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stou em uma onda de total desconfiança. Que é isso, Professor? Você precisa acreditar mais nas pessoas. Você entendeu errado, meu filho. Não estou desconfiando das pessoas, mas das informações. Entenda o motivo e veja que é um sentimento necessário. Muitos acreditam que qualquer informação é verdade universal, ainda mais se estiver em um documento oficial, em um livro ou se foi dito por um professor. Na verdade, boa parte do desenvolvimento na área científica sempre dependeu de alguém não aceitar 100% uma “verdade”. Mas vamos ver alguns exemplos relacionados com a nossa área. Por exemplo, os limites de tolerância. São valores tão falhos que consegui citar 8 itens para não confiar neles (veja no vídeo http://m.youtube.com/watch?v=vbfAwyol eP4). Mas um outro item em que muitos creem de forma religiosa é na FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos), este documento, teoricamente, traria diversas informações sobre determinado produto químico, dentre elas o manuseio correto, a toxicidade, armazenamento e outros itens que influenciariam na Segurança do uso do produto. No entanto, quem elabora a referida ficha é o fabricante, e acredito, que mais por ignorância do que má-fé (pelo menos, eu espero), algumas fichas têm informações incompletas ou no mínimo questionáveis. Precisamos verificar as informações, pois no final das contas o trabalhador é que será prejudicado, no caso de um erro de informação. Para verificar se o que o fabricante indica na FISPQ em relação a um determinado produto químico é verdade, devemos utilizar o estudo presente em várias fontes oficiais (mas também, desconfie delas), veja abaixo: http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/prod utos/produto_consulta_completa.asp http://bdlep.insht.es:86/LEP2015/ http://limitvalue.ifa.dguv.de/Webform_gw .aspx http://www.epa.gov/enviro/html/emci/che mref/ http://chem.sis.nlm.nih.gov/chemidplus/ http://www.insht.es/portal/site/Insht/men uitem.a82abc159115c8090128ca1006096 1ca/?vgnextoid=4458908b51593110VgnV CM100000dc0ca8c0RCRD http://www.cdc.gov/niosh/ipcs/ipcscard.ht ml a tabela dos agentes químicos do anexo 11 da NR 15 há a indicação sobre os Asfixiantes Simples, que são gases inertes que não causam nenhum efeito específico ao exposto, mas em alta concentração deslocam o oxigênio podendo provocar asfixia no trabalhador dependendo do % de exposição. Porém apesar de não fazer parte do referido anexo, temos também outros tipos de asfixiantes, os químicos, que atuam reagindo com as moléculas que transportam o oxigênio por meio do sangue. Como consequência desta reação não ocorre a oxigenação do organismo. Alguns destes produtos podem atuar diretamente no cérebro, como o Ácido Sulfídrico, que paralisa os músculos da respiração. outros tipos de ações destes asfixiantes, mas todos podem levar à inconsciência quando em altas concentrações. Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho DESCONFIÔMETRO LIGADO ASFIXIANTES SIMPLES E QUÍMICOS Boa Leitura! Contatos: www.jornalsegurito.com Jornal Segurito [email protected] Estou no início da leitura mas o livro promete, pois é um assunto sobre o qual praticamente não temos literatura. Prezados Prevencionistas, Neste mês antecipamos seus pensamentos, identificamos suas necessidade, avaliamos quais seriam os melhores assuntos e finalmente decidimos que para controlar a sua ansiedade deveríamos ter uma edição quase que exclusiva sobre Higiene Ocupacional. Espero que gostem da edição e que enviem sugestões ou críticas para nossa melhoria contínua. Prof. Mário Sobral Jr. Mensagem ao Leitor E Vibração Ocupacional e Ambiental Guia Técnico e Prático Coletânea de Leis, normas, pareceres e relatórios técnicos Rogério Dias Regazzi Manaus, Abril 2015 Edição 103 Ano 9 Periódico Para Rir e Aprender N PIADINHA Neste mês tive uma ideia brilhante: coloquei Nescau na ração das galinhas. Agora é só esperar elas botarem os ovos de Páscoa e economizar uma fortuna. Para fazer um bolo de dinheiro, eu preciso de uma Receita Federal? Assim como os demais prevencionistas, o Jornal Segurito apoia o Abril Verde. Em 28 de abril de 1969 ocorreu um acidente com explosão em uma mina nos Estados Unidos, como consequência houve a morte de 78 trabalhadores. Como homenagem e para não nos fazer esquecer destes tipos de acidentes em 2003 a OIT adotou o 28 de abril como Dia Internacional em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Leia mais sobre o assunto em https://www.facebook.com/abrilverdeoficial SEGURITO APOIA ABRIL VERDE

