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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL -
PDE
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
ILMA NATALE
FÁBULA: UMA PROPOSTA DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL
PARA 5ª SÉRIE
MARINGÁ – PARANÁ
2011
PARANÁ GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS -
DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL – PDE
Ficha para Catálogo - PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA Título:
Fábula: uma proposta de leitura e produção textual para 5ª série
Autor: Ilma Natale
Escola de Atuação:
Colégio Estadual de Iporã – Ens. Fundamental, Médio e Profissional.
Município da Escola: Iporã Pr
Núcleo Regional de Educação:
Umuarama
Orientador: Profª. Dr ª Eliana Alves Greco
Instituição de Ensino Superior:
UEM - Universidade Estadual de Maringá
Disciplina/Área: (Entrada
no PDE) Língua Portuguesa
Produção Didático-Pedagógica:
Sequência Didática
Relação Interdisciplinar: Não
Público Alvo: Alunos de 5ª Série.
Localização: Colégio Estadual de Iporã – EFMP Av. Duque de Caxias,2631 – Iporã _PR
Apresentação:
Esta proposta tem como foco de intervenção alunos de 5ª série do Ensino Fundamental. Pretende-se desenvolver um trabalho com o gênero fábula, no intuito de promover o ensino da leitura e da produção textual, contribuindo para o enfrentamento das dificuldades de aprendizagem. A leitura é de fundamental importância para se tornar um bom escritor, entretanto é possível notar que os alunos apresentam dificuldades na leitura, o que acaba refletindo na produção textual. Nesse sentido, espera-se que, com o gênero fábula, o aluno se sinta à vontade para desenvolver as atividades de leitura. O objetivo deste projeto é, portanto, levar o aluno a apropriar-se das diversas formas de leitura de fábulas, possibilitando-lhe fazer uso da leitura e da escrita como um meio de se inserir no contexto social em que vive. Acredita-se que não é produtivo ensinar, na sala de aula, os procedimentos de composição textual, deslocando o aluno da prática social e o desvinculado da interação com atividade de leitura. Espera-se que este material colabore para o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, bem como para o enriquecimento dos colegas professores.
Palavras-Chave:( 3 a 5 palavras)
Leitura, Produção textual, Gênero Fábula.
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO _____________________________________________ 4
2 APRESENTAÇÃO ____________________________________________ 5
3 PROCEDIMENTOS____________________________________________ 6
ETAPA I ____________________________________________________ 6
ETAPA II ___________________________________________________ 12
ETAPA III ___________________________________________________ 13
ETAPA IV ___________________________________________________ 18
ETAPA V ___________________________________________________ 21
ETAPA VI ___________________________________________________ 21
ETAPA VII __________________________________________________ 24
ETAPA VIII __________________________________________________ 24
4 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÀO ______________________________ 25
5 CONTEÚDO DE ESTUDO ______________________________________ 25
6 RESULTADOS ESPERADOS ___________________________________ 25
7 RECURSOS A SEREM UTILIZADOS _____________________________ 25
8 AVALIAÇÃO OU ACOMPANHAMENTO ___________________________ 26
REFERÊNCIAS ________________________________________________ 27
4
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 PROFESSORA PDE: Ilma Natale
1.2 ÁREA PDE: Língua Portuguesa
1.3 PROFESSOR ORIENTADOR DO IES: Profª Drª Eliana Alves Greco
1.4 IES: Universidade Estadual de Maringá/UEM – MARINGÁ – PR
1.5 ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual de Iporã – Ensino
Fundamental
1.6 PÚBLICO DO OBJETO DE INTERVENÇÃO: Alunos de 5ª Série do Ensino
Fundamental.
5
2. APRESENTAÇÃO
Esse projeto, com o tema Fábula em sala de aula: leitura e produção
textual tem como foco de intervenção alunos de 5ª série do Ensino Fundamental e
se justifica no sentido de contribuir para o enfrentamento das dificuldades de
aprendizagem, auxiliando-os na superação das dificuldades de leitura e escrita.
