22

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,
Page 2: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

1

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA – SESAB

SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS NA SAÚDE – SUPERH

DIRETORIA DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE – DGTES

COORDENAÇÃO ESTADUAL DE HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE

I PLANO ESTADUAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO

E DA GESTÃO DO SUS/BA

Fevereiro/2017

Page 3: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

2

Secretário da Saúde do Estado da Bahia – SESAB

Fábio Vilas-Boas Pinto

Superintendência de Recursos Humanos – SUPERH

Maria do Rosário Costa Muricy

Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde – DGTES

Bruno Guimarães de Almeida

Assessoria Técnica

Luciano de Paula Moura

Coordenação Administrativa

Iraildes Conceição

Coordenação Estadual de Humanização na Saúde

Érica Cristina Silva Bowes

Coordenação de Gestão do Trabalho na Saúde

Cíntia Santos Conceição

Coordenação de Saúde e Segurança do Trabalhador

Ana Flávia Barros Cruz

Núcleo Técnico de Comunicação e Informação da Gestão e Humanização do Trabalho na Saúde

Rejane Andrade Cardoso

Page 4: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

3

Comitê Técnico de Humanização

Alan Silva Reis (APG), Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Cristina de Oliveira Guimarães (SAFTEC), Ana

Flavia Barros Cruz (DGTES), Ana Otilia Teles Ramos (ASMUSADECAR), Antônio Alexandre Rocha Cavalheiro

(COSEMS), Breno da Cunha Holanda (DGTES), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Carlos Alberto Cunha

(SUREGS), Carmen Martinez Gomes (EESP), Cintia Santos Conceição (DGTES), Claudenice Oliveira dos Santos

(ABAMPS), Cláudia Luiza Ribeiro Elpídio (MPBA), Derbeth Silva Carmo (EESP), Eduardo Calliga (AMEA), Eduardo

José Amaral de Jesus (CONDISI), Edvane Gomes Silva (EFTS), Eliane Araújo Simões (CES), Enaura Oliveira Pinheiro

(ABACI), Erica Cristina Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Gilvan Dias Medeiros

(ASMUSADECAR), Helisleide Bonfim (AMEA), Iara dos Santos Matos (HEMOBA), Iara Saldanha de Lucena

(EFTS), Ignês Beatriz Oliveira Lopes (DIVAST), Isabella Oliveira Andrade (DAB), Ivanete Fraga Santos (CEAPLER),

Joana Evangelista Conceição Silva (FNMN), Joilda Gomes Rua Cardoso (CEAPLER), Joílson da Conceição da Silva

(PASTORAL CARCERÁRIA), José Silvino Gonçalves dos Santos (CES), Joselito Pereira da Luz (APALBA), Josenice

Souza França (CONDISI), Julio César Araújo (APG), Larissa Carneiro Rocha (HEMOBA), Libiene Lopes da Costa

(FNMN), Luciana Fernandes Moura Macedo (DGRP), Luciano de Paula Moura (DGTES), Ludimille Sampaio Barbosa

(OUVIDORIA SUS), Lyann Guaracyara Valois Rios de Araújo (SUREGS), Marcia de Sá de Oliveira Maurício

(NUCON), Márcia de Oliveira (ABAMPS), Márcia Veiga (DAE), Maria Ângela da Mata Santos (CES), Maria Antônia

Santana Vieira (ABACI), Maria Aparecida Machado Bezerra (PASTORAL CARCERÁRIA), Maria Cecília Fiais Santos

(SUREGS), Maria Claudina Gomes de Miranda (SAFTEC), Maria das Graças Cardoso de Freitas Lima (OUVIDORIA

SUS), Maria Helena Machado Santa Cecília (APALBA), Maria Inez Morais Alves de Farias (FESFSUS), Matary

Tayguara Cabral Brito (DGRP), Priscila Soares Macedo (DGTES), Raimundo Rodrigues Cintra (CES), Rita de Cassia

Lopes Gomes (DIVAST), Rivanda Leal (DAE), Rogério Luís Gomes de Queiroz (MPBA), Rosana Santos Batista

Adorno (DARH), Rute Maria Coutinho (DAB), Sheila Virgínia de Almeida Bahia (DGC), Sheilla Carla Neves dos

Santos (FESFSUS), Silvio Marcus Ramos Costa (COSEMS), Silvio Roberto dos Anjos e Silva (SINDSAUDE), Telma

A. Mercês de Moura (COSEMS), Ubiraci Matildes de Jesus (DGC)

Equipe Técnica de Elaboração do Documento

Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Flávia Barros Cruz (DGTES), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES),

Cíntia Santos Conceição (DGTES), Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Rita de Cássia

Lopes Gomes (DIVAST)

Câmara Técnica

Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Angélica Araújo de Menezes (DGTES), Bruno Guimarães de Almeida

(DGTES), Cíntia Santos Conceição (DGTES), Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES),

Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Maria Ângela da Mata Santos (CEAPLER), Rita de Cássia Lopes Gomes

(DIVAST)

Revisão Final

Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Luciano de Paula Moura (DGTES),

Karla Hegouet (Estagiária/DGTES/UFBA) e Ana Cristina Coelho Ramos (DGTES)

