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SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ (SEED)PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL (PDE)
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA (UEPG)
EVALDO GODOY FILHO
O ESPORTE ESCOLAR NA PERSPECTIVA DE FORMAÇÃO DE
VALORES
PONTA GROSSA
2011
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SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ (SEED)PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL (PDE)
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA (UEPG)
EVALDO GODOY FILHO
PROFESSOR ORIENTADOR: MS. NEI ALBERTO SALLES FILHO
O ESPORTE ESCOLAR NA PERSPECTIVA DE FORMAÇÃO DE VALORES
Produção Didático Pedagógica apresentada Como requisito para obter certificação do
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da Secretaria Estadual de Educação Do Paraná (SEED), Coordenado pela
Universidade Estadual de Ponta Grossa.
PONTA GROSSA2011
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SUMARIO
1- Lista de figuras 04
2- Apresentação 06
3- Formação de valores humanos 09
4- Atividade 1 14
5- Fundamentos técnicos do jogo 15
6- Atividade 2 17
7- Sistema de jogo 18
8- Atividade 3 24
9- Aplicação tática de jogo 24
10- Atividade 4 28
11- O sonho de ser jogador 29
12- Atividade 5 32
13- O torcedor 33
14- Atividade 6 34
15- Aspecto social do futebol 35
16- Atividade 7 40
17- História do Futebol 41
18- Atividade 8 47
19- Referência Bibliográfica 48
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LISTA DE FIGURAS
1- Solidariedade
2- Valores humanos – Ser
3- Valores humanos na educação
4- Paz – reconhecer os valores das mulheres
5- Valores humanos – juntos compartilhamos mais
6- Dalai Lama – respeito
7- Madre Tereza de Calcutá – Amor – solidariedade –
compaixão
8- Fundamentos técnicos
9- Sistema de jogo
10- Pelé o rei do futebol
11- Brasil tri campeão
12- Holanda 1974 – evolução tática no futebol
13- Espanha campeã do mundo 2010
14- Barcelona aplicação tática e técnica
15- Ilustração meninos e bola
16- Meninos jogando bola
17- Ilustração livro didático
18- Torcedor no maracanã
19- Meninos jogando bola
20- Maquete Arena da baixada
21- Hector Tabárez técnico – Forlan atacante -
Seleção Uruguai
22- Seleção brasileira feminina de futebol
23- Garrincha e Didi
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24- Futebol 5 adaptado para deficientes visual
25- Escudo CBF
26- Brasil campeão 1958
27- Brasil bi campeão 1962
28- Brasil tri campeão 1970
29- Brasil tetra campeão em 1974
30- Brasil Penta campeão 2002
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APRESENTAÇÃO
O presente trabalho tem como objeto de estudo O Esporte Escolar na perspectiva de
formação de valores, e utilizando como referencial o futebol escolar, em virtude de sua
proximidade cultural e social e pela forte identificação com o povo brasileiro, em que os fatos
sociais que permeiam a sociedade, são muito próximos ou inerentes ao futebol.
Sendo assim, a sociedade passa por uma crise de valores, os sintomas de intolerância
gerados a partir da desigualdade social e pela desordem que se instala pelo desrespeito as leis,
a impunidade e corrupção, vem se refletindo em situações de conflitos que estão
desestruturando as relações familiares, tendo como premissa o desemprego, a baixa renda e a
falta de perspectiva de uma melhor condição de vida, em que, adolescentes e jovens
encontram dificuldades para estarem inseridos no processo educacional e como conseqüência
sem oportunidades para o mercado de trabalho, sentem-se dessa forma desorientados e
aprisionados pelo uso de drogas e bebidas alcoólicas, entregues a condição de marginalidade.
Essa situação vem ocasionando um clima de tensão social, que vem desencadeando a
violência urbana, frutos desse desajuste a inquietação e instabilidade emocional são sintomas
que tornam as pessoas pouco afeitas às relações sociais, dessa forma as pessoas estão vivendo
isoladas, em virtude da desconfiança, insegurança e pelo medo.
Embora contemplado e explicado por diferentes óticas, a partir das ciências sociais,
onde as multiplicidades de teoria procuram justificar comportamentos anti-sociais, o fato é
que se observam no cotidiano, cenas de intolerância no trânsito, nos espaços comerciais, nas
ruas, nos órgãos públicos, nos estádios de futebol, eventos sociais e nas escolas, em que, o
abuso do uso da força, da prepotência e do desrespeito, é condicionado pela falta de educação
e convicção de valores humanos.
E isso é mais contundente para as pessoas que vivem nas comunidades de periferias,
em que a veemência do desrespeito humano é mais crítico, visto que, as ações relacionadas à
saúde, segurança, educação e lazer são inexistentes, são pessoas que vivem excluídas,
abandonadas dos direitos políticos e sociais.
A capacidade de indignação das pessoas para essa situação é mais de retórica do que
de ação, atribuindo ao governo à responsabilidade social, mas na realidade o governo apenas
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representa o que ocorre na sociedade, dessa forma, se as pessoas que tem possibilidades,
conhecimento e argumentos para manifestação e mobilização para uma sociedade de paz e
justiça social continuarem a buscar privilégios, é obvio, que a tendência é a cada dia aumentar
as dificuldades, a crise social e a desigualdade.
Para que as conquistas de transformação social possam acontecer, o interesse de
mobilização é das classes sociais, e para tanto é necessário repensar as atitudes e interesses
individuais e se voltar para o sentido coletivo, do qual, a família deve reassumir sua condição
de educadora e de formar valores, a escola revitalizar a prioridade de transmitir conhecimento
e disseminar a prática de valores humanos como contexto do processo educacional e as
Universidades se pautarem pela qualidade de formação profissional atrelados a princípios
éticos, morais e ao compromisso social.
Nesse sentido, é que se busca através do futebol escolar, refletir e contextualizar os
conflitos e contradições que são do futebol, mas que estão intimamente relacionados aos fatos
sociais, e dessa maneira, oportunizar aos alunos experiências teóricas e práticas de ações,
conteúdos, convivência, jogo, competição e resultado na perspectiva de formação de valores,
não como um plano ideal a ser seguido, mas como forma alternativa para debater, dialogar e
protagonizar relações humanas, convivência social e referenciar conceitos que estejam
apropriados a uma evolução cultural de educação, valores humanos e respeito à vida.
Dessa forma, as contradições dentro do esporte são relevantes e elas se tornam mais
significativas quando observadas através de paradigmas e concepções humanistas, e no caso
do futebol profissional essas distorções são ainda maiores, à medida que, a entidade
mantenedora e suas filiais, são organizações autocráticas e suas ações têm a conivência
política do estado e dos grandes clubes, o que faz do futebol profissional mais uma das formas
de reproduzir a desigualdade social.
O objetivo de trabalhar o futebol escolar na perspectiva de formação de valores foi
substanciado pela experiência e a oportunidade de trabalhar no Projeto de voleibol do Instituto
Compartilhar no Núcleo de Ponta Grossa, em que a concepção do projeto está voltada para a
formação de valores humanos através do esporte, contribuindo de maneira efetiva para
disseminar essas práticas e melhorar a auto-estima dos alunos.
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Outro fator de motivação foi à entrevista do Professor e técnico da Seleção Uruguai
Oscar Tabáres, na qual ele apresentou o Centro de formação de jogadores da Federação
Uruguai de Futebol, que ele tem a missão de coordenar. O projeto tem como objetivo formar
jogadores de futebol para servir a seleção de seu país desde a categoria sub 15, sub 17 e sub
20.
Porém o que chama atenção no projeto, não é exatamente a formação de jogadores,
mas sim, a responsabilidade social, visto que, a condição para permanência no projeto, está
relacionada ao bom desempenho escolar, ao cumprimento das normas sociais e a participação
nas oficinas de orientação educacional, profissional e da saúde, em que diversos especialistas
prestam assistência a esses adolescentes e jovens, dando todo suporte de informação,
conhecimento e estrutura educacional e emocional, para que todos tenham a consciência de
que a transição das categorias de base para o profissionalismo é seletiva e somente alguns
terão o privilégio de uma carreira de sucesso, mas, todos devem estar preparados para terem
uma profissão e exercerem sua cidadania.
Dessa forma, o futebol escolar na perspectiva de formação de valores, tem como
objetivo mostrar alternativas em relação às práticas esportivas, visto que, a violência explícita
e exacerbada que ocorrem em determinadas situações, são aspectos que influenciam pessoas a
terem um comportamento semelhante, e isso não é esporte, nesse sentido, está o pensamento,
o bom senso, o despertar da consciência de refletir e selecionar aquilo que é essencial e
saudável. O futebol é arte, talento e criatividade, nesse contexto existem regras. Constituído
de ações e reações, no futebol existe a oposição e sem ela não existe o jogo, caracterizando a
competição, que também é um fator importante como um parâmetro de trabalho em busca de
objetivos e metas a serem atingidas, através da determinação, superação, mérito, disciplina,
respeito mútuo, cooperação e responsabilidade.