SEGURITO 103.pdf

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  • ,stou em uma onda de totaldesconfiana.Que isso, Professor? Voc precisaacreditar mais nas pessoas.Voc entendeu errado, meu filho. Noestou desconfiando das pessoas, mas dasinformaes. Entenda o motivo e veja que um sentimento necessrio.Muitos acreditam que qualquer informao verdade universal, ainda mais se estiverem um documento oficial, em um livro ouse foi dito por um professor.Na verdade, boa parte dodesenvolvimento na rea cientfica sempredependeu de algum no aceitar 100%uma verdade.Mas vamos ver alguns exemplosrelacionados com a nossa rea.Por exemplo, os limites de tolerncia. Sovalores to falhos que consegui citar 8itens para no confiar neles (veja no vdeohttp://m.youtube.com/watch?v=vbfAwyoleP4).Mas um outro item em que muitos creemde forma religiosa na FISPQ (Ficha deInformao de Segurana de ProdutosQumicos), este documento, teoricamente,traria diversas informaes sobredeterminado produto qumico, dentre elaso manuseio correto, a toxicidade,armazenamento e outros itens queinfluenciariam na Segurana do uso doproduto.No entanto, quem elabora a referida ficha o fabricante, e acredito, que mais porignorncia do que m-f (pelo menos, euespero), algumas fichas tm informaesincompletas ou no mnimo questionveis.Precisamos verificar as informaes, poisno final das contas o trabalhador queser prejudicado, no caso de um erro deinformao.Para verificar se o que o fabricante indicana FISPQ em relao a um determinadoproduto qumico verdade, devemosutilizar o estudo presente em vrias fontesoficiais (mas tambm, desconfie delas),veja abaixo:http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/prod

    utos/produto_consulta_completa.asp

    http://bdlep.insht.es:86/LEP2015/

    http://limitvalue.ifa.dguv.de/Webform_gw.aspx

    http://www.epa.gov/enviro/html/emci/chemref/

    http://chem.sis.nlm.nih.gov/chemidplus/

    http://www.insht.es/portal/site/Insht/menuitem.a82abc159115c8090128ca10060961ca/?vgnextoid=4458908b51593110VgnV

    CM100000dc0ca8c0RCRD

    http://www.cdc.gov/niosh/ipcs/ipcscard.html

    a tabela dos agentes qumicos doanexo 11 da NR 15 h a indicao sobreos Asfixiantes Simples, que so gasesinertes que no causam nenhum efeitoespecfico ao exposto, mas em altaconcentrao deslocam o oxigniopodendo provocar asfixia no trabalhadordependendo do % de exposio.Porm apesar de no fazer parte doreferido anexo, temos tambm outrostipos de asfixiantes, os qumicos, queatuam reagindo com as molculas quetransportam o oxignio por meio dosangue. Como consequncia desta reaono ocorre a oxigenao do organismo.

    Alguns destes produtos podem atuardiretamente no crebro, como o cidoSulfdrico, que paralisa os msculos darespirao.H outros tipos de aes destesasfixiantes, mas todos podem levar inconscincia quando em altasconcentraes.Autor: Mrio Sobral Jnior Engenheiro deSegurana do Trabalho

    DESCONFIMETROLIGADO

    ASFIXIANTESSIMPLES E QUMICOS

    SBoa

    Leitura!

    Contatos: www.jornalsegurito.com Jornal Segurito [email protected]

    Estou no incio da leitura mas o livropromete, pois um assunto sobre o qualpraticamente no temos literatura.

