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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA ISABELA CARDOSO MOREIRA SEGURO DESEMPREGO NOS CARGOS EM COMISSÃO CURITIBA 2015

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

ISABELA CARDOSO MOREIRA

SEGURO DESEMPREGO NOS CARGOS EM COMISSÃO

CURITIBA

2015

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ISABELA CARDOSO MOREIRA

SEGURO DESEMPREGO NOS CARGOS EM COMISSÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Direito, da Faculdade de Ciências

Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, com

requisito parcial para obtenção do Título de

Bacharel em Direito.

Orientador: Prof. Oswaldo Pacheco Lacerda Neto.

CURITIBA

2015

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TERMO DE APROVAÇÃO

ISABELA CARDOSO MOREIRA

SEGURO DESEMPREGO NOS CARGOS EM COMISSÃO

Esta monografia foi julgada aprovada para obtenção do título de Bacharel no Curso de

Direito da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, ___ de ________________de 2015.

_______________________________________________

Professor Doutor Eduardo de Oliveira Leite

Coordenador de Núcleo de Monografia

Universidade Tuiuti do Paraná

Banca Examinadora:

Orientador: ___________________________________

Prof. Oswaldo Pacheco Lacerda Neto

Universidade Tuiuti do Paraná

Membro da banca: _______________________________

Prof.

Universidade Tuiuti do Paraná

Membro da banca: ________________________________

Prof.

Universidade Tuiuti do Paraná

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Sr.ª. Sueli e Sr. Erasto, meus pais, pelo amor, incentivo e apoio

incondicional.

A Deus por ter me abençoado durante toda a minha vida e até este momento;

Por me dar a oportunidade de realizar um sonho e prover o sustento físico, emocional e

financeiro durante toda esta caminhada.

Ao meu orientador Prof. Oswaldo Pacheco Lacerda Neto a quem sou grata

pelos ensinamentos e sugestão à elaboração deste trabalho.

Ao Universo, minha gratidão pela oportunidade e pela convivência com pessoas

que, em cada pequeno e inesquecível gesto, demonstraram acreditar no meu poder

criativo; a elas, o amor e o carinho de sempre.

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“O sucesso nasce do querer, da determinação

e persistência em se chegar a um objetivo.

Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e

vence obstáculos, no mínimo fará coisas

admiráveis.”

José de Alencar

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RESUMO

Apresento este trabalho a fim de demonstrar motivos para haver garantias jurídicas,

não asseguradas, pelos servidores de Cargo em Comissão, como o seguro desemprego.

Seguro desemprego é um direito de todo trabalhador dispensado dos seus serviços sem

justa-causa. Tem a finalidade de dar assistência ao desempregado durante este

primeiro período de desemprego. Assim tenho o propósito de demonstrar o quanto são

importantes às garantias, como esta, aos servidores de Cargos em Comissão. Tratam-se

de servidores sem estabilidade e, devido a isso, ocorrendo exoneração, saem sem

nenhum direito a pleitear e recurso para seu sustento de imediato.

Palavra-chave: Garantias; Cargo em Comissão; seguro desemprego; desemprego;

direito a pleitear.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................07

2 SEGURIDADE SOCIAL ...............................................................................08

2.1 PREVIDÊNCIA SOCIAL ................................................................................08

2.1.1 Regimes Previdenciários ...................................................................................09

2.1.1.1 Regime geral de previdência social – RGPS ....................................................09

2.1.1.2 Regime próprio de previdência social – RPPS .................................................11

2.1.1.3 Regime da previdência complementar ..............................................................13

3 SERVIDOR PÚBLICO ..................................................................................15

4 CARGOS EM COMISSÃO ...........................................................................16

4.1 BENEFÍCIOS ...................................................................................................20

4.1.1 Direitos e vantagens dos servidores públicos ...................................................21

4.1.2 Direitos e vantagens dos servidores de cargo em comissão .............................23

5 SEGURO DESEMPREGO ............................................................................25

5.1 SEGURO DESEMPREGO NOS CARGOS EM COMISSÃO ........................27

6 CONCLUSÃO .................................................................................................31

REFERÊNCIAS ..........................................................................................................32

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1 INTRODUÇÃO

Os Cargos em Comissão são ocupados por pessoas de confiança do gestor

público, geralmente escolhidos por suas qualificações pessoais relacionadas com o

cargo a ser assumido, não possuem a estabilidade de um servidor público concursado e

não há uma lei que regule benefícios previdenciários aos mesmos.

Tramita na casa legislativa a Proposta de Emenda a Constituição nº 53/2007

que vai reconhecer alguns direitos a estes servidores, sobretudo os previdenciários,

pois muitos hoje trabalham e exercem suas atividades sob o comando da

Administração Pública e quando dispensados não tem direito sequer à aposentadoria

por tempo de serviço. A proposta garante direito a aviso prévio, seguro-desemprego e

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos servidores de cargo em comissão

de livre nomeação.

Marisa Ferreira dos Santos nos ensina “Os servidores de cargos em comissão,

que não são titulares de cargos efetivos, desde a Emenda complementar 20/98 estão

excluídos do regime próprio de previdência dos servidores públicos.” (SANTOS, 2012,

p. 144).

Pois para os servidores públicos titulares de cargos efetivos da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações,

tem garantido regime próprio de previdência social, de caráter contributivo e solidário.

Assim ela complementa “Porém, nenhum trabalhador pode ficar sem proteção

previdenciária, razão pela qual o legislador ordinário colocou os titulares de cargos em

comissão sem cargo efetivo no rol dos segurados obrigatórios, como empregados.”

(SANTOS, 2012, p. 144).

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2 SEGURIDADE SOCIAL

A seguridade social é um conjunto de medidas e instrumentos proporcionado

pela sociedade aos seus integrantes com a finalidade de alcançar uma sociedade livre,

justa e solidária, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades

sociais e promover o bem de todos; significariam à redução ou perda de renda a causa

de contingências como doenças, acidentes, maternidade ou desemprego, entre outras.

Previsto na Constituição Federal no artigo 3º, o sistema de seguridade social,

em seu todo, visa garantir que o cidadão se sinta seguro e protegido ao longo de sua

existência, provendo-lhe a assistência e recursos necessários para os momentos de

infortúnios. É a segurança social, segurança do indivíduo como parte integrante de uma

sociedade.

Definida na Constituição Federal, no artigo 194, caput, a Seguridade Social é

“conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade,

destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência

social”.

Para Sonia Fleury:

A Constituição de 1988 avançou em relação às formulações legais anteriores,

ao garantir um conjunto de direitos sociais, expressos no Capítulo da Ordem

Social, inovando ao consagrar o modelo de Seguridade Social, como “um

conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da

sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência

e à assistência social” (Título VIII, Capítulo II, Seção I, art. 194). A inclusão

da previdência, da saúde e da assistência como partes da seguridade social,

introduz a noção de direitos sociais universais como parte da condição de

cidadania, sendo que antes eram restritos à população beneficiária da

previdência. (FLEURY, 2004, p.113).

