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MINIMIZAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL DE RESÍDUOS LÍQUIDOS DE POLIURETANOS EM INDÚSTRIA DA LAMINADOS SINTETICOS ATRAVES DA APLICAÇÃO SINÉRGICA DE FERRAMENTAS DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA E LEAN MANUFACTURING Robson Kauer (Feevale) [email protected] Os laminados sintéticos surgiram na década de 60 como uma alternativa de substituição ao couro para aplicação em forros e cabedais de calçados. Pode ser considerado uma alternativa ecológica frente ao seu concorrente direto, uma vez que possui um processo mais fácil de ser controlado e principalmente por não necessitar um consumo excessivo de água na sua produção. Na busca por um programa de gestão que melhore a eficiência na utilização dos recursos, pretende-se aplicar em conjunto as metodologias da Produção mais Limpa (P+L) e do Lean Manufacturing, com o objetivo de aumentar a produtividade, melhorar a qualidade, otimizando fluxos de produção e eliminando desperdícios. Os resíduos de plastisol (PVC) são 100% reaproveitados dentro do próprio processo de fabricação do laminado, por outro lado, com os resíduos líquidos de PU, não se tem o mesmo aproveitamento quanto ao reprocessamento. Portanto o objetivo do presente trabalho é propor e avaliar a utilização das metodologias de Produção mais Limpa e Lean Manufacturing para a minimização do passivo ambiental de resíduos líquidos de poliuretanos (PU) em indústrias de laminados sintéticos. Através da análise dos balanços de massa, com posterior alterações no cadastro dos produtos, conseguiu-se reduzir a geração de resíduos de 910kg para 390 kg, ou seja, relacionando com a metragem produzida, passou-se de 10g por metro linear produzido para 3,5g por metro linear. Palavras-chave: Laminados sintéticos, Resíduos de Poliuretano, Produção mais Limpa, Lean Manufacturing. XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

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MINIMIZAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL DE

RESÍDUOS LÍQUIDOS DE POLIURETANOS EM

INDÚSTRIA DA LAMINADOS SINTETICOS

ATRAVES DA APLICAÇÃO SINÉRGICA DE

FERRAMENTAS DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA E

LEAN MANUFACTURING

Robson Kauer (Feevale)

[email protected]

Os laminados sintéticos surgiram na década de 60 como uma alternativa de

substituição ao couro para aplicação em forros e cabedais de calçados. Pode

ser considerado uma alternativa ecológica frente ao seu concorrente direto,

uma vez que possui um processo mais fácil de ser controlado e

principalmente por não necessitar um consumo excessivo de água na sua

produção. Na busca por um programa de gestão que melhore a eficiência na

utilização dos recursos, pretende-se aplicar em conjunto as metodologias da

Produção mais Limpa (P+L) e do Lean Manufacturing, com o objetivo de

aumentar a produtividade, melhorar a qualidade, otimizando fluxos de

produção e eliminando desperdícios. Os resíduos de plastisol (PVC) são 100%

reaproveitados dentro do próprio processo de fabricação do laminado, por

outro lado, com os resíduos líquidos de PU, não se tem o mesmo

aproveitamento quanto ao reprocessamento. Portanto o objetivo do

presente trabalho é propor e avaliar a utilização das metodologias de

Produção mais Limpa e Lean Manufacturing para a minimização do passivo

ambiental de resíduos líquidos de poliuretanos (PU) em indústrias de

laminados sintéticos. Através da análise dos balanços de massa, com

posterior alterações no cadastro dos produtos, conseguiu-se reduzir a

geração de resíduos de 910kg para 390 kg, ou seja, relacionando com a

metragem produzida, passou-se de 10g por metro linear produzido para 3,5g

por metro linear.

Palavras-chave: Laminados sintéticos, Resíduos de Poliuretano, Produção

mais Limpa, Lean Manufacturing.

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1 Introdução

Em tempos de oscilações na economia, com disputas mercadológicas altamente competitivas,

e com a busca incessante de melhoria da produtividade e qualidade pelas empresas que

pretendem se manter atuantes no mercado em que estão inseridas, surge também a

preocupação e a necessidade de uma gestão eficiente dos resíduos, propiciando assim, a

conquista de uma vantagem competitiva frente às demais concorrentes.

