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SELEÇÃO COMPETITIVA INTERNA 2016 Eu sei que, às vezes achamos difícil: Controlar nossa língua. Assumir nossos erros. Quebrar o silêncio. Pedir desculpas. Esquecer a tristeza. Acreditar nos sonhos. Ter esperança. Conter as lágrimas. Soltar o riso. -Mas acredite, quando temos Deus no coração e acreditamos na Tua promessa, tudo isso se torna tão pequeno... Deka Rissi DEPARTAMENTO DE ESCOLA DE GOVERNO MÓDULO: LÍNGUA PORTUGUESA NÍVEL: ENSINOFUNDAMENTAL

SELEÇÃO COMPETITIVA INTERNA 2016

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SELEÇÃO COMPETITIVA INTERNA 2016

Eu sei que, às vezes achamos difícil:

Controlar nossa língua.

Assumir nossos erros.

Quebrar o silêncio.

Pedir desculpas.

Esquecer a tristeza.

Acreditar nos sonhos.

Ter esperança.

Conter as lágrimas.

Soltar o riso.

-Mas acredite, quando temos Deus no coração

e acreditamos na Tua promessa,

tudo isso se torna tão pequeno... Deka Rissi

DEPARTAMENTO DE ESCOLA DE GOVERNO

MÓDULO: LÍNGUA PORTUGUESA

NÍVEL: ENSINOFUNDAMENTAL

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Dicas de interpretação de textos

01. Ler todo o texto;

02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;

03. Ler o texto pelo menos umas três vezes;

04. Ler com perspicácia, sutileza;

05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;

06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;

07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;

08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;

09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;

10. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliação

Texto 1

Uma questão de interpretação

Havia certa vez, em certo reino, um mosteiro habitado por monges jovens e idosos, que passavam o dia em

preces, contemplações e estudos.

Um dia, um novo rei subiu ao trono e quis conhecer melhor seus domínios.

Ao passar pelo mosteiro, ficou maravilhado com os jardins e a paisagem do lugar. Imediatamente cobiçou o

mosteiro para si, já pensando em transformá-lo em residência de veraneio.

No entanto, não podia expulsar assim, sumariamente, os religiosos. Isso o indisporia com seus súditos e

ministros. Resolveu, então, conseguir o que queria de modo mais sutil.

Proclamou que desconfiava de que aqueles monges não tivessem, ali, a austeridade e a vida dura necessárias

para ampliar seus conhecimentos. Assim, seria melhor saírem de lá e mendigarem pelas aldeias. Para comprovar

que os monges eram ignorantes, promoveria um debate. Os monges poderiam escolher um dentre eles para debater

com o sumo sacerdote da corte. Se o sacerdote ganhasse o debate, ficariam comprovadas as desconfianças do rei, e

os monges seriam expulsos. Mas se, porventura, o sacerdote viesse a reconhecer sua derrota, então os monges

ganhariam o direito de habitar o monastério para sempre.

Os monges tremeram ao saber da resolução do rei. O sumo sacerdote era famoso por seus conhecimentos,

sendo especialista em filosofia, teologia e todas as outras ciências da época. Convocaram uma reunião e tentaram

decidir quem seria o debatedor. Porém, nenhum dos monges se propunha a tão difícil tarefa. A reunião estava num

momento de impasse, quando o jardineiro do convento, um homem muito simples, apresentou-se como voluntário.

Houve um murmúrio de desaprovação, mas o monge superior foi prático:

– Não temos voluntário algum. Isso quer dizer que, se não há outra saída, esta é a única saída.

E no dia marcado para o debate, o jardineiro, acompanhado por alguns monges, apresentou-se no palácio,

onde já o esperavam o rei, o sacerdote e todos os homens doutos e poderosos da corte.

Teve início o debate. O sacerdote prometera a si mesmo que derrotaria o adversário sem nem sequer

pronunciar uma palavra. Depois de olhá-lo com desprezo, apontou o dedo para cima. O jardineiro, sem se perturbar,

apontou o dedo para o chão.

O sacerdote pareceu ficar desconcertado. Mostrou-lhe então um dedo, diante de seu nariz. O jardineiro não

teve dúvidas: mostrou-lhe os cinco dedos, com a mão toda aberta.

O sacerdote titubeou. Com uma expressão de raiva e desespero, tirou do bolso uma laranja. O jardineiro, muito

tranquilo, tirou do bolso um pãozinho.

O sacerdote empalideceu e pediu ao rei que encerrasse o debate. Ele reconhecia a derrota e declarava que

nunca encontrara um oponente tão sábio.

O rei foi obrigado a cumprir sua palavra, e assinou o compromisso de que os monges conservariam o monastério

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para sempre. Assim que os vencedores deixaram o palácio, todos se reuniram com o sacerdote, querendo que

ele explicasse, o que, afinal, tinha sido discutido.

– Quando apontei o dedo para cima – disse o sacerdote –, quis declarar que só a sabedoria dos céus é o que

conta neste mundo. Mas ele, apontando para a terra, rebateu dizendo que, embora não possamos deixar de

considerar os céus, somos homens e vivemos na terra. Então, mostrando-lhe um único dedo,argumentei que somos

frágeis, pois estamos sozinhos. E ele sabiamente me fez pensar que não, que estamos cercados por outros homens,

nossos irmãos. Finalmente, ao mostrar a laranja, rebati suas ideias, lembrando-o de que a natureza é mais forte do

que o homem, pois sabe criar coisas que ele jamais criaria. Foi aí que ele me deu o golpe de misericórdia: ao

mostrar-me o pão, lembrou-me de que o homem é capaz de conhecer e modificar a natureza, criando obras que,

sozinha, ela não pode fazer.

Todos ficaram estupefatos com a sabedoria revelada pelos monges.

Enquanto isso, no monastério, os monges se reuniam ao redor do jardineiro, que explicava:

– Foi muito simples. Quando ele apontou para cima, mostrando que ia chover, eu mostrei-lhe o chão, dizendo

que seria bom, pois a terra necessita de chuva. Depois ele me pareceu aborrecido e me mostrou um calo no seu

dedo. Querendo ser gentil, mostrei-lhe minha mão toda, para que ele visse que isso não tem importância: eu tenho

calos em todos os dedos! E quando ele tirou a laranja do bolso, pensei que fosse hora do lanche e peguei meu pão.

PAMPLONA, Rosane. O homem que contava histórias. São Paulo: Brinque-Book, 2005. p.28-31.

1- Proclamou que desconfiava de que aqueles monges não tivessem, ali, a austeridade e a vida

dura necessárias para ampliar seus conhecimentos. ``

A palavra abaixo que substitui a palavra destacada sem alterar o sentido do texto e

a- Felicidade b- Gratidão c- Seriedade d- Humildade

2-“Houve um momento de desaprovação mas o monge superior foi prático: ” O uso dos dois pontos na frase acima

pretende:

b- Introduzir uma explicação

c- Sintetizar o que foi dito

d- Introduzir a fala de uma personagem

e- d- Citar uma enumeração

3-“ Os monges tremeram ao saber da resolução do rei.” Todas as alternativas abaixo estão corretas, de acordo com

o texto, exceto:

a- Porque o sacerdote era famoso pela sabedoria.

