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SECRETARIA MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

POESIA NA ESCOLA

PROFISSIONAIS

COLETÂNEA ANO 2017

RIO DE JANEIRO – RJ

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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Marcelo Crivella

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Cesar de Queiroz Benjamin

SUBSECRETARIA MUNICIPAL DE ENSINO

Maria de Nazareth Machado de Barros Vasconcellos

E/SUBE/CED – GERÊNCIA DE MÍDIA-EDUCAÇÃO

Simone Monteiro de Araujo

EQUIPE DE COORDENAÇÃO DO PROJETO POESIA NA ESCOLA

E/SUBE/CED/Gerência de Mídia-Educação

Revisão: Alexandra Valéria Linhares Figueiredo de Andrade Santos, Ana Margarida

Ferreira de Sant´ Ana Fernandes, Catharina Harriet Machado Vasconcellos Soares

Baptista, Lucilia Helena Craveiro Soares.

PROFISSIONAIS QUE COLABORARAM COM A SELEÇÃO DE POEMAS

Alexandra Valéria Linhares Figueiredo de Andrade Santos,

Ana Margarida Ferreira de Sant´ Ana Fernandes,

Cassia Cilene das Chagas Moura,

Fátima Regina dos Santos França,

Luciane de Assis Almeida,

Lucilia Helena Craveiro Soares,

Mara Jane Felippe Oliveira de Carvalho,

Marcia Romualdo da Silva Levy,

Martha Maria Gomes,

Martha Rocha Guimarães,

Rita Cassia Lima Vaz.

ILUSTRAÇÃO

Rafael Carneiro Monteiro

DESIGN GRÁFICO

GITE – Gerência de Inovação e Tecnologia Educacional

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Prezado(a) Leitor(a),

A Coletânea de Poemas dos Profissionais da Rede Municipal de Ensino do Rio

de Janeiro chega, em 2017, a mais uma versão.

Assim como o poeta Manoel de Barros, acreditamos que há muitas maneiras

sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira. Ler, escrever e falar

sobre poesia é dar uma pausa na rotina, é pensar sobre o nosso lugar no

mundo. E nada melhor do que refletir em meio à liberdade que as palavras

poéticas proporcionam.

Desejamos que a leitura das palavras das próximas páginas, desarrumadas da

linguagem do cotidiano, expressem a sensibilidade necessária ao nosso olhar.

Que nossas escolas estejam repletas de educadores que estimulem os alunos,

assim como o poeta sugeriu, a “transver o mundo” por meio da Literatura.

E viva a poesia!

Parabéns a todos os profissionais que compõem essa obra!

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Sumário Profissionais

1ª CRE

Alana Francisca Costa da Silva Revisita

Alzidéa Santa Izabel Alves Águas da alma

Eduardo Macedo Bons dias, moça menina

Flávia do Nascimento Coração quente

Laerte Cardoso Mourão Autoafirmação

Laerte Cardoso Mourão Clara manhã

Leila Barbosa Visco Vieira Cadê o tempo?

Sabrina Guedes de Oliveira As facetas das nuvens

Suzane Morais da Veiga A escola

Umile Romano Orlando Junior Amor veneno

2ª CRE

Ana Cristina Machado Amorim Azul e amarelo

Áurea Maria dos Santos Martins Música

Claudia Valeria Lopes Porto Do amor mais puro

Eder Neves Santos O que será, Benedito?

Lauriene Silva Mól Dutra Amizade

Luciana Angelim Martins Amor

Maria Alice Goulart de Oliveira Capitu

Maria Aparecida de Castro Souza Descoberta!

Mônica Borges Menezes Paz

Silvana Florentina da Cunha Saudade

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3ª CRE

Ana Claudia dos Santos Leoni Paz - onde estás?

Angela Regina de Freitas Tempo

Carlos Mauricio da Cruz Reflexão

Flávia Regina Dias Marinho de Oliveira A cor da saudade

Idemburgo Perreira Frazão Félix Baleba

Kenia Cristina dos Santos Mateus Coração

Marilene Regina Calado Julianelli Antonella

Marisa Alves Macedo De repente

Sandra Moraes Rezende de Carvalho Complexa manhã

Valéria Marcelino Ferreira Eu sou

4ª CRE

Ana Paula Cardoso Soares Escrever

Claudia Bonavita de Oliveira Paz

Claudia Correa dos Reis A vida no sertão

Maralice Rocha de Oliveira Acorda gigante

Michele Costa Matheus Corrêa Um

Michel Figueiredo de Souza Tempo

Mônica Limeira de Azeredo Sozinha

Sandra Vieira da Costa Delação premiada

Solange Simões Alves Filhas especiais

Sheila Eloisa Coelho Tito da Costa Horizonte

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5ª CRE

Barbara Greice Lins da Costa Verdadeiro amor

Cintia Maria Ornellas da Fonseca Indomável

Fábio de Jesus de Carvalho Lusitânia

Fernanda Linhares Queiroz F-E-L-i-C-I-D-A-D-E

Jocenir Imaculada de Abreu Pereira Saudade simplesmente

Marcelo Ferreira de Assis Soneto do meio-dia

Rosana de Souza Perreira Carvalho Que mundo é esse?

Rosângela Sardou Canto Maria

Ubiraci Marques Aragão Um "Buquê" de "Flores" cidades

Vivian Ferreira Pandolpho Capim Dourado

6ª CRE

Alesandra Jacomo da Silva Gregorio Divagando sobre o tempo

Clebenilton Assis de Oliveira Serei pai

Ezimar Lisbôa Ser poeta

Luciana Nascimento de Almeida O que é ser poesia?

Luciano Viana Faria Infância

Mirian dos Santos Emerick Quisera

Nice Neves Bulta Afogado

Osana Alcebíades Nazário do Carmo Gentileza

Stefanio Tomaz da Silva Estações da linguagem

Viviane Rodrigues Lima Cordeiro Uma carta de outono

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7ª CRE

Aline Regina da Silva Escolhas

Danielle Evelyn de Assis Vilela Acácia

Erika Sather Rolhano Messias Curiosidades urbanas

Fernanda Quaresma Ribeiro de Oliveira Olhar

Fatima Cristina Dória Ramirez dos Santos Superação

Mônica Maria Saraiva Pereira Nesse mundo

Paulo Jorge dos Santos Fleury Dando tempo ao tempo...

Renata Chagas Teixeira da Silva de

Azeredo Janelas

Ricardo Gomes Pereira Belíssimas construções vitais

Silvia Regina dos Santos e Castro Coração de menino

8ª CRE

Claudinéia Lopes Moreira Família

Cristina de Souza Ferreira da Silva Revoada

Isabella Martins Dias Ferreira Ando por linhas tortas

Luciana Ribeiro Leal A minha procura

Márcia de Puga Camilo Scharf A janela

Maria Tereza de Azevedo Gilabert Palavras que saem

Mauricio Lima Carioca Noites, luas e sonhos...

Neila Barsand de Leucas RenovAção

Rosilane Luiza Silva Coelho Nova

Sérgio de Barros Morgado Júnior Menino Esperança

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9ª CRE

Adriana Barbosa da Silva Minha menina

Denise Almeida da Silva Arquitetura das palavras

Dilma Barrozo Ribeiro Lopes Escravidão

Fabio Cardoso Marinho Mulher

Olga Beatriz dos Santos Moreira O dia que Einstein temia

Luci Nunes de Oliveira Liberdade alada

Marcelo Alves do Amaral Poeta

Maria Lucia Reis da Silva Gaspar De quem foi a ideia

Marivalda de Souza Barcelos Planeta, nosso lar

Susana Maria Ribeiro Prudencio Desafios do recomeço

10ª CRE

André Machado de Azevedo Escola da vida

Angela Aparecida Pereira O Rio

Celio dos Santos Fagundes Mais um dia normal

Cristiano dos Santos Lemos Amor gritante!

Deise dos Santos de Lima Quadro de esperança

Denize Pereira dos Santos Morte e memória

Ecyr Santos Carvalho Realidade

Maria das Graças Pimenta Ribeiro Depois dos 40

Margarete Aparecida dos Santos Rodrigues

Bandeira Ribeiro Semeando

Nilza de Souza Motta Sala de aula I

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11ª CRE

Bruno Silva de Souza A janela da direita

Diego Knack Elegia da meia-noite

Eduardo do Nascimento Borba dos Santos Papel e lápis

Elizabeth Caldas de Almeida Naquela praia

Fabio Baptista de Oliveira Traços e brechas

Lidiane Cardoso Dantas Araújo Lugar de paz

Luciene Ferreira Fernandes O amor

Marcelo Carreiro Freire O fardo

Maria Lucia de Oliveira Amaral Antônio

Soraya Tavares Bahia da Rosa Existência

CREJA

Daniel Pereira de Oliveira Felicidade

Neyla Maria Tafakgi A maturidade

Solange Freitas da Mota Como o sol e o mar

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1ª CRE

REVISITA

Centelha de fogo

Jorro de sangue

Tropel de cavalos

À beira-mar

Homens

Barcos

Tróia

Olhares naufragados

Remam

Içam velas

Sobem mastros

Símbolos exaltam a vitória

Rebaixada nos porões

Repletos de ouro

E sangue tinto

O sentimento de quando

À vista

Não é mais o mesmo

Em terra

Firme? Não mais!

O chamado à guerra

Afogou tear e brio

Da estranha de si mesma

Ítaca

Alana Francisca Costa da Silva, CIEP 01.02.504 Avenida dos Desfiles

Professor I de Língua Portuguesa

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ÁGUAS DA ALMA Escrevo versos

Porque minha alma

Não cabe no peito

Ela transborda e

Jorra sentimentos

Que não reconheço

Mas enxugo

Com meu sopro

Apressado

Seco com meus lábios

Entreabertos

E me entrego

E respingo

Seu olhar longínquo

Que atravessa

Nuvens pesadas

De chuvas de sonhos

Alimentando o

Vazio que não me cabe

E impede o meu caminhar

E bagunça a minha estrada

Alzidéa Santa Izabel Alves CIEP 01.02.504 Avenida dos Desfiles

Professor II

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BONS DIAS, MOÇA MENINA

Menina moça, moça menina,

Aos meus olhos, eterna doce menina

O tempo não te alcança, apenas te espreita...

Se te alcança, não consigo enxergar

As marcas que ficam do impiedoso tempo

Que na sua constância passa sem parar.

Menina moça, moça menina, menina minha,

O tempo, que ansioso te aguardo, me acriança e me faz menino

Quando pelos cantos, por melódicos cantos

Os meus tristes e umedecidos olhos, em desespero

Põem-se a te procurar.

Aflito, em conflito, absorto, me afundo

Perdido no tempo que implacável passa

Apenas te procuro... te procuro sem cansar

No comungar da busca e da desesperança

Que se misturam e se confabulam enquanto o

Tempo passa tênue linha, segundo após segundo.

Tal como o poeta que eterno fica,

“Que tudo seja infinito enquanto dure

Que não seja imortal posto que é chama...”

Mas que fiquem as outroras lembranças tuas

Que aos poucos se esvaem e que o tempo perdido

Pelo meu tempo, com certeza, não traz mais.

Assim, me perco na razão do desencontro,

No passar frio do tempo, que sem sentir

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O que no momento sinto, apenas sem sentido

Te procuro... Te procuro enquanto o tempo

Silencioso e desumano, inerte, me consome, menina...

Moça,... menina moça,... moça minha...

Eduardo Macedo E.M. 01.02.501 Tia Ciata

Professor II

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CORAÇÃO QUENTE

Tu és a responsável pelo meu brilho,

brilho este herdado do teu ser,

transferido para mim,

todo amanhecer!

Pode passar uma vida,

mas em mim brilhará

para sempre,

todo amor latente,

de dentro do seu ventre,

que tem gostinho de banho quente

e cheirinho de chuva corrente!

Você, Mãe, me ensinou a ser gente,

de coração quente,

te amarei para sempre

Flávia do Nascimento E.M. 01.023.002 Santa Catarina

Agente Educador

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AUTOAFIRMAÇÃO

Me sinto tão imerso nesse mar de Eus Que quase não sobra espaço pra Mim

Há tantas vozes na imaginação Mas quase nenhuma me diz: -- Sim!

E assim, Vão me inscrevendo em palavras e em vida Me dizendo e me existindo vou...

Tenho gosto por me sentir no controle Me move buscar saber quem sou

Às vezes minúsculo, às vezes gigante... O que ora assinto, ora nego. Construinte, constante, do meu Ego

Laerte Cardoso Mourão

E.M. 01.07.012 Gonzaga da Gama Filho Professor I de Espanhol

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CLARA MANHÃ

Clara manhã de sol

E um coração batendo

Nuvens cinza vão

Pra longe do azul, de mim

Cara manhã de sol,

A vida vale a pena!

