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JORNAL SEMANÁRIO REGIONAL EDITADO EM BEJA E DISTRIBUÍDO NO BAIXO ALENTEJO Gripe das aves: as rotas da doença no Baixo Alentejo Carla Matadinho esteve de visita à Ovibeja “Casamento esperado depois de dois anos de namoro”, explica o presidente da Região de Turismo, Vítor Silva Odemira junta-se à Planície Dourada A Câmara de Odemira vai pedir a adesão do município à Região de Turismo Planí- cie Dourada. A proposta de adesão do concelho foi aprovada na Assembleia Muni- cipal no passado dia 27 de Abril e, agora que já está formalizada, será apreciada pela Comissão Regional da RTPD. P.03 | TEMA OVIBEJA Política Eleições no PSD envoltas em polémica As eleições para distrital de Beja do PSD, realizadas no úl- timo sábado, 29 de Abril, estão envolvidas em polémica, já que Amílcar Mourão garante ter sido reeleito, mas o candidato derrotado, João Paulo Ramôa, impugnou o acto eleitoral por alegadas “irregularidades”. Mourão assegurou ter sido re- eleito com “69 por cento dos votos”, contra “31 por cento” do seu adversário, João Paulo Ramôa. P. 17 | POLÍTICA Ministro da Agricultura não se sente desconsiderado P. 16 ALENTEJO P.23 BEJA Pecuária Feira de Garvão valoriza Porco Alentejano p.04 OVIBEJA p.02 OVIBEJA p.04 OVIBEJA Marques Mendes diz que agricultores têm razão Ribeiro e Castro ataca ministro da Agricultura Realiza-se na próxima ter- ça e quarta-feira, dias 9 e 10, a edição de 2006 da Feira de Garvão, no concelho de Ouri- que. A iniciativa é promovida pela Câmara Municipal e pela Associação de Criadores de Porco Alentejano, raça autóc- tone que continuará a merecer particular atenção durante os dois dias de certame. Durante a feira o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas revela as linhas-mes- tras do Programa de Investiga- ção para o Declínio da Floresta Mediterrânea. P.05| REGIÃO DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 7 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] P. 15 VIDIGUEIRA Manuel Narra quer apostar no turismo semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.05.05 Decisão. Região de Turismo vai finalmente contar com os 14 concelhos do distrito de Beja Inauguração. Presidente da República participou na inauguração da 23ª edição da Feira do Alentejo Ovibeja promete fim-de-semana cheio Cavaco Silva considera a feira alentejana “um marco da identidade do mundo rural português” REGIÃO p.18 DESPORTO João Nabor defende jogadores do Desportivo p.21 GUI’ARTE Festas da Cidade de Beja passam a Festas do Concelho A visita do Presidente da República foi o momento mais alto da Ovibeja 2006, que termina no próximo domingo. Ao longo de toda a semana a capital do Baixo Alentejo tem estado em festa e, no fim-de-semana que se aproxima, muitos milhares de pessoas deverão rumar ao Parque de Feiras e Exposições para aproveitar os últimos dias da feira. P. 02 A 04| TEMA “acessórios de moda y fashion acessories” Castro Verde y Almodôvar brevemente Ferreira do Alentejo pub. 7 JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

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JORNAL SEMANÁRIO REGIONAL EDITADO EM BEJA E DISTRIBUÍDO NO BAIXO ALENTEJO

Gripe das aves:as rotas da doençano Baixo Alentejo

Carla Matadinhoesteve de visitaà Ovibeja

“Casamento esperado depois de dois anos de namoro”, explica o presidente da Região de Turismo, Vítor Silva

Odemira junta-seà Planície Dourada

A Câmara de Odemira vai pedir a adesão do município à Região de Turismo Planí-cie Dourada. A proposta de adesão do concelho foi aprovada na Assembleia Muni-cipal no passado dia 27 de Abril e, agora que já está formalizada, será apreciada pela Comissão Regional da RTPD. P.03 | TEMA OVIBEJA

Política

Eleições no PSD envoltas em polémicaAs eleições para distrital de Beja do PSD, realizadas no úl-timo sábado, 29 de Abril, estão envolvidas em polémica, já que Amílcar Mourão garante ter sido reeleito, mas o candidato derrotado, João Paulo Ramôa, impugnou o acto eleitoral por alegadas “irregularidades”. Mourão assegurou ter sido re-eleito com “69 por cento dos votos”, contra “31 por cento” do seu adversário, João Paulo Ramôa.P.17 | POLÍTICA

Ministro da Agricultura não sesente desconsiderado

P.16 ALENTEJO P.23 BEJA

Pecuária

Feira de Garvãovaloriza PorcoAlentejano

p.04 OVIBEJAp.02 OVIBEJA p.04 OVIBEJA

Marques Mendesdiz que agricultorestêm razão

Ribeiro e Castroataca ministroda Agricultura

Realiza-se na próxima ter-ça e quarta-feira, dias 9 e 10, a edição de 2006 da Feira de Garvão, no concelho de Ouri-que. A iniciativa é promovida pela Câmara Municipal e pela Associação de Criadores de Porco Alentejano, raça autóc-tone que continuará a merecer particular atenção durante os dois dias de certame. Durante a feira o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas revela as linhas-mes-tras do Programa de Investiga-ção para o Declínio da Floresta Mediterrânea.P.05| REGIÃO

DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 7 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]

P.15 VIDIGUEIRA

Manuel Narraquer apostarno turismo

semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.05.05

Decisão. Região de Turismo vai fi nalmente contar com os 14 concelhos do distrito de Beja

Inauguração. Presidente da República participou na inauguração da 23ª edição da Feira do Alentejo

Ovibeja promete fi m-de-semana cheioCavaco Silva considera a feira

alentejana “um marco da identidade do mundo rural português”

REGIÃO p.18 DESPORTO

João Nabor defende jogadores do Desportivo

p.21 GUI’ARTE

Festas da Cidade de Beja passam a Festas do Concelho

A visita do Presidente da República foi o momento mais alto da Ovibeja 2006, que termina no próximo domingo. Ao longo de toda a semana a capital do Baixo Alentejo tem estado em festa e, no fi m-de-semana que se aproxima, muitos milhares de pessoas deverão rumar ao Parque de Feiras e Exposições para aproveitar os últimos dias da feira. P. 02 A 04| TEMA

“acessórios de moda fashion acessories”

Castro Verde Almodôvarbrevemente Ferreira do Alentejo

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ALJUSTREL • ALMODôVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

sexta-feira2006.05.05 02 TEMA OVIBEJA

Feira. Em tempo de crise alguns negócios ressentem-se mas o volume de visitas é alto

Bom tempo ajudae preços desgostam

Os primeiros cinco dias da feira mostraram uma boa afl uência de visitantes. Preços altos nos restaurantes são a principal queixa.

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, manifestou-se surpreendido, mas negou ter sentido desconsi-deração por ter sido desconvidado para a Ovibeja e atribui o facto à existência de más interpretações sobre o pagamento das ajudas agro-ambientais.

“Fiquei surpreendido porque o comendador Castro e Brito tinha estado semanas antes no meu gabi-nete e não me disse que me iria des-convidar através da imprensa”, disse Jaime Silva, no fi nal da cerimónia do 95º aniversário da GNR, em Lisboa, na passada quarta-feira.

Comentário. Jaime Silva reage ao facto de ter sido “desconvidado” para visitar a Ovibeja

Ministro da Agricultura diz que não foi desconsiderado

M aria João Sequeira veio da cidade de Montemor-o- -Novo. Há anos que repe-

te este ritual de vir todos os anos visitar a Ovibeja, acompanhada do marido e dos dois fi lhos. No últi-mo domingo, debaixo de um calor primaveril muito intenso, viu ao pormenor toda a feira. E voltou a gostar.

“Sempre achei a Ovibeja uma bonita festa. É uma feira moderna mas com ambiente”, afi rma Maria João enquanto espera na fi la para comprar um gelado aos miúdos e ouve as melodias espanholas ecoa-das no palco da associação de mu-nícipios.

Este ano a mulher montemo-rense esteve quase para não vir. A vida está complicada e os ordena-dos não esticam. Contudo, “com um tempo tão bom”, acabou por convencer o marido.

“Estou a gostar. Só não gostei do preço do almoço. Nós os qua-tro pagámos quase 27 euros. É um bocado puxado”, lamenta a visitan-te enquanto se põe a fazer contas: “já viu, com os bilhetes, a gasolina, uns gelados e uma comprinha, va-mos daqui de carteira vazia”.

Os preços no restaurantes vol-tam a ser a principal queixa dos visitantes. Apesar disso, a verdade é que o número de pessoas presen-tes nos primeiros dias não baixou. Segundo uma fonte da organiza-

A Câmara Municipal da Vidiguei-ra promove um debate sobre o concelho como destino turístico diferente. É nesta sexta-feira, às 15 horas, com a presença do pre-sidente da Região de turismo Pla-nície Dourada, Bento Rosado, da Gestalqueva, Pedro de Castro, da Adega Cooperativa local, e João Pombo, da Herdade do Meio. O moderador é o presidente da Câmara, Manuel Narra, que fala sobre o projecto numa entrevista que hoje concede ao “CA”.

Colóquio

Vidigueira:um destinodiferente

ção o primeiro fi m-de-semana “foi um dos melhores de sempre”. O imenso Sol terá ajudado e o início do mês também.

Ricardo Violas veio de Mourão e, debaixo de grande chapéu de ca-bedal, ensaia uns passos de dança ao som de Roberto Carlos na zona da entrada principal. Vir à Ovibeja já é uma tradição mas, este ano, se-gundo nos conta, nota a feira “um pouco mais fraca”.

“Eu acho que há menos stands. Tenho essa sensação. E depois, a falta do pavilhão das aves tira um pouco de vivacidade na zona da entrada antiga [pavilhão do Ner-be]”, comenta.

Apesar de tudo satisfeito, Vio-las vinca que a Ovibeja “é mesmo a grande feira do nosso Alentejo”. “Só tenho pena de algumas casas de petiscos tirarem o coiro e o ca-belo à gente. Há bocadinho, com dois amigos, pagámos 15 euros por uma tapa de presunto, um queiji-nho e umas rodelas de chouriço. É caro, não acha?”, pergunta.

Os preços nos restaurantes e nas “tascas” de petiscos parecem ser assim a principal queixa dos visitantes, mas de um modo geral todos apresentam satisfação com o que viram.

A exemplo de anos anteriores a Ovibeja volta a registar enchentes e promete terminar em beleza no próximo domingo. Crianças continuam a ser visita regular nas manhãs da feira

DIA DE PORTO SEGURO Este sábado, 6 de Maio, é o Dia de

Porto Seguro na Ovibeja. A cidade brasileira está presente com um stand e, às 18 horas, a organização apresen-ta cumprimentos à delegação.

“Sou um defensor do diálo-go e espero que esse diálogo acabe por dar frutos”.

Cavaco SilvaPresidente da República

DA WEASEL SÁBADO À NOITE Depois de uma semana inteira de

concertos a “rodada” fecha com os Da Weasel, que deverão apresentar sons do seu último trabalho “Re- -defi nições”.

Na “grande praça” dos muníci-pios esta sexta-feira é dedicada ao Alentejo Serrano, nomeada-mente aos concelhos de Almo-dôvar e Ourique.A partir das 18h30 actuam o gru-po musical “Cantares da Meia Noite”, seguem-se os grupos da Câmara de Almodôvar e o coral de Ourique. As Flores de Maio, de Garvão, e os Psss tó Maxoste, de Panóias, completam o pro-grama musical. Refi ra-se que, ao mesmo tempo, será possível apreciar vários quadros dos pin-tores Manuel Seita (Almodôvar), Carlos Mateus e Manuel Lucas, ambos de Ourique.

Alentejo Serrano

Almodôvare Ouriqueem destaque

“A gripe das aves: origem e risco de contágio para o homem e ani-mais” é o tema do colóquio que terá lugar este sábado na Ovibe-ja. O debate sobre este assunto terá lugar no auditório do Nerbe, com início às 14 horas, e contará com a presença do investigador Mário Carmo e de Rui Perestrelo, da Escola Universitária Vasco da Gama, de Coimbra.Nesta edição do “Correio Alente-jo” apresentamos-lhe uma análi-se sobre o potencial de chegada da doença a Portugal, nomeada-mente à região do Baixo Alentejo. Apesar do elevado risco, segundo especialistas da União Europeia, o nosso país está relativamente preparado para enfrentar uma eventual pandemia da doença. Leia na página 17.

Debate

Colóquio sobregripe das aveseste sábado

“Eu acho que fui desconvidado porque há muita mal interpretação de que não iria pagar agro-ambien-tais; vamos pagar, 92 mil agriculto-res vão receber 95 milhões de euros”, referiu.

“Estive lá no ano passado a dar uma mensagem forte que o Governo aposta no investimento no Alentejo, aposta na produção e o Governo vai continuar a apostar na reconversão do Alentejo e na produção para sa-bermos fi nalmente o que vamos fazer com a água do Alqueva”, acres-centou Jaime Silva.

Castro e Brito, presidente da co-

missão organizadora da Ovibeja, rei-terou que a presença do ministro da Agricultura no evento seria “nociva aos agricultores e ao bom funcio-namento” da iniciativa. O também presidente da Federação das As-sociações de Agricultores do Baixo Alentejo disse ter apenas conheci-mento de um convite formal (para a abertura do certame) dirigido ao ministro Jaime Silva, a 8 de Feverei-ro, não existindo qualquer outra co-municação em contrário.

Castro e Brito afi rma que na data em que foi endereçado o convite “não se previa que o senhor ministro

da Agricultura rompesse unilateral-mente os contratos agro-ambientais que os agricultores cumpriam há mais de um ano”.

O presidente da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) considerou, por seu lado, que o mi-nistro da Agricultura “deixou de ser convidado para todos os certames agrícolas”.

Castro e Brito havia afi rmado no mesmo dia que o ministro não era “bem-vindo” à feira do Alentejo, porque a sua presença poderia “per-turbar o clima pacífi co em que todos querem que a Ovibeja decorra”.

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Balanço. Pequeno incidente com o presidente da Câmara Municipal de Beja marca dia de abertura da Feira

TEMA OVIBEJA 03 sexta-feira2006.05.05

A Câmara Municipal de Odemira vai pedir a adesão do município à Região de Turismo Planície Dourada (RTPD). A proposta de adesão do concelho foi aprovada na Assembleia Municipal no passado dia 27 de Abril e, agora que já está formalizada, será aprecia-da pela Comissão Regional da RTPD.

O anúncio foi feito na quarta-feira, durante uma conferência de impren-sa promovida na Ovibeja, onde o presidente da Planície Dourada, Vítor Silva, sublinhou que este é “um casa-mento esperado depois de dois anos de namoro”, numa referência ao pro-tocolo de cooperação fi rmado entre as duas entidades durante a edição de 2004 da Ovibeja.

Com a entrada de Odemira, a RTPD passa a contar com a totali-

Decisão. Anúncio formalizado na última quarta-feira na Ovibeja

Odemira entra na Planície Dourada

Ovibeja marca pontos

Até meados da semana, a Ovibeja esteve em grande. O fi m-de-sema-na alargado, devido ao feriado do 1º de Maio, “foi excelente”, trans-formando o Parque de Feiras e Ex-posições no habitual mar de gente que faz desta uma das maiores e mais importantes feiras do país. O único senão dos primeiros dias terá sido o episódio que afastou o presidente da Câmara de Beja, Francisco Santos, da comitiva que acompanhou o Presidente da Re-pública no dia de inauguração da feira.

Comecemos pelo primeiro ba-lanço de cinco dias de feira. Em declarações ao “Correio Alentejo”, Castro e Brito, presidente da ACOS, mostrou-se francamente agradado com a resposta das pessoas logo no início da Ovibeja. “Foi muito bom, de longe muito melhor que no ano passado”, reforçou o líder da ACOS que por estes dias tem sido o mais mediático rosto do Baixo Alentejo.

A contabilidade não está ainda feita, mas há indícios do sucesso da edição deste ano. A marca de cerve-ja que detém o exclusivo da Ovibeja, a Sagres, sentiu os efeitos positivos do fi m-de-semana. Só nos primei-ros três dias bebeu-se na Ovibeja metade da cerveja consumida o ano passado em toda a semana da feira.

Irritação presidencial. Um pequeno

Presidente da República visitou demoradamente a Ovibeja, com notada boa disposição

Saúde

Hospital recolhe fundosna OvibejaO Centro Hospitalar do Baixo Alentejo (CHBA) lançou du-rante a Ovibeja a campanha “Vamos colorir... muitas vidas” para recolher fundos que se-rão canalizados na totalidade para a construção de um Hos-pital de Dia. Segundo explica aquela unidade, será “uma estrutura muito vocacionada para o tratamento a doentes oncológicos que não necessi-tem de internamento, mas que exigem condições especiais”. Por exemplo, adianta a mesma fonte, “as sessões de quimiote-rapia são realizadas em Hospi-tal de Dia”.Neste momento, as actuais instalações do Hospital de dia funcionam em gabinetes das consultas externas do hospital, pelo que, segundo a adminis-tração, há a “necessidade de construir novas instalações, mais amplas e dotadas de mo-derno equipamento”.É com o objectivo de contribuir para este objectivo que a Liga dos Amigos do Centro Hospi-talar está recolher fundos para fazer frente aos 500 mil euros que custará o projecto.Estes donativos podem ser feitos no stand do CHBA, na Ovibeja, situado no Pavilhão Institucional, ou então através da conta nº0116983000002, do BPI. Está ainda disponível o NIB 0010 0000 0116 9830 00273.

PAULO NOBRE

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

Presidente da Câ-mara Municipal de Beja não acompanhou visita de Cavaco Silva.

Castro e Brito ga-rante que o primeiro fi m-de-semana foi melhor do que o ano passado.

incidente marcou a inauguração da Ovibeja, deixando irritado o presi-dente da Câmara Municipal de Beja, Francisco Santos, e meio embaraça-do o Presidente da República.

A imensa curiosidade dos jorna-listas e dos muitos convidados para a inauguração da Ovibeja – todos ansiosos por receber Cavaco pela primeira vez como Presidente da República – provocou tamanha confusão à entrada que o presiden-te da Câmara, Francisco Santos, não chegou a cumprimentar Cavaco Silva. Nem sequer houve oportuni-dade de proceder às apresentações.

Lembre-se que, se Cavaco visitou a Ovibeja pela primeira vez empossa-do como Chefe de Estado, também Francisco Santos se estreou como presidente da autarquia.

Este pequeno incidente terá dei-xado Francisco Santos de tal maneira irritado que sem prévio aviso aban-donou a comitiva ofi cial. Durante a visita Cavaco Silva terá perguntado várias vezes pelo presidente da Câ-mara de Beja, principalmente quan-do cumprimentou e trocou algumas palavras com alguns presidentes de autarquias alentejanas no pavilhão institucional.

Fonte da autarquia garantiu ao “Correio Alentejo” que Francisco Santos “desvalorizou completa-mente” o incidente, mas confi r-mou ter existido algum mau estar pelo facto de não ter havido a ha-bitual troca de cumprimentos de-vido à confusão gerada por jorna-listas e convidados. Por outro lado, o autarca anfi trião teria logo após a chegada de Cavaco “um compro-misso inadiável” que acelerou a sua decisão.

Só numa próxima vez Francisco Santos e Cavaco Silva terão a opor-tunidade de se conhecerem.

dade dos concelhos do distrito de Beja. Vítor Silva entende que a me-dida permitirá a ambas as partes “ganhar extraordinariamente com o processo”.

“O litoral é uma grande mais va-lia e, desde logo, Odemira represen-ta para nós um aumento de 50% da capacidade de alojamento”, refere o responsável.

Presentes no encontro com jor-nalistas estiveram também os verea-dores odemirenses Hélder Guerreiro e Carlos Oliveira. Para este último a decisão de entrada de Odemira “vem engrandecer muito a região”.

“Não estávamos orgulhosamente sós, mas à procura de condições para dar este passo. O actual presidente da RTPD soube trabalhar e tocar nos

pontos certos”, frisou.Oliveira lembrou que o retar-

damento desta decisão se deveu, em determinada altura, a questões económicas relacionadas com o re-cebimento do chamado IVA turísti-co e aproveitou para salientar que, “provavelmente, o fortalecimento da RTPD não era visto com bons olhos noutros lados”, embora não tenha querido precisar aonde. “Quem está no sector sabe muito bem”, disse la-conicamente quando questionado pelo “CA”.

Seja como for, na óptica do seu colega de vereação, Hélder Guerreiro, estão agora reunidas condições “para Odemira trabalhar bem numa lógica de parcerias com os restantes conce-lhos da RTPD”.Carlos Oliveira, Vítor Silva e Hélder Guerreiro fi zeram o anúncio

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sexta-feira2006.05.05 04 TEMA OVIBEJA

Inauguração. Cavaco Silva marca presença ao lado dos agricultores

Presidente pede diálogo

O Presidente da República, Ca-vaco Silva, aproveitou a presença na Ovibeja para apelar ao diálogo entre o Ministério da Agricultura e os agricultores, frisando que as di-fi culdades e os desafi os no sector só podem ser ganhos mediante o “entendimento”.

