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Análise de um software para minimização de deficiências em projetos de infraestrutura
Alan do Carmo Braga Graduado em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Izabela Hendrix (CEUNIH),
Lúcio Souza Campos Neto Mestre em Economia de Empresas, docente do Centro Universitário Metodista Izabela
Hendrix (CEUNIH), [email protected]
DOI: http://dx.doi.org/10.15601/2359-5302/ptr.v1n2p183-201
Resumo O Brasil tem uma exigência de melhorias de infraestrutura, por ser um dos componentes fundamentais para o crescimento econômico do país. Sabendo que as falhas nos projetos de rodovia trazem vários prejuízos econômicos, sociais e políticos, os programas computacionais com visualização tridimensional podem ser uma boa ferramenta para minimizar as deficiências desses projetos. O objetivo do presente artigo foi analisar o potencial do software PowerCivil for Brazil como alternativa para minimizar as deficiências dos projetos rodoviários. Para realização da pesquisa foi aplicado um questionário aos consultores de empresas de projetos rodoviários. Após análises dos resultados, foi possível observar quais softwares são mais utilizados, concluindo que a principal deficiência destes projetos é relacionada ao tempo despendido na elaboração dos mesmos, e que o software PowerCivil for Brazil demonstra várias potencialidades, porém por ser elativamente novo, ainda não há ganhos de qualidade ao projeto, principalmente por falta de conhecimento do usuário. Palavras-Chave: Rodovia; Projeto geométrico; PowerCivil; Bentley. 1 Introdução De acordo com Pimenta e Oliveira (2004), o projeto de uma estrada é representado por um
conjunto de desenhos - planta, perfil longitudinal e seções transversais - que geralmente é
satisfatório para a definição da estrada a ser executada, contudo, esse tipo de apresentação não
permite ao projetista uma perfeita visualização do seu projeto. Na concepção de Pires (2010),
as falhas nos projetos de rodovia trazem vários prejuízos econômicos, sociais e políticos;
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contudo, segundo Figueira (2012), programas computacionais com visualização
tridimensional pode ser uma boa ferramenta para minimizar as deficiências desses projetos.
O PowerCivil for Brazil (Bentley Systems, Exton, USA) é um software inovador, que alia
produtividade e respeito ao meio ambiente, que são fatores determinantes para o êxito do
projeto (BENTLEY SYSTEMS, 2014).
Sabe-se que uma das principais habilidades que os engenheiros devem possuir é a percepção
espacial, a capacidade de visualizar os planos 2D no 3D. O PowerCivil for Brazil contribui
nesse sentido, permitindo que os usuários movimentem-se virtualmente através do modelo 3D
da rodovia e a inspecione visualmente para verificar a presença de quaisquer deficiências ou
problemas (SEABRA, 2009; BENTLEY SYSTEMS, 2014).
Além das vantagens descritas, o PowerCivil for Brazil é preparado para o uso de tecnologias
mais avançadas de integração no processo de projeto, como o Building Information Modeling
(BIM) (KUHFELD, 2013). O BIM é um novo processo para o Brasil, que parte de modelos
3D, e atribui todas as informações relativas as etapas da construção em um modelo integrado,
paramétrico, intercambiável e passível de simulação, que poderá ser utilizado desde a
concepção dos projetos, durante as obras e até durante toda vida útil do espaço construído
(ADDOR et al., 2013).
De acordo com Graefe e Alexeenko (2008), o Brasil tem uma exigência de melhorias de
infraestrutura no transporte de insumos, por ser um componente fundamental para o
crescimento econômico do país. A necessidade de melhorias na infraestrutura, principalmente
nas rodovias, do país demanda certa urgência na avaliação dos softwares disponíveis para a
introdução de melhorias contínuas, visando a produção de benefícios, custos e satisfação das
necessidades atuais beneficiando a sustentabilidade (PERRUPATO, 2011).
Infelizmente, nem todos os softwares disponíveis no Brasil estão preparados para essa
tecnologia. Apesar disso, verifica-se um processo de amadurecimento neste sentido
(FRANÇA, 2014). O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
anunciou em 2009 a exigência da entrega de projeto de engenharia na plataforma Building
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Information Modeling (BIM), ou Modelo de Informação da Construção, de projetistas e
construtoras que quiserem participar das concorrências feitas pelo órgão de obras rodoviárias.
