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Sector do imobiliário à “beira do colapso” Luís Lima, presidente da APEMIP, diz que esta situação será “inevitável” se se “continuar a assistir a uma desvalorização artificial do património imobiliário”. Entrevista na página 6 e 7 07 OLI com nova placa de comando 07 Columbia Hospitality International inicia actividade 04 Mercado de escritórios dá sinais positivos 04 Conjunto de edifícios da EDP comercializado pela CBRE Lisboa Restelo Business Center inaugurado no segundo semestre de 2012 PÚBLICO, Edições Comerciais Quarta-feira | 9 Maio 2012

Sector do imobiliário à “beira do colapso” · É hoje mais do que evidente que não podemos assistir indiferentes à destruição do nosso setor. A continuidade da atual política

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Page 1: Sector do imobiliário à “beira do colapso” · É hoje mais do que evidente que não podemos assistir indiferentes à destruição do nosso setor. A continuidade da atual política

Sector do imobiliário à “beira do colapso” Luís Lima, presidente da APEMIP, diz que esta situação será “inevitável” se se “continuar a assistir a uma desvalorização artificial do património imobiliário”. Entrevista na página 6 e 7

07OLI com nova placa de comando

07Columbia Hospitality International inicia actividade

04Mercado de escritórios dá sinais positivos

04Conjunto de edifícios da EDP comercializado pela CBRE

Lisboa Restelo Business Center inaugurado no segundo semestre de 2012

PÚBLICO, Edições Comerciais Quarta-feira | 9 Maio 2012

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2 • Público Imobiliário • Quarta-feira 9 Maio 2012

Opinião

Uma aliança pragmática para o crescimento e para o emprego

Luís Lima

A situação da Europa, nomeadamente a situação

dos países da Zona Euro, exige bom senso e

pragmatismo. E o bom senso e o pragmatismo

que a Europa, Portugal incluído, carecem, está

bem patente na reacção da Senhora Merkel à eleição

do novo Presidente da França, François Hollande,

reconhecendo a necessidade de uma concertação no

que concerne ao crescimento, tendo em vista a criação

de mais emprego e consequentemente a dinamização

dos mercados internos. A Alemanha vive, em matéria

de emprego, um dos melhores momentos de sempre

com uma das mais baixas taxas de desemprego desde a

Segunda Guerra, mas sabe que a situação nos países da

Zona Euro não é tão favorável e que o contágio poder ser

perigoso, mesmo para economias sólidas.

Também o presidente da Comissão Europeia, José

Manuel Durão Barroso, fez questão de sublinhar, na hora

dos votos de felicitações ao novo inquilino do Eliseu, que

compartilha com o novo Presidente da França a inten-

ção de dar prioridade à reanimação do crescimento na

Europa, embora tenha acrescentado que tal crescimento

dos quando se vêm obrigadas a prestar uma caução, são

apenas um dos exemplos que, a par dos atrasos nos paga-

mentos por parte do Estado, poderia referir, para ilustrar

alguns dos graves problemas que o setor enfrenta.

Ainda esta semana tive a oportunidade de ouvir os

Presidentes de todas as Associações que integram a CPCI |

Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário,

a traçar um quadro negro das atividades que representam.

Salientaram a preocupação com que perspetivam o futuro,

fruto da total ausência de medidas que permitam aos em-

presários enfrentar os próximos meses. O que está em cau-

sa é saber quantas serão as empresas que poderão aguen-

tar mais seis meses de quase total paralisação do setor.

É verdade que o atual Governo está a implementar uma

política de austeridade que, por muito que seja questiona-

da por um crescente coro de políticos e economistas na-

cionais e estrangeiros, limita a capacidade de aplicar medi-

das ativas de dinamização do investimento e da economia.

Porém, e apesar de continuarmos a defender que, sem

investimento não há crescimento nem emprego, a verda-

de é que existem inúmeras soluções de apoio ao setor da

Construção e do Imobiliário que não implicam recursos

financeiros do Estado e que, inexplicavelmente, não estão

a ser implementadas.

