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Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT DEZEMBRO 2011 O sustento de instituições hospitalares tem dependido cada vez mais da excelência das administrações. Experiências estudadas no Encontro Catarinense de Hospitais provam que é possível manter equilíbrio financeiro, mas apenas com treino em boas práticas de gestão se evita a queda.

Revista Saúde Catarinense - 53

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Revista da AHESC-FEHOESC

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DEZEMBRO 2011

O sustento de instituições hospitalares tem dependido cada vez mais da excelência das administrações.Experiências estudadas no Encontro Catarinense de Hospitais provam que é possível manter equilíbrio financeiro, mas apenas com treino em boas práticas de gestão se evita a queda.

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Expediente Saúde Catarinense Presidente AHESC Dario Staczuk Presidente FEHOESCTércio Kasten

Diretor Executivo AHESC-FEHOESCBraz Vieira

Hospitais 137Laboratórios 357Clínicas 2070Serviços de Saúde 765Total 3329

AHESC-FEHOESC em númerosAssociados

Gerente Administrativo AHESC-FEHOESCCarlos Alberto de Liz Medeiros

Assistente Financeiro AHESC-FEHOESCSilvana Hoffmann

Assessor Jurídico AHESC-FEHOESCRodrigo de Linhares (OAB/SC 8630)

Editor-chefe Iuri Grechi

Jornalista ResponsávelRute Enriconi DRT-SC 434

Reportagem Marcelo Tolentino

Projeto Gráfico e DiagramaçãoGabriel Bourg

Comercial Cyrillo [email protected]

Este informativo é produzido e publicado pela Associação e Federação dos Hospitais de Santa Catarina, com veiculação dirigida a associados e instituições da área de saúde.

Telefone: (48) 3224-5866E-mail: [email protected]: @ahesc_fehoescwww.ahesc-fehoesc.com.br

< EDITORIAL

rimeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, Sir Winston Leonard Spencer-Churchill convenceu o povo britânico a combater o nazismo alemão através de discursos históricos que, tanto quanto o poderio bélico da Inglaterra,

impulsionaram os ingleses para batalhas que eles não que-riam - mas eram inevitáveis.

“Não adianta dizer: estamos fazendo o melhor que pode-mos. Temos que conseguir o que quer que seja necessário”, conclamou o estadista. É, ainda hoje, um conceito ousado e perfeitamente aplicável à realidade da gestão hospitalar.

Os estudos de caso têm demonstrado que os prestado-ras de serviços de saúde que desabam frente às múltiplas adversidades financeiras são também aqueles que pensavam estar fazendo o melhor que podiam. Mas não se aplicaram em descobrir como fazer ainda mais para atingir a excelência.

AHESC-FEHOESC são instituições empenhadas em con-vencer seus associados de que a evolução dos processos de gestão é capaz de minimizar a níveis toleráveis as agressões externas sofridas por hospitais, clínicas e laboratórios. Formação continuada, aperfeiçoamento administrativo e capacitação pessoal são ferramentas eficazes para manter o equilíbrio interno enquanto o mundo em redor parece con-vulsionado. Winston Churchill e todos generais que entraram para a história são unânimes em declarar que quanto mais um soldado sua no treinamento menos sangra no campo de batalha. E há muito o que treinar no campo das boas práticas de gestão.

O Instituto Santé tem premiado hospitais que se compro-meteram em alcançar novos padrões de eficiência admi-nistrativa. Eles foram conhecidos durante o 33o Encontro Catarinense de Hospitais, e são louvados nas páginas dessa edição. Seus gestores tiveram a competência de transformar boas intenções em bons resultados, e com isso não apenas

mantém o equilíbrio financeiro, mas também prestam um ser-viço à sociedade e ao país. com condições dignas e acessíveis, tendo no lucro não a razão de existir, mas a legitimação do trabalho prestado.

Os líderes associativos da AHESC-FEHOESC compreendem que é preciso atuar em duas frentes para restaurar a harmo-nia das gestões hospitalares. A primeira delas é essa de fazer a lição de casa e buscar o aprimoramento administrativo e técnico. Porque barcos sem fundo naufragam até em um mar de rosas. Nesse sentido, através do Instituto Santé, a AHESC -FEHOESC têm elaborado e oferecido cursos e programas de capacitação que disseminam as experiências e os conceitos gerenciais mais bem-sucedidos no segmento de prestação de serviços de saúde.

A outra linha de ação é política e institucional. Um desenvolvimento sustentável do setor de saúde depende de reformas estruturantes, a começar pela gestão pública. Embo-ra o Brasil invista menos em saúde do que os países desen-volvidos, boa parte da falta de qualidade no atendimento não é consequência da falta de dinheiro, mas da falta de gestão. O SUS também precisa esforçar-se para administrar com mais eficiência os recursos disponíveis. E é preciso pressão social para que isso aconteça — o que AHESC-FEHOESC vêm fazendo sistematicamente, através de ações políticas no Congresso Nacional, nos Ministérios e mesmo no Palácio do Planalto.

São tarefas exaustivas, essas, de buscar ao mesmo tempo arrumar a própria casa e mudar a realidade externa. Exausti-vas e inescapáveis. São guerras que devemos lutar até conse-guirmos o que é necessário. Outro inglês famoso, o economista Adam Smith, recitava ironicamente que “a ambição universal dos homens é colher o que não plantaram”. Essa edição em suas mãos mostra as sementes que estão sendo plantadas e as batalhas que estão sendo travadas para defender a vida dos brasileiros, através do bom funcionamento dos hospitais privados e filantrópicos, clínicas, laboratórios e prestadores de serviço de saúde.

PINTERIOR

EQUILÍBRIO

Dario Staczuk Presidente AHESC | Tércio Kasten Presidente FEHOESC

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MERCADO>

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ão é apenas de sol, praia e negócios que vive o turismo brasileiro. O país está ingres-sando na rota de um mercado chamado turismo de saúde, formado por pacientes-turis-

tas que buscam roteiros com alta qualidade nos setores de medicina e bem-estar. No mun-do, o segmento movimenta anualmente cerca de 60 bilhões de dólares, segundo a Organiza-ção Mundial de Saúde (OMS), e os principais destinos são Índia, Tailândia e Cingapura.

Mas a evolução do setor médico-hospitalar nacional, com utilização de tecnologia de ponta, pessoal capacitado e preços mais aces-síveis, tem atraído mais estrangeiros interes-sados não só na natureza exuberante ou no carnaval brasileiro.

Referência em medicina na América Latina, São Paulo foi o primeiro estado brasi-leiro a apostar no turismo médico, atraindo o viajante pelo bolso (o atendimento é de qualidade e mais acessível financeiramente) e por uma gama de entretenimento, ampla oferta turística e boas opções de compras e gastronomia. “A excelente estrutura médica é o principal motivo, porém não é o único. Percebemos que muitas pessoas estão indo

para São Paulo fazer um check-up e acabam ficando mais tempo para aproveitar a cidade”, afirma o presidente da SPTuris, Caio Luiz de Carvalho, em entrevista recente à Folha de São Paulo. “Não esqueçamos também que, para o estrangeiro dos Estados Unidos e da Europa, por exemplo, é vantagem pagar um tratamento em real, e não em dólares ou euros. E ainda por cima ter um serviço de ponta somado ao já conhecido atendimento cordial do brasileiro”, observou. A Ilha e a magia do silicone

Em Santa Catarina, o Hospital Baía Sul, localizado em Florianópolis, é pioneiro no ramo do turismo de saúde. A recepção do hospital se parece com a dos hotéis de redes interna-cionais. Luxuosos sofás, tapetes, computado-res conectados à internet, e uma confortável ante-sala ambientada no estilo lounge. Foram investidos R$ 35 milhões, há dois anos, para criar toda uma estrutura alinhada ao turismo de saúde, capaz de atrair pacientes nacionais e estrangeiros.

Com mais de 100 consultórios das mais variadas áreas, o Baía Sul Medical Center conta com uma estrutura médica de padrão inter-nacional, com profissionais capacitados em cirurgias de grande porte, terapia intensiva e

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Santa Catarina quer conquistar mais espaço no disputado mercado do Turismo de Saúde,

que movimenta 60 bilhões de dólares no mundo. Mas para isso é preciso providenciar a

luxuosa estrutura exigida pelos pacientes que passam férias no hospital. Em Florianópolis,

o Hospital Baía Sul já oferece esse serviço

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SOMBRA,ÁGUA FRESCA...

CIRURGIASE

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pronto- atendimento. Para completar, equipou requintadas suítes de 32 me-tros quadrados, com sacada e vista para área verde, atendidas por uma equipe bilíngue. Tudo para o viajante sentir-se em casa, de férias e seguro: todo o acesso ao hospital é por meio de cartões.

“Você dá atendimento integral e o turista se sente seguro. E até cura mais rápido, pois quando você quebra o estigma de hospital há um efeito psicossomático. Ele esquece que está em um hospital”, ressalta o diretor do empreendimento, Newton Quadros.