Esta medida trará mais transparência às contratações (SANTOS, 2013).
Nos Estados Unidos os Departamentos de Transportes (DOTs) constituem uma espécie de
Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Brasil. Os DOTs estão em todos os 51
estados americanos, assim como estão em todos os estados brasileiros os DERs. Nas
concorrências públicas são exigidos elevado grau de aplicação de soluções tecnológicas para
entrega do projeto, na construção e até na operação da rodovia (DEPARTAMENTOS, 2014).
Diante do exposto, este artigo trata a importância de incentivar o uso do programa
computacional PowerCivil for Brazil, possibilitando a identificação de possíveis vantagens e
usos em projetos rodoviários, com o objetivo de analisar a utilização de software de projetos
de infraestrutura como alternativa para minimizar suas deficiências. Verificaram-se os
softwares utilizados atualmente no mercado; avaliando-os qualitativamente e apresentam-se
as vantagens da visualização 3D para a verificação de projetos de rodovias.
2 Sistemas de informação na construção civil Conforme Laudon e Laudon (1999), um sistema de informação pode ser definido como um
grupo de elementos que interagem entre eles, juntando, armazenando, organizando,
arquivando e compartilhando informações de forma adequada, com objetivo de favorecer o
planejamento, o domínio, a sistematização, a avaliação e o método deliberativo em
organizações. Ainda de acordo com os mesmos autores, inserir um novo sistema de
informação em uma empresa afeta não só a estrutura organizacional, mas também as metas, a
concorrência de grupos de interesse, a tomada de decisões e as condutas dos colaboradores. O
procedimento de mudança organizacional, devido à inserção de um novo sistema de
informação, é chamado de implantação. O sucesso ou fracasso desse sistema depende do
método de implantação, que são ações árduas, devido ao abalo causado na estrutura da
empresa.
Neste contexto, para Pedro Filho (2007) a simples introdução de ferramentas de nova
tecnologia enfrenta vários obstáculos comuns a todo movimento de inovação, desde a
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resistência por parte dos usuários, quanto à falta de definição de conceito por parte dos
gestores.
Segundo Seldin, Rainho e Caulliraux (2003), a aderência a um novo sistema em uma empresa
deve ser acompanhada por uma equipe que apoia as mudanças ocorridas, e esta equipe será
responsável por construir a sustentação para que este processo de transformação aconteça.
Pois mesmo que toda a empresa tenha assimilado por completo as mudanças, o ambiente está
sempre em constante movimento, levando a novas transformações e com isso a nova cultura
entra em um choque com os padrões de comportamento novamente. Sendo assim, é
necessário que o processo de aprendizagem seja contínuo.
Ainda de acordo com Laudon e Laudon (2004), os sistemas de informação podem ser
adotados para diminuir custos, diferenciar produtos e serviços, e atender novos mercados. Um
exemplo são os sistemas especialistas, aplicativos computacionais que solucionam problemas,
executam serviços rotineiros ou insatisfatórios em curto espaço de tempo, através de regras ou
estruturas estabelecidas antecipadamente.
Além disso, o sistema de informação facilita os gestores a inspecionar a performance atual e
futura da empresa, permitindo assim que os gestores intervenham se necessário, sendo
fundamental para o domínio operacional da empresa (PORTO; BANDEIRA, 2006).
3 Projeto Rodoviário Pontes Filho (1998) descreve que o projeto para construção de uma estrada inicia-se através
do planejamento de transporte. O objetivo do planejamento de transporte é a verificação da
demanda de tráfego viário existente na região, determinando as prioridades de conexões
necessárias de acordo com o volume de tráfego coletado e projetado em combinação com os
dados socioeconômicos da região estudada.
3.1 Projeto geométrico de rodovias Segundo Pontes Filho (1998), projeto geométrico de uma estrada é o processo de associar os
seus elementos físicos com as características das leis de movimento, de operação dos veículos
e do tráfego, do comportamento dos motoristas, visando as premissas de segurança, conforto e
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menor custo. Pimenta e Oliveira (2004) apontam que a apresentação gráfica habitual de um
projeto geométrico de rodovia é realizada por um conjunto de desenhos 2D (bidimensionais),
sendo eles: planta, perfil longitudinal e seções transversais (Figura 1).
