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Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT AGO/SET/OUT 2012

Saúde Catarinense 55

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AGO/SET/OUT 2012

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Expediente Saúde Catarinense Presidente AHESC Dario Staczuk Presidente FEHOESCTércio Kasten

Diretor Executivo AHESC-FEHOESCBraz Vieira

Hospitais 118Laboratórios 272Clínicas 2111Serviços de Saúde 782Total 3283

AHESC-FEHOESC em númerosAssociados

Gerente Administrativo AHESC-FEHOESCCarlos Alberto de Liz Medeiros

Assistente Financeiro AHESC-FEHOESCSilvana Hoffmann

Assessor Jurídico AHESC-FEHOESCRodrigo de Linhares (OAB/SC 8630)

Editor-chefe Iuri Grechi

Jornalista ResponsávelRute Enriconi DRT-SC 434

Projeto Gráfico e DiagramaçãoGabriel Bourg

Arte da CapaGabriel Bourg

Comercial Cyrillo [email protected]

Este informativo é produzido e publicado pela Associação e Federação dos Hospitais de Santa Catarina, com veiculação dirigida a associados e instituições da área de saúde.

Telefone: (48) 3224-5866E-mail: [email protected]: @ahescfehoesc12www.ahesc-fehoesc.com.br

< EDITORIAL

os últimos meses, AHESC-FEHOESC estive-ram empenhadas em decifrar um enigma: por qual razão os recursos federais destinados para entidades hospitalares de Santa Catarina desde 2009 continuavam trancados nos cofres do governo? Não era pouco dinheiro,

para desmerecer atenção. Na verdade, tratava-se de sólidos e atraentes milhões. Muitos gestores tentaram acessar essas verbas, e foram barrados na porta do cofre por uma espécie de força invisível e incompreensível. Os projetos de investimentos foram recusados. É que a burocracia estatal só dispensa suas riquezas para quem diz certas palavras mágicas, que devem ser formuladas e redigidas em um formato padrão. O problema é que são poucos os que conhecem esses códigos burocráticos que norteiam a elaboração de projetos oficiais. Isso é um fenômeno mundial. São tão poucos que o próprio Governo Federal deixa de erguer obras de infraestrutura por falta de equipes técnicas capazes de elaborar projetos executivos para análise dos bancos internacionais de fomento. No plano estadual, os prefeitos catarinenses até agora não conseguiram por as mãos em quase R$ 1 bilhão disponíveis para os municípios, também por falta de projetos.

Em vez de resignar-se e chorar diante desta aparente miragem que é a verba federal, AHESC-FEHOESC trataram de decifrar as senhas e códigos que abrem o cofre. O Escritório de Projetos, criado pelo Instituto Santé, tem especialistas na área. Eles não apenas elaboram os projetos para as entidades hospitalares de acordo com a formatação oficial exigida, como ainda fazem o fatigante - e imprescindível - trabalho de pressão e convencimento político nas esferas rarefeitas de Brasília para que os recursos sejam liberados. Ao final, auxiliam no delicado trabalho de prestação de contas de uso do dinheiro público.

Com esse trabalho, após ficarem trancados por três anos, os recursos federais começaram a pingar no estado. Ou melhor, a jorrar. Pois onde passa boi, passa boiada. Outros R$ 50 milhões, destinados em 2011 e 2012, estão lá em Brasília, carimbados

para as entidades catarinenses que tenham a competência e a coragem de ir buscá-los. E essa não é uma tarefa que se exerça isoladamente. Ela depende de um trabalho em equipe, de uma articulação solidária - como, de resto, ocorre em tantas áreas da gestão pública e privada - porque com a união se chega mais fácil e rapidamente aos resultados desejados.

No 34º Encontro Catarinense de Hospitais isso ficará muito delineado e evidente. Os gestores que participarem vão ser municiados com informações úteis, com ciência administrativa exata, de efeitos imediatos. Mas, também, com um arcabouço teórico e filosófico sobre o conceito associativista, sem o qual não é possível projetar o futuro e consolidar os fundamentos de um crescimento sustentável. Desta forma, AHESC-FEHOESC cum-prem uma função basilar das entidades de representação setorial: a função de descortinar horizontes e apresentar soluções práticas e eficazes para os impasses comuns. É sobre a importância social deste trabalho que se refere o título desse editorial.

No livro de memórias “Solo de Clarineta”, o escritor gaúcho Érico Veríssimo conta que, certa vez, quando tinha 14 anos, estava na farmácia do seu pai quando o encarregaram de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da cama de “um pobre diabo que os soldados da guarda municipal haviam carneado”. Enquanto observava o médico costurar o homem rasgado por golpes de adaga, o jovem Érico lutava contra o horror e a náusea causados pelo cheiro de sangue e carne humana dilacerada. Quase largou tudo e saiu correndo, mas aguentou firme e guardou uma lição para sua posterior função na sociedade: “tem me animado a ideia de que o menos que um escritor pode fazer, numa época de injustiças, é acender a sua lâmpada - iluminar a realidade de seu mundo, evitando que caia sobre ela a escuridão, propícia aos ladrões e tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror”. AHESC-FEHOESC também não se conformam com a escuridão do conformismo ou da burocracia, que debilitam a saúde dos brasileiros. Trazer luz também é nossa missão, e nosso solo de clarineta.

NSOLO DE

CLARINETA

Dario Staczuk Presidente AHESC | Tércio Kasten Presidente FEHOESC

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Nos últimos 40 anos o número de médicos no Brasil cresceu cinco vezes - enquanto a população

dobrou de tamanho. Assim mesmo, a falta de acesso a cuidados de saúde persiste para parte considerável da população. Não se trata apenas de falta de profissionais, mas da disposição geográfica dos médicos no território e da relação entre especialidades. Para ajudar a formular um projeto que re-verta esse quadro, o Dr. Mário Scheffer coordenou a pesquisa Demografia Médica do Brasil.

Estudando diversos bancos de dados, o coordenador do trabalho,

políticas de saúde, para criar mecanismo que mantenham os médicos em locais de menor concentração populacional. Também tem se proposto a finalizar esse debate sobre se falta ou não médicos no Brasil.

Como o senhor mensurou a população ativa de médicos?

Nesta primeira etapa, que está sendo divulgada, foram usados os bancos existentes e feito um cruzamento. O principal banco foi o dos Conselhos Regionais de Medicina, porque todos médicos têm que estar devidamente registrados. Também há dados do IBGE e das sociedades especializadas.

O coordenador da pesquisa sobre demografia médica no Brasil aponta a contradição oficial do governo que, ao não definir o percentual de 10% de investimento federal em saúde na EC 29,

faz na prática uma escolha pelo mercado privado de saúde, sem compromisso com a universalização. Para Scheffer, são necessárias políticas urgentes para levar médicos para o interior dos estados e

compensações para eles ficarem lá.

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doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP , defende valorização da categoria e um plano de carreira que inclua a fixação em locais onde há carência de médicos. Scheffer alerta que, com o desenvolvimento econômico e aumento de arrecadação, o país terá de escolher se deseja mesmo dar atendi-mento universal a população ou apostar no crescimento do mercado privado.

A pesquisa sobre a Demografia Médica foi uma demanda do poder público?

Mário Scheffer: Surgiu junto com a discussão, principalmente do Ministério da Saúde e do Governo Federal, sobre a oferta de médicos. O trabalho pretende apontar alternativas para quem formula

ENTREVISTA DR. MÁRIO SCHEFFER

UNIVERSAL,pero no mucho

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E faltam médicos ou eles estão mal distribuídos?

Ficam discutindo se falta ou não. A gente mostra que existe concentração e tam-bém existe a falta de profissionais em determinados serviços. Precisa discutir porque falta e porque é mal distribuído.

A solução atual de abrir curso de Medicina é válida?

A política de mais escolas não resolve, porque algumas regiões podem ficar superpovoadas de médicos. Sem mu-danças estruturais, políticas públicas e valorização do médico não se soluciona o problema. Desde a década de 1970, o número de médicos cresceu 530%, enquanto a população aumentou 104%. Temos crescimento exponencial e entra-da maior que a saída de médicos. Somos o quinto país com mais profissionais.

Então temos médicos para as próximas gerações?

Sim. A população de médicos jovens é muito expressiva, e 42% da categoria tem 39 anos ou menos, - lembrando que é possível trabalhar até os 70 anos. A pesquisa também revela que a participa-ção feminina está aumentando, e em 20 anos as mulheres podem ser maioria.

E onde faltam profissionais?

A pesquisa mostra desigualdades re-gionais muito grandes, e desigualdades entre público e privado. Um estado do Sul ou do Sudeste tem à sua disposição duas vezes mais médicos que as demais regiões do país, com exceção do Distrito Federal. Quem mora nas capitais tem duas vezes mais médicos que os habi-tantes do interior. Se pegar os dois extre-mos, uma pessoa vivendo numa capital do Sul ou Sudeste tem quatro vezes mais oferta de médicos que um morador de cidade do interior do Nordeste. Isto está ligado ao desenvolvimento econômico das regiões.

Quais as desigualdades entre o público e o privado?