Pena é não poder

Não ter mais fim...

Ah,... nunca mais ter cansaço

Na estrada um rumo seguir...

Ah,... ver o sol como um abraço

E a vida um eterno sim...

Passam a manhã e o sol

E a vida se fez plena

Pena é não poder

Não ter mais fim...

Laerte Cardoso Mourão E.M. 01.07.012 Gonzaga da Gama Filho

Professor I de Espanhol

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CADÊ O TEMPO?

Não tenho tempo

De ouvir, amar, sonhar

Mas, cadê o tempo?

Não o vi passar

Foi-se como um raio

Não o pude agarrar

Fugiu não sei pra onde

Para ninguém o encontrar

Mas cadê o tempo?

O vento levou?

A onda afogou?

Nem poeira levantou

Voou...Ninguém te vê

Mas te sente

Nas rugas

No cansaço

Na lentidão do passo

Foi com a criança

Que velha está

Levou a alma

Os sonhos

Sempre adiante está. Vai...

Corre atrás do tempo que deixei escapar

Sem perceber

Perdi o tempo

Agora é esperar o tempo

Que o Criador Ainda vai me dar.

Leila Barbosa Visco Vieira Professor II

E.M. 01.02.007 Orlando Villas Boas

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AS FACETAS DAS NUVENS

No balanço das nuvens Vejo-te ondulada, arredondada A manifestar-se como arcos Que se entrelaçam No bater das brisas e tempestades. Trazes a mansidão dos sonhos E o arrebatamento Das paixões vorazes Encanta-nos!!! Assusta-nos!!! Serpenteiam nossas emoções Com as plurifacetadas Da alma humana. Veste-nos com a capa Pomposa do divino. Desce, inebria mentes e corpos. E num saltitar brejeiro Eleva-nos aos olhos do Criador.

Sabrina Guedes de Oliveira E.M. 01.07.016 Josué de Souza Montello

Professor II

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A ESCOLA

Não falarei de flores.

Nem de santos.

Nem de amores.

Falarei assim simplesmente:

Pedra, porta, pão, piolho.

Sequência errada. Tente outra vez:

Pedro viu a uva verde vivo.

Mas a mãe do Pedro não viu quando Pedro não foi à escola.

E a professora insistiu, mas Pedro foi embora.

E a diretora conversou, mas Pedro fugiu da escola.

Ele não estava na escola.

Ele não queria estar.

Ele não queria.

Ele, não!

E caiu.

E a mãe caiu.

E a diretora caiu.

E a professora caiu.

E todos nós caímos nas mãos do tráfico.

Mas a escola é dura. A escola resiste.

A escola é assim:

Pedra, porta, pão, piolho.

E os professores resistem. Eles são duros.

Eles suportam o massacre das horas com paciência de ferro.

Eles resistem religiosamente à violência dos minutos.

Todos os minutos de violência insuportável:

Entre os alunos, entre as paredes, entre o certo e o errado,

Entre a esperança e o abandono.

Mas as cadeiras resistem. Elas são duras.

Elas têm que ser firmes para o bem do João, do Pedro,

Da Joana, da Kauany, do Mateus e do Felipe.

E quando umas se vão, outras novas chegam no seu lugar

Para o perfeito funcionamento da máquina.

A máquina é assim:

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Pedra, porta, pão, piolho.

Às 6h da manhã.

Hora de acordar!

Às 7h da manhã.

Todos em suas salas!

Portas,

Pernas,

Brigas,

E olhos.

Para que tantos olhos, meu Deus? Pergunta o meu coração.

Os alunos não perguntam nada.

Hora de tomar café.

Hora de subir.

Hora de comer.

Hora de descer.

Hora de brincar.

E as crianças correm para todos os lados! Correm de quê?

Desvairadas correm. Para todos os lados! Correm do colega,

Da miséria, da polícia.

Mas não adianta correr: ninguém viu Pedro.

Soa a grande hora da partida.

E a boca do gigante abre enchendo a rua da alegria

Furiosa das crianças.

E a máquina pode, por fim, descansar.

Mas às sete da manhã

Tudo volta ao seu lugar.

Suzane Morais da Veiga E.M. 01.03.005 Mario Cláudio

Professor I de Inglês

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AMOR VENENO

Escoltou com mordaz ironia

O definhar de um obtuso coração

Que desprezou sem maviosidade, comoção

Confessando sua incontrita covardia

Deixaste vazio abissal em minha essência

Purgou-me feito maléfica tosse

De um peito que outrora habitava por posse

E hoje resigno por malquista consciência

Imputaste-me a ordem de esquecer-te

Desesperado e humilhado a maldizer-te

Fiz do nosso amor um ominoso alarde

Colérico, professei moribundo

Um tórax que antes admitia o mundo

Agora traz ímpar ferida que ainda arde

Umile Romano Orlando Junior E.M. 01.01.005 General Mitre

Professor II

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2ª CRE

AZUL E AMARELO

Ao acordar e abrir meus olhos

Pude perceber que algo mudou

Onde o azul se misturava com o amarelo

E o dia ficava tão belo

E os contrastes refletiam o amor

Hoje ao levantar meus olhos

Só consigo enxergar a dor

Pois o azul e o amarelo se acabaram

E o lindo dia já não existe mais

Os contrastes brigam entre si

E o amor se esfriou

Como resgatar a simplicidade?

Como viver sem adversidade?

Quero voltar à meninice

E olhar com os olhos doces e puros

Onde o mundo era todo colorido

Sem extinção de cor

Quero beijar o belo

E agarrar o preto, o azul e o amarelo

Ana Cristina Machado Amorim E.M 02.09.001.Benedito Ottoni

Responsável

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MÚSICA

Música é uma arte de sons

Que combina com variações de altura

Seus elementos são melodias

Com ritmo e harmonia

Onda sonora, fenômeno acústico

Que vibra no ar como eco e o mar

É a música que dá forma aos sons

Como bater palmas e assobiar.

Tanto faz as diferenças...

São criadas notas musicais

Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si

Pode ser grave, pode ser agudo,

Com elas surgem as palavras

Frases? Vem depois...

Junto aos instrumentos,

Caracterizando todo evento

Ouvir, apreciar e cantar...

Músicas que fazem parte do nosso bem estar.

Áurea Maria dos Santos Martins E.M. 02.09.001 Benedito Ottoni

Servente

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DO AMOR MAIS PURO

É ouro debruado em encantadora prata,

São cascatas que percorrem a gente,

Infinito contido em uma dimensão humana.

É o suave murmúrio de anjos ao pé do ouvido,

São as ondas de calor correndo livremente,

Sonhos acordados, boca aberta num sorriso bobo.

É o imaginar beijos nos momentos mais inusitados,

São as lembranças do andar, do falar, do olhar,

Conservar cada palavra em cristal nobre.

É buscar incontáveis rimas e delicadas músicas,

É sentir o rastro da chuva na terra desolada,

Sentir crescer uma felicidade lenta e imensa.

São mil pássaros cantando ao mesmo tempo,

Uníssono coro de chilreios vários,

Encaixando-se com destreza e redenção.

É um roçar de pétalas contra a pele,

Deliciosamente perfumadas e entontecedoras,

Maravilhosamente macias e apaixonadas.

São melodias feitas de carícias,

Estremecendo o corpo em cada fibra mínima,

Entrelaçando a alma ao universo de outro ser.

É o deslumbramento com o bater de outro coração,

É a doçura incrustada em cada pensamento,

Mirar o mais escondido recanto.

É banhar-se em seu mistério e movimento próprios,

Admirações multiplicadas e acalantos nobres,

Os braços tornando abraços a imensa sintonia.

São dois seres que se aconchegam ávidos,

A comunhão tornada realidade,

A fusão transmutada em clara perfeição.

Claudia Valeria Lopes Porto CIEP 02.04.501 Presidente Tancredo Neves

Professor II

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O QUE SERÁ BENEDITO?

B eleza está nos olhos de quem vê

E ducação é a beleza do ser e do saber

N enhuma pessoa deve

E xperimentar as informações sem passar pelo crivo da razão

D otado de faculdades, o indivíduo

I nternaliza e age de acordo com a

T ônica que mais lhe afiniza

O ntem, no automatismo das sensações e hoje,

O homem, através do auto esforço

T rabalha para o melhor proceder e o bem viver

T empo virá em que os alunos não se sentirão

O brigados a estudar, porquanto o prazer

N aturalmente fluirá nas consciências coletivas, resultando na

I mportância da construção do novo SER

Eder Neves Santos E.M. 02.09.001 Benedito Ottoni

Responsável

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AMIZADE Ser amigo é... Ser verdadeiro em qualquer situação, Estar sempre junto e ter compreensão, Na alegria de ser quase um irmão! Amar constantemente, Perdoar-se mutuamente, Abraçar o outro quando precisa da gente! Ser fiel constante, Porque o amigo é importante, Cuidando e amando a cada instante!

Lauriene Silva Mól Dutra CIEP 02.04.501 Presidente Tancredo Neves

Professor II

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AMOR

O que é amor?

O que é amar?

É andar ou voar?

É o constante no pensamento,

e inconstante nos atos?

É o ridículo aos olhos alheios e ao

mesmo tempo normal aos que

amam quando se olham no espelho?

O que seria esse sentimento mudo

que transforma o mundo?

Luciana Angelim Martins E.M. 02.08.004 Francisco Cabrita

Secretária Escolar

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CAPITU

(Para Machado de Assis...)

Sonhei com vocês todas.

Eram muitas: ciganas, bailarinas, mães, avós, amantes, amadas, sozinhas...

Não eram mulheres de papel,

rompiam os véus e vestiam a realidade.

Mulheres de corações doces e aflitos.

De seda, de ferro, de fel, de sol, de céu.

De lírios, rosas, camélias, bromélias,

de restos, de cacos da dor, de panos rasgados.

Capitu – menina de sonhos, hormônios,

alvoroçada, sapeca, criança ainda.

Capitu – moça, crescida, de seios erguidos,

nariz espevitado, sacudia os quadris e pensava quero ser feliz...

Capitu – mulher, decidida, mas carregando dentro de si

a ferida da hipocrisia, do machismo, da traição.

De tantos anos, tantos séculos de opressão.

Seus olhos oblíquos, dissimulados,

Fingiam tanta vontade de ser livre e despojada,

Repleta de desejo...

Seus olhos tristes choravam porque apontavam,

e diziam: atirem a primeira pedra,

naquela que não sucumbiu,

e escolheu fugir, fugir, fugir, para longe dali!

Capitu – cabelos grisalhos, pele marcada

pela luta, ainda por dentro cheia de vida.

Querendo dançar, renascer,

não capitular diante do tempo.

Viver para sempre e ver um mundo novo,

sem opressores, sem oprimidos,

sem filhos partindo, morrendo...

Capitu – seus olhos choram, ficam embaçados,

como o mar em dias de ressaca,

mal enxergam o fim do túnel,

Capitu – capitolina – não sejas fraca,

Sê de novo uma pessoa forte.

Uma heroína,

enfim, uma mulher madura e cristalina!

Maria Alice Goulart de Oliveira

Núcleo de Arte Copacabana 02.05.009-1

Professora I - Artes

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DESCOBERTA!

Ela sempre esteve ali,

Foi pouco tarde quando percebi,

Preparada para mim, até de seus espinhos se livrou

“As palmas de minhas mãos não podiam ser feridas”,

De repente, não mais que de repente,

Percebi, de tudo que preciso sempre esteve tão perto de mim,

As pétalas estavam caindo, juntando suas forças,

As últimas que restavam da longa espera pelo meu despertar,

A rosa foi ficando em caule e miolo,

Revelando-me o seu amor,

Propus-me, acreditando ou precisando,

Que podia salvá-la, vigiando até a brisa,

Para não levar o miolo, o caule,

Fazendo do meu corpo uma campânula

Sobre minha rosa e sem notar,

Numa pequena distração, (achei melhor pensar assim naquele momento), a rosa secou

Surpreendentemente hoje acordo e vejo que sou uma abelha

E ao contato com minha não mais desprezada rosa, posso polinizar o meu “mundo”,

Que pena, acho que a rosa chorou,

Muitas vezes,

Que glória, sua paciência, me aguardou,

Que fascinante! A rosa sempre me amou!

Ela me salvou!

Maria Aparecida de Castro Souza CIEP 02.04.501 Presidente Tancredo Neves

Professor II

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PAZ?

Onde?

Donde?

Te quero...

Te espero!

É preciso injetar paz

Na alma das pessoas,

Como um remédio,

Solução da violência no mundo, imundo!

É preciso buscar a paz

Que habita em nós!

Vamos nos remover

Até a paz aparecer...

