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Semana da família - 2010: “Esperança para sua Família” · promover o culto familiar como uma prática fundamental no lar. 3.Convite para a Semana da Família. Preparar um convite

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Semana da família - 2010: “Esperança para sua Família” Ministério da Família - Divisão Sul-Americana

Autor dos sermões: Pr. Ivan SaraivaCoordenação: Pr. Edison Choque

Secretária: Priscila OliveiraDiagramação: Victor Diego Trivelato

Arte: Victor Diego TrivelatoImpressão: Casa Publicadora Brasileira

ApresentAção

O título da Semana da Família para 2010 é “Esperan-ça para sua família”, representando claramente a necessi-dade de apresentar a Jesus como a maior esperança para as famílias hoje. Trata-se de uma grande oportunidade para levar esperança para as famílias da igreja e a comu-nidade, cumprindo assim dois objetivos fundamentais: um interno e outro externo. O interno está relacionado com o fortalecimento das famílias da Igreja. Aqui estão algumas sugestões para al-cançar este primeiro objetivo:

1. Famílias orando por famílias. O diretor do Ministério da Família organiza a relação das famílias da igreja, colocando seus nomes em papéis. Uma semana antes da programação especial os papéis são distribuídos para que cada família ore por outra família.

2.Visita às Famílias. O diretor do Ministério da Família programa, com os anciãos, uma visita especial a todas as famílias da igreja para o mês de maio. A finalidade deste encontro é orar e promover o culto familiar como uma prática fundamental no lar.

3.Convite para a Semana da Família. Preparar um convite especial para que todas as famí-lias da igreja participem desta Semana especial.

4.Comissões para a Semana da Família. Distribuir as tarefas e comissões da Semana da Família entre as famílias da igreja para que se sintam integradas.

5. Lares de Esperança. Promover o projeto Lares de Esperança, que acontece-rá ao final da Semana da Família, no sábado, dia 22 de maio.

Externo:1.Convite para o público externo. No dia 16 de maio teremos o Impacto Esperança. Para este momento especial está programada a distribuição de milhares de revistas. Será uma grande oportunidade para convidar a comunidade para assistir a Semana da Família.

2. Projetos de atendimento. Aproveitar a presença das famílias da comunidade para lançar algum programa especial, como por exem-plo, encontro de casais, seminários de enriquecimento fa-miliar, encontro de pais, etc.

O sermões para esta semana foram preparados pelo evangelista da Novo Tempo, em português, pastor Ivan Saraiva. Desejamos sinceramente que esta semana seja uma verdadeira inspiração para todas as famílias.

Edison Choque FernandezMinistério da Família - DSA

seMAnA DA FAMÍLIA Divisão Sul-Americana

Esperança para a família

Sábado - Esperança para o casal

Domingo - Um lar de esperança

Segunda - Esperança para os filhos

Terça – Esperança nas diferenças

Quarta – Um balde de esperança

Quinta - Um amor de esperança

Sexta – A esperança não perde a graça

Sábado – A esperança que compreende

PROGRAMA SuGESTiVO PARA CADA NOiTE

seMAnA DA FAMÍLIA

1. Boas-vindas - 19h30

2. Oração inicial - 19h33

3. Momento de louvor - 19h35

4. Sorteio - 19h45

5. Oração intercessória pelas famílias - 19h50

6. Música especial - 19h55

7. Mensagem - 20h

8. Hino - 20h40

9. Oração - 20h45

SáBADO

esperAnçA pArA o CAsAL

introdução “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” Gênesis 2:24

i – Tudo Perfeito É difícil para nós entendermos uma realidade com-pleta de perfeição. Isso se dá porque nunca, nenhum de nós, excetuando nossos primeiros pais, vivenciou sequer algo parecido. Imagine um mundo sem flores murchas, sem frutas estragadas, sem lixo para reciclar. Imagine um mundo sem nenhum mal entendido, sem decepções, sem cansaço. O mundo ideal que sonhamos, é real para Deus. E foi real para Adão e Eva. Isso e muito mais era a rea-lidade da nossa raça. Fomos criados para esse tipo de lugar. Isto é percebido pela declaração do próprio Deus em Gênesis 1: 31 “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”. Tudo era muito bom, tudo era perfeito. Talvez por isso nunca tenhamos nos acostumado com este lugar escuro. Não conseguimos nos conformar com apenas migalhas de alegria, queremos ser felizes. Viver a vida a dois em sua plenitude, como tão sonhado e planejado no início deste mundo.

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Pode imaginar um casamento perfeito no qual o amor era apenas o resultado de existirem? Adão e Eva não discutiam a relação, porque não ha-via erros, nem mágoas, não existia decepção, nem mal-entendidos, tudo era como Deus sonhara: relacionamentos perfeitos, sorrisos perfeitos, amor perfeito. Verdadeiramente eles se completavam. Um era para o outro a melhor com-panhia do universo. Eram diferentes, mas iguais ao mesmo tempo. Originados das mãos perfeitas de um Criador de amor, o relacionamento desse primeiro casal era assim: perfeito. E assim deveria continuar sendo.

ii – Nada Perfeito Eles erraram, pecaram diante de Deus. Preferiram acreditar em um animal a ter fé na palavra de Deus. Que contraste existe entre nossa origem e a conse-quência de uma escolha! Hoje, cada vez mais, os passos desatentos de pessoas que buscam mais a felicidade pró-pria do que o bem-estar de quem se ama, nos afastam dos sonhos originais de Deus para o casamento. Parece que nada mais faz sentido. Lares desfeitos, casamentos infelizes. Maridos conformados com um relacionamento recheado de mentira e indiferença, esposas tristes beiran-do a depressão sem saber o que fazer.

Nada perfeito Conheci um casal para o qual a sátira era o elemen-to máximo no casamento. Um procurava expor o outro, evidenciando os defeitos e erros do cônjuge. Entraram nesse ciclo vicioso e agora sequer percebem o caminho de autodestruição por onde caminham. O resultado é um emocional abalado, fragilizado, com feridas que dificil-mente cicatrizarão. Marcas doloridas que permanecerão

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cravadas na história de cada um. Nada perfeito. São má-goas, vergonhas e feridas difíceis de cicratizar.

iii – Esperança Perfeita Em meio a tudo isso, está você e seu cônjuge. Cada uma com suas marcas. Eu não sei quem é você nem por que está aqui. Não conheço sua história de vida, nem suas lutas. Não sei com que espírito está aqui: se está feliz e esperançoso ou se está frio e duro como o gelo. Mas eu preciso lhe falar uma coisa. Não importa quem é você, nem o que faz. Não importa se tem muito ou pouco dinheiro. A verdade é uma só: Jesus pode mudar você. E se Deus mudar você, Ele mudará sua casa, sua família. Deus devolverá os sonhos esquecidos e perdidos. O amor que um dia uniu vocês voltará a existir plenamente de maneira ainda melhor. Talvez alguém aqui esteja tão machucado que não consiga acreditar na possibilidade de mudança. Não con-siga ver espaço em seu relacionamento para um milagre. Mas quero lembrá-lo que milagres são presentes divinos. O meu Deus, o seu Deus é o Deus do impossível, e Ele tem poder para realizar em nossa vida o que ninguém espera. O que ninguém acredita. Se você sente que é impossível restabelecer o seu casamento, quero lhe apresentar nesta semana o Homem que escolheu realizar seu primeiro milagre em uma festa de casamento. Quero lhe apresentar o Deus que escolheu o casamento para ser uma das instituições mais importan-tes e perpétuas da Terra! Acredite amigo (a), Deus pode fazer o que você julga impossível. Dê uma chance a Deus, só uma. Deus não precisa mais do que uma chance para fazer da sua casa um lar!Oração

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O homem que entendeu as coisas Um dia desses me deparei com uma história muito interessante. A história era de um homem com problemas no casamento. Na verdade, durante os dois primeiros anos de casamento “aquilo” não era problema, mas com o passar o tempo começou a irritar o nosso herói. O fato era que sua esposa, que ele amava muito, não fechava nenhuma gaveta. Desde que se casou ele percebeu que todas as gavetas que ela abria, simplesmente não fecha-va. Pode parecer uma coisa pequena, mas quando isso se repete por 2 anos, então começamos a entender o proble-ma deste rapaz. Ele, porém, racionalizou bem. Pensou que era casa-do com uma mulher bonita e inteligente e que não haveria maiores problemas, bastava conversar com ela e pronto. Tudo estaria solucionado. Foi o que fez. A conversa foi muito melhor e mais rápida do que ele poderia imaginar. Ela entendeu, os dois riram bastante e tudo certo. Certo? Certo nada. Ela continuou a não fechar as gavetas. Pas-sadas duas semanas ele resolveu conversar pela segunda vez, só que agora num tom um pouco mais sério. Ele a levou para frente de uma gaveta, tirou dos tri-lhos, e então explicou o que eram roldanas e como se processava a arte de abrir e fechar gavetas. Ele até provou pela física que é muito mais fácil e gasta menos energia fechar as gavetas do que abri-las. Mas o tempo passou e o problema não se resolveu. Ele já não sabia o que fazer. De repente, ouviu-se um grito de dor vindo da parte superior do sobrado onde moravam. Subindo na direção do grito, o casal encontrou sua filhinha de um ano e meio chorando. Ela havia batido

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o canto do olho na quina de uma gaveta aberta. Corre-ram com a menina até o hospital e, graças a Deus, nada de mais sério havia acontecido. Mas o médico foi claro, se a batida fosse um pouco mais para o lado, ela poderia ter tido sua visão comprometida. O desejo do esposo era começar um belo discurso sobre como ele estava certo e a mulher errada, e como o hábito da mulher colocara em risco a própria filha. Ele chegou a ensaiar várias vezes a lição de moral que daria. Mas ele não falou nada. Ele viu o tamanho da dor de sua mulher que chorava sem parar. Ele entendeu que aquela lição seria o suficiente para ela entender que precisa fechar as gavetas. Tudo certo? Certo nada. Por incrível que pareça ela continuou a não fechar as gavetas. O marido já estava a ponto de explodir, já não aguentava mais. Uma crise estava prestes a acontecer por causa de gavetas. Mas ele parou e refletiu sobre tudo. Em oração ele refletiu: “Espere um pouco; se ela tem dificuldade em fechar gavetas, por que eu não posso fechá-las para ela? Ao invés de querer mudá-la por que não aceitar esse hábito? Quantos defei-tos eu também tenho, acho que posso passar o resto da minha vida fechando gavetas.”

Amigo (a), você não sabe, mas este homem se tor-nou o maior fechador de gavetas do mundo inteiro! É claro que esta história é apenas uma alegoria, es-pero que ninguém tenha que passar a vida inteira fechan-do gavetas que os outros abriram. Espero que cada cônju-ge aprenda a fechar as próprias gavetas. Porém vejo que esta ilustração é carregada de sabedoria. Algumas lições que podemos e devemos aprender:

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1. Ninguém é perfeito, e isso inclui você e eu Assim, não espere dos outros o que você não pode oferecer. Prepare-se para um casamento imperfeito por-que ele é formado de dois seres imperfeitos. Reza a lenda, que um homem muito rico juntou toda a sua fortuna e saiu pelo mundo em busca da mulher perfeita. Dez anos de-pois, voltou para sua cidade natal ainda solteiro. Os ami-gos mais próximos perguntaram se ele havia encontrado a mulher perfeita, e ele respondeu afirmativamente. Então perguntaram por que ele não havia se casado e a respos-ta foi: “Porque ela estava procurando o homem perfeito”. Na primeira história citada, o defeito da mulher era não fechar gavetas. Qual é o seu defeito? No que você falha? O que precisa mudar? Já orou a Deus pedindo que faça de você um marido, uma esposa melhor? Alguma vez já lhe passou pela cabeça que o problema maior do seu casamento pode ser você? Com suas manias, seus vícios, seus hábitos ou até mesmo a falta deles. Veja, o casamento é formado de pessoas imperfei-tas, mas ainda assim é possível ser feliz dentro desse lindo plano de Deus. Vou provar-lhes. Por acaso existe alguém aqui, hoje, que já viu ou conhece um casal verdadeira-mente feliz? Erga a mão... Se você conhece ao menos um casal feliz é porque é possível. E se é possível, acredite é possível na sua vida também.

2. Paciência é a ciência da paz Nesta vida temos que aprender a esperar e a ter muita paciência. Isso é nosso dever por uma razão muito simples: Deus tem paciência conosco. Por que você não teria com seu marido ou esposa? Na vida estamos sempre

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nos aperfeiçoando, sempre crescendo, sempre aprenden-do. Uns aprendem mais rápido, outros mais tarde, outros morrerão tentando aprender. E daí? Todos nós vivemos essas realidades. Algumas coisas nós nunca vamos apren-der, outras aprenderemos rápido e ainda outras demo-raremos a aprender. O que muda são os assuntos que temos facilidade ou dificuldade. De resto, somos todos iguais. Então, tenha paciência com as fragilidades do seu cônjuge. Agir com paciência é ser sábio, evita muita en-crenca e nos ajuda no respeito e no amor. Resumindo, ninguém é perfeito. E isso inclui prin-cipalmente eu e você. Agir com paciência revela nosso amadurecimento e habilidade de lidar com momentos es-tressantes.

3. Dê-me um bom motivo para não fechar as gavetas do meu cônjuge.

Pense bem Na vida a gente “fecha as gavetas” de tanta gente na faculdade, no trabalho, na vizinhança. Por que não fechar as do cônjuge? Tenho certeza que seu parceiro também fecha algumas suas. Veja, o que estou falando nada tem a ver com o conformismo e a inércia. Mas todos temos nossas limitações e seria muito bom se respeitássemos e fôssemos respeitados nisso, ao invés de exigirmos mudan-ças contínuas em nosso cônjuge. Lembre-se de uma coisa: ninguém muda ninguém. Isso é obra de Deus na vida da pessoa. É o Espírito Santo que nos mostra o que devemos mudar e nos capacita para tal. Não é por força que mu-damos, mudamos porque Deus nos enche de poder para fazê-lo. Desta forma, não está sob minha responsabili-

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dade mudar ninguém. Ao contrário, meu dever é aceitar minha “cara-metade” tal como ela é. Pode parecer pas-sivo demais, pode parecer estranho à primeira vista, mas as coisas são como são. Quem nos molda é Deus, quem nos muda é Deus, quem controla nosso temperamento é Deus. Assim, todas as vezes que eu tento mudar alguém estou querendo assumir um papel que não cabe a mim e sim a Deus.