Os dados mostram que um quarto da população tem plano de saúde privado e com isto tem à disposição quatro vezes mais médicos que o restante. A diferen-ça pode ser ainda maior em determina-das regiões. Fazendo a regressão vemos que aumenta a disponibilidade a favor do setor privado.

Como reverter estas disparidades?

Com medidas de grande magnitude. A principal é mais financiamento público para o sistema de saúde. Hoje, 53% do gasto é privado e serve para cobrir 25% população. O restante dos 47% vai para toda a população, mais aquilo que os planos de saúde não cobrem como AIDS, doentes renais crônicos e trans-plantes. Se não existir mais recursos e mantida a tendência de gastos privados a conta não vai fechar nunca. Discutimos a Emenda 29 e fomos derrotados, não ocorreu o aumento do financiamento da saúde pela União. Sem essa aplicação de 10% dos recursos federais no setor fica difícil mudar a estrutura.

Quais outras medidas podem ser toma-das?

Criar uma política de valorização mé-dica, plano de carreira com incentivo para ir a locais de baixa concentração, e planos voltados para estes locais. Tentar compreender que faltam médicos mesmo em locais com profissionais. Em São Paulo, existem 47 mil médicos e faltam profissionais nas periferias. Pode ser resolvido com políticas locais. O SUS deve funcionar municipalizado e a administração local deve tomar medidas para colocar o sistema em prática como foi idealizado.

Como o senhor projeta o cenário?

Com o desenvolvimento econômico é preciso decidir onde será aplicado o di-nheiro que deve aparecer com o aumen-to de arrecadação. Pode ser investido no sistema único ou pode-se apostar no crescimento do mercado privado, sem compromisso com a universalização.

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distribuição desigual de médicos no território brasileiro e nas especialidades induz à percepção de falta de médi-cos. Mas o número de profissionais quintuplicou no mesmo período em que a população só dobrou de tamanho.

VIRAR PRESA

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onsagrados autores da administração compa-

ram a competitividade do mercado a uma selva,

delimitando significati-vamente os papéis: ou predador, ou presa!

Dada a sua natureza, os prestado-res de serviços de saúde não são bem vistos quando assumem o controle de seu nicho, ou seja, são duramente criticados quando assumem o papel de “predadores”, mesmo que isso signifi-que apenas cobrar o justo, implementar regras adequadas, questionar a obriga-toriedade do atendimento sem a contra-partida financeira por parte do Estado ou dos clientes.

Essa visão é até compreensível se partirmos da universalidade propalada pela Constituição Federal, exigida pelos consumidores de serviços de saúde e, deliberadamente ignorada pelo Estado, que não cumpre a obrigatoriedade do equilíbrio econômico-financeiro das rela-ções com os prestadores de serviços.

As ações “predatórias” são também duramente combatidas pelo Ministério Público que recorre ao Judiciário para garantir a universalidade constitucional.

Então, observando a lógica apresen-tada no prólogo, que papel é reservado aos prestadores de serviços de saúde? In-felizmente a conclusão é óbvia: no setor saúde, as instituições, invariavelmente, são vítimas dos mais variados “preda-dores”, sofrendo ameaças constantes e incontroláveis, exigindo uma elevada fle-xibilidade administrativa para absorver a repercussão das investidas.

Na natureza para não se tornar vítima, o cuidado e, sobretudo, conseguir antever o próximo movimento do pre-dador e preparar-se, é a diferença entre ser presa ou sobreviver. Em analogia, aos administradores hospitalares resta a mesma alternativa.

ADM. CARLOS ALBERTO DE LIZ MEDEIROS ¹ ADM. RAGNAR JOSÉ JACOB ²

ARTIGO

ADMINISTRAR PARA EVITAR

VIRAR PRESADuas ameaças ao setor são iminen-

tes: a alteração da jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem para 30 horas semanais e a fixação dos pi-sos salariais para diferentes categorias técnicas. Caso essas ameaças se con-cretizem, o impacto será avassalador na gestão administrativa e financeira dos estabelecimentos de serviços de saúde. Será o golpe “sem misericórdia” num adversário já quase vencido.

O que resta aos administradores de hospitais, clínicas, laboratórios e demais estabelecimentos de saúde cientes do que está por vir? Pragmática é a resposta: unir forças àqueles que também tentam sobreviver para resistir à situação que se desenha.

Além dessas, existem outras amea-ças para administrar, tais como a baixa remuneração das tabelas, a ditadura dos compradores de serviços de saúde, as ações judiciais pela universalidade do atendimento mesmo sem remuneração etc. A propósito, vida de presa não é fácil.

1. Adm. Carlos Alberto de Liz Medeiros, admi-nistrador de empresas, especialista em gestão hospitalar, gerente administrativo da AHEsC -FEHoEsC. 2. Adm. Ragnar José Jacob, administrador de empresas, especialista em gestão hospitalar, sócio e consultor da Adhocracia Administração em serviços de saúde.

“Na natureza para não se tornar vítima, o

cuidado e, sobretudo, conseguir antever o

próximo movimento do predador e preparar-se, é a diferença entre ser presa ou sobreviver. Em analogia,

aos administradores hospitalares resta a mesma

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Q minuto nos seus âmbitos de atuação: pesquisas científicas desmontam certe-zas médicas, novas tecnologias tornam obsoletos equipamentos que até ontem eram a última geração - e as práticas de governança que eram consideradas um caminho seguro e comprovado demons-tram-se incapazes de reagir à intensida-de e velocidade das mudanças.

Há uma fundamentação consisten-te, portanto, para que o 34º Encontro Catarinense de Hospitais tenha sido concebido em torno do tema “Hospitais em tempos de grandes mudanças, opor-

tunidades e desafios”. Trata-se de um ali-nhamento cronológico, uma percepção sintonizada do timing que, ao mesmo tempo, estimula e aflige os profissionais do setor. Não há dúvidas que existem ameaças, e das mais letais, a solapar diariamente a saúde institucional das entidades hospitalares. Mas também abrem-se janelas de oportunidades para quem sabe ver. O que o Encontro Cata-rinense de Hospitais permite é a chance de um novo olhar sobre a conjuntura.

Os caracteres chineses que resultam na palavra “crise” consistem justamente

uando Karl Marx come-çou a escrever a sua crí-tica mais devastadora ao capitalismo, a obra “Das

Kapital”, a Inglaterra vivia um momento de transformação social profunda e deso-rientadora. Não por acaso, o intelectual alemão, ao não encontrar paralelos para o que ocorria, ousou afirmar que “tudo o que é sólido desmancha no ar”. É um sen-timento hoje conhecido e compartilhado por gestores de todas as áreas – e espe-cificamente no setor hospitalar – que precisam conviver com revoluções por

As oportunidades e desafios do setor hospitalar, que está sendo revolucionado pela tecnologia e

pela gestão, são tema do Encontro Catarinense de Hospitais, em setembro, em Florianópolis.>

GRANDESMUDANÇAS

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CArlos MedeIros, gerente AdM. dA AHesC-FeHoesC >

3 dias de programação focada em gestão.

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os caracteres chineses que resultam na palavra crise eram retórica recorrente do presidente americano Kennedy e até hoje são mencionados por palestrantes e consultores motivacionais.

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cadas”, observa o gerente administrativo da AHESC-FEHO-ESC, Carlos Alberto de Liz Medeiros.

Junto ao evento haverá a Feira de Tecnologia, Pro-dutos e Serviços Médicos-Hospitala-res. O acesso à Feira é gratuito, mas será controlado. O gerente administra-tivo esclarece que não será cobrada entrada, mas sim uma inscrição pré-via. Dessa maneira, será

possível ter um controle maior de quantas pessoas passam pelo local. Serão 58 estandes, que irão expor equipamentos, materiais e serviços de saúde, como assessoria e consultoria.

Outro destaque do 34º Encontro Catarinense de Hospitais é a entre-ga do “Prêmio Santé de Excelência na Gestão em Serviços de Saúde 2012”. Serão premiados os hospitais que

melhor aplicaram as diretrizes do PRO-GESS – Programa de Melhoria Contínua na Gestão e Assistência em Serviços de Saúde em Santa Catarina.

O programa foi criado para disse-minar as melhores técnicas de gestão, estimulando o desenvolvimento admi-nistrativo da empresa, a aprendizagem organizacional e a adequação da assis-tência às necessidades do paciente.

Os concorrentes serão premiados em três categorias: bronze, prata e ouro. No ano passado houve uma entidade premiada com ouro, duas com prata e duas com bronze. Hospitais e clínicas, que estão concorrendo ao prêmio, já estão sendo avaliados.

nessa contraposição de “perigo” e “opor-tunidade”. John Kennedy usou rotinei-ramente esse tropo retórico nas suas mensagens ao povo americano, com a intenção de incutir coragem frente às dolorosas mudanças do seu próprio tempo. A crise é o momento de romper a casca e conhecer um admirável mundo novo. Ou desaparecer. Não há nada de novo ou estranho nisso. É, mais uma vez, a implacável lógica darwinista em ação: evolui ou morre. Com o Encontro Cata-rinense de Hospitais, AHESC-FEHOESC oferecem a seus associados algo comparável a uma estrutura genética de evolução – ciên-cia e sabedoria que comprovadamente ajudam a vencer os desafios presentes.

