácia dos seus pro-cessos. “Nós vamos de encontro ao que as pessoas precisam, e isso é muito im-portante. A nossa grande mais-valia é que temos um custo controlado dos pro-dutos que as pessoas precisam. Para além disso, temos uma grande agilidade que nos permite ir alcançando sempre os nossos objetivos, que cada vez passa mais pela internacionalização das nossas marcas”, conclui.

“TEMOS NO NOSSO PORTEFÓLIO DESDE MEDICAMENTOS ATÉ COSMÉTICOS DE ALTA GAMA E É ESSE O NOSSO CORE BUSINESS”

FICHA TÉCNICA Propriedade, Edição, Administração e Autor: Páginautêntica – Publicações, Lda Administração, Redação e Departamento Gráfico: Rua Barros Lima, 754, 2º andar - 4300-061 Porto, Tel. 225 360 898 [email protected], www.empresasmais.pt Editor: André Manuel Mendes Produção de Conteúdos: Carina Pereira, Isabel Oliveira, Joana Araújo, Tiago Lacerda Paginação e Design: Isaac Correia

Gestão de Comunicação: Alberto Santos, Gonçalo Silva, Rui Barbosa Diretor Comercial: Isménio Ventura Secretária de Direção: Andreia Dias Periodicidade: Mensal Depósito Legal: 370221/14 Os artigos nesta publicação são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor. Reservados todos os direitos, proibida a reprodução, total ou parcial,

sem prévia autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da revista, exceto nos anúncios com localização obrigatória paga. O editor não se responsabiliza pelas inserções com erros, lapsos ou omissões que sejam imputáveis aos anunciantes. Quaisquer erros ou omissões nos conteúdos não são da responsabilidade do editor.

Page 21: SANTIAGO DO CACÉM

► A alma deste negócio está…na MarteleiraEstávamos em plena década de 50 quan-do os irmãos gémeos José António e An-tónio José dos Santos chegaram da Mar-teleira, na Lourinhã, a Lisboa, para in-gressar na antiga Escola Industrial Afon-so Domingues, em Marvila. Hospedados em casa de um familiar, Manuel dos San-tos, que detinha o negócio de comerciali-zação de aves da família, em funciona-mento desde 1875, os irmãos logo se apressaram a ajudar o tio-avô na venda

de aves no balcão do então Mercado da Praça da Figueira. Os frangos e os perus entraram no dia a dia dos irmãos gémeos que não demoraram muito tempo a ter as primeiras grandes ideias e a identificar as melhores oportunidades para o cresci-mento do negócio que iria ocupar o resto das suas vidas. Uma destas grandes oportunidades surge em 1966, quando a família Santos partici-pa num concurso para abastecer o exérci-to português de aves e sai vencedora, o que leva à abertura, nesse mesmo ano, da

GRUPO VALOURO

21

Granja do Oeste, o primeiro centro de aba-te de aves da futura empresa (e segundo matadouro de aves privado instalado na Península Ibérica). Pouco tempo depois, e demonstrando já uma constante preocu-pação com a inovação e a busca por tec-nologias de ponta, o segundo matadouro que a família abriria seria já construído com aço inoxidável, um material que ain-da era pouco utilizado em Portugal, mas que veio revolucionar a higiene, a seguran-ça e a qualidade alimentares.Chegado o ano de 1974, o negócio come-çava a derivar para outras áreas e os ir-mãos gémeos, juntamente com os seus dois irmãos mais velhos e o primo, deci-dem constituir uma sociedade no dia 25 de abril. Dirigem-se ao cartório da Louri-nhã pelas 9h, hora em que já se ouvia fa-lar da revolução que estava a acontecer

em Lisboa… e é neste memorável dia que nasce a Persuínos, empresa que deu de-pois origem à Avibom, posteriormente à Rações Valouro e por fim ao Grupo Valou-ro. A partir desta data, dá-se um verda-deiro momento de viragem da empresa, através da modernização de técnicas, de meios e de ramos do negócio. Em 1978, com o objetivo de garantir a qualidade da alimentação das aves, nasce a primeira fábrica de rações do grupo na terra natal dos irmãos gémeos, na Marte-leira, Lourinhã, localidade onde se con-centra aliás a sede da maioria das empre-sas do grupo, e que deu origem ao nome Valouro, um “vale de ouro” com uma ri-queza natural extrema que reunia as con-dições perfeitas para a produção das ra-ções. Posteriormente, o grupo abre uma segunda fábrica de rações no Ramalhal,

Portugal pode orgulhar-se de ter no seu território o maior grupo económico familiar do setor agroalimentar e um dos

maiores da Europa – o Grupo Valouro. A história do grupo remonta a 1875 com uma empresa de comercialização de aves

lançada por Manuel dos Santos. A gestão do grupo Valouro é agora assumida por José António e António José dos Santos,

os sobrinhos-netos de Manuel dos Santos que, com menos de 20 anos de idade, revolucionaram o negócio do tio-avô com

ideias inovadoras e um olhar atento a cada oportunidade.

As aves portuguesasque valem ouro

“O INVESTIMENTO ESTÁ SEMPRE NO HORIZONTE, POIS É ALGO QUE O GRUPO VALOURO FAZ HÁ MUITOS ANOS E IRÁ CONTINUAR A FAZER, RECORRENDO A CAPITAIS PRÓPRIOS”

António José dos Santos

Page 22: SANTIAGO DO CACÉM

22

em Torres Vedras, servido por caminho de ferro, o que lhe veio proporcionar uma competitividade no caminho das rações. As rações Valouro têm soluções nutricio-nais para a alimentação animal no fabrico e comercialização de pré-misturas e ali-mentos compostos para frangos, frango do campo, perus, patos, codornizes, gali-

nhas reprodutoras, galinhas poedeiras, bovinos de leite e de engorda, ovinos, suí-nos, roedores e outras espécies.

Dois voos bem altos para frangos, patos e perusApós finalizar estes importantes passos, chega o momento, em 1986, de verticali-

zar a atividade do grupo, avançando para a produção de ovos para incubação e pintos do dia através da criação da Sociedade Agrícola Quinta Freiria, no contexto da qual nasce a marca Pinto Valouro, que produz hoje três milhões de pintos do dia e cerca de 70 mil patos e 70 mil perus por semana. Nesta quinta, situada no Bombarral, pa-ra além da produção animal que inclui a multiplicação avícola (frangos, patos e perus) e a produção de carne de aves, o grupo desenvolve também a produção agrícola e florestal. Já o processo de in-cubação, engorda e abate de codornizes é assegurado por outra empresa do gru-po, a Interaves, situada em Alenquer, que produz cerca de 250 mil codornizes por semana, entre outras aves e carnes

de aves, sendo este um dos principais focos das exportações do grupo. Do cen-tro de incubação, os pintos do dia se-guem o caminho direto do mercado ou dos pavilhões de engorda, onde perma-necem durante cinco a sete semanas até atingirem o peso recomendado para o mercado. A Sociedade Agrícola Quinta Freiria recebeu os selos da certificação na fileira de patos e de frangos, compro-vando assim o cumprimento dos requisi-tos de biossegurança, ambientais e de bem-estar animal.Passados 14 anos surge a oportunidade de implementar um sistema integrado agropecuário na Herdade da Daroeira, em Santiago do Cacém, que é hoje uma das maiores unidades de produção avícola,

Herdade da Daroeira - Sitema Integrado

Fábrica Rações Valouro - Ramalhal

Zona descarga MP Granel - Herdade da Daroeira Fábrica Rações - Herdade da Daroeira

Expedição de alimento de frangos

Valouro Transportes

Rações Valouro - Complexo Industrial do Ramalhal

GRUPO VALOURO

“EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 O NÚMERO DE TRABALHADORES DIRETOS DO GRUPO VALOURO ERA DE 2026, E O VALOR DE FATURAÇÃO, EM 2015 ASCENDEU A 274 MILHÕES DE EUROS, SENDO QUE AS EXPORTAÇÕES REPRESENTAM 13% DESSE VALOR”

Page 23: SANTIAGO DO CACÉM

agrícola e industrial da União Europeia, onde são desenvolvidas atividades agríco-las e criados mais de 15 milhões de fran-gos por ano, para além de outros negócios visionários da empresa, como o Freitifrei-ria: a produção de fertilizantes orgânicos naturais esterilizados a partir da unidade de compostagem situada nesta herdade. Neste complexo agroindustrial existe tam-bém uma unidade de fabrico de rações que se destina à alimentação destes animais que, por sua vez, absorve a produção anual de milho - cerca 15 mil toneladas - que o Grupo Valouro diretamente produz nesta herdade. Mas são precisas mais 15 mil to-neladas de milho para responder às neces-sidades alimentares deste parque avícola. Na mesma década de 90 o grupo adquire

ainda uma marca que vem potenciar uma área específica do negócio, a Kilom, para além de ser um excelente exemplo do es-forço de modernização e de crescimento que o grupo promove em todas as empre-sas. A Kilom oferece aos consumidores soluções diversificadas e abrangentes de produtos que vão desde os tradicionais cortes de frango e charcutaria de aves, passando pelos úteis e sempre disponí-veis pré-cozinhados, até aos cómodos e deliciosos produtos pronto-a-comer.

Crescer a inovarcomo principal estratégia O crescimento contínuo é em si uma das principais estratégias da família Santos, que assenta nos resultados positivos que

23

o grupo Valouro tem registado ano após ano: “Em 31 de dezembro de 2015 o nú-mero de trabalhadores diretos do Grupo Valouro era de 2026, e o valor de fatura-ção, em 2015 ascendeu a 274 milhões de euros, sendo que as exportações re-presentam 13% desse valor”, afirmou re-centemente em entrevista António José dos Santos, vice-presidente do conselho de administração do Grupo Valouro. E se há lucro, o mesmo servirá para gerar ainda mais lucro através da procura de novos desafios, como foi o caso do inves-timento em unidades de produção de energia eólica, um vetor estratégico para a gestão de todo o grupo. “O investimento está sempre no horizonte, pois é algo que o Grupo Valouro faz há muitos anos e irá

continuar a fazer, recorrendo a capitais próprios”. Outro exemplo de investimento associado à inovação e à tecnologia é a recente aquisição de uma sala de emba-lamento robotizada de ovo de incubação com uma capacidade de 70 mil ovos por hora, que se destina exclusivamente à ex-portação, outra sala de incubação, locali-zada em Espanha, para produzir 600 mil pintos por semana, mais o respetivo alo-jamento para as galinhas reprodutoras, um investimento que totalizou cerca de 20 milhões de euros. Os gémeos José António e António José dos Santos foram, desde os anos 50, o ver-dadeiro motor do sucesso do grupo, que hoje conta com mais de 30 empresas e unidades de produção em áreas tão diver-sas como a produção de aves e carnes de aves, a produção agrícola, o fabrico de ra-ções, a compostagem, os óleos alimenta-res, os entrepostos comerciais, o transpor-te e as energias renováveis, entre outras, presentes tanto em Portugal como no mun-do, nomeadamente com os seus produtos avícolas a chegarem a vários pontos da Eu-ropa, do Médio Oriente e de África.

Herdade da Daroeira

Cabaz de produtos

Page 24: SANTIAGO DO CACÉM

► Tudo o que tiver imaginado, a Madeiru-be constrói. Não é o slogan, é mesmo a atividade e postura da empresa que rea-liza todo o tipo de construções em madei-ra. Uma especialização que lhe tem vali-do ser uma referência na construção, re-novação e reabilitação em Portugal. E empresa nasceu em 2006, em Grândo-la, mas a vontade de Rúben Marques em ter o seu próprio projeto já é mais antiga. “Trabalhava numa empresa que também realizava construção em madeira, onde adquiri todo o know-how, mas sentia a vontade de empreender e trabalhar para mim”, recorda. E assim foi. Rúben Mar-ques saiu da empresa e lançou-se ao mer-cado. Fez cinco mil cartões, fez a distribui-ção dos mesmos pela zona até ao Algarve, criou um perfil na Internet, deu-se a co-nhecer ao mercado e começaram a surgir os primeiros contactos. “A primeira obra que fiz foi em Palmela. Desde essa altura até agora foi sempre a crescer, a empresa tem evoluído significativamente”, descre-ve Rúben Marques que, passados onze

anos desde o início de atividade já tem quase 20 colaboradores a seu encargo.

Construção em madeiraTelheiros, pérgulas, coberturas, carports, casas, esplanadas, marquises, deck´s, soalhos e tetos. A Madeirube é especia-lista em estruturas de madeira e posicio-na-se no mercado com o objetivo claro de qualidade. É precisamente o know-how de Rúben José e da sua equipa que faz a diferença e que faz da Madeirube uma empresa diferente. “Cumprimos com ob-jetividade todos os serviços que nos são entregues e isso tem-nos feito crescer em sonhos, em conhecimento, em obras e em equipa”, realça.Como nos detalhes reside a perfeição, na Madeirube tudo é analisado ao ínfimo por-menor. Do momento de tirar as medidas, ao corte da madeira, aos acabamentos fi-nais, em todas as etapas os conhecimen-tos dos colaboradores vêm ao de cima. Os anos de experiência da Madeirube permi-te-lhe transformar sonhos em realidade.

MADEIRUBE

24

Qualidade da matéria-primaA matéria-prima faz a diferença na hora de se ser o melhor, e por isso a Madeirube apenas trabalha com madeiras da melhor qualidade, com garantia e chancela desig-nativa, importadas da Alemanha. “É a úni-ca madeira que tem a chancela designati-va e que cumpre as normas europeias pa-ra construção, seja ela qual for. As madei-ras nacionais são boas para exportação por causa das diferenças climáticas. Aqui dá-se bem a madeira nórdica porque co-mo é criada num clima frio, os fungos não a afetam”, explica o empresário.Para além da matéria-prima, Rúben Mar-ques destaca o equipamento de ponta

como fator diferencial. “Comecei com uma aparafusadora e com uma serra tico-tico, mas o crescimento de projetos foi acompanhado de um investimento em equipamentos”, realça.

Concorrência?A resposta é não. Rúben Marques não hesita na hora de afirmar que não encon-tra concorrência no seu setor. Existe sim procura a mais para a oferta deste tipo de serviços. “Pode haver alguém a querer fazer o mesmo que eu, que mesmo assim não consegue fazer concorrência. A pro-cura é tanta que não há forma de fazer concorrência neste tipo de trabalho, que

Foi em Grândola que descobrimos a Madeirube, uma empresa que foi distinguida como a melhor empresa de construção em madeira em Portugal. Surgiu em 2006, e hoje está já a expandir a sua área

de negócio para a construção em LSF. Imaginou? A Madeirube constrói. Aqui, “o seu projeto, é o nosso projeto”.

A melhor empresade construção em madeira

“CUMPRIMOS COM OBJETIVIDADE TODOS OS SERVIÇOS QUE NOS SÃO ENTREGUES E ISSO TEM-NOS FEITO CRESCER EM SONHOS, EM CONHECIMENTO, EM OBRAS E EM EQUIPA”

Page 25: SANTIAGO DO CACÉM

25

começa agora a entrar numa fase de ex-pansão. É trabalho que implica desloca-ções e nem todas as empresas estão re-cetivas a isso. Por exemplo na minha zo-na há vários carpinteiros e eu sou o único que sai daqui para trabalhar noutros lo-cais. Obviamente que implica estar longe de casa, ter outras despesas, mas tam-bém implica termos um leque de clientes muito maior. Felizmente tenho recebido um feedback positivo, inclusive fomos distinguidos como a melhor empresa na-cional neste setor”, nota.Hoje a Madeirube assenta a maioria da sua atividade no mercado de Lisboa, zo-na onde o nicho da reabilitação e renova-ção têm tomado proporções interessan-tes. Se no início de atividade Rúben Mar-ques concentrou atenções no Algarve, hoje sem dúvida que é na capital que se reúnem condições para a empresa poder crescer, tanto em termos de volume de trabalho, como na realização de parce-rias. “Trabalhamos com a Buildway, com a Fundação Champalimaud e com o chef Kiko Martins. As parcerias hoje são muito importantes para qualquer negócio”.

Projetos de referênciaJá muitos foram os projetos de destaque onde a Madeirube marcou presença. Desde o Parque de Campismo da Galé, às Piscinas Municipais de Baião e ao Pa-vilhão da Tectónica da FIL, a Madeirube tem deixado uma marca de qualidade.

Mas houve um projeto que jamais sairá da memória de Rúben Marques. “Deixei Grândola para fazer um telheiro de metro e meio quadrado em Peniche. No final da obra, o cliente veio com um neto pela mão que tinha Trissomia 21. Não tive co-ragem de lhe cobrar. Dois meses depois

fui contratado para fazer um telhado com um tamanho significativo. Foi um projeto recomendado por esse mesmo cliente, que também lá esteve. Foi uma história que, sem dúvida, me marcou”.

LSF, o projeto de futuroCom a vertente da construção em madei-ra bem consolidada, Rúben Marques es-tá a implementar um novo projeto. “Criei uma nova empresa, com escritório em Lisboa, para nos dedicarmos à constru-ção em LSF, ou seja, vamos continuar li-gados a estruturas, mas agora em aço le-ve. É um nicho de mercado que quere-mos explorar, pois já tenho um leque de clientes angariado. Neste momento te-nho uma equipa para cada vertente: ma-deira e LSF”, desvenda.Para alem disso, faz parte dos planos fu-turos da Madeirube ser reconhecida a ní-vel internacional. “É o meu grande objeti-vo. Quero que a empresa continue com sucesso e, preferencialmente, que come-ce a funcionar de forma autónoma, sem ser necessária a minha presença em to-dos os processos”, conclui.

Page 26: SANTIAGO DO CACÉM

► Ao longo destes quase 13 anos, a ATEC assumiu um papel próprio e autóno-mo, conjugando o know-how das casas--mãe das empresas promotoras, com o empenho em desenvolver novos produ-tos de formação em linha com os últimos desenvolvimentos técnicos e tecnológi-cos. A ATEC alargou também a sua área de atuação e clientes. Além da formação inicial e qualificante de jovens ao abrigo de um acordo de cooperação com o Insti-tuto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), a ATEC vem-se afirmando como um parceiro privilegiado para a qualifica-ção e para a capacitação da de ativos ao serviço das empresas das mais diversas áreas de atuação.

Uma oportunidadede formação A ATEC tem atualmente instalações físi-cas em Palmela e no Porto com oficinas, laboratórios e salas teóricas totalmente equipados. Possui também diversos equi-pamentos de formação móveis que per-

mitem ir de encontro ao cliente e desen-volver a formação nas instalações deste. Como já referido, o plano de atividades da ATEC assenta em duas áreas de forma-ção. A primeira é a formação profissional de jovens e de desempregados com mais de 23 anos: “Temos cursos de aprendiza-gem para jovens com o 9º ano de escolari-dade, cursos de especialização tecnológi-ca para pessoas com o 12º ano completo, cursos de educação e formação para adul-tos e ainda programas de qualificação pa-ra licenciados à procura do primeiro em-prego. Para estes grupos alvo, a nossa oferta incide essencialmente a área auto-móvel, metalomecânica, automação, ele-tricidade e nas tecnologias de informa-ção”, divulga João Carlos Costa.Na formação profissional de jovens, a Academia conta com mais de 1200 for-mandos que preenchem as salas, os la-boratórios e as oficinas da ATEC em Pal-mela, no Porto e em seis ações externas. Em resposta a necessidades formativas identificadas pelas empresas noutras re-

ATEC – ACADEMIA DE FORMAÇÃO

26

giões do país a ATEC, através de acordos de cooperação com o IEFP ou com as au-tarquias locais, desenvolve neste mo-mento ações de formação externas em Aveiro, Braga, São João da Madeira, Vi-seu, Carregado e Cascais. “Em termos globais, a ATEC está com uma emprega-bilidade acima dos 80%, o que traduz o ajustamento que temos entre a procura que há e a oferta com que contribuímos”, realça o administrador. A segunda área de atuação é a formação para o mercado, ou seja, para ativos do tecido industrial e empresarial, que tanto pode consistir em oferta formativa pro-movida pela ATEC, como de formação es-pecífica, à medida, requerida pelas em-presas clientes.

Influência alemãNa ATEC aposta-se numa componente prática muito forte, não tivesse a Acade-mia de Formação influências alemãs. Pa-ra além da componente teórica, a verten-te laboratorial e oficinal assume um pa-pel de destaque na formação dos for-mandos que serão os futuros técnicos qualificados.“Eu trabalho há quase 24 anos na Volks-wagen e por isso posso afirmar com toda a certeza de que conseguimos incutir nos formandos o rigor do ensino ale-mão. As empresas naturalmente exigem pessoas com sólidos conhecimentos técnicos, contudo a componente com-portamental começa a ter um peso cada vez maior. Por exemplo, a abertura para

A ATEC é uma academia de formação que nasceu em dezembro de 2003 enquanto projeto promovido e idealizado pela Volkswagen Autoeuropa, Siemens, Bosch e Câmara de Comércio e Indústria

Luso-Alemã. “Surgiu da necessidade de dar uma resposta qualificativa adequada a estas empresas e à indústria em geral.

No fundo, qualquer uma delas já tinha o seu centro de formação, mas optou-se por ter uma oferta centralizada, com otimização de

recursos, e que trouxesse para Portugal o modelo de formação alemão, embora adaptado à nossa realidade. O objetivo era

implementar um modelo de formação mais focado na componente prática”, acrescenta João Carlos Costa, administrador da ATEC,

sobre o processo de criação deste projeto.

Formação orientadapara a profissão

João Carlos Costa

“EM TERMOS GLOBAIS, A ATEC ESTÁ COM UMA EMPREGABILIDADE ACIMA DOS 80%, O QUE TRADUZ O AJUSTAMENTO QUE TEMOS ENTRE A PROCURA QUE HÁ E A OFERTA COM QUE CONTRIBUÍMOS”

Page 27: SANTIAGO DO CACÉM

27

a mudança, para aprender novas com-petências e evoluir, são aqui caracterís-ticas muito prezadas e trabalhadas du-rante a formação dos jovens. Um dos nossos critérios na seleção de forman-dos é a avaliação da motivação para en-veredar pela formação profissional. Gra-ças a isso temos uma taxa de desistên-cia dos nossos cursos relativamente bai-xa”, explica o administrador. Relação comtecido empresarialPara João Carlos Costa e Hans-Jürgen Müller, também administrador da ATEC, a flexibilidade e a qualificação dos recursos

humanos podem fazer a diferença para um Portugal mais competitivo. Por isso, na formação, a ATEC procura desenvolver os cursos mais adequados à satisfação do mercado, ajustando e adaptando os referenciais de formação para que pos-sam corresponder às expectativas das vá-rias partes envolvidas. “Temos grande proximidade às empresas que são nossas clientes e consideramos isso uma grande mais-valia na medida em que conseguimos antecipar as suas necessidades em termos de formação e assim apresentar soluções formativas ajustadas. Além disso, procuramos esta-belecer com estas empresas uma relação

de parceria para o acolhimento de for-mandos da ATEC para o desenvolvimento de estágio curricular”, acrescenta João Carlos Costa.

Caminho traçadoO plano da ATEC até 2023 passa pela afirmação como uma referência no de-

senvolvimento das pessoas e das organi-zações. “Queremos dar resposta e estar alinhados face ao que o mercado neces-sita. Temos trabalhado afincadamente na adaptação dos nossos currículos, quer na formação profissional, quer na forma-ção de ativos. Não podemos parar no tempo”, termina João Carlos Costa.

“QUEREMOS DAR RESPOSTA E ESTAR ALINHADOS FACE AO QUE O MERCADO NECESSITA. TEMOS TRABALHADO AFINCADAMENTE NA ADAPTAÇÃO DOS NOSSOS CURRÍCULOS, QUER NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL, QUER NA FORMAÇÃO DE ATIVOS”

Page 28: SANTIAGO DO CACÉM

► A AlenSado foi a resposta encontrada por um grupo de agricultores que há 20 anos viu imposta a obrigatoriedade de or-ganizar a produção. Nasceu por imposi-ção da Comunidade Europeia quando exigiu que o tomate fosse entregue à in-dústria através de organizações de pro-dutores. A Cooperativa Agrícola do Sado foi reconhecida como Organização de Produtos Hortícolas para transformação desde 1997. Podia ter nascido sob dife-rentes formas jurídicas, mas entenderam que o mais pertinente seria sob a forma de cooperativa agrícola. Em 20 anos, muitas foram as alterações ocorridas na cultura do tomate, assim como na pró-pria cooperativa. Em 1997 eram 39 os agricultores com uma produção de 185 hectares de toma-te para indústria. Produziram aproxima-damente oito milhões de quilos de toma-te, valor correspondente a 44 toneladas por hectare. Nesta altura, apenas em 25% da área foram utilizadas plantas se-lecionadas produzidas em viveiro certifi-cado, 40% da área cultivada foi regada com sistema gota a gota, apenas 5% da produção foi colhida por máquinas espe-cializadas e o transporte para as indús-trias efetuava-se com viaturas de peque-na tonelagem e não estava organizada. Ainda em 1997 a AlenSado trabalhava num pequeno escritório alugado de 20 metros quadrados. “Através de uma série de investimentos comunitários consegui-

mos chegar até aqui. As nossas instala-ções foram inauguradas em 2005 e, com 20 anos de existência, temos um capital próprio de três milhões de euros. Todo o património foi conseguido com muito es-forço e perseverança, graças ao espírito empreendedor de todos os dirigentes, fun-cionários e de todos os associados que desde o primeiro momento nos têm apoia-do, particularmente aqueles que de uma forma construtiva nos têm criticado. Todo o património conseguido permitiu tam-bém oferecer aos nossos associados uma série de mais-valias que não havia na altu-ra”, explica António Raposo, que assume funções de gestão na AlenSado desde a sua fundação, e nos mostra as principais alterações ocorridas desde então.

AlenSado hoje“Hoje na AlenSado temos duas organiza-ções de produtores (OP): uma de produ-tos hortícolas e outra de cereais. Dentro das frutas e hortícolas, os nossos maio-res produtos são o tomate e o brócolo para transformação. Dentro da OP de ce-reais trabalhamos habitualmente com milho, cerca de 95%, e com trigo, cevada e aveia. Portanto hoje somos uma coope-rativa agrícola polivalente, com várias secções ativas”, esclarece António Rapo-so, a pessoa responsável por uma equipa jovem e dinâmica que tornou a AlenSado uma entidade com credibilidade e rele-vância regional e nacional.

ALENSADO – COOPERATIVA AGRÍCOLA DO SADO

28

Tendo uma área social que abrange to-dos os concelhos do Baixo Alentejo, neste momento a sua maior área de produção encontra-se na freguesia de Alvalade, concelho de Santiago do Cacém. No total, a área de intervenção da AlenSado é de aproximadamente quatro mil hectares,

com potencial para atingir cerca de 12 mil hectares, tendo em conta que se en-contra dentro da área de influência das novas zonas regadas do Alqueva.

OP de HortícolasNesta organização de produtores, o to-mate é a principal cultura produzida, obe-decendo a um plano de produção rigoro-samente concebido, planeado e acompa-nhado pelos técnicos da cooperativa. Desde a escolha das variedades, passan-do pela época de plantação, escalona-mento, produtos agroquímicos utilizados aos fatores de produção, existe um acom-panhamento e controle produtivo por par-te da AlenSado. O objetivo é alcançar

Em Alvalade do Sado encontramos a AlenSado, uma cooperativa agrícola que nasceu em 1997 e que hoje divide a sua atividade por duas organizações de produtores distintas: hortícolas e cereais. A

consolidação das atividades destas organizações é a aposta que se segue, numa altura em que a AlenSado respira saúde e cada vez

mais se afirma como uma referência na ajuda aos agricultores.

A cooperativa da organização

António Raposo

Page 29: SANTIAGO DO CACÉM

29

uma produção de qualidade, em quanti-dade, de acordo com as exigências da indústria e com pleno respeito pelas re-gras ambientais. “Em termos de organização de produto-res de tomate, para fechar o ciclo apenas nos falta a transformação. Temos cerca de oito mil metros quadrados de estufas, o que nos permite produzir a totalidade das nossas plantas. Habitualmente pro-duzimos cerca de 20 milhões de plantas, sendo neste momento a única OP que produz a sua própria planta. Comparati-vamente a 1997, hoje temos uma média de produção de 107 toneladas de tomate por hectare. Neste momento estamos a produzir apenas para uma indústria loca-lizada em Alcácer do Sal, da qual somos os principais fornecedores. Parte da co-lheita de tomate é feito com o recurso às nossas quatro máquinas de colheita”, revela António Raposo.