“Sou um defensor do diálogo e espero que esse diálogo acabe por dar frutos. Por isso, a minha pala-vra, hoje, aqui, só pode ser no sen-tido de apelar ao entendimento e ao diálogo entre as duas partes”, frisou Cavaco Silva.

O Presidente da República efec-tuou no sábado, 29, a sua primei-ra visita ao Alentejo, desde que tomou posse, visitando a Ovibeja, no Parque de Feiras e Exposições de Beja.

Cavaco Silva disse acreditar “até à última hora” que é possível os agricultores e o ministério da tute-la encetarem esse diálogo.

“Um Presidente da República não pode pensar que o diálogo não é possível. Tem que acreditar até à última hora”, acrescentou, acom-

Cavaco Silva considera a Ovibeja “um marco do mundo rural” e pediu diálogo entre agricul-tores e ministro da Agricultura.

O líder do PSD, Marques Mendes, acusou o Governo de “teimosia” quanto ao diferendo com os agri-cultores relativamente à suspen-são do pagamento das medidas agro-ambientais, garantindo que, se fosse primeiro-ministro, “já te-ria resolvido a situação”. Luís Mar-ques Mendes falava aos jornalistas durante a visita à Ovibeja, que rea-lizou na última terça-feira.

“Se eu fosse primeiro-ministro já teria resolvido esta situação”, disse Marques Mendes, apelando ao “bom-senso” do Governo para deixar de lado a “teimosia” e ultra-passar o diferendo, pois, defendeu, “os agricultores têm toda a razão”.

Líder do PSD dá razão aos agricultoresQuestionado pelos jornalistas

sobre a forma de ultrapassar este “braço de ferro”, que considerou um “confl ito gratuito, artifi cial e que parece quase uma atitude de vingança”, o líder social-democra-ta limitou-se a apelar para o “bom senso”. “Num sector que precisa de confi ança e de tranquilidade, temos que pôr de lado as confron-tações inúteis como esta. Com bom senso, tudo isto se resolve”, defendeu.

De acordo com Marques Men-des, esta é uma situação “injus-ta” porque, lembrou, “trata-se de compromissos que vêm do passa-do e que o Governo deve honrar”.

Política. Presidente do PSD já visitou a Ovibeja

O líder do CDS-PP, Ribeiro e Castro, acusou em Beja o Governo de ter reti-rado apoios à Feira Nacional de Agricultura de Santarém e à Ovibeja como forma de “retaliação” contra os agricultores.“É lamentável que o ministro da Agricultura tenha cortado os apoios à Ovibeja e à Feira Nacional de Agricultura em Santarém”, disse o líder do CDS-PP, acusando Jaime Silva de seguir “um caminho de retaliação muito deplorável”.Em declarações aos jornalistas durante uma visita à Ovibeja, na passada quarta-feira, Ribeiro e Castro lamentou que o Governo tenha retirado o apoio político e alegados apoios fi nanceiros ao certame, bem como à Feira Nacional de Agricultura de Santarém, agendada para 10 a 18 de Junho.“Este ministro acha que é vingando-se e retirando apoios a certames, como é o caso da Ovibeja, que consegue mostrar que tem razão, quando toda a gente sabe que não tem”, salientou.Renovando as críticas à política de Jaime Silva, que considerou estar a se-guir “um caminho cada vez mais errado”, Ribeiro e Castro reclamou a inter-venção do primeiro-ministro, José Sócrates, que acusou de estar “distraído e pouco atento”.

Política

Um grupo de correspondentes da imprensa estrangeira em Portugal visita hoje e amanhã a Ovibeja. É a primeira vez que um grupo tão signifi cativo de jornalistas estrangeiros virá à feira. Além de encontros com a direcção da Ovibeja e da Fe-deração das Associações de Agricultores do Alentejo, serão também recebidos pelo presi-dente da Câmara de Beja e por diversas entidades regionais. Este grupo de correspondentes representa órgãos de imprensa italianos, catalães, húngaros, alemães e russos.

Visitas

À hora de fecho desta edição, na quarta-feira à noite, não estava confi rmada ou sequer prevista qualquer visita do pri-meiro-ministro, José Sócrates, à 23ª edição da Feira do Alen-tejo. Tal como muitas outras personalidades da vida política portuguesa, o líder do Governo foi convidado pela organiza-ção para visitar a Ovibeja. En-tretanto, ontem, quinta-feira, estava prevista a presença de Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, e do secretário-geral do PCP, Jeróni-mo de Sousa.

Visitas

Ribeiro e Castro “ataca” ministro

Visita de Sócratespor confi rmaraté quarta-feira

Jornalistasestrangeirosvêm à feira

panhado do secretário de Estado Adjunto, da Agricultura e das Pes-cas, Luís Vieira, já que o ministro da Agricultura, Jaime Silva, este-ve em Bragança, Trás-os-Montes, com o primeiro-ministro.

Na visita à Ovibeja, o Presiden-te da República recusou pronun-ciar-se sobre “pontos específi cos” da “divisão” entre o Ministério da Agricultura e os agricultores, mas sublinhou que a sua deslocação ao certame também foi marcada pela “solidariedade”.

“Há também uma questão de solidariedade que me traz aqui. O ano passado foi um ano de seca, muito difícil para os agricultores, e que atingiu, de forma muito forte, a região do Alentejo”, disse.

Por isso, Cavaco Silva conside-rou que os “homens da terra” me-recem um “certo carinho e atenção especial”, pois, apesar das difi cul-dades e de, às vezes não possuírem “meios para as enfrentar”, não têm “fugido à luta”.

Sempre acompanhado de mui-tos responsáveis regionais e de

inúmeros jornalistas, o PR voltou a manifestar o seu “apreço” pelos agricultores e a apelar à “serenida-de e tranquilidade” para que, num mundo cada vez mais competitivo, a “agricultura portuguesa possa vencer os desafi os”.

“A agricultura portuguesa não tem nada a ganhar com diferen-dos acentuados entre os agricul-tores e os que têm a competência de regular e apoiar sector (minis-tério). Nunca fujo a dar o meu contributo e, ao apelar ao diálogo, estou a fazer aquilo que, como Presidente da República, devo fa-zer”, argumentou.

Questionado pelos jornalistas sobre as declarações do presiden-te da Confederação dos Agricul-tores de Portugal (CAP), João Ma-chado, na Ovibeja, de que a sua visita a Beja é um “sinal claro” de apoio aos “homens da terra”, Ca-vaco Silva negou estar ao lado de uma das partes.

“O PR está ao lado de todos os portugueses. Não está ao lado de uma parte contra outra. Não deve-mos esquecer que o ano passado foi muito difícil e isso requer um esforço de todas as partes para que o sector ganhe confi ança”, ar-gumentou.

Durante o seu périplo pela Ovibeja, que começou com um almoço com membros da Associa-ção de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), organizadora do certame, Marques Mendes deixou ainda a sua assinatura numa camisola gi-gante de apoio à selecção nacio-nal de futebol, que vai disputar o Mundial2006.

Depois de assinar a camisola “Força Selecção”, que se encontra no recinto da feira, o líder social-democrata mostrou-se convicto de que a equipa das “quinas” vai fazer “um brilharete” no Mundial2006, que decorre na Alemanha, de 9 de Junho a 9 de Julho.

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), João Ma-chado, classifi cou a presença de Cavaco Silva na Ovibeja como um sinal do “apoio incondicional” do Chefe de Estado aos agricultores portugueses.“A presença do presidente, neste momento, na Ovibeja, é um sinal do seu apoio claro e incondicional aos agricultores portugueses, que têm sido maltratados pela política deste ministro da Agricultura [Jaime Silva]”, con-siderou.João Machado falava aos jornalistas na Ovibeja, depois de o Presidente da República ter visitado o stand da CAP. Considerando o Presidente como “o garante institucional da democracia”, João Machado apelou à intervenção de Cavaco Silva junto do Governo, para ultrapassar o diferendo entre os agricultores e o Ministério da Agricultura.Em causa está a suspensão por parte da tutela dos pagamentos referentes às medidas agro-ambientais (apoios a práticas agrícolas amigas do am-biente). “As coisas estão a tomar um rumo em que o funcionamento da democracia pode estar em risco, porque temos um ministro da Agricultura completa-mente virado de costas para o sector”, disse João Machado.

Medidas agro-ambientais

CAP pede intervenção de Cavaco

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sexta-feira2006.05.0505

Pecuária. Presidente da ACPA sublinha potencialidades do porco alentejano

Porco alentejano podedar mais ao Alentejo

A criação de porco alentejano, e posterior co-mercialização de produtos à base desta raça au-tóctone, é um sector com margem de progressão e que pode “dar muito mais” ao Alentejo. Esta é a opinião do presidente da Associação de Cria-dores de Porco Alentejano (ACPA), sedeada em Ourique, sobre uma actividade em evidente ex-pansão e que ocupa actualmente cerca de 160 mil dos hectares de montado em toda a região.

“Acredito piamente neste sector e creio que ainda muitas coisas vão acontecer à volta disto”, sublinha José Cândido Félix, relembrando que ao contrário das restantes actividades agrícolas, a criação de porco alentejano “nunca viveu de subsídios”. Por isso mesmo, diz, “se o Ministério da Agricultura pretender apostar nesta área, só tem de o fazer e fá-lo bem, pois tem de apostar naquilo que tem futuro e pode trazer mais valias ao país”.

O porco alentejano ocupa cerca de 10% da área ocupada por montado em todo o Alentejo, número que pode, na opinião do presidente da ACPA, “subir até aos 50 ou 60%”. De momento, o Alentejo conta com uma denominação de origem – “Presunto e Paleta do Alentejo” – reco-nhecida nacionalmente, aguardando apenas o reconhecimento por parte da União Europeia. A esta junta-se a Indicação Geográfi ca denomina-da “Santana da Serra I.G.”.

Com o sector a crescer de importância, a Fei-ra de Garvão, que se realiza na terça e quarta-fei-ra, dias 9 e 10, assume cada vez mais um papel de destaque no âmbito da actividade. “É nesta data que se reúne a indústria nacional, é aqui

José Cândido Félix garante que a criação de porco alente-jano pode crescer e “dar muito mais” ao Alentejo.

Feira de Garvão arranca na terça-feira, 9, reunindo no con-celho de Ourique os principais produtores desta raça autóctone.

CARLOS PINTO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

TEMA OVIBEJA

Enquanto presidente da ACPA, José Cândido Félix não dei-xa de criticar a actuação do ministro da Agricultura, sobretudo depois de Jaime Silva ter cancelado o pagamento das ajudas agro-ambientais. “Ainda não tinha conhecido um mi-nistro da Agricultura com uma im-becilidade tão grande”, diz José Cândido Félix, acusando Jaime Silva de não ter sido “sério” quando “mudou as regras do jogo” a meio. Por tudo isto, o presidente da ACPA considera que os agricultores “têm toda a razão em manifestarem-se” e afiança que, de momento, ape-nas restam duas alternativas a Jaime Silva: ou recua ou se de-mite. “Não vejo outra possibi-lidade”, assevera.

Jaime Silva “não foi sério”

Tem início na quinta-feira, dia 11, a nona edição da Olivomoura – Feira Nacional de Olivicultura, que decorrerá paralelamente à 12ª edição da Feira do Bovino Mertolengo. A iniciativa é orga-nizada pela Câmara Municipal de Moura em conjunto com o Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (Cepaal) e terminará no domingo, dia 14. Seminários, provas públicas de azeite, mostras gastronómicas, concursos e animação musical são alguns dos destaques do pro-grama da feira, cuja sessão sole-ne de inauguração está agenda-da para as 19h de quinta-feira. No dia seguinte, 12, realizam-se os seminários “Olivicultura: Em-parcelamento Moura; Emparce-lamento Luz; Regadio” e “Azeite: Qualidade, Distribuição, Marke-ting”, além de um concurso de Bovinos de Raça Mertolenga e da demonstração de maquinaria para olival. No sábado, 13, des-taque para as Jornadas Técnicas sobre a Raça Mertolenga, para o concurso de Éguas Puro-sangue Lusitano e para a apresentação do Projecto “Rotas e Sabores – Roteiro do Azeite”. A IX Olivo-moura termina no domingo, 14, com um espectáculo musical do Grupo de Música Popular Ardila, a que se seguirá a Sessão Ofi cial de Encerramento, em que serão entregues os prémios referentes aos concursos realizados.

IX Olivomoura

Feira arranca quinta-feira

Realiza-se na próxima terça e quarta-feira, dias 9 e 10, a edi-ção de 2006 da Feira de Gar-vão, no concelho de Ourique. A iniciativa é promovida pela Câmara Municipal e pela As-sociação de Criadores de Porco Alentejano, raça autóctone que continuará a merecer particular atenção durante os dois dias de certame.Na terça-feira, vai realizar-se um concurso de rafeiros do Alentejo (10h), a que se seguirá a mesa de preços de porco alentejano para a indústria nacional (11h), um leilão de reprodutores (15h30) e, mais à noite, música com os Psstó Maxoste (22h). Só no dia seguinte, quarta-feira, é inaugu-rada ofi cialmente a feira, numa sessão agendada para as 10h30. Depois, às 11h, realiza-se um co-lóquio que vai sentar na mesma mesa Edmundo Sousa, da Es-tação Florestal Nacional, Graça Serrão, da Estação Agronómica Nacional, e David Crespo, in-vestigador jubilado da Estação de Melhoramento de Plantas de Elvas. Às 13h o secretário de Es-tado do Desenvolvimento Rural e Florestas, Rui Nobre Gonçal-ves, revela as linhas-mestras do Programa de Investigação para o Declínio da Floresta Mediter-rânea, enquanto que à tarde, a partir das 15h, é apresentado o projecto Montaraz de Garvão.

Porco Alentejano

Feira de Garvão nos dias 9 e 10

que vêm algumas empresas de Espanha e é aqui que se aborda um conjunto de assuntos ligados a esta actividade, que são importantes para cria-dores, importantes para a actividade, para a vida das pessoas e até para a vida do concelho”, expli-ca José Cândido Félix, revelando que é durante a feira “que se acerta o preço do porco alentejano para a indústria nacional”.

O presidente da ACPA não deixa, contudo, de vincar a necessidade de maior organização no espaço da feira. “A Feira de Garvão, pelos temas que trata e pela importância que tem, merece que haja um investimento e uma infra-estrutura diferente para a sua realização”, diz.

Projectos e constrangimentos. Sector em nítido crescimento, o porco alentejano está também na base do projecto da Montaraz de Garvão, unida-de fabril de transformação artesanal que deve iniciar a sua actividade no fi nal do ano e vai criar 20 novos postos de trabalho naquela freguesia. O investimento ronda o milhão e 600 mil euros e prevê a produção anual de 5.000 presuntos e 5.000 mãos curadas, além de uma produção se-manal de cerca de cinco toneladas de enchidos.

Associado a este projecto, vai também nascer

o Matadouro do Litoral Alentejano (MLA), que pode servir de complemento à Montaraz de Gar-vão e deverá iniciar actividade em 2007. O mata-douro tem por objectivo o abate de bovinos, su-ínos, ovinos e caprinos e prevê um investimento total na ordem dos 2,9 milhões de euros, criando entre 12 a 14 postos de trabalho.

Estes dois projectos vão de encontro às ne-cessidades de um sector em crescimento, mas José Cândido Félix não esconde que ainda são algumas as difi culdades e os constrangimentos, a começar pelo elevado preço da carne de porco alentejano. “A qualidade paga-se, é certo, mas uma das minhas aspirações é que se concretize um desenvolvimento industrial que possa trazer concorrência de preços e disponibilizar estes produtos a preços mais acessíveis para o consu-midor geral”, deixa escapar.

Outra preocupação do presidente da ACPA é a morte lenta do montado. “Há um problema que neste momento está circunscrito ao Baixo Alentejo, mas que é bastante grave. O que a as-sociação quer é que se ponha alguma coisa em prática. Porque teses, estudos ou números não resolvem nada. É preciso passar da teoria à prá-tica, pois estamos a falar um problema de tal gravidade que pode transformar o Alentejo num

deserto”, vinca.Nesse sentido, o secretário de Es-tado do Desenvolvimento Rural e

Florestas, Rui Nobre Gonçalves, vai revelar durante a Feira de

Garvão, na quarta-feira, dia 10, o Programa de Inves-

tigação para o Declínio da Floresta Mediterrâ-nea, enquanto a ACPA apresentará um livro que reúne o conjunto de trabalhos apresen-

tados sobre o tema na edição de 2005 da feira.

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RETRATO 7 DIASRESUMO DA SEMANA • AS ESCOLHAS DO CORREIO ALENTEJO • OPINIÕES • INQUÉRITOS • IMPRENSA • EFEMÉRIDES • HOJE É SEXTA

1870. Inauguração no Rossio, em Lisboa, da estátua de D. Pedro IV.

1884. Nascimento de Jaime Cortesão, em Ançã. Historiador, membro do movimento “Renascença Portuguesa”, será Director da Biblioteca Nacional de 1919 a 1927.

1975. A Guerra do Vietname acaba.

1536. A Inquisição é instalada em Portugal.

1789. George Washington é empossa-

do no cargo de Presidente dos Estados Unidos da América.

1945. Adolfo Hitler suicida-se em Berlim.

1460. Descoberta das ilhas de Cabo Verde, atribuída a Diogo Gomes e António da Nola, no seu regresso da Guiné (data provável).

1494. Cristóvão Colombo, durante a sua segunda viagem de exploração ao Novo Mundo, descobre a Jamaica.

1898. Nascimento de Golda Meir (1898-1978) em Kiev, na Rús-sia. Foi fundadora do Estado de Israel, sendo primeira-minis-tra de 1969 a 1974.

1911. Criação da Guarda Nacional Republicana, primeiro corpo policial extensivo a todo o país, que substitui as Guardas Republicanas de Lisboa e do Porto.

1924. Tem início em Lisboa o Congresso Feminista e da Edu-cação.

1933. Os sindicatos são proibidos na Alemanha.

1947. O Conselho de Ministros decide promover o Presidente da República Óscar Carmona ao posto de marechal do Exército.

1802. Os Liceus são criados em França.

1907. O jornal republicano “A Luta”, dirigido por Brito Camacho, começa a ser publicado.

1994. Morte de Ayrton Senna, piloto brasileiro de Fórmula 1, em resultado de acidente no Grande Prémio de Imola (São Marino).

q_03 IMPASSE NA REFINARIA.

Monteiro de Barros terá de renegociar as condições do projecto de refi naria para Sines, se quiser ver o inves-timento aprovado. Este é o tom de reacção do Governo ao processo sob análise, da-das as diferenças face ao que foi apresentado no dia 9 de Dezembro do ano passado.

Venho do privado e a vida pública complica-me um pouco os nervos”

Manuel Luís Narra | presidente da Câmara Municipal da Vidigueira“CORREIO AZUL

ANTÓNIO JOSÉ BRITO*

director do CORREIO ALENTEJO*

Boa notícia

C onfesso que durante todos estes anos, desde que existe a Região de Turismo Planície Dourada (RTPD), nunca conse-gui compreender porque o concelho de

Odemira estava de fora. Como é que alguém pode perceber que um munícipio tão extenso de poten-cialidades, e ainda por cima com o nosso mar, não integrasse a região de turismo do seu distrito?

Terá havido razões para essa decisão. Mas creio, francamente, que se perdeu tempo. Em boa hora a actual presidência da RTPD vincou que Odemira tinha de entrar nas contas do Bai-xo Alentejo. E, pelos vistos, de modo ponderado e amadurecido, o executivo de António Camilo compreendeu a inevitabilidade e a urgência des-se passo. Daí que o anúncio formal da chegada de Odemira à Planície Dourada seja uma boa notícia. Numa altura em que o sector enfrenta novos desafi os no Baixo Alentejo e Alentejo Lito-ral, diríamos até que outros concelhos do litoral serão benvindos e reforçarão o quadro da RTPD e desta nossa unidade territorial.

CAVACO APELA AO DIÁLOGO. O Presidente da República, ape-lou, em Beja, ao diálogo entre o ministério da Agricultura e os agricultores, frisando que as difi culdades e os desafi os no sector só podem ser ganhos mediante o “entendimento”. Cavaco Silva falava durante a inauguração da Ovibeja, que visitou demoradamente.

d_30 DOMINGO s_01 SEGUNDA

ACIDENTE GRAVE EM ALVA-LADE. Um morto e um ferido grave é o balanço do despis-te de um motociclo ocorrido na zona de Alvalade-Sado, na Estrada Municipal (EM) 1138. Segundo a GNR, que não soube precisar as idades dos acidentados, a vítima mortal é um homem e o ferido uma mulher.

QUIOSQUE DIA-A-DIA

“EXPRESSO”

Um tenente--coronel da Escola Prática da GNR, presi-dente do seu conselho de administração, Manuel Pinhei-ro, é suspeito

de ter feito vários negócios ilícitos no exercício das suas funções. Uma das empresas envolvidas tem como sócio o chefe da Intendência do Comando-Geral, tenente- -coronel João Pedrosa.

