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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO · comunidade escolar onde as condições concretas de vida dos alunos e ... tais como classificação, reclassificação, ... a classificação,

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE PARANAGUÁ

POSSIBILIDADES DE AVANÇOS PEDAGÓGICOS À LUZ DA LEGISLAÇAO VIGENTE: DESVELANDO CONCEITOS.

CLAITON LUIS DA ROCHA

2012

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POSSIBILIDADES DE AVANÇOS PEDAGÓGICOS À LUZ DA LEGISLAÇÃO

VIGENTE. DESVELANDO CONCEITOS.

Claiton Luis da Rocha Elizabety ReginaStreisoky de Farias

RESUMO: Este trabalho busca uma proposta de estudo e esclarecimento da legislação vigente no que se refere às possibilidades de avanços pedagógicos, pensando numa escola democrática, que esteja à altura dos desafios do nosso tempo e que busque contribuir para a superação das contradições, envolvendo toda comunidade escolar onde as condições concretas de vida dos alunos e suas implicações são pontos fundamentais.Dessa forma refletiremos sobre as questões acima elencadas, juntamente com o público alvo deste projeto,buscando na legislação, alternativas viáveis que englobem diferentes fontes de informações, bem como diferentes metodologias para atender o aluno.

Palavras chave: Avaliação, Adequação Idade Série

1. INTRODUÇÃO

1. Especialização em Didática e metodologia do ensino, Educação Física, Colégio Estadual “São Francisco

2. Mestre em Educação, Pedagogia, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Paranaguá, professora no

curso de pedagogia.

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho foi desenvolvido ao longo do Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE- 2011, onde o autor, buscou refletir e obter subsídios para

que pedagogos e professores aprofundem a discussão acerca da autonomia

para regimentar as formas e procedimentos que serão utilizados na avaliação

dos alunos, utilizando mecanismos inovadores que facilitem o ingresso, a

permanência e o sucesso na educação básica e que melhor viabilizem o

cumprimento de seus objetivos.

Neste estudo, considera-se o fato de que o diferencial hoje na

educação, sem dúvida são as possibilidades de organização pedagógica,

contemplados na LDBEN 9394/96, tais como classificação, reclassificação,

aceleração de estudos, progressão parcial, entre outros.

Entretanto,é oportuno salientar que esses dispositivos contemplados

na legislação deverão atender as normas do sistema de ensino e que os

mesmos devem estar contemplados no Projeto Político Pedagógico e

legalmente embasados no Regimento Escolar.

Azanha (1993) nos faz refletir que,

o projeto político pedagógico é apenas uma oportunidade para que

algumas coisas aconteçam e dentre elas o seguinte: tomada de

consciência dos principais problemas da escola, das

possibilidades de solução e definição das responsabilidades

coletivas e pessoas para eliminar ou atenuar falhas detectadas.

Nada mais, porém é muito difícil.

O presente artigo refere-se ao projeto que foi desenvolvido no Colégio

Estadual São Francisco, no município de Paranaguá, para pedagogos e

professores do Ensino Fundamental – Anos Finais.

Partimos da premissa que ter uma escola democrática significa

desenvolver uma educação escolar que compreenda as diversas interferências

e interesses que perpassem a sociedade e que organiza o ensino de forma a

levar o educando a compreendê-los e a compreender o papel de cada um,

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individualmente, e o de cada grupo organizado, para poder interferir nas ações

dessa sociedade.

Segundo Neidson Rodrigues (1992)

uma escola democrática é aquela que compreende e permite o conflito e que é capaz de administrá-lo. Nesse sentido, não se desenvolve nela atos que abafam ou eliminam as diferenças existentes.

Pensemos então que a repetência, o abandono e a evasão são

problemas crônicos, que sempre estiveram presentes na história da educação

brasileira, e que, o insucesso escolar, tem sido um problema grave, tanto para

o aluno, levado à perda da auto estima, como para o sistema educacional

como um todo, onerando significativamente os custos da educação pública.

É oportuno lembrar o que diz Celso Vasconcellos ( 2005):

A reprovação tem sido, há anos um gravíssimo problema no Brasil. É fruto de uma lógica classificatória de avaliação (preocupação de aprovar ou reprovar) que é a concretização no espaço escolar da cultura da exclusão.

