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1 3.4. Atenção Domiciliar A Atenção Domiciliar caracteriza-se por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidado e integradas à Rede de Atenção à Saúde. Visa envolver as equipes de Atenção Básica e as Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar e de Apoio (EMAD e EMAP), dando suporte terapêutico domiciliar aos pacientes com maior dependência, maior dificuldade de transporte e com maiores riscos de complicações, principalmente aqueles vítimas de trauma ou portadores de sequelas neurológicas importantes. A Atenção Domiciliar (AD) propõe o cuidado multidisciplinar e transversal com objetivo de reorganizar o processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na atenção básica, ambulatorial e hospitalar, com vistas à redução da demanda por atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários internados, a humanização da atenção, a desinstitucionalização e o resgate da autonomia dos usuários. Compõem o arcabouço da AD, as Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar (EMADs) compostas por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e auxiliares de enfermagem, e Equipes Multidisciplinares de Apoio (EMAPs) compostas por no mínimo três profissionais de nível superior, entre as seguintes categorias profissionais: assistente social, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e farmacêutico. Atuam na lógica do trabalho centrado na família, no cuidador e no usuário, como uma tríade de estreita relação para garantia de respostas concretas às necessidades dos pacientes. Avaliação Situacional A Atenção Domiciliar no DF constitui-se atualmente de 16 Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar EMADs e de 04 Equipes de Apoio EMADs que compõem os Serviços de Atenção Domiciliar SADs ou Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar NRADs, vinculadas tecnicamente à Gerência de Atenção Domiciliar/DIAE/SAPS. A proposta de organização tem por diretrizes o PDR do DF e a Portaria MS Nº 2.527 de 27 de outubro de 2011, que redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do SUS. No quadro abaixo, encontram-se a distribuição de SADs por Região de Saúde e área de abrangência para 100% de cobertura populacional. TABELA 4: Capacidade de EMADs e EMAPs por Região e População do DF.

Secretaria de Saúde do Distrito Federal - 3.4. Atenção Domiciliar...manutenção da saúde”. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas

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3.4. Atenção Domiciliar

A Atenção Domiciliar caracteriza-se por um conjunto de ações de promoção à saúde,

prevenção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de

continuidade de cuidado e integradas à Rede de Atenção à Saúde. Visa envolver as equipes

de Atenção Básica e as Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar e de Apoio (EMAD

e EMAP), dando suporte terapêutico domiciliar aos pacientes com maior dependência,

maior dificuldade de transporte e com maiores riscos de complicações, principalmente

aqueles vítimas de trauma ou portadores de sequelas neurológicas importantes.

A Atenção Domiciliar (AD) propõe o cuidado multidisciplinar e transversal com objetivo de

reorganizar o processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na atenção

básica, ambulatorial e hospitalar, com vistas à redução da demanda por atendimento

hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários internados, a humanização

da atenção, a desinstitucionalização e o resgate da autonomia dos usuários.

Compõem o arcabouço da AD, as Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar

(EMADs) compostas por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e auxiliares de enfermagem,

e Equipes Multidisciplinares de Apoio (EMAPs) compostas por no mínimo três profissionais

de nível superior, entre as seguintes categorias profissionais: assistente social,

fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e

farmacêutico. Atuam na lógica do trabalho centrado na família, no cuidador e no usuário,

como uma tríade de estreita relação para garantia de respostas concretas às necessidades

dos pacientes.

Avaliação Situacional

A Atenção Domiciliar no DF constitui-se atualmente de 16 Equipes Multiprofissionais de

Atenção Domiciliar – EMADs – e de 04 Equipes de Apoio – EMADs – que compõem os

Serviços de Atenção Domiciliar – SADs – ou Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar –

NRADs, vinculadas tecnicamente à Gerência de Atenção Domiciliar/DIAE/SAPS.

A proposta de organização tem por diretrizes o PDR do DF e a Portaria MS Nº 2.527 de 27

de outubro de 2011, que redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do SUS.

No quadro abaixo, encontram-se a distribuição de SADs por Região de Saúde e área de

abrangência para 100% de cobertura populacional.

TABELA 4: Capacidade de EMADs e EMAPs por Região e População do DF.

Page 2: Secretaria de Saúde do Distrito Federal - 3.4. Atenção Domiciliar...manutenção da saúde”. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas

2

Regiões de

Saúde NRADs - SADs

População*

2010 Capacidade de

EMADS Capacidade de

EMAPS

REGIÃO

CENTRO SUL

NRAD Asa Sul

453.909

2

NRAD Núcleo

Bandeirante 1

NRAD Guará 1 1

4 1

REGIÃO

CENTRO NORTE

NRAD Asa Norte 182.561 1

1

REGIÃO OESTE

NRAD Ceilândia 460.271

3 1

NRAD Brazlândia 1

4 1

REGIÃO

SUDOESTE

NRAD Taguatinga

683.215

3 1

NRAD Samambaia 2 1

NRAD Recanto das

Emas 1

6 2

REGIÃO NORTE

NRAD Sobradinho

330.658

2 1

NRAD Planaltina

1

3 1

REGIÃO LESTE

NRAD Paranoá

196.789

1

NRAD São

Sebastião 1

2

REGIÃO SUL NRAD Gama 254.505 1

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3

NRAD Santa Maria 1

2

7 15 2.570.160 22 5

FONTE: *IBGE 2010 E GEAD/DIAE/SAPS/SES/DF

Das 16 EMADs e 4 EMAPs em funcionamento, apenas 02 EMADs e 01 EMAP (todas do

NRAD/SAD de Sobradinho) cumprem com os critérios mínimos de carga horária para

habilitação de acordo com a Portaria MS Nº 2.527; as demais 14 EMADs e as 03 EMAPs

aguardam ampliação de carga horária e contratação de servidores para habilitação.

Para o adequado atendimento à população do DF e as linhas de cuidado primordiais está

prevista a ampliação da AD para 22 EMADs e 5 EMAPs. O cronograma de implantação das

22 EMADs e 05 EMAPs está apresentado no quadro abaixo.

QUADRO 2: Cronograma de implantação de EMADs e EMAPs:

EMAPs Previsão de implantação

1. Sobradinho I Maio/2012

2. Sobradinho II Maio/2012

3. Samambaia I Junho/2012

4. Gama Junho/2012

5. São Sebastião Junho/2012

6. Núcleo Bandeirante Junho/2012

7. Ceilândia I Setembro/2012

8. Taguatinga I Setembro/2012

9. Planaltina Setembro/2012

10. Asa Norte Setembro/2012

11. Ceilândia II Março/2013

12. Guará Março/2013

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4

13. Taguatinga II Março/2013

14. Asa Sul I Março/2013

15. Samambaia II Março/2013

16. Paranoá Junho/2013

17. Ceilândia III Junho/2013

18. Brazlândia Junho/2013

19. Recanto das Emas Junho/2013

20. Santa Maria Setembro/2013

21. Taguatinga III Setembro/2013

22. Asa Sul II Setembro/2013

EMAPs Previsão de implantação

2. Sobradinho Maio/2012

3. Samambaia Junho/2012

4. Ceilândia Setembro/2012

5. Taguatinga Março/2013

6. Guará Junho/2013

FONTE: GEAD/DIAE/SAPS/SES/DF

Atualmente 1019 pacientes encontram-se cadastrados nos NRADs/SADs, alguns na

modalidade AD1, em virtude de a Estratégia de Saúde da Família ter baixa cobertura

populacional no DF para absorver esses pacientes.

O fluxo de desospitalização encontra-se em fase final de elaboração, com a padronização

de formulários e encaminhamento à Comissão de Protocolos Clínicos da SES/DF para

consulta pública enquanto se aplica um projeto piloto para ao final, haver a

institucionalização do mesmo.

O Serviço de Atenção Domiciliar de Alta Complexidade – desospitalização de pacientes

crônicos das UTIs – SAD-AC – não está contemplado na Portaria MS Nº 2.527, tendo sido

estabelecido contrato de prestação de serviço com empresa do setor para prestação deste

e consequente desospitalização de pacientes crônicos de UTI.

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TABELA 5: Cronograma de Implantação da Atenção Domiciliar - EMADs ATENÇÃO DOMICILAR

Município População Unidade/ instituição

AD2/AD3 EMAD CRONOGRAMA DE

IMPLANTAÇÃO

equipe

s

Valor custeio

R$ 2011 2012 2013 2014

Brasília 2.570.160 SAD Asa Sul 02 69.120, X

SAD Núcleo

Bandeirante 01 34.560, X

SAD Guará 01 34.560, X

SAD Asa Norte 01 34.560, X

SAD Ceilândia 03 103.680, X X

SAD Brazlândia 01 34.560, X

SAD Taguatinga 03 103.680, X X

SAD Samambaia 02 69.120, X X

SAD Recanto das

Emas 01 34.560, X

SAD Sobradinho 02 69.120, X

SAD Planaltina 01 34.560, X

SAD Paranoá 01 34.560, X

SAD São Sebastião 01 34.560, X

SAD Gama 01 34.560, X

SAD Santa Maria 01 34.560, X FONTE: GEAD/DIAE/SAPS/SES/DF

TABELA 6: Cronograma de Implantação da Atenção Domiciliar - EMAPs

ATENÇÃO DOMICILAR

Município População Unidade/ instituição

EMAP CRONOGRAMA DE

IMPLANTAÇÃO

equipe Valor

custeio 2011 2012 2013 2014

s

Brasília 2.570.160 SAD Sobradinho 01 4.000, X

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SAD Samambaia 01 4.000, X

SAD Ceilândia 01 4.000, X

SAD Taguatinga 01 4.000, X

SAD Guará 01 4.000, X FONTE: GEAD/DIAE/SAPS/SES/DF

3.5. Atenção Básica

A Política Nacional de Atenção Básica ressalta que “a Atenção Básica caracteriza-se por

um conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo que abrangem a promoção

e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e

manutenção da saúde”. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e

sanitárias democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas a

populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade

sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas

populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem

resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. É o

contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios

da universalidade, acessibilidade e coordenação, vínculo e continuidade, integralidade,

responsabilização, humanização, equidade e participação social.

A Atenção básica (AB) considera o sujeito em sua singularidade, complexidade,

integralidade e inserção sociocultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e

tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer

suas possibilidades de viver de modo saudável.

São fundamentos da AB segundo a PNAB:

• Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e

resolutivos, caracterizados como a porta de entrada preferencial do sistema de

saúde, com território adscrito a fim de permitir o planejamento e a programação

descentralizados, e em consonância com o princípio da equidade;

• Efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações

programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde,

prevenção de agravos, tratamento e reabilitação; trabalho de forma interdisciplinar e

em equipe e a coordenação do cuidado na rede de serviços;

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• Desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população

adstrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do

cuidado;

• Valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e acompanhamento

constante de sua formação e capacitação;

• Realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados, como

parte do processo de planejamento e programação;

• Estimular a participação popular e o controle social.

Para o desenvolvimento de suas ações utiliza-se de Centros de Saúde (CS), Unidades

Básicas de Saúde (UBS), Postos de Saúde Urbanos (PSU) e Rurais (PSR) e Clinicas da

Família (CF), distribuídos pelas regiões de saúde. Estas unidades tem como princípios o

acolhimento, ampliação do acesso, qualidade, integralidade da atenção, implantação de

diretrizes clínicas, vinculação e identificação de risco. É a partir destes serviços que se

estrutura o atendimento e o acesso aos serviços especializados com efetivação de uma

porta de entrada preferencial.

Neste contexto são Funções da Atenção Básica na Rede de Atenção:

I - Ser a modalidade de atenção e de serviço à saúde com o mais elevado grau de

descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária

II - Ser resolutiva identificando riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando

e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma

clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e

sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos

indivíduos e grupos sociais.

III - Coordenar o cuidado, elaborando, acompanhando e gerindo projetos terapêuticos

singulares, bem como acompanhando e organizando o fluxo dos usuários entre os

pontos de atenção das redes de atenção.

IV - Ordenar as redes, reconhecendo as necessidades de saúde da população sob sua

responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros

pontos de atenção à saúde, contribuindo para a ordenação dos fluxos e resolução

adequada dos casos sob sua responsabilização.

Neste contexto a AB vem demonstrando ser um elemento-chave na constituição dos

sistemas de saúde, com capacidade de influir nos indicadores e com grande potencial

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regulador da utilização dos recursos de alta densidade tecnológica, garantindo o acesso

universal aos serviços que tragam reais benefícios à saúde da população.

Análise Situacional

Atualmente o Distrito Federal conta com 182 equipes de Saúde da Família, proporcionando

uma cobertura de 23% da população. (Nº de Equipes de Saúde de Família - ESF no SCNES

x 3500 pessoas x 100). Além destas equipes, dispõe de 66 Centros de Saúde, oferecendo

uma cobertura populacional estimada de 25.000 habitantes cada um, 33 Unidades Básicas

de Saúde, 18 PSU e 19 PSR funcionando no modelo tradicional (ANEXO I-A). Nos Centros

de Saúde encontram-se presentes equipes de Agentes Comunitários, de forma a podermos

sinalizar uma possível conversão do modelo de atenção para um futuro próximo. Somando

a cobertura dos modelos coexistentes, chega-se uma cobertura estimada de 52% da

população. Estas estruturas encontram-se distribuídas pelas 7 Regiões de Saúde que

compõem a rede de Saúde do DF. Necessário se faz, contudo considerar as variações

locais, pois diversas regiões consideradas de alto risco socioeconômico possuem cobertura

inferior a 5%.

A expansão da Atenção Básica, em todos os seus modelos, mas especificamente no

modelo de Saúde da Família, é considerada prioridade, tendo em vista a necessidade de

maior cobertura populacional de forma a que a AB possa exercer seu papel fundamental

de organizadora das redes. Esta ampliação, contudo tem esbarrado em questões

burocráticas como as relacionadas à regularização de contratos de aluguel, destinação de

terrenos para a construção, e questões legais como a lei de responsabilidade fiscal, que no

momento praticamente impede novas contratações de Recursos Humanos.

A Atenção Básica na SES/DF encontra-se em fase de expansão e rediscussão de seus

processos de trabalho através de oficinas loco - regionais sobre Redes de Atenção à Saúde.

Ainda enfrenta fragilidades importantes como áreas de vazios assistenciais, que

representam 5% e falta de definição de fluxos assistenciais.

O modelo a ser fortalecido pela rede de atenção básica aponta para a ampliação do acesso

e responsabilização pelo paciente, contribuindo assim para a concretização da assistência

integral e responsável.

