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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE CAMPUS DE TOLEDO - PARANÁ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE Orlando de Oliveira Professor PDE - 2013 ÁGUA: SANGUE QUE ALIMENTA A TERRA. Ramilândia PR Orlando de Oliveira

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO ... · objetivando o planejamento e a gestão ambiental, com foco especial na minimização dos impactos decorrentes das

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE

CAMPUS DE TOLEDO - PARANÁ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

Orlando de Oliveira

Professor PDE - 2013

ÁGUA: SANGUE QUE ALIMENTA A TERRA.

Ramilândia – PR Orlando de Oliveira

ÁGUA: SANGUE QUE ALIMENTA A TERRA.

Produção Didática, apresentado conforme a exigência do Programa de Desenvolvimento da Educação da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. –SEED como Requisito parcial de participação no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – na área de Química. Orientador: Professor Dr. Valderi Pacheco dos Santos – Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Campus de Toledo.

Ramilândia - PR

2013

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE

CAMPUS DE TOLEDO - PARANÁ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICA

Ficha Catalográfica Produção Didática-Pedagógico

Professor PDE - 2013

Título Água: Sangue que Alimenta a Terra.

Autor Orlando de Oliveira

Escola de Atuação Colégio Estadual Alberto Santos Dumont

Município da Escola Ramilândia

Núcleo Regional de Educação Foz do Iguaçu

Orientador Valderi Pacheco dos Santos

Instituição de Ensino Superior Unioeste

Área do Conhecimento Química

Produção Didática Pedagógica Unidade Didática

Publico Alvo Alunos do 3º ano do ensino médio

Ano de aplicação do Projeto 2014

Localização e nome da escola de

implementação

Col. Est. do Campo Alberto Santos

Dumont Av. Parigot de Souza 195,

Centro.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Unidade Didática dentro do PDE são atividades interligadas entre si que

encaminham o desenvolvimento de um plano de aula sobre um determinado

tema, neste caso Conservação de Nascentes.

A Produção Didática visa constituir um conjunto de ações integradas,

realizadas por meio de parcerias com diversas instituições públicas e privadas,

objetivando o planejamento e a gestão ambiental, com foco especial na

minimização dos impactos decorrentes das atividades causadoras do

desmatamento nas encostas dos rios e conservação de nascentes.

Este Projeto, cujo tema é a Química e a Educação Ambiental, tem papel

fundamental na abertura do diálogo com a comunidade, incentivando a

consciência para a preservação.

É um fato, vivemos no planeta da água. Pelo que se sabe só o Planeta

tem água em abundância. São cerca de 70% da superfície terrestre ocupada

por água. Destes 97,5% é salgada e não pode ser utilizada diretamente na

agricultura, indústria ou no consumo humano e animal. O pouco de que resta é

toda a água doce existente, sendo que 1,7% estão na forma de geleiras e

calotas polares e 0,75% nos lençóis freáticos ou subterrâneos. Ou seja, menos

de 0,01% das águas são doces e superficiais.

Embora todos nós dependamos de água para sobreviver e para o

desenvolvimento econômico, as sociedades humanas estão pouco a pouco

poluindo e degradando tanto as águas superficiais quanto as subterrâneas.

Como consequência, a disponibilidade de água de boa qualidade diminui,

causando inúmeros problemas de escassez em diversas regiões do planeta,

inclusive no Brasil.

O Brasil possui em torno de 12% da água doce do mundo e abriga o

maior rio em extensão e volume do planeta, o Amazonas. Onde há as mais

baixas concentrações populacionais, encontram-se 78% da água superficial,

enquanto na região Sudeste essa relação se inverte; a maior concentração

populacional do País tem disponíveis 6% do total da água.

Em resumo, no Brasil os problemas principais são a escassez em partes

da região Nordeste, com pontos de extrema carência de água no sertão

baiano, paraibano e pernambucano, e a poluição das águas nas regiões Sul e

Sudeste, por conta da alta industrialização e concentrações populacionais.