Apesar de antigo, o problema da repetência e dos seus desastrosos

efeitos sobre o desempenho dos alunos está cercada por equívocos.Segundo

Vitor Paro (2010),

a questão da reprovação escolar, que se perpetua como um traço cultural autoritário . Começa pela abordagem errônea de avaliação na qual se sustenta. Em toda prática humana, individual ou coletiva, a avaliação é um processo que acompanha o desenrolar de uma atividade, corrigindo-lhe os rumos e adequando os meios aos fins. Na escola brasileira isso não é considerado. Espera-se um ano inteiro para se perceber que tudo estava errado. Qualquer empresário que assim procedesse estaria falido no primeiro ano de atividade. E mais: em lugar de corrigir os erros, repete-se tudo novamente: a mesma escola, o mesmo aluno, o mesmo professor, os mesmos métodos, o mesmo conteúdo.

Entre várias possibilidades de avanços pedagógicos

contemplados na LDBEN (9394/96), tomemos por base a aceleração

de estudos que é um processo escolar que foge ao padrão usual da

seriação, exigindo compatibilidade com a legislação vigente. Desde

1996, o Brasil garante pela LDB a “aceleração para concluir em menor tempo o

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programa escolar para superdotados”, (BRASIL, 1996) que pode ser

realizada mediante a avaliação de conhecimentos na própria escola e

documentada em registros administrativos. Além da aceleração de

estudos, a LDBEN contempla a classificação, a reclassificação, a

progressão parcial, entre outras possibilidades.

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2. DESENVOLVIMENTO

Convém salientar que para que a escola utilize-se dessas

prerrogativas da lei, existe a necessidade dessas alternativas estarem

contempladas no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar. Vale

refletir sobre o conceito dessas alternativas, portanto ao nos remetermos a

Legislação vigente, isto é a Deliberação 09/01- CEE, neste documento, vamos

nos deparar com a seguinte explicação: a classificação, é o procedimento que

a Instituição de Ensino adota, segundo critérios próprios, para posicionar o

aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e

desempenho, adquiridos por meios formais e informais. Tem carater

pedagógico centrado na aprendizagem e exige medidas administrativas para

resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais, portanto,

exige-se o seguinte procedimento: deve-se proceder avaliação diagnóstica

documentada pelo professor e equipe pedagógica; comunicar ao aluno ou

responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter deste o

respectivo consentimento; organizar comissão formada por docentes, técnicos

e direção da escola para efetivar o processo; arquivar atas, provas, trabalhos

ou outros instrumentos utilizados; registrar os resultados no histórico escolar do

aluno.

Já a reclassificação, outra alternativa contemplada na legislação, prevê

um processo pelo qual a escola avalia o grau de experiência do aluno

matriculado, levando-se em conta as normas curriculares gerais, a fim de

encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua experi~encia e

desempenho, independente do que registre o seu histórico escolar. Outra

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alternativa prevista é a matrícula por progressão parcial, que é aquela por meio

da qual o aluno,não obtendo aprovação final em até três disciplinas, em regime

seriado, poderá cursá-las subsequente e concomitantemente às séries

seguintes.

Diante do exposto, decidimos estudar com os professores e pedagogos

do Colégio,a legislação vigente, no que se refere a alternativas pedagógicas

tendo em vista o aluno e as garantias legais de alternativas para sua

promoção, entendendo que nossos alunos têm direito às aprendizagens

escolares fundamentais, para ampliar sua compreensão de mundo e estimular

seu processo pessoal de conhecimento.

Devemos resgatar a auto estima dessas crianças e jovens, para que

readquiram confiança em sua capacidade de aprender e possam, assim,

ampliar suas possibilidades de aprendizagem.

Para tanto, como nos diz Enguita (1989),

as funções da avaliação são potencialmente duas: o diagnóstico e a classificação. Da primeira, supõe-se que permita ao professor detectar os pontos fracos deste e extrair as consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem. A segunda tem por efeito hierarquizar e classificar os alunos. A escola prega em parte a avaliação com base na primeira função, mas a emprega fundamentalmente para a segundo.

O acesso ao conhecimento é um benefício social que todo ser humano

tem direito e é razão de ser da própria escola.

Um Estado democrático só se fortalece quando a sociedade civil está

fortalecida. Dessa forma os cidadãos saberão exigir um melhor governo e mais

eficácia dos serviços públicos. A escola não é a única instãncia de formação da

cidadania, mas o desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade depende

cada vez mais da qualidade e da igualdade de oportunidades educativas.

A escola, é uma instituição da sociedade na qual a criançaatua

efetivamente como sujeito individual e social. É um espaço concreto

fundamental para a formação de significados e para o exercício da cidadania.

A escola pode atuar como uma instância mediadora, entre passado e

presente, sendo capaz de entendere preservar tradições e ao mesmo tempo

inserir-se no contexto da sociedade moderna.

