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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 DIVULGAÇÃO Reduza os incômodos da sinusite Saúde e bem-estar F4 D isposição e bom hu- mor, para as pes- soas que não são matutinas, é algo raro. Mas também há aqueles que acordam sorridentes e de bem com a vida. Esses dois extremos podem ter apenas um fator em comum: o sono. Muitas das vezes, a privação de sono influencia na maneira como acordamos – querendo pular da cama ou dar mais aqueles cinco minutinhos de soneca. Para os especialis- tas, uma noite bem-dormida é a saída para ter um começo de dia produtivo. A administradora Leila Ra- mos, 29, é daquelas que odeia acordar cedo, apesar de ter que estar no trabalho às 8h. “É terrível. Eu gosto de dormir tarde, mas agora está meio impossível. Trabalho em dois lugares, então não dá nem para dar uma sonequinha. É tudo corrido e, à noite, fica difícil desacelerar”, conta. Habituada a dormir e acor- dar tarde, ela começou um se- gundo emprego recentemente e a adaptação foi difícil. “O primeiro mês foi um terror. Estava acostumada a dormir 3h, 4h da manhã, às vezes até 5h, para acordar ao meio- dia, me arrumar e ir trabalhar. Mas, com o segundo emprego – porque não está fácil para ninguém – tive que começar a acordar às 7h. Mas não acordo cheia de sorrisos. Preciso de um tempo para ‘reagir’”, ri. Mas essa situação de Leila tem explicação: na maioria das vezes, a dificuldade para acordar bem-disposto tem um grande culpado: a privação de sono. “Antes, no começo do século 20, dormíamos cerca de nove horas por noite, hoje a média é menor do que sete horas”, compara o pneumolo- gista Geraldo Lorenzi Filho. Outros fatores também podem influenciar nisso. “Também existem aspectos genéticos, pessoas que têm tendência a acordar e dormir muito tarde ou muito cedo. Só que essa é uma porcentagem muito pequena da população”, frisa a pneumologista Sonia Togerio, pesquisadora do Insti- tuto do Sono, em São Paulo. De qualquer forma, acordar com dívidas na conta de sono pode ser prejudicial ao rendi- mento e à saúde. “Isso causa problemas de memória, humor, falta de atenção e, é claro, sonolência”, ensina Sônia. RELÓGIO INTERNO O nosso ritmo central é programado pela hipófise, e ela regula vários outros “re- loginhos” no nosso corpo. É como se ele fosse um maestro, e os outros órgãos, músculos e células fossem uma orquestra de vários instrumentos. Quan- do a música está desafinada, ou melhor, os relógios estão dessincronizados, a saúde en- tão não vai bem. A ciência que estuda como essa sinfonia funciona é a cro- nobiologia, e entre seus concei- tos, ela estabelece que alguns de nós podem começar o dia mais cedo ou mais tarde. São os cha- mados cronotipos: O matutino é aquele que dorme cedo e acorda cedo e tem alta produção du- rante o período da manhã. Já o vespertino, quando chega ao final da tarde e a noite, princi- palmente, acaba despertando e sendo mais produtivo. Isso significa que o relógio biológico desses extremos ou é mais adiantado ou mais atrasado. A maioria das pes- soas, porém, se encaixa em al- gum lugar intermediário entre esse dois polos. Além disso, existe a questão de quan- tas horas de sono cada pes- soa precisa para estar mais disposta: são os dormidores longos e curtos, que dormem mais ou menos. O ideal seria que cada um pudesse adaptar seu dia aos momentos em que será mais produtivo. Na sociedade de hoje, os matutinos e dormidores cur- tos se dão melhor. Mas é pos- sível, sim, tentar adaptar-se e ajudar o corpo a render um pouco mais de manhã. Um vespertino nunca se tornará um matutino, pois um não se sente bem comple- tamente no horário do outro. Mas dá para pelo menos me- lhorar um pouco, como expli- ca o médico Fábio Cardoso, especialista em medicina pre- ventiva e longevidade. DISPOSIÇÃO “Ter horários constantes aju- da, pois a hora de dormir e acordar é um dos fatores que regulam nosso ciclo circadiano (o período de 24 horas no qual se completam as atividades do ciclo biológico dos seres vivos). Assim, se você manti- ver os mesmos horários todos os dias, o organismo tende a se habituar”, explica. Ou seja, muitos tentam acordar mais cedo, mas continuam dormindo mais tarde, ou então ficam um pouco mais na cama nos fins de semana. Isso confunde o corpo, que retoma o hábito a que está predisposto. O que se aconselha é manter uma regularidade, que não precisa ser rígida. Outra dica do especialista é programar o dia com uma hora a menos. “E faça isso durante a noite, assim você ganha uma hora para desacelerar. Progra- mar muitas atividades para antes de dormir pode gerar estresse e liberar hormônios, como cortisol, que atrapalham o sono”, diz. Cardoso ressalta, ainda, que isso vale mais ainda para quem leva trabalho para casa. “E não importa seu cro- notipo, dormir mal atrapalha o rendimento de qualquer um, e não só de manhã”, destaca. O consumo de proteínas pela manhã também ajuda. “Pes- soas que ingerem refeições proteicas têm uma melhor me- mória por algum tempo depois do consume, e também resulta em mais atenção (foco)”. Isso porque proteínas demandam maior gasto energético para sua absorção e metabolismo pelo fígado e induzem a ace- leração do organismo. Além disso, o médico lembra que as proteínas reduzem a entrada do triptofano no cérebro, hor- mônio ligado ao sono, além de estimular a noroadrenalina, nos tornando mais despertos e ativos. E, enfim, Fábio Car- doso aconselha fazer exercí- cios cedo, já que manter-se ativo durante a manhã ajuda, e muito, a manter o corpo e a mente acordados. “O mais difícil é começar o dia, mas se você se dispõe se anima”. Uma das formas de fazer isso é com atividades físicas, que ainda liberam uma série de hormônios, como os adrenér- gicos, que aumentam a tempe- ratura corporal, outro sincro- nizador do relógio biológico. Além disso, o metabolismo se acelera, trazendo mais dispo- sição. Muitos vespertinos não conseguem fazer exercícios mais puxados logo cedo, mas mesmo a atividade moderada, como uma caminhada, já surte esse efeito no corpo”. Acertando o seu relógio biológico Dormir cedo, acordar cedo e ainda muito bem-disposto não é para qualquer um, mas com jeitinho tudo é possível MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO ADRENÉRGICOS O mais difícil é come- çar o dia, mas se você se dispõe logo se anima. Uma forma de fazer isso é com atividades físicas, que liberam uma série de hormônios, como os adre- nérgicos, que aumentam a temperatura corporal

Saúde - 14 de setembro de 2014

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Saúde - Caderno de saúde do jornal Amazonas EM TEMPO

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e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

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ÃO

Reduza os incômodos da sinusiteSaúde e bem-estar F4

Disposição e bom hu-mor, para as pes-soas que não são matutinas, é algo

raro. Mas também há aqueles que acordam sorridentes e de bem com a vida. Esses dois extremos podem ter apenas um fator em comum: o sono. Muitas das vezes, a privação de sono infl uencia na maneira como acordamos – querendo pular da cama ou dar mais aqueles cinco minutinhos de soneca. Para os especialis-tas, uma noite bem-dormida é a saída para ter um começo de dia produtivo.

A administradora Leila Ra-mos, 29, é daquelas que odeia acordar cedo, apesar de ter que estar no trabalho às 8h. “É terrível. Eu gosto de dormir tarde, mas agora está meio impossível. Trabalho em dois lugares, então não dá nem para dar uma sonequinha. É tudo corrido e, à noite, fi ca difícil desacelerar”, conta.