A leitura é de fundamental importância para se tornar um bom escritor,
entretanto a prática da leitura está se tornando cada vez mais rara entre os
alunos. É possível notar que os alunos apresentam dificuldades na leitura, e isso
acaba refletindo na produção de texto.
Conforme as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa,
[...] a prática de leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são suas obrigações e também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz. (SILVA, 2005, p.24, apud SEED, 2008 p. 57)
Busca-se aprimorar os conhecimentos por meio da leitura. Entende-se que
a escola deve ser a responsável pela formação do leitor, deve desenvolver o
processo de habilidades de leitura, além de incentivar a leitura como prazer.
Devido a isso, o professor de Língua Portuguesa deve desenvolver estratégias
que promovam a interação dos alunos com os diferentes gêneros textuais.
Segundo Menegassi (2005),
A formação de leitores competentes, autônomos, possibilita ao aluno a capacidade de aprender a partir dos textos que lê, isto é, a cada novo texto o leitor aprende novos conhecimentos, novas estruturas, desenvolve novas estratégias; ele aprende a aprender. Para que isso seja possível, é necessário que esse leitor interaja com o texto, compreendendo-o; estabeleça relações entre o que lê e os conhecimentos prévios que tem armazenado na memória sobre o tema discutido no texto. (MENEGASSI, 2005, p. 79)
Por meio da leitura, o aluno desenvolve o gosto pela leitura, sente-se mais
seguro para dizer o que pensa e tem maior capacidade de se expressar na forma
escrita e de se relacionar com o mundo. O exercício da escrita
6
... leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc. (SEED, 2008 p.68)
Considerando que a leitura e a escrita caminham juntas, este projeto se
justifica pela necessidade de valorizar as práticas de leitura e de escrita na
escola.
Sendo assim, é importante desenvolver um trabalho com gêneros, pois,
além de auxiliar na aprendizagem, fazem parte do cotidiano do aluno,
possibilitando o desenvolvimento de capacidades específicas inerentes à
compreensão e produção de textos.
Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para
aprimorar a prática da escrita. Neste projeto, foi escolhida a fábula, por ser um
gênero fortemente marcado pela função educativa.
Acredita-se que, com este gênero, o aluno se sinta à vontade para
desenvolver as atividades de leitura, por ser de fácil compreensão, despertando,
assim, o desejo de se expressar oralmente e, consequentemente, aprimorando a
escrita.
O objetivo deste material didático é levar o aluno a apropriar-se das
diversas formas de leitura do gênero fábula, possibilitando-lhe fazer uso da leitura
e da escrita como meio de se inserir no contexto social em que vive.
Pretende-se, portanto, proporcionar atividades que permitam analisar os
temas abordados; identificar as dificuldades quanto à produção escrita; favorecer
a desibinição; encorajar a expressão; estimular a fluência de idéias; criar o
respeito mútuo, valendo-se de situações que levem o aluno a se expressar na
leitura, oralidade e escrita, por meio da produção textual.
3. PROCEDIMENTOS
ETAPA I – IDENTIFICAÇÃO DO GÊNERO FÁBULA
7
Carga Horária 4 horas-aula
VIAJANDO PELO GÊNERO FÁBULA
Hoje vamos falar de um gênero que começou a ser escrito há muito tempo
atrás. No início, poderemos até pensar ”novamente historinhas para crianças”,
mas com muita leitura e principalmente relembrando as histórias contadas pelos
mais velhos, perceberemos que essas histórias não foram escritas para crianças,
pois tinham o objetivo de dar conselhos, ensinar e até mesmo uma forma de
distrair os mais velhos.
Por falar nisso, você já ouviu falar em fábulas? Conhece alguma?
A partir de hoje, faremos uma viagem pelo mundo das fábulas. Como
surgiu? Por que foram escritas? Quem foram os maiores fabulistas? E,
principalmente, porque até hoje circulam em nosso meio com os mesmos
objetivos que foram escritas há tanto tempo atrás.