“DiÁRIO DE NOTÍCIAS”

Com um cachecol de Portugal enrolado ao pescoço, José Mourinho celebrou o seu quarto título conse-

cutivo de campeão e deu ao Chelsea um inédito bicam-peonato inglês na história do clube londrino. A visita do Manchester United (3-0) serviu de motivação para uma festa em grande.

“DiÁRIO DE NOTÍCIAS”

O trabalho mudou, o sindicalismo tem que mu-dar. A CGTP e a UGT estão conscientes de que o futuro do

sindicalismo passa por uma alteração das formas de luta, adaptando-as às mudanças entretanto ocorridas na organização do trabalho.

NO MESMO DIA...

s_29 SÁBADO t_02 TERÇA

“PÚBLICO”

Luís Filipe Menezes desafi ou hoje o presidente do PSD, Marques Mendes, a “liderar um mo-vimento cívico nacional contra

o comboio de alta velocidade (TGV) e a construção do novo aeroporto da Ota”, pro-jectos que considerou “um embuste”.

“CORREIO DA MANHÔ

Mais de 948 mil euros foram gastos, entre Janeiro e Março, no pagamento das pre-senças dos deputados

em reuniões plenárias e comissões parlamentares, e na deslocação de deputa-dos residentes em círculos diferentes daqueles pelos quais foram eleitos.

FRASE DA SEMANA

q_04BANCO ALIMENTAR RE-COLHE APOIOS. O Banco Alimentar contra a Fome vai recolher alimentos no próximo fi m-de-semana de 6 e 7 de Maio em 589 lojas de vários pontos do país, estre-ando uma nova modalidade de doações através de vales de compra.

QUARTA

“VISÃO”

A subnutri-ção mata anualmente 5,6 milhões de crianças em todo o Mundo, mas este terrível número é

apenas a face mais visível do problema. Uma em cada quatro crianças (sobre)vive com défi ce de nutrientes. São 146 milhões no total.

QUINTA

OLHÓ BONECO!... ONOFRE VARELA

PLANO CONTRA FOGOS. O ministro da Administração

Interna anunciou em Beja que estarão mobilizados durante o Verão, no distrito, 115 bombeiros e 31 viaturas para o dispositivo de reacção a novos incêndios, podendo esse número ser reforçado com os recursos adicionais dos corpos de bombeiros.

MARQUES MENDES DECIDI-DO. O líder do PSD acusou o Governo de “teimosia” quanto ao diferendo com os agricultores relativamente à suspensão do pagamento das medidas agro-ambien-tais. “Se eu fosse primeiro--ministro já teria resolvido esta situação”, disse durante a visita à Ovibeja.

06sexta-feira2006.04.07

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RETRATO 7 DIAS

NÚMEROAI AA FIGURAVAI A

NEGATIVO TEMPO...

CELEBRA-SEVAI A TEMPO...

AINDA VAI A TEMPO...

“CA” SELECCIONA

a empresa//TrimotorConcessionário Mazda

Parque Industrial

7800 Beja

Gerida por um homem desde há muito ligado ao comércio de automóveis, a Trimotor conse-guiu consolidar a sua presença no mercado graças à qualidade da marca que representa mas, também, à dinâmica e visão empresarial demonstradas na fase de surgimento. Num sector a viver dias complicados, a Trimotor consegue dar provas de vitalidade e dinâmica.

o blog// Improvisos ao Sul

Endereço: improvisosaosul.weblog.com.pt/

Um blog que faz do jazz o seu cenário de fundo e que trata o tema com reconhecida competên-cia. Concertos, editoras, músicos, memórias. Está tudo lá...

o sítio//Escola Secundária de Serpa

Endereço: www.esec-serpa.rcts.pt/

Concebido e realizado por alunos da própria escola, o sítio mostra um leque muito oportuno de temas, quase todos virados para a comunidade escolar. Horários, saídas profi ssionais, departamen-tos e até uma versão do jornal “O Furo”dão vida a um espçao que mostra a escola por dentro e se afi rma como uma ferramenta im-portante para alunos, professores e funcionários.

Vítor SilvaPresidente da Região de Turismo Planície Dourada (RTPD)

Quando ganhou a liderança da RTPD manifestou o desejo de Odemira se juntar aos restantes conce-lhos. Há um ano foi assinado um protocolo de coo-peração e, agora, chega fi nalmente a boa notícia. Vítor Silva tem uma quota muito importante de responsabilidade neste momento histórico.

1.980

PSD de Beja

É realmente lamentável o clima de suspeitas que está criado no seio da distrital de Beja do PSD. Um partido com tanta respon-sabilidade merecia um acto eleitoral menos turbulento, ao contrário do que aconteceu.

António CamiloPresidente da Câmara Municipal de Odemira

Finalmente Odemira junta-se aos res-tantes 13 concelhos do distrito na Re-gião de Turismo da Planície Dourada. António Camilo está de parabéns por ter levado a bom porto uma medida que há muito está a ser amadurecida.

quilogramas por hectare é a previsão do Instituto Nacional de Estatística para a colheita de trigo duro na campanha cerealífera 2005/2006. Depois de um ano arrasador de seca, esta é sem dúvida uma boa notícia para os lavradores. Se Maio não estragar tudo...

FOTO DA SEMANA

Não podemos exigir que cada recanto de uma estrada esteja totalmente asseado, sem ervas e sem lixo. Seria pedir de mais num país com tanta falta de ci-vismo, e que não se importa de abrir a janela do carro e lançar para onde calha a garrafa de água ou a lata de refrigerante. O mesmo se aplica às autorida-des que asseguram a limpeza de bermas e a boa manutenção da sinalização.Mas, às vezes, é difícil aceitar casos como este que apresen-tamos hoje. Num ano de muita chuva e abundante vegetação, a placa que indica a direcção da cidade de Beja, logo à saída de Ervidel, apresenta esta “aper-tada” cintura de ervas de várias espécies.Para o automobilista mais de-satento - e há tantos a circular por aí!! - não deverá ser difícil passar sem ver a placa. Para bem da nossa imagem de região branca e asseada, daqui se apela ao Institudo de Estra-das para tomar as adequadas providências.

HOJE SEXTA.MAIO.2006

05 Dia Mundial da Cultura Lusófona

ALJUSTREL “Pedaços de vida”

A sala de exposições da Biblioteca Muni-cipal de Aljustrel vai ter patente entre os dias 13 de Maio e 9 de Junho uma mostra de trabalhos de António Sem, pseudóni-mo de António Manuel Gonçalves Filipe. “Pedaços da Vida” é o título da mostra deste pintor na vila mineira.

SERPA “Com muito amor e carinho”

A companhia serpense Baal 17 estreia na quinta-feira, dia 11, o espectáculo “Com muito amor e carinho”. A peça, uma co-produção entre a Baal 17 e o Al-MaSRAH Teatro, será apresentada na Praça da Repú-blica de Serpa e conta com a participação de Luís Campião, Marco Ferreira, Pedro Ramos, Rui Ramos, Sandra Serra, Sónia Bo-telho, Susana Nunes, Susana Romão, Telma Saião, Mafalda Oliveira e Vasco Mosa.

POSITIVO

125º dia do ano no calendário gregoriano (126º em anos bissextos) .

Faltam 240 para acabar o ano.

alentejanos da história

Brito Camacho

O médico republicano

Médico e militar, escritor e jornalista, deputado e ministro. Manuel de Brito Camacho foi tudo isto, tornando-se figura de referência nos primeiros pas-sos da República em Portugal. Nascido no Monte das Mesas (Aljustrel) em 1862, estudou em Beja e mudou-se depois para Lisboa, onde abraçou a causa republicana e combateu intensamente o regime monárquico .Fundador do Partido Unionista (1911) e dos jornais “A Luta” (1906) e “In-transigente”, integrou juntamente com Teófilo Braga, António José de Almei-da, Afonso Costa, José Relvas, Correia Barreto, Amaro de Azevedo Gomes e Bernardino Machado o primeiro governo provisório após a implantação da República, desempenhando a função de ministro do Fomento. No início da década de 20 do século XX, já com a patente de coronel, desempenhou o car-go de Alto Comissário da República em Moçambique. Morreu a 19 de Abril de 1932, com 70 anos.

PROVÉRBIOS TEMPO...

POPULAR“Maio pardo e ventoso faz o ano formoso.”

AGRÍCOLA/TEMPO“O Maio me molha, o Maio me enxuga.”

Onde está a placa?

JOSÉ TOMÉ MÀXIMO

07 sexta-feira2006.04.07

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ANÁLISES & OPINIÃO

RECORTES FRASES FEITAS

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografi a)Paginação: Pedro MoreiraInfografi a: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves e Napoleão MiraColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, João Espinho, Jorge Serafi m, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfi co: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]

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Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06Registo ICS: 124.893Tiragem semanal: 3.000 exemplaresImpressão: Gráfi ca FunchalenseDistribuição: VASP e Notícias Direct

O ano não podia correr pior ao futebol baixo-alentejano. A poucas jornadas do fi m do

Nacional da 3ª divisão, o FC Castrense já desceu ao regional e o Mineiro Aljustrelense pa-rece levar o mesmo caminho. Só o Desportivo de Beja está em condições de permanecer numa competição nacional, mas atravesa um período negro ao nível directivo e de fi nanças.

Há anos e anos consecu-tivos que não fugimos a este quadro. O futebol tem a im-portância que tem mas, neste caso concreto, acaba por ser o espelho de uma região.

O pior de tudo isto, a meu ver, é o grosso caudal de dinheiros públicos que são canalizados para estes pseudo-projectos. São algumas autarquias locais que, anualmente, de uma for-ma quase obscena, atribuem chorudos subsídios aos clubes, que depois os gastam em orde-nados e prémios com os seus jogadores.

Os resultados estão à vista. E, pelos vistos, ten-dem a continuar. Muito sinceramente achamos que já é tempo de as autarquias repensarem com-pletamente a sua política de apoios. Chega de doar dinheiro para “poços sem fundo”.

Não será mais justo exigir aos clubes bons pro-jectos de formação e disponibilizar técnicos di-plomados para os conduzir? Não será melhor para todos fomentar as modalidades e exigir aos clubes que apresentem ideias concretas? Não será mais sensato apoiar a promoção de actividades para an-gariar fundos, ao invés de dar o dinheiro de mão beijada?

É fácil perceber que algo vai mal. Mas é difícil compreender porque continua a ir pelo mesmo caminho sem que se note uma fugaz vontade de mudança. O futebol da nossa região não pode viver assente em orçamentos de milhares de euros quan-do há tantas carências noutros sectores.

Cabe às câmaras municipais arrepiar caminho e introduzir rigor neste autêntico desperdício sem benefícios para ninguém.

O futebol da nossa região não pode viver assente em orçamen-tos de milhares de euros quando há tan-tas carências noutros sectores.

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

ponto cardealtradutor-correspondente*

Câmara de eco, não!

A Assembleia Municipal (AM) é, por lei, o órgão deliberativo do município e com-pete-lhe, entre outras matérias, acom-panhar e apreciar a actividade da Câmara

Municipal. Sob proposta da Câmara, a AM aprova também posturas e regulamentos, aprecia e vota as propostas de orçamento e as opções do plano.

Provavelmente poucos são os cidadãos interessa-dos com o que ali se passa. As sessões da Assembleia Municipal de Beja, da qual faço parte, eleito nas lis-tas do PSD, apesar de públicas, são pouco partici-padas pelo munícipes, verifi cando-se que o espaço dedicado a intervenções do público (primeiro ponto da ordem de trabalhos) é, normalmente, utilizado por elementos do BE, que não tem eleitos naquele órgão autárquico.

Também as posições ali assumidas pelas diferen-tes forças políticas (CDU, PS e PSD) que têm assento na AM raramente têm eco na comunicação social lo-cal, limitando-se esta a transcrever ou difundir mo-ções aprovadas, sem que haja um trabalho jornalís-tico que leve até ao público os fundamentos porque esta ou aquela proposta é ou não aprovada. O facto de uma força política (CDU) deter a maioria absoluta naquele órgão, não signifi ca que ali não se promo-va a discussão de ideias e a permuta de argumentos. Porém, tudo isto parece fi car fechado entre paredes e nas actas das sessões.

Assim, ninguém, à exclusão dos eleitos ali presen-tes, saberá que, na sessão do passado dia 26 de Abril, e numa ocasião em que se tinham acabado de pro-clamar louvores à Democracia e à Liberdade, a Mesa da AM tomou a decisão unilateral de não permitir que os eleitos votassem de forma secreta, conforme está previsto no Regimento, em articulado invocado pela bancada a que pertenço, e quando estava em discussão a ratifi cação da atribuição anual, por parte do Executivo, das Medalhas de Honra e Mérito Mu-nicipal a cidadãos e instituições.

Houve uma argumentação, por parte da CDU, que peca por despropositada e que foi seguida à letra pela Mesa: é tradição, em matéria de atribuição de medalhas, haver consenso entre as bancadas, pelo que não fazia sentido estar-se a votar sem que fosse da forma habitual. Isto é, de braço no ar.

E digo que é um argumento despropositado por-que me parece que a tradição não era para ali cha-mada. É um argumento enganador pois trata-se de uma tentativa de catalogar o voto secreto como algo pecaminoso ou, quem sabe, algo de que não se deve

“O problema, o nosso maior problema, reside no facto de os precon-ceitos ideológicos que dominaram a Europa do século passado, e que hegemonizaram a cul-tura em Portugal, cons-tituírem ainda agora o obstáculo à nossa moder-nização assente em bases

racionais e realistas.”

Daniel Proença de Carvalhoin “Diário de Notícias” 02.05.2006

“No mesmo país convi-vem duas economias: uma não pára de crescer e de apresentar resultados - a outra parece condenada ao fracasso e deixa-nos na cauda da Europa em quase tudo, da tecnologia ao en-dividamento, da pobreza à literacia. ”

Pedro Rolo Duartein “Diário de Notícias” 03.05.2006

“Scolari sabe que difi cil-mente achará um país em que, para além de lhe darem 30 mil contos de mão beijada para escolher jogadores, pode desfrutar e manipular uma Imprensa tão dócil e encolhida como a nossa. Isso, somado ao clima, ao número de lagostas que pode comer à beira-mar (...)”

Rui Santosin “Correio da Manhã” 02.05.2006

EDITORIAL

Futebol

sexta-feira2006.05.05 08

abusar.Não vejo em que medida é que o voto secreto,

quando estava em causa a apreciação de um acto do executivo que envolvia méritos pessoais, pode mini-mamente colocar em causa as regras da Democracia ou, até mesmo, aquilo a que usualmente chamamos de consenso.

Eu sei qual é o grande problema de quem defende aquele argumento. É que nos habituámos a que as votações na AM sejam um refl exo das anteriormente efectuadas no executivo. Falando claro: a CDU vota

de acordo com os seus vereadores, o PS faz o mes-mo e ao PSD não restará outra solução que acolher a “tradição”.

Ora, penso eu, não é com este tipo de postura que contam os que nos elegeram. Não será também seguindo cegamente as indicações das máquinas partidárias que aprofundaremos a Democracia. Não é transformando a Assembleia Municipal numa câ-mara de eco do executivo camarário que estamos a contribuir para transformarmos o concelho de Beja, e a região, num lugar mais próspero e desenvolvido.

Seria bom que, em ocasiões futuras, se respeite a voz das oposições e não se abuse de argumentos onde falte o bom senso.

Nota: Não posso deixar passar esta ocasião para uma nota de rodapé sobre as recentes eleições para a Co-missão Política Distrital do PSD de Beja. Mais uma vez, o acto eleitoral foi marcado por trapalhadas e ir-regularidades várias. Não faltam no PSD pessoas cre-díveis e bons quadros técnicos que podem contribuir para o reforço deste Partido no Distrito e, com a sua acção, tornar esta numa região melhor. A continui-dade da actual Direcção é um rude golpe na compe-tência e na credibilidade. E no sonho de fazer do PSD a principal força no Baixo-Alentejo.

Não é transformando a Assembleia Municipal numa câmara de eco do executivo camarário que estamos a contribuir para transformarmos o concelho de Beja

JOÃO ESPINHO*

[email protected]

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ANÁLISES & OPINIÃO

Mal se entra na Ovibeja há ranchos de homens e de mulheres que cantam modas alentejanas. Sobre um pe-queno palco, agarrados de braços

e perfi lados em três ou quatro fi adas, os canta-dores mostram, com o raro entusiasmo de quem conhece um segredo muito antigo e muito res-trito, “o melhor que a cultura alentejana pode oferecer”. O dono das aspas de cima disse--me também que esta ideia de oferecer cantares a quem entra na feira “é a melhor homenagem que se pode prestar ao nosso canto às vozes”. Quem é que pode não concordar com tamanha evidência e tão veemente manifestação de solidariedade?

Ninguém, por certo! Os cantares polifónicos do Alentejo são assim uma espécie de tábua ma-tricial da cultura deste povo que habita para cá das serras de Portel e do Caldeirão. São um bilhe-te de identidade sonoro destas gentes, uma fonte de coesão e de unidade e de diferença. Pelo que escutar modas bem puxadas à entrada da Feira do Alentejo é retemperador. Pelo menos deixa- -nos logo com outra pica, lá isso deixa.

Especialmente se nos conseguirmos abstrair da tal conversa da “homenagem” que ali se quer prestar ao cante. É que na nossa terra quando se pretende homenagear alguém ou algo, como é o caso, cheira logo a velório. E se calhar o que no pequeno palco da Ovibeja se passa com os gru-pos de cantadores - como se passa nas demais demonstrações e desfi les e arruadas de corais - não deixa de ser a exibição mil vezes repetida do fi m anunciado do cante alentejano.

Olhando agora para o estrado, está em mar-cha a actuação de um coral misto com pouco mais de dez unidades. O que, por defi nição, inibe que se atinja o efeito redondo e grave que se defi -niu para o cante aquando do processo de folclo-rização. Ainda assim, os executantes atiram com grande garbo e efi ciência as suas vozes toantes para a assistência fi xa ou para os passantes que os queiram ouvir. A média etária dos cantadores, eles e elas, está seguramente para lá dos 60 anos. Há muito que se fala do envelhecimento incor-rigível destes agrupamentos folclóricos, embora essa não lhes seja uma fatalidade exclusiva.