É, portanto, um sistema de proteção social que abrange três programas sociais

de maior relevância: a saúde (Constituição Federal, artigos 196 e seguintes), a

assistencial social (Constituição Federal, artigos 203 e 204) e a previdência social

(Constituição Federal, artigos 201 e 202).

2.1 PREVIDÊNCIA SOCIAL

Previdência Social é o sistema pelo qual, mediante contribuição, as pessoas

vinculadas a algum tipo de atividade laborativa e seus dependentes ficam

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resguardadas quanto a eventos de infortunística (morte, invalidez, idade

avançada, doença, acidente do trabalho, desemprego involuntário), ou outros

que a lei considera que exijam um amparo financeiro ao indivíduo

(maternidade, prole, reclusão), mediante prestações pecuniárias (benefícios

previdenciários) ou serviço. (CASTRO; LAZZARI, 2006, p. 84).

O sistema previdenciário é composto por dois regimes básicos, segundo prevê

a Constituição Federal: regime público e regime privado.

São regimes públicos o Regime Geral de Previdência Social – RGPS, o regime

previdenciário próprio dos servidores públicos civis e o regime previdenciário próprio

dos militares, esses de caráter obrigatório, portanto, a filiação independe da vontade do

segurado. E o regime privado é a previdência complementar, é o de caráter facultativo,

prevista no artigo 202 da Constituição Federal, ingressa-se por manifestação expressa

da vontade do interessado.

Segundo o artigo 3º da Lei 8.212 julho de 1991, a previdência social tem a

finalidade de assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção,

por motivo de incapacidade, tempo de serviço, idade avançada, desemprego

involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam

economicamente.

No Brasil, qualquer pessoa, nacional ou não, que venha a exercer atividade

remunerada em território brasileiro filia-se, automaticamente, ao Regime

Geral de Previdência Social – RGPS, sendo obrigada a efetuar recolhimentos

ao sistema previdenciário (somente se excluem desta regra as pessoas já

vinculadas a regimes próprios de previdência). (IBRAHIM, 2005, p. 21).

2.1.1 Regimes Previdenciários

2.1.1.1 Regime geral de previdência social – RGPS

A Constituição Federal traça, em seus artigos 201, a linhas básicas do Regime

Geral de Previdência Social: “a previdência social será organizada sob a forma de

regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observado critérios que

preservem o equilíbrio financeiro e atuarial”. Assegura aos beneficiários do sistema,

mediante contribuições porque a cobertura previdenciária pressupõe o pagamento para

custeio do sistema, meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade,

idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de

quem dependam economicamente.

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A filiação é obrigatória porque quis o legislador constituinte, de um lado, que

todos tivessem cobertura previdenciária e, de outro, que todos contribuíssem para o

custeio. A cobertura previdenciária garante proteção ao segurado e desonera o Estado

de arcar com os custos de atendimento àquele que não pode trabalhar em razão da

ocorrência das necessidades previstas e enumeradas na Constituição Federal.

Segundo Marisa Ferreira dos Santos:

“Quis a CF que os critérios de organização do RGPS preservem o equilíbrio

financeiro e atuarial.

As contribuições previdenciárias formam um fundo destinado ao

financiamento das prestações previdenciárias, e que não pode ser deficitário,

sob pena de comprometer a sobrevivência do sistema.” (SANTO, 2015, p.

157)

O Regime Geral da Previdência Social está regulado pelas leis nº 8.212/91,

Plano de Custeio da Seguridade Social, e 8.213/91, Plano de Benefícios da Previdência

Social, isso devido a inovação trazida pela Emenda Complementar nº 20/98

Para os ocupantes de cargos em comissão, no qual teremos oportunidade de

ver mais no decorrer da leitura, no que tange à aposentadoria e aos benefícios da

seguridade social, as regras atinentes aos servidores comissionados são aquelas

aplicáveis ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Os ocupantes de cargos em comissão não precisam de concurso público para

ingressar no cargo de chefia, assessoramento e/ou direção, ou seja, não precisa ser

titular de cargo efetivo; assim não fazem parte do Regime Próprio Previdência Social.

Na legislação específica dos servidores públicos e na doutrina, em nenhum

momento se faz distinção entre o servidor efetivo e aquele ocupante de cargos em

comissão, ambos considerados igualmente servidores públicos. Porém faz-se valido

esclarecer que alguns direitos são inerentes aos cargos de provimento efetivo e, pela

sua própria natureza, impossíveis de serem estendidos aos servidores ocupantes

exclusivamente de cargo em comissão.

Referente à Seguridade Social do Servidor, a previsão é a Lei nº 8.112/90,

entre os artigos 183 a 231, especialmente no tocante aos benefícios previdenciários,

aplicado exclusivamente aos servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo,

que estão vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social. Assim, diz o art. 183,

§1º, do Estatuto do Servidor Público Civil da União (Lei 8.112/90):

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Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua

família.

§1º - O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja,

simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração

pública direta, autárquica e fundacional, não terá direito aos benefícios do

Plano de Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde.

Portanto, a regulamentação a ser atentada no tocante aos benefícios sociais

devidos ao servidor comissionado será aquela contida nas leis já citadas acima (leis nº

8.212/91 e 8.213/91), in verbis:

Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes

prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do

trabalho, expressas em benefícios e serviços:

I - quanto ao segurado:

a) aposentadoria por invalidez;

b) aposentadoria por idade;

c) aposentadoria por tempo de contribuição;

d) aposentadoria especial;

e) auxílio-doença;

f) salário-família;

g) salário-maternidade;

h) auxílio-acidente;

II - quanto ao dependente:

a) pensão por morte;

b) auxílio-reclusão; (...)

Desse modo, o servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão

poderá contar tão somente com aqueles benefícios sociais disponíveis ao Regime Geral

de Previdência Social e por este custeados.

2.1.1.2 Regime próprio de previdência social – RPPS

Os entes da Federação poderão criar regimes próprios de previdência social

para os seus servidores públicos civis ou militares, nos termos do artigo 149 da

Constituição Federal.

A previdência dos servidores públicos efetivos tem fundamento no artigo 40 da

Constituição Federal, vindo a sofrer profundas alterações com as reformas introduzidas

pela Emenda Constitucional nº 19/1998.

O texto constitucional até junho de 1998 exigia pra os servidores públicos o

regime jurídico único, ou seja, a aplicação de um único regime para determinada

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ordem política, o que significava dizer que as pessoas da Administração Direta e

Indireta precisavam uniformizar o regime para o seu quadro pessoal.

