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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO FERNANDA WALK SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM MOTOSSERRA PONTA GROSSA – PR 2012

SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM MOTOSSERRAS

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O Brasil está entre os países com as maiores áreas plantados de eucaliptos do mundo e o meio mais difundido para o seu corte é o semimecanizado com uso de motosserra. O corte florestal é definido com uma atividade sujeita a acidentes, pois os colaboradores estão expostos durante a jornada de trabalho as condições climáticas, a diferentes tipos de terreno e de florestas, bem como, a presença de animais peçonhentos. Grande parte dos acidentes que acontecem durante a exploração florestal ocorrem nas operações de: derrubada, desgalhamento, destopamento e toragem com motosserras. Sendo assim o objetivo principal do trabalho é analisar os riscos de operadores de motosserra durante a execução de suas atividades de corte de eucalipto, bem como levantar o perfil desses profissionais em uma empresa de reflorestamento do sul do Brasil. Os dados para a pesquisa foram obtidos através da aplicação de um questionário individual e o nível de ruído foi obtido com o uso de um dosímetro. Dos 13 colaboradores entrevistados 45% apontaram sentir incomodo na coluna e 46% relataram já terem sofrido algum acidente de trabalho ao executarem a função de motosserrista.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSASETOR DE CINCIAS AGRRIAS E DE TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVILESPECIALIZAO EM ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHOFERNANDA WALKSEGURANA EM OPERAES COM MOTOSSERRAPONTA GROSSA PR2012UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSASETOR DE CINCIAS AGRRIAS E DE TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVILESPECIALIZAO EM ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHOFERNANDA WALKSEGURANA EM OPERAES COM MOTOSSERRATrabalho de Concluso de CursosubmetidoUniversidadeEstadualdePontaGrossaparaobtenodottulo de Especialista em Engenhariade Segurana do Trabalho.Orientador: Prof. Dr. Altair Justino.PONTA GROSSA PR2012UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSACURSO DE ESPECIALIZAO EM ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHOSEGURANA EM OPERAES COM MOTOSSERRATrabalho de Concluso de Curso submetido Universidade Estadual de Ponta Grossa para obtenodo ttulo de Especialista em Engenharia de Segurana do TrabalhoDepartamento de Engenharia Civil CURSISTA:FERNANDA WALKProf. Carlos Luciano SantAna Vargas, D.Eng.Coordenador do EngSeg2011BANCA EXAMINADORA:Prof. Dr. Altair JustinoOrientadorProf. Lcio Marcos de Geus, Ms.Prof. Alceu Gomes Andrade Filho, Dr.MembrosPonta Grossa, maio de 2012DEDICATRIADedico aos meus pais, Lauro OsvaldoWalk e Iracema de Lara Walk, pelo incen-tivo, apoio, dedicao e pacincia em to-dososmomentoseminhafilhaKeisyGabrielly por iluminar minha vida.AGRADECIMENTOSPrimeiramente Deus, por me guiar em todos os momentos, por estar sempre comi-go nas dificuldades e alegrias e pelas vitrias conquistadas. Enfim,por tudo que meproporciona na vida.Aos meus pais,osquais amomuito, peloexemplo devida efamlia,pela minhaeducao, por me fazerem acreditar em sonhos, pois s assim consegui realiz-los.Vocs que muitas vezes tiveram que renunciar seus sonhos em favor dos meus...omeu mais profundo agradecimento.s minhas irms Elmarilene e Michele, pelo carinho, compreenso e apoio. A minha linda e carinhosa filha, amor da minha vida, razo de tudo para mim, quecompreende to bem minha ausncia. Sua alegria e seu carinho me incentivam, medo fora e serenidade para prosseguir, muito obrigada.AoProf. Dr.Altair Justinopelacompetenteorientao, apoio, tempoepacinciadedicados durante a realizao deste trabalho,que tornaram possvel a conclusodo mesmo.Aos professores do Curso pelos ensinamentos e amizade.Aos meus amigos e colegas de curso, pela cumplicidade, ajuda e amizade.As empresas que colaboraram cominformaes tcnicas, especialmente a COPELe a STHIL; RESUMOWALK, F. Segurana em Operaes com Motosserra. Orientador: Prof Dr AltairJustino. Trabalho de Concluso de Curso (Ps-graduao em Engenharia de Segu-rana do Trabalho) Departamento de Engenharia Civil, Setor de Cincias Agrriase de Tecnologia, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paran, 2012.Opresente trabalho tempor objetivo avaliar as condies de segurana emoperaescommotosserraediagnosticar osriscosaosquaisooperador estexposto. Oestudodecasoparaaelaboraodotrabalhofoi realizadocomoacompanhamento das atividades de duas empreiteiras que realizam roada em faixade servido de redes de energia, quando as mesmas estavam em reas rurais ondeforamrealizadoscortesdervores,entreosmunicpiosdePortoUnio, MatosCosta, UniodaVitriaePortoVitria. Ametodologiautilizadafoi apesquisabibliogrfica e documental sobre o assunto e a coleta de dados atravs de contatospessoaiseobservaes,aplicandoumpequenoquestionrioaosoperadoresdemotosserra comquesitos relativos a Equipamentos de Proteo Individual eSeguranadoTrabalho.Foi observadoqueapesar dos operadores noteremconhecimentosobrealegislaoreferenteaousodamotosserra, todosestavamconscientes da importncia dos Equipamentos de Proteo Individual. Foramapresentadas orientaes sobre o uso dos Equipamentos de Proteo Individual, amaneira correta de utilizao da motosserra, recomendaes sobre medidaspreventivas com relao atividade e tcnicas adequadas para o corte de rvores.Chegou-se concluso de que uma abordagem preventiva reduz significativamentea ocorrncia de acidentes com motosserra que so geralmente graves e merecemateno especial.Palavras-chave: motosserra, equipamentos de proteo individual, segurana.LISTA DE FIGURASFigura 1 Dispositivos de Segurana da Motosserra ................................. 19Figura 2 Capacete com viseira e protetor auricular .................................. 21Figura 3 Protetor facial .............................................................................. 21Figura 4 Protetor auricular.......................................................................... 22Figura 5 Cala motosserrista..................................................................... 22Figura 6 Luvas............................................................................................ 23Figura 7 Coturno......................................................................................... 23Figura 8 Perneira........................................................................................ 24Figura 9 Jaqueta......................................................................................... 24Figura 10 Operador com EPIs..................................................................... 25Figura 11a Transporte em aclive.................................................................... 25Figura 11b Transporte em declive.................................................................. 25Figura 12 Abastecimento da Motosserra...................................................... 26Figura 13 Afiao da corrente...................................................................... 26Figura 14 Caminho de Fuga......................................................................... 31Figura 15 Tcnica padro de corte............................................................... 31Figura 16 Uso da Cunha no direcionamento de queda da rvore............... 32Figura 17 Largura da dobradia................................................................... 33Figura 18 Sequncia de corte para rvores.................................................ocas.........................................33Figura 19 Etapas para o corte de rvores com dimetro grande................. 34Figura 20 Etapas para o corte de rvores com inclinao excessiva.......... 34Figura 21 Tcnica de corte para rvore com sapopema.............................. 35Figura 22 Usando caminho de fuga sem obstculos e com motosserradesligada...................................................................................... 36Figura 23 Distncia mnima entre as equipes.............................................. 36Figura 24 Amarrao auxiliar para direcionar a queda................................ 37Figura 25 Nvel de som de diferentes fontes................................................ 38Figura 26 Sistema anti-vibratrio.................................................................. 40Figura 27 Grficos de amplitudes de vibraes de motosserras sem e com amortecedores...................................................................... 40Figura 28 Rebote da motosserra.................................................................. 44Figura 29 Ruptura da corrente..................................................................... 44Figura 30 Incidncia de leses no operador de motosserra e as possibili-dades de proteo(EPIs)............................................................. 45Figura 31 Relao entre EPIs e quantidade de operadores que se sen-tem incomodados pelo seu uso................................................ 50