A problemática da geração de resíduos industriais tem seu princípio concomitante com o

desenvolvimento tecnológico advindo da Revolução Industrial, que propiciou mais conforto e

bem estar à população em geral, com a manufatura de produtos descartáveis, porém, sem uma

política apropriada para a reutilização e disposição final dos mesmos.

Na busca por um programa de gestão que melhore a eficiência na utilização dos recursos,

sugere-se a aplicação sinérgica de ações pontuais das metodologias de Produção mais Limpa

(P+L) e de Lean Manufacturing, ou produção enxuta. Segundo o guia PmaisL (2015) o seu

princípio básico é eliminar a poluição durante o processo de produção e não no final, pela

simples razão de que todos os resíduos que a empresa gera custaram-lhe dinheiro, pois foram

comprados a preço de matéria prima, consumiram insumos como água e energia, e continuam

a consumir dinheiro, seja nos gastos com tratamento e armazenamento, ou através de multas

pela falta desses cuidados. Já a metodologia Lean introduz melhorias como o aumento da

produtividade e qualidade, otimizando fluxos de produção e eliminando desperdícios

Dentro deste cenário, citam-se as empresas produtoras de laminados sintéticos, fornecedores

de materiais substitutos ao couro natural às empresas calçadistas, podendo, inclusive, serem

consideradas como uma alternativa ecológica frente ao seu concorrente direto, uma vez que

possui um processo mais fácil de ser controlado e principalmente por não necessitar um

consumo excessivo de água na sua produção.

Por outro lado, sabe-se que como toda indústria de transformação, este processo também

possui oportunidades de melhoria em questões relacionadas à sustentabilidade e

responsabilidade ambiental, onde destacam-se a minimização da geração de resíduos, bem

como seu reuso e reciclagem.

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Atualmente dentro do processo de produção em indústrias de laminados sintéticos, têm-se

dois resíduos principais, que são as sobras de “massas” de policloreto de vinila (PVC),

também chamado de plastisol, e os resíduos líquidos de poliuretanos (PU). Ambos resíduos

oriundos do processo de espalmagem do laminado sintético. Os resíduos de plastisol são

100% reaproveitados dentro do próprio processo de fabricação do laminado. Já, por outro

lado, com os resíduos líquidos de PU, não se tem o mesmo aproveitamento quanto ao

reprocessamento, salvo, em situações com sobras significativas de PU, de determinados

produtos de linha, com produções futuras previstas.

Considerando que no cluster coureiro-calçadista da região Sul do Brasil possui seis empresas

fabricantes de laminados sintéticos, estima-se uma geração de 12 toneladas/ mês deste resíduo

líquido de PU.

Portanto o objetivo geral do presente trabalho é avaliar a utilização de ferramentas das

metodologias de Produção mais Limpa e Lean Manufacturing para a minimização do passivo

ambiental de resíduos líquidos de PU em indústrias de laminados sintéticos.

2. Poliuretanos (PU´s)

Wiebeck e Harada (2005) e Mano e Mendes (2004) afirmam ainda que, em se tratando de

polímeros sintéticos de alto desempenho, os poliuretanos destacam-se no mercado mundial,

em função de sua alta flexibilidade na obtenção de diversos materiais como borrachas,

plásticos ou fibras com distintas propriedades físicas e químicas, dependendo dos monômeros

e do catalisador utilizados.

Os PU’s foram desenvolvidos por Otto Bayer, em 1937 através da reação de poliadição de um

poliisocianato (no mínimo bifuncional) com um poliol (Figura 1) e outros reagentes (contendo

dois ou mais grupos de hidrogênio reativos) como: agentes de cura ou extensores de cadeia;

catalisadores; agentes de expansão; surfactantes; cargas; agentes antienvelhecimento, corantes

e pigmentos, retardantes de chama, desmoldantes, etc. Os isocianatos podem ser classificados

em aromáticos, alifáticos, ciclo-alifáticos ou policíclicos (VILLAR, 2013; WIEBECK e

HARADA, 2005).