OBJETIVO GERAL

Introduzir mecanismos que socializem informações, possibilitando a

conscientização sobre a conservação da natureza e uma maior compreensão

das principais causas da degradação do meio ambiente, bem como objetivar

uma compreensão de reconstrução dos mananciais, beiras de rios, nascentes,

por meio de ações que viabilizem a plantação de árvores e o desvio de

enxurradas trazidas pelas chuvas, no sentido de evitar assoreamentos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Promover reflexões direcionadas com ações na preservação e

acompanhamento na recuperação da biodiversidade;

Compreender o fazer para mudar, mesmo que este fazer seja

considerado pouco, porém, o resultado futuramente será de uma grande

satisfação.

Divulgar conceitos e práticas de Educação Ambiental, voltadas à

conscientização para a conservação do meio ambiente;

Instituir um modelo de Educação Ambiental, no qual professores, alunos

e a comunidade em geral cooperem e participem juntos;

Mobilizar os professores quanto à importância na formação de cidadãos

atuantes, capazes de modificar e contribuir para uma melhora na

qualidade de vida da sociedade em que estão inseridos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Declaração Universal dos Direitos da Água mostra o seguinte:

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente,

cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é

plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial

de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não

poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a

cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais

do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da

Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água

potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve

ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da

preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer

intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida

sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação

dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores;

ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção

constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do

homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um

valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e

dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do

mundo.

A respeito da Química Ambiental, a página virtual Brasil Escola (1996)

traz a seguinte definição:

A Química Ambiental estuda os processos químicos que acontecem na natureza, sejam eles naturais ou causados pelo homem, e que comprometem não só a saúde humana, mas de todo planeta. A Química Ambiental teve sua origem na Química Clássica e se tornou uma ciência interdisciplinar por envolver outras matérias como: Biologia, Geografia, Ecologia. Essa parte da Química estuda as mudanças que ocorrem no meio ambiente, mais precisamente, os processos químicos que envolvem essas mudanças e que causam sérios danos à humanidade.

A finalidade do projeto de conservação de nascentes é integrar os

educandos com a comunidade escolar, para que desenvolvam uma ação

comunitária e de parceria, para com isso torná-los cidadãos conscientes

críticos e responsáveis pela construção de uma sociedade melhor. Essa

finalidade deve ser universal e igualitária, unindo todos os cidadãos das

diferentes classes sociais.

É necessário também estimular nos alunos a capacidade de

cooperação, solidariedade, criatividade e espírito crítico, para que as pessoas

defendam seus pontos de vista e aprendam a aceitar críticas, respeitando as

opiniões contrárias.

Um dos principais papéis da escola, que deve ser contemplado em seu

PPP, é uma educação de qualidade, respeito e disciplina, interesse pelo

conhecimento, visão crítica e compromisso com a construção integral do

cidadão.

O Plano Nacional de Educação e o Parecer CNE/CEB nº 36/2001,

homologado pelo Ministro de Estado de Educação em 12 de março de 2002,

nos artigos cinco e dez das páginas 23 e 24, relatam:

Art. 5º As propostas pedagógicas das escolas do campo, respeitadas as diferenças e o direito a igualdade e cumprindo imediata e plenamente o estabelecido nos artigos. 23 26 e 28 da Lei nº 9.394 de 1996, contemplarão a diversidade do campo em todos os seus aspectos; sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia. Parágrafo único. Para observância do estabelecido neste artigo, as propostas pedagógicas das escolas do campo, elaboradas no âmbito da autonomia dessas instituições serão desenvolvidas e avaliadas sob a orientação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. (Parecer nº36/2001, 23). Art. 10. O projeto institucional das escolas do campo, considerando o estabelecido no art. 14 da LDB, garantirá gestão democrática, constituindo mecanismos que possibilitem estabelecer relações entre a escola, a comunidade local, os movimentos sociais, os órgãos

normativos do sistema de ensino e os demais setores da sociedade. (Parecer nº36/2001, p. 24).

