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Semântica (parte I) – Prof. Guilherme Lima Moura Versão provisória em PDF do conteúdo da disciplina. O autor é o titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução não autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. A disciplina Estamos iniciando esta nossa breve disciplina sobre Semântica, dando prosseguimento à estrutura curricular que compõe este curso de graduação (licenciatura) em Letras na modalidade à distância. A brevidade acima referida é citada de frente aqui como uma forma de indicar, antecipadamente, o nosso desafio em discutir com vocês sobre um tão amplo e diversificado campo de investigações como é este que, grosso modo, debruça-se sobre o entendimento do significado na linguagem. Proposta tal discussão a partir (e no âmbito) da Linguística, a diversidade nos estudos semânticos não existe por acaso. Ela evidentemente reside na própria variedade de vieses teórico- epistemológicos daquela ciência, como já visto por vocês em disciplinas passadas do curso, como Introdução à Lingüística, Lingüística Formalismo, entre outras. De modo que, do ponto de vista autoral, uma proposta de disciplina sobre Semântica (mesmo restrita ao universo científico- metodológico Lingüístico) pode ser produzida de muitas formas diferentes. Pode fixar-se, eventualmente, num estudo mais histórico-diacrônico com vistas a análises evolutivas; como pode, num esforço mais descritivo-tipológico, estender um amplo olhar classificatório que dê conta do máximo de abordagens existentes na atualidade; ou pode, ainda, privilegiar determinada corrente teórica ou mesmo um autor específico. Pode também tentar tudo isso em conjunto. Seja qual for a proposta escolhida, porém, podemos afirmar que jamais uma carga horária de quarenta e cinco horas será capaz de dar conta plenamente dos estudos no campo da Semântica. Então, o que nos resta? Ora, uma vez que o “estudo do significado” parece-nos (mesmo a partir de um olhar do senso comum) um esforço extremamente necessário, em especial no contexto de um curso de Letras, resta-nos entender que: 1) Pensar as questões semânticas deve ser um esforço que transcende esta disciplina, porque já iniciou em outras que já foram cursadas, continuará em outras tantas que nos aguardam até o fim do curso (ainda que nem sempre isso nos pareça muito claro) e, por fim, acompanhar-nos-á em nossa atuação em sala de aula como professores de língua portuguesa;

Semantica

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    Verso provisria em PDF do contedo da disciplina. O autor o titular dos direitos autorais desta obra. Reproduo no autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilizao, solicitar autorizao prvia do titular dos direitos autorais.

    A disciplina

    Estamos iniciando esta nossa breve disciplina sobre Semntica, dando prosseguimento estrutura

    curricular que compe este curso de graduao (licenciatura) em Letras na modalidade distncia.

    A brevidade acima referida citada de frente aqui como uma forma de indicar, antecipadamente, o

    nosso desafio em discutir com vocs sobre um to amplo e diversificado campo de investigaes

    como este que, grosso modo, debrua-se sobre o entendimento do significado na linguagem.

    Proposta tal discusso a partir (e no mbito) da Lingustica, a diversidade nos estudos semnticos

    no existe por acaso. Ela evidentemente reside na prpria variedade de vieses terico-

    epistemolgicos daquela cincia, como j visto por vocs em disciplinas passadas do curso, como

    Introduo Lingstica, Lingstica Formalismo, entre outras. De modo que, do ponto de vista

    autoral, uma proposta de disciplina sobre Semntica (mesmo restrita ao universo cientfico-

    metodolgico Lingstico) pode ser produzida de muitas formas diferentes. Pode fixar-se,

    eventualmente, num estudo mais histrico-diacrnico com vistas a anlises evolutivas; como pode,

    num esforo mais descritivo-tipolgico, estender um amplo olhar classificatrio que d conta do

    mximo de abordagens existentes na atualidade; ou pode, ainda, privilegiar determinada corrente

    terica ou mesmo um autor especfico. Pode tambm tentar tudo isso em conjunto. Seja qual for a

    proposta escolhida, porm, podemos afirmar que jamais uma carga horria de quarenta e cinco

    horas ser capaz de dar conta plenamente dos estudos no campo da Semntica.