É o caso da Reabilitação Urbana e Arrendamento, que

continuam sem avançar e a aguardar leis que foram já con-

1º Encontro nacional da construção e do imobiliário Em Defesa de um Setor em Risco de Colapso

Decorrido mais de um ano após o pedido de

ajuda externa e estando prestes a ser atingido

o primeiro ano do mandato do atual Governo,

os empresários da Construção e Imobiliário

enfrentam o risco de colapso iminente do setor e uma

total inação do poder político que nada faz por uma

atividade que é, reconhecidamente, uma das chaves para

o relançamento da nossa economia.

As consequências da presente situação são por demais

evidentes. Desde 2002 a redução do emprego ascende a

283 mil efetivos e, no ano passado, 2 em cada 5 empregos

eliminados em Portugal foram oriundos da Construção e

Imobiliário. Por outro lado, em apenas dois anos desapare-

ceram 15.071 empresas, sendo certo que, se nada for feito,

poderemos terminar o ano de 2012 com menos 12 mil.

Neste momento, o tecido empresarial está asfixiado, en-

frentando uma situação de emergência, em que se assiste

ao desaparecimento diário de 12 empresas e de 360 postos

de trabalho.

É para esta realidade que nossos Governantes têm de

ser alertados, pois, em breve, deixarão de existir soluções

para as nossas empresas, não por falta de capacidade,

mas, sobretudo, por falta perspetivas de futuro e, sobre-

tudo, de meios, em especial pelas restrições no acesso ao

crédito e ao financiamento, essencial para a manutenção

da sua atividade. Aliás, os obstáculos que lhes são coloca-

sensualizadas, ou dos fundos comunitários do QREN e dos

inúmeros projetos de investimento público, que continuam

numa situação de total indefinição. As dívidas do Estado ao

setor, longe de estarem pagas, agravaram-se. As dificulda-

des no acesso ao financiamento estrangulam as empresas.

E, também no âmbito da internacionalização, pouco ou

nada se avançou em termos de medidas concretas.

Estamos, pois, a chegar a um ponto de não-retorno,

pelo que, mais do que nunca é fundamental a mobilização

de todo o setor, para evitar a sua completa desagregação.

Esta mobilização começará já no próximo mês, quando,

no dia 5 de junho, no Pavilhão Atlântico, naquele que

será o primeiro encontro nacional dos empresários nacio-

nais. Aqui demonstraremos publicamente a nossa força

e evidenciaremos o papel da construção e do imobiliário

enquanto fator impulsionador do desenvolvimento susten-

tado da economia.

É hoje mais do que evidente que não podemos assistir

indiferentes à destruição do nosso setor. A continuidade

da atual política não pode ser uma opção, pelo que é tem-

po de afirmar publicamente importância da construção e

do imobiliário.

Há que valorizar esta atividade e dignificar os seus em-

presários. O Setor não pode continuar à deriva. Mais do

que nunca é tempo de mostrarmos a força da nossa união.

Presidente da CPCI

Reis Campos

própria Economias, além de fazer diminuir a auto-esti-

ma das populações e de fazer aumentar o risco do apare-

cimento de conflitos sociais. O aumento descontrolado

do desemprego potencia um ciclo vicioso que põe em

causa, irreversivelmente, muitos sectores da Economia

gerando caldos de cultura que também podem atentar

contra a própria matriz de uma sociedade que fomos

construindo como sendo a mais civilizada.

Estes problemas são tranversais a muitas sensibilida-

des políticas, como o provam a sintonia de intenções

que pode unir uma democrata-cristã como Angela

Merkel a um socialista como François Hollande, mesmo

que durante a campanha eleitoral para as Presidências

francesas a chanceler alemã tenha mostrado mais simpa-

tias pelo derrotado Nicolas Sarkozy. Uma derrota verda-

deiramente anunciada não por questões ideológicas mas

pela vontade que as populações têm de sobreviver e de

enfrentar as mais duras adversidades. É isso o que real-

mente está sempre em causa, pragmaticamente.

Presidente da [email protected]

não pode por em causa o esforço que tem vindo a ser

desenvolvido no sentido da consolidação orçamental e

da diminuição das dívidas dos Estados. As palavras de

Durão Barroso foram claras neste sentido. O presidente

da Comissão disse estar de acordo com a reanimação de

Economia Europeia na base de um crescimento susten-

tável que crie mais emprego.