Habituada a dormir e acor-dar tarde, ela começou um se-gundo emprego recentemente e a adaptação foi difícil. “O primeiro mês foi um terror. Estava acostumada a dormir

3h, 4h da manhã, às vezes até 5h, para acordar ao meio-dia, me arrumar e ir trabalhar. Mas, com o segundo emprego – porque não está fácil para ninguém – tive que começar a acordar às 7h. Mas não acordo cheia de sorrisos. Preciso de um tempo para ‘reagir’”, ri.

Mas essa situação de Leila tem explicação: na maioria das vezes, a difi culdade para acordar bem-disposto tem um grande culpado: a privação de sono. “Antes, no começo do século 20, dormíamos cerca de nove horas por noite, hoje a média é menor do que sete horas”, compara o pneumolo-gista Geraldo Lorenzi Filho.

Outros fatores também podem infl uenciar nisso. “Também existem aspectos genéticos, pessoas que têm tendência a acordar e dormir muito tarde ou muito cedo. Só que essa é uma porcentagem muito pequena da população”, frisa a pneumologista Sonia Togerio, pesquisadora do Insti-tuto do Sono, em São Paulo.

De qualquer forma, acordar com dívidas na conta de sono pode ser prejudicial ao rendi-mento e à saúde. “Isso causa problemas de memória, humor, falta de atenção e, é claro, sonolência”, ensina Sônia.

RELÓGIO INTERNOO nosso ritmo central é

programado pela hipófi se, e ela regula vários outros “re-loginhos” no nosso corpo. É como se ele fosse um maestro, e os outros órgãos, músculos e células fossem uma orquestra de vários instrumentos. Quan-do a música está desafi nada, ou melhor, os relógios estão dessincronizados, a saúde en-tão não vai bem.

A ciência que estuda como essa sinfonia funciona é a cro-nobiologia, e entre seus concei-tos, ela estabelece que alguns de nós podem começar o dia mais cedo ou mais tarde. São os cha-mados cronotipos: O matutino é aquele que dorme cedo e acorda cedo e tem alta produção du-rante o período da manhã. Já o vespertino, quando chega ao fi nal da tarde e a noite, princi-palmente, acaba despertando e sendo mais produtivo.

Isso signifi ca que o relógio biológico desses extremos ou é mais adiantado ou mais atrasado. A maioria das pes-soas, porém, se encaixa em al-gum lugar intermediário entre esse dois polos. Além disso, existe a questão de quan-tas horas de sono cada pes-soa precisa para estar mais disposta: são os dormidores

longos e curtos, que dormem mais ou menos. O ideal seria que cada um pudesse adaptar seu dia aos momentos em que será mais produtivo.

Na sociedade de hoje, os matutinos e dormidores cur-tos se dão melhor. Mas é pos-sível, sim, tentar adaptar-se e ajudar o corpo a render um pouco mais de manhã.

Um vespertino nunca se tornará um matutino, pois um não se sente bem comple-tamente no horário do outro. Mas dá para pelo menos me-lhorar um pouco, como expli-ca o médico Fábio Cardoso, especialista em medicina pre-ventiva e longevidade.

DISPOSIÇÃO“Ter horários constantes aju-

da, pois a hora de dormir e acordar é um dos fatores que regulam nosso ciclo circadiano (o período de 24 horas no qual se completam as atividades do ciclo biológico dos seres vivos). Assim, se você manti-ver os mesmos horários todos os dias, o organismo tende a se habituar”, explica. Ou seja, muitos tentam acordar mais cedo, mas continuam dormindo mais tarde, ou então fi cam um pouco mais na cama nos fi ns de semana. Isso confunde o corpo, que retoma o hábito a que está predisposto. O que se aconselha é manter uma regularidade, que não precisa ser rígida.

Outra dica do especialista é programar o dia com uma hora a menos. “E faça isso durante a noite, assim você ganha uma hora para desacelerar. Progra-mar muitas atividades para antes de dormir pode gerar estresse e liberar hormônios, como cortisol, que atrapalham o sono”, diz. Cardoso ressalta, ainda, que isso vale mais ainda para quem leva trabalho para casa. “E não importa seu cro-notipo, dormir mal atrapalha o rendimento de qualquer um, e não só de manhã”, destaca.

O consumo de proteínas pela manhã também ajuda. “Pes-soas que ingerem refeições

proteicas têm uma melhor me-mória por algum tempo depois do consume, e também resulta em mais atenção (foco)”. Isso porque proteínas demandam maior gasto energético para sua absorção e metabolismo pelo fígado e induzem a ace-leração do organismo. Além disso, o médico lembra que as proteínas reduzem a entrada do triptofano no cérebro, hor-mônio ligado ao sono, além de estimular a noroadrenalina, nos tornando mais despertos e ativos. E, enfi m, Fábio Car-doso aconselha fazer exercí-cios cedo, já que manter-se ativo durante a manhã ajuda, e muito, a manter o corpo e a mente acordados. “O mais difícil é começar o dia, mas se você se dispõe se anima”. Uma das formas de fazer isso é com atividades físicas, que ainda liberam uma série de hormônios, como os adrenér-gicos, que aumentam a tempe-ratura corporal, outro sincro-nizador do relógio biológico. Além disso, o metabolismo se acelera, trazendo mais dispo-sição. Muitos vespertinos não conseguem fazer exercícios mais puxados logo cedo, mas mesmo a atividade moderada, como uma caminhada, já surte esse efeito no corpo”.

Acertando o seu relógio biológico

Dormir cedo, acordar cedo e ainda muito bem-disposto não é para qualquer um, mas com jeitinho tudo é possívelMELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

ADRENÉRGICOSO mais difícil é come-

çar o dia, mas se você se dispõe logo se anima. Uma forma de fazer isso é com atividades físicas, que liberam uma série de hormônios, como os adre-nérgicos, que aumentam a temperatura corporal

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

As primeiras linguagens escritas incor-poraram sím-bolos gráfi cos para traduzir o sentimento humano de aversão à dor de qualquer natureza”

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Calcula-se que aproxima-damente 25% de todas as proteínas encontradas no corpo são constituídas por algum dos diferentes tipos de colágeno existentes, mas, para a maioria das pessoas, falar sobre isso é combater as rugas e a flacidez. De fato, o colágeno tem essa função, mas seu papel vai muito além da estética, ele é um dos principais componentes es-truturais de diversos órgãos e tecidos, e ajuda na formação de vasos sanguíneos, mús-culos, ossos, pele, cabelo e articulações – fundamentais para a mobilidade.

E a mobilidade é fator es-sencial para a manutenção de um corpo saudável e ativo por mais tempo. “Notamos um aumento no número de pacientes com problemas ar-ticulares, principalmente na coluna, nas mãos, nos joelhos e no quadril, o que pode levar à incapacitação do indivíduo. Problemas nas articulações podem limitar os movimen-tos, gerar dor, prejudicar as atividades físicas e sociais, e a qualidade de vida. Por isso é essencial manter a cartilagem saudável”, explica o Doutor Gustavo Constantino de Cam-

pos, Ortopedista do Instituto de Ortopedia e Traumatolo-gia, do Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Uni-versidade de São Paulo.

Nesse cenário, o colágeno tem papel ainda mais espe-cial. Quando a produção de colágeno passa a ser menor que a sua degradação, pode surgir, por exemplo, o des-gaste da cartilagem das nos-sas principais articulações (joelhos, ombro, quadril, entre outras), ocasionando a chamada artrose. Outros fatores, como tabagismo, excesso de sol sem proteção adequada e tensões físicas e emocionais também podem influenciar na produção de colágeno. Soma-se a isso o aumento da expectativa de vida da população, que pode trazer patologias associa-das à idade, como oestoar-trite ou oesteoporose.