    Prezados Prevencionistas,Neste ms antecipamos seuspensamentos, identificamos suasnecessidade, avaliamos quais seriam osmelhores assuntos e finalmentedecidimos que para controlar a suaansiedade deveramos ter uma edioquase que exclusiva sobre HigieneOcupacional.Espero que gostem da edio e queenviem sugestes ou crticas para nossamelhoria contnua.

    Prof. Mrio Sobral Jr.

    Mensagemao Leitor

    E

    Vibrao Ocupacional e AmbientalGuia Tcnico e Prtico

    Coletnea de Leis, normas, pareceres erelatrios tcnicosRogrio Dias Regazzi

    Manaus, Abril 2015 Edio 103 Ano 9Peridico Para Rir e Aprender

    N

    PIADINHANeste ms tive uma ideia brilhante:coloquei Nescau na rao das galinhas.Agora s esperar elas botarem os ovosde Pscoa e economizar uma fortuna.

    Para fazer um bolo de dinheiro, eu precisode uma Receita Federal?

    Assim como os demais prevencionistas, oJornal Segurito apoia o Abril Verde.Em 28 de abril de 1969 ocorreu umacidente com exploso em uma mina nosEstados Unidos, como consequncia houvea morte de 78 trabalhadores. Comohomenagem e para no nos fazeresquecer destes tipos de acidentes em2003 a OIT adotou o 28 de abril como DiaInternacional em Memria s Vtimas deAcidentes e Doenas do Trabalho.

    Leia mais sobre o assunto emhttps://www.facebook.com/abrilverdeoficial

    SEGURITO APOIAABRIL VERDE

  • ESTABILIDADEPROVISRIA

    abemos que o membro eleito para ocargo de direo da CIPA possuiestabilidade provisria, desde o momentode sua candidatura at um ano aps otrmino do seu mandato. E mais: esseempregado no pode sofrer despedidaarbitrria por parte do empregador (Art.165 CLT) e caso venha a ser desligado semjusta causa, poder entrar com ao noTribunal do Trabalho e a empresa poderser condenada a reintegr-lo (Art. 165Pargrafo nico).

    Como seria se a empresa demitisse omembro eleito da CIPA sem justa causa epercebesse que cometeu um erro? E esseerro do RH fosse comunicado aoempregado e mesmo assim ele serecusasse a retornar ao trabalho?Bem esse caso aconteceu (Processo n0000290-75.2014.5.03.0079 RO)! E vejama deciso do Tribunal Regional doTrabalho.Logo aps a identificao do erro nodesligamento da colaboradora, a empresaa contatou informando do erro e solicitou oretorno ao trabalho, porm a trabalhadoraalegou, que conforme o Art. 489 da CLT,ela no era obrigada a voltar ao trabalho eque no lhe interessava mais amanuteno do contrato, mas que queria aindenizao pelo tempo restante de suaestabilidade provisria. A Magistradaentendeu que a trabalhadora no deujustificativa plausvel para negar o retornoao trabalho! E como a empresa procurou aempregada e ela quem recusou o retorno,o contrato rompeu-se por iniciativa tcitada prpria empregada, tendo direitosomente percepo das parcelasrescisrias devidas nessa modalidade deruptura contratual.Autor: Wellyngton Thiago Novaes da Silva -Engenheiro de Produo e Eng. de Seguranado Trabalho.

    LIPOSSOLVEIS EHIDROSSOLVEIS

    omecei a ler o livro do Regazzi sobrevibrao e alguns dos alertas sobre errosem laudos e relatrios acho importantedivulgar, vejamos a seguir:- Para a realizao de medies devibrao deve-se obter uma certificao eter um conhecimento prvio sobre anlisede sinais;

    - O equipamento de medio deve ser umanalisador e nunca um dosmetro devibrao que no permite avaliar aqualidade do sinal ou a assinatura davibrao que mostra para o operador queas medies que esto sendo obtidas sode vibrao mecnica da estrutura e nodo impacto no acelermetro ou na caixado acelermetro, nem rudo de terra, outriboeltrico do cabo ou saturao do sinal