O Encontro é considerado um dos mais tradicio-nais do Brasil. Será realizado neste ano, nos dias 12, 13 e 14 de setembro, em Florianópolis, no CentroSul. As inscrições estão abertas e devem ser feitas pela internet. São esperados mais de 350 participantes.

Palestras irão marcar os três dias de evento. Os assuntos serão focados em gestão, recursos humanos, enfermagem, farmácia, direito. Um dos temas a ser debatido é sobre a saúde suplementar. O convidado é o médico João de Lucena, coordenador do Departamento de Saúde Suplementar da Confederação Nacional de Saúde e membro do grupo de traba-lho da Agência Nacional de Saúde. “São palestras bem segmentadas e diversifi-

um intenso circuito de palestras foi programado para municiar os participantes com as informações que fazem a diferença no processo de evolução do setor hospitalar.

Quem não ouve,não tem muito a dizer

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12 de Setembro15h00 às 17h00 Sala Jurerê� Seminário sobre saúde suple-mentar

Palestrante: João de Lucena. Médico, coordenador do Depar-tamento de Saúde Suplementar da CNS – Membro do Grupo de Trabalho da ANS - Brasília (DF).

Moderador: Jefferson Klock. Administrador, Especialista em Gestão de Saúde e Auditoria, Diretor Operacional Rede D’or – Unidades ABC Paulista - Santo André (SP).

17h00 Abertura da Secretaria e entrega de credenciais

18h00 às 19h00 Visitação a Feira de Tecnologia, Produtos e Servi-ços Médico Hospitalar

19h00 Auditório

Abertura oficial do 34º Encontro Catarinense de Hospitais

20h00 Auditório Gestão e ética – colocando o coração nas mãos

Palestrante: Pe. Leocir Pessini. Graduado em Filosofia, Mestre e Doutor em Teologia Moral/Bioé-tica, Presidente e Provincial das Entidades Camilianas Brasileiras – São Paulo (SP).

21h00 Coquetel de boas vindas

13 de Setembro9h00 às 10h30 Sala Joaquina Doação e transplantes de órgãos

Palestrante: Joel Andrade. Médi-co, Coordenador da SC Transplan-tes - Florianópolis (SC).

9h00 às 10h30 Sala Cacupé Gestão de compras

Palestrante: Stella Goulart. Farma-cêutica, Mestre em Farmácia pela UFSC, Especialista em Farmácia Clínica, MBA em Gestão Hospita-lar, Coordenadora de Suprimen-tos do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Tubarão - Tubarão (SC).

9h00 às 10h30 Sala Tapera Tecnologia da informação, aspectos legais, cenários, neces-sidades, prontuário eletrônico e tendências

Palestrante: Sandra Paula Toma-zi. Advogada, especialista em Direito Digital, Direito Contratual e Direito Civil e Empresarial - São Paulo (SP).

10h30 às 11h00 Coffee Break e visita a Feira de Tecnologia, Produtos e Serviços Médico Hospitalar

11h00 às 12h30 Sala Joaquina Como trabalhar e monitorar os indicadores de infecção relacio-nados à assistência à saúde

Palestrante: Ricardo Dimas Zim-mermann. Médico, Especialista em Infectologia, MBA em Gestão de Saúde e Controle de Infecção, Diretor Científico e Coordenador da CCIH do Hospital Municipal Ruth Cardoso – Balneário Cam-boriú (SC).

11h00 às 12h30 Sala Cacupé Gases medicinais - Uma nova perspectiva de trabalho para os farmacêuticos

Palestrante: Bruna Mendes.

Farmacêutica da Linde Healthcare - São Paulo (SP).

11h00 às 12h30 Sala Tapera Atendimento ao público

Palestrante: Ari Gobatti. Enfermeiro Obstetra, Pedagogo, especialista em Administração Hospitalar, Consultor e palestrante nas áreas de Relações Humanas, PNL, Informática, Progra-mação, Liderança, Psicanálise, Gestão e Motivação – São Paulo (SP).

11h00 às 12h30 Sala Jurerê� A influência da legislação trabalhista nas lideranças e na gestão de pes-soas

Palestrante: Maria Luiza Neiva. Administradora, Tecnóloga em Recursos Humanos, Pós-Graduada em Direito do Trabalho e Gestão de Pessoas. Gerente de Gestão de Pesso-as da Pró-Saúde - São Paulo (SP).

12h30 às 14h00 Intervalo para almoço (servido nas dependências do CentroSul)

14h00 às 15h30 Auditório Um novo olhar sobre a gestão hos-pitalar

Palestrante: Vilson Alberti Santin. Ad-ministrador, Especialista em Gestão Hospitalar, Diretor Administrativo do Hospital Santa Isabel - Blumenau (SC).

15h30 às 16h30 Coffee Break e visita a Feira de Tecnologia, Produtos e Serviços Médico Hospitalar

16h30 às 17h30 Auditório Gestão estratégica do conhecimento - um estudo em centros de excelên-cia hospitalar

Palestrante: Cláudio Reis Gonçalo. Engenheiro Eletricista, Doutor em Engenharia da Produção, Mestre em Administração, Professor da UNIVALI. Florianópolis (SC).

20h00 Jantar de confraternização e entrega da 2ª Edição do Prêmio Santé

de Qualidade – Lira Tênis Clube

14 de Setembro9h00 às 10h30 Auditório Legislação sanitária e as exigências legais necessárias para o funcio-namento de hospitais e outros estabelecimentos de saúde

Palestrante: Raquel Bittencourt. Farmacêutica Bioquímica, Diretora de Vigilância Sanitária de Santa Catarina – Florianópolis (SC).

10h30 às 11h00 Coffee Break e visi-ta a Feira de Tecnologia, Produtos e Serviços Médico Hospitalar

11h00 às 12h30 Auditório Responsabilidade do Administrador dos serviços privados de saúde nas relações jurídicas com o ente público

Palestrante: Luiz César Medeiros. Desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Presiden-te do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina - Florianópolis (SC).

12h30 às 14h00 Intervalo para almoço (servido nas dependências do CentroSul)

14h00 às 16h00 Auditório Superação, o desafio do líder Palestrante: Jucemar Silva de Andrade. Pós-graduado em Desen-volvimento Gerencial, Formado em Holística de Base. Cursa atualmente o CTI (Colégio Internacional de Te-rapeutas) e Psicologia Transpessoal na Unipaz – Concórdia (SC).

16h00 Encerramento

Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de SC (FEHOSC) e a Federação Brasileira de Administra-dores Hospitalares (FBAH).

O evento é uma realização da Asso-ciação de Hospitais do Estado de Santa Catarina (AHESC), Federação dos Hos-pitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de SC (FEHOESC),

PROGRAMA

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Local: CentroSul Data: 12 a 14 de Setembro

Inscrições:www.ahesc-fehoesc.com.br/ech34

Investimento:Estudantes: R$ 400,00Associados: R$ 410,00Não Associados: R$ 550,00

Acima de 4 inscrições da mesma instituição – 10% de desconto

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CAPA >12

estaduais e municipais, o dinheiro costuma ficar num cofre guardado por um exército de técnicos e burocratas, que só o liberam se o projeto estiver de acordo com as especificações da pasta. O problema é que cada projeto tem uma metodologia diferente. E se a apresenta-ção da não seguir o rito, as verbas ficam no cofre, independentemente de quão justa seja a reivindicação da entidade.

Ser ignorante na elaboração de projetos é um mal que pode atingir qualquer um, não é preciso se avexar. A estrutura deficitária do próprio Governo Federal para a elaboração de projetos básicos e executivos para empreendi-

mentos tem afetado toda a agenda de investimentos em infraestrutura do país, conforme reconhece o secretário executivo do Programa de Acelera-ção do Crescimento (PAC), Maurício Muniz. O governo atualmente não tem na prateleira projetos para obras de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos e nem equipe de técnicos suficiente para elaborá-los.

Para as entidades médico-hospitala-res de Santa Catarina, o Instituto Santé disponibilizou uma equipe técnica que conhece o segredo do cofre. O Escri-tório de Projetos tem trabalhado para que as entidades catarinenses busquem

Escritório de Projetos é uma iniciativa inédita. Surgiu como resposta a uma necessidade que já tinha sido detectada por diversas entidades

médico-hospitalares no sentido de aper-feiçoar e profissionalizar as estratégias de captação de recursos, mas ainda não havia sido enfrentada de forma estruturada e com a força associativista, trabalho que coube ao Instituto Santé realizar. O primeiro obstáculo nessa tarefa era a preparação de projetos.

Como já sabe qualquer gestor que tentou buscar recursos nas esferas

A capacidade de elaborar projetos consistentes tem permitido às entidades catarinenses acessar

recursos que já estavam disponíveis, mas permaneciam trancados pela burocracia estatal.>

A CHAVE

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Mais de R$ 50 milhões:

este é o montante de recursos que o Escritório de

Projetos vai buscar do Fundo nacional de saúde que estão acumulados desde

2009.