O procedimento mais procurado é a implantação de prótese de silicone nos seios. Geralmente, os turistas estrangei-ros visitam Florianópolis com a família. A paciente fica no hospital, aguardando a cirurgia, enquanto o marido e os filhos se-guem para um dos hotéis parceiros do hos-pital, levados por um motorista bilíngue. Eles já têm um pacote turístico contratado. Podem ir ao Beto Carreiro World, visitar praias e outras rotas turísticas. “E o proce-dimento é o menos agressivo possível, com pequenos cortes e rápida recuperação. Logo a esposa já pode também aproveitar os passeios e conhecendo a cidade”, afirma Quadros. Mercado emergente

Hoje apenas 10% dos “pacientes -turistas” do Baía Sul Medical Center

são compostos por estrangeiros, 90% do público é nacional, mas o mercado tem tudo para crescer, projeta o diretor Newton Quadros. Ele explica que a crise na Europa tem ajudado no desenvol-vimento do segmento no Brasil, que desponta como alternativa.

Outros fatores ajudam a incremen-tar o segmento no Brasil, como o fato dos Estados Unidos permitirem um nú-mero limitado de cirurgias de redução de estômago. “Assim, o mundo vai per-cebendo que o país também se destaca na área da medicina, e não só por causa do baixo preço, mas principalmente por causa da qualidade dos serviços ofe-recidos” analisa Quadros, que reclama da falta de apoio governamental para o segmento desenvolver-se.

Angola lidera o ranking de emissões de pa-cientes para o Brasil, onde os angolanos também desembarcam para aprender medicina. Por isso, o Baía Sul e o Laboratório RDO Diagnóstico, de São Paulo, realizaram em 2010 um intercâmbio com enfermeiros, médicos e biólogos do país africano. Vieram conhecer e aprender métodos de restauração da fertilidade e medicina labora-torial.

Segundo o diretor do RDO, Roberto Araújo, os profissionais tiveram oportunidade de aper-feiçoar técnicas. “Na clínica onde trabalham em Luanda, eles possuem muito potencial para in-cluir novas técnicas  e conhecimentos que terão uma aplicação direta na população angolana e na saúde bucal”, disse ele, em entrevista recente à Revista TopGesto.

Um grupo angolano de três ginecologis-tas, um urologista e uma chefe de reportagem permaneceu por 15 dias com a equipe no Baía Sul. Eles participaram de aulas teóricas e práticas sobre, por exemplo, o combate a varicocele – doença que afeta homens, caracterizada pela formação de varizes nas veias da bolsa testicular, que afetam o fluxo sanguíneo e pioram a quali-dade e quantidade de sêmen.

Para o diretor Newton Quadros, os intercâm-bios mostram a consolidação do Brasil como um núcleo de referência não só para pacientes, mas também para profissionais da área de saúde que buscam reciclagem. “Eles estão vindo pra cá como fazíamos nos Estados Unidos e na Europa. Como o Brasil já é referência em algumas áreas da medicina, isso tem chamado a atenção do mundo”, comemorou Quadros.

ANGOLA - BRASIL

É o que o segmento movimenta

anualmente em todo mundo,

segundo a Organização

Mundial de Saúde.

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APARTAMENTO NO BAÎA SUL > decoração de hotel, serviço de hospital.

RECEPÇÃO > sistema segue padrões internacionais de qualidade

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Apoio do governo transformou Tailândia em referência mundial

Top no atendimento ao turismo de saúde, o Bumrungrad International Hospital é a instituição que mais rece-be estrangeiros no mundo. Localizado em Bangkok, na Tailândia, o hospital mantém 32 escritórios em diversas regiões do planeta para a divulgação de seus serviços e buscou o credencia-mento da Join Comission Internatio-nal. Cerca de 75% do faturamento vêm dos pacientes de outros países.

O hospital emprega 116 intérpre-tes que falam mais de 16 idiomas. Se o registro de entrada do paciente foi feito em japonês todo o prontuário eletrônico estará em japonês.

O governo tailandês apostou no segmento, adotando em 2002 um conjunto de hospitais e agências de viagens especializadas. Foi a fórmula para afirmar ao país como o centro do turismo de saúde na Ásia. Resultado: o número de pacientes passou de 500 mil em 2001 para 1,4 milhão em 2006. A receita anual da atividade ultrapassa os 675 milhões de euros.

NO BRASIL é mAIS BARATO COLOCAR PRóTESE DE SILICONE

Enquanto os EUA cobram em média R$ 10 mil, em Santa Catarina, por exemplo, no Hospital Baía Sul, o procedimento é feito por R$ 6 mil, com qualidade equivalente à americana. E o turista ainda pode usufruir do turismo e da qualidade de vida de Florianó-polis, sem a violência e a poluição de centros como São Paulo.

ESTADOS UNIDOS

CANADÁ

ITÁLIA

PORTUGAL

CHINA

ANGOLA

VENEZUELA

CHILE

méXICO

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ESPANHA

De onde vêm os pacientes-turistas que desembarcam no Brasil em busca, principalmente, de cirurgia plástica:

SERVIçOS DE TRANSPORTE

EQUIPES BILÍNGUES

ASSESSORIA Em HOSPEDAGEm

PARCERIAS COm AGêNCIAS DE

TURISmO

O que os hospitais oferecem:

Especialidades mais procuradas no Brasil

Cirurgia plástica, Dermatologia, Cirurgia bariátrica, Odontologia, Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia e Reprodução assistida.

Avançado centro de procedimentos de alta complexidade cirúrgica, com equipamen-tos de última geração. E agrega conceitos de hotelaria hospitalar com atendimento humanizado. O Hospital Baía Sul também inova na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde há 15 leitos. É permitida a presença de um acompanhante no ambiente onde está o paciente.

Baía Sul Hospital Dia

Unidade voltada para a realização de procedi-mentos cirúrgicos de médio e pequeno porte, que demandam curta permanência de inter-nação por, no máximo, 24 horas. Cirurgias em hospital dia viabilizam uma recuperação mais rápida.

Infraestrutura 1.160,14 metros quadrados de área total 6 salas de cirurgia Centro de Recuperação Pós-Anestesia com sete leitos Estar médico equipado com Central de Monitoramento (para acompanhar o paciente em cirurgia, no CRPA e inclusive no quarto quando necessário) 17 apartamentos individuais

HOSPITAL BAÍA SUL

sistema segue padrões internacionais de qualidade

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As pessoas são diferentes e as doenças também. Por isso, não há uma receita universal.

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biologia molecular é cada vez mais utilizada no diagnóstico clínico. Um número crescente de doenças pode ser

detectado e monitorado em tempo hábil, gerando informação relevante para a melhor gestão clínica dos doentes.

A abordagem da medicina persona-lizada alicerça descobertas e evolução constante da biologia molecular, que proporcionam testes de diagnóstico molecular que permitem direcionar os medicamentos e controlar melhor as doenças. Uma vez que os indivíduos são diferentes geneticamente, a resposta a tratamentos também são diferentes. São analisadas populações inteiras ou subgrupos dela, para obter informações genéticas com o objetivo de que as inter-venções individuais nos pacientes sejam mais personalizadas, tornando a cura e a prevenção mais eficientes.

Ao analisar a resposta de uma po-pulação homogênea a uma determinada droga, com uma mesma dosagem, entre indivíduos do mesmo sexo, idade e peso, com mesmos hábitos diários e condições físicas semelhantes, é possível perceber que o efeito produzido apresenta dife-renças significativas.

A variabilidade de resposta às drogas entre pacientes, excluindo-se as

variáveis físicas e ambientais, pode ser atribuída, em parte, à composição gené-tica única que cada indivíduo apresenta. Assim, chamamos de farmacogenética o ramo da farmacologia clínica que estuda as variabilidades de resposta às drogas em função das variações genéticas na população. Desta forma, conforme Dona-to (2008), a farmacogenética dedica--se ao estudo da base genética sobre a resposta não usual do organismo à ação dos medicamentos, ou seja, como a variabilidade genética contribui para a variabilidade da resposta aos medi-camentos. É claro que o organismo hu-mano é complexo, com cerca de 25.000 genes, todos atuantes em ao menos alguns momentos. Assim, não se pode esperar que as variações da resposta às drogas, em função de variações genéti-cas, ocorram todas de forma separada. Dessa maneira, a farmacogenética foca os efeitos de genes isoladamente. Por sua vez, um ramo de estudo compa-nheiro da farmacogenética, chamado farmacogenômica, estuda os efeitos de vários genes simultaneamente (efeitos do genoma como um todo), bem como suas interações.

Contudo, para alguns pesquisadores, farmacogenética e farmacogenômica podem ser usadas, de forma geral, como conceitos sinônimos. Já para outros, a farmacogenômica busca, nos genes de

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DRªmARIA ELIZABETH mENEZES,PH.D Diretora Científica | DNAnálises Laboratório de Pesquisa e Análise do Gene

ARTIGO

DE CADA INDIVÍDUO

FÁRmACOS EOS GENES

indivíduos ou de grupos, marcadores ge-néticos relevantes que permitam prever efeitos tóxicos, efetividade clínica de de-terminados medicamentos. De qualquer maneira, essas áreas da farmacologia, segundo Metzger et al. (2006), buscam identificar genes que:

A predisponham às doenças;

B modulem respostas aos medicamentos;

C afetem a farmacocinética e farmacodi-

nâmica de medicamentos; e

D estejam associados a reações adversas

ao medicamento.

Com isso, esses dois ramos objetivam o melhor tratamento através da persona-lização terapêutica, com base nas diferen-ças genéticas entre os indivíduos.

As aplicações já existentes abragem doenças infeciosas e oncologia dentre outras.

BIBLIOGRAFIA

DONATO, J. L. Avanços e aplicações da farmacogenética. Dis-ponível em: < http://www.synchrophar.com.br/pdf/Synchro-phar%20Report_n7.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2009.