SUMRIO1INTRODUO...................................................................................... 92OBJETIVOS.......................................................................................... 102.1GERAL.................................................................................................. 102.2ESPECFICOS...................................................................................... 103JUSTIFICATIVA.................................................................................... 104REVISO BIBLIOGRFICA................................................................. 114.1 EVOLUO DA MOTOSSERRA......................................................... 114.2 LEGISLAO E NORMAS................................................................... 134.2.1 Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.............................................. 134.2.2 Portaria normativa ibama n 149.......................................................... 144.2.3 Normas regulamentadoras................................................................... 154.2.3.1 NR-6 Equipamentos de proteo individual EPIs.......................... 154.2.3.2 NR-12 Mquinas e equipamentos..................................................... 154.2.3.3 NR-17 Ergonomia.............................................................................. 164.2.3.4 NR-31 Segurana e sade no trabalho na agricultura, pecuria, sil-vicultura, explorao florestal e a aquicultura...................................... 174.2.3.5 Registro e porte.................................................................................... 174.3 SEGURANA NA UTILIZAO DE MOTOSSERRA........................... 184.3.1 Dispositivos de segurana.................................................................... 184.3.1.1 Agentes ativos...................................................................................... 184.3.1.1.1 Protetor das mos................................................................................ 194.3.1.1.2 Freio de corrente.................................................................................. 194.3.1.1.3 Pino pega corrente............................................................................... 204.3.1.1.4 Trava do acelerador............................................................................. 204.3.1.1.5 Sistema antivibratrio........................................................................... 204.3.1.1.6 Escapamento e silencioso.................................................................... 204.3.1.2 Agentes passivos................................................................................. 204.3.1.2.1 Capacete.............................................................................................. 214.3.1.2.2 Protetor facial....................................................................................... 214.3.1.2.3 Protetor auricular.................................................................................. 224.3.1.2.4 Cala de motosserrista......................................................................... 224.3.1.2.5 Luvas.................................................................................................... 234.3.1.2.6 Coturno................................................................................................. 234.3.1.2.7 Perneira................................................................................................ 244.3.1.2.8 Jaqueta................................................................................................. 244.3.2 Procedimentos de seguranaao operador.......................................... 254.3.3 Recomendaes de segurana na utilizao de motosserra............... 274.4 SEGURANA NA DERRUBADA COM MOTOSSERRA...................... 284.4.1 Tcnicas seguras de corte................................................................... 284.4.1.1 Postura adequada execuo da atividade........................................ 294.4.1.2 Pr-corte............................................................................................... 304.4.1.3 Tcnica padro de corte....................................................................... 314.4.1.4 Tcnicas especiais de corte.................................................................. 324.4.1.4.1 rvores cuja direo de queda precisa ser alterada............................. 324.4.1.4.2 rvores com oco................................................................................... 334.4.1.4.3 rvores grandes.................................................................................... 334.4.1.4.4 rvores com tronco muito inclinado..................................................... 344.4.1.4.5 rvores com sapopemas...................................................................... 354.4.2 Preveno de acidentes no corte......................................................... 354.4.3 Amarrao auxiliar para direcionar a queda......................................... 374.5 RISCOS INERENTES MOTOSSERRA............................................ 374.5.1 Riscos fsicos....................................................................................... 374.5.1.1 Rudo.................................................................................................... 384.5.1.2 Vibrao............................................................................................... 394.5.2 Riscos ergonmicos............................................................................. 424.5.3 Riscos qumicos................................................................................... 434.5.4 Riscos de acidentes............................................................................. 434.5.5 Riscos biolgicos................................................................................. 455 MATERIAIS E MTODOS................................................................... 465.1 LOCAL DE REALIZAO DO ESTUDO............................................. 465.2 METODOLOGIA E MATERIAIS UTILIZADOS..................................... 466 RESULTADOS E DISCUSSES......................................................... 476.1 REGISTRO DAS CONDIES DE TRABALHO................................. 476.1.1 Segurana no trabalho......................................................................... 486.1.2 Equipamentos de proteo individual.................................................. 496.2 TCNICA DE EXPLORAO.............................................................. 507 CONCLUSES.................................................................................... 51REFERNCIAS.................................................................................... 53ANEXOS............................................................................................... 5591 INTRODUOA regio Sul e parte da regio Centro do Estado do Paran so reas ondeexistemainda diversos pontos remanescentes de vegetao nativa apesar doincentivoaoplantiodeexticascomooPinuseoEucaliptoedaagriculturaemgeral.Caracterizadapelapresenadaflorestasubtropical queumaflorestamista, composta por formaes latifoliadas (vegetao de folhas largas e grandes) epor conferas, representadas pelo pinheiro-do-paran(Araucria angustifolia). Amata das araucrias ou mata dos pinheirais ocupava 44% do territrio paranaense.Entre as florestas existentes no pas, a floresta ombrfila mista considerada comoa que mais sofre explorao econmica, tendo a explorao de imbuia, cedro, erva-mate e a araucria como as principais.(PESCADOR; OLIVEIRA, 2009, p.38).A regio tambm caracterizada pela presena de pequenas propriedadesonde predomina agricultura familiar. A maioria dessas, em locais do interior que somuito distantes da rea urbana, sendo necessrios vrios quilmetros de redes dedistribuio de energia para o abastecimento. Tambmnecessriaumagrandeextensoderedes deenergiaparaefetuar a transmisso e distribuio de um municpio ao outro. Essas redes passamporreas ruraiscomconsidervel presenade vegetaonativa. Para garantiracontinuidade da qualidade dos servios de distribuio de energia e a segurana aosistema e tambm populao, existe a necessidade de se manter uma faixa desegurana sob a rede de energia onde a mesma esteja livre de vegetao, chamadade faixa de servido. Para alcanar este objetivo so efetuadas roadas peridicaspelaconcessionriadeenergia, atravs deempreiteiras contratadas paraesteservio.Emalgumas reas sorealizadas apenas roadas leves, ouseja, semproduo de materiallenhoso. Mas em outras h necessidade do corte de vriasrvores com autorizao dos rgos fiscalizadores ambientais. Assim, para a limpeza das faixas de servido so empregadas motosserras,sendo uma atividade onde h registros de elevado nmero de acidentes de trabalhono Instituto Nacional de Seguridade Social INSS, que todo aquele que decorredo exerccio do trabalho, a servio da empresa, provocando, direta ou indiretamente,10lesocorporal,perturbaofuncional oudoenaqueocasioneamorte,perdaoureduo, permanenteou temporria,dacapacidade detrabalho (SEGURANAEMEDICINA DO TRABALHO, 1992).A segurana do trabalho tem como finalidade principal evitar que possveisacidentes, venhamatingirdealgumaformalesionriaostrabalhadores. Porisso,tanto a concessionria de energia quanto a empreiteira devem trabalhar de formapreventivacomfoconaquestodaseguranaparaquehajaapreservaodaintegridade fsica do operador de motosserra.2 OBJETIVOS2.1 GERALO presente trabalho tem por objetivo avaliar as condies de segurana emoperaes commotosserra e diagnosticar os riscos aos quais o operador demotosserra est exposto.2.2 ESPECFICOS Verificar as condies de trabalho dos operadores de motosserra; Verificar a conscincia dos operadores de motosserra sobre os riscosreferentes atividade; Verificar a utilizao de Equipamentos de Proteo Individual pelostrabalhadores; Avaliar seos operadores demotosserrautilizamtcnicas deexploraocorretas com relao ao quesito segurana; Orientar sobreaimportnciadautilizao correta dos Equipamentos deProteo Individual.3 JUSTIFICATIVAApesar da evoluo do setor florestal, as mquinas e equipamentosdesenvolvidos no substituram o uso da motosserra.Ocorte de rvores commotosserra permite uma boa produtividadeindividual, alm de poder ser feito em locais de difcil acesso.