Figura 1 - Representação gráfica do Projeto Geométrico
Fonte: PIMENTA; OLIVEIRA (2004).
Conforme demonstra a figura anterior e de acordo com Pimenta e Oliveira (2004):
• A planta é a representação da projeção da estrada sobre um plano horizontal, ou seja,
do alinhamento horizontal;
• O perfil longitudinal é a representação da interseção da estrada com a superfície
cilíndrica vertical que contém o eixo da estrada, ou seja, do alinhamento vertical;
• Seções transversais são representações de cortes da estrada feitos por planos verticais,
perpendiculares ao eixo da estrada. São normalmente localizadas nas estacas inteiras
(em intervalos de 20 metros) e em outros pontos onde necessárias.
3.2 Deficiências do projeto geométrico de rodovias Segundo Kuhn e Jha (2006), as deficiências no projeto geométrico de rodovias ocorrem
devido uma harmonização inadequada dos alinhamentos horizontal (planta) e vertical (perfil
longitudinal) no processo tradicional da elaboração do projeto com utilização de programas
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computacionais que trabalham em ambiente 2D (Bidimensional). Essas deficiências podem
levar a uma situação propicia a acidentes nas rodovias e, portanto, prejudicar a segurança
rodoviária.
De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP,
2006), os alinhamentos horizontal e vertical estão entre os mais importantes elementos de
projeto permanentes, e devem ser estudados de forma correlata, pois arranjos inadequados
podem prejudicar a estética, a eficiência operacional e segurança em trechos da via,
comprometendo características positivas isoladas de cada alinhamento.
Por outro lado, as recomendações contidas nas normas e instruções de projeto da Alemanha
focam a análise da estrutura tridimensional que resulta da composição dos alinhamentos
horizontal e vertical, em associação com os elementos da seção transversal, e consideram que
uma boa dirigibilidade visual é importante para a segurança e para a eficiência operacional ao
longo da via. Esta dirigibilidade é criada pela perspectiva tridimensional que o motorista tem
da via, sendo adequada em uma determinada situação, por exemplo, quando a direção a ser
seguida se torna óbvia ao motorista em função da boa condução visual proporcionada pelas
bordas do pavimento e pelas linhas delimitatórias da sinalização horizontal. As
recomendações das normas alemãs diferenciam os casos individuais de boa composição de
alinhamentos das situações a evitar (LAMM; PSARIANOS; MAILAENDER, 19991 apud
DER-SP, 2006). Conforme destaca o DER-SP (2006), o projeto da via é considerado como
sendo uma sequência de elementos ou segmentos tridimensionais. Com isso, a vista em
perspectiva tridimensional permite considerar a visão que o motorista terá sobre situações,
podendo evitar surpresas ao condutor, garantindo assim a segurança na operação da rodovia.
Na Concepção de Kuhn e Jha (2006), uma maneira de evitar as deficiências do projeto é
utilizando elementos especiais de projeto tridimensionais. Sendo assim, a implantação de um
programa computacional que trabalha com a dimensão tridimensional pode auxiliar na
redução dessas deficiências de projeto.
1 LAMM, R; PSARIANOS, B.; MAILAENDER, T. Highway design and traffic safety engineering handbook. New York: MacGraw-Hill, 1999. 1088 p.
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4 Sobre o Powercivil for Brazil Através da comunidade do InRoads on-line (BE COMMUNITIES, 2014), verifica-se que o
software Inroads é uma evolução dos softwares desenvolvidos pela Intergraph na década de
80. O primeiro produto civil da Intergraph foi chamado de "The Engineering Site Package" e
com ele era possível, combinar a coordenação da geometria com a modelagem digital do
terreno e perfil, além da extração de seção, tudo isso em um único produto. Neste mesmo
contexto a comunidade do InRoads on line (BE COMMUNITIES, 2014), disse que após isso,
um comitê gestor de sistemas de projeto de transporte foi formado em dezembro de 1986 para
definir a direção para um produto de projetos de estrada. Este projeto de sistema foi chamado
de "TDP", que significava Transportation Design Package.