Nas propostas que serão apresentadas a seguir, trabalharemos com o
gênero narrativo fábula. Um gênero que estimula a nossa curiosidade em saber
como era o comportamento dos povos antigos e comparar com os tempos atuais.
O que mudou? As atitudes são as mesmas? O comportamento do ser humano
diante de algumas situações continua o mesmo? Por que a fábula ainda mantém
os mesmos objetivos de quando foi escrita?
Viajaremos pelo mundo das fábulas com La Fontaine, Monteiro Lobato,
Esopo, Millor e outros fabulistas famosos.
No final dessa fantástica viagem, vocês construirão suas próprias fábulas.
Vocês serão os fabulistas, ou seja, serão os autores. Então, boa viagem, com
certeza será muito interessante.
A partir de agora, veremos que a fábula é um gênero narrativo de ficção
bastante conhecido e existe há mais ou menos 2800 anos.
As fábulas eram narrativas orais e até hoje não se sabe ao certo quem as
criou. Mesmo sendo muito antigas, continuam sendo contadas e lidas, pois tem
como objetivo principal alertar sobre algo que pode acontecer na vida real, criticar
comportamentos humanos e ironizar os homens.
8
A seguir, faremos a leitura de duas fábulas “A gansa dos ovos de ouro” e
“A galinha dos ovos de ouro”. Uma é de Esopo, um escravo grego que viveu no
século VI a.C. E a outra, que é uma versão moderna da mesma fábula de Esopo,
foi escrita por Millôr Fernandes, escritor e cartunista brasileiro contemporâneo.
Professor: Com o objetivo de antecipar informações a ativar os conhecimentos
prévios do texto, inicie as atividades apresentando o título dos textos e fazendo
oralmente as questões abaixo.
Atividades para serem Realizadas antes da Leitura
Texto1: A gansa dos ovos de ouro
Texto2: A Galinha dos ovos de ouro
1. Responda oralmente:
Você Já ouviu falar sobre esse título?
Conhece um ovo de ouro?
O que será que o texto vai falar?
O que o ouro representa?
Por que será que as pessoas gostam tanto de ouro?
Professor: Distribua os textos aos alunos para que façam a leitura silenciosa.
Em seguida, convide-os a acompanharem a leitura que você fará em voz alta.
2. Faça a leitura silenciosa dos textos abaixo:
A GANSA DOS OVOS DE OURO
9
Esopo. 1
Um homem e sua mulher tinham a sorte de possuir uma gansa que todo
dia punha um ovo de ouro. Mesmo com toda essa sorte, eles achavam que
estavam enriquecendo muito devagar, que assim, não dava. Imaginando que a
gansa [...]
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
Millôr Fernandes2
Era uma vez um homem que tinha uma Galinha. Subitamente, em um dia
inesperado, a Galinha pôs um ovo de ouro. Ouro! Outro dia, outro ovo. Outro ovo
de ouro! O homem mal podia dormir. Esperava todas as manhãs pelo ovo de ouro
– clara, gema, gala, tudo de ouro! - que tirava da miséria aos poucos, e aos
poucos o ia guindando ao milionarismo. O fato que, antigamente, poderia passar
despercebido, na data de hoje atraía verdadeiras multidões [...].
3. Responda as questões abaixo referentes aos textos lidos:
O que os dois textos têm em comum?
O que o ouro representa nos textos?
Você acha que a ganância em demasia é boa ou ruim? Por quê?
Como os textos terminam?
Como são os personagens?
Os textos falam exatamente o tempo em que aconteceram os fatos?
Qual dos textos se adapta melhor ao mundo de hoje?
Quem está narrando o texto também é personagem?
O texto confirmou as nossas hipóteses retratadas sobre o ouro?
O ouro descrito no texto é como pensávamos? O que é diferente?
É possível estender a riqueza da maneira retratada na fábula? Explique.