    Ento, o que nos resta? Ora, uma vez que o estudo do significado parece-nos (mesmo a partir de

    um olhar do senso comum) um esforo extremamente necessrio, em especial no contexto de um

    curso de Letras, resta-nos entender que:

    1) Pensar as questes semnticas deve ser um esforo que transcende esta disciplina, porque j

    iniciou em outras que j foram cursadas, continuar em outras tantas que nos aguardam at o fim

    do curso (ainda que nem sempre isso nos parea muito claro) e, por fim, acompanhar-nos- em

    nossa atuao em sala de aula como professores de lngua portuguesa;

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    2) Como nenhuma proposta para uma disciplina como esta seria completa (e, muito menos,

    exaustiva), precisamos trabalhar a que aqui est posta com o mximo de aproveitamento,

    evitando limitarmo-nos s indicaes bsicas de estudo e indo para alm do apenas suficiente.

    Sendo assim, convidamos voc aluno a seguir o caminho por ns indicado como provocao para a

    construo de mais este seu conhecimento. Para tal, imperioso que as prximas etapas, inclusive

    as atividades que proporemos, sejam bem realizadas por vocs!

    Vamos em frente!

    Prof. Dr. Guilherme Lima Moura

    Universidade Federal de Pernambuco

    Ementa

    Estudo das abordagens, dos modelos e das teorias explicativas do significado, enfatizando as

    principais teorias semnticas, tendncias atuais, mtodos e procedimentos de anlise.

    Objetivo Geral

    Apresentar ao aluno ao uma discusso sobre a problemtica do significado, situando-a numa

    disciplina da Lingstica, ou seja, a Semntica e aplicando-a s situaes de ensino de Lngua

    Portuguesa em sala de aula.

    Objetivos Especficos

    1 Confrontar o aluno com a complexidade terico-epistemolgica do significado

    2 Apresentar algumas das principais correntes tericas da Semntica

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    3 Tratar de aspectos semnticos constituintes da linguagem em uso

    4 Estimular o aluno a relacionar a discusso semntica com o curso, com o uso da gramtica e as

    situaes de ensino do Portugus em sala de aula

    Referncias bibliogrficas

    CARVALHO, C. de. Para compreender Saussure. Petrpolis: Vozes, 2005.

    FIORIN. Jos Luiz (Org.). Introduo Lingustica II: princpios de anlise. So Paulo:

    Contexto, 2009.

    OLIVEIRA, Roberta P. de. Semntica In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna C. (org.).

    Introduo Lingustica: domnios e fronteiras. v. 2. So Paulo: Cortez, 2009.

    ROBINS, R. H. Pequena histria da Lingustica. Rio de Janeiro: AO Livro Tcnico, 1983.

    SAUSSURE, F. de. Curso de Lingustica geral. So Paulo: Cultrix, 2004.

    TAMBA, Irne. A Semntica. So Paulo: Parbola, 2009.

    WEEDWOOD, B. Histria concisa da Lingustica. So Paulo: Parbola, 2002.

    Sumrio

    1 Semntica ou Semnticas?

    1.1 O significado

    1.2 Aspectos Histricos, Lingusticos e Epistemolgicos do Significado e da Semntica

    2 Principais Abordagens Semnticas

    2.1 Semntica formal

    2.2 Semntica da enunciao

    2.3 Semntica cognitiva

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    3 Aspectos Semnticos da Lngua

    3.1 Sentido e referncia

    3.2 Figuras de linguagem e pensamento

    3.2.1 Tropos

    3.2.2 O problema da Literalidade

    4 Semntica e Ensino de Lngua Portuguesa

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    1 Semntica ou Semnticas?

    Vamos iniciar este nosso curso de Semntica realizando as atividades 1 e 2. Observem no Frum

    de Interao Professor-Aluno as respectivas indicaes (inclusive de prazo) para a postagem da

    sua resposta.

    ATIVIDADE 1

    Significado, Linguagem e Lngua Portuguesa.

    Assista aos vdeos abaixo indicados acessando os endereos eletrnicos

    correspondentes:

    Vdeo 1: Novo Telecurso Lngua Portuguesa do Ensino Mdio - Teleaula

    01 (disponvel em )

    Vdeo 2: Lngua [Vidas em portugus] (disponvel em

    )

    Em seguida, responda com base nos vdeos assistidos:

    a) Qual a relao entre significado, linguagem e lngua portuguesa?

    b) Como significado e lngua portuguesa se situam em contextos culturais

    e histricos?

    c) possvel falarmos em significados sem linguagem? E sem Lngua? Por

    qu?

    d) Comente a ideia de Saramago sobre lnguas portuguesas.

    e) Destaque algum aspecto que mereceria ser debatido.