OP de Cereais“Era outro setor que estava desorganizado e a AlenSado conseguiu organizar”, expli-ca o administrador da AlenSado. Em 2009

a cooperativa começou a comercializar cereais, entrando na área da secagem, ar-mazenagem e comercialização de milho. Construiu uma unidade de secagem asso-ciada a dois silos com capacidade de ar-mazenagem para duas mil toneladas. A AlenSado promoveu assim o escoamento da produção e, em 2011, constitui-se a nova organização de produtores. Neste momento, aumentou a capacidade de se-cagem de cereais, permitindo secar arroz, e aumentou a capacidade de armazena-gem em duas mil toneladas. Dispõe de uma máquina de colheita de cereais e de uma unidade de embalamento de cereais.

20 anos em balançoPassaram-se 20 anos e António Raposo or-gulha-se do trabalho realizado até ao mo-mento, fazendo um balanço totalmente po-sitivo. “Foram anos de muito trabalho, mas hoje a AlenSado tem uma boa imagem, es-tá financeiramente saudável, continua a in-vestir e tornou-se numa entidade com credi-bilidade na região e uma referência nacio-nal em termos de modelo de organização”.Futuramente, para além da aposta na consolidação das atividades das suas or-ganizações, a Alensado não exclui a pos-sibilidade de avançar com a vertente in-dustrial, com os parceiros certos.

Quanto à vertente dos cereais, vai conti-nuar a investir em meios e equipamentos para ajudar à diminuição dos custos de produção e ao mesmo tempo encontrar alternativas para acrescentar valor aos produtos resultantes da OP de cereais. Na vertente das hortícolas, vai aumentar a área de produção de plantas e conti-nuar a adquirir equipamentos para dimi-nuir os custos de produção.Para as novas áreas de regadio da zona do Alqueva, a Alensado disponibiliza todo o seu know-how e está aberta a novas parcerias e a novos projetos dentro da sua área de atuação.

Page 30: SANTIAGO DO CACÉM

► Fundada em 1986, a JF Vilhena nas-ceu numas pequenas instalações no cen-tro da cidade de Santiago do Cacém, con-tanto, até aos dias de hoje, com o mesmo corpo gerente. Em meados dos anos 90 do século passado, a empresa inaugurou a sua atual sede na Zona Industrial Ligei-ra, e tornou-se empreiteira qualificada do grupo EDP na área da eletricidade. A em-presa expandiu ainda o seu negócio atra-vés da abertura de duas lojas nos cen-tros de Santiago do Cacém e de Grândo-la, onde dispõe de dois balcões de aten-dimento da EDP. José Vilhena é a pessoa responsável pela JF Vilhena e é quem nos explica a ativida-de da mesma. “A nossa principal atividade é o fornecimento de material e a execução de instalações elétricas de baixa e média tensão. No entanto, não podemos despre-zar o peso que tem na nossa empresa ou-tras atividades, com especial destaque os sistemas de bombagem hidráulica, siste-ma de rega, sistemas fotovoltaicos de pro-dução de energia, os sistemas solares tér-

micos para AQS, sistemas de ar condicio-nado e ventilação e a iluminação decorati-va”. Desde o ano 2000, a empresa deci-diu certificar o seu sistema de gestão da qualidade através da implementação da norma NP EN ISO 9001.

Na onda do mercadoEstando diretamente ligada ao setor da construção civil, a JF Vilhena teve de saber adaptar-se à quebra que este mercado re-gistou, abarcando outras áreas de negó-cio. “Nós somos uma empresa qualificada e certificada do grupo EDP e sempre tive-mos muito trabalho na área da instalação, não só para eles como também para par-ticulares. A instalação em si foi uma área que já deixamos há muito tempo, porque é um setor com muita concorrência e dava--me muito trabalho em termos de tempo. Por isso abarcamos outras áreas que mais ninguém tinha, como construções de li-nhas de média tensão e postos de trans-formação”, explica José Vilhena.Sendo uma empresa familiar, a JF Vilhena

JF VILHENA – MATERIAL ELÉTRICO

30

tem hoje cerca de 20 colaboradores, mas já teve uma maior estrutura quando esta-va diretamente ligada à EDP. “Metade do nosso trabalho era para a EDP, mas che-gamos à conclusão que não era uma área muito lucrativa para a JF Vilhena porque tí-nhamos custos inerentes bastante gran-des. Por isso, vamos aproveitando tudo aquilo que o mercado particular nos dá”.Na área da manutenção, a JF Vilhena tra-balha bastante para o grupo Águas de Por-tugal, especialmente para as Águas Públi-cas do Alentejo. Isto porque a empresa também atua na componente hidráulica e na captação de água. Aliás, esta foi mes-mo a atividade que originou a criação da

mesma. “A nossa empresa quando foi criada chamava-se Sociedade Comercial de Eletrobombas e nasceu com uma fun-ção que passava por trabalhar as bombas, captações e sistemas de rega. Havia muita procura dessa atividade e, na altura, havia poucas empresas voca-cionadas para esse mercado. Depois, houve a necessidade de nos tornarmos mais polivalentes e abranger mais áreas porque as regas só se faziam no verão, no inverno tínhamos de arranjar sempre outras soluções. Então fomo-nos tornan-do mais polivalentes, incorporando a par-te elétrica, setor que nos garante traba-lho para todo o ano”, esclarece.

Sediada em Santiago do Cacém, a JF Vilhena é uma empresa multifacetada que se dedica ao fornecimento de material elétrico

e execução de instalações elétricas de baixa e média tensão. Para além disso, tem duas lojas de venda ao público, em Grândola e em

Santiago do Cacém, onde dispõe de dois balcões de atendimento da EDP. A relação de proximidade com os clientes, fruto da

qualidade dos seus serviços e da sua política de preços faz da JF Vilhena um caso de sucesso na costa alentejana.

Soluções em energia

José e Virgínia Vilhena

Page 31: SANTIAGO DO CACÉM

31

Situação atualApesar de localizada em Santiago do Ca-cém e em Grândola, a área de atuação da JF Vilhena não centra nestes dois con-celhos. Ainda assim, a sua expansão ter-ritorial varia consoante a área de ativida-de, garante José Vilhena. “A área do ar condicionado e do solar térmico fazemos desde Lisboa até ao Algarve. Nas instala-ções elétricas, como envolve meios mais pesados e mais pessoal, tentamos não fugir muito desta esfera, procuramos tra-balhar aqui na zona litoral, vamos até Be-ja também se for preciso, mais longe é di-fícil porque a logística é complicada”.Com a sua atividade direcionada exclusi-vamente para o mercado nacional, a JF Vilhena registou, em 2015, um valor de faturação perto de um milhão de euros. “Não prevemos que a faturação vá ter uma quebra muito grande, está aos ní-veis do ano passado, mas olhando para o futuro com uma margem maior não estou a ver grande perspetiva de grandes obras e grandes investimentos na nossa área”, realça de forma apreensiva.Para o empresário, o que ainda vai valen-

do é a relação de proximidade com os clientes, fruto da qualidade dos seus servi-ços e da sua política de preços. São estes os fatores que diferenciam a JF Vilhena num mercado altamente concorrencial.“A concorrência neste setor de atividade foi bastante alterada a partir da crise de 2008, já que a diminuição do volume de investimento público e privado veio provo-

car um esmagamento dos preços de cus-to na construção e em todos os setores correlacionados. Problemas como o crédi-to malparado encaramos com bastante preocupação. É uma situação que se tem vindo a agravar sucessivamente, para além dos limites aceitáveis e sustentá-veis, sem que exista uma perspetiva que nos permita vislumbrar uma melhoria

considerável desta grave situação. Uma coisa é a gestão do risco situado dentro de limites comummente considerados normais, outra bem diferente é esse risco ter tomado proporções de incidência, fre-quência e volume para os quais a esma-gadora maioria das PME, como a JF Vilhe-na, não está preparada”, frisa.

Futuro visto com apreensãoNeste momento, o maior desafio que se coloca à JF Vilhena é a manutenção dos níveis de negócio atuais tendo em consi-deração a situação económica do país e da região. “Nesta altura estou um pouco apreensivo sobre o que será o futuro em termos de obras e em termos de volume. A nossa empresa tem 19 elementos, a área comercial tem baixado bastante, te-mos duas lojas e numa delas temos um balcão EDP, mas as vendas este ano não estão tão famosas como estiveram o ano passado. A nível de obras estou apreensi-vo porque existe muita procura em ter-mos de propostas, mas as obras não es-tão a aparecer, pelo menos com o volume que nos pretendemos”, conclui.

Page 32: SANTIAGO DO CACÉM

► Em Troia não há quem não o conheça. A culpa é do minimercado e da cafetaria de referência que possui há vários anos neste território. Trata-se de Ursino Rodri-gues, um empresário com ambição, deter-minação e vontade de aprender. Foi este seu espírito que, com o fator sazonalidade dos seus negócios em Troia o fizeram pro-curar novos mercados onde pudesse in-vestir e desenvolver projetos. “Estou há 19 anos em Soltróia, mas devido à sazonali-dade do negócio, e após passando esta crise, precisei de procurar um comple-mento. Hoje em dia o verão é cada vez mais pequeno e o inverno cada vez maior, dificultando ainda mais os meus negócios. O meu objetivo era criar uma empresa que fizesse a gestão dos alugueres de aparta-mentos na zona de Soltróia. Este meu inte-resse surgiu em 2005, fiz alguns contac-tos com empresas, imobiliárias e outras entidades desse setor e foi dessa forma que surgiu a Era. Não era meu objetivo en-veredar por uma área em que não tivesse conhecimentos, mas face às condições apresentadas acabei por aceitar este pro-jeto”, explica Ursino Rodrigues, proprietá-rio da Era Grândola.

Apesar de ter pouco mais de um ano de atividade, a Era Grândola assume-se com vontade de estar no mercado. É respon-sável pelos concelhos de Grândola e Al-cácer do Sal, contando com sete colabo-radores para o efeito. Rita Santos é a di-retora comercial e a responsável pelo crescimento progressivo que a Era Grân-dola tem registado.

Era, uma aposta segura Inserida num mercado onde também concorrem outras agências imobiliárias, quer regionais, quer de marcas interna-cionais, a Era Grândola chegou ao merca-do para ser líder. A equipa confia que os seus métodos de trabalho e a abordagem aos negócios são os pilares para alcança-rem o sucesso. “No mercado existem ideologias muito diferentes. As agências locais não se podem comparar a uma Era, uma marca internacional. O método de trabalho não é o mesmo, a forma e o modo como abordamos os clientes não é a mesma. Sempre me identifiquei muito com a forma de trabalhar da Era. Para além disso, gosto imenso desta área de trabalho porque trabalhamos com as

ERA GRÂNDOLA

32

pessoas e acaba por ser uma luta diária. Quem gosta da proatividade é o trabalho certo, porque temos de estar sempre à procura do que o que as pessoas preten-dem. É um processo de A a Z porque pas-sa por entender o que pretendem os clientes, encontrar o produto certo, quali-ficar o cliente, ter a ajuda do banco. É de-senvolvido um trabalho conjunto. Nós, na Era, acompanhamos o cliente desde que

entra na loja até à data da escritura”, co-menta a diretora comercial, Rita Santos.

Negócio diversificadoA Era surgiu em Grândola e a verdade é que causou surpresa. O crescimento tem sido notório e as pessoas já se vão habi-tuando à presença da agência que é uma “máquina a vender casas”.A “máquina” da Era Grândola vai ser au-

É o mais recente projeto de mediação imobiliária em Grândola, mas chegou ao mercado para ser líder do setor. Trata-se da Era

Grândola, um projeto com pouco mais de um ano, mas que já luta de igual para igual com os seus concorrentes. Responsável pelos

concelhos de Grândola e Alcácer do Sal, faz parte dos planos da empresa estar fisicamente presente nas duas cidades. O objetivo

é conhecer de forma profunda o território, os produtos e os interesses dos clientes.

Um projeto recente,com vontade de vencer

“NO MERCADO EXISTEM IDEOLOGIAS MUITO DIFERENTES. AS AGÊNCIAS LOCAIS NÃO SE PODEM COMPARAR A UMA ERA, UMA MARCA INTERNACIONAL. O MÉTODO DE TRABALHO NÃO É O MESMO, A FORMA E O MODO COMO ABORDAMOS OS CLIENTES NÃO É A MESMA. SEMPRE ME IDENTIFIQUEI MUITO COM A FORMA DE TRABALHAR DA ERA”

Ursino Rodrigues e Rita Santos

Page 33: SANTIAGO DO CACÉM

33

mentada a curto prazo, isto porque pela teoria do franchising Era, cada comercial é responsável por uma zona e trata de um determinado número de imóveis. O objeti-vo é que tenha um conhecimento aprofun-dado sobre esse determinado território. “Como somos responsáveis por dois con-celhos, teremos que aumentar a estrutura para respondermos de uma forma mais eficaz, ou seja, conhecendo melhor os pro-dutos que existem. A ideia será cada co-mercial conhecer a sua zona melhor do que ninguém para poder partilhar essa in-formação com os colegas. Depois ainda existe o trabalho de habituar o cliente ao valor real de mercado. Continua a haver especulação sobre os valores que aqui são praticados. Há uma distância grande entre aquilo que as pessoas acham que vale e aquilo que efetivamente vale. Com a informação, as pessoas começam a ter uma ideia do valor real de mercado”, acrescenta Rita Santos.A angariação é sem dúvida o fator chave deste negócio, especialmente quando se fala de zonas como Grândola e Alcácer do Sal, concelhos que apresentam caracte-

rísticas muito díspares. “Na nossa zona de ação temos um pouco de interior e tam-bém a parte costeira. Temos caraterísticas diferentes e clientes também eles muito diferenciados. A costa alentejana está na moda, e ainda bem, porque nós realmente temos uma qualidade muito boa. Começa a haver uma procura cada vez maior da zo-na costeira. Surpreendentemente a pri-meira venda que fizemos foi no Torrão. De-pois temos as zonas populacionais, os

dois concelhos têm características dife-rentes. Alcácer está-se a desenvolver e a crescer. Grândola em termos de constru-ção está parada”, nota Ursino Rodrigues.

Uma agência com futuroRita Santos não hesita na hora de explicar os motivos pelos quais os clientes podem confiar na Era Grândola. “Na perspetiva de um cliente vendedor, nós explicamos, acompanhamos e levamos o cliente a um

bom rumo. Vou-lhe dizer quanto vale a ca-sa e o que poderia fazer para melhorar al-guns aspetos de forma a tornar-se uma boa angariação para se vender rapida-mente. Aqui entra o fator publicidade, por-que não há outra imobiliária que faça tan-ta publicidade como a Era. Relativamente ao cliente comprador, vamos tentar procu-rar um produto que se adeque às suas ne-cessidades e depois realizamos todo o acompanhamento”, sublinha. Com as ba-ses solidificadas para um percurso pro-missor, é já com olhos postos no futuro que se encontra Ursino Rodrigues. “Está nos nossos horizontes abrir uma delega-ção em Alcácer do Sal. Temos um ano, mas na prática são meia dúzia de meses e tudo depende da evolução do mercado. Temos resultados destes últimos três me-ses que nos indicam que as coisas pode-rão correr bem. Não sabemos daqui a quanto tempo se irá concretizar, mas está no cerne da criação da empresa realmen-te chegar a Alcácer do Sal com uma dele-gação. Neste momento como franchisado estou animado e com boas perspetivas de futuro”, conclui.

Page 34: SANTIAGO DO CACÉM

► Silvina Tomé formou-se em Medicina Dentária na Bulgária, regressando ao seu país natal, como estagiária, para trabalhar no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, trabalho que foi desenvolvendo até conseguir a equivalência académica e o reconhecimento profissional. Conseguiu-o passado um ano, tendo depois começado por exercer a sua atividade profissional na Petrogal, em Sines, onde se deslocava se-manalmente. Iniciou-se assim o contacto

de Silvina Tomé com o concelho de Sines. Apesar disso, foi em Santiago do Cacém que abriu o seu primeiro consultório. De-corria o ano 1984. A sua dedicação para com os pacientes, o seu profissionalismo, e o facto de o mercado da medicina dentá-ria ser completamente diferente dos dias atuais, fizeram Silvina Tomé avançar para a abertura da sua segunda clínica. Sines foi o local escolhido, estando a funcionar há sensivelmente 20 anos. “Até hoje man-

CLÍNICA DENTÁRIA SILVINA TOMÉ

34

tenho os dois consultórios abertos. Ao lon-go destes anos fui dividindo a minha ativi-dade pelos dois espaços, embora acabas-se por passar mais tempo em Santiago do Cacém”, explica Silvina Tomé, proprietária e diretora clínica dos dois consultórios. É na rua Doutor Félix da Cruz, em Santiago do Cacém, e na rua António Aleixo, em Si-nes, que qualquer utente pode usufruir

dos serviços da Clínica Dentária Silvina To-mé. Dentisteria, Estomatologia, Ortodon-tia, próteses dentárias, Profilaxia e todas as especialidades afins da medicina den-tária são as valências que os espaços ofe-recem aos pacientes. Estes espaços aliam experiência e juventude com o convívio de gerações. Isto porque Silvina Tomé, com mais de 30 anos de experiência e de ativi-

O Empresas+® encontrou em Sines e em Santiago do Cacém dois polos de qualidade em medicina dentária que, com

sabedoria e experiência, têm acompanhado a evolução do setor. Trata-se da Clínica Dentária Silvina Tomé, que com mais de 30 anos de atividade continua a ser uma referência na região da

costa vicentina. A diferença de gerações, as dificuldades do setor e a evolução da sociedade sob a análise de Silvina Tomé,

conceituada médica dentista.

Dois polos de qualidadeem medicina dentária

“CONCORDO QUE OS CENTROS DE SAÚDE DEVERIAM TER NOS SEUS QUADROS, MÉDICOS DENTISTAS, DE FORMA A MELHORAR A HIGIENE ORAL DOS PORTUGUESES E POR OUTRO LADO INTEGRAR NO MERCADO DE TRABALHO OS JOVENS PROFISSIONAIS EXISTENTES NESTA ÁREA”Clínica de Sines

Clínica de Santiago do Cacém

Page 35: SANTIAGO DO CACÉM

35

dade, vê agora o futuro da sua clínica nas mãos dos seus filhos. Mónica e João To-mé, ambos com formações na área dentá-ria, já integraram a equipa da Clínica Den-tária Silvina Tomé e trouxeram um novo sangue para a mesma. Para além do nú-cleo familiar, a clínica incorpora na sua es-trutura um Ortodontista, um Implantolo-gista e dois assistentes dentários. Uma es-trutura reduzida, mas suficiente para pres-tar os melhores cuidados de saúde oral e manter um relacionamento de proximida-de para com os fiéis utentes.

Diferentes geraçõesO facto de se manter à frente da clínica até aos dias de hoje, permite a Silvina Tomé ter uma real perceção das diferenças que exis-tem entre a sua geração e a dos seus filhos. Para além das ideias e da visão do negócio, o mercado nos últimos anos alterou-se sig-nificativamente, tendo provocado altera-ções ao planeado inicialmente para o de-senvolvimento da clínica. “Quando iniciei a atividade havia poucos médicos dentistas no Alentejo Litoral, e as condições técnico--funcionais exigíveis na época no nosso país não se comparam com as atuais, as-sim como as preocupações da população em relação à saúde oral não eram tão efe-tivas como as de hoje, apesar de já haver sinais de mudança. Hoje em dia no nosso país existe muita concorrência mas tam-bém muita publicidade enganosa. Atual-mente em Santiago do Cacém, que é um mercado pequeno, exercem atividade cer-ca de 20 médicos dentistas. Concordo que os Centros de Saúde deveriam ter nos seus quadros médicos dentistas, de forma a me-lhorar a higiene oral dos portugueses e por outro lado integrar no mercado de trabalho os jovens profissionais existentes nesta área”, comenta Silvina Tomé.

Preocupaçãocom a saúde oralA Organização Mundial de Saúde aponta, para 2020, metas para a saúde oral que exigem um reforço das ações de promo-

ção da saúde e prevenção das doenças orais, assim como um maior envolvimento dos profissionais de educação e saúde dos serviços públicos e privados. Foi cria-do o Programa Nacional da Saúde Oral que desenha uma estratégia global de in-tervenção assente na promoção da saú-de, prevenção e tratamento das doenças orais. A sociedade tem caminhado de mãos dadas com as preocupações dos es-

pecialistas na prevenção dentária. Mas serão estes esforços suficientes? Segun-do um estudo da Ordem dos Médicos Den-tistas, cerca de um terço dos portugueses ainda não vai ao dentista. Silvina Tomé realça a implementação do cheque den-tista como uma medida positiva de aproxi-mação da população à medicina dentária. “Foi uma aposta positiva porque as crian-ças começam, desde cedo, a vir ao médi-

co dentista. Foi também uma boa ajuda para as pessoas mais carenciadas, em muitos casos traduziu-se na única alterna-tiva de poderem usufruir de serviços den-tários. A prevenção é muito importante nestas idades, e os cheques contribuem para isso, mesmo que não tenham proble-mas nos dentes”. Relativamente às res-tantes faixas etárias, “já os vi mais preocu-pados. Acho que a crise fez com que as pessoas deixassem de vir. Vi pessoas a vi-rem com determinada frequência a deixa-rem de vir, afirmando mesmo não vêm porque não têm dinheiro. As pessoas têm consciência disso”, nota.

Novas condiçõesQuem entrar hoje na Clínica Dentária Silvi-na Tomé em Santiago do Cacém usufrui de um espaço completamente renovado, à medida da qualidade do serviço que sempre foi prestado. Com protocolos com a Medis, Advance care, Caixa Geral de De-pósitos, Portugal Telecom, Dentinet, Medi-care e ADSE, a Clínica Dentária Silvina To-mé vai continuar a ser um espaço de par-tilha, proximidade e qualidade.

Page 36: SANTIAGO DO CACÉM

A AIM CIALA – Centro de Inseminação Artificial do Litoral Alentejano surgiu em 1997 por iniciativa da Associação de Suinicultores do

Litoral Alentejano. A empresa iniciou com 20 varrascos, mas hoje tem capacidade para 300 animais. Um crescimento notório que se

registou em 20 anos graças às parcerias que a empresa estabeleceu, mas também pelo acompanhamento da evolução

tecnológica ao nível da inseminação.

► O Centro de Inseminação Artificial do Li-toral Alentejano surgiu em 1997, mas te-mos de recuar até 1990 para perceber-mos a sua criação. Foi neste ano que sur-giu a Associação de Suinicultores dos con-celhos de Santiago do Cacém, Sines e Grândola com o objetivo de representar os interesses dos produtores junto das enti-dades oficiais. “Em 1996 surgiu um regu-lamento comunitário que dava apoio à constituição de agrupamentos de produto-res. Nessa altura foi criada a ASLA, a Asso-ciação de Suinicultores do Litoral Alenteja-no e o seu primeiro projeto foi a criação do centro de inseminação”, explica José Da-niel Alves, administrador da AIM CIALA, o processo de criação da empresa.O CIALA foi fundado em 1997, inicialmen-te com 20 varrascos, e o seu objetivo

passava por melhorar o nível sanitário, genético e reprodutivo dos efetivos dos seus sócios e suinicultores da região de Santiago do Cacém. Na altura eram 27 associados, hoje cerca de 40 os sócios que compõe a estrutura da ASLA.“Com o passar dos anos fomos acompa-nhando a evolução tecnológica que houve na inseminação e dada altura achamos que tínhamos de criar as mães para as nos-sas explorações de porcos. Inauguramos em 2002 um núcleo de multiplicação onde temos 500 porcas”, conta o administrador. Em 2006, por uma necessidade estratégi-ca e de acompanhamento da evolução da inseminação artificial a nível mundial, sur-ge a parceria ASLA/TOPIGS Portugal nas-cendo a nova empresa AIM CIALA. “Desta forma passamos a fazer parte do grupo

AIM Worldwide – Artificial Insemination Ma-nagement, uma organização internacional especializada em serviços de reprodução e difusão genética. Esta parceria tem-se re-velado crucial para o excelente desempe-nho da AIM CIALA pelas constantes trocas de informações e partilha de know-how”.Contudo, a evolução do centro de insemi-nação não se ficou por aqui. Em 2010, a sua capacidade aumentou para 200 ani-mais após a construção de duas naves. Posteriormente desenvolveu uma parceria com a Cooperativa de Criadores de Gado da Benedita otimizando o seu centro de in-seminação. Em 2013 instalou um núcleo satélite para varrascos em Vendas Novas com a capacidade de 28 animais. Hoje, a AIM CIALA tem cerca de 300 varrascos, o que equivale à produção de 700 mil doses

“A excelência ao serviçoda reprodução”

AIM CIALA

36

de sémen por ano. Em Portugal, a empre-sa é líder nacional, com uma quota de mercado de aproximadamente 60%.Fechando o ano de 2016 com uma fatura-ção anual perto do dois milhões e meio de euros, José Daniel Alves assume que a AIM CIALA não pode crescer muito mais em volume de negócios. “Os objetivos fu-turos passam essencialmente pela cons-trução de uma nova nave satélite para mais 100 varrascos, aqui em Santiago do Cacém. Vamos também fazer um labora-tório central equipado com tecnologia de ponta e com o máximo de segurança sani-tária. Vamos tentar acrescentar valor nos nossos serviços, nomeadamente a cria-ção de um banco de ADN dos nossos ani-mais que irá trazer uma série de mais-va-lias para os nossos clientes”, analisa.

José Daniel

Page 37: SANTIAGO DO CACÉM

Com 17 agências de Sesimbra até Ourique, a Caixa Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul é uma das mais importantes

Caixas de Crédito Agrícola Mútuo do nosso país. Com sede em Santiago do Cacém, esta entidade bancária afirma-se como o

parceiro de negócio certo para qualquer empresário que pretenda, à semelhança do Crédito Agrícola, desenvolver a

região onde se encontra inserido.

► O Grupo Crédito Agrícola, enquanto gru-po financeiro de âmbito nacional, tem co-mo base de sustentação da sua atividade as Caixas Agrícolas, que são as verdadei-ras entidades dinamizadoras das econo-mias locais. Em Portugal são 82 Caixa de Crédito Agrícola, detentoras de cerca de 680 agências, mais de 400 mil associa-dos e mais de um milhão de clientes. O Grupo Crédito Agrícola é, assim, um dos principais grupos bancários portugueses.As Caixas Agrícolas, com a sua autono-mia e integração das diferentes regiões nacionais, acabam por conhecer em pro-fundidade as realidades do tecido indus-trial, empresarial e económico, assim co-mo os desafios que se colocam ao seu respetivo desenvolvimento. Em Santiago do Cacém está sediada uma das mais importantes Caixa de Crédito Agrícola, a Costa Azul. Conta atualmente com uma rede de 17 balcões, estando presente nas localidades de Alfarim, Alva-lade, Brejos de Azeitão, Carvalhal, Cercal do Alentejo, Ermidas-Sado, Grândola, Me-lides, Ourique, Porto Covo, Quinta do Con-de, Santana, Santiago do Cacém, Setúbal – no Bonfim e na Praça de Portugal – Sines e Vila Nova de Santo André. Jorge Nunes é o presidente do conselho de administração e está na Caixa Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul há 50 anos,

um facto notável de um homem que tra-balha diariamente para servir as pessoas e apoiar o desenvolvimento da sua re-gião. Mas nem assim chama a si a glória do sucesso desta instituição bancária. “Todos os 120 trabalhadores são uma equipa, cada um com as suas funções que culmina, depois, no presidente, que por sua vez tem uma equipa ao seu lado que o auxilia. O contacto com os clientes começa imediatamente em cada uma das agências, onde cada um tem a sua obrigação e consequente delegação de poderes que vem até ao topo, mas qual-quer uma das agências tem capacidade para analisar e decidir até um determina-do nível”, sublinha Jorge Nunes. A experiência de muitos anos à frente da instituição bancária fez o presidente pas-sar pelas diferentes etapas da banca na-cional. Até o próprio grupo ao qual per-tence, afirma ter-se alterado a sua géne-se identitária ao longo do tempo, apesar de manter sempre alguns valores cru-ciais. “O Crédito Agrícola tinha um predi-cado de proximidade, que se começa a perder. O conhecimento das pessoas e dos clientes da instituição, para mim, continua a ser uma mais-valia, mas a pro-ximidade vai-se perdendo com a fusão de algumas caixas e à medida que vão alar-gando a sua área de ação. Ainda assim a

Caixa Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul vai desenvolvendo ações de proximi-dade nos diferentes concelhos onde se encontra inserida. Para além disso, o Cré-dito Agrícola é hoje quase a única entida-de bancária que, felizmente, não precisa de apoio do Estado. Temos apresentado excelentes resultados e nunca tivemos a necessidade de cortar crédito a nin-guém”, um facto que Jorge Nunes desta-ca como crucial para os empresários na-cionais continuarem a considerar o Crédi-to Agrícola um parceiro nos negócios. “Em todas as caixas temos equipas que ajudam os empresários a analisar e a de-senvolver projetos. Temos uma instituição que proporciona condições financeiras co-mo qualquer outra, ou melhor, e se for uma empresa da região contribuímos pa-ra o desenvolvimento da própria região, facto que sempre fazemos a todos os ní-veis, de carácter social, cultural, desporti-vo e até recreativo. Contudo, os empresá-rios vêm-nos consultar porque nós temos soluções para a sua empresa, à medida da empresa e estamos 24 horas ao servi-ço da instituição. É isso que divulgamos e é isso que praticamos”, sublinha.