MENON, Sueli Zafalon; LIMA, Andréa Cristina de; CHO-RILLI, Marlus; FRANCO, Yoko Oshima. Reações Adversas a Medicamentos(RAMs). Saúde em Revista. Fev. 2005. 71-79.

METZGER, I. F.; SOUZA-COSTA, D. C.; TANUS-SANTOS, J. E. Far-macogenética: princípios, aplicações e perspectivas. Ribeirão Preto, 39 (4): 515-21, out./dez. 2006.

SHASTRY, B. S. Pharmacogenetics and the concept of individua-lized medicine. Pharmacogenomics J. 2006;6(1):16-21.

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objetivo do presente é chamar a atenção para algumas questões que consideramos impor-tantíssimas em termos

de Filantropia, pois desde 1988 foram editadas leis, decretos, portarias, entre outros, porém, esta legislação não res-peita o conceito de entidade beneficente de assistência social previsto no artigo 195, 7º, da Constituição Federal.

Primeiramente, queremos dei-xar claro que o direito de não pagar impostos (art. 150, VI, C, da Constitui-ção Federal) e o direito de não pagar contribuições de seguridade social (art. 195, §7º, da Constituição Federal) são imunidades, conforme já está pacificado pelo Supremo Tribunal Federal.

Partindo dessa premissa, podemos afirmar com segurança que nem todos os dispositivos que constavam do artigo 55 da Lei 8.212, do Decreto 2.536 e que agora constam da Lei 12.101 são válidos.

O fundamento dessa afirmação está assentado em decisões judiciais dos Tri-bunais do país, cumprindo referir casos emblemáticos que podem ser utilizados

como parâmetro na defesa de direitos de entidades beneficentes: 1) possibi-lidade de manutenção da imunidade às contribuições de seguridade social sem a apresentação de certidão negativa ou positiva com efeitos de negativa e mesmo que haja obrigações tributárias acessó-rias não cumpridas; 2) possibilidade de manutenção da imunidade às contribui-ções de seguridade social em períodos anteriores à concessão do CEBAS, espe-cialmente em casos de perda de prazo na renovação; 3) possibilidade de retroação dos efeitos da concessão do CEBAS, com anulação de dívidas ou restituição de va-lores de contribuições pagas no passado; 4) reconhecimento judicial da imunidade sem a apresentação de CEBAS; 5) imuni-dade ao PIS para as entidades detentoras de CEBAS, com restituição de valores e anulação de dívidas; 6) reconheci-mento que a COFINS não é devida por associações sem fins lucrativos que não possuem o CEBAS, entre outros.

Além dos assuntos acima, cumpre salientar que já está pacificado nos Tribunais que, se o tributo confessado for indevido, há possibilidade de revisão do

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DR. FABIO ADRIANO STüRmER KINSELAdvogado Pós-Graduado em Direito Tributário. Sócio da Kinsel Advogados Associados

OAB/RS 37.925

ARTIGO

A ImUNIDADE DAS INSTITUIçÕES

BENEFICENTESparcelamento, mesmo com a assinatura de “confissão irretratável”.

Infelizmente, muitas vezes somos compelidos a acatar as autuações e parcelar os débitos, ou, ainda, “não questionar a Fazenda”. Não faltam os que aconselham a “jamais buscar a Justiça, pois a represália será pior”.

Porém, as entidades beneficentes já são devidamente fiscalizadas, audi-tadas, têm seus balanços publicados, prestam contas, etc. Tudo às claras. Por-tanto, não têm o que temer ao buscarem seus direitos.

Daí a necessidade de buscar os direitos a que fazem jus, pois a boa prá-tica do administrador e dos dirigentes informa que não se deve pagar algo indevido, comprometendo recursos escassos e até mesmo a sobrevivência das entidades.

Esta é a função da Kinsel Advogados Associados: informar e se por à dispo-sição para lutar na defesa desses direi-tos, que pertencem a toda sociedade.

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TI mESmOm sistema desenvolvido pela AHESC-FEHOESC e FEHOSC, em parceria com a Inovadora Sistemas, tem ajudado instituições de saúde a enfrentar a falta de recursos ao proporcionar “autoconhecimento”. O SACH (Sistema de Apuração de Custos Hospitalares), que já

é usado por mais de dez entidades do setor em Santa Catarina, permite que o hospital saiba exatamente o destino de cada centavo gasto, equilibrando as contas e melhorando a gestão financeira. Como a maioria das instituições da área

não possui um sistema de controle de cus-tos, barrados pela falta de verba e dificul-dade de implantação, o programa preenche uma necessidade e apresenta valores para todos os bolsos.

Acessível e adequado a cada realidade, a tecnologia dá ao gestor as ferramentas ideais para que ele use o escasso recurso com mais inteligência. “O grande dife-rencial é que foi construído baseado nas particularidades de hospitais, ao contrário dos programas existentes no mercado que têm algumas dificuldades para aplicação em estabelecimentos de saúde, pois foram desenvolvidos para outros perfis de empre-sas”, destacou o gerente administrativo da

UUm sistema de autoconhecimento financeiro para hospitais ajuda a usar recursos com mais eficácia e inteligência.>

AHESC-FEHOESC, Carlos Alberto de Liz Medeiros.

Ele lembra que o desenvolvimento do SACH foi iniciado em 2009, em parceria com sete hospitais, e ficou pronto para a implantação em junho de 2011. O desafio era usar com sabedoria os valores pagos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

“Identificamos que havia a neces-sidade de fazer um levantamento dos custos dos hospitais para identificar os reajustes dos procedimentos. A idéia era que pelo menos os valores pagos pelo SUS cobrissem as despesas. O senhor Valmor Busnello, na época administra-dor do Hospital Divino Salvador, auxiliou

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CONHECE-TE A

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muito na estruturação do sistema”, frisou Medeiros.

Sistema é mais barato

Pensado justa-mente para a realida-de dos hospitais, que sofrem com a falta de recursos, o SACH custa praticamente a metade do valor dos outros softwa-res vendidos no mercado.

Enquanto um outro sistema pode custar até R$ 2 mil, o programa desenvol-vido pela entidades catarinenses e a Ino-vadora Sistemas, sediada em Joaçaba, pode custar menos de R$ 1 mil. “O investimento no sistema foi pensado justamente para a realidade dos hospitais do estado, ou seja, com poucos recursos para aplicação em apuração de custos. Inclusive a AHESC -FEHOESC abriu mão da participação no

resultado financeiro da venda do sistema para baratear o investimento”, lembrou Carlos Alberto Medeiros.

Diante do sucesso da inova-ção, outros estados têm demonstrado interesse em adotar a tecnologia. No último dia 25 de outubro, o geren-te administrativo Carlos Alberto Medeiros e re-presentantes

da Inovadora Sistemas estiveram no Rio de Janeiro apresentando o SACH ao SINDHERJ (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro).

“Identificamos que havia a necessidade de fazer um levantamento

dos custos dos hospitais para identificar os reajus-tes dos procedimentos. A idéia era que pelo menos os valores pagos pelo SUS

cobrissem as despesas”

Atualmente os hospitais que usam o sistema em Santa Catarina são:

Hospital Regional São Paulo - Xanxerê

Hospital Nossa Senhora dos Prazeres - Lages

Hospital Infantil Seara do Bem - Lages

Hospital de Caridade São Braz - Porto União

Hospital São Vicente de Paulo - Mafra

Hospital e Maternidade Sagrada Família - São Bento do Sul

Hospital Universitário Santa Terezinha - Joaçaba

Sociedade Hospitalar Beneficente Frei Bruno - Xaxim

Associação Hospitalar Beneficen-te Pinhalzinho - Pinhalzinho

Hospital São José - Maravilha

Fundação Médico Assistencial ao Trabalhador Rural - São Lourenço do Oeste

Sociedade Hospitalar São Miguel do Oeste Ltda - São Miguel do Oeste

SISTEmA SACHEm SANTA CATARINA

INOVACÃO > diante do sucesso, o Sistema SACH foi apresentado ao SINDHERJ no Rio de Janeiro

DISSEMINAÇÃO DO AUTOCONHECIMENTO>

as técnicas e ferramentas para gerir melhor devem ser expandidas entre as instituições de saúde

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ImUNIDADE TRIBUTÁRIA DOBRANDO

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ão é de hoje que as filantropias gozam de imunidade tributária para importação de equipamentos médico

-hospitalares. Falta divulgação assertiva.

Não há riscos na importação, se bem assessorada. A assessoria preventiva é fundamental para garantir a imunidade tributária.

É essencial conhecer o produto, sua origem, seu registro, e a melhor forma de transporte e manuseio.

O cumprimento das exigências do-cumentais por parte da entidade é fator determinante para o reconhecimento da imunidade. Por outro lado, autoridades vêm fazendo sua parte para assegurar o acesso ao benefício, mas sem perder o rigor na fiscalização.

A CONDOR INTERNACIONAL® é pio-neira em assistir este tipo de importação, garantindo assim, a imunidade tributária.

É esta garantia que possibilita aos hospitais dobrar sua capacidade de investimentos com os mesmos recur-sos disponíveis. Significa dizer que, importar equipamentos diretamente do exterior, com o benefício da imunidade tributária, os torna até 50% mais bara-tos do que comprá-los aqui no Brasil, já nacionalizados.