B -Porque não tinham um representante à altura.

C -Porque julgavam que o jardineiro perderia o debate.

d- Porque o sumo sacerdote sabotaria o debate.

4-O que fez o sumo sacerdote perder o debate foi:

a- Sua inteligência

b- Sua perspicácia

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c- Seu desprezo pelo adversário

d- Sua paciência

5- O jardineiro venceu seu adversário:

a- Pela simplicidade

b- Pela arrogância

c- Pelo desprezo

d- Pela inteligência

REGRAS DE ACENTUAÇÃO:

Faz-se necessário revisar alguns pontos gramaticais que nos ajudarão a compreender as regras da acentuação gráfica da Língua Portuguesa.

Quanto à classificação da sílaba, as palavras podem ser:

• Átonas – quando não há ênfase na pronúncia de uma sílaba.

• Tônicas – quando há ênfase na pronúncia de uma sílaba.

Ex. A palavra “mato” tem duas sílabas: a primeira “ma” – é tônica; a segunda “to” – é átona.

Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras podem ser:

• Oxítonas – quando a sílaba forte encontra-se na última sílaba de uma palavra.

Ex. saci, funil, parabéns, café, calor, bombom.

• Paroxítonas – quando a sílaba forte encontra-se na penúltima sílaba.

Ex. escola, sossego, dormindo, amável.

• Proparoxítonas – quando a sílaba forte encontra-se na antepenúltima sílaba.

Ex. pêndulo, lâmpada, rápido, público, cômico.

Quanto à classificação dos encontros vocálicos:

• Ditongo: encontro de duas vogais numa só sílaba.

Ex. céu, véu, coi-sa, i-dei-a.

• Hiato: encontro de duas vogais em sílabas separadas.

Ex. fa-ís-ca, i-dei-a, pa-pa-gai-o, ba-i-nha.

* a palavra "ideia" possui ditongo E hiato.

Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser:

• Monossílabas – com apenas uma sílaba.

Ex. mau, mês, vi, um, só

• Dissílabas – com duas sílabas.

Ex. Ca-fé, Ca-sa, mui-to, li-vro, rou-pa, rit-mo

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• Trissílabas – palavras com três sílabas.

Ex. Eu-ro-pa, cri-an-ça, ma-lu-co, tor-na-do

• Polissílabas – palavras com quatro ou mais sílabas.

Ex. Pa-ra-pei-to, es-tu-dan-te, u-ni-ver-si-da-de, la-bi-rin-ti-te.

As gramáticas costumam ainda classificar os monossílabos (palavras com apenas uma sílaba) em dois tipos:

• Monossílabo átono: palavras de uma sílaba fraca, ou seja, pronunciada sem ênfase.

• Monossílabo tônico: palavras de uma sílaba tônica, ou seja, pronunciadas com ênfase, que podem

Segundo o Novo Acordo Ortográfico

QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA

1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em

“A”, “E”, “O”, "ÊM", "ÉM", "ÊNS", seguidas ou não de “S”, inclusive as formas verbais quando

seguidas de “LO(s)” ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos abertos,

como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S” Veja o quadro de exemplo:

Chá Mês nós

Gás Sapé cipó

Dará Café avós

Pará Vocês compôs

vatapá pontapés só

Aliás português robô

dá-lo vê-lo avó

recuperá-los Conhecê-los pô-los

guardá-la Fé compô-los

réis (moeda) Véu dói

méis céu mói

pastéis Chapéus anzóis

ninguém parabéns Jerusalém

Resumindo:Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja um caso de hiato.

Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo” são acentuadas porque as vogais “i” e “u” estão

tônicas nestas palavras.

2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:

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• L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.

• N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.

• R – câncer, caráter, néctar, repórter.

• X – tórax, látex, ônix, fênix.

• PS – fórceps, Quéops, bíceps.

• Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.

• ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.

• I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.

• ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.

• UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.

• US – ânus, bônus, vírus, Vênus.

Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes (semivogal+vogal):

Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.

3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.

Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo, público, pároco, proparoxítona.

QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS

4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos,quando : Formarem sílabas sozinhos ou com “S”

Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.

IMPORTANTE

Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se todos são “i” e “u” tônicas,

portanto hiatos?

Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de “ruim”, “cair” e “Raul”

formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando

naturalmente a sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.

6. Acento Diferencial : O acento diferencial permanece nas palavras:

pôde (passado), pode (presente)

pôr (verbo), por (preposição)

Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo está no singular ou plural:

SINGULAR PLURAL

Ele tem Eles têm

Ele vem Eles vêm

Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: conter, manter, intervir, deter,

sobrevir, reter, etc

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EXERCÍCIOS:

01. (UFF-RJ) Só numa série abaixo estão todas as palavras acentuadas corretamente. Assinale-a: a) rápido, séde, côrte b) ananás, ínterim, espécime c) corôa, vatapá, automóvel d) cometi, pêssegozinho, viúvo e) lápis, raínha, côr 02. (PUCC-SP) Assinale a série em que todos os vocábulos estão escritos de acordo com as normas vigentes de acentuação gráfica: a) ítem, fi-lo, juri, córtex, íbero b) luís, vírus, eletron, hífens, espírito c) hiper, táxi, rúbrica, bênção, récorde d) através, intuito, álbuns, varíola, sauna e) dolar, zebu, ritmo, atrai-lo, bangalô 03. Identifique as regras de acentuação utilizadas nos vocábulos abaixo: a) xícara b) razão c) hífen d) parabéns 04. Escreva corretamente os sinais gráficos retirados de forma intencional das palavras dos textos abaixo: a) Inversoes linguísticas e estilo rebuscado podem ser itens valorizados na literatura. Na comunicaçao de negocios, os excessos estilisticos se trasformam em ruido, atrapalhando a compreensao e distanciando o leitor do emissor. b) Nao deixe que fiquem duvidas. Muitas vezes essas duvidassao criadas pela falta de precisaogenerica, que tangencia os objetivos especificos da mensagem, mas nao os atinge. 05. Reescreva os vocábulos seguintes, corrigindo-os segundo as regras de acentuação gráfica prescritas pelo novo Acordo Ortográfico:

panacéia, idéia, européia, alcatéia, estréio, epopéia, estóico, paranóico, heróico, heróico, alcalóide, andróide,

asteróide, apóio, jóias, bóia e tramóia.