Page 5: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

4

Participantes e colaboradores que contribuíram na construção deste documento

1ª OFICINA - 19/08/2016

Eixo Comunicação

Adriana Araújo dos Santos (EFTS), Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Flávia Barros Cruz (DGTES), Derbeth

Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Flávia de Jesus Santos Sampaio (HGRS), Geisa Cristina

dos Santos (UEMHJ), Geórgia Neves da Silva (DAE), Joildes Zacarias Santos (UEMHJ), Karla Guedes de Azevedo

Hegouet (Estagiária UFBA/DGTES), Leila Maria Coutinho Mazzafera (EFTS), Maria Inês Farias (FESF), Mayra

Zenaide Soeiro Argollo (HGRS), Rita de Cássia Lopes Gomes (DIVAST), Rivanda Leal (DAE), Rosiane M Senna

(UEPirajá), Sara Jane de C. Valejo (MTB), Terezinha Marques da Silva (ISC/UFBA), Ubiraci Matildes de Jesus (DGC)

e Vivina Machado (Via Vida).

2ª OFICINA – 23/08/2016

Eixo Gestão do Trabalho e Educação na Saúde

Adriana Araújo dos Santos (EFTS), Alessandra Gomes (CEDAP), Alina Mendes F. Lins (UCSAL), Ana Cristina Coêlho

Ramos (DGTES), Anamaria Rizzato (CEDAP), Carmen Martinez Gomes (EESP), Cíntia Santos Conceição (DGTES),

Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Flávia de

Jesus Santos Sampaio (HGRS), Geórgia Neves da Silva (DAE), Joildes Zacarias Santos (UEMHJ), Karla Guedes de

Azevedo Hegouet (Estagiária UFBA/DGTES), Laíse Rezende de Andrade (EESP), Leila Maria Coutinho Mazzafera

(EFTS), Loide Góes F. Bonina (HGE), Maria Evangelista Santana (DGTES), Mayra Zenaide Soeiro Argollo (HGRS),

Rita de Cássia Lopes Gomes (DIVAST), Rivanda Leal (DAE), Rosiane M Senna (UEPirajá), Sheilla Carla Neves dos

Santos (FESF), Silvana Monteiro Almeida (UCSAL).

3ª OFICINA – 01/09/2016

Eixo Gestão do Trabalho e Educação na Saúde

Alessandra Gomes (CEDAP), Angélica Araújo de Menezes (DGTES), Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina

Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Geórgia Neves da Silva (DAE), Joildes Zacarias

Santos (UEMHJ), Karla Guedes de Azevedo Hegouet (Estagiária UFBA/DGTES), Leila Maria Coutinho Mazzafera

(EFTS), Maria Aparecida Machado Bezerra (CES-Pastoral Carcerária), Maria Leonor Sales Santos Carvalho

(SAFTEC), Monica Maria Rozendo Guimarães (HGMF), Maria Claudina Gomes de Miranda (DITEC), Rivanda Leal

(DAE), Sheilla Carla Neves dos Santos (FESF), Ubiraci Matilde de Jesus (DGC).

4ª OFICINA – 12/09/2016

Eixo Transversalização da Humanização nas

Redes de Atenção à Saúde

Adriana Araújo dos Santos (EFTS), Alessandra Gomes (CEDAP), Alina Mendes F. Lins (UCSAL), Ana Cristina Coêlho

Ramos (DGTES), Angélica Araújo de Menezes (DGTES), Antônio Alexandre Rocha Cavalheiro (COSEMS), Carmen

Martinez Gomes (EESP), Cássio Garcia (DIPRO/GASEC), Derbeth Silva Carmo (EESP), Enaura Dória (ABACI),

Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Flávia de Jesus Santos Sampaio

(HGRS), Geisa Cristina dos Santos (UEMHJ), Joildes Zacarias Santos (UEMHJ), Juliane Odette de B. Almeida

(PermanecerSUS),Karla Guedes de Azevedo Hegouet (Estagiária UFBA/DGTES), Leila Maria Coutinho Mazzafera

Page 6: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

5

(EFTS), Liliana Mascarenhas (DGC), Lis Bandarra Monção (DGTES), Loide Góes F. Bonina (HGE), Mayra Zenaide

Soeiro Argollo (HGRS), Monica Maria Rozendo Guimarães (HGMF), Nathali Santana (HGPV), Patricia Sodré Arapujo

(SAFTEC), Rita de Cássia Lopes Gomes (DIVAST), Rivanda Leal (DAE), Rute Maria Coutinho (DAB), Sheilla Carla

Neves dos Santos (FESF), Silvania Kátia Simões Silva (MJBC), Walmyra Monteiro (Ouvidoria-CREASI).