Figura 1 - Reação química da formação da Uretana.

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Fonte: Adaptado de Villar (2013)

Sobre as principais propriedades e características dos PU´s, Wiebeck e Harada (2005) e Mano

e Mendes (2004) destacam a alta resistência a abrasão, tração e rasgamento, bem como boa

flexibilidade a baixas temperaturas e baixo custo de processamento. Os autores citam ainda

como principais aplicações: equipamentos industrias, espumas para estofamento, solados para

calçados, material esportivo, roupas, filmes, revestimentos, tintas e etc.

3. Laminados sintéticos à base de poliuretanos (PU´s)

Segundo Villar (2013), uma das aplicações do poliuretano está no campo dos revestimentos e

recobrimentos, como na produção de tintas e laminados sintéticos.

Uma definição para laminado sintéticos segundo Fung (2002), é de um material composto de

duas ou mais camadas, sendo que uma é um tecido têxtil e, pelo menos uma, é uma camada

polimérica contínua, onde ambas são ligadas por meio de um adesivo, conforme Figura 2.

Figura 2 – Estrutura laminado sintético de poliuretano

Fonte: Blos (2012)

Nos últimos anos, os laminados sintéticos tiveram grandes avanços em sua disponibilidade,

qualidade e propriedades físicas tornando-os, materiais cada vez mais comuns na fabricação

de quase todo tipo de calçado.

Os laminados sintéticos de poliuretano são classificados como polímeros termofixos ou

termorrígidos, onde sob ação do calor os mesmos endurecem, e após seu processamento

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quando submetidos ao calor novamente entram em decomposição antes do seu ponto de

fusão. Segundo Rodolfo Júnior, Nunes e Ormanji (2006), o processo de cura dos polímeros

termorrígidos consiste em uma série de reações químicas que promovem a formação de

ligações químicas primárias (ligações covalentes) entre as macromoléculas da resina

termofixa, mediante o uso de calor, pressão, radiação ou catalisadores, tornando-a rígida e

insolúvel.

Trein (2014) comenta que os laminados sintéticos a base de poliuretano, possuem boas

propriedades de resistência à tração, alongamento e ao rasgamento, dependendo das

características dos substratos utilizados. Os laminados que fazem uso de malhanormalmente

possuem uma maior resistência ao alongamento, porém tendem a sofrer hidrólise com a ação

do tempo.

Outras características importantes no laminado de PU, são a excelente resistência a abrasão, à

colagem (utilizando adesivo adequado) e ao flexionamento contínuo, todas estas de grande

importância no segmento esportivo. Em se tratando de forros destaca-se a capacidade de

permeabilidade do suor, proporcionando a transpiração do pé.

Trein (2014) destaca que o sistema produtivo do laminado sintético é considerado

ambientalmente correto, pois utiliza menos água e proporciona um baixo desperdício de

material e uma maior produtividade em comparação com o processo do couro, pois produz

uma área de corte mais homogênea, permitindo inclusive um melhor aproveitamento.

3.1. Processo de espalmagem por transferência

O processo de produção do laminado sintético é um exemplo de espalmagem por

transferência, que consiste na deposição de até 4 camadas, que podem ser PVC, PU ou ambos,

onde as camadas depositadas sobre o papel siliconado com relevo (gravação), passam por um

processo de gelificação (PVC) ou secagem (PU), para posterior deposição das camadas

seguintes, a fim de proporcionar características de toque e/ou espessura. E por fim é feita a

adesão conforme Figura 5 ao substrato (tecido ou base coagulada de PU) com uma camada

fina de adesivo (RODOLFO JUNIOR, NUNES e ORMANJI, 2006).

O revestimento por transferência utiliza um transportador temporário, usualmente feito de

papel gravado revestido com silicone. O papel é revestido através de faca ou rolo reverso com

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uma ou mais camadas de elastômeros. O solvente é removido do revestimento por

aquecimento antes do contato com o substrato têxtil, num rolo aquecido. O papel é então

removido e reutilizado. As máquinas de revestimentosão normalmente equipadas com até

quatro cabeçotes de revestimento para permitir a aplicação de até quatro camadas em uma só

passagem (FUNG, 2002).