Análise Todas as vezes que você pede para o seu cônjuge mudar, você está indiretamente falando que seu amor é condicional. Em outras palavras: “Mude para que eu pos-sa continuar te amando, mude e eu te amarei mais ainda, mude e aí viveremos bem. Preciso que você seja do jeito que eu imagino, aí sim conseguirei te amar”. Neste momento é importante lembrarmos algumas coisas. Veja, todos temos que melhorar, ninguém tem o direito de desconsiderar os sentimentos e preferências do outro, mas também ninguém tem o direito de querer mu-dar o outro “segundo sua imagem e semelhança”. Percebe o que quero dizer? Todos precisamos mudar, crescer, melhorar para o outro. Porém, essa transforma-ção vem de Deus e não de mim. Quando alguém muda de verdade isso é mais que autodisciplina, é mudança ge-nuína, clara e evidente.

Conclusão É certo que você quer ser feliz. Eu nunca vi alguém dizer que seu sonho era ser infeliz. A busca pela felicidade é algo inerente ao ser humano. E foi para isso que casa-

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mos. Casamos porque amamos e queremos a felicidade como moradora do nosso lar. O problema surge quando isso deixa de ser uma realidade em nossa experiência de casados. Meu apelo é que você dê uma chance para Deus mudar o que precisa ser mudado. Uma chance para Ele restaurar o vaso que foi quebrado em mil pedaços. Deus vê sua dor, seu sofrimento e angústia. Ele sabe quantas vezes você já pensou em separar, quantas vezes você disse para si que não sabia mais o que fazer. Amigo, esta semana está apenas começando. Agora que você entendeu que pode “fechar as gavetas” do seu cônjuge para ser feliz, agora que você entendeu que quem vai transformar você e seu cônjuge é Deus e que isso exige paciência, dê uma chance a Deus. Ele é a única esperança para seu casamento.

DOMiNGO

UM LAr De esperAnçA

Então da costela que o senhor Deus tomou do homem, for-mou a mulher e a trouxe ao homem. Gênesis 2:22

introdução Certa vez um amigo me falou sobre os três “Ds” do casamento. O primeiro “D” refere-se ao fato de que Deus determinou o casamento. Não é bom que o homem es-teja só. O segundo “D” a que Deus definiu o casamento: Monogâmico, heterossexual e vitalício. E o terceiro “D” a que Deus defendeu o casamento. O que Deus uniu que não separe o homem. Encontramos nesses três “Ds” o idealizador do que hoje chamamos de casamento. Perce-ba que esta instituição tem origem celeste e assim ela não pode estar errada. O problema que hoje se vê é que em-bora todos saibam que Deus criou o casamento, de ma-neira geral, ele não anda tão bem quanto poderia estar. Quatro em cada dez casamentos acabam em divórcio. E dos seis restantes, uma pesquisa revelou que cerca de 80% não podem declarar-se satisfeitos com o casamento. Mas se tudo saiu da mente de Deus, se foi Deus quem determinou, definiu e defendeu o casamento, então por que tão poucas pessoas são felizes nele? Acredito que você saiba a resposta. Tudo que Deus criou nós man-

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chamos com o pecado. Pode ter certeza, se algo não dá certo é porque tem a mão humana em algum momento do processo. Entenda, se o casamento é ideia de Deus, então o casamento é algo muito mais relacionado com o espírito do que com a carne. O casamento é antes de tudo uma experiência espiritual, depois emocional e só então car-nal. Geralmente a ordem é invertida e aquilo que deveria ser uma benção, passa a ser uma maldição. Todas as ve-zes que invertermos o que é prioritário no casamento, ele estará fadado ao fracasso. Ao longo do meu ministério nunca aconselhei um casal que mantivesse o hábito do culto familiar diário e ainda assim desejasse se separar, nunca mesmo. Isto para mim é muito claro. Se o casamento foi criado por Deus, e se ele é antes de tudo uma experiência espiritual, então eu tenho que estar espiritualmente saudável para que haja sucesso. Qualquer pessoa longe de Deus será um rascu-nho do que poderia ser em Suas mãos, qualquer casa-mento sem Deus será desastroso. Assim, o problema do seu casamento não é a falta de comunicação, não é a traição, não é a violência, nem a indiferença. Todas essas coisas são o resultado de um problema maior. Seu problema é estar longe de Deus. E cada segundo sem Deus é uma chance para o inimigo dEle entrar na sua casa, na sua vida e destruir tudo o que você construiu com tanto esforço. Existem casamentos completamente destruídos para os quais qualquer um de nós diria que o melhor seria a separação, mas que decididos a darem uma chance para Deus obtiveram um final diferente e feliz. Vejam, eles não deram mais uma chance a eles mesmos, isso eles já

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haviam feito inúmeras vezes, mas sem sucesso. Porém, quando de fato deram uma chance ao autor do casamen-to, tudo mudou. É simples. Se você precisa restaurar algo que es-tragou, como uma escultura, uma pintura, ou mesmo um carro, o ideal é que você faça com quem o fez ou fabricou. Se seu casamento, hoje, vive em crise, quero dizer que esta semana foi criada no coração de Deus para que você conseguisse enxergar que o seu caso, a sua história, seu casamento tem solução. Mas também só tem um caminho: Deus. Não há outro, não há outra saída. Por isso é que você precisa estudar a Bíblia. É por isso que hoje não quero que faça nenhuma promessa de melhora, de mudança de comportamento, a não ser um posicionamento espiritual. Não estou falando de uma religião específica, de frequentar uma igreja, não estou dizendo para você se batizar em alguma denominação. Estou falando de dar uma chance ao criador do casa-mento. Nunca vi qualquer casal que tenha verdadeira-mente buscado a Deus se separar. Vamos agora nos aprofundar nos três “Ds” tão im-portantes para a compreensão do casamento. 1. Deus Determinou o casamento Você pode viver solteiro e feliz? Claro que pode, mas tem um preço para isso. Não terá a cumplicidade experi-mentada apenas por aqueles que são casados. Quem é casado sabe, nenhum outro relacionamento pode substi-tuir com precisão o casamento. Nenhuma amizade, ne-nhum animalzinho de estimação, nem mesmo a relação

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com nossos filhos é capaz de substituir o relacionamento com nosso cônjuge. Ainda assim, alguém pode ser feliz? Pode, volto a afirmar, mas tem um preço a pagar. Infelizmente o que se percebe é que muitas pessoas querem ter a liberdade de uma vida de solteiro com os privilégios de uma vida de casado. Assim, não têm com-promisso com ninguém e vivem de forma libertina, en-quanto podem. É uma forma de viver, mas não é a forma nem o plano de Deus, então com certeza não conduzirá ninguém à felicidade. Assim, ainda acredito que o melhor mesmo é seguir-mos a vontade de Deus. E o que Deus quer para minha e para a sua vida é que casemos. Mas a melhor forma de ter um casamento feliz é escolhendo bem. Quando come-çamos algo bem, temos chances maiores de terminarmos bem. Por isso perceba que tudo o que envolve casamento é espiritual. Você tem dois caminhos para escolher saber com quem vai se casar: ou você confia em sua percepção, desejos pessoais e lógica, ou deixa Deus lhe mostrar a pessoa certa. Querido, entenda uma coisa: ou Deus será o primei-ro e o melhor em sua vida ou Ele ocupará um honroso décimo lugar. Você pode escolher ser o dono do seu na-riz, você pode decidir o que quiser, você pode casar com quem quiser. É direito seu, mas nunca, nunca culpe a Deus por suas decisões. Nos cultos de oração, nas igrejas, tenho acompanha-do verdadeiros dramas de mulheres que sofrem por cau-sa dos maridos. Perguntam-se por que Deus permitiu que a vida delas se transformasse em uma desgraça. Oram para que os maridos venham à igreja, se convertam e que tudo mude. Aqui quero lembrar-lhe de uma coisa: não foi

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Deus quem entrou no altar e na frente de um juiz de paz ou de um líder religioso e disse “sim”. Foi você. Então não culpe a Deus por você estar sofrendo. Aceite a verdade. Você pode ter tido a certeza que era da vontade de Deus que se casasse com este homem ou mulher. Mas então por que não é feliz? Ou você entendeu errado e quis acreditar em algo que não era verdadeiro, ou no meio do caminho algo aconteceu e hoje você está triste, sem forças para voltar a ser feliz.

2. Deus definiu o casamento A sociedade moderna e pós-moderna tenta redese-nhar as relações humanas. Há um esforço monumental por parte de liberais, sociólogos e filósofos para questio-nar tudo que está convencionado. Sobretudo se algo vem da religião. Tentam provar que sabemos o caminho para a felicidade e que podemos ser quem desejamos. A filo-sofia corrente de que “o que importa é o bem estar”, joga por terra a valorização do que é certo ou errado. Quando Deus definiu o casamento, Ele o fez com conhecimento de causa. Ele nos criou e sabe como funcionamos. Deus definiu da seguinte forma: o casamento é monogâmico. Ou seja, eu e você devemos ter apenas uma esposa ou um esposo. Não nos foi facultado o direito de casarmos com várias mulheres ou homens ao mesmo tempo. O que é uma benção. Já imaginou você amiga, com dois ho-mens dentro de uma mesma casa? Um só já dá trabalho para uma vida inteira, imagine dois. Nas sociedades onde a poligamia é permitida vemos muitas injustiças sociais, desrespeito aos direitos das mulheres, machismo extremo e muita violência familiar. Realmente Deus é bom e sabe o que é melhor para cada um de nós. Deus também definiu o casamento como heteros-

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sexual. Ou seja, Deus nada tem a ver com as passeatas gays ao redor do mundo. Deus ama cada homossexu-al, mas biblicamente a homossexualidade é condenada. Deus criou Eva para Adão e não outro Adão para Adão. Entende? O casamento na mente de Deus não era entre duas mulheres, ou entre dois homens, mas entre um ho-mem e uma mulher. A procriação só é possível com a jun-ção de um homem e uma mulher, fora disso é impossível. Infelizmente este pecado, como tantos outros, se tornou comum e aceitável. Nunca, nenhum pecado deveria ser aceitável, muito menos este que mina tão profundamente a sociedade e os planos originais de Deus para nós. Cada casamento homossexual é uma afronta direta aos planos de Deus, é rebeldia diante do criador. Simpatizar com essa prática nos torna cúmplices dessa rebeldia. Expõe-nos ao pecado e fragiliza nossa ética moral. O absurdo do pecado chega a tal ponto que, hoje, você sofre preconceito se não aceita tal prática. Temos que ter cuidado com o que falamos e com o que escrevemos porque podemos ser presos por preconceito. Mas concei-tos prévios são a base de muitas sociedades. Para dar um exemplo, vamos para o campo do Direito. Ali há uma má-xima que diz: “Todo mundo é inocente até que se prove o contrário”. Isto é um conceito prévio do direito civil. O cristianismo não é homofóbico, nem preconceituoso em seus valores, mas todos eles estão muito bem definidos. A Bíblia é um livro normativo e um código de ética. Ela nos aponta nossa conduta em todos os aspectos da vida. Outra definição de Deus para o casamento é que ele deve ser vitalício. Ou seja, para a vida toda. Tenho uma notícia sobre este tópico. Deus não estava mentindo quando afirmou isto. Quando Deus diz que o casamento

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é para a vida toda, é exatamente isso que Ele quer dizer. Para a vida toda. Não importa se seu casamento não vai bem; é para a vida toda. Não importa se você não ama mais; é para a vida toda. Não importa se você está gos-tando de outra pessoa; é para a vida toda. Um dia desses recebi um telefonema no meu escritó-rio. Não conhecia a mulher, mas ela se identificou e con-tou seu caso. Aqui a chamarei de Claudia. A história da Claudia era triste como tantas outras que já ouvi. Ela, sozi-nha no mundo, com um “salário de fome” resolveu casar para sair da miséria. Casou com o primeiro pretenden-te que apareceu. Nos primeiros anos de casamento tudo foi muito bom. Só que agora ela descobriu que não ama mais seu marido, aliás, disse que nunca o amou de verda-de, que o casamento foi uma fuga para poder sobreviver. Hoje, cinco anos mais madura, com um bom emprego e salário, quer se separar. Ela dizia ao telefone: Quero ser feliz Pastor, será que Deus quer que eu viva infeliz o resto da minha vida? Na época eu era muito nova, estava com medo, não entendia nada. Terei que pagar por um erro da juventude por toda a vida? Eu não tinha ninguém para me orientar, ninguém para me aconselhar. Pastor, Deus tem que me dar mais uma chance, vou morrer pastor, quero ter um verdadeiro amor na minha vida! Enquanto ouvia esta mulher, não pude deixar de lembrar de uma história que ouvi de um ancião de igre-ja há vários anos. Ele era um rapaz inteligente, capaz, bem -- sucedido casado com uma jovem nas mesmas condições. Ele me ligou, pediu para ir a minha casa e no meu escritório me descreveu seu drama. Ele dizia: O meu problema é que não a amo mais, simplesmente não a amo mais. Já tentamos de tudo. Fizemos outras duas luas

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de mel, terapia de casal, já me aconselhei com pastores, já conversamos por horas a fio. Ele é inteligente, bonita, simpática, tem tudo o que um homem gostaria que a es-posa tivesse. Mas meu problema é que não a amo mais. Não consigo amar, quero, mas não dá pastor. E por causa de um erro terei que ser infeliz o resto da minha vida? É isso que a Bíblia me apresenta? Não há exceções Pastor? Ficarei eu infeliz e ela infeliz o resto de nossas vidas por termos dado um passo errado? Você consegue perceber que nestes dois casos eles estavam centrados e preocupados com eles próprios e com a questão emocional? Em nenhum dos casos eles es-tavam verdadeiramente interessados no que Deus queria. Entraram em um plano de Deus (o casamento), mas não queriam seguir este plano e ainda assim queriam ser feli-zes. Querido, o casamento é v-i-t-a-l-i-c-i-o. Não importa se não ama mais, busque a Deus e volte a amar. Deus é a fonte da felicidade, então recorra a Ele, busque, chore, implore. Deus está pronto para salvar o seu casamento. E como o casamento é algo espiritual, você só o salvará espiritualmente.