Page 9: Secretaria de Saúde do Distrito Federal - 3.4. Atenção Domiciliar...manutenção da saúde”. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas

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A Atenção Básica nas Linhas de Cuidado

No atendimento às principais linhas de cuidado (IAM, AVC e Trauma) a atenção básica

desempenha papel fundamental, principalmente no que tange às duas primeiras, onde a

identificação de fatores de risco, a prevenção, as medidas educacionais e o tratamento

adequado das patologias de base são de primordial importância.

No contexto das patologias vasculares, desempenham importante papel os fatores de risco

que quando não identificados e adequadamente tratados são a principal causa dos eventos

agudos que levam ao riso de vida e a sequelas incapacitantes. A AB desempenha aqui o

papel de educador, promovendo campanhas educacionais por exemplo contra o tabagismo

e através de programas bem definidos como o programa de combate à Diabetes e o

programa de Hipertensão que visam a promoção da saúde e do bem estar dos indivíduos

e desta forma diminuem consideravelmente as chances de eventos adversos agudos.

Ainda no contexto das linhas de cuidado é na atenção básica que se identificam os

indivíduos com maior risco potencial de desenvolverem eventos agudos sendo estes

sempre que necessário encaminhados para avaliações especializadas em níveis de

complexidade da atenção mais elevados, mantendo sempre o acompanhamento da AB

para identificação de complicações ou para orientação e acompanhamento nos cuidados

básicos. Após um evento agudo é ainda no retorno à atenção básica que os indivíduos

encontram o suporte necessário à continuidade de seu tratamento, envolvendo todas as

suas necessidades de cuidado como reabilitação, controle clinico, reinserção social, etc.

Na linha de Cuidado do trauma a AB atua principalmente após o evento agudo no

acompanhamento das sequelas, a reabilitação nos CER ou o acompanhamento de

situações clinicas que se desenvolvam após o episódio. Nestes casos a orientação

terapêutica, o acompanhamento social para reinserção e algumas vezes para readaptação

funcional é de extrema importância. Além disto é através da atenção básica que ocorre o

redirecionamento do paciente à atenção especializada em casos de necessidade.

No intuito de exercer sua função como ordenadora da rede proporcionando atendimento de

qualidade e com resolutividade à população e promovendo um aumento na acessibilidade

é que a SES/DF tem estimulado grandemente o desenvolvimento das ações de saúde e

dos programas voltados à atenção básica.

No ANEXO I-B encontra-se demonstrada a necessidade mais imediata de adequação da

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AB para atendimento à rede de atenção ás urgências e emergências o objetivo final até

2014 será de oferecer uma cobertura de 68 % da AB para a população do DF.

3.6. Prevenção, Promoção e Vigilância em Saúde.

O Programa de Ações de Vigilância em Saúde (PAVS) está organizado pelos seguintes

eixos: notificação de doenças e agravos; investigação epidemiológica; diagnóstico

laboratorial de agravos de saúde pública; vigilância ambiental; vigilância de doenças

transmitidas por vetores e antropozoonoses; controle de doenças; imunizações;

monitoramento de agravos de relevância epidemiológica; divulgação de informações

epidemiológicas; alimentação e manutenção de sistemas de informação; monitoramento

das ações de vigilância em saúde; e vigilância sanitária.

Além dos Planos e Planejamentos gerais que norteiam o desenvolvimento das ações de

Vigilância em Saúde, as áreas técnicas desenvolvem seus planos de ação para os agravos

ou temáticas específicas, em conformidade com as diretrizes técnicas dos Programas

Nacionais, coordenados pelo Ministério da Saúde, por exemplo o Plano Distrital de

preparação para uma Pandemia de Influenza, Plano Distrital para enfrentamento de uma

possível Epidemia de Dengue, Plano Distrital de Promoção à Saúde, entre outros.

As atividades finalísticas da vigilância compreendem: (1) Realização de atividades de

vigilância e prevenção de doenças crônicas, transmissíveis e não transmissíveis, bem como

a prevenção de agravos por causas externas; (2) Realização de ensaios e exames

laboratoriais de interesse da saúde pública; (3) Realização de Auditorias em

estabelecimentos públicos e privados que fornecem produtos e/ou serviços que possam

promover riscos à integridade da saúde do cidadão brasiliense, bem como atuação na

qualidade do ambiente de uso coletivo da população; (4) Realização de ações de prevenção

e controle de vetores, reservatórios, hospedeiros e animais peçonhentos, bem como da

qualidade da água para consumo humano, ar, solo, contaminantes ambientais, desastres

naturais e acidentes com produtos perigosos; (5) Realização de notificações dos agravos

em saúde do trabalhador e seu atendimento na perspectiva da integralidade, por meio de

ações de promoção, prevenção, vigilância e, complementarmente, assistência em saúde.

As ações sistemáticas realizadas pela Vigilância em Saúde contribuem para a análise da

situação de saúde da população, bem como estruturam e coordenam as ações de

promoção à saúde buscando eliminar ou reduzir os riscos e controlar os agravos e seus

fatores determinantes.

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A missão das vigilâncias em saúde é de analisar permanentemente a situação de saúde da

população, prevenir os agravos e controlar os seus determinantes, visando subsidiar as

políticas públicas, promover e proteger a saúde e contribuir para a melhoria da qualidade

de vida.

A vigilância em saúde utiliza-se do perfil epidemiológico da população segundo

características de tempo, espaço e pessoa como fundamental estratégia para a análise e

avaliação da situação de saúde. Este conhecimento visa:

a) compreender a evolução do quadro epidemiológico e identificar os determinantes

mais relevantes;

b) Estabelecer uma hierarquia de fatores de risco e vulnerabilidades aos agravos mais

relevantes;

c) Identificar as populações mais vulneráveis e as situações de risco sanitário a serem

priorizadas.

Compõem a estrutura da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) a Diretoria de

Vigilância Epidemiológica (DIVEP), a Diretoria de Vigilância Sanitária (DIVISA), a Diretoria

de Vigilância Ambiental (DIVAL) e o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN).

O desenvolvimento de ações de vigilância em saúde tem como objetivo atuar nos fatores

desencadeantes, determinantes e condicionantes de doenças e agravos, com a finalidade

de conhecer, detectar, prevenir, controlar, reduzir e eliminar riscos e danos à saúde

individual ou coletiva, bem como acidentes e agravos relacionados ao trabalho.

Compreendem atividades de Vigilância Ambiental, Epidemiológica, Sanitária, Laboratório

Central de saúde Pública do Distrito Federal, Saúde do Trabalhador e Ações Integradas de

Vigilância à Saúde.

A coordenação dos serviços de controle de infecção hospitalar foi incorporada no âmbito

da SVS como Gerência de Investigação e Prevenção de Infecção e Eventos Adversos em

Serviços de Saúde (GEPEAS). Os Núcleos de Controle de Infecção Hospitalar (NCIH),

estrutura correspondente nas Regionais de Saúde e que lhe são subordinados

tecnicamente, permaneceram, entretanto, na estrutura da SAS. Também permanecem na

estrutura da SAS os Núcleos de Vigilância Epidemiológica e Imunização (NUVEI), embora

estejam subordinados tecnicamente à Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP).

O Centro de Informação Toxicológica (CIT), também componente da Vigilância em Saúde

tem por objetivo promover a saúde por meio de assessoria e orientação frente a acidentes

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tóxicos, em caráter de emergência e em regime de plantão permanente, para profissionais

de saúde que viabilizem a otimização ao atendimento de pacientes vitimados por

exposições a agentes tóxicos. O CIT atua também na prevenção, com outras áreas da

saúde, orientando para o cuidado no armazenamento de produtos ou substâncias que

podem levar a intoxicações, Realiza atendimento ambulatorial aos trabalhadores que

entram em contato com agentes tóxicos e faz acompanhamento clínico e educativo a

trabalhadores rurais e da Vigilância Ambiental, juntamente com o LACEN, CEREST e

EMATER.

O desenvolvimento das ações de vigilância sanitária no DF abrange as atividades de

Vigilância Sanitária, tais como licenciamento de estabelecimentos, vistorias, interdições,

entre outros. As atividades normativas, de fiscalização e educação realizadas pela

Vigilância Sanitária, em consonância com o SUS, visam eliminar, reduzir ou prevenir riscos

à saúde da população do DF e têm como público alvo a pessoa física ou jurídica que

compra, vende, consome, presta serviços ou requer produtos e serviços de interesse direto

ou indireto da saúde. As inspeções realizadas abrangem estabelecimentos nas áreas de

saúde, medicamentos, alimentos, outros produtos e prestação de serviços.

Linhas de Atuação da Nova Vigilância em Saúde

• Ações integradas, atendendo a diversas áreas da Vigilância à Saúde, principalmente

as que não detêm fonte específica de financiamento,

• Atividades de vigilância e prevenção de doenças crônicas transmissíveis e não

transmissíveis, doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, bem como a prevenção

de agravos por causas externas, por meio da implementação de diversos programas,

entre eles o de Vigilância Epidemiológica, de Imunização, de Vigilância dos Agravos

de Transmissão Hídrica e Alimentar, de controle das DST/HIV/AIDS/Hepatites Virais

e Transmissão Vertical, de controle de endemias, de controle da tuberculose, de

controle da hanseníase, de implantação da Política Distrital de Promoção à Saúde,

de vigilância de óbitos e outros agravos, e de emergências em saúde pública. O

público alvo beneficiado é a população do DF e entorno.

• Ações de prevenção e combate a DST/HIV, AIDS e hepatites virais e às doenças

transmissíveis, por meio de: profilaxia contra a raiva humana; imunização de

crianças menores de um ano; controle e investigação das doenças que se

apresentam em forma de surto; controle e investigação de epidemias de doenças

inusitadas e o acompanhamento do incremento do número de casos devido à

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sazonalidade destes no Distrito Federal. Também são relevantes as doenças

abrangidas nos compromissos internacionais resultante do Regulamento Sanitário

Internacional/OMS, que incluem os seguintes agravos: Tuberculose, Hanseníase,

Dengue, Hantavirose, Febre Amarela, Malária, Chagas Agudo e Febre Hemorrágica.

• Executar políticas públicas destinadas à saúde dos trabalhadores do DF mediante

ações de promoção e prevenção dos acidentes de trabalho e das doenças

relacionadas ao trabalho, bem como, ações de assistência e reabilitação dos

trabalhadores vítimas de agravos ocupacionais. Inclui ações de vigilância em saúde,

em conjunto com as Vigilâncias Epidemiológica, Ambiental e Sanitária.

• Prevenção e Controle em Vigilância Ambiental que realiza atividades de redução do

risco de transmissão de raiva e outras zoonoses; de vigilância e controle de

triatomíneos para prevenção da Doença de Chagas; de identificação e eliminação

de focos/criadouros de Aedes aegypti (mosquito transmissor da Dengue). Também

fazem parte desta ação atividades de educação em saúde e de mobilização social e

atividades educativas com o objetivo geral de promover o acesso à informação

acerca de ações preventivas e de controle de vetores e reservatórios transmissores

de zoonoses.

Resposta as Emergências de Saúde Pública

A organização e articulação com os demais serviços de saúde do SUS, baseado na

prevenção de doenças, na proteção de grupos populacionais mais vulneráveis e na

melhoria da capacidade de respostas aos eventos de saúde pública devem receber

prioridade na agenda dos gestores do SUS.

No DF, o Centro de Informações Estratégicas e Respostas de Vigilância em Saúde

(CIEVS/DF) que coordena as ações dos serviços de vigilância em saúde, em eventos de

saúde pública foi instituído em junho de 2007 por portaria especifica. Outro ponto importante

é a discussão para elaboração de um plano de contingência para ataques e suspeitas de

bioterrorismo – “armas biológicas, químicas e nucleares” – no DF iniciado em 2008.

A Vigilância nas Linhas de Cuidado

Projeções para as próximas décadas apontam para um crescimento epidêmico das

Doenças não Transmissíveis (DANT) na maioria dos países em desenvolvimento,

especialmente em relação às doenças cardiovasculares, neoplasias e diabetes tipo 2

(BRASIL, 2008). Estas têm levado a um elevado número de mortes prematuras, perda da

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qualidade de vida com alto grau de limitações nas atividades de trabalho e lazer

consequentes a sequelas graves, além do impacto econômico para as famílias,

comunidade e a sociedade em geral.

As doenças e agravos não transmissíveis respondem pelas maiores taxas de

morbimortalidade e por cerca de mais 70% dos gastos assistenciais com a saúde no Brasil,

com uma tendência crescente (BRASIL, 2008).

Apesar do seu rápido crescimento, o impacto das DANT pode ser revertido por meio de

intervenções amplas e efetivas de promoção da saúde para a redução de seus fatores de

risco, além da melhoria da atenção à saúde, detecção precoce e tratamento oportuno.

No Brasil, a Instrução Normativa Nº. 1 de 05 de setembro de 2002, do Ministério da Saúde,

estabeleceu o Subsistema Nacional de Vigilância das Doenças e Agravos não

Transmissíveis, que foi de fundamental importância para a implementação de políticas

públicas voltadas para a promoção da saúde, a prevenção e o controle dessas doenças.

A mortalidade por doenças e agravos não transmissíveis apresenta uma tendência

crescente. No DF, entre 2003 e 2009, os principais grupos de causas de mortalidade foram

os das doenças do aparelho circulatório, neoplasias e as causas externas, conforme os

registros no Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM do DATASUS.

No Distrito Federal, em 2012, ocorreram 918 internações por doenças coronarianas agudas,

de um total de 117.693 internações clínicas, correspondendo a 0,77% do total das

internações. Sendo que 108 destes evoluíram a óbito correspondendo a 11,76% dos

pacientes acometidos pela patologia; ocorreram 1990 internações por doenças

cerebrovasculares, de um total de 117.693 internações clínicas, correspondendo a 1,69%

do total das internações. Sendo que 338 destes evoluíram a óbito correspondendo a

16,98% dos pacientes acometidos pela patologia; ocorreram 126 internações por

politrauma, de um total de 66.226 internações cirúrgicas, correspondendo a 0,19% do total

das internações. Sendo que 13 destes evoluíram a óbito correspondendo a 10,31% dos

pacientes acometidos pela patologia, segundo os dados coletados na

DICOAS/SUPRAC/SES.

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4. Componentes Transversais da RUE

São considerados componentes transversais todos aqueles que encontram-se presentes

em todos os componentes e níveis de atenção da Rede de Urgências e Emergências,

exercendo papel importante na organização dos fluxos e processos de trabalho.

4.1. Acolhimento e Classificação de Risco

A classificação de risco é um dispositivo da Política Nacional de Humanização que tem por

objetivo a priorização do atendimento médico ao paciente conforme situação de gravidade

com que este se apresenta ao serviço de saúde.