5ª OFICINA – 13/09/2016

Eixo Defesa dos Direitos dos Usuários do SUS

Adriana Araújo dos Santos (EFTS), Alessandra Gomes (CEDAP), Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Andréa

Nogueira Ribeiro (MAS), Carmen Martinez Gomes (EESP), Derbeth Silva Carmo (EESP), Edla Denise Pinheiro Santos

(MAS), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Flávia de Jesus Santos Sampaio

(HGRS), Geisa Cristina dos Santos (UEMHJ), Joildes Zacarias Santos (UEMHJ), Juliane Odette de B. Almeida

(PermanecerSUS), Karla Guedes de Azevedo Hegouet (Estagiária UFBA/DGTES), Leila Maria Coutinho Mazzafera

(EFTS), Loide Góes F. Bonina (HGE), Mayra Zenaide Soeiro Argollo (HGRS), Monica Maria Rozendo Guimarães

(HGMF), Moysés Toniolo (CES-Rede Bahia), Rita de Cássia Lopes Gomes (DIVAST), Rivanda Leal (DAE), Rosiane

M Senna (UEPirajá), Rute Maria Coutinho (DAB), Sheila Virgínia de Almeida Bahia (DGC), Silvania Kátia Simões

Silva (MJBC), Ubiraci Matilde de Jesus (DGC), Walmyra Monteiro (Ouvidoria-CREASI).

6ª OFICINA – 19/09/2016

Eixo Defesa dos Direitos dos Usuários do SUS

Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Fernanda Cândida Ludgero (COSEMS), Rita de

Cássia Lopes Gomes (DIVAST)

VÍDEO CONFERÊNCIA – 26/09/2016

Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES),

Débora Jane Ferreira Andrade, Derbeth Silva Carmo (EESP), Érica Cristina Silva Bowes (DGTES), Flavia de Jesus

Santos Sampaio (HGRS), Joelma Bárbara da Conceição Santos, Karla Guedes de Azevedo Hegouet (Estagiária

UFBA/DGTES), Leila Maria Coutinho Mazzafera (EFTS), Luciene Lessa Andrade (FTC), Maria Ângela da Mata

Santos (CES/CEAPLER), Maria das Graças Cardoso de Freitas Lima (Ouvidoria SUS), Mayra Zenaide Soeiro Argollo

(HGRS), Rita de Cássia Lopes Gomes (DIVAST), Rosana Santos B. Adorno (DARH), Simone Silva de Souza Costa

(HCM), Walmyra Monteiro (Ouvidoria-CREASI) e trabalhadores representando os municípios do Estado da Bahia

(ambiente virtual).

Page 7: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

6

Page 8: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

7

LISTA DE SIGLAS

ABACI: Associação Baiana para Cultura e Inclusão

ABAMPS: Associação Baiana de Amigos da Mucopolissacaridose

AMEA: Associação Metamorfose Ambulante

APALBA: Associação de Pessoas com Albinismo na Bahia

APG: Assessoria, Planejamento e Gestão

ASMUSADECAR: Associação das Musas de Castro Alves do Recôncavo

CEAPLER: Centro de Estudo, Prevenção e Apoio aos Portadores de LER / DORT

CEDAP: Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa

CES : Conselho Estadual de Saúde

CONDISI: Conselho Distrital de Saúde Indígena

COSEMS: Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde

CREASI: Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso

DAB: Diretoria de Atenção Básica

DAE: Diretoria de Atenção Especializada

DARH: Diretoria de Administração de Recursos Humanos

DGTES: Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde

DGC: Diretoria de Gestão do Cuidado

DGRP: Diretoria de Gestão da Rede Própria

DITEC: Diretoria de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde

DIVAST: Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador

EFTS: Escola de Formação Técnica em Saúde Professor Jorge Novis

EESP: Escola Estadual de Saúde Pública Prof. Francisco Peixoto de Magalhães Netto

FESF SUS: Fundação Estatal Saúde da Família do Sistema Único de Saúde

FNMN: Fórum Nacional de Mulheres Negras

FTC: Faculdade de Tecnologia e Ciências

GASEC: Gabinete do Secretário de Saúde

HCM: Hospital Couto Maio

HEMOBA: Fundação de Hemoterapia da Bahia

HGE: Hospital Geral do Estado

HGRS: Hospital Geral Roberto Santos

ISC: Instituto de Saúde Coletiva

MAS: Maternidade Albert Sabin

MPBA Ministério Público da Bahia

MTB: Maternidade Tsylla Balbino

NUCON: Núcleo de Contratualização do SUS

Page 9: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

8

OUVIDORIA SUS: Ouvidoria do Sistema Único de Saúde da Bahia

PASTORAL CARCERÁRIA: Pastoral Carcerária

REDE BAHIA: Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids - núcleo Bahia

SAFTEC: Superintendência de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde

SAIS: Superintendência de Atenção Integral a Saúde

SINDSAÚDE: Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia

SUPERH: Superintendência de Recursos Humanos na Saúde

SUREGS: Superintendência de Gestão dos Sistemas de Regulação da Atenção a Saúde

SUVISA: Superintendência de Vigilância da Saúde

UEMHJ: Unidade de Emergência Mãe Hilda Jitolu

UFBA: Universidade Federal da Bahia

UE PIRAJA: Unidade de Emergência de Pirajá

UCSAL: Universidade Católica do Salvador

VIA VIDA: Via Vida Consultoria Organizacional

Page 10: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

9

Sumário

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 9

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 10

I PLANO ESTADUAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO E DA GESTÃO DO SUS/BA12

EIXO – GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE ........................................ 14