1 Fábulas de Esopo, Compilação de Russell Ash e Bernard Higton. Trad. Heloisa Jahn.
São Paulo: Companhia das letrinhas, 1994. p. 78. 2 Fernandes, Millôr. Fábulas fabulosas. 12. ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991, p.91-2.
10
Como você define a riqueza depois de ler a fábula?
Você já teve contato com algum ouro?
O que você faria se encontrasse uma galinha que botasse ovos de ouro?
Esse texto é real ou só acontece na ficção?
4. Responda oralmente a questão abaixo:
Quem já não leu ou ouviu uma história curta vivida por animais e que
termina com uma moral?
Com certeza você já ouviu muitas histórias. Mas você sabe me dizer o que
é uma fábula?
Para entender melhor, vamos pesquisar, depois com suas palavras
explique o que é fábula, escrevendo no quadro abaixo.
Fábula é
Professor: Deixar este momento para que o aluno se expresse oralmente
sobre o assunto, falando tudo o que sabe sobre a fábula.
11
Procure no dicionário alguns significados para a palavra “moral”
Moral é
Reescrita do texto:
Reescreva com suas palavras uma das fábulas que acabou de estudar.
Título:
_________________________________________________________________
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12
Tarefa de Casa
Agora que você já sabe o que é uma Fábula, traga para a próxima aula
uma fábula para ser lida em sala. Converse com seus pais, pesquise na internet
ou em livros.
ETAPA II – TRABALHANDO COM AS FÁBULAS TRAZIDAS PELOS ALUNOS
Carga Horária 4 horas-aula
Leitura das fábulas trazidas pelos alunos:
Este é o momento para a leitura das fábulas trazidas por vocês. Cada um
terá sua vez de ler ou mesmo contar alguma que ouviu. Se acharem melhor, a
leitura poderá ser realizada em dupla ou vocês poderão fazer uma pequena
encenação. Fiquem à vontade.
Depois de ler e ouvir algumas fábulas, vamos responder algumas
questões sobre elas.
Você considera as fábulas histórias curtas ou longas?
Como são os personagens?
O que, geralmente, vem no final das fábulas?
O narrador também é personagem da fábula?
Existe diálogo na fábula?
Professor: Neste momento, você deverá ter em mãos algumas fábulas
para garantir que sua aula não seja prejudicada, caso seus alunos não
tragam os referidos textos pedidos na tarefa.
13
ETAPA III – LENDO E ANALISANDO ALGUMAS FÁBULAS
Carga Horária 4 horas-aula
Professor: Com o objetivo de antecipar informações a ativar os conhecimentos
prévios do texto, inicie as atividades apresentando o título dos textos e fazendo
oralmente as questões abaixo.
1. Responda oralmente:
Sobre o que você acha que o texto vai falar?
Você já viu uma lebre e uma tartaruga?
Você conseguiria dar alguma característica de cada uma delas?
2. Faça a leitura silenciosa do texto abaixo:
TEXTO I
A LEBRE E A TARTARUGA3
A Lebre vivia a se gabar de era o mais veloz de todos os animais. Até o dia
em que encontrou a Tartaruga.
– Eu tenho certeza de que se apostarmos uma corrida serei a vencedora –
desafiou a Tartaruga.
A Lebre caiu na gargalhada.
– Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
– Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a Tartaruga.
Moral: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.
[...].
3 Disponível em: <www.metaforas.com.br/infantis/a_lebre_ea_tartaruga.htm>. Acesso em: 05 jun. 2011.
14
3. Responda as questões abaixo referentes ao texto lido:
O texto comprovou o que você esperava?
A lebre foi tão esperta quanto parecia ser?
Por que a tartaruga ganhou a aposta?
Qual a moral da história?
O que quer dizer a moral da história?
Você se julga uma lebre ou uma tartaruga?
Você já se viu em alguma situação parecida com a falada no texto?
Em sua opinião, o que fez com que a tartaruga vencesse a corrida?
Você costuma fazer apostas?
