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Pub. RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE, 138 960 331 167 Sábado | 24 janeiro 2015 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 840 • 8.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa CULTURA 9 Peça "As criadas" surpreende e emociona no Teatro Municipal do Barreiro Fotos: DR NEGÓCIOS 12 Diretor-Geral da ExcentrikVetor, Francisco Martins, prepara novos desafios SOCIEDADE 3 Cinemas da região perdem 400 mil espetadores nos últimos dez anos A decisão decorre dos últimos episódios com mortes nas urgências do país, entre as quais as ocorridas no São Bernardo, em Setúbal, e Garcia de Orta, em Almada. Os novos centros espalham-se pelas localidades do Seixal, Almada, Barreiro, Moita, Alcochete, Pinhal Novo, Azeitão e São Sebastião (Setúbal), Sesimbra e Palmela. PÁG. 3 Portos de Setúbal e de Sines com um 2014 histórico NEGÓCIOS Os portos de Setúbal e de Sines bateram todos os recordes o ano passado, em movi- mentação de carga e em volume de negócios. Um ano em cheio que comprova a sua dimensão nacional. PÁG. 13 JORGE HUMBERTO Pergunta o que houve de novo no turismo de 2014 ARLINDO MOTA E o sal que não salga para explicar o tormento da crise PAULO EDSON CUNHA Enfatiza o benfiquismo no dossier da câmara do Seixal AMÉLIA ANTUNES Fala das confusões que pairam na gestão PSD/CDS CATARINA MARCELINO Diz que a governação 'Rosa' marca a diferença na região JOÃO COUVANEIRO Abre nova rubrica para falar de Educação e cidadania Vitória de Setúbal tem uma nova estrela no atletismo DESPORTO Só há cerca de dois anos pratica a modalidade, depois de um longo percurso na natação. Mas a juvenil Sofia Ribeiro agora só pensa que «o céu é o limite», após ter vencido os nacionais. PÁG. 11 Litoral Alentejano quer Pires de Lima a falar do IC1 e IP8 SOCIEDADE Os presidentes dos municípios do Litoral Alentejano, reunidos no seio da CIMAL, lide- rada por Vitor Proença, querem ser reunidos por Pires de Lima. Estão fartos de estradas perigosas. PÁG. 3 Distrito vai ter 12 centros de saúde incluídos no plano de contigência contra a gripe

Semmais 24 janeiro 2015

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Edição do Semmais de 24 de Janeiro

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Pub.

RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGALRUA GENERAL GOMES FREIRE, 138  960 331 167

Sábado | 24 janeiro 2015 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 840 • 8.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

CULTURA 9Peça "As criadas" surpreende e emociona no Teatro Municipal do Barreiro

Fotos: DR

NEGÓCIOS 12Diretor-Geral da ExcentrikVetor, Francisco Martins, prepara novos desafios

SOCIEDADE 3Cinemas da região perdem 400 mil espetadores nos últimos dez anos

A decisão decorre dos últimos episódios com mortes nas urgências do país, entre as quais as ocorridas no São Bernardo, em Setúbal, e Garcia de Orta, em Almada. Os novos centros espalham-se pelas localidades do Seixal, Almada, Barreiro, Moita, Alcochete, Pinhal Novo, Azeitão e São Sebastião (Setúbal), Sesimbra e Palmela. PÁG. 3

Portos de Setúbal e de Sines com um 2014 históricoNEGÓCIOS Os portos de Setúbal e de Sines bateram todos os recordes o ano passado, em movi-mentação de carga e em volume de negócios. Um ano em cheio que comprova a sua dimensão nacional.

PÁG. 13

JORGE HUMBERTO Pergunta o que houve de novo no turismo de 2014

ARLINDO MOTA E o sal que não salga para explicar o tormento da crise

PAULO EDSON CUNHA Enfatiza o benfiquismo no dossier da câmara do Seixal

AMÉLIA ANTUNES Fala das confusões que pairam na gestão PSD/CDS

CATARINA MARCELINO Diz que a governação 'Rosa' marca a diferença na região

JOÃO COUVANEIRO Abre nova rubrica para falar de Educação e cidadania

Vitória de Setúbal tem uma nova estrela no atletismoDESPORTO Só há cerca de dois anos pratica a modalidade, depois de um longo percurso na natação.Mas a juvenil Sofia Ribeiro agora só pensa que «o céu é o limite», após ter vencido os nacionais.

PÁG. 11

Litoral Alentejano quer Pires de Lima a falar do IC1 e IP8SOCIEDADE Os presidentes dos municípios do Litoral Alentejano, reunidos no seio da CIMAL, lide-rada por Vitor Proença, querem ser reunidos por Pires de Lima. Estão fartos de estradas perigosas.

PÁG. 3

Distrito vai ter 12 centros de saúde incluídos no plano de contigência contra a gripe

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ENFOQUE

Uma cruzada para dobrar o Cabo das tormentas

ORIUNDO de uma família ligada às artes, filho do ator João Sarge-das, Carlos já fez de tudo, mas foi ‘agarrado’ pela fotografia. E foi a partir desta atividade que se ligou ao turismo e ficou com a envol-vência do Espichel na cabeça. «Fui--me apercebendo do potencial tu-rístico da zona, mas também a sua degradação. Após a saída dos ocu-pantes, ainda se pensou que o San-tuário iria ser recuperado e todo o concelho iria ganhar com isso, mas nada aconteceu e até os Cí-rios foram ao longo dos anos aban-donando o local», desabafa.