O seu parceiro de negócioCAIXA CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA COSTA AZUL

37

100 anos em perspetivaNo ano transato, 2016, celebrou-se o centésimo aniversário do Crédito Agríco-la e a Caixa Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul não passou indiferente a este marco. Várias foram as atividades de-senvolvidas neste sentido, sempre com o objetivo máximo de dar a conhecer a atividade da instituição bancária às pes-soas locais. “Envolvemos as escolas, realizamos concursos, participamos em eventos e feiras locais, organizamos uma sessão solene, criamos um livro e premiamos várias instituições da nossa região”, nota.A entrar agora no seu centésimo primeiro ano de atividade, Jorge Nunes perspetiva uma nova vida para o Crédito Agrícola. “Pelas alterações que estão a ser imple-mentadas no negócio bancário, em toda a banca e pelas dificuldades que estamos a passar e ainda pelas que virão. Estamos a viver uma crise, que entrou em 2008 e não termina tão cedo, por isso há medidas rigorosas que estão a ser implementadas. Penso que vão haver alterações fortes em toda a atividade bancária que influenciará o nosso futuro”, termina.

Jorge Nunes

Page 38: SANTIAGO DO CACÉM

Foi um dos últimos projetos de mediação imobiliária a aparecer na cidade de Setúbal, mas surgiu com vontade de se afirmar como

uma referência. A Century 21 Atlantik apareceu para aproveitar um nicho específico de mercado, assumindo que “o mercado é que

manda”. Vladimir Belov é o responsável pelo projeto e garante que o segredo é a qualidade e não a quantidade. É a transparência, o

profissionalismo, a integridade e o compromisso são o que fazem da Century 21 uma marca de confiança dos portugueses, e da

Atlantik o parceiro certo na hora de fechar negócios.

► A cidade de Setúbal ganhou uma nova alma no setor imobiliário desde 2014, quando Vladimir Belov decidiu apostar na Century 21. Fica na Avenida Luísa Todi, em pleno coração da cidade setubalense e iniciou atividade com uma equipa de profissionais referenciados, disponíveis para ajudar os clientes a vender, comprar a arrendar com profissionalismo, eficiên-cia, resultados e qualidade de serviço. “Cheguei a Portugal em 1999, tendo in-gressado na Century 21 em 2012. Estan-do cá há vários anos, e já conhecendo bem o mercado, fui contactado por inves-tidores russos que queriam apostar em

Portugal. Após alguns negócios realiza-dos, surgiu a oportunidade de me tornar franchisado da Century 21, numa altura em que aproveitamos os Golden Visa”, explica o promotor imobiliário, responsá-vel pela Century 21 Atlantik.Localizado num espaço remodelado para o efeito e com um resultado final bem agradável e diferente, a Century 21 Atlan-tik trabalha diariamente partilhando a fi-losofia do master franchising, ou seja, com o foco bem assente no consultor imobiliário. Existe uma aposta forte na formação profissional para que o seu tra-balho seja reconhecido, de forma a con-quistar a confiança do cliente e a garantir a diferenciação e o valor no mercado. A nível de mercado, Vladimir Belov assume que a área de influência da Century 21 Atlantik se resume ao concelho de Setúbal, não descurando, por isso, negócio pontuais realizados noutros pontos do país, mas por proximidade a determinado cliente.“Hoje em dia o mercado é que manda e define a atividade das imobiliárias. Há dois anos, quando nós começamos, o

cliente comprador era completamente di-ferente daquilo que temos agora. Há dois anos ninguém pensava em terrenos para construir, e nos últimos quatro meses nós vendemos todos os meses dois ou três ter-renos. Quando um cliente nos procura, te-mos a obrigação de procurar uma solução para ele. Se o banco começa a financiar a construção, o cliente vai à procura do ter-reno. Se começa a financiar particulares com taxas baixas para habitação, eles pro-curam logo esses imóveis, e nós temos que ter o produto. Temos de trabalhar em função do mercado e tudo de uma forma muito rápida porque todos os dias ocor-rem upgrades”, explica.

Compromisso e transparência na mediação imobiliária

CENTURY 21 – ATLANTIK

38

A aposta de Vladimir Belov será sempre na qualidade e não em quantidade. “Os clientes quando nos procuram têm que se sentir à vontade, têm que se sentir bem e apoiados a 100%. Por isso quero continuar a desenvolver este polo aqui em Setúbal. Já temos bons clientes que acreditam em nós e a porta vai continuar sempre aberta. Não é a minha filosofia apostar na quantidade, mas sim na quali-dade”, acrescenta. Valores como a trans-parência, o profissionalismo, a integrida-de e o compromisso são o que fazem da Century 21 uma marca de confiança dos portugueses, e é assim que a Century 21 Atlantik vai continuar a trabalhar.

Vladimir Belov

Page 39: SANTIAGO DO CACÉM
Page 40: SANTIAGO DO CACÉM

► Spoleto, cidade da Itália Central, viu nascer, na década de 40, um homem que muito tem contribuído para a expansão da qualidade da cozinha italiana. Foi em Ma-tosinhos que encontramos Sergio Crivelli, mas a sua vida tem sido uma autêntica viagem de sabores, histórias e tradições. É certo que nasceu numa área de tradi-ções gastronómicas conhecida mundial-mente, mas já viveu em várias cidades ita-lianas e em muitas outras europeias. Em 1962 começou a frequentar o curso de hotelaria, formação que lhe permitiu tra-balhar em hotéis de renome em Roma, Lausanne, Munique e Londres. Mas nem só pela gastronomia italiana se conhece o nome Sergio Crivelli, tendo o chef aposta-do, ao longo da sua vida, em áreas distin-tas. Dececionado com as fracas qualida-des e competências encontradas em In-glaterra, decide tirar um curso de Progra-mação para Computadores. Sim, estamos mesmo a falar de informática, uma área que em pouco ou nada se relaciona com gastronomia. Contudo, faz parte do ADN do chef um espírito dinâmico, empreende-dor, sempre com vontade de inovar e sa-ber mais. Seguiu-se um projeto numa em-presa londrina, que se dedicava à bolsa de valores, até surgir o convite da Wrangler, para fazer parte da sua equipa como che-fe de projetos, no quartel-general europeu da empresa, em Bruxelas.A sua capacidade de aprender línguas (do-mina atualmente seis idiomas) fez com

que percorresse todo o território europeu para a implementação de projetos e for-mação na área informática. É com 27 anos, que numa dessas viagens descobre uma pérola à beira-mar plantada. O en-canto por Portugal foi imediato ao ponto de assumir à sua esposa, o desejo de se mudar definitivamente para terras lusas.Instalou-se em Portugal na década de 80 e cá continua até aos dias de hoje, espa-lhando, por onde pode, o seu espírito in-quieto e criativo. Em terras de Camões, Sergio Crivelli fundou a TEXSER, uma em-presa que organizava e controlava produ-ções têxteis para grandes marcas da mo-da internacional. Para além de construir fábricas, também marcas que hoje são mundialmente conhecidas tiveram as suas mãos no processo de criação. Exem-plos disso são a Vicri e a Crialme. As difi-culdades que se começaram a sentir no setor têxtil fizeram-no optar novamente pela gastronomia, a sua área inicial de formação, começando a idealizar aquilo que hoje é o seu restaurante italiano.

O verdadeiro"Ristorante Italiano"O seu gosto pela gastronomia tem raízes familiares, tendo sido a sua avó uma apaixonada pelos cozinhados de sabores puros, onde desenvolvia deliciosas recei-tas de trufas. A paixão ficou-lhe no san-gue e em 2012 concretizou o desejo de abrir o seu restaurante, em Matosinhos,

SERGIO CRIVELLI – RISTORANTE ITALIANO

40

na rua Brito Capelo, a principal artéria da cidade, com projeto do arquiteto Frances-co Cancelliere, também italiano. Com uma localização perfeita, o Sergio Crivelli – Ristorante Italiano, tem-se afirmado co-mo uma referência pelo seu nível de qua-lidade gastronómica.Aqui encontramos 200 metros quadrados onde apenas se respira ar italiano. Em vez de bom dia, “buongiorno”, em vez de boa noite, “buona sera”. São apenas pormeno-res daquele que é o verdadeiro restauran-te italiano. Verdadeiro porque cumpre, na opinião de Sergio Crivelli, alguns requisi-tos para tal. “Em primeiro lugar porque eu, Sergio Crivelli, sou italiano de raiz. Se ti-vesse outra nacionalidade já não entende-

ria o espírito italiano da mesma forma. De-pois, e talvez seja a questão mais impor-tante, é a questão dos ingredientes, im-portados diretamente de Itália”, revela o chef. À exceção do azeite, da carne, do peixe e dos cogumelos, no Sergio Crivelli – Ristorante Italiano, apenas entram maté-rias-primas de origem italiana.O espaço tem laboratório próprio onde as massas e as pizas utilizadas nos diferen-tes pratos são confecionadas diariamen-te, nunca faltando neste espaço criativi-dade, dedicação e perfeição. A ementa vai variando, pois as especialidades do chef são tantas que aqui raramente se repetem pratos. Além da variedade de re-ceitas disponíveis, uma das recentes no-

Nasceu em Itália, mas descobriu em Portugal o lugar ideal para morar, investir e expandir a cultura gastronómica italiana. Passou

por diversas áreas de atividade, mas é a gastronomia a sua verdadeira paixão. Falamos do chef Sergio Crivelli que, desde 2012 tem mostrado aos portugueses o que é um verdadeiro restaurante italiano. A grande novidade é o laboratório de massa fresca e piza

que criou, o primeiro em Portugal. “Sapere”?

O 'vero' sabor italiano Sergio Crivelli

Page 41: SANTIAGO DO CACÉM

41

vidades prende-se com as ementas para a hora do almoço: duas opções de menus completos, a preços mais económicos, pensados para satisfazer as exigências de qualidade dos clientes, mesmo quan-do os ritmos do trabalho diário não per-mitem passar demasiado tempo à volta da mesa. Claro está que o café e as so-bremesas têm origem italiana. Quanto aos vinhos, para além de italianos, cons-tam nas opções os melhores de Portugal. E o design do espaço é italiano, também.

Laboratório sem glútenO Sergio Crivelli – Ristorante Italiano, é o primeiro restaurante, em Portugal, a ter um laboratório próprio para produzir ali-mentos e pratos sem glúten, desenvolvi-dos a pensar nas pessoas com intolerân-cias alimentares. Neste espaço passou a estar disponível um menu para celíacos, onde se incluem pizas e massas, com a mesma qualidade e sabor que pautam to-da a oferta de receitas do chef Crivelli. No espaço existem assim dois laboratórios,

afastados entre si 22 metros e devida-mente isolados, de forma a garantir os re-quisitos da segurança alimentar, esclare-ce o chef. De facto, o restaurante e os la-boratórios encontram-se, desde a abertu-ra há quase cinco anos, certificados para a confeção de alimentos sem glúten, ten-do sido constante a cooperação com a única empresa certificadora na área da Hi-giene e Segurança no Trabalho com com-petências específicas nesta particular área da preparação alimentar. Esta ideia, naturalmente aplaudida pela Associação Portuguesa de Celíacos, valeu ao chef o primeiro lugar no Campeonato do Mundo de Pizas sem Glúten, em Itália. Foi um re-conhecimento de todo o trabalho desen-volvido. Um trabalho que passou por um ano de formação intensiva, cujo objetivo de poder servir famílias inteiras é razão de particular orgulho para o chef Sergio Cri-velli, pois permite satisfazer às mais varia-das exigências de dietas e chegar assim a um público mais amplo. “É o único restau-rante em Portugal que tem uma cozinha separada para a confeção de piza e mas-sa para celíacos. É satisfatório observar crianças que, pela primeira vez, podem comer o que a restante família come”, sublinha Sérgio Crivelli.

Sentido empreendedor A marca Crivelli está na rua e promete dar ainda mais que falar. O objetivo é claro: ampliar o alcance da qualidade dos pro-dutos da marca, chegando a um público de apreciadores cada vez mais amplo. E é neste sentido que o chef Sergio Crivelli tem abraçado novos projetos gastronómi-cos. Neste momento divide atenções en-tre o novo projeto do restaurante Al Mer-cato e um projeto de franchising.O projeto do franchising surgiu da perspe-tival de ampliar a difusão dos produtos

alimentares de reconhecida qualidade e com receitas específicas para pessoas com intolerância ao glúten. Aqui, mais que a vertente económica, o chef Sergio Crivelli demonstrou desde o início uma enorme preocupação com a garantia da qualidade da marca Crivelli. Aspetos co-mo a capacidade do forno, qualidade dos equipamentos, origem dos ingredientes e disposição do espaço estão a ser consi-derados, juntamente com os potenciais parceiros, no desenvolvimento de novos espaços com a marca Crivelli.Também nesta perspetiva foram estabele-cidas parcerias com as maiores empresas de entrega de comidas cozinhadas (B--Need, Comer em Casa, Fobado e NoMe-nu), de forma a satisfazer os crescentes pe-didos de produtos takeaway, sem por isto pesar nos preços: os alimentos e pratos pa-ra fora mantêm o mesmo preço do restau-rante, sendo a única diferença o valor que as próprias empresas de entrega aplicam.Já em curso está o projeto para inaugurar um restaurante no maravilhoso espaço do Mercado Municipal de Matosinhos, onde o público vai poder contar breve-

mente (a abertura está prevista para o mês de Abril) com a marca e com os sa-bores Crivelli. Foi mais um convite que surgiu e o chef Crivelli quis aceitar o de-safio com o habitual espírito empreende-dor que o caracteriza. Al Mercato irá ser a designação deste novo espaço, que con-ta novamente com a colaboração do ar-quiteto Francesco Cancelliere e que pro-mete deliciar o paladar dos portugueses com pratos tipicamente italianos, mas confecionados com ingredientes genui-namente portugueses: a maior parte das receitas será, de facto, pensada com ba-se no peixe, sendo que os principais in-gredientes serão adquiridos no próprio mercado e tem origem nos mares e nos campos deste “jardim à beira-mar planta-do” que onde chef Crivelli tem a honra e o gosto de morar há várias décadas, sem-pre com o objetivo de apresentar produ-tos e atividades de qualidade elevada.“Gosto de Portugal e gosto dos portu-gueses”, assume de facto Sergio Crivelli na hora de afirmar que irá continuar a in-vestir em Portugal, um país que também já é seu.

Page 42: SANTIAGO DO CACÉM

► O conceito Barcarola engloba, há mais de 40 anos, a vertente de restauração, café e tabacaria. Foi na Rua Costa Ca-bral, na cidade do Porto, que este estabe-lecimento deu os seus primeiros passos com um conceito envolto em história. Se é do Porto, vive ou viveu no Porto, é muito provável que já tenha ouvido falar desta que é uma marca da restauração portuense e que está associada ao ponto de encontro de muitos grupos de amigos ao longo dos tempos. “Encontramo-nos no Barcarola?”. Seja para assistir aos jo-gos de futebol nos ecrãs das suas televi-sões ou até mesmo para jantar uma bela francesinha antes dos jogos do Futebol Clube do Porto no Dragão, dada a proxi-midade deste espaço ao estádio.

Manuel Leal e João Catanho conhecem de perto o Barcarola há já 25 anos. Vin-dos da África do Sul, decidiram apostar neste espaço que se encontrava, na al-tura, um pouco desorientado. “Acredita-mos desde logo no potencial do Barcaro-la, uma vez que já tinha muitos anos no mercado portuense e precisava apenas de uma alavanca para voltar aos seus belos tempos. Quando pegámos neste negócio ele não era nada daquilo que é hoje mas decidimos manter o conceito de restaurante, café e tabacaria”, expli-ca Manuel Leal. A francesinha não fazia ainda parte do menu deste estabelecimento e foi tam-bém pelas mãos dos dois empresários que se deu a inserção desta iguaria da

BARCAROLA

42

gastronomia portuense que rapidamen-te se tornou num dos grandes ex-líbris desta casa.

O Barcarolatem uma nova imagemDe modo a acompanhar as tendências e a evolução dos espaços de restauração da cidade do Porto, Manuel Leal e João Catanho apostaram recentemente na re-novação da imagem do Barcarola. Na Rua de Costa Cabral há uma nova roupa-gem que se estende também ao espaço do Barcarola no Centro Comercial Alame-da. Falta apenas revigorar o Barcarola do Centro Comercial Arrábida e, com isto, “o principal objetivo é enfatizar o conceito de restaurante e cativar cada vez mais pessoas para fazerem cá as suas refei-ções”, diz João Catanho.

Variedade distinta de pratose... a francesinha!A Catedral da Francesinha, foi assim, em tempos, apelidado este espaço. Há quem considere a francesinha do Barcarola co-mo a melhor francesinha do Porto e, para isso, não lhe tiramos o mérito. Pode ser uma francesinha clássica, com batata, ovo, rústica, especial, com gamba ou “à Barcarola”. Mas nem só de francesinha

se faz esta mítica casa. Para além disso, existe uma grande variedade de pratos de carne e peixe que facilmente agradam a qualquer pessoa. “Temos apostado for-temente numa panóplia de bifes muito apreciados pelos nossos clientes, de to-das as idades e que vêm de todo o lado”, conta Manuel Leal. Destacam-se o bife à chefe, o bife três pimentas ou o bife na frigideira, acompanhados, por sugestão, com batata frita, legumes ou ovo. Quanto

Vive ou já viveu no Porto? Se assim é, de certeza que este espaço não lhe é desconhecido. Dizem os entendidos que o Barcarola é

um estabelecimento mítico da restauração da cidade Invicta, contando já com mais de 40 anos de história. Ao longo dos anos e de algumas gerências, nem sempre os seus tempos foram áureos

mas, com uma nova roupagem que tem o objetivo de enfatizar o conceito de restaurante, o Barcarola está hoje em dia na sua

máxima força com uma distinta variedade de pratos que facilmente irá agradar a gregos e a troianos.

UM ESPAÇO INTEMPORALCOM UMA NOVA IMAGEM

Page 43: SANTIAGO DO CACÉM

43

aos pratos de peixe, difícil será não ficar com água na boca, desde o famoso Baca-lhau à Braga, o bacalhau cozido com to-dos ou às saborosas espetadas de lulas. Na carta de snacks, existe também uma distinta variedade de hambúrgueres, tos-tas, cachorros ou omeletes. Diariamente, o Barcarola tem à disposição do cliente quatro pratos ao almoço, num menu de diária e que permitem, aos mais apressa-dos, uma rápida e económica refeição.

E porque a bebidatambém é importanteNo Barcarola existe uma extensa carta de vinhos que vão desde o maduro tinto, ao maduro branco, ao verde branco e até ao rosé. A sangria acompanha sempre bem uma relaxada refeição e está, por isso, também ela presente na carta. E porque os gerentes consideram que a cerveja é quem melhor acompanha uma francesinha, esta merece aqui alguma dis-tinção. Há quem diga que “a cerveja no Barcarola sabe melhor”. Poderá ser verda-de, por uma simples razão: a cerveja no Barcarola é servida a partir de tanques e

não de barris, o que faz com que a tempe-ratura da bebida seja sempre controlada e mantida no mesmo nível desde que esta sai dos grandes depósitos da Unicer.

Uma equipa dedicadaao seu disporDo universo Barcarola faz parte uma vas-ta equipa de funcionários. “Alguns deles

estão connosco desde que cá chegá-mos. São trabalhadores com muita ex-periência na área da restauração e que estão altamente vocacionados para o atendimento ao cliente”. Para Manuel Leal e João Catanho, as principais mais--valias do seu estabelecimento baseiam--se na sua equipa de trabalho, no bom atendimento, na qualidade dos produtos

e também na dedicação que é deposita-da diariamente nos três espaços Barca-rola. “Mais do que criar um conceito de restauração e abrir espaços gastronómi-cos, considero que o importante é estar presente e fazer parte do quotidiano dos estabelecimentos. Hoje em dia existem muitos espaços novos no Porto e temos de lutar todos os dias para fidelizar o nosso cliente e torná-lo como alguns que frequentam este espaço há já 40 anos”, explica Manuel Leal.

Um futuro sorridentepara o BarcarolaSão já três os “Barcarolas” mas a ideia não passa por replicar muito mais o conceito. “Chegámos a ter propostas de franchising mas nunca foi esse o nosso objetivo. Queremos que esta seja uma marca nossa e uma marca da cida-de do Porto, pelo que o grande foco passa agora por uniformizar a imagem nos três restaurantes e, assim, consoli-dar o nosso negócio, sempre de encon-tro às expetativas do exigente cliente português”.

Page 44: SANTIAGO DO CACÉM

► Simplicidade, glamour, inovação e in-temporalidade são expressões comuns que descrevem na perfeição o conceito Empatias. Um conceito simples, mas com glamour. Ideias inovadoras e projetos in-temporais. É assim que se apresenta ao mercado a Empatias, uma loja de decora-ção portuense, que hoje consegue ser muito mais que isso.O projeto nasceu na cidade do Porto em 1991 e desde então não tem parado de evoluir. A responsável por este sucesso empresarial é Isabel Santos, uma autodi-data que se desdobra em projetos e tem na decoração a sua verdadeira paixão. Oriunda de uma família tradicional, a em-presária assume que desde cedo se habi-tuou a frequentar leilões e antiquários. De salientar que com 13 anos já colabo-

rava com os pais na decoração da sua ca-sa, mas só com 28 anos arriscou e criou o seu projeto empresarial. O que inicial-mente era apenas uma loja de decora-ção, com duas pessoas, hoje a Empatias é uma verdadeira empresa com mais de 20 colaboradores.O negócio evoluiu de ano para ano, muito em parte ao esforço, dedicação e prazer de criar e de acompanhar as novas ten-dências de toda a equipa da Empatias. Equipa esta da qual fazem parte arquite-tos e designers de referência. Com dois espaços na cidade do Porto e uma loja em Lisboa, a Empatias é hoje considerada uma grande empresa, cuja atividade está divida em três seto-res - Interiores (projetos residenciais), Details (venda de produtos) e Contract

EMPATIAS

44

(projetos em hotéis, bancos, restauran-tes, centros comerciais).

Percurso de sucessoJá passou crises, tendências e até marcos importantes da história, factos que deixa a empresária Isabel Santos orgulhosa do percurso da Empatias. “Tivemos até agora um percurso engraçado, porque quando abrimos a loja no Porto havia muita con-

corrência e por isso foi necessário come-çar a apostar em coisas diferentes, mais modernas, mais contemporâneas. Dessa forma rapidamente a loja ficou na moda. Começaram a aparecer um tipo de clien-tes de gama média/alta, maioritariamente empresários, e assim o negócio fluiu natu-ralmente. Depois apareceram os clientes particulares, que queriam fazer andares modelo e de repente a Empatias explo-diu”, recorda Isabel Santos.Em 2006 a Empatias subiu mais um de-grau na sua escadaria do sucesso, tendo chegado à capital portuguesa, na altura com a abertura de um escritório. Dois anos passados, “sentimos a necessidade de ter uma loja para fazer reunir e receber clientes para que pudessem sentir o espa-ço como aqui no Porto. Atualmente, cerca de 75% da nossa faturação advém de pro-jetos na área profissional, ou seja, forneci-mento de hotéis, clínicas, shoppings ou escritórios. A maioria [cerca de 90%] dos nossos clientes em Lisboa são franceses, brasileiros e chineses que se estão a ins-talar em Portugal, no Porto são mais na-cionais. Estamos neste momento a dar or-çamentos para obras em Espanha, Ingla-terra e Holanda, mas o mercado externo não é o alvo preferencial da Empatias”, es-clarece a empresária.

Conceito EmpatiasGarantir qualidade aliada ao bom gosto, com o design mais avançado e excelên-

Garantir qualidade aliada ao bom gosto, com o design mais avançado e excelência na qualidade dos produtos é a principal

missão da Empatias. Com dois espaços na cidade do Porto e uma loja em Lisboa, a Empatias é hoje considerada uma grande

empresa, cuja atividade está divida em três setores - Interiores (projetos residenciais), Details (venda de produtos) e Contract

(projetos em hotéis, bancos, restaurantes, centros comerciais).

Decorar com Empatia

Isabel Santos

Page 45: SANTIAGO DO CACÉM

45

cia na qualidade dos produtos é a princi-pal missão da Empatias. Parece fácil, mas apenas a experiência, o conheci-mento e a paixão pela arte o conseguem implementar na prática.“A Empatias, no seu mercado, pretende fazer espaços intemporais. Não somos uma empresa de modas, aliás, detestá-mos modas. Nós trabalhamos para um ti-po de cliente que tem um perfil que nor-malmente ou é empresário ou político, e que fazem casas que têm que durar vá-rios anos, até porque os materiais que compram são caros. Portanto, a ideia é fazer espaços intemporais que sejam transversais para esses novos hábitos de vida que as pessoas têm. Obviamente ca-da cliente é uma história, é um filme dife-rente, mas sempre acompanhado pela sobriedade, a qualidade dos materiais e a intemporalidade, o luxo e o glamour sempre sóbrio. A nossa inspiração vem de vivermos todos os dias e de estarmos atentos ao mundo. A equipa que trabalha comigo viaja muito para feiras e as visitas aos fornecedores são constantes. A Em-patias não produz, somos distribuidores

de uma série de marcas internacionais”, explica Isabel Santos.A decoradora assume mesmo que a de-coração é uma never ending story, “por-que vamos descobrindo novas formas de viver. Cada casa é uma casa. Obviamente que uma casa tem que ter camas e sofás, mas a forma como vivemos é completa-

mente diferente. As pessoas atualmente vivem de outras maneiras, fazendo da decoração um organismo vivo”.

Empatias,uma escolha seguraSeriedade é, para Isabel Santos, o princi-pal motivo para que os clientes conti-

nuem a apostar na Empatias para seu parceiro na decoração de espaços. “Te-mos clientes desde o dia número um e is-so significa seriedade e serviço ao clien-te. Significa a pessoa poder trabalhar connosco de uma forma anónima, com total confiança. Nós encontramos a me-lhor solução e os preços são sempre iguais, seja qual for o cliente. Tenho a cer-teza que temos a melhor equipa de proje-to em termos nacionais, são pessoas cul-tas, bem informadas, bem formadas e têm capacidade de resolver tecnicamen-te os problemas e desafios colocados. Para além disso, na Empatias o cliente é soberano. Trabalhamos para o cliente, e esse é o nosso foco. O cliente tem que meter a chave da porta de casa e dizer ‘é aqui que sonhei viver’. Cada pessoa é di-ferente e a casa tem que ser criada para cada um”, sublinha.O crescimento não para, estando previsto um ligeiro crescimento em termos de ati-vidade para o ano corrente. O futuro pas-sará por uma aposta ainda maior na área profissional, aproveitando o facto de Por-tugal estar a viver do turismo.

Page 46: SANTIAGO DO CACÉM

► “A José Lopes e Sousa, Lda, nasce pe-las mãos do meu pai, José Lopes, que co-meçou numas instalações mais peque-nas. A empresa conta já com 35 anos e eu já cá estou há 30”, conta Isabel Lopes, fi-lha do fundador e que atualmente se en-contra na linha da frente neste negócio fa-miliar. No apoio à gestão da empresa, Isa-bel Lopes conta com a colaboração do seu marido, Artur Marques, e do gerente de lo-ja José Manuel Sousa. “Éramos um arma-zém de material elétrico, atualmente o material elétrico, iluminação e climatiza-ção são as três vertentes do nosso traba-lho”, explica Artur Marques.“Temos tudo o que é material elétrico de instalação, manutenção de indústrias, ou para habitação. Temos algo que nos dife-rencia que é as amizades que vamos criando com clientes, estes que já vão na terceira geração familiar”, explica José Manuel Sousa, salientando que contam com um vasto stock de produtos para

responder às necessidades dos seus clientes. Esta preocupação da empresa é uma mais-valia porque o cliente e o mer-cado, cada vez mais, exigem rapidez, e para responder a esta exigência a José Lopes e Sousa, Lda, tem tudo o que o cliente procura. “Se não encontra, a José Lopes tem”, este é o lema desta casa de referência na cidade Invicta.Segundo José Manuel Sousa, existe uma necessidade constante de adaptar o stock aos seus clientes, e adaptar tam-bém a oferta disponibilizada às exigên-cias do mercado. Paralelamente, o acom-panhamento ao cliente é um pilar funda-mental para a empresa e, segundo o ge-rente de loja, “é um trabalho essencial que não é pago, mas que fazemos”. Artur Marques partilha também da opinião que o acompanhamento ao cliente é prepon-derante para o crescimento da empresa. “A maneira como atendemos, o carinho e a dedicação que temos com eles é muito

JOSÉ LOPES E SOUSA, LDA

46

importante para o sucesso da empresa. O acompanhamento que fazemos é hoje, e cada vez mais, é uma das mais-valias da empresa”, sublinha, acrescentando que é dado todo apoio aos técnicos sobre os materiais indicados para determinado trabalho ou projeto.

