Seminario Farmacologia - Ulcera Peptica

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lcera PpticaFarmacologiaTaciana Bretas Talita Magalhes Tatiana Estorani Thamara Hiplito

ConceitoA lcera pptica (UP) consiste em leso escavada, geralmente solitria e crnica, que se forma na mucosa esofagogastrintestinal em conseqncia da digesto cido-pptica dos tecidos.

-> Ao contrrio das eroses e ulceraes, que so mais superficiais, ela atinge a camada muscular prpria.

Sintomas: Sensao de dor tipo queimao (mais comum) ou vazio na regio epigstrica. A dor geralmente ocorre entre as refeies e algumas vezes acorda o paciente durante a noite. Pode durar durante minutos ou horas. Alvio quando o paciente se alimenta ou faz uso de anticidos. Menos comuns: nusea , vmitos , perda do apetite e de peso.

Locais acometidos: Bulbo duodenal

Incisura angular da pequena curvatura estomacal Tero inferior do esfago

Divertculo de Meckel com mucosa gstrica atpica Borda intestinal de gastroenteroanastomose Sndrome de Zollinger-Ellison (em vrias regies do duodeno e no jejuno proximal

Alguns dados epidemiolgicos... Estima-se que 5-10% da populao adulta da maioria de pases ocidentais tenham ou venham a ter UPD em algum momento da vida. Acomete mais homens que mulheres UD = 3:1 UG = 2:1 A UPD 4 vezes mais comum que a UPG

Secreo de HCl estimulada por: Ach Histamina Gastrina (principal)

E inibida por: - somatostatina

MecanismosRompimento do equilbrio: 1) Reduo dos fatores de defesa 2) Aumento dos fatores de agresso 3) Ambas causas

UPG Queda da defesa da mucosa. menos freqente que a UD Entre 55-70 anos

X

UPD Aumento da agresso mucosa Est estreitamente relacionada infeco por H. pylori. Mais comum Entre 30-55 anos

Observa-se UPD com deformao do bulbo duodenal e um pseudo-divertculo por cicatriz antiga.

Mecanismos da infeco por H. pylori Promovem inflamao crnica da mucosa gastrintestinal Formam tneis na camada de muco -> exposio da mucosa gstrica ao de enzimas e cidos

Alta produo de urease: converte uria em amnia e gs carbnico. H uma alcalinizao do meio (elevao do pH da mucosa antral) -> estimula as clulas G a liberarem gastrina, que aumenta a liberao de HCl pela clulas parietais (hipercloridria).

Outros fatores: Uso crnico de AINES (destaque para AAS) Fumo lcoolAgresso qumica e fsica na mucosa gastrintestinal

Patrimnio gentico

Etiopatognese do uso crnico de AINEs no desenvolvimento da UP: Ao local: - Provocam leses superficiais da mucosa (petquias ou eroses) Ao sistmica: - Inibio da COX-1 reduz a produo de PG endgena, que protege a mucosa gstrica, regula o fluxo sanguneo, a replicao celular e a secreo de muco e bicarbonato. Logo, a mucosa fica menos resistente a fatores agressores intraluminais.

Mtodos diagnsticos Endoscopia + bipsia

Radiologia Teste Respiratrio da Urease

Prognstico/Complicaes1) Hemorragia (mais comum) - macia (hematmese ou melena, pode levar ao choque) - pequenas hemorragias (pode levar a anemias, causa de morte em idosos principalmente) 2) Perfurao da parede - peritonite - septicemia - aderncias 3) Estenose e deformaes 4) Malignizao (10% do carcinoma gstrico est associado a UPG, que por sua vez est relacionada a gastrite crnica, que leva a metaplasia intestinal). UPD geralmente no se maligniza.

Abordagem teraputica Sangramento = pode ser feita cirurgia para hemostasia do local, mas h opes por via endoscpica, como eletrocoagulao por bisturi eltrico ou injeo de adrenalina para vasoconstrio Perfurao = emergncia cirrgica

lcera simples: - Tratamento farmacolgico - Conselhos dietticos

Conselhos DietticosDeve-se evitar: Fruta cida Temperos fortes (picantes, pimenta, etc.) Caf lcool e bebidas gaseificada

Farmacologia da lcera pptica1. Agentes que diminuem a secreo cida1.1 Inibidores de bomba de prtons ( omeprazol, esomeprazol)A classe mais potente (eficcia equivalente dentro da classe) ativado em ambiente cido tem absoro sistmica e entra no epitlio via sangunea, atingindo os canalculos secretores de acido, onde se liga a bomba de prtons Existe formulao parenteral atinge 90% de inibio