06. (CESGRANRIO-RJ) Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica: a) terás / limpida b) necessário / verás c) dá-lhe / necessário

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d) indêndio / também e) extraordinário / incêndio 07. (UFJF-MG) As palavras se agrupam pela mesma regra de acentuação em: a) é, só, até b) também, através, aí c) involuntária, hermético, substituível

d) arrogância, inconsistência, mistério e) arbitrária, água, transpô-la

08. Assinalar a alternativa na qual a acentuação gráfica das palavras se justifique da mesma forma que em 'glória', 'papéis', 'hermenêutica', respectivamente. a) maiúscula, tríduo, rédea b) estoico, obliquem, Bocaiúva c) próton, tranquilo, saúde d) órfão, constrói, pífano e) réu, bilíngue, pégasus 09. (FGV-RJ) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) raiz, raízes, sai, apóio, Grajau b) carretéis, funis, índio, hifens, atrás c) juriti, ápto, âmbar, dificil, almoço d) órfão, afável, cândido, catéter, Cristovão e) chapéu, rainha, Bangú, fossil, conteúdo 10. (UFSCar-SP) Estas revistas que eles ..., ...artigos curtos e manchetes que todos ... . a) leem - tem - vêem b) lêm - têem - vêm

c) leem - têm - veem d) lêem - têm - vêm e) lêm - tem - vêem

11. (AMAN-RJ) Das palavras abaixo, uma admite duas formas de justificar o acento gráfico, por enquadrar-se em duas regras de acentuação: a) combustível b) está c) três d) países e) veículos

13. (UM-SP) Assinale a alternativa em que a acentuação da forma verbal está incorreta: a) Os pais não veem graça nos atos dos filhos indisciplinados. b) Toda sua conversa contém palavras ora de revolta, ora de ternura. c) Nada me perturba a paz interna, nem mesmo quando a minha consciência me argúi. d) Em quase todas as reuniões, os ministros retêm as reformas dos planos de ensino. e) Seus atos inconscientes intervêm constantemente na minha tranquilidade. 14. (UM-SP) Assinale a alternativa que completa corretamente as frases: 1) Normalmente ela não ...em casa. 2) Não sabíamos onde ... os discos.

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3) De algum lugar ... essas ideias. a) pára - pôr - provém b) para - pôr - proveem

c) pára - por - provêem d) para - pôr – provêm (=provir) e) para - por - provém

15. (FGV-RJ) Assinale a alternativa que completa corretamente as frases: I. Cada qual faz como melhor lhe ( * ) II. O que ( * ) estes frascos. III. Neste momento os teóricos ( * ) os conceitos. IV. Eles ( * ) a casa do necessário. a) convém, contêm, reveem, proveem b) convém, contêm, revêem, provêm c) convém, contém, revêem, provém d) convêm, contém, revêem, proveem e) convêm, contêm, reveem, provêem

Gabarito:1-B 2-D 3- 4- 5- 6-E 7-D 8-D 9-B 10-C 11-E 13- C 14- D 15 – A

Hífen:Não precisa mais quebrar a cabeça: “uso hífen ou não”?

Regra Geral

A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não tem som; em "Hollywood”, tem

som de “R”. Portanto, não deve aparecer encostado em prefixos:

• pré-história

• anti-higiênico

• sub-hepático

• super-homem

Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.

Anti-inflamatório neoliberalismo

Supra-auricular extraoficial

Arqui-inimigo semicírculo

sub-bibliotecário superintendente

Quanto ao "R" e o "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada:

suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia)

minissaia antisséptico

contrarregra megassaia

Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum.

• Sub-reino ab-rogar sob-roda

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ATENÇÃO!Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais,

SEPARA.

super-requintado super-realista inter-resistente

CONTINUAMOS A USAR O HÍFEN:

Diante dos prefixos “ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-“:

Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente , Vizo-rei

Diante de “pós-, pré- e pró-“, quando TEM SOM FORTE E ACENTO.

pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-labore

pró-africano, pró-europeu, pós-graduação

Diante de “pan-, circum-, quando juntos de vogais.

Pan-americano, circum-escola

OBS. “Circunferência” – é junto, pois está diante da consoante “F”.

ATENÇÃO!

Não se usa o hífen diante de “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO)

Coordenar reedição reedição preestabelecer reescrever

O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo menos uma palavra de cada prefixo.

Quando bater a dúvida numa palavra, compare-a à palavra que você já sabe e escreva-a duas vezes: numa

você usa o hífen, na outra não. Qual a certa? Confie na sua memória! Uma delas vai te parecer mais familiar.

Bibliografia:

MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental. São Paulo, Atlas, 2009, p. 40-8.

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O HOMEM E A GALINHA Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras.

Um dia a galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou contente. Chamou a mulher:

– Olha o ovo que a galinha botou.

A mulher ficou contente:

– Vamos ficar ricos!

E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava

pão-de-ló, dava até sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

– Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló… Muito menos tomar sorvete!

– É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!

O marido não quis conversa:

– Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.

Aí a mulher disse:

– E se ela não botar mais ovos de ouro?

– Bota sim – o marido respondeu.

A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

– Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.

– E se ela não botar mais ovos de ouro?

– Bota sim – o marido respondeu.

Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o

marido disse:

– Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o de-comer no quintal!

– E se ela não botar mais ovos de ouro? – a mulher perguntou.

– Bota sim – o marido falou.

E a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava

um ovo de ouro. Uma dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não voltou mais.

Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.

(Ruth Rocha)

1) O texto recebe o título de O homem e a galinha. Por que a história recebe esse título? a) Porque eles são os personagens principais da história narrada. b) Porque eles representam, respectivamente, o bem e o mal na história. c) Porque são os narradores da história. d) Porque ambos são personagens famosos de outras histórias. e) Porque representam a oposição homem-animal. 2) Qual das afirmativas a seguir não é correta em relação ao homem da fábula? a) É um personagem preocupado com o corte de gastos. b) Mostra ingratidão em relação à galinha. c) Demonstra não ouvir as opiniões dos outros. d) Identifica-se como autoritário em relação à mulhere) Revela sua maldade nos maus-tratos em relação à galinha. 3) Qual das características a seguir pode ser atribuída à galinha

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a) avareza b) conformismo c) ingratidão d) revolta e) hipocrisia