Ela é necessária,

Fundamental,

Essencial,

Para sobrevivência, é vital!

Violência?

Está em todo lugar...

Nos bandidos armados

Que roubam e matam

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Em políticos corruptos

Que também roubam e matam

Matam nos hospitais, matam de fome

Matam!

Matam os sonhos...

Monica Borges Menezes E.M. 02.09.001 Benedito Ottoni

Professora II

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SAUDADE

Essa saudade é algo inconveniente!

Ela fala de passado, impõe-se ao presente

Sem a ele permitir estar livre de você!

Para que esgueirar-se por entre os fatos do hoje?

Qual o seu prazer?

Lembrar o que se foi ou nem chegou a ser...

Lembrar aquilo que não volta, que morreu antes de nascer. Para quê?

Fora com este gosto amargo de bolor! Fora com a mágoa que azeda a alegria...

Vá embora, saudade!

Não me abrace com tentáculos de nuvens, nem me beije com estes lábios frios de cadáver.

O brilho vítreo de seus olhos apenas enganam. Neles, pouco ou nada é vida.

Vá embora, saudade!

Sua visita aparentemente amiga deseja apenas pingar veneno no chá da tarde!

Eu que já fui sua amiga, tão iludida, agora lhe digo “Vá embora! Visite-me menos!. Será melhor. E, se vier, não se demore!”

Vá embora, saudade!

Já não quero sua presença, nem os seus presentes de antigamente.

Não me deixe constrangida diante dos convivas que chegam logo mais.

Eles trazem as flores, trazem o pão, às vezes alguma lágrima!

Eles estão aqui para me dar o presente!

Por isso, ouça-me:

Vá embora!

Saudade...

Silvana Florentina da Cunha E.M. 02.09.025 Francisco Campos Professor I de Língua Portuguesa

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3ª CRE

PAZ – ONDE ESTÁS?

Procura-se a paz viva ou morta:

Morta pela infinitude da estupidez humana

que ambiciosa e cega provoca a guerra, o ódio, a destruição, mas...

Procura-se a paz viva no sorriso da criança

que, alheia à violência, brinca e dorme inocentemente

ensinando o adulto a acreditar na urgência de um futuro melhor.

Procura-se a paz viva nos versos do poeta sonhador

que, em meio ao caos urbano, procura incansavelmente

as palavras mais belas para continuar falando de amor.

Procura-se a paz viva na harmonia assimétrica da Natureza:

No movimento constante das ondas do mar, na imensidão de um céu azul

que ao acender estrelas confirma a certeza de um novo amanhecer

Procura-se a paz:

nos calmantes? Negócios? Viagens? Religiões?

Encontra-se a paz dentro de um coração misericordioso, humilde, solidário e

Consciente de que na fila do pão e aos olhos de Deus

Todos nós somos iguais.

Ana Claudia dos Santos Leoni E.M. 03.12.032 Reverendo Álvaro Reis

Professora de Ensino Fundamental de Inglês

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TEMPO

Tic, tac, tic, tac

Despertador, teto,

Janela, hora:

Vambora!

Tic, tac, tic, tac.

Banheiro, descarga, torneira,

Espelho, olheira:

Xô, preguiça e sujeira!

Tic, tac, tic, tac.

Cozinha, geladeira,

Leite, pão.

Café não.

Deixa tudo na pia,

Não tem jeito não!

Tic, tac, tic, tac.

Silêncio, freada,

Sacode, tá cheio, não dorme,

Sirene, chegada.

Tic, tac, tic, tac.

Bom dia!

Mais dia!

E ele não para ...

Angela Regina de Freitas E.M. 03.12.008 Delfim Moreira

Professor II

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REFLEXÃO

Talvez eu, Narciso, tenha encontrado

Em ti meu reflexo mais perfeito

E já não é estranha em mim a alegria

Ao saber que tu tremes de satisfação.

Quando tua boca sorri e fala manso

É nela que desejo mergulhar

E me perder e me afogar

E me bastar de tanto nós.

Então eu durmo, e acordo, e estudo

Pensando em teu melhor momento

Que, de uma forma ou de outra,

Há de ser meu também.

Talvez este o meu destino:

Morrer mergulhado nesse lago,

Correndo ao encontro de teu abraço,

Nestes braços que são meus.

Carlos Mauricio da Cruz E.M. 03.12.042 Goiás

Professor I de Língua Portuguesa

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A COR DA SAUDADE

Alaranjada, como os marinhos cavalos

Da canção que Renato fez para nós

Preta, como o porta-retrato

Que insisto em olhar

Enquanto finjo escutar sua voz

Vermelha, de infinito amor

Que um neto nutre pelo amigo-avô

Rosa, de tom bem clarinho

E que invade o coração de mansinho

Verde, de esperança

De voltar a ser criança

E te ter de volta ao meu lado...

Marinho, da cor do sobrenome

Que levo junto ao seu, no nome de casado...

Branca, cor da paz

Para que sendo a mistura das outras

Não esqueçamos jamais que

A cor de uma saudade

Vem com a lembrança que ela nos traz.

Flávia Regina Dias Marinho de Oliveira E.M. 03.12.024 Domingos Bebiano

Professor II

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BALEBA

bilosca, birosca, bolita, búrica, cabiçulinha, firo, peteca, pirosca, ximbra, berlinde, bute é a bola de gude Tentando decorar nomes que tem bola de gude. Pedrinha lisa faz parte de um jogo mobiliza, de vidro, quebra nunca. Pode brincar até com seu bisa.

Idemburgo Pereira Frazão Félix 03.13.055-2 Núcleo de Arte Nise da Silveira

Professor I de Língua Portuguesa

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CORAÇÃO Um bate de desespero Outro bate de saudade O direito bate do avesso O esquerdo sente saudade Amo! Como quem nunca amou Amo a quem me desencantou Amo no limite da realidade Amo com a minha verdade Amo como quem faz arte Amo e amar... Ah! Te amar arde! Equilibra a tinta no pincel Tinge com firmeza a imagem no papel. A cor se espalha... Cor em tom de sutileza Revela-o... E você se veja! A cor... Em tom de certeza Revela em ti a tua beleza... Tenho dois corações... Um ama... O outro bate... Bate Bate Bate Bate Bate.

Kenia Cristina dos Santos Mateus E.M. 03.12.005 D. João VI

Professor II

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ANTONELLA Meu anjo de luz! Amor que reluz! Menina encantada! Princesa alada! Antonella! Tão linda! Tão bela! Amor de Jasmim! Flor de Alecrim! Antonella! A neta amada! Amor de ternura! Criança esperada! Tão linda assim! Um presente que Deus deu para mim!

Marilene Regina Calado Julianelli E.M. 03.13.015 República do Peru

Professor II

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DE REPENTE

Uma palavra

Sem foco

Um tapa

Lançada ao vento

Encontra o ouvido

E o coração partido

Daquele que não sou eu

Tal qual uma flecha

Que se arrependeu

Triste trajetória

Manchando a história

Do que já foi meu

Sou ser solitário

Enfeitando o cenário

Da vida que se perdeu

De repente...

Marisa Alves Macedo E.M. 03.12.006 Ministro Orosimbo Nonato

Professor I de Língua Portuguesa

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COMPLEXA MANHÃ

Complexa manhã

No Alemão

É faxineira

Passadeira

Pedreiro

Verdureiro

Gritando

O seu quinhão

Tem executivo

E por que não?

Tem secretária

Professora

Aluno

E mestre de construção

Policial de arma na mão

Bandido

Ladrão

Tem o peixeiro arrematando o camarão

Tem pastor

Tem sacristão

Torre de babel à brasileira

Complexa Manhã no Alemão

Todos

Ganhando o dia

Defendendo o pão

Alguns jogados

No chão

Na complexa manhã no Alemão

Sandra Moraes Rezende de Carvalho E.M. 03.12.011 Pernambuco

Professor II

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EU SOU

Minhas loucuras nem sempre me curam

Mas me deixam melhor

Não temo o erro

Me perco e me acho

Nos meus sonhos e pesadelos me encaixo

Freadas bruscas

E buscas desenfreadas

Corro todos os riscos

Há estradas em meu corpo

Há escadas em meu corpo

Ando descalça sobre as pedras do caminho

Amo a maresia e odeio marasmo

Com pés, mãos e alma,

Enfrento tempestades,

Coleciono lembranças e esquecimentos.

Não me entenda, não me aprenda,

Não me prenda

Não tenho paredes, nem padrões

A liberdade é meu destino

Tenho pressa de viver

Sou dona da minha história

Vasto mundo, sem portões

Valéria Marcelino Ferreira

E.M. 03.13.052 Maranhão

Professor I de Língua Portuguesa

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4ª CRE

ESCREVER

Escrever é sonhar

É poder transformar

Momentos em histórias

E a cada novo olhar

Uma nova imagem

Na imaginação desenhar...

Escrever é concretizar

É ver nosso desejo se realizar

Com palavras e pensamentos

Sentimentos e emoção

É expressar para o outro

O que se passa no nosso coração...

Escrever é se despir

É não ter medo e prosseguir

É não se deixar calar

É ter vontade de gritar

Para o mundo inteiro

E se fazer escutar!

Escrever é assim...

Tão importante pra mim.

E a cada letra desenhada

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Uma palavra é formada

Um verso é escrito

Uma história é inventada

E assim nossa essência

Vai sendo escrita

E vai ficando pra sempre

Nas páginas de um livro

E nas entrelinhas da vida!

Ana Paula Cardoso Soares E.M. 04.11.006 Conde de Agrolongo

Professor II

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PAZ

Paz! Por ela guerreamos. Por ela clamamos. Dela necessitamos. Paz! A comunidade grita. As religiões pregam. O coração precisa. Paz! Responsabilidade de todos: Da família, Da escola E do povo. Paz! Quem tem não odeia, Quem quer a semeia, Para depois desfrutar. Paz! Não pode ser um ideal. Ela precisa ser real. Para poder transformar. Paz! Tem seus mensageiros: Dalai Lama e Mandela. Luther King e Gandhi. Paz! É tolerância. É amor. É esperança. Paz! Não tem idioma. Não tem raça. Não tem credo. Todos desejamos, Ter paz e amor!

Claudia Bonavita de Oliveira E.M. 04.31.006 São João Batista

Merendeira

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A VIDA NO SERTÃO

No sertão a terra arde,

Fazendo o povo chorar.

A seca que castiga o gado,

Também faz o homem orar...

Orar para que tenha chuva,

Orar para Deus olhar

Para esse povo sofrido,

Que vive de cultivar...

Nem só de cacto vive o sertão,

Nem só a seca tem lá.

Tem o colorido do povo

E tem festa de arraiá!

Claudia Correa dos Reis E.M. 04.10.005 João Barbalho

Professor I de Geografia

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ACORDA GIGANTE

O mundo tem me feito pensar...

Até que ponto devemos ir para triunfar, em nossa vida tão frenética tão patética?

Qual o preço que estamos dispostos a pagar para coroar nossas cabeças, rechear nossos bolsos enquanto esvaziamos nossa alma?

A dor de uma mãe, os gritos de um inocente? Pobres, pobres seres sem alcance ou fora do alcance daquilo que as vistas podem ver.

Facilmente perdem-se no brilho da insensatez de nossas próprias verdades absolutas

Sim, o outro não presta

O outro tá errado

O outro manipula

O outro não ouve

O outro me fere

O outro gosta do poder

O outro não tem coração

O outro deixou de ser humano

O outro é só o outro...

Eu sou eu, não sou igual.

Esquecemos rapidamente e comodamente que “o outro” também é parte do eu, do tu, do nós!

Estamos no mesmo território, no mesmo país, no mesmo planeta e frequentemente no mesmo espaço, a um passo na distância de uma mão de um abraço

Todos então ficamos surdos e cegos?

Quanta dor, quanta luta, quanto discurso, palavras de ordem desbotadas pelo tempo palavras de desordem, de descontentamento

Em solo fértil pelos motivos errados... quem sabe até no alvo desavisado o gigante dorme!

Enquanto isso, seguimos cada vez mais envoltos na névoa e presos nas raízes como o pé de feijão da história infantil, crescendo com suas sementes já comprometidas pela nossa omissão!