Deus defendeu o casamento Quando Jesus esteve aqui na Terra foi arguido a res-peito do divórcio. Perceba que este é um assunto que em todas as eras chamou a atenção de todos. Como Jesus era revolucionário em muitas áreas, talvez alguém quisesse uma palavra de liberalidade de Cristo quanto à questão do divórcio e novo casamento. No capítulo 19 de Mateus, Jesus aborda essa questão com a firmeza de sempre. No verso 6 ele diz: “Assim já não são mais dois, mas uma só

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carne. Portanto, o que Deus juntou que não separe o ho-mem.” Em um momento difícil, no qual os fariseus eram a própria interpretação da lei, aparece Jesus mostrando mais uma vez que casamento é para a vida toda. Nos textos seguintes, em Mateus, Jesus proíbe o homem de repudiar sua mulher. Lembre-se que Jesus disse isso em uma sociedade muito mais machista que a nossa. Com certeza desagradou a muita gente. Mas o fato foi um só. Jesus defendeu o seu casamento. E sabe de quem Jesus o defendeu? De você mesmo. Deus conhece sua realida-de, Ele sabe quão difícil é para você permanecer casado com este homem ou com esta mulher, mas Ele também sabe que você tentou a exaustão de maneira errada. Vou exemplificar. Se eu precisar serrar uma árvore, de nada adiantará pegar uma faca de passar margarina no pão e tentar serrar. Ficarei ali por horas, dias, talvez anos e ainda assim a árvore não será serrada. O problema não é minha intenção, que é verdadeira. A questão não é o tempo que gasto na intenção. O problema é que eu sei o que tenho que fazer, estou fazendo, estou investindo tem-po, esforço, estou me dedicando, mas faço de maneira equivocada. Eu preciso fazer a coisa certa do jeito certo, entende? Experimente pegar a ferramenta certa e você verá que é possível cortar a árvore. Assim, se você quer de fato ser feliz no casamento, use a ferramenta certa. Lembre-se, o casamento é antes de tudo uma experiência espiritual. Assim, para salvar seu lar, sua família, seus filhos, seu casamento, só há um ca-minho: Deus!

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Passos PrátiCos Para este Caminho

Primeiro Passo Faça culto familiar todos os dias com todos da casa. Esse culto deve ser breve, não deve tomar muito tempo de ninguém, mas precisa ser constante. Não deixe de fazê- -lo mesmo que surjam compromissos de última hora, que estejam atrasados, que não estejam com vontade, mesmo que seja cedo, que seja tarde, que esteja frio, que esteja calor, mesmo que esteja claro, que esteja escuro. Todos têm que se reunir como família para pedir a Deus uns pelos outros, agradecer pelas alegrias e vitórias. Este mo-mento é fundamental para quem quer ter a presença de Deus no lar.

Segundo Passo O culto em família não substitui a sua devoção pes-soal. Sua entrega a Deus todos os dias é fundamental para você ser guiado pelo Espírito de Deus. Assim, todos os dias reserve tempo para a leitura da Bíblia e para a oração. Nesses momentos abra seu coração a Deus, di-ga-lhe de suas lutas, seus problemas, suas tentações, faça de Deus seu melhor amigo e você verá a transformação na sua vida!

Terceiro Passo Dedique tempo para sua esposa e filhos. Qualidade de tempo é importante, mas a quantidade também é. Não adianta passar cinco maravilhosos minutos com sua famí-lia. Gaste tempo, invista nisso. Visite parques, vá a mu-seus, programe uma viagem, faça uma atividade conjunta como montar um quebra-cabeça de mil peças com toda

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a família. Vá ao Zoológico, faça um passeio de bicicleta, assista a um bom filme com a sua esposa e deixe que ela escolha o título. Muitas são as atividades para você valori-zar e amar sua família.

Conclusão Muitos são os passos para uma caminhada, colo-quei aqui apenas os três primeiros para você começar a andar nesta que é a jornada mais feliz de todas. Acredite, seu casamento, seu lar, sua família têm salvação. Eu não conheço você, não sei quais são seus problemas, mas eu sei que o esposo ou a esposa que crê santifica o lar. Sei que pais que buscam a Deus salvam seus filhos. Sei que filhos tementes a Deus abençoam seus pais. Sua família pode ser como uma daquelas de propaganda, todos feli-zes brincando com um lindo cachorrinho, basta você ten-tar cortar a árvore do jeito certo!

SEGuNDA

esperAnçA pArA os FILHos

Os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre do Seu galardão. Salmo 127:3

Introdução Todos os dias quando acordo, dou o desjejum para meu filho mais velho. E depois de todas as recomenda-ções, beijos e abraço, meu filho me segura pelo braço e diz: Não quero que você vá trabalhar hoje! Esta é uma das frases mais duras que meu filho já me disse até hoje. Vejo em seus olhinhos o desejo de que eu fique e brin-que com ele. Sei que quando estou com ele dou vida a seus brinquedos, que com o pai tudo é mais seguro e mais emocionante. Vejo a carência de um menino de 4 anos que quer descobrir o mundo ao lado do seu “herói”. Quando estou com ele, sou bombardeado de perguntas das quais a maioria eu não tenho sequer ideia de como responder. Esses dias ele me perguntou por que o avião voa se é tão grande e pesado. Depois me perguntou por que a gente afunda na água, depois perguntou para onde é que a água da privada vai, depois quis saber como eu conseguia ser tão corajoso para matar mosquitos. Sei da minha importância na vida dele, por isso quando ele pede para eu não ir trabalhar tenho vontade

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de largar tudo e ficar no mundo dele, sem dúvida um mundo melhor, mais puro e mais genuíno. Mas não dá, você e eu sabemos que não dá. O máximo que consigo fazer é tentar dar a ele mais alguns poucos minutos e de-pois, com o coração partido, o deixo no seu lindo mundi-nho e vou para minha rotina de sempre. É muito bom saber que meu Pai Celeste não preci-sa trabalhar e me deixar com meu mundinho. Meu Pai do Céu tem todo o tempo do universo para ficar comi-go, para dar vida aos meus projetos, para me orientar em meus devaneios românticos sobre esta vida. Meu Pai é meu exemplo maior de como ser pai. Não tenho a menor pretensão de alcançá-lo, mas Ele é a minha direção, meu norte. Afinal Ele não precisa ir trabalhar e me deixar. Gostei muito da história que li de Tom Skinner, um conferencista muito requisitado. Certa vez, recebera um convite de um amigo para falar em um evento dentro de uma semana. Normalmente tais eventos são programa-dos com meses de antecedência. Tom olhou a agenda e disse: - Sinto muito. Tenho um encontro marcado com mi-nha filha nesse dia. O amigo insistiu: - Oh! Então você estaria disponível naquele dia. Pre-cisamos de você Tom. Dependemos de você. Seria possí-vel você fazer isso por nós? - Creio que você não entendeu – replicou Tom. Te-nho um encontro marcado com minha filha e não posso rompê-lo. Depois de mais duas ou três tentativas, a partir de ângulos diferentes, o amigo desistiu. O interessante é que eles queriam o Tom porque o conferencista que eles real-

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mente desejavam havia cancelado no último momento. Portanto, seu amigo estava perfeitamente preparado para sacrificar o relacionamento de Tom com sua filha sobre a necessidade urgente. Tom Skinner foi forte o suficiente para priorizar o prioritário na sua vida. Ele teve condições de fazer o que era certo mesmo sob muita pressão do amigo. Existe uma coisa que devemos ter sempre em mente. O certo é sem-pre melhor que o errado. Acredite nisso. O certo é sempre melhor que o errado. Ainda mais quando o assunto é edu-cação de filhos. Certa vez estava assistindo a um programa da TV so-bre animais de estimação. O programa era voltado para a escolha do cachorrinho certo para cada perfil de clien-te. Você sabe, existem muitas de raças. Tem para todo gosto e tipo. Cachorros que custam 50 reais e outros que ultrapassam 3 mil reais. Cada raça inspira um cuidado diferente. Uns podem morar fora de casa, num quintal ou canil, outros não. Uns precisam de cuidados especiais com os olhos, outros precisam de atenção com os pelos, e assim vai. Mas o que me chamou a atenção é que o es-pecialista disse ao final: - Todos os cachorros dão muito trabalho, com exce-ção de um: o cachorrinho de pelúcia. Então se você não quer trabalho já sabe: compre um bom cachorrinho de pelúcia! Ele disse isso porque o pedido é sempre o mesmo: “Quero um cachorro que não dê muito trabalho”. Segun-do o especialista, impossível. Você sabe o que vou dizer agora, não sabe? Se você quer um filho que não de trabalho, compre uma boneca. Todos os filhos dão muito trabalho, mas muito trabalho

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mesmo. Mas também proporcionam para nós os momen-tos mais encantadores da nossa vida! Portanto assuma, se você quer ter filhos ou se você os tem, vai ter trabalho. Sua vida vai mudar, muitas coisas que você gosta de fazer terá que deixá-las momentaneamente. Mas uma coisa eu ga-ranto, todo esforço pessoal é pequeno diante da alegria que um filho bem educado proporciona.

Desenvolvimento Você pode ainda não ser pai, mas todos nós somos filhos. Seus pais podem ser um exemplo, uma inspiração ou uma decepção. Não importa. Se seu vôo é de águia, não importa de qual ninho você veio. Tenho percebido muita gente responsabilizar os pais pelo fracasso na pró-pria vida. Lembram-se da falta de afeto, das correções injustas e muitas vezes sem sentido. Lembram-se dos abu-sos, das falhas, da falta de amor. Quero dizer uma coisa para você, hoje, meu amigo. Nenhum pai aqui, nenhuma mãe é perfeita. Nossos pais com certeza erraram conosco. Uns mais, outros menos. Uns acertaram mais, outros se quer tentaram não errar. E em função disso, temos uma geração traumatizada, so-frida, enchendo as clinicas de psicologia e os consultórios psiquiátricos. Essa é a nossa realidade, nossa verdade mais dura. A sociedade obrigou, por causa da sobrevivência, as mães a saírem de casa em busca do pão. Os pais, quan-do não estão divorciados, pouco ficam em casa. E quando estão, pouco ou nenhum preparo possuem para educar filhos emocionalmente equilibrados. Diagnóstico duro, triste, mas muito real da nossa sociedade pós-moderna. E aqui, quero deixar uma coisa

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clara: este não é o propósito de Deus para você, nem para mim, nem para nossos filhos. Outra coisa muito importan-te é que seus filhos não precisam de um padrão de vida, eles precisam de você. Eles não precisam de tênis novos e de marca, eles precisam de você. Eles não precisam saber inglês, natação ou ir à excursão do colégio, eles precisam de você. Mais do que isso, eles não querem qualidade de tempo apenas, eles querem quantidade de tempo tam-bém. De nada adiantará cinco maravilhosos minutos com seus filhos. Quando falamos de tempo, precisamos nos lembrar da qualidade e da quantidade despendida aos nossos queridos. Nesta vida é fácil perceber que as pessoas de uma maneira geral têm expectativas em relação a Deus. Que-rem que Deus seja o “socorro bem presente na angústia”, querem que Deus seja misericordioso consigo e justo com os outros, esperam proteção 24 horas, alimentação, su-cesso, prosperidade, fama, aumento de salário, reconhe-cimento, status, carros, casas. E isso, só para citar algu-mas das expectativas que temos em relação a Deus. Mas já parou para pensar que Deus também tem ex-pectativas em relação a nós? Isso mesmo, Deus também espera algumas coisas de você. Hoje vou me deter a uma grande expectativa de Deus em relação a nós. Refiro-me à educação dos nossos filhos. Nada é mais valioso para Deus do que a vida humana, absolutamente nada. E se Deus deu-lhe a condição de ser pai ou mãe, então é por-que Ele está lhe dando o presente mais valioso do Céu, a maior de todas as honras. Ele está lhe dando a herança do Céu. Todos nós sabemos que quanto maior o privilé-gio, maior a responsabilidade. Deus espera muito de você como pai, como mãe. Lembre-se que um dia teremos que prestar contas a Deus de nossos filhos.

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1. Seja o exemplo. Ninguém deve influenciar mais os filhos do que os pais. Se algo ou alguém exerce uma influencia maior, este algo está errado e precisa ser corrigido. No livro O que os Homens Gostariam que suas Esposas Soubessem, relem-brei uma das cenas mais emocionantes do esporte envol-vendo o exemplo de um pai. “Foi uma cena tocante quando Michael Jordan jo-gou-se no chão, escondeu o rosto entre as mãos e solu-çou diante da rede nacional de televisão. O Chicago Bulls havia acabado de ganhar seu quarto campeonato em seis anos na NBA.” Por que então, Michael Jordan, provavelmente o maior atleta de nossa geração, estava chorando? Seriam lágrimas de alegria pela conquista? Seria liberação da pressão de toda a neurose dos meios de comunicação? Não, era dia dos Pais. Para entender estas lágrimas, precisamos voltar três anos antes, quando James, pai de Michael Jordan, foi assassinado numa história que ocupou as manchetes em todos os lugares. Não muito tempo depois, Jordan abandonou abruptamente o basquete, tendo uma rápida incursão no beisebol. Depois voltou de maneira triunfal ao basquete. O súbito abandono de Michael Jordan das quadras, só tem uma única explicação. A morte do pai. E seu retorno, foi motivado pelo amor que tinha ao pai que sempre fora seu amigo, herói, mentor e exemplo. Pouco antes do início do jogo final, Jordan refletia sobre a possibilidade de ganhar o campeonato no dia dos pais: “Seria muito gratificante, um tributo a meu pai e à

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motivação que ele sempre demonstrou. Embora ele não esteja mais conosco, faz parte da minha motivação diária, sair e fazer com que ele se orgulhe de mim.” Assim, lá estava ele estendido no chão, talvez o maior atleta de nossa geração jogado no chão lembrando-se do seu pai, seu exemplo e motivação.