13Tem se notado uma

série de dificuldades entre as entidades, prin-cipalmente relacionadas à não obediência às portarias do Ministério da Saúde. Ele esclarece que muitas vezes a insti-tuição pede um equi-pamento, que não está de acordo com a área de abrangência do hospital, por exemplo.

Além de buscar recursos, o Escritó-rio também faz o trabalho de articula-

ção política. Para Adriano, a ida ao Distrito Federal é fundamental para conseguir os recursos. “Tem que criar essa cultura. Tem que ir lá, conversar com técnicos e com os analistas. Tem que se aproximar do Fundo, para que as propostas cheguem redondi-nhas”, diz.

Ele ainda acrescenta que tem observado

cada hospital enviando propostas de um jeito diferente. A ideia do Escritório de Projetos é reunir os pleitos, e dar uni-formidade a eles. “Se vamos pedir para as entidades do Norte e Nordeste, qual é a necessidade delas? Vamos estruturar tudo para que um converse com o outro. Queremos fomentar a regionalização e não dispersar”, ressalta.

O Escritório também começou os trabalhos na área de licitação. A intenção é criar a própria plataforma de compras eletrônicas. Com ela, as entida-des poderão fazer os pregões eletrôni-cos. Adriano observa que se o processo

licitatório for bem feito, a prestação de contas não apresentará problemas.” Isso nos permite evidenciar para a socieda-de a transparência dos nossos atos. O recurso é público. Precisamos que o hos-pital entenda essa dimensão e lute por bons fornecedores. Temos que construir esse arranjo complexo, para que no final, quando entregarmos a prestação de con-tas, seja um processo tranquilo e sem dor de cabeça”, diz.

Os resultados já alcançados serão mostrados em um workshop no 34º Encontro Catarinense de Hospitais, re-alizado em Florianópolis, em setembro. No evento, também será fortalecida a parceria com os fornecedores.

verbas já disponibilizadas pelo Governo Federal, mas que aguardam projetos bem elaborados e que atendam a todas as portarias do Ministério da Saúde.

Uma reunião com o Fundo Nacional de Saúde, com a presença do presidente da FEHOESC, Tércio Kasten, e do coorde-nador do Escritório de Projetos, Adriano Ribeiro, marcou o início da busca por estes passivos, que poderiam solucionar problemas como a falta de equipamen-tos, mas estão parados. A prioridade da reunião foi resgatar os recursos de 2009, quando ficaram R$ 27 milhões à espera de projetos.

O trabalho foi feito para todas as entidades e não apenas para as que contrataram os ser-viços do Escritório. “Concedemos várias correções. Àquelas entidades, que têm os recursos já empenha-dos, comunicamos para que alterações fossem feitas. Quanto às que solicitaram o atendimento do Escritório, fizemos as alterações, o projeto já foi reencaminhado para o Fundo e o recurso já foi liberado”, informa o coordenador. Outros projetos para as emendas de 2009 terão que ser abandonadas, devido a erros na propos-ta inicial.

Para este ano, o Escritório ainda pretende resgatar os recursos do Fundo Nacional de Saúde de 2010, 2011 e 2012, para começar o ano de 2013 sem acúmulos nos passivos. “São quase R$ 50 milhões em recursos na área de saú-de. É esse o passivo que tem para Santa Catarina”, observa Adriano, se referindo aos recursos somados nos anos de 2009, 2010 e 2011.

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recursos que estavam acumulados há 4 anos começaram a jorrar dos cofres do governo em benefício das entidades.

auxílio do escritório às entidades passa pela questão da prospecção de recursos, elaboração de projetos, verificação de onde cadastrar a proposta e articulação para a liberação de recursos. Havendo necessidade, ainda promove a licitação, que desemboca na prestação de contas. em julho, estavam previstas duas licitações, uma para o hospital de são Bento do sul e outra, para o de Videira.

Serviço completo

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Escritório quer aumentar cartela de clientes

O gerente administrativo da AHESC--FEHOESC, Carlos Alberto de Liz Medei-ros, diz que por ser um serviço novo e inédito do Estado, foi preciso um trabalho mais elaborado para criar essa demanda pelo Escritório entre os hospitais. Houve uma série de reuniões nas entidades, para apresentar o serviço.

Uma cartela de clientes já foi formada, o que oferece condições ao Escritório de criar uma rotina de trabalho. A expectati-va é expandir as atividades neste segun-do semestre. A adesão das entidades interessadas se dá por um contrato de seis meses.

Enquanto recursos de anos anteriores estão sendo buscados, a organização está preparando projetos para buscar mais verbas ao final deste ano. “Historicamen-

Com ações já concretas, Adriano res-salta que é preciso um voto de confiança das entidades. “Quanto mais forte for o escritório, mais forte vão ficar os pleitos da área de saúde.” Para ele, esta é outra quebra de paradigma, porque muitas en-tidades têm apenas uma pessoa cuidando da área de projetos e seus desdobramen-tos. Porém, mais importante do que isso, é a necessidade da construção da proposta e da articulação política depois. “E esta articulação não pode ser de uma voz úni-ca, tem que ser uma voz coletiva, para ser mais forte”, ressalta.

Prospecção: levantamento dos editais publicados, liberando re-cursos para execução de projetos.

Articulação: movimentação política junto a parlamentares e entidades para a liberação dos recursos.

Elaboração dos projetos: elaboração detalhada dos pro-jetos respeitando os preceitos legais e administrativos.

Procedimentos licitatórios: realização de todo o processo licitatório, compreendendo a publicação do edital, a licitação e a conferência dos produtos recebidos ou serviços realizados de acordo com a legislação.

FOCO DO “ESCRITóRIO DE PROJETOS”

Alavancar recursos financeiros com apoio especializado.

Usufruir de estrutura com capa-cidade técnica e foco exclusivo para prospecção, captação e elaboração de projetos.

Apoio administrativo e operacio-nal nas questões relacionadas aos projetos de recursos

Participação dos projetos de indução, tanto de entes públicos ou privados.

Sede operacional localizada na Capital para atendimento das entidades

Apoio jurídico.

Articulação conjunta junto aos parlamentares.

VANTAGENS DE CONTRATAR O

SERVIÇO

AdrIAno rIBeIro >

articulação política e debate técnico com analistas devem se tornar rotina nas entidades.

10Recursos a serem buscados

a ser liberadoem 2010

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a ser liberadoem 2011

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2012 ainda sem definição.

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te, o Fundo Nacional de Saúde não usa todas as verbas disponíveis no ano de exercício, e quando chega o final do ano - por outubro, novembro - se um hospital já tem um projeto pronto, os recursos já são liberados”, esclarece.

Vozes coletivas: a articulação

política é tanto mais forte quanto

for a união de quem pleiteia.

Vários monólogos não fazem um

diálogo.

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Udo para reunir 1,5 milhão de assinatu-ras. Pois, como a EC 29 já foi votada no Congresso, um novo projeto de lei sobre o tema deve partir da iniciativa popular, e não pode ser de autoria parlamentar. Só em Santa Catarina serão 41 mil no-mes insistindo para que o Governo Fede-ral invista 10% da sua receita corrente em saúde. Isso representa cerca de R$ 35 bilhões por ano a mais para o setor. O dinheiro ainda é considerado, por es-pecialistas, insuficiente para sanar todos os problemas vividos. Hoje, enquanto o repasse da união está cravado em 3,8%,

ma espera de 12 anos terminou em frustração.

Quando foi finalmente regu-lamentada pela Lei Comple-

mentar 141, em janeiro deste ano, a Emenda Constitucional

29, que fixa os gastos obrigatórios do Governo Federal, dos Estados e dos mu-nicípios com o sistema público de saúde, recebeu vetos que deixam mais uma vez o setor com baixos investimentos, por parte da União.

Para reverter a situação, entidades médico-hospitalares estão se organizan-

Será preciso reunir 1,5 milhão de assinaturas para dar entrada em um Projeto de Lei de Iniciativa

Popular no Congresso Nacional e recuperar a oportunidade de assegurar 10% dos recursos da

União para a saúde, o que não ocorreu com a votação da EC 29. AHESC-FEHOESC estão comprometidas

com essa coleta de assinaturas.

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PELA VONTADEDO POVO

Se 1% do eleitorado nacional assinar, o Projeto de Lei tramita no Congresso.

A força de uma assinatura

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BrAZ VIeIrA > diretor-executivo da AHesC-FeHoesC destaca a importância do projeto de inicia-tiva popular.

evento está programado para o próximo ano porque a campanha eleitoral acaba consumindo maior parte do calenDario político neste ano.

A Associação e Federação dos Hos-pitais de SC (AHESC-FEHOESC) também defendem os 10% de investimento para a saúde e têm participado dos debates feitos pela Assembleia Legislativa do Es-tado. A proposta é que hospitais, clínicas e laboratórios sejam postos de coletas de assinaturas. Para o diretor-executivo da AHESC-FEHOESC, Braz Vieira , o maior desafio é convencer as pessoas a cederem seus dados pessoais. “Mas elas precisam entender que é para um bem maior”, observa.