No âmbito federal, o Acolhimento e a Classificação de Risco na Rede de Atenção às

Urgências (RAU) são reconhecidos como dispositivos de implantação essencial,

organizativos que visam melhorar a qualidade e a resolutividade nos diversos pontos de

atenção. (Portarias nº 1600 e a 1601, de 07 de julho de 2011 e a Portaria nº 2395, de 11 de

outubro de 2011).

Na rede de saúde do Distrito Federal, assim como em outros estados há um crescente

aumento na demanda por atendimento nos serviços de urgências e emergência

ocasionando a superlotação destes, esta se caracteriza por: todos os leitos do serviço

ocupados; pacientes acamados nos corredores; tempo de espera para atendimento médico

acima do indicado; alta tensão na equipe assistencial e grande pressão para novos

atendimentos.

Diante deste cenário, a classificação de risco mostra-se como uma importante ferramenta

na organização do fluxo do paciente, tendo como objetivo estabelecer a prioridade clínica

para atendimento aos pacientes, identificando rapidamente àqueles que apresentam maior

risco imediato de morte e/ou de perda de função de um órgão ou membro, substituindo

assim o modelo de entrada do paciente, na maioria das vezes por ordem de chegada ou

por seleção realizada por profissional não capacitado.

A implantação desta diretriz do Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) nas portas

das emergências das Unidades da SES/DF a partir de 2011 de forma coordenada teve o

intuito de ordenar o acesso, adequar a estrutura física e de recursos humanos, bem como

qualificar os fluxos assistenciais intra e entre os pontos de atenção.

São objetivos do Acolhimento com Classificação de Risco:

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• Avaliar o paciente logo na sua chegada à unidade, identificando prontamente

urgências e emergências - condições de risco de vida;

• Classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os serviços

de urgência/emergência dos hospitais, visando identificar os que necessitam de

atendimento médico mediato ou imediato, diminuindo assim o risco de morte

evitável;

• Determinar prioridade para atendimento médico, hierarquizando-o conforme a

gravidade: quem deve ser atendido antes e quem pode aguardar atendimento com

segurança;

• Organizar processo de trabalho e espaço físico (ambiência) do Setor de Emergência;

• Diminuir a ocorrência de superlotação;

• Informar a pacientes e familiares a expectativa de atendimento e tempo de espera;

Esclarecer à comunidade a forma de atendimento em urgências e emergências.

• Fomentar a rede de atenção de saúde, articulando os diversos setores de atenção à

saúde.

De forma e aprimorar a gestão participativa e ampliar e facilitar as discussões sobre

implantação, reorganização e fortalecimento dos dispositivos da Política Nacional de

Humanização (PNH), bem como provocar o protagonismo e a responsabilização dos

sujeitos, foi criado o Colegiado da Coordenação Central de Humanização na SES/DF

(Portaria nº 227 de 22 de novembro de 2011).

Nessa fase foi adotado como protocolo de classificação de risco (CR) padrão a ser utilizado

em todos os pontos de atenção a urgência e emergências da SES/DF o Protocolo de

Campinas com adequações discutidas e pactuadas regionalmente.

Como estratégia de ampliar e facilitar as discussões sobre humanização e implantação dos

dispositivos de ACCR nas regionais de saúde, foram designadas Coordenações Regionais

de Humanização coordenados pelo Colegiado da Coordenação Central de Humanização

na SES/DF. A partir de então, desenvolveram-se ações e oficinas nas Unidades Regionais

com intuito de alcançar a meta de reorganização e/ou implantação do Acolhimento e

Classificação de Risco (ACR) em todas as portas de entrada das unidades de atendimento

às Urgências e Emergências da SES/DF.

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No âmbito distrital destacamos ainda as Portarias nº 29, de 26 de fevereiro de 2010 e

Portaria nº 26, de 14 de março de 2011 que estabelecem diretrizes quanto à estruturação

do Acolhimento com Classificação de Risco na SES/DF.

Com foco na organização dos fluxos intra e/ou inter hospitalares dos serviços hospitalares

de emergência, observou-se a necessidade da utilização de um protocolo de classificação

de risco que trouxesse a perspectiva de uma linguagem única e validada internacionalmente

para melhor condução da assistência prestada nas portas de urgência e emergência.

Com a escolha do Hospital de Base do Distrito Federal para compor o projeto “SOS

Emergência” pelo Ministério da Saúde, no âmbito nacional. E consequente indicação da

implantação do Sistema Manchester de Classificação de Risco nas portas de urgência e

emergência de todos os hospitais parte deste projeto como ferramenta de organização de

fluxos de porta; a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) entendendo

como de extrema relevância o uso de uma linguagem única e internacionalmente validada

optou pela implantação do Sistema Manchester de Classificação de Risco como protocolo

único na sua rede de urgência e emergência.

Para tanto, no início de 2013, estabeleceu contrato com o Grupo Brasileiro de Classificação

de Risco de forma a capacitar e formar multiplicadores no Sistema Manchester de

Classificação de Risco e assim implantar este método em todas as portas de entrada das

emergências. Como meta estabeleceu-se então a implantação em toda rede de urgência e

emergência até agosto de 2013.

Foto 14: Sala de Espera de Atendimento do ACCR no HBDF

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Foto 15: Recepção do ACCR do HBDF

Foto 16: Paciente em atendimento na Classificação de Risco do HBDF

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Foto 17: Posto de Triagem TRIUS – Solução de Classificação de Risco – Sala ACCR HBDF

Foto 18: Paciente recebendo pulseira da Classificação de Risco - HBDF

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Ressalta-se ainda que, o Protocolo de Manchester constitui uma opção válida para a

classificação de risco à medida que:

1. Garante uniformidade consistente de critérios ao longo do tempo e com diversas

equipes;

2. Acaba com a classificação de risco sem fundamento científico, permitindo que a

decisão seja tomada por profissional capacitado e de acordo com as boas práticas

de urgência e emergência;

3. Garante o controle médico do sistema;

4. Garante a segurança do paciente, que deverá ter o atendimento médico segundo a

gravidade da sua situação clínica;

5. Prevê a classificação de cada cliente em situações rotineiras, bem como em

situações de catástrofe e/ou com múltiplas vítimas;

6. Possibilita que cada classificação de risco seja realizada em média de um a três

minutos;

7. Prevê a auditoria interna e externa, que permite análise e comparação de dados

entre diversas instituições na busca da qualidade;

8. É utilizado e validado por diversos países.

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Foto 19: Livro Sistema Manchester Classificação de Risco

Com intuito de continuar a implantar e executar melhorias na atenção ao paciente nos

pontos de atenção de urgência e emergência, bem como melhorar as condições de trabalho

dos profissionais deste setor, a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal adquiriu,

também no início de 2013, uma Solução de Classificação de Risco que otimiza e qualifica

a atenção e a gestão da classificação de risco. A meta é a implantação desta solução em

toda rede de urgência e emergência até agosto de 2013.

Foto 20: TRIUS – Solução de Classificação de Risco

Constituem-se indicadores básicos para o acompanhamento deste processo: o percentual

de usuários classificados segundo situação de gravidade; o tempo de espera do usuário

para atendimento médico após classificação de Risco, segundo situação de gravidade e

percentual de implantação do Acolhimento e Classificação de Risco nas Unidades de

Urgência e Emergência da rede de saúde do Distrito Federal, mesmo que por amostragem.

Estes indicadores são monitorados e discutidos com os gestores locais e centrais com o

intuito de identificar os problemas e avaliar soluções no intuito de promover a melhoria

constante do atendimento nas portas de entrada de urgência e emergência podendo ser

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estas nas unidades da atenção básica, nas unidades de pronto atendimento ou nas

unidades hospitalares, sendo utilizados também para avaliação dos fluxos assistenciais.

Após implantado em todos os pontos de urgência e emergência da rede de saúde, o

protocolo deve ser levado ao conhecimento das unidades de atenção básica possibilitando

assim a efetiva construção da rede de atenção às urgências e emergências.

Quadro 3: Ponto de Atenção a Urgência e Emergência X Competência de Atenção frente

ao Acolhimento e Classificação de Risco

Pontos de

Atenção

Competência de Atenção frente ao Acolhimento e

Classificação de Risco

Domicílio • Identifica sinais de alerta

• Adota ações de prevenção

• Aciona SAMU/Bombeiro, se necessário

Unidade Básica

de Saúde Acolhe com escuta qualificada

Estabiliza, se situação de risco maior (vermelho e/ou

amarelo), aciona transporte sanitário (referência para

atendimento conforme regionalização do atendimento)

Atende as urgências menores e as não urgências

(Verdes e/ou Azuis), conforme pactuação de abrangência

Unidade Mista

UPA

Acolhe e Classifica o Risco

Atende e estabiliza, se situação de risco maior (vermelho

e/ou amarelo), aciona transporte sanitário (referência

para atendimento conforme regionalização do

atendimento)

Atende as urgências menores (Verdes) e as não

urgências (Azuis)

Hospitais

Regionais

Acolhe e Classifica o Risco

Atende as situações de risco maior (vermelho e/ou

amarelo), aciona transporte sanitário, se necessário

(referência para atendimento conforme regionalização do

atendimento)

Atende as urgências menores (Verdes)

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Atende as não urgências (Azuis), contra-referenciando

para atendimento na UBS de sua referencia

Hospitais

Referencia de

Acolhe e Classifica o Risco

Atende as situações de risco maior (vermelho e/ou

amarelo)

Atende as urgências menores (Verdes)*

Atende as não urgências (Azuis), contra-referenciando

para atendimento na UBS de sua referencia

Ainda existem desafios a serem vencidos, principalmente no que tange a ampliação do

número de salas de Acolhimento e Classificação de Risco (ACCR) nas unidades

hospitalares e do período de funcionamento para 24 horas em todos os pontos de urgência

e emergência da rede de saúde, bem como a consolidação dos fluxos assistenciais.

Contudo tais desafios fazem parte integrante do plano da SES/DF de melhoria continua do

atendimento nas unidades de urgência e emergência da RUE/DF, através de medidas que

estão sendo continuamente adotadas, como a reforma física das unidades, a contratação

por concurso de novos servidores, o estabelecimento de fluxos e protocolos bem definidos

e a aquisição de equipamentos, além de outras medidas a serem avaliadas conforme os

indicadores de monitorização do processo possam vir a indicar.

4.2. Gestão de Leitos

A gestão de leitos constitui-se em uma intervenção cujo objetivo é monitorar e avaliar o

desempenho clínico nas unidades de urgência e emergência onde os pacientes

permanecem em observação ou internados de forma a poder atuar na sua organização e

resolutividade. Consideram-se como parâmetros de maior eficiência organizacional, a

redução da média de tempo de permanência e a otimização da capacidade instalada, por

meio da agilização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos e da oferta da tecnologia

apropriada no menor tempo possível.

A gestão de vagas por sua vez propicia o encontro entre a oferta e a demanda por leitos,

estabelecendo prioridades de internação, as quais estão baseadas em protocolos

elaborados entre as unidades hospitalares, possibilitando assim maior agilidade na

internação ou transferência dos pacientes de maior risco clínico. A gestão de leitos e vagas

leva em consideração as seguintes iniciativas e responsabilidades:

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a) centraliza a oferta de vagas de leitos internos e externos e faz a interface com as

unidades demandantes de leitos (PS adulto e infantil, SRPA e outras).

b) define critérios de risco e autoriza a ocupação das vagas: O perfil assistencial dos

hospitais de urgência e emergência exige a aplicação constante do critério de risco clínico

para o cuidado em geral e para a ocupação das vagas internas em particular. Ademais, a

sala de recuperação pós - anestésica tem prioridade na ocupação de leitos internos, para

permitir a continuidade do cuidado e evitar a estagnação das atividades no centro cirúrgico,

unidade nevrálgica em um hospital de atenção ao trauma. Os pacientes das unidades de

emergência que encontram-se em tratamento clínico podem ser transferidos com mais

facilidade para vagas externas após a estabilização de seu quadro clínico e mediante

cuidados adequados.

c) organiza o processo de transferência entre as unidades hospitalares, a qual ocorre

com base em protocolos clínicos tanto de saída como de entrada nas unidades de

internação e de Urgência/emergência.

d) auxilia no desenvolvimento da gestão da clínica, consistindo na visita das equipes

responsáveis pela assistência aos pacientes nas unidades de emergência e nas

enfermarias, junto com os gerentes destas unidades, de forma a proporcionar sinergia nas

decisões clínicas acerca dos critérios de risco, perfil assistencial do serviço mais apropriado

para assistir cada indivíduo e contribuir para aumentar a eficácia clínica no uso dos leitos.

e) monitorização da oferta e demanda de vagas por enfermaria e do tempo médio de

permanência (TMP) nos leitos internos.

A Gestão de Leitos na Secretaria de Estado de Saúde do Governo do Distrito Federal

foi iniciada com a Portaria nº 16 SES/DF de 13/02/2012, publicada no DODF de 14/02/2012

na página 17, onde foi criado o Escritório de Projetos Estratégicos, com subordinação direta

ao Gabinete do Secretário de Saúde. Este Escritório possui três coordenações distintas:

- Coordenação Central da Política de Humanização do DF; -

Coordenação Técnica de Articulação de Redes

Assistenciais;

- Coordenação Técnica de Gestão de Leitos do DF.

Logo após a sua criação, a Coordenação Técnica de Gestão de Leitos passou a

providenciar todos os requisitos necessários à sua implantação:

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- Contatar os 13 Hospitais da SES que possuem PS;

- Solicitar aos Diretores de Atenção à Saúde (DAS) dos Hospitais da SES a indicação

de nomes para serem Autoridades Gestoras de Leitos Hospitalares (AGL);

- Providenciar a nomeação das 13 AGL;

- Estabelecer Sistema de Informação de Gestão de Leitos com a coleta de informações

sobre Taxa de Ocupação Hospitalar no PS, Taxa de Ocupação Hospitalar na

Internação, Tempo Médio de Permanência no PS e Tempo Médio de Permanência na

Internação nos 13 Hospitais da SES, discussão e análise das informações coletadas,

discussão do diagnóstico situacional, discussão do Plano de Ação, discussão das

metas a serem atingidas;

- Reunir, semanalmente, com todas as AGL para discussão dos indicadores descritos

acima;

As AGL são vinculadas ao DAS/Coordenador Regional de Saúde e são responsáveis pelo

censo diário de vagas pelo KANBAN – ferramenta de hierarquização dos entraves clínicos-

operacionais para a alta hospitalar do paciente pela distribuição de leitos clínicos e

cirúrgicos e pelo bloqueio de leitos.