Mas o facto é que os jovens teimam em não atinar com o cante ou, melhor dizendo, teimam em não se querer ajuntar aos grupos tal como eles existem e funcionam. E essa rejeição, acre-dito, não se deve ao aborrecimento de cantar as vozes. Quem já participou em festas ou em ajuntamentos de malta menos entrada na ida-de sabe que o cante também lhes há-de subir às vozes. E canta-se bem, regularmente bem, ao ponto de se poder dizer que o alentejano tem

sul suave

“Artistas”Nome incontornável da música ligeira portuguesa, Tony Carreira actuou em Serpa, na Páscoa, com concerto marcado para as 24 ho-ras. Às 10 da manhã, o “circo” está montado. Chegam as excursões e as senhoras aprumadas e prepa-radas para longas horas de espera. Lancheira, banco desdobrável, os biberões das crianças, os cartazes, máquinas fotográfi cas. Mais de uma dezena de técnicos prepara desde manhã cedo o concerto do “senhor” Tony, sob o olhar atento do manager, que é seu irmão. Às 20 horas, quando se pediu às senhoras que chegaram nas excursões às 10 da manhã que saíssem do recinto para se poder proceder à verifi ca-ção dos bilhetes é que foi o bom e o bonito. Escusado será dizer que, é claro, não saíram. Começa o ensaio, ainda sem o “senhor” Tony. O entusiasmo é crescente. Já noite dentro, chega o artista e com ele os carros topo de gama de matrícula francesa. Por fi m começa o concerto. Passada uma hora e vinte minutos está termina-do. Anuncia-se a abertura da tenda do merchandising. Seguem-se duas horas intermináveis de autógrafos. Parte o artista. O manager ajuda-o ainda a fazer a manobra do carro. Às 5h30 da manhã os técnicos aca-bam a desmontagem. Ficamos a saber que o conteúdo de uma das caixas carregadas é sufi ciente para comprar um “apartamento em Al-bufeira”. Organizado pela Comis-são de Festas de Nossa Senhora de Guadalupe de Serpa, o concerto foi pago, e muito bem pago, com di-nheiro que se angariou de diversas formas. Mas e quando estes concertos, e não falamos só em concertos, mas em bailados, peças de tea-tro, marionetas, circo, seja ele que tipo de demonstração artística for, são pagos, com o erário público, pelas câmaras municipais, pelos teatros e outros agentes culturais? Os “artistas” de renome, venha ele de onde vier, no caso do Tony será certamente pela legião de fãs que o persegue e não pela quali-dade do seu concerto, enchem as programações patrocinadas pelas autarquias, teatros e centros cul-turais. E paga-se-lhe muito bem. É olhar para as programações das autarquias e teatros do Alentejo. Quem é que lá vai? É quem cobra bem. O importante, percebi eu, é pedir muito dinheiro pelas coisas. Ninguém liga ao grupo de música X ou Y que peça 1000 euros de ca-chet. A não ser que seja necessário conseguir um espectáculo de bor-la, porque já se gastou a verba toda com os “artistas” e, nesse altura, lambe-se as botas ao grupo Y para fazer esse jeitinho. Quanto a mim, naquele dia percebi tudo. É preciso é cobrar muito di-nheiro e montar o circo com todo o aparato. Quem cobra balúrdios e monta o circo bem montado, é porque é bom e passa a ter lugar nas programações das autarquias e dos teatros.

crónica da cidade

PAULO BARRIGA*

jornalista*

O cante e o gelo

O cante apenas resistirá para lá do museu de pessoas em fi la que hoje é (...) quando não for um crime lesa património cantar à alentejana de calças de ganga“

09 sexta-feira2006.05.05

SANDRA SERRA*

*jornalista

CORREIO LEITOR

O elogio da “mine”

A “mine” está para os alentejanos como a sua homónima está para o Rato Mickey. São dois indefectíveis casos de avassaladora paixão.A “mine” é o motivo porque nos reunimos, é um excelente desbloqueador de conversa, acompanhando mesmo qualquer uma, e à me-dida que as vieiras se vão juntando e as grades esvaziando, adensa-se o sururu e o paleio sai mais fl uente.A “mine” é, por esse Alentejo fora, a rainha das cervejas nas ancestrais tabernas que garbosa-mente se recusam a aderir ao modismo impe-rialista. Acompanhada de rigorosa meia dúzia de alcagoitas derramadas ao acaso no tampo de fórmica da taberna do Cagaita, em S. Marcos da Ataboeira, do Zé da Conceição nos Geraldos ou da Cavalariça em Entradas – só para dar ilustrar alguns dos templos onde a consumo habitual-mente - não passa de um acto repetido vezes

Se quer enviar a sua opinião sobre qualquer assunto envie por correio (Rua Dr. Diogo Castro e Brito, 6, 7800-498 Beja) ou por e-mail [[email protected]]

CARTAS | E.MAILVAI A TEMPO...

sem conta, mas para nós, é assim como que uma homenagem à nossa maneira de estar no mun-do, assim como que um regressar a casa, olhar em volta, e dizer para dentro: Sou daqui! A “mine” é uma instituição regional candidata a património da diáspora alentejana. Estandarte simbólico dum povo que se celebra entremean-do o cante com rodadas de vivas lourinhas, que sendo objecto de culto e identidade, também já poderia ser eternizada em forma de monumen-to numa qualquer rotunda da pátria alentejana. Uma “mine” ao lado do coração acompanha a moda com mais sentimento, especialmente se já for para lá da décima.Uma “mine” ao peito em “balhos” de Verão, é o sinal evidente de que os mancebos estão mais interessados neste fresquíssimo romance, do que em aquecer o corpo em rodopios nos braços de qualquer moçoila dançarina. Os seus 20 cl são a dose certa. Há quem a beba de um só gole inundando, de uma vez só, todo um império de sentidos. Outros ainda, prefe-rem-na aos solvinhos, intermediadas de tremoço

ou alcagoita. Dizem os entendidos que é a combinação perfeita!É motivo de aposta, serve de pino em jogo da falha, é prémio para vencido e vencedor, é pífaro de pastor, jarra para única fl or e para qualquer outra coisa que o valha.A “mine” acompanha-nos em tudo e para todo o lado, normalmente em forma de grade, por-que a dose individual mal dá para os prelimina-res.É vê-la nos casamentos, feiras e baptizados. Nas matanças, festanças e outras andanças, até em funerais e outros rituais. Apazigua a dor e o mais que for, faz-nos rir e até carpir, é cura para muitas maleitas, desculpa para outras receitas, razão para comemorar, difícil para conduzir em vias estreitas e sem querer faz-nos rimar.

Napoleão Mira | Carvoeiro

a caixa vocal, o aparelho fonador, talhado para este tipo de emissões sonoras em frequências baixas. Nasce-se com aquilo, é o que é.

Mas por muito evidente que possa parecer, não é a falta de jovens nos grupos que matou ou está a matar o cante. O que fez lerpar a can-ção que é a alma deste povo foi a estagnação, a imobilidade, a falta de criatividade, o passa-dismo. Salvo raríssimas excepções, os grupos cantam as modas de outros tempos, os poemas que ouviram cantar e que, acreditam, passaram de geração em geração por herança oral. O que empurra a coisa para o lado da preocupação. Quando estes agrupamentos se transformam, tão somente, em ofi cinas humanas de preser-vação da memória e não criam novos discursos, quer dizer de facto que o cante gelou. Morreu.

Aconteceu à “linguagem cante” o que talvez tenha acontecido ao Latim. Que é uma língua que se ensina nas universidades do mundo in-teiro, mas que está morta. Não tem uso social, embora não deixem de existir raros conhecedo-res que lhe saibam a gramática, as declinações e os verbos. No cante também é assim, há quem o

saiba entoar, quem lhe conheça os versos mais emblemáticos, quem se vista com o rigor indu-mentário de há 100 anos para cantar as modas que julga ainda mais antigas que o seu próprio fato. Mas o facto é que tal não passa da repe-tição exaustiva e cada vez mais penosa de um cadáver que repousa na arca das memórias ao lado das samarras e dos açafões.

O cante apenas resistirá para lá do museu de pessoas em fi la que hoje é, caso haja uma des-colagem das rotinas costumeiras que os grupos corais impõem com rigidez a si próprios. Quando aparecerem novos letristas que tragam às vozes as novas realidades sociais, económicas e culturais do Alentejo. Quando surgirem novos composi-tores, como o Paulo Ribeiro, que corrompam, no bom sentido, as melodias tradicionais e as façam evoluir para outros caminhos, tal como tem acon-tecido com o fado. Quando não for um crime lesa património cantar à alentejana de calças de gan-ga, blusão de cabedal, sapatilha rasgada ou lá o que for. Quando o cante voltar a ser a coisa mais natural deste mundo tal como ele era quando ain-da era vivo e não pertencia a ninguém.

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O Templo da L.....

Há mais de duas décadas que António Campos trabalha no ramo da óptica, e foi há

cerca de 12 que decidiu apostar num negócio por conta própria quando abriu a Opticastrense Oculista Lda.

“Comecei a trabalhar neste ramo com 21 anos, não por que gostasse, mas porque recebi na altura um convite e fi quei a tra-balhar em Beja, no antigo ‘Central de Beja’, que já fechou. Estive aí durante dez anos e depois resol-vi seguir o meu próprio caminho. Como já tinha tirado alguns cursos de técnico, resolvi abrir uma loja em Castro Verde, porque na altura parecia ser um sítio em expansão. Não me enganei, ainda hoje cá es-tou”, explica.

Dois anos mais tarde o empre-sário conhece aquele que é actual-mente o seu sócio, com quem par-tilha um negócio que entretanto já se estendeu a Aljustrel. Pelo meio tiveram uma loja em Almodôvar, mas esse investimento acabou por não dar resultado.

“Depois de abrir esta loja em Castro Verde, conheci o Renato Baltasar através da Maria José, uma funcionária que trabalha co-migo aqui há dez anos, com quem ele é actualmente casado. Pare-ceu-me ser a pessoa indicada para fazer uma sociedade. Na altura ele estudava Gestão e, depois de ter-minar o curso, trabalhou durante dois anos em Lisboa, na loja da Multiópticas do Rossio, como ge-rente. Ao fi m desse tempo, já bem preparado, veio trabalhar comigo e um ano depois de estar aqui fi z-lhe o convite para ser meu sócio. Foi também nessa altura que abri a loja em Aljustrel. Antes de concreti-zar este investimento em Aljustrel, ainda abri uma loja semelhante em Almodôvar, que não resultou, e acabámos por fechar”, lembra.

Actualmente, a Opticastrense tem ao serviço sete funcionários, que se repartem pelas duas lojas. “Os nossos funcionários têm to-dos formação na área da óptica,

correio comercial

Opticastrense tem projectos para o futuro

DATA DE CRIAÇÃO: 1993 Representante da Multiópticas em Castro Verde e Aljustrel, onde oferece vários serviços na área da optometria e da óptica.

SEDE: Castro VerdeRua Alexandre Herculano, 29- ATelef. :286 320 220 FILIAL: AljustrelAv. da Liberdade, 62- BTelef.: 284 600 120

FUNCIONÁRIOS: Sete

António Campos e o sócio, Renato Balta-sar, conquistaram um mercado próprio em Castro Verde e Aljus-trel, onde têm duas lojas da Multiópticas abertas com sete fun-cionários.

BI DA EMPRESA Opticastrense Oculista Lda. é representante da rede Multiópticas nas vilas de Castro Verde e Aljustrel

Novas apostas se seguemA Opticastrense Oculista Lda. aliou-se há vários anos ao grupo da Multiópticas, sen-do por isso o representante da marca nestes dois con-celhos. António Campos diz que esta foi uma forma que encontrou para conquistar clientes, mas não só. “Hoje em dia é fundamental estarmos ligados a grupos grandes, com nome, que nos possam dar garantias de qualidade e prestígio dos serviços que prestamos e dos produtos que vendemos. Por isso escolhi integrar o grupo Multiópticas, um dos maio-res e mais conhecidos no sector da óptica.” Nas duas lojas comercializa quase todas as marcas, quer ao nível de óculos de sol ou de outros produtos. Quanto ao futuro, António Campos aposta na sua descendência. A fi lha, com 21 anos, está em Lisboa a tirar um curso de técnica ocular, mas quer ainda estudar Optometria. A aposta, segundo admite, pas-sa também pela expansão do negócio.“É evidente que um em-presário tem sempre como objectivo expandir os seus negócios, por isso, o nosso futuro também passa por aí e talvez esteja para breve uma nova aposta”, afi rma.Seguindo a máxima de que o segredo é a alma do negó-cio, o empresário não quis entrar em pormenores. Res-ta esperar para ver onde po-demos encontrar uma nova delegação da Opticastrense Oculista.

um requisito importante para que possamos servir da melhor forma os nossos clientes, e temos também a vantagem de trabalhar em rede, o que facilita bastante o trabalho, mesmo ao nível da gestão de sto-

sexta-feira2006.05.05 10 PUBLI REPORTAGEM

cks”, esclarece António Campos.Quanto aos serviços, a Opticas-

trense oferece o que normalmente se encontra numa loja do género, ou seja, desde consultas de Opto-metria, ministradas pelo próprio

António Campos e pelo seu sócio, que está a terminar a Licenciatura em Optometria, à comercialização de lentes de contacto, óculos e todo o tipo de acessórios e serviços liga-dos à óptica.

CLÁUDIA GONÇALVES

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

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PUBLIREPORTAGEM FEIRA DE GARVÃO 2006 11 sexta-feira2006.05.05

“A Feira de Garvão, realiza-se to-dos os anos, nos dias 9 e 10 de Maio, sendo uma das alturas

do ano em que a vila mais fervilha de alegria e de intensa actividade, que se prolonga por vários dias, à Feira, na entrada da Primavera, que a popula-ção aproveita para as limpezas e caia-ções, para receber as visitas e familia-res que vêm de visita para a Feira.

A ida à Feira, até à década de 60, meados dos anos 70 do século XX, era quase um ritual , era a preparação de um longo ano agrícola, vendia-se o que se tinha para vender, compra-va-se o que se tinha para comprar, de modo a que desse para o ano inteiro; era lá que se matavam saudades, que se reencontravam com a família mais afastada, que se confraternizavam,

Afi rmar a feira e reafi rmar Ourique

Este suplemento que hoje acom-panha o “Correio Alentejo” é dedicado à XII Feira de Garvão, mas, mais do que divulgar, pre-tende questionar, enaltecer, des-cobrir e perspectivar aquilo que futuramente pretendemos para o nosso concelho.Nunca renegando a importante

vertente agro-pecuária inerente ao certame, podemos e devemos explorar novos caminhos e diferentes vias que possam engrandecer e potenciar ou-tros segmentos económico-culturais.A Ovibeja, que termina neste fi nal de semana, deve servir de exemplo para o que pretendemos num futuro próximo. Não desprezando a vertente da sua afi rmação como feira agrícola, soube encontrar ao longo dos anos novas solu-ções para um crescimento sustentado. A Ovibeja é hoje um espaço de agro-pecuária, mas também de turismo, de ne-gócios, de cultura, de tradições, de inovação, de diversão e desporto. É a região concentrando energias e saberes para a sua afi rmação nacional.Não devemos ignorar os bons exemplos!Por isso, queremos que a Feira de Garvão seja, pouco a pou-co, um espaço de reconhecimento e afi rmação das diversas vertentes existentes no concelho e na região.A agro-pecuária e o agro-negócio deram passos importan-tes no nosso concelho. Apesar das diversas difi culdades encontradas e sobejamente conhecidas de todos, o nosso esforço para melhorar o espaço do certame vai poder ser apreciado por todos os visitantes. A implementação e me-lhoria de algumas infra-estruturas tornam-se essenciais para conseguir atingir os nossos objectivos. Queremos uma feira mais organizada, mais apelativa para os diversos sectores, expositores, visitantes e participantes.A qualidade dos colóquios e das actividades agrícolas é re-conhecida pela presença do senhor secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, que vai anunciar ao país um “Plano de Acção para o declínio da fl oresta medi-terrânea”.O licenciamento e o arranque das obras da Fábrica de Transformação de Produtos Artesanais de Porco Ibérico é sinal inequívoco que o caminho está trilhado para o desen-volvimento e consolidação de novos pólos de desenvolvi-mento na área do agro-negócio.Não tenhamos dúvidas, a Fábrica da Montaraz é o primeiro passo para a instalação ou desenvolvimento de outras in-dústrias associadas a ela, seja em Garvão, Santana da Serra ou em outras freguesias do concelho.A XII Feira também vai ser um espaço de divulgação do nos-so artesanato, do nosso património arqueológico e ambien-tal, quer pela presença de expositores, quer pela presença de Entidades regionais e nacionais, que possam, a breve prazo, ser nossos parceiros nas apostas que pretendemos realizar nestas áreas.O certame também deve ser parceiro privilegiado para fu-turos projectos a implementar na área do Turismo, pois a afi rmação da feira é fundamental para uma sustentação dos diversos empreendimentos nas vertentes culturais e patrimoniais.Investir na Feira de Garvão é apostar no desenvolvimen-to do concelho de Ourique! Assim, queremos, ainda neste Quadro Comunitário de Apoio, candidatar o espaço para efectivar um verdadeiro recinto para Feiras e Exposições, devidamente infra-estruturado e projectado para os anos vindouros, para que possamos responder aos desafi os que pretendemos para Ourique.Nunca é demais acrescentar que acreditamos sinceramen-te na afi rmação do nosso concelho nos diversos segmentos da sociedade.Em parceria, com determinação e rigor, podemos de novo acreditar na nossa Terra e nas suas Gentes. A credibilização faz-se diariamente, com pequenos passos, mas com verda-de e justiça, com o apoio de todos aqueles que colocam a sua Terra acima de quaisquer outros interesses.As iniciativas para desenvolver Ourique, independente-mente de quem as promove, vão merecer sempre o nosso apoio e agradecimento, pois estamos cientes que sozinhos o caminho que pretendemos difi cilmente se construirá.Sejam bem-vindos a Garvão e desfrutem da nossa feira !

* Presidente da Câmara Municipal de Ourique

PEDRO DO CARMO*

Feira e festadura dois diasna vila de Garvão

Tradicional Feira de Garvão realiza-se nos próximos dias 9 e 10 de Maio com um programa recheado e grande valorização do porco alentejano, do bovino garvonês e do montado de sobro.

Bovino Garvonês é uma das raças em destaque na tradicional e secular Feira de Garvão

que se trocavam conversas, e actuali-zavam-se as novidades.

Havia na Feira utensílios para to-dos os gostos e feitios, desde os agua-deiros, aos homens das quadras, o carrossel, fi gos e amêndoas algarvias, panos grossos e fi nos de toda a espé-cie, quartas, potes, alguidares, e ou-tros utensílios de barro, era toda ela uma variedade de produtos locais e regionais, manufacturados artesanal-mente, onde não faltavam o albardei-ro, o latoeiro, o abegão, o cadeireiro ou o ourives.

Vinham tendeiros de todo o lado, algumas famílias há já várias gerações, era ponto de honra entre eles respei-tarem o espaço de uns anos para os outros, coisa que por vezes não acon-tecia, gerando-se um pandemónio

dos diabos, só acalmando depois de uma boa discussão, bem acalorada.

A Feira do gado era geralmente nos dias anteriores a 9 de Maio, onde chegavam toda a espécie de gado: re-banhos de ovelhas, manadas de vacas assim como caprinos, toda a espécie de muares; burros, mulas ou bestas, cavalos e éguas, trazidas pelos lavra-dores da região, que num acérrimo despique com os negociantes de gado e ciganos faziam da Feira de Garvão uma das mais importantes desta par-te do Alentejo; não é sem justa causa, que a uma variedade de vacas se deu o nome de Garvanesas.“

Citado do livro Garvão, Herança Histórica, de José Pereira Malveiro

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PUBLIREPORTAGEM FEIRA DE GARVÃO 200612sexta-feira2006.05.05

A propósito do evento anual que é a Feira de Garvão, a qual emerge de tempos ancestrais, somos convidados a pensar um pouco no passado para dizer quanto tal evento continua a ca-racterizar uma região eminentemente ligada à Terra, a manter os seus usos e costumes, e, sobretudo, as suas po-tencialidades de sempre, apoiadas es-sencialmente em coisas simples.

Potencialidades emergentes so-bretudo da estreita ligação das popu-lações ao espaço rural, cuja vivência num habitat campestre lhe proporcio-nou ao longo dos tempos um empíri-co acumular de conhecimentos que se traduz numa forma de estar, sentir e agir que primando pela simplicida-de, se enquadram na perfeição com o meio ambiente e têm vindo a contri-buir para a preservação da natureza e manutenção da produção, sem rejei-tar a pouca inovação oferecida.

E assim chegamos ao presente que, não obstante as dificuldades estruturais conhecidas, teremos que gerir habilmente de forma a não per-der o que de bom o passado nos le-gou, mas sabendo aproveitar os “no-vos ventos”, pois que a força “eólica” sempre é menos poluente e mais económica. Por “menos poluente” nos garantirá não estragar a riqueza incomensurável que os nossos ante-cessores com tantas privações nos deixaram, a qual se consubstancia num meio rural quase virgem, dire-mos. Por “mais económica” nos exi-girá a prudência e bom senso para saber escolher o mais racional, isto é – seleccionar os empreendimentos viáveis e que respeitem quanto de bom existe, tendo embora poten-cialidades para o futuro. Em suma, “coisas simples”, mas eficazes, o que poderá e deverá pôr de lado a “me-galomania”.

Com isto, passaremos à prepara-ção do futuro, que deverá ser melhor e cujas mais valias deverão contem-plar essencialmente as populações da zona. Fazemos votos que assim seja. E os “novos ventos” parecem estar de feição. É preciso abrir as velas, aproveitando-lhes a força produzida, e traduzi-la em riqueza, que, existindo mais abundantemen-te, sempre contemplará todos mais equitativamente.

Queremos, sobretudo, deixar aqui uma ideia de esperança, que também é útil para a criação das sinergias ne-cessárias ao “impulso” que teremos que dar para melhorar o futuro. É que os “novos ventos” já nos trouxeram um movimento associativo na zona dos Campos de Ourique (AACB e ACPA)

Coisas simples entre o passado e o futuro

Refl ectindo o passado para o compreender;

Consolidando o pre-sente para o respeitar;

Preparando o futuro para o melhorar.

que está a fazer meritório trabalho na zona, não só e apenas zelando pelo interesse dos seus associados directo mas também pensando, defendendo e contribuindo para a preservação e melhoramento de todo o mundo ru-ral da zona. Como consequência qua-se directa desse esforço, estão a surgir na zona empreendimentos ligados ao sector industrial de transformação e comercialização de produtos agríco-las de qualidade.

O que estamos a referir são reali-dades que não devemos ignorar se queremos uma repartição futura de benefícios mais equilibrada em bene-fício da zona.

Note-se que tais potencialidades são observadas e quiçá, cobiçadas até no estrangeiro.

Veja-se a quantidade de cidadãos dos Países da Europa Central e Norte que estão a tentar comprar espaços rurais e construir casas de habitação nesta zona.

Saliente-se o projecto já classifi ca-do pela Autarquia de interesse mu-nicipal, e pela Agência Portuguesa do Investimento, como de interesse Nacional, de um grande Empreen-dimento Turístico na Herdade do Campanador, a meio caminho entre Ourique e Garvão, o qual está projec-tado baseado em todos os factores e potencialidades existentes quanto à conservação da natureza, cordialida-de das populações, estabilidade do País, proximidade relativa a polos de desenvolvimento como Sines, aero-porto de Beja e auto-estrada do Sul com ligação fácil a Espanha, por se concluir assim ser este o local certo para um empreendimento que pas-

sará a oferecer uma boa qualidade de vida pelo que a sua concepção passa-rá por edifi cações perfeitamente in-tegradas no meio ambiente com total respeito pelo arvoredo existente que se está a melhorar e se pretende am-pliar, procurando trazer para o local pessoas com poder económico que possam contribuir para o desenvolvi-mento local.

Temos também o dever de deixar uma palavra de apreço e solidarieda-de para aqueles que, estando à frente da entidades e organismos públicos e privados, se vêm quase sempre so-zinhos no trabalho e são regra geral injustamente mal tratados, pedindo--lhes que não desistam dos seus sãos propósitos.