Que tipo de apostas as pessoas fazem hoje em dia?
4. Responda oralmente as questões abaixo, referentes ao texto que será
lido: “O lobo e o cordeiro”, de La Fontaine.
Sobre o que você acha que o texto vai falar?
Você conhece algo sobre esses animais?
5. Faça a leitura silenciosa do texto abaixo:
TEXTO II
O LOBO E O CORDEIRO4
La Fontaine
A razão do mais forte é a que vence no final (nem sempre o Bem vence o mal) Um cordeiro a se matava nas águas limpas de um regato. Eis que avista um lobo que por lá passava em forçado jejum, aventureiro
inato e lhe diz irritado:
4 Disponível em: <www.metaforas.com.br/infantis/oloboeocordeiro.htm>. Acesso em: 05 jun. 2011.
15
“Que ousadia a tua, de turvar, em pleno dia, a água que bebo! Hei de castigar-te!” [...].
6. Responda as questões abaixo referentes ao texto lido.
O texto atendeu a suas expectativas?
Como era o cordeiro?
Como era o lobo?
O cordeiro conseguiu convencer o lobo da sua inocência?
Qual foi a atitude do lobo diante das respostas do cordeiro?
Qual a moral dessa história?
O que essa moral vem nos ensinar?
Podemos atribuir as características do lobo a seres humanos?
Que tipo de pessoas tem atitudes como a do lobo?
Você já se viu em uma situação parecida com a do cordeiro?
Se você fosse o cordeiro reagiria da mesma forma?
Como são as pessoas que tem atitudes como a do cordeiro?
7. Responda oralmente as questões abaixo, referentes aos textos que serão
lidos: “A formiga boa e a formiga má”:
Qual será o assunto retratado nos dois textos?
Você conhece alguma coisa sobre a vida das formigas?
Como podemos dizer que existe formiga boa e má.
TEXTO III
A FORMIGA BOA5
Monteiro Lobato
- E que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?
5 Disponível em: <www.scribd.com/doc/43906635/A-Formiga-Boa>. Acesso em: 07 jun.
2011.
16
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois de um acesso de
tosse.
- Eu cantava, bem sabe...
- Ah!...- exclamou a formiga recordando-se.
- Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos
para encher as tulhas? [...]
TEXTO IV
A FORMIGA MÁ6
Monteiro Lobato
Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a
cigarra e com dureza a repeliu de sua porta.
Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo
com seu cruel manto de gelo.
A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro e o
inverno veio encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde abrigar-se nem
folinha que comesse. [...]
8. Responda as questões abaixo referentes aos textos lidos:
Os textos atenderam a suas expectativas?
Quem era a formiga boa e quem era a formiga má?
O que a cigarra fazia enquanto a formiga trabalhava?
O assunto tratado nos dois textos é o mesmo?
Qual a atitude da formiga boa diante da cigarra? E a má?
Qual a moral de cada texto?
Com quem você relaciona a formiga hoje?
No texto1_______________________________________
No texto 2 ______________________________________
E a cigarra?
6 Disponível em: <www.comentarium.com.br/site.jsp?url_id=250819>. Acesso em: 05 jun. 2011.
17
Você acha importante o trabalho da formiga?
Você considera o canto da cigarra um trabalho?
Como você explica a moral de cada texto?
Você concorda com as formigas de negar ajuda a cigarra? Por quê?
9. Depois de ler as fábulas, vamos compreendê-las.
Quem são os personagens de cada uma?
Nas fábulas lidas, os personagens são necessariamente animais?
O que há de comum entre as fábulas?
10. Entendendo a moral da história. O que cada uma quer dizer?
“A razão do mais forte é a que vence no final” - O Lobo e o Cordeiro.
“Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.” A lebre
e a tartaruga.
18
Pelo que você já ouviu falar de fábulas, assinale no exercício abaixo aquela
que você considera fábula.