Rodolfo Júnior, Nunes e Ormanji (2006) relacionamcomo equipamentos básicos de

espalmagem por transferência, conforme Figura 3, as seções de aplicação (também conhecido

como cabeça ou cabeçote de revestimento) e fornos de secagem com suas respectivas

unidades de resfriamento.

Figura 3- Linha de espalmagem

Fonte: Blos (2012)

Essa configuração, conta ainda com dispositivos para rebobinar e tencionar o papel,

reservatório para pasta em cada cabeçote de revestimento e sistema para rebobinar o

laminado.

4. Sustentabilidade organizacional

A sustentabilidade de uma organização é a busca equilibrada e permanente em manter

saudáveis todos os processos envolvidos: a tecnologia, os relacionamentos, as finanças, a

qualidade dos serviços, os recursos naturais, financeiros, a cultura local e o resultado social.

Há sempre uma vertente interna à organização e outra externa. A arte em equilibrar esses dois

lados da organização gera formas de planejamento que atendam a ambos (FREITAS, 2005

apud ZOTTIS, RUSSO E ARAÚJO, 2009, p.59).

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Dias (2004) comenta que o desenvolvimento econômico e o cuidado com o meio ambiente

são compatíveis, interdependentes e necessários, e que a alta produtividade, a tecnologia

moderna e o desenvolvimento econômico podem e devem coexistir com um meio ambiente

saudável. A chave para o desenvolvimento é a participação, a organização, a educação e o

fortalecimento das pessoas, onde o desenvolvimento sustentado é centrado nas pessoas e não

na produção.

A ideia da sustentabilidade coloca-se como contraponto ao caráter desperdiçador do atual

momento, na medida em que a economia, por um lado, está baseada no desperdício da

matéria-prima fornecida pela natureza num consumo descompassado como sua capacidade de

fornecimento e, por outro, tratado a natureza como um depósito de resíduos, sem considerar

sua capacidade de absorção e reciclagem (FREITAS, 2005 apud ZOTTIS, RUSSO E

ARAÚJO, 2009, p.59).

5. Gestão de Resíduos

Na busca pela diminuição da geração de resíduos, as empresas tem investido fortemente em

processos de reutilização, reciclagem e em ações voltadas a redução, com treinamento,

aquisição de máquinas com novas tecnologias, desenvolvimento de novas matérias primas e

no trabalho da engenharia de processo.

Robinson (2009) comenta que as empresas do setor coureiro calçadista ainda não avaliaram

com a devida importância as iniciativas de minimização na geração de resíduos, reutilização

de materiais e a reciclagem após o fim do ciclo de vida do produto. Trein (2014) corrobora

com a ideia afirmando que com as pressões econômicas sofridas em especial pelo entrante

China, as indústrias nacionais de componentes já começam a tomar providências na seleção

de insumos e fornecedores, implantando contínuas melhorias em seus processos de

fabricação, necessitando ainda uma atenção especial quanto a redução dos desperdícios e um

maior aproveitamento das matérias-primas.

Mano, Pacheco e Bonelli (2005), comentam que o gerenciamento dos resíduos é um conjunto

de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento para a disposição dos

mesmos de forma ambientalmente segura, utilizando tecnologias compatíveis com a realidade

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local. Comentam ainda que para atingir tal objetivo uma das filosofias utilizadas é

denominada de 3R’s, que significa Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Dentre as abordagens desenvolvidas para facilitar a redução do uso de recursos, o mais

conhecido é o Design for the Environment (DfE). Esta abordagem aplica o conceito Life Cycle

Assessment (LCA) como uma ferramenta para permitir a concepção de produtos, não só para

minimizar o uso de recursos, mas também para facilitar a reutilização e reciclagem. Um

exemplo da aplicação dos princípios do DfE em polímeros, é a redução média do peso das

embalagens plásticas em cerca de 28% nos últimos 10 anos (AZAPAGIC, EMSLEY e

HAMERTON, 2003).