A França é um país fundamental para a edificação da

Europa, mas nem a França em aliança com a Alemanha,

num eixo que sempre foi decisivo para este espaço de

forte influência no Mundo, conseguirá consolidar a

Europa como uma potência se os demais países da União

soçobrarem no compasso de espera que uma velocida-

de mais lenta acabará por impor, nomeadamente nos

chamados países periféricos da Europa do Sul, Portugal

incluído. Ora um dos perigos que ameaçam o futuro da

Europa é, precisamente, o aumento brutal do desempre-

go com todas as consequências para a Economia e para

a Sociedade.

O desemprego, em especial quando cresce violenta-

mente, mina os mercados internos e, neste aspecto, as

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Público Imobiliário • Quarta-feira 9 Maio 2012 • 3

Mercados

Preços das casas no Algarve caíram 4,2% no 1º trimestre de 2012

2011, atingiram os 6,4% e os 6,9%, res-

petivamente. Pelo contrário, na região

Centro, as variações homólogas foram

registando melhorias ao longo do tri-

mestre, passando de -1,7% em janeiro

para -1,0% em março.

No Algarve, as casas novas foram as

mais afetadas pela desvalorização. Em

termos trimestrais, este segmento caiu

5,6%, enquanto que os usados desvalo-

rizaram 3,0%. Já em termos homólogos,

a habitação nova desvalorizou 10,9%

em março nesta região, comparando

com 0s 2,6% de queda na habitação

usada para este indicador.

No que se refere ao ICi para o total

do mercado português (Continental),

a performance trimestral dos preços

de habitação ano 1º trimestre de 2012

foi de -0,8%, em resultado das desva-

lorizações mensais ocorridas ao longo

do trimestre. Desde inicio do ano, as

taxas de variação homóloga têm igual-

mente vindo a agravar-se, atingindo

A região do Algarve tem sido uma das

mais atingidas pelo desempenho ad-

verso do mercado habitacional, com o

Índice Confidencial Imobiliário (ICi) a

registar perdas trimestrais de 4,2% no

1º trimestre de 2012, uma desvaloriza-

ção trimestral bastante mais acentuada

do que a registada no trimestre anterior

(de -0,4%). Na região Norte, o ICi encer-

rou o trimestre com uma variação de

-2,2%, enquanto que na região Centro,

a performance trimestral foi de estabi-

lidade. Em qualquer das duas regiões,

a nota face ao trimestre anterior foi de

desagravamento. No caso da região

Norte, os preços das casas haviam caí-

do 4,5% no último trimestre de 2011, e

na região Centro, a variação trimestral

nesse período tinha sido de -1,1%.

Em termos homólogos, a queda no

valor das casas foi especialmente acen-

tuada quer no Algarve quer na região

Norte, nas quais as desvalorizações

em Março de 2012 face a igual mês de

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os -1,6% em março, o que representa

uma queda de 6 pontos percentuais

face à variação homóloga atingida em

janeiro.

As casas novas registaram as perdas

homólogas mais significativas, passan-

do para -3,5% em março face aos -1,5%

registados em janeiro, enquanto que

para a habitação usada, essa variação

foi de -0,1% em janeiro para -0,6%.

Nota aos Editores: O Índice

Confidencial Imobiliário recorre

à informação disponível no portal

LardoceLar.com, desenvolvido e gerido

pela Caixatec e que agrega a carteira de

mais de 1.400 empresas de mediação

imobiliária, numa oferta total acumula-

da de cerca de 500 mil imóveis. Assenta

numa metodologia que contempla me-

canismos de ajustamento de qualidade,

nomeadamente estratificação e cálculo

de preços-hedónicos. Mais informação

em www.ci-iberica.com

ÍNDICE CONFIDENCIAL IMOBILIÁRIO — ALGARVE

— Índice Confidencial Imobiliário (2005=100) — Taxa Variação Homóloga (%)

130

120

110

100

90

30%

20%

10%

0%

-10%

JFMAMJJASONDJFMAMJJASONDJFMAMJJASONDJFMAMJJASONDJFMAMJJASONDJFMAMJJASONDJFM

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

ÍNDICE CONFIDENCIAL IMOBILIÁRIO

— Índice Confidencial Imobiliário (2005=100) — Taxa Variação Homóloga (%)

115

110

105

100

95

15%

10%

5%

0%

-5%

JFMAMJJASONDJFMAMJJASONDJFMAMJJASONDJFMAMJJASONDJFMAMJJASONDJFMAMJJASONDJFM

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

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4 • Público Imobiliário • Quarta-feira 9 Maio 2012

Actualidade

As consultoras Worx e Abacus Savills

vão comercializar o Restelo Business

Center, um novo empreendimento de

escritórios situado na zona do Restelo

(Avenida Ilha da Madeira), em Lisboa.