Ele diz que fica cada vez mais evi-dente que o dinheiro investido hoje, em saúde, não é suficiente. Ainda que hou-vesse mais recursos, eles precisariam ser melhor geridos. “Não adianta ter recursos se não tem controle”, ressalta.

O presidente da FEHOESC, Tércio Kasten, analisa que, apesar de não ser suficiente, os R$ 35 bilhões viriam cum-prir o papel de ajudar no orçamento. O ideal, para ele, seriam quase o dobro sugerido, entre R$ 55 e R$ 60 bilhões.

“A saúde do Brasil é subfinancia-da, bem abaixo das necessidades. O governo criou, há mais de 20 anos, o SUS, que é um belíssimo programa, mas não tem fonte de financiamento suficiente. Estamos com um sistema de saúde de país desenvolvido com um financiamento de subdesenvolvi-do. Esses 10% viriam para legalizar a participação dos três entes”.

Sobre os investimentos previstos, Tércio Kasten calcula que a maioria dos municípios catarinenses investe mais do que os 15% determinados pela lei; já o Estado, a partir do novo governo, que assumiu em 2011, está cumprindo os 12%. Em território ca-tarinense, os repasses da União ficam em torno de 4,5%.

Um dado concreto em todo o mundo é que a busca ou manutenção da saúde se tornou mais cara, por causa dos investimentos científicos e tecnológicos em, por exemplo, equipa-mentos para diagnósticos e exames, ou em produtos farmacêuticos. “Novas tecnologias estão chegando e você, como um cidadão, protegido pela constituição, terá o direito, se preciso, de usá-las “, pondera Tércio.

municípios são obrigados a investir 15% e Estados 12%.

Pela maneira que a Lei Complemen-tar 141 foi aprovada, permaneceu para a União a regra pela qual o governo deve aplicar na saúde o valor empenhado (reservado para gasto) no orçamento anterior, acrescido da variação nominal do PIB (Produto Interno Bruto). A lei, tal como está em vigor, tem grande impacto nos cofres dos estados, porque regula-mentou o que é e o que não é gasto em saúde. Despesas como pagamento de aposentadorias e manutenção de restau-rantes populares eram carimbados pelos governos estaduais como investimento em saúde, e agora esse desvirtuamento acabou. A expectativa é que para cumprir as novas regras os governadores e prefei-tos tenham que desembolsar R$ 3 bilhões ao ano. Outro veto foi sobre a criação de um novo imposto para a saúde, chamado de CSS (Contribuição Social à Saúde).

Para levantar as milhares de assinatu-ras um grande ato, chamado Movimento Nacional de Defesa da Saúde Pública, foi lançado em abril, na sede da OAB, em Brasília. O deputado Volnei Morastoni, coordenador do movimento no Estado, afirma que Santa Catarina deve cumprir com folga sua meta de 41 mil assinatu-ras. Ele diz que há mais de uma centena de entidades trabalhando pela causa. A quantia inclui câmaras de vereado-res, secretarias municipais de saúde e conselhos de saúde. A ideia é receber os abaixo-assinados para fazer uma conta-gem de quantas adesões já ocorreram.

A intenção inicial é terminar a coleta até dezembro e no começo de 2013 entregar o projeto num grande ato em Brasília. Na ocasião, seriam repassadas as listas com 1,5 milhão de assinaturas recolhidas em todo o país, o que corres-ponde a 1% do eleitorado nacional. O

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Cisolados por recursos, a ideia é juntar todas as entidades para que tenham subsídios para a saúde. A participação ativa em 13 audiências públicas do or-çamento regionalizado da Assembleia Legislativa do Estado, feitas em maio e junho, foi o primeiro passo para tirar o projeto do papel e garantir recursos para o próximo ano.

Adriano Ribeiro, responsável pelo Escritório de Projetos criado pelo Instituto Santé, explica que o fato da AHESC-FEHOESC terem percorrido todo o estado e participado das audi-ências públicas foi fundamental para que houvesse a inscrição das verbas na Lei de Diretrizes Orçamentária 2013. Para ele, se o presidente da FEHOESC, Tércio Kasten, não estivesse presente, provavelmente não teria sido inscrito custo algum.

“Qual a importância disso? Com a inscrição dos custos na lei, basta o executivo, no próximo ano, cumprir a determinação legal e exportar a quan-

tidade do dinheiro do custeio, que é a maior dificuldade das entidades”. Além disso, Ribeiro observa que essa medida acaba com a prática das entidades de recorrerem várias vezes à ajuda da Secretaria de Estado da Saúde. “Elas pediam um pouquinho hoje e outro bocadinho amanhã. No momento em que se cria uma política estadual de custeio, o setor se organiza e traba-lha de forma mais profissional”.

Para cada região percorri-da, foi elaborado um questionário para a entidade preencher. Nele, era preciso dizer qual a necessida-de do hospital. “Em cada SDR (Secretaria de Desenvolvimen-

riar uma política de custeio de hospitais filantrópicos e privados em Santa Catarina é uma iniciativa inédita, ousada e já está sendo colocada

em prática pela Associação e Federa-ção dos Hospitais de Santa Catarina (AHESC-FEHOESC). Em vez de pedidos

AHESC-FEHOESC percorreram audiências públicas para discutir o orçamento para 2013 e

assegurar recursos para hospitais privados e filantrópicos. É o primeiro esboço da política

estadual de custeio.

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VERBA

13 milhões de reais

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no balanço apresentado pelo presidente da Federação dos Hospitais de sC, tércio Kasten, as regionais priorizaram investimentos na ordem de r$13 milhões de reais. os recursos serão aplicados em estruturação, reforma além de manutenção das unidades hospitalares privadas e filantrópicas.

AUDIÊNCIAS PÚBLICAS >

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a 2015 e já estava formatado desde 2011. Mas podemos influenciar nas leis orçamentárias anuais.”, observa.

Tércio considera que o desafio maior a partir de agora é assegurar que as emendas sejam executadas. Para isso, com o Escritório de Projetos, a AHESC-FEHOESC querem auxiliar os hospitais a fazerem boas propostas, para obterem os recursos previstos. “O dinheiro não é repassado simplesmen-te porque está na lei, eles só vão repas-sar o recurso se o hospital comprovar

que vai usá-lo, e isso se faz encaminhando um projeto claro e bem definido”.

Lei é aprovada

Antes do recesso de julho, a Assembleia Legislativa apro-vou a Lei de Diretrizes Orça-mentárias (LDO). As emendas voltadas para saúde, inscritas nas audiências públicas do or-çamento regionalizado, foram aprovadas na íntegra. O texto do projeto de lei recebeu 104 emendas, das quais três são modificativas e 101 aditivas.

A LDO volta para a Comissão de Finanças e Tributação para a redação do texto final. Na sequência, vai para a presidência, para assinatura e depois é encaminhada ao governador, Raimundo Colombo, para sanção de lei.

“Queremos crer que o governador não vetará qualquer destas ações, mas se houver algum veto, nós vamos pro-curar derrubar em plenário, fazer a re-visão e incluir as mesmas ações na Lei Orçamentária Anual (LOA)”, afirmou o presidente da Comissão de Finanças e Tributação e relator do projeto, deputa-do Marcos Vieira (PSDB).

Esta é a primeira vez que emen-das propostas em audiências públicas são inscritas na LDO. Ele comemora o fato de o relatório ter contemplado as emendas de origem do orçamento regionalizado e ser aprovado por una-nimidade na Comissão de Finanças e no plenário.

to Regional), entregávamos esse docu-mento e perguntávamos ao deputado se ele abraçaria a causa, informa Adriano. O material servirá de base para a elabo-ração da política estadual de custeio.

Além de servir para a inscrição dos custos, a ida às audiências permitiu a aproximação das entidades com os deputados. Também foi importante para mostrar a necessidade de se ter uma atividade política. “Sem a construção de uma política pública não se consegue ter foco. A inscrição na LDO muda o cenário, porque cabe apenas a execução da lei”, pontua Tércio Kasten.

Essa é uma quebra de paradigma, porque traz uma postura de proati-vidade das entidades. “Para os próxi-mos anos, será possível comparar o público e o privado. Vamos provocar esse fomento. Por que o atendimento é melhor no interior? É um projeto muito ousado, mas dá para chamar de divisor de águas para rede” , avalia o presidente da FEHOESC.

Ele ainda considerou a medida uma novidade e um aprendizado. “Não par-ticipamos da forma como gostaríamos, porque o plano plurianual é de 2012

AudIÊnCIAs rEgIonAIs > a importância de ter uma atuação política constante.

dArIo stACZuk deP. .estAduAl AntônIo AguIAr (PMdB) e térCIo kAsten>

articulação com parlamentares.

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Uma afetuosa relação de doações e trocas envolve o Hospital de Pinhalzinho e a comunidade

local. A filantropia da população ajuda a entidade a contornar dificuldades financeiras, e o

hospital retribui com o que sabe fazer melhor: manter a vida, com muito carinho.