As grandes marcas de equipamen-tos já vêm oferecendo essa possibilida-de, mantendo as mesmas garantias, su-primento de peças e serviços Comprar diretamente do fabricante no exterior também garante a aquisição de produ-tos de última geração tecnológica.

“Não há porque as entidades bene-ficentes pagarem impostos na impor-tação”.

Os recursos nessas instituições são sempre escassos, e mesmo que as verbas venham de parlamentares ou convênios, sempre é possível comprar através da importação.

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ZILENE A. LImAS Diretora da Condor Internacional, empresa de Assessoria em Comércio Exterior

ARTIGO

A CAPACIDADE DE INVESTImENTOS COm A

ImUNIDADE TRIBUTÁRIA Os custos com a nacionalização são

percentualmente insignificantes em vista da economia feita com o não paga-mento dos tributos.

A importação de produtos médico-hospitalares tem especificidades e buro-cracias diferentes daquelas encontradas na compra de produtos já nacionaliza-dos. Porém, quando feita diretamente pela instituição, garante a integridade do produto e economia que pode ser utilizada para compra de outros equipa-mentos.

É fato que grandes investimentos estão sendo realizados em muitas unida-des hospitalares geridas por instituições filantrópicas gozando destes benefícios. Muitos virão se tornar referência no Estado, por saberem usufruir de um direito que lhes é garantido.

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O 33º Encontro Catarinense de Hospitais, que ocorreu entre 14 e

16 de setembro de 2011 no Centro Mul-tiuso de São José, revelou que as novas tendências em gestão de saúde estão produzindo um efeito recuperador em instituições outrora combalidas pela falta ou desperdício de recursos. Hospi-tais privados e filantrópicos não só es-tão sobrevivendo às conjunturas adver-sas, como ainda podem ser a tábua de salvação para hospitais públicos, atra-vés da gestão por Organizações Sociais.

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arcado pelo alto nível e diversidade das palestras, o Encontro Catarinense de Hospitais qualificou Floria-nópolis para receber a edição

de 2013 da Conferência de Gestores de Hospitais de Países de Língua Portuguesa. Em 2012, o evento acontece em Portugal, onde a AHESC-FEHOESC devem estar pre-sentes. “Fiquei muito feliz com os resultados do Encontro. Ano que vem vamos para Portu-gal fazer propaganda da capital catarinense, para trazer a conferência para cá, pois 2013 será um ano especial para a AHESC, que

completará 50 anos de existência”, pontua Tércio Kasten, presidente da FEHOESC.

De acordo com o gerente administra-tivo da AHESC-FEHOESC, Carlos Alberto de Liz Medeiros , o grande número de inscrições superou as últimas edições. Foram 326 participantes. “O formato das palestras e as novidades da feira ajuda-ram no sucesso”, destacou ele. Este ano, o 33º Encontro Catarinense de Hospitais teve como tema as “Novas Tendências na Gestão de Saúde”. A Feira, que contou até com um expositor de Portugal, levou para o evento as principais novidades tecnológicas do setor.

A palestra mais esperada foi a do especialista Wladimir Taborda, doutor em medicina. Em sua exposição, Taborda traçou um panorama de como funciona o modelo de parceria com as Organiza-ções Sociais de Saúde em São Paulo no gerenciamento dos hospitais públicos, uma tendência que deve ser adotada pelo Governo de Santa Catarina. Outra palestra concorrida foi a da farmacêutica bioquímica Andréa Tomazelli, que falou sobre a evolução de equipamentos que hoje garantem o controle de infecção e segurança aos pacientes.

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ACONTECEU

37o CONGRESSO mUNDIAL DE HOSPITAIS Em DUBAI

O presidente da FEHOESC, Tércio Kasten, acompanhado do

diretor-executivo da AHESC-FEHOESC, Braz Vieira, e do diretor da

Federação dos Hospitais, Newton Quadros, participaram no mês

de novembro em Dubai nos Emirados Árabes, do 37o Congresso

Mundial dos Hospitais. Nessa edição o evento tratou sobre “A

saúde em um mundo de mudança: superando os desafios”. O

congresso é realizado pela Federação Internacional dos Hospitais,

uma organização não-governamental apoiada por membros de

mais de 100 países. A IHF desenvolve e mantém um espírito de

cooperação e comunicação entre os hospitais e organizações

de saúde com objetivo de melhorar a segurança do doente e de

promover a saúde em comunidades carentes. Durante o evento,

os profissionais da área trocaram experiências além de terem

fechado negócios com os principais investidores e líderes de

mercado, proprietários de hospitais e profissionais de saúde.O grupo foi liderado pelo presidente da CNS, José Carlos Abrahão.

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urante mais de duas horas, Wladimir Taborda sintetizou para seus co-legas, médicos e gestores de saúde, os indicadores

da realidade brasileira – que apesar de se fortalecerem anualmente nos dados macroeconômicos não se traduzem em benefícios diretos equivalentes para a saúde da população.

Com hospitais sucateados, uma legis-lação reativa, processos administrativos burocráticos e crise de financiamento, o SUS necessita de alternativas de adminis-tração hospitalar que possam dar eficácia à assistência.

O governo federal tem alardeado que o Brasil é o único país do mundo com mais

de 100 milhões de habitantes que adotou um sistema nacional público e gratuito de saúde. Pelos cálculos oficiais, o SUS rea-liza um milhão de internações por mês, e mais de 3,5 bilhões de procedimentos ambulatoriais – embora seja necessária aí certa dose de ceticismo em relação a consultas efetuadas em 5 minutos nos superlotados hospitais públicos.

Para Taborda, o SUS é, de fato, uma proposta includente que tem sido estuda-da e reproduzida em outros países, porém precisa ser aperfeiçoada no âmbito do acesso e da qualidade. A gestão pública dos recursos destinados à saúde é mar-cada pela ineficiência e desperdício. Só este ano, ao mudar a forma de comprar medicamentos, o Ministério da Saúde

D descobriu que era possível economizar mais de um bilhão de reais. Cruzamento de dados revelam que 14 mil médicos registrados em municípios estariam trabalhando mais de 24 horas por dia sem parar, e recebendo por essa atividade incompatível com a realidade.

As parcerias público-privadas com as Organizações Sociais são ferramentas administrativas que, na avaliação de Ta-borda, usam os recursos de maneira mais planejada e eficaz, em sistemas auditados pelas Secretarias Estaduais da Fazenda, já que utilizam verbas públicas. “Os serviços prestados são avaliados regularmente, a cada três meses, e a organização social que não cumprir a meta estipulada de comum acordo com o governo estadual

DR. WLADImIR TABORDA PALESTRA 33o ECH

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A mELHOR GESTÃO

PÚBLICAé A PRIVADA

Administrar hospitais através de Organizações Sociais representa uma vantagem competitiva e um ganho de qualidade para o usuário do SUS. Wladimir Taborda é um estudioso dos benefícios que a implantação de gestões privadas provocaram em instituições paulistas e confirma o ditado popu-lar: contra fatos, não há argumentos – ao sair das ineficientes mãos estatais, hospitais evoluem no

atendimento e na complexidade dos procedimentos.

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é cortada do sistema após dois anos”, expli-ca o especialista.

A solução começou a ser implantada há 13 anos em São Paulo, pelo então secretário de saúde Luiz Barra-das e sua equipe — da qual Taborda fez parte. “As instituições filan-trópicas sérias atuam no SUS com eficiência, melhor custo-bene-fício, resolutividade e com uma qualidade de atendimento e acolhimento que o usuário não estava acostumado, mudando de fato a realidade do atendimento de saúde”, assegura. “É por esse motivo que governos de todos os par-tidos e tendências ideológicas adotam os contratos de gestão, que se comprovaram na prática como ferramentas gerenciais eficientes.

Durante a palestra no Encontro Ca-tarinense de Hospitais, Taborda também criticou a Lei de Licitações n° 8666. “Essa lei é considerada pelo senso comum uma garantia de lisura e probidade em compras

públicas, mas o dado concreto é que os Tribunais de Constas estão entupidos de processos de licitações sob suspei-ções. Reconheço que a lei é benfazeja em alguns casos, mas apenas rara ou ocasionalmente na área da Saúde, que é um setor imprevisível. É nefasto que hos-pitais fiquem reféns dessa burocracia, que com frequencia paralisa o atendimento e prejudica a população – até os recursos serem liberados para a compra, o pacien-te já faleceu”. Taborda criticou o tempo de espera atual para substituir um tomógra-fo ou um raio-x nos hospitais púbicos. “O hospital precisa de agilidade”, defende. Taborda criticou publicamente o fato de hospitais serem usados como moeda de troca. “Falo quando um político liga para o diretor e pede preferência no atendi-mento para alguém. Isso fere o conceito de acesso universal. Precisamos de um modelo baseado em resultados”, ressaltou o médico. Entre as principais diferenças entre o setor público e o privado, segundo Taborda, é que o primeiro só pode fazer o que está dentro da lei e o segundo pode fazer tudo que não contrarie a lei.

Como funciona o modelo

A OS é implantada em hospitais públicos, com total autonomia de atuação,

visando sempre resultados positivos sem desperdício de recursos. “O governo tem que monitorar muito, pois não pode haver lucro, já que as OS`s são instituições sem fim lucrativo”, frisou.