2. Não tenha medo de dizer não, mesmo que seja um milhão de vezes. Uma ramificação da psicologia moderna, há alguns anos, tentou mostrar que nossos filhos ouvem muito mais vezes a palavra “não” do que a palavra “sim”. E que isso é prejudicial. Eles afirmavam que desta maneira estaríamos formando uma geração insegura e sem espírito de empre-endimento. Graças a Deus essa corrente está cada vez mais em desuso e em descrédito. Se estivessem certos, o próprio Deus estaria errado porque dos 10 mandamentos, 8 co-meçam com a palavra “não”. Dizer “não” a um filho é uma das mais belas for-mas de amar. Por conta do grande amor que sentimos por nossos filhos, nossa vontade é dizer “sim” para todas as coisas que nos pedem, mas isto não seria a melhor forma de educá-los e nem de protegê-los. Como pai, já perdi as contas de quantas vezes tive que dizer “não” para meus filhos, mas uma coisa posso lhe assegurar, todas as vezes que disse um “não” para o meu filho, foi para o seu bem. Nunca disse um “não” pensando no meu próprio bem-estar, e sim no dele. Muitas coisas minha filhinha de um ano não entende. Esses dias ela derrubou a açucareiro e derramou um pouco de açúcar no chão da cozinha. Enquanto fui pegar o pano e a vassoura para limpar eu

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a vi lambendo o chão. Imediatamente a levantei e não deixei mais que fizesse aquilo. Obviamente ela começou a chorar. Acho que ela não entendeu nada. Aquilo era a coisa mais deliciosa que ela já experimentara e agora o pai dela, que diz que a ama, simplesmente a impede de usufruir daquele sabor tão gostoso? Mas espere um pou-co. Se eu a amo e ela está feliz, não deveria eu estar feliz? A resposta é: não necessariamente. Eu amo minha filha, quero o melhor para ela, e por-que sei mais das coisas, sei que açúcar para uma garo-tinha de um ano não é o melhor alimento, ainda mais caído no chão. Ela pode não entender, mas como eu en-tendo, tenho a obrigação de dizer “não” mesmo que ela chore uma tarde inteira. É exatamente isso que Deus faz conosco. Ele sabe mais, então mesmo que Ele diga “não” para uma coisa aparentemente gostosa, entenda. Ele quer o melhor para você e sempre dirá “não”, mesmo que seja um milhão de vezes. Os “nãos” dos pais, os “nãos” de Deus são bênçãos disfarçadas. Os “sins” irresponsáveis são caminhos mais fáceis, atalhos que levarão você e seus filhos a sofrimentos grandes no futuro. Então pai, diga não, se necessário, um milhão de vezes.

3. Lembre-se, é seu filho. Deveríamos ter um outdoor bem na frente da nossa casa com a seguinte escrita: Lembre-se ele é seu filho (a). Ou seja, ele não pediu para nascer, ele não tem culpa dos sentimentos que você abriga em relação à vida ou as pessoas. Quando um casamento se torna penoso, marido e mulher não são os únicos a sofrer – os filhos também so-

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frem. Num estudo com 63 crianças de pré-escola, as que haviam crescido em lares com hostilidade conjugal, com-paradas a outras crianças estudadas, apresentaram níveis elevados de hormônios do estresse em forma crônica. Essa pesquisa acompanhou tais crianças até os 15 anos de ida-de e descobriram que as que foram expostas a brigas dos pais, palavras de impaciência, e desleixo afetivo, sofriam muito mais de depressão e sentimentos de rejeição e apre-sentavam comportamento problemático, além de baixo rendimento escolar e reprovação. Se você tiver que discutir a relação, o faça com calma e longe dos seus filhos, nunca discuta na frente deles. Lem-bre-se, desde um pouco menos de 2 anos eles já entendem tudo. Assim, não converse sobre a educação dele(s) em sua frente. Não permita que eles o vejam estressado. Não tente resolver problemas pesados junto deles. Tudo nesta vida tem o seu momento. Devemos pedir sabedoria do Céu para moldá-los segundo o caráter de Deus.

Conclusão Todo filho tem o direito de não ver os pais brigando, de ter nos pais um exemplo de vida, de caráter e de amor. Todo filho tem o direito de ser disciplinado, corrigido e orientado. Todo filho tem direito ao colo, ao afeto e cari-nho. Todo filho tem o direito a esperança de dias melhores para seu futuro. Todo filho tem direto a ter um lar ao invés de uma casa. Todo filho tem o direito de acreditar que um dia poderá ter um lar feliz. Todo filho tem o direito de brin-car de esconde-esconde com o pai quando ele volta do trabalho. Assegure os direitos dos seus filhos e com cer-teza o seu Pai assegurará dias lindos na eternidade para você e sua família!

TERçA

esperAnçA nAs DIFerençAs

Pois como a mulher proveio do homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem de Deus. I Coríntios 11:12

introdução Acho que é desnecessário dizer a vocês que homem e mulher são diferentes. Vou fazer uma pergunta: Alguém aqui não sabe, ou melhor, não sabia que os homens são diferentes das mulheres? É claro que não. Todos nós es-tamos cansados de saber disso. Também, depois da en-xurrada de livros sobre este tema no mercado literário... As livrarias se apinharam de livros sobre relacionamento. Durante meses ficaram na lista dos mais vendidos no Bra-sil e no mundo. É claro que nenhum de nós precisaria de um livro desses para entender que somos diferentes. Basta uma rápida olhadela e pronto. Já vimos tudo. Somos dife-rentes. Nossa fisionomia é diferente, nossa voz é diferente, nossa pele é diferente, nossas intenções e vontades são diferentes, nossos gostos são diferentes, nossa maneira de ver as coisas é diferente. Nossos hormônios são diferen-tes, nosso jeito de sentar é diferente... tudo é diferente. Então alguém pode me explicar o que está aconte-cendo? Se todos sabemos que somos diferentes, por que

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as pessoas estão se separando e justificando o divórcio pela incompatibilidade de gênios? Hora, quando você casou já não sabia que era diferente? Então por que ca-sou? É comum ouvirmos ex-casais dizendo que se se-pararam por esse motivo: incompatibilidade de gênios. Amigo, o casamento é a arte de compatibilizar os gênios, os temperamentos, o nosso histórico de vida. Assim, quando casamos somos todos incompatíveis. Temos no casamento uma grande oportunidade para ajustarmos as coisas. Aperfeiçoarmos-nos um para o outro. Se o in-divíduo se separa por este motivo, tenho que dizer que nunca poderia ter casado e não poderá casar de novo nunca mais, pois sempre encontrará alguém inteiramen-te incompatível. Hoje veremos que as diferenças não são de todo ruim. Algumas podem abalar nosso relacionamento, mas outras podem nos unir e nos completar, podem até melho-rar quem somos.

Diferenças Diferentes Veja só uma diferença recorrente em quase todos os casais. Imaginemos que o “casal engravidou”. A mulher está preocupada com a decoração do quarto do bebê e homem com o dinheiro que vai gastar e que não tem. Já reparou que muitas vezes a gente decora o quarto do bebê mais por causa dos amigos e parentes do que pelo bebê? A gente quer ver no olho e na reação das pessoas a surpresa de um lindo quartinho com mimos e milhares de coisas desnecessárias que encantam e deixam o quar-to simplesmente celestial! Chega uma hora que não tem jeito, tudo isso vai virar estresse. Eu me refiro à hora do berço. O casal tem que escolher um berço. Bom, existem

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milhares de modelos de berços no mundo. Uns mais caros e outros mais baratos. Imagine um berço de 400 reais e outro de 250. Quem quer o berço de 400 reais? O ho-mem ou a mulher? E quem quer o berço de 250 reais? Exato. O homem. Agora outra pergunta: Qual é o berço que vai para casa? É claro, o de 400 reais. Outra diferença. Eu descobri que quando um ho-mem senta na frente do guarda- - roupa e diz que não tem roupa, ele está dizendo que não tem roupa passa-da. A mulher quando senta na frente do guarda-roupa e diz que não tem roupa, está dizendo que não tem rou-pa nova. A mulher é única mesmo. Ela consegue ficar comentando por 2 horas sobre uma festa de casamento que ela ficou apenas meia hora! Detalhista, observadora, atenta a tudo e a todos. É por isso que as grandes cor-porações estão contratando mais mulheres que homens. É que elas têm a visão “glocal” do mundo: que é a visão específica e geral ao mesmo tempo. Elas conseguem ver o todo e o detalhe, e realizam com destreza várias coisas ao mesmo tempo. Isso lhes dá uma certa vantagem no final. O homem não. Homem tem que ter foco. Ele quer concentração, calma para poder produzir. Já a mulher, antes de sair para o mercado de trabalho já brilhava em suas 1001 habilidades. Cuidava das crianças (e não eram poucas), fazia o almoço, lavava roupa, limpava a casa, e ainda estava linda para o marido. E o homem? Só traba-lhava. Ponto. Realmente somos diferentes. Por exemplo: A mulher é o único ser da Terra que sabe a diferença entre o bege, o creme, e o marfim. Ninguém mais na Terra sabe esta diferença, mas as mulheres sabem! Realmente somos diferentes. Deus nos fez diferentes. E sabe de uma coisa? Muito melhor assim! Querido, Deus

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nos criou diferentes para nos completarmos, para enten-dermos que nunca seremos completos um sem o outro. Um é mais racional outro é mais emocional e um tem que aprender com o outro. Os homens têm facilidades para algumas coisas, as mulheres para outras. Um tem o que o outro não tem e necessita. Assim, é no mínimo inteligente de nossa parte celebrar as diferenças, ao invés de apenas suportá-las. Então: Viva a diferença! Como vimos, existe a diferença boa, que surpreende e que completa. Mas existe também a diferença que fere, atrapalha, machuca e pode até destruir um casamento:

1. Jugo Desigual Esta pode ser uma diferença que venha a atrapalhar muito o casal. Quando homem e mulher possuem fé dife-rente é possível prever problemas à vista. Imagine uma ju-dia e um mulçumano casados. Este vai orar 4 vezes ao dia virado para Meca. Aquela orará voltada para Jerusalém. Um vai guardar o sábado como dia do senhor. O outro irá guardar a sexta-feira. Ele terá em Maomé o grande e o último dos profetas. Ela ainda estará esperando o mes-sias. Como educariam os filhos?Até quando conseguiram viver bons momentos crendo em coisas tão opostas? Na Bíblia, todas as vezes que existe o jugo desigual ele vem acompanhado de grandes problemas, tanto para as pessoas envolvidas como para o povo de Israel. Acho que é por isso que a Bíblia não recomenda o casamento entre pessoas com religiões diferentes. Já sei o que você está pensando: É, mais eu já vi duas pessoas que eram de religiões diferentes viverem bem, com respeito e felicida-de, e até mudarem de religião por causa do cônjuge! Eu

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sei de tudo isso, mas garanto a você, para cada caso feliz que você me mostrar eu mostro 10 que deram errado. Ou seja, o risco é muito grande. E como casamento é umas das coisas mais sérias e santas deste mundo, acho que não é nenhum pouco prudente arriscar .

2. interesses e Objetivos opostos. Vou exemplificar. O homem sonha em ser pai, mas a mulher quer se realizar profissionalmente e não dese-ja filhos. Diferente das outras mulheres, ela tem certeza que não se realizará como mãe, mas sonha em ter dois doutorados e viajar o mundo inteiro. Ele sonha em ter um casalzinho de filhos, e sente que isso também seria bom para sua esposa. Outro exemplo: Um é diurno e o outro é noturno. Um acorda com as galinhas, 5h30 da manhã já está em pé e bem disposto, seja em férias, feriado ou final de se-mana. Mas em compensação quer estar no máximo às 9h30 na cama. O outro odeia acordar cedo e ir dormir cedo. Na verdade, suas melhores ideias, seu melhor índi-ce de produtividade é a noite. Isto é um baita problemão, que pode gerar mais problemas. 3. Temperamentos diferentes controlados pelo Espírito Alguns têm a personalidade extremamente forte. Aonde quer que estejam isso fica claro para todos. Tem-peramentos marcantes muitas vezes são uma qualidade, sobretudo no trabalho. Mas infelizmente isso não é 100% verdade quando o assunto é relacionamento. Temos que aprender a ceder, e a entender de uma vez por todas que estar certo nem sempre resolve a ques-

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tão. Existem pessoas que sempre estão certas, mas para provar isso, ferem, machucam e magoam pessoas que amam. De que adianta provar que se está certo se perder-mos o coração dessas pessoas? Em qualquer relacionamento temos que aprender a ceder. Em primeiro lugar: Não somos donos da verdade. Em segundo lugar: As pessoas são mais importantes que as coisas ou os conceitos. Em terceiro lugar: Quando você cede, você está amadurecendo como pessoa no mundo dos relacionamentos.