(SANTOS, 2008).11A motosserra uma mquina muito utilizada em funo de seu baixo custode aquisio e da infinidade de trabalhos que podem ser realizados com ela. Como considerada uma mquina de alto risco, torna-se obrigatria, antes de suautilizao, a obteno do registro e porte.Mesmo com o aperfeioamento e a incluso de dispositivos de segurana namotosserra; o desconhecimento da operao, a negligncia na utilizao dosequipamentos de proteo individual e a falta de treinamento tm provocado sriosacidentes, muitas vezes fatais. Por ser uma mquina muito perigosa, a motossera s deve ser operada porpessoas treinadas no seu uso. Cerca de 85% dos acidentes com motosserra soprovocados pela corrente em movimento. Os casos fatais, por outro lado, em suamaioria, devem-se queda de rvores, derrubadas sem a devida tcnica.(RODRIGUES, 2004, p.42).Somente otreinamentoadequadoesistemticodosoperadoresflorestaispossibilitarqueeles sejamcapazesderealizarumtrabalhoeficienteeutilizaramotosserra de forma racional, ergonmica e com segurana. Este trabalho visa servir como modelo e orientao tcnica para a obtenode conhecimento para esta atividade de risco, aumentando assim a segurana dooperador.4 REVISO BIBLIOGRFICA4.1 EVOLUO DA MOTOSSERRANo setor florestal, uma das primeiras tentativas de se derrubar rvores poroutros meios, que no a fora humana, ocorreu em 1897, nos Estados Unidos, emum experimento, utilizando-se vapor como fora motriz. A partir dessa poca, vriostipos de motosserras a motor foram desenvolvidos e testados, mas todas eram gran-des e pesadas, requerendo dois operadores para o seu manuseio (LOPES, 2000).Uma questo que preocupava engenheiros e inventores desde o sculo XIXera como facilitar o trabalho florestal. Alguns curiosos experimentos da poca mos-tram tentativas ousadas de facilitar o pesado trabalho dos madeireiros atravs doauxlio de mquinas. No entanto, os primeiros resultados se caracterizavam por al-12guns problemas: eram mquinas pesadas demais, difceis de ser manejadas e pou-co confiveis. A idia de motorizar o corte de madeira, transformada em realidade pelo en-genheiro alemo Andreas Stihl, em 1926, surgiu numa poca em que os trabalhado-res abasteciam as carvoarias europias serrando as rvores com a prpria fora. Assim no mesmo ano apareceram mquinas semelhantes s de hoje, umaserra de corrente para corte horizontal movida a eletricidade, foi uma novidade mun-dial, utilizada em ptios de madeireiras, mas somente em 1929 estavaterminadaaprimeira motosserraacionada a gasolina, conhecida como a mquina derrubadorade rvores da Stihl, no se podendo falar de Peso Leve, pois pesava 63,5 Kg. Comoresultado, madeireiros no dependeram mais de uma fonte de energia estacionria,como a eletricidade, potncia hidrulica ou vapor de gua. Segundo LOPES (2000) por volta de 1930, na antiga Unio Sovitica, tam-bm foidesenvolvida uma motosserra a gasolina e, em 1932, uma eltrica. Estasmotosserras eram muito pesadas, cerca de 46 kg, e requeriam duas pessoas paramanuse-las, alm de no poderem ser operadas em qualquer posio por causa doseusistemadecarburao. Eramergonomicamenteincorretasenopossuamqualquer tipo de proteo. Frequentemente as motosserras eram to pesados que ti-nham rodas. Apartir de1950, aindstriafoi capazdeproduziramotosserrapesandomenos de 15 kg, podendo ser operada por uma nica pessoa, bem como houve odesenvolvimento de carburadores de membrana, que permitia o funcionamento damotosserra em qualquer posio. Houveram alguns avanos em relao a itens de segurana que foram incor-porados a motosserra, dentre os quais podemos destacar o amortecedor anti-vibra-trio e o freio de corrente, hoje obrigatrios em qualquer motosserra que venha a serfabricada ou importada(LOPES,2000).Deve-setambmdestacar, osistemaEmatic desenvolvidopelaStihl, queassegura que cada gota de lubrificante da corrente atinja o exato ponto onde elasso necessrias, possibilitando chegar a uma economia de leo de at 50%, quandoem uso. Isso traz reduo de custos e menos danos ao meio ambiente.13Em 1975, a Stihl aproveitava a demanda existente no pas para montar seuparque industrial em So Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Foi dali que saiu a primei-ra motosserra produzida na Amrica Latina.Em 1976, cinquenta anos aps ter sido produzida a primeira motosserra, foifabricada a quatromilionsima mquina.Em 1989, foi produzida a primeira motosserra com catalisador e em 1995 amenos ruidosa do mundo.No Brasil, as primeiras motosserras foram importadas na dcada de 60, ha-via inconvenientes das dificuldades de reposio de peas e assistncia tcnica. So-mente na dcada de 70, os fabricantes de motosserras se instalaram no Brasil. Almdisso, com o avano da tecnologia e o surgimento de novos materiais, as motosser-ras foram se tornando cada vez mais leves e hoje com menos de 10 kg*, podendochegar a menos de 5 kg*, tornando sua operao cada vez mais segura, por possu-rem vrios itens de segurana na prpria mquina (LOPES, 2000).Atualmente, noBrasil, podem-seencontrar vriasmarcasemodelosdemotosserrasdisponveisnomercado, bemcomoimplementoseacessriosquepodem ser acoplados ao seu motor, para execuo de outros servios. Apesar de aumentar a produtividade por operrio, a utilizao da motosserrano implica necessariamente uma diminuio dos esforos fsicos exigidos para atarefa. Incrementa-se agora um objeto, com um peso em torno de 10kgf, o qualotrabalhador dever transportar, conduzir na operao, acionar e controlar. Necessita-seque ooperrioposicione-sediferentemente doestadodeequilbrionormaldocorpo, gerando esforos localizados na coluna vertebral e deformaes da estruturassea como um todo (bacia, ombros, braos e pescoo).4.2 LEGISLAO E NORMASA seguir so apresentadas leis, portarias e normas que regem a comerciali-zao e uso de motosserras.4.2.1 Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.Dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de condutas eatividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias.14Artigo 51 - A utilizao de motosserra em florestas e nas demais formas de vegeta-o, sem licena ou registro da autoridade competente:Pena - deteno, de trs meses a um ano, e multa.4.2.2 Portaria Normativa do IBAMA PORTARIA N149, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1992Dispe sobre o registro de comerciante ou proprietrio de motosserra, juntoao IBAMA.Essa Portaria foi instituda considerando a necessidade de simplificar os pro-cedimentos relativos ao registro e licenciamento das atividades ligadas comerciali-zao e uso de motosserra.Dentre seus principais artigos esto:Art. 1.- Ficam obrigadosao registro noIBAMA, osestabelecimentos comerciaisresponsveispelacomercializaodemotosserra, bemcomoaquelesque, sobqualquer forma, adquirirem este equipamento.Art. 3. - 1. - Aps o recolhimento da taxa equivalente na rede bancria autoriza-da, o DUA devidamente preenchido e com a autenticao mecnica, ser a Licenapara Porte e Uso de Motosserra - LPU e ter validade de 2 ( dois ) anos a contar dadata do pagamento. 2. - A licena de que trata este artigo, dever ser renovada a cada 2 ( dois ) anos,mediante os mesmos procedimentos.Art. 4. - 1. - Ficam isentas das citadas taxas, as Entidades Pblicas Federais, Es-taduais, Municipais e as reconhecidas legalmente como de Utilidade Pblica, deven-do estas entidades comparecerem ao IBAMA, para obteno de Registro e LPU.Art. 7. - A comercializao ou utilizao de motosserra sem o registro e/ou licena aque se refere esta Portaria constitui crime contra o meio ambiente, sujeito pena dedeteno de 1 ( um ) a 3 ( trs) meses e multa de 1(um) a 10(dez) salrios mnimosde referncia e apreenso da motosserra, sem prejuzo da responsabilidade pela re-parao dos danos causados ( 3., artigo 45, lei n. 4.771/65 ) .154.2.3 Normas RegulamentadorasEm 22 de dezembro de 1977 a lei n 6.514 vem alterar o Captulo V do TtuloII da Consolidao das Leis do Trabalho, relativo Segurana e Medicina do Traba-lho.A portaria n 3.214, de 8 de junho de 1978, com relao tambm a este cap-tulo da CLT, aprova as NRs Normas Regulamentadoras, das quais algumas po-dem ser aplicadas no caso da segurana e sade no campo, em especial na colheitaflorestal.4.2.3.1 NR-6 Equipamentos De Proteo Individual EPIsA fundamentao legal que d embasamento jurdico existncia da NR-6,so os artigos 166 e 167 da CLT:Art.166 Aempresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,equipamentodeproteoindividual adequadoaoriscoeemperfeitoestadodeconservao e funcionamento, sempre que as medidas de ordemgeral noofereamcompletaproteocontraosriscosdeacidentesedanossadedosempregados.Art. 167 O equipamento de proteo s poder ser posto venda ou utilizado coma indicao do Certificado de Aprovao do Ministrio do Trabalho (CA). Estabelece e define os tipos de EPIs que as empresas esto obrigadas afornecer aos seus empregados, sempre que as condies de trabalho exigir, a fim deresguardar a sade e a integridade fsica dos trabalhadores.4.2.3.2 NR-12 Mquinas e Equipamentos12.1.EstaNormaRegulamentadoraeseusanexosdefinemrefernciastcnicas,princpios fundamentais e medidas de proteopara garantir a sade e a integrida-defsicadostrabalhadoreseestabelecerequisitosmnimosparaapreveno deacidentes e doenas do trabalho nas fases de projeto e de utilizao de mquinas eequipamentos de todos os tipos, e ainda sua fabricao, importao, comercializa-o, exposio e cesso a qualquer ttulo, em todas as atividades econmicas, semprejuzodaobservnciado disposto nasdemaisNormasRegulamentadoras NR16aprovadas pela Portaria n3.214, de 8 de junho de1978, nasnormas tcnicasofi-ciais e, na ausncia ou omisso destas, nas normas internacionais aplicveis. A NR-12 possui um documento (em anexo) com disposies especficas relativo amotosserra,cujo objetivo propor medidas para a melhoria das condies de traba-lho no uso das mesmas. 