No entanto existem alguns obstáculos enfrentados para a inclusão deste processo na rotina das

empresas. O primeiro obstáculo está ligado a uma logística reversa mais eficiente, em

segundo, questões referentes a uma visão de concepção e desenvolvimento projetando uma

viabilidade de reutilização dos materiais desde sua produção, até o final do ciclo de vida do

produto. E o terceiro obstáculo para a reutilização é a dificuldade do cliente em aceitar

produtos que não são novos, porque acreditam que produtos reutilizados terão uma

performance inferior (AZAPAGIC, EMSLEY e HAMERTON, 2003).

A prioridade da P+L conforme Figura 4, é minimizar a geração de resíduos e emissões na

fonte geradora (nível 1). Os resíduos que não podem serevitados devem ser reaproveitados,

reutilizados ou reciclados, preferencialmente, internamente (nível 2). Na impossibilidade do

reaproveitamento, podem ser realizados estudos de reciclagem externamente à

organização(nível 3) (SEIFFERT, 2011).

Figura 4 - Fluxograma de estratégia de priorização na Produção mais Limpa

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Fonte: Seiffert (2011)

Seiffert (2011) comenta que a adoção de tecnologias para a redução da carga poluente deve

ser considerada como última opção dentre uma série de medidas preventivas que podem ser

tomadas no gerenciamento de resíduos. O funcionamento de um processo dentro da ótica de

redução na geração deve fazer parte do dia a dia da organização. Cabe ressaltar ainda que tais

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medidas podem ser implantadas isoladamente ou em conjunto, sempre considerando a

disposição final de resíduos como alternativasomente após descartadas as demais.

Segundo o guia PmaisL (2015) a redução na fonte é realizada através de balanços de massa e

energia, avaliando processos, produtos e serviços e identificando as oportunidades de

melhoria que levam em conta aspectos técnicos, ambientais e econômicos. São definidos e

implantados indicadores para monitoramento com o objetivo de trazer benefícios ambientais e

econômicos para as empresas graças à redução dos impactos ambientais e do aumento da

eficiência do processo.

6. Lean Manufacturing

A produção Lean representa fazer mais com menos – menos tempo, menos espaço, menos

esforço humano, menos maquinaria, menos material – e ao mesmo tempo, dar aos clientes o

que eles querem (DENNIS, 2008).

Dennis (2008) comenta que nos dias atuais, na maioria das indústrias o preço é fixo ou está

em queda, e o consumidor com acesso irrestrito a informação e com uma variedade de

escolhas, está cada vez mais exigente quanto a qualidade e preço. A Figura 5 elucida esse

novo conceito.

Figura 5 - A meta é a redução de custos.

Fonte: Adaptado de Dennis (2008)

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De acordo com Shingo (1996) a teoria do Sistema Toyota de Produção (STP) baseia-se na

priorização das melhorias na função processo via a eliminação contínua e sistemática das

perdas nos sistemas produtivos.

Ohno (1997), afirma que o objetivo principal do STP é aumentar a eficiência através da

redução de custos, e para se atingir tal objetivo é absolutamente necessário que as quantidades

produzidas sejam iguais às quantidades necessárias, eliminando assim a superprodução.

6.1. Kaizen

A diferença entre o desempenho atual de um processo e o desempenho desejado é o

direcionador fundamental de uma iniciativa de melhorias. A melhoria de desempenho é o

objetivo final do gerenciamento de processos e operações. (SLACK et al, 2008)

Gaither e Frazier (2002), apontam como vantagens, por exemplo, o fato de que como os

resultados iniciais são modestos, evita-se a frustração e abandono, e que o progresso gradativo

e contínuo, significa que as empresas não podem nunca aceitar que o que são é o melhor que

podem ser.

Conforme Shingo (1996) o processamento e as operações essenciais devem ser examinados

cuidadosamente na busca de possíveis melhorias, analisando formas de aumentar o valor

agregado dos produtos, reexaminando materiais, métodos e os próprios produtos.

Segundo Campos (2004) o ciclo PDCA (Planejar, Fazer, Verificar, Agir), pode ser utilizado

para manter e melhorar as diretrizes de controle de um processo, onde cada melhoria

corresponde ao estabelecimento de um novo nível de controle.