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    ATIVIDADE 2

    O que se tem dito sobre Semntica.

    Leia as entrevistas abaixo indicadas acessando os endereos eletrnicos

    correspondentes:

    Entrevista 1: Roberta Pires nos fala sobre Semntica (disponvel em

    )

    Entrevista 2: Identidade e dominao (disponvel em

    )

    Em seguida, faa o que se pede abaixo:

    a) Escreva um breve resumo das discusses apresentadas nas

    entrevistas, associando as ideias de ambas;

    b) Indique o que tm tais discusses a ver com

    i - A construo do significado?

    ii - O ensino de lngua portuguesa em sala de aula.

    c) Destaque algum aspecto que mereceria ser debatido.

    1.1 O significado

    O que precisa ser visto claramente pelos antroplogos, os quais,

    at certo ponto, podem ter formado a idia de que a lingstica

    uma mera ferramenta bastante tcnica e tediosa relegada a um canto

    escuro da oficina antropolgica, que a lingstica

    essencialmente a busca do significado.

    WHORF apud DURANTI, 2001, p. 36

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    A ideia de que a Semntica implica no estudo do significado se no deixa de ser verdadeira , no

    mnimo, imprecisa. Principalmente quando samos do senso comum e adentramos nos estudos

    cientficos da Lingustica. Por outro lado, associar o entendimento do significado s investigaes

    sobre linguagem uma decorrncia natural do pressuposto de que estabelecemos o sentido das

    coisas atravs da linguagem e, evidentemente, das lnguas. Seja qual for o idioma que falemos,

    na linguagem que estamos o tempo todo (re)construindo nossa realidade. A linguagem nosso

    recurso ltimo e mais fundamental para interagir com o mundo. na e com a linguagem que

    descrevemos, informamos, aprendemos, ensinamos, amamos, vivemos. E seja l o que exista para

    alm da linguagem, s nos cognoscvel na linguagem, de modo que o impondervel, ao ser

    referido, torna-se um pondervel que s nosso porque na nossa referncia lingstica

    estabelecemos seus contornos conceituais, ou seja, construmos e atribumos-lhe um sentido, um

    significado que partilhamos socialmente numa comunidade lingustica.

    Portanto, associar a linguagem ao significado to natural quanto associar a linguagem

    Lingstica (embora tantos outros saberes cuidem de estudar a linguagem). Porque, de fato, o

    significado estabelece-se, em ltima instncia, na linguagem. E como essa cincia possui diversas

    reas de especialidade de estudos, cabe rea chamada Semntica a perscrutao em torno do

    significado. Mas, como veremos ao longo da disciplina, podemos dizer que a Semntica consiste

    em muitas Semnticas.

    A Lingustica contempornea no possui uma resposta nica para o problema do significado, e nem

    sempre ela tem validado o popular pressuposto de que a linguagem seria o instrumento que

    representa a realidade pronta e acabada. Para a Semntica da Enunciao, por exemplo, a

    linguagem no acessa o mundo, mas seduz o ouvinte, pela argumentatividade, a inserir-se no

    mundo que criado pelo falante. Ento, o significado no teria a ver com a verdade, tampouco

    com o extralingustico, mas referenciaria o prprio argumento para convencer o outro em seu

    dialogismo. J para Semntica Cognitiva, o significado est no corpo que vive, que se move e que

    est em vrias relaes com o meio, e no na correspondncia entre palavras e coisas (OLIVEIRA,

    R., 2001, p. 43). Neste caso, a significao lingustica emerge de nossas significaes corpreas,

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    dos movimentos de nossos corpos em interao com o meio em que estamos inseridos e deriva de

    esquemas sensrios-motores.

    Estudiosos da linguagem oriundos de outras reas tambm tratam da questo. o caso de

    Humberto Maturana e Francisco Varela (2003), para os quais, ao contrrio do que ainda hoje

    tomado como certo, a cognio no consiste numa captao sensorial de uma realidade

    independente, externa e representvel internamente no crebro. Para estes estudiosos, ns

    vivemos na linguagem.