4.2.3.3 NR-17 Ergonomia17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parmetros que permitam aadaptao das condies de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas dos traba-lhadores, de modo a proporcionar um mximo de conforto, segurana e desempe-nho eficiente.17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular esttica ou dinmica do pes-coo, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da anlise ergon-mica do trabalho, deve ser observado o seguinte:a) todo e qualquer sistema de avaliao de desempenho para efeito de remuneraoe vantagens de qualquer espcie deve levar em considerao as repercusses so-bre a sade dos trabalhadores;b) devem ser includas pausas para descanso;c) quando do retorno do trabalho, aps qualquer tipo de afastamento igual ou supe-rior a 15 (quinze) dias, a exigncia de produo dever permitir um retorno gradativoaos nveis de produo vigentes na poca anterior ao afastamento.O esforo fsico despendido pelo operador de motosserra no corte de rvo-res depende da ferramenta utilizada, porque o peso da motosserra depende do mo-delo da mesma, depende do seu posicionamento e at das condies do terreno.A atividade de corte de rvores exige um trabalho muscular muito grande.SegundoHaselgruber eGrieffenhagen(1989), ooperador demotosserragasta de 4.000 a 5.000 kcal/d. Por isso a mesma considerada de grande intensida-de de esforo fsico, mesmo quando realizada com o auxlio da motosserra.O motosserrista deve trabalhar 46 minutos e repousar 14 minutos, enquantoo ajudante deve trabalhar 42 e repousar 18 minutos, durante cada hora da jornadade trabalho (LOPES E MINETTI; 2000; p. 25).17GRANDJEAN (1988) recomenda a frequncia de 35 bpm (batimentos do co-rao por minuto), acima da frequncia cardaca em repouso, como um limite de ati-vidade contnua para homens.De modo geral, um perodo de descanso deve seguir os ciclos de trabalho epausas curtas e frequentes so mais indicadas do que pausas longas em menor n-mero (LAVILLE, 1977).4.2.3.4 NR-31 Segurana e sade no trabalho na agricultura, pecuria, silvi-cultura, explorao florestal e a aqicultura31.1.1EstaNormaRegulamentadoratemporobjetivoestabelecerospreceitosaseremobservadosnaorganizaoenoambientedetrabalho, deformaatornarcompatvel o planejamento eo desenvolvimento das atividades da agricultura,pecuria, silvicultura, explorao florestal e aqicultura com segurana e sade nomeio ambiente do trabalho.31.12 Mquinas, equipamentos e implementos31.12.7 vedada a execuo de servios de limpeza, de lubrificao, deabastecimento edemanuteno comasmquinas,equipamentoseimplementosemfuncionamento, salvoseomovimentofor indispensvel realizaodessasoperaes, quando devero ser tomadas medidas especiais de proteo esinalizao contra acidentes de trabalho.31.12.8 vedado o trabalho de mquinas e equipamentos acionados por motoresdecombustointerna, emlocais fechados ousemventilaosuficiente, salvoquando for assegurada a eliminao de gases do ambiente.4.2.3.5 Registro e Porte necessria a obteno do registro e porte da motosserra, independente dolocal ou finalidade do trabalho. Deve-se registr-la junto ao rgo florestal competen-te da unidade federativa (Portaria Normativa IBAMA N 149, de 30 de dezembro de1992).18Portar ou utilizar motosserra sem licena ou registro crime, punvelcommulta e pena de trs meses a um ano de deteno (Lei Federal 9605/1998 - Decreto3179/1999). Para maior comodidade, ao efetuar a compra, o cliente orientado e,muitas vezes, pode sair da loja com sua motosserra j licenciada, como exige a lei. A Licena s entra em vigor mediante pagamento do boleto bancrio, sendovlida por 2 (dois) anos a partir da data de pagamento. 4.3 SEGURANA NA UTILIZAO DE MOTOSSERRAO risco de acidentes est presente em todo o tipo de trabalho realizado, emmaior ou menor proporo, dependendo da atividade. Devido a esse fator so de-senvolvidos e melhorados constantemente os Equipamentos de Proteo Individual,as mquinas e os equipamentos de segurana ativos no produto.No trabalho florestal, principalmente no corte de rvores, trabalha-se geral-mente com mquinas leves, potentes e de alta rotao, o que torna o equipamentode alto risco (LISBA, 2006, p.16). Deve-seteromximocuidadoaooperaressetipodemquinaeutilizarsempre motosserras que possuam todos os dispositivos de segurana exigidos pelalegislao e todos os Equipamentos de Proteo Individual recomendados pelo fa-bricante.4.3.1 Dispositivos de SeguranaSegundo Lopes (2000), no trabalho com motosserra, existem dois agentesde segurana: ativos e passivos. Os mesmos esto especificados a seguir.4.3.1.1 Agentes AtivosSo os dispositivos de segurana da motosserra e tem por finalidade prote-ger o operador contra acidentes, conforme apresentado na Figura 1. 19Figura 1 Dispositivos de Segurana da MotosserraFonte : www.sthil.com.br4.3.1.1.1 Protetor das mosAs mos do operador esto sempre expostas durante a execuo do traba-lho. Para evitar os acidentes, a motosserra profissionalpossui dois protetores, umdianteiro (freio manual de corrente) e outro traseiro. O protetor dianteiro est locali-zado frente do cabo, enquanto que o traseiro est sob o punho. 4.3.1.1.2 Freio de correnteOfreio da corrente umdispositivo de segurana que interrompe omovimento da corrente durante o trabalho. Esse sistema pode ser utilizadobasicamente em trs situaes: Em caso de rebote do conjunto de corte, o freio dacorrente instantaneamente acionado, levando-se a proteo da mo para frente.Comessemovimento, acorrentepraimediatamente; Paradar oarranquenamotosserra, ofreiodeverser utilizadodemodo abloquear omovimentodacorrente; Duranteotransporte, comamotosserraemfuncionamento, acorrentedever ser bloqueada pelo acionamento do freio.204.3.1.1.3 Pino pega correnteEm situaes onde a corrente est muito tensionada ou frouxa, ela poderromper-se, rebatendo para trs e atingindo o operador. Isso. Isso pode ser evitado,se as motosserras possurem um pino de segurana, localizado sob a tampa do pi-nho. 4.3.1.1.4 Trava do acelerador um dispositivo de segurana que evita que a corrente se movimente devi-do a uma acelerao involuntria. Isto somente ocorre se o operador segurar de for-ma firme e consciente o punho da motosserra e iniciar a acelerao. 4.3.1.1.5 Sistema anti-vibratrioPara evitar possveis problemas de sade ao operador dadas s vibraesdo motor, as motosserras so dotadas de um sistema anti-vibratrio. Esse sistemaconsiste de elementos resilientes, denominados amortecedores, os quais esto dis-tribudosnacarcaadamotosserra, empontosestratgicos, demodoaeliminarquase todas as vibraes do motor e da corrente. 4.3.1.1.6 Escapamento e SilenciosoPara evitar danos sade do operador por causa do forte rudo emitido pelomotor e dos gases provenientes da combusto, as motosserras possuem um conjun-to formado por um silencioso e escapamento. Estes visam, respectivamente, dimi-nuir o nvel de rudo emitido pelo motor e o contato do operador com gases resultan-tes da combusto. 4.3.1.2 Agentes PassivosSo os Equipamentos de Proteo Individual.A escolha dos EPIs impor-tante para a segurana, o conforto e a capacidade do trabalho do operador de mo-tosserra. O EPI ideal deve proteger o operador contra determinados fatores ambien-tais que influenciam as condies de trabalho: temperatura, umidade relativa do ar,rudo, vibrao, etc., bem como da prpria motosserra. Alm disso, eles tambm de-vem facilitar os movimentos do corpo, no causando limitaes no movimento, almde possuir cores vivas e chamativas por questo de segurana.214.3.1.2.1 CapaceteConfeccionadoempolietilenodealtaresistncia, apresentainternamentecoroa ajustvelem tecido de nilon, carneira e suspenso de material plstico, vi-sando amortecer e distribuir a carga do impacto; tira absorvente de suor e filme pls-tico perfurado e revestido internamente com uma camada de espuma plstica. Oscapacetes devem ser nas cores vermelha, laranja ou amarela, de modo a destacar efacilitar a visualizao do operador na rea de trabalho (Fig. 2).Figura 2 - Capacete com protetor facial e protetor auricularFonte : www.sthil.com.br4.3.1.2.2 Protetor FacialAcoplado ao capacete e confeccionado em material plstico com tela de ni-lon, na cor preta, possui a funo de proteger o rosto do operador contra galhos eserragens (Fig. 3).Figura 3 Protetor FacialFonte : www.sthil.com.br224.3.1.2.3 Protetor AuricularO protetor auricular possui haste metlica tipo mola, fabricado em ao espe-cial galvanizado, ligado por grampo duplo regulvel. Acoplado ao capacete, o prote-tor visa proteger o ouvido do operador dos rudos excessivos advindos da motosser-ra e do ambiente de trabalho (Fig.4). Figura 4 - Protetor auricularFonte : www.sthil.com.br4.3.1.2.4 Cala de MotosserristaConfeccionada em tecelagem especial e fios 100% polister, permitindo per-feita ventilao e mxima resistncia, com proteo interna na frente e panturrilhaem camadas de malha e polisteres, sem emendas e conferindo alta resistncia eproteo ao operador (Fig. 5).Figura 5 - Cala motosserristaFonte : www.sthil.com.br234.3.1.2.5 LuvasConfeccionada em vaqueta e nilon, palma 100% de vaqueta, dorso em po-liamida com 3mm de espuma de proteo e sobre o forro de Jersey. Visa proteger asmos do operador contra cortes e perfuraes, bem como minimizar as vibraes damotosserra (Fig. 6).Figura 6 LuvasFonte : www.sthil.com.br4.3.1.2.6 CoturnoConfeccionadoem vaquetalisa curtidaem cromo;palmilha de montagemem couro; acolchoado internamente com uma camada de espuma; solado antiderra-pante e biqueira de ao visa proteger os ps do operador contra cortes e perfura-es (Fig. 7). Figura 7 CoturnoFonte : www.sthil.com.br254.3.2 Procedimentos de Segurana ao OperadorO operador de motosserra deve munir-se e utilizar Equipamentos de Prote-o Individual conforme visualizado na Figura 10. Figura 10 Operador com EPIsFonte : http://bombeirosparasempre.blogspot.com.brQuando a motosserra for carregada em terreno plano ou aclive (Fig. 11a), osabre deve apontar para trs e estar afastado dooperador. Emdecliveso sabredeve apontar para frente e estar afastado do operador (Fig. 11b).

