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Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos Departamento de Vigilância em Saúde Divisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças Carta aos Gestores e Profissionais de Saúde de Guarulhos Prezados (as), A situação epidemiológica do sarampo no Brasil, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 6 de agosto, apresentam um aumento expressivo no número de casos confirmados, ultrapassando os mil casos da doença no país. O Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: um no estado de Roraima, com 281 casos confirmados, 04 óbitos e 111 em investigação; e outro no estado do Amazonas, com 788 casos confirmados, 01 óbito e mais de 5 mil em investigação, oriundos da importação de casos do genótipo viral (D8), o mesmo circulante na Venezuela. Alguns casos isolados e também relacionados à importação foram identificados nos estados: Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (13), Pará (2), Rondônia (1), e em São Paulo (1) caso importado da Ásia Ocidental. Desde 2017, vários surtos de sarampo têm surgido no mundo, acometendo a população em todos os continentes, em especial, a Ásia, Europa, África e Américas. Mais de 80 mil casos confirmados do sarampo foram reportados à Organização Mundial de Saúde (OMS) até o presente, sendo mais de 14.000 casos registrados na Europa. Em 2018, a Ucrânia apresenta um surto com milhares de casos, inclusive com óbitos, e a Rússia, Sérvia, Geórgia, Albânia e Turquia, também apresentam casos. Muitos países permanecem endêmicos para o sarampo, especialmente devido às baixas coberturas vacinais e bolsões de susceptíveis (não vacinados). Número de Casos reportados de Sarampo para a OMS nos últimos 6 meses

Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos Departamento de ... · portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar)

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Secretaria Municipal de Saúde de GuarulhosDepartamento de Vigilância em SaúdeDivisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças

Carta aos Gestores e Profissionais de Saúde de Guarulhos Prezados (as),

A situação epidemiológica do sarampo no Brasil, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 6 de agosto, apresentam um aumento expressivo no número de casos confirmados, ultrapassando os mil casos da doença no país. O Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: um no estado de Roraima, com 281 casos confirmados, 04 óbitos e 111 em investigação; e outro no estado do Amazonas, com 788 casos confirmados, 01 óbito e mais de 5 mil em investigação, oriundos da importação de casos do genótipo viral (D8), o mesmo circulante na Venezuela. Alguns casos isolados e também relacionados à importação foram identificados nos estados: Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (13), Pará (2), Rondônia (1), e em São Paulo (1) caso importado da Ásia Ocidental. Desde 2017, vários surtos de sarampo têm surgido no mundo, acometendo a população em todos os continentes, em especial, a Ásia, Europa, África e Américas. Mais de 80 mil casos confirmados do sarampo foram reportados à Organização Mundial de Saúde (OMS) até o presente, sendo mais de 14.000 casos registrados na Europa. Em 2018, a Ucrânia apresenta um surto com milhares de casos, inclusive com óbitos, e a Rússia, Sérvia, Geórgia, Albânia e Turquia, também apresentam casos. Muitos países permanecem endêmicos para o sarampo, especialmente devido às baixas coberturas vacinais e bolsões de susceptíveis (não vacinados).

O sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após. Em 1992, o Brasil se comprometeu com a meta de eliminação do sarampo até o ano 2000. Com a implantação do Plano Nacional de Eliminação do Sarampo e a realização de campanhas de vacinação, o país reduziu em mais de 80% o número de casos notificados da doença. Em 2015, houve um surto da doença onde foram registrados 211 casos no estado do Ceará, 02 em São Paulo e 01 em Roraima. No ano de 2016, em virtude da implementação das ações de vigilância, laboratório e imunização ao longo desses anos, o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde o Certificado de Eliminação da Circulação do Vírus do Sarampo. No período de 2001 a 2017, o Estado de São Paulo registrou 46 casos de sarampo, isolados ou em surtos limitados, importados ou relacionados à importação. Todos evoluíram para cura. Com relação à situação epidemiológica da Poliomielite, segundo dados da OMS, entre 2017 e 2018 foram registrados 08 casos da doença em dois países endêmicos: 07 no Afeganistão e 01 no Paquistão. No Brasil, desde 1980, com a implantação das campanhas nacionais de vacinação em massa com a vacina oral Sabin, conseguimos aumentar as coberturas vacinais em todo o território nacional, contribuindo de maneira efetiva e eficaz para o controle da doença. A redução no número de casos foi drástica, de 1.280 casos em 1980 para 122 em 1981. O último caso de poliomielite no Brasil foi em 1989 na Paraíba e no estado de São Paulo em 1988, no município de Teodoro Sampaio.Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)/ OMS a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem, juntamente com os demais países das Américas. Desde então, todos os países assumiram o compromisso de manter altas e homogêneas as coberturas vacinais e uma ativa e sensível vigilância epidemiológica para identificar rapidamente o aparecimento de casos da poliomielite, adotando imediatamente as medidas de controle para evitar a disseminação da doença e a reintrodução do vírus selvagem da pólio. A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como