    Toda reflexo, inclusive a que se faz sobre os fundamentos do

    conhecer humano, ocorre necessariamente na linguagem, que a nossa

    maneira particular de ser humanos e estar no fazer humano. Por isso, a

    linguagem tambm nosso ponto de partida, nosso instrumento cognitivo

    e nosso problema.

    MATURANA; VARELA, 2003, p. 32

    Por sua vez, Foester (1996, p. 68) defende a idias de que no vejo se no acredito, j que para

    enxergar preciso reconhecer algum padro lgico que d sentido ao que captado

    sensorialmente. Segundo este autor, para que se enxerguem outras realidades, todavia, preciso

    abrir-se mo destes mesmos padres explicativos. Como diria Don Juan, Tu no podes ver o que

    no podes explicar. Trata de esquecer de tuas explicaes e comears a ver. (FOESTER, 1996, p.

    67). J Bruno Latour pondera que mesmo a descoberta emprica em laboratrio, atravs da qual se

    investigam as realidades mais friamente objetivas, nada alm da atribuio de um significado

    feita pela subjetividade de um sujeito, que se torna autor e personagem daquilo que fabrica ao

    dizer assim! (LATOUR, 2001).

    Nas discusses sobre linguagem na Filosofia em geral nota-se permanentemente esta questo da

    relao linguagem-realidade, da vinculao entre a coisa e a palavra que a representa. Na Grcia

    Antiga, por exemplo, antes mesmo de Plato e Aristteles esta relao era amplamente discutida.

    Entretanto, com estes dois filsofos que surgem no Ocidente as reflexes seminais sobre o tema.

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    O escrito mais tardio que a Tradio nos legou em nossa cultura

    ocidental como reflexo sobre a linguagem ou, para usar uma expresso

    de hoje, como crtica da linguagem precisamente o Crtilo de Plato,

    escrito presumivelmente no ano 388 a.C..

    OLIVEIRA, M., 2001, p. 17

    Enquanto Plato considerava a linguagem como um instrumento que no capaz de acessar a

    verdadeira essncia das coisas (esta a base da discusso entre naturalismo e convencionalismo

    presente no Crtilo ), portanto, defendia a idia de que palavra e ser esto separados

    (OLIVEIRA, M., 2001, p. 22-23, 27; MATALLO JR., 1994, p. 15), Aristteles, considerando que as

    formas s subsistem na matria e s por estas que obtemos aquelas (MATALLO JR., 1994, p.

    15), move-se

    Numa dupla direo: em primeiro lugar, ele vai acentuar a

    diferena entre linguagem e ser e, nessa linha, [...] vai fixar e at

    aprofundar a concepo designativa da linguagem elaborada por Plato,

    que termina concebendo a linguagem como algo secundrio em relao ao

    conhecimento do real. [...] Foi sob esse prisma que sua teoria lingstica

    influenciou o Ocidente; assim pode-se dizer que foi o ponto de apoio para

    a difuso da concepo platnica de linguagem, que caracteriza o

    Ocidente. [...] No entanto, existe outra dimenso em Aristteles, esta

    mais implcita, segundo a qual, apesar da distncia entre linguagem e ser,

    no h para ns mortais acesso imediato ao ser sem, portanto, a

    mediao lingstica.

    OLIVEIRA, M., 2001, p. 28

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    NOTA

    O Crtilo, famosa obra dialgica de Plato na qual representa idias de

    Scrates, todo dedicado s questes lingsticas particularmente ao

    debate convencionalismo versus naturalismo, ou seja, o debate sobre a

    origem da linguagem e a relao entre as palavras e o que significam:

    Afinidade entre forma e significado (naturalismo)? ocorrncias

    onomatopaicas e simbolismo dos sons da estrutura fonolgica de algumas

    palavras.

    Mera conveno/acordo (convencionalismo)? o vocabulrio pode

    ser modificado vontade e a linguagem continua igualmente eficaz aps a

    mudana ter sido aceita.