Conforme a comunidade InRoads on-line (BE COMMUNITIES, 2014), o produto foi
rebatizado como InRoads e foi evoluindo constantemente. Abaixo segue um breve histórico
das evoluções do InRoads:
InRoads V3.5 - abril 1990
InRoads V4.0 - abril 1991
InRoads V5.0 - dezembro 1993
InRoads for AutoCAD V1.0 - janeiro 1996
InRoads V7.0 - dezembro 1996
InRoads V7.1 - outubro 1997
Civil SelectCAD V7.2 - abril 1999
Civil SelectCAD V8.0 - setembro 1999
Civil SelectCAD V8.1 - junho 2000
Civil SelectCAD V8.2 - abril 2001
InRoads Suite of Products V8.3 - jan 2002
InRoads Suite of Products V8.4 - fevereiro 2003
InRoads Group V8 2004 Edition (V8.5) - Maio de 2004
InRoads Group V8 2004 Edition (V8.7) - Junho 2005
InRoads Group V8 2004 Edition (V8.8) - Junho 2006
InRoads Group V8 XM Edition (V8.9) - Janeiro de 2007
InRoads Group V8 XM Edition (V8.9.1) - Julho 2007
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InRoads Group V8i (V8.11.5) - Novembro de 2008
InRoads Group V8i SELECTseries 1 (V8.11.7) - Março 2010
InRoads Group V8i SELECTseries 2 (V8.11.7) - agosto 2010
O InRoads Group V8i SELECTseries 2 (V8.11.7) sofreu algumas mudanças, devido culturas
diferentes, e veio para o Brasil com o nome PowerCivil for Brazil V8i - SELECTseries 22.
Conforme Bentley Institute Course Guide (2012), o PowerCivil for Brazil é um conjunto de
aplicativos computacionais para várias disciplinas do projeto de rodovias.
Neste mesmo contexto a Engenho Editora Técnica (2014) explana que o software PowerCivil
for Brazil aumentou em 25% a produtividade do projeto devido os relatórios automáticos e a
minimização de retrabalho, além de facilitar a aderência aos padrões do modelo CAD, sem
um consumo de tempo e dependência do usuário neste novo ambiente. O Bentley Institute
Course Guide (2012) apresenta os aplicativos do PowerCivil for Brazil, conforme o Quadro 1:
Quadro 1 - Descrição dos aplicativos do PowerCivil for Brazil
InRoads Oferece as funções de modelagem de terrenos, alinhamentos horizontais, alinhamentos
verticais, seções e cálculos de volumes.
Survey Permite a transferência dos dados de equipamentos de campo para o ambiente do
PowerCivil for Brazil.
Civil Roundabouts Oferece as funções para projetar rotatórias em planta.
Drainage Oferece as funções para projetar, analizar e gerenciar os dados para redes de drenagem
de águas pluviais e sanitárias.
Site Modeler Oferece as funções para estudar e projetar platôs.
Roadway Designer Oferece as funções para criação de novas superfícies de projeto que representam uma
nova rodovia ou outro tipo de superfície, como túneis, canais, barragens, muros, etc.
Bridge Oferece as funções para elaboração de layouts de pontes.
Data Acquisition Oferece as funções para compilação de dados para criação de modelo Digital do
Terreno.
Bentley Map É um sistema GIS 3D com capacidade de criação de mapas temáticos.
MicroStation É a plataforma CAD do PowerCivil for Brazil.
Fonte: Adaptado de BENTLEY INSTITUTE COURSE GUIDE (2012).
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Softwares do tipo Computer Aided Design (CAD), ou Desenho Assistido por computador, são
softwares de desenho que utilizam técnicas gráficas computadorizadas; o AutoCAD e o
MicroStation são deste tipo (CARNEIRO, 2013).
5 Metodologia
Para a realização da pesquisa foi aplicado um questionário semiestruturado elaborado através
do aplicativo Google Docs e disponibilizado online, abrangendo questões sobre projetos
rodoviários, tais como: dificuldades na elaboração destes projetos, deficiências comumente
detectadas nos projetos, vantagens e desvantagens encontradas com o uso do software
PowerCivil for Brazil, melhora da qualidade e prazo para o projeto com uso do programa
computacional PowerCivil for Brazil, além de procurar avaliar os softwares disponíveis no
mercado: AutoCAD, MicroStation, Topograph, Civil 3D e PowerCivil for Brazil.