EIXO – TRANSVERSALIDADE DA HUMANIZAÇÃO NAS RAS .................................... 16

EIXO – DEFESA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS ............................................................ 17

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 19

Page 11: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

10

AGRADECIMENTOS

O processo de construção desse I Plano Estadual de Humanização contemplou a participação

de diversos atores que contribuíram direta e indiretamente para sua elaboração, sobretudo apostando

na Humanização como “modus operandis” das práticas de saúde. Nesse sentido, agradecemos ao

Secretário Estadual de Saúde Dr. Fábio Villas-Boas Pinto; aos Diretores e Trabalhadores das

Unidades da Saúde da Rede Própria que contribuem com a transversalização da humanização nas

ações dos serviços; aos Coletivos da Humanização: Fórum de Apoiadores da Gestão e Humanização

do Trabalho na Saúde (FAGHTS), Núcleo Técnico de Humanização (NTH) e Comitê Técnico de

Humanização (CTH) pelo compromisso e dedicação. Assim como, colegas de nossa rede que

protagonizaram processos educativos qualificando os participantes das oficinas para construção das

propostas do Plano: Ubiraci Matilde de Jesus, Moysés Torniolo,Cássio Garcia,Drª Liliana

Mascarenhas, Laíse Rezende, Profª Vivina Machado, Profª Thereza Marques, Cíntia Conceição, Ana

Flávia e Angélica Menezes. Aos movimentos Sociais que estão presentes no Comitê Técnico de

Humanização e as pessoas que fizeram parte da Consulta Pública desse Plano. Por fim, ao Gestor e

trabalhadores da Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (DGTES), em especial a

equipe da Coordenação Estadual de Humanização pela luta construída em torno dessa temática

cotidianamente.

Page 12: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

11

APRESENTAÇÃO

A Política Estadual de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS – Bahia (PEH-Bahia)

aprovada no dia 13 de outubro de 2016 no Conselho Estadual de Saúde, em consonância com a

Política Nacional de Humanização, atua de forma transversal às demais políticas de saúde, a fim de

impactá-las e interferir na qualificação da atenção e gestão do SUS.

Sua criação se deve à necessidade de avanço e qualificação da atenção e gestão do SUS no

estado da Bahia reconhecendo suas particularidades, desafios e potencialidades na relação e nos

processos de atenção ao usuário, bem como no processo de trabalho de gestores e trabalhadores

reconhecendo a singularidade e a capacidade criadora de cada sujeito envolvido.

A PEH-Bahia sistematiza a concepção da Humanização na saúde como:

modo transversal de orientar o trabalho na saúde em rede, com envolvimento dos usuários,

trabalhadores e gestores, pautado nos princípios éticos emancipatórios, que confluem para

construção de trocas solidárias comprometidas com o respeito às diversidades territoriais,

singularidades dos sujeitos e no atendimento às necessidades de saúde dos territórios

(BAHIA, RELATÓRIO DAS OFICINAS PARA ELABORAÇÃO DA PEH, 2014).

Este conceito expressa-se na incorporação e desenvolvimento de tecnologias leves e duras

visando a qualificação da atenção e da gestão em saúde, com corresponsabilização, construção de

vínculos de confiança e valorização dos sujeitos, favorecendo a circulação de saberes e poderes para

qualificação do processo de trabalho e atendimento das necessidades de saúde da população.

Com base no disposto nos marcos legais, foram definidos os princípios da PEH, entendidos

como valores éticos que norteiam o trabalho em saúde e as diretrizes como caminhos a serem

percorridos pelos trabalhadores, gestores e usuários, a fim de reafirmarem os princípios e diretrizes

do SUS e da PNH (BAHIA, 2016).

Os princípios desta política se agregam aos princípios do SUS, bem como reafirmam e agregam

aos princípios da Política Nacional de Humanização da atenção e da gestão do SUS (PNH),

descritos abaixo:

Transversalidade

Valorização, Autonomia e Protagonismo dos Sujeitos

Gestão democrática e participativa

Vínculos solidários

Page 13: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

12

Respeito às diversidades e singularidades

Diante do desafio de humanizar a atenção e gestão do SUS, subsidiado pela PEH-Bahia foi

elaborado o I Plano Estadual de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS-Ba, conforme

disposto na Portaria de 1440 de 19/09/2013, que tem como proposta efetivar os princípios do SUS

no cotidiano das práticas da atenção e gestão, qualificando a saúde pública na Bahia e incentivando

trocas dialogadas entre gestores, trabalhadores e usuários para a produção de saúde e a qualificação

dos sujeitos na perspectiva da humanização.

O processo do I Plano Estadual de Humanização da Saúde da Bahia, compreendida no período

de 2016-2019, traçará as ações e estratégias, como um marco na trajetória das ações de

humanização na Bahia, iniciada na Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (DGTES)

desde o ano de 2003, e fortalecerá a Política Nacional de Humanização, bem como a Política

Estadual de Humanização da Gestão da Saúde na Bahia, estimulando a gestão compartilhada,

envolvendo os diversos atores nas discussões relacionadas aos processos de trabalho, ampliando a

comunicação entre a assistência e a gestão no SUS/BA.