Maralice Rocha de Oliveira Motta

E.M. 04.31.010 Armando Fajardo Professor II

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UM

Já tentei desvendar

Fui adiante a procurar

A cada passo a frente

Pensamento pertinente

Lendo, relendo

Em busca de mim mesmo

Meu contexto compreendendo

Não há aqui, um mistério

Tampouco um segredo

Ora calmaria

Ora desespero

Algo, relativamente, comum

Em meio a tanta gente

Mesmo perto de nenhum

Elevo o olhar e respiro

Sou simplesmente um

Michele Costa Matheus Corrêa E.M. 04.31.021 Heitor Beltrão

Professor II

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TEMPO Passa o tempo em correria frenética E engole os meses, os dias, as horas. Corro atrás dele mundo afora Tentando alcançar sua velocidade internética. Na corrida obstinada, busco não sei o quê - e me perco de mim Enquanto navego entre vídeos, imagens, textos, contextos. Me vejo mesclado a fios e cabos, telas, sons e hipertextos Dividido entre fotos, postagens, gifs, mensagens e coisas afim. Me pergunto então, quando a bateria acaba, "O que faço aqui?" E olho pro tempo, olhar fixo, determinado, encarante. Ele devolve o olhar, me olha nos olhos e por fim: ri. Dá-me as costas, se afasta. Caminha. Mais rápido. Acelera. Fico pra trás, cada vez mais lento, mas ainda prossigo. Encontro nas perguntas, mais que nas respostas, meu abrigo.

Michel Figueiredo de Souza E.M. 04.10.025 Aníbal Freire

Professor I de Geografia

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SOZINHA

Sozinha de novo.

Você tenta, tenta, tenta...

Mas continua sozinha.

Tenta igual, igual, insiste!

Tenta, tenta, tenta...

E sozinha persiste.

Tenta diferente, muda tudo,

Erra muito, tenta mais...

Mas ainda está sozinha.

Experimenta, ensaia...

Tenta, tenta, tenta...

Mas sozinha sempre acaba.

Tenta falar e fica sozinha,

Tenta calar e fica sozinha.

Tenta ser, agir, buscar...

Mas sempre está sozinha.

Tenta parar, congelar, anestesiar...

E fica ainda mais sozinha.

Tenta sorrir, pular, animar,

Mesmo assim está sozinha.

Tenta chorar, gritar, espernear...

E até assim fica sozinha.

Tenta unir, colar, juntar,

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Mas mesmo tentando, sente-se sozinha.

Tenta acordar, mudar, entender...

E, finalmente, descobre

Que sozinha é o seu ser!

Tenta junto e separado,

Tenta sonhando e acordado.

Tenta! Tenta sempre! Tenta tudo!

Tudo sozinha!

Sempre sozinha!

Sozinha!

Mônica Limeira de Azeredo E.M. 04.10.005 João Barbalho

Professor II

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DELAÇÃO PREMIADA

Sou ré e confesso:

Sou culpada!

Por todos Julgada

Sem merecer

Mas, suplico

Não posso ser condenada.

Entrego o esquema

Não me jogue na prisão

Meu coração corrompido

Clama o benefício

Da sua atenção

Errei,

Não fui fiel,

Confesso e peço

Ao menos conceda-me perdão

Não errei sozinha

Entreguei-me à paixão.

Revelo os envolvidos

As provas e gravações.

Deixo minha petição

São casos antigos

Entrego-me nua

Sou apenas sua

Mesmo inocente

Fui condenada

Por mais que eu lamente

Confesso sou culpada

Cobicei o que não tinha

Mas, conceda-me o benefício

De ser única no seu coração.

Sandra Vieira da Costa E.M. 04.30.003 Bahia

Professora II

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FILHAS ESPECIAIS

Afilhadas, sobrinha ou nora,

Belas crianças outrora.

Ontem, lindas famílias formaram.

Hoje, maravilhosas mães se tornaram.

Iluminando as nossas vidas

Trazendo ao mundo Levi e João

Nossos tesouros, presente de Deus.

Amanhã, juntos crescerão e amizades farão

Muitos ensinamentos trarão,

E homens brilhantes se tornarão!

Solange Simões Alves E.M. 04.11.006 Conde de Agrolongo

Professor II

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HORIZONTE

Ah! Horizonte!

Tão belo, tão sereno,

Tão...distante.

Mas ainda assim, posso alcançá-lo

todas as vezes que admiro o nascer e o pôr do sol.

Posso alcançá-lo quando anoitece e surge a lua dos apaixonados.

Posso alcançá-lo quando à beira da praia,

admiro o vai e vem das ondas e o barulho do mar,

quando observo as estrelas no firmamento.

Posso alcançá-lo todas as vezes que olho

no fundo dos olhos da pessoa amada.

A cada surgimento de uma nova vida, posso alcançá-lo.

Ah! Horizonte!

Teu limite é perfeito entre o céu e o mar.

E ainda assim consigo alcançá-lo.

A força do pensamento me faz viajar,

me faz contemplar a sua imensidão.

Ah! Horizonte!

Tão belo, tão sereno,

Tão... distante!

Mas ainda assim, eu posso alcançá-lo.

Sheila Eloisa Coelho Tito da Costa E.M. 04.11.001 Monsenhor Rocha

Agente de Apoio à Educação Especial

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5ª CRE

VERDADEIRO AMOR

Amar exige respeito

Ao outro na totalidade

Momentos bons duram pouco

Mas constroem a felicidade

O ódio só encerra quando o amor impera

A humildade é a estrada para essa nova era

O esforço é necessário para bem viver

E desnecessário é discutir e ofender

O amor é decisão

Não é um sentimento

Bons pensamentos

Frutificam nas pessoas

Bons sentimentos

Para amar devo entender

Que só o amor nos faz sobreviver

Por querer amar, por querer amor

Para dar amor e poder amar

Rego meu coração para poder me doar

Barbara Greice Lins da Costa E.M. 05.15.021 Mozart Lago

Professor I de Ciências

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INDOMÁVEL

Sou como o vento... Ágil... Voraz... Intempestivo.

Sou como o piscar dos olhos... Contínuo.

Sou como a respiração... Vital.

Sou como o pulsar de um coração... Ritmado... Compassado.

Sou como o sincronismo dos dias e noites.

Como a força de uma paixão.

Como a própria vida que se propaga.

Como os cinco sentidos do ser humano.

Como a saudade infinita.

Sou... Sou... Sou...

Sem a minha presença... O mundo seria como uma bela pintura...

Estática... Imóvel... Bela aos olhos, mas sem função ativa!

Sou... Simplesmente... A IMAGINAÇÃO!

Cintia Maria Ornellas da Fonseca E.M. 05.14.027 Sebastião de Lacerda

Professora II

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LUSITÂNIA És estranha, profunda e difícil.

Parece que a poucos revelas teus segredos.

Eu sou simples mortal como tantos

E por isso só sei de ti o básico.

Meu vocabulário não é extenso...

Gosto de ti de maneira simples.

Simples mas não simplória!

Minha semântica é diferente.

Amo-te como a criança

Que ama seu mais belo brinquedo.

Tu és meu brinquedo...

Um brinquedo que me ajuda a desbravar o mundo!

(Brinco de poeta em tuas asas)

Histórico e aventureiro Portugal...

A ti nunca vi com meus olhos.

Vi apenas com minha língua.

Meu falar verde e amarelo

É filho de florestas, savanas e caravelas.

És formosa e, por vezes, esdrúxula.

Alguns te chamam “língua”, outros “idioma”.

Feminino, masculino...que importa?

És parte constituinte do meu ser

E ao longo do tempo também te refaço.

Língua portuguesa: trazida pelo cantar de Camões e pelo rude Cabral.

Fábio de Jesus de Carvalho E.M. Mendes Viana

Professor I de História

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F-E-L-I-C-I-D-A-D-E Palavra para ser dita bem devagarinho... Degustar assim de mansinho Como se pudéssemos tocar E saborear cada letrinnha Com a devida maestria! Ah, a felicidade! De certo é algo ilusório e delicioso Como comer um chocolate Ou morrer de saudade... E dela devemos aproveitar, toda e qualquer oportunidade Ser feliz pode estar longe ou perto Pode ser algo vazio Ou repleto de possibilidades Onde cada sorriso esconde um grande mar Onde o deserto da infelicidade não deve alcançar Seja feliz! Se embriague, embarque nessa viagem A satisfação tem que vir das coisas desimportantes Que com o decorrer da vida deixamos de enxergar Muitas vezes deixamos a vida passar E a felicidade escapar! Gosto de inventar motivos para sorrir Gosto sim, de sentir a felicidade dentro de mim E em um mundo onde só importa a aparência A felicidade vem de dentro pra fora E a beleza vira só uma consequência!

Fernanda Linhares Queiroz E.M. 05.15.040 Professor Souza da Silveira

Professora de Ensino Fundamental

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SAUDADE SIMPLESMENTE!

Saudade,

Sentimento que gera tristeza

Afinal,

Esvaziar-se de si mesmo, dói

Sair da zona de conforto, dói

Perder o que tinha, dói

A dor do parto, dói!

Dias difíceis,

Um silêncio do qual não pedimos,

Perceber vários passando pela sua vida e partindo

Tempo de espera,

Saudade, simplesmente

E se não posso pedir a tristeza

Para abandonar a saudade

Sustento a lágrima que cai

em forma de prece

enquanto se vai.

E as lembranças mais doces

dos momentos mais lindos

já sonhados e vividos

No poder que há na saudade

Serão eternos

e jamais esquecidos.

Jocenir Imaculada de Abreu Pereira E.M. 05.15.004 Luís de Camões

Professor I de Língua portuguesa

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SONETO DO MEIO-DIA Água de pedra

Café de estrada

Sol da Manhã

Vi no você

Tal qual menina que corre

Na beira do abismo

Sem medo do risco

Procurando: - “cadê”?

Mais tarde, olha o Sol

Fecha os olhos

E vê estrelinhas

Corre menina

Sem medo do abismo

Quase estrela em meio aos dias

Marcelo Ferreira de Assis E.M. 05.15.038 França

PEF

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QUE MUNDO É ESSE?

O cenário é de horror

Qualquer um se desespera,

Mas ainda quero crer

Que a esperança impera.

Parece estar tudo ao contrário

O carro sem direção,

A vida sem rumo certo,

As pessoas sem coração

A família está falida,

Os filhos mandam nos pais

Com essa falta de limites

Vamos ver quem manda mais

Ninguém sabe o que fazer

Como resolver o problema

Com certeza não será

Gritando ou fazendo cena.

Vamos começar de novo,

De maneira mais honesta?

Assumindo nossos erros

Mudando o que não presta.

Pode demorar um pouco

Parecer uma eternidade

O tempo segue seu curso

Rumo à felicidade!

Rosana de Souza Pereira Carvalho E.M. 05.14.021 Nun’Álvares Pereira

Professor I de Língua Portuguesa

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MARIA Maria, o nome que principia Mas se o princípio é o verbo Que verbo seria Maria? Iluminar é verbo de Maria Marias têm constelações nos olhos Delas toda luz se irradia Semear é verbo de Maria Marias têm terra na alma Nelas toda semente boa se cria Encantar é verbo de Maria Marias têm música na voz Delas se espalha toda melodia Perder e ganhar são verbos de Maria Perdi uma Maria, Thereza Como quase tudo se perde um dia Ganhei uma Maria, Clara Ganhei uma Maria, Cecília Será que duas eu merecia? É dádiva ter três Marias Ter na vida essa intangível magia Alegria, alegria, alegria Mas nenhum verbo traduz Maria Maria é mãe, Maria é filha Maria é simples e grandiosamente Maria

Rosângela Sardou Canto E.M. 05.15.028 Evangelina Duarte Batista

Professor I de Ciências

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UM “BUQUÊ” DE “FLORES” CIDADES

Desejo que seu ano inteiro seja um mar-de-“rosas”...

Acredite, ninguém deve ser es”cravo” de nada...

Mas que tenhas um “amor-perfeito”

E que ele seja de verdade

Um co”lírio” para os seus olhos...

Afinal, você é uma pessoa muito especial...

E merece todas as nossas “palmas”...

Floridamente

Ubiraci Marques Aragão E.M. 05.15.026 Paraguai

Agente Educador II

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CAPIM DOURADO

No centro do nosso Brasil

há um paraíso natural

de uma beleza única

que ninguém jamais viu igual.

Estado do Tocantins,

lugar chamado Jalapão

nasce um capim produtivo

pros quilombolas da região.

Uma haste muito fina

vai brotando no caminho

reluzindo igual à ouro

de um valor muito infindo.

Do capim nasce uma flor,

da flor se faz a semente

que vai germinando o solo

pro sustento daquela gente.

São várias as gerações

reunidas a entrelaçar.

Da avó passa pra neta

essa arte singular.

Levam dias, ali, tecendo,

às vezes, semanas até.

Entre uma cantoria e outra

rodeada de muita fé.

São bolsas, mandalas e cestos

com capricho e paciência

o capim vai tomando forma

pra suprir tanta carência.

Fazem também acessórios:

pulseiras, colares, anéis

para as filhas dos fazendeiros

e esposas dos coronéis.

Esse extrativismo sustentável

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abençoa muitas famílias.

A avó ensina pra mãe

e a mãe repassa pras filhas.