Sendo assim, espera-se que essa proposta de trabalho, possa contribuir para as ações
educacionais e pedagógicas da Escola Estadual Maestro Bento Mossurunga - Ensino
Fundamental, em especial aos alunos, para que sejam motivados a refletir, dialogar,
questionar conceitos e elaborar planos para que possam ter esperança e sonhar com um
mundo melhor, e que sejam capazes de ter atitude, tomar decisões, acreditando na vida e em si
mesmo.
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Para os colegas, uma expectativa de trocar experiências, e ao mesmo tempo, uma
nova forma de olhar o esporte e a educação. É da escola que sai o profissional, o atleta, o
torcedor e o cidadão. A situação social evidencia que o indivíduo sem o conhecimento é
frágil, excluído, discriminado e incapaz para solucionar seus próprios problemas, porém, o
indivíduo com conhecimento, mas sem a formação de valores humanos é individualista,
preconceituoso e sem os limites de consciência moral e ética no encaminhamento de seus
objetivos, dessa forma, educação e formação de valores são práticas indissociáveis que se
complementam e que não coexistem individualmente.
FORMAÇÃO DE VALORES HUMANOS
São os fundamentos e princípios educacionais que orientam e norteiam as ações e
condutas do sujeito, atribuindo sentimentos humanos nas relações sociais e valorizando a
existência do ser.
Nesse sentido, valores humanos é uma prática educacional que está pautada em
virtudes que estão no seio da família tais como: amor, carinho, compreensão, respeito mútuo,
disciplina, cooperação e solidariedade, concepções que são transmitidas na relação pais e
filhos e observadas pelos exemplos do dia a dia, estabelecendo significados e referencial para
que às pessoas sejam despertadas para o real valor da vida.
Disponível:http://www.google.com.br
/imagens
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No entanto, as experiências de crianças e adolescentes não estão circunscritas apenas
ao ambiente familiar. As relações sociais iniciam muito cedo sem que os conceitos
educacionais e de valores construídos no alicerce das relações familiares estejam
sedimentados, ficando os sujeitos suscetíveis as influências do ambiente social. Essa
dualidade de relações e conceitos entre família e sociedade, são contradições que tornam
inerentes os choques e conflitos de relacionamento.
Dessa forma, as concepções de valores humanos estiveram atreladas por muito
tempo as aspirações familiares e ao juízo moral de valores e crenças espirituais. A relevância,
como objeto de pesquisa pelas ciências sociais, esta sendo preconizada apenas nas últimas
décadas, a partir dos acontecimentos em que o radicalismo e a intolerância se fizeram
presentes pela falta de educação e valores humanos em nossa sociedade, situação que vem
comprometendo a estabilidade de convivência social.
Disponível:http://www.goog
le.com.br/imagens
A lei de diretrizes e bases da educação contempla a formação de valores na formação
do educando, situação que foi revitalizada na redação da lei 11274/06 que tem no artigo 32 e
nos incisos III e iv o seguinte teor:
Artigo 32 – O ensino fundamental obrigatório com duração de 9 anos gratuito na
escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos terá por objetivo a formação de
atitudes mediante:
III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores:
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IV – O fortalecimento do vinculo de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social;
Um dos aspectos que chama a atenção e que referencia importantes informações do
contexto educacional e do conhecimento diz que: Um indivíduo sem conhecimento é um
cidadão incapaz de solucionar os seus problemas e de sua família; porém, um cidadão com
conhecimento, mas sem formação de valores é um indivíduo sem consciência coletiva e sem
limites morais e éticos para sua realização pessoal. Dessa forma se o que se busca é uma
sociedade mais justa e fraterna, torna-se indispensável que as ações pedagógicas sejam
formalizadas de tal forma que princípios educacionais e formação de valores humanos sejam
práticas indissociáveis em todas as disciplinas, pois são ações que se completam na formação
do cidadão.
Dessa forma as práticas educacionais do presente projeto têm como perspectiva,
possibilitar alternativas que levem os alunos a comunicação, questionamentos e reflexões a
cerca da relevância de se resgatar valores humanos como prática coletiva de abrangência
social, para que, pelo bom senso e competência possa perceber, processar, selecionar e tomar
decisões pautadas em princípios éticos e morais condizentes com os valores da sociedade.
A concepção humana é o real significado na vida pessoal, familiar e de
comunidade, é desse sentido e sentimento que se busca no futebol escolar oportunizar
alternativas de uma convivência de entendimento, compreensão e aceitação das diferenças
individuais, pois, embora cada ser tenha as suas peculiaridades, todos podem contribuir e
convergir para o bem comum. Nesse sentido, a construção de saberes e significados passam
por algumas questões a ser aprofundadas ao longo desse processo. Valores como a referência
feita por (HYBELS, p. 25, 2000) ¨A disciplina é um dos traços de caráter mais importante que
podemos ter. Trata-se de uma peça chave em qualquer área de nossa vida. E, no entanto,
quantas pessoas realmente disciplinadas conhecemos¨.
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disponível:http://www.google.com.br/imagens
A reflexão feita por Hybels serve para mostrar que disciplina não se trata apenas de
condição ou imposição, na verdade, é um ato educativo que é construído na organização e
alicerce da família, em que, na rotina de convivência são estabelecidos compromissos
adequados a idade no sentido de se formar atitudes diante das necessidades de ter horários
definidos, para ir à escola, hábitos de estudos, Alimentação, organização do quarto e
recreação. São hábitos que incorporados são interligados a outros valores como cooperação,
responsabilidade, respeito e autonomia, constituindo-se em uma educação pautada na
formação de valores humanos.
disponível:http://www.google.com.br/imagens
A referência educacional e de valores que são adquiridos na família, não se pode
perder na convivência social, essencialmente na escola, em que, a educação deve privilegiar a
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formação integral dos alunos, entendendo que, diante da desigualdade social os olhares e
atenção podem ter significados e dificuldade especifica para o conhecimento formal que é
determinado pelo acesso aos diferentes estímulos, porém, na questão de valores humanos os
problemas convergem e dessa forma são aspectos que devem ser trabalhados de forma
insistente e continua para oportunizar a formação de valores humanos para aqueles que por
circunstâncias não receberam essa formação, e aprimorar e dar continuidade nesse processo
para quem já recebeu esses conceitos na vida familiar.
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Sendo assim as ações e práticas pedagógicas terão ênfase nos seguintes conceitos:
Disciplina - condicionada ao traço de caráter que faz do sujeito um protagonista da
sua história, determinado, com autocontrole e auto-superação, capaz de se reconhecer e
reconhecer ao seu semelhante como partes de um mesmo processo atento aos direitos e
deveres e com oportunidades iguais para todos.
Responsabilidade - como o exercício constante para o cumprimento de suas
obrigações, entendendo o seu papel social e compromissos, sendo capaz de responder pelos
seus atos.
Respeito – como entendimento de seus limites e o limite do próximo, valorizando a
família e as pessoas mais velhas, além de agir com humildade e justiça.
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Autonomia – como capacidade de saber tomar suas próprias decisões, ser crítico e
reflexivo para poder fazer as melhores escolhas, enfrentar os desafios da vida independente, e
estar emancipado.
Liderança – saber exercer a função de líder, com justiça e imparcialidade, dirigir
grupos transmitindo boas idéias e valores, sendo capaz de mobilizar grupos para desenvolver
tarefas com objetivos comuns.
Solidariedade – sentimento e sensibilidade de auxilio e ajuda mútua, reciprocidade
entre pessoas, cooperação, oferecer ajuda a quem necessita sem pensar em retorno.
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ATIVIDADE 1
Objetivo – dominar a bola com a sola; dominar a bola com a parte interna do pé.
Objetivo de valores – Cooperação – os exercícios denotam situações de
interdependência, sendo necessário cooperação mútua para atingir oas objetivos.
1 – Alunos se movimentam pela quadra ao sinal, agrupam conforme o número
indicado pelo professor, fazem sucessivas vezes até que é determinado um número de forma
que fiquem em 4 grupos para as outras atividades.
2 – Em fila – o primeiro aluno desloca conduzindo a bola até um cone a uma
distância de 9 metros faz a volta no cone toca a bola para o seguinte da fila e se desloca para o
final da dela, o outro aluno domina na sola e da sequência ao exercício.
3 – idem ao anterior, somente que o aluno domina a bola com a parte interna do pé.
4 – Utilizando primeiro a atividade dois e três em forma de competição.
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5 – Grupos A e B em meia quadra, grupos C e D na outra, gol livre no sentido
transversal da quadra, um grupo de cada lado em duplas numeradas. Professor fala o número e
joga uma bola em cada lado da quadra, as duplas correspondentes disputam o lance, após a
conclusão ou bola para fora, as bolas voltam ao professor para a próxima jogada.
6 – Jogo – grupo A x C, e B x D.
Compromisso – Pesquisar o conceito de cooperação e indicar como cada um pode
fazer o seu papel de cidadão cooperando na escola, no meio ambiente e nas suas casas.
Compromisso – Cada grupo de forma voluntária deverá apresentar para aula seguinte
as seguintes funções: a) treinador – escalar a equipe, nominar o capitão e fazer aas
substituições. B) Comentarista – analisar o jogo dos outros grupos. C) Repórter – fazer
entrevista com um companheiro de equipe.
Observação – a cada aula os grupos terão que indicar alunos diferentes para as
funções, de forma que todos possam vivenciar as diferentes funções, para que os alunos
percam a timidez e aprendam a arte de comunicação.