“O colágeno atua como uma malha de sustentação, retendo as demais substân-cias dentro da cartilagem, por isso sua importância para as articulações. Quem busca ter mais qualidade de vida deve começar a pensar em formas de prevenção de doenças articulares”, acres-

centa o Doutor Gustavo.Uma dieta saudável e

equilibrada, composta por vegetais verde-escuros, le-gumes e alimentos à base de proteína, preferencialmente animal, é uma das medidas que pode ajudar a manter a cartilagem saudável, evi-tar seu desgaste excessivo e contribuir para diminuir a dor nas articulações.

Além da alimentação, a per-da do excesso de peso e a re-alização de atividades físicas regradas são fatores que in-fluenciam na manutenção de cartilagens e articulações.

Sobre MobilityMobility é um suplemento

alimentar fonte de peptídeos de colágenos biologicamente ativos que, absorvidos após a ingestão, são distribuídos e acumulados na cartilagem, auxiliando em sua nutrição2-4. O consumo de Mobility for-nece ao organismo uma das principais matérias-primas para a produção de coláge-no. Mobility é o único produto no Brasil que contém Fortigel – um ingrediente fabricado pela empresa que é a líder mundial de produção de pro-teínas de colágeno.

Originária do sudeste asiático, a Morinda Citrifolia, conhe-cida como noni, dá um fruto com o qual se produz o suco, que vem sendo cada vez mais consumido no Brasil, devido às suas propriedades benéfi cas à saúde. A fruta verde e parecida com a fruta-de-conde, já pode ser encontrada por aqui em vários locais e, embora não tenha cheiro nem sabor agradáveis, tem sido recomendada porque auxilia no processo de prevenção e da restauração da saúde. É uma fruta natural que tem nutrientes benéfi cos para o nosso organismo. Não tem contraindicações, nem efeitos colaterais e nem risco de interação medicamentosa. Propor-ciona vitalidade natural permitindo maior rendimento nas atividades físicas, não ocorrendo cansaço físico ou fadiga, além disso, estimula o sistema imunológico.

Viva o noni, o alimento que acaba com a fadiga

A ingestão insufi ciente de alguns nutrientes, como triptofano, magnésio, ômega-3 e vitaminas C e E, pode desencadear sintomas estressores. Por isso, apostar em frutas, legumes e verduras é essencial para diminuir o estresse. Conheça alguns alimentos antiestresse. Vege-tais alaranjados (abóbora, cenoura, mamão, tomate) são ricos em substâncias anti-infl amatórias e antioxidantes, que são capazes de amenizar o nervosismo. Já o brócolis, couve e espinafre são ricas em zinco e magnésio, ativam as enzimas, facilitando a desintoxicação do corpo. Maçã e abacaxi contêm uma enzima chamada bromelina, que acelera o trânsito intestinal.

As vitaminas que combatem o estresse

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoDernando Monteiro e João Alves

Dos primeiros registros aos gregos

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Dr. Gustavo Constantino

ortopedista

Gustavo Constantino www.sanofi .com.br.

O colágeno além da beleza

Na espécie humana, os sentimen-tos gerados pela dor continuam sen-do o mais importante instrumento para acionar os alertas biológicos para manter a vida.

Inicialmente, a resposta à dor pode ter começado com os nossos antepassados muito distantes rea-gindo gesticuladamente ou por meio de linguagens específi cas contra a dor provocada, como o desconforto do frio, da fome ou dos ferimentos de quaisquer naturezas.

Durante milhares de anos, durante o processo de formação do apa-relho fonador, a resposta humana recusando a dor tornou-se plena de especialização, em contrapon-to às manifestações acolhendo as sensações prazerosas. Assim, nos quatro cantos do planeta, com o passar dos milênios, em todas as linguagens que expressassem a signifi cância dolorosa gestual ou falada manteve impressionante uniformidade. Até hoje, todos gri-tam contra as dores! As primeiras linguagens escritas incorporaram símbolos gráfi cos para traduzir o sentimento humano de aversão à dor de qualquer natureza.

As sociedades escravistas que se desenvolveram nas margens dos rios Tigre, Eufrates, Indo e Nilo, regis-traram com detalhes os sofrimentos

causados pelas dores. Dessa forma, existiu grande número de símbolos gráfi cos identifi cados como ex-pressões dolorosas. Em algumas culturas, como entre os assírios e babilônicos, a dor era entendida como sinônimo de pecado.

Entre os gregos dos tempos ho-méricos, especifi camente na estru-tura dos livros Ilíada e Odisséia, a palavra phármakon, no grego ar-caico, signifi cava agente mágico, porque era capaz de restituir a ordem natural sem dor. São encontrados dois grupos de três palavras, res-pectivamente, relacionadas com a complexa mistura entre a dor física e a dor moral, as suas origens e os sentimentos físicos e psíquicos resultantes do desconforto:

- Grupo um: penthos (desgos-to, pesar, inquietação); kèdos (dor corporal); achos (emoção súbita e violenta, transtorno de sentimento que pode levar ao abatimento);

- Grupo dois: odunè (relacionada com a dor do parto, podendo ser seguida dos adjetivos: oxus - aguda; pikros – cortante); algos (sofrimen-to de qualquer natureza); pèma (apesar de certa afi nidade com algos, expõe melhor a dor coletiva em determinado tempo: epidemias, fl agelo coletivo, sofrimento).

Na Grécia hipocrática, século 4,

o teoria de Políbio, para explicar a origem da saúde e da doença por meio da teoria dos Quatro Humores, o número de palavras para designar a dor sofreu expressiva redução, fi cando claramente restrito à expe-riência dolorosa em si mesma e aos sentimentos decorrentes.

Na concepção socrática, a dor e o prazer-recompensa não poderiam estar presentes simultaneamente na mesma pessoa, e, de certa forma, ao mesmo tempo em que uma sensação substitui a outra, a ausência de dor poderia ser interpretada como uma expressão do prazer-recompensa.

Platão, com genialidade aborda e valoriza o sofrimento doloroso e estabelece, em Gorgias, que a au-tenticidade da Medicina como arte está diretamente relacionada com a capacidade de curar a dor.

Na Alexandria, os extraordiná-rios anatomistas Herófi lo e Erasis-trato identifi caram as diferenças anatômicas e funcionais entre os nervos sensitivos (ligados à dor) e motores (ligados ao movimento voluntário) e entre o cérebro, a meninge e o cerebelo. Com esse estudo, as publicações desses dois gregos fundiram-se as anteriores e fi rmaram saberes que se man-tém até os dias atuais.

Quando a produção de colágeno pas-sa a ser menor que a sua degradação, pode surgir, por exemplo, o desgaste da cartilagem”

As vitaminas que

Viva o noni, o alimento

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

O que você come pode influenciar a digestãoResponsável pela absorção de vitaminas e minerais, o sistema digestivo realiza importantes funções metabólicas

O aparelho digestivo é responsável por inúmeras ativida-des. Além da absor-

ção dos nutrientes fornecidos pelos alimentos, ele ainda produz neurotransmissores relacionados ao bom humor, ao sono e à saciedade.

A vitamina B1 facilita a digestão e impacta positi-vamente o funcionamento do sistema digestivo, do cora-ção e dos músculos. Já as ou-tras vitaminas do complexo B facilitam a digestão1. Uma alimentação rica em fibras, incluindo alimentos como aspargo, erva-doce, couve e alcachofra, e o consumo regular de água são fun-damentais. Mas essa não é a realidade da mesa das famílias brasileiras.

Dados da Pesquisa Mani-festo do Corpo Saudável2, desenvolvida pela Associa-ção Brasileira de Nutrologia (Abran), em parceria com Centrum, aponta que 35% dos brasileiros com acesso à internet tiveram mau funcio-namento do intestino. Desse universo, 57% são mulheres. Entre quem não considera sua alimentação saudável, 51% relata o problema.