Produtos inovadorese qualidade garantidaAtualmente uma das principais apostas da José Lopes e Sousa, Lda, passa pela comercialização de um produto inova-dor. Especializaram-se no comércio de um produto que faz parte de um nicho de mercado, lâmpadas especiais, cirúr-

gicas, para aparelhos de precisão. “Isso requer muita dedicação e um stock mui-to grande”, confessa Artur Marques. Jo-sé Manuel Sousa salienta ainda que, após a mudança de instalações têm conquistado mais clientes, resultado da visibilidade cada vez maior que esta em-presa tem.“A nossa função é servir o nosso cliente da melhor maneira possível com colaborado-res altamente profissionais, pessoas inte-gras e com respeito pelos clientes. Honra-mos sempre os nossos compromissos, respeitando sempre clientes e fornecedo-res”, confessa Isabel Lopes, acrescentan-do que a José Lopes e Sousa, Lda, tem

Em pleno centro da cidade do Porto encontramos uma casa com várias décadas de serviço aos clientes. Falamos da José Lopes e Sousa, Lda, uma empresa familiar que carrega em si o know-how

e a história do seu fundador e da sua filha que hoje é o rosto deste negócio. Especialistas em material elétrico, é no stock de

produtos que esta empresa encontra a sua mais-valia, garantindo aos seus clientes uma resposta efetiva e eficaz às suas

necessidades. A experiência de 35 anos, as marcas de referência comercializadas, a disponibilidade e a variedade são mais do que

garantia para um negócio de sucesso.

“Se não encontra,a José Lopes tem”

Comércio de material elétrico da José Lopes e Sousa, Lda:• Automação• Ferramentas• Iluminação• Iluminação LED• Porteiros elétricos• Relés• Sensores• Sinalização• Ventilação

Equipa da José Lopes e Sousa, Lda.

Page 47: SANTIAGO DO CACÉM

47

“sempre as últimas novidade e vai acom-panhando o mercado”. Com uma equipa composta por seis pro-fissionais, o raio de ação da José Lopes e Sousa, Lda, centra-se principalmente nas zonas do Grande Porto e Norte. O cresci-mento do setor da construção, nomeada-mente na área da reabilitação, tem sido uma grande alavanca para esta empresa que dá garantias aos seus clientes de

produtos e aconselhamento técnico de excelência. Para além de uma presença consolidada no Norte do país, a empresa encontra-se já a exportar os seus produ-tos para o mercado externo, nomeada-mente para países como Angola, Moçam-bique e Cabo Verde.Olhando para o futuro, a aposta passará sempre por continuar com a linha de tra-balho que têm seguido, consolidando

sempre a sua presença no mercado. “Nes-te momento queremos consolidar as mu-danças da empresa mas queremos sem-pre procurar novos produtos. O que vamos comercializar é o mercado que vai exigir. Muitas vezes temos também que ter a sensibilidade de apresentar os produtos aos clientes de acordo com as suas neces-sidades, moldamos de acordo com as cir-cunstancias”, salienta Artur Marques.

A aposta na climatização será um dos se-tores a desenvolver a curto prazo, e a possibilidade de criação de uma equipa técnica continua em cima da mesa. Para já a grande certeza é que a José Lopes e Sousa, Lda, continuará a apostar em ofe-recer aos seus clientes uma vasta gama de produtos, de qualidade e inovadores, por forma a satisfazer com a maior rapi-dez as suas necessidades.

Page 48: SANTIAGO DO CACÉM

Fundado há mais de 20 anos o Duplodecímetro é um atelier de arquitetura cujos princípios basilares se cifram na qualidade,

rigor e profissionalismo. Situado numa das artérias da cidade do Porto, o atelier tem implementado a sua marca arquitetónica um pouco por toda a região Norte com projetos de várias naturezas.

► O Duplodecimetro, representado por Mário Eugénio Sousa, é um atelier de ar-quitetura que tem vindo a desenvolver a sua atividade há mais de 20 anos. Foi fundado por dois arquitetos, formados em Arquitetura pela Escola Superior Artís-tica do Porto.É um atelier que nasceu para suprir as necessidades dos seus clientes ao nível da arquitetura e embora esteja confinado a esta vertente, encontra-se habilitado à execução de projetos completos também ao nível das engenharias. Na maioria dos casos, os clientes adjudicam sempre pro-jetos completos e desde sempre o Duplo-decimetro recorreu a parceiros externos para a complementaridade do trabalho. Sejam projetos de pequena ou maior di-mensão, soma já no seu portefólio uma multiplicidade de empreendimentos no-meadamente centros empresariais, esta-

belecimentos de comércio e serviços, in-dústria, equipamentos hospitalares, ha-bitações multi e unifamiliares, loteamen-tos, planeamento urbanístico e ainda pro-jetos de reabilitação, pautados por um elevado nível de rigor e excelência, para além de vários estudos para a área da hotelaria e turismo.O Duplodecímetro tem uma estrutura pe-quena mas é possível assegurar uma res-posta consistente para uma grande diver-sidade de trabalhos: “Nós não somos um atelier com uma especialização em deter-minado tipo de matéria. Não me rogo a di-zer que somos capazes de fazer tudo pois temos de ser razoáveis e olhar para a di-mensão dos projetos que estamos a abra-çar, e assumir a responsabilidade do tra-balho”, nota o arquiteto. Os projetos que têm tido mais expressão na Duplodecime-tro, ultimamente, são os projetos de reabi-

litação. Embora este facto esteja relacio-nado com a tendência recente do merca-do, Mário Eugénio garante que este não é um tema novo para a Duplodecimetro: “Sempre estivemos preparados para os projetos de reabilitação de edifícios. São projetos que reúnem um conjunto de con-dicionantes que acabam por exigir mais de nós e por vezes com pouco temos de fazer muito, e isso torna-se num desafio”. E por mais que digam que o futuro da ar-quitetura passa pela reabilitação, o arqui-teto acredita que vai haver sempre condi-

Um atelierde arquitetura experiente

DUPLODECIMETRO

48

ções para criar porque “toda a área envol-vente das cidades é perfeitamente maleá-vel e a própria reabilitação contém sem-pre espaço para a criatividade”.As suas obras mais marcantes encon-tram-se espalhadas um pouco por toda a zona Norte, com mais notoriedade nas áreas envolventes ao Porto, e estende-se também a alguns pontos mais a sul do país. No estrangeiro, fez já uns estudos no ramo da hotelaria para São Tomé e Príncipe e Angola mas foram projetos que, devido a adversidades alheias ao gabinete, acabaram por não avançar.Questionado sobre o futuro, Mário Eugé-nio garante que o atelier não depende de planeamento mas sim de preparação e constante atualização para responder a todos os desafios: “Aquilo que um arqui-teto pode fazer é de tal forma versátil que devemos sentir-nos capazes de desenhar uma cadeira, uma casa ou uma ponte”, acrescenta.

Page 49: SANTIAGO DO CACÉM

João Ferreira é o nome de um atelier de arquitetura situado na Póvoa de Varzim. Desenvolve a sua atividade no âmbito da

arquitetura, da engenharia e da topografia, uma complementaridade que o mesmo considera fundamental para a boa execução do

serviço do atelier que conta já com mais de 20 anos de existência.

► O Atelier João Ferreira existe há cerca de 22 anos e foi fundado pelo arquiteto João Ferreira, licenciado em Arquitetura pela Universidade Lusíada. Neste atelier da Póvoa de Varzim encontramos uma complementaridade de serviços no âmbi-to da arquitetura e da engenharia. Na ver-dade, existem aqui três vertentes de ativi-dade que são fundamentais para a boa execução do serviço do atelier: a arquite-tura, a engenharia e a topografia. Na opi-nião do arquiteto, estas três vertentes nunca podem funcionar isoladamente, não porque a lei assim o exige, mas por-que um serviço só pode ficar bem feito se elas forem complementadas.

O seu modode viver a arquitetura“Eu defino a arquitetura um pouco diferen-te daquilo que definem muitos dos meus colegas. Para mim a arquitetura é a sim-biose entre a arte e a ciência, que acres-centa algo à natureza sem a alterar ou adulterar. Isto significa saber fazer arquite-tura, enriquecendo o meio que já existe”,

explica João Ferreira. Neste caso, enten-de-se por arte a arquitetura, e por ciência a engenharia. A engenharia é que vai su-portar a escultura que o arquiteto projetou para determinado lugar, sem modificar a sua natureza. Por isso o âmbito da arquite-tura é abrangente e ela tem de estar pre-parada para a realização de todo o tipo de projetos, sejam eles “uma moradia, um empreendimento multifamiliar, ou até mesmo um jazigo”. Neste sentido, não po-demos falar de arquitetura sem falar de urbanismo. “Podemos fazer uma multipli-cidade de projetos mas isto não significa que eles tenham de ser isolados”. Um ar-quiteto nunca pode dissociar um projeto do seu meio envolvente. Ele precisa de sa-ber retirar do local as informações neces-sárias e saber corresponder as suas ideias com as ideias do seu cliente. O espaço só estará definido quando hou-ver um encontro total de ideias entre to-das as partes envolvidas. “Um arquiteto, como prestador de serviços que é, tem de saber que não pode sobrepor-se ao seu cliente e entender que uma das suas

funções é ser na maior parte das vezes, um conselheiro capaz de resolver todas as questões que visam a satisfação do cliente”. A arquitetura é feita para o ser humano e ele só pode sentir-se feliz na sua casa se se sentir bem e confortável com a mesma.

Arquiteturaintemporal e universalA intemporalidade é importante e marca muitos períodos da história da arquitetu-ra. Atualmente verifica-se que existe uma preocupação muito grande na preserva-

Um atelier simbióticoATELIER JOÃO FERREIRA

49

ção do património dos centros das gran-des cidades. “A arquitetura em zonas his-tóricas obriga a uma maior investigação da nossa parte e isso implica também uma constante atualização. Será sempre uma arte corrente do academismo”. Por isso João Ferreira prefere falar numa ar-quitetura universal em vez de uma arqui-tetura contemporânea. Face à realidade atual, os projetos de reabilitação urbana ganham cada vez mais expressão e por isso existe a necessidade de haver uma constante adaptação dos arquitetos em relação aos trabalhos que executam. A este nível, o atelier João Ferreira está a desenvolver uma obra de reabilitação na zona ribeirinha do Porto, destinada à ho-telaria e à restauração.Um pouco por toda a região Norte, o ate-lier João Ferreira tem deixado já marcas dos seus projetos e objetivo é continuar a desenvolver obras desafiantes, sobretu-do ao nível do urbanismo.

João Ferreira

Page 50: SANTIAGO DO CACÉM

Por ser uma empresa que agrega diversas vertentes na área Imobiliária, é essencialmente na capacidade da elaboração dos

planos comerciais, de marketing e comunicação, e por fim, o plano de negócios necessário para o desenvolvimento de um

empreendimento imobiliário, que é conferida à Replica um estatuto vanguardista face às empresas de mediação tradicionais. Bruna

Carvalho (Réplica Private), Alexandre Carvalho (Réplica Matosinhos) e Nuno Almeida (RéplicaGold Boavista) são o rosto deste projeto

que se tem afirmado como uma referência no seu setor de atividade.

► “A Réplica foi constituída em abril de 1989, pelo seu fundador Manuel Carlos Carvalho, o qual já detinha nessa altura mais de dez anos de experiência no mercado imobiliário. Nos anos seguin-tes, a Réplica ganhou grande dimensão na cidade do Porto e Grande Porto, atra-vés da abertura de várias lojas em pon-tos estratégicos, exemplo único nessa época, destacando-se ainda pela con-tratação de inúmeros empreendimen-tos de média e grande dimensão. Essas promoções imobiliárias tiveram na sua generalidade um grande suporte de marketing e publicidade com grande vi-sibilidade e os resultados comerciais traduziram-se em elevados sucessos de venda. A estratégia comercial era, para a época, altamente vanguardista e

granjearam à Réplica grande visibilida-de e notoriedade, sendo que, ainda ho-je, muitos desses condomínios são de referência nesta cidade. Pelo nível de exigência dos promotores e para garan-tir o alcance dos objetivos, a Réplica foi das primeiras empresas e ministrar for-mação aos seus recursos humanos”, explica Bruna Carvalho.A Réplica presta serviços na área da me-diação imobiliária, o que em termos práti-cos se designa por agência imobiliária, e os serviços são prestados a quem preten-de vender, comprar ou arrendar um imó-vel. No entanto, estes serviços são os convencionais que as agências tradicio-nais oferecem, podendo ser prestados com mais ou menos eficiência por estas. Para a Réplica, estes serviços convencio-

nais são muito redutores face a um uni-verso cada vez mais complexo e competi-tivo e, é, a partir daqui, que as diferencias sobre uma simples agência imobiliária de serviços tradicionais e, outras como a Ré-plica, que presta serviços completos abrangendo diversos lados do imobiliá-rio, se faz sentir.O segmento alvo do negócio é aquele que por antecipação, a Réplica identifica como oportunidade, desenvolvendo e implementando estratégias que a colo-quem bem posicionada para obter os melhores resultados. Há a considerar a volatilidade do mercado e uma dinâmica que segue tendências e, na leitura des-ses acontecimentos, ajustam-se ou criam-se condições de forma a sermos mais eficientes.

excelência no setor imobiliárioRÉPLICA GOLD | RÉPLICA PRIVATE – SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA

50

Com uma faturação a rondar o milhão de euros, na Réplica colaboram 42 comer-ciais, uma gestora de recursos humanos, um diretor de Marketing, um gestor de pro-duto e um administrativo. Atualmente con-tam com quatro lojas no Porto (Foz, Mato-sinhos Sul, Avenida da Boavista e Baixa), estando já em preparação a abertura da quinta loja ainda antes do Verão que será na zona das Antas. “O mercado tem os seus ciclos… Hoje o mercado tem uma di-nâmica crescente com uma forte contri-buição da reabilitação, isto porque o de-senvolvimento de núcleos de investidores que face ao número da procura pelo turis-mo, vê na aquisição dos imóveis reabilita-dos para rendimento uma oportunidade. Também o mercado tradicional para habi-tação própria tem aumentado a procura não obstante o ajuste progressivo dos pre-ços em alta”, sublinha Alexandre Carvalho.Olhando para o futuro, o objetivo passa por aumentar a sua rede de lojas, au-mentar a sua capacidade de vendas, re-forçando assim o seu posicionamento no mercado como uma empresa de referên-cia no mercado. Progredir a sua especia-lização na comercialização de empreen-dimentos imobiliários é também um dos focos para um futuro promissor.

Bruna Carvalho Alexandre CarvalhoNuno Almeida

Page 51: SANTIAGO DO CACÉM

Susana Figueiredo e Hugo Alves reabriram A Chalandra em fevereiro de 2016, um espaço que estava encerrado há três anos, “mantendo o mesmo conceito de casa tradicional, típica de Matosinhos, na

qual o peixe e os mariscos frescos são a principal prioridade”. A sopa de peixe, que já era confecionada outrora, está hoje ainda melhor.

► Susana Figueiredo de 24 anos e Hugo Alves de 30 anos são os sócios-gerentes do restaurante A Chalandra. O espirito jo-vem e empreendedor destes dois empre-sários levou-os a aumentar a capacidade do restaurante para 90 pessoas, ficando assim com duas salas, uma de traça mais antiga e a recém-inaugurada com um esti-lo mais moderno com iluminação direta, mantendo a elegância e simplicidade que tão bem caracterizam A Chalandra. A equipa é composta por sete pessoas, número que em breve irá aumentar. “A simpatia e proximidade, associadas ao atendimento personalizado e ao cuidado de bem servir são algumas das principais características da Chalandra. São poucos os clientes que pedem a lista, o nosso co-laborador aconselha o peixe, consoante os desejos e gostos do cliente, prepara o peixe, retira as espinhas e serve o cliente. Dentro das nossas possibilidades faze-

mos tudo ao gosto do cliente”, referem.O ex-líbris da casa é a sopa de peixe, ela-borada exclusivamente com peixe fresco - robalo, garoupa e peixe-galo - da melhor qualidade. “Todos os dias vamos à lota comprar peixe fresco”, confessam.São vários os pratos que os clientes po-dem saborear neste espaço acolhedor e com localização privilegiada. Para come-çar delicie-se com entradas que podem ir desde o presunto pata negra aos pimen-tos padrón, passando pela petinga e rebu-çados de alheira com grelos. Ficou com água na boca? Estamos ainda nas entra-das, mas o mais complicado é mesmo ter que escolher entre um leque recheado de tantos sabores ricos. Ensopado de rodova-lho, arroz de tamboril, linguado na brasa, caldeirada algarvia e robalo são algumas das iguarias do Chalandra.Não sendo uma marisqueira fazem con-corrência a muitas no que toca ao maris-

co, sendo que mais uma vez a qualidade do mesmo aliada à boa confeção faz com que pratos como a sapateira gratinada, gambas ao alho, açorda de marisco, ar-roz de marisco, lavagantes, lagosta e ca-marões sejam bastante solicitados. Apesar da proximidade do mar não serve unicamente iguarias de peixe e frutos do mar, portanto, se preferir carne, pode optar por lombo ou vitela assada ao domingo. Na lista estão a ser incluídos pratos típicos por-tugueses e, diariamente, os clientes vão passar a ter uma opção diferente. Falamos na sopa de peixe como sendo o ex-líbris da casa, no entanto no que aos doces se refere, o leite-creme ocupa o lu-gar de destaque. Posição justa porque se deve ao fato de ser confecionado de ma-nhã e queimado antes de ir para a mesa. Para os mais gulosos ter que esperar que arrefeça pode não ser fácil. Tarte de amêndoa, bolo de chocolate, mousse de

Simbiose de saboresentre tradição e modernidade

RESTAURANTE A CHALANDRA

51

chocolate, pudim e fruta da época são outras das opções, sendo todas as sobre-mesas confecionadas de forma caseira.Como qualquer bom restaurante que se preze, tem à sua disposição uma boa car-ta de vinhos, com néctares provenientes de diferentes regiões do país.O balanço tem sido bastante positivo, ga-rantindo Susana Figueiredo e Hugo Alves que quem visitar esta casa irá com certe-za sentir-se bem e em casa.

Page 52: SANTIAGO DO CACÉM

► Passou já por várias denominações e está envolta em mais de 100 anos de his-tória e serviço em prol da comunidade bracarense, que lhe mereceram por oca-sião da celebração da data do centenário a atribuição da Medalha de Mérito Munici-pal, Grau Ouro, pela Câmara Municipal de Braga, e a atribuição do Grau de Membro Honorário da Ordem do Mérito recebida em cerimónia pública de condecorações de algumas instituições de solidariedade social em junho de 2015. A Associação da Creche de Braga é uma Instituição Parti-cular de Solidariedade Social sem fins lu-crativos e que visa a utilidade pública e a

sua fundação é datada de três de junho de 1915 pelas mãos do deão Dom João Cândido de Novais e Sousa e de um grupo de pessoas ligadas à Igreja que percebe-ram a necessidade de ver criada uma ins-tituição de apoio a crianças menos favore-cidas. O estatuto enquanto instituição não lhe foi, desde logo, atribuído e só mais tar-de, no ano de 1925, é que foi feito esse re-conhecimento. “O espírito de caridade caraterístico da doutrina cristã esteve sempre relacionado com as políticas e serviços em prol da co-munidade que foram, até aos dias de ho-je, desenvolvidos pela Associação da Cre-

ASSOCIAÇÃO DA CRECHE DE BRAGA

52

che de Braga”, conta Manuel Lomba, pre-sidente da instituição há cinco anos e tam-bém antigo presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidarie-dade Social. “As primeiras instalações da creche foram numa pequena ala do con-vento existente no Lar Conde de Agrolon-go, em Braga, e consoante as necessida-des elas foram sendo alargadas até se mudarem para o centro da cidade”. Atual-mente, esta é uma instituição que se con-centra em quatro polos distintos mas sem-pre com base nas valências direcionadas para a infância e também com um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) destina-do a jovens e adultos com deficiência mental. Para além dos polos localizados no centro de Braga, existe ainda um outro na freguesia de Palmeira onde são dina-mizadas as valências de creche, ensino pré-escolar e CATL.

Associaçãoda Creche de Braga – SedeNa Rua do Raio, bem no centro eferves-cente da cidade de Braga, está instalado um imponente edifício onde têm lugar as respostas sociais de creche, ensino pré--escolar e CATL. Dos zero aos três anos,

no berçário e na creche, estão cerca de 170 crianças que ali dão os seus primei-ros passos e palavras incentivados por uma equipa de educadoras e auxiliares que, na área da infância, têm a sua pai-xão e depositam todo o seu carinho e em-penho. Note-se ainda que, do outro lado da rua, existe um outro edifício onde tem lugar um berçário com todas as condi-ções para receber os mais pequeninos. Dos três aos cinco anos, são 176 os me-ninos que na sede da Associação da Cre-che de Braga antecedem a entrada no primeiro ciclo de estudos. Por fim, em re-gime de CATL, estão cerca de 41 crianças que acabam por aqui permanecer com apoio ao estudo e acompanhamento em tempos livres.

Centro Nossa Senhora doPerpétuo Socorro – PalmeiraAo longo do século, o crescimento da As-sociação da Creche de Braga evoluiu a olhos vistos e um dos polos localiza-se na freguesia de Palmeira, com um outro centro dedicado às crianças e novamen-te com a dinamização de todas as res-postas sociais que a elas concerne. Em creche, estão cerca de 120 crianças, no

A Associação da Creche de Braga celebrou o centenário de serviço em prol da comunidade bracarense no passado ano de 2015. Certo

é que, ao longo de todos estes anos, as valências foram sendo alargadas e o crescimento foi tal que, na atualidade, esta é uma

instituição que comporta quatro polos distintos e que servem respostas sociais também elas diferenciadas e que se localizam

entre o centro de Braga e a freguesia de Palmeira, no mesmo concelho. Para além das respostas sociais – creche, pré-escolar e ATL – existe ainda o Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) que

acolhe mais de 60 jovens e adultos portadores de deficiência mental. Os anos passam e muito trabalho já foi feito, no entanto, a ambição da equipa de trabalho é a cada dia maior, pelo que sonha

com constantes melhorias nos diversos edifícios bem como a instauração de uma nova valência para que, assim, seja

assegurado o bom apoio que a esta instituição é reconhecido. Na totalidade, são mais de 700 os utentes que nesta instituição

encontram um acompanhamento atento e empenhado.

MAIS DE 100 ANOS AO SERVIÇODA POPULAÇÃO DE BRAGA

Page 53: SANTIAGO DO CACÉM

53

pré-escolar são 90 e, no CATL, estão mais de 40. “Neste polo é também de-senvolvido um trabalho particularmente dedicado a crianças com necessidades educativas especiais e esse é um traba-lho que nos distingue como uma institui-ção que promove a inclusão”, destaca Manuel Lomba.

Centro Novais e Sousa– Centro de Atividades Ocupacionais (CAO)São cerca de 60 os jovens e adultos que frequentam, sem caráter de residência, o Centro Novais e Sousa, um chamado CAO e polo da Associação da Creche de Braga que visa o acolhimento de pessoas com deficiência mental. O presidente conta que neste centro “as idades dos utentes estão compreendidas entre a adolescên-cia até ao utente mais velho, neste mo-mento com 58 anos”. O objetivo aqui é di-namizar uma série de atividades de ocu-pação diária e que vão desde a tapeçaria, aos bordados, à tecelagem ou à olaria. Não raras são as vezes em que estes jo-vens e adultos estão no exterior e são in-

seridos em atividades da própria comuni-dade e destaca-se, nas atividades socio-culturais, o grupo de bombos protagoni-zado pelos utentes do Centro Novais e Sousa. “A grande preocupação emergen-te prende-se com a nossa pretensão em instituir um lar residencial para estes utentes para que possamos, nas nossas instalações, assumir a retaguarda destas pessoas quando ficam desprovidos de

cuidados por parte de familiares”, explica Manuel Lomba.

Obras e projetos futurosPara além da criação do lar residencial pa-ra os jovens e adultos do CAO, revela-se ainda necessária uma intervenção ao ní-vel de obras no edifício sede da Associa-ção da Creche de Braga. “Em relação à oferta de novos serviços e valências, “tu-

do depende da vontade dos intervenien-tes e também dos financiamentos e apoios públicos. Só assim a nossa institui-ção poderá crescer e continuar a prestar bons serviços para a nossa comunidade”. Uma outra preocupação da direção da As-sociação da Creche de Braga tem sido a aposta na constante formação dos qua-dros diretivos no sentido de assegurar a boa gestão futuro desta instituição.

Page 54: SANTIAGO DO CACÉM

► Junto da população e através de um olhar cristão, o Centro Social da Paróquia São Martinho de Medelo tem vindo a rea-lizar, desde a década de 90, um trabalho ímpar junto da comunidade e dos grupos mais frágeis da sociedade. A instituição Particular de Solidariedade Social localiza-da no concelho de Fafe, começou pelas mãos do pároco de então, Joaquim Flores. O trabalho desenvolvido nos últimos 15 anos levou a um enorme crescimento e desenvolvimento na prestação de servi-ços por parte dos técnicos e de todos os trabalhadores auxiliares que integram o Centro Social, permitindo um aumento do número de valências e serviços que beneficiam a população local. Presidida pelo padre Manuel Fonte, esta Instituição foi crescendo tendo por base a formação humana e cristã de todos os que com ela se relacionam, quer como colaboradores, fornecedores ou utentes. Com três polos, o de São Martinho, o de Santa Teresinha e o de São José, a insti-tuição conta com valências direcionadas

para a infância e juventude, para os ido-sos e para os doentes. “Este olhar huma-nista com as pessoas é sempre o cami-nho de Deus. As exigências por parte da Segurança Social foram aumentando de tal maneira que fomos melhorando os edifícios que ocupávamos”, afirma o pa-dre Manuel Fonte.Além da parte caritativa, o Centro tam-bém possui a parte pastoral, através da paróquia, com escuteiros, grupos de jo-vens e várias atividades paroquiais. O edifício dedicado à infância e juventude denomina-se de Santa Teresinha, pois segundo o padre Manuel Fonte “a santa, enquanto jovem, podia influenciar a ju-ventude num espírito humanista e cris-tão”. A sua construção foi um desafio pois, praticamente sem comparticipa-ções do Estado e de apoios externos, criar uma obra tão importante para crian-ças e adolescentes foi muito difícil. A ideia da construção de um espaço para os mais idosos surgiu na mesma altura. Sendo capelão do Hospital São José de

CENTRO SOCIAL DA PARÓQUIA S. MARTINHO DE MEDELO

54

Fafe, o padre Manuel Fonte teve a ideia de criar um espaço que servisse não só os idosos, mas também os doentes. Está-vamos no ano de 2006 quando o Centro Social da Paróquia São Martinho de Me-delo intensificou a sua ajuda às pessoas com mais dificuldades: “Quem são os mais frágeis na sociedade? São as crian-ças, os idosos e os doentes. A obra tinha que ficar ao nosso espírito, porque sem-pre pensei e propus ao arquiteto uma obra muito simples, funcional e objetiva. Tanto o edifício de Santa Teresinha como São José têm estas características e ob-jetivos para dar uma resposta adequada a todos os utentes e também para ser economicamente, mais em conta”, acres-centa o pároco.

As ValênciasCom as valências a surgirem devido às necessidades da população, a instituição

paroquial possui 68 crianças em creche, 50 em pré-escolar, 50 em CATL. Já para os mais idosos, o centro possui 50 uten-tes no serviço de apoio domiciliário, cinco em centro de dia e 48 em ERPI. A IPSS possui, ainda, uma Unidade de Cuidados Continuados de média duração com 10 camas, uma de longa duração com 22 camas e 12 camas que estão ao Serviço do Hospital de Guimarães para utentes que aguardam vaga em unidades. O serviço de apoio domiciliário é uma das valências mais procuradas pela po-pulação da região. Realizado todos os dias da semana, o apoio ao domicílio é prestado por três equipas que, segundo o padre Manuel Fonte, “encontra idosos muito carentes, com muitas necessida-des, vivendo muito isolados. A única visi-ta que têm são das funcionárias do cen-tro, que lhes dão ânimo, coragem e anali-sam a situação deles, não só quanto à hi-

Situado no concelho de Fafe, o Centro Social da Paróquia São Martinho de Medelo é uma IPSS presidida pelo padre Manuel Fonte que, através da Igreja, realiza um trabalho de proximidade e apoio aos grupos mais frágeis da sociedade. Conta com as valências de

creche, pré-escolar, Centro de Atividades de Tempos Livres, centro de dia, Serviço de apoio domiciliário, Estrutura Residencial para

Pessoas Idosas e Unidade de Cuidados Continuados. O Centro Social tem nesta última valência a mais recente vocação, que em

parceria com o Hospital de Guimarães, procura realizar um trabalho de qualidade junto das populações.