FUNDAMENTOS TÉCNICOS DE JOGO
São os elementos que constituem a ação do jogo em qualquer modalidade esportiva.
A técnica de um fundamento é uma seqüência de movimentos de forma ordenada para realizar
determinada ação com precisão e eficiência e o menor desgaste físico.
É pelo do treinamento que se obtém a automatização dos movimentos, que permitem
o domínio do gesto técnico. O aprimoramento e condicionamento do comportamento motor
permitem que as condições neuromusculares estejam adaptadas para responder aos estímulos
das diferentes situações que ocorrem em uma partida de futebol. A intensidade e
complexidade de ações e reações no âmbito esportivo exigem do atleta, padrões de alto
rendimento de coordenação nos aspectos fisiológicos, anatômicos e biomecânicos,
circunstâncias que permitem ao atleta solucionar as diferentes dificuldades, em que, os
melhores resultados são obtidos a partir dessa preparação que disponibiliza as condições
necessárias a utilização dos recursos e habilidades individuais (FERNANDES, 1994).
De acordo com (FERNANDES, p. 65, 1994)
A técnica está baseada em conhecimentos científicos, reflexões teóricas e
experiências práticas. Contrariamente ao que muitos pensam, ela não é definitiva,
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devendo ser aperfeiçoada constantemente através da busca constante de soluções
adequadas para uma progressão continua, o que se consegue através do treinamento
insistente. Tem um papel importante no rendimento, podendo até ser um fator
decisivo em determinadas situações.
Dessa forma é necessário o aprimoramento constante dos aspectos técnicos e físicos,
pois são funções indissociáveis, que se complementam para que o jogador esteja preparado
para desenvolver todo seu potencial (GOMES, 2008).
Os fundamentos técnicos básicos do futebol são os seguintes: domínio ou recepção
da bola; os passes; condução da bola; finalizações; dribles e fintas.
disponível:http://www.google.com.br/imagens
- Domínio ou recepção da bola – é o fundamento que caracteriza o grande jogador, é
a habilidade de recepcionar, proteger e manter a bola próxima do corpo, dificultando as ações
do adversário e projetando alternativas para criação de jogadas. É um lance de técnica e
precisão, em que, jogadores habilidosos conseguem dominar a bola fintando o adversário. As
formas usadas para dominar a bola são com planta ou a sola do pé, com a parte interna do pé,
com a parte superior do pé, com a coxa, com o peito e a cabeça.
- Condução da bola – é a habilidade de se deslocar conduzindo a bola, pode ser feito
com a parte interna ou externa do pé.
- Finalização – são os fundamentos utilizados para concluir uma jogada, através do
arremate ao gol adversário. Existem diversas formas de finalização sendo mais freqüente o
arremate com os pés denominado de chute e de cabeça para complementar as bolas alçadas na
área. Os chutes podem ser executados com a parte interna do pé em arremates perto do gol e
de forma colocada; com o peito do pé em tiros de média e longa distância onde além da
precisão é necessário potência; com a parte externa ou com o peito do pé em uma batida mais
na parte lateral da bola para conseguir efeito e desviar a barreira ou bloqueio tirando do
alcance do goleiro; e o chute de bico utilizado como recurso em jogadas onde as condições de
equilíbrio e de espaço não permitem formas diferentes de bater na bola. Em lances casuais e
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fortuitos ocorrem arremates com outras partes do corpo como a canela, a barriga ou o peito e
pouco importa a forma o que vale é o gol.
- Passes – É a forma mais eficiente para a transição das jogadas, é a base de
movimentação para ganhar espaço em direção a meta adversária. Configura o sentido
coletivo, e o sucesso da equipe depende em grande parte da precisão na troca de passes, pois é
o elemento de organização e sua eficiência facilita as ações dos companheiros para dar
seqüência das jogadas e criam possibilidades de chegar ao gol.
Existem diversos tipos de passes e para cada um, formas alternativas de bater na
bola, sendo classificados da seguinte forma:
- Passes simples – o mais comum, utilizado nas trocas de passes para envolver o
adversário e organizar as jogadas é executado com a parte interna do pé em pequenas e
médias distâncias.
- Passe curto – utilizado em tabelas rápidas e envolventes em situações próximas da
área é executado normalmente executado com a parte interna do pé.
- Passe com efeito – passe que exige habilidade e precisão, é executado com a parte
externa do pé ou com o peito do pé tocando na lateral da bola para que ela descreva uma
curva desviando o bloqueio e chegue ao companheiro.
- Passe longo – também chamado de lançamento é um tipo de passe que necessita de
uma excelente técnica e precisão, é utilizado em grandes distâncias para dar velocidade às
jogadas ou em contra ataque, é executado batendo com o peito do pé na parte inferior da bola
para que ela descreva uma parábola cobrindo o adversário.
Drible e Finta – É a maneira como o jogador conduz a bola por meio de toques
sucessivos tentando enganar e passar pelo marcador. Importante elemento tático para superar
a marcação de defesas fechadas abrindo espaços para deixar companheiros livres para
concluir jogadas, depois gol é o que provoca maior delírio, emoção e alegria ao jogo. A finta é
também uma forma de desequilibrar e enganar a marcação, ela pode acontecer utilizando o
corpo, o olhar e movimentos podendo ser com ou sem a bola (SANTOS FILHO, 2002).
ATIVIDADE 2
Objetivo – dominar a bola com a parte superior do pé.
Objetivo de valores – Refletir em torno de disciplina e responsabilidade a partir da
fábula de Rubem Alves – Taco, o patinho que não aprendeu a voar.
1 – Atividade bobinho, cada grupo faz o seu circulo, dois alunos se apresentam como
bobinho, é obrigatório dar dois toques na bola dominar e tocar, muda o bobinho cada vez que
toca na bola, joga a bola fora do circulo ou dar mais ou menos toque na bola.
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2 – Em fila – aluno conduz a bola passando entre os cones ao chegar no último
levanta a bola lança e se desloca para o final da fila o próximo aluno domina a bola com a
parte superior do pé e da sequência ao exercício.
3 – Idem ao exercício dois em forma de competição.
4 – Cada grupo divide em duas filas uma de frente para a outra a uma distância de 9
metros, alunos da fila A lançando a bola com as mãos, alunos da fila B dominam a bola com a
parte superior do pé e tocam a bola para a fila A e trocam de fila.
5 – Idem ao anterior, somente que a frente da fila A tem um gol livre, após dominar a
bola o aluno tenta acertar o passe fazendo o gol.
6 – Dois grupos em cada meia quadra, gol livre e formação em trio numerado.
Professor lança a bola chamando o trio para o lance, após disputarem e concluírem a jogada a
bola volta para o professor para novo lance.
7 – Jogo A x D, B x C.
No jogo e após o jogo cada grupo deve cumprir com combinado em relação as
tarefas as atividades serão apresentadas na parte teórica.
Compromisso – pesquisar o conceito de disciplina e responsabilidade, conversar com
os pais a respeito dos conceitos para reflexão nas próximas aulas.
SISTEMA DE JOGO
É a definição da forma como ocorre a distribuição dos jogadores nos espaços do
campo de jogo. Embora, essa organização nem sempre reflita o posicionamento da equipe
durante a partida, pois, o futebol é circunstancial e imprevisível, e, em determinados
momentos, diante das dificuldades pela superioridade técnica e física de uma das equipes, ou
pela necessidade de resultado, o sistema de jogo torna-se apenas burocrático, visto que, a
intuição e determinação dos jogadores fazem com que toda a equipe se feche para se defender
e segurar o resultado, enquanto que a outra equipe busca a transição ofensiva com a mesma
intensidade com o objetivo de finalizar com sucesso (FERNANDES, 1994).
De acordo com (FERNANDES, p. 96, 1994)
Muitos especialistas no assunto acham que há exagero na importância que se dá ao
sistema tático, acreditando que, em princípio, nenhum sistema pode compensar falta
de precisão em um chute a gol ou a erro de passes. Considerando que o mais
importante, na realidade, é a aplicação e a vontade com que todos os jogadores
desempenham suas tarefas dentro de campo, que acreditem e lutem por aquilo que
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pretendem, e colaborarem que colaborem irrestritamente entre si, e que sejam
treinados e orientados convenientemente.
No aspecto geral o sistema de jogo é determinado pela ocupação de áreas que
basicamente estão divididas em três setores:
- A linha de defesa, que tem o posicionamento que vai da área de gol ou linha de
fundo até a intermediária.
- A linha média que vai da intermediária do campo de defesa até a intermediária do
adversário.
- A linha de ataque que vai da intermediária até a linha de fundo da outra equipe.