Para a escolha dos participantes da pesquisa foi utilizado como critério consultores de
empresas que utilizam o software PowerCivil for Brazil e a facilidade de acesso aos dados
para análise disponibilizados pelos mesmos. Como grupo controle foram utilizados cinco
consultores de empresas de fácil acesso que não utilizam o software PowerCivil for Brazil.
Após esta análise foram enviados e-mails para 17 consultores de empresas, contendo um
convite formal e o link para acessar o questionário.
Após o preenchimento dos questionários, o aplicativo Google Docs gerou uma planilha com
os resultados de todos os participantes, de acordo com as perguntas elaboradas. Em seguida,
estes dados foram tabulados no programa Excel 2007 (Microsoft) e foram construídos
gráficos. Os dados de identificação dos entrevistados foram mantidos em sigilo e foi dado
uma numeração de 1 a 10 aos mesmos.
2 Informação verbal repassada por Carlos Galeano durante implantação do PowerCivil for Brazil na empresa Engemaster Engenharia e Projetos LTDA em maio de 2013.
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6 Resultados e discussão
Dos 17 questionários enviados, apenas 10 profissionais participaram, e após análise dos
resultados obtidos foi possível observar que os principais softwares do tipo CAD utilizados
pelos profissionais entrevistados foram o AutoCAD, separado ou em conjunto com o
MicroStation, e o MicroStation apenas.
A plataforma CAD do software PowerCivil for Brazil é o MicroStation (BENTLEY
INSTITUTE COURSE GUIDE, 2012), que no presente estudo apresentou menor utilização
entre os entrevistados, o que pode causar uma resistência a mudança por partes dos usuários, e
ser uma explicação para a menor utilização do programa PowerCivil for Brazil, visto que
aproximadamente 70% dos consultores avaliados utilizam apenas o AutoCAD para
formatação de seus projetos (PEDRO FILHO, 2007).
Ao serem questionados sobre a utilização dos softwares para os cálculos na elaboração dos
projetos atualmente, os resultados apontam que a maioria das empresas já utiliza o PowerCivil
for Brazil, sendo acompanhado pelo Civil 3D e pelo Topograph em conjunto com outros
softwares (Gráfico 1).
Gráfico 1 - Softwares para cálculos dos projetos utilizados pelas empresas analisadas
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
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Nota-se com este resultado a aderência do software PowerCivil for Brazil pela maioria das
empresas analisadas, porém sendo acompanhado com apenas 10% de diferença por empresas
que utilizam o Civil 3D e empresas que utilizam o Topograph em conjunto com outros
softwares. É importante ressaltar que algumas empresas utilizam o software PowerCivil for
Brazil em conjunto com o Topograph, e até mesmo em conjunto com o Civil 3D. Isso pode
ser devido ao constante movimento do ambiente e da falta de uma aprendizagem contínua e
de uma equipe que construa a sustentação desta mudança (SELDIN; RAINHO;
CAULLIRAUX, 2003).
No presente artigo, também foi possível avaliar as principais dificuldades encontradas no uso
dos softwares (Quadro 2).
Quadro 2 - Dificuldades encontradas no uso dos softwares
Civil 3D Erros devido a necessidade de processamento de arquivos pesados, dificuldade na otimização do serviço.
Topograph Limitação dos pontos de topografia.
PowerCivil for Brazil A dificuldade de profissionais que trabalhem com a ferramenta e a falta de materiais didáticos disponíveis.
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
É interessante ressaltar duas respostas para a questão que abordou as dificuldades na
utilização destes softwares, dos usuários que utilizam o PowerCivil for Brazil:
• Entrevistado 5: “A falta de materiais didáticos com passo a passo e vídeos aulas em
português na internet”.
• Entrevistado 7: “Na realidade poucas. O que ocorre é a dificuldade em encontrar
profissionais que já trabalhem com ele (caso da Bentley) e mudar a cultura do
funcionário contratado para a nova tecnologia”.