    (ROBINS, 1983, p. 9-10 e 14)

    Ao longo da histria alguns dos aspectos desta abordagem foram questionados, mas a idia-base

    de que a linguagem exerce papel secundrio no conhecimento da realidade sobreviveu ao longo do

    tempo e mantm-se firme na modernidade, nos vrios campos do pensamento humano, incluindo-

    se o senso comum. De modo geral, pode-se dizer que s o segundo Wittgenstein questionou

    radicalmente os fundamentos dessa concepo (OLIVEIRA, M., 2001, p. 34).

    De modo que, nos diversos campos de conhecimento, j percebemos como a discusso em torno

    do significado e sua relao com a linguagem e a realidade, marcada por grande complexidade.

    Neste sentido, vamos dar uma pausa neste nosso raciocnio e partir para as prximas atividades.

    Elas consistem no estudo de um dos textos que do suporte nossa disciplina, e que vai detalhar

    de modo mais estruturado esta discusso, e uma relao a ser feita por voc entre nosso tema e

    este seu curso de graduao. Portanto, hora de realizar as atividades 3 e 4, observando

    novamente no Frum de Interao Professor-Aluno as respectivas indicaes (inclusive de prazo)

    para a postagem da sua resposta.

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    ATIVIDADE 3

    Semntica: introduo e classificaes gerais.

    Estude o texto Semntica, de Roberta Pires de Oliveira (OLIVEIRA,

    2009). Em seguida, responda:

    a) O que :

    i - Semntica?

    ii -Semntica Formal?

    iii -Semntica da Enunciao?

    iv - Semntica Cognitiva?

    b) Afinal, h uma Semntica ou vrias Semnticas? Explique.

    c) Qual a relao entre Semntica, linguagem e mundo?

    d) Que concluso central pode-se tirar do texto?

    ATIVIDADE 4

    Relacionando Semntica com o curso.

    Dentre as disciplinas que voc j cursou at o momento, escolha uma e

    identifique em seu contedo aspectos tericos sobre o significado.

    Relacione estes aspectos identificados as questes respondidas na

    atividade 3.

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    1.2 Aspectos histricos, lingusticos e epistemolgicos do Significado e da Semntica

    O significado objeto de especulaes filosficas e perscrutaes cientficas (ou ao menos de

    alguma ateno sistematizada) desde sempre. Tais preocupaes derivaram ao longo dos sculos,

    principalmente, das necessidades prticas que os povos sempre tiveram em lidar com suas

    diversas situaes de linguagem: na comunicao, em si mesma, e em toda a complexidade que

    dela decorre; na preservao de suas expresses e tradies culturais; nos questionamentos sobre

    sua relao com o real e com o conhecer. Na ndia antiga, por exemplo, h mais de 2.500 anos j

    havia uma preocupao gramatical voltada para a preservao da pronncia correta do snscrito, o

    idioma sagrado dos textos religiosos hindus os Vedas. J os pensadores gregos foram os

    iniciadores, na Europa, de toda a tradio ocidental de estudos sobre a linguagem: nascia naquela

    poca uma cincia lingstica, entendida como tal em sentido amplo. Desde ento, tal cincia tem

    sido um foco contnuo de interesse, no qual cada estudioso tem de uma forma ou de outra, para

    concordar ou corrigir tomado parte da obra de seus antecessores. Alm de Plato, tambm nos

    escritos dos pr-socrticos, dos retricos do sc. V a.C., dos sofistas e de Aristteles h

    observaes sobre a linguagem sempre tendo a lngua grega com referncia (ROBINS, 1983, p.

    7-10; p. 14; WEEDWOOD, 2002, p. 17).

    Na Antiguidade, de modo geral, a discusso semntica deteve-se na etimologia, rea na qual

    pouca coisa de valor se produziu devido a excessiva elaborao de etimologias fantasiosas

    visando a comprovao da tese naturalista. No Crtilo aparecem algumas dessas etimologias

    foradas, tratadas jocosamente por Plato, como por exemplo: Poseidon viria de pos desms,

    (restrito aos ps), o que se explicaria pelo fato de Poseidon, como deus do mar, caminhar sobre

    a gua. Tal tendncia de tratamento dos estudos etimolgicos prevaleceu durante toda a

    Antiguidade e Idade Mdia. Mas com os esticos que a linguagem ganha domnio prprio,

    destacada do vasto campo da philosofa, de maneira que as questes lingsticas passaram a ser

    tratadas em obras especficas e de maneira ordenada. Os esticos propuseram a noo de

    significante e significado, de uma forma muito prxima famosa dicotomia proposta sculos mais

    tarde por Saussure. Sobretudo ao rejeitar a equao uma palavra, um significado, os anomalistas

    esticos demonstraram notvel compreenso pragmtica da estrutura semntica da linguagem: os

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    significados das palavras no existem isoladamente e podem variar de acordo com a situao

    contextual (ROBINS, 1983, p. 10-11; p. 17-20).