Neste contexto e nestas condições, faz-se necessária a incorporação de

movimentos que integrem a comunidade escolar e a sociedade de forma geral

ao estabelecimento de ensino, dando ênfase às várias culturas que estão

inseridas no nosso cotidiano, vivenciadas pelo educando em seu lócus real de

convivência diária, pois esta é uma região extremamente dependente das

Agropecuárias e, acima de tudo, cercada por movimentos sociais.

Estão inseridos no PPP (Projeto Político Pedagógico) do Colégio

Estadual do Campo Alberto Santos Dumont de Ramilândia, projetos e

atividades relacionados com o meio ambiente, os quais envolvem corpo

docente, educando, equipe pedagógica e comunidade escolar. Entre as

atividades, pode-se citar: O Dia da Árvore; Caminhada Ecológica; Ervas

Medicinal; Rio Limpo.

Ainda de acordo com o PPP (2012, p. 60):

[...] A floresta da nossa região era constituída por rica floresta, principalmente madeiras de lei que ao longo da história foi devastada pela exploração predatória do homem, com isso extinguindo animais, plantas úteis medicinais e quebra do equilíbrio ecológico, provocando erosão, assoreamento de rios e, conseqüentemente, empobrecimento dos solos, diminuindo a produção e causando o êxodo rural. Comunidades prósperas reduziram-se a poucos agricultores ou latifúndios. [...].

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 80% das doenças

que ocorrem nos países em desenvolvimento são ocasionados pela

contaminação da água, e a cada ano, 15 milhões de crianças de zero a cindo

anos de idade morrem direta ou indiretamente pela falta de eficiência dos

sistemas de abastecimento de águas e esgotos. Ainda hoje no Brasil, 55,5% da

população não são atendidos por rede de esgoto, sendo 48,9% da área urbana

e 84,2% da área rural. No Brasil, 47,8% dos municípios não têm esgoto, o que

afeta diretamente a qualidade das águas de rios, mares e lagoas das cidades

brasileiras (IBGE, 2000).

A grande quantidade de água contaminada ocasiona graves problemas

de saúde, principalmente doenças relacionadas a bactérias, vírus, vermes e

protozoários, como amebíase, febre tifóide, giardíase, hepatite tipo C e outras.

Para o sistema de controle ambiental, poluir é lançar substâncias em

quantidade que não possa ser absorvida pela natureza.

A educação ambiental é uma práxis educativa e social que tem por

finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que

possibilitem o entendimento da realidade de vida e a atuação lúcida e

responsável de atores sociais individuais e coletivos no ambiente. Nesse

sentido, contribui para a tentativa de implementação de um padrão

civilizacional e societário distinto do vigente, pautado numa nova ética da

relação sociedade-natureza.

Dessa forma, para a real transformação do quadro de crise estrutural e

conjuntural em que vivemos a educação ambiental, por definição, é um

elemento estratégico na formação de ampla consciência crítica das relações

sociais e de produção que situam a inserção humana na natureza.

(LOURENÇO, ET al., 2005)

Nada mais insustentável do que o fato urbano. A cidade converteu-se,

pelo capital, em lugar onde se aglomera a produção, se congestiona o

consumo, se amontoa a população e se degrada a energia.

O processo urbano se alimenta da super exploração dos recursos

naturais, da desestruturação do entorno ecológico, do dessecamento dos

lençóis freáticos, da sucção dos recursos hídricos, da saturação do ar e da

acumulação de lixo. A urbanização que acompanhou a acumulação de capital e

a globalização da economia converteu-se na expressão mais clara dos

contrassensos da ideologia do progresso. (LEFF, 2001).