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4) Era uma vez um homem que tinha uma galinha. De que outro modo poderia ser dita a frase destacada? a) Era uma vez uma galinha, que vivia com um homem. b) Era uma vez um homem criador de galinhas. c) Era uma vez um proprietário de uma galinha. d) Era uma vez uma galinha que tinha uma propriedade. e) Certa vez um homem criava uma galinha. 5) Era uma vez é uma expressão que indica tempo: a) bem localizado b) determinado c) preciso d) indefinido e) bem antigo 6) A segunda frase do texto diz ao leitor que a galinha era uma galinha como as outras. Qual o significado dessa frase? a) A frase tenta enganar o leitor, dizendo algo que não é verdadeiro. b) A frase mostra que era normal que as galinhas botassem ovos de ouro. c) A frase indica que ela ainda não havia colocado ovos de ouro. d) A frase mostra que essa história é de conteúdo fantástico. e) A frase demonstra que o narrador nada conhecia de galinha. 7) O que faz a galinha ser diferente das demais? a) Botar ovos todos os dias independentemente do que cofnia. b) Oferecer diariamente ovos a seu patrão avarento. c) Pôr ovos de ouro antes da época própria. d) Botar ovos de ouro a partir de um dia determinado. e) Ser bondosa, apesar de sofrer injustiças. 8) O homem ficou contente. O conteúdo dessa frase indica um (a): a) causa b) modo c) explicação d) consequência e) comparação 9) A presença de travessões no texto indica: a) a admiração da mulher b) a surpresa do homem c) a fala dos personagens d) a autoridade do homem e) a fala do narrador da história 10) Que elementos demonstram que a galinha passou a receber um bom tratamento, após botar o primeiro ovo de ouro? a) pão-de-ló / mingau / sorvete b) milho / farelo / sorvete c) mingau / sorvete / milho d) sorvete / farelo / pão-de-ló e) farelo / mingau / sorvete 11) Dizem, eu não sei… Quem é o responsável por essas palavras? a) o homem b) a galinha c) o narrador d) a mulher e) o ovo

1-a, 2-e, 3-b, 4-c, 5-d, 6-c, 7-d, 8-d, 9-c, 10-a

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Pontuação

O Mistério da Herança Um homem rico estava muito mal, agonizando. Dono de uma grande fortuna, não teve tempo de fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos finais, que precisava fazer isso. Pediu, então, papel e caneta. Só que, com a ansiedade em que estava para deixar tudo resolvido, acabou complicando ainda mais a situação, pois deixou um testamento sem nenhuma pontuação. Escreveu assim: 'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.' Morreu, antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes. O objetivo deste exercício é que cada um dos grupos traga a fortuna para o seu lado. Ou seja, a partir de agora, cada um dos grupos agirá como se fossem os advogados dos herdeiros. O grupo 1 representará o sobrinho. O grupo 2 representará a irmã. O grupo 3 deverá fazer com que o padeiro herde a riqueza. E, finalmente, o grupo 4 deverá será responsável para a riqueza do falecido chegar apenas às mãos dos pobres.

Resposta: 1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres. 2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito :

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres. 3) O padeiro puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres. 4) Então, chegaram os pobres da cidade. Espertos, fizeram esta interpretação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais ! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Os sinais de pontuação são usados para estruturar as frases escritas de forma lógica, a fim de que elas

tenham significado. A pontuação é tão importante na linguagem escrita quanto a entonação, os gestos, as

pausas e até o tom de voz, são na linguagem oral. Bem empregados, os sinais de pontuação são um grande

recurso expressivo:

"Oh! que doce era aquele sonhar...

Quem me veio, ai de mim! despertar?" (Almeida Garret)

Mal colocados, no entanto, eles podem provocar confusão ou até mudar o sentido das frases:

Raquel não me respondeu. Quando a procurei, já era tarde.

Raquel não me respondeu quando a procurei. Já era tarde.

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I. O ponto

O ponto (ou ponto final) é utilizado basicamente no final de uma frase declarativa:

"Não sou poeta e estou sem assunto." (Fernando Sabino)

Alguns gramáticos chamam de ponto final apenas o ponto que encerra uma sentença. Ao ponto

seguido por outras frases chamam de ponto simples. Além de finalizar um período, o ponto é utilizado em

abreviaturas (ponto abreviativo: etc., h., S. Paulo) e é muito usado quando apenas uma vírgula bastaria. É

um recurso estilístico:

"Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara."

(Graciliano Ramos)

2. Ponto e vírgula

O ponto-e-vírgula é usado basicamente quando se quer dar à frase a pausa e a entoação equivalentes ao

ponto, mas não se quer encerrar o período:

"A alma exterior daquele judeu eram os seus ducados;

perdê-los equivalia a morrer."

(Machado de Assis)

· O ponto-e-vírgula também é utilizado para separar itens de uma enumeração:

O plano prevê:

a) internações;

b) exames médicos;

c) consultas com médicos credenciados.

3. Dois pontos

Usam-se os dois-pontos, geralmente:

· Para introduzir uma explicação, um esclarecimento:

"Cada criatura humana traz duas almas consigo:

uma que olha de dentro para fora,

outra que olha de fora para dentro..."

(Machado de Assis)

· Para introduzir uma citação ou a fala do personagem:

O avô costuma resmungar:

"Quem sai aos seus, não degenera..."

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4. Interrogação e exclamação

· O ponto de interrogação marca o fim de uma frase interrogativa direta:

Quem te deu licença?

· O ponto de exclamação marca o fim de frases optativas, imperativas ou exclamativas:

Como era lindo o meu país!

5. Reticências

As reticências interrompem a frase, marcando uma pausa longa, com entoação descendente. São usadas

basicamente:

· Para indicar uma hesitação, uma incerteza ou mesmo um prolongamento da idéia:

"Há um roer ali perto... Que é que estarão comendo?" (Dionélio Machado)

· Para sugerir ironia ou malícia:

"— Se ele até deixou a mulher que tinha, Sinhô.

É um fato. Estou bem informado... — e ria para

João Magalhães, lembrando Margot."

(Jorge Amado)

6. Aspas

As aspas são usadas para assinalar citações textuais e para indicar que um termo é gíria, estrangeirismo ou

que está sendo usado em sentido figurado:

O presidente afirmou em seu discurso: "Toda corrupção será combatida!"

Minha turma é "fissurada" nessa música.

7. Travessão e parênteses

São usados para esclarecer o significado de um termo:

Granada — último refúgio dos árabes — foi conquistada em 1492.

Granada (último refúgio dos árabes) foi conquistada em 1492.

Os dois sinais têm basicamente a mesma função, a diferença entre os dois está na entonação, mais pausada

no caso do travessão, além do caráter estilístico, mais objetivo no caso dos parênteses.

· Intercalar reflexões e comentários à seqüência da frase:

Mas agora — pela centésima vez o pensava — não podia admitir aquelas mesquinharias.

· O travessão também é usado em diálogos para marcar mudança de interlocutor:

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"— Peri sente uma coisa.

— O quê?

— Não ter contas mais bonitas do que estas para dar-te."

(José de Alencar)

8. Vírgula

Alguns casos de quando usamos vírgula:

· Em enumerações, para separar os elementos que as compõem:

Machado de Assis foi contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico literário.

Nosso maior contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico literário foi Machado de Assis.

(geralmente, o último termo da enumeração vem separado pela conjunção e)

· Para separar adjunto adverbial, sempre que ele seja extenso ou quando se quer destacá-lo:

Depois de inúmeras tentativas, desistiu.