Para a construção do Plano houve uma oficina ampliada com participação de gestores,

trabalhadores, usuários e instituição de ensino de representação dos municípios do estado com

intuito de realizar análise situacional do território e validar os eixos prioritários; seis Oficinas

temáticas que aconteceram na UCSAL Campus Pituaçú em Salvador/BA, em sala estimada com

capacidade para 50 pessoas, a fim de elaborar estratégias para cada eixo da Política Estadual de

Humanização, com a participação de Apoiadores de Humanização da rede SUS/BA, gestores, CIB,

COSEMS, IES e usuários da CTH, além de uma videoconferência com participação dos municípios

para qualificação das propostas. Compreendeu também a etapa de sistematização do Plano em

Câmara Técnica para submissão em Consulta Pública.

Vale ressaltar que as seis oficinas temáticas por eixos prioritários foram organizadas de modo a

promover a participação dos integrantes. No turno da manhã, a metodologia consistiu na

apresentação dialogada com a presença de convidados especialistas na temática, a fim de propiciar

um alinhamento conceitual, contextualizando o tema com aporte teórico provocando o debate e

reflexão. No período da tarde, a sala foi dividida em grupos com a finalidade de sistematizar as

ações, estratégias e indicadores de cada eixo temático que constitui o Plano. Ao fim se construiu

uma proposta que foi apresentada e discutida na videoconferência, posteriormente sistematizada na

Câmara Técnica e submetida à Consulta Pública.

Page 14: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

13

I PLANO ESTADUAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO E DA GESTÃO DO SUS/BA

EIXO: COMUNICAÇÃO

Comunicação pressupõe que durante o desenvolvimento do processo de trabalho sejam

ampliados os canais de comunicação inter e intra serviços, entre estes e a população, tendo em vista

construir um envolvimento efetivo dos trabalhadores, gestores e usuários do SUS, estimulando o

desenvolvimento de gestões mais horizontais e maior aproximação entre os serviços de saúde e a

população.

Iniciativa Indicadores* (Poderão ser mais de 01 indicador por

iniciativa – incluindo segregação por periodicidade:

Quadrimestral ou anual)

Ação/Objetivo

Estratégias

1. Promover processos

dialógicos que

potencializem uma rede de

comunicação humanizada

inter/intra serviços;

2. Qualificar os sujeitos e

humanizar os serviços de

saúde das portas de entrada

do SUS-BA

1. Realizar oficinas de sensibilização (gestores,

trabalhadores e usuários do SUS);

2. Democratizar o acesso as informações;

3. Publicizar a carteira de serviços de saúde ofertados no

território 4. Sinalização adequada identificando os setores dos

serviços a fim de facilitar a movimentação do usuário do

SUS 5. Elaboração de instrumentos de comunicação com

adequação da linguagem para orientação dos usuários

acerca da oferta de serviços nas unidades de saúde 6. Promover processos de educação em saúde junto aos

usuários visando seus direitos e deveres no SUS 7. Utilizar mídias sociais ou veículos de comunicação

para publicizar as ações de Humanização dos serviços de

saúde

Nº de processos educativos realizados; Nº de participantes nos processos educativos;

Nº de diversas estratégias de comunicação

implantadas;

2. Ampliar espaços de

escuta e participação dos

usuários do SUS

1. Implantar/Fortalecer as ouvidorias do SUS;

2.Fomentar espaços colegiados com participação dos

usuários

Nº de ouvidorias implementadas no SUS-BA; Nº espaços colegiados com participação de usuários

implementados;

3. Democratizar as práticas

de gestão do SUS

considerando a

participação dos diferentes

sujeitos

1. Implantar sistemas de Co-gestão;

2. Promover espaços de participação dos Trabalhadores

para dialogar suas necessidades

Nº de unidades de saúde com espaço de co-gestão

implementadas

Nº de instâncias de participação dos trabalhadores

para discussão das suas condições de trabalho (ex:

comissões locais de saúde do trabalhador)

4. Apresentar a PEH na

rede SUS-BA

1. Socialização da PEH nas instâncias colegiadas (CIB,

COSEMS, CIR) 2. Disponibilizar a PEH no site da SESAB

Nº de apresentações da PEH realizadas;

Disponibilização da PEH no site da SESAB

Page 15: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

14

Page 16: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

15

EIXO – GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE

Gestão do Trabalho e Educação na Saúde pressupõe o trabalho na saúde como uma

produção histórica, cultural e política e os trabalhadores e estudantes em formação como agentes

transformadores de seus saberes e práticas. Portanto, contém uma dimensão educativa, sendo uma

atividade através da qual o sujeito aprende e ressignifica as suas práticas e a si mesmo. Na saúde,

configura-se como um processo de trocas, criatividade, corresponsabilização, enriquecimento e

comprometimento dos trabalhadores para com a efetividade, qualidade e humanização das práticas

de atenção à saúde da população, a eficiência e democratização da gestão do SUS (BAHIA, 2012).