Ao longo dos anos, os sistemas de jogo foram sendo adaptados e
transformados conforme a realidade e objetivos em encontrar a forma mais equilibrada e
harmônica de ocupar os espaços de campo, para que a movimentação dos jogadores ocorresse
com atribuições mais coletivas, evitando o desgaste físico exagerado de determinadas
posições, enfatizando uma dinâmica mais consistente e fluente para a equipe.
disponivel:http://www.google.com.br/imagens
Sendo assim, do clássico sistema WM dos anos iniciais, o futebol transitou
para o 4-2-4, sistema muito utilizado pelas equipes brasileiras nos anos 60 e 70, considerado
altamente ofensivo, fez parte dos tempos de um futebol alegre, criativo e que fez o mundo
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reverenciar a habilidade e o talento do jogador brasileiro. Foi à época de ouro do futebol, em
que se formaram grandes equipes, grandes jogadores e grandes conquistas, e que vai eternizar
na lembrança pela genialidade de Pelé e Mané Garrincha.
disponível:http://www.google.com.br/imagens
Entre os anos 70 e 80, o sistema 4-3-3 passou a ser utilizado pelas equipes
brasileiras, tendo o objetivo de melhor ocupar os espaços e fortalecer as ações do meio de
campo, nessa perspectiva, os treinadores e suas equipes abriram mão de um atacante,
buscando uma melhor organização e transição das jogadas, e em muitos casos isso realmente
se efetivou, pois muitos jogadores habilidosos se adaptaram a função de ser o terceiro homem
de meio campo fazendo a transição como atacante quando a equipe tinha a posse de bola e
recompondo na marcação quando necessário (SANTOS FILHO, 2002).
disponível:http://www.google.com.br/imagens
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Dessa forma, priorizando cada vez mais o sentido defensivo, os sistemas transitaram
sempre na condição de diminuir o número de atacantes e de uma ocupação maior no meio de
campo, havendo então novas nomenclaturas para os sistemas, ou seja, surgiram o 4-4-2, o 4-
5-1 e o 3-5-2, com alguns treinadores utilizando outras variações e novas disposições
conforme a sua realidade.
O sistema 4-4-2 passou a ser utilizado no Brasil a partir dos anos 80 e caracterizou a
tendência defensiva das equipes, pois ao contrário do sistema 4-3-3 que se utilizava de um
volante e dois armadores, esse sistema passou a utilizar dois e até três volantes e apenas um
ou dois homens na armação das jogadas, o que praticamente inviabilizou a qualidade das
jogadas ofensivas tirando o brilho, a criatividade e a capacidade de improvisação e articulação
das jogadas, interferindo na movimentação das equipes pela característica de marcação desses
jogadores, que limitados a sua função, se apresentam pouco para auxiliar na armação
ofensiva, e quando o fazem apresentam deficiência técnica tanto no passe quanto nas
finalizações justamente por não serem trabalhadas essas situações nas rotinas de treinamento
técnico e tático, sendo negativo para o jogador que se ressente de uma melhor qualidade
técnica, e para a equipe pela falta de alternativa em suas ações ofensivas, definindo
claramente a concepção atual do futebol de jogar no erro adversário, na concepção de que é
mais fácil defender do que atacar (SANTOS FILHO, 2002).
O sistema 3-5-2 é caracterizado pela formação com três zagueiros, cinco jogadores
no setor de meio de campo e dois atacantes. É um sistema característico do futebol europeu,
sendo que os clubes brasileiros passaram a utilizar esse sistema no final dos anos 90 e início
do ano 2000. Na realidade, os clubes e seleções da Europa tinham como princípio a formação
com dois zagueiros de ofício e um jogador com mais experiência e qualidade técnica jogando
como libero, comandando as ações e a movimentação defensiva atuando atrás da zaga, sendo
o responsável pelo sistema de cobertura, ficando na sobra e comandando a linha de
impedimento, recurso muito utilizado por essas equipes. O jogador escolhido para a função
era versátil, tinha habilidade e experiência para organizar técnica e taticamente as ações
defensivas além de ser o responsável pela saída de bola para iniciar as ações ofensivas.
No Brasil a utilização do sistema a princípio foi confusa, primeiro por se tratar de
um novo posicionamento para os zagueiros, sendo necessário treinamento e tempo para a
adaptação, e segundo, os jogadores não tinham os recursos táticos e técnicos com as
características necessárias para o sistema, jogando com três zagueiros de ofício não tinha os
benefícios específicos do sistema e por se tratar de jogadores mais fortes, altos e de maior
envergadura a defesa ficava lenta e vulnerável contra atacantes rápidos.
22
Nesse sistema, os laterais passaram a ser denominados alas, com maior liberdade
para ações ofensivas e compensar o recuo de mais um jogador para compor a linha de
zagueiros, no entanto, isso não é bem aproveitado, porque os outros três jogadores do meio de
campo, dois são volantes e isso além da qualidade de passes e articulação de jogadas ficarem
reduzidas pelas características desses jogadores, as opções ofensivas ficaram restritas a
participação de três a quatro jogadores, o que é muito pouco para furar o bloqueio defensivo,
em que a maioria das equipes contam com seis a sete elementos de marcação.
Embora todos os sistemas tenham suas virtudes e suas dificuldades são importantes
considerar o que (SANTOS FILHO, p. 45, 2002) afirma:
Salientamos, contudo, que nenhum sistema de jogo deve ser considerado uma
panacéia, pois devemos saber que, mesmo que dê certo em determinada equipe,
pode não necessariamente dar certo em outra. O principal deverá ser os jogadores,
pois é para eles que os sistemas precisam ser criados, adaptados e aperfeiçoados ,
nunca o contrário, já que poderíamos limitar a capacidade deles, sobretudo sua
criatividade, a qual nenhum sistema deve coibir e que, orgulhosamente para nós,
brasileiros, nossos atletas tem de sobra.
As mudanças ou adaptações não têm contribuído para a evolução do futebol
como se esperava, visto que, essas disposições trouxeram um congestionamento no setor onde
ocorrem as articulações das jogadas, principalmente porque, na região do campo em que mais
se necessita de jogadores com boa técnica, capacidade criativa e de movimentação para
organizar as jogadas, impor o ritmo e volume de jogo, são utilizados jogadores com
características de muita marcação e pouca construção, tornando o jogo truncado, violento e
sem criatividade.
No Brasil, existe um agravante, os jogadores de melhor qualidade com a
função de armador, em muitos casos são dispersivos e participam pouco do jogo, notando-se
isso com mais freqüência, quando recebem uma marcação mais efetiva, e permanecem
passivos, deixando de chamar a responsabilidade do jogo, ficando a equipe sem o referencial
para articular as jogadas (SANTOS FILHO, 2002).
Essa situação é gerada a partir de um falso conceito que se disseminou no
futebol brasileiro, de que o jogador de maior talento e criatividade não necessita ser efetivo na
marcação, para que não esteja desgastado fisicamente, e possa elaborar melhor as jogadas de
ataque. Na verdade essa situação não se traduz em benefício, visto que, além de sobrecarregar
os demais jogadores, vem estimulando a acomodação, a apatia e a omissão, sendo que, nos
momentos de maior dificuldade em que a equipe necessita de um algo a mais, esses jogadores
23
desaparecem, pois não estão preparados para enfrentar os momentos que exigem dedicação,
determinação e superação.
Nesse aspecto, (SANTOS FILHO, p. 49, 2002) corrobora a respeito do sentido
de marcação em relação aos jogadores de mais habilidade:
A marcação é um importante e fundamental aspecto e pode ser um
grande diferencial nos momentos mais decisivos de uma partida.
Sabemos que, até por uma questão cultural de nosso futebol,
normalmente nossos jogadores mais habilidosos não são muito
adeptos nem muito dedicados a marcação. Porém, ela faz parte do
jogo e não contraria a regra da modalidade.
Isso acontece pela falta de orientação e até uma cobrança desses jogadores já
nas categorias de base, em virtude disso, muitos jogadores deixam de render o melhor do seu
futebol pela displicência e falta de responsabilidade para com a equipe e seus colegas de
trabalho.
Esses fatores se refletem em um desconforto no sentido de equipe, à medida
que, nas especificações técnicas e táticas, as tarefas individuais de ocupação de espaço giram
em torno de 800 metros quadrado por jogador, sendo que para determinadas funções, no caso
os laterais e jogadores de meio de campo, em diversos momentos esse espaço se torna ainda
maior, sendo que em média, estes jogadores percorrem 12 km por partida. Dessa forma, se
alguém deixa de cumprir o seu papel, a lógica é que os demais tenham que suprir essa
deficiência, o que, numa conseqüência natural do desgaste físico e emocional, estão sujeitos a
cometer erros, em virtude dessa sobrecarga motora.
Essas circunstâncias estão acarretando problemas de ordem emocional e
comportamental no sentido coletivo em diversas equipes, pois a autonomia de trabalho da
comissão técnica e dos jogadores fica comprometida, quando determinados jogadores são
tratados de forma diferenciada, tendo privilégios na sua relação de trabalho e até mesmo nos
seus deslizes extra campo, gerando um clima de instabilidade e desconfiança no grupo.
Nesse sentido, um grande jogador, é aquele que sabe de seu potencial técnico,
físico e emocional, mas que, principalmente reconhece suas dificuldades, e se utiliza dos
treinamentos para melhorar e aprimorar esses pontos chaves. Sabe de sua importância frente
ao grupo e não se omite diante das adversidades, entende que, em determinados momentos ou
partidas, é possível que as condições técnicas estejam desfavoráveis, e que, o algo mais pode
24
estar nos aspectos físicos e emocionais, e que a sua dedicação e determinação podem ser os
elementos que a equipe necessita para a superação.
