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SÃO PAULO, 15 A 17 DE AGOSTO DE 2015.

SÃO PAULO, 15 A 17 DE AGOSTO DE 2015. - Prefeitura · Apesar de todos os esforços feitos nos últimos anos, a compreensão popular sobre o fenômeno do aquecimento do planeta e

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Ibirapuera é eleito o melhor parque do mundo

O paulistano "Ibira" ficou à frente de grandes conhecidos da França, Itália e Estados

Unidos.

O Parque do Ibirapuera, localizado na Zona Sul de São Paulo, foi eleito o melhor

parque do mundo pelo jornal britânico The Guardian. A publicação listou os 10

melhores do planeta e, curiosamente, o Central Park– talvez o mais famoso –, de Nova

York, não está entre eles.

O “Ibira” fica à frente do Buttes-Chaumont, da França, e do Boboli, da Itália. O parque

mais tradicional de São Paulo foi criado por Roberto Burle Marx, arquiteto que

combinou os movimentos cubista e surrealista com o seu conhecimento em botânica

brasileira para originar dois milhões de metros quadrados de lazer. Além dele, Oscar

Niemeyer contribuiu com a construção da Oca e da Bienal de São Paulo.

De acordo com o jornal, São Paulo é uma cidade dura e sem litoral, que faz o

Ibirapuera se tornar essencial para o paulistano.

Confira a lista completa:

1. Parque do Ibirapuera, São Paulo

2. Buttes-Chaumont, Paris, França

3. Boboli, Florença, Itália

4. High Line, Nova York, Estados Unidos

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5. Landschaftspark, Duisburg-Nord, Alemanha

6. Hampstead Heath, Londres, Inglaterra

7. Park Güell, Barcelona, Espanha

8. Summer Palace, Pequim, China

9. Olmsted Parks, Buffalo, Estados Unidos

10. Birkenhead Park, Merseyside, Inglaterra

As belezas que o Ibirapuera guarda:

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CNA discute em seminário internacional uso racional da água

Durante todo o dia, representantes de Israel, dos Estados Unidos e da Austrália

apresentarão experiências de seus países na gestão de recursos hídricos destinados ao

consumo humano e ao uso na agricultura. Algumas dessas experiências poderão ser

implantadas em regiões brasileiras, já que deram bons resultados em regiões

desérticas daqueles países.

Estão previstos painéis sobre Uso Sustentável e Racional da Água na Propriedade

Rural, Tecnologias de Irrigação, Governança da Água: Experiências Internacionais em

Debate e Desafios à Gestão da Água na Agricultura – Uma Visão Política.

Paralelamente ao seminário, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

fará um dia de campo para mostrar aos agricultores e técnicos em extensão rural

medidas para conter gastos excessivos dos recursos hídricos e como aplicá-los de

forma econômica na produção de cereais, frutas e hortaliças.

A Embrapa iniciará curso de dois dias sobre manejo de água da chuva para técnicos da

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará e da organização não

governamental Flor do Piqui, que atuam na região do Cariri, no sul do estado. Vai

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mostrar como estocar e racionalizar a água para consumo humano, animal e para

irrigação.

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Economia verde avança no setor da construção civil

Arquitetura de baixo impacto ambiental ganha cada vez mais adeptos.

Os chamados prédios verdes estão colorindo cada vez mais as cidades e ganhando

força como um setor ativo da construção civil. Isso porque esse tipo de

empreendimento, que inclui uma série de materiais e práticas menos prejudiciais ao

meio ambiente, ainda ajuda o consumidor na economia de energia. Um estudo

realizado pela consultora Ernst & Young em 2013 revelou que o número de edificações

certificadas com o selo Leed - que atesta o nível de sustentabilidade - já representa

10% do PIB da construção civil no País. A maior feira nacional de negócios do setor, a

Green Building Expo, recebeu 10 mil visitantes e reuniu mais de 100 empresas

expositoras do mercado nacional e internacional na última edição.

Pelo otimismo dos profissionais, parece que esse pensamento verde não é apenas uma

brisa passageira. A arquiteta Ingrid Dahm trabalha com projetos de baixo impacto

ambiental desde 2006, ano em que fundou o escritório de arquitetura Cuboverde em

Porto Alegre, junto com um sócio. "Quando começamos, as pessoas achavam uma

bobagem. Hoje, nos procuram porque fazemos justamente isso", assegura Ingrid. Na

lista de projetos, a empresa tem desde casas residenciais e restaurantes até grandes

empreendimentos. Um deles é o Partec Green, prédio comercial de 11 andares e 21

mil metros quadrados que integrará o Tecnosinos. A construção foi projetada visando

a eficiência energética, uma exigência dos clientes. "Tem empresas hoje que dão

preferência por alugar uma sala em um prédio com certificação, então é interessante

para a questão comercial", avalia a arquiteta.