Número de Casos reportados de Sarampo para a OMS nos últimos 6 meses

principais características a flacidez muscular, com sensibilidade preservada, e a arreflexia no segmento atingido. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. Cabe salientar que, a poliomielite e o sarampo são doenças de notificação imediata, ou seja, as autoridades de saúde locais deverão ser notificadas nas primeiras 24 horas após a suspeita clínica do caso, para que as condutas referentes ao caso, como, por exemplo, coleta e envio adequado de exames laboratoriais, investigação epidemiológica e medidas de bloqueio vacinal de contatos e/ou comunidade, sejam adotadas em tempo oportuno. Diante dos cenários global e nacional, faz-se necessário a união de esforços, especialmente, dos profissionais da saúde e dos gestores de serviços de saúde no alcance de altas e homogêneas coberturas vacinais no nosso município, tanto para o sarampo como para a poliomielite, no sentido de eliminar os bolsões de pessoas não vacinadas ou com esquemas incompletos, para eliminar o risco da reintrodução dessas doenças. O município de Guarulhos localiza-se estrategicamente no eixo rodoviário entre Estados limítrofes com grande circulação de pessoas, além de ter em seu território o Aeroporto Internacional de São Paulo, o maior da América Latina, recebendo milhares de pessoas/dia, oriundas de vários países com circulação viral do sarampo, além de passageiros de outras partes do Brasil. O último caso de poliomielite em Guarulhos foi no início da década de 80 e o último de sarampo é de 2001. Apesar de essas doenças estarem sob controle, é sabido que as coberturas vacinais do sarampo e poliomielite têm ficado abaixo dos 95%, acarretando o acúmulo de susceptíveis, deixando a população altamente vulnerável ao risco de surtos dessas doenças, especialmente, o sarampo. Em Guarulhos, as coberturas vacinais de menores de 1 ano estão abaixo do preconizado, sendo de 79,73% para a poliomielite e de 84,69% para o sarampo, o que reforça a necessidade de ampliarmos as coberturas, aproveitando a campanha nacional de vacinação. Desta forma, a Campanha Nacional de Vacinação de Poliomielite e Sarampo, que no estado de São Paulo iniciou-se em 04 de agosto e vai até 31 de agosto, necessita do empenho de todos, na divulgação e

conscientização da população sobre a necessidade do comparecimento às Unidades Básicas de Saúde para a vacinação. A população alvo desta Campanha são as crianças de 1 ano a menores de 5 anos de idade, para atualizarem suas cadernetas de vacinação ou tomarem uma dose de reforço, protegendo-as dessas doenças que podem deixar sequelas irreversíveis ou mesmo evoluírem de forma desfavorável, levando ao óbito. Além disso, os serviços de saúde, através de suas equipes de profissionais, devem estar alerta para suspeitar dos casos de sarampo e poliomielite. Neste contexto, o Departamento de Vigilância em Saúde e a Divisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças convidam a todos os gestores, profissionais de saúde e população para, juntos, trabalharmos de forma integrada e aumentarmos as coberturas vacinais, protegendo os guarulhenses do sarampo e da poliomielite. Contamos com a compreensão e colaboração de todos.

Muito obrigada pela atenção.