A Emenda Constitucional nº 19/1998 aboliu a exigência de regime jurídico

único, passando a admitir dois regimes ao mesmo tempo, o único e o estatuário,

reconhecendo a possibilidade de regimes múltiplos. Assim, a definição do regime

dependia da previsão da lei de criação dos cargos ou empregos, admitindo-se na

mesma pessoa jurídica. Diante disso, muitos entes decidiram pelo regime estatutário

por apresentar para os servidores maiores garantias e vantagens do que ocorre no

regime celetista.

Assim na Constituição Federal de 1988 prevaleceu o regime previsto em lei, o

regime jurídico estatutário para os servidores públicos, o que para a doutrina é

resultado das maiores garantias e direitos para os servidores, sendo a competência para

definir o regime de cada ente da Federação, devendo cada qual estabelecer as regras

sobre os seus servidores. Esses direitos garantem aos servidores maior segurança e

conforto para o exercício de suas funções, o que representa, ao menos na teoria, uma

maior eficiência, moralidade e impessoalidade nos serviços públicos.

Segundo José dos Santos Carvalho Filho:

Duas são as característica do regime estatutário. A primeira é a da

pluralidade normativa, indicando que os estatutos funcionais são múltiplos.

[...]

A outra característica concerne à natureza da relação jurídica estatutária.

Essa relação não tem natureza contratual, ou seja, inexiste contrato entre o

Poder Público e o servidor estatutário. Tratando-se de relação própria do

direito público, não pode ser enquadrada no sistema dos negócios jurídicos

bilaterais de direito privado. Nesse tipo de relação jurídica não-contratual, a

conjugação de vontades que conduz à execução da função publica leva em

conta outros fatores tipicamente de direito público, como o provimento do

cargo, a nomeação, a posse e outros do gênero. (CARVALHO FILHO, 2009,

p. 568/569)

Em sede infraconstitucional, os regimes próprios de previdência estão

regulamentados pela Lei 9.717/1998.

O servidor contribuinte é obrigado a contribuir para a manutenção do Regime

Próprio de Previdência Privada, o qual também tem caráter contributivo e intuito de

preservar o equilíbrio financeiro e estatístico.

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Insta acrescer que o regime previdenciário do artigo 40 da Constituição

Federal aplica-se apenas aos servidores ocupantes de cargos efetivos da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como suas respectivas autarquias e

fundações públicas. Mantém-se mediante contribuições do respectivo ente público, dos

servidores ativos, inativos e pensionistas.

Aos demais servidores, ocupantes exclusivamente de cargos em comissão,

temporários ou emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social (artigo

40, §13 da Constituição Federal).

2.1.1.3 Regime da previdência complementar

O regime de previdência complementar pode ser de dois tipos: Regime de

Previdência Complementar dos Servidores Públicos; e Regime de Previdência Privada

Complementar.

Regime de Previdência Complementar dos Servidores Públicos esta prevista na

Constituição Federal, artigo 40, §§14 a 16, a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus

respectivos servidores titulares de cargo efetivo poderão fixar, para o valor das

aposentadorias e pensões a serem concedidas por seus regimes, o limite máximo

estabelecido para os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social; previsão

esta na Lei 12.618/2012.

O Regime de Previdência Complementar é facultativo e de natureza privada. É

organizado de forma autônoma em relação ao Regime Geral de Previdência social e

baseia-se na constituição de reservas que garantem o benefício contratado.

Já o Regime de Previdência Privada Complementar pode ser dividido em duas

categorias: Previdência Complementar Fechada, onde são aplicáveis a grupos fechados

que contribuem para obter os respectivos benefícios, e a Previdência Complementar

Aberta, que são os organizados por instituições financeiras e disponibilizados para

quem deles tiver interesse em participar.

O Regime de Previdência Privada Complementar deve ser regulado por lei

complementar que assegure ao participante o pleno acesso às informações relativas à

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gestão de seus respectivos planos. Atualmente, as leis que regulam a matéria são as

Leis Complementares 108/2001 e a 109/2001.

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3 SERVIDOR PÚBLICO

Para Diógenes Gasparini considera servidores públicos, de acordo com os

artigos 37 a 41, da Constituição Federal, “existe uma gama de pessoas físicas que se

ligam, sob regime de dependência, à Administração Pública direta, indireta, autárquica

e fundacional pública, mediante uma relação de trabalho de natureza profissional e

perene para lhes prestar serviços” (GASPARINI, 2006, p. 171).

Já na concepção de Celso Antônio Bandeira de Mello, servidores públicos “são

os que entretêm com o Estado e com as pessoas de Direito Público da Administração

Indireta relação de trabalho de natureza profissional e caráter não eventual sob vínculo

de dependência” (MELLO, 2010, p. 249). Compreendem na espécie, servidores

titulares de cargos públicos, servidores empregados ou particulares em colaboração

com a administração.

Conforme Celso Ribeiro Bastos, os servidores públicos se enquadram numa

das categorias de agentes públicos: “são todos aqueles que mantêm com o Poder

Público um vínculo de natureza profissional, sob uma relação de dependência”

(BASTOS, 2001, p. 311), compreendidos como os servidores investidos em cargos

efetivos, em cargos em comissão ou servidores contratados por tempo determinado.

Servidores públicos, em sentido amplo, no entender de Meirelles, são todos os

agentes públicos vinculados à Administração Pública, direta e indireta, do Estado,

mediante regime jurídico estatutário regular, geral ou peculiar, ou administrativo

especial, ou, ainda, celetista, que é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho –

CLT, que possui natureza profissional e empregatícia.

Para servidores públicos em sentido estrito ou estatutários, Meirelles cita que:

[...] são os titulares de cargo público efetivo e em comissão, com regime

jurídico estatutário geral ou peculiar e integrantes da administração direta,

das autarquias, e das fundações publicas com personalidade de Direito

Público. Tratando-se de cargo efetivo, seus titulares podem adquirir

estabilidade e estarão sujeitos a regime peculiar de previdência social

(MEIRELLES, 2010, p. 439).

Servidores públicos é todo titular de cargo público, que ingressa mediante

concurso público, é nomeado em caráter efetivo (permanente) e está sujeito ao regime

estatutário, submetendo-se ao regime estatutário.

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4 CARGOS EM COMISSÃO

Existem servidores efetivos e servidores em comissão, o qual vale se frisar que

são diferenciados. Os cargos em comissão são de ocupação transitória, sendo os seus

titulares nomeados em função da relação de confiança que existe entre eles e a

autoridade responsável por sua designação, já os efetivos são aqueles que se revestem

de caráter de permanência.

Celso Antônio Bandeira de Mello nos diz:

Os cargos de provimento em comissão (cujo provimento dispensa concurso

público) são aqueles vocacionados para serem ocupados em caráter

transitório por pessoa de confiança da autoridade competente para preenchê-

los, a qual também pode exonerar ad nutum, isto é, livremente, quem os

esteja titularizando. (MELLO, 2002, p. 269)

“... são de ocupação transitória. Seus titulares são nomeados em função de

relação de confiança que existe entre eles e a autoridade nomeante. Por isso é que na

prática alguns os denominam de cargos de confiança”. (CARVALHO FILHO, 2010, p.