Há mais de 10 anos no mercado de materiais de construção sustentáveis, Paulo

Guimarães observa que o setor, apesar de muito novo, vem ganhando mais adeptos

entre os especialistas e a população. "No momento em que os profissionais da área e

do poder público se conscientizarem da grande importância que as construções

sustentáveis têm para a sociedade e para a natureza, haverá uma revolução,

principalmente nos grandes centros urbanos", acredita o engenheiro civil e

proprietário da Ecotelhado, empresa porto-alegrense que produz materiais como

telhados verdes, jardins verticais e sistemas integrados de esgoto. Por ser uma das

pioneiras do ramo no Rio Grande do Sul, a empresa cresceu rapidamente e hoje tem

clientes em vários estados do Brasil e países da América do Sul e Central.

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Não é preciso investir muito dinheiro para a construção de uma casa mais sustentável,

garante Ingrid, apontando que existem práticas simples de integrar às edificações. "Por

exemplo, nós analisamos primeiro onde estamos inserindo o projeto. Cada região tem

suas características, e nós usamos o material local", explica. Outra medida acessível é o

cuidado com a posição das janelas, de forma a diminuir o calor no interior do prédio.

Além de trazer menos danos ao meio ambiente, medidas sustentáveis, se bem

aplicadas, contribuem para a economia de energia das construções, diminuindo os

valores nas contas de água e luz ao longo do tempo. Materiais como o telhado

vegetado reduzem a velocidade de escoamento da água da chuva para rede pública,

produzem oxigênio e melhoram o conforto térmico no interior de ambientes, gerando

menos consumo de ar-condicionado, por exemplo. Sistemas que reutilizam a

precipitação da chuva para o consumo ou integram a água de esgoto tratada para

irrigação são fáceis de instalar e acessíveis economicamente.

Há ainda tecnologias de maior investimento financeiro que potencializam a eficiência

energética, como o painel fotovoltáico, usado para produção de energia elétrica, e o

painel solar, voltado ao aquecimento da água. Opções mais avançadas, como

elevadores inteligentes e iluminação de alta eficiência também começam a aparecer

no mercado brasileiro. "Nesse caso, a proposta é fazer uma conta ao inverso. Pagar a

mais pela tecnologia, mas com o tempo começar a render lucro", explica Ingrid. Para

Guimarães, "é necessário um projeto com especialistas em arquitetura sustentável

para que as técnicas sejam bem aplicadas.”.

Procura pela certificação Leed vem crescendo no Brasil

Um dos medidores que atestam o interesse crescente pela arquitetuira de baixo

impacto ambiental é o aumento no interesse pelo selo Leed (Leadership in Energy and

Environmental Design), uma das certificações internacionais que comprovam que as

construções são verdadeiramente sustentáveis. No Brasil, a certificação é realizada

pela Green Building Council a qual é uma organização sem fins lucrativos que ajuda a

fomentar o crescimento do ramo, além de promover a maior feira de arquitetura

sustentável do País.

Segundo o diretor, Felipe Faria, a organização está perto de anunciar o total de mil

empreendimentos certificados em quase todos os estados do País, o que comprova o

interesse de empresários dos mais diversos setores. "Hoje, esses projetos deixaram de

ficar restritos às edificações corporativas de alto padrão e passaram a abranger

tipologias diversas, desde centros de distribuição até escolas e bibliotecas públicas",

afirma.

Para ser certificada com o Leed, a construção precisa atingir metas em categorias

como eficiência do uso da água, qualidade do ar, materiais e recursos. O profissional

de arquitetura escolhe entre uma série de sugestões de práticas sustentáveis que o

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ajudam a cumprir o necessário. Assim, na questão da água, por exemplo, o prédio deve

ser ao menos 20% mais eficiente que uma edificação convencional. À medida que a

eficiência aumenta o nível da certificação também sobe. "Como o Leed é baseado em

metas de desempenho, ele evita influenciar uma tecnologia em detrimento de outra",

explica Faria.

Além de economicamente interessante para a construção, o selo valoriza

comercialmente a propriedade. "Ela muda o patamar do empreendimento e não custa

mais, se houver planejamento desde o início. Como todos hoje em dia usam a palavra

sustentável, a certificação comprova que de fato é", avalia a arquiteta Ingrid Dahm.

A organização vê com otimismo o aumento do interesse pela certificação, inclusive por

órgãos públicos, mas destaca que ainda existem dificuldades a serem superadas para o

crescimento do setor. A falta de diálogo entre os profissionais envolvidos na

construção e o pensamento imediatista do setor são alguns dos obstáculos apontados.