    DICAS QUE VO FAZER VOC VIBRARJORNAL SEGURITO

    Ancoragem

    S

    Q

    C de medio, dentre outros fatores;- Deve fazer parte do laudo o grfico dedistribuio de frequncia em oitavas e ode calibrao (excitador de vibrao) paraque se tenha uma real ideia das fontes edos procedimentos de medio,confirmando a unidade de medioutilizada;- Na avaliao, s deve constar o tempoem que o trabalhador est exposto vibrao; no se deve contar o perodoem que o trabalhador tenha pausas doequipamento ou em que esteja a segur-lo sem estar em funcionamento.- A utilizao de um dosmetro s deve serimplementada para avaliar medidas decontrole para toda a jornada, que no casode vibrao so bastante diferentes emfuno das atividades dirias;- Os programas de Preveno de RiscosAmbientais (PPRA NR 9) presentes namaioria das empresas no fazem menoao agente fsico vibrao, apesar de serobrigatrio tanto para o atendimento aosrequisitos, diretivas e instrues doMinistrio do Trabalho e Emprego quantopara atendimento s questesprevidencirias do Ministrio daPrevidncia e Assistncia Social.Fonte: Vibrao Ocupacional e Ambiental Guia Tcnico e Prtico Rogrio Dias Regazzi.

    PIADINHASO que que cai na chuva e corre deitado:moto boy

    Sou a favor da reciclagem, sempre pegoex-namorada de amigo meu.

    Vudu nada mais que uma acupunturawifi.

    aso resolvssemos apresentarresumidamente a metodologia empregadapela Higiene Ocupacional, poderamosdizer que passa pelas seguintes etapas emrelao aos contaminantes:1. Identificao: consiste em conhecer oscontaminantes que esto presentes noambiente de trabalho. Esta etapaaparentemente simples, pode ser bemtrabalhosa2. Medio: esta etapa pode ser realizadacom o uso de instrumentos com os quaisobteramos dados quantitativos ou,dependendo da situao, apenas com aavaliao tcnica do profissional pode serapenas qualitativa. Nesta etapa o mtodode medio e a definio do instrumentomais adequado so passos primordiais.3. Avaliao: com base na anlise dosdados da medio deveremos definir se huma situao segura ou de riscocomparando com os limites de exposio.4. Controle: para resolver ou pelo menosamenizar as situaes de risco devemosutilizar as medidas administrativas (ex:rodzio) ou medidas tcnicas que iroatuar sobre a fonte do contaminante (ex:enclausuramento), sobre o meio detransmisso (ex: barreiras) ou sobre oprprio trabalhador (ex: EPI).Autor: Mrio Sobral Jnior Engenheiro deSegurana do Trabalho

    uando respiramos, o ar entra pelosistema respiratrio chegando at ospulmes, porm o que tiver no ar entrajunto. No entanto, dependendo da suasolubilidade, esta entrada pode causar ummaior dano ao trabalhador.Quando respiramos um gs ou vapor opercurso para chegar aos pulmes revestido por uma base aquosa e estacamada acaba funcionando como umabarreira protetora caso o produtorespirado seja lipossolvel, ou seja,solvel em gordura, mas no so emgua.Estas substncias s sero absorvidas deforma importante ao chegarem nosalvolos onde possvel a absoro tantodas hidro quanto das lipo.Para os contaminantes particulados,sejam slidos ou lquidos teremos omesmo comportamento, porm nestecaso teremos a influncia do tamanho dapartcula.Quanto menor a partcula, mais fcil dechegar aos alvolos do pulmo ondepodem at chegar a passar para osangue.Ento, mais um fator importante paravoc analisar solubilidade dos produtosqumicos.Autor: Mrio Sobral Jnior Engenheiro deSegurana do Trabalho