Figura 11a Transporte em aclive Figura 11b Transporte em decliveFonte : Manual de Instruo Tcnica Copel Fonte : Manual de Instruo Tcnica Copel 26Ter cuidado para no derramar combustvel sobre a motosserra ao reabaste-c-la principalmente no fumar quando realizar esta operao (Fig.12). Para evitarincndio, a motosserra deve ser funcionada longe do local de abastecimento.Sempre se abastece primeiro o leo de corrente depois a gasolina, pois seacabar o leo funde o conjunto de corte, por outro lado se acabar a gasolina sim-plesmente a mquina para.Figura 12 Abastecimento da MotosserraFonte : www.sthil.com.brUma afiao correta com pinho, sabre e corrente em boas condies, evi-tam vibraes indesejveis e prejudiciais mquina, alm de evitar tambm riscosde acidente ao operador (Fig. 13).Figura 13 Afiao da correnteFonte : www.sthil.com.br27Paraligara motosserra:Umamaneiracorretacolocaramotosserranosolo tendo o p direito do motosserrista fixo ao protetor e a mo esquerda seguran-do firme a ala. O arranque acionado com a mo direita. O sabre deve ficar livrede qualquer obstculo e com a ponta voltada para a direo oposta ao corpo.Para prevenir acidentes deve-se conhecer a motosserra e as tcnicas corre-tas de corte. As medidas de segurana existentes na motosserra, ajudam a preveniracidentes, mas, estar treinado e sempre alerta, a melhor proteo.4.3.3 Recomendaes de Segurana na Utilizao de MotosserraAs recomendaes de medidas preventivas de segurana para osoperadores de motosserra, orientando sobre a maneira mais correta paradesenvolver suas atividades so listadas a seguir:1. No cortar rvores se houver ventos fortes e/ou variveis;2. Nuncaderrubar rvoresquandoestiver sozinho. Apster feitooentalhedirecional, quando a rvore estiver prximo da queda, solicitar aocompanheiro observar a presena de animais ou pessoas desavisadas, quepossam se aproximar do local sem que o operador perceba;3. Atentar direo natural da queda da rvore.4. Apesar do alinhamento da rvore, em algumas variedades o galho que formabifurcao, devido a seu peso e tamanho pode puxar a rvore da provveldireo de queda.5. Verificar a direo e intensidade do vento. Devido a galhada da rvore a aodo vento exerce uma fora muito grande, podendo alterar a direo de queda.6. Manter distncia de segurana entre operadores de 2 vezes e meia otamanho da maior rvore.7. Verificar a existncia de abelhas, vespas e espinhos.8. Efetuar a limpeza da base da rvore.9. Verificar a existncia de redes de energia eltrica.10. Observar a copa da rvore. Podero cair galhos que esto soltos nas copasda mesma ou de outras rvores e atingir o operador.2811. Nuncadeixar rvorescortadasenroscaremoutras: podercair repentina-mente com ventos ou pelo prprio peso.12. Estabelecer rotas de fuga num ngulo de 45, livre de obstculos.13. Sempre desligar a motosserra ao transport-la ou reabastec-la.14. No fumar durante o abastecimento.15. Ligar a mquina no mnimo 3 metros do local abastecido.16. No utilizar a motosserra acima da linha da cintura a partida, sempre que pos-svel, realizar sobre o solo, evitar a posio entre as coxas.17. Usar obrigatoriamente os Equipamentos de Proteo Individualrecomendados.18. A motosserra dever ser utilizada somente por pessoas adultas.19. Somente operadores treinados devem utilizar uma motosserra.20. Manter os dispositivos de segurana da motosserra em perfeitas condies.21. No usar a motosserra de maneira que seu domnio ultrapasse a suacapacidade ou experincia.22. Nunca testar ou regular a corrente com o motor em funcionamento.23. Nunca coloqueasmosno sabreou correntee faaajustescom omotorligado.24. Nunca manipule a motosserra quando estiver cansado.25. Nunca operar a motosserra segurando-a com uma s mo.26. As rvores enganchadas e semi-cortadas devem ser derrubadas antes de seiniciar qualquer outra operao.27. Use sempre a bainha protetora no sabre, ao transportar a motosserra para olocal de trabalho e ao retornar do trabalho.28. Nunca dar partida na motosserra em ambientes fechados, h perigo relativoaos gases de escape do motor.4.4 SEGURANA NA DERRUBADA COM MOTOSSERRA4.4.1 Tcnicas Seguras de CorteSegundo Amaral (1998), esto descritos a seguir os mtodos seguros de corte.294.4.1.1 Postura Adequada Execuo da AtividadeNa derrubada de rvore, importante que ooperador adote uma posturacorreta, sendo basicamente na execuo do entalhe direcional e do corte de abate.a) Entalhe direcionalA postura que o operador deve adotar para executar o entalhe direcional aseguinte: Segurar a motosserra com a mo esquerda pelo cabo dianteiro e com amo direita pelo cabo traseiro; Posicionar-se ao lado direito do sentido da derrubada; Colocar o p esquerdo atrs da rvore, a uma distncia aproximada de0,70 m e o p direito paralelo rvore, a uma distncia equivalente aocorpo da motosserra, de forma que os ps formem um ngulo de 90; Apoiar o brao direito sobre a coxa direita, e o ombro do lado esquerdo narvore, flexionando as pernas de forma a manter a coluna ereta; Primeiramente, deve-seexecutar ocorteoblquooudetelhado. Paramanter o ngulo recomendado, o operador deve segurar na curvatura docabo dianteiro da motosserra, acelerando com o dedo indicador; Para executar ocortedebase, ooperador, mantendo-se namesmaposio, devesegurarnabase docabodianteiro, deforma amanterosabre na horizontal, executando o corte com a parte inferior do sabre eacelerando com o dedo polegar.b) Corte de abatePara executar o corte de abate, o operador deve adotar a seguinte postura: Mantendo-se ainda no lado direito da derrubada, flexionar os joelhos ouapoiar o joelho direito no terreno, de forma a facilitar a operao e mantera coluna ereta; Segurar na base do cabo dianteiro, de forma amanter o sabre nahorizontal; Executar o corte com a parte superior do sabre, acelerando com o dedopolegar.30O filete deruptura ou dobradia consiste na parte dotroncono cortado,possuindo uma largura equivalente a 10% do dimetro da rvore.O filete de ruptura serve para apoiar a rvore durante a queda, suavizando eassegurando que esta caia na direo da abertura do entalhe direcional, ou seja, nadireo de queda desejada.Apresenadofiletederupturadamaior importncianaderrubadadervore, poisoqueofereceseguranaaooperador, evitandoaocorrnciaderebote da rvore, no momento de sua queda, ou mesmo que esta caia em outradireo no desejada.O corte de rvores deve ser feito o mais baixo possvel, de forma a reduzirperdas de madeira, facilitar a entrada de veculos na rea de corte e evitar acidentesquando da retirada da madeira.4.4.1.2 Pr-corteO preparo das rvores para o corte deve ser realizado observando os se-guintes procedimentos: 1-Verificarseadireodequedarecomendadapossvel verificartambmaexistncia de risco de acidentes, por exemplo, galhos quebrados pendurados.2 - Deve-selimpar otroncoaser cortado. Cortar cipsearvoretaseremovereventuais casas de cupins, galhos quebrados ou outros obstculos situadosprximos rvore. 3 - Realizar otestedooco. Paracertificar servoreestoca, omotoserristaintroduz o sabre da motoserra no tronco no sentido vertical. Conforme a resistnciade entrada, pode-se avaliar a presena e o tamanho do oco. 4 - Remover pregoseplaquetasdealumnioquetenhamsidocolocadosnasrvores durante o censo, deslocando-os para a base da rvore (abaixo da linha decorte). A remoo importante, uma vez que os pregos podem causar danos serrafita durante o processamento da madeira. 315 - Preparar os caminhos de fuga, por onde a equipe deve-se afastar no momentodaquedadarvore. Oscaminhosdevem ser construdosnosentidocontrriotendncia de queda da rvore (Fig. 14).Figura 14 Caminho de fuga.Fonte: Amaral et al, 19984.4.1.3 Tcnica Padro de CorteA tcnica padro consiste em uma seqncia de trs entalhes: abertura daboca, corte diagonal e corte de abate ou direcional (Fig. 15), assim descritos:Figura 15 Tcnica padro de corte.Fonte: Amaral et al, 19981- Abertura da boca um corte horizontal no tronco (sempre no lado de queda darvore) a uma altura de 20 cm do solo. Esse corte deve penetrar no tronco at atingircerca de um tero do dimetro da rvore. 322-Naseqncia,faz-se umoutrocorte,emdiagonal,at atingira linhade cortehorizontal, formando com esta um ngulo de 45 graus. 3- Finalmente, realizado o corte de abate de forma horizontal, no lado oposto boca. A altura desse corte em relao ao solo 30 cm, e a profundidade atingemetade do tronco. A dobradia, parte no cortada do tronco (entre a linha de abate e a boca),serve de apoio para a rvore durante a queda, permitindo que esta caa na direoda abertura da boca. A largura da dobradia deve equivaler a 10% do dimetro darvore. 4.4.1.4 Tcnicas Especiais de CorteA tcnica padro serve de base para as tcnicas especiais de corte, que po-dem ser empregadas para as seguintes situaes:4.4.1.4.1 rvores cuja direo de queda precisa ser alteradaPara que o arraste seja facilitado e as rvores remanescentes sejam protegi-das, em algumas situaes preciso orientar a queda da rvore a ser extrada parauma direo diferente de sua tendncia natural. Para isso, o ajudante introduz a cu-nha na fenda do corte de abate podendo assim direcionar a queda da rvore. A cu-nha, inserida no lado de inclinao natural da rvore, funciona como um suporte, difi-cultando a queda nesta direo (Fig.16).Figura 16 Uso da cunha no direcionamento de queda da rvore.Fonte: Amaral et al, 199833O controle da direo de queda pode ser reforado deixando uma dobradiamais estreita no lado de queda natural (Fig. 17). Essa parte rompe primeiro,causando uma toro e direcionando a queda da rvore para o lado que se deseja. Figura 17 Largura da dobradia.Fonte: Amaral et al, 19984.4.1.4.2 rvores com ocoAs rvores ocadas depois de cortadas tendem a cair rapidamente em umadireo imprevisvel, por isso, o risco de acidentes graves no corte destas rvoresso maiores. Se a rvore est ocada apenas na base do tronco, necessrio adotarum corte especial como indica a Figura 18. Figura 18 - Seqncia de corte para rvores ocas.Fonte: Amaral et al., 19984.4.1.4.3 rvores GrandesQuanto as rvores grandes, preciso que sejam cortadas em etapas paraque se facilite o manuseio da motoserra e evitar que o sabre fique preso rvore. AFigura 19, apresenta uma seqncia de trs entalhes. 