Wladimir Taborda explicou que antes de contratar uma OS existem premissas essenciais para que o modelo funcione. Por exemplo, conhecer as necessidades regionais, elaborar um planejamento ade-quado, buscar por parceiros capacitados e eficientes e saber ao certo a disponibilida-de orçamentária. “É uma alternativa con-creta, estou conhecendo agora o cenário goiano, mas vários aspectos já observados levam a crer que o modelo pode sim ser adaptado aqui em Santa Catarina”.

Wladimir Guimarães Correa Taborda é formado em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e Doutor em Medicina pela Uni-versidade Federal de São Paulo. Presidente da Comissão de Avaliação da Execução dos Contratos de Gestão com Organizações Sociais de Saúde do Estado de São Paulo (2007-2011) atua desde 2002 na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo como médico especialista para o desenvolvimento e implantação de mecanismos de avaliação e controle de metas assistenciais e de qualida-de em hospitais públicos gerenciados por OS. Taborda também é consultor da Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco para implantação do modelo de gestão em parceria com OS e tem vasta experiência como gestor de serviços médicos em hospitais privados, como no Hos-pital Israelita Albert Einstein, em que foi coordenador médico por seis anos.

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O TEMPO NÃO PARA > a burocracia das licitações torna lenta a compra ou reposição de equipamentos indispensáveis, como materiais cirúrgicos e aparelhos de raio-x. Na gestão das OS há uma agilidade que salva vidas.

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undado em 1935, o Hospital São Francisco de Concórdia nasceu do esforço de seus munícipes que, com o apoio do vigário da região, trouxe-

ram médicos e religiosas para trabalhar em prol da população. As religiosas, com o apoio de médicos, farmacêuticos e da população, partiram para a estruturação do São Francisco. O esforço de organização e construção dos serviços de saúde de Concórdia foi coroado em

1945 com o lançamento da pedra funda-mental do Hospital, que foi inaugurado em 1947. A partir daí o HSF passou a desenvol-ver-se, ampliando estruturas de atendimen-to, diversificando as especialidades médicas e organizando sua administração.

Em 1984 a administração do hospi-tal passou a ser realizada pela Sociedade Beneficente São Camilo, que deu sequência nos processos de ampliação e organização da entidade.

Aos 76 anos, o Hospital São Francisco é referência na região prestando assistência médica e hospitalar a mais de 16 municípios do meio-oeste catarinense, possuindo dois serviços de Emergência, assistência de Alta Complexidade em Traumato-Ortopedia, Centro de Diagnóstico por Imagem, Labora-tório de Análise Patológica e Citopatológica, entre outros, além das diversas especialida-des médicas presentes em seu corpo clínico. O administrador do Hospital Edio Santo Rosset, recebeu a premiação.

CATEGORIA OUROHOSPITAL SÃO FRANCISCO

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PREmIAçÃOINSTITUTO SANTé

O Instituto Santé premiou, durante a abertura do 33o Encontro Catarinense de Hospitais, quatro hospitais que

se destacaram no PROGESS – Programa de Melhoria Contínua na Gestão e Assistência em Serviços de Saúde em

Santa Catarina. O programa foi criado pelo Instituto Santé com o apoio institucional da AHESC-FEHOESC em

parceria com o MCE – Movimento Catarinense para a Excelência. O Prêmio Santé possui três categorias: bronze,

prata e ouro. Confira mais detalhes dos vencedores:

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Idealizado por um grupo de médicos preocu-pados com a qualidade no atendimento da saú-de da mulher e do recém-nascido, o Hospital e Maternidade Santa Luíza foi inaugurado em julho de 2002 para essa finalidade. Instalado entre os municípios de Balneário Camboriú e Itajaí, o hospital proporciona atendimento de qualidade à população da região, sendo refe-rência na prestação de serviços de saúde. Atra-vés de seu corpo clínico, oferece atendimentos ginecológicos, obstétricos e pediátricos, além de cirurgias eletivas de baixa e média com-plexidade nas mais variadas especialidades médicas, realizando cerca de 25% dos partos na região, além de procedimentos ortopédicos, de cirurgia plástica e otorrinos.

O Hospital e Maternidade Santa Luíza proporciona segurança, conforto e comodi-dade aos pais, recém-nascidos e às mulheres de modo geral, possuindo equipe técnica especializada e estrutura hospitalar diferen-

ciada com 7 leitos de UTI Neonatal, salas para atendimento ambulatorial de gineco-logia e obstetrícia, contando com mais de 30 leitos de internação entre apartamentos e enfermarias de alto padrão. Um dos dife-renciais do Hospital e Maternidade Santa Luíza é o investimento em gestão adminis-trativa, seja através do sistema integrado de informações gerenciais, seja através da qualificação de seu quadro funcional que hoje conta com mais de 145 colaboradores. Esse investimento em gestão é que creden-ciou o Hospital e Maternidade Santa Luiza a participar do PROGESS — Programa de Me-lhoria Contínua na Gestão e Assistência em Serviços de Saúde em Santa Catarina tendo preenchido os requisitos técnicos avaliados. O administrador do Hospital, John Hosang, recebeu a premiação.

Hospital Regional São Paulo O Hospital Regional São Paulo é uma entidade filantrópica que presta serviços de saúde há mais de 37 anos, sendo referên-cia para toda a região do Alto Irani. Com 110 leitos e duas UTIs — uma geral e uma neonatal — o HRSP possui credenciamento de Alta Complexidade em Cardiologia e é referência no atendimento de Urgência/Emergência, possibilitando cobertura de saúde para toda população regional, inse-

rindo Xanxerê no cenário estadual como um dos mais importantes hospitais da região oeste catarinense.

Diante da demanda crescente e da necessidade premente de serviços de saúde especializados, a Associação Educacional e Caritativa — ASSEC, mantenedora do hos-pital, decidiu ousar em um grande projeto de ampliação e reestruturação que elevará ainda mais o padrão de atendimento do Hospital São Paulo. Os investimentos em gestão do HRSP também acompanharam o crescimento de sua estrutura, culminando com sua participação no PROGESS — Programa de Melhoria Contínua na gestão e Assistência em Serviços de Saúde em Santa Catarina o que, após a análise dos critérios de qualidade de gestão, credenciou o Hos-pital São Paulo a receber o Prêmio Santé. O administrador do Hospital, Fábio Lunkes, recebeu a premiação.

Localizado no norte do estado, o Hospi-tal e Maternidade São José vem prestando serviços de assistência médico-hospitalar há mais de 75 anos. Na década de 60, a Sociedade Divina Providência assumiu a administração e o patrimônio do hospital, estruturando o atendimento geral e dando início à construção da maternidade.

Nas décadas seguintes, outras estruturas passaram a compor o Hospital e Maternidade São José, destacando-se o Pronto-Socorro, a Unidade de Terapia Intensiva, a Unidade de Hemodiálise (hoje Fundação Pró-Rim) e o Centro de Diagnóstico por Imagem. O Hospital

e Maternidade São José é uma entidade filantrópica que atende uma população de mais de 136.000 pessoas da região do Vale do Itapocu, sendo referência no atendi-mento de alta complexidade em Urgência e Emergência adulto, Neurocirurgia, Trauma-to-Ortopedia e Oncologia. Em 2004, uma parceria entre a Sociedade Divina Providên-cia e o Grupo Empresarial de Jaraguá do Sul criou o Conselho Deliberativo da Instituição, que apresentou o projeto de reestrutura-ção do hospital. Desde então, inúmeros investimentos vêm sendo realizados, tanto em construções modernas e adequadas

CATEGORIA PRATAHOSPITAL E mATERNIDADE SÃO JOSé

ao atendimento dos pacientes de Jaraguá do Sul e região, quanto em tecnologias de gestão, sendo estas um dos diferenciais da instituição. O presidente do Hospital, Paulo Matos, recebeu o troféu.

HOSPITAL SÃO FRANCISCO

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CATEGORIA BRONZEHOSPITAL E mATERNIDADE SANTA LUÍZA

E HOSPITAL REGIONAL SÃO PAULO

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ALém DA FICçÃOCIêNCIA

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ALém DA FICçÃOCIêNCIA

arece coisa de ficção científica, mas a roupa que não molha já existe e foi uma das novidades apresentadas na Feira de Tecnologia, Produtos e Serviços Médico-Hospitalares do 33º

Encontro Catarinense de Hospitais, que ocorreu en-tre os dias 14 e 16 de setembro no Centro Multiuso de São José. Formatado para permitir a reciclagem de profissionais de saúde com palestras dos mais variados te-mas, o evento também demons-trou como a alta tecnologia e inovação, mostradas nos stands, estão produzindo uma nova onda de revolução nos procedimentos hospitalares.

É o caso do Vestex, primeiro tecido impermeável disponível na área de saúde, que oferece aplicações comerciais da nanotecnologia. Repele fluidos, óleo, poeira e resiste às manchas. O que seria o sonho de toda a dona de casa é um item de segurança fundamental em procedimentos cirúrgi-cos, pois evita contaminação, e impede o contato do sangue com a pele do médico. Importado, o material é de fácil lavagem e contém cloreto de amônio qua-ternário que rapidamente elimina um amplo espec-tro de micro-organismos. O tecido também controla

odores e protege contra o crescimento e proliferação de bactérias e minimiza marcas de transpiração.