Concluindo, são “coisas simples” que, realizadas com convicção po-dem mobilizar vontades, interesses e criar sinergias capazes de criar condi-ções de desenvolvimento económico-social.

“Coisas simples”, como tem sido a Feira de Garvão, que poderá e de-verá sempre e para o futuro aliar as suas ancestrais características à necessária inovação que seja ade-quada à realidade do status econó-mico-social da zona, sem cair em ficções irrealizáveis.

Terminamos com votos de espe-rança e a promessa de que conti-nuaremos com o nosso paulatino mas discreto trabalho em prol do desenvolvimento da zona e que o futuro empreendimento turístico do Campanador será uma realida-de, contribuindo na sua medida também para um melhor futuro para todos.

Empreendimento. Herdade do Campanador vai ser uma realidadeCIDADÃO. MINI-ENTREVISTA

CIDADÃO. MINI-ENTREVISTA

É natural de Garvão?Nascido e criado. Nasci no dia das festas de Garvão que antes eram em Setembro.

Sabemos que tem uma colecção dos cartazes, panfl etos, entre outras coisas. Como é que co-meçou esta colecção?Foi o meu pai que começou a fazer esta colecção. Ele sabia tudo o que acontecia em Garvão.

Quando é que o seu pai começou esta colecção?Desde 1933.

O Senhor deu-lhe continuidade?Sim, com muito orgulho.

O peso da tradição deve de prevalecer em relação a data 9 e 10 de Maio ou passar por exemplo ao 2º fi m-de-semana do mês de Maio?Não, acho que se devia manter a tradição.

Que impacto acha que a feira traz a Garvão?É um bom impulsionador para o desenvolvimento da vila.

Qual a sua opinião sobre os artistas que vêm actuar na feira?Acho bem, penso que é um impulsionador para o desenvolvimento da vila de Garvão.

Os artistas deveriam ser locais?Os artistas que vêm cá são um pouco exagerados. Acho que se deve-ria apoiar os artistas locais.

Na sua opinião, a feira está melhor que antigamen-te?Gostava que se mantivesse a tradição.

O que falta na feira de Garvão?A feira agora está melhor que antigamente. Penso que deveria haver mais publicidade e mais atractivos, para que as pessoas de outras regiões venham à feira.

É natural de Garvão?Nascido e criado.

Tem acompanhado a feira de Garvão?Todos os anos.

A feira esta melhor ago-ra ou antigamente ?Agora está muito melhor.

Na sua opinião, o que falta para tornar a feira de Garvão mais atractiva?Nada, tem tudo o que é preciso para uma feira.

O peso da tradição deve de prevalecer em rela-ção a data 9 e 10 ou passar por exemplo para o segundo fi m-de-semana de Maio?Sim, acho que deveria ser sempre ao fi m-de-semana.

Porquê?Porque traz muita gente à feira.

Acha que a feira tem a mesma afl uência que antigamente?Antigamente vinham muitas mais pessoas.

O que é que deveria mudar na feira?Não deveria haver tourada nos dias de feira, tira pessoas à feira.

Otílio Francisco, Garvão - 70 Anos

José Joaquim Teresa, Garvão - 78 Anos

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13PUBLIREPORTAGEM FEIRA DE GARVÃO 2006 sexta-feira2006.05.05

“Apesar de se desconhecer a antiguidade da Feira de Garvão, esta terá surgido da necessi-dade dos povos vizinhos ali se juntarem para trocarem os seus produtos.” Citado do livro Garvão, Herança Histórica, de José Pereira Malveiro

As primeiras feiras eram realizadas pró-ximo da Estação na Varzéa do Arzil, junto à ponte de Garvão. Sendo desconhecido no entanto, a data e o motivo da mudança de local da Feira.

Havia comboios com preços especiais, para cativar os turistas a visitar a Feira de Garvão.

Vinha um comboio cheio de loiças, algui-

Origem da Feira de Garvãodares e potes de barro para serem vendidos na feira.

Os lavradores vinham dois ou três dias an-tes para aproveitarem a feira de Garvão.

Vendiam-se molhos de feno para as pes-soas que vinham comprar gado.

Era tradição a população colocar junto das portas junco para cheirar bem.

Havia cinema ambulante com fi lmes por-tugueses e também não podia faltar o circo.

Nessa altura era feita a matança da vaca para abastecer a população.

As raparigas solteiras estreavam vestuário novo nos dias da feira para se embelezarem.

Uma semana antes do início da feira já a vila transbordava de visitantes.

*professor

crónica

Feira de Garvão

Há feiras de Verão. São feiras feitas de pó, de suor e de sol, onde os cestos de vime es-talam estrangulados pelo calor, onde ho-

mens feitos só sobrevivem agarrados a cervejas frescas pequenas em balcões à sombra.

Há feiras de Outono. São feiras feitas de azei-tonas novas e formigas de asa, onde as botas ca-neleiras anseiam pelo sebo, onde fi gos secos se abrem para que as amêndoas descascadas se ca-sem com eles.

Há feiras de Primavera. São feitas de verde, de borboletas e dias grandes, onde o azul do céu vem passar dois dias, onde as searas e as serras se encontram no artesanato, no polvo assado e na tourada.

A feira de Garvão faz-se na Primavera já madu-ra. O ventre da terra já cá pôs fora ovos e casulos e pássaros e borregos. As nuvens estão de abalada e o mercúrio dos termómetros sobe, puxado pela mania quente do tempo.

Quem vem à feira de Garvão não vem pelo alcatrão das estradas, vem sim pisando a passa-deira de fl ores de todas as cores que a feira esten-de aos visitantes, um manto roxo de princesa no chão, desde Beja, desde Odemira, desde Monchi-que, desde Alcácer do Sal, um oiro pegado.

A feira fi ca alta. Se calhar foi para ela tentar ver o mar que a fi zeram aqui no alto da Sardoa. Foi por pouco.

Quem chega do lado de Ourique encontra um dos princípios da feira, um fi o da meada das co-res e dos cheiros. Ali estão os animais. Uns de lã, outros de grunhidos, outros de leite, descansan-do nos seus leitos de palha, presos nas cercas de tábua, fazendo, por causa da exposição, um inter-valo nas ervas do campo e no silêncio dos mon-tados. São alma e carne desta terra, princípios de gastronomia e essência da gente. E também há animais de crina, de portes magnífi cos, de belas montadas, de fi nezas de trote, de o cavaleiro to-car as esporas e beber vento a galope.

E há tractores com braços e dedos de ferro, im-pacientes, à espera da pele morena da terra. E há barracas de farturas e por todo o recinto fartura de barracas.

À hora de almoço a fome mata-se no carvão em brasa e as batatas fritas são o eterno destino dos frangos assados. As cervejas frescas, arranca-das ao gelo, são ribeiras com espuma galgando as margens secas das goelas que se afi nam para o baldão e para o despique.

Os expositores são a modernidade da feira, a formação e a informação perspectivando e acau-telando o futuro.

Na tourada, na arena pura e dura, com o mun-do dividido em sol e sombra, ao ritmo de pasos dobles, abraça-se o passado, pega-se a tradição pelos cornos, derrama-se sangue na arena e transfere-se a virilidade do touro para o tourei-ro, para os forcados, para o público, para a feira toda. Olé.

Os ciganos trazem a feira no corpo. Amam--na numa dimensão de pátria. Ela é o seu país, o seu território A terra prometida. E eles, ca-valgando éguas e machos, cuidam dela com os seus cajados.

As barracas alinham-se na descida, são con-certos de lenga-lengas, foguetórios de cores, desafi os de preços. Martelos e peúgas, alfaces e calças de ganga.

Vem gente de todo o lado e nos sapatos e na pronúncia trazem a passada da Amadora, os bar-ros de Beja, a areia da Zambujeira, o correr do Guadiana, os cabelos loiros da Alemanha.

A feira de Garvão é um caldo de emoções e de gente temperado com poejos e hortelã da ribeira.

VITOR ENCARNAÇÃO*

Um concelho a descobrirSantuário de Nossa Senhora da Cola (Sec. XVII)Da idade do bronze, com vestígios do castelo, povoação a que chamavam Marchicão e cerca muralhada. A imagem venerada é a Criada.

LOCAIS A VISITAR

Santana da Serra Localizada nos contrafortes da Serra do Caldeirão, é o ponto de partida ideal para um pequeno passeio de descoberta do Baixo Alentejo. Santana é um local de tradições, onde o novo e o tradicio-nal se conjugam, desde o fabrico do pão, os seus moinhos, o fabrico de mel, aguardente de medronho, ao artesanato (cortiça, madeira e rendas), esta é uma das terras de maiores tradições.

Garvão Foi Priorado da Comenda da Ordem de Santiago e sede de Comarca, tem uma importância a nível Histórico de grande valor, tendo ocupação permanente há mais de 4 mil anos. Esta vila é também conhecida pelas suas tradições, sendo a Feira de Garvão ( realizada a 9 e 10 de Maio ), a mais importante, mantendo os traços vivos de uma ruralidade numa atmosfera de outro tempo. Garvão, tem também nas sua tradições muito do pa-trimónio etnográfi co e cultural do nosso concelho.

Alcarias e Conceição São dois preciosos exemplos de arqui-tectura tradicional, e que estão ligados às formas de habitar no mediterrânico. Entre na Conceição e nas Alcarias sem pressa e respire a atmosfera árabe, trans-forme-se em observador de cataventos e sinta o bom acolhimento destes lugares aos seus visitantes, sendo a tradição das suas chaminés outro dos chamariz desta terra.

Santa Luzia Esta terra, desde sempre, esteve ligada a Garvão, tem como Orago Santa Luzia, pa-droeira e protectora dos olhos, a quem se atribuem curas milagrosas. A igreja tem o seu nome. A festa de Santa Luzia realiza-se no 1º fi m de semana de Julho. Mas não deixe de passar no imponente moinho de vento e pela Igreja Matriz.

Panóias Pane, panis, o pão. O seu orago é S. Pedro, teve foral dado por D. Afonso Henrique em 1255. A festa de Panóias realiza-se no 2º fi m de semana de Julho e a de S. Romão no 2º de Agosto. No Baixo

ARTESANATO E TRADIÇÕES

Doçaria Doce de abóbora e fi go (Freguesia de Pa-nóias); Pão só e bolo de mel (Santana da Serra); Pudim de ovos (Garvão); Pastéis de Batata Doce (Garvão); Bolo de Bolota (Garvão); Nógados (Santana da Serra).

Produtos tradicionais Pão; Enchidos; Mel; Aguardente de me-dronho (Santana da Serra); Azeite; Queijo de cabra, curado ou fresco, bem como o requeijão; Queijo de ovelha.

Gastronomia Ensopado de borrego; Caracóis com poe-jos e orégãos; Gaspacho; Açorda alente-jana; Sopas de tomate; Jantar de feijão e grão; Porco preto.

GASTRONOMIA

Alentejo é tradicional a História da noiva de Panóias. Chama-se noiva de Panóias à mulher que demora muito tempo a ataviar-se (arranjar-se), para depois aparecer toda desarranjada. Esta estória é em recordação a uma noiva que demorou três dias e três noites a vestir-se para o casamento e apareceu embrulhada numa esteira.

Ourique Ourique é uma vila de saberes, fazeres, artes e cultura, que foi sendo criada ao longo da História. Em termos culturais a Vila guarda ainda famílias de tocadores ( na Aldeia Nova, Barragem do Monte da Rocha) da viola campaniça, são corais polifónicos que perpetuam sons que se juntam ao cante. Uma das tradições é a desgarrada (pessoas que cantam a des-pique). Também o Folclore e os Grupos Corais são artes perpetuadas pelo tempo.Outra das artes é a construção de cadei-ras em buinho e do mobiliário tradicional alentejano.

Torre do relógio (Sec. XIX)Em Ourique, arquitectura civil na tradição das torres de igreja do período Barroco.

Igreja de Garvão e Igreja Matriz de Garvão (Sec. XVI)Arquitectura religiosa maneirista, tendo também para visitar o depósito votivo.

Igreja de Santana da Serra (Sec. XVI)Dedicada a Santa Anna, esboçando uma imitação do estilo barroco, no seu exte-rior é visível os Botaréus.

Igreja da Misericórdia de Ourique (Sec. XVI)Arquitectura religiosa Maneirista, Barroca e Rococó. Talha dourada e policromada.

Ermida de S. RomãoLocal emblemático da freguesia, ermida de S. Agostinho, fundador do conven-to do Salvador, próximo de Mértola. Tradicionalmente diz-se que o santo foi sepultado nesta ermida, onde é festejado o 28 de Fevereiro. A visitar também a igre-ja de S. Romão e a Barragem do Monte da

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14sexta-feira2006.05.05 PUBLI REPORTAGEM FEIRA DE GARVÃO 2006

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1515 sexta-feira2006.05.05

MANUEL L. NARRA

O presidente da Câmara de Vidigueira, Manuel Luís Narra, quer transformar o concelho num novo destino turístico no Alentejo, mas sem repetir os erros do passado. Espanha é o mercado preferencial.

Vidigueira aposta no Turismo

CARGO: Presidente da Câmara Municipal de Vidi-

gueira

PERCURSO: Funcionário da Caixa Agrícola desde 1987, integra os quadros da institui-ção a partir de 1994. Foi gerente do balcão de Ficalho entre 2000 e 2005.

NOME COMPLETO: Manuel Luís Narra

IDADE: 42 anos

NATURALIDADE: Porto Amélia (Moçambique)

“Temos muito para crescer” Manuel Luís Narra é presidente da Câmara Municipal de Vidigueira

há pouco mais de seis meses. Meio ano de mandato cujo balanço é “positivo”, apesar de ser uma experiência “totalmente dife-rente” daquilo que o autarca fazia anteriormente em termos profi ssionais. “Venho do privado e a vida pública complica-me um pouco os nervos. No privado, há dinheiro e fazemos as coisas. Aqui, há dinheiro, mas temos uma série de proce-dimentos e uma coisa que devia estar feita em 15 dias demora três meses”, revela.

Garantindo ter encontrado a autarquia vidigueirense numa “situação estável” e “controlada”, Manuel Luís Narra não esconde o optimismo relativamente ao futuro. “Temos muito para crescer, temos muito para investir, temos muita coisa para fazer”, sublinha o autarca, que faz, contudo, questão de vincar não possuir um plano estratégico para o concelho. “Ter um plano estratégico é atirar areia para os olhos das pessoas. Não faz sentido existirem planos estratégicos de desenvolvimento para um concelho, senão houver um plano estratégico de desenvol-vimento de uma região. E neste momento, o que temos no Alentejo? Zero”, conclui, não escondendo algumas dúvidas relativamente ao próximo Quadro de Referência Estratégico Nacional, que vigorará entre 2007 e 2013.

CARLOS PINTO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

GRANDE ENTREVISTA

Em entrevista ao “CA”, o presidente da Câmara de Vidigueira garante que quer transformar o concelho num destino

turístico. Para tal, Manuel Luís Narra vinca a necessidade de aproveitar os produtos de excelência do concelho e, simultaneamente, tirar partido das potencialidades originadas pela proximidade de Vidigueira a dois dos empreendimentos estruturantes do Alente-jo, Alqueva – através da barragem do Pedró-gão – e aeroporto de Beja.

Como transformar a Vidigueira num destino turístico diferente?Queremos transformar realmente o nosso concelho num novo destino turístico. Di-ferente porque não queremos repetir erros passados no nosso país de quem se quis transformar em destino turístico. E porque queremos aproveitar as novas potenciali-dades da barragem de Pedrógão, que vem abrir um novo leque na oferta de destino turístico.

Mais do que uma miragem, o Turismo no con-celho de Vidigueira pode, portanto, ser uma realidade a curto-prazo?Que ninguém imagine que o Turismo vá ser a salvação do Alentejo. Continuo a acredi-tar que a principal fonte de rendimento dos alentejanos será a agricultura. O Turismo acaba por ser um complemento e há vários braços no meio desta economia regional que, bem explorados, farão com que o nos-so Alentejo tenha muito mais futuro que actualmente.

A Vidigueira pode benefi ciar muito com os chamados projectos estruturantes do Alentejo, nomeadamente Alqueva e aeroporto…Claro. Continuo a acreditar que o concelho de Vidigueira, depois de Beja, é aquele que mais potencialidades têm para se desenvol-ver. Além do mais, temos a grande vantagem em relação aos outros de termos uma mar-ca de qualidade. A nível nacional, quando se fala de Vidigueira associa-se de imediato ao vinho. E em termos internacionais, temos uma fi gura conhecida mundialmente que é Vasco da Gama.

E como aproveitar isso?Através de parcerias com os privados. Isso é fundamental. Estamos a abrir a esses produ-tores espaço nas montras onde vamos estar presentes. Estivemos este ano na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e para o ano vamos estar na Feira de Madrid (Espanha). Se não houver um investimento forte na divulgação, acabamos por passar despercebidos no meio de tanta oferta. Por isso fomos para a BTL e iremos também a Madrid, porque o nosso grande mercado actualmente é o espanhol.

Qualidade em detrimento da quantidadeApostam no turismo dito de qualidade e não no turismo de massas?Apostar no turismo de massas como se fez no Algarve é matar o Alentejo. Podemos ter um turismo de qualidade, apontando para um alvo médio-alto. São pessoas com algu-ma capacidade fi nanceira e que estão dis-postas a vir aqui, à procura da tranquilida-de, deixando por cá algum do seu poder económico.

O Turismo de Natureza é também uma ver-tente a explorar?Claro. Existem nos nossos serviços técni-cos que estão a desenvolver algumas rotas. A par disso, temos as ruínas de São Cucu-fate, que não ficam em nada atrás de Co-nímbriga.

Vão surgir novas iniciativas no sentido de captar mais turistas e visitantes?Vamos criar feiras temáticas, mas não que-remos um concelho a crescer a dois tempos. Por isso temos na Vidigueira [a feira] “A pão e laranjas”, em Vila de Frades a “Vitifrades” e em Pedrógão iremos

criar uma feira virada para o rio e para a pesca, um pouco à imagem do que sucedeu em Mértola, no Pomarão. Em Selmes será [dinamizada] uma feira dedicada à caça.

Estão previstos investimentos no concelho para o sector turístico?Há um grande investimento previsto para esta área e para explorar o que temos de me-lhor, o vinho. Temos uma proposta a rondar os 20 milhões de euros para uma nova ade-ga. Quem quer investir é o grupo Sogrape, mas na herdade onde têm as vinhas é tudo Reserva Ecológica Nacional (REN). A partir daí não podem fazer nada.

Há muitos constrangimentos do género?Estamos numa fase crucial de nos po-

dermos implantar em termos de Tu-rismo e também em termos do de-

senvolvimento do próprio Alentejo. Ou temos a capacidade de fazer uma revisão total do ordenamento do território ou o Alentejo não tem futuro. Se [os planos] não forem todos modificados e se tornarem

mais maleáveis, as restrições são tantas que por muita vontade que tenhamos de crescer vamos ter sempre obstáculos.

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POLÍTICA > estado | parlamento | justiça | câmaras municipais | juntas de freguesias | instituições ] • SOCIEDADE • SAÚDE • URBANISMO• TECNOLOGIA • ENSINO • EMPREGO • OPINIÕES

Vacina pode surgir até fi nal de 2006O grupo farmacêutico Glaxo SmithKline anunciou que divul-gará no Verão os resultados dos ensaios clínicos de uma vacina humana que desenvolveu con-tra o vírus da gripe das aves. Este laboratório britânico disse tam-bém que irá multiplicar por 15 este ano, para 15 milhões de do-ses, a produção do seu antiviral Relenza, medicamento usado a par do Tamifl u, do grupo suíço Roche, para tratar uma eventu-al pandemia de gripe de origem aviária.A GlaxoSmithKline foi o primei-ro laboratório a apresentar um pré-dossier de acordo à Agência Europeia dos Medicamentos (EMEA), visando obter o mais rapidamente possível uma au-torização de produção se os seus ensaios forem conclusivos.Este grupo farmacêutico pen-sa poder produzir uma vacina contra a gripe das aves antes do fi m do ano.

Operíodo estival, marcado pela migração de muitas aves selvagens, volta a ser

uma época com potencial alto para a chegada da gripe das aves a Portugal. No caso do Baixo Alen-tejo, as rotas dessas aves têm como destino as grandes zonas húmidas, nomeadamente albufeiras como Alqueva, Roxo, Santa Clara e Monte da Rocha, ou a Lagoa de Santo An-dré, no Litoral Alentejano.

Neste momento, contudo, não há razões para qualquer alarme e os mecanismos de prevenção da doença estão aparentemente afi -nados. Recentemente especialistas do Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC) mostraram-se “bem impressiona-dos” com o plano de contingência português para a gripe das aves, embora tenham recomendado uma maior coordenação a nível regional.

“No geral, fi cámos bem impres-sionados com o plano português. A forma como foi feito é muito transparente e torna-o fl exível e bem sustentado. Não encontrámos grandes pontos de preocupação”, afi rmou Johan Giesecke, líder da equipa de missão da ECDC.