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Como explicar mudanças climáticas de forma poderosa

Um estudo da consultoria FrameWorks mostra as estratégias eficazes para engajar as

pessoas no tema - e também quais armadilhas evitar.

Como comunicar as mudanças climáticas ao público brasileiro? Essa é uma dificuldade

persistente. Apesar de todos os esforços feitos nos últimos anos, a compreensão

popular sobre o fenômeno do aquecimento do planeta e sobre a própria ciência do

clima está longe do que sabem os pesquisadores. Há um fosso crescente entre o

consenso popular e o consenso dos cientistas. Para alguns ativistas e comunicadores,

está na hora de mudar a estratégia de comunicação. Diante desse desafio, o Instituto

Arapyaú encomendou um estudo à consultoria americana FrameWorks. Ela é

especializada em estudar comunicação para causas.

A FrameWorks começou fazendo um levantamento de como está a percepção popular

em relação às mudanças climáticas. Foram feitas várias entrevistas em algumas das

principais cidades do Brasil. Depois, a FrameWorks comparou o senso comum com o

conhecimento dos especialistas científicos no tema, a partir de entrevistas com vários

deles. Diante dessa comparação, chegaram a algumas descobertas.

Esse levantamento de campo é a primeira fase de um trabalho mais amplo para traçar

uma nova estratégia de comunicação. Nessa fase inicial, a FrameWorks usa as

entrevistas para descobrir os modelos culturais da sociedade em relação aquele tema.

Os modelos culturais revelam o terreno cognitivo de um determinado assunto. Eles

mostram os padrões implícitos de crenças que os indivíduos usam para enquadrar as

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informações que recebem. Esses modelos culturais podem ser produtivos ou danosos

na hora de extrair sentido da informação.

MODELOS PRODUTIVOS

O primeiro resultado do levantamento de modelos culturais ligados a mudanças

climáticas é uma lista de justaposições entre o público e os especialistas. São os

chamados modelos produtivos.

A seguir, a lista de justaposições:

1. A temperatura está aumentando - As pessoas associam ondas de calor, aumento na

frequência dos recordes de temperatura e derretimento de geleiros, entre outros

sinais, às mudanças climáticas. O termo popular “aquecimento global” também

contribui para essa percepção.

2. As mudanças climáticas são causadas pelos seres humanos - Apesar do esforço de

grupos de lobby para criar uma aparência de grande incerteza científica, o senso

comum está alinhado com o consenso científico de que as mudanças do clima são

predominantemente efeito de nossa atividade na Terra

3. O regime de chuvas está mudando drasticamente - As ondas de seca recentes que

atingiram a região Sudeste do Brasil ajudaram a reforçar essa percepção

4. Parar de desmatar e de reflorestar é importante. - Isso é efeito das campanhas para

mostrar que a maior fonte de emissões do Brasil é a retirada de cobertura vegetal. E

que plantar árvores pode ajudar a tirar o excesso de carbono da atmosfera

5. O abastecimento de água e a produção de alimentos serão bastante impactados. -

Essa visão também tem relação com a crise hídrica

6. Populações de baixa renda são mais vulneráveis. - A população sabe que, diante do

desafio de se adaptar à parcela inevitável das mudanças climáticas, países ou mesmo

setores sociais mais pobres sofrerão mais.

7. As cidades agravam os efeitos das mudanças climáticas - Embora nem todos

compreendam o conceito de ilha urbana de calor, nem como a concentração de asfalto

e cimento esquentam o mundo, quase todo mundo experimenta o clima desagradável

de áreas pouco arborizadas

Esses pontos de concordância são úteis para começar o discurso. Quando alguém for

começar a falar sobre mudanças climáticas, usar as afirmações com as quais as pessoas

já estão acostumadas deixa o interlocutor mais aberto para receber novas informações

e ajustá-las ao que sabe. Os pontos de concordância são como as fundações sobre as

quais é possível construir novos raciocínios e conhecimentos. "A gente quer ativar os

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modelos mais produtivos para comunicar sobre mudanças climáticas", diz Michael

Baran, pesquisador da Frameworks.

A recomendação da Frameworks é potencializar os modelos culturais alinhados com

especialistas. Também é importante complementar esses modelos. Eles são produtivos

mas podem ser potencializados.