Diferenças que aproximam Mas existem diferenças que nos aproximam. Dife-renças que nos complementam e nos tornam melhores. Conheço um casal diferente. Ela quem paga as contas, quem dirige, quem assume a responsabilidade da educa-ção dos filhos, quem cuida do orçamento, da manutenção do carro... enfim, é ela quem lidera. Estranho? Para mim não. Os dois são muito felizes juntos. Tem temperamen-tos diferentes, são o oposto na personalidade, mas vivem muito bem. Isso se dá por uma única razão: um completa o outro. Um “fala pelos cotovelos”, o outro é quietinho. Um é mais impulsivo, o outro é mais calmo e comedido. Um é mais desbocado, o outro é sensível e se preocupa com os outros. Não sei que tipo de diferença existe entre você e seu cônjuge. Talvez um se realize com esportes radicais e o outro adore jogar bocha no final de semana com os apo-sentados do bairro; talvez um prefira o doce e o outro sal-gado. Talvez um ame praia e o outro não suporte areia no

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pé. Não importa, existem milhares de diferenças que são contornáveis e até complementares, mas isso dependerá de sua inteligência emocional e espiritual. E neste ponto gostaria que você entendesse. Para po-der ter equilíbrio, para saber agir, para conseguir se con-trolar, ou mesmo para mudar, se for o caso, você precisa de íntima relação com Deus. Esta postura equilibrada, serena, que pode salvar seu casamento, não é fruto de autocontrole, leitura de li-vros sobre casais, ou terapia, apesar de todas essas ações serem muito válidas. Mas para transformação genuína é necessário algo mais profundo, mais intenso, que exigirá muito de você. E embora seja difícil, sempre será possível. Basta crer. Basta buscar ao senhor Jesus de todo o coração e de toda a alma. É isto que Deuteronômio 4: 29 diz: “En-tão dali buscarás ao senhor teu Deus, e o acharás, quando buscares de todo teu coração e de toda a tua alma”. Lembre-se, o casamento é antes de tudo uma expe-riência espiritual. Assim você terá o que sempre sonhou, um relacionamento de amor verdadeiro e fortalecido para resistir aos pequenos e grandes abalos do dia-a-dia. Não existe casamento que não tenha solução. Por pior que seja a sua situação hoje, por mais desacreditado que você es-teja, ou por mais que as marcas doloridas por palavras ou atos impensados pareçam eternas, Deus pode reverter toda e qualquer situação ruim, em benção. Isso é milagre, e somente Ele pode fazer. O que percebo é que muitas vezes é mais confor-tável e menos desgastante pôr um fim em tudo, do que espremer a ferida até que todo o pus tenha ido embora. Alguns preferem amputar o braço, acham que será me-

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lhor, menos traumático, mais eficaz. Mas não é amigo, toda separação deixa cicatrizes profundas em ambos. Toda esta semana especial foi idealizada para mos-trar a você que com Cristo as coisas funcionam. Tudo pode mudar quando estamos nas mãos de Deus. O Senhor Je-sus hoje olha para você e diz: Querido (a), é possível! Sem Jesus, realmente, não dá mais, mas com Deus meu amigo, eu garanto para você, dá! Com Deus as coisas mudam, as pessoas mudam, inclusive eu e você. É por isso que hoje eu apelo a todos os casais aqui a estudarem a Bíblia juntos. Os casados de muito ou de pouco tempo. Os jovens e os experientes. Não importa sua religião, não importa como está seu casamento hoje. Dê uma chance para Jesus. Deixe Ele entrar na sua vida, na sua casa, no seu lar. O casamento é, para muitos, o jeito que Deus arrumou de nos salvar. A forma como Deus, através do outro, nos burilará. O seu casamento pode fa-zer de você uma pessoa melhor, mais pura, mais honesta, mais espiritual, mais verdadeira, mais correta. Acredite, tudo é possível para aquele que crê no Senhor Jesus.

QuARTA

UM BALDe De esperAnçA

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me con-vém; todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam. I Coríntios 10:23

A teoria do balde e/ou da concha já foi estudada e aplicada por milhões de pessoas em todo o mundo ao longo do último meio século. Quem a conhece acha ins-piradora! Quando soube desta teoria resolvi colocá-la em prática. E não é que deu certo! Acredito na sua aplicabili-dade para as relações humanas mais distintas, mas creio ainda mais quando ela é aplicada no âmbito familiar. Tudo começou com a guerra da Coréia. O major médico William Mayer teve a oportunidade de estudar 1000 prisioneiros de guerra que haviam sofrido tortura psicológica. Na Coréia do Norte, nos campos de concentração, não havia grades, arames farpados, nem guardas arma-dos, e ainda assim nenhuma tentativa de rebelião ou fuga foi feita. E o pior, por que tantos soldados morreram naque-les campos de concentração? O índice de morte chegou a extraordinários 38%. O mais alto da história americana. Aos sobreviventes, quando libertados, ofereceram-lhes oportunidade de ligar para seus familiares, mas pou-

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quíssimos fizeram. Quando voltaram para os EUA não mantiveram nenhum vínculo de amizade com outros com-panheiros de cativeiro. Não era incomum ver um soldado com olhos de-sesperados entrar em uma cabana e depois de dois dias aparecer enrolado em um cobertor morto. Os soldados apelidaram isso de “desistite” os médi-cos colocaram o jargão de “prostração”. Eles usavam a pior “arma” possível. A destruição emocional pela negatividade.

MéTODOS uSADOSDelação Cigarros, bebidas e favores para quem delatasse amigos – ninguém era castigado. Uns contra os outros. Desta maneira era vantagem delatar o companheiro. Ninguém era castigado, nem o que delatou (ao contrário recebia agrados), nem o que queria fugir. Assim, uns se isolavam dos outros.

Autocrítica Psicoterapia de corrupção em grupo. Em cada ses-são, os homens tinham de ir à frente e confessar tudo o que tivessem feito de ruim e todas as boas coisas que po-deriam ter feito e não fizeram.

Ruptura da lealdade para com os líderes e a pátria Coronel ou soldado, todos eram tratados iguais. Es-timulavam o desrespeito entre os prisioneiros e a quebra da hierarquia. “Você aqui é só mais um prisioneiro!” - di-ziam os soldados para os oficiais presos. Os soldados não se preocupavam mais uns com os outros.

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inviabilização de qualquer apoio emocional positivo Eles filtravam todas as cartas da família. Só repas-savam notícias como a morte de alguém, o abandono da mulher, e até contas vencidas. Tudo para humilhar e tra-balhar a exaustão à negatividade. Os norte-coreanos induziram os americanos a uma espécie de isolamento emocional e psicológico como nun-ca houve. Impressionados com esses estudos, o PhD Don Clif-ton e seus colegas resolveram estudar outro lado desta equação tenebrosa: será que o impacto da positividade pode ser tão forte quanto o da negatividade? Assim, quatro milhões de pessoas foram estudadas em 10 mil unidades de negócios. O estudo chegou a con-clusões impressionantes. Estima-se que o prejuízo causado por baixa autoestima e pessoas insatisfeitas em empresas chega a um trilhão de dólares. O que representa 10% do PIB norte-americano. No entanto, essa pesquisa apresentou o crescimento acima da média americana em empresas que valorizam seus funcionários. Há quase meio século, esse psiquiatra com outros amigos criaram o reforço positivo, a terapia positiva, o positivismo emocional. Todo o tratamento baseia-se em enaltecer o que está bom e certo na vida das pesso-as. Elogiar, sinceramente, sempre que puder. Para ilustrar, Donald Clifton estabeleceu a analogia do balde. Para ele, todos têm um balde invisível e uma concha invisível. Sempre que você elogia alguém ou faz um bem a alguém você vai enchendo seu balde e o balde da outra pessoa. E cada vez que você critica ou fala mal de alguém você está esvaziando o balde de alguém e o seu próprio.

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A proposta dele é que enchamos os baldes uns dos outros para sermos felizes. Em suas pesquisas ele indi-ca que em um dia nós deveríamos elogiar entre cinco e oito pessoas. Acredito que esta teoria pode muito bem ser aplicada em sua máxima intensidade com a nossa famí-lia. Como você tem tratado sua família? Tem enchido ou esvaziado o balde de seu cônjuge e de seus filhos? Você sempre tem uma palavra de apreço, de reconhecimento, ou você é temido porque só sabe criticar, cobrar e nada mais... É interessante notar que todas as vezes que você elo-gia alguém não está apenas enchendo o balde dela, mas o seu também. Se você quiser ser uma pessoa melhor, mais completa, mais segura, não tenha medo de elogiar as pessoas ao seu redor. Veja, a proposta não é você ser fingido e elogiar o que você não gosta, mas você sinceramente observar o que pode ser elogiado. Por exemplo, ao invés de você ficar indignado porque seu filho tirou 7,0 na prova e ficar bravo perguntando onde estão os 3,0 pontos que faltaram para completar 10,00, elogie pelos 7,0 pontos alcançados e o estimule a alcançar os outros três da próxima vez! Ao invés de criticá-lo por sempre ir mal em matemática, por que não o elogia por sempre ir bem em história? Ao invés de falar mal do sermão ou do pregador, por que não vê algo bom e comenta isso com os filhos à mesa? Elogie sua esposa. Sua beleza, sua paciência, a comida que faz, o sorriso que tem, a forma como educa as crianças, o profissionalismo dela. Existem milhares de coisas para você elogiar. E não se surpreenda se você co-meçar a se sentir melhor, mais leve, mais alegre, com um humor melhor.

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Aqueles que têm a capacidade de elogiar conse-guem viver com alegria os três “Cs” do casamento. Creio muito neles porque conseguem sintetizar o caminho para vivermos com mais plenitude.

1. Carinho Ser carinhoso em atos, em gestos, em palavras com todos da sua casa. Nada de usar o sarcasmo ou a iro-nia. No meu e no seu lar essas coisas não podem e não devem entrar. Seja simples no falar, sempre com ternu-ra. Controle seu temperamento, seu estresse, seu cansa-ço. Você deve saber que se costuma praticamente todos os dias chegar em casa com a cabeça estourando, sem vontade de fazer nada a não ser dormir e se você está sempre estressado, isso é porque você não está adminis-trando corretamente seu tempo e trabalho; e é que claro sua família vai sofrer. Todos sabemos quão importante é o carinho para com as pessoas que amamos. Mas a vida tem “batido” tanto em nós que não conseguimos mais ser quem de fato somos. Chegamos em casa “só o bagaço”. O me-lhor de nós ficou com os clientes, com os chefes, com os colegas do trabalho, com desconhecidos! Mas uma coisa eu posso assegurar a você: este não é o plano de Deus para você, nem para mim. Ser carinhoso é saber administrar o tempo que temos, para podermos priorizar o que de fato é importante. Nunca vi alguém no leito de morte se arrepender por não ter ficado mais tempo no escritório ou no trabalho. Parece que só na hora da mor-te conseguimos ver as coisas com clareza. Então amigo não espere a notícia de uma doença em fase terminal para fazer o que é certo. Seja carinhoso hoje, agora.

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Seus filhos esperam por isso, seus pais esperam por isso, seu marido, sua esposa, todos esperam... Amigo, dê carinho o tempo todo a todo instante. De que adianta ser um disciplinador sem amor? De que adianta bronzeador em lugar que sempre chove? De que adianta a música se não se pode ouvir? De que adianta um pai ou uma mãe se não se pode ouvir deles declara-ções de amor? Se não se recebe beijos, se não dá para sentar no colo e pedir carinho, proteção? De que adianta ter esposa sem carinho, marido sem carinho? Talvez ao olhar sua família hoje, com todo tipo de desentendimento e frustração, você não consiga se sentir à vontade em dar carinho. Talvez olhando para as coisas ao seu redor você não se sinta inspirado para ser românti-co e carinhoso. Porém tenho certeza que no passado você teve motivos para estar carinhoso e romântico. Seu passa-do é sua história. Sugiro que em algum momento você e seu cônjuge separem um tempo e fotos do casamento, de férias, de lua de mel, etc. Vejam como vocês se amavam e eram felizes naqueles momentos. Fica mais fácil perceber que é possível sim, ser feliz com a pessoa que você esco-lheu. Pense nisso e faça isso.

2. Companheirismo Ser companheiro é ser amigo, é ser cúmplice. É você se importar com os sentimentos e com as vontades da pessoa que você ama. É estabelecer programas juntos, é buscar soluções para os problemas da casa e para os problemas pessoais também. É viver um para o outro o tempo todo, mesmo que não estejam fisicamente juntos. É poder contar um com o outro em todo o tempo. Um casamento sem companheirismo tira do rela-

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cionamento a sua parte mais pura, mais inocente, mais genuína. Não sei se você pode dizer que seu marido, sua esposa é seu melhor amigo ou amiga. Mas assim deveria ser. Ninguém deve saber mais de você do que seu cônju-ge. Com ele não precisa haver segredos, não precisa ter medo de se expor ou se preocupar com aparências. Lembro-me da história de um conhecido, Pedro. Ele era um homem totalmente formal. Muito sistemáti-co, deixava claro quem ele era logo no primeiro contato. Quando ele namorava Mariana, isso a encantava. Ele era pontualíssimo, suas roupas impecavelmente passadas, seus óculos sempre muito limpos. Até sua carteira era or-ganizada. Ela pensava que se casasse com aquele homem nunca teria que pegar seus sapatos fora do lugar, nem recolher a toalha de banho de cima da cama. Por fim, depois de um ano de namoro e noivado eles se casaram. Mas aquilo que era uma qualidade no namo-ro passou a ser um pesadelo no casamento. Ela descobriu que ele era muito mais organizado do que ela e extrema-mente exigente. Simplesmente, com 3 anos de casada ela estava exausta e sem forças para ser o que seu marido esperava. O Pedro que em três anos de casamento nunca ha-via desarrumado nada sem que arrumasse depois, exigia da Mariana que ela fizesse o mesmo, pois ele não admitia coisas como louça na pia, pó em qualquer lugar, roupas mal dobradas ou passadas. Quando conversavam sobre essas coisas ele dizia: Você sabia que eu era assim quando casou comigo, até me elogiava, agora quer que eu mude? Eu sou assim, sempre fui assim e você tem que me aceitar como eu sou. A Mariana respondia: Então você também tem que me

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aceitar do jeito que eu sou. Eu não sou como você e não vou mudar também. O impasse ficava nesta situação. Você acha que neste caso existe clima para companheirismo? Claro que não. O companheirismo só tem espaço quando aceita-mos as diferenças. Até mais que isso, não se trata apenas de aceitar, mas celebrar as diferenças, como já vimos. É um admirar o que o outro tem que o primeiro não tem. Seja companheiro (a), se interesse pelo que o outro se interessa. Seu marido gosta de futebol? Então se inte-resse por isso um pouco, ele ficará feliz. Sua mulher gosta de crochê? Bem... então, então... vá ver futebol. Mas não deixe de ser amigo, chame-a para fazer crochê assistindo com você alguma coisa na TV. Comentem alguma coisa que viram, uma notícia que saiu, falem dos sentimentos, de como aquela notícia mudou ou pode mudar a vida de vocês, mas conversem, dialoguem. Você nunca será um amigo (a) se não conversar, se não houver bate-papo. 3.Comunhão Estes são os 3 “Cs” do casamento. Carinho, Compa-nheirismo, e Comunhão. O casamento é uma experiên-cia espiritual. Não existe casamento feliz sem Deus. Não importa quem você me apresente, pode ser um casal de ateus que morem juntos realizando a última lua de mel da vida deles depois 55 anos de casamento. Não acredito que tenham sido felizes e fiéis. Vou te explicar o por quê. Para serem felizes, eles precisaram de amor e o nosso amor pelo cônjuge é o reflexo ou a reverberação do amor de Deus. Sem Deus não há a menor possibilidade de nos amarmos verdadeiramente. Ele é a única fonte do amor.

