Upload
vobao
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social
Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação
O SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL
A ADOLESCENTES EM MEDIDAS
SOCIOEDUCATIVAS (PSC / LA) E A
EFETIVAÇÃO DO SINASE
• REGRAS DE CONVIVÊNCIA
• https://www.youtube.com/watch?v=u5651tdwyXo
• APRESENTAÇÃO
- Nome
- Onde atua
- Função desempenha
• DÚVIDAS
- Quais as três principais dúvidas
sobre o atendimento
socioeducativo?
SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO
SOCIOEDUCATIVO -SINASE
ASPECTO 1 – organização e gestão da
política
ASPECTO 2 – Execução dos serviços
CARACTERIZANDO AS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
• ECA (Lei 8.069/90)
• Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar:
• I - Advertência;
• II - Obrigação de reparar o dano;
• III - Prestação de serviços à comunidade;
• IV - Liberdade assistida;
• V – Semiliberdade;
• VI - Internação;
• VII - Qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
•
Identificando as Medidas Socioeducativas
MEDIDA SOCIOEDUCATIVA EXIGE PROGRAMA
ESPECÍFICO QUEM EXECUTA
ADVERTÊNCIA
OBRIGAÇÃO DE REPARAR
O DANO
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
À COMUNIDADE
LIBERDADE ASSISITIDA
SEMILIBERDADE
INTERNAÇÃO
Identificando as Medidas Socioeducativas
MEDIDA SOCIOEDUCATIVA PRAZO ELABORAÇÃO DO PIA
ADVERTÊNCIA
OBRIGAÇÃO DE REPARAR O
DANO
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À
COMUNIDADE
LIBERDADE ASSISITIDA
SEMILIBERDADE
INTERNAÇÃO
Identificando as Medidas Socioeducativas
MEDIDA SOCIOEDUCATIVA EXIGE PROGRAMA
ESPECÍFICO QUEM EXECUTA
ADVERTÊNCIA NÃO JUIZ
OBRIGAÇÃO DE REPARAR
O DANO NÃO JUIZ
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
À COMUNIDADE SIM
EQUIPES CREAS
EQUIPE DAS
INSTITUIÇÕES
LIBERDADE ASSISITIDA SIM EQUIPES CREAS
SEMILIBERDADE SIM FUNASE
INTERNAÇÃO SIM FUNASE
Identificando as Medidas Socioeducativas
MEDIDA SOCIOEDUCATIVA PRAZO ELABORAÇÃO DO PIA
ADVERTÊNCIA AUTOS DO
PROCESSO NÃO
OBRIGAÇÃO DE REPARAR O
DANO
AUTOS DO
PROCESSO NÃO
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À
COMUNIDADE
MÁXIMO DE 06
MESES ATÉ 15 DIAS
LIBERDADE ASSISITIDA AVALIAÇÃO A CADA
SEIS MESES ATÉ 15 DIAS
SEMILIBERDADE REAVALIAÇÃO A
CADA 06 MESES ATÉ 45 DIAS
INTERNAÇÃO
AVALIAÇÃO A CADA
06 MESES, MÁXIMO
DE 03 ANOS
ATÉ 45 DIAS
SINASE
SISTEMA NACIONAL DE
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
O QUE É O SINASE?
Conjunto ordenado de princípios, regras e critérios que regulamentam desde a apreensão do adolescente até a execução de medidas socioeducativas
Inclui, por adesão, os sistemas estaduais e municipais bem como TODOS os planos, políticas e programas de atendimento a adolescentes em MSE
SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO
SOCIOEDUCATIVO
Originalmente instituído pela Resolução nº
119/2006, do Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente – CONANDA
(normas de referência)
Aprovado pela Lei nº 12.594, de 18 de janeiro
de 2012,
O QUE É O SINASE?
• Modelo para construção da POLÍTICA PÚBLICA de
atendimento a adolescentes a quem se atribua a prática
do ato infracional, extensivo a sua família;
• Regulamenta a forma como o Poder Público, por
seus mais diversos órgãos e agentes, deverá prestar o
atendimento especializado ao adolescentes autor de ato
infracional.
QUAL O OBJETIVO DO SINASE?