Para fazer isso, a FrameWorks elaborou algumas sugestões a partir dos seguintes

modelos produtivos:

Efeitos desiguais - Tanto o público quanto especialistas concordam que as mudanças

climáticas afetam as pessoas de forma desigual. Quem tem boa condição de vida, pode

mudar com as mudanças climáticas. Esse conceito pode ser usado para expandir o

conceito de vulnerabilidades. Em geral, imagina-se que o Brasil não é dos países mais

vulneráveis porque não tem furacões ou terremotos (que não tem nada a ver com o

clima mas está associado pela populaçao a desastre). Porém, o país estã vulnerável sim

porque depende clima para manter a produção agrícola.

Mudanças nas chuvas e problemas no abastecimenbto de água e de alimentos - É

importante aproveitar essa compreensão para mostrar que há efeitos das mudanças

climáticas que já são inevitáveis. A recomendação da FrameWorks é pegar carona

nessa ideia para falar de outros efeitos do clima na saúde ou da acidificação dos

oceanos.

Mudança climática é aquecimento global - As pessoas já sabem que os eventos

extremos e as alterações nos padrões de clima estão associados ao fenômeno do

aquecimento global. No Brasil, a pesquisa da FrameWorks não encontrou forte

expressão do negacionismo, presente em outros países como os EUA. A FrameWorks

recomenda usar o termo mudanças climáticas com aquecimento global para deixar

claro que há algo de permanente e provocado pela humanidade no fenômeno.

MODELOS IMPRODUTIVOS

A segunda lista elaborada pela FrameWorks mostra os pontos de desconexão entre a

visão popular e o consenso dos especialistas. Essa lista mostra os pontos de atenção na

comunicação. São os modelos culturais improdutivos na comunicação.

A seguir, os pontos de discordância entre público e especialistas:

Definição de clima - Para os especialistas, o clima é visto como variações de longo

prazo. As alterações das mudanças climáticas são mudanças na estatística de

ocorrência de extremos de temperatura ou precipitação. São alterações medidas no

espaço de anos ou décadas. Para a população, o clima é confundido com a condição de

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tempo. Mudança climática no senso popular pode ser acordar com frio e sentir calor

no meio da tarde. Ou pode ser um dia forte de calor fora do comum no verão.

Atmosfera - Para os especialistas, as mudanças climáticas são consequência de

alterações na concentração de gases como o gás carbônico e o metano na atmosfera.

Já o público faz confusão com a camada de ozônio na camada mais alta da atmosfera.

A camada de ozônio perdeu espessura por causa da emissão de outros gases, como os

CFCs. Os CFCs têm um efeito menor também no efeito estufa, que aquece a Terra. Mas

a rigor são dois fenômenos separados: mudanças climáticas e perda na camada de

ozônio. Nos EUA, usaram o termo cobertor térmico como metáfora. A ideia é usar a

imagem de um cobertor que cobre a terra e segura o calor. Mas a FrameWorks não

testou a eficácia dessa metáfora no Brasil. Por isso não recomenda seu uso ainda.

Recomendação seria dizer algo como: "Os CFCs (que também atacam a camada de

ozônio) contribuem para um espessamento da atmosfera. Eles contribuem com algo

como 12% do aquecimento enquanto o gás carbônico é responsável por 60%".

Causa principal - O principal gás responsável pelas mudanças climáticas é o gás

carbônico. A população não o nomeia ainda. Para ela, o problema é provocado por

uma poluição mais genérica, que pode ser confundida com a fumaça negra dos

escapamentos. Um veículo a biodiesel mal regulado.

Conscientização leva a ação - Há dois problemas juntos aqui. Um deles é a visão de que

basta conscientizar a população para caminharmos para uma solução. Imagina-se que

basta aumentar a informação para que as pessoas mudem de atitudes, como gastar

menos água em casa, e isso terá efeito positivo para o clima. O segundo problema,

ligado ao primeiro, é a visão que todos têm responsabilidade igual. Imagina-se que o

cidadão, as empresas e os governos têm o mesmo papel. Que é um trabalho de

formiguinha. É preciso ressaltar que governos e empresas têm papel fundamental

quando evitar o pior das mudanças climáticas implica em alterar o modelo energético

ou de transportes do país.

Outra recomendação é evitar o catastrofismo. O discurso de que o mundo está

acabando contribui para a inação. Em lugar disso, é mais eficaz enfatizar as ações para

resolver o problema.

Esses pontos são as lacunas entre o conhecimento popular e o consenso científico. Se

a intenção for engajar rapidamente o público, é preciso tomar cuidado com esses

pontos de discordância. Se a intenção for aumentar a compreensão pública, aí esses

temas deverão ser esclarecidos gradualmente.

Essas orientações podem ser usadas para construir discursos mais eficazes e

comunicar melhor a complexidade do clima. A esperança é com isso conseguir engajar

mais as pessoas para enfrentar esse desafio.