Os homens também participam

dessa arte secular

ajudam a ganhar forma

objetos pra se exportar.

Quase um século depois,

descoberto pelos índios Xerente,

que começaram o ofício

e passaram a arte à frente.

Arte, hoje, aprendida

pelos grandes jalapoeiros

que seguem ganhando a vida

exportando pro mundo inteiro!

Que nunca falte essa flor

miúda, mas valiosa.

Vai semeando com amor

uma vida esperançosa.

Eta, capim abençoado

e é danado de bom!

Esse tal de capim dourado

é o ouro do Jalapão!

Vivian Ferreira Pandolpho

E.M. 05.15.061 Aspirante Carlos Alfredo

Professor II

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6ª CRE

DIVAGANDO SOBRE O TEMPO

Olhando a criança crescer

Peguei-me pensando sobre o tempo.

Hora passa rápido.

Hora devagar

Às vezes reclamo

Às vezes agradeço

E mais uma vez me ponho a pensar.

O tempo é mocinho

O tempo faz bem pra alma e para o coração

Às vezes perdemos até a noção...

O tempo é vilão

Às vezes faz sofrer

Traz a saudade

Que faz o coração doer

Qual não é minha surpresa:

Esse mesmo tempo

Ameniza a dor

Trazendo de volta a esperança

Que cresce... Como uma criança

De forma inesperada

Quando nos damos conta... Passou

Alesandra Jácomo da Silva Gregório E.M. 06.22.025 Otávio Kelly

Professor II

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SEREI PAI Estou vendo, Não, acho que não! O que é? Dúvidas, incertezas Cheguei à conclusão: é um ser!!! Se parecer comigo, melhor será. Mas foi dito, por quem, não sei: “Nem tudo são flores” Um novo ciclo se inicia, vida e preocupações Andam juntas, como retas concorrentes Não tem como se dissociar Tudo é muito junto O que comprar, ou melhor, como comprar? Os ganhos são menores Grandes necessidades Sobre mim vêm as responsabilidades Sou provedor De quem sempre se espera Mais e mais ... Os pensamentos não param... Os sentimentos exalam: A alegria, satisfação e contentamento Um progenitor Sabido de que tudo é apenas o começo …

Clebenilton Assis de Oliveira E.M. 06.25.019 Escultor Leão Velloso

Professor I de Língua Portuguesa

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SER POETA Os poetas se encantam em muitos versos e rimas deixando a mente viajar com sentimentos que o levam para outro lugar. Ser poeta não é só sofrimento, ele sente a emoção, a ilusão. Ser poeta é ter coração e deixar fluir o pensamento que nos traz alegria e encantamento. Ele escreve o que pensa, Expressa tudo que sente, mas ninguém o compreende. Ele deixa no papel tudo o que vê ao seu redor e que vem em sua mente.

Ezimar Lisboa E.M. 06.22.005 Cyro Monteiro

Merendeira

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O QUE É SER POESIA?

Ler poesia...

Fazer poesia...

Ouvir poesia...

Mas, o que é ser poesia?

Ser poesia é acordar de manhã agradecendo por mais um dia,

Pela chance de viver.

Ser poesia é se apaixonar,

Pelo trabalho, pelas pessoas, pelos sonhos e pela vida.

Ser poesia é acreditar que, apesar de tudo,

Vale a pena lutar, vale a pena seguir em frente,

Que a vida sempre recompensa quem é resiliente.

Ser poesia é viver, simplesmente...

Corajosamente...

Apaixonadamente...

Luciana Nascimento de Almeida E.M. 06.25.030 Telêmaco Gonçalves Maia

Professor I de Língua Portuguesa

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INFÂNCIA

Pudera um dia

Eu voltar a ser criança.

Criança feliz, cheia de alegria,

Saltitante a cantar

As infantis músicas que ouvia

Do universo da criança

Que gente mais velha repetia.

Pudera eu um dia voltar à plenitude

Da liberdade sem relógio, sem compromisso,

Só infância.

Cantando, chorando, esperneando,

Fazendo estripulias, brincando com terra,

Correndo no campo,

Com tempo, sem hora para acabar.

Sonhar com algodão doce e pé de moleque!

Símbolos da gostosa irresponsabilidade de uma época.

Agora que adulto sou, sinto-me velho,

Pois começo a pensar

Nos tempos que jamais voltarão

Tempos que aproveitei,

Tempos que desperdicei.

Hoje, mesmo, tantos anos passados,

Tento despertar a criança que nas minhas entranhas existe

Para reaver a felicidade e as alegrias

Que me cobriram de luzes

Aqueles saudosos dias.

Luciano Viana Faria E.M. 06.22.024 Mário Piragibe

Agente Educador ll

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QUISERA

Quisera não me preocupar com os sentimentos

Que tenho agora.

Quisera nem pensar nas coisas

Que penso agora.

Tantos sofrimentos,

tantas misérias geradas pela ambição e cobiça dos meus irmãos.

Quisera que tudo o que vejo não fosse verdade.

Tantas crianças peladas

e desprovidas de suas necessidades.

Quisera não ver tantas injustiças,

tantos atropelos,

tanta falta de respeito.

Quisera eu nos meus sonhos

sonhar com um mundo lindo.

Cheio de crianças sorrindo,

nossa gente feliz a festejar.

A vitória da paz, da justiça e da união.

O dia em que todos verdadeiramente

Se amarão como irmãos.

Quisera enfim,

que esse sonho se tornasse real

para que a vida fosse realmente

vida terrena ao exemplo celestial.

Quisera,

Tão somente

Quisera!

Mirian dos Santos Emerick E.M. 06.25.015 Max Fleiuss

Professor II

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AFOGADO

Ah! Se a praia pudesse falar

gritaria aos quatro ventos

para que levassem aos continentes

o seu apelo:

que o mar traga apenas conchas

e não o corpo de uma criança

que ousou ter esperança.

E afogada pela própria violência

não teve direito à própria infância

Fico me perguntando:

ele já teria ido à praia?

Montado castelos de areia?

Brincado com conchas?

Nunca saberei.

As ondas sussurram

que o sonho,

a dignidade,

a infância

e a humanidade

morreram na praia

junto com aquele menino

que não teve oportunidade de

deixar a sua marca

nas areias do tempo.

Nice Neves Butta E.M. 06.25.015 Max Fleiuss

Professor II

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“GENTILEZA”

Gentileza gera gentileza

Já dizia o grande “poeta”.

Gentileza não cai do céu

Nem é feita de papel.

Gentileza é sentimento

E atenção, é “movimento”.

Gentileza gera gentileza

Gera amor, gera vida.

Um ato de gentileza

Pode curar uma “ferida”.

Gentileza é ação

Praticada entre “irmãos” (fraternidade).

Gentileza é respeito...

À vida, ao meio ambiente

E, a toda gente (humanidade)

Gentileza é perseverança

É a humanidade

Voltando à sua essência!

Osana Alcebíades Nazario do Carmo CIEP 06.25.503 Glauber Rocha

Professor II

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ESTAÇÕES DA LINGUAGEM Palavras que nos esquentam não só significam, mas ressignificam. Frases que de repente caem como frutos ganham novos sentidos. Textos que rapidamente escritos são passagens como o inverno, somente de ida, não ficam. Verbos e versos como as flores ficam no simbolismo das minhas sensações.

Stefanio Tomaz da Silva E.M. 06.22.005 Cyro Monteiro

Professor I de Língua Portuguesa

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UMA CARTA DE OUTONO

Meu menino,

por um momento quis te dar as estrelas... e quase consegui.

A paixão é assim: arrebatadora, mas breve!

Um estado de quase amor!

Agora ando cabisbaixa, calada, sofrida, cheia de dúvidas,

tentando entender por que me sinto sempre no "Quase"...

É o Quase que me paralisa,

que me faz tropeçar quando quero abraçar o mundo com as pernas.

É o Quase que me assusta, me afasta,

que traça um novo caminho, uma nova rota,

É o Quase, que assim como em Veríssimo,

me faz economizar Alma.

Te leio em minutos...

e me desconheço por horas a fio,

Te tenho inteiro em minha madrugada

e amanheço distante, parecendo buscar sempre um novo Sol.

Imaturidade? Incerteza? Intemperança? Infidelidade?

Não importa o substantivo se o substancial está no sentir.

Sinto o amor escapando entre os dedos,

mas teimo em ocultar o brilho no olhar, em driblar a mágica, conter o coração, reter o querer.

Sei tão pouco sobre o Amor: terreno arenoso em que teimo e temo pisar.

O que sei é que o amor dói.

E a dor é tanta que me sinto incapaz de vivê-la, ou de sobreviver ao nobre sentimento.

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Covardia? Talvez!

Aliás, o Talvez é primo irmão do Quase,

sempre jogando-nos entre a clareza da questão e o vazio da resposta.

Pensando assim, não quero e não posso ficar no "Talvez" com você,

tampouco no "Quase".

Mereces e necessitas de muito, muito mais!

Se ainda não posso derramar o Amor que disfarço, dissimulo não existir,

também não posso impedir que o seu transborde...

Transbordar, rasgar, explodir, romper...

faz parte do querer.

Então me despeço!

Por que o Amor que me ofereces não economiza Alma

e deseja viver intensamente, para muito além do Quase.

Sejas feliz por inteiro, meu menino,

livre da minha covardia, do meu Quase Amor,

da minha mania de viver eternamente no Outono...

Viviane Rodrigues Lima Cordeiro E.M. 06.25.005 Charles Anderson Weaver

Professor II

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7ª CRE

ESCOLHAS

Ao longo do caminho,

No despontar da vida,

na vinda ou na ida,

na tempestade ou na brisa,

Escolhas...

Do olhar ao beijo,

Do carinho ao desejo,

Do vício ao prazer,

Na construção do ser,

Escolhas...

Na certeza das incertezas,

A beleza de provar o improvável,

Na vastidão imensurável de...

Escolhas

Vida que se completa,

Nas voltas incertas

de um mundo repleto de

Escolhas

Da fartura à miséria

na virtude séria

de uma vida sentida

do amor à partida

Escolhas

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Vive se

Vivendo

a cada dia um momento,

a cada noite um lamento,

Num movimento incessante de...

Escolhas...

Aline Regina da Silva Macedo de Souza

E.M. 07.16.501 Carlos Drummond de Andrade

Professor II

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ACÁCIA

Sob a luz matutina de um novembro ensolarado No caminho vacilante entre o ninho e o labor Deparo-me com um novo tom amarelado A reluzir entre a verde costumeira cor. Era a minha acácia debutando Em sua primeira exibição primaveril Trazendo ao meu recanto o encanto E ao meu espírito, um sopro ainda pueril.

Danielle Evelyn de Assis Vilela E.M. 07.16.030 Juliano Moreira

Professor I de Espanhol

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CURIOSIDADES URBANAS Experiências ímpares nos proporcionam Os elementos intrínsecos à rotina urbana Quase despercebidos passam as personagens Se você reparar Se você parar Se você ar Se. Se você entendesse a matemática da vida. Num ponto da reta veículos adrenalizados Cortam as ruas em noventa graus. Janelas cerradas, A histeria dos motores transpõe concretos Quinze centímetros de massa cinzenta Não conseguem impedir Vrummm, txiiii, biiiiiii Ponteiros adentram noite afora, Trezentos e sessenta graus de insônia. Pego um compasso, Arrisco-me num risco E numa semicircunferência Cento e oitenta graus de estranheza. Um mesmo perímetro Numericamente oposto Foi fracionado!

Ssssfffuuuuu Vento ventando Árvores dobrando Folhas caindo Ssssfffuuuuu Aparece um conhecido, Alegremente me recebe, Bem-te-vi! Te vi! Soma-se a ele um esguio guardião, Quero-quero sua presença! Andorinhas tagarelas enfatizam ao ver-me passar Vejam, um mais um são cinco! Sanhaçu acrobático divide frutas. Eis que surge o beijador, Dois terços de cauda recortam o ar equacionando néctar. A noite adentrou É natural ou racional? Ouço o barulho do silêncio Sinto-me inteira Quanta mudança em um só traço Se você reparar Devaneio? Não! Noções elementares da vida cotidiana Curiosidades urbanas.

Érika Satlher Rolhano Messias E.M. 07.16.056 Noel Nutels

Professor I de Língua Portuguesa

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OLHAR

Olhar que questiona, investiga,

Avalia, instiga

Aprecia.

Olhar de admiração,

de sedução

de subordinação.

De espanto, surpresa.

Olhar que imobiliza a presa,

presa na própria armadilha do olhar

Olhar que aquece, que acolhe

Que tranquilo adormece

Em agonia, padece.

Olhar que consola, que compreende,

que interroga, que responde.

Que esconde e que revela...