Dessa forma, o que determina o talento no esporte, não são as características ou
habilidades isoladas, mas sim a somatória de virtudes morais, habilidade motora, controle
emocional e nível motivacional que devem ser trabalhados e renovados a cada dia para que o
atleta não perca o foco de seus objetivos profissionais.
ATIVIDADE 3
Objetivo – Dominar a bola com a coxa e com o peito.
Objetivo de valores – Respeito mútuo e cooperação, atividade necessita atenção e
respeito às diferenças de habilidade durante o exercício.
1 – Dividir em dois grupos – um grupo são os pares o outro os impares, se
movimentado pela quadra, professor comanda uma operação, se o resultado for par o aluno
impar deverá tentar fugir para a área de escape e vice-versa.
2- Em grupos, duas filas uma de frente para a outra, a fila A lança a bola, a fila B
domina na coxa e da um passe sem deixar a bola cair, após o lance mudam de fila.
3 – idem ao anterior dominando no peito e tocando sem deixar a bola cair.
4 – 2 a 2, em deslocamento um lança a bola o outro domina na coxa e devolve em
toque, na volta trocam as funções.
5 – Idem ao anterior dominando no peito.
6 – 3 a 3, Em deslocamento A no meio lança a bola para B do lado esquerdo e passa
por trás de B, B domina na coxa e passa sem deixar cair para C, C lança para A e assim
sucessivamente.
7 – Idem ao anterior dominando no peito e tocando.
8 – 1 x 1, pingo fut. Quadra de 4 x 2 pode ser dois toques dominar e passar ou em um
passe apenas.
9 – jogo
Compromisso – pesquisar o conceito de respeito e respeito mútuo.
APLICAÇÃO TÁTICA DE JOGO
É a organização da distribuição dos jogadores nos setores do campo, feito a
partir do planejamento de estratégias elaboradas em treinamentos, com o objetivo de
aprimorar a movimentação e ocupação dos setores do campo, nas ações defensivas, ofensivas,
25
individuais e coletivas, para que, a equipe possa obter o máximo rendimento com o menor
desgaste físico.
Para uma equipe conseguir uma eficiente aplicação tática num sistema de
jogo, deve ser considerado as qualidades individuais, e os aspectos físicos e emocionais dos
jogadores para cumprir determinada função, visto que, de nada adianta um planejamento
tático consistente, se não estiver adequado a realidade da equipe, de forma que exista uma
conscientização coletiva do grupo em participar ativamente daquilo que foi pré-estabelecido
nos treinamentos, privilegiando o trabalho de equipe (SANTOS FILHO, 2002).
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A Holanda na Copa do mundo de 1974 foi à equipe que marcou a evolução tática e de sistema
de jogo coletivo.
A organização de um plano tático de jogo é estabelecida, para que a equipe
esteja estruturada e tenha uma presença efetiva nos espaços do campo através da
movimentação de seus jogadores facilitarem as ações de troca de passes e posse de bola,
situação que exige além de um bom preparo físico, uma ótima condição técnica e domínio dos
fundamentos de jogo, de forma que, na transição das jogadas a equipe consiga envolver a
marcação do adversário, criando os espaços necessários para as finalizações.
Nesse sentido a importância de se trabalhar bem a posse de bola, é uma
condição que favorece tanto o aspecto moral quanto o físico da equipe, pois ao mesmo tempo
em que ocorre a aproximação dos jogadores para a troca de passes, quando se perde a posse
de bola, essa aproximação também favorece uma transição no sentido de pressionar a saída de
bola, induzindo os jogadores adversários ao erro e facilitando a retomada de posse de bola
(SANTOS FILHO, 2002).
26
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Seleção da Espanha campeã do Mundo em 2010, o talento individual dos jogadores aplicados
ao sentido coletivo da equipe.
Dentro dos princípios táticos essa é a melhor estratégia, porém a que necessita de
um tempo maior de treinamento e disciplina tática de equipe, o que não se encaixa na
realidade do futebol brasileiro, em virtude principalmente do vício que se criou, em privilegiar
jogadores de determinadas funções, a se isentarem da responsabilidade de marcação e
movimentação no campo, dessa forma as equipes atuam como se estivessem em inferioridade
numérica, jogando um futebol de pouca imaginação, truncado, defensivo, esperando o erro do
adversário ou a improvisação de algum jogador para obter o resultado.
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Barcelona, equipe que reúne talento com aplicação tática e técnica.
Porém, o que faz o futebol ser empolgante, é o fato de ser cercado de incertezas, em
que, as surpresas do improvável podem ocorrer a qualquer momento, dessa forma, é
fundamental que todo planejamento tático focalizem as circunstâncias que acontecem e que se
modificam a cada jogo, isto é, a variação tática para enfrentar equipes que tem um
comportamento defensivo, jogadores que necessitam de uma atenção de marcação, equipes
27
que se fecham defensivamente para explorar o contra-ataque, placar adverso, o trabalho com
bola parada e o trabalho de recuperação e posse de bola (SANTOS FILHO, 2002).
Todas essas situações devem estar previstas no planejamento tático, visto que, toda
equipe que tem objetivos definidos, deve estar bem preparada e com alternativas que possam
solucionar as situações de imprevistos que são muito comuns no futebol.
Assim, temos que (FERNANDES, p. 77, 1994)
A capacidade para a ação tática pode ser entendida como a capacidade dos jogadores ou da equipe de solucionarem os objetivos ou missões relacionadas com o jogo, através do emprego estruturado de conhecimento e experiências.
Dessa forma, o planejamento tático de uma equipe, e as estratégias a serem
utilizadas, é definido a partir das seguintes condições:
- A partir do sistema de jogo, explicitar o posicionamento dos jogadores sua
movimentação e as variações que ocorrem quando se tem a posse de bola para facilitar a
transição de jogo, e tendo a opção para passar a bola, e, sem a posse de bola procurar ocupar
os espaços e impedir a evolução do adversário através de uma marcação eficiente para
retomada da bola e sempre com um sentido de cobertura.
- Tática para a cobertura no sistema defensivo, de acordo com a movimentação e
transição de jogo do adversário, ter sempre definido a forma como ocorre à movimentação do
sistema de marcação e especificar o jogador que faz a cobertura nos diferentes setores.
- Tática individual – é a determinação de um jogador para que cumpra uma função
específica durante o jogo, normalmente está relacionada à tentativa de neutralizar um jogador
com condições técnicas para desequilibrar a partida, ela pode ser feita a partir de setores ou o
campo todo.
- Tática coletiva defensiva – é a disposição da equipe após perder a posse de bola, em
primeira instância ocorre à recomposição dos jogadores a seus setores. Estabelecido a ordem,
deve-se partir sistematicamente para a recuperação da posse de bola, através de uma marcação
efetiva, diminuindo os espaços, executando a dobra quando possível, de forma a pressionar o
jogador de posse de bola induzindo ao erro, a imprecisão de passe, bloqueando as alternativas
de transição das jogadas, até atingir o objetivo de retomada da posse de bola. A
conscientização da equipe na aplicação tática defensiva é determinante, pois a desatenção ou
mesmo um pequeno descuido pode culminar com o gol adversário. É do sentido coletivo, que
consiste a coesão do grupo, e a elevação motivacional que garante a responsabilidade
individual para cumprir suas tarefas, e o sentido de cooperação através do auxílio mútuo para
superar as dificuldades quando se necessita de um esforço a mais para ajudar os companheiros
28
na dobra de marcação, no sentido de cobertura e na disposição para se estar sempre em
vantagem numérica na marcação tendo sempre jogadores na sobra (SANTOS FILHO, 2002).
- Tática ofensiva – Dos aspectos táticos, é a que apresenta o maior grau de
complexidade de aplicação, visto que, para que suas ações sejam realizadas, é necessário que
ocorra o domínio e a qualidade das diferentes variáveis que caracterizam a situação de jogo.
Nesse sentido, o sucesso das estratégias para as ações ofensivas são determinadas
pela coordenação, sincronia e a estabilização das seguintes variáveis:
a) Qualidade técnica do atleta – habilidade individual, domínio dos fundamentos
técnicos, movimentação em campo, visão de jogo, capacidade criatividade e improvisação.
b) Qualidades físicas – somatória das valências físicas necessárias ao futebol,
velocidade, resistência, força, agilidade, explosão muscular, resistência de velocidade,
flexibilidade e velocidade de reação (GOMES, 2008).
c) Qualidades psicológicas e emocionais – determinação, superação, coragem,
cooperação, autocontrole, responsabilidade, liderança e humildade, principalmente para
reconhecer que em determinadas situações, quando não se tem o controle da partida, ou, em
um dia de pouca inspiração e de dificuldade técnica é necessário que a garra e a disposição
sejam o fator de superação.
Dessa forma a organização tática ofensiva demanda aplicação, consistência e um
volume de treinamento, para que os jogadores estejam aptos individual e coletivamente para
exercer as suas funções nos aspectos táticos, técnicos, físicos e emocionais, estando habilitada
a ultrapassar os desafios e instabilidades de uma partida de futebol. A consciência e a
confiança adquirida com os treinamentos, a assimilação das estratégias táticas, e o trabalho
coletivo de movimentação para as transições ofensivas e de recomposição, além do sentido de
compactação da equipe e do menor desgaste físico, faz com que o adversário esteja o tempo
todo sob pressão, oportunizando perspectivas para as jogadas individuais, a improvisação e a
criatividade (FERNANDES, 1994).