Se a tecnologia química e genética das empresas agroindustriais não vai

aliviar a fome no mundo, mas pelo contrário, vai continuar a esterilizar o solo,

perpetuar a injustiça social e colocar em risco o equilíbrio ecológico do nosso

ambiente natural, para onde se pode voltar em busca de uma solução para

esses problemas? Felizmente, existe uma solução fartamente documentada e

já mais do que comprovada, uma solução que resistiu à prova do tempo e que

ao mesmo tempo é nova, que vem lentamente tornando todo o mundo agrícola

numa revolução silenciosa, trata-se de uma alternativa ecológica, chamada de

“agricultura orgânica”, “agricultura sustentável” ou “agro ecologia”. (CAPRA,

2005)

O tema globalização trouxe, em sua essência, avanços e ameaças.

Dentre estas últimas, destacam-se as que se referem ao meio ambiente. Ar,

solo e água são vítimas da demanda que se torna excessiva pelo brutal

crescimento da população da Terra. (NOVAIS, 1998).

A educação é um mecanismo que pode preventivamente contribuir para

a solução do problema futuro de escassez de água. A manutenção dos atuais

paradigmas de consumo levará a níveis socialmente inaceitáveis que

determinarão a implantação de preços para utilização da água. (SENAR, 2001).

Quando se refere a um projeto de ensino, o mais importante é que o

tema deve estar intimamente relacionado com a experiência diária dos alunos.

É também interessante que alguns alunos apresentem familiaridade com o

tema. (ANTUNES, 2001).

A respeito do ensino-aprendizagem, segundo Vasconcellos (1995), a

aprendizagem é inerente ao ser humano e, por isso, viável mesmo que o

processo não seja sistematizado e planejado. Porém, quando se fala no

processo ensino-aprendizagem, está se referindo a algo muito sério e que

precisa ser planejado com qualidade e intencionalidade. Planejar é antecipar

ações para atingir certos objetivos, que vêm de necessidades criadas por uma

determinada realidade, e, sobretudo, agir de acordo com essas idéias

antecipadas.

Qualquer que seja o projeto educativo é possível incluir a questão

socioambiental, desde que haja a intenção clara de reconhecer a

interdependência dos fenômenos que configuram a realidade, descobrirem

caminhos coletivos para melhorar a qualidade de vida e traçar estratégias

educativas de comunicação de propósitos sustentáveis. (MELLO; TRAJBER,

2007)

A sociedade brasileira promoveu grandes alterações nos ambientes

naturais, em função de seu crescimento populacional e econômico. Nesse

sentido, as áreas ciliares foram grandemente modificadas pelo homem, apesar

da sua importância na manutenção da qualidade do ambiente. (CAMARGO,

2007).

A ciência já demonstrou que a vida se originou na água e que ela

constitui a matéria predominante nos organismos vivos, portanto, nada

sobrevive sem ela. As formas de vida da sociedade atual não podem dispensar

o uso da água, uma vez que além de ser o solvente universal a água é vital

para o homem e os animais. (SEMA, 2010)

Faz-se necessário compreender e refletir sobre a vida e a sua relação

humano-sociedade-natureza, tendo em vista a magnitude dos problemas

ambientais. Desse modo, as estratégias de enfrentamento da problemática

ambiental, para surtirem consequências desejáveis na construção de

sociedades sustentáveis, envolvem uma articulação coordenada entre todos os

tipos de intervenção socioambiental, incluindo aí as ações de educação

ambiental, formal e não formal. Daí a importância da educação ambiental

enquanto um processo pedagógico participativo de transformação

socioambiental. (ROESLER, 2010).

a) Apresentação da situação: (02 aulas)

Projeto interdisciplinar, que será trabalhado com professores de Biologia,

História, Geografia, Artes e Ciências.

Apresentar aos alunos como será desenvolvido o projeto de intervenção

pedagógica na escola, com os objetivos, justificativa e ações que será

desenvolvida neste período. O mesmo será concretizado no decorrer de 32

horas aulas, compondo uma unidade didática.

b) Conservação dos recursos hídricos (Nascentes).