Tubino (2009), cita uma forma de organizar os itens de controle, através da montagem de uma

tabela de verificação a partir de sete questões a serem respondidas, conhecidas com 5W2H

(Why, What, How, Who, When, Where, How much). Esta é uma ferramenta muito útil para

auxiliar o PDCA, na etapa do planejamento, onde traduzindo, as perguntas a serem

respondidas temos: Por que será feito? (Justificativa), O que será feito? (Etapas), Como será

feito? (Método), Por quem será feito? (Responsabilidade), Quando será feito (prazo), Onde

será feito? (Local) e Quanto custará para fazer (Custo).

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6.2. Kanban

O sistema Kanban funciona através da criação de um estoque intermediário entre fornecedor e

cliente, onde os itens são colocados em lotes padrão sinalizados com um cartão, onde no

momento em que o cliente utiliza um item, surge a necessidade de fabricação do mesmo,

através da indicação de reposição pelo cartão (TUBINO, 2009).

Uma forma de gerenciar um sistema através do mesmo conceito de sinalizações para ativar a

produção é o Quadrado Kanban, que segundo Tubino (2009) consiste em identificar no chão

de fábrica um espaço ao lado do centro de trabalho, com capacidade para um número pré-

determinado de itens. A reposição se dará no momento em que esse espaço ficar vazio, sendo

então, preenchido com novos itens.

Segundo Ohno (1997) o sistema Kanban, através da lógica do supermercado dentro do chão

de fábrica, aumenta o giro de lotes, otimiza os tempos de movimentação dentro da produção,

evita a superprodução, que é a maior perda na produção, reduzindo os estoques e desperdícios

em um movimento de melhoria continua.

7 Setor de Preparação na indústria de laminados sintéticos

O setor de Preparação na indústria de laminados sintéticos é o responsável pela fabricação das

“massas” de PVC e PU que compõem as diversas formulações dos laminados sintéticos que

podem ser classificados como PVC, PU ou Misto (PU/PVC).

As etapas, apresentadas na Figura 6, que constituem esse processo são: impressão da ordem

de produção, preparação das “massas”, moagem, pesagem das formulações, acerto de cor

(matização), filtragem, envio para máquina de espalmagem, reaproveitamento e descarte de

resíduos.

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Figura 6 - Fluxo de processos do setor de Preparação

7.1 Preparação de poliuretanos (PU´s)

Os PU´s são preparados, conforme ficha de pesagem, necessidade da programação e

necessidade da máquina de espalmagem, que utiliza fórmulas padrão (transparentes), em

diversos produtos de linha. A preparação consiste em pesar as resinas de PU conforme a

fórmula requisitada, pesar o solvente (normalmente Dimetilformamida), e aditivos. Após feita

a mistura, o poliuretano é colocado em um espaço da área da produtiva, que utiliza-os

conforme necessidade do produto a ser produzido.

Com o objetivo da padronização dos PU’s utilizados e aprimoramento do fluxo de processo,

organizando o espaço e facilitando a visualização da necessidade de reposição foi feita uma

ação de melhoria, tomando como exemplo o Quadrado Kanban, conforme Figura 7.

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Figura 7 - Armazenagem das fórmulas de PU na área produtiva (A) antes e (B) depois da aplicação dos

conceitos de Kanban

A B

7.2 Resíduos

Como pode se observar no fluxo de processo do setor de mistura (Figura 6), os resíduos de

PU gerados são destinados para descarte, enquanto que o resíduo de PVC é recuperado 100%.

Afim de minimizar a geração dos resíduos de PU, foi elaborado um Plano de Ação, através da

ferramenta 5W2H, conforme Quadro 1.