Promovido pela Scoha, em conjunto

com a Albuquerque e Simões, este pro-

jecto dispõe de uma área aproximada

de 9.000m² acima do solo.

O Restelo Business Center, que tem

inauguração prevista para o segundo

semestre deste ano, “insere-se na estra-

tégia de desenvolvimento de projectos

que respondam à crescente procura de

edifícios novos, com melhor eficiên-

cia energética e optimização de áreas”,

anunciou um comunicado conjunto da

Worx e Abacus Savills.

Este empreendimento conta com

áreas disponíveis para escritórios que

vão dos 131 aos 8.928 m², além de dois

pisos para estacionamento abaixo do

solo com capacidade para 229 viaturas.

Possui ainda uma área para retalho.

Concebido pelo arquitecto Francisco

Simões, o Restelo Business Center as-

sume-se como um “novo centro de

negócios”, onde “houve o cuidado de

optimizar o espaço ao máximo, mini-

mizando o impacto dos acessos e zo-

nas comuns e tentando chegar a uma

eficiência energética e da utilização

do espaço, facto visível pela área de

fachada em vidro que o edifício tem.

Este facto permite total liberdade na

organização do espaço de trabalho”,

explicou aquele arquitecto.

Rui Pedro Lopes

Resultados apurados dão conta de uma subida da absorção em Março, que foi insuficiente para impedir que primeiro trimestre de 2012 tivesse fraco desempenho

O mercado de escritórios registou, em

Março deste ano, um crescimento con-

siderável ao nível da absorção, com um

aumento neste índice de mais de 130

por cento face ao mesmo período de

2011. Ainda assim, este resultado não

impediu que o primeiro trimestre de

2012 encerrasse com um dos piores

desempenhos de sempre neste mer-

cado, segundo dados recolhidos pelo

PÚBLICO Imobiliário a partir de relató-

rios da Aguirre Newman e Jones Lang

LaSalle.

Primeiro, as boas notícias. Os 6.587

m² absorvidos durante o mês de Março

CBRE comercializa conjunto de edifícios da EDPA CBRE foi a consultora escolhida pela

EDP para proceder à venda em exclu-

sivo de um conjunto de edifícios, que

totalizam uma área superior a 40.000

metros quadrados. Este portfólio

compreende os edifícios do pólo do

Marquês de Pombal, bem como os si-

tuados na rua Camilo Castelo Branco e

na Avenida José Malhoa, em Lisboa.

Francisco Horta e Costa, Senior

Diretor de Capital Markets da CBRE,

sublinhou que “a localização singu-

lar e verdadeiramente única dos edifí-

cios e a forte imagem corporativa que

apresentam fazem com que esta seja

uma oportunidade de investimento

ímpar”. E adicionou: “A imagem e

localização estratégica dos edifícios,

proporcionam aos seus utilizadores

uma visibilidade extraordinária, factor

que seguramente potencia o negócio

das empresas que aqui se venham a

instalar”.

Este processo enquadra-se na trans-

ferência da EDP para a sua nova sede

na Avenida 24 de Julho, que já se en-

contra em construção e cujo projecto é

da autoria do arquitecto Manuel Aires

Mateus. A EDP ficará, ainda assim, a

ocupar os edifícios que serão agora

alvo de comercialização, por mais três

anos, período em que a nova sede de-

verá estará concluída.

Restelo Business Center comercializado pela Worx e Abacus Savills

Questionado sobre as potencialida-

des deste novo projecto, Pedro Salema

Garção, Head of Agency da Worx, não

tem dúvidas de que “o Restelo Business

Center vai contribuir para a dinamiza-

ção da zona envolvente, fazendo com

que passe a ser uma opção mais favo-

rável para quem não queira estar no

centro de Lisboa. O target do edifício

é variável e pode ir desde empresas de

média dimensão a empresas de grande

dimensão”. E acrescenta: “o Restelo

Business Center apresenta um valor

bastante competitivo para a zona, ten-

do em conta os acabamentos de extre-

ma qualidade e a eficiência do espaço”.