( ) A Raposa e as Uvas
( ) O Chapeuzinho Vermelho
( ) O Leão e o Rato
( ) O Lobo e o Cordeiro
( ) A Cinderela
( ) A Cigarra e a Formiga
( ) Branca de Neve e os Sete Anões
( ) A Formiga e a Pomba
ETAPA IV – ENTENDENDO UM POUCO MAIS SOBRE AS FÁBULAS
Carga Horária 4 horas-aula
1. Leia o texto abaixo:
DE ONDE VEM A FÁBULA?
As fábulas são tão antigas quanto às conversas dos homens. Às vezes,
nem sabemos quem as criou, pois, pela oralidade, eram carregadas como
vento de um lado para outro, já que a própria palavra provém do latim
FÁBULA = contar.
Principais fabulistas:
1. Esopo
No século VII a.C., já se tinha notícias dessas histórias, sendo que as
fábulas muito antigas do Oriente foram difundidas na Grécia, há 2600 anos,
19
por um escravo chamado Esopo. Apesar de gago, corcunda, feio e miúdo,
como diziam alguns, era inteligente, esperto e de muito bom senso. Por esse
motivo, conquistou a liberdade e viajou por muitas terras dando conselhos
através das fábulas.
O motivo de sua morte foi a vingança do povo de Delfos. Por eles, Esopo
foi condenado à morte e jogado do alto de um abismo, mas as sua 600 fábulas
continuaram a ser contadas, escritas e reescritas por outros fabulistas. Fedro é
o primeiro escritor latino a compor uma coletânea de fábulas, tendo sido
imitado e difundido várias vezes.
2. Jean de La Fountaine
O escritor francês Jean de La Fontaine (século XVII – 1601 – 1700)
usava a fábula, em versos e em prosa, para denunciar a miséria e as injustiças
de sua época.
A partir dessa época, muitas histórias escritas inicialmente para adultos
já começaram a ser adaptadas para crianças, retirando delas os elementos
violentos e os aspectos nocivos à educação. Mas a fábula moderna preserva
todo o vigor que vem apresentado desde os tempos antigos.
3. Monteiro Lobato
No Brasil, temos o grande fabulista Lobato.
Além de recontar as fábulas de Esopo e La Fontaine, cria as suas
próprias com a turma do sítio, como mostra o seu livro Fábulas, no qual
Pedrinho diz: “As fábulas, mesmo quando não valem grande coisa, têm um
mérito: são curtinhas.” Narizinho acha as fábulas sabidíssimas e Emilia as
considera uma indireta.
O escritor brasileiro usou fábulas para criticar e denunciar as injustiças,
tiranias, mostrando às crianças a vida como ela é.
Em suas fábulas, alerta que o melhor é ser esperto (inteligente) porque o
forte sempre vence, e Visconde afirma que o único meio de derrotar a força é
a astúcia.
Até hoje esse gênero narrativo existe e, por ser curto, tem o poder de
prender a atenção, de entreter e deixar uma mensagem, um ensinamento.
20
Texto adaptado de: FERNANDES, Mônica Terezinha Ottoboni Sucar. Trabalhando com os gêneros do discurso: narrar: fábula. São Paulo: FTD, 2001.
Professor: Após a leitura do texto abaixo, os alunos serão direcionados ao
laboratório de informática para um estudo mais aprofundado sobre fábulas e
serão orientados para fazerem anotações daquilo que considerarem mais
importante. De volta à sala, faremos a leitura das informações coletadas e a
interpretação.
2. Depois de se aprofundar um pouco mais sobre a fábula, com a ajuda do
professor vamos responder a algumas questões:
Quando surgiram as fábulas?
Com que objetivos foram criadas, ou seja, qual era a função na sociedade?
Qual foi o primeiro e mais importante fabulista?
Que outros fabulistas se destacaram?
3. Vamos conhecer algumas características marcantes das fábulas.
A fábula é uma narrativa curta e geralmente mostra atitudes do homem em
relação aos mais fortes e fracos, bons e ruins, espertos e lerdos, enfim, a
tudo que desperta uma disputa entre eles.