    Na Idade Mdia, o latim, na condio de idioma da Igreja, seguiu como objeto de ateno por parte

    dos gramticos. A gramtica foi a base da erudio medieval, como arte liberal e como disciplina

    indispensvel para ler e escrever corretamente o latim. O perodo medieval a partir do ano de 1100

    o mais importante para a lingstica. Surge a gramtica especulativa que, indo alm do exigido

    para o ensino do latim, caracteriza bem uma nova fase para os estudos lingsticos. A idia de que

    existiria uma gramtica universal subjacente surge e passa a ser objeto de insistentes pesquisas

    lingsticas (ROBINS, 1983, p. 54-60; WEEDWOOD, 2002, p. 50).

    Mais adiante, o Renascimento viria a ser um divisor de guas e palco de grandes avanos na

    Lingstica, com a Semntica abrindo espao para o desenvolvimento dos estudos da Fontica e da

    Morfologia, sobretudo a partir do sculo XVI. Em meio s intensas mudanas do perodo, aquela

    linha mais ou menos linear sobre a qual caminhara a cincia lingstica, passa a se desdobrar num

    complexo emaranhado de novas linhas de pensamento. Inicia-se a prtica dos estudos diacrnicos,

    em parte pelo esprito de redescoberta da Antiguidade clssica, mas tambm pelo reflorescimento

    de um saber que fornecia as condies tericas necessria para tais anlises histricas. H uma

    descoberta e valorizao da riqueza das lnguas do mundo, estimulada por um cenrio de forte

    expansionismo europeu. Nos sculos XVI, XVII e XVIII, o mundo filosfico estava voltado para o

    debate entre empiristas e racionalistas, e as concepes defendidas por estes e por aqueles

    tiveram reflexos no tratamento dispensado aos problemas lingsticos (ROBINS, 1983, p. 88).

    Polarizaram-se as atitudes ante a linguagem a partir destas duas concepes epistemolgicas, os

    estudos diacrnicos ganham mais profundidade (WEEDWOOD, 2002, p. 66-79).

    No sculo XIX a palavra Lingstica comeou a ser usada para distinguir uma abordagem mais

    inovadora dos estudos sobre linguagem, em relao perspectiva mais tradicional da Filologia,

    basicamente a predominante nos estudos cientficos ocorridos at esse perodo no obstante a

    Filosofia tenha tratado do tema Linguagem em outros campos de perscrutao. , portanto, nessa

    poca que se pode considerar a origem de um carter cientfico da lingstica, sobretudo com o

    desenvolvimento do mtodo comparativo, no obstante os estudos sobre seu objeto a linguagem

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    e a lngua existam desde pocas remotas. Foi tambm nesse perodo que se desenvolveu a

    chamada lingstica histrica (ou diacrnica), atravs da qual, pelo mtodo comparativo, se

    verificavam os tipos de mudanas (fonticas, sintticas e semnticas) pelas quais passavam todas

    as lnguas no decorrer do tempo. Em geral, entende-se que o grande mrito da lingstica do

    sculo XIX foi a consolidao de uma teoria capaz de tratar a histria das lnguas, e de um mtodo

    capaz de servir como fio condutor das pesquisas, posteriormente ampliado nos estudos sincrnicos

    e estruturalistas do sculo seguinte.

    Mas justamente no sculo XX que os estudos sobre a linguagem ganham uma dimenso cientfica

    mais moda do positivismo epistemologia predominante nas cincias em geral sobretudo com

    a publicao do Cours de linguistique gnrale, de Ferdinand de Saussure, em 1916. Avanando

    em conceitos que j haviam sido iniciados por Humboldt, Saussure, como grande precursor do

    atual estado da arte da Lingustica, visto como autor seminal da sua fase estruturalista, que

    inspirou a maior parte da produo cientfica na primeira metade do sculo XX. Nascia, ento, a

    Lingustica Moderna.