João Vargas, direc tor do

Departamento de Escritórios da Abacus

Savills, afina pelo mesmo diapasão do

seu colega: “Trata-se de um empreen-

dimento destinado a serviços, numa

localização muito particular, onde a

oferta deste tipo de edifícios é extre-

mamente reduzida. A zona do Restelo

oferece um conjunto importante de

mais-valias às empresas lá instaladas,

desde diversidade de serviços, proxi-

midade ao centro da cidade, e rápido

acesso às principais vias rodoviárias de

ligação ao Norte e Sul do país”.

Com certificação energética Classe

A, este empreendimento “será uma re-

ferência na zona, apresentando uma

alternativa de qualidade de instalação

às empresas que procuram escritórios

que poderão ir até cerca de 9.000m²,

com elevado nível de conforto, flexibi-

lidade, e custos operacionais contro-

lados”, assinalou João Vargas. Pedro Farinha

Empreendimento está situado em Lisboa e deverá ser inaugurado no segundo semestre deste ano

Aroeira Village II já está em construçãoA segunda fase do condomínio Aroeira

Village II, a ser comercializado pela

Era Charneca da Caparica, já está

em fase de construção. Este empre-

endimento, da autoria do arquitecto

Miguel Saraiva, está situado junto à

Herdade da Aroeira, a cerca de meia

hora de Lisboa.

O Aroeira Village II será constitu-

ído por 22 moradias V3, com áreas

de cerca de 160 metros quadrados,

construídas em lotes de 400 m² com

jardim, espaços verdes e uma piscina

por cada moradia.

Por seu lado, a segunda fase do

Aroeira Village I está já na fase final

da construção, prevendo-se a sua con-

clusão dentro de poucos meses. Neste

momento, estão vendidas 90 por cen-

to das moradias.

O investimento neste empreen-

dimento é de dez milhões de euros,

estando prevista a construção de um

total de 42 moradias em três fases.

Mercado de escritórios com Março positivo mas com trimestre para esquecer

deixam indiciar que o mau desempe-

nho de Janeiro e Fevereiro pode ter tido

aqui um ponto final. De acordo com a

Jones Lang LaSalle, a maior operação

realizada no mercado, no terceiro mês

deste ano, foi a expansão da área ocupa-

da pela SAP no Lagoas Park, uma ope-

ração mediada por esta consultora e

que contemplou o arrendamento de

925 m². A Aguirre Newman nota, por

seu lado, que os sectores “TMT’s &

Utilities”, “Outros Serviços” e “Produtos

de Consumo» foram os mais dinâmicos

no mês de Março, tendo sido responsá-

veis por mais de metade da área con-

tratada.

A zona 6 (Corredor Oeste) liderou

a actividade neste mês, com arrenda-

mentos de 2.283 m² (34,66 por cento do

total), seguindo-se a zona 5 (Parque das

Nações), com 1.601 m² arrendados, e a

zona 1 (Prime CBD), com uma absorção

de 1.578 m².

Quanto às más notícias, elas dizem

respeito ao fraco desempenho, no glo-

bal, do mercado de escritórios no pri-

meiro trimestre de 2012, com os níveis

de absorção a ficarem na fronteira dos

13 mil metros quadrados.

O total das operações no 1.º trimes-

tre deste ano foi, segundo a Aguirre

Newman, de 43, correspondendo a me-

nos 17 transacções de arrendamento do

que em igual período de 2011. A super-

fície média contratada por transacção

aumentou de 235 m² (2011) para 302 m²

(2012). “Esta variação decorre em parte

do maior número de contratações com

superfície média contratada entre 300 e

800 m², registado em 2012 face a 2011”,

explicou esta consultora.

Do total da área contratada nos três

primeiros meses deste ano, 28 por

cento são referentes a edifícios novos

e os restantes 72 por cento a edifícios

usados.