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Assim, como vou amar se eu não produzo amor, apenas repasso o amor que recebo de Deus? Você nunca vai saber o que é de fato amar, enquan-to não buscar ao Senhor Jesus na sua vida. Não há como ser feliz sem comunhão com Deus, seria algo impossível. É como querer tomar água sem molhar a garganta, impos-sível. Só existe uma fonte da verdadeira paixão, felicidade e amor. Ela reside em Deus e só nEle. Você nunca terá o casamento que sempre sonhou sem estar perto de Deus. Por isso, eleja em sua casa um espaço para a oração, para cantar e realizar o culto em família. E aí meu amigo, pode ter a certeza que com ca-rinho, companheirismo e comunhão as coisas andam no rumo certo.

Conclusão Como está seu balde amigo? Cheio ou vazio? Tem dado carinho, está sendo um companheiro e tem tido sua comunhão com Deus junto de sua família? Então pode ter certeza que seu balde está transbordando! Este sermão pode ser sintetizado em uma única palavra. MUDE. Você sabe o que tem de fazer, então faça. Aja como você deve-ria ter agido há muito tempo e salve seus filhos, salve seu cônjuge, salve-se, salve sua qualidade de vida. Durante esta semana Deus está gritando com você, dizendo: Acorde! Sua família está sendo destruída, faça al-guma coisa. Deus está expectante por poder ajudar você, mas você precisa querer, precisa concordar que Deus en-tre na sua vida e faça a diferença. Então MuDE.

QuiNTA

UM AMor De esperAnçA

O amor é paciente, é benigno. O amor não inveja, não se vangloria, não se ensoberbece. I Coríntios 13:4

Ponto Contrário Corria o ano de 1929. Local: Estádio Rose Bowl. Aquele fora o ano mais equilibrado da história do fute-bol americano. Os Estados Unidos pararam, o país inteiro queria saber o resultado. Quem seria o grande campeão daquele ano? Melhor ataque contra melhor defesa, tudo muito equilibrado. Quando estes dois times chegaram à grande final, todos os ingressos foram vendidos em ques-tão de horas. No dia da final, milhares de pessoas es-peraram por horas antes dos portões abrirem ao redor do estádio. Quando os portões foram abertos, em 30 mi-nutos, todos os lugares foram tomados. Vastas fileiras de policiais separavam as torcidas. Cores diferentes, gritos constantes e cada vez mais altos mostravam a paixão da-queles torcedores. Esses gritos podiam ser ouvidos a dez quadras de distância. Pela primeira vez na história os dois times entraram ao mesmo tempo em campo. Fogos de artifício foram lançados ao céu que se coloriu como nun-ca. Toda aquela nação queria saber quem seria o grande campeão daquele ano.

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No primeiro lance da partida chutaram a bola e ela caiu nos braços do jogador Roy Ringo. Não teve dúvidas. Correu tudo que pôde com velocidade e agilidade que im-pressionaram a todos no estádio. E o improvável aconte-ceu: no primeiro lance do jogo, Roy Ringo conseguiu fazer um Touchdown (o ponto no futebol americano). A torcida foi ao delírio! Ele tirou o capacete, jogou a bola no chão e começou a bater no peito comemorando o feito. Mas qual não foi sua surpresa ao perceber que quem comemorava era a torcida contrária. Seus amigos estavam todos cabis-baixos e então ele entendeu. Na grande final de todos os tempos da história do futebol americano ele fizera um ponto contrário. A primeira etapa do jogo acabou e todos desceram ao vestiário. Silêncio sepulcral; ninguém falava nada. To-dos tristes e sem ânimo. O silêncio só foi quebrado pelo treinador, que disse: “O mesmo time que terminou o pri-meiro tempo volta para o campo”. Neste momento, Roy Ringo ergue a cabeça e diz: “De jeito nenhum! O senhor não entendeu, treinador, eu acabei com meu time, destruí os sonhos de todos nós aqui. Podem se passar cem anos e sempre se lembrarão do que fiz. Não tenho coragem de subir, minha carreira acabou aqui!” A história diz que, com o clima tenso e denso, o treinador abaixou-se no nível do jogador e disse: “Filho, o jogo ainda não acabou. Volte para o campo e realize a maior partida da sua vida!” Os jornais da época se encarregaram de contar o final da história. Roy Ringo confiou em seu treinador, vol-tou ao campo, fez três touchdowns a favor do seu time e eles se consagraram campeões!

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Ponto Certo Na vida a gente faz alguns pontos contrários. Cor-remos para o lado errado e nos envergonhamos de nós mesmos. Alguns aqui, hoje, podem estar pensando que tudo acabou, que o casamento não tem jeito, que é impos-sível mudar, que é um acumulador de fracassos. Talvez ao olhar o passado encontre vergonha e não consiga erguer a cabeça para seguir em frente. Mas a resposta do “nos-so Treinador” é sempre a mesma: “Filho, volte para o campo. O jogo ainda não terminou. Realize a melhor partida de sua vida!” Ainda há tempo, o jogo ainda não acabou. O “Treinador maior” está olhando nos seus olhos e dizendo: “Eu acredito em você, mesmo que ninguém acredite. Mesmo que você não acredite. Eu creio.” Sabe por que Ele crê em você e em mim? Porque Deus não nos trata por aquilo que somos, mas por aquilo que poderemos ser em Suas mãos. Deus não chamou Davi pelo que era, mas por aquilo que seria. Não chamou Sau-lo por sua inteligência, mas por aquilo que ele poderia ser entregando-se de coração. Não chamou Pedro por causa do seu temperamento, mas a despeito dele. O Salmo 103 diz que “... Deus não nos tratou segundo nossos peca-dos e nem nos retribuiu conforme nossas iniqüidades...” Ele nos trata como santos embora sejamos pecadores por uma única razão: Ele nos ama! Pense bem: por que trocar o céu por uma carpintaria? Por que não destruir Adão as-sim que ele pecou? Por que tirar Ló daquela cidade? Por que procurar Pedro depois que ressuscitou? Por que abrir o mar? Por que se entregar? Por que morrer? Por que san-grar? A razão é uma só: o amor. Jesus disse em Mateus 24 que no final dos tempos, ou seja, em nossos dias, o amor se esfriaria de quase to-

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dos. Mas isso não se aplica ao amor de Deus porque Deus é amor. Sabe por que o amor jamais acaba? Porque Deus é amor e Deus não acaba. Aliás, o cristianismo é a única religião do mundo que define seu Deus em apenas uma única palavra: amor. Quando a Bíblia diz que o perfeito amor lança fora o medo está dizendo que Deus lança fora o medo. Biblicamente é fácil perceber que as palavras “Deus” e “amor” são intercambiáveis. Todas as vezes que encontramos a palavra “Deus” na Bíblia podemos trocar por “amor” e veremos que o sentido continua o mesmo.A Bíblia está cheia de orientações a respeito do amor por-que ela é o Livro do Amor. A maior declaração de amor do mundo está ali em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

VEJA A RAzãO:Por que: a maior respostaDeus: o maior serAmou: o maior sentimentoO mundo: o maior espaço físicoDe tal maneira: o maior modoQue deu: o maior atoSeu único filho: o maior presentePara que todo aquele: a maior abrangênciaQue nele crê: a maior confiançaNão pereça: o maior castigoMas tenha: a maior posseA vida eterna: a maior recompensa

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Você percebe que o tema central de toda a Bíblia é o amor? Que o verso mais importante de toda a Bíblia é esse que acabamos de ler? A Bíblia nada mais é que a narrativa da história de um “Treinador” olhando para nós e dizendo incansavelmente: “o jogo ainda não acabou”. Sabe por que o jogo ainda não acabou na nossa vida, às vezes cheia de pecados, de feridas e amputações? Porque o “Treinador” ama demais. Ele nos amou tanto que nos criou mesmo sabendo que pecaríamos e que por causa do nosso pecado teria que morrer em nosso lugar. Enquan-to Jesus formava Adão com o barro, sabia que receberia cuspe no rosto, que seria chicoteado, espancado, humi-lhado, satirizado, traído. Quando criou este mundo Ele já sabia onde ficaria o Getsêmani. Quando criou as árvores sabia que de uma delas seria feito o madeiro da vergo-nha e da separação do Pai. Quando criou a vida humana sabia que perderia a dEle. Então a pergunta continua: Por que nos criou? Por que nos fez? A resposta é: pelo AMOR. O amor que Ele tem por nós é maior que o amor que Ele teve por sua própria existência como Deus. Este amor é incomparável, incondicional e incompreensível. Não o merecemos, mas por Sua graça o aceitamos. Pare para pensar se esta não é a história mais absur-da que você já ouviu. A história de um Deus se humilhar e morrer por criaturas inferiores a Si. Pode ser absurdo, mas é real. Houve um período na história da humanidade no qual, se alguém lhe perguntasse onde está Deus, você po-deria apontar para a barriga de uma camponesa e dizer: Deus está ali dentro. Este é o milagre do amor, vai além de nossa compreensão. Sabe, eu tenho dois filhos. Não trocaria a vida deles por nenhuma pessoa no mundo, aliás, eu não trocaria a

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vida deles pela vida de todas as pessoas do mundo juntas. Mas Deus fez exatamente isto: entregou o objeto supremo do Seu amor, Seu filho, Seu único filho. Já reparou que o amor extrapola a justiça? Veja bem, não existe nenhuma sociedade no mundo que per-mita morte substitutiva. Por exemplo: se eu morar num país onde exista pena de morte e cometer um erro tão grande que a sociedade entenda que eu não mereço mais viver, não posso me apresentar diante da corte e pedir para minha mãe ou irmão morrer em meu lugar. Em ne-nhuma sociedade do mundo isso é permitido. E sabe por que não é permitido? Porque não é justo. Quando cometo um erro eu tenho que pagar por ele. O lindo da história é que no Céu o amor extrapolou a justiça e o impensável aconteceu. Jesus morreu no meu e no seu lugar. Morte substitutiva, vicária. Morte para Um, salvação para milhões de milhões. Um sacrifício gigante para Cristo? Sim. Mas a maior dor ficou no coração do Pai. Ele é Deus, poderia acabar com a agonia do filho por pensamento. Poderia destruir os demônios e todos os algozes de Jesus. Mas por amor a nós deixou Seu filho sozinho no madeiro. Jesus deveria morrer a morte eterna nos livrando dela para sempre.

Ponto Final Um dia desses tive que viajar e ficar dez dias fora de casa. Esses, talvez, sejam os dias mais tristes para mim. Separar-me da minha esposa e dos meus filhos é algo ne-cessário, mas muito doloroso. Meu filho mais velho sem-pre foi muito apegado a mim. E quando tenho que viajar, febres misteriosas acontecem, comportamentos estranhos surgem. Sei o quanto nos amamos e sei como é difícil nos separarmos, então sempre digo a ele: “Filho, o pai tem

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que viajar. Vamos ficar milhares de quilômetros distantes, mas nada pode nos separar, sabe por quê? Porque eu amo você e vou voltar. Porque onde você está é onde eu quero estar!”Não é exatamente isso que eu e você encontramos na Bíblia? Jesus, em amor, dizendo: “... para que onde eu estiver estejais vós também...” Assim como a distância de uma viagem não pode me separar do meu filho, também nada pode nos separar do amor do Pai que está em Cristo Jesus nosso Senhor. O amor de Deus é realmente o centro de tudo na Bíblia. Lembra-se destes versos? “A palavra de Deus diz: a ninguém nada devais a não ser o amor.”“Fazei todas as coisas com amor.”“Jesus diz de um novo mandamento, que nos amemos uns aos outros.”“O maior mandamento é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo.”“Deus nos amou primeiro.” “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida nem anjos, nem principados, nem potestades, nem o presente, nem o porvir, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor que está em Cristo Jesus o nosso Senhor.” O objetivo do cristianismo não é transformar pesso-as em pessoas que creem, mas em pessoas que amam. Por quê? Porque Deus é amor! Um amor que percorre as maiores distâncias, supera as maiores barreiras, multiplica o pouco, vai ao lodo e traz o lírio. Quero lembrar a você que o Céu entregou o que tinha de melhor por nós. Nada, absolutamente nada em todo universo infinito tinha mais

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valor que a vida do próprio Criador. Não pôde e nunca poderá existir expressão maior de amor. Esta Terra surgiu como resultado do amor e terminará em amor.O primeiro livro da série Conflito dos Séculos, Patriarcas e Profetas, começa assim: “Deus é amor. Sua natureza, Sua lei, são amor. Assim sempre foi e sempre será... Toda manifestação de poder criador é uma expressão de amor infinito”. E o último livro dessa série, O Grande Confli-to, termina assim: “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O universo inteiro está puri-ficado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. Daquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infi-nito. Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza gozo, declaram que Deus é amor.” Assim come-çou, assim terminará. O amor resolveu. No Éden fizemos nosso primeiro ponto contrário. Ali envergonhamos nosso Treinador. Corremos para o lado errado e fomos humilhados diante de todo o universo ex-pectante. A diferença é que quem voltou para o campo foi Outro jogador. Jesus voltou para o campo em nosso lugar e venceu por nós. Ele venceu o adversário e foi perfeito em cada jogada. Aceitou nossa vergonha e nos deu o troféu de campeões. Hoje, eu e você podemos andar de cabeça erguida, certos de que “somos mais que vencedores por meio dA-quele que nos amou!” O amor é a base única do casamento. E este amor é apenas reflexo de um amor muito maior, mais intenso, constante e incondicional que encontramos nas escritu-ras. Este amor precisa nos motivar, nos inspirar e até nos constranger. Amar não é sacrifício, não é se esforçar para

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amar, é simplesmente deixar que este amor tão grande chegue em nós e seja retransmitido ao nosso cônjuge e aos nosso filhos. Já reparou que Deus sempre usou a família como forma de transmitir seu amor? Deus sem-pre tem interferido na história humana usando famílias para o bem comum da humanidade, como os exemplos: Para a administração ecologicamente sustentável, convidou a família Adão e Eva, que infelizmente falhou. Noé com a família, a Bíblia diz “divinamen-te avisado das coisas que ainda não se viam temeu, e, para a salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi herdeiro da justi-ça que segundo a fé” (Hb 11:7), cumpriu a missão. Abraão com Sara também sendo chama-dos por Deus para cumprirem a missão da vida e da bênção continuada para todas as gerações do povo de Deus, combateram o bom combate. Deus também escolheu José e Maria para en-carnar o Verbo, Jesus o Senhor dos senhores. E por intermédio dessa família, beneficiando todo o gêne-ro humano, o Verbo se fez carne entre os homens e hoje o Espírito Santo na composição da Igreja sela os que creem em Jesus para o dia da redenção (Ef 1:13), mantém entre nós o ministério da consolação. Deus sempre escolhe famílias para determinadas missões, e toda a composição familiar, pais e filhos são responsáveis em conjunto e individualmente pelo bom desempenho para que os reais e nobres objetivos sejam alcançados. Dentro desta visão, qual o desafio para a nossa família? Para onde tem caminhado sua família? O que ela tem feito como grupo para cumprir a vontade de Deus na sua existência?