Os membros da equipa que está a proceder a uma avaliação ex-terna dos planos de contingência elaborados pelos diferentes países da União Europeia considerou vários aspectos positivos no plano nacional, salientando nomeada-mente a “forte liderança e grande dedicação” dos profi ssionais da Di-recção-Geral de Saúde (DGS), que combinam “um alto nível de con-hecimentos técnicos e experiência prática”.

De acordo com o ECDC, a boa cobertura de vacinas para a gripe sazonal existente no país propor-ciona uma base estável para a vacinação durante uma eventual pandemia. A estratégia de comu-nicação, em particular a linha tel-efónica sobre a gripe das aves e a página na Internet, assim como

Albufeiras de Al-queva, Roxo, Rocha e Santa Clara são zonas de risco no Baixo Alen-tejo.

Especialistas di-zem que Portugal está preparado para dar resposta à chegada da doença.

Risco. Chegada de aves selvagens na época estival aumenta potencial de chegada do vírus da gripe das aves

Preparados para a gripe

MESTRADO NA ADPM A Associação de Defesa do

Património de Mértola apresenta hoje em conferência de imprensa um Mestrado em Economia Re-gional e Desenvolvimento Local.

MÉRTOLA CONTESTA FECHO DE ESCOLAS O Conselho Municipal de Educação de

Mértola decidiu “por maioria” contestar o fecho de escolas de Alcaria Ruiva, Santana de Cambas e S. Pedro de Sólis. A medida vai de encontro à posição da autarquia.

DEBATER A SIDA NO PAX JULIA O Teatro Municipal Pax Julia, em

Beja, recebe hoje e amanhã as Jor-nadas Nacionais da Infecção HIV/sida. Especialistas e profi ssionais de saúde debatem o problema.

Hospital de Beja

O bloco operatório do Hospital de Beja esteve parcialmente encerra-do na semana passada – quinta e sexta-feira – devido a uma avaria no sistema de climatização. As cinco salas voltaram a “funcionar normal-mente” ainda no dia 28, “apesar de continuar a vigilância e a monitori-zação do sistema de climatização”.Em declarações à agência Lusa o presidente do conselho de adminis-tração hospitalar, Rui Sousa Santos, confi rmou a situação, explicando que todas as cirurgias programadas tinham sido adiadas, estando ape-nas a ser asseguradas as operações de urgência.A fonte hospitalar adiantou ainda que a avaria no sistema foi pro-vocada por um “curto-circuito no piso técnico”, o que levou à falha do equipamento de climatização e ventilação no bloco operatório.No comunicado do CHBA, divulga-do quinta-feira, 28, é referido que, nos últimos quatro meses, desde a inauguração do novo bloco opera-tório, remodelado e ampliado, têm sido detectadas “algumas defi ciên-cias” nas instalações. O bloco ope-ratório do Hospital de Beja, reaberto em Dezembro, veio substituir o an-terior, sem condições apropriadas, com salas que apresentavam gran-des defi ciências em termos de equi-pamento e do tratamento do ar.

sexta-feira2006.05.05 16 VIDA ACTUAL SOCIEDADE

Bloco operatórioesteve encerrado

a criação de um sistema único de informação que integra dados de diferentes fontes como prescrições médicas e admissões hospitalares foram outros aspectos considera-dos positivos pela equipa.

Questionado pelos jornalistas, o especialista do ECDC desvalorizou o estudo publicado este mês na re-vista científi ca “The Lancet”, que considerou Portugal como o país menos preparado para enfrentar uma eventual pandemia da gripe das aves entre 21 países europeus analisados.

Algumas fragilidades. A equipa de missão apontou, contudo, algumas fragilidades no plano nacional, so-bretudo no que diz respeito à co-ordenação dos diferentes planos regionais. Na opinião do ECDC, deve haver mais diálogo entre as várias autoridades regionais de saúde, “que, dessa forma, podem aprender umas com as outras”, de-vendo igualmente apostar-se na realização de exercícios de simu-lação a nível local.

A desigual distribuição de médi-cos e recursos clínicos no país, so-bretudo entre as zonas urbanas e o meio rural, foi outra questão le-vantada pelo especialista europeu, que considerou, no entanto, que

este é um problema verifi cado na maioria dos países da UE.

Segundo Johan Giesecke, Por-tugal deve ponderar admitir aos enfermeiros a possibilidade de prescrever antivirais, uma prática seguida em vários países, uma vez que num cenário de pandemia poderá não ser sufi ciente a pre-scrição por parte dos médicos.

Relativamente a esta questão, o director-geral de Saúde, Fran-cisco George, lembrou que a legis-lação nacional reserva apenas aos clínicos a prescrição de fármacos e afi rmou que não está prevista nesta fase qualquer alteração nesta matéria.

No que diz respeito ao diálogo entre as cinco regiões de Portugal Continental, o responsável garan-tiu que “há uma coordenação mui-to forte”, uma vez que os respec-tivos delegados de saúde estão em permanente contacto com a DGS.

Segundo Francisco George, a DGS vai agora analisar as reco-mendações traçadas no relatório fi nal elaborado por esta equipa de missão da ECDC e, eventualmente, rever alguns aspectos do plano de contingência, apesar da última pa-lavra, em matéria de decisão, caber sempre às autoridades de saúde portuguesas.

Alentejo

A Administração Regional de Saúde do Alentejo está a interligar infor-maticamente todos os centros de saúde e hospitais da região, para permitir a partilha e transferência, em tempo real, da informação clí-nica dos utentes. Trata-se de uma estratégia “inovadora no país” que permitirá “uma recepção progra-mada nos hospitais dos pacientes transferidos de centros de saúde”.Todos os registos efectuados no centro de saúde relativos à história clínica, medicação e meios comple-mentares de diagnóstico do doente “são, de imediato, transferidos para o hospital”, realça a ARS. O sistema possibilita também o acesso à in-formação de episódios anteriores relativos ao paciente, independen-temente do local em que tenha sido atendido.A solução informática utilizada é o Alert Care, desenvolvido pela em-presa portuguesa Médicos Na In-ternet, e começou por ser instalada na sub-região de Saúde de Portale-gre. Durante o próximo mês é a vez do distrito de Beja, abrangendo os centros de Odemira, Castro Verde, Beja, Moura e hospitais de Serpa e da capital de distrito.

Centros de saúdeligados em rede

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Eleições. Amílcar Mourão arrecadou 69% dos votos contra 31% de João Paulo Ramôa

17 sexta-feira2006.05.05VIDA ACTUAL POLÍTICA

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As eleições para distrital de Beja do PSD, realizadas no último sábado, 29 de Abril, estão envolvidas em polémica, já que Amílcar Mourão garante ter sido reeleito, mas o candidato derrotado, João Paulo Ramôa, impugnou o acto eleitoral por alegadas “irregularidades”.

Amílcar Mourão, presidente da distrital e um dos dois candidatos à “corrida” eleitoral do último sá-bado, assegurou ter sido reeleito com “69 por cento dos votos”, con-tra “31 por cento” do seu adversá-rio, João Paulo Ramôa.

“Esta reeleição representa um novo voto de confi ança dos mili-tantes na minha liderança”, decla-rou o presidente.

Contudo, João Paulo Ramôa, ex-governador civil de Beja e can-didato derrotado, adiantou ter im-pugnado o acto eleitoral junto do Conselho de Jurisdição Distrital,

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Amílcar Mourão ganhou as eleições mas João Paulo Ramôa impugnou-as.

“independentemente dos resulta-dos”.

“A impugnação foi imediata e apresentada mal as mesas de voto abriram, às 14h00 de sábado, em todo e qualquer local em que as eleições não estavam em confor-midade com a convocatória e os estatutos do partido”, afi rmou.

João Paulo Ramôa adiantou que a impugnação abrange as me-

sas de voto instaladas em Alvito, Castro Verde, Ferreira do Alentejo, Ourique e Serpa, onde alega terem existido “irregularidades”.

“Por exemplo, Ourique teve duas mesas de voto, com fotocó-pias do caderno eleitoral. Logo aí, há duas violações dos estatutos, quer nas fotocópias, que não são permitidas, quer no número de mesas de voto, porque cada con-

celho só pode ter uma”, apontou.Em Castro Verde, Ferreira do

Alentejo e Alvito, por seu turno, o candidato não destacou quaisquer representantes para as mesas de voto, “de forma deliberada”, ten-do Amílcar Mourão obtido “quase 100% dos votos”.

“Fiz isso intencionalmente e, é lógico, também impugnei o acto eleitoral nessas mesas. Houve ca-sos de outras mesas em que até mortos votaram”, ironizou.

Quanto à votação dos militantes de Aljustrel, Almodôvar, Barrancos, Beja, Moura, Mértola, Odemira e Vidigueira (o único concelho que falta é Cuba, onde não há militan-tes) é “válida”, segundo João Paulo Ramôa, pois, não foi impugnada.

O mesmo candidato acrescen-tou também que o acto eleitoral de sábado motivou até a deslocação a Beja, Ourique e Santana da Serra, a “pedido da direcção nacional” do partido, de “três secretários-gerais adjuntos”.

“Vieram avisar os senhores das mesas que o acto eleitoral, nessas condições, era ilegal e que se su-jeitavam a processos disciplinares. Mais não podiam fazer do que dei-

xar o aviso”, sublinhou.João Paulo Ramôa argumenta

que os elementos do Conselho de Jurisdição Distrital “abandonaram a votação e não fi scalizaram a sua legalidade”, pelo que, na quarta-feira, estava previsto recorrer para o Conselho de Jurisdição Nacio-nal.

“Eu entreguei a impugnação e os representantes do órgão distri-tal foram-se todos embora e nada fi zeram. Por isso, quarta-feira, vou entregar ao Conselho de Jurisdi-ção Nacional a contestação, fun-damentada com as devidas provas das irregularidades”, afi rmou.

Se a sua argumentação recolher uma decisão favorável, o acto elei-toral, disse, “pode ter que ser re-petido nos locais abrangidos pela impugnação”.

O presidente da distrital, Amíl-car Mourão, revelou os resultados eleitorais, mas recusou pronun-ciar-se sobre os contornos da vo-tação.

“Vou esperar pela decisão do Conselho de Jurisdição Distrital e não quero comentar, para que as minhas palavras não sejam enten-didas como pressão”, frisou.

Mourão e Ramôa têm entendimento diferente sobre as eleições

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FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

Com quatro meses de or-denados em atraso e sem grandes perspectivas de

receberem qualquer vencimen-to até final da época, é por uma questão de “orgulho pessoal” e de “brio profissional” que os elementos do plantel do Despor-tivo Beja assumem o desafio de levar o seu esforço até ao fim do campeonato, que termina a 21 de Maio.

“Depois de há duas semanas a comissão directiva ter tido a atitude que teve connosco, nós, por orgulho próprio, decidimos em conjunto levar isto até ao fim e lutar até ao máximo das nossas forças pelos objectivos que se tinham nesta altura do campeo-nato, que passam pela manuten-ção. Acho que ninguém da cidade pode apontar o dedo a estes joga-dores”, sublinha ao “CA” um dos capitães de equipa do Desporti-vo, João Nabor.

Não escondendo alguma tris-teza por toda esta situação, o jo-vem médio reconhece que a cada dia que passa as dificuldades, so-bretudo de índole financeira, au-mentam no seio do plantel bejen-se, já que são alguns os jogadores que vivem exclusivamente dos rendimentos que garantem no futebol. “Eu, pessoalmente, ainda tenho o apoio dos meus pais, mas há aqui jogadores que têm filhos, casas e carros para pagar, bocas para alimentar… Sinceramente, não sei como conseguem sobre-viver a isto. Só posso falar por mim, mas há jogadores que não

Desportivo Beja. Capitão João Nabor fala das difi culdades por que passa o plantel

FC PORTO NO BESSA Os dragões, já a pensar na Final da Taça

de Portugal com o V. Setúbal, despedem--se da Liga no Bessa, com um descansado Boavista. A partida foi antecipada para sábado, às 18h30.

LEÕES RECEBEM SPORTING BRAGA Um empate apenas separa o Sporting

da Liga dos Campeões e por isso é de prever uma partida de nervos com o tranquilo Sporting Braga. O jogo inicia-se às 18h30 de domingo.

BENFICA NA CAPITAL DO MÓVEL Mantendo a ténue esperança de chegar

ao segundo lugar do campeonato, os en-carnados despedem-se da Liga no terreno do ainda afl ito Paços de Ferreira. Jogo no domingo, às 18h30.

sexta-feira2006.05.05 CORREIO DESPORTIVO18

Ricardo Paixão triunfa em Beja

Atletismo

sei como ainda têm cabeça para andar aqui”, deixa escapar.

Dificuldades que, na opinião de João Nabor, são superadas pelo “brio” do plantel, mas tam-bém pelas aspirações pessoais de grande parte dos seus ele-mentos. “Há aqui jogadores com algumas ambições. Se a época acabasse ou nós abandonásse-mos, eles veriam a sua situação bastante complicada”, explica o capitão bejense, que em termos pessoais não esconde o desejo de “terminar a época e cumprir os objectivos” do clube. “Depois logo se vê”, acrescenta.

À espera das eleições. Perante todas estas dificuldades, que se repetem quase ciclicamente no Desportivo Beja, é bastante forte a possibilidade de no final da tem-porada o plantel da equipa sénior sofrer uma sangria. Uma hipóte-se reconhecida pelo próprio João Nabor, que faz no entanto ques-tão de vincar que “tudo depende do que a comissão directiva ou as eleições decidirem”.

O acto eleitoral agendado para o próximo dia 23 é, aliás, aguar-dado com grandes expectativas, não só por jogadores como tam-bém por associados, visto que a indefinição directiva reina no Desportivo Beja desde Novem-bro de 2005, altura em que o pre-sidente José Fernando Parreira renunciou ao cargo por motivos pessoais.

Desde então, os destinos do clube têm sido dirigidos por uma comissão directiva, liderada por José Alberto Oliveira. Contudo, a relação entre essa comissão e o plantel não tem sido de todo pa-cífica e depois da saída do técnico Francisco Fernandes, em Feverei-ro, e da troca de comunicados há três semanas, há mesmo quem garanta que ambas as partes es-tão de costas voltadas.

A questão é delicada e melin-drosa, e por isso mesmo João Na-bor evita, a todo o custo, abordá-la. “Em relação a isso, teria aqui muita coisa para dizer, porque já são cinco anos de Desportivo Beja, mas prefiro não falar nisso para não ferir susceptibilidades”, diz o capitão dos bejenses, ga-rantindo esperar apenas que “as pessoas ao menos se esforcem para garantir aquilo que é essen-cial para os jogadores, que são os subsídios”.

Atletismo

Capitão garante que apesar dos ordena-dos em atraso a equipa vai dar o máximo nos jogos que faltam.

Plantel aguarda com expectativa o de-senlace das eleições no Desportivo Beja, agen-dadas para dia 23.

CARLOS PINTO

“Ninguém pode apontar o dedo a estes jogadores”

A vitória sobre o FC Castren-se na última jornada, a 31ª, permitiu ao Desportivo Beja garantir praticamente a per-manência na Série F da 3ª Di-visão Nacional. “Esperamos ter alcançado a permanência neste jogo”, revela o capitão João Nabor. Contudo, no iní-cio da temporada, os objec-tivos da equipa bejense eram bem mais ambiciosos, com o então presidente José Fer-nando Parreira a assumir uma

candidatura aos primeiros cinco lugares da tabela classi-ficativa. “Começámos a época com outro tipo de objectivos, mas à medida que a época foi decorrendo e dado todas as situações que se foram pas-sando, os objectivos acaba-ram por mudar”, recorda João Nabor, apontando o dedo à sa-ída de alguns jogadores e con-sequente redução do plantel como principais motivos de tão irregular temporada.

Manutenção quase garantida

Ricardo Paixão, atleta alentejano do Sporting, foi o grande vence-dor da sétima edição da Milha do 1º de Maio, que se realizou na pas-sada segunda-feira, dia 1, na pista do Complexo Desportivo Fernan-do Mamede.Paixão terminou a corrida de se-niores masculinos em 4 minutos e 28 segundos, sendo seguido por Fernando Costa (CN Alvito) e por Bruno Silveira (JDN). No sector feminino, a grande vencedora foi Ana Mestre, da JDN, que cumpriu o percurso em 6 minutos e 52 se-gundos. Destaque ainda para os novos recordes distritais na dis-tância em iniciados femininos, obtido por Bárbara Resende (Ou-rique), e em veteranos masculi-nos, por Carlos Freitas (JD Neves).

Beja vence Olímpico JovemA selecção da Associação de Atle-tismo de Beja triunfou colecti-vamente no Torneio Olímpico Jovem do Alentejo, que se rea-lizou no sábado, 29 de Abril, no Complexo Desportivo Fernando Mamede. A equipa bejense ven-ceu 13 das 20 provas disputadas, somando 177 pontos e fi cando à frente das selecções de Portalegre (121) e de Évora (113).Individualmente, sagraram-se campeões olímpicos jovens do Alentejo Débora Encarnação, Mariana Oliveira, Ana Luísa Santos, Helena Morgado, Telma Guerreiro, João Gradiz, Luís Lan-deiro, Carlos Palma, Luís Montei-ro, Ricardo Amaro, André Pinto e Bruno Folgoa (todos de Beja), Jo-ana Sinogas, Rute Galinha, Lilia-na Teixeira, Tânia Coelho e Luís Galveias (Évora), e Marisa Costal e Miguel Chambel (Portalegre).

Inatel

Louredense campeãoO Louredense arrecadou no do-mingo, dia 30 de Abril, o título de campeão do campeonato de futebol do Inatel de Beja. Os axa-drezados bateram na fi nal, que se realizou no Complexo Desportivo Fernando Mamede, a formação do Garvão por três bolas a zero. David foi o homem do jogo, saltando do banco ao minuto 40 para assinar um hat trick, carimbando assim a vitória do Louredense.A formação de Santa Clara do Louredo vai agora, juntamente com o Garvão, participar na fase regional do campeonato de fute-bol do Inatel.

João Nabor enaltece orgulho e brio do plantel bejense

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CORREIO DESPORTIVO

João Magalhães morreu domingoJoão Magalhães faleceu na ma-nhã do passado domingo, 30 de Abril, com 75 anos. Reformado do antigo Serviço de Fomento Mineiro, João Magalhães foi um dos grandes impulsionadores do desporto patinado no Baixo Alentejo. Ajudou a fundar o Clu-be de Patinagem de Beja e tam-bém a Associação de Patinagem do Alentejo (APA), da qual era o sócio de mérito número um. Era igualmente o sócio de mérito número 100 da Federação de Pa-tinagem de Portugal.Há um mês, João Magalhães foi homenageado pela APA, duran-te o 30º Torneio Inter-Regiões de Iniciados, que se realizou em Aljustrel. Ia também ser agracia-do no dia 25 com a Medalha de Mérito Municipal, atribuída pela Câmara de Beja. À família enlu-tada, o “Correio Alentejo” mani-festa o seu sentido pesar

Hóquei em patins

série F III DIVISAO

JORNADA | 31

Estrela VN - Juventude Évora ..........................4-1 Desportivo Beja - FC Castrense .......................3-2 Beira Mar MG - Oeiras ...................................1-2 Messinense - Amora ......................................3-1 Sesimbra - Lagoa ...........................................2-1 Vasco Gama - Lusitano VRSA .........................2-1 Aljustrelense - FC Ferreiras .............................2-1 Lusitano Évora - Almancilense ........................1-0 Descansou: Monte Trigo

J V E D M-S P 1 Estrela VN 29 17 8 4 45-21 59 2 Messinense 29 15 10 4 42-21 55 3 Lusitano Évora 29 16 7 6 43-26 55 4 Oeiras 30 15 8 7 57-31 53 5 Lusitano VRSA 29 11 12 6 45-34 45 6 Juventude Évora 28 13 5 10 33-24 44 7 Almancilense 29 11 9 9 32-27 42 8 Desportivo Beja 29 11 7 11 35-33 40 9 Beira Mar MG 29 10 8 11 29-30 38 10 Lagoa 29 9 10 10 35-34 37 11 Sesimbra 29 10 6 13 27-37 36 12 Vasco Gama 29 9 9 11 25-36 36 13 FC Ferreiras 29 9 8 12 37-43 35 14 Amora 29 9 7 13 34-39 34 15 Aljustrelense 29 9 6 14 28-36 33 16 FC Castrense 30 6 7 17 27-45 25 17 Monte Trigo 29 2 3 24 15-72 9 18 Farense 0 0 0 0 0-0 0

Próxima Jornada | 07.05.2006 Monte Trigo-Juventude Évora; Oeiras-Desportivo

Beja; Amora-Beira Mar MG; Lagoa-Messinense; Lusitano VRSA-Sesimbra; FC Ferreiras-Vasco Gama; Almansilense-Aljustrelense; Lusitano Évora-Estrela VN Descansa: FC Castrense

1ª DIVISÃO AF BEJA

JORNADA | 23

Barrancos - Piense ..........................................2-3 Vasco Gama - Guadiana .................................1-2 Cabeça Gorda - Entradense............................1-1 Sporting Cuba - Odemirense ..........................4-3 Ferreirense - Almodôvar .................................5-2 FC São Marcos - FC Serpa ..............................3-2 Aldenovense - Barrancos ................................3-6

J V E D M-S P 1 FC Serpa 23 14 4 5 49-20 46 2 Piense 23 14 3 6 48-19 45 3 Moura 23 12 6 5 52-32 42 4 Barrancos 23 11 5 7 38-35 38 5 Odemirense 23 10 4 9 37-29 34 6 Almodôvar 23 9 7 7 30-33 34 7 Vasco Gama 23 10 2 11 32-32 32 8 Ferreirense 23 7 7 9 36-37 28 9 Entradense 23 7 6 10 29-36 27 10 FC São Marcos 23 8 2 13 31-40 26 11 Aldenovense 23 5 9 9 31-43 24 12 Guadiana 23 6 6 11 23-40 24 13 Cabeça Gorda 23 6 6 11 28-54 24 14 Sporting Cuba 23 6 5 12 38-53 23

próxima jornada | 07.05.2006 Guadiana-Piense; Entradense-Vasco Gama;

Odemirense-Cabeça Gorda; Almodôvar-Sport-ing Cuba; FC Serpa-Ferreirense; Moura-FC São Marcos; Aldenovense-Barrancos

2ª DIVISÃO - fase fi nal AF BEJA

JORNADA | 06

Milfontes - Panóias ........................................1-1 Salvadense - Vale de Vargo ............................0-3

J V E D M-S P 1 Salvadense 6 4 0 2 6-5 12 2 Milfontes 6 2 3 1 9-7 9 3 Panóias 6 2 2 2 6-7 8 4 Vale de Vargo 6 1 1 4 8-10 4

Campeão: Salvadense Promovidos à 1ª Divisão: Salvadense e Milfontes

19 sexta-feira2006.05.05

Aljustrelense joga no Algarve cartada decisiva para a manutenção na 3ª Divisão

“Alto risco em AlmancilO Mineiro Aljustrelense joga no domingo, em Almancil, uma car-tada decisiva nas suas contas para garantir a manutenção na Série F da 3ª Divisão. A três jornadas do fim do campeonato, os tricolores encontram-se numa incómoda 15ª posição, com 33 pontos, me-nos três que o Vasco Gama Sines, a primeira equipa colocada ime-diatamente acima da linha de água.