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UM BEIJOPOR UM QUEIJO

Anação mais rica e cientificamente desenvolvida do planeta ergueu-se sobre um tripé: democracia, livre iniciativa e filantropia. Nos Estados Unidos, o ato de doar parte dos bens para causas nobres é uma

cultura enraizada. Tome-se como exemplo o Gi-ving Pledge, o grupo que já soma 57 bilionários- liderado por Bill Gates e Warren Buffet - com-prometidos a doar metade de suas fortunas para pesquisas, universidades, causas ambientais e hospitais. O casal Bill e Melinda Gates já doou US$ 28 bilhões. O Giving Pledge tem a meta de convencer as 400 maiores fortunas dos EUA a assumirem esse compromisso moral, resultando em US$ 600 bilhões direcionados à filantropia.

No Brasil, embora praticada em uma escala homeopática, a filantropia também muda pano-ramas sociais e espalha uma influência de bem--estar nas comunidades em que é exercida. Na cidade catarinense de Pinhalzinho, são doações voluntárias que ajudam o hospital local a adqui-rir novas tecnologias e aprimorar o atendimento.

Equipamentos novos, modernos, instala-ções mais confortáveis e práticas fizeram que a instituição se destacasse na região. As mudanças são resultados das doações feitas pela artista plástica pinhalense Bia Bettanin Dória, via Gru-po Lide, corporação que pertence a empresários paulistas, como o seu marido João Dória Júnior.

desde a inauguração, na década de 1970, o Hospital de Pinhalzinho enfrenta restrições orçamentárias. se atende até hoje, e até cresce e se aprimora, é pela filantropia da comunidade e de doadores.

Hospital de Pinhalzinho

PINHALZINHO >

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irmão pequeno de quatro anos morto nos braços. O choro e o desespero de meu pai, de minha mãe, de meus irmãos é uma dor que carrego até hoje. Não consigo nem imaginar a razão pela qual após tantas promessas de homens que administram os orçamentos públicos, ainda há cidades na região Sul, que se considera a mais rica do país, com tantas dificuldades de

gerenciamento da saúde publica”, comenta a artista plástica.

Bia Dória saiu de Pinhalzinho em 1985, mas sua família ainda mora na cidade. Bia também ajuda hospitais da Bahia e da Amazônia. Por essas ações, que ela foi convidada para ser madrinha do evento de 50 anos da Associação de

Hospitais do Estado de Santa Catarina (AHESC), a ser celebrado em 2013.

O Hospital Beneficente de Pinhalzinho

Em agosto de 1960, na antiga Igreja Santo Antonio, em Pinhalzinho, a Socie-dade Hospitalar Beneficente era fundada para atender a necessidade da comu-nidade de ter um melhor atendimento médico. Ela tinha a missão de coordenar a compra de um hospital, que pertencia a uma moradora da região, localizado onde hoje está situado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

A construção da atual sede foi discuti-da em 1962. No ano seguinte, estava deci-dido o novo local para a casa de saúde: ao lado da casa paroquial de Pinhalzinho. Desde a sua fundação, uma sede própria era o sonho de todos os associados. Para o desejo virar realidade, muitos cidadãos contribuíram. No dia 13 de agosto de 1972 foi, então, inaugurado o Hospital Beneficente de Pinhalzinho.

Desde a fundação, o hospital enfren-tou problemas financeiros. Em 1980, para ajudar a superar as dificuldades ocorreu uma grande campanha para enquadrar novos associados e a prefeitu-ra se comprometeu a repassar recursos extra para manter a casa de saúde.

Hoje, a Associação Hospitalar Beneficente de Pinhalzinho atende em baixa e média complexidades, conta com 18 médicos nas áreas de oftalmologia, anestesiologia, otorrinolaringologia, ortopedia, pedia-tria, cardiologia, clinica geral, ginecologia e obstetrícia, radiologia e fonoaudiologia. Por ano, recebe na área ambulatorial cerca de 18 mil pacientes por ano.

O administrador da entidade, Silvio Mocelin, explica que a artista plásti-ca adotou o Hospital como trabalho social. Além disso, toda a comunidade é sempre muito ativa para contribuir com a instituição. “É uma população extrema-mente participante e tem muitos clubes, associações, entidades beneficentes. A associação comercial é mantenedora do Hospital, assim como algumas empresas do setor industrial estão voltadas para nós e igualmente contribuem muito”.

Mocelin ressalta que se não fosse toda essa ajuda a entidade estaria em sérias dificuldades financeiras. “O operacio-nal do Hospital sempre dá negativo”, conta. Algumas ações que arrecadam recursos são feijoadas, jantares, baza-res. E ainda há senho-ras que bordam lençóis e transferem a renda para o hospital. A instituição conta também com o trabalho dos doutores da alegria. “Hoje em dia é assim, sobrevive-mos dessa forma.”

Os melhoramentos têm sido feitos nos últimos dois anos e meio. A mudança é sentida diretamente no atendimen-to. O lugar recebeu nova pintura, piso novo, macas mais confortáveis, camas modernas, um ambulatório totalmente renovado. A aplicação dos investimentos pode ser acompanhada em relatórios de prestações de contas, que a entidade faz questão organizar. É a forma de retribuir com carinho e profissionalismo a boa vontade de tantos.

Bia Dória tem motivos íntimos e graves para investir no Hospital de Pinhalzinho. Não quer que as pessoas não passem pelo mesmo sofrimento que ela e a família já passaram no passado. “Eu vi meu pai saindo da porta de um simples hospital, sem recursos, com meu

Apoio fundamental para a manutenção do Hospital de Pinhalzinho.

Silvio Mocelin e Bia Dória

Nos Estados Unidos, existe um nú-mero crescente de organizações que facilitam a microfilantropia. São sites online, como Global Giving e o Kiva, nos quais você pode fazer peque-nas doações e ajudar pessoas com projetos. A contribuição é individual e pequena. O Kiva é um site em que se pode fazer um empréstimo para um individuo, em qualquer lugar do mun-do, para ele começar um pequeno negócio. É como um microcrédito: ele recebe o recurso, como um emprés-timo, e o devolve depois de algum tempo. Esse mesmo recurso será usado para financiar outra pessoa. Community Chests são muito comuns nos Estados Unidos. Em vez de cada empresa doar para uma entidade, todas as empresas doam para um Fundo Comunitário, sendo que os empresários avaliam, estabelecem prioridades, e administram efetiva-mente a distribuição do dinheiro. Um dos poucos fundos existente no Brasil, com resultados comprovados, é a FEAC, de Campinas.

FILANTROPIA NA WEB

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Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou, no dia 18 de maio de 2012, a Instrução Normativa nº 49, defi-nindo os critérios de reajuste que deverão constar dos contratos entre as operado-ras de planos de saúde e os prestadores de serviços médicos, hospitalares e laboratoriais.

O objetivo dessa regulamentação é dar mais cla-reza à exigência já contida nas RNs 42, 54 e 71, sobre a necessidade de inclusão nos contratos de cláusulas contemplando “os critérios para reajuste, contendo forma e periodicidade”;

Assim, as operadoras tem o prazo de até 180 dias para adequarem os contratos que devem obrigatoria-mente conter alguma forma de reajuste que poderá ser: a) índice vigente e de conhecimento público; b) percentual prefixado; c) variação pecuniária positiva; e, d) fórmula de cálculo do reajuste.

A possibilidade de livre negociação ficou condicio-nada a escolha e a previsão de aplicação automática

de um dos critérios acima, até o termo final para a efetivação do reajuste.

A Instrução Normativa nº 49/2012 também proíbe a escolha de fórmulas de reajuste condicio-nado à sinistralidade da operadora, ou de cálculos do reajuste ou de percentual prefixado em que o valor do serviço contratado seja mantido ou reduzido.

O processo de negociação individual entre operadoras e prestadores deverá ser formal, podendo ser iniciado por meio do envio de convite para reunião, por Carta Registrada com Aviso de Recebimento, por Notificação em Cartório, ou, ainda, pessoalmente, com cópia protocolada junto a sede da operadora.

A omissão das operadas em relação ao cumpri-mento da Instrução Normativa nº 49/2012, cujo prazo se encerra em 17 de novembro de 2012, po-derá ser objeto de denúncia junto à ANS, a quem compete a aplicação de sanções administrativas.

AENTRE OPERADORAS E PRESTADORES DE SERVIÇOS

COLUNA

DR. RODRIGO DE LINHARES Advogado, Assessor Jurídico da AHESC-FEHOESC

e membro do Conselho Jurídico da CNS

REAJUSTES NOS CONTRATOSInstrução Normativa nº 49/ANS

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REAJUSTES NOS CONTRATOS A NOVA CERTIDÃO NEGATIVADE DÉBITOS TRABALHISTAS

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aos recolhimentos previdenciários, honorários, custas, emolumentos ou recolhimentos determinados em lei. A CNDT servirá como comprovante, também, do cumprimento das obri-gações decorrentes de execução de acordos firmados perante o Ministério Público do Trabalho ou Comissão de Conciliação Prévia.

A CNDT terá por base a época do trânsito em julgado da ação, e não a do início do processo de execução, consi-derando inadimplente o devedor que, devidamente cientificado, não pagar o débito que lhe é atribuído ou descum-prir obrigação de fazer ou não fazer, no prazo previsto em lei ou sentença.