34Figura 19 - Etapas para o corte de rvores com dimetro grande.Fonte: Amaral et al., 1998. 4.4.1.4.4 rvores com tronco muito inclinadoAs rvores com grande inclinao oferecem riscos mais altos de acidentesdurante o corte por causa da rapidez com que elas tendem a cair. Alm disso, racha-duras provocadas por erros no corte so mais comuns nessas rvores. Para reintro-duzir tais problemas, so utilizadas as seguintes tcnicas de corte assim como somostradas na Figura 20.Figura 20 - Etapas para o corte de rvores com inclinao excessiva.Fonte: Amaral et al., 1998354.4.1.4.5 rvores com Sapopemas comum a existncia de espcies com sapopemas (razes laterais situadasna base da rvore). O tronco de algumas das espcies segue macio at a base dosolo. A aplicao das tcnicas de corte ilustradas na Figura 21, permitem um melhoraproveitamento da madeira dessas espcies.Figura 21 - Tcnica de corte para rvore com sapopema.Fonte: Amaral et al., 19984.4.2 Preveno de Acidentes no CorteA maioria dos acidentes na explorao madeireira (alguns fatais) ocorre naetapa de corte das rvores. Para evitar tais acidentes, alm das tcnicas adequadasde corte, deve-se adotar as seguintes medidas preventivas: - Corte de Cips. comum as rvores estarem entrelaadas por cips. Desta manei-ra, basta que uma rvore seja derrubada para que outras rvores tambm caiam. Arealizao do corte de cips reduz expressivamente o nmero de riscos de aciden-tes para as equipes de explorao.- Construir caminhos de fuga. A equipe de corte deve limpar a rea em torno da r-vore a ser extrada, removendo eventuais obstculos como arvoretas e galhos que-36brados. Em seguida, define e abre caminho de fuga, fora do raio provvel de quedada rvore (Fig. 22). Figura 22 - Usando caminho de fuga sem obstculos e com motosserra desligada.Fonte: Amaral et al., 1998 Manter uma distncia mnima entre as equipes. Quando duas ou mais equi-pesestotrabalhando em umamesmareadeexplorao, precisoquemantenham entre si uma distncia de 100 metros (Fig. 23). Alm disso, o ge-rente da explorao pode usar as informaes do mapa do planejamento paraindicar onde as equipes devem se posicionar na floresta.Figura 23 - Distncia mnima entre as equipes.Fonte: Amaral et al., 1998.374.4.3Amarrao auxiliar para direcionar a quedaA amarrao auxiliar de rvores ou galhos a serem cortados para direcionara queda deve observar os seguintes procedimentos: Ficar a umadistncia segura para evitar que seja atingido pela rvore nomomentodasuaqueda, utilizando-sedecordas comtamanhoeresistnciasuficientes para isto. Procurar sempre que possvel, ancorar a corda em um ponto resistente. Esticar as cordas em pelo menos trs sentidos diferentes (Fig. 24), em caso dedirecionamento preciso de queda.Figura 24 Amarrao auxiliar para direcionar a queda.Fonte: Apostila Poda de rvores para tcnicos e eletricistas Copel4.5 RISCOS INERENTES MOTOSSERRA4.5.1 Riscos FsicosSo aqueles gerados por mquinas e condies fsicas caractersticas do lo-cal de trabalho, que podem causar danos sade do trabalhador.384.5.1.1 RudoO rudo pode causar cansao, irritao, dores de cabea, diminuio da au-dio, aumento da presso arterial, problemas do aparelho digestivo, taquicardia eperigo de infarto.O nvel de rudo admissvel para 08 horas dirias de trabalho de 85 dB (A)(NR 15). A exposio a um rudo maior e/ou por maior tempo, podem causar danosirreversveis, at surdez total.OgrficoapresentadonaFigura25identificavriostiposderudosdife-rentes, mostrando-nos a necessidade do uso de protetores auriculares. Tipos de SomDistnciasFigura 25 Nvel de som de diferentes fontes.Fonte: Apostila Manuteno de Motosserra CopelSegundo OLIVEIRA (2004), os operadores esto expostos a uma dose derudo de at 105 decibis, caso no seja tomada nenhuma medida de controle de ru-do, seja na fonte ou atravs do uso de EPIs, os operadores s podem se expor du-rante 30 minutos dirios, conforme o anexo I da NR 15.39Os operadores de motosserra esto expostos ao rudo contnuo e esta Nor-ma Regulamentadora fixa para cada nvel de presso sonora o tempo dirio mximopermitido, conforme apresentado na Tabela 1.TABELA 1 Limites de tolerncia para rudo contnuo ou intermitenteNvel de Rudo dB (A)Mxima Exposio Diria Permissvel858 horas86 7 horas87 6 horas88 5 horas89 4 horas e 30 minutos90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos94 2 horas e 15 minutos95 2 horas96 1 hora e 45 minutos98 1 hora e 15 minutos100 1 hora102 45 minutos104 35 minutos105 30 minutos106 25 minutos108 20 minutos110 15 minutos112 10 minutos114 8 minutos115 7 minutos4.5.1.2 VibraoOs fabricantes e importadores de motosserras instalados no pas, introduzi-ronoscatlogosemanuaisdeinstruodetodososmodelosdemotosserras,seus nveis de rudo e vibrao e a metodologia utilizada para a referida aferio.Desta forma, as motosserras vem equipadas com um sistema anti-vibratrio.So amortecedores que separam a unidade motriz dos cabos dianteiros e traseiros,40atravs de amortecedores ou molas, minimizando assim ao mximo as vibraes domotor para as mos e corpo do operador. O sistema est identificado pelos pontosazuis na figura 26.

Figura 26 Sistema anti-vibratrio.Fonte: Apostila Manuteno de Motosserra CopelOs grficos apresentados na figura 27, mostram duas motosserras a uma ro-tao de 8.500 rpm, sem e com amortecedores. Verifica-se uma diferena de ampli-tude de vibrao muito grande entre elas. Assim, pode-se concluir que para traba-lhos profissionais, utilizando a motosserra durante o dia todo, deve ter o mximo cui-dado para trabalhar sempre com motosserras que possuam sistema anti-vibratrio,protegendo a sade, das vibraes do motor.Sem amortecedores Com amortecedoresFigura 27 Grficos de amplitudes de vibraes de motosseras sem e com amortecedoresFonte: Apostila Manuteno de Motosserra CopelA vibrao localizada aquela que atinge certas partes do corpo do traba-lhador, principalmente as mos e braos, que o caso do operador de motosserra.Exposies prolongadas e contnuas vibrao podem produzir diversas doenasocupacionaisaosoperadorescomoocasodeDedosBrancos.(RODRIGUES,2004, p.40).41A partir de 1970, passou a haver ampla utilizao de motosserras com siste-ma anti-vibrao. Os efeitos da vibrao direta sobre o corpo humano podem ser extremamen-te graves, podendo danificar permanentemente alguns rgos do corpo humano.Matoba (1994) citado por Fernandes (2002) refere que alguns pesquisado-res tm reunido informaes sobre os efeitos fisiolgicos e psicolgicos das vibra-es sobre o trabalhador, como perda de equilbrio, falta de concentrao e visoturva (Fernandes, 2002). As vibraes podem afetar o conforto, reduzir o rendimento do trabalho ecausar desordensdasfunesfisiolgicas, dandolugar aodesenvolvimentodedoenas quando a exposio intensa.Segundo XIMENES (2006), no Sistema Brao - Mo que as consequn-cias das vibraes so mais severas. Nas ferramentas motorizadas atingem-se altasaceleraes oscilatrias nas mos e articulao do pulso.Trabalhadores usando h anos ferramentas motorizadas podem apresentardiversas patologias nas mos e braos, tais como a doena dos Dedos Mortos oudoena de Raynaud. A exposio diria a vibraes excessivas durante vrios anospode originar danos fsicos permanentes que resultam normalmente no denominadosndrome dos Dedos Brancos, ou em leses dos msculos e articulaes do pulsoe/ou do cotovelo. Elas manifestam-se atravs dos dedos mortos. Com isto, alguns dedos fi-cam, normalmente o dedo mdio, branco at azulado, frio e sem sentidos. Aps al-gum tempo, os dedos voltam a ficar vermelhos e doloridos.Esta doena tem porbase a contrao espasmdica dos vasos sanguneos conhecida tambm comodoena de Raynaud.Ostrabalhadores florestais soatingidosporesta doena,pois trabalhammuito com motosserras com frequncias de 50 a 200 Hz.Os "dedos mortos" surgem no mximo aps 6 meses de trabalho com umaferramenta vibratria. Para isto, o frio parece ter uma grande importncia. A doenasurge mais nos pases nrdicos do que nos pases quentes. Supe-se que o frio au-menta a sensibilidade dos vasos sanguneos s vibraes e promove a constriodos vasos.42Em trabalhadores que usam ferramentas motorizadas com altas frequncias,so observadas tambm perturbaes da circulao e da sensibilidade. Surgem in-chaos dolorosos com perturbaes da sensibilidade nas mos, que muitas vezesno so passageiras.4.5.2 Riscos ErgonmicosEstes riscos so contrrios s tcnicas de ergonomia, que exigem que osambientes de trabalho se adaptem ao homem, proporcionando bem estar fsico epsicolgico.Esto ligados tambm a fatores externos (do ambiente) e internos (do planoemocional), em sntese, quando h disfuno entre o indivduo e seu posto de traba-lho.A Ergonomia (ou Fatores Humanos) uma disciplina cientfica relacionadaao entendimento das interaes entre os seres humanos e outros elementos ou sis-temas, e aplicao de teorias, princpios, dados e mtodos a projetos a fim de oti-mizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema.Um dos problemas mais comuns no trabalho com a motosserras est na er-gonomia. O levantamento e transporte manual de pesos, e ritmos excessivos neces-sitam de intervenes ergonmicas em quase todos os postos de trabalho. Alm dospesos e ritmos excessivos, existem agravantes, como os controles rgidos da produ-tividade, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade, estresse fsi-co e/ou psquico.A operao de corte exige uma postura inadequada para o operador, poisuma das normas bsicas de segurana nunca efetuar um corte acima da altura doombro. Este corte feito na maioria das vezes 30 cm acima do solo para maior apro-veitamento do fuste (tronco) da rvore. Outra norma de segurana que o operador nunca esteja na linha de corteda motosserra, ou seja, sempre ao lado da linha de corte. A postura mais indicadapara o operador flexionar os joelhos com as pernas abertas na linha do ombro ecoluna reta, o que na maioria das vezes no acontece por j apresentar o vcio dapostura inadequada, que pode causar