Por tudo isto, em Aljustrel não

há espaço para meias medidas ou grandes cautelas. Isso mes-mo é reconhecido por Francisco Fernandes, que apesar de garan-tir que não encara a partida de domingo como uma “final”, re-conhece ser um “jogo de grande responsabilidade”.

“O Mineiro só pode jogar para um resultado, que é ganhar. Sabe-mos das dificuldades que temos pela frente, mas isto é para ho-mens fortes”, sublinha o técnico

da formação da vila mineira.Nas últimas jornadas, os trico-

lores têm acusado a pressão de estarem a correr contra o tempo, mas o triunfo obtido no passado domingo, diante do também afli-to FC Ferreiras (2-1), pode conce-der à equipa mineira a necessária dose de tranquilidade para enca-rar com outros olhos o conjunto de Almancil, uma equipa que neste momento tem a manuten-ção garantida e joga sem qual-

quer tipo de inibição.Essa é, pelo menos, a expecta-

tiva de Francisco Fernandes, que, confiante, sempre vai dizendo que se os seus jogadores se apre-sentarem ao mesmo nível do pas-sado domingo, “com grande per-sonalidade e muita qualidade de jogo”, serão grandes as hipóteses de trazer do Algarve três precio-sos pontos. Na primeira volta do campeonato, o Mineiro recebeu e venceu o Almancilense por 2-1.

O Mineiro só pode jogar para um resultado, que é ganhar. Sabemos das difi -culdades que temos pela frente, mas isto é para homens fortes. Francisco Fernandes | treinador do Mineiro Aljustrelense

suplentes: Ivan, Vitó, Henrique, Silvino, Xabregas, Pintassilgo e Vítor Santos

treinador: Luís Dores

Pedro

Abílio

ÁlvaroLuís Lopes

Fábio

Cris Baiano

Luís Carlos I

André

Luís Miguel

Caixinha

Nuno Lima

Bafode

Carlos Piteira

Paulo Pardal

Marcinho

Paulo Carvalho

AlexNelson Teixeira

Filipe Cabeleira

Sérginho

Estádio MunicipalAlmancil32ª jornada 3ª Divisão Nacional | Série F

jogo do fi m-de-semana. ALMANCILENSE – MINEIRO ALJUSTRELENSE

Domingo, 16 horas

suplentes: Marco, Mauro, João Paulo Agatão, Fábio, Paulo Serrão, Ricardo Mestre e Sylvantreinador: Francisco Fernandes

Daniel

Gabriel

AGENDA

FUTEBOL | 6

Sábado Escolas | 2ª Fase > jornada 8

Moura - Almodôvar [11h] Figueirense - Despertar A [11h] Despertar B - Odemirense [11h15]

Escolas | Taça Joaquim Branco > Final FC Castrense - Beringelense [16h]

Infantis | 2ª Fase > jornada 8 Despertar A - Negrilhos [10h] Sporting Cuba - Moura [11h] FC Castrense - Bairro Conceição [11h]

Infantis | Taça Dr. Covas Lima Renascente - Beringelense [11h] Odemirense - Despertar B [10h]

Domingo 3ª Div. Nacional | Série F > jornada 32

Oeiras - Desportivo Beja [16h] Almancilense - Aljustrelense [16h]

1ª Divisão > jornada 23 Guadiana - Piense [16h] Entradense - Vasco Gama [16h] Odemirense - Cabeça Gorda [16h] Almodôvar - Sporting Cuba [16h] FC Serpa - Ferreirense [16h] Moura - FC São Marcos [16h] Aldenovense - Barrancos [16h]

MODALIDADES | 6

Hoje Hipismo | 23ª Ovibeja

Master E - Prova Fermentopão Picadeiro Principal [16h]

Sábado Hóquei em Patins | 3ª Divisão Nacional

Zona Sul > jornada 26 (última) Algés - CP Beja [21h] Diana - FC Castrense [21h] Grandolense - Seixal [21h] Galpenergia - HC Portimão [21h]

Atletismo Meeting Jovem Planície Dourada Complexo Desportivo Fernando Mamede

Futsal | 3ª Divisão Nacional Série D > jornada 25 Bairro Conceição - Atlético [18h]

Hipismo | 23ª Ovibeja Concurso Nacional de Saltos Picadeiro Principal [14h]

Domingo Hipismo | 23ª Ovibeja

Concurso Nacional de Saltos Picadeiro Principal [10h e 14h]

João Candeias

Ricardo Bia

TonicoJoão Paulo

José Cláudio

Carlos Agatão

Vítor Gomes

Nuno Alves

Duarte Patrício

Nuno Martins

Feijão

Padinha

Agostinho

Baresi

Abel

Rui Gordinho

RicardoTeixeira

Vítor Santos

Nuno Gomes

LuísPereira

Nelson Raposo

pub.

GERAÇÃO BENFICA. O Benfi ca e a Casa do Benfi ca em Beja assinaram no passado sábado, 29 de Abril, um protocolo de cooperação que prevê a criação da Escola de Futebol do SLB na capital de distrito, sendo a primeira em todo o Alentejo. A cerimónia contou com a presença do gestor profi s-sional para a área de formação dos encarnados, António Carraça.

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284 329 400 PUBLICIDADEsexta-feira2006.05.05 20

Em cumprimento da Lei n.º 26/94, de 19 de Agosto se publica a listagem das transferências efectuadas por esta Câmara Municipal, durante o 2º semestre de 2005 a favor de pessoas singulares ou colectivas exteriores ao sector público ad-ministrativo, a título de subsídio, subvenção, ajuda, bonificação, incentivo ou do-nativo, cujos montantes excedem o valor referido no artigo 2º da lei atrás citada:

Cuba, 31 de Março de 2006

O Presidente da Câmara,

Assinatura Ilegível( Francisco António Orelha )

CÂMARA MUNICIPALDE CUBA

AVISO

Correio Alentejo nº 07 de 05/05/2006 Única Publicação

Entidade TransferênciasCorrentes

Transferênciasde Capital

Obs.

Associação Hum.BombeirosVoluntários de Cuba 10.336,00 € 14.000,00 €

Sporting Clube de Cuba

16.555,00 € 0,00 €

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CULTURA • EXPOSIÇOES • ESPECTÁCULOS > teatro | cinema | música | tv | radio | video] • GENTES • MODA • SAÍDAS > festas | discotecas] • PRAZERES > viagens | restaurantes | livros] • SERVIÇOS> farmácias | telefones úteis ] • TEMPO

GUI’ ARTE

As Festas da Cidade de Beja mudam este ano de nome. Passam a chamar-se Festas

do Concelho e, segundo explica a Câmara Municipal, está em mar-cha a sua “revitalização” - “Este ano será o ano de transição: serão lançadas algumas sementes no-vas daquilo que pretende ser um grande evento popular”.

“A mudança de Festas da Cidade para Festas do concelho visa alar-gar a todo o território e população a celebração das nossas tradições”, adianta a autarquia no seu Boletim Informativo de Maio.

É neste contexto que, entre 20 e 28 de Maio, a capital baixo-alen-tejana fi cará engalanada no seu centro histórico para inúmeras ac-tividades já programadas. Será no perímetro entre o Largo de S. João, Praça da República e Castelo que as festas terão o seu espaço pró-

Câmara Municipal admite que 2006 será ano de transição para lançar “algumas sementes no-vas de um grande evento popular”.

Mudança. Praça da República será o centro dos festejos da cidade

Festas do concelho invadem centro de Beja

Teatro Pax Julia receberá alguns eventos das festas

FANTÁSTICO EM FERREIRA O cinema fantástico invade

Ferreira durante o mês de Maio. Sempre à terça, no centro cultu-ral Manuel da Fonseca. “Hanni-bal” é a fi ta do dia 9 de Maio.

GALGOS CORREM EM BEJA A Corrida de Cães Galgos - Ovibeja

2006 realiza-se este sábado, 6, no Largo Raul de Carvalho, no Bairro da Conceição. A prova é organizada pelo Centro de Cultura do bairro.

FEIRA JOVEM EM MÉRTOLA De 9 e 13 de Maio a Vila Museu

tem uma Feira da Juventude com teatro, música, uma feira de 2ª mão e uma mostra de vídeo. É no quartel antigo dos bombeiros.

EXPOSIÇÕES | 7

ALJUSTREL Biblioteca Municipal

Até dia 11 de Maio Desenhos de Álvaro Cunhal

CASTRO VERDE Fórum Municipal

Até dia 20 de Maio Caminho de uma trajectória Pintura de Carlos António

FERREIRA DO ALENTEJO Capela de Santo António

Até dia 20 de Maio Pintura e Escultura de Jaime Ventura

Museu Municipal Até dia 30 de Novembro Meninos de Ontem e de Hoje - Sonhos e Brincadeiras

Posto de Turismo Até dia 12 de Maio Peças decorativas de Fátima Paulino

SERPA Museu do Relógio

Até dia 15 de Julho“250 anos de relógios

mecânicos usados no Alentejo”

VILA DE FRADES Casa do Arco

Até dia 30 de Junho“Mensagens - Escultura Romana

do Museu de Évora”

GUIA CULTURAL

CINEMA | 6

ALMODÔVAR Cine-Teatro Municipal

Capote Sexta-feira | dia 05 | 21h30

Terra Fria Sábado | dia 06 | 21h30

BEJA Teatro Pax Julia

Memórias de uma Gueixa Sexta-feira | dia 05 | 21h30

Match Point Segunda-Feira | dia 08 | 21h30

FERREIRA DO ALENTEJO Cine-Teatro Municipal

SAW 2: A experiência do medo Sexta-feira | dia 05 | 21h30 Sábado | dia 06 | 21h30

MÉRTOLA Cine-Teatro Marques Duque

Match Point Sexta-feira | dia 05 | 21h00

Debate. Três dias para refl ectir sobre o trabalho de acção social

Odemira promove Fórum SocialOdemira acolhe entre os dias 11 e 14 de Maio o seu 1º Fórum Social. Trata-se de uma iniciativa no âm-bito da Rede Social daquele conce-lho, com o objectivo de “divulgar e promover o trabalho desenvolvido no âmbito da acção social pelos vários agentes locais e discutir as políticas de intervenção social”.Políticas de promoção e protec-ção de crianças e jovens, políticas de fomento da responsabilidade social das organizações e políticas de intervenção comunitária serão os grandes temas a debater em di-

O Regimento de Infantaria nº3, de Beja, tam-bém deverá receber a Medalha de Honra do Município, mas não é provavél que isso suce-da no próximo dia 25 de Maio. A corporação não foi proposta pela Câmara, que numa das suas reuniões do passado mês de Abril aprovou as fi guras e entidades a se-rem distinguidas. Contudo, na última Assem-bleia Municipal, o deputado social-democrata João Espinho propôs que o Regimento fosse também homenageado, tendo em conta que

celebra 200 anos no próximo dia 11 de Maio. A proposta acabou por ser aprovada mas, agora, falta a Câmra dar o seu aval.Espinho alegou a data de aniversário, mas argumentou com a riquíssima história do Re-gimento, cujas origens remontam a 1806. E lembrou o seu papel importante nas batalhas de Grijó e de La Lys, bem como a sua interven-ção de âmbito social da Protecção Civil.O Regimento de Infantaria poderá juntar-se a Carreira Marques, que também recebe a Me-

dalha de Honra do Município. Na cerimónia a realizar no dia 25 de Maio, será homenageado a título póstumo, com a Medalha de Mérito Municipal - grau ouro, o pediatra Artur Car-valhal. O mesmo sucederá com o dirigente associativo João Magalhães, recentemente falecido.O antigo governador civil, Brissos de Carvalho, e Manuel Barrocas, grande divulgador da cul-tura francófona em Beja, receberão a Medalha de Mérito Municipal - grau prata.

MÚSICA | 6

BEJA Arena Multiusos - OVIBEJA

Mesa Sexta-Feira | dia 05 | 22h30

Da Weasel Sábado | dia 06 | 22h30

BEJA Teatro Pax Julia

Cantata de Santo Agostinho pelo Coro do Carmo Domingo | dia 07 | 17h00

CASTRO VERDE Cine-Teatro Municipal

Paula Oliveira e Bernardo Moreira Sexta-Feira | dia 05 | 21h30

CASTRO VERDE Cine-Teatro Municipal

Viviane Domingo | dia 07 | 21h30

ENTRADAS Igreja Matriz

Vox Angelis Música Clássica Domingo | dia 07 | 18h00

21 sexta-feira2006.05.05

prio, este ano com uma programa-ção muito rica.

O dia de abertura fi cará marcado por um concerto de Rodrigo Leão no Teatro Pax Julia e pela celebra-ção do Dia do Cante, que propor-cionará o desfi le de 45 grupos co-rais alentejanos. Mas o grande dia das festas será inevitavelmente o do feriado municipal (25 de Maio), prevendo-se em plena Praça da Re-pública um grande concerto com a Ronda dos Quatro Caminhos. Na véspera, 24 de Maio, actuam no mesmo local os grupos bejenses Adiafa e Modas ao Luar.

Concertos com bandas jovens do concelho, peças de teatro, pro-dução de artesanato ao vivo ou a Volta ao Alentejo em bicicleta são outros momentos das festas, a par da tradicional homenagem a cida-dãos e instituições promovida pela autarquia local.

ferentes ofi cinas de refl exão, que funcionarão em simultâneo, em diferentes locais da vila.O Cine-Teatro Camacho Costa será palco para ampla discussão de um outro tema central e que se prende com as “boas práticas” de inter-venção social, com o testemunho de várias instituições, como a Co-missão de Protecção de Crianças e Jovens de Vila Real de S. António, o Centro de Acolhimento Temporá-rio Refúgio Aboím Ascensão (Faro), Animar (Lisboa), APPC de Leiria e da Rede Social Beja. Qual a respon-

TEATRO | 1

BEJA Teatro Pax Julia

Zoo Story Grupo Lêndias d’Encantar Terça, Quarta e Quinta dias 09,10 e 11 | 22h30

Regimento de Infantaria poderá receber Medalha de Honra

sabilidade social das organizações será também debatida, em exercí-cio plenário, para refl exão conjun-ta.A Feira de Projectos será o espaço onde cerca de 30 instituições de intervenção social do concelho de Odemira irão mostrar o trabalho desenvolvido junto da comunida-de. Em paralelo, serão promovidas muitas outras intervenções e ac-tividades de animação um pouco por toda a vila de Odemira, desde visionamentos de fi lmes, despor-tos radicais ou música ao vivo.

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22

Polícia de Segurança Pública 112 Emergência Social

114 Protecção à fl oresta

117 Emergência Social

144

céu limpo

céu nubladoabertasaguaceiroscéu muitonubladomuito nubladocom abertas

chuva

trovoadas

neve

nevoeiro

vento fracomoderado

vento forte

mar calmo

ondulação

geada

Moura

BEJA Serpa

Mértola

Faro

Almôdovar

Sines

CastroVerde

Odemira

Aljustrel

Ferreira do Alentejo

Cuba

Ourique

BarrancosVidigueira

Alvito

Alcácer do Sal

Grândola

Santiagodo Cacém

TEMPO FARMÁCIAS

HOJE/SEXTA | 05

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 662 251 Beja > Oliveira Suc. T. 284 323 819 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 612 820 Moura > Ferreira da Costa. T. 285 252 156 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

SÁBADO | 06

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 662 251 Beja > Silveira Suc. T. 284 311 620 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 612 820 Moura > Nataniel Pedro. T. 285 252 338 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

DOMINGO | 07

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 662 251 Beja > Palma. T. 284 322 498 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 612 820 Moura > Rodrigues. T. 285 252 266 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

SEGUNDA | 08 Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > Santos. T. 284 389 331 Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Faria. T. 285 252 412 Odemira > Confi ança. T. 283 300 010 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

TERÇA | 09

Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > J.A.Pacheco. T. 284 322 501 Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Ferreira da Costa. T. 285 252 156 Odemira > Confi ança. T. 283 300 010 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

QUARTA | 10

Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > Fonseca. T. 284 324 413 Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Nataniel Pedro. T. 285 252 338 Odemira > Confi ança. T. 283 300 010 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

QUINTA | 11

Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > Oliveira Suc. T. 284 323 819 Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Rodrigues. T. 285 252 266 Odemira > Confi ança. T. 283 300 010 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

fonte: http//weather.msn.com

PREVISÃO NA REGIÃO DO ALENTEJO

Céu nublado

Céu limpo

Céunublado

25

12

tem

pera

tura

méd

ia p

r evi

sta

para

hoj

e

OUTROS Centro de Saúde de Beja > Rua António

Sardinha // tel: 284 329 706 Centro Regional de Segurança Social

> Serviço Sub-regional de Beja | Rua Prof. Bento de Jesus Caraça. 25 Beja. //

tel 284 312 700 Táxis > tel: 284 322474 Instituto Politécnico de Beja > Rua de

Santo António, n.º 1 - A // tel: 284 314 400 Posto de Turismo >Rua Cap. João Fran-

cisco de Sousa, n.º 25 // Tel:284 320 281 Polícia de Segurança Pública (PSP) >

Largo D. Nuno Álvares Pereira. // tel: 284 322022 Protecção Civil > Rua D. Nuno Álvares

Pereira. // tel. 284 320 340

SEX

TA

RTP1

SÁB

AD

OD

OM

ING

O

2: SIC TVI CABO/SATÉLITE

06:15 Shin Shan + Yu-Gi-Oh 07:00 Programa da Manhã 10:00 Fátima 13:00 Primeiro Jornal 14:00 Laços de Família 15:15 Contacto 16:40 O Jogo 17:10 Chocolate com Pimenta 17:40 Malhação 18:10 New Wave 19:00 Sinhá Moça 20:00 Jornal da Noite 21:15 Floribella 23:20 Belíssima 00:15 CSI: Nova Iorque 01:05 Cinema “O Batedor” 03:25 A Lua Disse-me 04:20 Ganância

07:00 Diário da Manhã 10:00 Você na TV! 13:00 Jornal da Uma 14:00 Circo das Celebridades

15:00 Anjo Selvagem 16:00 Quem Quer Ganha 17:00 Quem Quer Ganha 18:00 Morangos Com Açúcar 20:00 Jornal Nacional 21:15 Euromilhões 21:30 Circo das Celebridades 22:15 Dei-te Quase Tudo 23:15 Fala-me de Amor 00:15 Circo das Celebridades 00:45 Fiel ou Infi el? 03:15 Dawson`s Creek IV 04:15 TVI Negócios 04:30 A Lei da Rua IV

URGÊNCIAS

TELEVISAO

SOL LUAnascente05h32ocaso19h25

nascente12h07ocaso02h02

nova27 Maio

crescente05 Maio

cheia13 Maio

minguante20 Maio

16º

PROVÉRBIO POPULAR SOBRE O TEMPO“Maio que não der trovoada, não dá coisa estimada.”