Trabalho humanístico e cristão junto dos mais necessitados

Page 55: SANTIAGO DO CACÉM

55

giene, como às carências económicas, mas também quanto ao estado de saú-de”, afirma. Esta prestação de cuidados adapta-se às necessidades de cada uten-te, assim assegura uma diversidade de serviços: confeção e distribuição de refei-ções, higiene pessoal, higiene habitacio-nal, animação/socialização, enferma-gem, acompanhamento aos serviços de saúde, entre outros.

Trabalho de proximidadeà comunidadeSe o acompanhamento e a proximidade são essenciais junto dos mais idosos, o Centro Social tem como objetivo a me-lhor educação e formação no que con-cerne aos mais jovens. Formar as crian-ças com um espírito social, de abertura e dedicação é fulcral para o padre Ma-nuel Fonte. “Temos um olhar cristão, ca-da sala tem o seu cantinho de oração em que eles também têm essa forma-ção como cristãos que se vai cultivando ao longo dos anos. São esses os nossos dois objetivos, o humanístico e o cris-tão”, afirma. Com 120 funcionários, a

instituição procura criar uma ligação de proximidade entre as crianças e os ido-sos, realizando diversas atividades e convívios em conjunto. “Ao longo do ano há atividades que envolvem todas as va-lências e é muito frequente as crianças das valências de pré-escolar e CATL de-senvolverem atividades para os utentes de lar e da Unidade. Também existem muitas atividades que envolvem as famí-lias, de salientar o Dia Mundial da Crian-ça, porque é uma atividade em que os pais participam ativamente com e para

os filhos. Depois temos a festa de fim de ano, em julho, e temos a missa de fina-listas. A comunhão pascal, no domingo a seguir à Páscoa, a instituição celebra em conjunto, as crianças animam a Eu-caristia e os mais idosos participam com a sua presença, e assim se reforça a identidade cristã da nossa instituição. É um trabalho muito para o próximo e a paróquia consegue envolver toda a co-munidade”, afirma Maria José Freitas, diretora técnica das valências de creche e pré-escolar.

A Qualidade como objetivoe consequente Certificação pela norma ISO 9001:2008 A construção de espaços perfeitamente adaptados aos serviços fornecidos teve a mão da Igreja e do padre Manuel Fonte. “Se tirarmos às paróquias este cariz dos centros sociais paroquiais de crianças, ido-sos e doentes, desaparece um pouco do rosto da Igreja. Em todas as obras não há um milímetro que não tenha a minha mão ou o meu olhar. Deus deu-me esta qualida-de”, assume. Sendo uma instituição preo-cupada com os padrões de qualidade, já apresenta algumas valências certificadas desde há seis anos (creche e pré-escolar) e há três anos inseriu-se neste processo a valência de CATL. Estas valências estão certificadas pela norma ISO 9001:2008 e a creche pelo nível C da Segurança Social. “Este ano, procederemos à certificação da valência de serviço de apoio domiciliário. É um processo gradual, pois também apre-senta custos que a instituição tem de pon-derar muito bem, para que continue a ser uma instituição sustentável e com poten-cial de crescimento”, conclui.

Page 56: SANTIAGO DO CACÉM

► O município de Baião está inserido num chamado núcleo cinzento. A nível nacio-nal, esta é uma das regiões com mais ca-rências económicas e sociais assinaladas, para além de uma considerável taxa de in-sucesso escolar, deficiência ou absentis-mo. A principal razão que se prende com este conjunto de incidências reside na fra-ca rede viária e, embora essa situação se tenha alterado, “continuou a denotar-se uma comunidade desprovida de retaguar-da familiar e de instituições que a pudes-sem assegurar”, conta Artur Borges. Na zona mais a sul do concelho, onde es-tá localizada a freguesia de Santa Cruz do Douro, esta era uma realidade ainda mais agravada e foi nesse sentido que, há cerca de 25 anos atrás, foi criado o Centro Social de Santa Cruz do Douro, ini-

cialmente com a resposta social de servi-ço de apoio domiciliário para pessoas idosas. Mais tarde, surgiu a valência de-dicada às crianças, com o ensino pré-es-colar e, consecutivamente, também fo-ram alargadas as que se destinam à ter-ceira idade, com o centro de dia e a estru-tura residencial para idosos.

Serviço de Apoio Domiciliário – Um fator diferenciadorO serviço de apoio domiciliário foi a pri-meira resposta social a ser dinamizada pelo Centro Social de Santa Cruz do Douro e, atualmente, são 50 os utentes contem-plados com este serviço que, para Artur Borges, “é um serviço essencial e consti-tui ainda, na instituição, um fator de dife-renciação que merece grande parte do

CENTRO SOCIAL DE SANTA CRUZ DO DOURO

56

seu investimento”. Como explica o presi-dente do Centro Social de Santa Cruz do Douro, o apoio domiciliário é um serviço que privilegiamos pelo facto de, a par com o centro de dia, ser uma valência que evita a saída dos idosos das suas casas. Por ou-tro lado e essencialmente nesta região, previne a desertificação das aldeias e, nesse sentido, proporciona a constante ocupação do território”. O centro social de-posita, nesta valência, grandes recursos e pretende, através dela, continuar a primar pela proximidade para com as populações prestando todos os cuidados de higiene, saúde e muito mais que isso. “Dispomos deste serviço permanentemente, sete dias por semana e estamos ainda disponí-veis 24 horas por dia através de um siste-ma de telefones que implementamos nas casas de alguns utentes com maior de-pendência. Ao carregar numa determina-da tecla, é acionado um pedido de socorro para o centro social que, em cooperação

com os bombeiros, proporciona a assis-tência e ajuda necessárias”. Para além disso, é pretensão desta instituição alar-gar os serviços de saúde proporcionados nesta valência a especialidades como a Estomatologia ou a Oftalmologia servindo, assim, o objetivo de estar próximo e dispo-nível para responder às constantes neces-sidades dos utentes.

Estrutura Residencial Para Idosos (ERPI) e Centro de DiaNa ERPI, são cerca de 40 os idosos resi-dentes que, em conjunto com os cinco utentes em regime de centro de dia de-senvolvem diversas atividades de ocupa-ção de tempos livres. Artur Borges faz questão de referir que, “nestas respostas sociais, pretende-se proporcionar aos nos-sos idosos algumas experiências diferen-tes e fazemos contactos com os seus fa-miliares ou outras pessoas da comunida-de que dominem uma certa arte ou sejam

Esta é uma instituição que direciona o seu apoio e cuidados para as camadas da infância e da terceira idade na freguesia de Santa Cruz do Douro, em Baião, com as valências de Estrutura Residencial para

Idosos, centro de dia, serviço de apoio domiciliário e, destinada às crianças, a pré-escola. Instalado numa região carecida de apoios

sociais, os serviços prestados pelo Centro Social de Santa Cruz do Douro revelam-se fulcrais, essencialmente aqueles que respeitam a

uma população cada vez mais envelhecida. Para dar conta das respostas sociais prestadas por esta instituição, Artur Borges,

presidente do centro social, esteve à conversa com o Empresas+® e deu especial enfoque ao facto de este ser “um trabalho único desenvolvido por profissionais empenhados em proporcionar

qualidade de vida e bem-estar aos seus utentes”.

NA RETAGUARDADAQUELES QUE MAIS PRECISAM

Page 57: SANTIAGO DO CACÉM

57

apenas bons contadores de histórias. O objetivo é que os nossos utentes tenham o seu tempo útil ocupado, pois não quere-mos que cá estejam de forma sedentária, essencialmente quando são dotados de alguma mobilidade e autonomia”.

Ensino Pré-escolar Com a baixa natalidade, o ensino pré-es-colar é aquele que menos expressão en-contra neste meio. Apesar disso, estão a ser feitos investimentos para que possam ser possibilitadas as condições ideais pa-ra continuar a dinamizar atividades com crianças dos três aos cinco anos. Para is-so, o Centro Social de Santa Cruz do Douro pretende reabilitar uma antiga escola pa-ra lá instalar o seu jardim de infância.

Um futuro de projetosNo que respeita à terceira idade, as obras de melhoria nas instalações são uma constante e está já projetada a construção de uma nova sala de ativi-dades para que haja mais espaço onde possam ser oferecidas experiências e dinâmicas distintas. Por outro lado, re-vela-se também um projeto a implanta-ção de uma horta onde os utentes mais autónomos possam cultivar alguns le-gumes. “Certo é que seguimos atentos e não iremos cruzar os braços, sempre em prol do apoio à infância e à terceira idade, camadas que nos são muito queridas e também a razão do empe-nho dos nossos profissionais”, remata Artur Borges.

Gestos NotáveisA Gestos Notáveis é uma empresa cujo acionista único é o Centro Social de Santa Cruz do Douro e foi criada no sentido de dar respos-tas complementares àquelas que podem ser proporcionadas pela instituição. “Esta é uma empresa que surgiu há poucos meses e com ela pretendemos promover inicia-tivas e atividades que se prendem com o apoio social. Com a Gestos Notáveis podemos dar respostas diferentes e dar sustentabilidade ao próprio centro”, explica Artur Borges. “Um utente que necessite, por exemplo, de obras na sua casa ou até mesmo de uma pessoa para acompanhamento permanente pode contactar esta empresa que irá contratar quem de direito para poder prestar esses serviços”. Para além disso, será ainda criada uma loja social com venda de roupas a preços simbólicos, no sentido de esta ser uma mais-valia para pessoas mais necessitadas e, em simultâneo, gerar alguma receita para que se torne possível esta simbiose entre o centro social e a Gestos Notáveis.

Page 58: SANTIAGO DO CACÉM

Na freguesia de Antime, no concelho de Fafe, tem lugar o Centro Social e Paroquial de Antime que nasceu do sonho e da vontade

do padre Alfredo Cardoso. Contempla todas as valências vocacionadas para a terceira idade e, neste momento, são cerca de 50 os idosos que contam com os serviços prestados por esta

instituição que conta, na sua história, com 17 anos de apoio a uma das camadas mais frágeis da sociedade.

► “O Centro Social e Paroquial de Antime é uma ideia antiga, um sonho que sem-pre tentei ver concretizado”, conta Alfre-do Cardoso, pároco na freguesia de Anti-me há mais de 30 anos. “Inicialmente, o objetivo era criar um espaço onde os ido-sos pudessem passar algum tempo de qualidade em convívio uns com os ou-tros, uma espécie de centro de dia em que, no final, iam para as suas casas”. Na realidade, essa acabou por ser uma mo-dalidade que se revelou com menor pro-cura e necessidade e, após a cedência do edifício onde hoje se localiza este cen-tro social à própria instituição, foi iniciado

o projeto para uma Estrutura Residencial para Idosos (ERPI).Na altura, “era esta a principal lacuna que se denotava na freguesia de Antime. Havia muita procura por este tipo de resposta social e não existiam casas capazes de a proporcionar, como hoje existem”, explica o pároco e presidente da instituição. À conversa com o Empresas+® esteve também a diretora técnica do Centro So-cial e Paroquial de Antime, Liliana San-tos, assistente social de formação, que nos deu conta daquelas que são as va-lências e respostas sociais proporciona-das por esta casa.“Neste momento, dispomos daquelas que são as três principais valências desti-nadas a terceira idade, onde estão incluí-das as respostas sociais de estrutura re-sidencial para idosos, centro de dia e ser-viços de apoio domiciliário. No ERPI, te-mos dez utentes residentes e a nossa ca-pacidade máxima encontra-se lotada. In-felizmente, temos de recusar diariamen-te a admissão de novos residentes mas não temos forma de os acolher na nossa casa, dada a nossa reduzida capacida-de”, lamenta Liliana Santos.

No centro de dia, são 15 os idosos que pas-sam os seus dias ao cuidado de uma equi-pa de profissionais que, com eles, desen-volve diversas atividades capazes de lhes proporcionar dias diferentes e mais dinâmi-cos. Contemplados pelo serviço de apoio domiciliário estão ainda 23 idosos que, nas suas casas, recebem todos os cuidados e serviços que se revelem de primeira neces-sidade, desde os cuidados de higiene ao tratamento de roupas, por exemplo. “O nosso espaço acaba por se revelar pe-queno face às necessidades e, como tal, também a nossa capacidade se torna re-duzida”, diz a diretora técnica deste cen-tro social. “Esta é uma instituição de reta-guarda da Igreja e fazemos um grande esforço para tentar dar o máximo apoio ao maior número de pessoas que nos é

ATENÇÕES VOLTADASPARA A TERCEIRA IDADE

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE ANTIME

58

permitido”. Por outro lado, a direção do Centro Social e Paroquial de Antime la-menta ainda a falta de apoio por parte das entidades governamentais que não correspondem às verdadeiras necessida-des da instituição e dos seus utentes. No entanto, o trabalho prestado por esta instituição continua a ser feito nesta que é uma casa de família onde imperam os valores de proximidade e serviço pelo próximo entre utentes e colaboradores. “O facto de sermos um centro social de menor dimensão permite que tenhamos uma relação muito próxima para com os nossos idosos. A equipa de colaboradores conhece bem as suas necessidades e so-mos como uma família. É principalmente essa referência que nos deixa orgulho-sos”, remata o padre Alfredo Cardoso.

Alfredo Cardoso e Liliana Santos

Page 59: SANTIAGO DO CACÉM

Na freguesia de Revelhe, no concelho de Fafe, está instalado o Lar da Criança, a única resposta social com a vertente de Lar de

Infância e Juventude (LIJ) e Centro de Acolhimento Temporário (CAT), dinamizada pelo Centro Social e Paroquial de Revelhe. Esta é uma

casa para uma família numerosa que proporciona um ambiente acolhedor a crianças e jovens que são retirados às suas famílias por

motivos vários. O Lar da Criança conta com apenas 20 anos na sua história, ao longo dos quais acolheu já cerca de 150 menores.

► O Centro Social e Paroquial de Revelhe nasceu da necessidade denotada no con-celho de Fafe de uma residência destinada a crianças e jovens em risco. Surgiu, assim, o Lar da Criança há cerca de 20 anos com uma resposta social cujo foco é o acolhi-mento de crianças e jovens dos sexos femi-nino e masculino, dos zero meses aos 21 anos de idade, tendo o mais novo seis me-ses de idade e o mais velho 19.O principal objetivo de uma instituição des-te caráter é proporcionar a estas crianças e jovens uma casa onde impera um registo e ambiente familiar. “Somos todos uma gran-de família e, aqui, incluímos os nossos 26 meninos e meninas, bem como toda a nos-sa equipa educativa, técnica e auxiliar que, para eles, deve ser um modelo de referên-cia humana”, refere o padre José Miguel

Cardoso, presidente da direção do Lar da Criança. "Não podemos esquecer também todos os voluntários, benfeitores, parceiros institucionais e amigos, que fazem desta missão uma tarefa humana de toda a co-munidade que nos envolve", acrescenta.José Miguel Cardoso explica ainda que esta é uma instituição que segue o principal pro-pósito da doutrina cristã de ajuda ao próxi-mo e é dessa forma que todas as ativida-des diárias são canalizadas em função da-quela que pressupõe ser uma das realida-des mais frágeis da sociedade. “Os menores cá acolhidos vêm por decisão que parte do tribunal, da Segurança Social ou da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. Isso é feito para que seja salvaguar-dada a integridade física e psicológica des-sas crianças que, na sua maioria, sofrem de

violência doméstica, risco de pobreza, negli-gência parental ou insucesso escolar”. O pároco refere ainda que “essas são adversi-dades que causam grande impacto na vida dos menores e é por essa razão que são re-tiradas para acolhimento, sendo que esta é sempre a última opção a ser considerada”.Quanto ao dia a dia destas crianças e jo-vens que são provenientes, essencialmen-te, de Fafe, Guimarães, Celorico de Basto e Cabeceiras de Basto ou outros concelhos limítrofes, esse é levado a cabo da forma mais natural possível, inserindo-os na es-cola local, na comunidade civil, e propor-cionando ainda outras atividades extracur-riculares, como o desporto ou a música, capazes de lhes transmitir valores que a di-reção do Centro Social e Paroquial de Re-velhe considera de grande relevância para a sua educação e formação. “Apostamos muito na cultura, no tempo dedicado ao

UMA FAMÍLIA PARA CRIANÇASE JOVENS EM RISCO

LAR DA CRIANÇA – CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE REVELHE

59

estudo, na formação cívica, nos momentos comunitários e também na dinamização das horas livres. Num tempo em que vigo-ra o dogma social da hiperatividade, consi-deramos importante haver um tempo pró-prio para as crianças convierem entre si, segundo uma pedagogia da diferença".Um investimento muito forte nos últimos tempos, conforme refere a direção, tem sido feito com as famílias de origem destas crian-ças e jovens, procurando ajudá-las a redefi-nir certos comportamentos e visando a me-lhor reinserção destas crianças e jovens nas suas casas, o principal objetivo desta causa. Para além disso, e como uma instituição vo-cacionada para a ajuda ao próximo, o Cen-tro Social e Paroquial de Revelhe está ainda inscrito na plataforma destinada ao apoio aos refugiados, mostrando a sua inteira dis-ponibilidade para com os irmãos e irmãs mais necessitados deste mundo.

José Miguel Cardoso

Page 60: SANTIAGO DO CACÉM

A Fundação Patronato de Santo António é uma IPSS do concelho de Sabrosa, que reúne respostas sociais ao nível da terceira

idade. Com centro de dia e serviço de apoio domiciliário, a instituição está ao serviço de mais de 50 utentes e

fundamentalmente de toda a comunidade.

► Na pequena Vila de Sabrosa, nasceu há 76 anos uma fundação, cujo principal obje-tivo era organizar e sustentar uma associa-ção de beneficência, educação e recreio para crianças, inicialmente do sexo femini-no. A Fundação Patronato de Santo António nasceu por iniciativa de António Monteiro, um benemérito da Vila, que manifestou em testamento e nos seus estatutos a inten-ção de que o seu presidente fosse sempre o pároco da Vila. Em 1989, sob presidência do então pároco José Gil, estabeleceram-se os acordos de cooperação com a Seguran-ça Social para a instituição, das respostas sociais de serviço de apoio domiciliário (SAD), centro de dia e Centro de Atividades para os Tempos Livres (CATL). Fora a pri-meira instituição do Concelho a reunir este conjunto de valências e a sua longevidade transmite uma grande confiança em toda a comunidade. Óscar Mourão, atual Pároco e presidente da Fundação, acredita mesmo

que esta casa é sinónimo de segurança pa-ra a comunidade porque “as pessoas sa-bem que no futuro têm aqui um lugar pre-parado para os servir, seja como utentes seja como familiares”.Atualmente as respostas da instituição centram-se na terceira idade com as va-lências de centro de dia e SAD. Embora tenha perdido o acordo para o CATL, a instituição não se desvinculou totalmen-te do público infantil e celebrou um proto-colo com a autarquia e o agrupamento de escolas que lhe delega competências pa-ra a organização de atividades de anima-ção e apoio à família para crianças do pré-escolar e 1.º ciclo.No que se refere à resposta social de centro de dia, a nível de acordo de coo-peração, existe capacidade para apenas dez utentes, tendo o equipamento capa-cidade para 20 e neste momento a fun-dação acolhe 18, sendo alguns deles, utentes do SAD porque “verificamos que muitos destes utentes não têm retaguar-da familiar, não se encontram muito au-tónomos e por isso necessitam de cui-dados básicos e de estar acompanha-dos”. Em termos de organização, todos os utentes vêm diariamente para a fun-dação e aqui começam o dia com a rea-lização de várias atividades. Elas são di-

versificadas ao longo dos dias da sema-na: trabalhos de psicomotricidade, de estimulação cognitiva, atividades físicas e religiosas, entre outras dinamizadas consoante as necessidades de cada um. São realizadas também várias ativida-des ao longo do ano principalmente em dias comemorativos em conjunto com outras instituições e/ou autarquia. Al-guns utentes beneficiam ainda de trans-porte e acompanhamento às consultas médicas, levantamento da medicação e assistência medicamentosa. Na resposta social de SAD, este tem acor-do de cooperação para 49 utentes e ca-pacidade para 50. Todos os dias é feita “visita” pelos domicílios onde se prestam serviços de entrega e acompanhamento de refeição, higiene pessoal, higiene ha-bitacional e tratamento de roupas. Estes utentes também podem sempre que ne-

A Instituiçãomais antiga de Sabrosa

FUNDAÇÃO PATRONATO DE SANTO ANTÓNIO

60

cessário, requerer acompanhamento mé-dico e participar em todas as iniciativas promovidas pela Instituição.A Fundação Patronato de Santo António, formalizou com o Centro Distrital da Se-gurança Social de Vial Real, um protocolo para fazer face ao PEA (Programa de Emergência Alimentar), Cantina Social para 68 refeições por dia. Para distribui-ção dessas refeições a instituição fez par-ceria com quatro instituições do concelho para conseguir abranger um maior núme-ro de famílias carenciadas. A área territo-rial de intervenção são as freguesias do concelho de Sabrosa.A fundação tem tido um papel ativo na vi-da da comunidade e em contrapartida, ela agradece participando em todas as dinâ-micas propostas, e fazendo donativos que contribuam para uma melhor qualidade de vida de todos os seus utentes.

Tânia Oliveira, Conceição Lapae Óscar Mourão

Page 61: SANTIAGO DO CACÉM

Com cerca de 75 anos de serviços vocacionados em prol da comunidade de Tadim, a Casa do Povo de Tadim contempla, hoje,

muitas mais respostas sociais do que aquelas para as quais foi concebida. A infância e a terceira idade são os principais focos

desta instituição que concentra em si uma creche com berçário, jardim de infância e CATL (Centro de Atividades de Ocupação de

Tempos Livres), Estrutura Residencial para Idosos (ERPI), centro de dia e serviço de apoio domiciliário (SAD). Paralelamente, tem em

funcionamento uma cantina e uma Loja Social, em parceria com a Junta de Freguesia de Tadim. Ao cuidado destas causas está uma equipa multidisciplinar que, diariamente, trabalha para que estes

serviços sejam assegurados e também tidos como uma referência na área envolvente da freguesia de Tadim.

► Esta é uma instituição com uma histó-ria marcada pelo serviço em prol das pes-soas da comunidade da freguesia de Ta-dim, e freguesias adjacentes próximas de Braga. No início, quando foram criadas as Casas do Povo a nível nacional, tinham co-mo principal causa o apoio a jovens que não possuíam uma ocupação, promoven-do formação em diferentes artes. Apenas mais tarde, com a mudança da legislação associada a este tipo de Casas, foram ins-tauradas novas valências que ainda hoje imperam na Casa do Povo de Tadim. Como explica José Cunha, presidente da instituição, “a casa foi crescendo com a abertura do jardim de infância e depois cre-che e o CATL. Posteriormente, com a cres-

cente procura criou-se o SAD e outras res-postas direcionadas para a terceira idade com a construção do Lar Residencial para Idosos e centro de dia. Em 2012 inicia o funcionamento da cantina social para 65 utentes e em 2014 abre a Loja Social. Es-tes serviços são prestados em dois edifí-cios, um dedicado à infância e outro aos idosos. A Loja Social está situada num edi-fício também pertencente à Casa do Povo de Tadim, embora mais afastado.Responsável pela vertente dedicada às crianças está a diretora técnica Sandra Cruz Peixoto que dá conta de que, neste momen-to, são cerca de 210 as crianças que fre-quentam a creche, o jardim de infância e o CATL. “Estas são respostas sociais que se

revelam essenciais no meio em que esta-mos. Tentamos adaptar-nos também às possibilidades dos pais das nossas crian-ças e percebemos que aqui existem famí-lias carenciadas que têm de sentir o nosso apoio”, explica Sandra Peixoto. Quanto às valências dedicadas aos ido-sos, estas são coordenadas pela diretora técnica Célia Martins. No Lar Residencial encontram-se 14 utentes e 15 no centro de dia, onde passam o seu dia. No SAD estão contemplados igualmente 15 uten-tes. Por serem respostas que se revelam cada vez mais essenciais, existe a vonta-de de apostar continuamente nestas va-lências e aumentar a sua capacidade. “Esta é uma casa familiar, tratamos todos os utentes, crianças, jovens e idosos como uma família. Esta é a casa deles e preten-demos prestar um serviço ímpar e que vá de encontro àquilo que é pretendido pelos pais das nossas crianças e pelos familia-res dos idosos. É muito importante termos flexibilidade quanto às mensalidades pra-ticadas e não podemos, de todo, igualar aquilo que é pedido nas grandes cidades,

75 anos de apoio à comunidadeCASA DO POVO DE TADIM

61

pois este é um meio rural e pequeno”, ex-plica Sandra Peixoto. De qualquer forma, a área de atuação desta instituição é bem mais alargada e há utentes que também vêm da própria cidade de Braga para Ta-dim, devido à qualidade do atendimento e pelo facto de possuir uma rede alargada de transportes (um autocarro e três carri-nhas com nove lugares). Ao cargo da Casa do Povo de Tadim estão cerca de 50 trabalhadores e, para José Cunha, essa é uma grande responsabili-dade “pois são muitas as famílias que de-pendem do trabalho que aqui desenvolve-mos”. Para além disso, esta Casa dinami-za ainda estágios em parceria com esco-las, universidades e instituições da região, acolhendo alguns profissionais que ali prestam serviços direcionados quer para a infância, quer para a terceira idade.Inspirada em Fernando Pessoa com a afirmação “Tenho em mim todos os so-nhos do mundo”, esta instituição não de-siste de apoiar a comunidade já há lon-gos anos, continuando a sonhar com mais e melhor.

Sandra Peixoto, José Cunha e Célia Martins

Page 62: SANTIAGO DO CACÉM

O Centro Social e Paroquial do Calvão tem lugar na freguesia do Calvão, no concelho de Vagos. Surgiu como uma resposta social necessária numa localidade em que a famílias ali fixadas viviam

essencialmente dos setores da agricultura e da pecuária e, neste momento, esta é uma instituição que apoia a população sénior e

também os mais novos, com as valências de creche, Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL), centro de dia, serviço de apoio

domiciliário e dinamiza ainda atividades de animação e apoio à família, bem como o fornecimento de refeições às crianças das escolas. Para dar continuidade a esta causa, este centro social conta com o apoio dos seus colaboradores e também de alguns

benfeitores da freguesia que fazem já parte desta que é uma grande família.

► Data de 27 de março de 1986 a cria-ção, com suporte jurídico, do Centro Social e Paroquial do Calvão que, pelas mãos e vontade do povo se ergueu nesta fregue-sia do concelho de Vagos, em Aveiro. De-pois de surgirem alguns movimentos que visavam o desenvolvimento da localidade e o apoio aos locais, “um grupo de pes-soas movidas pela forte vontade da popu-lação, depois de analisarem a situação so-cial e religiosa da freguesia, chegaram à conclusão de que o Calvão necessitava de um centro de apoio para as famílias”, co-

mo explica o padre José Arnaldo, que dedi-ca parte dos seus dias a esta instituição e à causa social da sua paróquia.Desde logo, um casal benfeitor, Joaquim Quintino Brites e Maria da Luz Pereira, cedeu o terreno para a construção da obra onde iria nascer o centro e, mais tar-de, no ano de 1996, “começaram as ati-vidades do centro social com as valên-cias de Apoio de Tempos Livres (ATL) para as crianças em idade pré-escolar e ensi-no básico, bem como a valência de cen-tro de dia para os idosos”.