Escove os dentes,sempre, e diga adeus às cáries!

· Para isolar o predicativo quando não for antecedido por verbo de ligação:

Furioso, levantou-se.

· Para isolar aposto:

A minha avó, Maria, era suíça.

Para isolar o vocativo:

Estamos de férias, pessoal !

· Para isolar expressões explicativas:

Minha avó,que era francesa, não tolerava grosserias.

EXERCÍCIOS DE PONTUAÇÃO

1. Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem ser usados nas lacunas da frase abaixo. Não

cabendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência:

Aos poucos .... a necessidade de mão-de-obra foi aumentando .... tornando-se necessária a abertura dos portos ....

para uma outra população de trabalhadores ..... os imigrantes.

a) O – ponto e vírgula – vírgula – vírgula

b) O – O – dois pontos – vírgula

c) vírgula, vírgula – O – dois pontos

d) vírgula – ponto e vírgula – O – dois pontos

e) vírgula – dois pontos – vírgula – vírgula

2- Assinale a seqüência correta dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo. Não

havendo sinal, O indicará essa inexistência.

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Na época da colonização ..... os negros e os indígenas escravizados pelos brancos ..... reagiram .....

indiscutivelmente ..... de forma diferente.

a) O – O – vírgula – vírgula

b) O – dois pontos – O – vírgula

c) O – dois pontos – vírgula – vírgula

d) vírgula – vírgula – O – O

e) vírgula – O – vírgula – vírgula

3. Assinale a alternativa cuja frase está corretamente pontuada:

a) O sol que é uma estrela, é o centro do nosso sistema planetário.

b) Ele, modestamente se retirou.

c) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia.

d) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja.

e) Estas cidades se constituem, na maior parte de imigrantes alemães.

4. “Os textos são bons e entre outras coisas demonstram que há criatividade”. Cabem no máximo:

a) 3 vírgulas

b) 4 vírgulas

c) 2 vírgulas

d) 1 vírgula

e) 5 vírgulas

5 . Assinale o texto de pontuação correta:

a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, minha avó.

b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocava risos, muxoxos, palavrões.

c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que este riso os impeça de

conservar as suas roupas e o seu calçado.

d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de ABC,

triturados soltos no ar.

e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde notei, que me achava lá, numa sala pequena.

6. Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente:

a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do concurso.

b) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado do concurso.

c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do concurso.

d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concurso, em fila.

e) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado do concurso.

7 e 8 : Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação, assinale a letra que corresponde ao período de

pontuação correta:

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a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião ficou mais animada.

b) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou mais animada.

c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a reunião ficou mais animada.

d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião, ficou mais animada.

e) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou, mais animada.

8. a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que eu venho.

b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone que eu venho.

c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, que eu venho.

d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho.

e) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor telefone que eu venho.

9. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:

a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio.

b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio.

c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio.

d) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio.

e) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio.

1-C 2-E 3-C 4-C 5-C 6-E 7-C 8-D 9-E

M A S/ M A I S / M Á S

Mas : Dá sempre a idéia de oposição, de contrários.

Pode ser substituída por porém, no entanto, contudo, todavia, entretanto.

Ele estudou, mas não conseguiu boas notas.

Mais : Tem por antônimo menos.

Nós fizemos mais coisas do que devíamos.

Más: é o plural de má (feminino de mau e contrário de boas).

As más notícias chegam depressa.

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Complete com mas, más ou mais:

"Cada ser humano é único. É uma palavra de Deus que não (*) se repetirá." (Karl Adam)

Amanhã faremos (*) alguns exercícios.

O filme era bom, (*) mesmo assim ela não quis ir ao cinema comigo.

Não devemos concordar com idéias (*).

Não só é estudioso, (*) também é criativo.

"Quem deixa para depois o que pode fazer logo, perde o que nunca (*) encontrará: o tempo." (Coelho Neto)

As (*) companhias acabam, quase sempre, por nos influenciar também.

"O amor não consiste em duas pessoas olharem uma para a outra, (*) em olharem juntas para a mesma direção." (A.

S. Exupery)

Quanto (*) ele treina, pior fica, (*), por incrível que pareça, ele não desanima!

“Quanto menos um homem pensa, tanto (*) ele fala." (Montesquieu)

"A coisa (*) bela do mundo consiste em ser útil ao próximo." (Sófocles)

Elas não eram tão (*) quanto se dizia.

"(*) vale ter amigos que tesouros amontoados." (Provérbio russo)

"O otimista não tem uma vida melhor do que o pessimista, (*) é (*) alegre." (Charlie Rivel)

"Estou cada vez (*) ateu. Não acredito em (*) nada, (*) não impeço que os outros acreditem, cada um tem a sua

religião. Eu só quero que me deixem é não ter nenhuma." (Eduardo Almeida Reis)

16. "Felicidade é miragem / perdida, além, no deserto... /

De longe seduz, (*) foge / se nós lhe chegamos perto." (Nidoval Reis)

17. "Se os economistas brasileiros se tornassem cantores, a música nada ganharia, (*) a economia estaria salva." (Henrique Simonsen)

18. Tanto disseram as (*) línguas que acabaram por acreditar naquelas mentiras.

19. "O (*) forte é aquele que sabe dominar-se na hora da cólera." (Maomé)

20. "Quem é bom já nasce feito, / (*) não te enchas de vaidade,para ser um ser perfeito / há que aprender

humildade." (Cynira Antunes de Moura)

21. "Somos o que fazemos, (*) somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos." (Eduardo

Galeano)

22. "Pobre é como pneu: quanto (*) trabalha (*) liso fica. (Pára-choque de caminhão)

23. "Temos bastante religião para nos odiarmos, (*) não o suficiente para nos amarmos." (J.Swift)

24. Devido as (*) condições do tempo não sairemos hoje.

25. “Não está a felicidade em viver (*), (*) em viver bem.” (Pe. Antônio Vieira)

26. “Perdoare esquecer é raro, (*) não impossível.” (Machado de Assis)

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M A U / M A L

Mau : contrário de bom

Ele era um mau aluno.

Mal : * contrário de bem

Alguns alunos estão se comportando mal.

* conjunção temporal (equivale a assim que).

Ele chegou,mal o dia raiou.

Atividades:

1. Use mal ou mau para preencher corretamente as lacunas dos seguintes períodos:

a) Você agiu muito (*) por não repreender aquele (*) elemento.

b) Tenho a certeza absoluta de que não te quero (*) .

c) Agora é um (*) momento para se comprar dólares.

d) Trata-se de uma questão muito (*) resolvida.

e) Aquele povoado foi atacado por um (*) terrível.

f) "Lemos muito (*) o mundo, e dizemos depois que ele nos engana." (Tagore)

g) Antônio sempre foi um (*) elemento.

h) Na luta contra o (*), devemos nos lembrar de nosso Criador.

i) O (*) manifesta-se sob as mais variadas formas.

j) Era, sem dúvida, um (*) comerciante, pois nunca tinha um lucro razoável.

k) O rapaz sofria de um (*) incurável.

l) Dos (*) de nossa época, o pior é a violência.

m) Você não deve dar (*) exemplo.

n) Não deseje o (*) de seu próximo.

o) Os (*) costumes causam problemas.

p) Quanto a essas alternativas, é difícil dizer qual delas representa o (*) maior.