Que na busca descobre outro olhar.

Olhar...

Olhar de encontro, confronto...

Olhar de criança que revela esperança.

Olhar de amor...

Olhar de dor...

Não falo.

No olhar me calo.

Ou será que revelo,

O que de mais secreto

Existem em mim?

Fernanda Quaresma Ribeiro de Oliveira E.M. 07.16.036 Lincoln Bicalho Roque

Professor II

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SUPERAÇÃO

Vou subindo a ladeira

Vendo pássaros a cantar

Contemplando o céu azul

E nuvens a passear

Vou subindo a ladeira

Até não mais suportar

Cada dia mais íngreme

Músculos a se fatigar

Vou subindo a ladeira

Dia a dia sem cessar

Sempre fica mais fácil

Se alguém vem ajudar

Vou subindo a ladeira

Vejo gente a empurrar

Um povo assim sofrido

Para que violentar?

Vou subindo a ladeira

Aprendendo a esperar

Entre presente e futuro

Eu preciso acreditar

Um dia a humanidade

Todo o mal vai superar

E assim o amor e a paz

Juntos vamos alcançar

Fátima Cristina Dória Ramirez dos Santos E.M. 07.16.041 Barão da Taquara

Professor de Língua Portuguesa

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NESSE MUNDO Vivo num mundo do DES... DESrespeito, DESafeto, DESarmonia, DEScaso, DESilusão, DESconhecimento, DESinformação Eu DESafio e... Amo Respeito, Trabalho, Acredito, Persevero, Sonho, e REZO...

Mônica Maria Saraiva Pereira E.M. 07.16.047 Governador Carlos Lacerda

Professor II

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DANDO TEMPO AO TEMPO

Com o tempo, as coisas mudam...

Com o tempo, o mundo deixa de ser o que havia sido...

Seja o pequeno mundo, seja o mundo grande...

Com o tempo, há que se relativizar as certezas...

Há que se ponderar as verdades...

Há que se duvidar das dúvidas...

Com o tempo, há que se repensar os passados, os vividos e os que poderiam ter sido...

Com o tempo, há que se reescrever futuros prováveis...

E também, os improváveis...

Com o tempo, há que se escutar o que não foi dito...

Há que se calar para ser ouvido...

Há que se temer os temores...

Há que se amar os amores...

Há que se burlar as dores...

Com o tempo, o tempo muda...

Paulo Jorge dos Santos Fleury

E.M. 07.16.031 General João Mendonça Lima

Professor I de História

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JANELAS

Algumas são grandes,

outras pequenas.

Há estreitas e largas,

rústicas, modernas,

Talhadas, simples...

São imperceptíveis, inúteis,

quando vistas de fora.

São passagens, aberturas,

quando vistas por dentro.

Figura alegórica é.

Há fases na vida,

de ida e de vinda,

nas quais nossas janelas,

podem ser portas...

Podem aprisionar

ou libertar.

Podem ser saídas,

conduzir a um novo lugar

ou abafar vidas...

Janelas são como atitudes.

O olhar direcionado a elas,

muda comportamentos, sentimentos.

Buscar entradas ou saídas por portas

É comum, habitual.

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Encontrar a luz em uma janela não é usual,

mas pode mudar uma perspectiva tradicional.

Leia.

Reflita.

Acredite.

Direcione.

Busque.

Toque.

Abra.

Veja.

Descubra.

Tenha uma nova visão de si,

do outro,

de todos.

Renata Chagas Teixeira da Silva Azeredo E.M. 07.16.008 Mano Décio da Viola

Professor II

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BELÍSSIMAS CONSTRUÇÕES VITAIS

Amar a palavra mais branda

e pura e

que seja absorvida

pelos seres amantes-em-flor

ainda no escuro da vida

e

quando outras necessidades cruzarem as solidões,

saibamos com coragem

embelezar as nossas tentativas tresloucadas.

Amar

toda a irregularidade envolta nas indecisões

do ”para-sempre-oprimido”,

desfazendo o medo, as aflições,

a rua que segue melancólica

a tristeza de um “nunca-tentar” ainda aflito.

Amar

a tentativa ainda crua e absurda do querer

mesmo em dias cinzentos

e repletos de uma

poeira ímpar do sofrer.

Amar todas as imperfeições

logo aqui

lado a lado

e transformá-las em belíssimas construções vitais.

Ricardo Gomes Pereira E.M. 07.16.036 Lincoln Bicalho Roque

Professor de Ensino Fundamental

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CORAÇÃO DE MENINO

Lá longe, a risada reverbera...

Em trovoada, em revoada, lá vem eles, resfolegantes...

E encontram respostas incríveis:

- O maior aquecedor do mundo é o sol!

- A água mais limpa do planeta é a água da chuva...

- A árvore serve mesmo é pra ser casa de passarinho, teto pra quem tá na rua morar...

- Sabe, nuvem? É igual ponte de pensamento: se vira naquilo que a gente imaginar...

E os meninos nunca param: 1,2,3 é hora de buscar! Encontrar! Recomeçar...

E lá vão eles, no pique, na vontade de descobrir!

É por isso que todo menino sabe de cor a altura do Castelo, de que espécie de cristal são feitos os sapatos de Princesa, do porque das Cigarras não quererem trabalhar no verão, das infinitas possibilidades contidas numa caixa de papelão, da necessidade imperiosa de gritar!

O mundo precisa de meninos...

Meninos que não morem no porão e não tenham medo dos sabores.

Que não se acostumem aos amores e tenham prazer inenarrável em procurar.

Como no poema do Drummond ou na canção do Raul.

Meninos inteiros, de olho vivo,

Porque se o menino acorda, no coração do Homem,

Este se eterniza em Baobá.

E, se chega a hora do menino ir,

Fácil, fácil, ele deixa plantado

As sementes, os caminhos, as receitas de deixar menino vivo!

E assim o mundo roda em girassol

Como canção de passarinho

No bico o caminho, o ninho.

No voo a velocidade do fio de luz

Que nos permite eternos: aqui e além.

Silvia Regina dos Santos e Castro E.M. 07.16.053 Professora Dyla Sylvia de Sá

Professor I de Língua Portuguesa

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8ª CRE

FAMÍLIA

Dádiva maior não existe

Do que ter uma família

Todas têm sua importância

Pode ser sua ou minha

Quer saber ainda mais?

Família é essencial

É dom de supremacia

Por isso é especial

Para fazer pare de uma

Não precisa perfeição

O que importa mesmo

É ter muita afeição

Problema pode haver

Perfeito ninguém é

A fórmula secreta é ter imensa fé

Família grande ou pequena

Calma ou agitada

Isto não importa

Necessário é ser amada

Minha família não é a sua

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Nem a sua é a minha

Mas todos fazem parte

Da mesma cidadania

Família aqui e ali

Representa alguma cor

Quer saber um pouco mais?

Precisa mesmo é de amor.

Claudinéia Lopes Moreira E.M. 08.17.037 Presidente Wilson

Agente Educador II

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REVOADA

É preciso destrancar gavetas!!!

Eis que saíra de lá

Um bando de poemas

Asas coloridas, bruxas escondidas

Gaivotas melancólicas

Pássaros que moram dentro delas...

Amontoando-se e convivendo

Dias como predadores

Dias de convívio pacífico.

É preciso destrancar gavetas

E permitir voz aos poetas

Esquecidos, melindrados

Sufocados, entorpecidos

Fazer revoar rimas simples

Que pousem em ombros amigos

Ou saiam por aí

Soltando torpedos em cabeças alienadas...

É preciso! É urgente! Indispensável!

Arrombar gavetas

Revisar lembranças

Inutilizar lacres...

Jogar fora tudo que é gaiola,

Cadeado cerca portão...

Será possível então

Ver identidades reveladas

Poetas e suas vidas, violadas

Para o prazer de quem

Ousar ser poeta também,

Arriscar voar mais além.

Cristina de Souza Ferreira da Silva E.M. 08.17.080 Astrogildo Pereira

Professor II

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ANDO POR LINHAS TORTAS

Eu ando por linhas tortas Dessas que ninguém gosta de pisar A sua companhia me faz falta E eu corro para te encontrar Mas as linhas são tortas E me levam a tudo quanto é lugar Nos desencontros do caminho Eu aprendo a perdoar Fortaleza construída Com leveza para voar Apesar dos perigos Não desisto de amar Meu amor tem muitas vidas Todas elas a te buscar

Isabella Martins Dias Ferreira

E.M. 08.33.007 Rosa da Fonseca

Professor I de História

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EM CHAMAS

De você ficaram apenas os olhos

À espreita

Observando-me mudamente

Tua covardia vai de encontro a minha angústia

Minha espera muda pelo que não virá

O desejo que em mim explode não encontra simetria

Apenas o eco de uma solidão confusa

A expectativa do sonho que se quer viver

Mas que a realidade enclausura

Você se esquiva, arredio gato

Eu vivo o sonho do beijo roubado

Das mãos sôfregas a procurar meu corpo

Das pernas confundidas

Sonho em ser o mar que vai te afogar

Quero ser tuas ondas

Teu momento de paz

Tua tormenta

Teu ato inconsequente

Você me quer longe, inalcançável

Como se um braço de distância ocultasse o que nos dilacera

Eu sou a tua expectativa não vivida

Sou tuas possibilidades, uma infinidade de “ses”

O prazer desconhecido

Você vacila, eu daria o primeiro passo

Teu sentimento é covardia e acomodação

O meu é perspectiva e fogo

No sonhado leito, tão desejado e distante

Ardem a tua apatia e a minha solidão

Luciana Ribeiro Leal E.M. 08.33.018 Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco

Professor I de Ciências

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A JANELA

Pela janela cerrada,

na vidraça transparente,

havia sempre um olhar

tristonho e inocente.

Sentia e gritava,

pela janela cerrada.

mas, depois silenciosamente,

aquela imagem sumia

da vidraça transparente.

E falava com o seu olhar.

Vontade de ficar presente,

ao lado daquela ausente,

que tão constantemente,

presente queria estar.

Foi por amar, somente por amar,

que não retribuí este olhar.

E, friamente, para poder ter forças,

seguia em frente sem muito pensar.

Aquele mesmo olhar,

inocente e tristonho,

persistiu, sentindo e gritando,

durante muitos anos,

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em seu secreto sonho.

Agora, lembrança presente está,

em minha memória guardada.

Procuro o seu olhar,

na vidraça transparente,

daquela janela cerrada.

Márcia de Puga Camilo Scharf E.M. 08.17.037 Presidente Wilson

Professor II

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PALAVRAS QUE SAEM

Há palavras que saem da boca

Outras saem do coração

No dia a dia vem e vão.

São lançadas como flechas

Transpassam a alma e a carne

Por vezes, compõem uma linda canção.

A palavra dita em um turbilhão de emoções

Pode ou não espelhar o que se sente.

Melhor calar...

O tempo nos dá a noção.

Maria Tereza de Azevedo Gilabert E.M. 08.17.035 Mário Fernandes Pinheiro

Professor II

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NOITES, LUAS E SONHOS...

Encantada Lua

Senhora orgulhosa que tanto me fascina

Ilumina esta cidade

Dê a ela tua força

Remodela esta realidade

Vem e ensina

Aos que de ti sentem falta

Que não podemos adulterar tua essência.

Brilha e erradia

Pois a escuridão que habita em meus olhos

Também permeia aos já tão sofridos homens e mulheres

Sem esperanças no fim do dia

E a todos aqueles que rogam por um amanhecer sereno

Sem quaisquer trambolhos.

Os estalos que ouvimos nas madrugadas

Não são de brindes

Os gritos que ecoam nos altos dos morros

Não são de felicitações

As ruas não são mais dos boêmios

E nem o carnaval pode mais alegrar essa tão cansada cidade sem prêmios.

Oh, Lua

Lua que acompanha o Cristo

Lua que invade majestosamente as águas dos mares

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Lua que confabula com o sonhador poeta

Lua que espia de longe a tristeza infame desta cidade

Arquiteta

Acolhe-nos

Protege-nos

Dai-nos esperança

Que tudo de ti a que conhecemos

Desde criança

Não fuja à pujança estrondosa.

Lua, não temos mais autoconfiança

Lua, não pensa em se despedir

Pra nunca mais retornar.

Fica.

Anoiteça comigo...

Sonha junto a mim

Lua...

Mauricio Lima Carioca E.M. 08.17.042 Thomé de Souza

Professor I de Língua Portuguesa

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RENOVAÇÃO Na manhã de hoje Não percebo o que se foi. Preciso renovar minhas forças, Refazer meus passos, Recriar meus sonhos, Repensar meus atos, Revisitar minh’alma, Investir na vida. Porque o hoje Há de virar ontem.