ATIVIDADE 4
Objetivo – passar a bola com o lado interno do pé, e com o peito do pé.
Objetivo de valores – Solidariedade.
Apresentação de vídeo de futebol 5 para deficientes visuais.
1 – Dividir em dois grupos, os alunos do primeiro grupo colocam vendas nos olhos,
os alunos do segundo grupo irão conduzir os colegas primeiro caminhando e depois fazendo
uma pequena corrida, os alunos serão guiados através de um cadarço segurado pelos dois e
orientação verbal depois se inverte as funções.
29
2 – Dentro dos grupos, formarem filas uma de frente para a outra a um a distância de
6 metros. Fazer o domínio da bola e passar a bola com o lado interno do pé mudando de fila.
3 - Aumentar a distância para 9 metros, dominar a bola e passar mais forte com o
peito do pé mudando de fila.
4 – 2 a 2, deslocando fazendo passes curtos até o final da quadra e voltar passar a
bola para dupla seguinte.
5 - 3 a 3, em deslocamento fazendo passes curtos e movimentando fazendo o oito.
6 – Dois grupos em cada meia quadra, atividade dos dez passes.
7 – Jogo
Compromisso – pesquisar o conceito de solidariedade. Relatar a experiência da
atividade de olhos vendados.
O SONHO DE SER JOGADOR
Meninos e meninas vivem um sonho em comum, o de se tornarem astros como
jogador de futebol.
Muito além do fascínio e paixão pelo jogo de bola, está à expectativa de serem
famosos e se tornarem milionários.
Até ai, nada de anormal, pois é está à representação que eles têm do jogador de
futebol e é a forma de estarem inseridos na sociedade, ou seja, é a possibilidade que
visualizam de alcançarem status social, realizarem a sua satisfação de consumo, possuir bens,
serem reconhecidos publicamente e estarem com seu nome e foto estampados em jornais,
revistas e televisão.
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30
Outra situação que os identifica com esse mundo, é o fato que muitos jogadores
famosos, tiveram na sua infância, adolescência e juventude os mesmos problemas sociais e
carências por eles vivenciadas, o que os torna cúmplices em suas perspectivas, isto é, sair do
anonimato de suas comunidades e em pouco tempo se transformarem em estrelas de sucesso,
com altos salários, sendo reverenciado e admirado socialmente. Em qual situação social isso é
possível?
Mas, o que na realidade não se expõe a sociedade, é o que realmente acontece, pois,
entre o sucesso e a realização profissional e social de alguns, existe a desilusão, frustração e o
fracasso de muitos, visto que, quem embarca nessa aventura, na maioria das vezes, não
possuem as mínimas informações do destino de sua jornada, na ingenuidade de seus sonhos,
sem estrutura educacional, emocional e experiência de vida, deixam escola e família para trás
e partem rumo ao desconhecido.
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Nesse contexto, e por se tratar de um negócio de lucro fácil, mão de obra barata e
pouca despesa social, estão se instalando em diversos locais as escolas de formação de
jogadores, em que os proprietários, são empresários do ramo do futebol ou pessoas que
percebem nesse ramo, condições de aplicar pouco recurso e ter um retorno alto, cujos
objetivos é tão somente produzir uma mercadoria de consumo, ou seja, formar jogadores de
futebol e colocá-los no mercado profissional e para essas pessoas existe a visão administrativa
e comercial, mas não se tem o compromisso social com o ser humano e sua condição de
cidadania.
E assim, muitos jovens têm seus caminhos outorgados a essas pessoas através de
procuração ou pré-contrato e são levados a percorrer clubes na procura de espaço e
oportunidade para a realização de seus sonhos. E nessa trajetória de incertezas e dificuldades,
31
alguns minutos podem definir o futuro, a realização e o sucesso, mas para isso, nem sempre
prevalece o talento e habilidade como jogadores, pois na maioria das vezes parte-se de uma
avaliação subjetiva e de momento, em que a força da indicação, tem um peso mais
significativo que a qualidade, sendo que em muitos casos nem sequer é observado.
Dessa forma, enquanto alguns são agraciados pela aprovação, recebem atenção e
cuidados, outros seguem os desafios a procura de novas oportunidades, porém, muitos são
abandonados no caminho, envergonhados pelo fracasso, longe da família e sem recursos para
voltar ficam entregues a própria sorte.
Atualmente existem muitos desses centros de treinamentos, onde são depositados
esses meninos, que trazem nas suas bagagens os seus sonhos, sua ingenuidade, pouco ou
quase nada de conhecimento, informação e experiência para cuidar de si mesmo.
Na realidade dentre as muitas situações contraditórias desses ambientes, está na
forma como ficam alojados, pois em um mesmo espaço, sob as mesmas normas, passam a
conviver pessoas estranhas, com as mais diversas formações e num desnível etário (convivem
meninos de 13 a 18 anos), cujo desenvolvimento e maturação fisiológica, psicológica e afetiva
são diferentes, de tal forma que, se não houver pessoas preparadas para o atendimento e
orientação, podem ocorrer conflitos de interesses nas questões emocionais e sociais.
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?
cid=7&letter=L&min=0&orderby=titleA&show=10
32
Nesse sentido, os questionamentos são para os aspectos sociais, visto que num
mundo em que o dinheiro corre fácil nas mãos de empresários, a partir do comércio de
jogadores, o porquê de não existir uma cobrança ou fiscalização das instituições esportiva e
dos órgãos públicos a quem compete à proteção de crianças, adolescentes e jovens, para que
paralelo ao trabalho de formação esportiva exista o compromisso de responsabilidade social
para que seja disponibilizado a esses jovens cursos de orientação educacional, profissional e
da saúde, com profissionais preparados e especializados nas diversas áreas, além, da
obrigatoriedade de freqüência e bom aproveitamento escolar, pois isso com certeza
incentivariam meninos e meninas desde cedo valorizar a educação, visto que, no mundo
seletivo do futebol, muitos sonham com carreira profissional de sucesso, mas poucos são
aqueles que terão êxito, e, no entanto, a vida continua, e essas pessoas devem estar preparadas
para exercer sua cidadania.
ATIVIDADE 5
Objetivo – passar a bola com o lado externo e interno do pé e lançamento.
Objetivo de valores – Autonomia
A águia e a galinha: uma metáfora da condição humana, livro de Leonardo Boff que
fala da história contada por James Agrey, político e educador de gana.
1 – Grupos formam filas um de frente para o outro em cada lado da quadra, no meio
da quadra um cone, os alunos deverão fazer passes com o lado externo e interno do pé
batendo na parte externa da bola para que faça a curva desviando o cone e indo para o colega,
que domina e faz o mesmo movimento, após bater na bola o aluno deve deslocar até o cone e
voltar para o final da fila.
2 – Idem ao anterior os alunos fazem o passe com o peito do pé batendo embaixo da
bola para que ela suba e passe por cima do cone para o companheiro.
3 – Competição de passes, com o mesmo posicionamento, dois cones formando um
gol livre, os aluno dominam a bola e fazem o passe cada vez que a bola passar entre os cones
marcam um ponto, após o passe o aluno se desloca até o outro lado e entre no final da fila.
4 – As quatro filas formam um grupo de cada lado, sendo os quatro primeiros o
quarteto um e assim sucessivamente, um gol livre em cada lado na linha de gol, o professor
chama um número e lança a bola, os alunos disputarão a jogada e tentar o gol só vale gol na
área, após a jogada a bola volta ao professor que chamará outro quarteto.
5 – Idem ao anterior, os alunos só podem dar dois toques na bola.
6 – jogo.
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Compromisso – pesquisar o conceito de autonomia.
Reflexão do texto: Num mundo de tantas influências e comportamentos, a
necessidade de ter coragem para agir de acordo com os valores humanos, fazer as escolhas
certas e tomar decisões.
O TORCEDOR
No aspecto simbólico, é considerado o jogador camisa 12 de cada time, sintetiza o
amor e a paixão pelo clube de coração sem que tenha uma explicação para isso.
Esse simbolismo é justificado a partir da motivação que o atleta sente quando pisa ao
gramado e é contagiado pela euforia das manifestações, cantos e coreografias das torcidas,
nesse momento o jogador representa o sonho, a emoção e a expectativa de muitos torcedores.
Essa simbiose torcedor jogador é que torna o espetáculo bonito, e faz do futebol um fenômeno
que atrai multidões no mundo todo.
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Ao longo dos anos essa relação era muito interessante, os torcedores chegavam aos
estádios em grupos, pais e filhos, amigos e vizinhos unidos pelo gosto do futebol e divididos
pela paixão do clube, cada qual na sua torcida, após o jogo retornavam para suas casas, alguns
34
alegres pela vitória tirando onda daqueles que aborrecidos ficavam calados pela derrota, tudo
no maior espírito esportivo.
Hoje essa conotação não existe, as frustrações sociais que determinam a intolerância
foram remetidas para os estádios. Grupos de torcedores antes e depois dos jogos saem às ruas
depredando, agredindo e ofendendo quem estiver pela frente, causando estragos materiais e
emocionais as pessoas, aos clubes e ao patrimônio público, sendo que, grande parte desses
grupos nem se interessam pelo jogo, passam os noventa minutos trocando insultos e ofensas
com outros grupos esperando o momento de se confrontarem.