Valeska Aubin Zanetti MionDiretora do Departamento de Vigilância em Saúde

Ermelinda Antônia ToméDivisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças

Ana Cristina Kantzos da SilvaSecretária de Saúde

Secretaria Municipal de Saúde de GuarulhosDepartamento de Vigilância em SaúdeDivisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças

Carta aos Gestores e Profissionais de Saúde de Guarulhos Prezados (as),

A situação epidemiológica do sarampo no Brasil, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 6 de agosto, apresentam um aumento expressivo no número de casos confirmados, ultrapassando os mil casos da doença no país. O Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: um no estado de Roraima, com 281 casos confirmados, 04 óbitos e 111 em investigação; e outro no estado do Amazonas, com 788 casos confirmados, 01 óbito e mais de 5 mil em investigação, oriundos da importação de casos do genótipo viral (D8), o mesmo circulante na Venezuela. Alguns casos isolados e também relacionados à importação foram identificados nos estados: Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (13), Pará (2), Rondônia (1), e em São Paulo (1) caso importado da Ásia Ocidental. Desde 2017, vários surtos de sarampo têm surgido no mundo, acometendo a população em todos os continentes, em especial, a Ásia, Europa, África e Américas. Mais de 80 mil casos confirmados do sarampo foram reportados à Organização Mundial de Saúde (OMS) até o presente, sendo mais de 14.000 casos registrados na Europa. Em 2018, a Ucrânia apresenta um surto com milhares de casos, inclusive com óbitos, e a Rússia, Sérvia, Geórgia, Albânia e Turquia, também apresentam casos. Muitos países permanecem endêmicos para o sarampo, especialmente devido às baixas coberturas vacinais e bolsões de susceptíveis (não vacinados).

O sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após. Em 1992, o Brasil se comprometeu com a meta de eliminação do sarampo até o ano 2000. Com a implantação do Plano Nacional de Eliminação do Sarampo e a realização de campanhas de vacinação, o país reduziu em mais de 80% o número de casos notificados da doença. Em 2015, houve um surto da doença onde foram registrados 211 casos no estado do Ceará, 02 em São Paulo e 01 em Roraima. No ano de 2016, em virtude da implementação das ações de vigilância, laboratório e imunização ao longo desses anos, o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde o Certificado de Eliminação da Circulação do Vírus do Sarampo. No período de 2001 a 2017, o Estado de São Paulo registrou 46 casos de sarampo, isolados ou em surtos limitados, importados ou relacionados à importação. Todos evoluíram para cura. Com relação à situação epidemiológica da Poliomielite, segundo dados da OMS, entre 2017 e 2018 foram registrados 08 casos da doença em dois países endêmicos: 07 no Afeganistão e 01 no Paquistão. No Brasil, desde 1980, com a implantação das campanhas nacionais de vacinação em massa com a vacina oral Sabin, conseguimos aumentar as coberturas vacinais em todo o território nacional, contribuindo de maneira efetiva e eficaz para o controle da doença. A redução no número de casos foi drástica, de 1.280 casos em 1980 para 122 em 1981. O último caso de poliomielite no Brasil foi em 1989 na Paraíba e no estado de São Paulo em 1988, no município de Teodoro Sampaio.Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)/ OMS a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem, juntamente com os demais países das Américas. Desde então, todos os países assumiram o compromisso de manter altas e homogêneas as coberturas vacinais e uma ativa e sensível vigilância epidemiológica para identificar rapidamente o aparecimento de casos da poliomielite, adotando imediatamente as medidas de controle para evitar a disseminação da doença e a reintrodução do vírus selvagem da pólio. A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como