• Efetivar uma política específica para o atendimento
socioeducativo de cunho intersetorial acabando com o isolamento do
poder judiciário e estabelecendo critérios mais justos;
Para isso define as responsabilidades de cada ente da Federação
(União, estados e Municípios);
União: Normatiza, apoio técnico e financiamento
Estado: Medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade
Municípios: Medidas Socioeducativas em meio aberto
QUEM FINANCIA O SINASE (Lei 12.594/2013)
• Prestar assessoria técnica e suplementação financeira para o desenvolvimento dos Sistemas Estaduais e Municipais
• Financiar a execução programas e serviços do SINASE
União
Art. 3º
• Prestar assessoria técnica e suplementação financeira aos municípios para oferta regular do meio aberto
• Cofinanciar a execução do atendimento inicial e das medidas privativas de liberdade
Estado
Art. 4º
• Cofinanciar execução programas e ações do atendimento inicial e atendimento em meio aberto
Município
Art. 5º
• Resolução nº 7, da CIT: expansão da oferta do
Meio Aberto no SUAS, (388 para 903 municípios
com cofinanciamento federal)
• * FONTE: Levantamento Nacional 2011 - Atendimento Socioeducativo ao
Adolescente em Conflito com a Lei. Brasília: SDH/PR, 2012.
• ** Fonte: Censo SUAS/MDS, 2012.
PROPORÇÃO DE ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE
MSE - MEIO FECHADO E MEIO ABERTIO
ANO MEIO FECHADO MEIO ABERTO PROPORÇÃO
2009* 16.940 40.657 1 PARA 2,4
2010* 17.703 69.650 1 PARA 3,9
2011 19.595* 88.075** 1 PARA 4,5
O QUE DIZ O PLANO DECENAL NACIONAL SOCIOEDUCATIVO
Objetivo: Implantação e implementação da política de
cofinanciamento.
Metas:
1. Implementar o SINASE garantindo os recursos
financeiros em cofinanciamento para o funcionamento
adequado dos programas socioeducativos;
1. Assegurar o repasse dos recursos destinados à
implementação das ações correspondentes ao SINASE
em todos os Estados e municípios...
QUEM COORDENA O SINASE (Lei 12.594/2013)
• Formula e coordena a execução da Política Nacional de
atendimento socioeducativo
• CONANDA: Normatiza, delibera, avalia e fiscaliza o SINASE
• SDH: Função executiva e de gestão do SINASE
União
Art. 3º
• Formula, institui, coordena e mantém o sistema Estadual
• CEDCA: Delibera e exerce o controle do Sistema Estadual
• O órgão executivo e gestor do Sistema Estadual será definido no Plano Estadual
Estado
Art. 4º
• Formula, institui, coordena e mantém o sistema municipal
• CMDCA: Delibera e controla o Sistema Municipal
• O órgão executivo e gestor do Sistema Municipal será definido no Plano Municipal
Município
Art. 5º
Artigo 2º Lei 12.594
SINASE será coordenado pela união e
integrado pelos sistemas estaduais e
municipal....COM LIBERDADE DE
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
PRINCÍPIOS
1. Elaboração dos Planos Decenais de Atendimento
Socioeducativo na perspectiva do planejamento de uma
política pública INTERSETORIAL
Demanda uma abordagem eminentemente interdisciplinar,
Execução das ações de forma intersetorial
MODELO SISTEMICO DO SINASE
Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo (Art.7 Decenais e devem ser elaborados em até 360 dias a partir da
aprovação do Plano Nacional – aprovado através da Resolução nº
160 de 18/11/2013.
Diagnóstico
Objetivos
Metas
Prioridades
Formas de financiamento
Gestão das ações
QUEM ELABORA O PLANO
- Formar comissão intersetorial (Assistência,
Educação, saúde, cultura, esportes, trabalho)
para elaboração de um esboço do Plano;
Comissão: técnicos ou pessoas qualificadas, que
tenham pleno domínio da matéria e conhecimento da
estrutura organizacional do setor que representam
- Apresentação ao CMDCA para apreciação,
deliberação e aprovação.
Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo
Não podemos ler um único texto legal (SINASE, LOAS, ECA),.