Hoje em dia, o CATL permite dar resposta às necessidades dos pais e crianças e contribui ainda para o desenvolvimento educativo destas últimas. Na creche es-tão 42 crianças até aos três anos de ida-de e, em colaboração estreita e próxima das famílias, são desenvolvidas diaria-mente atividades que as conduzem a uma formação plena, a todos os níveis. Para a terceira idade, estão reservadas as importantes valências de centro de dia e serviço de apoio domiciliário. Am-bas as respostas contemplam 80 utentes e revelam-se, por isso, essenciais no Cal-vão, com benefícios quer para os idosos, quer para as famílias que deixam os seus entes queridos ao cuidado de uma equi-pa multidisciplinar caraterizada pela “en-trega e dedicação”, como se orgulha o presidente da instituição, José Arnaldo. “Ao Centro Social e Paroquial do Calvão,

A CAUSA SOCIAL COMOUM DESAFIO DO DIA A DIA

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DO CALVÃO

62

em colaboração com a Câmara Municipal de Vagos, cabe o papel de apoiar a edu-cação pré-escolar, nomeadamente no de-senvolvimento de atividades complemen-tares de ação educativa”. Com isto, esta instituição propõe-se à prestação de ser-viços de almoço e prolongamento do ho-rário letivo. Na atualidade, os desafios enfrentados pelo Centro Social e Paroquial do Calvão são cada vez mais acrescidos e é com o apoio da comunidade local que se torna possível a prestação destes tão importan-tes serviços destinados às populações jo-vem e sénior. Para um futuro próximo, o padre José Arnaldo sonha poder contar com a concretização de algumas obras de melhoramento do edifício onde está confi-nada a sede do centro social para, assim, poder continuar com a sua nobre causa em prol da comunidade do Calvão.

José Arnaldo

Page 63: SANTIAGO DO CACÉM

Em Vila Real, a referência quanto à área da mediação de seguros concentra-se no gabinete de Carlos Noronha, com uma vasta

experiência de cerca de 25 anos nesta atividade. Ao longo de todo este tempo, a principal marca deixada por este mediador tem sido

com base no profissionalismo, na confiança e na disponibilidade para dar solução aos eventuais problemas dos clientes. Nos últimos

anos, Carlos Noronha aposta mais nos seguros pessoais, nomeadamente seguros de saúde e vida, pelo que alerta para a

constante consciencialização desta que é uma mais-valia.

► “São quase 25 anos de atividade na área da mediação de seguros. É bastante tempo, muita experiência e também imen-so trabalho, é verdade. No entanto, sem-pre com o mesmo empenho”. É nestes ter-mos que Carlos Noronha faz referência àquela que é a sua atividade diária, sem-pre em prol da consumação do seu objeti-vo primordial: a satisfação do cliente.

A sede da Carlos Noronha, Mediação de Seguros é, efetivamente, na cidade de Vi-la Real. No entanto, este mediador tem a seu cargo clientes e parceiros que se es-palham um pouco por todo o país, entre particulares, empresas e instituições. Certo é que a zona de Trás-os-Montes é primordial como o seu raio de atuação mas, dado o desinvestimento sentido nos últimos anos nesta região, essencialmen-te com a quebra no setor da construção civil, houve necessidade da procura de outras oportunidades e parceiros, no-meadamente no que respeita ao objetivo de oferecer novos serviços.“Estamos muito satisfeitos com os nos-sos clientes, sentimos muito orgulho por poder continuar a contar com eles e é gratificante sentir a confiança que é em nós depositada”, conta Carlos Noronha. É nesse sentido que nos últimos anos tem sido feito um cada vez maior investi-mento nos seguros de saúde e na oferta relativa a essa modalidade. “Acredito que os seguros de saúde são uma grande mais-valia e irei sempre aconselhar aos

meus clientes esse tipo de serviço. Ha-vendo essa possibilidade por parte deles, esta é, sem dúvida, a melhor prenda que podem dar a si próprios”, explica Carlos Noronha que confessa privilegiar muito mais os seguros para as pessoas, para além dos seguros obrigatórios como é o caso do seguro automóvel ou do seguro para acidentes de trabalho. Carlos Noronha alerta ainda para a cons-tante formação dos profissionais ligados à mediação de seguros, uma vez que vão surgindo sempre novas legislações e se revela necessário atualizar o cliente, ten-do sempre como objetivo a sua máxima informação. Por outro lado, a assistência em caso de necessidade é uma das gran-des mais-valias do seu gabinete e é por essa via que tenta diferenciar-se.

ONDE O OBJETIVO PRIMORDIALÉ A SATISFAÇÃO DO CLIENTE

CARLOS NORONHA - MEDIAÇÃO DE SEGUROS

63

“Não podemos desligar o telefone e ten-tamos estar disponíveis a qualquer hora, sempre como principal apoio para o nos-so cliente. É essa uma das principais ra-zões que faz com que alguns clientes confiem no nosso trabalho e, por isso, es-tejam connosco praticamente desde o início”, orgulha-se o mediador. O ano de 2016 foi bastante positivo para a Carlos Noronha, Mediação de Seguros, e a pretensão para o presente ano é uma aposta nos recursos humanos para que continue a ser desenvolvido o exce-lente trabalho até então delineado. “Es-peramos que o futuro reserve coisas boas aos nossos clientes para que pos-samos crescer com eles e acompanhá-los nos seus constantes desafios”, remata Carlos Noronha.

Carlos Noronha

Page 64: SANTIAGO DO CACÉM

Carla Cabral é farmacêutica e tem a seu cargo, há cerca de 13 anos, a Farmácia de Cerva, na freguesia com o mesmo nome, município de

Ribeira de Pena. Aqui a proximidade é imperativa e os utentes sabem que a disponibilidade para ajudar na resolução dos seus

problemas de saúde é total, pelo que este estabelecimento está aberto todos os dias, até mesmo ao fim de semana.

► Cerva é uma freguesia com cerca de três mil habitantes e pertence ao conce-lho de Ribeira de Pena, distrito de Vila Real. O inverno aqui é rigoroso e o verão, esse, eleva-se ao extremo calor. Esta pe-quena vila de Trás-os-Montes dá também nome à farmácia local, a Farmácia de Cerva de Carla Catarina Alves Teixeira Ca-bral, farmacêutica natural da capital do distrito e que ali concentra os seus servi-ços desde o ano de 2003. “Na altura em que decidi enveredar pelo estudo da área farmacêutica tinha 17 anos e foi quase que por acaso que tomei essa opção”, conta Carla Cabral, diretora técnica da Farmácia de Cerva. “Os meus primeiros anos como farmacêutica foram passados na área hospitalar e essa foi uma experiência da qual gostei muito”. Após oito anos de farmácia hospitalar na

Régua, por força e incentivo de familiares, Carla Cabral decidiu concorrer ao concur-so do Farma2001, um Plano Nacional de Abertura de Novas Farmácias e foi, assim, parar à vila de Cerva, no ano de 2003. “Estou cá há 13 anos e estou muito satis-feita com o trabalho que aqui desenvolve-mos na farmácia. Faço equipa com a far-macêutica Carina Gaspar e com ela vou tentando implementar um cada vez maior número de serviços que considero serem uma mais-valia para a população”. Para além da disponibilidade de todo o ti-po de medicamentos e produtos destina-dos à saúde, a Farmácia de Cerva dispõe ainda dos serviços de medição de coleste-rol, triglicéridos e de glicemia, esta última prestada de forma gratuita nas suas insta-lações. Existem também consultas de nu-trição dadas por uma nutricionista que se

desloca à farmácia, todas as semanas. Para Carla Cabral, a principal mais-valia associada à sua farmácia reside na proxi-midade que existe junto dos utentes, os quais trata pelo nome. “Somos, muitas vezes, a primeira opção quando as pes-soas estão doentes e precisam de medi-cação. No entanto, não somos médicos nem pretendemos substituir o seu papel e, numa região em que existe falta de profissionais de saúde, torna-se compli-cado para nós e para os utentes gerir es-sa situação”, lamenta. Quanto ao que se revela ser possível, existe disponibilidade por parte da equipa técnica para se des-locar à farmácia quando alguém necessi-ta de um medicamento fora de horas e, na falta dessa medicação, é assegurada a sua acessibilidade num prazo de 12 ho-ras, uma vez que a entrega na farmácia é feita duas vezes ao dia.

A FARMÁCIADA COMUNIDADE CERVENSE

FARMÁCIA DE CERVA DE CARLA CATARINA ALVES TEIXEIRA CABRAL

64

A Farmácia de Cerva está associada ao movimento das Farmácias Portuguesas e, através de um cartão que acumula pontos consoante as compras, os utentes pode-rão beneficiar de alguns produtos em ca-tálogo que podem ser trocados pelos refe-ridos pontos e ainda de vales em dinheiro que podem ser descontados nas compras habituais realizadas na farmácia.Carla Cabral percorre diariamente cerca de 70 quilómetros entre Cerva e Vila Real, onde reside, e considera que a Far-mácia de Cerva será a sua causa nos pró-ximos anos. “Estou bem aqui e não pre-tendo mudar-me para outra localidade. Conheço bem as pessoas que vêm cá e é a esta proximidade que elas estão habi-tuadas”, orgulha-se a farmacêutica. A Farmácia de Cerva abre diariamente das 9h às 13h e das 14h às 19h e, ao fim de semana, das 9h às 13h.

Carina Gaspar e Carla Cabral

Page 65: SANTIAGO DO CACÉM

Este é um espaço vocacionado para a saúde e bem-estar dos seus clientes e onde o bom atendimento e aconselhamento são a chave

para que este volte. A Dolcefarma aposta fortemente na comercialização de produtos de dermocosmética, suplementação

alimentar e uma vasta gama de puericultura. Para além disso, dispõe ainda de uma oferta variada de serviços que pretendem ser uma

mais-valia para o cliente, como é o caso de consultas de nutrição, Podologia ou Osteopatia. Vale a pena visitar este espaço que conta

ainda com profissionais qualificados e disponíveis para aconselhar o cliente, num horário bastante alargado.

► A Dolcefarma encontra-se localizada naquela que é a maior superfície comer-cial da cidade de Vila Real e, desde logo, a sua localização é uma grande mais-va-lia. Desde o ano de 2013, a sua direção técnica está ao cargo de Nathalie Santos, licenciada em Ciências Farmacêuticas e que aqui começou a exercer funções. “Aceitei o desafio e decidi arriscar na aquisição desta parafarmácia numa altu-ra de crise e de alguma dificuldade no se-tor. Apesar de os primeiros anos terem si-do complicados, a Dolcefarma enfrenta agora tempos mais risonhos e é nesse

sentido que temos direcionado toda a nossa aposta de forma a conquistar a confiança do cliente e fidelizá-lo tam-bém”, explica a empresária. Ao lado de Nathalie Santos, está o seu bra-ço direito, Nuno Angélico, responsável pelo serviço de atendimento e aconselhamento ao cliente. “Uma vez que numa parafarmá-cia não podemos comercializar medica-mentos sujeitos a receita médica, tenta-mos aqui oferecer um leque de produtos e outros medicamentos, bem como serviços adicionais que consideramos serem uma mais-valia para o nosso cliente”, conta o só-cio-gerente. “Apostamos muito em produ-tos de dermocosmética e em suplementa-ção alimentar. Por outro lado, focamo-nos também em mamãs e bebés, com muitos produtos e acessórios destinados à pueri-cultura e alimentação infantil”.Para além da vasta gama de produtos de saúde e bem-estar, a Dolcefarma dinami-za ainda uma série de serviços comple-mentares de saúde e estética. “Temos parceria com uma empresa que realiza

ecografias 3D/4D e essa tem-se revelado uma experiência muito enriquecedora pa-ra os futuros pais. Dispomos também de consultas semanais de nutrição e podolo-gia, bem como do serviço de osteopatia por marcação. Na vertente da estética, te-mos profissionais de saúde a realizar o serviço de fotodepilação. Estas têm sido parcerias que agradam ao nosso cliente e estamos sempre disponíveis para atender às suas necessidades e pretensões com a abertura a outras que possam surgir”, co-mo dá conta Nathalie Santos. Na Dolcefarma, certo é que não irá abando-nar o estabelecimento sem um aconselha-mento válido por parte de uma equipa de profissionais vocacionada para o atendi-mento ao cliente e com formação constan-

UMA PARAFARMÁCIADE REFERÊNCIA EM VILA REAL

DOLCEFARMA

65

te na área. “O nosso principal objetivo é sa-tisfazer o cliente e, se necessário, reenca-minhamo-lo para uma farmácia ou médico, quando aqui não podemos ser úteis”. Num futuro próximo, o objetivo de Natha-lie Santos passa pela expansão da Dolce-farma, pelo que acredita na potencialida-de e qualidade dos serviços que no seu estabelecimento são prestados. “Gosto de arriscar e o nosso foco é poder alargar um pouco o nosso raio de ação, assim co-mo os nossos serviços. Queremos, no en-tanto, fazê-lo de forma sustentada, sem-pre com a certeza de continuar a propor-cionar um serviço personalizado”, rema-ta a farmacêutica. A Dolcefarma está dis-ponível para o cliente num horário alarga-do, diariamente das 10h às 23h.

Nathalie Santose Nuno Angélico

Page 66: SANTIAGO DO CACÉM

Falar da Auto S. Faustino é falar de uma marca que está ligada à história da Régua. Fundada na década de 70, sempre se posicionou no mercado como uma empresa que procurou

responder às necessidades dos seus clientes no ramo automóvel. Os anos passaram-se e a Auto S. Faustino foi

acompanhando as evoluções do mercado, posicionando-se hoje como um player de referência na região.

► A Auto S. Faustino foi criada no ano de 1972 pelo tio do atual proprietário, Tiago Pereira. Inicialmente representava as marcas Toyota e posteriormente Volkswa-gen. Mais tarde foi posta de parte a mar-ca Toyota e adquiriram a concessão da Opel, que se mantém até aos dias de ho-je. Já no ano de 2009 conseguiram ad-quirir as marcas Fiat e Isuzu através de agência e reparadores diretos a nível de oficina. Apesar de sempre terem corres-pondido com todas as exigências da mar-cas representadas e respondido com qualidade a todas as necessidades dos clientes, o objetivo da empresa passa por se direcionar para outra vertente. “Atual-mente estamos numa fase de entrega de todas as marcas e estamos a direcionar completamente o negócio para a área multimarca, não só a nível de vendas co-

mo de oficina”, confessa o empresário, salientando que esta aposta se prende pela necessidade de abranger o máximo de serviços e marcas possíveis. Os clientes da Auto S. Faustino podem en-contrar um vasto conjunto de serviços prestados por profissionais qualificados, como por exemplo a venda de peças mul-timarca, originais ou aftermarket, serviços de mecânica, mecatrónica, eletricidade, chapa e pintura, estação de serviço com lavagem automóvel self-service, acordos com companhias de seguros e com em-presas de mecânica e comerciantes de automóveis. Com uma área de atuação que abrange as regiões de Peso da Régua, Lamego, Pinhão e São João da Pesqueira, a Auto S. Faustino aposta em dar uma res-posta eficaz a nível de vendas ou oficina por forma a fidelizar os seus clientes. “Te-

mos muitos clientes fiéis, alguns deles já não são Opel mas mantêm-se fiéis na par-te da oficina”, confessa o proprietário.“Neste momento o foco está em apostar na formação dos colaboradores em multimar-ca e apostar na qualidade do serviço em multimarca”, refere Tiago Pereira, acres-centando que outro dos focos desta empre-sa passará pela aposta nos seminovos, car-ros que têm bastante procura no mercado. “Este tem sido o nosso foco de negócio por forma a recuperar o período de crise pelo

Uma marca de confiançaem serviços auto

AUTO S. FAUSTINO

66

que o setor passou”, sublinha o empresário que prevê aumentar a sua faturação de 600 mil euros para um milhão de euros já em 2017, uma estimativa que é fruto da venda de automóveis, embora preveja que a oficina vá crescer também.Olhando para o futuro, Tiago Pereira admi-te que o principal projeto e foco da Auto S. Faustino passa por aderir a um franchi-sing multimarca e crescer no serviço de venda de automóveis. Esta previsão no crescimento de vendas de automóveis le-va o administrador da empresa a almejar um projeto ainda mais ambicioso, a aber-tura de um novo espaço apenas destinado a este serviço. “Temos 46 anos de merca-do e a Auto S. Faustino tem muitos clien-tes fidelizados”, sublinha Tiago Pereira, salientando que todo o sucesso alcança-do se deve à preocupação em responder com qualidade a todos os clientes.

Tiago Pereira

Page 67: SANTIAGO DO CACÉM

A PN Pneus é uma empresa recente no mercado vilarealense e é conduzida, desde 2014, por Pedro Nóbrega, que conta com vários

anos de experiência no ramo dos pneus para todo o tipo de veículos. Para além da mudança de pneus, existe ainda uma série

de serviços destinados ao ramo automóvel onde a equipa da PN Pneus tem vindo a apostar, destacando-se, assim, pela qualidade

com que os pratica e pela disponibilidade para com o cliente.

► Pedro Nóbrega nasceu em Lisboa mas, aos 18 anos, quando decidiu voltar para a terra natal da família, a capital do distrito de Vila Real, foi no ramo dos pneus para automóveis que apostou enquanto sua atividade profissional. É então desde o ano de 1999 que o agora empresário se dedica a esta atividade mas, só há pouco mais de dois anos é que Pedro Nóbrega trabalha por sua conta, com a abertura de uma estrutura sua onde é realizado um variado leque de serviços. Em 2014, Pedro Nóbrega abriu a PN Pneus, um espaço onde é dinamizado um leque de ofertas variadas e destinadas a todo o tipo de veículos. “Comecei sozinho com o meu negócio e, neste momento, já tenho mais duas pessoas na equipa da PN Pneus. Dispomos de vários serviços

para o nosso cliente onde se destaca a mudança de pneus, o serviço que nos é solicitado em maior escala”, conta o em-presário. Na altura começaram com 80 pneus novos e 200 seminovos e atual-mente contam já com 800 novos em stock e 200 seminovos, sendo agentes oficiais das marcas Falken, General, Nokian, Bridgestone, comercializando ainda ou-tras marcas como Michelin, Goodyear, Dunlop, Continental, entre outras.Aqui, o cliente sabe que pode contar com uma equipa disponível e num horário alar-gado e até mesmo o serviço e acompa-nhamento pós-venda são uma garantia. “Gosto sempre de satisfazer as necessida-des do meu cliente e tento, ao máximo, ajudar. Para isso, dispomos de um “SOS Furo”, algo que disponibilizamos ao clien-

te, dando a possibilidade de lhe prestar assistência aquando de um furo ou outro problema aqui na zona”. E se, no início, a grande maioria dos clientes era da zona de Vila Real, agora a PN Pneus abrange um leque de clientes provenientes de ou-tras cidades como Chaves, Murça ou Ma-cedo de Cavaleiros, por exemplo. “A ideia é sempre crescer de forma sus-tentada e no que respeita ao espaço esta-mos munidos de dois pavilhões que, na to-talidade, perfazem cerca de 800 metros quadrados. Houve alturas em que parecia que o espaço sobrava mas, neste momen-to, até se torna pequeno”, orgulha-se Pe-dro Nóbrega. “Esse é um facto que nos deixa satisfeitos e fazemos o que nos com-pete para poder fidelizar o cliente e pres-tar um serviço irrepreensível”. Para alicer-çar, cada vez mais, esta política, a PN Pneus tem vindo a investir em novos servi-ços e também na parceria com diversas marcas de pneus, com uma posição vinca-

AQUI HÁ MAIS PARA ALÉM DE PNEUS PN PNEUS

67

da no mercado nacional e internacional, como é o caso da Falken, uma marca japo-nesa. “Queremos ser uma referência para o cliente e continuar a crescer, nunca per-dendo de vista o objetivo de apostar na mão de obra qualificada e, inclusive, au-mentar o número de postos de trabalho”, diz Pedro Nóbrega que aprecia a humilda-de e honestidade dos seus colaboradores para com os clientes.

Novidade – Serviçode Mecânica RápidaMais recentemente, a PN Pneus introdu-ziu um serviço de mecânica rápida onde o cliente pode deixar o seu veículo a cargo de uma equipa multidisciplinar. Podem ser feitas mudanças de óleo, amortecedo-res, calços, discos, escovas, bateiras, dis-tribuições, entre outros serviços que pre-param o carro para uma inspeção. “Leva-mos o carro do cliente à inspeção e ele não tem de se preocupar com nada”.

Pedro Nóbrega, João Nóbrega, Paulo Sousa e António Gouveia

Page 68: SANTIAGO DO CACÉM

A DouroSystem é uma empresa com sede na cidade de Vila Real e que conta, no seu portefólio, com 18 anos de existência e também

com diversas obras e serviços prestados essencialmente no Norte do país e também em França. Aos seus clientes, apresenta todo o tipo de

soluções de caixilharia, desde janelas, portas, portões, gradeamentos, portões seccionais ou estores. Como empresa

familiar, é gerida por Luís Teixeira, com quase 30 anos de experiência na área, acompanhado pela sua esposa, Isabel Teixeira, responsável

pela vertente administrativa desta empresa transmontana.

► Luís Teixeira conta com quase 30 anos de experiência na área das caixilharias e, após a passagem por outra empresa do setor, decidiu aventurar-se e arriscar na criação da sua própria empresa, uma vez que acreditava ser detentor da capacida-de que lhe permitia ter os seus próprios clientes e realizar os seus trabalhos por conta própria. “A DouroSystem é uma empresa que está no mercado há já 18 anos e nasceu aqui, em Vila Real. Reuni alguns profissionais da área que já eram do meu conhecimen-to e começámos a trabalhar num peque-no armazém confinado a 200 metros quadrados”, explica o empresário. Mais

tarde, Isabel Teixeira, sua esposa, juntou--se à DouroSystem, depois de alguma ex-periência na área do ensino. Na atualidade, a DouroSystem tem sede numas novas instalações, perto do centro de Vila Real, instalações com uma área bastante superior à das anteriores e que permitem uma melhor logística de traba-lho e maior capacidade de resposta às so-licitações dos clientes. “Mudámos para as atuais instalações há cerca de um ano e essa foi uma mudança bastante positiva, uma vez que permitiu aos nossos colabo-radores uma diferente e melhor organiza-ção do trabalho diário. Conseguimos tam-bém ter uma área de receção mais aco-

lhedora para o nosso cliente, o que consi-deramos ser também muito importante”, acrescenta Isabel Teixeira. Quanto aos serviços disponibilizados pela empresa transmontana, é aqui possível to-do o tipo de serviços relacionados com o setor da caixilharia, desde a produção de janelas, portas, portões, gradeamentos, portões seccionais e estores. Todos estes serviços podem ser levados a efeito na re-gião Norte do país, com maior incidência nos distritos de Vila Real, Porto ou Viseu, para além de outras cidades limítrofes. O mercado francês veio a revelar-se, de há uns anos para cá, uma grande oportunida-de de negócio para alguns empresários portugueses e também para as empresas enveredarem pela via da exportação e in-ternacionalização. “Hoje em dia, a França é um país que requisita imenso os serviços de serralharia e caixilharia a empresas portuguesas. Somos competitivos quanto

A SOLUÇÃOIDEAL em CAIXILHARIAS

DOUROSYSTEM

68

ao valor dos orçamentos e imprimimos muita qualidade nos materiais que envia-mos, nunca esquecendo do nosso profis-sionalismo, vasta experiência e seriedade no negócio”, explica Luís Teixeira que ini-cialmente era contactado por portugueses emigrados em França e que foram referen-ciando o seu bom trabalho aos locais. Para o empresário, fidelizar o cliente é fun-damental e isso é feito através de um ser-viço bem prestado e também pela disponi-bilidade para um atendimento eficaz. Por outro lado, a ambição de chegar muito mais longe não está patente neste negó-cio e o principal objetivo da família Teixeira com a DouroSystem é um crescimento sustentado tendo em vista um dia a dia confortável. “Queremos fazer com que a DouroSystem possa crescer, no entanto, este é um negócio que corre bem e nos deixa realizados no quotidiano e é esse o nosso principal propósito”, remata.

Page 69: SANTIAGO DO CACÉM

David Luna e Pedro Videira uniram forças para, juntos, criarem uma empresa que pretende dar resposta ao nível informático a particulares e empresas, desde a instalação de um software de

faturação à consultoria na área da informática e das telecomunicações, para além da criação de websites. Na área de hardware, é também feita qualquer reparação em equipamentos,

tais como computadores, portáteis, telemóveis, tablets, entre outros. O Grupo Pood conta também com uma série de aplicações

desenvolvidas e que estão já no mercado, destinadas a diversos setores de atividade.

► O Grupo Pood é uma empresa vilarea-lense instalada numa das mais antigas ruas da cidade, e que tem como objetivo responder às necesssidades de hardware e software em sistemas informáticos. Como começa por contar David Luna, engenheiro informático de formação, “esta é uma em-presa e parceria que surgiu numa conversa de café com o Pedro Videira, sócio do Grupo Pood, após um convite por parte da SAGE, uma empresa de sistemas de faturação,

que me incentivou a ser seu parceiro no concelho de Vila Real e por aqui implemen-tar também esses sistemas”. Para o com-promisso que seria assumido, o engenheiro informático contou então com a associação de Pedro Videira e, a partir daí, os negócios começaram a aumentar, sempre associa-dos à marca DPL Informática. “Com os nossos variados serviços ofere-cemos toda a vertente de consultoria em informática e telecomunicações e, claro, damos suporte ao SAGE, desde a instala-ção do sistema de faturação a todo o acompanhamento necessário ao cliente e à sua empresa. Desenvolvemos ainda to-dos os serviços relacionados com o soft-ware e é nesse sentido que dispomos já, no mercado e a serem comercializadas, de algumas aplicações que se destinam a diferentes áreas de negócio”, explica Da-vid Luna. O GesBovinos é uma aplicação que efetua o registo de animais em explo-rações agrícolas ao criar relatórios com-pletos, tornando todos os recursos infor-matizados. A DPLCadernoCampo relacio-na-se com a fitossanidade e permite efe-

tuar o registo (data e hora) dos fitofárma-cos aplicados em determinadas culturas e gere as quantidades usadas e o intervalo de segurança entre cada aplicação. Para a gestão de empresas, existe a DPLEmpre-sa que proporciona ao gestor a apresenta-ção do registo diário de trabalho dos cola-boradores, gestão de todas as tarefas da empresa (projetos em diversas especiali-dades, concursos e gestão financeira) e, por último, a DPLConsumos onde é possí-vel registar os consumos de água, luz, gás ou telecomunicações e, a partir daí, criar a referência mensal sem que tenha de es-perar pela fatura.“Quanto aos serviços que disponibilizamos ao consumidor final, é nossa política tentar entregar as máquinas com maior brevida-de possível, de preferência, até no próprio dia. Por outro lado, responsabilizamo-nos sempre pelo nosso trabalho e por erros que possam ter surgido. O facto de eu estar ins-

O SEU PARCEIROINFORMÁTICO EM VILA REAL

GRUPO POOD | DPL INFORMÁTICA

69

crito na Ordem dos Engenheiros é uma mais-valia para o cliente pois existe uma re-taguarda que lhes é assegurada no caso de algum problema”, explica David Luna. Este é, para os sócios do Grupo Pood, um trabalho exigente e que implica muitas noites passadas em claro. “Também a fa-mília é um pouco penalizada pelo nosso trabalho pois diariamente levamos tare-fas para casa”, conta Pedro Videira, sa-lientando que tem horário de entrada, mas nunca de saída. No que diz respeito ao futuro, este passa pelo constante investimento na área da informática bem como na conquista de novos clientes em novos mercados e pro-cura de parcerias que possam constituir uma mais-valia para o desenvolvimento da nossa empresa. Certo é que a equipa se mantém firme e empenhada, sem per-der de vista o objetivo de fazer crescer este que é um grupo recente.

Serviços• Implementação de software faturação SAGE• Aconselhamento informático• Venda de material informático e eletrónico • Desenvolvimento de software, tanto web como Windows• Reparação de computadores, tablets, telemóveis, entre outros• Recuperação de dados em discos, pen’s, entre outros• Diagnósticos em qualquer aparelho eletrónico

Pedro Videira e David Luna

Page 70: SANTIAGO DO CACÉM

Foi há pouco mais de um ano que a Remax Fortuna abriu uma filial na cidade de Vila Real pelas mãos de uma equipa sem qualquer

experiência no ramo imobiliário. Após um ano de formação e aprendizagem, o mesmo grupo está agora focado no novo ano de

2017 e aposta fortemente na relação de proximidade e compromisso que assume com os seus clientes que tentam comprar ou vender casa. O objetivo por parte desta agência

imobiliária é continuar a crescer de forma sustentada e contribuir para a realização pessoal dos seus colaboradores e também para

a concretização dos sonhos dos seus clientes.