A pesquisa observa ainda

que do total de pessoas que tiveram apresentaram pro-blemas intestinais:

- 41% não comem 6 por-ções de frutas, verduras e legumes por dia;

- 41% não bebem 2 litros de água por dia;

- 40% costumam ingerir pro-dutos industrializados mais de 3 vezes/semana;

- 89% dos entrevistados que apresentaram o sin-toma relacionaram o mau funcionamento do intestino com a alimentação.

A Pesquisa de Orçamen-tos Familiares (POF) 2008-20093, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, mostra que a alimen-tação do brasileiro é pobre em fibras e alerta para a importância de se manter uma dieta saudável:

- 2 em cada 3 brasileiros não consomem as quantida-des recomendadas de vita-minas e minerais;

- a ingestão diária de fru-tas, verduras e legumes é de apenas 1/3 da recomen-dação de 400g, conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde4;

- 31,2% dos homens e 37,5% das mulheres, entre 19 e 59 anos, não consomem Uma alimentação rica em fibras, incluindo alimentos saudáveis e frescos, e o consumo regular de água são fundamentais

DIVULGAÇ

ÃO

a quantidade recomendada de vitamina B1.

Além disso, 17,7% dos bra-sileiros e 11,6% das brasilei-ras não ingerem a quantidade recomendada de vitamina B2, como apon-

ta o Estudo Brazos5. Usar diariamente um multivitamí-nico, como Centrum, que tem em sua fórmula quantidades d e vitaminas e minerais

adequadas às

necessidades do brasileiro, contribui para manter os ní-veis nutricionais equilibrados, auxiliando na absorção dos micronutrientes e no bom fun-cionamento do intestino.

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014 F5

Sinusite viral e bacteriana Por ser uma afecção dos seios paranasais ou seios da face, a sinusite pode ter várias causas e origens e para cada uma delas há um tratamento medicamentoso mais específi co. Por isso, antes de qualquer coisa, procure um médico

Seios da face são cavida-des cheias de ar, que apa-recem nos ossos da testa e na região das bochechas conforme a criança cresce. Eles são importantes na fun-ção da fala, do tamanho do crânio, na respiração. Eles são revestidos internamen-te pela mesma mucosa que temos no nariz, que por sua vez tem cílios que vibram para ajudar a eliminar o

muco produzido nos seios da face e ajudam a lubrifi car a árvore respiratória.

São quatro tipos. Os seios frontais, ausentes no nascimento, começam a se desenvolver após dois anos e, entre 7 e 12 anos, ocor-re uma pneumatização da região, o que aumenta a suscetibilidade da região frontal às fraturas.

Já os seios maxilares são

os maiores dos seios para-nasais, localizados no inte-rior do osso maxilar, como cavidades preenchidas por ar, que se comunicam com a cavidade nasal por meio do óstio sinusal maxilar no meato nasal médio. Seu máximo desenvolvimento acontece após a segunda dentição, e a capacidade do seio maxilar é em média de 30ml no adulto.

Os seios esfenoidais são menos conhecidos. De núme-ro variado, variam em forma e tamanho, e geralmente não são simétricos. Alcançam seu tamanho defi nitivo na adolescência e podem au-mentar na velhice. Menos co-nhecidos ainda são os seios etmoidais, que já existem ao nascimento como pequenas cavidades cujo conjunto for-mam um labirinto.

Seios da face importantes para a respiração

O calor aumenta nesta época do ano e, para driblar o desconforto, muita gente começa

a apelar - mais ainda! - para a utilização do ar-condicionado. No entanto, os especialistas alertam para os cuidados a fi m de evitar as doenças respira-tórias, que muitas vezes são causadas pela mudança brus-ca de temperaturas. A sinusite, causada por vírus, bactéria ou fungo, é uma dessas doenças e pode piorar se não for tratada de maneira correta.

A sinusite é uma infl amação que pode afetar pessoas de qualquer idade, sendo que há três níveis de intensidade da do-ença: a forma aguda, subaguda e crônica. Gripes, resfriados e alergias podem desencadear crise de sinusite. Isso ocorre porque estas doenças tendem a difi cultar o escoamento do muco que reveste os seios da face (e que são parecidos com os do nariz), além de aumentar a produção dele.

Este acúmulo favorece a inva-são de vírus, bactérias ou fungos que não deveriam chegar até ali. Os principais sintomas são: dor de cabeça, atrás dos olhos e sensibilidade no rosto, mau hálito, perda do olfato, tosse, dor de garganta, congestão nasal, coriza e febre nas crianças.

TRATAMENTO ERRADOAs crianças, aliás, parecem

que padecem mais com do-enças respiratórias. Por conta disso, o médico pediatra Moi-ses Chencinski alerta para o uso errado de antibióticos no tratamento da sinusite.

“Não passo um dia sem es-clarer pelo menos uma mãe. E a maior parte dos estudos relata que entre as sinusites agudas (até um mês de dura-ção), segundo estimativa até da OMS, entre as pessoas que têm gripes ou resfriados, 75% evoluem para uma sinusite viral e apenas 2% evoluem para sinusite bacteriana”, explica.

Por ser uma afecção dos seios paranasais ou seios da face, a sinusite pode ter várias causas e origens e para cada uma delas há um tratamento medicamentoso mais específi co.

“Quando se fala em sinusite, podemos estar falando de sinu-site alérgica, que se trata com antialérgicos; a infl amatória, é tratada com anti-infl amatórios; a viral é tratada com sintomáti-cos (fl uidifi cantes, expectoran-tes, descongestionantes); e a bacteriana, a única que deve ser tratada com antibióticos”, ressalta.

Mas, as mães podem se questionar: de onde vem todo aquele catarro? O médico é enfático ao afi rmar que cada caso precisa ser avaliado pelo especialista, a fi m de determi-nar a origem da infl amação. “Além disso, destaco que não dá para ter sinusite quem não tem seios da face formados

ainda (ver boxe ao lado)”.Infelizmente, ressalta Chen-

cinski, o conhecimento da em-briologia (formação), anatomia, fi siologia (como funciona), pa-tologia (doenças) dos seios da face não é de conhecimento de muitas mães. “E o que

o b -

servamos é um excesso de ra-diografi as (solicitados de forma não adequada, segundo os pró-prios radiologistas), diagnósti-cos imprecisos e tratamentos que poderiam ser evitados, se essa informação fosse cobrada de forma mais efi caz”.

CUIDADOSDepois de descobrir a causa

da sinusite, quem tem proble-mas respiratórios pode, sim, aproveitar do frescor trazido pelo ar geladinho dos condi-cionadores de ar. No entanto, é preciso manter o aparelho limpo, como explica o clínico geral Carlos Costa.

“O mais importante, nesta situação, é a higiene do equi-pamento: se ele estiver com a manutenção em dia, é perfei-tamente possível não sofrer com o excesso de calor.

“A exposição prolongada ao ar-condicionado resseca mui-to as vias aéreas, por isso é aconselhável hidratar-se bastante”, recomenda o es-pecialista do CEMA. Manter os ambientes arejados e ven-tilados, com uma boa umidade relativa, é uma recomendação fundamental. Também é acon-selhável lavar as vias aéreas e olhos com soluções fi sioló-

gicas. Em caso de persis-tência dos sintomas a

indicação é procurar um especialista.

Segundo a otorrino Angela Beatriz Lana, a reposição da vitamina tem mostrado be-nefícios contra asma, rinite e sinusites frequentes de difícil controle, reduzindo o uso de medicação.

Estudos recentes mos-tram resultados surpreen-dentes do papel da vitamina D nas funções de defesa do organismo e sua incumbên-cia como imunomodulador, ou seja, estimulando e con-trolando o sistema imune.

Há mais de um século se sabe que a falta de vitamina D está associada ao enfra-quecimento dos ossos, mas as novas pesquisas mostra-ram que a baixa dosagem de vitamina no sangue também está ligada a maiores ocor-rências de infecções virais, como explica a médica.