SEGURANÇA

Bombeiros t. 284 311 660 GNR - BT

t. 284 324 428

2,5m

18º1,5-3m

06:30 Bom dia Portugal 10:00 Praça da Alegria 12:55 Nonstop 13:00 Jornal da Tarde 14:15 Essas Mulheres 15:15 Portugal no Coração 18:00 Portugal em Directo 18:45 Em Família 20:00 Telejornal 21:15 Gato Fedorento 21:45 A Herança 22:45 Contra-informação 23:00 Quando os Lobos Uivam 00:00 Série a designar 02:00 Sem Rasto 02:45 Sessão da Meia Noite “O clube dos Malandrecos II” 04:15 Só Visto! 05:00 Televendas

07:00 Brinca Comigo 08:30 O Tempo dos Dinossauros 09:00 Ecoman 09:30 Ao Vivo 12:30 Contra-informação

13:00 Jornal da Tarde 14:10 Top + 15:45 Triângulo Jota 17:15 Sessão da Tarde “Coragem Debaixo de Fogo” 18:45 Exclusivo Mundial 19:15 Em Família 20:00 Telejornal 21:15 Dança Comigo 23:00 Essas Mulheres 01:00 Sem Rasto 01:45 Última Sessão “Passagem por Lisboa” 03:45 A Hora da Sorte 04:00 Televendas 06:05 Boletim das Pescas

07:00 Euronews 07:15 Zig Zag 14:00 Sociedade Civil 15:30 Euronews 16:00 Entre Nós 16:30 Ténis: 17º Estoril Ppen 18:30 A Fé dos Homens 19:00 Balanço & Contas 19:25 Negócios à Parte 19:45 Zig Zag 20:15 Diário de Sofi a 20:30 Hóquei: Final-Four 22:00 Jornal 2: 22:30 Do dia D até Berlim 23:30 Vidas Agostinho Neto 00:30 Noites da 2: Meu Herói 02:00 Negócios à Parte 03:00 Euronews

07:00 Euronews 07:30 África 7 Dias 08:00 Notícias de Portugal 09:00 Universidade Aberta 12:00 Haja Saúde 13:00 Vida por Vida 13:30 Hora Discovery 14:15 Mundos 15:00 Desporto 2: 19:15 Palco Ópera Medea 21:45 A Hora da Sorte 22:00 Jornal 2: 22:30 Calma, Larry 23:00 Sala 2: “Os Mutantes” 00:45 Músicas Massive Attack - Collected 01:45 A revolta dos pastéis de nata 02:45 Euronews 03:00 Desporto 2:(r/)

06:30 The Tofus 08:40 Disney Kids 10:15 Pokemon Cronicles 10:40 P. Rang. Dinothunder 11:00 Uma Aventura 12:00 O Nosso Mundo 13:00 Primeiro Jornal 14:00 Êxtase 15:00 CSI 16:00 Cinema “Força Explosiva” 20:00 Jornal da Noite 21:15 Desprevenidos 22:00 Programa a Defi nir 23:00 O Crime do Padre Amaro 00:45 Cinema “Resident Evil”

06:30 The Tofus 09:00 Disney Kids 10:10 Pokemon Chronicles 10:40 Super Robot 11:00 Uma Aventura 11:55 BBC Vida Selvagem 13:00 Primeiro Jornal 14:00 SIC a Caminho do Mundial 14:45 A Vingadora 15:45 Cinema “Corcy Romano, Veterinário” 18:00 Cinema “Volta ao Mundo em 80 dias” 20:00 Jornal da Noite 21:15 Camilo em Sarilhos 22:00 Sete Vidas 23:00 Herman SIC 01:45 Cinema “O Protegido” 03:00 Os Maias

07:00 Casper 07:30 DMYNA Leagues 08:00 Dan Dare 08:30 B-Daman 09:00 Powerpuff Girls 09:30 Trollz 10:00 Um Cãozinho Chamado Eddie 10:30 O Clube das Chaves 11:30 deLUXe 12:15 Superliga - Antevisão 13:00 Jornal da Uma 14:00 O Patriota 17:00 A Verdade da Mentira 20:00 Jornal Nacional 21:15 O Prédio do Vasco 22:00 Fala-me de Amor 23:00 Os Serranos 00:00 Circo das Celebridades 00:45 Tentadora Maldição 02:45 Monk 03:45 Frasier VIII 04:30 A Lei da Rua IV

07:00 Casper 07:30 DMYNA Leagues 08:00 Dan Dare 08:30 Powerpuff Girls 09:00 Trollz 09:30 B-Daman 10:00 O Clube das Chaves 11:00 Missa - Eucaristia Dominical 12:30 Oitavo Dia 13:00 Jornal da Uma 14:00 Os Sabichões 16:00 O Menino de Ouro 18:00 Superliga - Os Golos 17:45 Ladrão e Polícia 20:00 Jornal Nacional 21:15 Inspector Max II 22:15 Circo das Celebridades 01:00 Superliga - a jornada, os

casos, o fórum 02:30 O Salvador 04:30 A Lei da Rua IV

SPORT TV: 15:00 Futebol Newcastle x Chelsea

LUSOMUNDO PREMIUM 22:00 Hidalgo

LUSOMUNDO ACTION 19:55 24 Horas em Londres

LUSOMUNDO HAPPY 17:20 Robin Hood

LUSOMUNDO GALLERY 11:00 Os Homenzinhos

AXN 14:50 O Grande Sonho 22:25 Tudo Bons Rapazes 00:51 O Padrinho

SPORT TV: 14:00 Futebol Liga Italiana

LUSOMUNDO PREMIUM 15:00 O Gang dos Tubarões

LUSOMUNDO ACTION 15:55 A Ceia do Diabo

LUSOMUNDO HAPPY 21:00 Que Grande Salsicha

LUSOMUNDO GALLERY 16:55 Erin Brockovich

AXN 14:50 Modelo do Dia 18:30 O Jogador 22:25 Starship Troopers 00:37 O Boxeur 04:13 O Jogador

SPORT TV: 00:00 Basquetebol - NBA Play-Off LUSOMUNDO PREMIUM 22:00 Lemony Snicket

LUSOMUNDO ACTION 20:05 Corre Lola Corre

LUSOMUNDO HAPPY 15:45 Uma Rapariga em Cem

LUSOMUNDO GALLERY 12:00 Nói, O Albino

AXN 14:50 O Império do Mal 22:25 O Padrinho - Parte III 02:56 O Padrinho - Parte III

93.0Rádio Castrense Castro Verde

92.6 TLA - Telefonia Local de Aljustrel

95.2Rádio Mértola

90.0RádioVidigueira

92.8Rádio PlanícieMoura

104.0Rádio SingaFerr. Alentejo

101.4Rádio Pax Beja

104.5Voz da Planície - Beja

RÁDIO

FM

sexta-feira2006.05.05

HOJE Céu geralmente muito nublado, passando a pouco nublado na parte da tarde.Descida gradual da temperatura.

SÁBADOCéu Pouco nublado ou limpo.Vento fraco a moderado.Neblina ou nevoeiro matinal no litoral.

DOMINGOCéu pouco nublado, muito nublado na parte da tarde. Possibilidade de ocorrência de aguaceiros especial-mente no litoral

GUI’ ARTE

07:00 Brinca Comigo 08:30 O Tempo dos Dinossauros 09:00 Pavilhão do Conhecimento 10:00 Equipados para Matar 11:00 Missa Campal NªSrª da Saúde 12:30 Jornal da Tarde 13:00 Campeonato do Mundo

Formula 1 - europa 15:00 17º Estoril Open - Final 17:00 Sessão da Tarde “Gremlins-Pequeno Monstro” 18:30 Dança Comigo 20:00 Telejornal 21:15 As Escolhas de Marcelo

Rebelo de Sousa 21:45 Príncipes do Nada 22:15 Lotação Esgotada “O Triunfo do Mundo” 00:15 Sem Rasto 01:00 Última Sessão “Estranhos de Passagem“ 02:45 Campeonato do Mundo

Formula 1 - Europa 04:00 Televendas

07:00 Euronews 07:30 Músicas de África 08:30 Áfric@global 09:00 Caminhos 09:30 70X7 10:00 Nós 11:00 Da Terra ao Mar 11:30 Consigo 12:00 Olhar o Mundo 13:30 Vida Íntima 14:30 Bombordo 15:00 A revolta dos pastéis de nata 17:00 Desporto 2: 19:00 Do dia D até Berlim 20:00 Diário de Sofi a 20:30 Os Simpsons 21:00 Bombordo 21:30 A Alma e a Gente 22:00 Jornal 2: 22:30 Diga lá excelência 23:15 Britcom 23:45 Onda-Curta 00:30 Palco - Ópera medea 02:45 Euronews

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prazeres //Livro // bebida// CD

Best Of de António Variações - A história de

António Variações - De Braga a Nova Iorque - um

CD duplo que contém, para além dos melhores temas do

Variações, excertos das maquetas caseiras que deram origem às músicas que estão no disco dos Humanos.

Autor: António Variações Título: De Braga a Nova York – Best Of

O Código Stravinci, como o título indicia, é uma paródia a O Código da Vinci, um decalque, em versão humorística, da trama conspirativa do livro de Dan Brown. Criando diálogos hilariantes e absurdos, o autor deixa-se levar pelo delírio, mas sem nunca perder de vista a associação do seu Código ao Có-digo original. Para quem leu O Código da Vinci, O Código Stravinci é de leitura obrigatória.Autor: Toby Clements

Título: O Código StravinciEditora: Difel

O enólogo António Saramago assina este excelente tinto alentejano, concebido a partir das castas Trincadeira, Aragonez, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouchet, uvas estas provenientes da Herdade da Figueirinha – Beja.

Com uma longevidade prevista de 8 anos, o Fonte Mouro apresenta em prova uma intensa cor rubi, aroma a frutos verme-lhos, baunilha, folha de tabaco e cereja. Taninos suaves e boa acidez.

FONTE MOURO RESERVA TINTO

2003Produtor:

Sociedade Agrícola Monte Novo

e Figueirinha Lda Nota: 15/20

PVP: 7,55 euros

23 sexta-feira2006.05.05GUI’ ARTE

Consulte a Agência de Viagens Olé Tours. Em Beja a loja fi ca situada na Avenida Miguel Fernandes, mesmo junto ao parque de esta-cionamento subterrâneo.

***** GOLO! Esta história de ascensão social, de

desafios e atribulações, amor e perda, tragédia e triunfo, é o filme de futebol mais realista de sempre.

DA WEASEL > sáb. 22h30 | 23ª OVIBEJA

Os Da Weasel encerram a programação da Ovibeja 2006, no que concerne aos espectá-culos de música.

HOJE 2: | 23h30 Agostinho NetoA fi gura de Neto, como militante total, corajoso revolu-cionário e estadista eminente não se limita às fronteiras de Angola

SÁBADORTP | 18h45 Exclusivo MundialEste programa conta com reportagens, momentos engraçados dos jogadores das várias selecções, e envolve também uma componente social, com as comunidades portuguesas na Alemanha.

fi m de semana | sentado no sofá

escapadelas

pequeno ecrã | fi lme*****| > sáb.22h25 | AXN

TUDO BONS RAPAZES Henry Hill sonha desde pequeno em dar-se com os mafi o-

sos do seu bairro de Brooklyn. Fascinado pela vida mafi osa, conseguirá fazer parte da organização começando como moço de recados para ir ascendendo de posição à medida que fortalece a confi ança que nele depositam os seus superiores e embrenhando-se em negócios cada vez mais escuros.

rotas do “CA” [viagem a Londres]

Saborear a cityna Primavera

TELEVISÃO

DVD OUVIR

CINEMAHOJELUSOMUNDO PREMIUM [22h00] . Lemony Snicket. Depois da morte trágica dos pais, três irmãos são entregues aos cuidados de um conde sem escrupúlos que quer apoderar-se da herança das crianças.

SÁBADORTP1 [17h15] Coragem Debaixo de Fogo. Janeiro de 1991. O mundo assiste à Guerra do Golfo. A linha que divide a coragem da cobardia pode depender de uma simples decisão. Denzel Washington e Meg Ryan num fi lme surpreendente.

MONUMENTOS

Entre as suas atracções de sempre contam-se a Catedral de S. Paulo, a maior igreja protestante inglesa, projectada por Christopher Wren em traço barroco e edifi cada entre 1675 e 1710; a Torre de Londres, fortaleza onde, até 1994, eram guardadas as jóias da Coroa e as insígnias reais usadas nas cerimónias de coroação; a vizinha Tower Bridge, construída em 1894; o Palácio de Buckingham e o seu célebre render da guarda; e a Abadia de Westminster, um belís-simo monumento gótico onde são coroados, casam e são sepultados os monarcas.

público & notório

COMO IR

Aos atractivos “clássicos” junta-

ram-se, nos últimos anos, muitos outros. Da lista de novidades do novo milénio fazem parte a London Eye, da qual se desfruta de uma vista fantástica sobre a cidade; o City Hall, edifício em forma de capacete envidraçado que acolhe a Câmara local mas também exposições; as cinco no-vas galerias do Victoria & Albert Museum; e o Fashion & Textile Museum, fundado pela designer Zandra Rhodes.

Londres é uma cidade de visita obrigatória. Um rico património histórico e arquitectónico, inú-meros museus e galerias de arte, restaurantes com todos os sabores do mundo, mercados de rua, milhares de lojas, incluindo das mais reputadas marcas, e muitos espectáculos de todos os géneros, da ópera ao teatro e à música pop, são alguns dos motivos que sedu-zem multidões de turistas.

ARTE

G r u p o A n í b a lAv. Miguel Fernandes, 45 | 7800 BEJAT. 284 323 272 | Fax 284 323 [email protected]

Luís Serrano e o Presidente

grande ecrã | fi lme***** > hoje 21h30 | Paxjulia - Beja

MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA A história começa nos anos que antecedem a II Guerra

Mundial, quando uma criança japonesa é arrancada à sua miserável família para ir trabalhar como serva numa casa de gueixas. Apesar de uma rival traiçoeira, a criança desabro-cha, transformando-se na lendária gueixa Sayurí.

pub.

Beldade na Ovibeja

Carla veio à feiraFoi uma das sensações da tarde de abertu-ra da Ovibeja. Carla Matadinho, uma das mais belas modelos do país, veio passear à feira e esteve grande parte do tempo no stand da empresa alentejana Sapju.Bonita e charmosa, como muito bem se vê, ofereceu simpatia a quem quis cumprimentá-la. Numa tarde de muito calor e com políticos em bando a rodear o Presidente, Carla Matadinho foi uma aragem fresca e suave que animou muitos visitantes da feira alentejana. Com esta

presença a Ovibeja fi cou também muito mais bela...

Não é provável que a “piada” contada por Luís Serrano ao seu velho amigo Cavaco seja sobre a elegante pre-

sença de Carla Matadinho na Ovibeja. É mais provável que o segredo tenha sido outro. Talvez uma pequena história dos tempos em que os dois se isolavam num

monte do “Alentejo profundo”. Ou então qualquer coisa do tipo: “Eu não lhe disse que o professor ainda vinha à Ovibeja como Presidente”. Uma coisa é certa... não

falta cumplicidade entre os dois!

TEX

TOS:

NA

POLE

ÃO

MIR

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SUGERE...

SEXTA

SÁBADO [14H00] CONCURSO DE RAFEIROS O recinto da Ovibeja recebe

o XVII Concurso Regional de Rafeiros do Alentejo, organi-zado pela ACRA.

SÁBADO. [21H30] CUNHAL ÍNTIMO E PESSOAL Livro de Miguel Carvalho

sobre o líder histórico do PCP é apresentado na Biblioteca Municipal de Aljustrel.

Incêndios. Ministro apresentou dispositivo distrital

JOSÉ CÂNDIDO FÉLIX - PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DO PORCO ALENTEJANO [PÁG. 5]

Bombeiros preparam VerãoO dispositivo distrital de comba-te a incêndios no distrito de Beja envolve 115 bombeiros, coloca-dos em permanência nos quartéis para lidar com fogos nascentes. A este número, somam-se elemen-tos da GNR, privados e do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) que completam o dispositivo vo-cacionado para a primeira inter-venção, de acordo com os planos divulgados no último domingo pelo ministro da Administração Interna, António Costa, em visita que fez à cidade.

05.05.2006 MÁ

XIM

A

MÍN

IMA TEMPO PARA HOJE. Céu geralmente muito nublado, passando a pouco

nublado na parte da tarde. Descida gradual da temperatura. pág. 22

p.02 TEMA > Ovibeja • p.06 RETRATO 7 DIAS• p.08 ANÁLISES & OPINIÃO • p.10 PUBLIREPORTAGEM • p.15 GRANDE ENTREVISTA • p.16 VIDA ACTUAL > Sociedade | Política • p.18 CORREIO DESPORTIVO • p.21 GUI’ARTE

21 9

pub.

Ainda não tinha conhecido um ministro da Agricultura com uma imbecilidade tão grande“

Alcácer do Sal. Escavações arqueológicas deverão decorrer até Julho

Santa Catarinaescava vila romana

Concertos

Cantata em Bejae Castro

A vila romana de Santa Catarina de Sítimos, concelho de Alcácer do Sal, vai ser posta a descoberto após as escavações arqueológicas inicia-das na passada terça-feira, 2, e que deverão prolongar-se até Julho, foi anunciado.Segundo João Faria, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Al-

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Vila romana foi identifi cada em 1977, quando se procedia a trabalhos de alarga-mento de uma rua na localidade de Santa Catarina

A Basílica Real de Castro Verde recebe no sábado, dia 6, a partir das 21h30, no âmbito da XVI Quinzena Cultural “Primavera no Campo Branco”, a cantata “Santo Agostinho – O Cantor da Sede de Deus”, peça coral sinfónica para solista, coro e orquestra, com música da autoria do Padre António Cartageno e textos de Santo Agostinho e Liturgia, compilados e organizados por António Aparício e João Paulo Quelhas. O espectáculo repete no domingo, às 17h, no Teatro Municipal Pax Júlia, em Beja. Ambos os concertos contam com a participação de duas orquestras, solista e maestro, e quatro coros polifónicos da região. Serão no total 140 elementos em palco.

OS SULITÁRIOS LANÇADO EM ÉVORA. António Mega Ferreira apresenta no próximo domingo, na sede da Fundação Alentejo-Ter-ra Mãe, em Évora, o livro Os Suli-tários, de Paulo Barriga (poema) e João Francisco Vilhena (fotogra-fi as). Os Sulitários é a primeira edição da Fundação Alentejo-Terra Mãe.

CONGRESSO DO PS EM BEJA. O Partido Socialista do Baixo Alente-jo reúne em congresso no próximo domingo, 7, na Casa da Cultura da cidade de Beja. Depois da eleição de Pita Ameixa, o encontro servirá para eleger os órgãos federativos e debater as moções de orientação política.

HELIPORTO INSTALADO EM OURIQUE. No âmbito da preven-ção e combate aos incêndios, vai ser instalado junto ao quartel dos Bombeiros de Ourique um helicóp-tero, que permitirá dar resposta a situações de incêndios fl orestais de forma mais rápida. A colocação do veículo possibilitará alcançar as áreas de maior risco a norte do concelho de Odemira, de Ourique e Almodôvar.

E AINDA...

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cácer do Sal, os trabalhos envolvem os serviços da autarquia, desempre-gados e jovens voluntários do conce-lho e de universidades nacionais.A intervenção, que deverá decorrer até Julho, pretende fazer “renascer” a vila romana que se sabe existir no local, um terreno que pertence à edi-lidade desde 1984.“A vila romana foi identifi cada em 1977, quando se procedia a traba-lhos de alargamento de uma rua na localidade de Santa Catarina”, expli-cou o vereador.Em 1984, a área passou para pro-priedade do município e, dois anos depois, chegaram a iniciar-se traba-lhos arqueológicos, os quais, critica João Faria, foram “inexplicavelmen-

te parados”.“Os trabalhos foram parados até hoje, por desinteresse dos anteriores executivos da câmara”, acrescentou, frisando que o actual executivo de maioria socialista do município pre-tende “mudar essa realidade”.O executivo, segundo o vereador, de-cidiu avançar com as escavações ar-queológicas porque está “consciente do potencial turístico e cultural que a ocupação romana, em termos de mu-sealização, pode trazer” para aquela aldeia do concelho.A iniciativa conta com a colaboração da Associação de Defesa do Patrimó-nio de Alcácer do Sal, da Junta de Fre-guesia de Santiago e da Associação de Futebol de Santa Catarina.

No distrito de Beja estarão mobili-zados durante o Verão 115 bombei-ros e 31 viaturas para o dispositivo de reacção a novos incêndios, po-dendo esse número ser reforçado com os recursos adicionais dos cor-pos de bombeiros.Um meio aéreo, 13 torres de vigia e 13 equipas das indústrias de celulo-ses, do ICN e da GNR completam o dispositivo, numa solução que au-menta os recursos disponíveis em 2,7 por cento no Verão e 23 pontos percentuais na fase “Bravo”, entre Maio e Junho.

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solução

INSTRUÇÕES DO JOGOCompletar a grelha (de 9 quadrados) com 81 casas dispostas em 9 colunas alinhando as mesma com os números de 1 a 9, sem que repita nenhum número em cada coluna nem em cada quadrado.

INOVAÇÃO AO SEU DISPOR