O objetivo da criação da Gestão de Leitos no âmbito dos 13 Hospitais da SES/DF foi

criar um fluxo de saída dos pacientes das Emergências, regulando a ocupação dos leitos

hospitalares baseado em critérios institucionais, levando em conta o risco clínico dos

pacientes e a distribuição dos leitos hospitalares, segundo a característica clínica ou

cirúrgica.

Para tanto, foram usados 3 métodos de informação para a avaliação, regulação e

controle:

- Kanbam

-Censo diário

- Indicadores de gestão

O Kanbam é realizado, diariamente, nas enfermarias e nos leitos de internação das

Emergências, obedecendo o seguinte critério:

KAMBAN ENFERMARIA KAMBAN EMERGÊNCIA

- de 0 a 4 dias – VERDE - de 0 a 12 horas – VERDE

- de 5 a 6 dias – AMARELO - de 12 a 24 horas – AMARELO

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- > de 7 dias – VERMELHO - > 24 horas - VERMELHO

O censo diário é realizado, diariamente, as 10:00 horas e as 16:00 horas e avalia a

demanda de leitos x oferta de leitos (PS e Internação), sendo encaminhado para o

Coordenador Técnico da Gestão de Leitos que, após minuciosa análise, encaminha para o

Sr. Secretário de Saúde, Sr. Secretário-Adjunto de Saúde, Sr. Subsecretário de Assistência

à Saúde, Sr. Subsecretário de Planejamento em Saúde e Sr. Subsecretário de Tecnologia

e Informação em Saúde.

São consideradas unidades intra-hospitalares demandantes:

Emergência

Centro Cirúrgico

Ambulatório

UTI (alta comunicada pela CRIH)

Como indicadores de gestão usamos:

Taxa de Ocupação Hospitalar no PS = Nº pacientes / Nº leitos x 100

Tempo Médio de Internação Hospitalar no PS= Soma todos os dias de internação / Nº

pacientes internados

No início do ano de 2012 foi detectado superlotação nos serviços de Emergências dos

Hospitais da SES/DF. A Taxa de Ocupação Hospitalar no PS variava de 130% a 378% e o

Tempo Médio de Internação Hospitalar no PS chegava, em alguns serviços, a 15 dias e na

Internação até a 45 dias.

Diversos estudos concluíram que o aumento do tempo de permanência no serviço de

Emergência é o principal marcador para a superlotação; a falta de leitos para a internação

a principal causa; e o atraso no diagnóstico e tratamento, a principal consequência, levando

ao aumento da mortalidade.

Foram realizadas diversas visitas aos vários Hospitais da SES/DF, para avaliação da

situação “in loco”, discussão de estratégias com os DAS, AGL e chefias de diversas

Clínicas, com o intuito de sensibilizar as equipes para um novo modelo de gestão,

quebrando paradigmas, e com isso, comprometendo o profissional com as mudanças

organizacionais, ajustando o contexto que o profissional atua com a inovação a ser

implementada, que resultaria em um melhor atendimento ao paciente.

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Ao final do ano de 2012, graças ao empenho, a dedicação, o enorme senso de

profissionalismo, um trabalho ininterrupto das AGL dos 13 Hospitais da rede da SES/DF,

aliados a um grande espírito de equipe, conquistamos o objetivo traçado: a redução geral

da Taxa de Ocupação nas Emergências entre todos os 13 Hospitais no ano de 2012 foi de

40,80%.

Abaixo, gráficos representativos da evolução da Taxa de Ocupação Hospitalar nos serviços

de Emergência de Hospitais da SES/DF, durante o ano de 2012:

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Para o ano de 2013 a meta a ser atingida nos serviços de Emergência dos diversos

Hospitais da SES/DF é uma Taxa de Ocupação de 80%, principalmente nas clínicas

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com alta demanda como Clínica Médica e Ortopedia, visando a Copa das

Confederações e, em 2014, a Copa do Mundo de Futebol.

Para tanto, a Coordenação Técnica de Gestão de Leitos e as AGL continuarão com o

mesmo trabalho diário, coleta de dados, uso do Kanbam nas enfermarias e no PS, visitas

aos Hospitais para verificação “in loco” e tomando iniciativas para retirar o paciente do

serviço de Emergência, de forma eficiente, no mais breve tempo possível.

4.3. Regulação

Em sentido geral, regulação é o conjunto de técnicas ou ações que, ao serem aplicadas a

um processo, dispositivo, organização ou sistema, permitem alcançar a estabilidade de, ou

a conformidade continuada a, um comportamento previamente definido.

Com relação à logistica, a regulação refere-se a técnicas que pemitem organizar de

maneira ótima os fluxos, conforme um plano previamente estabelecido. Aproxima-se,

portanto, da definição industrial do termo: identificar as não conformidades e trazer a

situação de volta ao normal, conforme planejado, o mais rápido e com o mínimo de

consequências possíveis.

Em saúde a Regulação é definida como a ordenação do acesso aos serviços de assistência

à saúde. Esta ordenação atua pelo lado da oferta, buscando otimizar os recursos

assistenciais disponíveis, e pelo lado da demanda, buscando garantir a melhor alternativa

assistencial face às necessidades de atenção e assistência à saúde da população.

No contexto da Rede de Urgências e Emergências a Regulação foi dividida em Regulação

assistencial, responsável pela regulação de leitos e procedimentos diagnósticos e

terapêuticos e consultas e a Central de Regulação de Urgências responsável pela

ordenação dos fluxos de atendimento nas portas de entrada dos serviços de urgência e

emergências. Ambas têm seus processos regulatórios baseados em protocolos clínicos e

de regulação.

Regulação Assistencial

A Regulação do Acesso à Assistência no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde do

Distrito Federal - SES/DF foi iniciada no ano de 2004, com a publicação da Portaria Nº 101,

de 11 de julho de 2004. Contudo somente em 2009 foi institucionalizado o Complexo

Regulador do Distrito Federal, por meio da Portaria Nº 189, de 07 de outubro de 2009.

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Atualmente as ações de regulação encontram-se estruturadas em uma Diretoria de

Regulação – DIREG, vinculada a Subsecretaria de Planejamento, Regulação, Avaliação e

Controle – SUPRAC, e conta com quatro gerências, que são:

• Gerência de Regulação da Atenção Ambulatorial, que contém o Núcleo de

Regulação de Consultas Ambulatoriais e o Núcleo de Regulação de Exames,

compondo a Central de Regulação de Consultas e Exames – CMCE;

• Gerência de Regulação da Internação Hospitalar, que contém o Núcleo de

Regulação da Internação Clínica e Cirúrgica e o Núcleo de Regulação da Internação

em UTI, compondo a Central de Regulação de Internação Hospitalar – CRIH;

• Gerência de Regulação da Alta Complexidade Interestadual, que contém o Núcleo

de Regulação do Tratamento Fora de Domicílio e o Núcleo de Regulação da Alta

Complexidade Interestadual, onde está inserida a Central Estadual de Regulação da

Alta Complexidade – CERAC;

• Gerência de Acompanhamento e Contratualização, encarregada de acompanhar os

contratos entre a Secretaria de Saúde e a rede privada de serviços de saúde, quando

os serviços prestados estão sob a ação regulatória.

A regulação ambulatorial encontra-se atualmente já efetivada para consultas e

procedimentos nas áreas de Dermatologia, Oftalmologia e Cardiologia, incluídos os

serviços de Hemodinâmica, Exame Eletrofisiológico, Ecocardiografia, Teste Ergométrico,

MAPA, Holter e Tilt-Test, consultas em Oncologia Clínica e Radioterapia, consultas em

Cirurgia Vascular, além das consultas especializadas pediátricas e dos exames radiológicos

como a Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, Mamografia e

Densitometria Óssea.

A regulação de acesso aos procedimentos de consultas e exames, no âmbito da Secretaria

de Estado da Saúde do Distrito Federal, encontra-se ancorada na utilização de um sistema

informacional do Ministério da Saúde, o Sistema Nacional de Regulação – SISREG, que

apresenta como característica ser um software livre, aplicado em âmbito nacional.

O referido sistema informacional apresenta como elementos integrantes, as unidades de

saúde solicitantes (todas as unidades da Rede SES) e as unidades de saúde executantes

(todas as unidades executantes de procedimentos, de natureza própria, conveniada ou

contratada), além do complexo regulador, que faz a intermediação entre a demanda e a

oferta, buscando qualificar os fluxos de pacientes na Rede.

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Já a regulação hospitalar está presente nas internações em leitos de terapia intensiva

adulto, pediátrico e neonatal, independente do perfil do paciente – geral, trauma,

cardiologia e diálise – e, em fase de implantação encontra-se a regulação das internações

em leitos de cuidados intermediários neonatal.

A regulação dos leitos de terapia intensiva utiliza o Sistema Integrado de Saúde – SIS, que

é um sistema da própria Secretaria de Saúde, integrado ao prontuário eletrônico, permitindo

que todos pacientes inseridos na fila de espera por leitos de UTI tenham seu quadro clínico

disponibilizado em tempo real de forma a auxiliar na tomada de decisão pelo médico

regulador.

O processo regulatório dos leitos de terapia intensiva possui algumas características

especiais que influenciam diretamente na qualidade das suas ações.

Inicialmente observou-se no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal

um aumento significativo na “judicialização” do acesso a este perfil de leitos, uma vez que

a recorrente superlotação da capacidade instalada existente, e a consequente espera

imposta aos pacientes, tornam este processo extremamente suscetível à ação judicial.

Nesse contexto a Diretoria de Regulação construiu uma relação bastante transparente com

o poder judiciário, procurando disponibilizar de forma oportuna informações sobre

solicitações de internação em leito de terapia intensiva que tramitam nas varas e plantões

judiciais. Essa ação simples e informativa tem trazido resultados significativos,

especialmente na compreensão do poder judiciário de que a regulação atua num contexto

de escassez de recursos e utiliza instrumentos técnicos para garantir a equidade no acesso

baseada em critérios clínicos.

Outra característica importante diz respeito à necessidade de controle da alta do paciente,

pois a rotatividade do leito depende sobremaneira da agilidade na garantia do leito de

retaguarda clínico ou cirúrgico. Neste contexto atualmente faz-se presente a Gestão de

Leitos com intuito de garantir o retorno rápido do paciente a um leito de retaguarda nas

unidades hospitalares.

A estrutura de supervisão, realiza visita medica a todos os pacientes internados em leito de

UTI da rede privada, e que solicitam transferência para um leito de UTI da rede pública.

Essa ação visa confirmar a indicação de internação em leito de terapia intensiva e garantir

a qualidade e equidade do acesso na fila única regulada.

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Até que a ampliação dos serviços de regulação de leitos, exames e procedimentos seja

efetivada a adequação dos fluxos de regulação para atendimento à Rede de Urgência e

Emergência e consequentemente para atendimento às linhas de cuidado prioritárias, será

efetivada da seguinte forma: a CRIH que atualmente regula apenas os leitos de UTI está

coberta por uma estrutura de trabalho em tempo integral, de forma que este processo

deverá permanecer em suas atividades normais apenas seguindo os protocolos clínicos

das linhas de cuidado prioritárias e ampliando sua atuação conforme seja ampliado o

número de leitos de UTI na rede SES. A CMCE, contudo, atua somente no horário de 7h

às 19h, de segunda a sábado, e por este motivo foi pactuado junto ao Comitê Gestor da

Rede de Urgência e Emergência, no âmbito da SES/DF, que os pacientes que necessitarem

de procedimentos ambulatoriais regulados, em caráter de urgência, dentro das linhas de

cuidado do IAM, AVC e trauma, terão seus dados coletados pela unidade hospitalar

responsável pelo paciente, e estes serão encaminhados às unidades executantes conforme

escala informada previamente pela Gerência de Regulação Ambulatorial, da Diretoria de

Regulação. As informações do atendimento serão encaminhadas no primeiro dia útil para

a Gerência, de forma a formalizar o registro do procedimento realizado no sistema de

regulação.

No contexto geral a Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal conta com uma

estrutura de regulação fortalecida e com uma equipe técnica e reguladora qualificada e

comprometida, além de um conjunto significativo de protocolos clínicos e de regulação que

são absorvidos pelo processo regulatório, estando em fase de construção e pactuação os

protocolos que ainda faltam para qualificar e orientar adequadamente novos processos de

trabalho.

No que tange a expansão das ações regulatórias, à medida que os protocolos forem sendo

implantados, as equipes reguladoras conformadas e os sistemas de informação da

regulação qualificados, esta será efetivada gradativamente com intuito de abranger toda a

rede de assistência de média e alta complexidade. Para o biênio 2013/2014 está prevista a

implantação de ações em consonância com as redes de atenção prioritárias, especialmente

a Rede Cegonha e a Rede de Urgência e Emergência, como por exemplo, a regulação dos

leitos obstétricos, pediátricos e leitos gerais, a regulação das internações de urgência e de

cirurgias eletivas, bem como do conjunto de consultas e principais exames de cada

especialidade.

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Regulação de Urgências

A Regulação Médica das Urgências, baseada na implantação de sua Central de Regulação,

é o elemento ordenador e orientador dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência.

As Centrais organizam a relação entre os vários serviços, qualificando o fluxo dos pacientes

no Sistema.

Conforme definida na Portaria GM/MS 2657/04, a Regulação Médica das Urgências,

operacionalizada através das Centrais de Regulação Médica de Urgências, é um processo

de trabalho através do qual se garante escuta permanente pelo Médico Regulador, com

acolhimento de todos os pedidos de socorro que acorrem à central e o estabelecimento de

uma estimativa inicial do grau da urgência de cada caso, desencadeando a resposta mais

adequada e equânime a cada solicitação, monitorando continuamente a estimativa inicial

do grau de urgência até a finalização do caso e assegurando a disponibilidade dos meios

necessários para a efetivação da resposta definitiva, de acordo com grades de serviços

previamente pactuadas, pautadas nos preceitos de regionalização e hierarquização do

sistema.

É importante lembrar que, a fim de garantir resposta efetiva às especificidades das

demandas de urgência, as grades de referência devem ser suficientemente detalhadas,

levando em conta quantidades, tipos e horários dos procedimentos ofertados, bem como a

especialidade de cada serviço, com este todo organizado em redes e linhas de cuidado,

com a devida hierarquização, para que se estabeleça uma relação entre as necessidades

dos pacientes atendidos pelo SAMU-192 e a oferta da atenção necessária em cada

contexto. As grades de atenção deverão mostrar, a cada instante, a condição de

capacidade instalada do sistema regionalizado e suas circunstâncias momentâneas.