► Foi pelas mãos e ambição de uma equipa empreendedora que nasceu, na cidade de Vila Real, a Remax Fortuna. Vasco Cardoso sempre trabalhou no setor da construção e apostou na abertura de uma agência imobiliária após um convite por parte da Remax Portugal. “Decidimos aceitar o desafio e, apesar de a concor-rência no setor estar bem implementada nesta cidade, considerámos que havia lu-gar para uma agência de prestígio como aquela que representamos”, conta o pro-prietário. “Formamos uma equipa do zero e o ano de 2016 foi de muita formação e aprendizagem. Só neste novo ano é que

estamos a colher os frutos de todo o in-vestimento e trabalho do primeiro ano que foi muito satisfatório”.O forte da Remax Fortuna de Vila Real é, de facto, a venda de imóveis, embora te-nha a seu cargo também alguns arrenda-mentos. A angariação dos imóveis para venda é feita em todo o concelho vilarea-lense e, para isso, esta agência conta com diversos agentes fixados em pontos estratégicos da cidade. Algumas transa-ções são ainda realizadas em concelhos como Murça e Alijó, por exemplo. Por ou-tro lado, esta imobiliária aposta na coo-peração e partilha de imóveis entre as di-versas agências Remax espalhadas pelo país, “o que permite a um comprador de Vila Real adquirir uma casa que esteja a ser vendida por uma agência em Lisboa e esta é, para nós, uma grande vantagem”, diz Vasco Cardoso. Gina Teixeira é a diretora desta loja e não deixa de dar destaque àquela que, na sua opinião, é a grande mais-valia da Re-max em relação a agências concorrentes.

“Acredito que aquilo que nos faz ser dife-rentes e também fidelizar o cliente passa pela relação de proximidade e pelo com-promisso que assumimos com ele, seja vendedor ou comprador. Quando entrega uma casa na Remax para venda, o cliente sabe que a nossa equipa irá investir no seu imóvel e promovê-lo ao máximo. As-sumimos o compromisso de um bom acompanhamento e, para esse efeito, contamos com uma equipa de profissio-nais empenhados em realizar os sonhos dos nossos clientes”. Quanto à política de trabalho e ao perfil dos colaboradores da Remax, Vasco Car-doso aproveita ainda para referir a cons-tante formação a que as equipas são sujei-tas e dá especial ênfase aos conhecimen-tos dos agentes imobiliários de forma a dar

APOSTA NO SETORIMOBILIÁRIO EM VILA REAL

REMAX FORTUNA – VILA REAL

70

uma resposta competente a um cliente ca-da vez mais exigente. “Os nossos consulto-res têm formação a vários níveis, desde a área financeira ao setor do marketing e da publicidade. Cada vez mais é feita uma maior aposta no ramo imobiliário para que todos os processos sejam encarados de forma séria e eficiente”. Para melhor responder aos seus clientes, a Remax Fortuna de Vila Real pretende crescer enquanto agência e também na sua estrutura física pelo que, a curto pra-zo, as suas instalações serão aumenta-das. “Queremos fazer tudo para que pos-samos ser parte da realização dos so-nhos dos nossos clientes, encontrando para eles a casa perfeita onde tenham conforto e possam ser felizes”, remata Vasco Cardoso.

Vasco Cardosoe Gina Teixeira

Page 71: SANTIAGO DO CACÉM

O Montes de Hambúrgueres segue o conceito de uma hamburgaria artesanal e desenvolve todo o seu menu à volta daqueles que são os principais produtos típicos da região de

Trás-os-Montes. Em Vila Real, este é um espaço distinto e onde apetece entrar para conhecer e provar as diferentes opções

pois aqui existem “montes de hambúrgueres e nenhum deles é igual”. À frente deste projeto estão Carlos Cavez e José Ribeiro,

dois jovens com formação em engenharia informática que decidiram dedicar-se à área da restauração, até então por eles

completamente desconhecida. Fica o convite: “para cá dos montes, temos montes de coisas especiais. Queres provar?”

► Este é um conceito que deve, desde lo-go, ser associado à região de Trás-os--Montes. É uma hamburgaria artesanal, um espaço diferente que encontrou lugar na cidade transmontana de Vila Real e é um projeto que nasceu pelas mãos de dois jovens empreendedores, Carlos Ca-vez e José Ribeiro, sem qualquer tradição ou experiência na área da restauração. Em entrevista ao Empresas+®, os pro-prietários do Montes de Hambúrgueres contam a história que está por trás da-quele que é, hoje em dia, o seu projeto de vida. “Conheci o José Ribeiro na faculda-de, éramos ambos estudantes de enge-

nharia informática. Quando ele acabou o curso, foi trabalhar para a capital mas, mesmo assim, nunca perdemos o con-tacto e numa simples conversa de ami-gos ele falou neste conceito que estava na moda em Lisboa. Achei a ideia muito interessante e acabei por desafiá-lo”, diz Carlos Cavez. Passou-se um ano no meio de planos, ementas e imagem corporati-va e, quando deram por si, os dois tinham o projeto praticamente acertado e o local que consideravam ideal também já tinha sido encontrado. “Essencialmente, a ideia era criar uma hamburgaria típica transmontana, algo artesanal à base dos bons produtos que temos na região”, explica Carlos Cavez. Desde logo, seria essencial um hambúr-guer com alheira de Mirandela, como é o caso do Princesa do Tua, ou presunto de Trás-os-Montes, incorporado no Careto, e foi, assim, criado um menu em que até o próprio nome das opções gastronómicas foi pensado ao pormenor e sempre alusi-

vo a expressões ou produtos dali típicos. A ementa é diversificada e, de facto, “exis-tem montes de hambúrgueres e nenhum deles é igual”. Para além daqueles tipica-mente à base da carne transmontana, existem ainda duas opções vegetarianas, o Ervanços e o Cabacina. Um hambúrguer de peixe pode aqui também ser degusta-do, o Proa, e existe opção para os mais pe-quenos, com o simples Menu Canalha. “Todos os meses tentamos surpreender o nosso cliente e criámos, assim, o conceito de Hambúrguer do Mês em que elegemos um novo hambúrguer para ser proposto, normalmente associado à época em ques-tão”. Os hambúrgueres são acompanha-dos por batata frita, batata essa que é descascada e cortada diariamente, o que, para José Ribeiro, “faz toda a diferença no

MONTES DE SABOR,MONTES DE NOVIDADES

MONTES DE HAMBÚRGUERES

71

sabor e na qualidade do nosso prato”. As sobremesas, também elas são aqui pecu-liares e não deixe, por isso, de provar o bo-lo de chocolate Mars, uma novidade que tem vindo a agradar. Para Carlos Cavez e José Ribeiro, o Mon-tes de Hambúrgueres representa um pro-jeto cada vez mais gratificante e “é me-lhor ainda perceber a satisfação dos nos-sos clientes, dos oito aos 80 anos, quan-do gostam do hambúrguer que é prepara-do na hora e que suscita a curiosidade de provar outros”. Com o cliente existe já uma relação de proximidade que preten-dem ver mantida, num espaço acolhedor e divertido, onde é possível ter uma expe-riência gastronómica fora do comum e envolta no empenho e simpatia de uma equipa jovem e dinâmica.

José Ribeiro e Carlos Cavez

Page 72: SANTIAGO DO CACÉM

A Pizzaria Politana é já um estabelecimento icónico na cidade de Vila Real e, por isso, é do conhecimento da maioria das pessoas de dentro e de fora da cidade. Trabalha essencialmente com o público estudantil e é já, para esse, uma referência até no que se refere às

entregas ao domicílio. Com uma “caprichosa” ficará certamente rendido a este que é um conceito italiano mas com o sabor bem

típico dos produtos portugueses e, sobretudo, transmontanos.

► Deolinda Lama é natural de Montale-gre e sempre sonhou ser contabilista. Foi por essa mesma ambição que começou a trabalhar numa pizzaria para poder ga-nhar dinheiro para apostar na sua forma-ção académica. O resultado, após nove meses de trabalho, residiu na aposta da montalegrense em arriscar sozinha e criar o seu próprio conceito de pizzaria. “Eu não tinha qualquer tradição familiar no ramo da restauração e era tudo novo para mim. No entanto, percebi que este era um bom negócio e foi assim que deci-di vir para a cidade de Vila Real e abrir o meu espaço”, relata Deolinda Lama. Este é um conceito que tem por base a co-zinha italiana, onde imperam pizas, sala-das, massas e outros pratos rápidos como é o caso dos bifinhos com cogumelos, o bi-

toque ou a alheira. Ao almoço, o serviço é de diária mas é de facto a famosa piza da Pizzaria Politana que ganha especial des-taque, quer ao almoço, quer ao jantar. “A piza mais pedida é a ‘caprichosa’ porque é muito bem recheada e tem também um tamanho considerável. É confecionada à base de fiambre, cogumelos, bacon, chou-riça, pimentos e azeitonas, tudo produtos da região”, conta a proprietária. A massa da pizza é feita dentro de portas e o pró-prio pão de alho, servido nas entradas, é confecionado a partir da mesma massa. “Considero que temos um bom serviço e a relação preço/qualidade é também uma mais-valia. A maioria dos nossos clientes são estudantes e, como tal, não tem gran-de poder de compra. Aqui, sabem que são bem servidos, em qualidade e quantidade,

e é por essa razão que continuamos a ser uma das principais referências quando se trata de pizarias”. A empresária não escon-de ainda o seu contentamento ao verificar que existem estudantes que, mesmo de-pois de abandonarem a cidade após a con-clusão dos seus estudos, regressam e vol-tam à Politana propositadamente. “É um facto que me deixa muito orgulhosa por-que dei grande parte da minha vida por es-te estabelecimento. Passo aqui os meus dias e todo o meu investimento é feito aqui, para poder proporcionar ao meu cliente um espaço sempre acolhedor e pi-zas feitas à base de produtos de qualida-de”. A Pizzaria Politana conta no seu espa-ço com 52 lugares sentados e tem na sua ementa mais de 30 variedades de pizza.A mais recente novidade está no serviço de entregas ao domicílio, uma exigência

UMA DAS MELHORESPIZZAS EM TRÁS-OS-MONTES

PIZZARIA POLITANA

72

por parte dos seus clientes e que Deolin-da Lama fez por tornar possível explican-do que, “inicialmente, começámos por fa-zer entregas com uma mota mas a logís-tica não era fácil e temos agora um carro, o que permite um trabalho mais facilita-do aos nossos colaboradores e também mantém a piza mais quente até chegar a casa do cliente”.Alguns clientes mantêm-se fiéis à casa desde a sua abertura, e dado o sucesso das pizas da Politana, Deolinda Lama so-nha alargarem o seu negócio a outras zo-nas da cidade de Vila Real. “Pretendo ter ao meu lado uma equipa estável e com eles pensar num possível aumento do nosso espaço, e até mesmo num novo es-tabelecimento. Somos todos amigos cá dentro e é essa proximidade que quere-mos passar ao nosso cliente”, remata.

Equipa da Pizzaria Politana

Page 73: SANTIAGO DO CACÉM

Sediada no coração de Braga, a Porta 73 é uma empresa que desenvolve projetos de mobiliário e decoração à medida do

cliente, tendo como parceiros e fornecedores algumas empresas de grande prestígio a nível nacional e internacional. Como

mentores deste projeto, estão Teresa Pereira e Marco Vilas Boas, um casal que se assume apaixonado pela decoração de interiores

e com mais de 15 anos de experiência na área.

► O número 73 da Rua do Matadouro, em Braga, deu nome a este que é um es-paço de requinte e bom gosto. Como em-presa de mobiliário e decoração, a Porta 73 dispõe de uma loja de venda ao públi-co que se traduz também num atelier de decoração. Teresa Pereira e Marco Vilas Boas têm rea-lizado diversas formações dentro desta área nos últimos 15 anos e foi em 2011, em plena crise económica e financeira do país, que decidiram aventurar-se na aber-tura de uma loja na cidade onde nasceram. “A Porta 73 é uma empresa que, para além da venda ao público de todo o tipo de artigos de decoração, faz o trabalho de projeto e acompanhamento em obra, até

ao culminar da decoração propriamente dita”, explica Teresa Pereira. “Trabalhamos essencialmente com arquitetos e com os proprietários das habitações que nos con-tactam para criarmos ambientes comple-tos numa casa ou num compartimento. Fazemos decoração de espaços também em hotéis e empresas, embora o nosso fo-co seja criar um ambiente de conforto e harmonia na casa do nosso cliente”. Marco Vilas Boas é quem desenha algu-mas das peças de mobiliário que são fei-tas por medida e esse é um facto que, pa-ra o empresário, é uma mais-valia, “uma vez que cada casa é uma casa e temos de ter essa versatilidade de nos adaptar-mos ao gosto e espaço que o cliente nos apresenta”. Neste sentido, hoje em dia o trabalho de mobiliário e decoração é ca-da vez mais personalizado, pelo que é ne-cessário ter em conta diversos aspetos e procurar conhecer bem o cliente e ofere-cer soluções que vão ao seu encontro. Para continuar na vanguarda do setor de-corativo, o casal de decoradores visita di-versas feiras internacionais e procura in-cessantemente novas parcerias e forne-cedores que possam dispor de produtos

inovadores e de qualidade irrepreensível. “Os nossos parceiros são marcas que es-tão presentes em todo o mundo. Faze-mos trabalhos fantásticos com orçamen-tos acessíveis e ficamos muito felizes quando os clientes ficam satisfeitos com o resultado do nosso trabalho”, orgulha--se Teresa Pereira. Neste novo ano e ao estilo da Porta 73, os tons claros continuam a servir de ba-se e a explosão de cores dá-se nos pe-quenos detalhes e peças de decoração. “Se a base for sóbria e requintada, o cliente tem uma casa bonita por muitos anos, pois a facilidade de haver ajustes decorativos é maior”. Existe ainda a pos-sibilidade de serem reutilizadas peças e móveis que o cliente já tem e, a partir

PELO CONFORTO E REQUINTEEM SUA CASA

PORTA 73

73

delas, criar ambientes distintos e igual-mente contemporâneos. Teresa Pereira e Marco Vilas Boas assu-mem-se apaixonados pelo que fazem e mostram-se disponíveis para qualquer aconselhamento na casa do cliente. Pa-ra isso, “criamos até o próprio ambiente no seu espaço e esse é um trabalho que nos distingue”. A Porta 73 desenvolve os seus projetos essencialmente na cidade de Braga e concelhos envolventes e a sua principal aposta concentra-se na constante evolu-ção e procura de novas marcas e produ-tos. “Queremos proporcionar aos nossos clientes o máximo conforto e harmonia nas suas casas e esse é o nosso principal propósito”, rematam os empresários.

Page 74: SANTIAGO DO CACÉM

► A Lar de Sonho é uma marca de me-diação imobiliária que tem vindo a assu-mir ao longo dos últimos anos uma forte expressão. Um pouco por todo o território nacional, multiplicam-se as agências e nas cidades mais influentes a marca está já bem implementada. Braga, com o seu estatuto de terceira capital do país, não podia ficar esquecida. A marca chegou à cidade dos arcebispos há precisamente dois anos, por intermédio de Manuel Martins, agente imobiliário há mais de dez anos. Começou no ramo como co-mercial numa outra empresa de medição e depois de consolidada a sua carreira profissional, juntou-se a uma outra assu-mindo o papel de sócio-gerente. Anos mais tarde, desvincula-se dessa mesma sociedade e avança para um projeto pes-soal. É neste contexto que surge a ideia

de fundar a Lar de Sonho em Braga, mas mesmo antes de surgir esta hipótese, ini-ciou-se com uma marca independente. Depois de ter conhecimento da Lar de So-nho, optou por aderir ao franchising da marca. “Achei curioso o método de traba-lho desta marca e é um método com o qual me identifico bastante e por isso considerei que seria um parceiro ideal. Para além disso ela é constituída por pes-soas jovens e dinâmicas e tem uma pre-sença muito forte em algumas outras grandes cidades e Braga, sendo a cidade que é, merecia uma agência desta natu-reza. Acabei por juntar o útil ao agradá-vel”, explica.

LAR DE SONHO BRAGA

74

A recetividade da marca foi boa, tam-bém porque Manuel Martins já benefi-ciava de um determinado conhecimento do mercado. Foi só mesmo a questão de se apresentar com a Lar de Sonho, e os resultados fluíram. Presentemente é a única agência no concelho de Braga. “Estamos confinados a este mercado porque temos já agências presentes também em algumas cidades do distrito muito próximas mas estamos muito bem servidos com o próprio concelho de Bra-ga porque tem mercado suficiente. Pelo facto de trabalharmos com sistema de partilha na rede, acabamos por ter mui-to boa relação com as outras agências e

com os outros mercados respetivamen-te”, nota Manuel Martins.No que se refere à atividade da agência, ela resume-se à mediação da compra, da venda e do respetivo arrendamento. Em relação às vendas, efetuam a angariação do imóvel e a respetiva promoção através dos diferentes canais online, flyers ou jor-nais. A ideia é fazer com que esta dinâmi-ca tenha uma abrangência considerável para que se consiga concretizar o objetivo que neste caso, é a venda do imóvel. Quanto ao arrendamento, a agência facili-ta ainda a gestão do património. Qualquer que seja a ação de um cliente com a imo-biliária, é importe que haja um depósito de confiança muito grande no seu proces-so de mediação. Estar associado a uma marca que transparece confiança no mer-cado é um dado muito importante para a concretização do negócio mas sendo este um negócio de pessoas, depende muito do valor de cada uma: “Nós precisamos de vender bem a nossa imagem porque is-so é o que nos vai levar a outros negócios, uma vez que uns clientes aconselham ou-

A Lar de Sonho chegou a Braga há pouco mais de dois anos.

Resultado do sucesso verificado noutras cidades do

país, a terceira capital portuguesa não podia ficar

alheia a este êxito. A sua implementação na cidade tem

superado todas as expectativas, tanto que já se

perspetiva a abertura de uma nova loja. É já considerada uma

das imobiliárias de referência de Braga, graças ao seu

eficiente método de trabalho.

Um aliado para sonharem Braga

“JÁ TIVEMOS CASOS EM QUE O CLIENTE, DEPOIS DE EFETUAR UMA COMPRA, ACONSELHA-NOS A OUTRO CLIENTE QUE ACABA POR NOS COMPRAR UM IMÓVEL. ISSO É SINAL DE QUE ESTAMOS A FAZER UM BOM TRABALHO”

Equipa da Lar de Sonho Braga

Page 75: SANTIAGO DO CACÉM

75

tros e um conselho positivo é sempre uma mais-valia para nós e faz com que tenha-mos um mercado ainda mais abrangente e amplo”, nota o empresário. “Já tivemos casos em que o cliente, depois de efetuar uma compra, aconselha-nos a outro clien-te que acaba por nos comprar um imóvel. Isso é sinal de que estamos a fazer um bom trabalho”, acrescenta. Tão importan-te como a confiança, é o acompanhamen-to que se presta em todos os momentos do processo desde o momento da visita até à concretização da escritura e este fa-tor não pode nunca ser descurado.

Equipa experiente e consistenteA equipa da Lar de Sonho de Braga é cons-tituída por cinco comerciais e ainda um ad-ministrativo responsável pela coordenação processual/comercial. Cada comercial tem a sua zona de ação para fazer a angaria-ção dos imóveis e dispõe de um dia por se-mana para fazer escala de serviço na agência. Existe ainda uma pessoa respon-sável pelo arrendamento e faz as respeti-vas angariações, visitas e toda a sua ges-tão. A ideia é ter uma equipa multifacetada

e especializada nas várias áreas de ativi-dade da mediação imobiliária.

Projetos de construçãoAtualmente a Lar de Sonho de Braga be-neficia de uma grande diversidade de imó-veis que vão desde os espaços comer-ciais, aos industriais, moradias unifamilia-res, lotes ou terrenos. Para estes últimos, a marca apresentou recentemente ao

mercado um novo serviço que se relacio-na com projetos de construção chave na mão. Qualquer cliente pode fazer a aquisi-ção de um lote e remeter o projeto de construção para a Lar de Sonho. Todo o processo de gestão inerente à construção de imóvel, desde o licenciamento ou até mesmo o financiamento, é assegurado pe-la agência, até à conclusão da dita obra. Presentemente a mediadora de Braga

tem três projetos em curso, embora hajam outros no horizonte. “São projetos que le-vam sempre o seu tempo principalmente por causa das burocracias”.

Uma imobiliária de sucessoA metodologia utilizada tem-se traduzido num grande sucesso: “Todos os meses superamos as nossa expectativas”, subli-nha Manuel Martins. Durante este último ano, a imobiliária teve uma evolução mui-to grande. Quando inaugurou a sua loja, estava numa instalações muito peque-nas, localizadas no centro da cidade. Em fevereiro de 2016, transitou de um espa-ço de 40 metros quadros para 100 me-tros quadrados. “Temos uma área muito maior e a loja é adequada às necessida-des do crescimento da empresa e do con-forto do cliente”. Com esta mudança, a imobiliária cresceu na ordem dos 200% e os negócios quase que quadruplicaram. Por isso, se o rumo desta Lar de Sonho continuar a ser de crescimento, a perspe-tiva será fazer crescer a equipa de comer-ciais e ainda a possibilidade de abertura de uma segunda loja na cidade.

Page 76: SANTIAGO DO CACÉM

A Arquijulio é uma empresa que conjuga as três vertentes de base para a execução de um projeto habitacional: a topografia, a

arquitetura e a engenharia. Fundada há 16 anos no coração de Vila Verde, a Arquijulio veio dar uma resposta mais efetiva à lacuna que até então existia neste mercado. Desde a sua génese tem vindo a traçar o seu percurso de uma forma exemplar, sempre

preocupada em dar uma resposta responsável, atenta e cumpridora ao seu cliente.

► A Arquijulio foi fundada pelo seu atual proprietário, Júlio Pereira, licenciado em Ar-quitetura e agente técnico na área da Enge-nharia Civil. A sua criação deveu-se à lacu-na verificada no concelho em encontrar técnicos qualificados para desenvolver tra-balhos de arquitetura. A lacuna era tão ex-pressiva que, à data, eram quase inexisten-tes os gabinetes nesta área de atividade. Júlio Pereira iniciou esta atividade apenas com um funcionário e como prova de que estes anos foram anos de sucesso, hoje conta já com mais de uma dezena. A Arqui-julio foi crescendo e ganhando posiciona-mento no mercado. Um pouco por todo o distrito, a marca Arquijulio encontra-se já bem cimentada, somando-se já diversos

projetos na cidade do Porto, mas tendo co-mo principal raio de ação nos concelhos de Braga, Vila Verde, Amares, Ponte da Barca e outros da periferia.Esta empresa é muito mais que um gabi-nete de arquitetura, desenvolvemdo todo o trabalho necessário de base para a exe-cução de uma habitação. “Começamos pela topografia que consiste na nossa ida ao terreno fazer as medições e o levanta-mento topográfico, posteriormente desen-volvemos o projeto de arquitetura e simul-taneamente também o projeto de enge-nharia”, explica. A complementaridade de serviços é a característica mais visível da empresa que reúne assim todas as condi-ções necessárias para iniciar qualquer ti-po de edificação. Volvidos 16 anos de ati-vidade, Júlio Pereira acredita que o segre-do do sucesso está assente nas “compe-tências para fazer todo o trabalho, não necessitando o cliente de procurar outros técnicos para complementar o projeto e isso, para nós, tem sido uma mais-valia, porque conseguimos dar uma resposta eficiente que se reflete posteriormente na satisfação dos nossos clientes”.

Inserido num meio relativamente rurali-zado, onde predominam as habitações unifamiliares, cerca de 90% do seu tra-balho são projetos desta natureza. No mercado onde se encontram inseridos a edificação multifamiliar tem sofrido um abrandamento, muito devido à crise que assolou o país. No entanto, o seu enfoque está mais direcionado para as moradias unifamiliares e por isso a Ar-quijulio acaba por não sentir muito esta consequência e orgulha-se por ser uma empresa de referência, onde muitas pessoas recorrem para a execução dos seus projetos de arquitetura e engenha-ria. “A nossa estratégia foi simples: no nosso trabalho temos de assumir res-ponsabilidade, competência e compri-mento de tarefas. Com tudo isto conju-gado, acabámos por nos organizar mui-

Uma resposta eficientepara um projeto de habitação

ARQUIJULIO UNIPESSOAL, LDA

76

to melhor e não sentimos qualquer cri-se, antes pelo contrário, com a crise fo-mos crescendo, o nosso trabalho au-mentou, contratamos pessoal e tudo graças à nossa capacidade de respon-der ordenadamente a todas as solicita-ções”, conta Júlio Pereira.Neste mercado especifico verificou-se uma mudança de paradigma. Se antiga-mente as pessoas estavam muito ligadas às casas tradicionais, agora já começam a aceitar mais as casas modernas que, na sua opinião, se podem encaixar muito facilmente no meio rural. Executar um projeto de raiz confere uma maior capaci-dade de imaginação e criação e, como tal, a conjugação da funcionalidade com a arquitetura moderna faz com que a ha-bitação crie uma simbiose perfeita com o ambiente onde se insere.

Page 77: SANTIAGO DO CACÉM

Com uma experiência de 16 anos, a Risco Singular é um atelier que se dedica ao desenvolvimento de projetos de arquitetura, design e

planeamento urbano que refletem diferentes estilos de vida. Localizado em Barcelos, neste gabinete são desenvolvidos

diferenciados projetos, procurando através de um grande nível de exigência e rigor, respeitar as necessidades e exigências do cliente.

Com projetos realizados em todo o país, este atelier procura inovar nas suas obras e está atento às novas tendências do mercado.

► A equipa da Risco Singular é orientada por Paulo Costa e Sónia Abreu, ambos arquitetos que complementam as suas funções técnicas e artísticas nas obras que desenvolvem.Este é um projeto de vida, onde ambos os arquitetos procuram acrescentar valor às obras que planeiam e veem crescer. O seu sucesso parte da leitura integrada das ne-cessidades e sonhos dos seus clientes, das valências dos espaços disponíveis, das obras a criar e dos orçamentos disponíveis.Apoiados na sua vasta experiência profis-

sional, a sua arquitetura assenta no de-senvolvimento de soluções inovadoras, criativas e sustentáveis que valorizem as características arquitetónicas dos edifí-cios e que realcem a vida contemporâ-nea e o meio ambiente, nunca esquecen-do o gosto e perspetivas do cliente.Hoje possuem projetos e clientes em to-do o país, deixando uma marca forte em todas as suas obras. A arquitetura é vista por este gabinete como uma manifesta-ção artística que transmite sentimentos, emoções, conta histórias.

Mais do que uma obraUm espaço diferenciado de sensaçõesMais do que um habitarUm espaço singular de estar

RISCO SINGULAR

77

Marta House, Salvaterra de Magos

Igreja Nova de Vilaça, Braga

Augusta House, Barcelos

Elisabete House, Águeda

Edifício Sede Social dos Amigos da Montanha- Associação de Montanhismo de Barcelinhos

Page 78: SANTIAGO DO CACÉM

No mercado há três anos, a H-Urb é uma agência imobiliária versátil que se presta a uma multiplicidade de serviços em

domínios relacionados direta ou indiretamente com o setor imobiliário. Localizada em Barcelos, a H-Urb assume-se como uma empresa moderna e dinâmica e que beneficia de uma já

comprovada experiência na prestação dos seus serviços.

► A H-Urb é uma agência imobiliária loca-lizada no concelho de Barcelos. Atualmen-te encontra-se sobre a gerência de José Costa, que trabalha no ramo há cerca de 20 anos. Pessoalmente, esta sempre fora uma área muito aprazível para si, e ao lon-go do seu percurso profissional assimilou várias experiências tanto no setor imobi-liário como no setor da construção. Toma posse da agência há cerca de três anos e batiza-a com esta nova denominação. A ideia era apresentar ao mercado uma imo-biliária que soubesse identificar as suas verdadeiras necessidades.A realidade do mercado é diferente daqui-lo que ele era há uns anos. Em Barcelos, à semelhança de muitas outras cidades, a construção nova parou e acontece que

neste momento existe muito mais procura do que oferta propriamente dita. A época de crise foi uma agravante na medida em que obrigou a um ajustamento do merca-do. As pessoas viram-se obrigadas a cons-ciencializar-se relativamente às suas ca-pacidades e aquelas que antigamente ti-nham algumas poupanças e aproveitavam para comprar, são as mesmas que agora optam pelo arrendamento. Nesta cidade em particular, a procura pelo arrendamen-to disparou aquando a chegada do politéc-nico e houve uma necessidade de adapta-ção muito grande por parte do setor imobi-liário, uma vez que Barcelos não estava to-talmente preparada para habitações des-ta natureza. “Todos os dias somos procu-rados para arrendamento e, quando há, o

produto é logo de imediato escoado. Às ve-zes também chegam até nós imóveis que não oferecem condições para serem ar-rendados e nós, como mediadores, com-pete-nos explicar aos senhorios que é fun-damental dar um bom produto aos clien-tes”, atenta o proprietário.A H-Urb não é só uma agência de media-ção imobiliária. É uma empresa versátil preparada para servir os clientes numa permanente atualização e especialização nos domínios relacionados direta ou indi-retamente com o setor. Ao nível dos servi-ços, a H-Urb está habilitada à realização de seguros do ramo imobiliário, emissão de certificados energéticos, avaliação de imóveis, administração de condomínios e gestão de património. A este nível, a H-Urb tem em vista a implementação de um projeto que visa a gestão de património de cidadãos emigrantes. A abrangência do seu mercado não está confinada ao

Uma imobiliária versátilH-URB

78

concelho de Barcelos e estende-se um pouco por todo o distrito e, como tal, exis-te um enorme potencial para a concreti-zação deste projeto.Na sua posse, os últimos anos têm sido anos de franco crescimento e investimen-to. “O mercado vai sempre precisar dos nossos serviços porque a vida não para e as pessoas precisam sempre de casa pa-ra viver, por isso é que temos de nos adap-tar a atualidade do mercado e dar o nosso melhor para superar todas as dificuldades que possam surgir”, reflete José Costa. Por se tratar de um negócio de pessoas para pessoas, é fundamental executá-lo com o máximo de profissionalismo possí-vel. “Para mim é preferível não vender do que saber que vou prejudicar o cliente de alguma forma. Somos uma agência sim-ples, feita de pessoas simples, respeitado-ras, e acima de tudo somos uma agência de confiança”, conclui.