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15/08

Diversidade da flora brasileira é mostrada nas provas da ocupação

florista

Delicadeza e criatividade guiam a competição dos floristas na Olimpíada mundial da

educação profissional, em São Paulo.

Raízes de árvores vindas de Florianópolis (SC), flores e plantas, de Holambra (SP). Boa

parte da flora brasileira está nas mãos de competidores de várias partes do mundo.

Dessa forma o Brasil apresenta a diversidade da flora e debuta na ocupação Florista da

WorldSkills Competition.

Milena capricha durante prova em São Paulo.

O desafio do florista nas provas da WorldSkills São Paulo 2015 é ter habilidades

técnicas, criatividade, delicadeza e, principalmente, planejamento. Segundo Claudine

de Castro, professora do SENAC Minas e embaixadora dessa ocupação, os

competidores recebem, no dia da ambientação, todo material para o projeto-teste,

que será entregue no último dia de provas. Ou seja, não pode perder nem desperdiçar

materiais.

“Além disso, como forma de avaliar melhor a criatividade, eles também recebem, no

decorrer dos dias, três caixas surpresa”, explica.

Até esse terceiro dia de tarefas os floristas já criaram um arranjo com o tema Carnaval

brasileiro, um buquê, um objeto decorativo, uma guirlanda, um chapéu e um leque.

A representante brasileira Milena Berkembrock, de Santa Catarina, ouro na Olimpíada

do Conhecimento em 2014, criou um leque cravejado de pequenas plantas suculentas,

anis estrelado e mamonas.

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De acordo com Claudine, outros países já participam dessa modalidade na WorldSkills

há muitos anos. “Como o Brasil está competindo nessa ocupação pela primeira vez, a

oportunidade de aprendizado é muito grande”, diz à professora que tem sentido

grande interesse dos visitantes que passam pelo Knowledge Spot, ou Ponto de

Conhecimento, onde os embaixadores das modalidades, professores e alunos do

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Nacional de

Aprendizagem Comercial (SENAC), orientam sobre os cursos e as profissões

relacionadas.

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15/08

Os muitos prós e alguns contra da Lei dos guarda-parques

Excelente a notícia de que avança a regularização da profissão de guarda-parque.

O Projeto de Lei Nº 7276/2014, do deputado Marco Maia (PT-RS) visa reconhecer e

valorizar a profissão e está dando passos firmes no Congresso Nacional. Eles e elas

cuidam de um enorme pedaço do patrimônio natural nacional, tanto em área como

em valor presente e, muito mais, como valor futuro. Trata-se de uma profissão difícil e

sacrificada, embora ofereça uma opção de vida invejável para os que amam a natureza

e a vida ao ar livre.

O projeto é, em geral, muito bom e se for aprovado tal como está todos ganhariam: a

sociedade, as áreas protegidas e, claro, os guarda-parques de hoje e do futuro. Mas,

como em tudo, é possível se mencionar aspectos que, a juízo do autor, poderiam

melhorar o projeto e, quiçá, evitar problemas.

Não foi possível descobrir o número de guarda-parques que se desempenham

atualmente no setor público (nos seus três níveis) e privado do Brasil. No entanto,

devem ser alguns milhares. Tampouco parece existir informação sistematizada sobre

as suas caraterísticas, como níveis de formação, faixa etária, salários atuais ou, por

exemplo, sobre as normas que agora são aplicadas em cada estado. O que se sabe é

que eles e elas não estão sendo adequadamente formados, nem bem remunerados,

defendidos ou equipados. Seria ótimo dispor-se de um diagnóstico situacional que

trouxesse elementos para a justificativa da lei e sustentasse melhor as suas propostas.

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Esse é um bom tema para trabalhos acadêmicos de jovens universitários. Mas, fazer

esse estudo não deveria ser pretexto para atrasar a aprovação da lei.

O projeto tem muitas virtudes. Descreve bem as funções de guarda-parque, oferece

uma categorização que permite que eles prosperem ou ascendam com benefícios

crescentes e condizentes com responsabilidades cada vez maiores, e de acordo com a

melhoria de formação profissional. Também detalha as condições de trabalho que

devem reger a profissão e as remunerações, benefícios e compensações. Oferece

opções bastante detalhadas sobre a formação que a profissão requer. Adicionalmente

aborda outros aspectos, como porte de armas e poder de polícia, que são importantes.

A ideia de que a abrangência da profissão de guarda-parque não se limita a servir as

unidades de conservação públicas é muito importante.