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Concretizar uma proposta nessa direção, depende de fortalecer as

escolas como contextos ricos de aprendizagem, articulando o seu

funcionamento.

3. METODOLOGIA

No início do 2º semestre do ano letivo de 2011, o professor PDE,

reuniu a Direção do Estabelecimento de Ensino, Diretor Auxiliar,

Pedagogos e Professores do Curso de Ensino Fundamental, do Colégio

Estadual São Francisco, em Paranaguá – Paraná com a finalidade de

apresentar o Projeto – Possibilidade de avanços pedagógicos à luz da

legislação vigente. Desvelando conceitos, para a viabilidade do

desenvolvimento do mesmo no Colégio.

Os envolvidos no projeto, isto é os pedagogos e professores

manifestaram interesse em colaborar para realização do mesmo

Em seguida reunimo-nos com os pedagogos para levantarmos

dados concretos da realidade do colégio. Quase todos os professores

afirmaram que o Colégio deveria propor estratégias de atendimento aos

alunos com defasagem de idade e série, e sugeriram que toda comunidade

escolar deveria ter acesso ao quadro comparativo estudado pelo grupo.Pois

entendem ser a escola um espaço de gestão democrática,o que significa

que todos juntos têm possibilidades de encontrar caminhos para atender às

expectativas da sociedade, articulando todas as partes envolvidas na

escola.

Após o levantamento, desses dados significativos, pudemos

analisar a quantidade de alunos em distorção de idade.

Segue tabela comparativa entre o ano letivo de 2011 e o início

do ano letivo de 2012,objeto do nosso estudo.

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ANO 2011

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

ASSESSORIA DE MOBILIZAÇÃO DE PAIS, PROFESSORES E AMIGOS DA REDE ESCOLAR

LEVANTAMENTO ESCOLA POR MUNICÍPIO

N.R.E: Paranaguá Município: Paranaguá Nome do Colégio: Colégio Estadual “São Francisco” Direção: Sergio Mariano Mendes Tel. da Escola: (41) 3422-8103 Pedagoga Referência: Claudineia Pinheiro Ano referência: 2011

Série

Matrícula Ativa

(com frequência) (A)

Até 12

anos

Até 13 anos

Até 14 anos

Até 15 anos

Até 16 anos

+ de 16 anos

Total de alunos com

idade superior à

série respectiva

(B)

Taxa de Distorção (B/A) x 100

5ª 148 115 20 8 3 2 0 33 22%

6ª 106 73 19 5 5 3 1 14 13%

7ª 107 16 50 17 16 2 6 24 22%

8ª 78 0 16 37 14 8 3 11 14%

TOTAL 439 204 105 67 38 15 10 235 54%

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ANO 2012 (até maio)

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

ASSESSORIA DE MOBILIZAÇÃO DE PAIS, PROFESSORES E AMIGOS DA REDE ESCOLAR

LEVANTAMENTO ESCOLA POR MUNICÍPIO

N.R.E: Paranaguá Município: Paranaguá Nome do Colégio: Colégio Estadual “São Francisco” Direção: Claiton Luis da Rocha Tel. da Escola: (41) 3422-8103 Pedagoga Referência: Claudineia Pinheiro Ano referência: 2012

Série

Matrícula Ativa

(com frequência) (A)

Até 12 anos

Até 13

anos Até 14 anos

Até 15 anos

Até 16 anos

+ de 16 anos

Total de alunos

com idade superior à

série respectiva

(B)

Taxa de Distorção

(B/A) x 100

6ºs 139 66 33 17 12 8 2 39 28%

7ºs 126 69 18 16 12 4 3 19 15%

8ºs 108 23 30 21 11 9 6 26 24%

9ºs 64 0 0 32 16 11 2 13 20%

TOTAL 437 38 52 24 13 11 7 107 24%

levantamento feito até dia 31/05/2012

obs. Os projetos mais educação e sala de apoio não estão incluídos neste levantamento

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partimos para oportunizar aos Pedagogos e Professores, acesso a

materiais, recursos didático pedagógicos que poderão subsidiar a prática

docente. Nosso trabalho nesse momento foi com os Pedagogos, para que

os mesmos repassassem aos Professores.

Dando sequência ao trabalho, analisamos os dados e a

Legislação vigente referente as possibilidades de avanços pedagógicos.

Discutimos a LDBEN nº 9394/96; a Deliberação 07/99 – CEE, a Deliberação

09/01 – CEE, analisamos o Projeto Político Pedagógico e o Regimento

Escolar do Colégio.Não considerei essa ação como totalmente realizada

porque o objetivo do meu trabalho era o estudo da legislação com todos os

envolvidos, mas era difícil reunir todos os professores num mesmo

momento.