O bisturi eletrônico e o foco cirúrgico de LED também ganharam destaque na Feira. A grande van-tagem do primeiro é a segurança ao paciente, bem como a economia e agilidade no procedimento. O bisturi eletrônico permite uma coagulação eficiente e precisa após o corte, minimizando o risco de queima-

duras e evitando sangramen-tos. E, ao contrário dos mode-los semelhantes disponíveis no mercado, o equipamento de tecnologia alemã não utiliza acessórios descartáveis. Isso pode significar uma economia de até R$ 3mil por procedi-mento. O médico também ganha em agilidade porque o equipamento permite acoplar

outros instrumentos cirúrgicos.

O foco cirúrgico de LED é um conjunto de lâm-padas importadas da Alemanha que melhora ainda mais as condições para a realização de cirurgias. “Isso facilita o procedimento e diminui o tempo da cirurgia, o que traz mais segurança. Médico e paciente saem ganhando”, afirma o gerente técnico da empresa Cirúrgica Climaza, Arlei Gláucio, presente à Feira.

PDa nanotecnologia aplicada em roupas ao bisturi que facilita a coagulação, a Feira paralela ao Encontro dos

Hospitais revelou um vislumbre do futuro.

“O evento demonstrou como a alta tecnologia e inovação, mostradas

nos stands, estão produzindo uma nova

onda de revolução nos procedimentos

hospitalares”

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TECNOLOGIA HOSPITALAR

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Outro benefício proporcionado pelo iLED é o fato de suas lâmpadas não aquecerem – situ-ação que, antigamente, agredia os tecidos dos clientes e fazia com que os médicos sofressem com o calor, sendo indispensável a utilização de ar-condicionado.

Outra inovação que atraiu gestores na Feira é a tecnologia portuguesa PharmaPICK, um inova-dor sistema que promete resolver as velhas dores de cabeça da dispensação de medicamentos nos hospitais. A tecnologia, que ainda é recente no mundo, representa um divisor de águas no controle, gestão e segurança na distribuição de remédios.

Funciona assim: tudo começa pela prescrição eletrônica do médico, que depois é validada pelo farmacêutico. É aí que entra o PharmaPICK, que garante uma dispensação de medicamentos com a dosagem correta e sem manipulação. A má-quina foi feita para atender a todos os aspectos de segurança. O acesso aos remédios é feito por meio de cartão ou digital. O sistema custa hoje cerca de 200 mil euros.

Economia para hospitais

Também chamou atenção na Feira de Tecno-logia, Produtos e Serviços Médico-Hospitalares o Kit para automação de Camas Hospitalares. Diante da conhecida falta de recursos dos hospi-tais públicos, a empresa Todmed, de Blumenau, oferece às instituições a possibilidade de adaptar leitos normais, em vez de comprar camas novas automatizadas. Pelo valor próximo de R$ 2 mil, a empresa vai até o hospital, tira as medidas do leito e instala os motores com controle. Um leito novo automatizado custa R$ 6 mil.

UMA FEIRA DE TECNOLOGIA >

ciência e tecnologia que estão recém desembarcando no Brasil, como o equipamento português de estocagem e dispensação de medicamentos e as roupas que evitam infec-ções foram apresentadas aos administradores catarinenses.

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e o Hospital São José de Cri-ciúma, no Sul do estado, é um dos mais respeitados de Santa Catarina, isso se deve em parte ao trabalho de Altamiro Bitten-court, 70 anos, funcionário do

HSJ há 45 anos.

Atual Ouvidor e Assessor Especial da Direção, Bitten-court representou um divisor de águas na organização das contas da instituição desde o seu ingresso, na década de 1960. O setor de faturamento passou a ser referência esta-dual, seguido pela maioria dos hospitais do estado. “Estrutu-ramos os prontuários médicos, com prescrição e relatórios diários controlados rigorosa-mente, reduzindo as glosas a um nível abaixo de 1%”, recor-da ele, lembrando carinhosa-mente da Irmã Frumentia, que fez o convite para o trabalho em 1967. “É uma verdadeira falácia quando se diz que a crise é de gestão dos hospitais. As entidades investem muito em treinamentos, conferências, encontros, a maioria realiza bons planejamentos estratégicos. Falta mesmo é uma melhor política da saúde”, analisa.

Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão de Recursos Humanos, Bittencourt também é habilidoso na articulação política. Transita facilmente entre a classe, o que rendeu muitas conquistas ao HSJ, como a construção da Unidade de Terapia Intensiva e a implantação do serviço de radioterapia (veja

box). Vereador em Criciúma de 1983 a 1988, o administra-dor aprendeu o caminho das pedras para o bom uso dos recursos públicos. “Trabalho com a convicção de que na área da saúde, através da política, podemos alcançar excelentes resultados. Tem que ter pro-jetos. Temos que abominar o mau político. Existem aqueles que pensam na coletividade, destes me aproximo e procuro uma parceria. Tenho mantido excelentes relacionamentos com diversos políticos, em nível federal, estadual e muni-cipal, independentemente de siglas partidárias”, avalia ele.

Altamiro Bittencourt também trabalhou como servidor público federal de 1960 a 1987 e fez consultoria em hospitais de Urussanga, Içara, Araranguá, Meleiro e Praia Grande, todos no Sul catarinense.

SALTAmIRO BITTENCOURT

PERSONAGEm< PERFIL

Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão de

Recursos Humanos, Bittencourt também

é habilidoso na articulação política. Transita facilmente

entre a classe, o que rendeu muitas conquistas ao HSJ, como a construção

da Unidade de Terapia Intensiva e a implantação

do serviço de radioterapia

O ARTICULADOR

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A União não faz força – Governo Federal protela ou ignora ações de sua responsabilidade

A aprovação da Emenda Constitucio-nal 29, que fixa os percentuais mínimos a serem investidos anualmente na saúde pela União, bem como a atualização da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), são medidas fundamentais para a manu-tenção do setor no Brasil, reforça Altamiro Bittencourt. Mas ele não concorda com a

criação de um novo imposto para finan-ciar a saúde. “O brasileiro trabalha 180 dias por ano para pagar seus impostos. A União deve assumir sua responsabili-dade”, cobra ele.

Enquanto gestores e população aguardam uma resposta de Brasília, as pequenas instituições do interior penam para manter suas estruturas. “Para trabalhar em um hospital, princi-palmente se for filantrópico, é preciso vocação, doação e criatividade. Todos os dias mata-se um tigre. Tabela defasada, médicos mal remunerados, atender 80% do SUS”, comenta o diretor, que sugere uma grande mobilização para cobrar melhores políticas públicas para a saúde. “Precisamos nos mobilizar para, dentro do arcabouço de impostos, pressionar o governo a readequar, rediscutir e realocar os recursos para a área de saúde. Enquan-to isto continuamos a assistir impotentes, gente morrendo nas portas dos hospitais, filas de espera para cirurgias”, lamenta.

Vida pessoal: família, novela e futebol

Quando Altamiro Bittencourt não está no Hospital São José, ele está em família, ouvindo música, vendo novela ou no Está-dio Heriberto Hülse, em Criciúma. Torce-dor roxo do Tigre, ele é sócio patrimonial do ex-Comerciário (hoje Criciúma) desde 16 de dezembro de 1966. “Não perco uma partida, nem quando chove. Quando

ausente, por motivo de serviço, fico ligadão. Costumo dizer que quando o Tigre ganha até os nossos doentes melhoram mais rápido”, brinca ele. “Mas ultimamente o time só perde. Parece que o Márcio Goiano vai dar o jeito”, diz o torcedor, casado com Nei-de Nesi Bittencourt, com dois filhos e dois netos.

Além da família e do time do Criciúma, outra paixão de Bittencourt é atuar no desenvolvimento da sua comunidade. “É gratificante quando se pode lutar por uma causa tão nobre como a nossa”, garante ele, que também é vice-presidente da AHESC (Associação dos Hospitais do Estado de Santa Catarina) e presidente da AHESC Regional Sul e membro do Conselho Municipal de Saúde.

FAMILIA BITTENCOURT> Os netos, Izabela e Eduardo, sua nora, Mirela seu filho Thiago, sua esposa Neide, o próprio, sua filha Lucilene e seu genro Rafael.

Construção da UTI (Unidade de Terapia Intensiva): a Câmara de Vereadores de Criciúma deixou de construir sua sede própria e doou os recursos.

Implantação do serviço de radioterapia: com a ajuda da Secretaria Municipal de Saúde e deputados como Edinho Bez (PMDB).

Manutenção do credenciamen-to do serviço de alta complexi-dade da ortopedia: visitou, com o então deputado Clésio Salvaro (PSDB), todas as câmaras muni-cipais da Amrec (Associação dos Municípios da Região Carbonífe-ra) pedindo e obtendo apoio por unanimidade.

Credenciamento do serviço de cirurgias cardíacas: articulou a ajuda de todos os deputados estaduais da região).

Ampliação e reforma do pronto socorro: articulou a ajuda do então vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e da prefei-tura municipal.

Ampliação e reformas incluin-do a UTI nova e unidades de internação: ajuda dos deputados Jorge Boeira e José Paulo Serafim.

CONQUISTASdo HSJ com a participação

ativa de Altamiro Bittencourt, na articulação

junto à classe política

REUNIÃO EM BRASÍLIA>

presentes da esquerda para direita: Braz Vieira (Secretário Executivo AHESC), Dário Clair Staczuk (Presidente da AHESC), Tércio Egon Paulo Kasten (Presidente da FEHOESC), Acélio Casagrande (Secretário de Articulação Nacional), Ir. Cecilia Martinello (Diretora Geral do Hospital São José) e Altamiro Bittencourt (Vice Presidente da AHESC).