É preciso fazer "interpretação integrativa" das diversas
normas (legais, infralegais e constitucionais);
A elaboração não pode ficar a cargo apenas de um setor da
administração ou de um único “equipamento” / CREAS
As ações previstas no “Plano Municipal” serão também
executadas por profissionais e setores diversos, que devem
se sentir “parte integrante” do “processo de construção”
daquele instrumento
Preciso manter diálogo, articulação e integração de ações
com a definição dos “fluxos” “protocolos de atendimento”
intersetorial entre os mais diversos integrantes do “Sistema
METODOLOGIA PARA ELABORA O PLANO
- Escolher um coordenador;
- Elaborar um cronograma de reuniões
- Distribuir para toda comissão material de apoio
- Convidar sistema justiça e especialistas
- Os trabalhos da “comissão" devem ser
registrados em “ata”, incluindo a “memória” e a
justificativa para os votos e opiniões
divergentes, para que possam ser
posteriormente submetidas à análise do
Conselho de Direitos
QUEM EXECUTA O PLANO
- Diferentes setores, mas em especial assistência
social a partir da organização de serviços de
atendimento em meio aberto;
- Eca art. 100: A “responsabilidade primária” no
atendimento de crianças e adolescentes é do Poder
Público;
- Tanto o ECA quanto a Lei nº 12.594/2012 abrem
espaço para atuação de entidades não
governamentais desde que apresente estrutura
adequada, equipe qualificada e poder articulação
CREAS/CRAS/CAPs
• Distribuição e discussão de
material a ser preenchido no
município
PRINCÍPIOS
2. ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO
CAPÍTULO IV – LEI DO SINASE / DO PLANO INDIVIDUAL DE
ATENDIMENTO (PIA)
• Art. 52. O cumprimento das medidas socioeducativas, em
regime de PSC, LA, semiliberdade ou internação, dependerá
de Plano Individual de Atendimento (PIA), instrumento de
previsão, registro e gestão das atividades a serem
desenvolvidas com o adolescente
• 2. ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO
Atendimento individualizado = capaz de neutralizar os
fatores determinantes da conduta infracional e
proporcionar condições para elaboração e
concretização de um novo “projeto de vida”.
Devem ser elaborados pela equipe com a
participação efetiva do adolescente e de sua família
• 2. ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO
O adolescente e seus pais ou responsável devem ser
devidamente orientados acerca das intervenções
propostas e das consequências para seu eventual
descumprimento;
art. 52, parag. único, da Lei n° 12.594/2012: Pais ou
responsável, têm o dever de contribuir com o “processo
ressocializador” do adolescente e são passiveis de
responsabilização no caso de omissão.
• PLANO DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL / PIA
Planos devem abranger o atendimento às famílias dos
adolescentes;
Acompanhamento a todas as dimensões da vida
familiar e comunitária do adolescente.
• PLANO DE ATENDIMENTO INDIVIDUAL / PIA
Devem ser permanentemente monitorados e estar em
constante revisão para subsidiar tomadas de decisão,
retomada da medida, substituição por outra que se mostre
mais adequada, extinção ou, em situações extremas, a
decretação da internação nos moldes do disposto no art. 122,
inciso III, do ECA (por descumprimento reiterado e
injustificável da medida anteriormente imposta)
• Art. 56. Para o cumprimento das medidas de prestação
de serviços à comunidade e de liberdade assistida, o PIA
será elaborado no prazo de até 15 (quinze) dias do
ingresso do adolescente no programa de atendimento.
• Vídeo: SINASE / PENSANDO BEM
(25:26 até 42:55)
É POSSÍVEL ALTERAR UMA MEDIDA EM EXECUÇÃO
EM QUE O ADOLESCENTE APRESENTE BONS
RESULTADOS NO ALCANCE DOS OBJETIVOS DO
PIA ANTES DO PRAZO INICIALMENTE PREVISTO
QUANDO DE SUA APLICAÇÃO (OU ANTES DO
PRAZO ESTABELECIDO PARA SUA REAVALIAÇÃO)?
SIM!!
Na forma da lei as medidas socioeducativas podem
ser substituídas umas pelas outras “a qualquer tempo”,
e mesmo extintas quando não mais se fizerem
necessárias (Artigo Art. 43).
Cumprimento adequado do PIA onde a intervenção
socioeducativa não se fizer mais necessária: tanto
equipe técnica quanto o próprio adolescente (por
intermédio de seu defensor), ou mesmo os
pais/responsável e o próprio Ministério Público,
podem requerer a substituição ou extinção da medida.