“A vitamina D tem um papel de supressão da infl a-mação na mucosa nasal, na verdade, na via aérea inteira. Quando em baixa concen-tração, pode infl uenciar o desenvolvimento e a manu-tenção da rinossinusite crô-nica, rinite alérgica e asma”, declara a especialista.

Algumas pessoas são mais propensas a ter de-fasagem de vitamina D. Isso porque as fontes da vitamina são relativamente escassas, restringindo-se somente à luz solar, óleos de peixe e outros poucos alimentos que, aliás, não têm quantidades sufi cientes para a manutenção total do organismo. “Obesos, negros, idosos, vegetarianos, pesso-as que pouco se expõem à luz solar ou que vivem em locais

com muita poluição, usuá-rios crônicos de corticoides, doentes renais e hepáticos crônicos têm risco elevado para defi ciência de vitamina D”, elenca a médica.

A falta da vitamina D tem sido um fator de risco para infecções virais recorren-tes como asma de difícil controle, rinites e sinusi-tes crônicas. “Ela regula o excesso de estimuladores infl amatórios e promove a manifestação de substân-cias que são potentes an-timicrobianos naturais pre-sentes nas células de defesa das vias aéreas e que atuam protegendo os pulmões das infecções”, explica.

Estudos mostram que a exposição à luz solar e a suplementação dietética com óleo de fígado de ba-calhau reduzem a incidência de infecções respiratórias virais. A otorrinolaringolo-gista tem medicado pacien-tes com a vitamina e os resultados são notórios. “Os pacientes tratados com a vi-tamina estão usando menos antibióticos e apresentando menos infecções. A literatu-ra científi ca também tem mostrado esses resultados”, argumenta Beatriz.

A vitamina D passa a ter então um papel ainda mais importante na medicina e no tratamento de doenças in-fl amatórias das vias aéreas, pois fornece uma potencial nova forma de medicamen-to que apresenta resultados positivos em intervalos de tempo menores, se compa-rados aos outros métodos de tratamento convencionais.

Vitamina D reduz incidência

Estudos mostram que a expo-sição à luz solar e a suple-mentação dietética com óleo de fígado de bacalhau redu-zem a incidência de infecções respiratórias virais

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

Em ambientes refrigerados, o indivíduo fi ca muito exposto

ao ar-condicionado, o que pode acarretar problemas respiratórios. Por isso, o

mais indicado é manter os aparelhos bem higienizados

para evitar as crises

SINUSITEO fl uxo da secreção mucosa dos seios da face é permanente e imperceptível. Infecções e alergias que provocam infl amação das mucosas facilitam a instalação de germes oportunistas em quem tem predisposição

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014 F5

Sinusite viral e bacteriana Por ser uma afecção dos seios paranasais ou seios da face, a sinusite pode ter várias causas e origens e para cada uma delas há um tratamento medicamentoso mais específi co. Por isso, antes de qualquer coisa, procure um médico

Seios da face são cavida-des cheias de ar, que apa-recem nos ossos da testa e na região das bochechas conforme a criança cresce. Eles são importantes na fun-ção da fala, do tamanho do crânio, na respiração. Eles são revestidos internamen-te pela mesma mucosa que temos no nariz, que por sua vez tem cílios que vibram para ajudar a eliminar o

muco produzido nos seios da face e ajudam a lubrifi car a árvore respiratória.

São quatro tipos. Os seios frontais, ausentes no nascimento, começam a se desenvolver após dois anos e, entre 7 e 12 anos, ocor-re uma pneumatização da região, o que aumenta a suscetibilidade da região frontal às fraturas.

Já os seios maxilares são

os maiores dos seios para-nasais, localizados no inte-rior do osso maxilar, como cavidades preenchidas por ar, que se comunicam com a cavidade nasal por meio do óstio sinusal maxilar no meato nasal médio. Seu máximo desenvolvimento acontece após a segunda dentição, e a capacidade do seio maxilar é em média de 30ml no adulto.

Os seios esfenoidais são menos conhecidos. De núme-ro variado, variam em forma e tamanho, e geralmente não são simétricos. Alcançam seu tamanho defi nitivo na adolescência e podem au-mentar na velhice. Menos co-nhecidos ainda são os seios etmoidais, que já existem ao nascimento como pequenas cavidades cujo conjunto for-mam um labirinto.

Seios da face importantes para a respiração

O calor aumenta nesta época do ano e, para driblar o desconforto, muita gente começa

a apelar - mais ainda! - para a utilização do ar-condicionado. No entanto, os especialistas alertam para os cuidados a fi m de evitar as doenças respira-tórias, que muitas vezes são causadas pela mudança brus-ca de temperaturas. A sinusite, causada por vírus, bactéria ou fungo, é uma dessas doenças e pode piorar se não for tratada de maneira correta.

A sinusite é uma infl amação que pode afetar pessoas de qualquer idade, sendo que há três níveis de intensidade da do-ença: a forma aguda, subaguda e crônica. Gripes, resfriados e alergias podem desencadear crise de sinusite. Isso ocorre porque estas doenças tendem a difi cultar o escoamento do muco que reveste os seios da face (e que são parecidos com os do nariz), além de aumentar a produção dele.

Este acúmulo favorece a inva-são de vírus, bactérias ou fungos que não deveriam chegar até ali. Os principais sintomas são: dor de cabeça, atrás dos olhos e sensibilidade no rosto, mau hálito, perda do olfato, tosse, dor de garganta, congestão nasal, coriza e febre nas crianças.

TRATAMENTO ERRADOAs crianças, aliás, parecem

que padecem mais com do-enças respiratórias. Por conta disso, o médico pediatra Moi-ses Chencinski alerta para o uso errado de antibióticos no tratamento da sinusite.

“Não passo um dia sem es-clarer pelo menos uma mãe. E a maior parte dos estudos relata que entre as sinusites agudas (até um mês de dura-ção), segundo estimativa até da OMS, entre as pessoas que têm gripes ou resfriados, 75% evoluem para uma sinusite viral e apenas 2% evoluem para sinusite bacteriana”, explica.

Por ser uma afecção dos seios paranasais ou seios da face, a sinusite pode ter várias causas e origens e para cada uma delas há um tratamento medicamentoso mais específi co.

“Quando se fala em sinusite, podemos estar falando de sinu-site alérgica, que se trata com antialérgicos; a infl amatória, é tratada com anti-infl amatórios; a viral é tratada com sintomáti-cos (fl uidifi cantes, expectoran-tes, descongestionantes); e a bacteriana, a única que deve ser tratada com antibióticos”, ressalta.

Mas, as mães podem se questionar: de onde vem todo aquele catarro? O médico é enfático ao afi rmar que cada caso precisa ser avaliado pelo especialista, a fi m de determi-nar a origem da infl amação. “Além disso, destaco que não dá para ter sinusite quem não tem seios da face formados

ainda (ver boxe ao lado)”.Infelizmente, ressalta Chen-

cinski, o conhecimento da em-briologia (formação), anatomia, fi siologia (como funciona), pa-tologia (doenças) dos seios da face não é de conhecimento de muitas mães. “E o que

o b -

servamos é um excesso de ra-diografi as (solicitados de forma não adequada, segundo os pró-prios radiologistas), diagnósti-cos imprecisos e tratamentos que poderiam ser evitados, se essa informação fosse cobrada de forma mais efi caz”.

CUIDADOSDepois de descobrir a causa

da sinusite, quem tem proble-mas respiratórios pode, sim, aproveitar do frescor trazido pelo ar geladinho dos condi-cionadores de ar. No entanto, é preciso manter o aparelho limpo, como explica o clínico geral Carlos Costa.