POR QUE / POR QUÊ / PORQUE / PORQUÊ

1. Usa-se por que:

a) nas frases interrogativas diretas ou indiretas:

Por que você se atrasou? Quero saber por que você se atrasou.

b) quando puder ser substituído por pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais:

Os problemas por que (pelos quais) passei ajudaram-me a crescer.

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2. Usa-se por quê em fim de frases interrogativas diretas ou indiretas:

Você se atrasou por quê? Você se atrasou. Explique-me por quê

3. Usa-se porque nas respostas, explicações ou para introduzir uma finalidade:

Eu me atrasei porque o carro quebrou. Precisei ir porque estou atrasada.

Apresse-se porque não chegue atrasada.

4. Usa-se porquê quando for o substantivo equivalente a causa, motivo, razão:

O porquê de meu atraso foi a quebra do carro.

Reescreva as frases, substituindo o � por POR QUÊ, ou PORQUE, ou, ainda, PORQUÊ

Não é porque certas coisas são difíceis que deixamos de ousar. É por falta de ousadia que tais coisas são difíceis.

Sêneca – (filósofo romano, nascido em Córdoba - 4aC – 65)

1. A reforma da casa não foi terminada � o seu proprietário ficou sem verba.

2. � o arquiteto pediu demissão da firma?

3. Os que estudam aquele período histórico jamais compreenderam o � de tanta violência.

4. Este empório foi fechado. � ?

5. � algumas pessoas discordam da mudança do padrão monetário no Brasil?

6. Jamaisentenderemos o � de tanta ambição.

7. Não se preocupe. Tenho certeza de que a situação � você está passando é transitória.

8. Devemos respeitar as leis de trânsito � elas são de fundamental importância para a segurança de

motoristas e pedestres.

9. � Márcia mudou de profissão?

10. A professora ausentou-se da reunião. Você sabe � ?

11. Quero saber o � da sua decisão.

12. Ele viajou � foi chamado para assinar um contrato.

13. Ele não viajou � ?

14. Só eu sei as esquinas � passei.

15. Desconheço os motivos � a viagem foi adiada.

16. Gostaria de saber � você não foi.

17. Se ele mentiu, eu queria saber � .

18. Parou � ?

19. � parou?

20. Não sei � ele não veio.

21. É um drama � muitos estão passando.

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'Há' ou 'a'?

Existem algumas palavras da nossa língua que só dão problema na hora de escrever. Isso acontece muito com as palavras têm o mesmo som, mas escrita e significado diferentes.

Os exemplos de casos em que isso acontece são muitos, mas agora vamos nos concentrar numa duplinha que nos atormenta: a diferença entre HÁ com agá e A sem agá.

A dica mais importante para entender a diferença entre eles é lembrar que HÁ com agá é verbo (forma do verbo HAVER) e por isso pode ser substituído por outro verbo.

Assim, devemos escrever com agá:

“Há dúvidas na prova”.

Nesse caso, podemos substituir o HÁ pelo verbo existir: “Existem dúvidas na prova”.

Na frase “Há muito tempo não o vejo”, também é com agá, pois podemos dizer: “Faz tempo que não o vejo”.

Já na frase “Estamos a dois minutos de casa”, o A deve ser escrito sem agá, pois não pode ser substituído por um verbo. Não tem sentido dizer: "Estamos faz dois minutos de casa" ou "Estamos existem dois minutos de casa".

Trata-se da preposição “A”. Podemos usar quando nos referimos à distância ou a tempo futuro:

“Estamos a vinte quilômetros do aeroporto”, “Ele chegará ao trabalho daqui a dez minutos”.

Exercícios:

Complete as frases com HÁ ou A:

1- “Diga ---- elas que estejam daqui----pouco-------porta da biblioteca”.

a) à, há, ab) a, há, àc) a, a, àd) à, a, ae) a, a, a

2- Complete com Há, a ou à:

1)Daqui ___ pouco rezaremos pelo sucesso da cirurgia. 2)Parece que foi ___ tão pouco tempo. 3)____ alguns anos, os vestibulares se constituíam de questões dissertativas. 4)____ bem pouco tempo, todos os vestibulares no Brasil constarão de questões subjetivas. 5)Ela chorava de medo ___ muitas horas e sempre ____ tardinha. Respostas: 1.a – 2.há – 3.há – 4.a – 5.há/à

“Onde” e “Aonde”

“Onde” e “Aonde” indicam lugar, entretanto, não podem ser utilizados no mesmo contexto, pois indicam, respectivamente, localização e movimento.

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Os verbos que devem ser utilizados ao lado da palavra “onde” ou no contexto em que esse termo aparece são os que indicam estado ou permanência. Veja alguns exemplos:

• Não sei onde estou. • Moro na rua onde fica o SAMU. • Onde coloquei o celular?

Aonde deve ser utilizado mas quando transmitir a ideia de movimento. Portanto, preste atenção aos verbos, pois os que indicam movimento, tais como: ir, chegar, dirigir, entre outros, pedem o uso de “aonde”.

• Aonde você vai? • Diga-me aonde levas esta mala? • Eu não sei aonde você pretende chegar com essa história. • O funcionário chegouem uma posição na empresa aonde nenhum outro chegou. • Aonde eu vou, nem mesmo eu sei.

•Substitua os Asteriscos por Onde ou Aonde:

01 – ** essas medidas do governo vão nos levar?

02 – Não entendo ** ele estava com a cabeça.

03 – Dê ** você está falando?

04 – ** querem chegar com essas atitudes?

05 – ** se situa o Morumbi?

06 – ** pensa que vais.

07 – ** nos levará tamanha discussão.

08 – Até ** vai sua rebeldia.

09 – Não sei ** me apresentar, nem a quem me dirigir.

10 – ** acaba o mar e começa o céu.

11 – Não sei ** começar a procurar.

12 – Não sei ** ir.

13 – ** está seu orgulho?

14 – Irei ** quer que eu vá.

GABARITO 01 – Aonde02 –onde . 03 –onde 04 – Aonde 05 – Onde 06 – Aonde 07 – Aonde 08 –aonde 09 –onde 10 – Onde 11 onde 12 –aonde 13 – Onde 14 –aonde

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Os três pássaros do rei Herodes

(lenda)

Pela triste estrada de Belém, a Virgem Maria, tendo o Menino Jesus ao colo, fugia do rei Herodes.