• Art. 43. A reavaliação da manutenção,
da substituição ou da suspensão das
medidas de meio aberto ou de privação da
liberdade e do respectivo plano individual
pode ser solicitada a qualquer tempo, a
pedido da direção do programa de
atendimento, do defensor, do Ministério
Público, do adolescente, de seus pais ou
responsável.
A EQUIPE TÉCNICA DEVE “INFORMAR” OU
“REQUERER” A SUBSTITUIÇÃO DA MEDIDA
POR OUTRA "MAIS BENÉFICA“ OU ATÉ
MESMO SUA EXTINÇÃO?
•SIM!!!!!!!!!!
Constatado pela equipe técnica o cumprimento das
metas e objetivos especificados no Plano Individual e
entenda possível a substituição ou mesmo extinção da
medida deve efetuar - fundamentadamente - a
comunicação de suas conclusões à autoridade judiciária,
mediante relatório circunstanciado de reavaliação.
De posse do relatório o Juiz deverá abrir vista ao
Ministério Público e à Defesa do adolescente, poderá
determinar sua oitiva e a seguir decidirá.
Art. 58. Por ocasião da reavaliação da medida, é
obrigatória a apresentação de relatório da equipe técnica
sobre a evolução do adolescente no cumprimento do
plano individual.
A EQUIPE PODE TER ACESSO AOS
AUTOS DO PROCEDIMENTO DE
APURAÇÃO DO ATO INFRACIONAL?
SIM!!!
Art. 57. Para a elaboração do PIA, a direção do respectivo,
pessoalmente ou por meio de membro da equipe técnica, terá
acesso aos autos do procedimento de apuração do ato
infracional e aos dos procedimentos de apuração de outros atos
infracionais atribuídos ao mesmo adolescente.
§ 1o O acesso aos documentos deverá ser realizado por funcionário
da entidade de atendimento, devidamente credenciado para tal
atividade em conformidade com as normas a serem definidas pelo
Poder Judiciário.
§ 2o A direção poderá requisitar, ainda:
I - ao estabelecimento de ensino, o histórico escolar do
adolescente e as anotações sobre o seu aproveitamento;
II - os dados sobre o resultado de medida anteriormente aplicada
e cumprida em outro programa de atendimento; e
III - os resultados de acompanhamento especializado anterior.
• QUALQUER PESSOA PODE TER ACESSO
AO PIA?
NÃO!!
Art. 59. O acesso ao plano individual será restrito aos
servidores do respectivo programa de atendimento, ao
adolescente e a seus pais ou responsável, ao Ministério
Público e ao defensor, exceto expressa autorização
judicial.
É preciso estabelecer fluxos de acesso ao PIA quando o
adolescente chega por progressão do meio fechado.
• O adolescente deve ser atendido em sua
particularidade = PIA.
•
• É possível pensar nisso estando o
atendimento socioeducativo inserido na
Política de Assistência Social que, via de
regra, tem um perfil de usuário específico?
CONSTRUINDO O PIA
Estudo de caso
Sensibilização do adolescente cumprimento da
MSE
Entrevistas sobre seus interesses, talentos, sonhos
e objetivos
Reuniões de avaliação da
trajetória
Construção de relatórios a partir da
execução do PIA
Elaboração do PIA e
assinado por todos
Envio PIA Judiciário
(15 dias)
Execução do PIA
DINÂMICA: ELABORANDO O PLANO INDIVIDUAL DE
ATENDIMENTO:
Apresentação de roteiro para elaboração do PIA =
todos os grupos recebem o mesmo caso e seguem o
roteiro de elaboração. Um será escolhido para
apresentação os demais contribuem!
ASPECTOS IMPORTANTES A PARTIR DOS PRINCÍPIOS
• 3. Caráter pedagógico x Caráter punitivo da MSE
• “Apenas a aplicação da MSE não punitivas é
suficiente para responsabilização do
adolescente?”
Para aprofundar pia:
1. https://www.youtube.com/watch?v=3pM0GMACuFM
2. CADERNOS DO IASP /INSTITUTO DE AÇÃO
SOCIAL DO PARANÁ
Pensando e Praticando a Socioeducação:
http://www.tjsc.jus.br/infjuv/documentos/midia/publicacoe
s/cartilhas/criancaeadolescente/Cadernos%20do%20IAS
P_Pensando%20e%20praticando%20a%20socioeduca%
C3%A7%C3%A3o.pdf
GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO – GPPC
(81) 3183-6956 / 3183-3258 / 3183-3259