Normalmente os personagens são animais que assumem características e
atitudes humanas.
Na maioria das vezes, no final há uma moral, em uma frase destacada com
o intuito de ensinar ou aconselhar.
O título sempre apresenta nome de animais.
O diálogo é uma característica marcante.
O tempo é sempre indeterminado.
O narrador aparece em 3ª pessoa.
21
ESTAPA V – CONHECENDO MELHOR OS FABULISTAS
Carga Horária 4 horas-aula
Professor: A pesquisa no laboratório de informática poderá ser realizada em
dupla. Os alunos farão anotações de tudo que acharem importante e fundamental
para responderem por escrito as questões a seguir.
Preparando sua pesquisa:
Com o uso do laboratório de informática, visitando alguns sites orientados
pelo professor, vamos conhecer um pouco mais sobre La Fontaine e Monteiro
Lobato. Depois, responda as questões que seguem:
Quem foram La Fontaine e Monteiro Lobato?
Onde viveram?
Quais foram suas fábulas mais famosas?
Com que finalidades escreviam suas fábulas?
Como será que os textos circulavam na época em que foram produzidos?
E hoje, qual é o seu veículo de circulação?
ETAPA VI – PRODUÇÃO TEXTUAL
Carga Horária 4 horas-aula
Vamos lá! Com a orientação do professor, desenvolva as atividades abaixo:
22
1. Desenvolva atividades de produção de textos, de acordo com as
orientações dadas por escrito.
Antes de iniciar a produção de seu texto, pense no seu leitor. Suas fábulas
serão lidas por colegas de sua classe e de outras, por professores, seus
pais e outros.
Caracterize os personagens de forma simples. Para isso, empregue
palavras como, por exemplo: astuto, frágil, inteligente, lento, forte,
perigoso, feroz, desconfiado, esperto, traiçoeiro, etc.
Lembre-se de que a fábula constitui uma narrativa curta. Se quiser, você
pode escrever sua narrativa em forma de diálogo. A linguagem empregada
deve estar de acordo com a variedade padrão da língua.
Como nas fábulas o tempo e o lugar são imprecisos, procure iniciar seu
texto de forma direta, isto é, com as personagens em plena ação. Lembre-
se de que sua história deve transmitir um ensinamento.
No final, escreva a moral da história adaptada à situação do momento e dê
um título à sua fábula.
Faça um rascunho e só passe seu texto a limpo depois de realizar uma
revisão cuidadosa. Avalie sua fábula. Refaça o texto se necessário.
2. Você é o autor. Seja criativo, usando como referência as fábulas de La
Fontaine e Monteiro Lobato estudadas e de outras as quais você obteve
conhecimento por meio das leituras que fizemos.
Produza seu texto
Avalie sua fábula observando o quadro abaixo:
AVALIANDO SUA ESCRITA7 Está
bom
Preciso
mudar
As personagens são típicas de uma fábula?
O tempo é indeterminado como nas fábulas?
7 Quadro avaliativo elaborado com base em PEREIRA (2008)
23
Na situação criada, as atitudes das personagens podem
ser comparadas com atitudes humanas?
A moral da história combina com a fábula e sua intenção?
As falas das personagens aparecem sinalizadas por
parágrafo e travessão?
O narrador conta o que aconteceu como se tivesse visto
a cena?
Há repetição de palavras para indicar os personagens?
Apresenta características das personagens?
O título é adequado ao texto?
Reescreva sua fábula, caso seja necessário.
Troque seu texto com um amigo.
Professor: A averiguação final será feita pelo professor, destacando as
contribuições que forem necessárias.
3. Ilustrando sua fábula
Este espaço é para você usar sua criatividade e fazer a ilustração de sua
fábula.
24
ETAPA VII – REESTRUTURAÇÃO DOS TEXTOS DOS ALUNOS
Carga Horária 4 horas-aula
Professor:
Corrija dos textos dos alunos.