Aflita e triste ia em meio do caminho quando encontrou um pombo, que lhe perguntou:

– Para onde vais, Maria?

– Fugimos da maldade do rei Herodes, – respondeu ela.

Mas como naquele momento se ouvisse o tropel dos soldados que a perseguiam, o pombo voou assustado.

Continuou Maria a desassossegada viagem e, pouco adiante, encontrou uma codorniz que lhe fez a mesma pergunta que o pombo e, tal qual este, inteirada do perigo, tratou de fugir.

Finalmente, encontrou-se com uma cotovia, que, assim que soube do perigo que assustava a Virgem, escondeu-a e ao menino, atrás de cerrado grupo de árvores que ali existia.

Os soldados de Herodes encontraram o pombo e dele souberam o caminho seguido pelos fugitivos.

Mais para a frente a codorniz não hesitou em seguir o exemplo do pombo.

Ao fim de algum tempo de marcha, surgiram à frente da cotovia.

– Viste passar por aqui uma moça com uma criança no regaço?

– Vi, sim – respondeu o pequenino pássaro – Foram por ali.

E indicou aos soldados um caminho que se via ao longe. E assim afastou da Virgem e de Jesus os seus malvados perseguidores.

Deus castigou o pombo e a codorniz.

O primeiro, que tinha uma linda voz, passou a emitir, desde então, um eterno queixume.

A segunda passou a voar tão baixo, tão baixo, que se tornou presa fácil de qualquer caçador inexperiente.

E a cotovia recebeu o prêmio de ser a esplêndida anunciadora do sol a cada dia que desponta.

1. O texto é uma lenda porque:

a) faz menção a uma passagem bíblica do Novo Testamento. b) narra uma história fantasiosa transmitida pela tradição oral. c) faz uma revelação importante. d) está baseado num fato histórico, que realmente aconteceu. e) os animais falam.

2. Com relação à expressão “Pela triste estrada de Belém”, podemos afirmar que:

a) a paisagem era deserta, sem árvores. b) o autor estava triste quando escreveu o texto. c) Maria estava angustiada e triste e, com isso, todo o ambiente parecia triste. d) essa é uma pista que o narrador nos dá de que o desfecho será ruim. e) o caminho era muito longo e assim deixava a impressão de tristeza.

3. Assinala o único item que NÃO se aplica nem ao pombo nem à codorniz: a) covardia b) medo c) egoísmo d) coragem e) delação

4. A codorniz não hesitou em seguir o exemplo do pombo. O exemplo da:

a) fuga b) mentira c) violência d) amizade e) delação 5. Assinala o item que caracteriza a cotovia:

a) solidária b) delatora c) orgulhosa d) esquiva e) sarcástica

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6. Como castigo, a linda voz do pombo passou a ser um: a) pio b) gorjeio c) latido d) uivo e) arrulho

7. De acordo com o texto, a cotovia canta:

a) na aurora b) de madrugada c) ao meio-dia d) ao anoitecer e) no pôr-do-sol 8. Assinala a alternativa em que NÃO há correspondência entre a explicação e a significação da palavra no texto:

a) inteirada do perigo: cientificada do perigo b) cerrado grupo de árvores: compacto grupo de árvores c) com uma criança no regaço: com uma criança na garupa d) não hesitou em seguir o exemplo: não titubeou em seguir o exemplo e) cada dia que desponta: cada dia que surge

9. A cotovia deu aos perseguidores uma pista falsa porque:

a) era mentirosa. b) queria se vingar das outras aves. c) era inimiga de Herodes. d) sabia que poderia ser punida por Deus. e) queria salvar a Virgem Maria e o Menino Jesus.

RESPOSTAS: 1. B2. C3. D4. E5. A6. E7. A8. C9. E

Alguns casos de Concordância Nominal

a) É bom, é necessário, é proibido

1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.

Canja é bom. / A canja é boa. É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida.

h) Muito, pouco, caro

1- Como adjetivos: seguem a regra geral.

Comi muitas frutas durante a viagem. Pouco arroz é suficiente para mim. Os sapatos estavam caros.

2- Como advérbios: são invariáveis.

Comi muito durante a viagem. Pouco lutei, por isso perdi a batalha. Comprei caro os sapatos.

i) Mesmo, bastante

1- Como advérbios: invariáveis

Preciso mesmo da sua ajuda. Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.

2- Como pronomes: seguem a regra geral.

Seus argumentos foram bastantes para me convencer. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

j) Menos, alerta

1- Em todas as ocasiões são invariáveis.

Preciso de menos comida para perder peso. Estamos alerta para com suas chamadas.

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k) Tal Qual

1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o consequente.

As garotas são vaidosas tais qual a tia. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.

l) Possível

1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.

A mais possível das alternativas é a que você expôs. Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.

m) Meio

1- Como advérbio: invariável.

Estou meio insegura.

2- Como numeral: segue a regra geral.

Comi meia laranja pela manhã.

n) Só

1- apenas, somente (advérbio): invariável. Só consegui comprar uma passagem.

2- sozinho (adjetivo): variável. Estiveram sós durante horas.

n- Obrigado/Obrigada

Os homens dizem “obrigado” As mulheres dizem “obrigada”

QUESTÕES

1 Quanto à concordância nominal, preencha as lacunas das frases: (I) Era talvez meio-dia e …………………..quando fora preso. (II) Decepção é …………………………para fortalecer o sentimento patriótico. (III) Apesar da superpopulação do alojamento, havia acomodações………………………..para os homens. (IV) Os documentos dos candidatos seguiram……………………….às fichas de inscrição. (V) As fisionomias dos homens eram as mais desoladas …………………………..naquele cortejo. a) meia – bom – bastantes – anexos – possíveis b) meio – bom – bastantes – anexo – possíveis c) meia – boa – bastante – anexo – possível] d) meio – boa – bastante – anexos – possível e) meia – bom – bastantes – anexo – possível 2- Assinale a sequência que completa estes períodos: 1. Ela _________ disse que não iria. 2.Vão ________ os livros. 3.A moça estava _________ aborrecida. 4.É _________ muita atenção para atravessar a rua. 5.Nesta aula, estudam a terceira e a quarta ____ do primeiro grau.

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a) mesmo –anexos- meia - necessário - série. b) mesma- anexos – meio- necessária - séries. c) mesmo – anexo – meio- necessário -séries. d) mesma- anexos – meio- necessário - séries. e) mesma – anexos – meia -necessário -séries.

3-Considerando a concordância nominal, assinale a frase correta:

a) Ela mesmo confirmou a realização do encontro. b) Foi muito criticado pelos jornais a reedição da obra. c) Ela ficou meia preocupada com a notícia. d) Muito obrigada, querido, falou me emocionada. e) Anexo, remeto lhes nossas últimas fotografias.