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Page 6: Sector do imobiliário à “beira do colapso” · É hoje mais do que evidente que não podemos assistir indiferentes à destruição do nosso setor. A continuidade da atual política

6 • Público Imobiliário • Quarta-feira 9 Maio 2012

Actualidade

Rui Pedro Lopes

PÚBLICO Imobiliário – Como é que tem assistido ao aumento do número de dações de bens imobiliários, em consequência do incumprimento de obrigações contraídas na aceitação de crédito para habitação?Luís Lima – Não posso deixar de

olhar para estes números com

uma preocupação acrescida. Mais

do que um reflexo da situação

conjuntural bastante complicada

que o país atravessa, é também a

confirmação de um receio que tenho

vindo a tornar público: estamos

perante um pré-colapso do sector

do imobiliário e da construção. Este

aumento considerável do número

de imóveis entregues em dação em

pagamento (2.300 imóveis só no

primeiro trimestre de 2012, mais

74 por cento que em igual período

de 2011) traduzem as dificuldades

crescentes que famílias, promotores

e construtores atravessam, criando

assim condições desfavoráveis para a

recuperação económica a que o país

tanto apela, numa acção que acabará

por potenciar a desvalorização do

património imobiliário devido a um

ciclo vicioso que se torna inevitável:

a acumulação de imóveis em carteira

vai requerer a sua recolocação no

mercado a preços sem concorrência,

potenciando assim a desvalorização

do património imobiliário, e

consequentemente o aumento do

número de imóveis entregues. É uma

situação preocupante para as famílias

que não conseguem satisfazer

compromissos, para as instituições

financeiras, que estão a receber os

imóveis mas não são vocacionadas

para gerir activos dessa natureza e

em tal quantidade e, finalmente, para

o mercado. É este ciclo vicioso que

precisa de ser travado, pois só assim

se poderá evitar o colapso do sector

do imobiliário e da construção, tão

importante para a economia do país.

Que tipo de consequências poderá ter este fenómeno para o mercado imobiliário?A principal consequência é também

a pior de todas: o colapso do sector

do imobiliário e da construção,

que será inevitável se se continuar

a assistir a uma desvalorização

artificial do património imobiliário

pela cedência à tentação de recolocar

os tais imóveis no mercado a preços

inaceitáveis para qualquer mercado

“Estamos perante um pré-colapso do sector do imobiliário” Luís Lima, presidente da APEMIP, traçou ao PÚBLICO Imobiliário um retrato negro do sector e pediu atitude consertada entre banca, Governo e profissionais do mercado para resolver o problema

equilibrado, por serem preços

excessivamente baixos, e por vezes

até abaixo do preço de custo. A curto

prazo, esta ‘solução’ transformar-

se-á num problema ainda maior,

que gerará ainda mais dações tanto

por parte de famílias, como por

parte de construtores e promotores

imobiliários. Se não se puser termo

a isto será o caos no mercado

imobiliário, e mais um entrave na

tarefa de mobilizar um país que se

quer empenhado na recuperação

económica.

E como é que se pode resolver este problema? Devemos, todos, estancar esta

tendência. Para os portugueses a

casa sempre foi um dos bens mais

importantes, e o último do qual

abdicam. Hoje, as casas têm sido

penhoradas com alguma facilidade,

tanto por parte de instituições

financeiras, como por parte do fisco.

O ideal seria que a generalidade

das famílias pudesse ter condições

para pagar o empréstimo, mas

perante uma realidade contrária

importa antecipar momentos de

ruptura e evitar essa solução limite.

A entrega da casa deveria ser mesmo

a última das opções – antes do

imóvel ser entregue, deveria haver

uma tentativa de renegociação da

dívida com os clientes, que poderia

até passar pela diminuição dos

juros, pela cedência de períodos de

carência ou pelo aumento do prazo

para o pagamento do empréstimo.

Por outro lado, e na impossibilidade

de evitar a entrega dos imóveis, as

instituições que ficam com as casas

deveriam evitar a sua desvalorização

forçada, apenas para dar escoamento

ao stock acumulado, através da

colocação deste imóveis no mercado

de arrendamento urbano, o que

paralelamente contribuiria para

diminuir o desequilíbrio que hoje

existe entre a oferta e procura

neste mercado. As soluções devem

ser encontradas no consenso

dos vários interesses, para bem

de todos, e da economia e das

Finanças. Felizmente, está já a ser

constituído um grupo de trabalho

interministerial, com membros

do Governo, do Banco de Portugal

e outros, que têm como missão

propor estas mesmas soluções que

urgem perante uma situação tão

preocupante.