664)

Cumpre salientar, então, que os agentes titulares dos Cargos em Comissão não

estão vinculados a permanecer perpetuamente na função, mas sim, manter-se no cargo

até que o regime de estrita confiança se desfaça. Entretanto, a pessoa lotada no cargo

em comissão são servidores públicos latu sensu, termo definido segundo a Lei n°

8.112/90 – Estatuto dos Servidores Públicos Federais, em seu artigo 2º, “Para os

efeitos desta lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público”.

Cargo em comissão é uma exceção à obrigatoriedade constitucional do

concurso público, estabelecida no inciso II do artigo 37 da Constituição Federal,

devendo as atribuições de funções e cargos destinar-se apenas à chefia, direção e

assessoramento.

Por força do artigo 1º, §2º da Lei 9.692/2000, Luciano Martinez nos explica

que os exercentes de cargos públicos de procedimento em comissão não podem estar

submetidos ao regime celetista. Isso significa que a regência dos exercentes desses

cargos em comissão será estatutária, ressalvada a vinculação previdenciária que

necessariamente se faz ao Regime Geral da Previdência Social.

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Por outro lado, José dos Santos Carvalho Filho expressa:

[...] Cargo, é instrumento próprio do regime estatutário, e não trabalhista.

Portanto, aludidas expressões indicam, na verdade, “emprego efetivo” e

“emprego em comissão”, todos eles regidos pela CLT – Consolidação das

Leis do Trabalho, diferentemente dos verdadeiros Cargos públicos, regidos

pelos estatutos funcionais do respectivo ente federativo. (CARVALHO

FILHO, 2009, p. 585)

Todavia, na visão do autor acima referido, os cargos proveniente de comissão

são regidos pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, e assim o regime

previdenciário adotado é o Regime Geral de Previdência Social – RGPS.

André Luiz Menesses Azevedo Sette, expressa sobre o disposto ao artigo 40,

§13 da Constituição Federal, acrescentado pela Emenda Complementar nº 20, de 1998,

o qual vinculou o servidor público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão,

ao Regime Geral de Previdência Social, bem como cargos temporários ou de emprego

público:

[...] o decreto trata do servidor que exerce cargo em comissão declarados em

lei de livre nomeação e exoneração, desde que não ocupe qualquer cargo

público efetivo (artigo 13, da Lei 8.212/1991). E nem podia ser de outro

modo, porque uma vez nomeado para cargo em comissão, em não sendo

servidor estatutário, não estará acobertado por regime próprio de previdência

social como aquele, devendo, portanto, contribuir para o RGPS na qualidade

de segurado. (SETTE, 2007, p. 143)

Marisa Ferreira dos Santos indaga: “Os servidores públicos titulares apenas de

cargos em comissão, isto é, que não sejam titulares de cargos efetivos, estão excluídos

do RPPS e são segurados obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social na

categoria de segurados empregados.” (SANTOS, 2015, p. 492), e nos afirma, com um

entendimento do STF nesse sentido:

[...] 4. A nomeação para cargo comissionado após a Lei 8.647, de 199, não

gera direito ao cálculo dos proventos de aposentadoria pelo regime

estatutário, mas pelo Regime Geral da Previdência Social, nos moldes do

cargo ocupado pelo impetrante à época da edição da Lei. A Lei submeteu os

detentores de cargos em comissão ao Regime Geral da Previdência Social. 5.

Mandado de segurança denegado” (MS 24024/DF, Rel. Min. Ilmar Galvão,

DJ 24.10.2003, p. 00012).

No sentido, cumpre-se demonstrar, ainda, que há divergências jurisprudenciais

sobre o assunto:

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RECURSO DE REVISTA - SERVIDOR PÚBLICO. CARGO EM

COMISSÃO. INCOMPATIBILIDADE COM O REGIME DO FGTS. A

relação jurídica estabelecida entre a Administração Pública Direta e o

servidor municipal, nomeado para ocupar cargo em comissão, de livre

nomeação, nos moldes da ressalva contida na parte final do inciso II do art.

37 da Constituição Federal, é de natureza administrativa e não trabalhista,

sendo por isso indevida quaisquer parcelas, inclusive o FGTS, em face da

possibilidade de exoneração ad nutum. Recurso de Revista conhecido e

provido" (Processo: RR - 63285-61.2006.5.15.0018 Data de Julgamento:

06/06/2012, Relator Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, 8ª Turma, Data

de Publicação: DEJT 08/06/2012).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. CARGO

EM COMISSÃO. ENTE PÚBLICO. CONTRATAÇÃO A TÍTULO

PRECÁRIO. VALORES RELATIVOS AO AVISO-PRÉVIO E À MULTA

DE 40% DO FGTS. PAGAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. Em se tratando

da ocupação dos cargos em comissão, declarados em lei de livre nomeação e

exoneração, não há de se falar em pagamento de valores relativos a aviso-

prévio e multa de 40% do FGTS, ainda que o Município adote o Regime

Celetista como o regime jurídico aplicável às relações de trabalho

estabelecidas pelo referido Ente Público, pois os cargos em questão possuem

natureza administrativa, tratando-se de contratação a título precário. Esse o

entendimento predominante no âmbito desta Corte. Precedentes. Agravo de

Instrumento não provido" (Processo: AIRR - 308900-36.2009.5.15.0099

Data de Julgamento: 29/08/2012, Relatora Ministra: Maria de Assis Calsing,

4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 31/08/2012).

Cumpre salientar que os cargos em comissão por estarem cientes de sua

precariedade, não podem invocar em seu favor a permanência no exercício das

atividades, portanto, assim, desprovidos de vários benefícios os quais os empregados

públicos, esses aprovados em concurso público, têm direito. No sentido, cumpre-se

demonstrar jurisprudências que falem do assunto:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CARGO EM COMISSÃO. NATUREZA

JURÍDICA CELETÁRIA. Esta Corte tem firmado jurisprudência no sentido

de que o concurso público exigido pelo artigo 37, II, da Constituição da

República, é obrigatório para a investidura em cargo ou emprego público de

caráter permanente, não, porém, para o provimento de cargos em comissão.

A mesma Carta atribuiu à lei ordinária (federal, estadual ou municipal) a

incumbência de estabelecer se o Regime Jurídico Único poderia criar cargo

ou emprego público. Assim, nada obsta que lei municipal, estadual ou

federal determine a aplicação da legislação trabalhista aos servidores

ocupantes de cargo em comissão, porquanto as Pessoas Jurídicas de Direito

Público podem instituir o regime jurídico, estatutário ou celetista como no

caso destes autos. Conheço do Agravo de Instrumento ao qual nego

provimento”. (TST 5ª Turma. Proc AIRR-30.161/2002-900-03-00.5. Min.