Após avaliar as questões relacionadas às abordagens das dificuldades enfrentadas na
elaboração dos projetos, foi relatado que a maior dificuldade é quanto ao tempo despendido
na elaboração do projeto, o que pode gerar atrasos na sequência do mesmo (Gráfico 2).
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Gráfico 2 - Dificuldades na elaboração dos projetos pelas empresas analisadas.
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
O software PowerCivil for Brazil pode auxiliar no prazo (tempo) de elaboração de projetos
devido a sua capacidade de processamento, relatórios automáticos, análise dos dados através
dos seus modelos 3D, no qual minimiza o retrabalho e redução do consumo de tempo por
facilitar a aderência aos padrões CAD (ENGENHO EDITORA TÉCNICA, 2014).
Com o objetivo de comprovar a eficiência e eficácia do software PowerCivil for Brazil, é
interessante destacar a resposta do entrevistado 1, que diz: “A formatação é um processo
muito mecânico e demorado, além de exigir detalhamento”. Conforme observado na literatura
estudada, o software PowerCivil for Brazil auxilia neste sentido por aderir aos padrões CAD
de maneira mais fácil no seu ambiente (ENGENHO EDITORA TÉCNICA, 2014).
De acordo com análise das respostas dos entrevistados sobre a questão das deficiências
comumente detectadas nesses projetos, percebe-se que a compatibilização das disciplinas é a
principal deficiência desses projetos.
Quanto à questão que aborda se a visualização tridimensional contribui para a qualidade do
projeto, os entrevistados foram unânimes em dizer que sim, destacando-se duas justificativas:
• Entrevistado 2: “A facilidade de observar, desde que a base topográfica esteja certa, os
erros e problemas nos projetos rodoviários com a ferramentas BIM é ponto
fundamental para a melhoria da qualidade nos projetos brasileiros, pois fora do País
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essa tecnologia é usada em larga escala há mais de 10 anos. É preciso a
conscientização das empresas e dos Profissionais da área para sair da idade da pedra e
pisar no século XXI”.
• Entrevistado 5: “Melhor entendimento do projeto para leigos e verificações”.
A utilização de um programa que trabalhe com a dimensão tridimensional pode auxiliar na
redução dessas deficiências, por possibilitar ao projetista visualizar a sequência de elementos
tridimensionais conforme é a visão do motorista, podendo evitar surpresas ao motorista
(KUHN, JHA, 2006; DER-SP, 2006).
A unanimidade das respostas dos entrevistados de que a visualização 3D contribui para a
qualidade do projeto pode ser devido ao projeto de via ser considerado como uma sequência
de elementos tridimensionais, sendo assim o projetista pode garantir a segurança na operação
das rodovias, por poder evitar surpresas aos motoristas (DER-SP, 2006).
Ao avaliar os resultados sobre as perguntas relacionadas ao software PowerCivil for Brazil,
foi possível destacar as vantagens e desvantagens (Quadro 3):
Quadro 3 - Vantagens e desvantagens do software PowerCivil for Brazil
Vantagens Desvantagens
Capacidade de processamento de dados em máquinas
pouco potentes;
Falta de profissionais com conhecimento no
software,
Resultados dinâmicos e em 3D; Dependência do usuário em relação ao fornecedor.
Facilidade na manipulação de alinhamentos horizontal e
vertical
Compatibilização entre as disciplinas.
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
A ampliação do uso de aplicações de levantamentos a laser, do qual exige uma boa
capacidade de processamento de dados, e a pouca disponibilidade de softwares no Brasil
preparado para esta tecnologia, aliado a ferramenta do software PowerCivil for Brazil que
permite aos usuários movimentar-se virtualmente através do modelo 3D da rodovia,
verificando a presença de quaisquer deficiências ou problemas, são os fatores que
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contribuíram para resultar em tais vantagens (GALVANIN; POZ, 2013; FRANÇA, 2014;
BENTLEY SYSTEMS, 2014).
As desvantagens estão relacionadas com o procedimento de mudança organizacional e com o
ambiente em constante movimento. Para minimizar essas desvantagens é aconselhável definir
uma equipe responsável por construir a sustentação, para que este processo de transformação
aconteça, e cuidar para que o processo de aprendizagem seja contínuo (LAUDON; LAUDON,
2004; SELDIN; RAINHO; CAULLIRAUX, 2003).