Em Espanha, desde o mês passado, que a entrega do imóvel ao banco, sob certas condições, é suficiente para liquidar o empréstimo à habitação. Acha que é uma medida que pode ser implantada em Portugal?Não sei se essa saída para pagar

dívidas é, em Espanha, uma regra

absoluta. Julgo que não, embora em

certas circunstâncias tal dação possa

ser suficiente para liquidar o débito.

Mais uma vez, reforço que a entrega

dos imóveis por incumprimento deve

ser a opção última, quando não há

mais nada a que se possa recorrer.

Admitir que, quer em Espanha, quer

em Portugal, alguém possa, de ânimo

leve, libertar-se de uma casa que

adquiriu por determinado preço,

entregando-a na esperança de poder

adquirir outra por menos do que

lhe faltava pagar pela primeira, não

me parece ético ou saudável para a

economia. É por isso que defendo

que em Portugal, devem ser criados

mecanismos de apoio ao cliente,

que possam evitar que a entrega

do imóvel seja a única solução para

liquidar o empréstimo. Aquilo que se

vê em Espanha, deve ser para nós um

‘exemplo a não seguir’.

Então como é que encara a recente decisão de um tribunal de Portalegre, que considerou que a entrega da casa ao banco liquida toda a dívida do empréstimo de crédito à habitação. Acha que este exemplo poderá levar a uma corrida a este tipo de expediente para resolver situações de incumprimento?Julgo e espero que não. Esta

sentença colocou na agenda do país

a situação de muitos portugueses

que hoje enfrentam dificuldades

para satisfazer compromissos

assumidos. Penso que entregar o

património à banca não poderá

ser nunca solução – nem para as

famílias, nem para as instituições

bancárias. A decisão do tribunal

de Portalegre, segundo a qual a

entrega de casa ao banco liquida a

dívida, acaba por ser um alerta, um

aviso para o sector bancário, por

poder constituir jurisprudência, o

que coloca a banca numa posição

que a obriga a agir e intervir, antes

que o problema aumente e tome

proporções incontroláveis. A banca

deve ter o papel de parceira dos

clientes, procurando soluções para

os tentar ajudar, e isso muitas vezes

não acontece.

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Público Imobiliário • Quarta-feira 9 Maio 2012 • 7

Columbia Hospitality International aposta na consultoria

A OLI está a aproveitar a edição deste

ano da Tektónica – Feira Internacional

de Construção e Obras Públicas, que

decorre até ao próximo sábado, em

Lisboa, para apresentar uma nova

placa de comando para autoclismos

interiores desenhada pelo arquitecto

Souto de Moura.

A placa de comando SM15, com as

medidas de 147x147mm e um acaba-

mento em vidro temperado branco

de 5mm, permite “uma aplicação har-

moniosa em paredes revestidas com o

tradicional azulejo português”. Inclui

ainda “dois botões redondos em aca-

bamento cromado de accionamento

da dupla descarga”, indica um comu-

nicado da OLI.

A nova placa de comando será apli-

cada na nova Pousada da Covilhã, um

projecto que resulta da reabilitação do

antigo sanatório da Serra da Estrela e

que tem a assinatura do arquitecto

Souto de Moura.

Pedro Farinha

Nova empresa resulta da conjugação de esforços entre o Grupo MSF, a norte-americana Columbia Hospitality e o empresário Luís Silvério

Chama-se Columbia Hospitality

International (CHI) e é uma empresa

de consultoria em projectos turísticos

e hotelaria, incluindo a respectiva ges-

tão/operação, que nasceu da conjuga-

ção de esforços entre o Grupo MSF, a

norte-americana Columbia Hospitality

e o empresário Luís Silvério.

Com sede em Portugal, a CHI tem

como missão “oferecer apoio de con-

fiança, profissional e competente, e

aconselhamento aos profissionais e

organizações que procuram a realiza-

ção do potencial máximo dos seus pro-

jectos turísticos e respectiva operação”,

pode ler-se num comunicado enviado

à imprensa.