SExTA

A esperAnçA nUnCA perDe A GrAçA

Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, ora-ções, intercessões e ações de graças por todos os homens. I Timóteo 2:1

Quando a gente é criança tudo tem graça! As piadas mais antigas são novas! Todos os amigos têm valores não determinados por sua condição social ou beleza natural. Tudo tem cheiro de novo, de belo. Olhamos para a vida com os olhos da pureza e isso nos enche de energia e so-nhos! Lembro-me quando eu e meu irmão, ainda crianças, nos empolgávamos com as histórias de nossa fértil imagi-nação. De todos os brinquedos, o que nos deixava mais felizes era um bonequinho que recebia o nome de Play-mobil. Naquele natal havíamos ganhado a edição “Bom-beiros” e você já pode imaginar... nós queríamos mais realidade para as ações do nossos heróis! Primeiramente colocamos fogo em um pedaço de guardanapo, mas o fogo acabou antes mesmo de encher-mos os baldinhos dos bonequinhos com água. O fogo no guardanapo acabava muito rápido! Foi então que a brilhante ideia surgiu. “Vamos pôr fogo no sexto de roupa

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suja!” Pensamos: “Tiramos a roupa e pronto, é só ate-ar fogo!” Assim fizemos e quando já havia uma altura considerável de labaredas chamamos nosso “Corpo de Bombeiros”. Confesso que eles não deram conta do tra-balho. Tão pouco eu e meu irmão. Nessa hora não há outra coisa a fazer: “MÃÃÃEEE!” Ela veio e resolveu tudo. Inclusive pôs um freio em nossa fértil imaginação. Fomos muito bem disciplinados! Foi a primeira vez, pelo que me lembro, que algo perdeu a graça para mim. Já ouviu essa frase antes: “Per-deu a graça”. Não sei se você concorda comigo, mas quanto mais velhos vamos ficando, parece que mais as coisas vão perdendo a graça. Salomão mesmo no livro de Eclesiastes faz uma ode às coisas sem graça desta vida. O fato é que desde que o pecado entrou neste mun-do tudo que era bom (Gên. 1:31) perdeu a graça. Pode imaginar Jesus? De que valia um Jardim lindo, cheio dos mais variados matizes, cores e tonalidades sem Adão e Eva ali dentro? Não tinha graça, não tem graça. Jesus não considerou o Céu um lugar agradável en-quanto nós estávamos aqui neste mundo caído e sujo. Je-sus perdeu toda a alegria. Nada mais parecia fazer Jesus feliz. Satanás arrancara dEle o que Ele tinha de mais va-lioso. Parte da alegria do Céu fora arrancada. Havia uma sombra no coração do Pai. Nossa consciência de que algo muito profundo está errado ganha dimensões incalculáveis com o passar do tempo. A maturidade não nos esconde a miséria na qual vivemos. Ao contrário, vai focando e deixando mais nítido este mundo desbotado. Nunca compreenderemos a intensidade da dor cau-sada no coração de Deus quando viu Adão com aquele

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fruto na mão. Ele sofreu por antecipação. Sabia que com a decisão humana Ele ficaria muito tempo sem nos ver (Êx. 33:20). Há seis mil anos Deus tem tido saudades de você e de mim. E quer saber? A cada dia que passa fico com mais saudade de Jesus. Não quero ficar aqui, quero voltar pra casa. Está perdendo a graça, já perdeu a graça. Esses dias pesquisando descobri uma situação inte-ressante. Um Pastor no Sri Lanka relatou que havia reuni-do alguns amigos hindus para um chá e pediu-lhes que falassem da esperança que tinham. Descobriu que, não somente eles tinham grande dificuldade em compreender o que ele estava pedindo, mas também que a língua Tâmil não tinha uma palavra correlata a “esperança”. Não há nada comparável ao conceito de esperança nas grandes religiões do oriente. Isso pode ser comum a nós, mas este conceito de esperança nos foi dado, por Deus, através do povo de Israel. Ainda tem sido a Volta de Jesus a sua bendita espe-rança? Esse é o maior de todos os seus desejos? Ou virou, no seu coração, apenas mais uma doutrina Bíblica sem muito significado? Posso estar enganado, mas tenho visto ao longo de meu ministério, que de tanto se pregar sobre a volta de Jesus o assunto, às vezes, parece um pouco desgastado. Talvez isso se dê pelo fato de não atentarmos com cuidado para o conselho de Paulo. Na primeira carta que Paulo escreveu a Timóteo, o mais evangelista dos apóstolos escreveu no primeiro ver-so do capítulo dois. “Exorto, pois, antes de tudo, que se façam suas orações, intercessões e ações de graças por todos os homens...”

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Gosto desse verso, gosto como o apostolo Paulo o começa: “Antes de Tudo”. No grego a expressão é “Próton Pantom”. Pesquisando descobri que na língua original ela tem três dimensões que podem ser consideradas rapida-mente aqui.

1. Dimensão Temporal2. Dimensão Motivacional3. Dimensão Qualitativa

TEMPORAL é a realidade do tempo. É a coisa “número um” que deve ser feita. Assim como, comumente, a primeira coisa que fazemos ao acordar é abrir os olhos, Paulo está dizendo que antes de qualquer atividade, física ou men-tal, devemos buscar a Deus. Depois vêm todas as outras coisas. Jesus já havia apresentado esse conceito quando disse: “Buscai em Primeiro Lugar o reino de Deus e Sua justiça e todas as outras coisas vos serão acrescentadas.” Na nossa vida, o primeiro lugar deve pertencer a Deus. Não importa se estamos atrasados ou indispostos, primei-ro vem Deus!

MOTiVACiONAL Mais importante que todo o mais. Nada pode ser mais significativo para você e para mim do que buscarmos nosso Senhor em espírito e graça. A importância disso é de vida ou de morte na vida cristã. Um dia sem buscar a Cristo pode determinar muita coisa na vida cristã, inclusive a renuncia da fé. Embora a realidade se imponha diante de nós e sejamos cheios de responsabilidades, nada pode ser mais importante em nosso viver do que nossas orações ao Senhor!

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QuALiTATiVA Melhor do que todo o mais. Nada pode dar mais prazer ao ser humano do que entrar em contato com o seu Criador. Conversar com Deus é o melhor privilégio que um pecador pode almejar. Buscá-Lo não deve ser uma obrigação diária, mas o momento mais feliz do dia. É melhor que qualquer coisa. Aqueles que ainda não des-cobriram isso devem fazê-lo o quanto antes, pois não há prazer maior do que servir a Cristo. Almejar a Volta de Cristo deve ser nosso “Próton Pa-tom”. Antes de tudo, querer ver Jesus voltar. Trabalhar na Missão que cristo nos deixou deve ser nossa maior ale-gria. Isso mesmo, levar o evangelho a toda nação, tribo, língua e povo (Mat. 28:19). É hora de abrirmos mão dos prazeres deste mundo e buscarmos verdadeiramente ao Senhor. Quando isso acontecer, vamos desesperadamente felizes pregar essa grande mensagem que temos, o Evan-gelho Eterno. Não dá mais para ficarmos aqui. Já perdeu toda a graça, é hora de voltarmos pra casa. Voltarmos para o Lar. Para isso precisamos focar mais no porquê da missão. Não estamos na missão por estarmos. Há uma razão, clara e altamente recompensadora – a Volta de Cristo e então nosso retorno ao Lar. No calvário Jesus inventou uma palavra: GRAÇA. E essa é a melhor definição de Céu que eu já ouvi. “O céu é a terra da graça”. É pra lá que estamos indo! Eu, você nosso cônjuge, nossos filhos, as pessoas que nós amamos. Vou dizer outra coisa para você. O Céu não será o

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mesmo sem nossa família lá. E agora, me dirijo a você marido. Somos sacerdotes do lar, é nosso dever guardar e incentivar a parte espiritual de nossa família. É nossa to-tal responsabilidade cuidar daquilo que Deus nos confiou. Antes de qualquer coisa, devemos buscar a Deus. Fazer dEle o primeiro e o melhor em nossa vida. Depois disso você sabe, a prioridade máxima é a família, e então as outras coisas. É assim no plano de Deus, é assim no único plano que dá certo para qualquer vida. Este mundo perdeu a graça, nada mais nos traz ple-nitude. Nossa família não está segura aqui. Esta Terra é a Terra do inimigo, não somos bem-vindos por aqui. Por isso tanto sofrimento, tanta dor. O príncipe deste mundo odeia seus filhos, tem ódio do seu esposo. Não dá mais para ficarmos por aqui. Antes de qualquer coisa aguardemos e nos prepare-mos para a Volta de Jesus!

SáBADO

A esperAnçA QUe CoMpreenDe

Eu, a sabedoria, habito com a prudência; eu possuo conhe-cimento e discrição. Provérbios 8:12

Alguma vez você já tentou se comunicar com uma pessoa de outro país cujo idioma você não domina? A cena é muito cômica, pois existe, no diálogo, mais gesticu-lação do que fala. Mas acredito que mesmo com a barrei-ra do idioma, é possível se comunicar se verdadeiramente é o que se quer. Não importa a situação, nem as dificuldades encon-tradas. Quando duas pessoas querem se comunicar elas irão se comunicar. Pode ser por mímica, por desenho, si-nais de fumaça, sei lá, mas elas vão se comunicar. E este é o primeiro ponto que quero abordar hoje. Para comunicar-se é preciso querer. Existem milhares de casais que estão à beira de um divórcio, mas existem ou-tros milhares que não vão se separar, porém aceitaram uma vida matrimonial medíocre. Contentaram-se com pouco por não ter forças, ou por não saber lutar pelo ca-samento dos sonhos. Alguns se lembram dos tempos de noivado quase com tristeza, porque olham para o hoje e sofrem por não terem conseguido tornar realidade o ca-samento dos seus sonhos.

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Todos os casais, quando decidem casar, sonham em ser o casal mais feliz da Terra. O namoro e o noivado pa-recem prenunciar o final feliz tão esperado por cada um de nós. Mas a realidade infelizmente insiste em dizer que estávamos equivocados. No entanto amigos, quero dizer que é possível sim ser tão feliz no casamento quanto você era no dia do seu noivado! Nos anos que antecederam seu casamento, tudo era melhor e mais bonito porque um era para o outro abso-lutamente tudo. Vocês tinham planos em comum, tinha cumplicidade, tudo o que um fazia o outro saía correndo para partilhar. E hoje, o que lhe aflige? Por que as coisas não são mais assim? O que acabou primeiro, o amor, a comunicação ou ambos? Quero introduzir o sermão de hoje dizendo que não importa o que aconteceu no seu casamento. Se existiu mentira, traição, agressão verbal, indiferença, ou ainda se vocês já optaram pelo não-perdão. Não importa quão complexo seja seu caso. Se vocês quiserem, Deus restau-ra qualquer situação. Mesmo que seu vaso tenha se des-pedaçado em mil pedaços Deus tem condições de reunir cada caquinho e montar um vaso ainda mais bonito do que era antes, mas para isso vocês têm que querer.