Confusão na hierarquia

A gestão de um sistema de áreas protegidas requer diversos níveis de atuação

profissional. Existe o nível central, a partir do qual se rege o sistema, ou seja, onde se

desenha e se aplica a política, onde os planos e programas são feitos, prepara-se e

administra-se o orçamento, controla-se e avalia-se o processo, dentre outras funções.

O segundo nível se dá em cada unidade de conservação. Cada uma dispõe de um

responsável, chame-se "chefe" ou "diretor". Este funcionário, em teoria, é ajudado por

uma pequena equipe de profissionais a cargo de áreas específicas determinadas pelo

plano de manejo da unidade. O normal é que essa equipe de profissionais (biólogos,

engenheiros, geógrafos, educadores, etc.) resida na própria unidade de conservação.

E, obviamente, esse responsável da unidade de conservação dispõe, para o manejo da

área, de um corpo de guarda-parques.

Ou seja, os guarda-parques não são um grupo autônomo nem isolado, mas parte de

uma estrutura administrativa relativamente complexa. Por isso, chama a atenção que

no projeto de lei esse fato nem sequer seja mencionado. Pela redação parece que em

cada unidade de conservação só há guarda-parques e ninguém mais. Essa impressão é

acentuada quando se leem certas atribuições que o projeto outorga aos guarda-

parques que correspondem ao nível central ou ao do responsável da unidade. É

evidente que os guarda-parques devem e podem participar da gestão ou da

administração, mas as decisões e a responsabilidade são do diretor da unidade. Outras

decisões de grande importância para as relações com a comunidade, como aplicar

multas, nomear fiel depositário ou executar demolições, dentre outras, também

deveriam ser resolvidas pelo chefe da unidade.

O dito não implica que não exista uma pirâmide de responsabilidade entre os próprios

guarda-parques, como o projeto estabelece. A ideia de um corpo de guarda-parques

em cada unidade de conservação liderado pelo mais experimentado e melhor

preparado faz todo sentido. É adequada a proposta de quatros níveis, diferenciados

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pela capacitação e os anos de serviço. É óbvio que o guarda-parque que reúna os

requisitos para ser responsável de uma área ou diretor da unidade de conservação,

deve ter o caminho aberto para isso. Quem exerceu a função de guarda-parque e tem

qualificação profissional é ideal para se candidatar a chefe de áreas protegidas.

Escolas

O tema da formação dos guarda parques é complicado. A proposta do projeto de lei

parece ser abrir a opção de se formar guarda-parques em praticamente qualquer

estabelecimento educativo do país que receba autorização do Ministério da Educação

e da Cultura. Não obstante, é muito duvidoso que os estabelecimentos educativos

existentes possam oferecer uma especialidade tão fora dos seus padrões comuns. De

uma parte, um guarda-parque deve ser treinado muito mais no campo do que na aula

ou laboratório. De outra, sua formação requer professores altamente especializados e

experimentados em temas que são completamente alheios a educação tradicional,

como ecologia, áreas protegidas, direito ambiental, manejo de fauna, controle do fogo,

ecoturismo, etc. De outro lado, práticas de uso de armas, resgate, sobrevivência e

primeiros auxílios, uso de veículos e naves, de reparação de motores e outros

equipamentos, uso de radiocomunicações ou de mapas, sensores remotos e

posicionamento geográfico, dentre outras, são indispensáveis.... e como seriam

oferecidos em centros educativos convencionais? Trata-se de professores escassos e

quase todos já em serviço em dependências públicas ou privadas, e de equipamentos e

práticas de campo de custo elevado, completamente fora da alçada desses centros.

Parece, pois, que a solução de formação de guarda-parques é a criação de uma escola

nacional e de algumas a mais nos estados dispostos a criá-las. Elas deveriam estar

intimamente ligadas ao Ministério do Meio Ambiente, ao ICMBio e às secretarias e

dependências estaduais correspondentes, sem detrimento da sua validação e controle

pelo Ministério da Educação e Cultura. Um treinamento de um ou dois anos deveria

formar guarda-parques a partir de graduados do secundário ou de escolas técnicas, ou

transformar profissionais universitários que desejem se incorporar a essa nova

profissão. É uma solução similar a que usa a Polícia Federal e outros corpos policiais

que dispõem de academias.

Situações especiais

Alguns outros temas que deveriam ser mais bem explicitados ou abordados no projeto

são as relações dos guarda parques com a polícia florestal e os bombeiros florestais

cujas funções devem ser coordenadas já que podem ter superposições. Também,

como já foi insinuado, deveria ficar claro que a área de atuação dos guarda-parques

inclui as zonas de amortecimento das unidades de conservação, mas, sempre

respeitando o plano de manejo. Parece, também, que o projeto esqueceu-se de

enfatizar a necessidade de os guarda-parques disporem de defesa legal especial. São

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muitos os casos de guarda-parques que usaram suas armas para proteger o patrimônio

da nação ou em legítima defesa e que, por isso, passaram injustamente anos na prisão.