“O mais importante, nesta situação, é a higiene do equi-pamento: se ele estiver com a manutenção em dia, é perfei-tamente possível não sofrer com o excesso de calor.

“A exposição prolongada ao ar-condicionado resseca mui-to as vias aéreas, por isso é aconselhável hidratar-se bastante”, recomenda o es-pecialista do CEMA. Manter os ambientes arejados e ven-tilados, com uma boa umidade relativa, é uma recomendação fundamental. Também é acon-selhável lavar as vias aéreas e olhos com soluções fi sioló-

gicas. Em caso de persis-tência dos sintomas a

indicação é procurar um especialista.

Segundo a otorrino Angela Beatriz Lana, a reposição da vitamina tem mostrado be-nefícios contra asma, rinite e sinusites frequentes de difícil controle, reduzindo o uso de medicação.

Estudos recentes mos-tram resultados surpreen-dentes do papel da vitamina D nas funções de defesa do organismo e sua incumbên-cia como imunomodulador, ou seja, estimulando e con-trolando o sistema imune.

Há mais de um século se sabe que a falta de vitamina D está associada ao enfra-quecimento dos ossos, mas as novas pesquisas mostra-ram que a baixa dosagem de vitamina no sangue também está ligada a maiores ocor-rências de infecções virais, como explica a médica.

“A vitamina D tem um papel de supressão da infl a-mação na mucosa nasal, na verdade, na via aérea inteira. Quando em baixa concen-tração, pode infl uenciar o desenvolvimento e a manu-tenção da rinossinusite crô-nica, rinite alérgica e asma”, declara a especialista.

Algumas pessoas são mais propensas a ter de-fasagem de vitamina D. Isso porque as fontes da vitamina são relativamente escassas, restringindo-se somente à luz solar, óleos de peixe e outros poucos alimentos que, aliás, não têm quantidades sufi cientes para a manutenção total do organismo. “Obesos, negros, idosos, vegetarianos, pesso-as que pouco se expõem à luz solar ou que vivem em locais

com muita poluição, usuá-rios crônicos de corticoides, doentes renais e hepáticos crônicos têm risco elevado para defi ciência de vitamina D”, elenca a médica.

A falta da vitamina D tem sido um fator de risco para infecções virais recorren-tes como asma de difícil controle, rinites e sinusi-tes crônicas. “Ela regula o excesso de estimuladores infl amatórios e promove a manifestação de substân-cias que são potentes an-timicrobianos naturais pre-sentes nas células de defesa das vias aéreas e que atuam protegendo os pulmões das infecções”, explica.

Estudos mostram que a exposição à luz solar e a suplementação dietética com óleo de fígado de ba-calhau reduzem a incidência de infecções respiratórias virais. A otorrinolaringolo-gista tem medicado pacien-tes com a vitamina e os resultados são notórios. “Os pacientes tratados com a vi-tamina estão usando menos antibióticos e apresentando menos infecções. A literatu-ra científi ca também tem mostrado esses resultados”, argumenta Beatriz.

A vitamina D passa a ter então um papel ainda mais importante na medicina e no tratamento de doenças in-fl amatórias das vias aéreas, pois fornece uma potencial nova forma de medicamen-to que apresenta resultados positivos em intervalos de tempo menores, se compa-rados aos outros métodos de tratamento convencionais.

Vitamina D reduz incidência

Estudos mostram que a expo-sição à luz solar e a suple-mentação dietética com óleo de fígado de bacalhau redu-zem a incidência de infecções respiratórias virais

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

Em ambientes refrigerados, o indivíduo fi ca muito exposto

ao ar-condicionado, o que pode acarretar problemas respiratórios. Por isso, o

mais indicado é manter os aparelhos bem higienizados

para evitar as crises

SINUSITEO fl uxo da secreção mucosa dos seios da face é permanente e imperceptível. Infecções e alergias que provocam infl amação das mucosas facilitam a instalação de germes oportunistas em quem tem predisposição

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

Mulheres adoram maquia-gem e quanto mais natural melhor. Se além de natural ela puder contribuir para a beleza da pele, melhor ainda. A maquiagem mi-neral é cada vez mais uma aposta ganha por quem procura produtos de bele-za não nocivos para a pele. A maquiagem mineral não contém óleos, fragrâncias, conservantes e outros ati-vos que causem irritação. É produzida, essencialmente, de minérios como a mica, o óxido de zinco, o óxido de ferro, o dióxido de titânio, que ajudam a cuidar da sua pele. A partir daí você deve investir em produtos com ativos como vitamina A, elastinol, extrato de caviar,

Maquiagem mineral

Beleza & Saúde

Hipercolesterolemia Familiar Em setembro é come-

morado o Dia Mundial do Coração. Esse também foi o mês escolhido pela Asso-ciação dos Pacientes Por-tadores de Hipercolestero-lemia Familiar (AHF) para o evento de lançamento da entidade. A coincidência é facilmente compreendida ao se conhecer um pouco mais sobre a doença.

A hipercolesterolemia fa-miliar (HF) tem como prin-cipal consequência altos níveis de colesterol LDL e um risco elevadíssimo de doença cardiovascular pre-matura (CVD). Sem o diag-nóstico correto e o início de terapia, os pacientes com HF raramente vivem mais do que 30 anos. “Só soube que tinha a doença aos 28 anos, quando sofri um ataque cardíaco”, diz André Luis Batista Perei-ra, presidente da entidade. “O diagnóstico foi difícil e demorado. Precisamos in-formar melhor a sociedade médica e a população. A HF é uma doença rara heredi-

tária e controlável por meio de terapias modernas”.

A Associação dos Pacien-tes Portadores de Hiperco-lesterolemia Familiar (AHF) foi fundada em maio des-te ano. É formada pelos próprios pacientes, seus familiares, assessorados por um conselho científi co multi profi ssional, na maio-ria acadêmicos; médicos de especialidades diversas e relacionadas à doença, nutricionistas, fi sioterapeu-tas, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais.

A doençaFelizmente, o diagnós-

tico precoce e a triagem em cascata das famílias - um em cada dois fa-miliares pode ser afetado - podem mudar a história natural dessa enfermidade. Geralmente, os níveis de colesterol são o resultado de uma complexa interação entre múltiplos genes. No entanto, existem algumas situações especiais em que uma única mutação genéti-

ca é o sufi ciente para ha-ver uma elevação brutal do colesterol no sangue. No caso do HF, por exemplo, uma mutação faz com que o fígado continue a produzir o colesterol, uma vez que “entende” erroneamente que há “falta” e, portanto, necessidade de produzir. Estas condições especiais nas quais os níveis de coles-terol no sangue se elevam bastante por causa de mu-tações genéticas compõem o que é chamado de hiper-colesterolemia familiar.

O desconhecimento sobre a frequência e a importân-cia da HF é comum mesmo entre os médicos. Pode-se dizer que a doença é pou-co diagnosticada, apesar de ser responsável por até 10% dos casos de eventos cardiovasculares em pesso-as abaixo de 50 anos. Esti-ma-se que no mundo todo existam mais de 10 milhões de indivíduos portadores de HF. No entanto, menos de 10% têm diagnóstico co-nhecido de HF.