As Centrais deverão garantir o acesso às porta de entrada dos serviços de urgência e

emergência e para seu adequado funcionamento necessita, de “portas de saída”

qualificadas e organizadas, que também devem estar pactuadas e acessíveis, por meio das

demais centrais do complexo regulador da atenção, garantindo acesso à rede básica de

saúde, à rede de serviços especializados (consultas médicas, exames subsidiários e

procedimentos terapêuticos), à rede hospitalar (internações em leitos gerais,

especializados, de terapia intensiva e outros), assistência e transporte social e outras que

se façam necessárias.

Vale salientar que, nos casos em que a solicitação seja oriunda de um serviço de saúde

que não possuiu a hierarquia técnica requerida pelo caso, ainda que o paciente já tenha

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recebido um atendimento inicial, considera-se que este paciente ainda se encontre em

situação de urgência e desta forma deverá ser adequadamente acolhido e priorizado pela

Central de Regulação de Urgências, como se fosse um atendimento em domicílio ou em

via pública.

A SES/DF através da Portaria nº 9, de 22 de janeiro de 2013 Instituiu a Central de

Regulação Médica de Urgências do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal (SUS/DF).

São atribuições da regulação de urgência:

Atribuições Gerais:

I - ser instância operacional onde se processa a função reguladora, em casos de urgências

clínicas, pediátricas, cirúrgicas, traumáticas, obstétricas e psiquiátricas;

II - ser polivalente na utilização dos recursos;

III - ser capaz de refletir a relação entre a oferta disponível e as necessidades demandadas;

IV - subsidiar o planejamento das correções necessárias para adequar a relação acima

mencionada, sempre que se observar deficiência de oferta no exercício cotidiano da

regulação médica das urgências;

V - articular ações harmonizadoras e ordenadoras buscando a resposta mais equitativa

possível frente às necessidades expressas e devidamente hierarquizadas;

VI - estar articulada com os Serviços de Controle, Avaliação, Auditoria e Vigilância em

Saúde, permitindo a utilização dos recursos do sistema de forma harmônica, de acordo

com uma hierarquia de necessidades;

VII - nortear-se por pactos estabelecidos entre as instâncias gestoras do Sistema e

demais atores envolvidos no processo assistencial;

VIII - facilitar a execução de programas e projetos estratégicos e prioritários de atenção

à saúde, formulados junto a instituições parceiras ou com missões semelhantes e

aprovados pelo respectivo Comitê Gestor de Atenção às Urgências;

IX - identificar e divulgar os fatores condicionantes das situações e agravos de urgência

atendidos, notificando os diferentes setores envolvidos por intermédio do Comitê Gestor;

X - pactuar ações conjuntas com outros atores envolvidos na atenção integral às urgências,

como a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Policia Militar, a Polícia Rodoviária, os

Departamentos de Trânsito, as Concessionárias de Rodovias, as Empresas Privadas de

Transporte e Atendimento de Urgência, entre outros;

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XI - avaliar permanentemente o desempenho das parcerias com os demais atores e notificar

o Comitê Gestor de Urgências, fornecendo elementos para a implementação e

otimização das ações conjuntas;

XII - participar da formulação dos Planos de Saúde, de Atenção Integral às Urgências e

de Atenção a Eventos com Múltiplas Vítimas e Desastres, do município ou região de sua

área de abrangência, fornecendo dados epidemiológicos, contextualizando os agravos

atendidos e identificando os fatores facilitadores e de estrangulamento das ações.

Atribuições específicas:

I - manter escuta médica permanente e qualificada para este fim, nas 24 horas do dia,

todos os dias da semana, pelo número gratuito nacional das urgências médicas: 192;

II - identificar necessidades, por meio da utilização de metodologia adequada, e classificar

os pedidos de socorro oriundos da população em geral, a partir de seus domicílios ou de

vias e lugares públicos;

III - identificar, qualificar e classificar os pedidos de socorro oriundos de unidades de saúde,

julgar sua pertinência e exercer a telemedicina sempre que necessário. Discernir sobre

a urgência, a gravidade e o risco de todas as solicitações;

IV - hierarquizar necessidades;

V - decidir sobre a resposta mais adequada para cada demanda;

VI - garantir os meios necessários para a operacionalização de todas as respostas

necessárias;

VII - monitorar e orientar o atendimento feito pelas equipes de Suporte Básico e Suporte

Avançado de Vida;

VIII - providenciar os recursos auxiliares de diferentes naturezas necessários para

complementar a assistência, sempre que necessário;

IX - notificar as unidades que irão receber pacientes, informando às equipes médicas

receptoras as condições clínicas dos pacientes e possíveis recursos necessários;

X - permear o ato médico de regular por um conceito ampliado de urgência, acolhendo a

necessidade expressa por cada cidadão, definindo para cada um a melhor resposta, não

se limitando apenas a conceitos médicos pré-estabelecidos ou protocolos disponíveis;

XI - constituir-se em “observatório privilegiado da saúde e do sistema”, com capacidade de

monitorar de forma dinâmica, sistematizada, e em tempo real, todo o seu funcionamento;

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XII - respeitar os preceitos constitucionais do País, a legislação do SUS, as leis do exercício

profissional médico, o Código de Ética Médica, bem como toda a legislação correlata

existente.

Com a publicação desta portaria passa a Central de Regulação Medica de Urgências,

vinculada à Central de Regulação do SAMU-192 a ser a ordenadora do fluxo de urgências

e emergências na Rede de Atenção às Urgências e Emergências do DF, incluído os fluxos

pactuados para as linhas de cuidado prioritárias.

4.4. Qualificação Profissional

Os serviços de urgência no Brasil demonstram insuficiente qualificação profissional, baixa

capacidade pedagógica e ausência de espaços tecnologicamente equipados para a

formação (BRASIL, 2006). A capacitação e educação permanente devem ser empregadas

pelos gestores a fim de proporcionar uma melhor qualificação dos profissionais e,

consequentemente, da assistência. Cabe então, ressaltar a necessidade de maior

investimento na capacitação dos profissionais através da educação continuada e educação

permanente em saúde como estratégia da gestão para qualificar a assistência prestada nos

serviços de urgência e emergência.

A Secretaria de Estado de Saúde do DF, por meio da Diretoria de Urgências e Emergências

- DIURE e do Núcleo de Estudos em Urgências, vinculado e a esta diretoria e ao serviço

móvel de urgências organizou proposta de cursos destinados aos profissionais da área de

saúde sejam: Médicos, Enfermeiros, e técnicos e/ou auxiliares de enfermagem

pertencentes ao quadro de servidores da SES/DF e também às equipes de serviços

auxiliares como motoristas e padioleiros. Estes cursos tem por objetivo fornecer e ampliar,

qualificar e manter atualizados os conhecimentos das equipes para o atendimento às

urgências e emergências tanto a nível pré-hospitalar quanto hospitalar, além de

proporcionar conhecimentos referentes as diretrizes em emergência para o atendimento

prioritariamente as Linhas de Cuidado do trauma, do AVC e do IAM.

Os cursos apresentam programações diferenciadas voltados ao atendimento em

emergências cardiológicas, traumáticas e pediátricas, com observância ao atendimento

especifico a cada uma das categorias profissionais, além de capacitação para atendimento

em Eventos em Massa e Desastres com simulados específicos para este tipo de

atendimento.

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Critérios de Seleção

Em virtude de experiências anteriores não tão exitosas, para esta capacitação foram

elaborados alguns critérios de seleção classificatórios, a fim de distribuir os servidores no

cronograma dos cursos, são eles:

a) Carga horária desenvolvida na unidade de emergência – serão priorizados os

servidores que cumprem maior carga horária nas unidades de Emergência.

b) Comprometimento com o ensino – serão priorizados os servidores

comprovadamente envolvidos com o ensino (preceptores de residência medica ou

de enfermagem, professores de cursos de graduação e pós graduação)

c) Local de atuação – inicialmente serão priorizados os servidores lotados nas

Unidades de Emergência fixa.

d) Formação previa em Urgência e Emergência – tendo em vista que alguns servidores

da SES foram previamente capacitados, serão priorizados aqueles que ainda não

tiveram esta oportunidade.

Metodologia e Conteúdo proposto

A carga horária prevista será de 16 horas de atividades teórico-práticas para os Cursos de

Suporte Avançado, sendo este ao Trauma (SAT), a Cardiologia (SAV) e a Pediatria (SAP)

reservados a dois dias, e de 8 horas para os Cursos de Suporte Básico, também na

modalidades: Trauma(SBT), a Pediatria(SBP) e suporte básico à vida (SBV), estes

realizados em um único dia.

4.5. Informação

A informação e a divulgação desta por todos os pontos de atenção de forma a que possam

trabalhar em sintonia são essenciais para que os sistemas de saúde funcionem

efetivamente como rede, oferecendo aos usuários o tratamento adequado, em tempo hábil

e com a maior economia possível de recursos.

Neste contexto dividimos a informação em grupos de informações necessárias para a

completa estruturação dos serviços como uma rede de atendimento às urgências e

emergências.

Num primeiro grupo encontram-se informações sobre fluxos e processos de trabalhos que

devem ser conhecidas por todos, em todos os pontos de atenção e em todos os níveis de

complexidade e pactuadas em reuniões colegiadas dos diversos setores. Estes fluxos e

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processos de trabalho devem ser divulgados por meio físico, ou seja, através de

publicações institucionais e/ ou por meio eletrônico, estando disponíveis a todos os

componentes das Redes de Atenção à Saúde do DF. No DF estas informações são

disponibilizadas em meio físico a todos os componentes da rede após as pactuações e

temse a proposta de juntamente com outras áreas da SES efetivar sua disponibilização em

meio eletrônico.

Em outro grupo encontram-se informações referentes a protocolos clinico diagnósticos e

terapêuticos que são elaborados pelas sociedades de Especialidades e/ou por comissões

de protocolos pré-estabelecidas e que são divulgadas para conhecimento e utilização por

parte das equipes clinicas assistenciais. Estes devem também estar disponibilizados em

meio físico ou eletrônico para consulta das equipes técnicas. NA SES/DF estes protocolos

podem ser encontrados no site da secretaria podendo ser impressos e disponibilizados em

meio físico caso se faça necessário.

O terceiro grupo de informações diz respeito às informações clinicas dos pacientes, aquelas

referentes ao seu atendimento e história clinica atual e pregressa, ou seja, o prontuário

médico. Este deve estar acessível sempre quando de um atendimento clinico com

necessidade de informações sobre o histórico do paciente ou quando da necessidade de

transferência do paciente para outra unidade de saúde, para realização de exames,

continuidade de tratamento ou realização de procedimentos. Estas informações são

também de extrema necessidade para efetivação dos processos regulatórios. No sentido

de facilitar a disponibilização destas informações a SES/DF através da sua Subsecretaria

da Tecnologia da Informação (SUTIS) vem desenvolvendo o programa de informatização

da rede de saúde do DF com a instituição do prontuário eletrônico.

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5. Outros Componentes da RUE

Outras estruturas se fazem necessárias para a total estruturação da Rede de Urgência e

Emergência. Algumas destas estão listadas abaixo.

5.1. Transporte Sanitário

O transporte sanitário visa à transferência de pacientes entre os diversos níveis de

assistência além da transferência inter-hospitalar de pacientes clinicamente estáveis. Estas

transferências podem ser necessária em função da realização de exames, pareceres ou

consultas especializadas ou mesmo para mudança no nível de complexidade do tratamento

por necessidade clínica de maior especificidade de assistência. Uma outra função desta

estrutura poderá ser o referenciamento do paciente à sua região de saúde.

Atualmente este transporte é realizado pelo serviço de transporte dos próprios Hospitais

Regionais que possuem em sua infraestrutura os Núcleos de Remoção e Transporte ou é

solicitado ao SAMU. Quando solicitado ao SAMU ele concorre com os atendimentos de

urgência e emergência e com o transporte de pacientes críticos.

Com intuito de otimizar este fluxo de pacientes estão sendo avaliadas as propostas abaixo

que já se encontram em andamento na Secretaria de Saúde do DF.

• Aumentar em mais 5 ambulâncias as ambulâncias do SAMU para que estas fiquem

direcionadas para este tipo de atendimento. Esta proposta visa também manter um

número de reserva de ambulâncias que poderiam ser deslocadas em caso de

desastres ou catástrofes.

• Contratação de serviço terceirizado de ambulâncias básicas e avançadas com esta

finalidade. Este projeto encontra-se em tramitação na SES/DF com solicitação de

contratação de 5 ambulâncias avançadas (USA) e 13 ambulâncias básicas (USB),

de forma a se disponibilizar uma ambulância por Hospital Regional e manter as 5

USAs sob regulação da Central de Regulação de Urgências para transportes de

pacientes graves e transferências de pacientes para as Unidades de Terapia

Intensiva.

• Ampliação e estruturação dos Núcleos de Transporte Hospitalares com formação de

equipes próprias que seriam treinadas para a realização destes transportes,

permanecendo a cargo do SAMU apenas o transporte inter-hospitalar de pacientes

graves.

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5.2. Reabilitação

Funcionalidade é um termo que indica os aspectos positivos da interação entre um indivíduo

(condição de saúde) e seus fatores contextuais (ambientais e pessoais). De maneira similar,

a incapacidade refere-se a um termo genérico para deficiências, limitações de atividades e

restrições de participação, indica, portanto, os aspectos negativos da interação de um

indivíduo (com uma condição de saúde) e seus fatores contextuais, ambientais e pessoais.

Deficiência e atividade norteiam o processo de reabilitação, enquanto a primeira trata de

uma anormalidade de uma estrutura do corpo ou função fisiológica, a segunda mostra o

contexto da tarefa ou ação de um indivíduo, ou seja, a perspectiva individual da

funcionalidade.

O olhar da reabilitação no contexto da funcionalidade amplia os horizontes e contextualiza

o indivíduo, a família e a comunidade em uma perspectiva mais social, privilegiando

aspectos relacionados à inclusão social, ao desempenho das atividades e à participação

do indivíduo em seus contextos de família, comunidade e sociedade.

A Reabilitação encontra-se sob esta perspectiva constituída por uma série de atividades

que trabalham em conjunto para a recuperação da função e/ou para a adaptação do

indivíduo a sua nova condição. São estas atividades compostas pelos diversos setores da

fisioterapia, motora, respiratória, cardiovascular; pela Terapia Ocupacional (TO) e pela a

fonoaudiologia; entre outras.