Nesta oportunidade discutiu-se as grandes mudanças que

estão ocorrendo na sociedade atual, tanto no aspecto social, como no legal

e o que a escola faz diante dessas transformações, para competir com a

sociedade lá fora, de forma que nosso aluno seja crítico e principalmente

lute pelos seus direitos de cidadão.

4. CONFRONTANDO A TEORIA COM A REALIDADE DA ESCOLA

Inicialmente, para fins de diagnóstico, foi aplicado um

questionário para os professores a fim de identificar a praxis pedagógica.

Quando perguntado se os professores identificam em suas

turmas alunos na condição de distorção de idade, 90% das resposta foram

afirmativas.

Na questão como você professor lida com o aluno que

apresenta grandes dificuldades de aprendizagem, a maioria dos

professores responderam que procuram na medida do possível sanar as

lacunas existentes em relação aos conteúdos ministrados. Na opinião dos

professores a escola tem administrado a situação desse aluno, tem lidado

de maneira compreensiva, conciliadora e sempre auxiliando o aluno. Muito

poucos professores disseram se colocar a disposição do aluno para

atendimento em outros horários.

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Outra pergunta refere-se a colaboração da sala de apoio na

defasagem desse aluno, a grande maioria respondeu que muitos alunos

não a frequentam por ser em contraturno e que embora os pais saibam

dessa oportunidade, não cobram de seus filhos participar da sala de apoio.

Para finalizar o questionário, colocamos 02 situações para que

o professor nos apresentasse o atendimento pedagógico dado a esse

aluno.

Situação 01 – Um determinado aluno, matriculou-se no Colégio

no ano letivo de 2010, no mês de abril, como devem proceder quanto a

avaliação desse aluno? O colégio pode efetivar a matrícula desse aluno

nessa época?

Quase todos os professores responderam que antes do estudo

da legislação, solicitavam trabalhos para repor o conteúdo perdido por esse

aluno e justificavam suas faltas, e também entendiam que a escola não

podia matricular esse aluno.mas agora já sabem que esse aluno está

amparado por lei.

Situação 02 – Um determinado aluno chega na escola, solicitando

matrícula, mas diz que a escola onde estudou pegou fogo e não tem como

comprovar sua escolaridade. Como você atenderá pedagogicamente esse

aluno? Como será trabalhada as questões das faltas? A escola pode

matricular esse aluno?

Grande parte dos professores disseram que nesse caso, antes

do estudo da legislação, achavam que o Colégio não poderia matricular

esse aluno.

Concomitante ao questionário dos professores, elaboramos um

questionário para os pedagogos com as mesmas perguntas feitas para o

professor, apenas com a metodologia aplicada a sua função.

As respostas foram que já dominavam a legislação vigente e

que orientam os professores para que em sala de aula ao detectarem

alunos com dificuldades de aprendizagem que imediatamente informem a

equipe.

Pudemos perceber após a análise das respostas de

professores e pedagogos, que discutir o que acontece, e o que pode

acontecer em sala de aula e daí refletir sobre o fracasso escolar é uma

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situação que gera bastante desconfoto no interior da escola, pois ao admitir

esse fracasso a escola está admitindo uma lacuna entre as possibilidades

que o aluno tem de aprender e consequentemente desenvolver suas

capacidades.

Entretanto nessa pesquisa, constatamos que muitos

professores não avançam nas possibilidades pedagógica, por puro

desconhecimento. Alguns são resistentes sim a mudanças, ao novo, mas a

grande maioria, alega falta de tempo, falta de dinheiro para aquisição de

livros, falta de acesso a informática, que o Estado e a escola não

proporcionam estudos com ênfase na legislação vigente. Procuramos neste

trabalho fortalecer o trabalho pedagógico, para que os mesmos possam

proporcionar oportunidades e principalmente fazer com que a escola se

transforme num espaço concreto para a formação de significados e o

exercício da cidadania, pois na medida em que possibilita a aprendizagem,

traz oportunidades de novos saberes.

Dessa forma, pensar na prática desenvolvida na escola e

perceber relações entre a vida escolar e o contexto social mais amplo pode

contribuir não só para atender os limites das ações pedagógicas, mas

transformar a sociedade como um todo.

De acordo com Christov (1998),

A Educação Continuada se faz necessária pela própria natureza

do saber e do fazer humanos como práticasque se transformam

constantemente. A realidade muda e o saber que construímos

sobre ela precisa ser revisto e ampliado sempre. Dessa forma, um

programa de educação continuada se faz necessário para

atualizarmos nossosconhecimentos, principalmente para

analisarmos as mudanças que ocorrem em nossa prática, bem

como atribuirmos direções esperadas a essas mudanças.