principais características a flacidez muscular, com sensibilidade preservada, e a arreflexia no segmento atingido. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. Cabe salientar que, a poliomielite e o sarampo são doenças de notificação imediata, ou seja, as autoridades de saúde locais deverão ser notificadas nas primeiras 24 horas após a suspeita clínica do caso, para que as condutas referentes ao caso, como, por exemplo, coleta e envio adequado de exames laboratoriais, investigação epidemiológica e medidas de bloqueio vacinal de contatos e/ou comunidade, sejam adotadas em tempo oportuno. Diante dos cenários global e nacional, faz-se necessário a união de esforços, especialmente, dos profissionais da saúde e dos gestores de serviços de saúde no alcance de altas e homogêneas coberturas vacinais no nosso município, tanto para o sarampo como para a poliomielite, no sentido de eliminar os bolsões de pessoas não vacinadas ou com esquemas incompletos, para eliminar o risco da reintrodução dessas doenças. O município de Guarulhos localiza-se estrategicamente no eixo rodoviário entre Estados limítrofes com grande circulação de pessoas, além de ter em seu território o Aeroporto Internacional de São Paulo, o maior da América Latina, recebendo milhares de pessoas/dia, oriundas de vários países com circulação viral do sarampo, além de passageiros de outras partes do Brasil. O último caso de poliomielite em Guarulhos foi no início da década de 80 e o último de sarampo é de 2001. Apesar de essas doenças estarem sob controle, é sabido que as coberturas vacinais do sarampo e poliomielite têm ficado abaixo dos 95%, acarretando o acúmulo de susceptíveis, deixando a população altamente vulnerável ao risco de surtos dessas doenças, especialmente, o sarampo. Em Guarulhos, as coberturas vacinais de menores de 1 ano estão abaixo do preconizado, sendo de 79,73% para a poliomielite e de 84,69% para o sarampo, o que reforça a necessidade de ampliarmos as coberturas, aproveitando a campanha nacional de vacinação. Desta forma, a Campanha Nacional de Vacinação de Poliomielite e Sarampo, que no estado de São Paulo iniciou-se em 04 de agosto e vai até 31 de agosto, necessita do empenho de todos, na divulgação e

conscientização da população sobre a necessidade do comparecimento às Unidades Básicas de Saúde para a vacinação. A população alvo desta Campanha são as crianças de 1 ano a menores de 5 anos de idade, para atualizarem suas cadernetas de vacinação ou tomarem uma dose de reforço, protegendo-as dessas doenças que podem deixar sequelas irreversíveis ou mesmo evoluírem de forma desfavorável, levando ao óbito. Além disso, os serviços de saúde, através de suas equipes de profissionais, devem estar alerta para suspeitar dos casos de sarampo e poliomielite. Neste contexto, o Departamento de Vigilância em Saúde e a Divisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças convidam a todos os gestores, profissionais de saúde e população para, juntos, trabalharmos de forma integrada e aumentarmos as coberturas vacinais, protegendo os guarulhenses do sarampo e da poliomielite. Contamos com a compreensão e colaboração de todos.

Muito obrigada pela atenção.

Valeska Aubin Zanetti MionDiretora do Departamento de Vigilância em Saúde

Ermelinda Antônia ToméDivisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças

Ana Cristina Kantzos da SilvaSecretária de Saúde

Secretaria Municipal de Saúde de GuarulhosDepartamento de Vigilância em SaúdeDivisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças

Carta aos Gestores e Profissionais de Saúde de Guarulhos Prezados (as),

A situação epidemiológica do sarampo no Brasil, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 6 de agosto, apresentam um aumento expressivo no número de casos confirmados, ultrapassando os mil casos da doença no país. O Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: um no estado de Roraima, com 281 casos confirmados, 04 óbitos e 111 em investigação; e outro no estado do Amazonas, com 788 casos confirmados, 01 óbito e mais de 5 mil em investigação, oriundos da importação de casos do genótipo viral (D8), o mesmo circulante na Venezuela. Alguns casos isolados e também relacionados à importação foram identificados nos estados: Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (13), Pará (2), Rondônia (1), e em São Paulo (1) caso importado da Ásia Ocidental. Desde 2017, vários surtos de sarampo têm surgido no mundo, acometendo a população em todos os continentes, em especial, a Ásia, Europa, África e Américas. Mais de 80 mil casos confirmados do sarampo foram reportados à Organização Mundial de Saúde (OMS) até o presente, sendo mais de 14.000 casos registrados na Europa. Em 2018, a Ucrânia apresenta um surto com milhares de casos, inclusive com óbitos, e a Rússia, Sérvia, Geórgia, Albânia e Turquia, também apresentam casos. Muitos países permanecem endêmicos para o sarampo, especialmente devido às baixas coberturas vacinais e bolsões de susceptíveis (não vacinados).

O sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após. Em 1992, o Brasil se comprometeu com a meta de eliminação do sarampo até o ano 2000. Com a implantação do Plano Nacional de Eliminação do Sarampo e a realização de campanhas de vacinação, o país reduziu em mais de 80% o número de casos notificados da doença. Em 2015, houve um surto da doença onde foram registrados 211 casos no estado do Ceará, 02 em São Paulo e 01 em Roraima. No ano de 2016, em virtude da implementação das ações de vigilância, laboratório e imunização ao longo desses anos, o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde o Certificado de Eliminação da Circulação do Vírus do Sarampo. No período de 2001 a 2017, o Estado de São Paulo registrou 46 casos de sarampo, isolados ou em surtos limitados, importados ou relacionados à importação. Todos evoluíram para cura. Com relação à situação epidemiológica da Poliomielite, segundo dados da OMS, entre 2017 e 2018 foram registrados 08 casos da doença em dois países endêmicos: 07 no Afeganistão e 01 no Paquistão. No Brasil, desde 1980, com a implantação das campanhas nacionais de vacinação em massa com a vacina oral Sabin, conseguimos aumentar as coberturas vacinais em todo o território nacional, contribuindo de maneira efetiva e eficaz para o controle da doença. A redução no número de casos foi drástica, de 1.280 casos em 1980 para 122 em 1981. O último caso de poliomielite no Brasil foi em 1989 na Paraíba e no estado de São Paulo em 1988, no município de Teodoro Sampaio.Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)/ OMS a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem, juntamente com os demais países das Américas. Desde então, todos os países assumiram o compromisso de manter altas e homogêneas as coberturas vacinais e uma ativa e sensível vigilância epidemiológica para identificar rapidamente o aparecimento de casos da poliomielite, adotando imediatamente as medidas de controle para evitar a disseminação da doença e a reintrodução do vírus selvagem da pólio. A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como

principais características a flacidez muscular, com sensibilidade preservada, e a arreflexia no segmento atingido. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. Cabe salientar que, a poliomielite e o sarampo são doenças de notificação imediata, ou seja, as autoridades de saúde locais deverão ser notificadas nas primeiras 24 horas após a suspeita clínica do caso, para que as condutas referentes ao caso, como, por exemplo, coleta e envio adequado de exames laboratoriais, investigação epidemiológica e medidas de bloqueio vacinal de contatos e/ou comunidade, sejam adotadas em tempo oportuno. Diante dos cenários global e nacional, faz-se necessário a união de esforços, especialmente, dos profissionais da saúde e dos gestores de serviços de saúde no alcance de altas e homogêneas coberturas vacinais no nosso município, tanto para o sarampo como para a poliomielite, no sentido de eliminar os bolsões de pessoas não vacinadas ou com esquemas incompletos, para eliminar o risco da reintrodução dessas doenças. O município de Guarulhos localiza-se estrategicamente no eixo rodoviário entre Estados limítrofes com grande circulação de pessoas, além de ter em seu território o Aeroporto Internacional de São Paulo, o maior da América Latina, recebendo milhares de pessoas/dia, oriundas de vários países com circulação viral do sarampo, além de passageiros de outras partes do Brasil. O último caso de poliomielite em Guarulhos foi no início da década de 80 e o último de sarampo é de 2001. Apesar de essas doenças estarem sob controle, é sabido que as coberturas vacinais do sarampo e poliomielite têm ficado abaixo dos 95%, acarretando o acúmulo de susceptíveis, deixando a população altamente vulnerável ao risco de surtos dessas doenças, especialmente, o sarampo. Em Guarulhos, as coberturas vacinais de menores de 1 ano estão abaixo do preconizado, sendo de 79,73% para a poliomielite e de 84,69% para o sarampo, o que reforça a necessidade de ampliarmos as coberturas, aproveitando a campanha nacional de vacinação. Desta forma, a Campanha Nacional de Vacinação de Poliomielite e Sarampo, que no estado de São Paulo iniciou-se em 04 de agosto e vai até 31 de agosto, necessita do empenho de todos, na divulgação e