Essa situação está trazendo um clima de intranqüilidade para torcedores e jogadores,
que após uma derrota ou numa fase ruim do clube são ameaçados por esses grupos, que na
verdade não devem ser considerados torcedores, são pessoas extremistas de comportamento
anti-social e que utilizam o futebol para promover desordem, com a complacência ou
conivência de dirigentes e da impunidade da justiça.
Outra questão que necessita ser questionada é a concepção equivocada de que o
torcedor ao pagar ingresso tem o direito de ofender com palavras de baixo calão jogadores
técnicos e arbitragem. O jogo de futebol é um espaço de diversão e entretenimento, assim
como o cinema e um show musical, é opção de divertimento para quem gosta, se o espetáculo
não satisfaz a expectativa, a opção é não ir mais. As grosserias e ofensas que ocorrem é o
desabafo de problemas pessoais, abuso de bebida alcoólica e uma tremenda falta de Educação,
pois no estádio tem crianças e senhoras além do que, a recíproca é verdadeira só é respeitado
àquele que sabe respeitar, só pode educar aquele que é educado, boas ações e bons exemplos
são mais eficientes do que mil palavras.
A perspectiva do texto é buscar no aluno a reflexão em torno de atitudes e
comportamentos que estão fazendo muito mal a sociedade, muitas pessoas sofrem, sofreram e
ainda vão sofrer algum tipo de abuso ou ofensa, nesse sentido, é importante que saibam fazer
suas escolhas, principalmente nas amizades e convivências de grupo para que não tenham
suas vidas comprometidas por envolvimento em ações de violência, uso de drogas e bebidas
alcoólicas.
ATIVIDADE 6
Objetivo – conduzir a bola com o lado interno e externo do pé.
Objetivo de valores – Determinação e disciplina
1 – Bobinho de um toque, dois alunos na roda, muda o bobino quando, tocar na bola,
jogara bola fora do circulo ou dar mais de um toque.
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2 – Grupo no fundo da quadra, um cone no meio, aluno conduz a bola faz a volta no
cone e toca para o companheiro e vai para o final da fila.
3 – Grupo de um lado da quadra e um aluno do outro lado da quadra, sendo que do
lado que tem um só aluno é colocado três cones a distância de um metro cada um. Do lado da
fila o aluno sai conduzindo a bola vai até o meio toca a bola no colega e vai para o lugar
desse, o outro domina a bola e sai conduzindo a bola passa em zig-zag pelos cones e do meio
passa abola para o seguinte e vai para o final da fila e assim sucessivamente.
4- Jogo da velha, duas equipes em sentido oposto, marcado as casas do jogo da
velha. Um cone de cada lado no meio da quadra, ao sinal do professor os alunos saem
conduzindo a bola e leva de volta até o seguinte e corre para ocupar uma casa, a equipe que
conseguir fechar o jogo marca o ponto.
5 – Equipes em sentido oposto, um gol livre de cada lado na linha final da quadra,
um aluno de cada equipe atrás do gol, ao sinal do professor o primeiro de cada equipe sai
conduzindo a bola e antes de chegara no meio chuta tentando fazer o gol e corre para trás do
gol, o aluno que está atrás do gol pega a bola e deve conduzir em velocidade para o seguinte e
vai para o final da fila, vence a equipe que fizer os gols conforme o combinado.
6 – Jogo.
Compromisso pesquisar o conceito de determinação.
ASPECTO SOCIAL DO FUTEBOL
O esporte é um direito de todos, isso está contemplado na Constituição Federal de
1988, em que consta no artigo 217 ¨É dever do estado fomentar práticas desportivas formais e
não formais como direito de cada um¨, embora garantido na Constituição e codificado como
direito inalienável da criança ter acesso a Educação e ao esporte, o comum é ver crianças
abandonadas nas ruas excluídas de todos os benefícios sociais.
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disponivel:http://www.google.com.br/imagens
O país do futebol tem um Ministério do Esporte, os estados e municípios em sua
grande maioria têm secretarias de esporte, a entidade que dirige o futebol é uma das mais
fortes economicamente no mundo, tem Instituições de Ensino Superior com cursos de
graduação em Educação Física espalhados por todo o Brasil e um país que vai sediar os dois
maiores eventos esportivos, a Copa do mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016, e, no entanto
com tantas instituições não se tem projetos esportivos de responsabilidade social consistentes,
como oportunidade para crianças, adolescentes e jovens estarem inseridos socialmente e com
alternativas de ter um futuro melhor.
37
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?
cid=7&letter=E&min=100&orderby=titleA&show=10
Em uma análise dessa estrutura, se observa que o problema não é financeiro e nem
de equipe para trabalho, ou se trata de acomodação, falta de organização, ou não existe
vontade política e administrativa para realizar o trabalho.
Desse sentido de organização, é só observar o trabalho da Federação Uruguai de
futebol, em que o projeto de formação de jogadores chamado Institucionalização dos
Processos das seleções e da formação desses profissionais sob a coordenação de Oscar
Tabáres técnico da seleção principal do Uruguai trás em sua proposta, a formação de
jogadores nas categorias sub 15, sub 17 e sub 20. Esses atletas têm um trabalho permanente
para formação de jogadores e recebem toda assistência social para se tornarem cidadãos, em
que, a condição para entrar e permanecer no projeto é a freqüência e permanência na escola
com bom desempenho. Além de levar o espírito de sala de aula para a formação de jogadores,
Oscar Tabáres tem nas suas atitudes exemplo de conduta, é uma pessoa serena, bem educada,
que se expressa com eloqüência e distinção, ponderado nas palavras, se dirige aos atletas sem
levantar a voz ou falar um palavrão, virtudes destacadas pelo jogador Lugano Capitão da
seleção principal do Uruguai. Na concepção do projeto e que é repassada aos atletas, está
enfatizado que a carreira de jogador profissional é seletiva, do grupo alguns terão o privilégio
38
de ser um jogador profissional de sucesso, mas que a grande maioria deve estar preparada
para se afirmar em outros setores da economia e exercerem a sua cidadania.
Disponível:http://www.google.com.br/imagen
s
Sendo assim, a dívida social do esporte, em particular do futebol, para com a
sociedade brasileira é muito grande, hoje o futebol profissional se caracteriza por ser um dos
setores da sociedade que mais discrimina e que mais reproduz a desigualdade social, tanto na
questão administrativa em que se privilegiam os grandes clubes nas questões fiscais e na
organização das competições, o que tem feito paulatinamente desaparecer os clubes do
interior, como na questão de patrocinadores onde algumas empresas fazem investimentos
vultuosos em grandes clubes e na própria seleção brasileira e pagam um salário miserável
para seus funcionários.
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O Brasil é um grande celeiro para o esporte, em especial o futebol, ao longo da
história onde imperou a desorganização, a improvisação, as administrações amadoras e outras
situações pouco ortodoxas, mesmo assim, o Brasil é o país que mais conquistou títulos
mundiais, são conquistas, condicionado ao talento e qualidade do jogador brasileiro, que tem
em Pelé o maior jogador da história, considerado gênio, e com certeza os olhos entendedores
do futebol teriam condição de apontar mais de uma centena de gênios que desfilaram o seu
talento nos gramados brasileiros.
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Será utopia imaginar centros de excelência de esportes com responsabilidade social,
para que o país do futebol também oportunizasse outras modalidades e que o pensamento de
formar atletas estivesse pautado em questões educacionais, um novo Pelé, não é tão simples,
mas com certeza teríamos muitos gênios revelados para atuarem no campo, nas quadras, nas
pistas e na vida. Os últimos anos têm revelado o lado obscuro do esporte, o envolvimento de
atletas com drogas, violência dentro e fora do campo, falta de educação e valores de atletas,
dirigentes e torcedores, situações que denotam a falta de controle emocional, educacional e de
valores para essas pessoas serem referenciadas na vida pública.
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ATIVIDADE 7
Objetivo – Finalizar através de chute e cabeceio.
Objetivo de Valores – Liderança.
Apresentação da fábula Convenção das Aves de Ruben Alves.
1 – alunos conduzem a bola e chutam para o gol alternando perna direita e esquerda.
2 – Uma fila no fundo da quadra passando a bola e a outra do lado oposto entrando e
chutando a gol.
3 – Professor joga a bola alta aluno domina conduz a bola e chuta no gol.
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4 – Um aluno lança a bola o outro devolve de cabeça, recebe a bola e joga por cima o
aluno que cabeceou gira em velocidade e finaliza chutando para gol.
5 - Fila A do lado direito na linha de fundo, fila B lado esquerdo, um aluno do lado
direito de frente para a fila A três metros atrás do meio da quadra, outro do lado esquerdo,
professor referência a frente da linha de área, o primeiro da fila toca para o aluno que está a
frente este domina toca no professor e vem para fazer chutar a gol, depois de chutar a gol
volta para fazer o pivô no lugar do professor, segue a atividade alternando uma bola de cada
lado, sendo que do lado direito chuta com o pé direito, lado esquerdo pé esquerdo e muda de
lado na fila na sequência.