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nfluenciada pelas entidades sem fins econômicos, pelas congregações reli-giosas e pela socie-

dade civil organizada, a filosofia do assistencialismo ainda está arraigada em muitos hospitais, dando muitas vezes contornos caritativos à sua gestão. Apesar de resistir, esse modelo tem sido gradativamente substituído pela gestão profissional embasada nos mais variados aspectos técnicos.

É inegável que ao longo dos últimos anos as transformações políticas, sociais, econômicas etc., têm levado os prestadores de serviços de saúde a adotar um caráter mais profissional de administração, agregando visão empre-sarial na gestão hospitalar. Prova disso é que os serviços hospitalares têm incorporado em seu quadro profis-sionais com experiência na indústria, comércio, prestação de serviços entre outros.

Como principal contribuição, os profissionais têm implantado com êxito técnicas e ferramentas de gestão amplamente disseminadas em outros seguimentos. Como exemplo, pode-se destacar a “Gestão por Resultados” que tem sido muito utilizada especialmente

pelas entidades de grande porte. Na prá-tica, essa ferramenta se refere a união da missão da entidade aos planos de ação de seu cotidiano, adotando metas e tra-çando estratégias para seu atingimento.

A Gestão por Resultados permite a efetividade organizacional a partir da tradução dos objetivos institucionais em ações de curto, médio e longo prazo, e como técnica, importa a utilização de outras ferramentas da administração, sendo imprescindível a implantação do Planejamento Estratégico, a definição da missão, da visão e dos objetivos estra-tégicos, utilizando ferramen-tas diversas para controle e gerenciamento (p. ex. Balanced Scorecard).

Há que se desta-car, entretanto, que a gestão hospita-lar está afeita a muitas intem-

I

ADm. CARLOS ALBERTO DE LIZ mEDEIROS ¹ ADm. RAGNAR JOSé JACOB ²

ARTIGO

APLICADA AOS SERVIçOS DE SAÚDE

GESTÃO PORRESULTADOS

péries que são verdadeiras ameaças à gestão: 1) a remuneração dos serviços, onde quem faz o preço é o comprador; 2) necessidade de ado-ção de medidas sazonais adequadas às peculiaridades da demanda; 3) as exigências normativas cada vez maiores; 4) a insegurança política e operacional gerada pelos gestores públicos; 5) e a própria natureza do negócio – lidar com a vida. Ameaças

essas que somadas a fatores diversos, tornam um verdadeiro desafio a im-plantação do Planejamento Estratégico e da Gestão por Resultados.

1. Adm. Carlos Alberto de Liz Medeiros, admi-nistrador de empresas, especialista em gestão hospitalar, gerente administrativo da AHESC -FEHOESC. 2. Adm. Ragnar José Jacob, administrador de empresas, especialista em gestão hospitalar, sócio e consultor da Adhocracia Administração em Serviços de Saúde.

“A Gestão por Resultados permite a efetividade

organizacional a partir da tradução dos objetivos

institucionais em ações de curto, médio e longo prazo”

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TECNOLOGIA

RELóGIOBAFÔmETRO

É claro que ele também tem todas as fun-

ções de um relógio comum, como informar

a hora, a data e função de alarme. Mas o que

realmente chama a atenção é que ele, na

teoria, consegue fazer uma leitura da quan-

tidade de álcool no seu sangue pra dizer o

nível da sua embriaguez.

Se você costuma sair a noite com seu carro,

mas acaba passando da quantidade de ál-

cool que o seu corpo aguenta, esse conceito

foi pensado em você. Pois com um simples

sopro o relógio estará apto a lhe dizer se

você tem a capacidade de dirigir ou não.

Basta pressionar um botão que o relógio

vai abrir o local aonde você deve soprar, em

seguida ele exibirá os resultados na tela.

Como é apenas um conceito, não se sabe o

quão preciso esse relógio poderá ser, caso

seja fabricado. Mesmo que ele não tenha a

mesma precisão, já é algo pra lhe auxiliar,

avisando pra você não dirigir quando estiver

alcoolizado.

Pesquisas recentes revelam que o notebook

e o netbook estão perdendo espaço para o

Tablet. Sem sombra de dúvidas os Tablets

representam a revolução da informática no

Século XXI graças ao pensamento revolucioná-

rio de Steve Jobs e seu Ipad que proporcionou

uma mobilidade ainda maior.

DELL INSPIRON DUO

TABLET+NOTEContudo o Tablet tem algumas limitações,

tais como: não pode utilizar o pacote offi-

ce ou similares, tampouco programas que

requerem recursos maiores de memória

(Photoshop, Corel Draw).

No entanto a Dell, encontrou um meio

termo para resolver o impasse entre

notebook e tablet, trata-se do Inspiron

Duo, que possui todos os recursos de um

notebook normal, e uma tela reversível,

sensível ao toque.

O Inspiron Duo apresenta uma configu-

ração básica relevante: Processador Intel

Dual Core. Sistema Operacional Windows

7 Home Premium. Tela de 10.1” HD

260Gb. 2 GB de memória. Preço Sugerido

R$ 1.599,00 + frete, dependendo da

região.

Mas nem tudo são maravilhas, pois o

Inspiron tem algumas limitações: O

processador é um pouco lento quando

ativada a função Tablet. Não possui saída

RBG/VGA, muito utilizada para quem

necessita utilizar-se de Datashow.

A bateria tem pouca durabilidade.

O peso de 1,46kg.

Os relógios fazem parte de um

universo de aparelhos no qual os

designers mais conseguem estimu-

lar a imaginação em seus trabalhos

conceitos, como por exemplo, relógios

que são integrados com smartphones que

rodam sistema operacional Android, ou até

mesmo relógios ecologicamente corretos

que precisam ser soprados para funcionar.

Então porque não criar um relógio que

pode dizer a quantidade de álcool no seu

sangue? Esta funcionalidade se torna mais

evidente agora, depois que o Supremo

Tribunal Federal decidiu que dirigir alcooli-

zado é crime.

Pensando nas pessoas que acabam

consumindo bebidas alcóolicas mais do

que deviam, a Tokyoflash criou um relógio

conceito que funciona como uma espécie

de “bafômetro”.

Page 31: Revista Saúde Catarinense - 53

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TABLET+NOTE

DICAS PARA COmPRAR SEUSEU PRImEIRO TABLET

Um bom tablet será capaz de mudar seus

hábitos e entretenimento e como você aces-

sa a internet, mas um modelo ruim irá trazer

apenas prejuízo, dor de cabeça e decepção.

Siga as dicas e não fará um mau negócio.

Cada vez mais os tablets estão chegando ao

mercado e certamente serão a nova moda

da tecnologia para os próximos anos. Cada

vez com mais recursos, alguns modelos atu-

ais tem pegadinhas, principalmente aqueles

anunciados a preços imperdíveis.

O cada vez mais falado Tablet chegou com tudo e promete revolucionar os seus habitos e jeito de consumir entretenimento. Mas quais modelos valem realmente o investimento?

Preço

Apesar de ser ofertado entre

R$ 400,00 a R$ 500,00, estes

aparelhos não tem um poder

de processamento de memó-

ria, resolução e agilidade se-

melhantes aos modelos mais

caros, tornando uma tortura

esperar que ele execute uma

ação.

Processamento

Configurações de proces-

sadores menores que 1GHz

são muito lentos, agravados

quando são executados

jogos neles. O iPad 2 da

Apple tem processador de

dois núcleos, chamados dual

core, tornando-se ideal para

as funções de um tablet.

Tela e Resolução

Há uma proporcionalidade

entre a resolução e qualidade

gráfica do tablet. Uma reso-

lução de tela ideal é de no

mínmo 1024x600 pixels.

Android e serviços Google

O Android é um sistema ope-

racional livre, que significa

que o fabricante do tablet,

pode manipulá-lo para me-

lhor se adequar as configura-

ções do aparelho.

No caso de um sistema

operacional Android sem a

loja de aplicativos – Android

Market, onde podem ser

obtidos o Gmail, Youtube,

Google Maps, o usuário ficara

às cegas. Muito cuidado na

compra de um aparelho com

sistema Android modificado

e sem o Android Market.

PANASONIC LANçA CÂmERA

3D ULTRACOmPACTA A Lumix DMC-3D1 é apresentada pela Panasonic

como a menor câmara digital do mundo e é capaz

de gravar fotos e vídeos em simultâneo ou em 3D.

A Panasonic DMC-3D1 inclui duas lentes grandes

angulares (equivalente a 25 mm) com zoom ótico

de 4x, o que permite capturar fotos e vídeos em 3D.

O sensor é de 12 megapixéis e o modo de vídeo é

capaz de gravar em Full HD (1920x1080 píxeis).

A grande novidade da DMC-3D1, com um preço

recomendado de 499 euros, é o sistema de “disparo

duplo”, que permite fotografar e gravar

vídeo em simultâneo. Esta funcionalidade

deve-se ao mecanismo independente

para cada lente. Por exemplo, o utilizador

pode usar uma das lentes para gravar um

vídeo amplo e a outra lente para fazer um

zoom e fotografar um grande plano. De

acordo com o comunicado da Panasonic,

a interface permite controlar facilmente os

dois sistemas.