conscientização da população sobre a necessidade do comparecimento às Unidades Básicas de Saúde para a vacinação. A população alvo desta Campanha são as crianças de 1 ano a menores de 5 anos de idade, para atualizarem suas cadernetas de vacinação ou tomarem uma dose de reforço, protegendo-as dessas doenças que podem deixar sequelas irreversíveis ou mesmo evoluírem de forma desfavorável, levando ao óbito. Além disso, os serviços de saúde, através de suas equipes de profissionais, devem estar alerta para suspeitar dos casos de sarampo e poliomielite. Neste contexto, o Departamento de Vigilância em Saúde e a Divisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças convidam a todos os gestores, profissionais de saúde e população para, juntos, trabalharmos de forma integrada e aumentarmos as coberturas vacinais, protegendo os guarulhenses do sarampo e da poliomielite. Contamos com a compreensão e colaboração de todos.

Muito obrigada pela atenção.

Valeska Aubin Zanetti MionDiretora do Departamento de Vigilância em Saúde

Ermelinda Antônia ToméDivisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças

Ana Cristina Kantzos da SilvaSecretária de Saúde

Carta aos Gestores e Profissionais de Saúde de Guarulhos Prezados (as),

A situação epidemiológica do sarampo no Brasil, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 6 de agosto, apresentam um aumento expressivo no número de casos confirmados, ultrapassando os mil casos da doença no país. O Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: um no estado de Roraima, com 281 casos confirmados, 04 óbitos e 111 em investigação; e outro no estado do Amazonas, com 788 casos confirmados, 01 óbito e mais de 5 mil em investigação, oriundos da importação de casos do genótipo viral (D8), o mesmo circulante na Venezuela. Alguns casos isolados e também relacionados à importação foram identificados nos estados: Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (13), Pará (2), Rondônia (1), e em São Paulo (1) caso importado da Ásia Ocidental. Desde 2017, vários surtos de sarampo têm surgido no mundo, acometendo a população em todos os continentes, em especial, a Ásia, Europa, África e Américas. Mais de 80 mil casos confirmados do sarampo foram reportados à Organização Mundial de Saúde (OMS) até o presente, sendo mais de 14.000 casos registrados na Europa. Em 2018, a Ucrânia apresenta um surto com milhares de casos, inclusive com óbitos, e a Rússia, Sérvia, Geórgia, Albânia e Turquia, também apresentam casos. Muitos países permanecem endêmicos para o sarampo, especialmente devido às baixas coberturas vacinais e bolsões de susceptíveis (não vacinados).

O sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após. Em 1992, o Brasil se comprometeu com a meta de eliminação do sarampo até o ano 2000. Com a implantação do Plano Nacional de Eliminação do Sarampo e a realização de campanhas de vacinação, o país reduziu em mais de 80% o número de casos notificados da doença. Em 2015, houve um surto da doença onde foram registrados 211 casos no estado do Ceará, 02 em São Paulo e 01 em Roraima. No ano de 2016, em virtude da implementação das ações de vigilância, laboratório e imunização ao longo desses anos, o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde o Certificado de Eliminação da Circulação do Vírus do Sarampo. No período de 2001 a 2017, o Estado de São Paulo registrou 46 casos de sarampo, isolados ou em surtos limitados, importados ou relacionados à importação. Todos evoluíram para cura. Com relação à situação epidemiológica da Poliomielite, segundo dados da OMS, entre 2017 e 2018 foram registrados 08 casos da doença em dois países endêmicos: 07 no Afeganistão e 01 no Paquistão. No Brasil, desde 1980, com a implantação das campanhas nacionais de vacinação em massa com a vacina oral Sabin, conseguimos aumentar as coberturas vacinais em todo o território nacional, contribuindo de maneira efetiva e eficaz para o controle da doença. A redução no número de casos foi drástica, de 1.280 casos em 1980 para 122 em 1981. O último caso de poliomielite no Brasil foi em 1989 na Paraíba e no estado de São Paulo em 1988, no município de Teodoro Sampaio.Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)/ OMS a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem, juntamente com os demais países das Américas. Desde então, todos os países assumiram o compromisso de manter altas e homogêneas as coberturas vacinais e uma ativa e sensível vigilância epidemiológica para identificar rapidamente o aparecimento de casos da poliomielite, adotando imediatamente as medidas de controle para evitar a disseminação da doença e a reintrodução do vírus selvagem da pólio. A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como