vrias doenas ocupacionais como as lombal-gias.43O esforo intenso e repetitivo para a operao da motosserra, assim comotambm o esforo para carregar a mquina e os materiais so os agentes causado-res dos problemas ergonmicos e como medidas preventivas recomenda-se fazerpausas, mudar de posio e no exceder a capacidade de peso.importantequeasempresasflorestaisadquirammotosserrasprofissio-nais, equipadas com freio de corrente,pino pega-corrente, sistema anti-vibratrio,protetor da mo esquerda, protetor da mo direita, trava de segurana do acelera-dor, direcionador de serragem e escapamento com dispositivo silencioso e direciona-dor de gases. Alm disso, as motosserras devem ter baixo peso, design ergonmico,baixo nvel de rudo e de vibrao e balanceamento adequado (SANTANNA et al.,1999).4.5.3 Riscos QumicosSo aqueles representados pelas substncias qumicas que se encontramnas formas lquida, slida e gasosa, e quando absorvidos pelo organismo, podemproduzir reaes txicas e danos sade.Podemos citar como agentes causadores a gasolina, o leo para corrente, afumaa do motor e o p da madeira.O p proveniente do corte da madeira pode causar doenas no trato respira-trio e dependendo da sensibilidade do operador tambm poder causar problemasna pele devido s propriedades alergnicas de algumas espcies de rvores.4.5.4 Riscos de AcidentesOs riscos mecnicos ou de acidentes ocorrem em funo das condies fsi-cas (do ambiente fsico de trabalho) e tecnolgicas imprprias, capazes de colocarem perigo a integridade fsica do trabalhador.Os acidentes aos quais os operadores de motosserra esto expostos sobasicamente, queda de galhos e ferimento com a corrente da motosserra devido avrios fatores. Cerca de 85% dos acidentes com motosserra so provocados pelacorrente (elemento cortante) em movimento. Os casos fatais, na maioria das vezes,devem-se queda de rvores, derrubadas sem a devida tcnica de corte. Uma dascausas mais frequentes de acidentes o rebote ou golpe de retrocesso da motos-serra (Fig. 28), que ocorre quando ao utilizar a parte superior da ponta do sabre, a45A figura 30, mostra os percentuais de incidncia de leses em operadoresde motosserra e as possibilidades de proteo com EPIs.Figura 30 - Incidncia de leses no operador de motosserra e as possibilidades de proteo (EPIs).Fonte: Manual Tcnico IFT (2011).4.5.5 Riscos BiolgicosSo aqueles causados por microorganismos como bactrias, fungos, vrus eoutros. So capazes de desencadear doenas devido contaminao e pela prprianatureza do trabalho.Os agentes causadores de risco biolgico ao operador de motosserra sobactrias, vrus e fungos, sendo as medidas preventivas a serem tomadas so a cor-reta higienizao dos Equipamentos de Proteo Individuale a conservao ade-quada dos alimentos.465 MATERIAIS E MTODOS5.1 LOCAL DE REALIZAO DO ESTUDOA coleta de dados para este estudo de caso foi efetuada na rea rural situa-da entre os municpios de Porto Unio (SC), Matos Costa (SC), Porto Vitria (PR) eUnio da Vitria (PR), mais precisamente nas faixas de servido de rede de distribui-o de energia, onde duas empreiteiras foram contratadas pela Concessionria deEnergia para atividades de limpeza de vegetao com cortes de rvores ao longo darede.Na regio do estudo em questo predomina clima temperado (Cfb), tempe-ratura mdia no ms mais frio abaixo de 18C (mesot rmico), com veres frescos,temperatura mdia no ms mais quente abaixo de 22Ce sem estao seca defini-da. (IAPAR Instituto Agronmico do Paran apud PESCADOR & OLIVEIRA, 2009).A formao florestal no local a Floresta Ombrfila Mista, composta por for-maes latifoliadas e por conferas, representadas pelo Pinheiro-do-Paran (Arauc-ria angustifolia). Tambm conhecida como Mata das Araucrias, essa formao ocu-pava 44% do territrio paranaense, sendo das florestas do pas a que mais sofre ex-plorao econmica.5.2 METODOLOGIA E MATERIAIS UTILIZADOS Inicialmente foi realizadapesquisa bibliogrficaemlivros, peridicos,sitesde internet e manuais de equipamentos especficos.A metodologia de pesquisa adotada foi o estudo de caso das condies se-gurana de trabalho de cinco operadores de motosserra de duas empreiteiras con-tratadas pela Concessionria de Energia para as atividades de limpeza de faixa deservido de rede de distribuio de energia eltrica. Asinformaesforamlevantadaspor meiodequestionrio(emanexo),entrevistas e observaes no localde trabalho, alm dos conhecimentosprprios,de experincia com trabalhos de auditoria de empreiteiras de roada, onde h usoespordico de motosserra e por ministrar cursos de motosserra.Foi avaliada a forma de derrubada da vegetao comparando-a ao procedi-mento correto, segundo a tcnica de explorao padro, verificado o uso de equipa-47mentos de proteo individual pelos operadores de motosserra e identificados os ris-cos aos quais os mesmos esto expostos durante suas atividades.Apartir dessas informaes forampropostasmedidas preventivas deseguranaparaosoperadoresdemotosserra, orientandosobreamaneiramaiscorreta para desenvolver suas atividades.6 RESULTADOS E DISCUSSESParaacontrataodasempreiteiras, aConcessionriadeEnergiasegueprocedimentointernoespecfico, comaapresentaodadocumentaoexigida,passando por vistoria de equipamentos e por reunio de integrao com participa-o de funcionrios da Concessionria, entre eles um tcnico de segurana.Aps as orientaes necessrias, as empreiteiras iniciam seu servio, sendoacompanhadas em campo durante as atividades por um fiscal da Concessionria.6.1 REGISTRO DAS CONDIES DE TRABALHO O transportedosfuncionriosfoi realizado com veculo Kombi,conduzidopor motoristahabilitado, quenessecasooencarregadodaequipe; esendotransportados os materiais e ferramentas separados dos passageiros.Os funcionrios das empreiteiras no acampam no local, somente realizamas refeies. Geralmente ficam na empreiteira somente durante o tempo de duraodo contrato da mesma com a Concessionria. Alguns no chegam a ficar durantetodo o contrato sendo registrada alta rotatividade.No h requisitos especficos para a contratao dos funcionrios. Algumasvezes por indicao, outras por j conhecerem de trabalhos anteriores, mas nohexignciasdeexperincianafunoenemtestesouentrevistas. Somenteexigido do operador de motosserra que possua curso.No h um horrio fixo de incio e trmino de jornada de trabalho, mas emgeral, cumprem uma mdia de 8 horas dirias com intervalos para almoo e lanche.Os locais de trabalho no atendem a exigncia da NR-21, item 21.1, ondeconstaquenostrabalhosrealizadosacuaberto, obrigatriaaexistnciadeabrigos, ainda que rsticos capazes de proteger os trabalhadores contra48intempries. O nico abrigo neste caso o prprio veculo que muitas vezes ficaestacionado longe do local das atividades, devido s caractersticas do local.O deslocamento do trabalhador no ambiente no fcil, pois a vegetao setorna um obstculo, que em muitos casos precisa abrir picadas no meio da mata,alm da necessidade de se transportar material e a prpria motosserra, dificultandoainda mais a locomoo. 6.1.1 Segurana no trabalhoAlm de dois operadores de motosserra por empreiteira, em uma delas oprprio encarregado possui o treinamento para a atividade.Os procedimentos operacionais so cumpridos na grande parte do tempo,havendo, no entanto, falhas que podem colocar em risco a segurana da atividade,como o trabalho dos operadores em distncia abaixo da permitida. Foi verificadaapreocupaocomhigieneeergonomiaaodecorrer daatividade. Os EPI's nosocompartilhados esohigienizados aps odiadeservio. As motosserras tambmso limpas ao fimda jornada diria, comoesgotamento do combustvel e do leo para que no sejam derramados durante otransporte. Segundo os fiscais das empreiteiras, eles orientam os funcionrios paraque realizem o revezamento na atividade de derrubada para no haver sobrecargamuscular e tambm quanto postura no corte.Como h fiscalizao, so verificadas poucas presenas de irregularidadesno trabalho dos operadores em relao questo de segurana.No h registro de dados de acidentes graves. Possveis doenas ocupacionais advindas de esforos repetitivos ou postu-ras incorretas no so adquiridas em um intervalo de tempo pequeno como o que despendido durante a durao de um contrato de roada, portanto no h registrodas mesmas.Em relao aos quesitos apresentados por meio de questionrio especficoaos operadores de motosserra para obteno de informaes relacionadas Segurana de Trabalho, foram verificados: Somente dois dos cinco operadores entrevistados disse j ter sofrido acidentede trabalho com motosserra, mas no no emprego atual;49 Acidente devido falta de Equipamento de Proteo Individual. O operadorestavasemoprotetorfacial eumpedaodemadeiraatingiuoseurostoprovocando um corte; Acidenteprovocadopor procedimentoirregular. Ooperador foi acionar amotosserranoar enotranco, elapegounapernadooperador, masfoiparada pela calade segurana. Oresultado foi apenasumhematoma naperna; No houve afastamentos em decorrncia dos acidentes; Oconsensoentretodos os operadores foi dequeamotosserraumamquina perigosa, assim como o trabalho do operador de motosserra.6.1.2 Equipamentos de Proteo IndividualOs Equipamentos de Proteo Individual recomendados no trabalho florestalso: cala de motosserrista, capacete com protetor auricular, protetor facial, luvas,caneleiraecoturno, ondeseobservouemvisitaacampo, quenemtodos osfuncionrios e operadores de motosserras, estavam devidamente equipados.Em relao aos quesitos apresentados por meio de questionrio especfico aosoperadores de motosserra para obteno de informaes relacionadas aosEquipamentos de Proteo Individual, foram verificados: Todos os operadores sabiam o que era Equipamento de Proteo Individual ea funo dos mesmos. Isso foi resultado da palestra do Tcnico de Seguranada Concessionria durante a reunio de integrao com as empreiteiras; Tambm houve consenso quanto importncia do uso dos Equipamentos deProteo Individual. Todos os operadores consideram importante o uso; Apenas um operador