Relator João Carlos Ribeiro de Souza. Julgado em 10/09/2003).

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MUNICÍPIO. SERVIDOR

PÚBLICO. CONTRATO DE TRABALHO. SUPERVENIÊNCIA DE

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19

REGIME JURÍDICO ESTATUTÁRIO. ADMISSÃO SEM CONCURSO

PÚBLICO EM CARGO OU EMPREGO PÚBLICO NA VIGÊNCIA DA

CF/88 E CARGO EM COMISSÃO SEM LEI VÃO SEM LEI VÁLIDA

QUE O INSTITUA. ART, 37, ii E 4 2º. NULIDADE. EFEITOS.

DEPÓSITO DO FGTS NA CONTA VINCULADA. PERÍODO ANTERIOS

À MP 2.164-41/2001. INCLUSÃO DO ART. 19-A NA LEI 8.036/90.

INEXISTÊNCIA DE AMPARO LEGAL. AUTUAÇÃO DA

MUNICIPALIDADE. DÉBITO PELO NÃO RECOLHIMENTO.

INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA. DESCONSTITUIÇÃO. 1. A

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é uníssona no sentido de que,

após a Constituição Federal de 1988 (art. 37, II), é nula a contratação de

empregado para a investidura em cargo ou emprego público sem prévia

aprovação em concurso público e em cargo em comissão sem lei válida que

o institua. Tal contratação não gera efeitos trabalhistas, salvo o pagamento

dos salários pelos dias efetivamente trabalhados, sob pena de enriquecimento

sem causa do Poder Público, afastado o direito de verbas rescisórias. (Cf. AI-

AgR 680.939/RS, Segunda Turma, Ministro Eros Grau, DJ 01/02/2008; AI-

AgR 273.579/ES, Primeira Turma, Ministro Sepúlveda Pertence, DJ

14/10/2005; AI-AgR 322.524/BA, Segunda Turma, ministro Celso de Mello,

DJ 19/12/2002; AI 358.077/BA, Decisão Monocrática, Ministro Celso de

Mello, DJ 12/11/2001; AI 323.867/BA, Decisão Monocrática, Ministro

Marco Aurélio, DJ 21/06/2001; AI-AgR 233.108/RJ, Segunda Turma,

Ministro Marco Aurélio, DJ 06/08/1999; RE 168.566/RS, Segunda Turma,

Ministro Carlos Velloso, DJ 18/06/1999. 2. A previsão de ser devido o

depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato seja

declarado nulo nas hipóteses previstas no art. 37 $ 2º as Carta Magna,

quando mantido o direito ao salário, só surgiu com a inclusão do art. 19-A na

Lei 8.036/90 pela MP 2.164-41, de 24 de agosto de 2001. (Cf. STF, RE-AgR

454.409/PI, Primeira Turma, Ministro Carlos Brito, DJ 16/12/2005). 3. A

contratação de servidor na vigência da Constituição da República de 1988

sem o devido concurso público padece de nulidade, motivo pelo qual ofende

a legalidade a inscrição em dívida ativa de débitos referentes a NDFGs

lavradas em virtude de falta de recolhimento da contribuição do FGTS por

parte do Município relativamente a tais contratos. 4. Apelação provida.”

(TRF 1ª Região, EDAC 1999.31.00.001949-4/AP, Sexta Turma, Relator

Desembargador Federal Souza Prudente, DJ 15/05/2008).

Vislumbrando a intervenção do judiciário em garantir os direitos laborais, tem-

se nestas jurisprudências, no qual o primeiro julgado, mantém a condenação ao

pagamento do FGTS, resguardando a dignidade da pessoa humana prestadora do

serviço de direção, chefia ou assessoria, responsabilizando a Administração Pública em

estabelecer em comparado à legislação trabalhista em prol o ocupante do cargo em

comissão. Já no segundo julgado, declara pela inexistência de amparo legal, utilizando-

se os julgadores, apenas de base material positivada, e não materializando as fontes

primárias do direito.

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Nestes aspectos observa-se a disparidade em não existir uma conclusão

definida, ficando a critério de cada julgador em seu íntimo e convicto entendimento,

por livre apreciação, pela estipulação ou não de tais direitos.

Segundo decisão do Tribunal Superior do Trabalho, “o vínculo existente entre

o ocupante de cargo comissionado e o ente público não é empregatício, e sim

administrativo, de caráter precário e transitório, com possibilidade de exoneração sem

causa”. Logo são cargos sem estabilidades e a aposentadoria se da pelo INSS.

Entre os servidos públicos concursados e os cargos comissionados há diversas

diferenças nas remunerações e benefícios. Aldino Graef, especialista em políticas

públicas e gestão governamental, explica:

Não há relação entre a remuneração dos cargos em comissão e dos cargos

efetivos. A Lei estabelece as remunerações para cada cargo e em épocas

distintas. Cumpre ressaltar que o ocupante de cargo efetivo, o militar ou o

empregado permanente de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos municípios quando investido em cargo em comissão

pode optar entre três fórmulas distintas de remuneração: receber a

remuneração da tabela do cargo em comissão, acrescida dos anuênios;

receber a remuneração do seu cargo efetivo, posto, graduação ou emprego,

acrescido da diferença desta remuneração com a do cargo em comissão;

receber a remuneração do seu cargo efetivo, posto, graduação ou emprego,

acrescido do percentual de 60% da remuneração do cargo em comissão.

(GRAEF, 2015)

Mas, segundo Aldino Graef, este adicional proveniente do exercício do cargo

em comissão não é incorporado à remuneração do cargo efetivo do servidor e não se

incorpora aos proventos de aposentadoria.

4.1 BENEFÍCIOS

Concluímos, então, que os cargos provenientes de comissão são regidos pelo

Regime Geral de Previdência Social, e o seu contrato de trabalho possuem duas

posições doutrinárias: a primeira, que os ocupantes do cargo são regidos pelo regime

estatutário; e a segunda, que o regime é regido pela Consolidação das Leis

Trabalhistas.

Porém, independente de como é realizado o contrato de trabalho, os ocupantes

dos cargos em comissão não possuem todos os benefícios que possuem os de cargos

efetivos.

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Os servidores públicos possuem direito e deveres consagrados, em grande

parte na Constituição Federal, porém, não há impedimento para que outros direito

sejam outorgados por Constituições Estaduais ou mesmo nas leis ordinárias dos

Estados e Município.

Como já dito em capítulo anterior, alguns direitos são inerentes aos cargos de

provimento efetivo e, pela sua própria natureza, impossíveis de serem acrescidos aos

servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão, pois oferecem, em boa

parte dos cargos, salários acima da média das empresas privadas, contam com

vantagens como uma maior estabilidade, benefícios generosos e uma jornada regular

de trabalho regular e poderão instituir outros direitos e deveres aos servidores efetivos,

os quais constam no Estatuto do Servidor sendo cada unidade da Federação

competente para estabelecer, este promulgado antes da atual Constituição consigna os

direitos e deveres do funcionário; do mesmo modo faz a Lei nº 8.112/90.