José Costa

Page 79: SANTIAGO DO CACÉM

A agência ERA Braga Tribunal tomou posse com uma nova gerência em dezembro de 2015. Este projeto foi encarado como um desafio que tem vindo a crescer com base numa aprendizagem constante.

Tem-se revelado “uma aposta ganha” na medida em que a evolução do negócio verificada ao longo deste primeiro ano, se tem

traduzido em resultados altamente positivos.

► A nova gerência da ERA Braga Tribunal tomou posse no primeiro dia de dezem-bro de 2015. É assegurada por dois só-cios que abraçaram este desafio como uma nova aposta nas suas carreiras pro-fissionais. Ambos tinham um gosto parti-cular pela área e acreditaram que este seria um projeto viável e uma oportunida-de para crescer profissionalmente. “A nossa experiência profissional tem mais de 15 anos na área comercial, e sendo este um negócio puramente comercial, por entre todas as nossas opções, foi o que nos suscitou mais interesse”, co-mentam. Escolheram a ERA, não só pelo seu método de trabalho como também pela confiança que os clientes depositam na marca, e estar associado a uma mar-ca desta natureza, que está já bem con-solidada no mercado, foi uma mais-valia para o negócio. “Estudamos as marcas que estavam no mercado e a ERA de fac-

to deu-nos tudo o que precisávamos para arrancar com o projeto”, explicam.A abertura oficial da loja deu-se sete me-ses depois. Houve uma fase de arranque e preparação onde foi necessário cons-truir uma equipa “que fizesse valer o mé-todo de trabalho que a ERA defende”. O início foi desafiante na medida em que “aconteceu tudo ao mesmo tempo”. Mas para superar todas as dificuldades, a de-dicação de toda a equipa e a formação ce-dida pela marca foi fundamental para o arranque desta atividade. A agência en-contra-se com uma equipa comercial já estabilizada, estando já a criar condições para o arranque de uma segunda equipa comercial, derivado do volume de traba-lho e clientes que têm atualmente, sem-pre com a preocupação de proporcionar um serviço de qualidade superior muito focado no cliente. Em termos de prospe-ção e angariação, a ERA Braga Tribunal está confinada a uma determinada zona territorial de Braga, mas em termos de venda de imóveis, é partilhada por toda a rede. E foi precisamente este espírito de partilha, uma das características que mais os cativou. “A sensação que nós te-mos é que estamos dentro de uma equipa altamente profissional, a trabalhar com pessoas que cooperam entre si e isso agradou-nos bastante enquanto projeto e enquanto método de trabalho, porque tor-

na todo o processo de negócio benéfico para os clientes, sejam eles vendedores ou compradores”, sublinham.Segundo a metodologia da casa-mãe, uma boa angariação resulta sempre num bom negócio para ambas as partes, e por isso há aqui uma preocupação constante em incutir a importância desta ação em toda a equipa da ERA Braga Tribunal. Es-ta importância também se relaciona com a amplitude da oferta. “Precisamos de ter sempre uma oferta ampla para propor ao cliente o imóvel que tanto procura”, enfa-tizam. E neste caso em concreto, a me-diação imobiliária é muito mais do que vender casas ao cliente: é saber identifi-car e qualificar muito bem as suas neces-sidades para que sejam direcionados pa-ra o imóvel que realmente procuram. Neste sentido, a agência possui um de-partamento processual que trata de toda a burocracia que envolve a compra/ven-da do imóvel, estando também especiali-zado no apoio ao crédito habitação, pela

A confiança no projeto ERAERA BRAGA TRIBUNAL

79

relação próxima que mantém com várias instituições bancárias.

Braga, uma cidadepara viver e investirO mercado de Braga tem tido muita pro-cura, não só por quem procura habitação própria como também por parte de inves-tidores. É um facto que se tem verificado muito nesta agência imobiliária. “Quem tem as suas poupanças no banco, procu-ra outro tipo de investimento e vê no imo-biliário a melhor alternativa. Por exemplo, os investidores que procuram imóveis pa-ra arrendamento podem ter taxas de ren-tabilidades muito atrativas, bastante su-periores à rentabilidade que obtêm na banca”, notam. O facto de Braga ser uma cidade em crescimento e com uma com-ponente sociocultural muito dinâmica, foi inclusivamente considerada recentemen-te a cidade com melhor qualidade de vida em Portugal, ajuda a que a procura seja substancial.

Page 80: SANTIAGO DO CACÉM

► Nesta empresa, os números falam por si: 24 anos de experiência na arte da pa-nificação e pastelaria; 24 horas por dia em que as unidades de produção da Pa-daria e Pastelaria Pereira estão em cons-tante atividade para fornecer as suas 12 casas abertas ao público e também os seus cerca de 400 clientes, entre eles, a cadeia de supermercados “Os Três Mos-queteiros”; 30 são os veículos a circular na rua pelos distritos de Santarém, Elvas, Castelo Branco, Portalegre e Abrantes; 153 são os fundamentais colaboradores que contribuem para este projeto. Estes são os vetores numéricos que nos levam a considerar a Padaria e Pastelaria Perei-ra como um importante polo de desenvol-vimento do concelho de Abrantes, onde a panificadora está instalada desde o ano de 1993. Manuel Pereira conta que com dez anos “já era padeiro e, nessa altura, fazia tudo, desde cozer pão à própria distribuição”. Após larga experiência de algumas déca-das na área da panificação, o agora em-presário, decidiu criar a sua própria mar-ca e aventurou-se neste que é um merca-

do competitivo e de grande sacrifício da vida pessoal.Hoje em dia, a Padaria e Pastelaria Perei-ra é uma empresa multidisciplinar que concentra dentro das suas portas todo o processo de produção de géneros de pa-daria e pastelaria. Para além das duas unidades fabris que dispõe, uma em Abrantes e outra no Sardoal, a panifica-dora conta com fabrico em três das suas 12 lojas. A distribuição é também um destaque nesta empresa pois é realizada em cinco distritos e conta com a colaboração de cinco carros de distribuição exclusiva a clientes, seguidos de mais 25 carros de colaboradores que efetuam a venda de pão porta a porta garantido, assim, uma área de abrangência notável no que toca à distribuição de pão diário.

Uma empresada Família PereiraAo lado de Manuel Pereira, estão já há vá-rios anos os seus dois filhos, Rui e Tiago Pereira, que também deram o seu teste-munho em entrevista ao Empresas+®.

PADARIAS PEREIRA

80

“Na altura em que vim ajudar o meu pai na fábrica, éramos cinco pessoas na equi-pa de trabalho”, conta Rui Pereira, respon-sável pelas lojas, compras e vendas e ges-tão da produção e da distribuição. “Sinto orgulho por ver a empresa crescer ao lon-go destes anos e é bom fazer parte desse progresso. Temos a noção de que cresce-mos muito com a entrada dos nossos pro-dutos nas grandes superfícies, e essa foi uma boa alavanca para estarmos presen-tes em maior escala”. Por opção própria, a Padaria e Pastelaria Pereira decidiu cessar a venda dos seus produtos a uma grande superfície optan-do apenas pela venda ao grupo “Os Três Mosqueteiros” onde garante uma relação de proximidade para com o grupo. Desta-cam-se nesta relação, a venda do produto Bolo de Aniversário onde o cliente pode adquirir o bolo de forma personalizada.

Para além disso, os produtos de panifica-ção e pastelaria são distribuídos por es-colas, instituições de solidariedade social e também fornecidos a outras casas que operam no mesmo setor.

Variedade de produtosé uma mais-valia“Fazemos tudo o que é pão em massa, pão pré-cozido ultracongelado e pão cozi-do a granel ou embalado. Na vertente de pastelaria também contamos com uma distinta variedade de bolos frescos, entre eles os bolos de aniversário e bolos de sobremesa fresca”, explica Manuel Perei-ra que dá especial foco aos diversos tipos de pão confecionado, desde o pão de água, ao pão de mistura e ao pão de mis-tura de centeio. Para a família Pereira, a variedade de produtos que são apresen-tados ao cliente é uma mais-valia e é es-

A Padaria e Pastelaria Pereira, que já regista 24 anos de deliciosos produtos de padaria e pastelaria conta, neste momento, com 12

lojas abertas ao público situadas nos concelhos de Abrantes e Ponte de Sor. Para levar os produtos mais frescos a sua casa, e

também distribuí-los por grandes superfícies comerciais, esta panificadora tem à sua disposição uma frota com cerca de 30

viaturas que circulam pelas cidades limítrofes às suas unidades de produção. O lema é só um: A arte de bem-fazer. Para tal, são

utilizadas matérias-primas de alta qualidade para servir ao cliente um produto irrepreensível.

UMA MARCA DE ABRANTES,UMA MARCA NACIONAL

“SINTO ORGULHO POR VER A EMPRESA CRESCER AO LONGO DESTES ANOS E É BOM FAZER PARTE DESSE PROGRESSO”

Rui Pereira, Manuel Pereira e Tiago Pereira

Page 81: SANTIAGO DO CACÉM

81

sa oferta que lhes permite continuar na li-nha da frente. “Temos uma panóplia de produtos muito diversificada e optamos também pela utilização dos melhores in-gredientes para a sua confeção”, conta Rui Pereira que assume os seus fornece-dores como sendo uma referência no se-tor a nível nacional, primando sempre pe-la qualidade. Futuramente, irão ser de-senvolvidos novos processos para o au-mento dos produtos pré cozidos congela-dos de forma a responder às necessida-des atuais dos clientes.Em média, por dia são utilizadas perto de cinco toneladas de farinha nas unidades de produção da Padaria e Pastelaria Pe-reira que dão origem a mais de 30 mil unidades de produtos de panificação e 9000 produtos de pastelaria diários.

Especialidade regionalé imagem de marcaA especialidade de pastelaria da zona é a tigelada e a Padaria e Pastelaria Perei-ra não foge à regra. “Este é um doce feito com ovos, açúcar, farinha e leite. Poderá levar ainda canela e raspa de limão”.

É um doce conventual originário da fre-guesia de Rio de Moinhos, em Abrantes, cuja receita percorreu diversas gerações até aos dias de hoje. O nome de tigelada deriva da tigela de barro onde o doce é cozido e, nas 12 lojas, esta é uma iguaria que tem presença diária aumentando consideravelmente a sua produção nas épocas festivas, tais como, o Natal.

E porque o clienteé a razão deste sucesso...“Trabalhamos diariamente para que o nos-so cliente esteja satisfeito e encantado com os nossos produtos. Considero a nossa em-presa como uma marca na região e é tam-bém uma marca nacional, com fornecedo-res nacionais e de grande prestígio”, orgu-lha-se Manuel Pereira que conta ainda com

uma equipa de trabalho estável pois alguns colaboradores estão consigo desde que de-cidiu criar a empresa. “O cliente é cada vez mais exigente e temos de ser capazes de responder a esse desafio para que ele com-pre o que é nosso e sinta vontade de voltar aos nossos estabelecimentos”.

Um futuro estável e de qualidadeA Padaria e Pastelaria Pereira mantém-se fiel aos traços da produção tradicional e ar-tesanal em diversos produtos, “uma vez que a utilização de maquinaria retira muita qua-lidade a certos tipos de pão e de bolos”. No entanto, também se aposta muito em novas tecnologias e também nas condições físicas das suas unidades de produção. Num futu-ro próximo, está em vista a construção de uma nova fábrica, sempre a pensar num processo de produção mais completo e tam-bém numa melhor articulação do fabrico, quer de padaria, quer de pastelaria.Este negócio familiar segue agora está-vel, sem prever a abertura de novas ca-sas ao público, mas sempre investindo num aumento constante da qualidade e variedade dos seus produtos.

Page 82: SANTIAGO DO CACÉM

Por estradas sinuosas e rodeadas do encanto da natureza fomos encontrar um espaço ímpar no que diz respeito à qualidade e

simpatia. A Tasquinha d´Aldeia é um “projeto de vida” para Paula Fernandes, uma jovem empreendedora que decidiu apostar na sua

terra natal e em toda a sua beleza natural. “Aqui come-se sobretudo o que é tradicional, aposta-se na qualidade, aqui

cozinha-se com paixão e serve-se com gosto”.

► Com uma tradição familiar na arte de bem-servir os clientes, a Tasquinha d´Aldeia é o resultado de uma conjuga-ção de saberes familiares que percorre-ram já três gerações. Neste espaço já o avô de Paula Fernandes tinha, há cerca de 70 anos, um estabelecimento comer-cial, uma pequena tasca. Posteriormente, 25 anos depois mais precisamente, os seus pais decidem reformular o espaço e transformar este num café de aldeia. Mais tarde Paula Fernandes, que viveu durante cinco anos no Algarve, decide voltar às suas raízes e apostar em algo que era verdadeiramente seu. “Este é um projeto que além de familiar é de amigos que nos apoiam incondicional-mente”, confessa.

“A tasquinha abre em junho de 2013 com a ideia de fazer algo de diferente e pela aldeia. Tentar mexer e trazer pessoas cá. Acho que é uma zona com um tremendo potencial”, explica a jovem empresária, lamentando ainda não existirem infraes-truturas que atraiam turistas para a re-gião. “A freguesia de Fontes é uma joia do concelho de Abrantes. Tem uma vista lin-díssima para o rio”, acrescenta.A Tasquinha d´Aldeia está dividida em três espaços, o café lounge, o espaço ex-terior Tasquinha d´Aldeia Out e o restau-rante, este último que tem atraído cada vez mais curiosos a esta casa. “Os pratos que nos distinguem são sobretudo o ma-ranho, tradição angariada da Beira Baixa, o achigã que é bastante procurado, temos

também a espetada de carne de matança, que chamamos a carne de alguidar que se corta para enchidos. Apostamos sempre em boas carnes, maturadas, carne arou-quesa, por exemplo”, confessa Paula Fer-nandes, salientando que neste projeto pri-vilegiam produtos de produtores locais e de preferência produtos biológicos. “A tas-quinha foi criada pelo gosto de comer. Aqui come-se bem, de prato cheio”, con-fessa a jovem empreendedora.“Eu acho que uma grande mais-valia é a simpatia e a simplicidade. Fazemos ques-tão de por as pessoas à vontade. Temos cativado muita gente, tal como eles nos cativam a nós, e a verdade é que temos criado grandes laços durante este percur-so. Quero acreditar que continuamos a

“Aqui cozinha-se com paixãoe serve-se com gosto”

TASQUINHA D´ALDEIA

82

ter o público-alvo definido e permanente mas por vezes assusta-me porque esta região sofreu uma desertificação muito grande”, explica a proprietária, subli-nhando ainda que, cada vez mais, são mais as pessoas que se deslocam de lon-ge, Lisboa por exemplo, para vir conhecer este espaço e deliciarem-se com as igua-rias apresentadas.Olhando para o futuro, continuar a colo-car Fontes no mapa de Portugal é pre-ponderante. Sendo atualmente o restau-rante número dois do concelho de Abran-tes no TripAdvisor, a Tasquinha d´Aldeia continuará a trabalhar para reforçar um estatuto que alcançou com trabalho, per-sistência, simpatia e paixão por uma zo-na de incomparável beleza.

Paula Fernandes

Page 83: SANTIAGO DO CACÉM

Com uma presença de dois anos de mercado de Abrantes, a Ohmed-Oral Health & Medicine é um projeto alavancado por

Miguel Grosso, um médico dentista que encontrou em Lisboa uma metodologia de trabalho que quis implementar na sua terra natal. Com o historial familiar, o conceito da Ohmed assenta na

simbiose entre medicinas, tendo a medicina dentária como ex-líbris de uma clínica de referência em toda a região.

► Miguel Grosso é médico dentista e o responsável pela criação da clínica Ohmed em Abrantes. Inspirado pelo projeto fa-miliar de um colega de faculdade na ci-dade de Lisboa, decidiu abraçar a marca e criar um projeto que espelhava os seus ideais.O conceito da Ohmed consiste na integra-ção de várias medicinas como medicina geral, medicina dentária, acupuntura, medicina tradicional chinesa ou ozonote-rapia, esta última em que são uma das principais referências a nível nacional neste conceito inovador. No que diz respeito à medicina dentária efetuam todo o tipo de tratamentos como implantologia, ortodontia, odontopedia-tria, e realizam ainda uma técnica não muito usual em Portugal, a sedação cons-

ciente, uma mistura de gases que induz uma sedação que não é profunda, ao contrário da anestesia geral, permitindo desta forma combater os receios tão co-muns nesta área não só de crianças mas como também de adultos com experiên-cias prévias traumáticas.“Oferecemos determinadas soluções que não são tão comuns de encontrar nesta zona do país: na parte da implantologia transformar um sorriso no próprio dia com a remoção de peças dentárias e co-locação de implantes, com dentes fixos no próprio dia, mesmo em casos de maxi-lares com muita perda óssea, com técni-cas como o ALL on 4, com preços compe-titivos e os melhores materiais do merca-do; na parte da ortodontia, em alinha-mentos dentários, é possível fazer trata-

mentos de muita complexidade, ou até em casos mais simples com aparelhos in-visíveis, utilizando a técnica lingual, em que o aparelho fica colocado na parte de trás do dente. Ou seja, disponibilizamos um conjunto de tratamentos em todas as áreas da medicina dentária, diferencia-dores e com os melhores materiais a ní-vel mundial”, explica Miguel Grosso. “Pa-ra tentar tornar os preços ainda mais acessíveis, desenvolvemos um cartão de saúde Ohmed para o paciente obter des-contos em tratamentos de forma contí-nua”, acrescenta.No que diz respeito à profilaxia, o médico dentista salientou que a principal aposta passa pela prevenção: “O nosso principal conceito é a nível da prevenção, onde im-plementamos a orçamentação e divulga-ção à população de um serviço de diag-

Um sorriso saudávelpara Abrantes

OHMED

83

nóstico onde o paciente, na primeira con-sulta, consegue ter uma avaliação com-pleta à boca, uma observação clínica no momento e ainda uma opção sobre o tra-tamento aconselhado”. O objetivo desta consulta é fazer com que as pessoas não se desloquem ao dentista apenas quan-do sentem dor, prevenindo assim casos mais dolorosos e dispendiosos no futuro. Com um crescimento muito rápido nes-tes dois anos, Miguel Grosso não quer que o crescimento seja rápido de mais para que não se perca qualidade do ser-viço. “Neste momento o principal projeto diz respeito a uma dedicação cada vez maior da minha parte ao espaço”, con-fessa o médico dentista, salientando que o objetivo do consultório passará por con-tinuar a apostar num serviço de qualida-de com um foco concreto, as pessoas.

Sandra Alexandree Miguel Grosso

Page 84: SANTIAGO DO CACÉM

A Abrangreen é uma empresa de Abrantes com uma história recente no mercado mas que já marcou uma posição firme junto

dos seus parceiros, fornecedores e clientes. Com um conjunto de serviços que respondem às necessidades de quem os

procura, esta empresa do distrito de Santarém demarca-se pelo know-how do seu fundador na área.

► Luís Bandarra trabalhou durante vá-rios anos fora do concelho de Abrantes, mas num determinado ponto da sua vida decidiu regressar à sua terra natal para pôr em prática todo o know-how adquiri-do durante vários anos de trabalho pelo país. Assim, a Abrangreen nasceu no ano de 2016 com o intuito de dar resposta a uma carência detetada na região na área dos serviços ligados a regas agrícolas,

condutas e sistemas de bombagem. Com o passar do tempo e com o negócio a prosperar, a Abrangreen começou a ofe-recer aos clientes um leque cada vez mais alargado de produtos e serviços. Pa-ra o desenvolvimento dos serviços a em-presa conta com profissionais qualifica-dos e experientes, como tal, e contras-tando com a realidade atual, a idade mé-dia dos colaboradores da Abrangreen ro-da os 50 anos.“Fazemos principalmente sistemas de bombagem, sistemas de condução de águas, comércio, instalação e manuten-ção de piscinas, iniciamos recentemente uma vertente de energias renováveis, e para complementar pequenas obras de construção civil e eletricidade dentro dos projetos efetuados”, explica Luís Bandar-ra. No que diz respeito à atividade dire-cionada para o setor agrícola, Luís Ban-darra admite que este continua a ser pre-

ponderante para a empresa, principal-mente pela grande atividade agrícola na região. Quando nos referimos a piscinas, a Abrangreen é já uma referência e o vo-lume de negócios aumentou exponen-cialmente com esta aposta. Contam já com diversos projetos adjudicados para construção, desde piscinas de betão, liner, e sempre com a garantia de um “produto de qualidade e de marca portu-guesa”. As energias renováveis são uma aposta para o futuro e serve para com-plementar a oferta da empresa. Atual-mente fazem a instalação, manutenção e aconselhamento aos clientes de acordo com as suas necessidades.“Estamos numa fase de estabilização mas vamos continuar a investir em mate-riais e equipamentos. Vamos continuar a

Agricultura, piscinas e energias renováveis numa só casa

ABRANGREEN

84

crescer, sempre com os pés bem assen-tes no chão”, confessa o empresário, sa-lientando que o crescimento da empresa deve ser bem ponderado, pensando sem-pre, em primeiro lugar, em dar uma res-posta eficaz e efetiva aos clientes.Com os olhos postos num futuro promis-sor, Luís Bandarra afirma convictamente que o objetivo é continuar a fazer cres-cer a Abgrangreen, quer em recursos hu-manos, quer em oferta, dando sempre a garantia de que os seus clientes pode-rão continuar a confiar no bom trabalho desenvolvido por estes profissionais. Com um raio de ação centrado na região do Ribatejo, a Abrangreen vai alargar ca-da vez mais a sua área de atuação, le-vando cada vez mais longe a qualidade do serviço prestado.

Luís Bandarra

Page 85: SANTIAGO DO CACÉM

A arquitetura sempre foi um sonho presente na vida de Pedro Gaspar, arquiteto natural de Abrantes que viu na sua terra natal

um grande potencial para fazer valer todo o seu know-how e projetos vanguardistas. Atualmente este gabinete de

arquitetura pretende disponibilizar aos clientes serviços completos com ideias inovadoras e eficientes.

► Pedro Gaspar teve pelas mãos do pai, construtor civil, um verdadeiro incentivo para enveredar pela área da conceção de projetos habitacionais. Iniciou a sua ativi-dade na capital, Lisboa, onde esteve du-rante cinco anos, decidindo posterior-mente colocar em prática as suas ideias na sua terra natal, Abrantes. Assim deci-diu abrir o seu gabinete de arquitetura no ano de 2001, trabalhando em todo o ter-ritório nacional mas com principal inci-dência no mercado da cidade de Lisboa. “Dedico-me única e exclusivamente à ar-quitetura. Faço desde habitações familia-res, pavilhões industriais, hotéis, recons-truções. Em Lisboa estou neste momento a fazer o restauro de um dos prédios do Areeiro e a requalificação de um edifício em hotel. A partir do ano de 2012 come-

ço a realizar muitos projetos de investi-mento, nomeadamente hotéis, hostels, indústria. Durante muitos anos era es-sencialmente habitação e atualmente es-tá dividido”, explica o arquiteto, acrescen-tando que tem executado alguns projetos para uma superfície comercial de refe-rência. Atualmente o projeto de maior en-vergadura deste gabinete de arquitetura é a conceção de um hotel na barragem de Castelo de Bode, junto ao Penedo Fu-rado, concelho de Vila de Rei. “A recons-trução é uma área de que gosto bastante mas é demasiado limitativa. Prefiro ter li-berdade e espaço para poder trabalhar”, confessa o arquiteto.“As primeiras perguntas que faço aos clientes são as horas a que saem e as ho-ras a que chegam a casa. Há uma preocu-

pação em fazer as casas o mais abertas possível para que as pessoas possam con-viver dentro de casa, evitando divisões em excesso”, sublinha Pedro Gaspar, salien-tando que os clientes procuram atualmen-te espaços pequenos mas funcionais.Pedro Gaspar confessou em entrevista ao Empresas+® que o cliente de hoje é

Um sonho chamado arquiteturaARQUITETO PEDRO GASPAR

85

diferente, é mais exigente e informado, o que coloca a fasquia cada vez mais eleva-da para satisfazer as suas necessidades. Com um percurso ascendente, este gabi-nete de arquitetura continuará a traçar um caminho de inovação assente em pi-lares como a qualidade, a seriedade e o compromisso com o cliente.

Pedro Gaspar

Page 86: SANTIAGO DO CACÉM

Na cidade de Tomar podemos encontrar um conjunto de empresas que se complementam e que têm um objetivo em comum, fazer

crescer a cidade e conseguir atrair cada vez mais pessoas a este território templário. Fernando Ferreira é o rosto de um conjunto de

projetos que se têm revelado um verdadeiro sucesso em vários setores de atividade.

► Fernando Ferreira é um empresário ori-ginário de Tomar que conta atualmente com um conjunto de empresas que se com-plementam. Aos 18 anos criou a sua pri-meira empresa ligada à área da construção civil. Mais tarde surgiram diversas oportuni-dades em termos de comercialização das suas construções, nascendo neste ponto a Planarea, Lda, que se dedicou à comerciali-zação de imóveis. Os projetos foram-se consolidando e crescendo, aparecendo constantemente novas oportunidades de negócio, nomeadamente a construção e aluguer de edifícios comerciais, surgindo então um projeto de restauração. Posterior-mente a aposta no Alojamento Local foi o foco e encontram-se atualmente a cons-truir o seu primeiro hotel em Tomar. Outra área de negócios que se foi desenvolvendo

paralelamente foi direcionada para a ex-portação de café para a África do Sul. A A. Ferreira e Filho, Lda, dedica-se à cons-trução de imóveis e tem como principal raio de ação a zona de Tomar. “A minha paixão sempre foi idealizar, projetar, cons-truir e ver as pessoas felizes nas casas”, confessa Fernando Ferreira, acrescentan-do que, neste momento, o setor da cons-trução tem um grande potencial em todo o país pela escassez de casas. A Inferam, Lda, outra empresa deste “grupo” familiar, dedica-se à construção com objetivo de alugar e gerir os imóveis. A Predinferam, Lda, dedica-se à construção de edifícios lu-xuosos de habitação para vender a tercei-ros. Com diversas áreas de negócio alia-das à sua atividade, a Planarea tem como principal foco a mediação de negócios do

grupo. Paralelamente conta com seis uni-dades locais de alojamento para turismo e ainda um projeto de restauração, o Lodge. “São todas empresas independentes umas das outras mas que pertencem ao grupo familiar”, sublinha o empresário.“Gostava de ir a restaurantes e sempre idealizei ter um a meu gosto, e foi assim que nasceu o Lodge. Felizmente tivemos um público que desde início aceitou a mi-nha ideia”, o que dinamizou Tomar nesta área de bem servir, confessa Fernando Ferreira. O Lodge encontra-se assente em diversos conceitos, desde típica pastela-ria, restaurante à lista, restaurante buffet, casamentos, batizados ou eventos. “So-mos um dos poucos restaurantes em todo

Uma paixão chamada TomarPLANAREA

86

o país com música ao vivo todos os dias à noite, 365 dias por ano”, acrescenta o em-presário, salientando que o Lodge tem uma área total de 1000 metros quadrados e capacidade para cerca de 300 pessoas com parque de estacionamento coberto gratuito. O bacalhau, cabrito e o peixe fres-co fazem o deleite dos vários pratos suge-ridos aos clientes. “Sou apaixonado por Tomar e como tal que-ro continuar a fazer algo por esta cidade”, confessa Fernando Ferreira, empresário que pretende continuar a oferecer aos seus clientes um vasto leque de serviços, sem-pre assentes na seriedade e honestidade. “As perspetivas são sempre de crescimen-to, tudo tem um timing”, remata.

Fernando Ferreira

Page 87: SANTIAGO DO CACÉM
Page 88: SANTIAGO DO CACÉM