    METODOLOGIAHIGIENE OCUPACIONALC

  • detectemos muitas inferncias que notm fundamentao lgica."Pode-se parafrasear Armitage parajustificar a aplicao adequada de tcnicasestatsticas. A variao de medidas deexposio ocupacional um argumento afavor das informaes estatsticas, nocontra elas. Se o higienista industrialencontra uma nica ocasio em que aexposio est abaixo do nvel desejado,no resulta que todas as exposiesestaro abaixo do nvel alvo. O higienistaindustrial precisa das informaesestatsticas que indiquem que os nveis deexposio esto suficientes econsistentemente baixos. A "experinciaprofissional" muitas vezes mencionadaprovavelmente , em parte, comparaesessencialmente estatsticas derivadas deuma vida de prtica industrial. Adiscusso, ento, se tais informaesdevem ser armazenadas de maneirabastante informal na mente do higienistaindustrial ou se elas devem ser coletadase distribudas de maneira sistemtica.Poucos higienistas adquirem, por ex-perincia pessoal, informaes concretassobre toda a gama de situaes deexposio ocupacional, e em parte pelacoleta, anlise e distribuio de informa-es estatsticas sobre a exposioocupacional que um corpo deconhecimento comum construdo e so-lidificado.Fonte: traduo do Manual de Estratgiade Amostragem - NIOSH

    magine uma sala com uma mquinabarulhenta e um trabalhador. Imaginou?Pois bem, agora imagine o rudo partindoda mquina para todas as direes, umaparte destas ondas sonoras vo chegardireto ao receptor, mas outras vo chegarao mesmo receptor de forma indireta,aps baterem na parede, no teto, no pisoou em outras mquinas.Pois este rudo que bate e rebate e chegade forma indireta ao trabalhador deve serbem estudado e pode ser eliminado, pormeio de sua absoro.Esta absoro depende do material queest servindo de base para rebater aonda. Vamos a um exemplo para facilitaro entendimento: pegue uma bola de ping-pong e jogue contra uma parede. Ela irrebater, talvez chegue ao outro extremoda sala e retorne com menor fora. Agorapegue a mesma bolinha e jogue namesma sala na direo de uma cortina. provvel que a bolinha percorra umcaminho bem menor aps o impacto.A onda sonora na sala ter o mesmoamortecimento se utilizarmos materiaisque consigam absorver o seu impacto.Para isto podemos utilizar diversos tiposde materiais, em geral, a melhor absoroser com materiais esponjosos, pois parte

    NO APENASA PERDA AUDITIVA I

    JORNAL SEGURITO

    uando pensamos na consequncia daexposio ao rudo elevado o natural pensarmos na perda auditiva dotrabalhador.No entanto, alm da perda da audioalguns dos efeitos do rudo so osseguintes: efeitos sobre o aparelhocardiovascular com aumento da pressoarterial e do ritmo cardaco, aumento datenso muscular, alteraes digestivascom possibilidade de lcerasgastrointestinais, modificao do ritmorespiratrio, efeitos sobre a viso, efeitossobre o sistema endcrino, podendo geraralteraes no funcionamento de diferentesglndulas como tireoides e suprarrenais,efeitos sobre o sistema nervoso central eperifrico podendo produzir variaes noeletroencefalograma, transtorno do sono,irritabilidade, inquietude e impotnciasexual.

    importante ressaltar a relevncia doefeito que gera o rudo ao diminuir o graude ateno, diminuir o tempo de reao, oque implica no aumento de erros econsequentemente nos acidentes dotrabalho.Alm disso, mesmo fora da empresa ematividades de lazer, como escutar msicacom fones, podem afetar o ouvidodependo do nvel do rudo.Depois dessa, pense bem quando noquiser usar o protetor auricular.Fonte: Texto baseado no livro HigieneIndustrial de Xavier Baranza, EmilioCastejn e Xavier Guardino Editora UOC

    PIADINHA

    Q

    ABSORO DO SOMda onda sonora entra pelos seus porosrebate no seu interior dissipando suaenergia e uma parcela rebatida.Porm a grande limitao deste tipo desoluo a higiene, pois dependendo dotipo de processo haver um acmulo depoeira ou at mesmo a formao decolnia de bactrias.No entanto, alm do tipo de materialutilizado e da intensidade do rudo, outrofator que ir influenciar na escolhaadequada do revestimento a frequnciado som, sendo necessria uma anlisecom equipamentos que consigam medir onvel de presso sonora em funo destavarivel. necessrio termos conhecimento dafrequncia pois, por exemplo, seutilizarmos um material poroso, ocoeficiente de absoro ir aumentarjunto com a frequncia.Isto ocorre porque o seu mecanismo deabsoro realizado por meio datransformao do movimento do ar emcalor, como o rudo em alta frequnciaoscila em maior velocidade teremos maiorcontato e consequentemente uma maiorabsoro.Autor: Mrio Sobral Jnior Engenheiro deSegurana do Trabalho

    Desespero quando voc puxa acordinha no nibus e o motorista nopara.