A nova empresa, que tem como mer-

cados alvo a Europa, América do Sul e

África, irá actuar no âmbito dos con-

tratos de gestão hoteleira e serviços de

consultoria (vendas e marketing, recur-

sos humanos, tecnologia, operação de

hotel/resort, centros de conferências

campos de golfe e marinas), além de

serviços conexos, designadamente es-

tudos de mercado e de viabilidade eco-

nómica e financeira, project manage-

ment de empreendimentos turístico-re-

sidenciais durante a fase de concepção

e construção e auditorias operacionais.

A CHI está igualmente focada na

celebração de contratos de gestão

tradicionais, sem requisitos restriti-

vos para o proprietário. “Os contra-

tos de gestão celebrados pela CHI são

caracterizados por uma grande flexi-

bilidade, com total envolvimento do

proprietário da unidade hoteleira, de

forma a assegurar a concretização da

sua visão para o projecto”. Os contra-

tos são baseados “principalmente no

desempenho da unidade, sendo cele-

brados por períodos mais curtos do

que é norma na indústria e permitin-

do que o proprietário mantenha a sua

própria marca/identidade”, acrescenta

o comunicado.

Entre os motivos que estiveram na

base da criação desta empresa contam-

se “o sólido know-how que os três ac-

cionistas detêm na concepção e gestão

de empreendimentos turísticos” e “a

capacidade de resposta às necessidade

crescentes das unidades turísticas de se

adaptarem a mercados internacionais

em constante mudança. É hoje essen-

cial proporcionar aos clientes os mais

elevados padrões de serviço aliados a

experiências turísticas inesquecíveis”,

nota o mesmo comunicado.

“Imóveis não podem ser valorizados apenas no momento de pagar impostos”

Vários profissionais do mercado estão a insurgir-se contra as avaliações de imóveis que o Estado está a levar a cabo e que têm aumentado bastante o valor de IMI a pagar pelos portugueses. Como é que encara esta situação? É outra situação preocupante. Tenho referido muitas vezes que o Estado tem que deixar de encarar o IMI como uma espécie de ‘Árvore das Patacas’ das autarquias. Os imóveis não podem ser valorizados apenas no momento de pagar impostos, e o Estado iniciou, no pior momento, uma reavaliação do património imobiliário com efeitos em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis, uma reavaliação que tende que o IMI suba a valores insuportáveis, num período em que muitas famílias estão a perder rendimentos e não apenas pela perda do trabalho. Muitos proprietários não estão em condições de pagar tais obrigações fiscais, e o aumento do IMI será mais um contributo para o aumento do incumprimento das famílias. Também aqui tem que haver uma outra solução para o problema.O Governo tem-se defendido dizendo que esta é uma das medidas que fazem parte do Memorando de Entendimento com a Troika, mas vários partidos e especialistas do mercado dizem que é chegada a altura de o Executivo reconsiderar os critérios que estão a ser usados na reavaliação do património. Concorda? O memorando de entendimento da Troika tem costas muito largas. Mas, a realidade é que, sem abrigo ou com abrigo da Troika, a reavaliação em curso visa um aumento brutal de receitas, a curto prazo, na velha tradição portuguesa de olhar para o património imobiliário como uma ‘Árvore das Patacas’. As taxas de IMI vão subir, e vão subir para valores superiores aos que estavam acordados com a Troika, estando o Governo a aumentar esta taxa mesmo antes de estar concluído o processo de reavaliação de todos os imóveis, que apenas terminará em 2013, fazendo com que o Estado ganhe mais um ano nesta medida extra de austeridade. Troika, Governo ou oposição devem olhar de forma mais rigorosa para a realidade portuguesa. A grande percentagem de famílias portuguesas proprietárias da casa que habitam, não faz delas famílias ricas. Não podemos esquecer que vivemos num país que incentivou a aquisição de casa própria, e que, por isso mesmo, o valor do IMI das casas destinadas a habitação deveria ser simbólico, e não desastroso para a economia e finanças familiares. O IMI não pode subir tanto. É uma injustiça social, e um erro político e económico.

OLI apresenta nova placa de comando assinada por Souto Moura

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Contacte: 21 7242689Benedita Silva

[email protected](Consoante a proposta, a empresa reserva-se o direito de não alienar)

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