O projeto de lei tampouco explica como seriam tratados os guarda-parques indígenas,

que são tão importantes na região amazônica, mas que em geral não têm o secundário

completo. Outro tema que merece ser considerado é o das regras para a rotação dos

guarda-parques entre unidades de conservação. Existem também problemas de

terminologia, como no caso do uso do termo "parques de preservação ambiental".

Nos aspectos de regime e jornada de trabalho poderia haver certo excesso de

optimismo dos proponentes do projeto, pôs, visto desde o lado dos empregadores, as

demandas seriam consideráveis. É provável que deva haver uma negociação perante

as demandas salariais e as compensações por horas extras, trabalho noturno,

periculosidade, horas laborais, tempo de serviço, dentre outras, que o projeto

estabelece. Em princípio, quem deseja ser guarda-parque sabe que estas realidades

são absolutamente inerentes a esse emprego. Quem deseja vida cômoda e horários

fixos, sem emergências, não deve pretender ser guarda-parque, nem tampouco diretor

ou funcionário das unidades de conservação. Entretanto, neste ponto da discussão do

projeto, cabe aplicar o critério de que "quem não chora não mama".

Tudo é aperfeiçoável, como dito. Ainda sem aprimoramentos o projeto de lei já é um

tremendo passo adiante, que muitos países da região deveriam usar como exemplo.

Neste ponto só cabe parabenizar os autores e promotores do projeto de lei e lhes

desejar o sucesso que merecem.

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15/08

Itinerância da 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental acontece em

setembro em várias cidades do estado de São Paulo

De 08 de setembro a 10 de outubro, filmes da Mostra serão exibidos em 12 cidades

do Estado, em unidades do SESC e outros espaços.

Em setembro, filmes da 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental serão exibidos em

unidades do Sesc e outros espaços, como universidades e escolas, em 12 cidades do

Estado de São Paulo. Ao todo, 15 filmes participam da Itinerância 2015 da Mostra,

numa correalização com o Sesc São Paulo. Toda a programação é gratuita.

Além dos filmes, a Itinerância inclui debates, palestras, oficinas, visitas e outras

atividades correlatas, ampliando ainda mais a experiência do público com os temas

abordados: biodiversidade, cidades, consumo, energia, povos & lugares e recursos

naturais.

Serão realizadas sessões nas cidades de São Paulo, Santo André, São Caetano, Bauru,

Catanduva, Presidente Prudente, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José dos Campos,

Sorocaba, Taubaté e Santos, em dias e horários variados ao longo do mês.

A Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental traz para o Brasil o que de mais novo e de

mais qualidade é produzido em diversos países do mundo sobre temas

socioambientais em audiovisual. São filmes exibidos em grandes festivais de cinema,

que raramente chegam às salas de cinema no país. A Mostra estimula a reflexão e o

debate sobre temas cotidianos, possibilitando acesso a informações de uma forma

única e lúdica.

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"Temos visto uma grande carência de informação que subsidie a educação

socioambiental, principalmente no interior do estado, onde os espaços de cultura e

reflexão são poucos. A Itinerância da Mostra em parceria com o Sesc SP leva essa

oportunidade de reunião e debate - fundamental para que as pessoas tenham mais

condições de exercer sua cidadania - para uma rede ampla de cidades, cumprindo sua

missão de democratização do conhecimento", define o Diretor da Mostra, Chico

Guariba.

Dentre os filmes exibidos está A Tragédia do Lixo Eletrônico, no qual a diretora, Cosima

Dannoritzer, viaja pela Europa, China, África e EUA acompanhando o trajeto de

aparelhos eletrônicos descartados, encontrando um comércio ilegal que movimenta

65% das mais de 50 toneladas de lixo eletrônico produzidas anualmente. Trashed: Para

onde vai o nosso lixo? Promove uma conversa global de investigação dos danos

causados pelo descarte inadequado de resíduos sólidos, conduzida pelo ator Jeremy

Irons. A preocupação com o que ingerimos e os efeitos da indústria química em nossos

corpos é tema dos filmes O Veneno Está na Mesa II e O Experimento Humano.

Conhecer as questões socioambientais que afligem diferentes partes do planeta pode

contribuir para ampliar a reflexão e para o desenvolvimento do senso crítico. Mais do

que isso, nos conforta saber que não estamos sós em meio a esta crise planetária, e

que existem sim caminhos possíveis.