Oração

Para compreender é preciso ter coragem Para compreender é preciso ter coragem! Alguns te-rão dificuldades em concordar com essa frase porque jul-gam ser fácil abrir-se. Mas a rigor, trata-se de uma aber-

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tura superficial. As pessoas estão acostumadas a “curar câncer com band-aid”. Superficialidade é nosso “prato predileto”. Quando o assunto é comunicação, nossa ten-dência é falar sobre notícias, acontecimentos, passar in-formações, e às vezes emitir nossas opiniões. Mas abrir-se de verdade, falar dos nossos sentimentos, dos nossos me-dos, das nossas vontades é muito mais difícil. Mas uma coisa é certa: quando se quer, se comuni-ca. Lembro-me de uma antiga história que conheci sendo verdadeira. Na segunda grande guerra dois inimigos se encontraram fora do campo de batalha, ambos estavam fugindo como desertores, com medo e apavorados com os horrores da guerra. Um era alemão e o outro russo. Quando inadvertidamente um viu o outro a poucos pas-sos, os dois demonstraram muito mais medo do que raiva ou ódio. Depois de alguns momentos um deles teve uma ideia e tirou da mochila uma Bíblia. Para sua surpresa, o outro também pegou uma Bíblia. Os dois não falavam uma única palavra para se comunicar. Apesar de falarem em línguas diferentes, os dois começavam a se entender. Eram dois cristãos com medo de tudo aquilo. Quando eles estavam um pouco mais a vontade, um deles teve outra ideia e mostrou um texto bíblico. Era Êxodo 20: 9-11. O outro começou a chorar e abriu sua Bíblia na mesma pas-sagem e estava toda sublinhada. Os dois eram observa-dores do sábado. A história termina dizendo que ambos conseguiram sobreviver para contar a história. Quando ouvi essa história pela primeira vez, fiquei pensando: Quando a gente quer, a gente se comunica. Não tem jeito, a comunicação é algo que passa pela von-

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tade. Os personagens da história, sem falar uma única palavra, conseguiram se comunicar de uma maneira ex-traordinária, e ainda ajudaram e cuidaram um do outro. Entende o que quero dizer? Quando a gente quer, a gente se comunica. Tudo depende do que realmente queremos, do que realmente desejamos. É impressionante ver como existem muitos casais que simplesmente não se compreendem de verdade. Vemos famílias notáveis, cultas, inteligentes que sequer percebem que lhes falta algo na vida. Vivem uma vida sonsa, sem graça, sem paixão ou amor verdadeiro. A maioria dos pares entrou na vida conjugal com um ideal muito belo no casamento. Muitos fizeram cursos de noivos, outros leram vários livros sobre relacionamento, buscaram ajuda, fizeram mais de uma lua de mel. Mas quantos, depois de dezenas de anos juntos podem dizer que tiveram um casamento que atingisse as expectativas do noivado? Infelizmente bem poucos. E é claro, toda pessoa frustrada em suas esperanças tem a tendência natural de lançar sobre o outro a respon-sabilidade desse fracasso: A culpa é do outro! Isso é mais fácil do que investigar a própria falha. Para não assumir a responsabilidade, cada um acusa o outro: o caráter do cônjuge, a saúde psíquica, seus defeitos, sua família, sua educação, etc. Todas estas questões são de máxima im-portância. É por isso que escolher bem é o primeiro passo para um casamento feliz. Mas mesmo com uma escolha não tão acertada é possível ser feliz! O que importa é construir juntos a felicidade conjugal. Quando Deus instituiu o matrimônio disse: “Já não

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serão dois, mas uma só carne.” Ser um significa não ter segredos para com o outro, nada oculto, nada em secre-to. Unidade em todos os aspectos da vida. Por exemplo: olhem hoje para seus filhos, deem uma boa olhada. Ten-tem enxergar além do corpo, vejam a alma, o caráter, os sonhos. Vejam no que ou em quem seus filhos estão se transformando, ou se transformaram. Eles são reflexos de vocês e de seu casamento também. O jeito como você trata seu cônjuge, será bastante influenciador quando for-marem seu próprio lar. Isso também influenciará seus ne-tos, bisnetos. O que você constrói ou destrói hoje, pode influenciar o futuro de muita gente que você ama. Esses dias li a história de um médico que sequer sa-bia o nome do cachorro que sua mulher tinha. Trabalha-va muito. Muitos plantões, muita dedicação no trabalho. Em casa quase não falava e quando falava era grosseiro. Sua esposa sofria muito, mas não conseguia promover qualquer diálogo substancial. Também se sentia culpada porque julgava que o silencio do marido e sua grosseria era por causa do estresse do trabalho. Sentia que deve-ria compreender, mas era infeliz. Um dia, tendo ido ao trabalho dele, ela foi tratada da mesma forma, com pa-lavras rápidas e secas. Quando interrompido por uma en-fermeira que lhe trazia um telefone, ele começou a falar alegre, bem-humorado, cheio de ideias. Nem parecia seu marido. Você pode imaginar como esta mulher se sentiu? Em depressão começou terapia com um psiquiatra amigo da família, que ao perceber toda a situação sugeriu ao marido que a tratasse com maior atenção. Eles deveriam passar mais tempo juntos, ir ao cinema pelo menos uma

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vez por semana. E assim foi. Todas as terças-feiras ele a levava ao cinema. Não conversavam nem na ida, nem na volta. Apenas assistiam ao filme. Acha que isso resolveu o problema dela? Não. Mas o dele havia sido resolvido, agora sim ele se sentia um bom marido! Todas as terças-feiras eles tinham um programa para fazer juntos. Que tipo de filme você acha que ele escolhia? Isto mesmo! Fil-mes de guerras, lutas e muito sangue. Deus espera mais de você e de seu casamento, seu cônjuge espera mais do que uma hora em frente à te-levisão assistindo a um jornal. Entende por que muitos casais eram mais felizes na época do namoro do que no casamento? Nós permitimos, aos poucos, que tudo o que nos unia e nos fazia felizes se acabasse. Não conversamos mais, não passeamos mais, não namoramos mais, deixa-mos nosso romantismo de lado. Aí é claro que tudo esfria e perde a cor. Existem casais que não falam sobre nada. Passam, às vezes, semanas sem se falar. Isso cria uma atmosfera horrível dentro de casa.

Para compreender é preciso amar Entre o amor e a compreensão existe um vinculo tão estreito que nunca se sabe quando termina um e começa o outro, qual é a raiz e qual é o fruto. Quem ama com-preende e quem compreende ama. Quem se sente com-preendido se sente amado, e quem se sente amado confia em ser compreendido. É muito necessário que uma pessoa se sinta amada para poder contar algum segredo. Ela não pode ter medo de ser rejeitada, abandonada ou julgada. O medo do julgamento talvez seja o maior impas-

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se para alguém conseguir se comunicar. Este é um temor universal e muito maior do que se possa imaginar. E é ver-dade que muitos casais julgam-se mutuamente. Um julga-mento responde outro resultando numa cadeia diabólica e destruidora. Cada um, para se defender do ataque do outro, denuncia em seu coração ou em voz alta a falta do outro e assim entram em um ciclo vicioso e de completa destruição. É comum ouvirmos casais se acusando por um não compreender o outro, mas lembre-se de que quando digo que não posso compreender estou dizendo: Não posso compreender que meu esposo seja diferente de mim, que sinta, pense ou processe de modo diferente do meu. E isto precisa ficar claro para todos nós. Somos de fato diferen-tes com já vimos esta semana. Se não assumirmos isso e usarmos em nosso benefício, vamos sofrer muito. Clareza de comunicação, compreensão, aceitação, resiliência são atitudes fundamentais para quem quer ter um casamento satisfatório. Todas as vezes que amamos alguém, isso é dom de Deus. Todas as vezes que você tem compaixão por al-guém, todas as vezes que você se importa com alguém, é reflexo do amor de Deus. Assim, não há a menor pos-sibilidade de você e eu amarmos alguém sem refletirmos a Deus. O indivíduo pode ser ateu, descrer de tudo e de todos, mas se ama alguém é Deus nele. Porque Deus é amor. Assim meu amigo e minha amiga, como podem imaginar um casamento feliz sem a fonte do amor que é Deus? Já abordamos esse aspecto durante a semana, mas torno à carga porque é fundamental. Sem Deus na nossa vida, qualquer empreendimento é empreendimento

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de risco. Qualquer relação é relação de risco. Não dá para imaginarmos a felicidade longe de Deus, porque ela (a felicidade) reside nEle.

Conclusão Durante toda esta semana estivemos apresentando um único caminho para você restaurar ou melhorar seu casamento. É o único caminho também para quem quer escolher certo o companheiro ou companheira. Busque Aquele que lhe entende e conhece. Ele viu você nascer, Ele conhece seus sentimentos e pensamentos, Ele co-nhece seus segredos, Ele conhece sua história de vida e como chegou até aqui hoje. Sabe das suas lutas e deci-sões. Ele sabe no que e porque você errou. Ele também conhece seus acertos, suas mentiras, suas verdades. Ele pode fazer por você o que ninguém mais pode. Ele sabe, Ele ouve, Ele vê.

APÊNDiCE

ALtAres De esperAnçAEm cada lar, um Altar

80 Idéias para o Culto em Família

Reunir-nos a cada dia para celebrar nossa fé e re-novar nosso pacto com Deus, pode fortalecer os vínculos entre nós e construir uma preciosa herança religiosa em nossas famílias.

Crianças com idade de Rol e Jardim

1. Use objetos para ilustrar uma história bíblica. 2. Cante com a criança e a família algum corinho que possa ser representado. 3. Na sexta-feira, à noite, acenda uma vela e a apa-gue no sábado à noite. 4. Utilize livros bem ilustrados com histórias da Bíblia ou da natureza. Leia-os em voz alta, enquanto segura a criança em seus braços. 5. Para as crianças um pouco maiores, incentive-as a memorizar pequenas frases da Bíblia. 6. As crianças de mais idade podem fazer um livro com ilustrações que você sugerir. 7. Relate histórias que ajudem a formar o caráter das crianças. 8. Reescreva as histórias da Bíblia usando palavras simples.

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9.Desenhe as mãos das crianças e fale sobre as mãos ajudadoras. 10. Desenhe o pé da criança e conte como os peque-nos pés podem servir a Jesus. 11. Conte uma história para a criança acerca de um milagre bíblico. 12. Arme um quebra-cabeça bíblico. 13. Mostre figuras de Jesus e personagens bíblicos, e conte sua história. 14. Tenha fotografias de animais e coisas da natureza. Conte para a criança que foi Jesus quem os criou. 15. Relembre as músicas da Escola Sabatina. 16. Ensine as crianças a orar. Fale uma frase curta e peça que repitam.

Crianças que participam dos Primários

17. Na sexta-feira, faça perguntas da Lição da Escola Sabatina. 18. Leia sobre os frutos do Espírito Santo. 19. Peça para as crianças prepararem uma pesquisa bíblica. 20. Faça uma caminhada na natureza, com as crian-ças. 21. Leia uma história religiosa e peça para as crianças identificarem os valores apresentados. 22. Escreva vários problemas da vida diária e peça às crianças que digam como os resolveriam. 23. Encontre uma palavra que descreva a Deus, Jesus, ou o Espírito Santo com cada letra do alfabeto. 24. Procure descobrir o significado do nome de cada criança, e conte isso a elas. 25. Leia uma história sem mencionar o nome do pro-tagonista e veja quem é o primeiro a adivinhá-lo.

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Juvenis e Adolescentes 26. Selecione livros sobre vida cristã e leia-os juntos. 27. Sente-se com eles para ouvir CD`s de músicas re-ligiosas. 28. Avalie as fitas e os programas de televisão. 29. Disponha de tempo suficiente para falar sobre as amizades. 30. Tenha um tempo estabelecido para formular me-tas com eles. 31. Discuta sobre justiça, violência, e outros assuntos atuais. 32. Faça um culto temático com cada parte do Fruto do Espírito. 33. Discuta a respeito do tempo individual de devoção. 34. Escolha a quem colocar no salão celestial da fama. 35. Discuta o plano de Deus para o casamento. 36.Convide seus amigos para uma festa de páscoa. 37. Leia sobre o Espírito Santo.

Jovens e Adultos Jovens 38. Estude e compartilhe com a família as seguintes doutrinas: o sábado, o batismo, a segunda vinda de Cristo e o estado dos mortos. 39. Leia com eles cada dia um capítulo de Provérbios. 40. Leia I Timóteo 4:12 e discuta o que esse versículo diz para os jovens. 41. Utilize uma Concordância Bíblica para escolher textos e conversar a respeito da compreensão dessas passagens. 42. Escolha textos de Ellen White para estudar junto com eles.

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Solteiros 43. Convide um ou mais solteiros ou solitários para unir-se a você no culto. 44. Visite alguma clínica, asilo ou orfanato, e faça o culto com as pessoas que ali estiverem. 45. Convide as crianças de sua vizinhança para con-tar-lhes histórias, ler a Bíblia para elas, etc. 46. Visite seus pais uma vez por semana e faça o culto com eles. 47. Encontre a um companheiro de oração. 48. Vá a lugares especiais para ter o culto com Deus, tais como um rio, jardim, etc. 49. Leia livros de devoção pessoal.

Casados 50. Organizem um caderno de orações. 51. Leiam um livro devocional juntos. 52. Comecem o culto contando o que aconteceu no dia. 53. Leiam um capítulo da Bíblia juntos. 54. Busquem em uma Concordância Bíblica todos os textos relacionados com os privilégios e obrigações do marido e da esposa. 55. Escrevam uma carta para Deus pensando n’Ele como um amigo. 56. Parafraseiem um capítulo da Bíblia. 57. Sublinhem textos que se relacionam com doutri nais e promessas da Bíblia. 58. Convidem um outro casal para fazer o culto com vocês. 59. Tenham um local especial em casa para orar. 60. Tenham um livro de promessas. 61. Escrevam notas de apreço um pelo outro. 62. Mantenham uma anotação de orações atendidas,

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algo como o seu livro de milagres. 63. Orem em voz alta. 64. Saiam juntos para um culto na natureza. 65. Façam um livro de textos favoritos. 66. Façam cartões de gratidão. 67. Escolham e desenvolvam um ministério familiar. 68. Planejem um culto especial quando as crianças fo-ram chamadas para aceitar a Jesus. 69. Leiam o livro O Desejado de Todas as Nações.

idéias Adicionais Para o Culto 70. Na sexta-feira, à noite, leiam textos bíblicos sobre o sábado. 71. Anotem idéias para a feliz observância do sábado num “Livro Familiar de Culto” 72. Estudem, na Bíblia, a respeito do caráter de Cristo. 73. Em uma série de cultos, tentem descobrir como Je-sus enfrentava as situações da vida e orem para receber o Espírito Santo. 74. Leiam capítulos da Bíblia juntos. 75. Façam suas algumas palavras de Jesus, como se Ele estivesse falando com vocês. 76. Parafraseiem ou personalizem textos bíblicos. 77. Estudem um desses livros da Bíblia que são consi-derados como mais difíceis. 78. Dediquem a Deus um novo lar tendo orações em cada quarto da casa e lendo um verso da Bíblia que combine com aquela parte da casa. 79. Leiam a respeito do Céu no Salmo 8. 80. Leiam e comentem Mateus 14:23-33.

Ellen G. White, CASA PUBLICADORA BRASLILEIRA, FUNDAMENTOS DO LAR CRISTÃO, Pag. 172-175