Em relação ao ganho em termos de qualidade e em termos de prazo houve um empate entre as
respostas, onde destacamos as justificativas. Sobre o termo de qualidade, responderam:
• Entrevistado 2: “O principal ganho foi com a montagem automáticas das folhas de
projetos, mantendo um padrão nas formatações e diminuindo o retrabalho caso haja
alguma mudança de última hora no projeto”.
• Entrevistado 9: “Porque ainda o técnico é muito dependente das padronizações que
estão em andamento por parte do fornecedor”.
Sobre o termo de prazo, o entrevistado 5 respondeu que sim e justificou “O fluxo de trabalho
também ajuda na agilidade, pois vários colaborados podem realizar seus trabalhos
simultaneamente. E a ferramenta é muito mais dinâmica do que outras oferecida no mercado”.
Já o entrevistado 9 respondeu que não justificando, “Porque ainda não se pode utilizar o
software pelas implicações citadas”. Essas implicações citadas pelo entrevistado 9 referem-se
à falta de adaptação aos padrões de projetos brasileiros e a dependência do usuário ao
fornecedor.
Nesse contexto Laudon e Laudon (2004) explicam que a inserção de um novo sistema de
informação é chamada de implantação, e o sucesso ou fracasso desse sistema depende do
método de implantação que são ações árduas, devido o abalo causado na estrutura da empresa.
Para a questão que aborda qual software era utilizado anteriormente, percebe-se que a maioria
utilizava o Civil 3D da Autodesk, onde destaca se a resposta do entrevistado 5 que disse:
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“Usava produtos Autodesk, o motivo da troca foi em função de mudança de empresa. Mas
hoje em dia recomendo trabalhar com o Powercivil for Brazil por ser um ferramenta muito
mais inteligente”.
A capacidade do software PowerCivil for Brazil em simplificar cálculos e alterações, suas
ferramentas que oferecem flexibilidade e poderosos recursos de mapeamento e automação, a
modelagem em 3D e detecção automática de potenciais problemas e conflitos estruturais,
aliado a ser um software preparado para a tecnologia BIM são as possíveis causas da
aderência para este software (BENTLEY SYSTEMS, 2014; KUHFELD, 2013).
Em relação à sugestão para melhoria do software PowerCivil for Brazil, destaca-se a resposta
do entrevistado 9 que diz: “Torna-lo mais simples para usuário, de forma que as formatações
e padronizações não tenha que ser delegadas ao fornecedor”.
Novamente o processo de implantação, aliado a equipe responsável por construir a
sustentação desta transformação pode otimizar esta etapa do processo, de forma a simplificá-
la para o usuário (LAUDON; LAUDON, 2004; SELDIN; RAINHO; CAULLIRAUX, 2003).
Finalmente, destaca-se o que disse o entrevistado 5: “Como disse, essa ferramenta é
excelente, mas acho que a Bentley no geral deveria investir mais em produzir materiais de
aprendizado e disponibiliza-lo na internet para usuários autodidatas”.
7 Conclusão
O Brasil tem uma exigência de melhorias de infraestrutura, por ser um dos componentes
fundamentais para o crescimento econômico do país. Devido essa necessidade de melhorias
na infraestrutura e sabendo que falhas nos projetos de rodovia trazem vários prejuízos
econômicos, sociais e políticos, a avaliação dos softwares para elaboração dos projetos
rodoviários demandam certa urgência, visando a produção de benefícios, custos e satisfação
das necessidades atuais, beneficiando a sustentabilidade.
Através da avaliação dos softwares disponíveis atualmente no mercado, notaram-se as
potencialidades particulares que cada uma agrega a estes projetos. Concluiu-se que para cada
empresa devem ser analisadas as ferramentas através das necessidades dos seus projetos e de
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cada usuário, considerando que o software PowerCivil for Brazil mostrou ter maiores
possibilidades quanto ao processamento de dados e compatibilização entre as disciplinas, mas
sendo um software de difícil manuseio.