Os pontos de atenção do componente de Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva,

Física, Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas Deficiências devem produzir, em conjunto

com o usuário, seus familiares e acompanhantes, e de forma matricial nas Redes de

Atenção à Saúde, um Projeto Terapêutico Singular (PTS), baseado em avaliações

multidisciplinares das necessidades e capacidades das pessoas com deficiência, incluindo

dispositivos e tecnologias assistivas, e com foco na produção da autonomia e o máximo de

independência para sua atuação nas diferentes situações de vida.

Segundo instrutivo de deficiência física referido na Portaria Nº 793 de 24 de abril de 2012 e

Portaria Nº 835 de 25 de abril de 2012 entende-se por deficiência física a alteração completa

ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento

da função física, neurológica e/ou sensorial, podendo apresentar-se sob a forma de

paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,

triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia

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cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as

deformidades estéticas e as que não produzem dificuldade para o desempenho de funções.

(Decreto Nº 596 de 2004)

Pessoas portadoras de deficiências físicas, tem acesso ao sistema de saúde do DF através

da atenção básica e dos ambulatórios de especialidades, principalmente: neurologia,

neurocirurgia e fisiatria de onde são encaminhados para as unidades de fisioterapia

ambulatoriais dos hospitais HRT, HRGU, HRG, HSM, HRS, HBDF, HRSam, HRPa, HRPl,

HRC, HRAN, HRBz. Os hospitais, de Samambaia e Brazlândia não possuem unidades de

fisioterapia ambulatorial e os hospitais de Base, Paranoá, Planaltina possuem serviços de

fisioterapia ambulatorial que atendem a demandas especificas. No HRAN existe serviço

especifico para atendimento as doenças neuromusculares, sendo esta uma unidade de

fisioterapia ambulatorial que possui equipe multiprofissional composta por médico

(neurologista), fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga e psicólogo.

O Hospital de Apoio (HAB) possui 36 leitos destinados à reabilitação de pacientes

portadores de sequelas graves como, por exemplo, pacientes portadores de sequela de

AVC ou de trauma craniano ou raquimedular. Este hospital possui duas unidades de

internação sendo uma destinada à internação para tratamento de reabilitação e outra para

cuidados paliativos. A unidade de reabilitação destina-se à atenção integral ao paciente

portador de deficiência física sendo composta por equipe multiprofissional formada por

fisiatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, fonoaudióloga e assistente social.

Nesta unidade é realizada a reabilitação física funcional, e cognitiva dos pacientes de

acordo com o quadro clínico e o impacto da deficiência sobre sua funcionalidade, treinos

de atividades de vida diária desenvolvendo a autonomia pessoal e facilitando nos processos

de inclusão social e retorno ao trabalho com ou sem adaptações, além da orientação para

adaptações no domicílio, prescrição de órteses e auxílio locomoção quando necessário e

reuniões periódicas com a equipe para reavaliação do processo de reabilitação e revisão

de metas.

As unidades de fisioterapia destinadas à fisioterapia infantil são as do Hospital da criança,

Hospital Regional de Santa Maria, Hospital Regional de Sobradinho, Hospital Regional do

Gama e a Unidade Mista de Taguatinga.

A SES possui ainda uma oficina ortopédica para a protetização, para onde são

encaminhados os pacientes amputados. Os serviços desta oficina compreendem a entrega

através de produção própria ou aquisição de próteses para membros inferiores e superiores

e órteses tais como palmilhas, compensações, calçados especiais, coletes, colar cervical,

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cadeira de rodas, andadores, bengalas e aparelho de compressão torácica através de

empresas terceirizadas. Atende ainda a programas específicos da SES/DF como:

Programa salvando o pé diabético, Programa de Hanseníase e atendimento junto ao núcleo

de medicina física e reabilitação do Hospital de Base para a confecção de aparelho para

deformidade torácica.

Na assistência aos pacientes nas três linhas de cuidado primordiais, a reabilitação mostrase

parte importante a ser integrada ao tratamento multidisciplinar o mais brevemente possível

dentro da cronologia de instituição do tratamento. Neste contexto possui o intuito de

prevenir complicações advindas do quadro inicial, como por exemplo tromboses periféricas

e dor, ou ainda de deformidades e imobilidades que possam posteriormente implicar na

qualidade de vida do indivíduo. Após a alta hospitalar estes pacientes devem manter

tratamento de reabilitação individualizado a depender do quadro clinico, visando a

recuperação da função ou sua adaptação a sua nova condição e ainda à sua reintegração

à sociedade e à família.

No intuito de ampliar o atendimento com qualidade e efetividade às três linhas de cuidado

a SES/DF tem como objetivo a ampliação dos serviços de reabilitação intra-hospitalar

visando iniciar precocemente a reabilitação dos pacientes com quadros agudos, com a

instituição de Centros Especializados de Reabilitação (CER) para manutenção do processo

de reabilitação após a alta hospitalar. Para a constituição destes centros existe projeto

inicial de ampliação dos serviços já existentes nos hospitais regionais e a construção de

dois CER tipo IV, capacitado para atendimento de deficiências múltiplas.

6. Interface com as demais redes prioritárias

O objetivo das Redes de Atenção à Saúde - RAS é promover a integração sistêmica, de

ações e serviços de saúde com provisão de atenção contínua, integral, de qualidade,

responsável e humanizada, bem como incrementar o desempenho do sistema, em termos

de acesso, equidade, eficácia clínica e sanitária; e eficiência econômica.

As Redes de Atenção organizam–se a partir de um processo de gestão da clínica associado

ao uso de critérios de eficiência microeconômica na aplicação de recursos, mediante

planejamento, gestão e financiamento intergovernamentais cooperativos, voltados para o

desenvolvimento de soluções integradas de políticas de saúde.

É preciso ampliar o objeto de trabalho da clínica para além das doenças visando

compreender os problemas de saúde, ou seja, entender as situações que ampliam o risco

ou a vulnerabilidade das pessoas.

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A transição entre o ideário das RAS e a sua concretização ocorre através de um processo

contínuo e perpassa o uso de estratégias de integração que permitam desenvolver

sistematicamente o conjunto de atributos que caracterizam um sistema de saúde

organizado em rede.

Nessa perspectiva, as RAS na Secretaria de Saúde do Distrito Federal estão sendo

organizadas de forma a garantir o acesso da população a serviços de qualidade, com

integralidade, equidade, responsabilização sanitária e garantia de atenção nos diferentes

níveis de complexidade do sistema.

Assim, ressaltamos o papel da Rede de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado

de Saúde do Distrito Federal quanto à garantia da integralidade da assistência, no que

tange a continuidade do cuidado, adequado, seguro e humanizado, em situações de

urgência e emergência seguindo os fluxos e arranjos organizativos pactuados que permitam

integrar todos os componentes para melhor assistência ao paciente, seja da Rede

Cegonha, da Rede de Pessoas com Necessidades Especiais e/ou da Rede de Saúde

Mental, e Rede de Atenção ao Paciente Oncológico.

Estas outras redes estão sendo pactuadas no sentido de oferecer a grupos específicos de

pacientes, tratamento adequado, integral e humanizado. Na continuidade desta atenção

está se depara com situações de urgência e emergência em que estes pacientes devem

ser atendidos em unidades referenciadas para esta finalidade e ter seu atendimento

regulado pela Central de Regulação de Urgências seguindo fluxos e protocolos próprios.

No caso da Rede Cegonha apresentam-se duas situações distintas, a saber: complicações

clinicas em pacientes gestantes e nestes casos as mesmas devem ser encaminhadas para

o setor de referência mais indicado ao caso conforme a necessidade clínica e a

complexidade do caso; e complicações relativas à gestação quando então deverão ser

encaminhadas ao hospital no qual realizam seu pré-natal ou a hospital de referência em

ginecologia/obstetrícia também a depender da avaliação do médico regulados em cada

caso.

Da mesma forma no caso da Rede de Atenção ao paciente portador de deficiência este

deverá ter seu quadro clinico avaliado e a depender da situação que se apresente ser

encaminhado à unidade de atendimento mais indicada para o dar o atendimento adequado

e resolutivo ao caso.

Uma pequena diferença observa-se quando do atendimento de urgência e emergência à

pacientes da Rede de Saúde Mental. Nestes casos duas situações podem ser definidas,

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aquelas em que o paciente apresenta uma agudização ou primeiro episódio de um quadro

psiquiátrico em que seu atendimento deverá ser direcionado ao Hospital São Vicente de

Paula (HSVP), e casos de situações clinicas agudas em pacientes psiquiátricos, quando

então estes deverão ser encaminhados para tratamento clinico nas unidades da rede de

atenção às urgências conforme o caso, podendo após a resolução do quadro clinico ser

encaminhados ao HSVP ou ainda deverão ser encaminhados ao HBDF onde realizarão

tratamento clinico com a interface do acompanhamento e orientação psiquiátrica.

Observamos assim que outras redes de atenção podem ser estruturadas, e possuírem

interfaces com a RUE necessitando apenas pequenas pactuações de fluxos específicos,

sem contudo gerar grande impacto nos fluxos pré-estabelecidos para o atendimento às

urgências e emergências.

1. ESTRATÉGIAS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

A estratégia de monitoramento e avaliação da Rede de Urgência e Emergência ocorrerá

seguindo o acompanhamento das ações elencadas abaixo pelo GCRUE/SES:

• Execução das ações indicadas no quadro de metas estratégicas;

• Implantação e implementação dos fluxos pactuados das linhas de cuidado do IAM,

AVC e TRAUMA;

• Avaliação do indicadores de mortalidade com interface nas linhas de cuidado

prioritárias

• Fomento a criação e implementação do Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar –

NAQH em todos os Hospitais Regionais e de Referência da SES/DF

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48

7. Ações Sustentáveis Relacionadas a Copa do Mundo de 2014

Considerando a responsabilidade do DF como uma das sedes da Copa das Confederações

em 2013 e da Copa do mundo em 2014, a reorganização e reestruturação do Sistema de

Urgência e Emergência, foi definida como área prioritária de intervenção setorial no período

de 2011 a 2014.

Esta reestruturação proporciona a possibilidade de adequação das estruturas e pontos de

atenção da rede de urgências e emergências para o atendimento integral, humanizado e

qualificado as situações de urgência e emergência e a situações de eventos de grandes

proporções e de desastres, quando a demanda por serviços de saúde podem ser superiores

à capacidade instalada, necessitando, portanto de protocolos definidos e fluxos bem

determinados e específicos.

A organização de grandes eventos como a Copa das Confederações em junho de 2013 e

Copa do Mundo FIFA em 2014, além de outros megaeventos que ocorrem anualmente em

Brasília, descortinam-se como grande oportunidade para o desenvolvimento da

infraestrutura física e tecnológica do Sistema Público de Saúde do Distrito Federal,

ofertando serviços para tratamentos adequados e garantindo um legado social eficiente

para a população.

Ações Oportunizadas pela Copadas Confederações e Copa do Mundo:

• Estruturação da Rede de Atenção a Urgência e Emergência do Distrito Federal, com

a ampliação e qualificação (reformas das áreas físicas, aquisição de novos

equipamentos destinados ao atendimento especifico de pacientes em situação de

urgência e emergência), das principais Portas de entrada das Urgências, desde os

serviços de atenção primaria, passando pelas unidades de pronto atendimento e

pelas emergências hospitalares.

• Organização dos serviços na Atenção Básica, para servirem com contra referência

às unidade de emergência e como pontos de organização da rede.

• Reorganização do Sistema de Atendimento Pré-Hospitalar de Urgência, com a

criação e operacionalização da Central de Regulação de Urgências e a integração

das ações de atendimento pré-hospitalar realizadas pelo SAMU 192 e pelo Corpo de

Bombeiros Militar do Distrito Federal.

• Qualificação do SAMU 192 com efetivação de seu quadro próprio possibilitando a

operacionalização de toda sua frota composta por 7 USA e 30 UBS e possibilitando

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ainda a aquisição e operacionalização de novas ambulâncias ampliando a

capacidade de suporte do SAMU;

• Ampliação de leitos de UTI geral e de cuidados específicos em neurotrauma,

coronária e de leitos de leitos de retaguarda clínica e de longa permanência nos

Hospitais da Rede SES/DF;

• Organização e efetivação das linhas de cuidados prioritárias – IAM, AVC, Trauma;

• Operacionalização do Centro de Trauma no HBDF, para atendimento ao paciente

Politraumatizado, servindo de suporte de alta complexidade em trauma para os

demais Hospitais da Rede Pública de Saúde;

• Implantação e operacionalização do Centro de Cuidado Avançado em Doença

Neurocardiovascular (atendimento ás linhas de cuidado do IAM e AVC) no HBDF,

também servido de referência de alta complexidade nesta linhas de cuidado;

• Elaboração conjunta da assistência e vigilância de planos de emergência para

contenção de epidemias e preparação de campanhas preventivas sobre possíveis

surtos e epidemias na cidade;

• Intensificação de ações da vigilância em estabelecimentos e infraestruturas de

interesse sanitário;

• Criação de nova estrutura para o ambulatório de saúde do viajante;

• Qualificação do plano de atendimento a desastres envolvendo múltiplas vítimas, com

todos os atores envolvidos na organização e segurança do evento;

• Integração, articulação e coordenação dos diversos setores e atores envolvidos na

organização e segurança da Copa 2014;

• Realização de cursos de capacitação e treinamento para servidores, dotando-os de

melhor capacidade técnica, para o atendimento em situações de urgência e

emergência.

• Elaboração do plano de assistência em eventos e em situações de múltiplas vítimas,

envolvendo todos os pontos de atenção.

• Adequação na infraestrutura hospitalar, organização, operacionalização e

capacitação do Sistema de Saúde;

• Elaboração de plano de operação para atendimento de emergência durante a Copa

e eventos de massa e plano de ações preventivas e contingenciais de saúde pública;

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8. Bibliografia

1. Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 83, Suplemento IV, Setembro 2004

2. Bittencourt, Roberto José – A Superlotação dos Serviços de Emergência Hospitalar

como Evidência de Baixo Desempenho Organizacional. Rio de Janeiro: s.n., 2010.