Devolva os textos para os alunos escreverem a segunda versão.
Selecione alguns textos para reestruturar na sala de aula, usando o
projetor de mídia.
Reestruture os textos com toda a turma.
Esse é o momento da leitura das fábulas produzidas em sala.
Leia sua fábula para toda a sala.
Juntos escolham algumas fábulas para serem inseridas no site da escola.
Organizem o mural com a exposição das fábulas produzidas.
ETAPA VIII – ORGANIZAÇÃO A DIGITAÇÃO DOS TEXTOS
Carga Horária 4 horas-aula
Os textos produzidos pelos alunos serão digitados por eles mesmos no
laboratório de informática. As fábulas que forem selecionadas pelos alunos serão
inseridas no site da escola, porém todos os textos serão expostos em um mural
na escola, para serem apreciados pela comunidade escolar.
25
4. ENTAÇÕES/RECOMENDAÇÃO
A presente proposta tem intenção de contribuir com os professores de
Língua Portuguesa na tarefa de promover práticas de linguagem que possibilitem
aos alunos interagir na sociedade. Assim buscaram-se, mediante pesquisas e
aprofundamentos teóricos, fundamentos para articulação de atividades com o
gênero fábula que auxiliem o desenvolvimento da leitura e da escrita.
5. CONTEÚDOS DE ESTUDO A proposta para essa Produção Didático Pedagógica está contemplada nas
Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Paraná. De acordo com o tema
proposto, a leitura e a produção do gênero fábula serão os eixos norteadores das
atividades, porém devidamente articulados com a oralidade.
Os conteúdos específicos a serem abordados neste trabalho serão: tema
do texto, interlocutor, elementos composicionais do gênero, léxico, elementos
extralinguísticos (entonação, pausas, gestos), turnos de fala.
6. RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que, com as atividades de leitura e produção textual propostas,
os alunos superem as dificuldades de interpretação e com isso melhorem sua
escrita. Além disso, desenvolvem o gosto pela leitura, sentindo-se mais seguros
para dizer o que pensam e tenham maior capacidade de se expressar e de se
relacionar com o mundo.
7. RECURSOS A SEREM UTILIZADOS
Para o desenvolvimento das atividades elaboradas abaixo, faremos uso da
biblioteca, TV multimídia, laboratório de informática, internet, power point, e
material impresso, contendo textos e atividades escritas para os alunos.
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8. AVALIAÇÃO OU ACOMPANHAMENTO
A avaliação, nesta Proposta Didático Pedagógica, se dará no decorrer de
todo o processo de leitura, produção e em todas as atividades desenvolvidas. Os
alunos serão avaliados da seguinte forma: participação nas atividades;
apresentação dos resultados das atividades propostas; contribuição dada aos
colegas, durante as discussões promovidas em sala; observação direta e controle
feito pelo professor durante a realização das atividades e pelo envolvimento dos
alunos durante todo o processo de leitura e produção textual.
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REFERÊNCIAS
ASH E BERNARD HIGTON Fábulas de Esopo, Compilação de Russell Trad.
Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1994. P. 78.
LA FONTAINE, J. Fábula. Belo Horizonte: Itatiaia, 1989. v. 1,2. LOBATO, M. Fábulas. 32. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983.
MENEGASSI, R.J. Estratégias de leitura. In: Menegassi R. J. (Org). Leitura e Ensino. Maringá: Eduem, 2005, p. 77-98. Millôr Fernandes, Fábulas fabulosas. 12 ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991. p. 91-2. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008. PEREIRA, Silvana Cristina Bergamo. Fábula: Sequência Didática. Disponível em: </www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/327-2.pdf>. Acesso em: 02 jul. 2011. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6ª ed. Porto Alegre: Artes médicas, 1998. Sites consultados: www.diaadiaeducacao.pr.gov www.comentarium.com.br www.scribd.com/ www.metaforas.com.br www.universodasfabulas.hpg www.sitededicas.uol.com.br www.profuturo.net www.contandohistoria.com