4.1.1 Direitos e vantagens dos servidores públicos

Os benefícios garantidos aos que pertencem ao Regime Próprio de Previdência

Social, previstos na Lei 8.112/1990, são distinguidos em benefícios diretamente ao

servidor e benéficos aos seus dependentes.

Dos direitos e vantagens que beneficiam diretamente o servidor estão os de

ordem pecuniária, de ausência ao serviço e aposentadoria.

Os de ordem pecuniária compreendem os subsídios, que são acréscimos de

qualquer espécie, os vencimentos, que são retribuição pecuniária fixada em lei pelo

exercício de cargo público e as vantagens pecuniárias, que compreendem em

indenizações, gratificações e adicionais: Indenizações (artigo 51, da Lei 8.112/1990),

cuja finalizada é ressarcir despesas a que o servidor seja obrigado em razão do serviço,

compreendendo ajudas de custo, diárias, transporte e auxílio moradia; Gratificações

(artigo 61, I, II e IX, Lei 8.112/1990), qual compreendem em três espécies de

acréscimos, o exercício de função de direção, chefia, assessoramento, cargo efetivos de

provimento em comissão ou de natureza especial, a gratificação natalina e o encargo de

curso ou concurso; e os Adicionais (artigo 61, IV a VIII, da Lei 8.112/1990), que

compreendem no exercício de atividades insalubres, penosas ou perigosas, por serviços

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extraordinários, por trabalho noturno e de férias, devido por ocasião de férias

remuneradas do servidor.

Os direitos de ausência de serviço são vantagens que implicam ausência aos

serviços, como férias, licenças e afastamentos: as Férias (artigo 77, da Lei 8.112/1990)

constituem-se em direito a um descanso anual, por 30 dias consecutivos; as Licenças

(artigo 86, §1º e 202 da Lei 8.112/1990) que são afastamentos pleiteados pelo servidor,

salvo em dois casos em que podem ocorrer independentemente disto, como o de

licença para tratamento de saúde e o de licenciamento compulsório de servidor

candidato a cargo eletivo na localidade onde exerça cargo de direção, chefia,

assessoramento ou fiscalização, do qual será ex vi legis afastado a partir do dia

imediato ao registro de sua candidatura até o 10º dia após as eleições; e os

Afastamentos, compreendidos nos artigos 93 a 102, da Lei 8.112/1990, por exemplo

para servir outro órgão ou entidade, por tempo determinado, para exercício de mandato

eletivo, durante o prazo de sua duração e para estudos ou missão no Exterior, quando

autorizado, até máximo de 4 anos, entre outros.

E a aposentadoria, que compreendem as por invalidez, aposentadoria

compulsória aos 70 anos de idade, aposentadoria especial, aposentadoria por idade e

aposentadoria por tempo de contribuição (artigo 40, § 1º, incisos I, II e II da

Constituição Federal).

Para os dependentes, a Constituição assegura benefícios previdenciários, sendo

eles: pensão por morte (artigo 215, 216, 217 e 218 da Lei 8.112/1990), auxílio-reclusão

(artigo 229, da Lei 8.112/1990) e auxílio-funeral (artigo 226, da Lei 8.112/1990).

Não podemos deixar de lembrar que servidores públicos têm estabilidades no

cargo. A estabilidade é um instituto antigo e tem como finalidade garantir que o

servidor não fique sujeito a pressões políticas a cada troca de comando (governo), além

de preservar a autonomia desses funcionários que precisam agir de forma técnica,

mesmo contra interesses de terceiros com cargos maiores. Outro aspecto que decorre

da estabilidade é permitir a continuidade do serviço, o que não aconteceria se a cada

troca de governo toda a equipe pudesse ser substituída. Dessa forma, pretende-se

atender aos melhores princípios da administração pública.

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4.1.2 Direitos e vantagens dos servidores de cargo em comissão

A aplicação da disciplina relativa às licenças e afastamentos previstas na Lei nº

8.112/90 aos servidores públicos ocupantes exclusivamente de cargo em comissão

deverá ser feita com certa precaução, devendo ser considerada a compatibilidade de

seus efeitos em relação à natureza precária dos cargos comissionados.

As licenças são tratadas como casos específicos, havendo incompatibilidade

dos efeitos vez que, implicará no desligamento temporário do servidor em relação à

Administração Pública. Assim, não se aplicam aos servidores ocupantes

exclusivamente de cargos em comissão algumas das licenças previstas no artigo 81 Lei

8.112/1990, como:

- por motivo de doença em pessoa da família (artigo 83);

- por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro (artigo 84);

- para o serviço militar (artigo 85);

- licença para atividade política (artigo 86);

- licença para capacitação (artigo 87);

- licença para tratar de interesses particulares (artigo 88).

No tocante ao afastamento, aplica-se o mesmo raciocínio, isto é, implicará no

desligamento temporário do servidor em relação à Administração:

- afastamento para servir a outro órgão ou entidade (artigo 93);

- afastamento para exercício de mandato eletivo (artigo 94);

- afastamento para estudo ou missão no exterior (artigo 95).

Porém, em relação às concessões, diante da inexistência de vedação legal, as

modalidades previstas nos artigos 97 e 102 da Lei nº 8.112/90 aplicam-se aos

servidores comissionados:

Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;

II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;

III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :

a) casamento;

b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,

enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são

considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I - férias;

(...)

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;

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VIII - licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade;

b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses,

cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em

cargo de provimento efetivo;

(...)

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para

integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme

disposto em lei específica;

Em relação à licença para tratamento de saúde, por estar o servidor

comissionado vinculado ao Regime Geral de Previdência Social (artigo 40, §13, da

Constituição Federal), nos termos dos artigos 59 da Lei nº 8.213/91, fará jus à licença

remunerada até o 15º dia do afastamento, sendo, a partir de então, o auxílio-doença

custeado pelo INSS.

Sobre a licença-maternidade (previsão no artigo 5º, XVIII, CF/88 c/c artigo

102, VIII, alínea a, da Lei nº 8.112/90 c/c artigo 71 da Lei nº 8.213/91), nos termos do

artigo 72, §1º, da Lei nº 8.213/91, a remuneração da servidora será custeada pelo

próprio órgão ou entidade pública a que está vinculada que efetivará, junto ao INSS, a

compensação, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de

salários e demais rendimentos pagos ou creditados.

No tocante a aposentadorias e benefícios da seguridade social, como já

comentamos anteriormente, aplica-se as regras do Regime Geral de Previdência Social,

isto é, o servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão poderá contar

somente com esses benefícios e estes custeados pelo INSS.