A Itinerância 2015 da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é uma realização da

Ecofalante e do Sesc São Paulo, com apoio da White Martins e do Reciclo Pepsico e

apoio institucional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA),

Le Monde Diplomatique Brasil, Instituto Envolverde, Catraca Livre, Rádio Eldorado,

Rádio Estadão, Revista Piauí, Procam/USP, Instituto Akatu, Rede Nossa São Paulo,

Instituto Polis, ProAC e Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

Mais informações serão disponibilizadas em breve nos sites da Mostra

(ecofalante.org.br/mostra) e do Sesc (sescsp.org.br)

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15/08

Documentário explora mudanças dos últimos seis mil anos na Amazônia

O cenário da Amazônia passou por transformações ao longo dos anos que vão além da

interferência humana. Diversas mudanças que datam milhares de anos estão sendo

estudadas por pesquisadores brasileiros e estrangeiros, na tentativa de desvendar o

passado de uma das maiores biodiversidades do planeta.

A iniciativa foi registrada em um documentário, lançado nesta quinta-feira (13) em São

José dos Campos. Intitulado “Geobiama: uma expedição científica na Amanônia”, o

filme é fruto de uma pesquisa desenvolvida pela geóloga e pesquisadora Dilce de

Fátima Rosseti, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com a

Universidade de Turku, na Finlândia.

“Queremos fazer a integração de dados geológicos da região até os dias atuais, muito

ligado na parte de vegetação, que é composta por florestas e campinaras. Estamos

observando ambientes antigos, que existiam há seis mil anos e hoje não existem mais”,

conta a geóloga.

Para a produção do documentário, foram reunidos pesquisadores do Inpe e

especialistas em geologia, paleontologia e botânica do Brasil e exterior. Os

especialistas atuam coletando amostras naturais da fauna da região, além de organizá-

las em um banco de dados para análise.

Segundo Dilce, as principais mudanças na composição da fauna da região foram

causadas por mudanças climáticas e alterações ambientais naturais. “O Rio Madeira

tinha um curso diferente, correndo a 30 km de distância do lugar atual. O Rio Negro,

Solimões, Rio Branco, todos mudaram muito de posição com o tempo”, afirma.

Documentário – O documentário tem direção do fotógrafo Fábio Rubinato e foi

disponibilizado nesta sexta-feira (14) pela internet. Durante as gravações, além das

descobertas do estudo, ele afirma ter se assustado com o nível de desmatamento da

região.

“Tenho medo do que vi na Amazônia, na opinião de leigo mesmo. Apesar das

interferências naturais, o desmatamento segue sem controle e é uma prática muito

difícil de combater”, avalia.

A produção do filme é fruto de quase um ano de trabalho, acompanhando

pesquisadores durante expedições na região e coletando entrevistas dos diferentes

especialistas envolvidos com o tema. “Tentamos colocar uma linguagem mais acessível

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para o público, que tornasse o conteúdo mais atrativo para o público geral. O

conteúdo é extremamente interessante e importante”, afirmou o diretor.

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15/08

País abre debate sobre acesso à informação

Foi prorrogada, até 26 de agosto, a consulta pública sobre o instrumento regional de

acesso à informação, participação em processos decisórios e acesso à justiça em temas

ambientais. A discussão gira em torno da conveniência de o Brasil pactuar um

mecanismo internacional capaz de conferir mais transparência nos processos e

discussões ambientais.

Aberta para a sociedade civil, a consulta é uma iniciativa do Ministério de Relações

Exteriores (MRE) e do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Centro

RIO+) e se traduz em um diálogo no âmbito da Comissão Econômica das Nações Unidas

para a América Latina e o Caribe (CEPAL). O objetivo é receber comentários da

sociedade civil, mídia, academia, ONGs e setor privado a respeito do documento

preliminar elaborado pela CEPAL.

DECLARAÇÃO

Em 2012, à margem da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento

Sustentável (Rio+20), dez países da América Latina e Caribe assinaram a “Declaração

sobre Aplicação do Princípio 10 da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento”, na qual expressam interesse em um instrumento regional com a

significativa participação de toda sociedade interessada.

Atualmente, 20 países da região já manifestaram adesão aos termos da Declaração e

se engajam em diálogo sobre o tema no âmbito da Comissão Econômica das Nações

Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL), que redundou na abertura de

negociações governamentais para a adoção de um instrumento regional, cuja natureza

e conteúdo ainda não são consensuais. É nesse contexto que o Brasil lança a consulta

pública.

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Para participar, basta registrar-se no site:

https://www.riodialogues.org/node/495052. Caso haja problemas, entre em contato

com a equipe do Centro RIO+ pelo e-mail: [email protected].