Justificativa:

As nascentes onde os produtores rurais captam água para o

abastecimento e consumos domésticos encontram-se sem proteção adequada,

portanto, expostas à contaminação e à poluição e estão sujeitas ao

assoreamento e ao livre acesso de animais domésticos e silvestres

comprometendo a qualidade da água e a saúde humana.

Objetivos:

Construir uma proteção na nascente (fonte, mina) de forma

ecologicamente correta e economicamente adequada ao orçamento familiar,

com utilização de materiais e recursos naturais no local com o objetivo de

melhorar a qualidade da água consumida pelas famílias.

Conhecer um pouco sobre a constituição histórica da água como

Significado das Fórmulas Químicas.

A descoberta do elétron abriu imensas possibilidades para a química. E

provocou, de imediato, especulações sobre a estrutura do átomo, problema

que levaria algumas décadas para ser resolvido. Um modelo adequado par a

estrutura atômica resultou na possibilidade de se tratar a estrutura molecular

como imagem do real. As fórmulas que antes representavam simplesmente a

proporção com que os elementos se combinaram para formar a substância,

passaram a ser objeto de investigação química. O que significa, porém dizer

que uma substância tem esta ou aquela estrutura molecular?

Dizemos que fórmula da H2O. Às vezes, quando a representamos dessa

maneira – simplesmente por duas letras e um número -, temos a sensação de

nos aproximarmos da própria essência da água.

A água como solvente universal viabiliza a vida no planeta. É a única

substância que, nas condições físico-químicas da Terra, apresenta-se nos três

estados da matéria. O gelo tem a notável propriedade de ser um sólido menos

denso que seu correspondente líquido: a maioria dos sólidos afunda em seus

líquidos. O gelo flutua na água e isso é fundamental para a vida no planeta,

pois nas regiões frias os mares congelam apenas na superfície, preservando

seu caldeirão de vida.

A água é evidente muito mais que um simples solvente universal.

Quando matamos nossa sede ou nos banhamos nas águas límpidas de um

riacho, ela representa a soma dos olhos de toda a humanidade, porque no seu

circular contínuo pelo ambiente já viveu a experiência de todas as lágrimas,

desceu por todas as gargantas, visitou geleiras, montanhas, rios e oceanos e

vem transmitindo pelos nossos corpos desde a aurora do planeta.

Mesmo do ponto de vista científico, vale a pena discutir qual o

significado de atribuirmos uma fórmula simples a uma substância tão

maravilhosa como a água. Quando Lavoisier anuncia à Academia de Ciência

de Paris, em 1783 que a água era composta por hidrogênio e oxigênio, estava

propondo uma maneira de definir um elemento químico completamente

diferente da visão aristotélica.

O professor orientara os alunos a repensar a importância da água

através das seguintes questionamentos.

- Qual a importância da água em nossas vidas?

- Como seria o planeta sem ela?

- O que estamos fazendo para protegê-la?

- Você conhece alguma nascente? Como esta seu estado de

conservação?

- Qual a sua ação a ser realizada dentro de sua casa, escola aonde você

convive, para minimizar estes problemas?

- Por que o problema da água é mais político do que geográfico?

- O que medidas deveria ser adotado em uma política de gerenciamento

dos recursos hídricos?

- Proponha medidas para melhorar a gestão da água em sua casa?

Após ler o texto, procurar em outras fontes, sobre o assunto.

Formar grupos de quatro alunos para poder relatar as

experiências.

Depois de pronto o relato no pequeno grupo, realizar mesa

redonda, aonde todos teriam seu tempo para expor suas ideias

para o grande grupo.

Designaria um relator geral para registrar as atividades, que

posteriormente será entregue para o professor.

Realizara cartazes para expor nas dependências físicas da

escola.