Contudo, a garantia total da execução, seja por depósito ou por

penhora de bens suficientes, desde que formalizada no processo, permite a expedição de Certidão Positiva de Débitos com efeito de negativa.

As empresas ou entidades que ne-cessitarem da CNDT deverão requerê--la, gratuitamente, nos saites do TST (Tribunal Superior do Trabalho), do CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho) ou do TRT/12ª Região (Tribunal Regionais do Trabalho).

Por se tratar de nova legislação, deverão surgir controvérsias na apli-cação da norma aos casos concretos, com os consequentes questionamen-tos e discussões judiciais que deverão ser promovidos pelos que se sentirem lesados de alguma forma.

m vigor desde o início de janeiro de 2012, a Lei n. 12.440/2011 instituiu a Certidão Negativa de Débi-tos Trabalhistas (CNDT), tornando-

-a requisito indispensável para que as empresas ou entidades possam contra-tar com o Poder Público e participar de licitações.

De acordo com a lei, a CNDT deverá ser exigida na fase de habilitação, para o fim de comprovar a regularidade da empresa ou entidade em relação ao adimplemento de obrigações estabele-cidas em sentença condenatória transi-tada em julgado, proferida pela Justiça do Trabalho ou em acordos judiciais trabalhistas, inclusive no concernente

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50 ANOS >

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nascimento de cada hospital de Santa Catarina, ao longo dos últimos séculos, jamais seguiu uma lógica de mercado, um planejamento estratégico, um profissionalismo eficaz. É preciso reconhecer: muitas vezes foram iniciativas amadoras, sim, mas com que ardor! Com que despren-dimento, fé e dedicação ao carente e desamparado. Levantaram-se

casas de saúde só com a força do espírito, promoveram-se curas e consolação com trabalho incessante, com senso de missão.

A esses empreendedores, fundadores da maioria dos hospitais catarinenses, aplica-se e molda-se a mesma parábola que se conta sobre Madre Teresa de Calcu-tá: um poderoso governante visitou Madre Teresa e acompanhou, com repugnância, seu trabalho de limpar as chagas de lepro-sos, e então banhá-los. Comentou que não faria aquele serviço nem por todo dinheiro do mundo, e então ouviu de Madre Teresa a resposta: “meu senhor, por dinheiro eu também não faria”.

Para pessoas como Madre Teresa, o dever é uma coisa muito pessoal: decorre da necessidade de se entrar em ação, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa. Foi esse tipo de chamamento íntimo, de voz interior, que mobilizou catarinenses na fundação de hospitais – e foi também esse sentido de dever que, na década de 60, culminou na criação da Associação dos Hospitais do Estado de Santa Catarina.

A AHESC é mais que uma entidade de representação dos interesses da rede hos-pitalar do estado. É, igualmente e sobretu-do, uma referência conceitual, uma baliza filosófica para todos que atuam na área da saúde em território catarinense. É uma associação que exorta, ensina, orienta, posiciona-se técnica e politicamente, de-fine rumos – e vislumbra recomeços onde outros só veem o fim. A sua força deriva da concentração de esforços de milhares de associados. É a força do consenso, da afinidade de interesses, e por isso é uma força transformadora.

OAo celebrar os 50 anos de fundação, em 31 de agosto de 2013, a AHESC vai compartilhar

com os associados o saber e a riqueza de uma história de fé e abnegação: a trajetória dos

hospitais privados e filantrópicos catarinenses. Um livro e uma maratona de eventos já

estão programados para o jubileu de ouro.

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O JÚBILOSAÚDEDA

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A AHESC está se preparando para comemorar seus 50 anos, no próximo ano. A data de fundação de 31 de agosto de 1963 será lembra-da com festa, eventos e lançamento de um livro.

O presidente da AHESC, Dario Staczuk, informa que foi constituída uma comissão, que está elaborando uma programação extensa para agosto de 2013. A celebração está prevista para ocorrer junto ao 35º Encontro Catarinense de Hospital, em Florianópolis.

A madrinha do evento será a ar-tista plástica catarinense, natural de Pinhalzinho, Bia Dória, casada com o empresário João Dória Júnior. A escolha do nome decorre principal-mente pela ajuda que ela vem dando ao hospital de sua terra natal, além de já ter ajudado outros hospitais.

Com os recursos já doados por ela, o Hospital de Pinhalzinho pas-

ros estratégicos, imprensa, amigos e colaboradores - e de forma especial os diretores que nestes 50 anos de-dicaram e dedicam parte de sua vida de forma gratuita e voluntária na defesa e fortalecimento dos hospitais catarinenses”, ressalta Staczuk.

Faz parte ainda das comemo-rações o lançamento da edição do Livro de Ouro, sobre a história da AHESC. A publicação irá mostrar a trajetória da Associação de Hospitais de Santa Catarina neste meio século de vida, homenageando as pessoas e os hospitais que protagonizaram essa história, que de acordo com Dario, é de muita luta, fé e determi-

nação em prol da saúde catarinen-se. Ele ainda acrescenta que está sendo estudada a possibilidade de trazer a Florianópolis, junto ao 35º Encontro Catarinense de Hospital, o Congresso Internacional de Hos-pitais de Países de Língua Portu-guesa, realizado a cada ano em um país diferente.

Para Dario, estar à frente da AHESC quando ela chega aos 50 anos é uma honra. “Principalmente pela oportunidade e felicidade de, nestes 40 anos de atividade na área hospitalar, ter convivido com tantos companheiros e companhei-ras com os quais muito aprendi.”

Ele ainda diz que é muito gratificante ter acompanhado e participado desta caminhada e poder ver agora os hos-pitais catarinenses, unidos em torno da AHESC-FEHOESC mais a FEHOSC, desfrutarem do conceito e respeito da sociedade catarinense pelo seu trabalho na área da saúde.

sou por reformas, recebeu equipa-mentos novos, e conseguiu melhorar o atendimento à população. “A maioria dos hospitais catarinenses é de natureza filantrópica - e atende mais de 70% de pacientes do SUS. Por isso, eles sobrevivem graças ao apoio e ajuda de pessoas e empresas de suas comunidades. Queremos homenagear, na pessoa da senhora Bia Dória, todos os amigos e colabo-radores destes hospitais”, observa o presidente da AHESC, Dario Staczuk. A artista plástica, que já foi madri-nha de outras ações, disse que irá abraçar os 50 anos da entidade com muita dedicação.

Para a celebração dos 50 anos, estão convidados todos aqueles que tiveram participação direta e indireta na Associação. “A come-moração será aberta para diretores dos hospitais, diretores de outras entidades congêneres, autoridades civis, políticas e eclesiásticas, parcei-

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gerAções de Fé: >

desde o século XVIII, catarinenses nascem e vivem sob a égide de uma rede hospitalar construída na base da filantropia, da esperança e do trabalho.

A criação da AHESC

resultou na definição de uma

personalidade para a rede hospitalar

catarinense, o que permite agir em consenso nas esferas científica, técnica e política.

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Entre os principais acontecimen-tos da AHESC, o presidente destaca a união com a FEHOESC, no ano de 1995, e a consolidação da união com a FEHOSC. Ele considera recompen-sador ver estas três entidades, que representam hospitais, clínicas e laboratórios catarinenses, traba-lhando unidas e pensando no forta-lecimento destes estabelecimentos. Além de visarem a oferecer aos catarinenses um serviço de saúde com qualidade, seguro e humano.

Para os próximos anos, Dario afirma que a AHESC continuará fiel aos seus propósitos de quando foi criada, representando os hospitais privados e filantrópicos, respeitan-

do a filosofia de seus idealizadores e fundadores. “Modernizando-se e recriando-se, aperfeiçoando as técnicas de gestão dos hospitais e qualificação dos profissionais que neles trabalham, indispensáveis para sobrevivência num mundo globa-lizado e competitivo, porém sem jamais abandonar os preceitos éticos e humanos que devem nortear as nossas condutas. Uma entidade ágil, moderna e dinâmica, que alie técnica e humanização a serviço da vida.”, pontua Dario Staczuk.

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Definir e orientar a política hospi-talar no Estado;

Promover o desenvolvimento da assistência hospitalar;

Estabelecer normas de funciona-mento que visem a integração dos serviços médicos;

Promover o desenvolvimento da administração científica através de cursos e seminários nas diver-sas áreas de interesse da classe hospitalar;

Divulgar e fazer obedecer ao Código de Ética do Administrador Hospitalar e dos demais profissio-nais associados.

A AHESC FOI FUNDADA PARA:

Fundada em 31 de agosto de 1963, com a missão de represen-tar os interesses da rede hospita-lar catarinense.

Em janeiro de 1975 foi adquirida a sede da entidade, sendo am-pliada em 1983, com a aquisição de novas salas contíguas, dando condições para a realização de suas atividades.

Em agosto de 1995, a entidade teve um importante reforço na re-alização das atividades: a criação da FEHOESC, consolidando a parceria em maio de 1996, com a união das duas entidades em um mesmo ambiente de trabalho, no escritório da AHESC.