Iniciativa Indicadores* (Poderão ser mais de 01

indicador por iniciativa – incluindo

segregação por periodicidade:

Quadrimestral ou anual)

Objetivo/ Ação

Estratégias

1. Fortalecimento da Gestão e Humanização do

Trabalho e Educação na Saúde no SUS/BA

1. Implementação da mesa de negociação do

SUS;

2.Dimensionamento da força de trabalho

que contemple a participação dos

trabalhadores e gestores considerando as

necessidades de saúde;

3. Qualificar os trabalhadores que atuam na

Gestão do Trabalho e Educação na Saúde;

4. Capilarização das Políticas Estaduais de

Humanização da Atenção e da Gestão do

SUS-Ba (PEH) e de Gestão do Trabalho e

Educação na Saúde (PGTES); 5. Promoção de espaços colegiados de

gestão e humanização do trabalho e

educação na saúde na unidade, com plano

de ação articulado entre os serviços e

atribuições definidas 6. Realização de Mostra Baiana de

Humanização do SUS

Percentual de mesas de negociação

implantadas nos municípios;

Nº de metodologias para o

dimensionamento da força de trabalho

elaboradas por tipologia de

serviços/unidades;

Percentual de unidades dimensionadas;

Nº de espaço colegiado de gestão e

humanização do trabalho e educação na

saúde implementados na unidade, a

exemplo do NUGTES

1. Fomentar práticas democráticas e participativas

nos modos de cuidar e gerir da saúde 1. Implantação e implementação de sistemas

de cogestão e colegiados ampliados;

2. Implementação de diretrizes e protocolos

de atenção à saúde, elaborados de forma

coletiva com a equipe responsável pelo

cuidado.

Percentual de espaços de cogestão

implementados;

Percentual de espaços que discutam a

gestão do trabalho e a educação na saúde,

de forma integrada, existente (NUGETS);

Nº de diretrizes e protocolos por Linha de

Cuidado implementados

1. Promover a discussão e revisão dos processos de

trabalho em saúde e fluxos organizacionais 1. Elaboração coletiva (gestores e

trabalhadores) de fluxos, protocolos, normas

e rotinas orientados pelas características da

Nº de protocolos e fluxos descritos de

trabalho, discutidos, pactuados e

considerando as linhas do cuidado;

Page 17: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

16

unidade e linhas do cuidado.

Nº de dispositivos da PNH implantados e

implementados ;

1. Contribuir na promoção de qualidade de vida no

trabalho

1. Realizar atividades de enfrentamento à

violência no trabalho;

2. Implementação de diretrizes e

dispositivos da Política Nacional e Estadual

de Humanização e a Política de Saúde do

Trabalhador;

3.Qualificar os trabalhadores e gestores para

atuarem na gestão de conflitos; 4. Implementação e fortalecimento de

serviços de atenção à saúde do trabalhador e

comissões locais de saúde do trabalhador;

5. Formar/fortalecer apoiadores de

humanização

Nº de estratégias de Saúde do Trabalhador

implementados;

Nº de Serviços de Saúde do Trabalhador

implementados;

Aumento da satisfação dos trabalhadores

no ambiente de trabalho

Contribuir com a formação de trabalhadores,

gestores e estudantes na perspectiva da

humanização

1.Elaboração e implementação de plano de

educação permanente nos serviços que

contemple conteúdos da humanização;

2.Transversalização dos conteúdos da

humanização nos diversos cursos e

processos formativos;

3. Estabelecimento de carga horária

destinada aos processos educativos para os

trabalhadores dentro da jornada de trabalho

pactuada e oficializada pelo gestor dos

serviços;

4. Investimentos em práticas de estágio em

vivência na humanização da atenção e da

gestão do SUS, a exemplo do Programa

PermanecerSUS; 5. Articulação com as universidades que

ofereçam cursos na área da saúde para incentivar a abordagem da PNH e da

PEH durante a graduação; 6. Qualificação de gestores do SUS para

processos de gestão participativa e

democrática

1. Plano de educação permanente com

presença de conteúdos da humanização

elaborado e implementado;

2. Percentual de cursos formativos com

presença de conteúdos da humanização;

3. Percentual de serviços com

regulamentação de Carga horária destinada

a educação permanente dentro da jornada

de trabalho;

4. Percepção dos usuários sobre o

atendimento humanizado

5. Existência de estágio que fomente a

experiência nos princípios e diretrizes da

humanização

Page 18: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

17

EIXO – TRANSVERSALIDADE DA HUMANIZAÇÃO NAS RAS

As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde,

de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico,

logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 –

portaria nº 4.279, de 30/12/2010).

A RAS tem como proposta maior a resolutividade e eficácia na produção de saúde, promovendo

a integração das ações e serviço de saúde de forma continua integral e humanizada, além da

melhoria na eficiência da gestão no que diz respeito à organização da regionalização do território

assegurando ao usuário uma assistência de qualidade firmada nos princípios e diretrizes do SUS. Na

Bahia são cinco redes temáticas; 1. Rede Cegonha, 2. Rede Atenção Psicossocial, 3. Rede de

Doenças Crônicas, 4. Rede de Pessoas com Deficiência e 5. Rede de Urgência e Emergência.