    A questo do carter dicotmico da obra saussuriana posta de entrada pelo autor no Cours: o

    fenmeno lingstico apresenta perpetuamente duas faces que se correspondem e das quais uma

    no vale seno pela outra (SAUSSURE, 2004, p. 15). Para Saussure, a lngua um sistema de

    signos formados pela unio do sentido e da imagem acstica. Temos, ento: o significado: o

    sentido, o conceito, a idia, a representao mental de um objeto ou da realidade social em que

    nos situamos a contraparte inteligvel do significante; e o significante: a imagem acstica do

    significado, sua parte sensvel. Estas duas faces da mesma moeda (o signo), esto intimamente

    unidos e um reclama o outro (SAUSSURE, 2004, p. 80; CARVALHO, 2005, p. 31).

    O signo lingstico une no uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem acstica.

    Esta no som material, coisa puramente fsica, mas a impresso psquica desse som, a

    representao que dele nos d o testemunho de nossos sentidos; tal imagem sensorial e, se

    chegamos a cham-la material, somente neste sentido, e por oposio ao outro termo da

    associao, o conceito, geralmente mais abstrato. (SAUSSURE, 2004, p. 80)

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    Negar prioridade aos estudos histrico-comparativistas do sculo XIX foi uma das mais importantes

    rupturas estabelecidas por Saussure. A questo de relevncia para Saussure era a leitura

    sincrnica, indo contra a concepo diacrnica vigente que, de tanto usada, chegou a fazer supor

    em alguns que a Lingstica era basicamente uma disciplina histrica . Entendida a lngua como

    um sistema estrutural, seria inevitvel, em nome da coerncia, que se observasse o fenmeno

    lingstico estudando-o em suas relaes internas, sintagmticas e paradigmticas, a nica e

    verdadeira realidade tangvel que se lhe apresenta.

    NOTA

    Humboldt foi um dos poucos de sua poca (sculo XIX) que no se

    voltaram quase que exclusivamente ao estudo histrico das lnguas. Para

    ele importava o que denominou de aspecto criativo da habilidade

    lingstica humana, ou seja, entender a linguagem significa entender a

    capacidade viva que tm os falantes de produzir e entender os

    enunciados. Estariam em segundo plano as conseqncias observveis do

    ato de falar ou de escrever. Veja detalhes em Robins (1983, p. 141).

    A Lingstica sincrnica se ocupar das relaes lgicas e psicolgicas que unem os termos

    coexistentes e que formam sistema, tais como so percebidos pela conscincia coletiva. [...] O

    objeto da Lingstica sincrnica geral estabelecer os princpios fundamentais de todo sistema

    idiossincrnico, os fatores constitutivos de estado de lngua. (SAUSSURE, 2004, p. 116-117)

    Saussure distinguiu langue (lngua), o sistema de signos, de parole (fala), os atos individuais

    imprevisveis e ilimitados do falante. Para Saussure, a linguagem tem um lado individual e um

    lado social, sendo impossvel conceber um sem o outro. [...] A linguagem a faculdade natural de

    usar uma lngua, ao passo que a lngua constitui algo adquirido e convencional (SAUSSURE, 2004,

    p. 16-17). Portanto, a lngua deveria ser o objeto de estudos sistemticos da lingstica, j que fala

    e falante so fenmenos extra-lingsticos.

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    Segundo a lingstica saussureana, as relaes sintagmticas baseiam-se no carter linear do signo

    lingstico: impossvel a pronncia simultnea de dois elementos. H, portanto, uma sucesso

    linear dos elementos da lngua a chamada cadeia da fala. Quando as relaes que surgem da

    associao que o indivduo faz com termos que no esto presentes no discurso, mas com os quais

    os termos que esto presentes no discurso se comparam de variadas formas, trata-se de relaes

    paradigmticas. A relao paradigmtica uma relao associativa com elementos que esto fora

    do discurso, portanto fora do plano sintagmtico (CARVALHO, 2005, p. 101).