Convidaria o responsável pela EMATER e Secretária do Meio

Ambiente para estar proporcionando uma palestra nas

dependências da escola sobre o tema, para os alunos, que teria o

objetivo de construir uma síntese da apresentação para entregar

para o professor.

Escolheria uma nascente dentro do município para efetuar a sua

conservação.

Marcaria um dia para visitação do local, com a participação dos

alunos, professor e equipe técnica.

Logo após a visita, com analise dos dados técnicos voltaria com o

material para realizar os trabalhos de limpeza da fonte até sua

execução final.

Logo após a construção da nascente, realizara o replantio de

arvores nativas daquela região.

Materiais utilizados para a conservação de nascentes:

Materiais Utilizados Quantidade

Cimento Portland 04 sacos de 50 kg

Tubo PVC de 50 mm 02 m

Tubo PVC de 25 mm 02m

Tubo PVC de 75 mm 03m

Tampa PVC 50 mm 03

Tampa PVC 25 mm 03

Tampa PVC 75 mm 01

Veda Rosca (rolo) 01

Pedra Britada Pequena 1m3

Pedra de Calçamento 2m3

Luva de Borracha 02

Plástico 02 m2

Tela Plástica 2 m2

Tela Plástica 2 m2

Bota de Borracha Par

Facão de Corte 01

Pá de Corte 01

Como fazer proteção de fonte:

Limpeza dos arredores e da fonte, retirando as folhas, até encontrar

terra firme.

Preparo da massa solo-cimento:

1- Peneirar a terra retirando os ciscos

2- Medir 5 partes do solo argiloso.

3- Medir uma parte de cimento

4- Misturar bem o solo com o cimento

5- Acrescentar água aos poucos e misturar até dar liga.

6- Para preparar a massa utilizar caixa de madeira ou limpar uma peque

na área próxima à fonte, e preparar a massa no chão.

7- Rebocar todas as paredes com solo-cimento, evitando assim a

entrada de água das chuvas.

8- Iniciar a construção do muro, colocando uma camada de solo-

cimento e já assentando as pedras. Depois da primeira camada de

pedras, colocar o cano para a saída da água até a casa.

9- Levantar mais o muro utilizando a massa solo-cimento e pedras. Fixe

os demais canos que tem a função de retirar a água que está

sobrando evitando assim a pressão da água sobre o muro. Estes

canos devem ter uma tela na saída, evitando assim a entrada de

insetos. Encher a fonte com pedras até a altura do último cano.

Encaixar um cano PVC 25 mm com tampão no meio das pedras.

Este cano serve para fazer a desinfecção da fonte. Colocar por cima

das pedras grandes uma camada de pedra brita e posteriormente

jogar a massa solo-cimento para concretar.

Para garantir a vedação da fonte e assim impedir a entrada de

resíduos e águas da chuva, podemos utilizar dois tipos de vedação:

a) Colocar uma camada de 3 cm de massa solo-cimento sobre a

pedra brita e depois rebocar com massa de pedreiro (cimento e

areia).

b) Colocar uma camada de 3 cm de massa solo-cimento sobre a

pedra brita, jogar uma camada de 10 cm de terra e depois plantar

grama.

Após construção despejar pelo cano um litro de água

sanitária, para fazer a desinfecção da fonte e das pedras.

Utilize o tampão para vedar o cano, prevenindo assim a

entrada de insetos.

Após a construção e desinfecção, iniciar o trabalho de

canalização da água até a moradia.

Lembrete

Na frente do muro construído, encha de pedras para calçar os

canos,

Fazer desvios na parte superior da fonte, facilitando assim o

escoamento da água da chuva;

Para utilizar este sistema de proteção de fonte não deve ter

árvore muito próxima;

Fazer a desinfecção da fonte a cada quatro meses, da seguinte

forma:

1- Tampe as saídas de água;

2- Retire o tampão do cano e coloque 1 litro de água sanitária;

3- Deixe a água sair pelo último cano da parte de cima;

4- Abrir as saídas e deixar a água escorrer pelos canos, pois dessa

forma será feita a desinfecção dos canos.