Neila Barsand de Leucas E.M. 08.17.065 Pablo Picasso

Professor II

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NOVA Fui me despedindo de mim, mas não sofri. Fui me perdendo do que acreditava ser. Me descobri num canto afastado de minh’alma, que ansiava ganhar o mundo, romper a barreira que me cercava, de conceitos e preconceitos. Me despedi do que acreditava pertencer a mim. Certezas equivocadas que me continham do lado de dentro Fui crescendo, me absorvendo até não caber mais em mim. Meus olhos de vidraça embaçados, empoeirados, rompidos pelo encanto de me ver e me reconhecer outra, única, nova. E hoje é só. Virou pó, a pessoa pequena doída, amargurada, que antes, me feria foi-se de mim.

Rosilane Luiza Silva Coelho E.M. 08.17.022 Julio de Mesquita

Agente de Administração

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MENINO ESPERANÇA Vai, menino perdido, Com olhos tristonhos E visa indecente Não perca seu brilho E siga em frente. Vai, menino sofrido, Que a vida reflete A sua aflição Passado sofrido Futuro em vão Va,i menino carente, Falta de carinho Não teve valor Sorriso sem graça Esconde sua dor Vai, menino esperança, Mudar essa história Que a vida lhe deu Provar para todos Que existe um Deus.

Sérgio de Barros Morgado Júnior E.M. 08.33.042 Padre Leonel França

Professor I de Educação Física

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9ª CRE

MINHA MENINA

O que tu queres minha menina?

Deixa a mãe adivinhar...

Queres um lindo presente

Ou uma estrela alcançar?

Talvez queira como os peixinhos

Que nadam no fundo do mar,

Dar um passeio tranquilo

Como num sonho a navegar.

Pode ser que como as aves

Queiras no céu viajar...

Ou seria superpoderes

Que gostaria de ganhar?

Com o teu lindo sorriso,

Eu já vou adivinhar.

No momento o que mais queres...

É a mãezinha abraçar!

Adriana Barbosa da Silva 09.18.045 E. M. Visconde do Rio Branco

Gari

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ARQUITETURA DE PALAVRAS

O trem conduz seus passageiros

Que embalados pelo cansaço,

Após mais um dia de labuta,

Só pensam no final da viagem.

Uma voz firme pede licença

Por invadir o silêncio:

Com arte e delicadeza

Surge a imagem da artista.

Rosto coberto pela coragem de se expor.

Traz junto ao violão

O desejo de compartilhar

A arquitetura de suas palavras.

Carrega consigo a incerteza do aplauso.

Então, declama sua poesia.

Algumas moedas surgem

E feliz caminha em frente.

A artista das palavras parte

Levando consigo o sorriso dos passageiros

E buscado outros campos

Onde possa semear sua poesia.

Denise Almeida da Silva E.M. 09.18.506 Raymundo Ottoni de Castro Maya

Professor II

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ESCRAVIDÃO

Que estranha essa minha alma de poeta

que estranha quando estranha!

Habituada a criar universos

a percorrer espaços impalpáveis,

tempos imemoriais,

sofre ao se deparar

com o mundo real...

padece com o sofrimento

vivo e vivido

pena com a descoberta

de um mundo não traduzido em verbo

exposto em carne

sangra

minha alma

ao detectar a meia palavra

meio verdade meio mentira

se esvai

minha alma

com a meia verdade

de uma vida inteira!

Dilma Barrozo Ribeiro Lopes E.M. 09.18.010 Barão de Santa Margarida

Professor I de Língua Portuguesa

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MULHER

Bancária Professora Esteticista Ajudadora Mãe Amiga Menina Protegida Cozinheira Executiva Líder Produtiva Feliz Acanhada Calma Alvoroçada Entendida Experiente Ingênua Inteligente De todas as flores merecedoras Para que vivem todo dia como lutadoras Qual homem aguentaria Ser mulher apenas por um dia? Por muito tempo foi calada e oprimida Mas hoje é notório o valor de sua vida. Na História há exemplos de mulheres virtuosas Hoje há evidências de mulheres vitoriosas Não porque pensam Que devam merecer Mas sim pelo que fazem E sempre com prazer. Muito se fala E pouco se faz Necessário é Valorizá-la mais.

Fábio Cardoso Marinho E.M. 09.18.075 Ministro Alcides Carneiro

Professor I de Matemática

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O DIA QUE EINSTEIN TEMIA

Somos escravos da mídia.

Vivemos debruçados nela noite e dia.

Uma geração de idiotas, sem direção.

Einstein temia o dia em que a tecnologia

Nossa interação comprometeria.

Vivemos o dia... o dia

Que Einstein temia.

A convivência humana ultrapassada

Totalmente pela tecnologia...

Os tablets, computadores, celulares

Invadindo nossas mente, nossos lares!

Exterminando a convivência,

Gerando seres humanos sem paciência.

O dia em que Albert Einstein temia.

Ele chegou, trazendo agonia e dor.

E nele, infelizmente a tecnologia

A interação humana veio sobrepor.

E toda atividade cotidiana, humana

Parece da tecnologia precisar...

E dela carece e se empobrece...

E por ela irá se exterminar!

Olga Beatriz dos Santos Moreira

E.M. 09.18.506 Raymundo Ottoni de Castro Maya

Professor II

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LIBERDADE ALADA

Voa

Voa minha doce liberdade

Traga de volta os sonhos

Traga a nostalgia dos dias felizes

Voa

Voa minha doce liberdade

Deixe-me ouvir os sons da pureza

Da certeza de ser e estar feliz

Voa

Voa minha doce liberdade

E me deixe romper os elos

que me esforçam e me atrelam

a insensatez social.

Voa

E me traga a chuva fina

que inunda a alma

e brandura e acalma

a tormenta de voar, voar

e buscar, buscar...

Luci Nunes de Oliveira E.M. 09.18.009 Romulo Gallegos

Professor II

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POETA Guardei minha poesia na gaveta Longe dos insensíveis Dos incultos, Dos ignorantes Que tratam a poesia sem carinho, Sem apreço. Às vezes, as procuro Como quem procura alimento, Equilíbrio ou sustento. Sem ela, não tenho vida, Palavra, semente no meu jardim, Não florescem flores. Sem ela, nada é sincero. O dia é triste, O futuro incerto, O mundo é duro, O céu escuro, O mar inerte. Tento voar e não consigo, Vivo na chuva Sem abrigo. Palavra, a vida não é certa. Não traço reta. Sem minha poesia, Não sou poeta!

Marcelo Alves do Amaral E.M. 09.18.001 Alba Cañizares do Nascimento

Professor de Língua Portuguesa

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DE QUE FOI A IDEIA?

Transformaram o negro em escravo

Jogaram fora o seu passado

Não pediram sua opinião,

E deram como presente a escravidão

Muitos morreram de solidão

Porque o branco achava que o negro

Não era gente não.

Então os maltratavam,

Com as suas próprias mãos.

Mãos deles é claro,

Dos donos de escravos.

Alguns lutaram

E quilombos formaram,

Até que um dia,

Que ironia, livres ficaram

Os pobres escravos.

Cultura trouxeram

E aqui deixaram

Seus cantos, seus ritos

Vivificaram.

Hoje somos mestiços

Muitos não querem aceitar

Alguns sentem vergonha,

Se a sua pele negra ficar.

Negros, índios e brancos

Somos todos iguais

E a igualdade,

Não devemos esquecer jamais.

Se algum dia por acaso

Acontecer discriminação,

Lembre-se de que com certeza

Negro não é mais escravo não.

Maria Lucia Reis da Silva Gaspar E.M. 09.18.009 Romulo Gallegos

Professor II

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PLANETA, NOSSO LAR

O planeta se acabando

Destruído por mim e você.

É melhor irmos pensando

No que podemos fazer.

Humanos se maltratando,

Divisões tão desleais.

Eu fico só imaginando

Se somos mesmo iguais.

Rios e mares poluídos,

Ameaça da água acabar.

Será que ainda é possível

Ver tudo isso mudar?

A pobreza matando famílias,

A arrogância causando dor.

Devemos pensar mais no mundo.

Devemos pregar o amor.

Juntos somos bem fortes.

Juntos podemos mudar.

Vamos dizer não à morte

Do Planeta, Nosso Lar.

Marivalda de Souza Barcelos E.M. 09.18.506 Raymundo Ottoni de Castro Maya

Responsável

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DESAFIOS DO RECOMEÇO

1404, hoje quero agradecer

Este encontro impetuoso

Na esquina do saber

Em tempos de recomeço

Agitando meu viver.

1404, desafios a superar

No labirinto dos porquês

Sem saber onde vai dar

Muitas vezes perguntando:

Tia, por que estudar?

Oh, turminha agitada!

Quais respostas devo dar?

Meninos, estudem, estudem!

Que um dia vão encontrar

Respostas para tais perguntas

Quando o amanhã chegar

Oh, Turma de olhares inquietos!

Como gostaria de ajudar!

Encontrar este lugar distante

Que estão a procurar

Levando-os a um futuro brilhante

Quando o amanhã chegar.

Turminha, turminha, turminha

Desejo para vocês

Que encontrem nos livros

Bons motivos para aprender

Descobrindo as maravilhas

Deste mundo do saber.

Susana Maria Ribeiro Prudencio E.M. 09.18.069 Professor Jurema Peçanha Giraud

Professor II

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10ª CRE

ESCOLA DA VIDA

Ensina-me a saborear o porvir,

Sem precisar refutar os pés do presente que nos cerceia.

Mostre-me o amor pelas letras contido nas poesias que recitas,

a fim de aliviar o meu caminhar.

Permita-me negar o que desejas que eu receba e ainda mais,

permita-me arrepender de ter recusado aquilo que foi entregue para mim.

Conceda-me a sorte de dividir ao dias vitoriosos

e os demais também.

Apoie-me quando as quedas forem inevitáveis

e o destino incerto ficar.

Torne-se um professor o longo de toda minha vida,

sabendo que por diversas vezes

serei eu a te ensinar.

André Machado de Azevedo E.M. 10.26.007 professora Leocádia Torres

Professor I de Geografia

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O RIO O Rio desce com águas amargas, pelas cruzes fincadas no Cais do Valongo calado. Samba silenciado. Joelhos sangrados. Doce passado. Quando as balas eram de açúcar, que adoçavam crianças, e não as tornavam anjos precoces. Quem vai plantar a erva que adoça o Rio ? Quem vai embalar os que ficam? Os corredores escondem. Os ouvidos denunciam. Quem vai adoçar o Rio?

Ângela Aparecida Pereira E.M. 10.19.076 Professora Eulália Rodrigues de Oliveira Vieira

Professora I de Educação Física

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MAIS UM DIA NORMAL

Ao som do despertador

Abro os olhos, levanto sem desejar

Mais um dia, correria

Não posso me atrasar!

Banho frio, café quente

Engole tudo, “um beijo amor, já vou!”

O tic tac do relógio

Deixa tudo sem sabor

É pesado o dia a dia

Trânsito, trabalho, rotina

Stress, violência, covardia

Corrupção, escravidão, família

Eu penso:

Como meus pais viviam?

E concluo:

Será que havia mais horas em um dia?

Olha face, zap, instagram

Curte, compartilha, ou só passa o olho então

Na internet a vida alheia

Sempre parece ter mais emoção

Em todo lugar, tá todo mundo igual

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Queixo pra baixo, a digitar

Não se conversa nem sorri

Só com emoj, RS ou hahaha

Foi-se o dia, que agonia!

Nem vi direito ele passar

Amor! Cheguei! Cadê vocês, me diz?

Estão na sala, claro, hipnotizados com Netflix

Sento junto, programa familiar

A hora passa sem a gente perceber

Já são onze, meia noite, vamos dormir...

Mais um dia que passa sem a gente sentir.

Célio dos Santos Fagundes E.M. 10.19.040 Gandhi

Professor de Ensino Fundamental de Matemática

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AMOR GRITANTE! Forte pressão no peito que preciso dar um jeito. Grito que me cala por esse amor perfeito. Olhei pro teu olhar, me encantei. O amor chegou a minha vida quando te encontrei. Linda morena, me deu calor. Sorriso lindo, me causou dor. Por não ser permitido provar seu amor. No peito o grito, grito de dor! Grito de amor!

Cristiano dos Santos Lemos E.M. 10.19.047 Joaquim da Silva Gomes

Professor II

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QUADRO DE ESPERANÇA

Eu vi os olhos brilhando, bocas sorrindo

Mãos afagando, mãos construindo

Mentes produzindo, conquistando, avançando...

Que quadro lindo, meu Deus! Um professor

Entre os alunos seus!

E fiquei pensando, analisando...

Por que teimamos em não ver?