Liga a H+,K+-ATPase, inativando IRREVERSIVELMENTE a molcula-bomba, efeito duradouro independente da concentrao sangunea

Efeitos adversos Dor abdominal

Diarria

Cefalia

So metabolizados no fgado reduzir doses em pacientes com doenas hepticas

1.2 Antagonista H2(cimetidina, ranitidina)Boa segurana e eficcia, foram muito importantes antes do advento dos inibidores da bomba de prtons Compete com a histamina reversivelmente Inibio basal e noturna Existem formulaes parenterais Excreo renal reduzir dose em doena renal

Efeitos adversos: Diarria Mialgia

Cefalia

Fadiga

Pode acarretar hipergastrinemia secundria, numa tentativa de estimular a liberao de mais cido, o que no ocorre com os inibidores de bomba de prton Ambos podem acarretar aumento da acidez por efeito rebote quando o tratamento interrompido e a retirada do frmaco deve ser gradual

2. Agentes que aumentam a defesa da mucosa2.1 Anlogos de prostaglandina - misoprostol As prostaglandinas PGE2 e PGI2(prostaciclina) diminuem secreo cida e aumentam muco e bicarbonato e fluxo sanguneos

Efeitos adversosDiarria, com ou sem dor abdominal e clicas, ocorre em at 30% dos pacientes que tomam misoprostol Misoprostol contra indicado na gravidez porque pode aumentar a contratilidade uterina.

Precisa ser tomado quatro vezes ao dia, o que dificulta a aderncia ao tratamento.

2.2 SucralfatoProduz um polmero viscoso que adere as paredes do epitlio, ou seja, como um muco artificialPode ser que aumente a produo de prostaglandinas e fator de crescimento epitelial Seu uso vem diminuindo Pode inibir absoro de outras drogas

2.3 AnticidosBicarbonato de sdio, magnsia, etc. Usados para alivio dos sintomas ocasionalmente

2.4 OutrosAntagonistas muscarnicos Baixa eficcia, muitos efeitos colaterais Compostos de bismuto se ligam a base da lcera, aumenta produo de bicarbonato e mucina e tem ao antibacteriana no so usados sozinhos

Teraputica da lcera PpticaObjetivos do tratamento: Aliviar a dor; Auxiliar e acelerar o processo de cicatrizao; Promover a cura definitiva; prevenindo as recidivas.

Teraputica Clnicalcera pptica associada infeco por H. pylori lcera pptica associada ao uso de AINE

Associao de 3 medicamentos: Dois antimicrobianos;

1) Suspenso ou reduo da dose do antiinflamatrio em uso

Inibidor de bomba de prtons ouAntagonista H2 ou Anlogo de prostaglandina E1

Inibidor de bomba protnica ou Antagonista H2

2) Impossibilidade de alterao do tratamento antiinflamatrio

Inibidor de bomba de prtons ou Anlogo de prostaglandina E1ou Antagonista H2

Teraputica ClnicaEsquema clssico tratamento lcera pptica por H. pylori: 20 mg/dose omeprazol ou 30 mg/dose lanzoprazol ou 40 mg/dose pantoprazol ou 20 mg/dose rabeprazol + 500mg/dose claritromicina + 1.000 mg/dose amoxicilina

7 dias com 2 administraes dirias:

Teraputica Clnicalcera pptica associada ao uso de cido acetilsaliclico (AAS):

lcera pptica idioptica:

Uso concomitante ao AAS: Antagonista H2 ou Inibidor de bomba protnica ou Nitratos

1) lcera no-complicada:

Antagonista H2 por 4 a 8 semanas2) lcera complicada:

Se cicatrizao normal: Antagonista H2 por perodo indeterminado Se cicatrizao lenta ou ausente: Inibidor de bomba protnica por perodo indeterminado

Referncias Bibliogrficas http://www.oje.pt/especiais/mais-saude/ulcera-peptica-aspectosessenciais http://equipedigestorio.blogspot.com/2009_06_01_archive.html http://www.gastrointestinalatlas.com/Espanol/Duodeno/Ulcera_Duodena l/ulcera_duodenal.html http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/gastrite/gastrite.php http://fisioterapiaepatologia.blogspot.com/2009_12_01_archive.html BOGLIOLO, Luigi; BRASILEIRO Filho, Geraldo. Patologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. GOODMAN, Louis Sanford; GILMAN, Alfred Goodman (Ed). As bases farmacolgicas da teraputica. 11. ed. Rio de Janeiro: McGraw - Hill, 2007. Coelho LGV, Zaterka S,. II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori KATZUNG, Bertram G. Farmacologia bsica e clnica. 10.ed. So Paulo: McGraw-Hill, 2008.

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