Iniciativa Indicadores* (Poderão ser mais de 01 indicador por

iniciativa – incluindo segregação por periodicidade:

Quadrimestral ou anual)

Ação/Objetivos

Estratégias

1. Contribuir para o

fortalecimento das RAS

considerando a

transversalização da

Humanização

1. Promoção da participação dos apoiadores da

humanização nos diferentes espaços de Co-gestão das

RAS;

2. Qualificação da equipe multiprofissional e dos

gestores do SUS nas perspectivas do trabalho em rede de

atenção à saúde transversalizando os conteúdos

humanização;

3. Promoção da participação dos membros do controle

social do SUS nos Fóruns das RAS e CTH;

4. Fomentar a participação dos apoiadores da

humanização nos processos de planejamentos das RAS;

1. Nº de apoidadores da PEH com participação nos

espaços de co-gestão das RAS;

2. Percentual de implantação dos dispositivos da

humanização nas RAS;

3. Nº de trabalhadores, gestores e usuários

qualificados nas RAS e PEH

Page 19: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

18

EIXO – DEFESA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS

Com base na Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde que foi aprovada pelo Conselho

Nacional de Saúde (CNS) em sua 198ª Reunião Ordinária, realizada no dia 17 de junho de 2009,

cada cidadão deve conhecer seus direitos para poder ajudar o Brasil a ter um sistema de saúde com

muito mais qualidade. O documento, que tem como base seis princípios básicos de cidadania,

caracteriza-se como uma importante ferramenta para que o cidadão conheça seus direitos e deveres

no momento de procurar atendimento de saúde, tanto público como privado. Ela foi elaborada de

acordo com seis princípios basilares que, juntos, asseguram ao cidadão o direito básico ao ingresso

digno nos sistemas de saúde, sejam eles públicos ou privados:

1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde;

2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema;

3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer

discriminação;

4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus

direitos;

5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma

adequada;

6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios

anteriores sejam cumpridos.

Para o Conselho Nacional de Saúde é importante que todos se apossem do conteúdo da Carta,

elaborada com uma linguagem acessível e, assim, permitir o debate e apropriação dos direitos e

deveres nela contidos por parte dos gestores, trabalhadores e usuários do SUS.

Iniciativa Indicadores* (Poderão ser mais de 01 indicador por

iniciativa – incluindo segregação por periodicidade:

Quadrimestral ou anual)

Ação/Objetivos

Estratégias

1. Ampliar e qualificar o

acesso dos usuários aos

serviços de saúde;

2. Fomentar a elaboração

de fluxos de serviços de

saúde em rede na

perspectiva da

corresponsabilização dos

pontos de atenção;

1.1 Implantar/implementar o dispositivo do ACCR e

realizar processos educativos junto aos trabalhadores,

gestores e usuários nas unidades de saúde; 1.2. Publicização da carta dos direitos dos usuários em

todos os serviços do SUS; 1.3 Qualificação do atendimento multiprofissional com

base em práticas clínicas seguras, cuidadoras e

humanizadas centradas nas necessidades dos usuários;

2.1 Qualificar os trabalhadores e gestores para elaboração

de fluxos com base na análise da situação de saúde da

população do território; 2.2. Fomentar a criação de espaços colegiados

considerando a tríplice inclusão dos sujeitos como

preconizados na PNH (Gestores, Trabalhadores e

Satisfação dos usuários;

Percentual de unidades com fluxos de serviços

pactuados entre os pontos de atenção;

Percentual de unidades com ACCR implementados;

Nº de espaços de qualificação e/ou de educação

permanente realizado.

Page 20: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

19

usuários); 2.3 Realização do atendimento em linhas de cuidado de

forma articulada entre os pontos de atenção; 2.4 Promoção da integralidade da atenção e do cuidado

junto aos usuários fortalecendo a rede de atenção a saúde

de modo corresponsável e solidário; 2.5 Implantação e implementação de ouvidorias do SUS

compreendendo como instância de controle social para

garantia dos direitos dos usuários.

1. Desenvolver o cuidado

considerando a

humanização como modus

operandis da atenção à

saúde

1- Implantação/implementação das diretrizes e

dispositivos das Políticas Nacional e Estadual de

Humanização da Atenção e da Gestão do SUS, tais como:

Clínica Ampliada, Visita Aberta, Cuidado Terapêutico;

2. Sinalização afixada no leito com identificação do

usuário, da equipe de referência de seu cuidado e data de

internação;

3. Promoção e implementação de iniciativas voltadas à

segurança do paciente em diferentes áreas da atenção,

organização e gestão de serviços de saúde

Nº de dispositivos da PNH implementados; Percentual de unidades com Núcleos de Segurança do

Paciente implantado

1. Promover o respeito às

diversidades e

singularidades, com vista a

fortalecer a equidade em

saúde

1- Desenvolvimento de ações que promovam o respeito

às crenças religiosas dos usuários em acordo com a

Portaria 880/2014; 2. Realização do acolhimento aos usuários respeitando

seu nome social, sua identidade de gênero, conforme

preconizado no Decreto 8.727/2016;

3. Ações de promoção a saúde integral e humanizadas às

populações historicamente vulneráveis;

4. Desenvolvimento de ações de enfrentamento à

violência institucional visando o acolhimento das

diversidades e singularidades dos usuários do SUS;