3. Causes of death 2008 summary tables. May 2011.Health statistics and informatics

Department, World Health Organization, Geneva, Switzerland. Em:

http://www.who.int/evidence/bod

4. Constituição Federal de 1988

5. Decreto da Presidência da República Nº 7508 de 28 de junho de 2011

6. Decreto Nº 2.710, de 04 de agosto de 1998

7. Decreto Nº 3.445, de 04 de maio de 2000

8. Decreto Nº 596 de 2004

9. III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre tratamento do infarto agudo

do miocárdio. Arq. Bras. Cardiol. 2004; 83 Suppl 4:1-86

10. Instrução Normativa Nº 1 de 05 de setembro de 2002

11. Lei Complementar Nº 94 de 19 de fevereiro de 1988

12. Lei Nº 8080, de 19 de setembro de 1990

13. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Sistema de Informação sobre

Mortalidade http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/ext10uf.def>>

14. Ministério das Cidades, DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito,

RENAVAMRegistro Nacional de Veículos Automotores. Em:

http://www.viasseguras.com/content/download/2596/13649/file/Frota%20Regi%C3

%B5es%20Tipo%2 0UF%20Dez2010.xls

15. Linha_de_Cuidado_AVC_Rede_Urg_Emer, em http://portal.saude.gov.br

16. Portaria Conjunta Nº 4 de 20 de agosto de 2008

17. Portaria Ministerial Nº 1600 de 07 de julho de 2011

18. Portaria Ministerial Nº 2395 de 11 de outubro de 2011

19. Portaria Ministerial Nº 664 de 12 de outubro de 2012

20. Portaria MS/GM Nº 2048 de 05 de novembro de 2002

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51

21. Portaria MS Nº 2.527 de 27 de outubro de 2011

22. Portaria MS Nº 2.994 de 13 de dezembro de 2011

23. Portaria MS Nº 665, de 12 de abril de 2012

24. Portaria MS/GM N° 4.279 de 30 de dezembro de 2010

25. Portaria MS/GM Nº 2048 de 05 de novembro de 2002

26. Portaria Nº 144 de 09 de dezembro de 2003

27. Portaria Nº 189 de 07 de outubro de 2009

28. Portaria Nº 227 de 22 de novembro de 2011

29. Portaria Nº 26 de 14 de março de 2011

30. Portaria Nº 793 de 24 de abril de 2012

31. Portaria Nº 835 de 25 de abril de 2012

32. Portaria Nº 9 de 22 de Janeiro de 2013

33. Portaria SES/DF Nº 68 de 26 de abril de 2012

34. Portarias Nº 29 de 26 de fevereiro de 2010

35. Rotinas no AVC Pré-Hospitalar e Hospitalar, Ministério da Saúde, sem data

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ANEXO I - TABELA I-A: Situação Atual dos Componentes por Região de Saúde

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

I. Região Centro Sul

CGS Asa Sul Asa Sul (RA1) 106.998 + 21.400 =

128.398

2 CS 1 EMAD* HBDF -LEITOS 594

-UTI 54 SALA VERMELHA TRAUMA SALA VERMELHA CARDIO HMIB -LEITOS 177 -UTI 83

HBDF (AVC / IAM / TRAUMA)

1 NAPH 3 USB 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 1 HELICÓPTERO CONVENIADO PRF AEROPORTO SALA VERMELHA TRAUMA HBDF SALA VERMELHA CARDIO HBDF

Núcleo de Vigilância Epidemiológica HMIB CRIE HMIB SVO HBDF Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

Lago Sul (RA16) 29.537 + 5.908

= 35.445 1 CS

CGS Núcleo

Bandeirante Riacho Fundo I

(RA17) 31.729 + 6.346

= 38.075 1 PSU 1 CS

1 EMAD* 1 USB Núcleo de Vigilância

Epidemiológica NBCRFPW Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

Riacho Fundo II

(RA21) 40.125 + 8.025

= 48.150 2 PSU 1 UBS 1 CS

Candangolândia

(RA19) 15.924 + 3.185

= 19.109 1 CS

Núcleo Bandeirante

(RA8) 23.676 + 4.736

= 28.412 1 CS 1 UPA

Tipo III

Park Way (RA24) 20.089 + 4.018

= 24.107 1 PSR

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53

CGS Guará Guará (RA10) 124.245 + 24.849 =

149.094

1 PSU 3 CS

1 EMAD* HRGu -LEITOS 39 SALA

VERMELHA 1 NAPH

1 USB 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS

Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRGu Rede de Frio Central SIA Núcleo

regional de vigilância ambiental

S.I.A. (RA29) 2.345 + 469 = 2.814

1 CENTRAL Núcleo de inspeção sanitária

SCIA (Estrut.)

(RA25) 16.242 + 3.249

= 19.491 1 UBS 1 CS

1 USB

TOTAL 410.911 +

82.184 =

493.095

4 PSU 2 UBS 11 CS 1 PSR

3 EMAD* 1 UPA Tipo III

LEITOS 810 UTI 137 3 SALAS VERMELHAS

AVC (HBDF) IAM (HBDF) TRAUMA (HBDF)

2 NAPH 6 USB 2 SUPORTES 4 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 1 HELICÓPTERO CONVENIADO 1 CENTRAL

3 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 1 Rede de Frio Central 1 SVO 3 Núcleos regionais de vigilância ambiental 3 Núcleos de inspeção sanitária

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Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

II. Região Centro Norte

CGS Asa Norte Asa Norte (RA1) 102.857 + 20.572 =

123.429

4 CS 1 EMAD* HRAN -LEITOS 259

-UTI 25 1 USA

1 SUPORTE 1 HELICOPTERO CONVENIADO CBMDF

Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRAN Serviço de vigilância de Saúde do Viajante HRAN CRIE HRAN LACEN DF ASA NORTE 1. Elaboração de POPs de supervisão dos laboratórios Público/ privados 2.Transporte de material biológico na rede de saúde CTA DST AIDS Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

Lago Norte (RA 18) 33.077 + 6.616

= 39.693 1 CS 1 UBS

Cruzeiro (RA11) 37.815 + 7.563

= 45.378 2 CS

Varjão (RA23) 8.550 + 1.710 =

10.260 1 CS

Sudoeste/Octogonal

(RA22) 43.260 + 8.652

= 51.912

TOTAL 225.559 +

45.113 =

270.672

1 UBS 8 CS

1 EMAD* LEITOS 259

UTI 25 1 USA

1 SUPORTE 1 HELICÓPTERO CONVENIADO

1 Núcleo de Vigilância Epidemiológica 1 Serviço de Vigilância de Saúde do Viajante 1 CRIE 1 LACEN DF 1 CTA DST AIDS 1 Núcleo regional de vigilância ambiental 1 Núcleo de inspeção sanitária

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

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55

III. Região Oeste

CGS Ceilândia Ceilândia (RA9) 402.729 + 80.546 =

483.275

11 CS 1 PSR 1 PSU

1 EMAD* HRC -LEITOS 187

-UTI 38 SALA VERMELHA

HRC (TRAUMA)

1 NAPH 3 USB 1 USA 2 MOTOLÂNCIAS 1 SUPORTE

Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRC CRIE HRC Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

privado CGS Brazlândia Brazlândia (RA4) 57.542 + 11.509

= 69.051 2 UBS 2 PSR 1 PSU 2 CS

1 EMAD* HRBz -LEITOS 86

1 USB Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRBz Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

TOTAL 460.271 +

92.055 =

552.326

2 PSU 2 UBS 13 CS 3 PSR

2 EMAD* LEITOS 273

UTI 38 1 SALA VERMELHA

TRAUMA (HRC)

1 NAPH 4 USB 1 USA 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS

2 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

IV. Região

Sudoeste CGS Taguatinga Taguatinga (RA3) 185.285 +

37.057 =

222.342

8 CS 1 EMAD* HRT -LEITOS 303

-UTI 35 HRT (AVC /

IAM) 1 NAPH 3 USB 1 USA 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS

Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRT CRIE HRT Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Taguatinga norte e sul

Águas Claras / Arniqueiras (RA20)

113.118 + 22.624 =

135.742

1 PSU

Vicente Pires

(RA30) 62.660 + 12.532

= 75.192

CGS Samambaia Samambaia (RA12) 200.874 + 40.175 =

241.049

2 CF 2 UBS 1 PSU 4 CS

1 EMAD* 1 UPA Tipo III

HRSam -LEITOS 94 -UTI 10

1 NAPH 2 USB 2 MOTOLÂNCIAS 1 SUPORTE

Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRSam CRIE HRSam Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

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56

CGS Recanto das

Emas Recanto das Emas

(RA15) 121.278 + 24.256 =

145.534

2 UBS 1 PSU 2 CS

1 EMAD* 1 UPA Tipo III

2 USB Núcleo de Vigilância Epidemiológica RE Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

TOTAL 683.215 +

136.644 =

819.859

3 PSU 4 UBS 14 CS 2 CF

3 EMAD* 2 UPA

Tipo III LEITOS 397

UTI 45 AVC ( HRT)

IAM (HRT) 2 NAPH 7 USB 1 USA 2 SUPORTES 4 MOTOLÂNCIAS

3 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 2 CRIEs 3 Núcleos regionais de vigilância ambiental 3 Núcleos de inspeção sanitária

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

V. Região

Norte CGS Sobradinho Sobradinho I (RA5) 71.806 + 14.362

= 86.168 2 CS 5 UBS 1 PSR

1 EMAD* 1EMAD 1 EMAP

HRS -LEITOS 188 -UTI 10

HRS (AVC / IAM / TRAUMA)

1 NAPH 1 USB 1 USA 2 MOTOLÂNCIAS 1 SUPORTE

Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRS CRIE HRS Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

Sobradinho II (RA26) 84.125 + 16.825

= 100.950 1 CS 3 UBS

CGS Planaltina Planaltina (RA6) 171.303 + 34.261 =

205.564

5 CS 3 PSU 6 PSR 4UBS

1 EMAD* HRPl -LEITOS 111

- UTI 12 2 USB

2 MOTOLÂNCIAS

Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRPl Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

TOTAL 327.234 +

65.448 =

392.682

3 PSU 8 UBS 8 CS 7 PSR

2 EMAD* 1 EMAD 1 EMAP

LEITOS 299

UTI 22 AVC (HRS) IAM (HRS) TRAUMA (HRS)

1 NAPH 3 USB 1 USA 1 SUPORTES 4 MOTOLÂNCIAS

2 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

Page 57: Secretaria de Saúde do Distrito Federal - 3.4. Atenção Domiciliar...manutenção da saúde”. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas

57

AB AD

VI. Região

Leste CGS Paranoá Paranoá (RA 7) 53.618 + 10.724

= 64.342 4 PSR 1 UBS 1 CS

1 EMAD* HRPa -LEITOS 181

-UTI 24 1 USB Núcleo de Vigilância

Epidemiológica HRPa CRIE HRPa Núcleo regional de vigilância

ambiental Núcleo de inspeção

sanitária

Itapoã (RA28) 54.188 + 10.838

= 65.026 1 PSU 1 CS

CGS São

Sebastião São Sebastião

(RA14) 78.855 + 15.771

= 94.626 1 PSR 1 CS 8 UBS 2 PSU

1 EMAD* 1 UPA Tipo III

1 USB Núcleo de Vigilância Epidemiológica SS Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

Jd. Botânico (RA27) 21.804 + 4.361

= 26.165

TOTAL 208.465 +

41.693 =

250.159

3 PSU 9 UBS 3 CS 4 PSR

2 EMAD* 1 UPA

Tipo III LEITOS 181

UTI 24 2 USB 2 Núcleos de Vigilância

Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

VII. Região

Sul CGS Gama Gama (RA2) 135.723 +

27.145 =

162.868

7 CS 2 UBS 3 PSR

1 EMAD* HRG -LEITOS 205

-UTI 36 HRG (AVC / IAM / TRAUMA)

1 NAPH 1 USB 1 USA 1 SUPORTE

Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRG CRIE HRG Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

CGS Santa Maria Santa Maria (RA13) 118.782 + 23.757 =

142.539

2 CS 3 PSU 1 UBS

1 EMAD* HRSM -LEITOS 204

-UTI 108 2 USB 1

SUPORTE Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRSM Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

Page 58: Secretaria de Saúde do Distrito Federal - 3.4. Atenção Domiciliar...manutenção da saúde”. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas

58

TOTAL 254.505 +

50.901 =

305.407

3 PSU 3 UBS 9 CS 3 PSR

2 EMAD* LEITOS 409

UTI 144 AVC (HRG) IAM (HRG) TRAUMA (HRG)

1 NAPH 3 USB 1 USA 2 SUPORTES

2 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária

TOTAL DF

2.570.160 + 514.032 =

3.084.192

18 PSU 33 UBS 66 CS 19 PSR 2 CF

15 EMAD* 1 EMAD 1 EMAP

4 UPA

Tipo III LEITOS 2.628 UTI 435 4 SALAS VERMELHAS

AVC ( HBDF / HRG / HRS / HRT) IAM (HBDF / HRG / HRS / HRT) TRAUMA (HBDF / HRC / HRG / HRS)

7 NAPH 25 USB 5 USA 9 SUPORTES 14 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 2 HELICÓPTERO S CONVENIADOS 1 CENTRAL

15 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 1 Serviço de Vigilância de Saúde do Viajante 8 CRIEs 1 Rede de Frio Central 1 LACEN DF 1 CTA DST AIDS 1 SVO 15 Núcleos regionais de vigilância ambiental 15 Núcleos de inspeção sanitária

EMAD* - Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar incompleta EMAD – Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar completa EMAP – Equipe Multiprofissional de Apoio completa CS – Centro de Saúde PSU – Posto de Saúde Urbano PSR – Posto de Saúde Rural CF – Clínica da Família UBS – Unidade Básica de Saúde NAPH – Núcleo de Apoio Hospitalar USB – Unidade Suporte Básico USA – Unidade Suporte Avançado CRIE – Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais SVO – Serviço de Verificação de Óbito

CTA – Centro de Tratamento Ambulatorial

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59

Unidades Operacionais

Unidades que deveriam estar Operacionais

TABELA I-B: Metas dos Componentes por Região de Saúde para Atendimento às Linhas de

Cuidado

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010)+ 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

I. Região Centro Sul

CGS Asa Sul Asa Sul (RA1) 106.998 + 21.400 =

128.398

2 CS 2 EMADs 2 EMAPs

HBDF -LEITOS 594 -UTI 54 172 SALA VERMELHA TRAUMA SALA VERMELHA CARDIO HMIB -LEITOS 177 -UTI 83 8

HBDF (AVC / IAM / TRAUMA)

1 NAPH 3 USB 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 1 HELICÓPTERO CONVENIADO PRF AEROPORTO

Centro de Vigilância Epidemiológica HMIB CRIE HMIB SVO HBDF Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional

Lago Sul (RA16) 29.537 + 5.908

= 35.445 1 CS

CGS Núcleo

Bandeirante Riacho Fundo I

(RA17) 31.729 + 6.346

= 38.075 1 PSU 1 CS

1 EMAD 1 EMAP

1 USB Centro de Vigilância Epidemiológica NBCRFPW Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional

Riacho Fundo II

(RA21) 40.125 + 8.025

= 48.150 2 PSU 1 CS 1 UBS

Candangolândia

(RA19) 15.924 + 3.185

= 19.109 1 CS

1 USB

Núcleo Bandeirante

(RA8) 23.676 + 4.736

= 28.412 1 CS 1 UPA

Tipo III

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60

Park Way (RA24) 20.089 + 4.018

= 24.107 1 PSR

CGS Guará Guará (RA10) 124.245 + 24.849 =

149.094

1 PSU 3 CS

1 EMAD 1 EMAP

HRGu –LEITOS 39 SALA

VERMELHA 1 NAPH

1 USA 1 VIM 1 USB 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS

Centro de Vigilância Epidemiológica HRGu CRIE HRGu Rede de Frio Central SIA Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária

S.I.A. (RA29) 2.345 + 469 = 2.814

1 UPA Tipo III

1 CENTRAL 1 USB

SCIA (Estrut.)