A HF é uma doença rara hereditária e controlável por meio de terapias modernas

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ACÃO

PREVENÇÃO

O poderoso azeite extra-virgem Nas últimas décadas, o azei-

te de oliva ganhou o status cientifi camente comprovado de aliado do coração e está entre os alimentos essenciais para uma dieta saudável. Isso porque a substância oleosa ex-traída das azeitonas tem um índice elevado de ácidos gra-xos monoinsaturados como o ácido oléico, efi caz na redução dos níveis de colesterol LDL no sangue. Além de fazer bem ao coração, o azeite derivado das oliveiras também é uma fonte rica em vitamina E antioxidan-tes como o caroteno e polife-nóis, capazes de combater os radicais livres, que envelhecem as células. Dessa maneira, as propriedades do azeite de oliva têm efeito protetor contra uma série de doenças degenerativas,

entre as quais a cardíaca. Os benefícios do azeite se esten-dem ainda a outras partes do corpo. E a lista é grande: pes-quisadores da Universidade de Valme, na Espanha, observaram que o azeite de oliva combate o micro-organismo por trás da gastrite; cientistas do Institu-to Monell, nos Estados Unidos, encontraram no azeite uma molécula que oferece alívio para as dores crônicas; pes-quisadores da Univer-sidade de Jáen, na Espanha, notaram que o alimento combate à osteoporose; e outras pesquisas já apontaram a ação preventiva em tumores.

pantenol, ácido hialurôni-co, colágeno, vitamina K e ceramidas, assim como vitamina E e protetor so-lar, para manter a sua pele bonita ao mesmo tempo que a protege dos raios solares, que são um dos maiores inimigos da sua pele. As vitaminas A, C e

K são essenciais porque promovem o clareamen-to de manchas e olheiras. Quem tem tendência para pele oleosa e acne deve procurar produtos não co-medogénicos e livres de óleo, pode encontrar nas linhas hipoalergénicas das marcas.

O diabetes pode alterar o seu desempenho sexual Especialista ensina dicas de como se prevenir. Atualmente, a doença atinge mais de 13 milhões de brasileiros

O índice de pessoas com diabetes no Brasil vem cres-cendo desde 2006,

passando de 5,5 % para 6,9% em 2013, segundo pesquisa apresentada neste ano pela Vigilância de Fatores de Ris-co e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Te-lefônico (Vigitel). Com isso, são mais de 13 milhões de brasileiros com a doença.

Os cuidados com a saúde para quem tem diabetes são muitos, desde a alimentação até o uso correto dos medica-mentos. Além disso, o controle da glicemia (concentração de glicose no sangue) é fundamen-tal para evitar danos a órgãos importantes, como rins, cora-ção, cérebro, entre outros.

O que muitos não sabem é que episódios recorrentes de hipoglicemia (nível de açúcar baixo) e hiperglicemia (excesso de glicose no sangue) podem afetar alguns órgãos e também algumas funções do corpo hu-mano, como a sexual.

A médica Elisabete Fernandes Almeida, especializada em edu-cação em saúde e parceira da operadora de saúde Care Plus, comenta que sabe-se que o dia-betes mal controlado danifi ca as veias e artérias, impactando no

fl uxo de sangue, que é funda-mental para o bom funciona-mento da função sexual. “Para o homem ter uma ereção é preciso uma boa circulação sanguínea. O descontrole da glicemia afeta o fl uxo de sangue, portanto, atin-ge diretamente o mecanismo da ereção. Estima-se que mais da metade dos homens diabéticos desenvolverão, ao longo do tem-po, disfunção erétil”, diz.

Nas mulheres, o diabetes também interfere na sexuali-dade. Alguns estudos mostram que a falta de lubrifi cação atinge 5 a 28% das mulheres diabéti-cas. “Além disso, ocorre redução do desejo sexual e ausência do orgasmo. Ao entrar na meno-pausa, o descontrole glicêmico pode aumentar e, com isso, há um risco maior que pode provocar dor durante a relação sexual”, afi rma a médica.

Outros fatoresOs diabéticos que apresen-

tam outros fatores associados, como colesterol alto, pressão alta, fumam e fazem uso abu-sivo de álcool, têm mais chan-ces de desenvolver problemas relacionados à função sexual. O estresse e alguns medicamen-tos também contribuem para os problemas sexuais. O ideal é procurar um especialista.

A prevenção come-ça pelo bom contro-le da glicemia. Além disso, é preciso to-mar corretamente os medicamentos recei-tados pelo médico e manter hábitos sau-dáveis, como:

• Ter uma alimenta-ção equilibrada;

• Reduzir o consu-mo de sal, gordura e bebida alcoólica;

• Praticar uma ati-vidade física regu-larmente;

• Beber pelo menos dois litros de água por dia;

• Gerenciar o es-tresse;

• Controlar a pres-são arterial e o co-lesterol;

• Controlar o peso;• Fazer uma boa hi-

giene íntima (homens e mulheres).

Dicas de prevenção

Os cuidados com a saúde para quem tem diabetes são muitos, desde a ali-

mentação até o uso corre-to dos medicamentos

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

O envelhecimento natural é associado com o declínio da massa muscular e a consequen-te perda de força e potência muscular. Nessa fase da vida, há também queda da capacidade aeróbia, de habilidades físicas funcionais e mudanças no sis-tema endócrino. Isso tudo sem contar a redução de ingestão e síntese protéicas (responsável pela formação de músculos).

Com a idade, aumenta a neces-sidade de ingestão de proteína por um provável declínio da ha-bilidade do músculo do idoso usar e manter os aminoácidos (AAs) provenientes da dieta, apesar de haver uma mínima alteração na extração de energia dos alimen-tos com o envelhecimento.

As mudanças na composição corporal do idoso, muitas vezes

com a alteração do peso, tem um efeito prejudicial na saúde e na condição física.

A redução da atividade física com o envelhecimento também afeta a massa muscular. A ma-nutenção desse fator mais o au-mento da ingestão de proteínas pode exercer relativa infl uência, mas não necessariamente cessar tais perdas em idosos.

A sarcopenia pode ser defi -nida como sendo um problema multifatorial caracterizado pela perda de massa muscular com o envelhecimento. Há assim um aumento da fadiga que pode ocasionar dependência funcional e morbidade. Ela é o denomi-nador comum do processo de envelhecimento responsável pelo declínio do desempenho físico com redução da capacidade de

ativação das fi bras musculares e decréscimo da tensão de algumas fi bras específi cas.

Sabe-se já que os músculos não são afetados da mesma maneira pelo processo, pois depende do grupo muscular. O decréscimo na massa muscular é maior nos membros inferiores e nas fi bras brancas (as de con-tração rápida). O treinamento de força induz em idosos aumentos na testosterona livre assim como induz a um aumento na retenção e ganho de massa muscular. Há também um decréscimo de cortisol no repouso. Porém, essas mudanças tendem a acontecer somente na primeira fase do trei-namento não sendo conclusivo em fases mais avançadas.

Um suplemento nutricional ou uma iIntervenção nutricional po-

deriam ser utilizados no trata-mento da sarcopenia estimulan-do o anabolismo muscular mais efi cientemente que o alimento ou que um suplemento protéico con-vencional, pois foi demonstrado que os AAs estimulam a síntese muscular em idosos.

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AÇÃO O ganho de massa muscular e a idade

O ganho de massa muscular depende de vários fatores

Segredos para se prevenir dos danos da osteoporoseDez milhões de pessoas no Brasil têm a doença e um terço das mulheres irá desenvolvê-la após a menopausa

“O que se faz hoje será refl etido no amanhã”. Esse ditado é

válido para quase tudo na vida, inclusive para a osteopo-rose. A doença que atinge 10 milhões de brasileiros, princi-palmente mulheres acima de 50 anos, segundo relatório da Associação Brasileira de Ava-liação Óssea, pode ser evitada desde criança.

Segundo o especialista em coluna, Dr. Vinicius Benites, da Unifesp, a osteoporose é uma doença na qual os ossos fi cam mais poróticos, e consequente-mente, mais frágeis. “A perda de massa óssea pode levar a dor nas costas, como se fos-se um cansaço crônico. Além disso, com a maior fragilidade dos ossos, estes podem sofrer fraturas mesmo com traumas leves, como por exemplo numa freada brusca ou com a queda da própria altura”, conta.