4 – Na ordem, preenchem corretamente as lacunas:

1. Justiça entre os homens é … 2. É … a entrada de pessoas estranhas. 3. A água gelada sempre é …

• a) necessário, proibida, gostosa. • b) necessária, proibida, gostoso. • c) necessário, proibida, gostoso. • d) necessária, proibido, gostoso. • e) necessário, proibido, gostosa.

5 Complete convenientemente com as palavras entre parênteses:

a- Essa bebida é __________. (bom) b- Pimenta é __________ para tempero. (bom) c- A entrada é _________. (proibido) d- Entrada é __________. (proibido) e- É meio-dia e __________. (meio)

6-“É ………… discussão entre homens e mulheres ………… ao mesmo ideal, pois já se disse ………… vezes que da discussão, ainda que ………… acalorada, nasce a luz.”

• a) bom voltados bastantes meio • b) bom voltadas bastante meia • c) boa voltadas bastantes meio • d) boa voltados bastante meia

7 - Ainda ____furiosa, mas com____ violência, proferia injúrias____ para escandalizar.

• a) meia – menas – bastantes • b) meia – menos – bastante • c) meio – menos – bastante • d) meio – menos – bastantes • e) meio – menas – bastantes

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8 - Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal, segundo a norma-padrão.

• a) Os gritos de dona Irene ecoaram alto e deixaram as pessoas atentas • b) Com o acontecido, dona Irene voltou para casa meia amedrontada • c) Devido à violência, há menas pessoas andando nas ruas • d) Dona Irene deu bastante gritos para chamar a atenção das pessoas • e) Os ladrões, meio assustado, podem fazer coisas inimagináveis

09 -Marque a alternativa cuja sequência preencha adequadamente as lacunas do seguinte período:

“Nós …………………. socorremos o rapaz e a moça …………., ……………

a)mesmos – bastante – machucados b) mesmo – bastantes – machucados c) mesmos – bastantes – machucados d) mesmo – bastante – machucada. e) mesmos – bastantes – machucada

10 -“Ela ……. tomou conta do caixa”. “(…) a melancolia da paisagem está em nós …….

• a) mesmo – mesmas • b) mesmo – mesmos • c) mesma – mesma • d) mesma – mesmos • e) mesmo – mesmos

11- Entrada é ……………, mas a permanência é ………….

• a) permitida – proibida • b) permitido – proibido • c) permitida – proibido • d) permitido – proibido • e) permitido – proibida

12 – Aponte a alternativa em que a concordância está incorreta

• a) Seguem anexas as fotos solicitadas. • b) As cartas seguirão em anexas. • c) As cartas seguirão em anexo. • d) Todos estavam presentes, menos as pessoas que deviam estar. • e) Vinha com bolsos e mãos cheios de dinheiro.

Gabarito : 1 a 2 d 3 d 4 a 5 boa, bom, proibida, proibido, meia. 6 a 7 d 8 a 9 a 10 d 11 e 12 d

Alguns casos de Concordância Verbal

DAR – BATER – SOAR (indicando horas) Quando houver sujeito (relógio, sino) os verbos concordam normalmente com ele.

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- O relógio deu onze horas. - O Relógio: sujeito Deu: concorda com o sujeito.

Quando não houver sujeito, o verbo concorda com as horas que passam a ser o sujeito da oração.

- Deram onze horas. - Deram três horas no meu relógio.

HAVER – FAZER

"Haver" no sentido de “existir”, indicando “tempo” ou no sentido de “ocorrer” ficará na terceira pessoa do singular. É impessoal, ou seja, não admite sujeito.

"Fazer" quando indica “tempo” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e deverá ficar na terceira pessoa do singular.

- Nesta sala há bons e maus alunos. (= existe) - Já houve muitos acidentes aqui. (= ocorrer) - Faz 10 anos que me formei. (= tempo decorrido)

PESSOAS DIFERENTES

O verbo flexiona-se no plural na pessoa que prevalece (a 1ª sobre a 2ª e a 2ª sobre a 3ª).

Eu e tu: nós Eu e você: nós Ela e eu: nós Tu e ele: vós

- Eu, tu e ele resolvemos o mistério. (1ª pessoa prevalece) - O diretor, tu e eu saímos apressados. (1ª pessoa prevalece) - O professor e eu fomos à reunião. (1ª pessoa prevalece) - Tu e ele deveis fazer a tarefa. (2ª pessoa prevalece)

Obs: como a 2ª pessoa do plural (vós) é muito pouco usado na língua contemporânea , é preferível usar a 3ª pessoa quando ocorre a 2ª com a 3ª.

- Tu e ele riam à beça. - Em que língua tu e ele falavam?

Podemos também substituir o “tu” por “você”. - Você e ele: vocês

SER

O verbo “ser” concordará com o predicativo quando o sujeito for o pronome interrogativo “que” ou “quem”.

- Quem são os eleitos? - Que seriam aqueles ruídos estranhos? - Que são dois meses? - Que são células? - Quem foram os responsáveis?

Quando o verbo “ser” indicar tempo, data, dias ou distância, deve concordar com a apalavra seguinte.

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- É uma hora. - São duas horas. - São nove e quinze da noite. - É um minuto para as três. - Já são dez para uma. - Da praia até a nossa casa, são cinco minutos. - Hoje é ou são 14 de julho?

Em relação às datas, quando a palavra “dia” não está expressa, a concordância é facultativa.

Se um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal, o verbo concordará com ele.

- Eu sou o chefe. - Nós somos os responsáveis. - Eu sou a diretora.

Quando o sujeito é um dos pronomes isto, isso, aquilo, o, tudo, o verbo “ser” concordará com o predicativo.

- Tudo são flores. - Isso são lembranças de viagens.

Quando o verbo “ser” aparece nas expressões “é muito”, “é bastante”, “é pouco”, “é suficiente” denotando quantidade, distância, peso, etc ele ficará no singular.

- Oitocentos reais é muito. - Cinco quilos é suficiente.

Exercicios

Sublinhe a forma correta:

1-Onde você andava? Fazem/Faz mais de três horas que a espero.

2. Talvez houvessem/houvesse soluções melhores do que aquela.

3. Vão/Vai terminar acontecendo coisas desagradáveis.

4. Vão/Vai terminar havendo coisas desagradáveis.

5. Haviam/Havia ocorrido vários acidentes naquele local.

6. Haviam/Havia vários carros naquele local.

7. Acho que devem/deve haver duas colheres ali.

8. Acho que devem/deve bastar duas colheres de açúcar.

9. Hão/Há de haver outras saídas.

10. Hão/Há de existir outras saídas.

11. Espero que hajam/haja sobrado algumas cervejas.

12. Espero que hajam/haja algumas cervejas no gelo.

13. Já começam/começa a haver esperanças.

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14. Não podem/pode haver hesitações

15. No domingo, farão/fará seis meses que as aulas começaram; pode-se dizer que só faltam/falta trinta dias para as férias.