5. Realizações de ações sistemáticas no combate ao

racismo institucional nos serviços de saúde

Satisfação dos usuários Percentual de unidades com Núcleos de Assistência

Religiosa implementado; Percentual unidades com Núcleos de Programa de

combate ao racismo implementado

1. Assegurar a

identificação da situação

de trabalho dos usuários

atendidos nas unidades de

saúde

1. Incorporação da informação acerca da atividade

laborativa do usuário na ficha de admissão no serviço de

saúde

Percentual de unidade/serviço de saúde com quesito

de atividade laborativa do usuário inclusa na ficha de

admissão

Page 21: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

20

REFERÊNCIAS

BENEVIDES, R.; PASSOS, E. Humanização na saúde: um novo modismo? Interface – Comunic., Saude, Educ., v.9,

n.17, p.389-394, 2005.

______. A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 10, n. 3, 2005.

pp. 561 – 571.

BAHIA, Plano Estadual de Educação na Saúde com ênfase nas Redes de Atenção e Vigilância à Saúde, 2013.

BRASIL. Casa Civil. Decreto nº 7508/2011. Brasília, 2011.______. Portaria Ministerial nº 4.279, de 30/12/2010.

Diário Oficial da União, Brasília, 2010.

______. Ministério da Saúde. Monitoramento e avaliação na Política Nacional de Humanização na rede de atenção e

gestão do SUS: manual com eixos avaliativos e indicadores de referência. Série B. Textos básicos de Saúde, 1. Edição.

Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

______. Ministério da Saúde. Portaria Ministerial nº 1996/2007. Brasília, 2007. ______. Ministério da Saúde. Cartilha HumanizaSUS: Acolhimento com avaliação e classificação de risco: um

paradigma ético-estético no fazer em saúde. Brasília: Ministério da saúde. 2004.

______. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização – documento base para gestores e

trabalhadores do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

______. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da

saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da

união, Brasília, DF, 20 de set. 1990. ______. Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único

de Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras

providências. Diário Oficial da união, Brasília, DF, 31 dez.1990.

______. Ministério da Saúde. Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde/MS Sobre Diretrizes e Normas

Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, 10 de out.1996.

______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa. Um método para análise e cogestão de coletivos: a constituição do sujeito, a

produção do valor de uso e a democracia em instituições: o método da roda. 3ª edição, São Paulo: Hucitec, 2000, p. 21 –

38.

DESLANDES, Suely F. O projeto ético-político da humanização: conceitos, métodos e identidades. Interface:

comunicação, saúde e educação, v. 9, nº17. Mar/ago, 2005. p. 389-406.

FERLA, Alcindo; CECCIM, Ricardo;. Educação Permanente em Saúde. In: Escola Politécnica de Saúde Joaquim

Venâncio; Estação Observatório de Recursos Humanos. Dicionário da Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro:

EPSJV; 2006. p. 7 – 12.

FLEURY, Sônia. OUVERNEY, Assis Mafort. Política de saúde: uma política social. In: GIOVANELLA, Lígia et. al.

(Org.). Políticas e sistemas de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2008, p. 23-64.

FREY, Klaus. Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões à prática da análise de políticas públicas no Brasil.

Planejamento e Políticas Públicas, Brasília, n. 21, p. 211-259, jun. 2000.

Page 22: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA · Ana Cristina Coêlho Ramos (DGTES), Ana Luiza Santana Lima (UEPirajá), Bruno Guimarães de Almeida (DGTES), Débora Jane Ferreira Andrade,

21

LACAZ, F. A. C. Saúde do trabalhador: um estudo sobre as formações discursivas da Academia, dos Serviços e do

Movimento Sindical. 1996. 435 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva)–Faculdade de Ciências Médicas, Universidade

Estadual de Campinas, Campinas-SP, 1996

MATTOS, Ruben Araújo de. Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e a humanização das práticas de saúde.

Interface (Botucatu). 2009, vol.13, suppl. 1, pp. 771-780. ISSN 1414-3283.

MERHY, E. E.; FRANCO, T. B. Trabalho em saúde. Dicionário da Educação Profissional em Saúde. Fundação

Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. 2009. Manguinhos – Rio de Janeiro – RJ.

PAIM, Jairnilson Silva. Reforma Sanitária Brasileira: contribuição para a compreensão crítica. Salvador: EDUFBA;

Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2008, 356p.

_____; FIGUEIREDO, Vera de Oliveira Nunes. Contratos internos de gestão no contexto da Política de Humanização:

experimentando uma metodologia no referencial da cogestão. Interface (Botucatu). 2009, vol.13, suppl.1, pp. 615-626.

SANTOS FILHO, Serafim Barbosa. Avaliação e Humanização em Saúde: aproximações metodológicas. Coleção

Saúde Coletiva, Ed. UNIJUI. 2009, 272p.

______. Perspectivas da avaliação na Política Nacional de Humanização em Saúde: aspectos conceituais e

metodológicos. Coleção Ciência & Saúde, v. 12: 2007, p. 999-1010. TEIXEIRA, Carmen (Organizadora). Planejamento em Saúde: Conceitos, métodos e experiências. Salvador:

EDUFBA, 2010. pp.17-33.