ProcedimentoA osteoporose prejudica a

qualidade de vida, principal-mente do idoso, pois qualquer queda se torna um “grande acontecimento”. Porém, na atualidade, já existem proce-dimentos mais simples para pacientes com a doença: a Cifoplastia. “O procedimento pode ser utilizado no trata-

mento de diversas fraturas e tem por objetivo restaurar a vértebra fraturada e eliminar a dor do paciente imediatamen-te após a cirurgia. A Cifoplastia é muito segura e como não há corte, o paciente pode ter

Com a maior fragilidade dos ossos,

estes podem sofrer fraturas

mesmo com traumas leves

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O PROBLEMAA osteoporose prejudi-ca a qualidade de vida, principalmente do idoso, pois qualquer queda se torna um “grande acon-tecimento”. Porém, na atualidade, já existem procedimentos mais simples para a doença

A osteoporose pode ser tratada de diversas manei-ras, desde suplementação de cálcio e vitamina D, além de diversas medicações que atuam diminuindo a perda de massa óssea, como os bifosfonatos (alendronato, risedronato). “No entanto, a melhor medicação para a

reversão da doença, quando ela já está em estágio avan-çado no qual o paciente está com alto risco para fraturas, é sem dúvida o teriparatide, que é um derivado de um hor-mônio da paratireoide e aju-da a formar o osso, mesmo nesses casos graves”, fala o especialista em coluna,

Doutor Vinicius Benites. O médico também comen-

ta que quem sofre com a doença deve praticar exer-cícios físicos como parte da prevenção e para ajudar na ação das medicações. “Os exercícios mais indicados são os de fortalecimento, como a musculação ou o pilates”.

Pessoas que já têm a doença

alta hospitalar no mesmo dia que foi operado. Portanto, há muitas vantagens para o paciente ido-so ou que tenha osteoporose”.

Isso é fato! A osteoporose tem uma forte correlação hereditária. Pessoas que têm familiares próximos com a doença, possuem um risco muito maior de tam-bém apresentarem o proble-ma. No entanto, a gravidade da osteoporose e a idade de maior perda óssea ge-ralmente variam entre os familiares. As pessoas mais afetadas são mulheres, bai-

xa estatura, magras, meno-pausa precoce, raça branca, baixa ingesta de cálcio, que faz alto consumo de cafeína e fumantes.

Porém, a prevenção pode começar desde criança, com uma alimentação rica em cálcio e passeios ao sol an-tes das 10 horas da manhã e depois das 15 horas da tarde. Além disso, Benites recomenda atividades físi-

cas aeróbicas (caminhada, corrida, natação, bicicleta), associados a atividades anaeróbicas (musculação, Pilates). “As aeróbicas são para prevenir problemas cardiovasculares e as ana-eróbicas diminuem a perda de massa muscular e óssea, o que interfere muito na qualidade de vida e inde-pendência das pessoas com mais idade”, afi rma.

Osteoporose é hereditária?

Soja: riquíssimo numa substância chamada iso-flavona, com estrutura muito parecida com o hormônio feminino es-trógeno.

- Vegetais folhosos: principalmente os de cor verde, ricos em cálcio e vitamina D.

- Leite: se você não tem intolerância à lactose, este é um dos principais alimentos para fortalecer os ossos.

- Derivados do leite: se você não gosta de leite, o iogurte pode ser uma boa opção.

- Sardinha: contém al-tas doses de cálcio e vi-

tamina D. - Salmão, atum e truta:

estas espécies de peixe têm a melhor combinação para manter a saúde dos ossos.

- Nozes, castanhas, amêndoas, pistache e amendoim: riquíssimas em ômega-3 e cálcio.

- Linhaça: o consumo regular de linhaça auxilia os rins a excretar o excesso de sódio, podendo prote-ger os ossos da perda de cálcio. Além disso, é uma ótima fonte de ômega-3.

-Tomate: rico em mi-nerais como magnésio, ferro, fósforo, manganês e potássio.

Alimentos também previnem

Inclua alguns alimentos em seu cardápio regular

Fazer refeições ricas em cálcio e vitamina D.

Manter uma rotina de ati-vidades físicas regulares.

Não beber em excesso e não fumar.

Evitar o consumo de mui-to sal ou cafeína, pois eles podem levar a perda de cálcio pelo organismo.

Tomar sol sem fi ltro solar por pelo menos 15 minutos ao dia, antes das 10 horas ou após às 15 horas.

Manter um peso corpo-ral saudável.

Alguns cuidados

para manter os ossos

saudáveis

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F8 MANAUS, DOMINGO, 14 DE SETEMBRO DE 2014Saúde e bem-estar

Efi cácia das agulhas

Amanda GomesFisioterapeuta

Amanda Gomesgomes.fi [email protected]

A dor é uma sensação desagradável para qualquer pessoa e é defi nida como um fenômeno multidimensio-nal que envolve aspectos físico-sen-soriais e emocionais.

Os músculos em estado de tensão crônica forma bandas espessas, com nódulos também chamados de pontos gatilho que podem ser dolorosos lo-calmente ou enviar sinais de dor para outros locais. Os músculos, os quais contêm essas áreas anormais estão “bloqueados” e não podem funcionar normalmente, o que causa restrição de movimentos e dor crônica.

Muitos métodos de tratamento são aplicados aos músculos dolo-ridos, mas nenhum é tão efi caz, de ação rápida e longa duração como o tratamento conhecido como agu-lhamento miofascial a seco.

Os pontos gatilhos miofasciais (ou trigger points) são pequenas áreas hipersensíveis localizadas em uma banda tensa palpável da muscula-tura esquelética, que espontanea-mente ou sob estímulo mecânico desencadeiam dor local ou referida em áreas adjacentes.

Esses nódulos ou pontos gatilho se desenvolvem a partir de over use, trauma, má postura, falta de exercício físico, distúrbios do sono, defi ciências vitamínicas, a artrite co-mum ou nervos sendo comprimidos na coluna e outros locais.

A desativação dos pontos-gatilho é o principal tratamento na Síndrome de Dor Miofascial (SDM), também chamada de dor miofascial crôni-ca, condição dolorosa que afeta os músculos esqueléticos, suas fáscias associadas, tendões e ligamentos. A

dor pode acometer um músculo ou um grupo de músculos e piora com atividade ou esforço. Além de sofrer com as dores locais ou irradiadas da síndrome, os acometidos também podem sofrer de depressão, fadiga e distúrbios comportamentais.

A técnica de estimulação dos pon-tos-gatilho com agulhas consiste na inserção e manipulação repetida de uma agulha fi na e fl exível em um pon-to-gatilho para produzir uma resposta de espasmo local, provocando relaxa-mento muscular miofascial.

O agulhamento seco é a utilização de uma agulha para o tratamento de certas doenças (articulações, múscu-los, neurológicas ...). A agulha é um agente físico, aplicada em um ponto dolorido, exerce um estímulo mecâni-co. Chama-se “seca”, uma vez não se infi ltra qualquer substância no orga-nismo. É importante, portanto, para diferenciá-lo de outros tratamentos invasivos em que os produtos químicos são injetados se como anestésicos, salinas, a toxina botulínica etc.

Esta técnica não pode ser aplicada em qualquer parte do corpo onde há dor. As características serão avalia-dos pelo fi sioterapeuta. Da mesma forma, nem todo mundo pode passar por este tipo de tratamento.

A vantagem da estimulação com agulhas sobre as outras técnicas é que conseguimos uma amplitude de movimentos total indolor no momento do tratamento (resposta imediata). O método também melhora a sensação sinestésica, porque podemos mostrar imediatamente ao paciente a amplitu-de de movimentos total, sem dor, o que é o objetivo último do tratamento.

A técnica de estimulação dos pon-tos-gatilho com agulhas consiste na inserção e manipulação repetida de uma agulha fi na em um ponto-ga-tilho para produzir uma resposta”

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