(RA25) 16.242 + 3.249

= 19.491 1 UBS 1 CS

1 USB

TOTAL 410.911 +

82.184 =

493.095

4 PSU 2 UBS 11 CS 1 PSR

4 EMADs 4 EMAPs

1 UPA Tipo III 1 UPA Tipo III

LEITOS 810 UTI 137 180 3 SALAS VERMELHAS

AVC (HBDF) IAM (HBDF) TRAUMA (HBDF)

2 NAPH 6 USB 2 USB 1 USA 1 VIM 2 SUPORTES 4 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 1 HELICÓPTERO CONVENIADO 1 CENTRAL

3 Centros de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 1CRIE 1 Rede de Frio Central 2 Redes de Frio Regionais 1 SVO 3 Núcleos regionais de vigilância ambiental 3 Núcleos de inspeção sanitária

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61

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

II. Região Centro Norte

CGS Asa Norte Asa Norte (RA1) 102.857 + 20.572 =

123.429

4 CS 1 EMAD 1 EMAP

1 UPA Tipo III

HRAN -LEITOS 259 -UTI 25 30

1 USA 1 VIM 1 USB 2 MOTOLÂNCIAs 1 SUPORTE 1 HELICOPTERO CONVENIADO CBMDF

Centro de Vigilância Epidemiológica HRAN Núcleo de vigilância de Saúde do Viajante HRAN CRIE HRAN LACEN DF 1. Elaboração de POPs de supervisão dos laboratórios Público/ privados 2.Transporte de material biológico na rede de saúde (Implantação dos laboratórios de Biologia Molecular; Métodos diagnósticos para surtos, epidemias e pandemias; Método analítico de controle de Água e alimentos e Materiais Pesados; Sistema TI Integrado em Rede) ASA NORTE Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária SVO SAAN Rede de Frio Regional

Lago Norte (RA 18) 33.077 + 6.616

= 39.693 1 CS 1 UBS

Cruzeiro (RA11) 37.815 + 7.563

= 45.378 2 CS

Varjão (RA23) 8.550 + 1.710 =

10.260 1 CS

Sudoeste/Octogonal

(RA22) 43.260 + 8.652

= 51.912

TOTAL 225.559 +

45.113 =

270.672

1 UBS 8 CS

1 EMAD 1 EMAP

1 UPA Tipo III

LEITOS 259 UTI 25 30

1 USB 1 USA 1 VIM 2 MOTOLÂNCIAs 1 SUPORTE 1 HELICÓPTERO CONVENIADO

1 Centro de Vigilância Epidemiológica 1 Núcleo de Vigilância de Saúde do Viajante 1 CRIE 1 Rede de Frio Regional 1 LACEN 1 SVO 1 Núcleo regional de vigilância ambiental 1 Núcleo de inspeção sanitária

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62

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

III. Região Oeste

CGS Ceilândia Ceilândia (RA9) 402.729 + 80.546 =

483.275

11 CS 1 PSR 1 PSU

3 EMADs 3 EMAPs

2 UPA Tipo III

HRC -LEITOS 187 -UTI 38 4 SALA VERMELHA HRC

HRC (TRAUMA)

1 NAPH 3 USB 1 USB 1 USA 1 VIM 2 MOTOLÂNCIAS 1 SUPORTE

Centro de Vigilância Epidemiológica HRC CRIE HRC Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional

CGS Brazlândia Brazlândia (RA4) 57.542 + 11.509

= 69.051 2 UBS 2 PSR 1 PSU 2 CS

1 EMAD 1 EMAP

1 UPA

Tipo III HRBz -LEITOS 86

1 USB Centro de Vigilância Epidemiológica HRBz Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária CRIE HRBz Rede de Frio Regional

TOTAL 460.271 +

92.055 =

552.326

2 PSU 2 UBS 13 CS 3 PSR

4 EMADs 4 EMAPs

3 UPA Tipo III

LEITOS 273 UTI 38 4 1 SALA VERMELHA

TRAUMA (HRC)

1 NAPH 4 USB 1 USB 1 USA 1 VIM 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS

2 Centros de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 1 Núcleo regional de vigilância ambiental 1 Núcleo de inspeção sanitária 1 CRIE 2 Redes de Frio Regional

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

IV. Região

Sudoeste CGS Taguatinga Taguatinga (RA3) 185.285 +

37.057 =

222.342

8 CS 1 CF

3 EMADs 3 EMAPs

1 UPA Tipo III

HRT -LEITOS 303 -UTI 35 60 SALA VERMELHA

HRT (AVC /

IAM) 1 NAPH 3 USB 1 USB 1 USA 1 VIM 1 SUPORTE 2

Centro de Vigilância Epidemiológica HRT CRIE HRT Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional

Águas Claras / Arniqueiras (RA20)

113.118 + 22.624 =

135.742

1 PSU

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63

Vicente Pires

(RA30) 62.660 + 12.532

= 75.192 MOTOLÂNCIAS

CGS Samambaia Samambaia (RA12) 200.874 + 40.175 =

241.049

2 CF 2 UBS 1 PSU 4 CS 3 CF

2 EMADs 2 EMAPs

1 UPA

Tipo III HRSam -LEITOS 94

-UTI 10 1 NAPH

2 USB 2 MOTOLÂNCIAS 1 SUPORTE 1 USA 1 VIM

Centro de Vigilância Epidemiológica HRSam CRIE HRSam Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional

CGS Recanto das

Emas Recanto das Emas

(RA15) 121.278 +

24.256 =

145.534

2 UBS 1 PSU 2 CS 2 CF

1 EMAD 1 EMAP

1 UPA Tipo III

2 USB Centro de Vigilância Epidemiológica RE Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional

TOTAL 683.215 +

136.644 =

819.859

3 PSU 4 UBS 14 CS 2 CF 6 CF

6 EMADs 6 EMAPs

2 UPA Tipo III 1 UPA Tipo III

LEITOS 397 UTI 45 60 1 SALA VERMELHA

AVC (HRT)

IAM (HRT) 2 NAPH 7 USB 1 USB 1 USA 1 USA 2 VIM 2 SUPORTES 4 MOTOLÂNCIAS

3 Centros de Vigilância Epidemiológica 2 CRIEs 3 Núcleos regionais de vigilância ambiental 3 Núcleo de inspeção sanitária 3 Redes de Frio Regional

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

V. Região

Norte CGS Sobradinho Sobradinho I (RA5) 71.806 + 14.362

= 86.168 2 CS 5 UBS 1 PSR 2 CF

2 EMADs 2 EMAPs

1 UPA Tipo III

HRS -LEITOS 188 -UTI 10 22 SALA VERMELHA

HRS (AVC / IAM / TRAUMA)

1 NAPH 1 USB 1 USA 1 VIM 2 MOTOLÂNCIAS 2 MOTOLÂNCIAs 1 SUPORTE

Centro de Vigilância Epidemiológica HRS CRIE HRS Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional

Sobradinho II (RA26) 84.125 + 16.825

= 100.950 1 CS 3 UBS 1 CF

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64

CGS Planaltina Planaltina (RA6) 171.303 + 34.261 =

205.564

5 CS 3 PSU 6 PSR 4 UBS

1 EMAD 1 EMAP

1 UPA Tipo III

HRPl -LEITOS 111 - UTI 12

2 USB 2 MOTOLÂNCIAS

Centro de Vigilância Epidemiológica HRPl CRIE HRPl Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional

TOTAL 327.234 +

65.448 =

392.682

3 PSU 12 UBS 8 CS 7 PSR 3 CF

3 EMADs 3 EMAPs

2 UPA Tipo III

LEITOS 299 UTI 22 22 1 SALA VERMELHA

AVC (HRS) IAM (HRS) TRAUMA (HRS)

1 NAPH 3 USB 1 USA 1 VIM 1 SUPORTE 4 MOTOLÂNCIAS 2 MOTOLÂNCIAs

2 Centros de Vigilância Epidemiológica 2 CRIEs 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária 2 Redes de Frio Regional

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

VI. Região

Leste CGS Paranoá Paranoá (RA 7) 53.618 + 10.724

= 64.342 4 PSR 1 UBS 1 CS

1 EMAD 1 EMAP

HRPa -LEITOS 181 -UTI 24

1 USB 2 MOTOLÂNCIAs

Centro de Vigilância Epidemiológica HRPa CRIE HRPa Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional

Itapoã (RA28) 54.188 + 10.838

= 65.026 1 CS 1 PSU

1 UPA Tipo III

CGS São

Sebastião São Sebastião

(RA14) 78.855 + 15.771

= 94.626 1 PSR 1 CS 2 PSU 8 UBS

1 EMAD 1 EMAP

1 UPA Tipo III

1 USB Centro de Vigilância Epidemiológica SS Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional Jd. Botânico (RA27) 21.804 + 4.361

= 26.165

TOTAL 208.465 +

41.693 =

250.159

3 PSU 9 UBS 3 CS 5 PSR

2 EMADs 2 EMAPs

1 UPA Tipo III 1 UPA Tipo III

LEITOS 181 UTI 24

2 USB 2 MOTOLÂNCIAs

2 Centros de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária 2 Redes de Frio Regional

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65

Região de

Saúde Coordenações

Gerais de Saúde Região Administrativa

População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL

Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de

Cuidado SAMU SVS

AB AD

VII. Região

Sul CGS Gama Gama (RA2) 135.723 +

27.145 =

162.868

7 CS 2 UBS 3 PSR

1 EMAD 1 EMAP

1 UPA Tipo III

HRG -LEITOS 205 -UTI 36 10 SALA VERMELHA

HRG (AVC / IAM / TRAUMA)

1 NAPH 1 USB 1 USB 1 USA 1 VIM 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS

Centro de Vigilância Epidemiológica HRG CRIE HRG Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional

CGS Santa Maria Santa Maria (RA13) 118.782 + 23.757 =

142.539

2 CS 3 PSU 1 UBS

1 EMAD 1 EMAP

HRSM -LEITOS 204 -UTI 108 62 SALA VERMELHA

2 USB 1

SUPORTE Centro de Vigilância Epidemiológica HRSM Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária CRIE HRSM Rede de Frio Regional

TOTAL 254.505 +

50.901 =

305.407

3 PSU 3 UBS 9 CS 3 PSR

2 EMADs 2 EMAPs

1 UPA Tipo III

LEITOS 409 UTI 144 72 2 SALAS VERMELHAS

AVC (HRG) IAM (HRG) TRAUMA (HRG)

1 NAPH 3 USB 1 USB 1 USA 1 VIM 2 SUPORTES 2 MOTOLÂNCIAS

2 Centros de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária 1 CRIE 2 Redes de Frio Regional

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66

TOTAL DF 2.570.160 +

514.032 =

3.084.192

18 PSU 33 UBS 66 CS 19 PSR 2 CF 8 CF

22 EMADs 22 EMAPs

4 UPA Tipo III 10 UPA Tipo III

LEITOS 2.628 2.844 (TOTAL GERAL 5.730) UTI 435 368 (TOTAL GERAL 573) 4 SALAS VERMELHAS 4 SALAS VERMELHAS

AVC ( HBDF / HRG / HRS / HRT) IAM (HBDF / HRG / HRS / HRT) TRAUMA (HBDF / HRC / HRG / HRS)

7 NAPH 25 USB 6 USB 5 USA 2 USA 7 VIM 9 SUPORTES 14 MOTOLÂNCIAS 8 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 2 HELICÓPTERO S CONVENIADOS 1 CENTRAL

15 Centros de Vigilância Epidemiológica 1 Núcleo de Vigilância de Saúde do Viajante 9 CRIEs 3 CRIEs 1 Rede de Frio Central 14 Redes de Frio Regional 1 LACEN 1 CTA DST AIDS 1 SVO 15 Núcleos regionais de vigilância ambiental 15 Núcleos de inspeção sanitária 1 SVO

EMAD – Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar completa EMAP – Equipe Multiprofissional de Apoio completa CS – Centro de Saúde PSU – Posto de Saúde Urbano PSR – Posto de Saúde Rural CF – Clínica da Família UBS – Unidade Básica de Saúde NAPH – Núcleo de Apoio Hospitalar USB – Unidade Suporte Básico USA – Unidade Suporte Avançado VIM – Veículo de Intervenção Médica CRIE – Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais SVO – Serviço de Verificação de Óbito

CTA – Centro de Tratamento Ambulatorial

Page 67: Secretaria de Saúde do Distrito Federal - 3.4. Atenção Domiciliar...manutenção da saúde”. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas

67

Unidades Operacionais

Unidades Previstas

Unidades Factíveis

Unidades Necessárias

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68

Anexo II – Fluxo da Linha de Cuidado do IAM

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69

Anexo III – Fluxo da Linha de Cuidado do IAM

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Anexo IV – Fluxo da Linha de Cuidado do IAM

Alta Hospitalar

Definição da Continuidade do Tratamento

Acompanhamento apenas na Atenção

Primária Ambulatório de Especialidades

Ambulatório de Especialidades

HRAS HRC HRG

HRGu HRP

HRPa HRSam HRSM HRS HRT

Reabilitação * Acompanhamento Multiprofissional

Risco Social

HBDF ICDF

R E G U L A Ç Ã O

A M B U L A T O R I A L

Internação Domiciliar

Atenção Primaria

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Anexo V – Fluxo da Linha de Cuidado do AVC

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Anexos VI – Fluxo da Linha de Cuidado do AVC

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Anexos VII – Fluxo da Linha de Cuidado do AVC

Alta Hospitalar

Definição da Continuidade do Tratamento

Acompanhamento apenas na Atenção

Primária Ambulatório de Especialidades

Ambulatório de Especialidades

HRT

HRG

HRS

HRAN

Reabilitação * Acompanhamento Multiprofissional

Risco Social

HBDF

R E G U L A Ç Ã O

A M B U L A T O R I A L

Internação Domiciliar

Atenção Primaria