Com as informações levantadas através do questionário, nota-se que a principal dificuldade é
em relação ao prazo (tempo) despendido na elaboração destes projetos. Os aplicativos
computacionais podem auxiliar nesta deficiência através da melhoria na capacidade de
processamento, relatórios automáticos e facilidade de manipulação. Devem-se também tomar
alguns cuidados quanto ao uso das ferramentas, pois são aglomeradas muitas informações,
sendo possível cometer um erro ou um vício sem ao menos perceber. Por isso a conferência
através da visualização tridimensional é importante na elaboração do projeto.
A ferramenta computacional PowerCivil for Brazil demonstrou várias potencialidades, mas
por ser um software relativamente novo, não apresentou ganhos ao projeto, em termos de
qualidade, principalmente por falta de conhecimento do usuário. As ferramentas de
visualização tridimensional agregam qualidade aos projetos devido ao auxílio para
compatibilização das disciplinas e facilitam a verificação de erros e deficiências nos projetos.
Além disso, possibilita um melhor entendimento para os leigos.
Notou-se no processo de elaboração do projeto a importância que os softwares tem em relação
às diversas etapas do mesmo. Qualquer ferramenta computacional pode ser utilizada nesse
processo, desde que o usuário tenha um conhecimento técnico abrangente em relação às
ferramentas, ou seja, o software deve ser de fácil manuseio para o usuário. O processo de
implantação deve ser bem elaborado, para garantir este conhecimento ao usuário, em caso de
troca do software.
A pesquisa realizada não se apresenta como definitiva, mas levanta questões a investigar. E
como proposta futura sugere-se a avaliação dos demais softwares disponíveis no mercado.
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Analysis software to minimize deficiencies in infrastructure projects Abstract Brazil has a requirement for infrastructure improvements to be a key component to economic growth. Knowing that failures in highway projects bring many economic, social and political damage, however, computer programs with three-dimensional visualization can be a good tool for minimizing the shortcomings of these projects. The aim of this study was to analyze the potential of PowerCivil for Brazil its a software as an alternative to minimize the deficiencies of road projects. To conduct the survey, a questionnaire was applied to consultants for road projects companies. After analysis of the results, it was possible to observe which software are most used. Was concluded that the main weakness of these projects is in relation to the time spent in the development, and that PowerCivil for Brazil software demonstrates several potential, but it is a relatively new, still showed no gains in terms of quality to the project, mainly lack of knowledge of the user. Key-Words: Highway; Geometric Design; PowerCivil; Bentley. Referências ADDOR, M. et al. Estruturação do escritório de projeto para a implantação do BIM. Guia AsBEA. São Paulo, 2013. Disponível em <http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2014/02/Guia_Bim_AsBEA.pdf>. Acesso em: 5 mar. 14. BE COMMUNITIES online: Communities: Road and Site Design. Disponível em: <http://communities.bentley.com/products/road___site_design/w/road_and_site_design__wiki/history-of-inroads.aspx>. Acesso em: 5 mar. 2014. BENTLEY INSTITUTE COURSE GUIDE. PowerCivil for Brazil V8i: road fundamentals. Exton: Bentley Institute, 2012. 266 p. BENTLEY SYSTEMS. Product Data Sheet PowerCivil for Brazil, 2014. Disponível em: <http://ftp2.bentley.com/dist/collateral/docs/powercivil_for_country/powercivil-for-brazil_product-data-sheet.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2014. CARNEIRO, T. A. P. N. Avaliação de diferentes métodos de obtenção de modelo virtual no sistema CAD/CAM CEREC por meio de microtomografia computadorizada. 2013. 104 f. Dissertação (Mestre em Odontologia, Área de concentração em Clínica Odontológica) - Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Universidade Federal de Uberlândia, 2013. Disponível em: <http://www.bdtd.ufu.br/tde_arquivos/20/TDE-2013-05-28T152228Z-3673/Publico/Thiago%20de%20Almeida.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2014. DEPARTAMENTOS de Transportes nos EUA adotam tecnologia como aliada. Revista O Empreiteiro , São Paulo, edição 530, 16 jun. 2014. Disponível em: <http://www.oempreiteiro.com.br/Publicacoes/9238/Departamentos_de_Transportes_nos_EUA_adotam_tecnologia_como_aliada.aspx >. Acesso em: 18 jun. 2014.
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Recebido em: 26/02/2015 - Aprovado em: 18/11/2015 - Disponibilizado em: 15/12/2015