Devemos fazer a desinfecção da caixa da água e fontes

protegidas, pois serve para destruir os germes patogênicos que

causam doenças como:

Diarreia, Hepatite, Verminose, Febre Tifoide e outras.

Como fazer:

1- Feche o registro de entrada de água da sua caixa.

2- Esvazie a caixa abrindo todas as torneiras e dando

descarga no banheiro.

3- Enquanto a caixa esvazia, esfregue e raspe seu interior

para retirar a sujeira. Utilize uma escova limpa com um

pouco de água sanitária para esfregar.

4- Depois de lavar bem, enxague com bastante água e

deixe escoar. Abra o registro e volte a encher a caixa.

5- A seguir abra todas as torneiras e deixe escoar um

pouco de água. Logo que você sentir o cheiro do

desinfetante feche as torneiras. Procedendo deste

modo a tubulação também será desinfetada.

6- Espere duas horas. Abra todas as torneiras para

esvaziar a caixa. (esta água não deve ser consumida).

7- Caso o cheiro do desinfetante do desinfetante ainda

esteja forte, encha a e torne a esvaziar a caixa. Feche

com a tampa e verifique se ficou bem vedada. A caixa

bem fechada diminuio risco de contaminação.

8- Logo em seguida passe a usar a água da caixa. Para

garantir a qualidade da consumida em sua casa, este

procedimento deverá ser repetido de seis em seis

meses.

Assim que a caixa estiver cheia misture água sanitária

na seguinte proporção:

Tamanho da caixa Parte de água Sanitária

De 200 a 250 litros Meio litro

500 litros 1 litro

1000 litros 2 litro

Todos os passos serão devidamente registrados. Além disso, o

professor com os alunos no final desta atividade vai expor o trabalho realizado

para comunidade escolar. Através de cartazes, banner, maquetes, fotos e

filmagens de todas as ações desenvolvidas.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – MEC,

1996.

CAMARGO, A. A. Vegetação ciliar, Curitiba: SENAR, 2007.

CAPRA, F.; As conexões ocultas: ciências para uma vida sustentável.

Cipolla, M. B. (trad).São Paulo: Cultrix, 2005.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico:

Recenseamento Geral do Brasil, 2000.

LOURENÇO, C. F. B. Educação ambiental: repensando o espaço da

cidadania. Castro, R. S. (org), 3ª ed. São Paulo : Cortez, 2005.

LEFF. E. Saber Ambiental: sustentabilidade,

reacionalidade,complexidade,poder Orth, L. M. E. (trad), Petrópolois: Vozes,

2001.

MELLO, S. S.; TRAJBER, R. (coord) Vamos Cuidar do Brasil: Conceitos e

Práticas em Educação Ambiental na Escola. Ministério da Educação,

Brasília: UNESCO, 2007, 248p.

NOVAIS, V. L. D. Ozônio: aliado e inimigo. São Paulo: Scipione, 1998.

ONU. Organização das Nações Unidas. Conferência das Nações Unidas

sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio de Janeiro, 1992.

PARANÁ, Plano Nacional de Educação, Parecer CNE/CEB, Secretaria de

Estado da Educação - SEED, 2002.

PPP - Projeto Politico Pedagógico, Colégio Estadual Alberto Santos Dumont,

2012.

ROESLER, M. R. von B. Por um meio ambiente ecologicamente

equilibrado: pensamentos e diálogos. Cascavel: Edunioeste, 2010.

SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Paraná, Administração

Regional do Estado do Paraná.Meio Ambiente - Manual do Professor.

Curitiba, 2001.

SEMA - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Nascentes protegidas e recuperadas. Curitiba, 2010, 24p.

VASCONCELLOS, Cdos S. Planejamento: Plano de Ensino Aprendizagem

eProjeto Educativo. 2ª ed. São Paulo: Libert, 19