Quadro 1 - Plano de ação 5W2H redução sobras PU

OBJETIVO: REDUÇÃO SOBRAS DE PU RESPONSÁVEL: Robson

Início Fim

Coletar dados para

mensuração do

projeto

Pesagem das

sobras PU

Após a produção, realizar

pesagem das sobras, se

ocorreram

Ivane 13/08/2014 12/11/2014 Setor Mistura -R$

Atualizar sistema

com gramatura

úmida real

Calcular

gramatura úmida

real

Através de planilha com

controle de consumo versus

metragem produzida

Robson 13/08/2014 12/11/2014 Setor Mistura -R$

Redução de PU

para descarte

Atualizar sistema

com gramatura

úmida real

Modificar no sistema

RUANSA gramatura úmida

nas formulações

Robson 13/08/2014 12/11/2014 Setor Mistura -R$

Verificar eficácia

do plano de ação

Controle da

geração mensal

de resíduo PU

Realizar pesagem de toda

sobra de PU do mês

transcorrido

Robson

Ivane13/08/2014 12/11/2014 Setor Mistura -R$

Por que QuantoO que Como QuemQuando

Onde

O objetivo era coletar dados da quantidade de PU utilizada em cada artigo (Figura 8), e

através da metragem produzida, calcular o depósito úmido real (balanço de massa) de PU, já

que os artigos são cadastrados com um depósito úmido teórico, muitas vezes difícil de

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mensurar, em função de vários fatores, como abertura da faca, teor de sólidos da resina, teor

de sólidos dos pigmentos e configurações de máquina distintas em relação a máquina piloto.

Figura 8 - Controle de depósito PU (Balanço de massa)

Na medida em que se obtinham as gramaturas “reais”, estes dados eram corrigidos no sistema

de produção, com o objetivo de, na próxima ordem de produção pesar a quantidade correta de

PU, minimizando as sobras. A fim de verificar o resultado do plano de ação, ao final de cada

mês, foram pesados os totais de resíduos gerados, relacionando-os com a metragem produzida

no período, conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Controle resíduo PU mensal

CONTROLE RESÍDUO PU MENSAL

Mês Metragem Produzida

(metros lineares)

Total Resíduo

(Kg)

Resíduo X Metragem

Produzida (Kg/metro linear)

Agosto 90.683 910 0,0100

Setembro 91.222 583 0,0064

Outubro 110.281 390 0,0035

Pode-se observar no Gráfico 1 a redução, tanto na geração de resíduos, como na relação dos

mesmos em função da metragem produzida.

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Gráfico 1 – Geração resíduos mensal

Observou-se que uma ação simples promoveu uma redução significativa na geração de

resíduos de PU, onde inicialmente se tinha uma geração de 10 gramas a cada metro de

laminado sintético produzido, e após os 3 meses do plano de ação, passamos para 3,5 gramas

a cada metro produzido.

8. Considerações Finais

Pode-se observar no Gráfico 1 que a continuidade do processo de gestão proposto no sentido

da redução na fonte com a realização constante de balanços de massas (processo advindo da

Produção mais Limpa) com o subsídio do 5W2H como ferramenta para auxiliar o ciclo

PDCA, pautado pela melhoria continua através do Kaizen pode trazer ainda mais benefícios,

pois têm-se uma tendência decrescente na geração dos resíduos.

Destacam-se ainda outros aspectos positivos que podem ser alcançados com a implantação

das metodologias propostas, como, o reuso/reaproveitamento de resíduos de PU dentro do

próprio processo de espalmagem, através da segregação dos mesmos por distintas categorias

de aplicação;a reciclagem de resíduos de PU como matéria-prima de novos produtos; a

recuperaçãodo solvente DMF (Dimetilformamida) presente nos resíduos, através de

destilação; e padronização de formulações para diversas aplicações.

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Para corroborar no atingimento destes resultados propõem-se um novo estudo com ações

voltadas para o planejamento e controle de produção (PCP), no desenvolvimento de novos

produtos, propondo controles para cadastro das formulações no sistema de produção, e a

inclusão do setor Comercial, através de venda de laminados sintéticos de cor preta,

produzidos com os resíduos.

Por fim, estima-se que a aplicação conjunta das metodologias de Produção mais Limpa e Lean

Manufacturing tendem a proporcionar um ganho competitivo real para qualquer organização,

uma vez que neste caso, com a utilização sinérgica de alguns conceitos e ferramentas de

ambas metodologias, num período curto de tempo (3 meses), surtiu um resultado expressivo

quanto a minimização dos resíduos líquidos de PU.

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