Em 2010 a AHESC e a FEHOESC somaram esforços e adquiriram uma nova sede, ampla e mais adequada para melhor atender seus associados.

A AHESC representa atualmente 118 hospitais associados, num total de mais de 15.000 leitos.

SOBRE A AHESCo PresIdente do JuBIleu >

respeitabilidade social e modernização da gestão são resultados evidentes da ação da AHEsC na rede de associados.

mAdrInHA >

A artista plástica Bia dória foi escolhida madrinha do 35º encontro Catarinense de Hospitais pela ajuda que vem dando a diversos hospitais.

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O um dos grupos de trabalho. No primeiro semestre de 2011, o instituto enviou sua submissão para participar do comitê, que avaliou a experiência do INCoD, a relevância dos trabalhos na área de imagem médica e as contribuições que podem ser oferecidas para o desenvolvi-mento do padrão.

O Dicom é o órgão responsável por desenvolver os padrões mundiais para armazenamento e comunicação de ima-gens médicas. De acordo com Aldo von Wangenheim, professor da UFSC e coor-denador do INCoD, o padrão Dicom deve obrigatoriamente ser seguido por todos os fabricantes de software e equipamen-tos de imagens médicas, como tomogra-fia, ultrassom e ressonância magnética, além de software para telemedicina.

A experiência dos pesquisadores catarinenses com o padrão Dicom vem desde 1995, com os projetos desen-volvidos por meio do Cyclops — grupo que fundou e que gerencia o INCoD. O Cyclops é pioneiro em serviços de tele-medicina no Brasil: em 2005 desenvol-

veu a infraestrutura tecnológica que se transformou no atual Sistema Integrado Catarinense de Telemedicina e Teles-saúde.

O sistema permite o envio de exames e emissão de laudos a distância por especialistas que estejam em cidades diferentes do paciente. Já são mais de 1,3 milhão de exames armazenados, englobando eletrocardiogramas, exames dermatológicos, análises clínicas, tomo-grafia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom, raio-X.

Uma das contribuições do INCoD para os padrões internacionais de telemedicina será a sua experiência em visualização web das imagens médicas. “O comitê Dicom espera que o INCoD possa trazer novas visões sobre a utilização do padrão e participar de seu desenvolvimento levando em considera-ção a realidade e a experiência de redes de telemedicina em países emergentes”, explica Richard Augusto Schafer de Martini, pesquisador do INCoD.

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Convergência Digital (INCoD), sediado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),

é o primeiro representante brasileiro da área de ciência, tecnologia e inovação aceito no Comitê do Dicom, sigla para Digital Imaging and Communications in

Medicine (Imagem Digital e Comunicação em Medicina).

Criado em 1993, o Dicom é geren-ciado pela Associação Estadunidense de Fabricantes de Aparelhos Eletroeletrô-nicos e seu comitê é formado por pouco mais de 50 membros de vários países. Além do INCoD, o outro representante brasileiro no Dicom é o Colégio Brasileiro de Radiologia, que faz parte do grupo de usuários médicos do Comitê.

O processo para tornar-se membro do comitê começou a partir de um con-vite informal do Dicom em outubro de 2010, durante a participação do INCoD como observador em uma reunião de

INSTITUTO DA UFSC INTEGRA COMITê INTERNACIONAL DE

IMAGENS MÉDICAS DIGITAIS

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uando entrou aos 12 anos na congregação das Irmãs sal-vatorianas, em Caibi, Raquel

Travessini, 66 anos, pensa-va em seguir um desses dois caminhos: magistério ou o

serviço em hospital. este último acabou se impondo como uma missão de vida, uma jor-nada espiritual. Irmã raquel está à frente do Hospital divino salvador, em Videira, ocupan-do o cargo de direção.

A relação de raquel com o ambiente hos-pitalar começou em roma, em 1964. depois de concluída a formação religiosa, ela partiu para a Itália. lá, cursou enfermagem e tra-balhou no Hospital Internacional salvator Mundi, como auxiliar de laboratório e como enfermeira na maternidade. Para exercer as funções era necessário dominar o idioma ita-liano, que a Irmã aprendeu em 8 meses.

em 1969, retornou ao Brasil para passar férias. Foi quando teve seu primeiro contan-to com o Hospital divino salvador, de Videira. Ficou um ano trabalhando como enfermeira. Então retornou à roma, onde deveria perma-necer por mais cinco anos. “mas eu voltei para o Brasil em 1970, e fui trabalhar em Ciríaco, no rio grande do sul”, relembra a Irmã.

Irmã raquel travessini ficou na cidade gaúcha até 1980. neste período, trabalhou como enfermeira, tesoureira e diretora do Hospital santa terezinha de Ciríaco e foi pro-fessora de ensino fundamental e médio, do Colégio Ceriaquense, nas disciplinas de in-glês, matemática e química. Partiu para Por-to Alegre e se dedicou a uma pós-graduação em administração hospitalar na universidade Porto alegrense. Por esse currículo, é possivel perceber a diversidade e complexidade da formação intelectual, acadêmica e profissio-

Q

PERSONAGEM

OPERIBUS CREDITEA diretora do Hospital Divino Salvador, em Videira, é uma irmã salvatoriana familiarizada com a

mensagem “creia nas obras, e não nas palavras”. Impulsionada pelo sentido de missão de vida que

há na gestão hospitalar, cumpre uma jornada de 14 horas diárias em benefício da população local.

Irmã Raquel Travessini

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32 PERFIL>

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“Eu me fiz Irmã para atender

às pessoas necessitadas, que

estão precisando de ajuda num hospital”

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nal da Irmã salvatoriana, que ainda acumulava uma formação em Ciências Contábeis. toda essa expe-riência foi colocada a serviço da coordenação geral de hospitais, na área de saúde da província de santa Catarina das Irmãs salvatorianas, função que exer-ceu por três anos. durante outros seis anos, assumiu a contabilidade no Instituto de Estudo de Assistência social. A volta à Videira foi no ano de 1999, quando assumiu definitivamente a direção do Hospital divi-no salvador.

natural de Palmitos, numa região que hoje é o município de Caibi, Irmã raquel diz que o hospital é, a um só tempo, serviço e comunhão. Ao atuar como gestora para facilitar todos os processos de recu-peração e cura que ocorrem no divino salvador, ela encontra um sentido de reali-zação pessoal e profissional. “Eu me realizo no Hospital, me sinto muito bem, gosto muito de trabalhar aqui, apesar das dificuldades. é a minha vida”, relata raquel.

ela chega ao local por vol-ta das 8h, sai para almoçar e retorna. Faz uma pausa para o jantar e fica no Hospital até às 22h. Atendimento ao público, administração e planejamento fazem parte do dia-a-dia da diretora. Para ela, o que mais encanta em seu trabalho é poder aliviar a dor do outro e estar servindo às pessoas que realmente precisam. “Eu me fiz Irmã para atender às pessoas necessitadas, que estão precisando de ajuda num hospital”, afirma. é uma linha de pensamento afinada com as palavras do Papa Pio XII, para quem “toda profissão desejada por deus comporta uma missão, a de pôr em prática, no próprio campo do trabalho, os pensamentos e as intenções do Criador”.

o Hospital divino salvador celebra 56 anos, em 19 de agosto. A comemoração será feita junto à co-munidade. A entidade pertence à Família salvatoria-na, que chegou a Videira em 1936. o trabalho delas, de assistência à saúde, começou em 1943, no então

sanatório santa Catarina, que depois foi chamado de Hospital são José.

mas a localização dele não favorecia o acesso da população. Por isso, no dia 21 de janeiro de 1953, foi lançada a pedra fundamental para a construção do Hospital salvatoriano divino salvador em um local mais central da cidade. três anos depois, começavam as atividades.

nestes 56 anos, Irmã raquel comemora também as parcerias firmadas com o poder público e entida-des. “Participamos do comitê de gestores de saúde do meio-oeste. temos um bom relacionamento com as secretarias da região, com a do Estado, também”, diz.

Hoje, o Hospital conta com especialidades de cardiologia, dermatologia, ginecologia, geriatria, nefro-logia, pediatria, oftalmologia, traumatologia, pneumologia e psiquiatria. são 99 leitos de utI e oito de utI neonatal. de acordo com a diretora, a estrutura física será reformu-lada. “temos um plano global de ampliação e reestrutura-ção do hospital, aprovado na

vigilância sanitária. em cinco anos, teremos reestru-turado todo o hospital”, adianta.

Para melhor atender o público, o Hospital aposta na capacitação e formação do profissional, além do atendimento humanizado, e inovação tecnológica. são mais de cinco mil internações por ano - em 2011 foram 5.902. neste mesmo ano, foram 3.376 cirur-gias.

Irmã raquel considera o maior desafio do Hospi-tal divino salvador, hoje, ser autossustentável. “A ta-bela do sus é muito baixa; a dos convênios, também não é tão atraente. é difícil se manter”, ressalta. Ape-sar disso, ela não tem planos para deixar a diretoria do Hospital. “meu plano é continuar enquanto eu ti-ver condições físicas de capacidade de administrar”, conclui a Irmã. então, que tenha muita saúde por lon-

gos anos, Irmã raquel.

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