principais características a flacidez muscular, com sensibilidade preservada, e a arreflexia no segmento atingido. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. Cabe salientar que, a poliomielite e o sarampo são doenças de notificação imediata, ou seja, as autoridades de saúde locais deverão ser notificadas nas primeiras 24 horas após a suspeita clínica do caso, para que as condutas referentes ao caso, como, por exemplo, coleta e envio adequado de exames laboratoriais, investigação epidemiológica e medidas de bloqueio vacinal de contatos e/ou comunidade, sejam adotadas em tempo oportuno. Diante dos cenários global e nacional, faz-se necessário a união de esforços, especialmente, dos profissionais da saúde e dos gestores de serviços de saúde no alcance de altas e homogêneas coberturas vacinais no nosso município, tanto para o sarampo como para a poliomielite, no sentido de eliminar os bolsões de pessoas não vacinadas ou com esquemas incompletos, para eliminar o risco da reintrodução dessas doenças. O município de Guarulhos localiza-se estrategicamente no eixo rodoviário entre Estados limítrofes com grande circulação de pessoas, além de ter em seu território o Aeroporto Internacional de São Paulo, o maior da América Latina, recebendo milhares de pessoas/dia, oriundas de vários países com circulação viral do sarampo, além de passageiros de outras partes do Brasil. O último caso de poliomielite em Guarulhos foi no início da década de 80 e o último de sarampo é de 2001. Apesar de essas doenças estarem sob controle, é sabido que as coberturas vacinais do sarampo e poliomielite têm ficado abaixo dos 95%, acarretando o acúmulo de susceptíveis, deixando a população altamente vulnerável ao risco de surtos dessas doenças, especialmente, o sarampo. Em Guarulhos, as coberturas vacinais de menores de 1 ano estão abaixo do preconizado, sendo de 79,73% para a poliomielite e de 84,69% para o sarampo, o que reforça a necessidade de ampliarmos as coberturas, aproveitando a campanha nacional de vacinação. Desta forma, a Campanha Nacional de Vacinação de Poliomielite e Sarampo, que no estado de São Paulo iniciou-se em 04 de agosto e vai até 31 de agosto, necessita do empenho de todos, na divulgação e

Secretaria Municipal de Saúde de GuarulhosDepartamento de Vigilância em SaúdeDivisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças

conscientização da população sobre a necessidade do comparecimento às Unidades Básicas de Saúde para a vacinação. A população alvo desta Campanha são as crianças de 1 ano a menores de 5 anos de idade, para atualizarem suas cadernetas de vacinação ou tomarem uma dose de reforço, protegendo-as dessas doenças que podem deixar sequelas irreversíveis ou mesmo evoluírem de forma desfavorável, levando ao óbito. Além disso, os serviços de saúde, através de suas equipes de profissionais, devem estar alerta para suspeitar dos casos de sarampo e poliomielite. Neste contexto, o Departamento de Vigilância em Saúde e a Divisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças convidam a todos os gestores, profissionais de saúde e população para, juntos, trabalharmos de forma integrada e aumentarmos as coberturas vacinais, protegendo os guarulhenses do sarampo e da poliomielite. Contamos com a compreensão e colaboração de todos.

Muito obrigada pela atenção.

Valeska Aubin Zanetti MionDiretora do Departamento de Vigilância em Saúde

Ermelinda Antônia ToméDivisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças

Ana Cristina Kantzos da SilvaSecretária de Saúde