Fonte: Novidadestecnologicas.net | Dell | Destakes.com Imagens:: Divulgação

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meaça já existente em outros esta-dos do Brasil, algumas Operadoras de Planos de Saúde tentam aplicar, também em Santa Catarina, glosas no pagamento pelas luvas de proce-dimento utilizadas pelos hospitais

na assistência à saúde de pacientes conveniados.

As operadoras argumentam que o fornecimen-to de luvas se constitui em obrigação exclusiva do empregador, por supostamente se tratar de simples equipamento de proteção individual – EPI.

Contudo, entendo que a justificava acima não pos-sui embasamento técnico ou jurídico, sendo a prática da glosa mais um instrumento de transferência ilegal de responsabilidade e de despesas para os hospitais e demais prestadores de serviços de saúde.

Primeiramente, é importante esclarecer que o pagamento das luvas de procedimento utilizadas se constitui em obrigação previamente estabelecida em instrumento contratual firmado entre a operadora e o hospital, razão suficiente para tornar ilegal a glosa pretendida.

Além disso, evidentemente que não estamos diante de simples EPI, cujo uso foi regulamentado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de sua norma regulamentadora NR nº 6, e definido como sendo o dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.

Logo, pela definição clássica, o EPI empregado nestas situações é única e exclusivamente utilizado para proteção do trabalhador exposto, como é o caso de protetor auricular em quem está sujeito ao ruído excessivo.

Na realidade, o uso das luvas de procedimento é indispensável à proteção do paciente, pois inúmeros estudos comprovam que os microrganismos seriam facilmente transmitidos em procedimentos médicos sem tais dispositivos.

Se as luvas fossem tão somente um equipamento de proteção exclusiva do trabalhador, não necessi-tariam ser descartadas a cada cuidado prestado. A troca de luvas, conforme tecnicamente exigida, pos-sui o objetivo básico de garantir a saúde do paciente assistido.

Não bastassem os argumentos acima, as ope-radoras de planos privados de assistência à saúde devem atender as coberturas definidas no rol de Pro-cedimentos e Eventos em saúde da ANS - Resolução Normativa nº 211 de 2010, respeitando as exigências mínimas estabelecidas para as segmentações dos produtos, conforme art. 12 da Lei 9656 de 1998, cujo inc. II destaca, ainda, que havendo internação hospitalar deverá ser coberto toda e qualquer taxa, compreendendo os materiais utilizados e comprova-damente necessários à assistência.

Portanto, ao considerar como sendo um simples EPI e, dessa forma, pretender justificar o não paga-mento das luvas de procedimento, as operadoras de planos de saúde agem de forma inconsequente, pois esquecem que o uso desses dispositivos, além de efetivamente aumentar o custo dos procedimen-tos médicos que os hospitais oferecem em nome da operadora, tem o objetivo, entre outros, de proteger a saúde dos pacientes, usuários e clientes, responsá-veis diretos pela manutenção financeira dos planos de saúde, de quem esperam e merecem a oferta de serviços seguros e eficientes.

ALUVAS DE PROCEDImENTO

COLUNA

DR. RODRIGO DE LINHARES Advogado, Assessor Jurídico da AHESC-FEHOESC

e membro do Conselho Jurídico da CNS

Obrigatoriedade de pagamento pelos planos de saúde.

32

NOVA LEI DO AVISO PRéVIO

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LUVAS DE PROCEDImENTO

33COLUNA

riado pela Constituição de 1988, o aviso prévio foi concebido como sendo uma forma de com-pensação da quebra de contratos trabalhistas. A Constituição, em

seu art. 7º, inciso XXI, estabeleceu o aviso prévio mínimo de 30 dias que deveria ser proporcional ao tempo de permanência do empregado na empresa.

Com mais de 20 anos de atraso, a refe-rida proporcionalidade foi regulamentada por meio da Lei nº 12.506/2011. Porém, a nova lei se demonstrou inconsistente e, por isso, tem gerado muitas dúvidas e con-trovérsias que, infelizmente, deverão ser objeto de inúmeras demandas que sobre-carregarão ainda mais o Poder Judiciário.

Composta por apenas dois artigos, a nova lei amplia o aviso prévio em três dias a cada ano trabalhado. A extensão vai até o máximo de 90 dias, no caso de um trabalhador com 20 anos de emprego que, demitido, terá 60 dias somados ao prazo de 30 dias de aviso prévio.

Em relação ao início da vigência da aplicação da nova norma, as centrais sindicais já declararam publicamente que

irão ajuizar ações pleiteando as diferenças em favor dos trabalhadores demitidos antes da lei. Parece-nos equivocada tal pretensão, pois as rescisões anteriores a nova norma se constituem em atos jurídicos perfeitos, os quais recebem especial proteção da própria Constituição Federal. Porém certamente po-derão existir discussões judiciais em relação aos trabalhadores com aviso prévio em curso na data de início de vigência da lei, inclusive os já indenizados, uma vez que, conforme re-gra do artigo 489 da CLT, a rescisão somente se efetiva após o término do prazo do aviso prévio concedido ou indenizado.

Outra controvérsia refere-se à própria contagem dos três dias adicionais por ano trabalhado, pois há quem defenda que esses três dias já serão devidos a cada quadrimes-tre completo, tese da qual discordamos, pois a lei não faz menção à proporcionalidade desse cálculo.

Também existe discórdia sobre a obriga-toriedade do empregado que pede demissão em conceder o aviso prévio a seu empregador utilizando o mesmo critério temporal de três dias a mais para cada ano trabalhado. Ou seja, se o trabalhador tiver mais de dez anos de casa deverá pré-avisar seu empregador com

60 dias de antecedência? Embora muitos en-tendam que a obrigação também recai sobre o empregado, particularmente entendo que a intenção do legislador foi beneficiar exclusi-vamente o trabalhador despedido, devendo prevalecer, nos casos de pedido de demissão, a regra do artigo 477, § 5º da CLT, que limita em 30 dias o aviso prévio.

Além desses, mais um ponto obscuro surgiu com a nova norma. É que o artigo 488 da CLT prevê seja reduzida a jornada em 2 horas diárias para o empregado durante o aviso prévio ou, por opção do empregado, a ausência por sete dias corridos (par. único do art. 488). Embora não haja regramento jurídico claro, parece-me que, na hipótese do empregado possuir direito ao aviso prévio superior a 30 dias, optando pela ausência, deverá haver um acréscimo proporcional no número de dias corridos.

Como se vê, a Lei nº 12.506/2011, ao con-trário do que se pretendia, trouxe dúvidas em relação a concessão do aviso prévio. Por isso, o Poder Legislativo deveria ser novamente instado a trazer uma norma que verdadei-ramente trouxesse segurança jurídica às relações de trabalho, evitando o acúmulo de processos judiciais que, infelizmente, poderão ser propostos.

NOVA LEI DO AVISO PRéVIO

CEm vigor desde 13 de outubro, a Lei nº 12.506/2011 estabeleceu novo regramento

para a concessão de Aviso Prévio e trouxe inúmeras dúvidas para o setor

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Mais um acordo operacional fir-mado com a Agemed em Santa Catari-na. O ano de 2011 encerra com mais uma conquista da Agemed. A novidade é a parceria firmada com o Hospital do Coração de Balneário Camboriú, ampliando área e o mercado de atu-ação da Agemed. Um fim de ano para ser comemorado, e com expectati-vas de manutenção do crescimento que há cinco anos mantém a Agemed como uma das empresas mais bem sucedidas no mercado catarinense. As boas novas vêm do diretor co-mercial da Agemed, Mário Silva. Segun-do ele, aconteceu no mês de novembro a assinatura de contratos com o Hospi-tal do Coração, de Balneário Camboriú, com o Aliança Litoral, que atenderá as

Aliança Agemed encerra ano de 2011 com mais uma parceria de sucesso.

regiões de Itajaí e Balneário Camboriú. Em Blumenau, a parceria está firmada com o Hospital Santa Catarina. “Em novembro deste ano completare-mos um ano de Aliança com o Hospital Santa Catarina Blumenau, já colhendo excelentes resultados com a parceria. Estamos em tratativas com ou-tras instituições hospitalares em Santa Catarina e estaremos divulgando novas parcerias para 2012, o que nos dá a cer-teza de um grande passo para o cres-cimento que planejamos para os próxi-mos cinco anos”, conta Mário Silva.

O diretor comercial da Agemed explica que nas parcerias em Blumenau e Balneário Camboriú, onde a empre-sa já atuava, o que muda é gestão de custos, uma gestão compartilhada com a instituição, beneficiando diretamente

os clientes com preços mais competiti-vos, com melhores condições em custos administrativos favorecendo negocia-ções nos contratos, além do diferencial de atendimento.

Ampliação de mercado.

De acordo com o diretor co-mercial da Agemed, a empresa vai fe-char 2011 com “chave de ouro”, com duas parcerias de peso. “Este ano, com relação ao ano passado, houve um cres-cimento de vendas de mais de 50%. Então, com essas parcerias es-tamos ajudando para que 2012 tenha esses mesmos índices de crescimento que a Agemed vem tendo nos últimos cinco anos” projeta Mário Silva.

Pedro Assis, Dr. Gilberto Silveira da Silva , Dr. Rogerio Suzuki, Daiana Dall Bello, Caroline Prazeres, Soraia Assis, Mario Silva, Dr. Clovis Pasuello, Gilberto Eggert.

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34INFORME PUBLICITÁRIO>

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