    - Nossa, filho, voc faz tudo errado!-Me, acho melhor a senhora reclamarcom os fabricantes.

    Descobrir que seu ex est com umapessoa horrorosa, como achar R$10,00no bolso da cala, no vai mudar suavida, mas vai te fazer sorrir.

    A ESTATSTICA NA VIDA DO HIGIENISTA" or que higienistas industriais sequerdevem se preocupar com estatsticas?"Simplesmente por causa dos erros demedida? As tcnicas estatsticas no irolevar o profissionalismo para fora daprofisso higiene industrial?Absolutamente, no! Em primeiro lugar,perceba que a Estatstica trata de todo umcampo de tcnicas para coletar, analisar,e, o mais importante, fazer inferncias (ouchegar a concluses) a partir de dados.Snedecor e Cochran afirmam:

    "A Estatstica no possui uma frmulamgica para fazer isso em todas assituaes, pois h muito a se aprendersobre o problema de se fazer infernciasslidas. Mas as ideias bsicas daEstatstica ir nos ajudar a pensarclaramente sobre o problema, forneceralgumas orientaes sobre as condiesque devem ser satisfeitas se infernciasslidas forem feitas, e possibilitar que

    P

  • urante um bom tempo acreditei queno havia diferena entre o termmetrode bulbo mido e termmetro de bulbomido natural, mas preste bem atenopois so valores diferentes.Voc j ouviu falar do termmetro debulbo mido da tabela psicromtrica paradescobrir a umidade ou no baco paratemperatura efetiva, mas se voc abrir oanexo 03 da NR 15 voc vai encontrartermmetro de bulbo mido natural (Tbn).Mas qual a diferena, professor?O Tbn como o prprio nome deixa claro um termmetro que fornecer o valor semque seja forada a passagem do ar, ouseja, de forma natural.Porm, no caso no termmetro de bulbomido h uma passagem forada de arpelo termmetro, alguns at mesmo deforma manual girando o equipamento.Autor: Mrio Sobral Jnior Engenheiro deSegurana do Trabalho

    Termmetros:Bulbo mido x Bulbo

    mido Natural

    escrevi vrias vezes sobre Limite deTolerncia e tambm sobre Nvel de Ao,mas acho que ainda no comentei sobreoutro limite importante de conhecermos, oIPVS, sigla que significa ImediatamentePerigoso a Vida e a Sade.

    Quando estamos acima do Limite deTolerncia estamos prejudicando a sadedo trabalhador, mas um prejuzo que vaivagarosamente minando o exposto,porm no caso da exposio acima doIPVS teremos uma ao imediata, pois amxima concentrao que o trabalhadorpode estar exposto durante um perodoque no seja superior a 30 minutos semque no venha a lhe trazer danosirreversveis, podendo chegar at mesmo morte.No um limite que vamos encontrarpara todo contaminante, mas quandotivermos situaes acima do limite detolerncia importante fazermos umapesquisa se h estudo sobre o agente.Ento pare hoje alguns minutos do diapara verificar se voc no est correndoatrs da felicidade do mesmo jeito que ocachorro corre atrs do rabo.Autor: Mrio Sobral Jnior Engenheiro deSegurana do Trabalho

    egue sua norma e abra no anexo 11 daNR15, voc sabe ler tudo que tem escritona tabela deste anexo 11?O anexo indica os agentes qumicos cujainsalubridade caracterizada por limite detolerncia e inspeo no local de trabalho,para exposio de at 48 horas semanais.Na primeira coluna da tabela temos aindicao do produto qumico e logo apsa coluna valor teto. Caso esta colunaesteja em branco, significa que devemosutilizar a quadro 2 de fator de desvio(item 7 do anexo 11 da NR 15).Vamos entender melhor.A norma entende que se o limite detolerncia estabelecido for ultrapassadodurante um perodo de exposio, mas norestante do tempo ficar abaixo e na mdiativermos um valor inferior ao LT, estelimite no ter sido ultrapassado.No entanto, esta ultrapassagem tem umlimite que estabelecido pelo Fator deDesvio. Veja o quadro abaixo:

    LT = Limite de TolernciaF.D. = fator de desvioVejamos um exemplo: O acetaldedo temLT de 78 ppm e o Fator de Desvio obtidono quadro 2 desta mesma norma de 1,5(pois 78 est entre 10 e 100). Com estesvalores devemos multiplicar 78 x 1,5, ouseja, LT x FD e teremos o valor mximoque poderemos ultrapassar o limite detolerncia. Neste exemplo, de 117 ppm.Caso no restante do tempo tenhamos

    ANEXO 11 DA NR 15JORNAL SEGURITO

    D

    P valores abaixo do LT e na mdia fiqueabaixo do LT e em nenhum momento 117ppm seja ultrapassado, podemosconsiderar que a situao aceitvel.Porm, mesmo que tenhamos na mdiaum valor inferior a 78 ppm e por um nicomomento 117 ppm tenha sidoultrapassado, podemos afirmar que o LTfoi ultrapassado.Como j foi dito, na segunda coluna doanexo 11 temos a indicao de valor teto.Quando houver um sinal + na colunavalor teto, significa que em nenhumaavaliao este limite poder serultrapassado, mesmo que seja apenas umpico e que no restante da exposio fiqueabaixo do limite, ou seja, no considerado o Fator de Desvio.Na coluna seguinte teremos a indicao deabsoro pela pele, ou seja, quandohouver o sinal + nesta coluna, significaque alm da absoro pelas viasrespiratrias este produto pode serabsorvido por via cutnea.Nas duas colunas seguintes h a indicaodo limite de tolerncia em ppm oumg/m3.Nestas colunas, h alguns produtos sem aindicao do LT, sendo estes valoressubstitudos pelo texto asfixiante simples,ou seja, na presena destes produtos ooxignio empurrado para fora doambiente at que a concentrao deoxignio fique inferior aos 18%, nosendo possvel atividades no local.Na ltima coluna h a indicao do Graude insalubridade a ser considerado nocaso de sua caracterizao, ou seja,mximo, mdio ou mnimo.Autor: Mrio Sobral Jnior Engenheiro deSegurana do Trabalho

    NO DEIXE ESQUENTAR!!!ara a maioria dos agentes a avaliao da

    exposio do trabalhador realizada pormeio da comparao entre a intensidadeou concentrao a que o trabalhador estexposto com um limite de tolerncia.Isto ocorre com todos os agentes quepossuem limites de tolerncia comoprodutos qumicos, rudo, vibrao,considerando uma exposio mdia.Isto ocorre tambm para o calor, mas huma diferena crucial em relao aosdemais agentes. Para os outros riscos asdoenas profissionais ocorrem aps umperodo relativamente longo de exposio,em alguns casos podendo levar at anos,porm no caso do calor acima dos limitesestabelecidos as consequncias nocivaspara os trabalhadores podem serpraticamente imediatas.Como consequncia precisamos ter umaateno redobrada nestes ambientes detrabalho. Alguns dos itens que precisamser verificados:- Seleo do trabalhador por meio de uma

    avaliao detalhada do setor de sadepara verificar se este tem as condiesfsicas mnimas para uma exposio maisintensa ao calor.- Quantificar as variveis ambientaisumidade, velocidade do ar, temperaturaambiente, temperatura radiante doentorno do posto de trabalho.- Considerar se o trabalhador estaclimatado. Um trabalhador aclimatadotem uma adaptao fisiolgica superiortendo menor desgaste. De acordo comNIOSH, para trabalhadores novatos nafuno, a aclimatao deveria iniciar comexposio de 20% e aumentardiariamente mais 20% at chegar noquinto dia aos 100%.- Disponibilizar e promover o aumento daingesto de gua durante o trabalho.- Avaliar se a vestimenta do trabalhadorno mais um fator negativo em relaoao calor.Autor: Mrio Sobral Jnior Engenheiro deSegurana do Trabalho

    AMBIENTE IPVS

    P

    J