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5 SEGURO DESEMPREGO

O Seguro Desemprego é um benefício integrante da seguridade social,

garantido pelo artigo 7º dos Direitos Sociais da Constituição Federal e tem por

finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado

involuntariamente. Embora previsto na Constituição de 1946, foi introduzido no Brasil

no ano de 1986, por intermédio do Decreto-Lei n.º 2.284, de 10 de março de 1986 e

regulamentado pelo Decreto n.º 92.608, de 30 abril de 1986, conforme conceitua os

Sindicatos dos Comerciários.

O programa foi criado por intermédio da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de

1990, que regulamentou o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, institui

o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e dá outras providências.

O seguro desemprego é um dos mais importantes direito dos trabalhadores

brasileiros, e tem por objetivo, alem de prover a assistência financeira dos

trabalhadores desempregado dispensado sem justa causa por um período determinado,

auxiliá-lo na manutenção e busca de emprego, promovendo para tanto, ações

integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional.

O Seguro-Desemprego é um benefício integrante da seguridade social,

garantido pelo art. 7º dos Direitos Sociais da Constituição Federal, e tem por

finalidade promover a assistência financeira temporária ao trabalhador

desempregado, em virtude da dispensa sem justa causa. (Ministério do

Trabalho e Emprego)

Em 2014, com o vigor da Medida Provisória nº 665 de 30/12/2014, altera a Lei

7.998/1990, estabelecendo novas regras para a manutenção e concessão do seguro

desemprego, a partir de 01/03/2015.

Conforme indaga Gustavo Bregalda Neves, o seguro desemprego não está

expressamente previsto na Lei nº 8.213/91 como um benefício, mas não se pode negá-

lo esse caráter. A situação do desemprego involuntário, que também é uma das

modalidades de riscos sociais, previstas no artigo 7º, II e artigo 201, II da Constituição

Federal, tem natureza de benefício previdenciário, sendo custeado pelo Fundo de

Amparo ao Trabalhador fundo contábil, de natureza financeira e vinculada ao

Ministério do Trabalho.

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Porém, não se aplicam ao seguro desemprego os conceitos gerais postos na Lei

dos Benefícios da Previdência Social, como segurados obrigatórios, dependentes,

manutenção e perda da qualidade de segurado, entre outro. Também diferente dos

demais benefícios previdenciários, que são requeridos e pagos pelo INSS, o seguro-

desemprego é requerido nas Delegacias Regionais do Trabalho – DRT, órgãos da

União, e também Postos Estaduais do Sistema Nacional do Emprego – SINE, sendo

pagos pela Caixa Econômica Federal – CEF, à conta do Fundo de Amparo ao

Trabalhador. Possui legitimidade passiva nas demandas que versem sobre o assunto a

União e não a Caixa Econômica Federal.

O seguro-desemprego é devido:

A) ao empregado (artigo 3º, Lei 7.998/90);

B) ao empregado doméstico;

C) ao pescador artesanal que desempenhe suas atividades individualmente ou em

regime de economia familiar, durante o período de defeso (artigo 1º, Lei 10.779/03); e

D) ao trabalhador comprovadamente resgatado do regime de trabalho forçado ou da

condição análoga à de escravo (artigo 2º-C, Lei 7.998/90, incluído pela Lei 10.608/02).

O empregado tem direito ao benefício desde que tenha.

Dentre as alterações trazidas pela Medida Provisória nº 665/2014 destacamos a

seguinte:

1) Nos termos do art. 3º da Lei nº 7.998/90 terá direito à percepção do

seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:

a) ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela

equiparada, relativos a:

a.1) pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à

data de dispensa, quando da primeira solicitação;

a.2) pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à

data de dispensa, quando da segunda solicitação; e

a.3) cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data de dispensa,

quando das demais solicitações;

b) não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação

continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social,

excetuado o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº

6.367/76, bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº

5.890/73;

c) não estar em gozo do auxílio-desemprego; e

d) não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua

manutenção e de sua família.

e) matrícula e frequência, quando aplicável, nos termos do regulamento, em

curso de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional

habilitado pelo Ministério da Educação, nos termos do art. 18 da Lei nº

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12.513/11, ofertado por meio da Bolsa-Formação Trabalhador concedida no

âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

(PRONATEC), instituído pela Lei nº 12.513/11 ou de vagas gratuitas na rede

de educação profissional e tecnológica. (SERRA, 2015)

5.1 SEGURO DESEMPREGO NOS CARGOS EM COMISSÃO

Cargos em comissão são cargos sem estabilidade, de caráter transitórios e

precários de garantias e direitos. São cargos de livre nomeados e exoneração, assim,

quando da exoneração não percebem o benefício do seguro desemprego, isto é,

ocorrendo exoneração, saem sem nenhum direito a pleitear e recurso para seu sustento

de imediato.

Seguro desemprego é um direito de todo trabalhador dispensado dos seus

serviços sem justa-causa. Tendo a finalidade é dar assistência ao desempregado

durante este primeiro período de desemprego.

Antônio Álvares da Silva dispõe que “trabalho não é apenas o meio de

subsistência do trabalhador, mas o sustento da vida social e o suporte de toda a

produção de bens e serviços necessários à sua existência”. (SILVA, 2006, p.48)

Dentro do contexto da real finalidade do salário na vida dos empregados, o

artigo 7º, IV da Constituição da República Federativa do Brasil, demonstra claramente

a natureza alimentícia do salário.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que

visem à melhoria de sua condição social:

[...]

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de

atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,

alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e

previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder

aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

A natureza alimentar do salário já era ressaltado por Mozart Victor Russomano

para quem o salário e a remuneração possuem traços comuns e ambos são

essencialmente alimentares, isto é, constituem meios de subsistência dos trabalhadores.

De forma mais incisiva Russomano afirma: “a natureza alimentar do salário reclama,

de parte do legislador, regulamentação cuidadosa” (RUSSOMANO, 1978, p. 447).

Contudo, as jurisprudências dominantes tratam o seguro desemprego como

inviável numa contratação de servidor para cargos em comissão,pois são de caráter

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administrativo, podendo ele ser contratado tanto pelo regime estatutário, quanto

trabalhista, conforme vemos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO

RECLAMANTE. CARGO EM COMISSÃO. ENTE PÚBLICO.

CONTRATAÇÃO A TÍTULO PRECÁRIO. VERBAS RESCISÓRIAS.

PAGAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. Em se tratando da ocupação dos

cargos em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração, não

há falar em pagamento de valores relativos às verbas rescisórias, ainda que o

Município adote o Regime Jurídico Celetista como o aplicável às relações de

trabalho estabelecidas pelo referido ente público, pois os cargos em questão

possuem natureza administrativa, tratando-se de contratação a título precário.

Esse o entendimento predominante no âmbito desta Corte. Precedentes.