Dessa forma, o professor transforma-se num pesquisador, a

caminho de construir sua autonomiaprofissional, enriquecendo-se de

conhecimentos e práticas e aprendendo a resolver problemas, inclusive

aqueles imprevistos.

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Segundo Pimenta(1998),

O alargamento da consciência se dá pela reflexão que o professor

realiza na ação. Em suas atividades cotidianas, o professor toma

decisões diante das situações concretas com as quais se depara,

com base nas quais constrói saberes na ação(...).

5.CONSIDERAÇÕES

A avaliação acontece intimamente vinculada às atividades do dia a dia

de sala de aula, possibilitando a reflexão contínua sobre o processo de

aprendizagem.

E a escola que queremos fortalecer não aceita passivamente a

exclusão e o fracasso dos alunos, pois se vê obrigada a refletir sobre os limites

impostos ao seu trabalho pelos determinantes sociais, políticos, econômicos e

culturais mais amplos.

A educação básica em nosso país, visa a formação indispensável para

o exercício da cidadania. Destina-se a todas as crianças e jovens e cabe a

escola, realizar essa formaçãoatravés de um processo de ensino e

aprendizagem de conhecimentos, valores, atitudes, formas de pensar e atuar

na sociedade. Se garantirmos a educação escolar para todos, esses cidadãos

poderão compreender a realidade em quevivem, defender e viver seus direitos,

preservar e renovar o patrimônio comum.

Dessa forma o objetivo deste trabalho foi apresentar e estudar com

pedagogos e professores a legislação vigente e buscar nela alternativas

viáveis ,para que a escola possa atender nosso aluno, que por inúmeras

razões já discutidas neste projeto, evade-se ou é atingido pela repetência.

A responsabilidade por essa situação não pode ser atribuída

unicamente `a escola. No entanto cabe a ela, apoiada pelo sistema, enfrentar o

problema em seu âmbito de atuação, garantindo a todos os alunos o acesso e

a permanência nos bancos escolares com efetiva aprendizagem.

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Com a boa vontade de todos os atores envolvidos nesse trabalho,

pudemos discutir, analisar, refletir sobre o cotidiano escolar e o amparo legal

existente para as ações pedagógicas.

Apartir de agora, ideia lançada, semente plantada, que outros ao terem

a oportunidade de ler este projeto possam avançar nos estudos e benificiar

muitos outros alunos. Esse é o desafio.

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6.REFERÊNCIAS

AZANHA,José Mário Pires . Série Idéias n.16, São Paulo: FDE, 1993. p. 37-46. BRASIL. Leis e Decretos. Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabeleceas Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília,1998. Disponível em www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm, acesso em 01/02/2010. Brasil, Leis e Decretos. Deliberação 09/01 – CEE, que estabelece os critérios de matrículas e alternativas pedagógicas no Estado do Paraná, 2001. Brasil, Leis e Decretos. Deliberação 07/99 – CEE, que estabelece os critérios de avaliação no Estado do Paraná, 1999. BARONI, Walter. Evasão Escolar. Revista brasileira de estudos pedagógicos. Rio de Janeiro. V.1,n2,p326-327,1994. CENPEC. Centro de Pesquisas para Educação e Cultura, São Paulo. CURY, Carlos Roberto Jamil. Presença Pedagógica. V4 nº 23.1998. CHRISTOV, Luiza Helena da Silva. Educação Continuada: Função essencial do Coordenador Pedagógico. In: O Coordenador Pedagógico e a Educação Continuada. SP: LOYOLA, 1998. ENGUITA, Mariano F. A Face Oculta da Escola: Educação e Trabalho no Capitalismo. (Trad. por Tomaz Tadeu da Silva). Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. FRANCO, Maria Ciavatta. A escola do trabalho. A fotografia como fonte histórica.In: MAGALDI, Ana Maria et al. Educação no Brasil: história, cultura e política. Bragança Paulista: EDUSF. ILLICH, Ivan. Sociedade sem escolas. Petrópolis.Vozes.1988. KARL, Marx, O Capital. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.1980. MEC/SEMTEC. Brasília, 2004 BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Nacionais para o Ensino Fundamental SAVIANI, Demerval. Sobre a concepção de politecnia. Rio de Janeiro. EPSIU/FIOCRUZ, 1989. PIMENTA, C. C. A reforma gerencial do Estado brasileiro no contexto das grandes tendências mundiais. In: Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, 32 (5), set./out. 1998, p. 173-199. .

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