6 – Alunos da fila A lançando a bola, alunos da fila B saltando e cabeceando,
mudando de fila.
7 – 2 a 2, deslocando a bola um lança outro salta e cabeceia e vice-versa.
8 – Uma fila lançando bola da linha de fundo a outra entrando em diagonal e
cabeceando para o gol, mudando de fila.
9 – Jogo
Compromisso pesquisar o conceito de liderança.
HISTÓRIA DO FUTEBOL
O futebol como se conhece e que é praticado em todos os cantos do país, é um
esporte identificado com as características físicas e culturais do povo brasileiro.
Ao contrário do que se pensa o futebol não é fruto ou de origem brasileira, é
um esporte importado da Inglaterra e que chegou ao Brasil através de Charles Miller jovem
paulista, filho de ingleses, no ano de 1894 (GONÇALVES, 2006).
Ao longo de sua história o futebol esteve e está associado aos fatos sociais que
são estabelecidos por grupos dominantes, advindos de uma cultura de colonizadores cujo
símbolo de exploradores e explorados são determinados pela manipulação social de alienação
cultural, política e educacional das classes menos favorecidas da sociedade, no sentido de
afastar todas as possibilidades de mobilização, reivindicação e organização social que possam
assegurar conquistas na luta por justiça social (GONÇALVES, 2006).
É uma situação contundente que assim vai permanecer, enquanto não houver
uma pré-disposição de cidadania da classe trabalhadora em buscar e lutar por seus direitos
sociais, de igualdade, dignidade e isonomia social, combatendo a impunidade, a corrupção e
os privilégios políticos e econômicos que faz disseminar as desigualdades sociais.
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Dessa forma o futebol foi utilizado ideologicamente no início do século XX,
para conter e oprimir os movimentos de reivindicação dos trabalhadores por melhores salários
e condição de trabalho; Nos anos 60 e 70, o governo militar se apropriou do futebol e
aproveitou o sucesso da seleção brasileira na copa do Mundo do México de 1970 com o
intuito de negligenciar os problemas sociais e políticos da ditadura militar (GONÇALVES
2006); A partir dos anos 80 com a crescente profissionalização e mercantilização do esporte,
em que, os interesses financeiros e os negócios passaram a predominar as relações esportivas,
os grupos econômicos e empresários se sobrepuseram as instituições esportivas,
descaracterizando a autonomia das associações e clubes, pela dependência financeira dos
patrocinadores, estabelecendo uma relação unilateral de direitos e de prerrogativas
comprometendo a estrutura social e patrimonial dos clubes (TUBINO, 1992).
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Em uma sequência cronológica os fatos que marcaram o desenvolvimento do futebol
no Brasil foram os seguintes:
Em 15 de abril de 1895 foi realizada a primeira partida de futebol no Brasil entre os
empregados da empresa ferroviária São Paulo Railway 4 x 2 funcionários da Companhia de
gás.
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Em 1901 foi criada a Liga Paulista de Futebol e em 1902 ocorreu o primeiro
campeonato Paulista, sendo o São Paulo Athletic Clube sagrou-se campeão, clube extinto do
futebol.
Em 1914 foi fundada a Federação Brasileira de Sport, e em 1916 passou a se chamar
Confederação Brasileira de Desporto, filiando-se a Fifa em 1923, e em 1979 a CBD passou a
se chamar CBF Confederação Brasileira de Futebol.
Em 1930, O Brasil participou do primeiro campeonato Mundial realizado no Uruguai
tendo uma participação discreta e sendo eliminado na primeira fase perdendo para a seleção
da Iuguslávia por 2 x 1, e vencendo a Bolívia por 4 x 0.
O Brasil é o único país a disputar todas as copas do mundo, tendo sediado a copa em
1950, e ficado com o vice campeonato perdendo na final para o Uruguai por 2 x 1 num dia de
muita tristeza para o futebol brasileiro com o Maracanã lotado com 200 mil pessoas sendo o
maior público de um jogo de futebol.
Em 1958 o Brasil conquistou o primeiro campeonato Mundial vencendo a Suécia em
Estocolmo por 5 x 2, além do campeonato e da grande equipe formada por Gilmar goleiro,
Djalma Santos, Belini, Orlando e Nilton Santos na defesa, Zito e Didi meio de campo e no
ataque Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo, o futebol brasileiro apresentou ao mundo a arte
desconcertante dos dribles de Mané Garrincha, e o rei do Futebol Edson Arantes do
Nascimento o Pelé que se tornou campeão mundial com apenas 17 anos.
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Em 1962 o Brasil se tornou Bi-campeão de futebol no Chile, vencendo na final a
Seleção da Tchecoslovaquia por 3 x 1, nesse mundial Pelé se machucou na segunda partida,
mas, Mané Garrincha com muita inspiração e grandes jogadas, passes e gols contribui para o
sucesso da seleção que teve Gilmar no gol, Djalma Santos, Mauro, Orlando e Nilton Santos
na defesa, Zito e Didi no meio campo e Garrincha, Amarildo, Vavá e Zagalo no ataque.
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Nesse mesmo ano o Santos futebol clube conquistou o primeiro Mundial de clubes
com um time fantástico, repetindo a dose em 1963 batendo o Milan e o Benfica
respectivamente, sendo considerado como o maior time do mundo.
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Em 1970 o Brasil conquistou o Tri campeonato no México trazendo em definitivo a
Copa Jules Rimet, nesse mundial o Brasil venceu os seis jogos e na final contra a Itália goleou
por 4 x 1. O time base da seleção Brasileira Félix no gol, Carlos Alberto, Brito, Piazza e
Everaldo na defesa, Clodoaldo, Gerson e Rivelino no meio campo, Jairzinho, Tostão e Pelé no
ataque.
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Após o mundial de 1970 o futebol brasileiro amargou um jejum de títulos, sendo
quebrado pelo Flamengo em 1981 quando derrotou o Liverpol da Inglaterra por 3 x 0, e nos
anos 90 o São Paulo ganhou duas vezes o mundial em 92 e 93, um grande prêmio para Telê
Santana que em 1982 com uma grande seleção foi eliminado pela Itália.
O Brasil voltou a vencer um campeonato mundial de seleções em 1994 nos Estados
Unidos, vencendo a seleção Italiana nos pênaltis. Embora não demonstrando um futebol
brilhante a seleção brasileira fez o suficiente para vencer e conquistar o tetra campeonato.
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Em 2002 o Brasil conquistou o penta campeonato, vencendo a Alemanha na final por
2 x 0, pela primeira vez a Copa do Mundo foi disputada em com sede em dois países o Japão
e a Coréia do Sul, foi também a copa da superação para Ronaldo que após sofrer seguidas
lesões fez cirurgia do joelho, mas com muito empenho se recuperou a tempo e ajudou a
seleção brasileira sendo decisivo com seus gols e que faz dele o maior artilheiro de copas do
mundo com 15 gols.
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ATIVIDADE 8
Objetivo – executar o dribla e finta.
Objetivo de valores – Humildade.
O futebol é um esporte coletivo, e como tal todos devem trabalhar para o bem
comum, o drible é um fundamento que da emoção ao jogo, mas quando ocorre o abuso da
individualidade se perde o senso coletivo, portanto além de tantas outras virtudes a humildade
é uma qualidade fundamental no craque.
1 – Atividade de imagem. Movimentando pela quadra 2 a 2, ao sinal do professor
um aluno faz o movimento e o outro tenta imitá-lo, a um novo sinal invertem as funções.
2- 2 a 2, no fundo da quadra um de frente para o outro, ao sinal do professor, um
aluno tenta enganar o outro com a ginga de corpo e avançar enquanto o outro faz oposição
tentando impedir a passagem.
3 – 2 a 2, com bola um conduzindo a bola tentando driblar e o outro fazendo
oposição tentando impedir que faça a transição.
4 – 1 x 1, um jogador na marcação, o professor lança a bola o outro domina e parte
para cima tentando o drible e a finalização a gol, o aluno que atacou passa a marcação.
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5 – 3 x 2, dois alunos na marcação, e três tocando bola tentando envolver a marcação
no sétimo toque o aluno que estiver com a bola tenta uma jogada individual driblando o
oponente e finalizando para o gol.
6 – Jogo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.Gonçalves, Nezilda Leci Godoy. Metodologia do ensino da Educação Física./ Nezilda Leci Godoy Gonçalves. Curitiba: Ibpex, 2006. 248 p.
2.Tubino, Manoel José Gomes. Dimensões sociais do esporte. 10ª Ed./ São Paulo: Brasiliense, 1992.
3.Santos Filho, José Laudier Antunes dos. Manual do futebol/ José Laudier Antunes dos Santos Filho. São Paulo: Phorte Editora, 2002.
4.Gomes, Antonio Carlos. Futebol: treinamento desportivo de alto rendimento/ Antonio Carlos Gomes, Juvenilson de Souza, Porto Alegre: Artmed, 2008.
5.Fernandes, José Luis. Futebol: Ciência, arte ou sorte. Treinamento para profissionais alto rendimento, preparação física, técnica, tática e avaliação/ José Luis Fernandes. – São Paulo: EPU, 1994.
6.Constituição da República Federal do Brasil 1988.