Agravo de Instrumento conhecido e não provido. (TST-AIRR- 894-

32.2011.5.01.0003, Relatora Ministra Maria de Assis Calsing, 4ª Turma,

DEJT de 21/11/2014).

RECURSO DE REVISTA. CARGO EM COMISSÃO. EXONERAÇÃO.

VERBAS RESCISÓRIAS. A jurisprudência desta Corte pacificou o

entendimento de que a ocupante de cargo em comissão , mesmo contratada

sob o regime da CLT, não faz jus ao pagamento da indenização referente ao

aviso prévio, recolhimento do FGTS, à multa de 40% do FGTS e à multa do

art. 477, § 8.º da CLT, por se tratar de contratação a título precário, nos

termos do art. 37, II, da Constituição Federal. Precedentes. Faz jus, todavia,

ao recebimento do décimo terceiro salário proporcional e férias

proporcionais, haja vista serem direitos constitucionais inerentes a todos os

servidores ocupantes de cargo público, consoante arts. 39, § 3.º, e 7.º, XIII e

XVII, todos da Carta Magna. Recurso de revista conhecido e parcialmente

provido. (TST-RR-76500-41.2009.5.02.0316, Relatora Ministra Delaíde

Miranda Arantes, 7ª Turma, DEJT de 13/09/2013).

RECURSO DE REVISTA. CARGO EM COMISSÃO. EXONERAÇÃO.

VERBAS RESCISÓRIAS - FGTS. MULTA DO ART. 477 DA CLT.

FORNECIMENTO DA GUIA DO SEGURO DESEMPREGO. A nomeação

de servidor para ocupar cargo em comissão não gera relação de emprego

entre as partes, e sim vínculo de índole administrativa, com possibilidade de

dispensa ad nutum. Logo, estando à dispensa do reclamante amparada no

disposto no art. 37, II, da Constituição Federal, não faz jus ao pagamento dos

depósitos do FGTS sendo indevida, portanto, a multa do art. 477 da CLT e o

fornecimento das guias para recebimento do seguro desemprego. Recurso de

revista conhecido e provido. (TST-RR-762-16.2011.5.15.0122, Relator

Ministro Aloysio Corrêa da Veiga, 6ª Turma, DEJT de 26/09/2014).

Portanto, em decorrência das diversas ações propostas no judiciário para

concessão do benefício de seguro desemprego ao servidor de cargo comissionado, por

possuir diversas características diferenciadas, tanto em sua contratação, quanto à

definição do cargo, o Legislativo está com uma Proposta de Emenda Constitucional nº

53, de 2007, de Jofran Frejat.

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A Emenda Constitucional nº 53, de 2007 tem por objeto a proposta de

beneficiar com seguro desemprego os referidos cargos, e também atribuição do direito

ao aviso prévio, FGTS, entre outros. Vêem para beneficiar pessoas que prestam serviço

de forma contínua, mas que não têm vínculo empregatício direto com a administração

pública.

“Existem funcionários com mais de 30 anos de bons serviços à sociedade que,

quando são exonerados, saem sem direito algum. Temos que corrigir esse equívoco”,

afirmou Izalci Lucas Ferreira, deputado do PSDB-DF, quando da indagação sobre a

importância da Proposta de Emenda complementar.

O deputado Manoel Ferreira, do PTB-RJ, também apresentou parecer

favorável ao tema, e afirmou:

“Não podemos mais postergar o debate sobre os direitos dos ocupantes de

cargos em comissão que não ocupam cargo efetivo, sob pena de deixarmos

ao desamparo milhares de servidores que contribuem efetivamente para a

eficiência, a continuidade e o aperfeiçoamento do serviço público.”

A Proposta de Emenda Constitucional trata de nova redação para o §3º do

artigo 39 de Constituição Federal, onde o parecer emitido pela Comissão Especial

destinada à apreciação da proposta já foi devidamente aprovada.

Hoje são 14 os direitos trabalhistas assegurados a esse grupo de servidores,

porém com a Emenda os mesmos passarão a ser 19, os direitos.

Artigo. 39 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal,

integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art.

7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e

XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando

a natureza do cargo o exigir;

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que

visem à melhoria de sua condição social:

IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de

atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,

alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e

previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder

aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem

remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor

da aposentadoria;

IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

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XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa

renda nos termos da lei;

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e

quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução

da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em

cinqüenta por cento à do normal;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais

do que o salário normal;

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a

duração de cento e vinte dias;

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos

específicos, nos termos da lei;

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de

saúde, higiene e segurança;

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de

critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Destaca-se a importância da aprovação da proposta, pois há de fazer justiça a

um grande grupo de servidores. Esses contribuem de uma forma geral, com o serviço

público, com a atividade pública, e não há segurança trabalhista alguma. Assim

merecem ter seus direitos respeitados, sendo inadmissível que profissionais cumpram

uma função pública e não estejam suportados por nenhuma segurança, porque não são

celetistas nem estatutários.

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6 CONCLUSÃO

Observado à divergência de doutrinas e jurisprudências em face da presente

monografia, tem-se a explicação a fundo sobre a definição de cargos em comissão e

como esse é desprovido de varias garantias retro mencionadas.

O trabalho traz uma critica sobre o assunto principal e demonstra a faculdade

da administração pública em contratar esses servidores, havendo falhas administrativas

por parte do poder público, como garantidor da ordem laboral de seus servidores e

empregados, por não ensejar a garantia do seguro desemprego ao servidor lotado no

cargo em comissão; esses, que são cargos de natureza transitórios e contratação por

livre nomeação e exoneração.

Cumpre examinar os conceitos e decisões acima mencionada, que nos conclui

a livre contratação desses servidores, pois podem ser contratados pelo Regime

Estatutário ou Celetista, porem são regidos pelo Regime Geral da Previdência Social,

devendo ser feita a contribuição ao INSS.

Todavia, no regime estatutário os direitos constitucionais inerentes a todos os

servidores ocupantes de cargo público compete em recebimentos do décimo terceiro

salário proporcional e férias proporcionais, contudo mesmo sendo contratado sob o

regime da CLT não faz jus a liberação de parcelas relacionadas ao seguro desemprego.

Assim devendo ser acionado a justiça pública para tentar satisfazer o presente conflito,

pois diante da exoneração o seguro desemprego é a única assistência ao desempregado

durante este primeiro período de desemprego.

Então, conforme já explicitado, há um Projeto de Emenda Constitucional, nº

53 de 2007, que tem como objeto garantir ao servidor de cargo em comissão de livre

nomeação e exoneração, direito ao seguro desemprego, FGTS, aviso prévio, entre

outros. Assim, tornando garantias que hoje fazem falta aos que servem administração

pública mediante cargos em comissão, sendo estes de natureza precária, porém

garantia necessária devido ao inevitável desemprego involuntário previsto.

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