A esperança que brota e cresce

Em tantas salas de aula floresce

Anônimas, desconhecidas

Mas tão reais, tão cheias de vida!

É preciso registrar, fazer aparecer.

Ver, enxergar, que a Educação não está perdida.

Tem muita gente comprometida, ousando ainda sonhar;

Não com um futuro longínquo e promissor

Mas com um presente rico e acolhedor

De gente que faz a diferença

Que marca vidas com sua presença

Que é competente e acima de tudo:

Educa com amor, com muito amor!

Ah! Minha Pátria amada

De gente sofrida, desacreditada...

De meninos de rua, pés no chão.

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De cidades cheias de solidão!

Abre tuas janelas, olha através delas e vê então:

Teus filhos vão à luta.

Não desistem, persistem

Fazem brotar água e flores em pleno sertão!

Desperta gigante adormecido

Investe em Educação!

Deise dos Santos de Lima E.M. 10.26.007 Professora Leocádia Torres

Professor II

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MORTE E MEMÓRIA

Morreu...

Morreu?

Pobre ser de uma rica mente

Machado de Assis

Grande autor de fantásticas realidades

Morto está

Mas suas marcas vivas estão:

Seu legado de genialidade

Seu corpo dorme

Sua alma descansa presente em nosso meio

Mas de cem anos se passaram

Machado morto?!

Não... seu corpo dorme...

Sua memória está vivíssima

Dentro do nosso presente, passado e futuro

Denize Pereira dos Santos 10.19.040 EM Gandhi

Professor II

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REALIDADE

Menino de rua

Que dorme sob a lua

Sonha com coca-cola

Acorda, cheira cola

Mas não vai para a escola.

Menino sozinho

Vagando sem rumo

Perdido no mundo

Queimando um fumo

No sinal vermelho

Janela fechada

Ele pede um trocado

Um rosto assustado

Arranca com o carro

Volta desolado

Olhando pros lados

Procurando seus pares

É noite,

Dorme na esquina

Com medo da bala

Que nunca é "perdida".

Ecyr Santos Carvalho E.M. 10.26.025 Rivadávia Manoel Pinto

Professor II

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DEPOIS DOS 40

Tudo passa;

Vem a idade como furacão

Chega menopausa sem pedir permissão.

Olhamos para os obstáculos

Como se não houvesse amanhã

Temos liderança de um leão

Em meio a tanta multidão.

Somos o adulto da pessoa inocente

Somos livres como adolescentes

Levamos a vida como se estivéssemos

Sob efeito de água ardente.

Temos que viver no mundo

Numa velocidade contra o tempo.

Vem passando como vento

Só deixa as lembranças

Em nossos pensamentos.

É, não adianta o choro,

O lamento daquilo

Que se deixou de viver.

Maria das Graças Pimenta Ribeiro E.M. 10.26.025 Rivadávia Manoel Pinto

Gari

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SEMEANDO

Não venha balançar seus secos galhos

Perdidos no imenso vento

Retratando a incapacidade do florescer

Ouça a voz que te diz

Que é possível, mesmo na sequidão

Que suas folhas apareçam

Pois o orvalho vem todas as noites

Não venha me dizer que nunca chorou

Que nunca desta água bebeu

Pois a tristeza vem para todos

E no amanhecer renova sua alegria

Não me diga que não quer ouvir

Pois o canto dos pássaros

Mesmo sem bateria

Te convida à liberdade

Diga, após florescer

Após derramar lágrimas

Após ouvir o canto dos pássaros

Que você passou por aqui

E que suas sementes jogadas ao tempo

Florescerão para sempre.

Margarete Aparecida dos Santos Rodrigues Bandeira Ribeiro

EDI 10.26.803 Padre Carlos Henrique de Souza

Professor II

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SALA DE AULA I

Sala de aula

é vida pulsando.

Sala de sonhos

de voos e planos.

Sala que canta

que fala e sorri.

Sala criança

que inventa e pergunta.

Sala de histórias

sonhadas, vividas.

Sala que encanta

e revela segredos.

Sala repleta

de vida que pulsa.

Nilza de Souza Motta E.M. 10.26.007 Professora Leocádia Torres

Professor de Ensino Fundamental

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11ª CRE

A JANELA DA DIREITA

Casas descascadas Brotam de outras, como plantas Sequência de Fibonacci Casas de exposta alvenaria Tingem de tijolo A luz do dia Porcos, de quase gracioso andar Engordam à boca do lixo E da Baía Adivinham o sustento por baixo da lataria queimada dos automóveis Chafurdam na imundície Junto aos cães e urubus Ao fundo Flor de Lótus Desponta a Fiocruz Dobram-se à Guanabara Como o Ingá de Tom Jobim Árvores que não sou capaz de reconhecer Uma escola Como uma fábrica (de escolas) Nasce ali no meio. No muro de metal estão escritas muitas senhas Alguém se lembrou de perguntar: "UPP pra quê?" No outro extremo, outras três letras formavam a palavra "CHE" Porcos, pessoas a cavalo, tratores, construção A cena toda evoca muitas épocas Dolorosa duração Não é um poema É a paisagem descrita da janela de um ônibus Cuja passagem custa o valor de uma refeição Mas outra janela se interpõe e oferece recorte distinto da mesma realidade Pessoas como sardinhas numa lotação Cuja tarifa, desgraça Bem daria pro café com pão! Paredão de "containers" vermelhos Arquitetura junto à curva da montanha Torre da antiga fábrica do Ufenol O Rio não cabe em cartão postal Nem sempre é mar Aquilo que se estende sob o sol

Bruno Silva de Souza E.M. 11.20.015 Leonel Azevedo

Professor I de História

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ELEGIA DA MEIA-NOITE

A pena

pena e

há penas por onde

peno

sofrimento primeiro

fogo verdadeiro

depena

- todo poema

Há chama

na cena:

brota alumia inflama

a chama

de tuas janelas castanhas

irresistíveis

abrem pra dentro

(entro?)

tantos terrenos povoados

ruas dores praças

por onde vago

pífio miserável apelo

pelo seu encontro

(entro.)

Entro

enquanto

a vitrola inconstante

vadia viola

insistente

a intocada estante

constrange

a insensatez notívaga

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Nada tem senso

pois

decerto

no seu imenso

abraço

cabem todas – mas não muitas

palavras

Se na boemia

a isso não permito

é porque verto do

cano torpe

da boca

um grito

que não prende nas portas alvas dos dentes

mas emperra a carne negra da alma

De repente

refém de todo silêncio

sou areia do tempo

a que não se agita

ou acalma

Diego Knack E.M. 11.20.501Anísio Teixeira

Professor I de História

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PAPEL E LÁPIS

Não existe acaso existem escolhas mesmo quando decido não escolher a escolha foi minha nada é necessário tudo é efêmero tudo passa mas o que fazer para me sentir completo? pego um lápis e deixo correr na folha e olho pro meu filho será que sentirá o doce sabor de rabiscar? será que saberá dos prazeres da textura, do papel, da pressão do lápis? sigo na labuta, na esperança que o passado não desapareça

Eduardo do Nascimento Borba dos Santos 11.20.031 Conjunto Praia da Bandeira

Professor I de Artes Plásticas

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NAQUELA PRAIA

Naquela praia eu sentava sempre

Dali eu olhava

Contemplava

Vi...ah!

Eu sentia

Naquela praia eu sentava e

Vivia

Olhar derramado no mar distante

E no mar presente

A praia ainda

Meu mar agora

Meus caminhos desde outrora...

A praia que me traz o aconchego

Reduz a saudade

Aproxima o olhar

Distante e tão perto

Elizabeth Caldas de Almeida E.M. 11.20.021 Gurgel do Amaral Professor I de Língua Portuguesa

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traços e brechas o leve traço do grafite sobre a folha desbrava em aleatórias parábolas dispersas a poesia ainda à procura de forma

Fabio Baptista de Oliveira E.M. 11.20.030 Tenente Antõnio João

Professor I de Língua Portuguesa

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LUGAR DE PAZ Para os meus dias nublados, o brilho do teu sorriso; Para as minhas noites frias, o aconchego do teu corpo; Para os quentes dias de verão, o refrescante sussurrar da tua voz; E aos momentos de maior loucura, a calmaria dos teus beijos. O teu doce abraço, guardado no infinito de um instante, meu lugar de paz particular, breve e suficiente para alegrar os meus dias mais difíceis.

Lidiane Cardoso Dantas Araújo 11.20.031 Conjunto Praia da Bandeira

Secretário Escolar

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O AMOR O amor? Aaaaaaah... ele se esconde e se mostra Ele se curva e se ergue Ele se afoga e emerge Se esquece e relembra Resseca e floresce Congela e aquece Enlouquece e torna são Fere e cura Sufoca e salva Fracassa e vence Apaga e acende Morre e renasce Aaaaaah... o amor... Quando se vai é silêncio e quando volta é canção... Que bela canção, que em velha ou nova versão... sempre reconstrói o coração.

Luciene Ferreira Fernandes

E.M. 11.20.015 Leonel Azevedo Professor II

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O FARDO

O corpo cansado arrasta antigos sonhos. Desterta amargo num dia errado. Onde estavam os sonhos sempre sonhados? Onde estão os amores nunca amados? A brisa traz o aroma com gosto datado, Os olhos buscam o brilho perdido. Ele se foi, e o vigor e o desejo O acompanham num mundo vazio. Os velhos guerreiros vencem antigas batalhas Constroem enormes castelos na beira do mar. Não sobra um resto pra quem fica na estrada Nem areia nem onda nem concha nem nada. As amazonas em seus cavalos macios Aguardam o tempo que parece nunca chegar. Veneram os deuses que tudo lhe tiram Na força no grito no tapa não dito No altar que falseia seu devido lugar. Presas em prendas que não querem pagar. Eu estou cansado de guerras, De moinhos e donzelas, De sonhar com a criança Que velha está a me olhar. Mais um dia se foi, Ok, eu desisto, É hora de acordar.

Marcelo Carreiro Freire E.M. 11.20.032 Nelson Prudêncio

Professor I de História

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ANTÔNIO

Menino tristonho,

diz-me teu nome.

Qual o teu sonho?

Conta pra mim.

Senta ao meu lado.

Sinta-se amado.

Confia em mim.

Meu nome é Antônio.

Ler e escrever,

meu sonho.

Sentas tu ao meu lado

para eu me sentir amado,

e confiar em ti.

Então escreverei uma linda poesia,

para alegrar os meus dias,

e os das crianças daqui.

Maria Lucia de Oliveira Amaral 11.20.031 Conjunto Praia da Bandeira

Professor I de Espanhol

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EXISTÊNCIA

Nascemos! O mundo se abre como cortina O crescer acontece num raio Enquanto corremos pela campina da vida Vivemos! Os sorrisos se abrem nas portas da experiência Sinceros!? Quantos deles norteiam os acertos E erros da existência As lágrimas escorrem Ignorando a vontade da mente Ardendo na alma e aquecendo a pele Extrapolando o vulcão do peito Morremos... Um pouco a cada dia Após a cortina, a campina, O sorriso, a lágrima... Até a escuridão Do até breve eterno

Soraya Tavares Bahia da Rosa E.M. 11.20.032 Nelson Prudêncio

Professor I de Educação Física

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CREJA

FELICIDADE

A quem interessar possa,

felicidade é mesmo aquilo

sem peso e sem medida

muito diferente de euforia

É estado interno do ser

que transborda os olhos.

Daniel Pereira de Oliveira CREJA 12.02.701

Professor II

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A MATURIDADE

Abro a janela

no rosto, o ar

o ar tem cheiro de vida nova.

Coisas que estão por vir

...Expectativas,medos,desejos...

Assusta

A maturidade a minha frente,

o brilho no olhar,não como antes,

impulsivo,seguro e intenso.

e sim,pesado e cauteloso,

Mas desejoso de mergulhar,ousar

como na adolescência.

Hoje não mais tão jovem

Me assusto com minha maturidade,

faz refletir,racionalizar,

rever valores,amores e histórias,

contando fatos d' outros tempos.

vivendo,

Com medo da solidão?

Talvez ...

Mas essa maturidade,

também me faz certa,decidida,

Capaz de cuidar de mim

Feliz pela experiência,

pelo aprendizado

E por ser dona de mim.

Neyla Maria Tafakgi CREJA 12.02.701

Professor II

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COMO O SOL E O MAR

Antes ...

Antes era só um,

história sem outros personagens.

Sem troca, sem acréscimo, sem vida !

Aguardava ansiosamente pelo momento da adição.

E ela chegou...

De mansinho, passo a passo.

Outro ser para completar o meu próprio ser,

sem ser metade, sem ser acréscimo...

A história agora é de dois,

é completa.

Como o sol e o mar...

Solange Freitas da Mota CREJA 12.02.701

Professor II