    No sem motivos Saussure considerado o Pai da Cincia Lingstica. Seus postulados deram

    origem a uma srie de correntes, e raros so os estudiosos da disciplina que no lhe fazem

    referncia ou lhe tomam como ponto de partida. Por exemplo, segundo Carvalho (2005, p. 133-

    135), de uma forma ou de outra, todas essas escolas se basearam no pensamento saussuriano:

    Escola de Genebra: Bally, Sechehaye, Frei; Escola Fonolgica de Praga: Jakobson, Trubetzkoy;

    Escola Funcionalista de Paris: Martinet, Benveniste; Escola de Copenhague (estruturalista

    propriamente dita): Hjelmslev, Uldall, Brndal, Togeby. Suas idias irradiaram-se tambm para

    outras cincias, sendo a base do movimento estruturalista ampliado nos anos trinta.

    O outro dos dois mais importantes destaques da Lingstica do sculo XX Noam Chomsky. Em

    1957, ao publicar Syntatic Strucutures, ele prope a gramtica gerativa, concepo que se

    distanciava fortemente do padro estruturalista e behaviorista anteriormente dominante, tornando-

    se desse modo um divisor de guas. Nenhuma outra abordagem terica at ento havia proposto

    objetivos to arrojados: realizar uma descrio de tudo o que constitui a competncia lingstica do

    falante nativo. Para Chomsky, a competncia capacidade do sujeito falante de formar e de

    reconhecer frases gramaticais na infinidade das construes possveis de uma lngua, enquanto a

    performance a realizao concreta da competncia. Segundo Kristeva (1969, p. 293), por

    meio da gramaticalidade baseada na intuio do locutor que se infiltra, na teoria rigorosamente

    formalizada de Chomsky, o seu fundamento ideolgico, a saber, o sujeito falante que os

    bloomfieldianos queriam afastar de sua anlise .

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    NOTA

    Nesta mesma poca desenvolve-se, em paralelo s idias chomskyanas,

    uma concepo funcionalista preocupada em identificar as funes da

    lngua, com forte nfase no campo da fonologia.

    Foi Charles Morris quem primeiro fez uso do termo pragmtica para designar a nova disciplina

    que se desdobraria da Semitica (esta uma cincia dos signos ou teoria geral dos sinais),

    nascida no incio do sculo XX a partir dos estudos de Charles Peirce e Saussure. Entendida a

    semiosis, grosso modo, como um processo em que alguma coisa funciona como sinal para algum,

    estava estabelecida a relao tridica da Semitica proposta por Peirce: 1) o sinal em si; 2) aquilo

    que ele designa; 3) o indivduo para quem ele funciona enquanto sinal. Morris leva a idia adiante

    propondo que tal relao tridica seja reconcebida, ento, em trs disciplinas: sintaxe, o estudo da

    relao entre os signos; semntica, o estudo da relao entre os signos e os objetos aos quais eles

    se aplicam; e pragmtica, o estudo da relao entre os signos e seus intrpretes (DASCAL, 1982,

    p. 8-9; ARMENGAUD, 2006, p. 11; LEVINSON, 2007, p. 1-2; MARCONDES, 2005, p. 7-8).

    A situao histrica da Semntica, neste caso, ocorre a partir da Semitica.

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    De modo a enriquecer com maiores detalhes esta discusso, realize as atividades 5 e 6, mais uma

    vez observando no Frum de Interao Professor-Aluno as respectivas indicaes (inclusive de

    prazo) para a postagem da sua resposta.

    ATIVIDADE 5

    A Semntica de Ontem e Hoje.

    Estude o captulo 1 do livro A Semntica, de Irne de Tamba (TAMBA,

    2009, p. 10 a 50). Em seguida, faa o que se pede abaixo:

    a) Faa um fichamento do texto em um documento formato Microsoft

    Word com at 3 pginas, postando-o na base de dados. essencial

    apontar as idias centrais discutidas pela autora.

    ATIVIDADE 6

    Relacionando Semntica com uso de gramticas em sala de aula.

    Escolha uma gramtica que esteja sendo usada no ensino de lngua

    portuguesa em alguma escola (ensino fundamental ou mdio) que voc

    tenha acesso. Analise-a e identifique de que maneira ela aborda as

    questes semnticas. Relacione o que encontrar os textos estudados nas

    atividades 3 e 5.