no estava com a vestimenta completa. Ele no estavausandooprotetor auricular eajustificativadomesmofoi dequecomoprotetor elenoouviaquandoalgumquerialhealertar dealgumperigodurante o corte; 50 Um dos funcionrios tinha trocado o protetor facial por culos de seguranaincolor. A justificativa desta troca foi que o protetor facial atrapalhava muito aviso; Apenas umoperador disse no se sentir incomodado como uso dosequipamentos de proteo individual; DosquatrooperadoresquedisseramsentirincmodonousodosEPIs, ocomponente unnime foi a cala, conforme apresentado na figura 31; Osoperadorestambmdisseramnoterem recebidotreinamento formal esimorientaessobreousoemanutenodeequipamentosdeproteoindividual.1224CalaProtetor FacialProtetor auricularLuvasFigura 31 Relao entre EPIs e quantidade de operadores que se sentem incomodadospelo seu uso.6.2 TCNICA DE EXPLORAOA verificao da tcnica de explorao da vegetao adotada em relao aoquesito segurana est dentro dos padres, porm nota-se, algumas vezes, a faltade cuidado dos operadores emcertas questes, como manter distncia desegurana entre operadores de 2 vezes e meia o tamanho da maior rvore.Pode ser verificado tambmque quando a rvore est emterrenosirregulares as tcnicas no so cumpridas totalmente.51Alguns operadores tem tambm uma certa resistncia mudanas,geralmenteos mais experientes noaceitamumaidiadiferentedasuaeserecusam a utilizar as tcnicas adequadas de derrubada por achar que perdem tempocom elas. A idia desses trabalhadores que como nunca sofreram um acidente, ouento at se acidentaram, mas semconseqncias mais graves, todo esseprocedimento de utilizao das tcnicas de segurana pode ser dispensado.Muitas vezes os acidentes tambm ocorrem pelo menosprezo do perigo, dasituaoderisco. Mesmosabendoque deve-seutilizar devidamentetodos osdispositivos de seguranadestinados a proteger a si mesmo e aos demaistrabalhadores, abstendo-se de todo comportamento que possa resultar em perigo, avelha idia de que isso nunca vai acontecer comigo prevalece.H um consenso entre os operadores que a aplicao da tcnica padro decorte diminui o rendimento e aumenta o esforo fsico mas que eles preferem adotardevido a segurana que a mesma proporciona.8. CONCLUSES Com a pesquisa bibliogrfica e as avaliaes das condies de seguranatrabalho estabelecidas no estudo de caso, as seguintes concluses se destacam:1. As empreiteiras deumamaneirageral cumpriramas normas relativas asegurana e sade no trabalho, com exceo a exigncia da NR-21, quanto aobrigatoriedade da existncia de abrigos paraproteger os trabalhadorescontra intempries nos locais de trabalho;2. Conscincia dos operadores da importncia da utilizao dos EPIs e de suaresponsabilidade em relao prpria segurana e a do colega;3. Apesar da conscincia mencionada no item 2, observou-se a falta de cuidadoquanto obrigatoriedade do uso completo e adequado dos EPIs;4. A importncia de se conhecer a realidade dos acidentes com motosserra paraquesejapossvel aelaboraodemedidas deprevenoespecficas atividade;525. Embora os riscos fsicos sejamos mais comuns duranteotrabalhodeoperao de motosserra, os riscos de acidentes so os que trazemconseqncias mais graves como mutilaes e at a morte de trabalhador;6. Os procedimentos operacionais foram cumpridos na grande parte do tempo,noentanto, ocorreramfalhasquepodemcolocaremriscoaseguranadaatividade, como o trabalho dos operadores em distncia abaixo da permitida;7. Nestetrabalhoforamapresentadasorientaes sobreousodeEPI's, amaneira correta da utilizao da motosserra e recomendaes sobre medidaspreventivas com relao atividade de corte de rvores,a fim de minimizaros riscos inerentes a mesma.8. O risco da atividade de derrubada pode ser minimizado ao se ter o controleda situao, atravs de treinamento apropriado para a tarefa e utilizao dosequipamentos necessriospara eliminar a prtica pelo operador dos fatoresinerentes a atos inseguros.53REFERNCIASAMARAL, P. H. C, VERSSIMO, J. A. O; VIDAL, E. J. S. Floresta para Sempre: ummanual para a produo de madeira na Amaznia. Cap. 7 Corte das rvores. Belm:Imazon, 1998, p.64 - 76 BRASIL.Ministrio do Trabalho e Emprego.Normas Regulamentadoras. Dispon-vel em:.Aces-so em: 11 mar. 2012. COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA.Apostila Manuteno de Motosserra.Curitiba, 2006.CONCEITOS de segurana no trabalho. Disponvel em:. Acesso em:01ago. 2011.FERNANDES, Mrcia. Estudo dos efeitos auditivos e extra-auditivos da exposi-o ocupacional a rudo e vibrao. Revista Brasileira Otorrinolaringologia. 2002. HASELGRUBER, Friedrich,. Motosserras: mecnica e uso / Friedrich Haselgrubere Karl Fritz Gerhard Grieffenhagen. Porto Alegre: Metrpole, 1989.IBAMA Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis.Legislao federal de Meio Ambiente. Portaria Normativa IBAMA N 149, de 30 dedezembro de 1992. Ministrio do Meio Ambiente, dos recursos Hdricos edaAmaznia Legal. Braslia. Vol. 3, 1996. p 1425. ITENS de segurana. Disponvelem:. Acesso em: 09 abr.2012.LEI n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Disponvel em:. Acesso em: 11 mar. 2012.LISBA, MarceloGomes.Recomendaesdeseguranaparaumprocessomaisseguronacolheitaflorestal semi mecanizada.2006, 49f.Trabalhodeconcluso de curso(Ps-graduao emEngenharia deSeguranado Trabalho)-Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, 2006.LOPES, Eduardo da Silva. Operao e Manuteno de Motosserras: manual tc-nico / Eduardo da Silva Lopes, Luciano Jos Minetti.- Viosa: Aprenda Fcil, 2000.54MANUALdeinstruaotcnicadacopel. Disponvel em: .Acesso em:09 abr. 2012.MANUAL tcnico, 2 IFT, Manejo de florestas naturais da Amaznia: corte, traa-mento e segurana.Marlei M. Nogueira; Valderez Vieira; Arivaldo de Souza; MarcoW. Lentini. Belm, PA: Instituto Floresta Tropical, 2011.OPERADOR com EPIs. Disponvel em: . Acesso em:09 abr. 2012.PESCADOR, C.M.M.; OLIVEIRA, A. J. de. Segurana do trabalho na colheita flo-restal: um estudo de caso. 2009, 60f. Trabalho de concluso de curso (Ps-gradua-o em Engenharia de Seguranado Trabalho) Universidade Estadual de PontaGrossa, Ponta Grossa, 2009.RODRIGUES, P. M. C. Levantamento dos riscos dos operadores de motosserrana explorao de uma floresta nativa. 2004, 82 f. Trabalho de Concluso de Curso(Especializao em Segurana do Trabalho) - Universidade Federal do Mato Grosso,Cuiab, 2004.SANTOS, W. T.Avaliao da segurana no trabalho de operadores demotosserras no corte de eucaliptos, em empresas terceirizadas na regio donoroeste de minas. 2008, 8 f. Trabalho de Concluso de Curso (Especializao emSegurana do Trabalho) -Unio Educacional Minas Gerais, Uberlndia, 2008.SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO. 21. ed. So Paulo: Atlas, 1992. 404 p.(Manuais de Legislao Atlas, 16).XIMENES, Gilmar Machado. Gesto ocupacional da vibrao no corpo humano,aspectos tcnicos e legais relacionados sade e segurana. 2006, 157 f. Dis-sertao de Mestrado (Sistemas de Gesto) Universidade Federal Fluminense, Ni-teri, 2006.55ANEXO A NR-12 Mquinas e Equipamentos Anexo V56ANEXO VMOTOSSERRAS1. As motosserras devem dispor dos seguintes dispositivos de segurana:a) freio manual ou automtico de corrente;b) pino pega-corrente;c) protetor da mo direita;d) protetor da mo esquerda; ee) trava de segurana do acelerador.1.1. As motopodas e similares devem atender, no que couber, o disposto no item 1 ealneas deste Anexo.2. Os fabricantes e importadores de motosserras e similares devem informar, noscatlogosemanuaisdeinstruesdetodososmodelos, osnveisderudoevibrao e a metodologia utilizada para a referida aferio.3. As motosserras e similares fabricadas e importadas devem ser comercializadascommanual deinstruesquecontenhainformaesrelativasseguranaesade no trabalho, especialmente:a) quanto aos riscos segurana e a sade durante o seu manuseio;b) instruesdesegurananotrabalhocomoequipamento, deacordocomoprevisto nas Recomendaes Prticas daOrganizao Internacional do Trabalho OIT;c) especificaes de rudo e vibrao; ed) advertncias sobre o uso inadequado.4. OsfabricanteseimportadoresdemotosserrasesimilaresinstaladosnoPasdevemdisponibilizar, por meio de seus revendedores, treinamento e material57didticoparaos usurios, conformecontedoprogramticorelativoutilizaoconstante do manual de instrues.4.1. Osempregadoresdevempromover, atodososoperadoresdemotosserraesimilares, treinamento para utilizao segura da mquina, com carga horria mnimade oito horas e conforme contedo programtico relativo utilizao constante domanual de instrues.4.2. Os certificados de garantia das mquinas devem ter campo especfico, a serassinado pelo consumidor, confirmando a disponibilidade do treinamento ouresponsabilizando-se pelo treinamento dos trabalhadores que utilizaro a mquina.5. Todos os modelos de motosserra e similares devemconter sinalizao deadvertncia indelvel e resistente, em local de fcil leitura e visualizao do usurio,com a seguinteinformao:o usoinadequadopode provocaracidentes graves edanos sade.6. proibidoousodemotosserrasesimilarescombustointernaemlugaresfechados ou insuficientemente ventilados.58 ANEXO B Questionrio59QUESTIONRIODADOS GERAISNome: Tempo em que o empregado desenvolve a atividade na empresa:Rotatividade dos empregados: N de funcionrios com treinamento para operao de motosserra: Requisitos para a contratao(teste, entrevista, outros):Jornada de trabalho: Tem ou teve algum problema relacionado ao uso da motosserra? Qual? Sente dores? Aonde? J ficou sem trabalhar por alguma doena? Qual? SEGURANA NO TRABALHO J sofreu algum acidente de trabalho? Como foi? Que partes do corpo foram atingidas? Ficou afastado do trabalho em decorrncia deste acidente? Acha seu trabalho perigoso? Acha a motosserra uma mquina perigosa? EPIs Sabe o que Equipamento de Proteo Individual (EPI)? Sabe a funo do EPI? Acha importante o uso do EPI? Usa os EPIs? Sente-se incomodado com o uso de algum EPI? Qual? Porque? Recebeu algum treinamento sobre o uso e a manuteno dos EPIs?