Carlos Sargedas arrancou com esta cruzada em 2008, quando acompanhou umas jornada sobre o Cabo Espichel. «Nessa altura questionei a autarquia sobre o que estaria pensado para as comemo-rações dos 600 anos do Santuá-rio e nada», reconta. E avançou. Durante oito meses decorreram 16 conferências e muitas exposi-ções de fotografia, como forma de mostrar ao público e às institui-ções o elevado estado de abando-no a que aquele património edi-ficado estava votado.

A edição de um livro e a pro-dução de um documentário, lan-çado já em 2015, e até um concer-to musical, com a participação de doze bandas, compuseram a car-teira de divulgação do dossier. «Fo-ram estas ações que elevaram a questão a uma escala nacional, fui a todas as televisões e o assunto

para a agenda mediática. Mas do ponto de vista político tem sido dois anos de loucura», afirma.

Grande vertigem nos corredores do poder

Correu grupos parlamentares e entrou numa vertigem de atri-buição de culpas pela situação ma-cabra que se verifica naquele pa-trimónio nacional. «O Tesouro diz que é com a Câmara de Sesimbra, a Cultura sacote a água do capo-te e até já fui à presidência da As-sembleia da República», lamen-ta. Agora espera que o polémico dossier suba até à Provedoria da República, até porque uma das

questões que está em causa é, se-gundo diz, «o Estado que solicita um milhão de euros para devol-ver uma ‘coisa’ que lhe foi dada de borla».

E quanto às culpas, Sargedas dispara em todas as direções:

«Acho que as culpas são em pri-meiro lugar de todos aqueles que deixaram que a situação chegas-se a este ponto. Aos Círios que fo-ram deixando os espaços que lhes eram pertença, apesar de alguns deles dizerem ter sido “postos dali para fora”. À igreja que deixa as coisas acontecer como se não fos-se nada com eles, na esperança que alguém faça alguma coisa e que reclamam ser donos daque-le património, e o Estado porque não cumpriu e pior, não devolve, não faz nem deixa fazer», afirma,

contundente.Sem desalento, Carlos Sarge-

das promete continuar nesta sen-da, sobretudo porque não tem dú-vidas de que a requalificação do Cabo Espichel e do seu Santuário será um ‘balão de oxigénio’ para o desenvolvimento turístico do concelho e da região. «Precisamos nesta região da Arrábida de po-tenciar o turismo da natureza e todas as vertentes associadas, in-cluindo o cine-turismo, como tem provado o festival de cinema Fi-nisterra (ver caixa)», conclui.

Carlos Sargedas luta desde 2008 pela requalificação do Cabo Espichel e do seu santuário

Tem calcorreado os corredores do poder em nome da requalificação do Cabo Espichel e da sua importância histórica. É uma luta que anda aos solavancos, mas sem tréguas, porque o fotógrafo Carlos Sargedas não é de desistir

Texto Anabela Ventura

Finisterra como grande embaixadorCarlos Sargedas é o fundador do Arrábida Film Art & Tourism Festival que arran-cou, quando, como diz, começou a ganhar prémios de fotografia sobre a zona da Arrábida e Espichel. «Passei por vários festivais na Grécia e Polónia e também em Portugal e percebi o potencial de promoção turística que cada festival compor-ta na promoção de uma região. Aos poucos envolvi-me com o festival Art&Tur que na altura havia em Barcelos, durante o qual, através do seu mentor o Dr. Fran-cisco Dias, aprendi muito e me atrevi, dois anos depois, a começar aqui em Sesim-bra», explica. E depois foi o êxito conhecido. «Confesso que fiquei surpreso pelo êxito interna-cional logo no primeiro ano, pois fomos logo referenciados em Cannes e convi-dados a ir lá mostrar o mesmo no Stand do ICA, no ano seguinte. Foi incrível a re-ceção e, de imediato, fomos convidados a formar aquilo que hoje é já uma reali-dade: a Associação Arrábida Film Commission que, no contexto do Finisterra, mostra e desenvolve, promove e tenta atrair produções internacionais de cine-ma para a região da Arrábida», comenta.Hoje, a caminho da 4º edição, o evento cinéfilo, que era para se chamar Festival Cabo Espichel, é reconhecido em mais de 47 países. «Ficou Finisterra, porque o cabo também é um Finisterra», explica.

A causa do turismo e de Sesimbra levou-o à política«Sou um homem de causas e uma delas é Sesimbra, de onde sou natural», diz Car-los Sargedas. Essa foi a grande razão que o levou, nas últimas autárquicas, a lan-çar um movimento político e a candidatar-se à Câmara. «Mais do que reclamar é importante agir. Sei que muitos dizem que sou ‘um louco com a mania das gran-deza’, mas a minha máxima é a de que tudo é possível, com determinação e tra-balho», diz ao Semmais. Carregado de ideias para o turismo da região, diz que ainda lhe falta fazer muita coisa, e parte dentro de dias para o Brasil, onde vai pro-mover Sesimbra, a Arrábida, o Festival Finisterra.

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SOCIEDADE

Região tem 12 centros de saúde no plano de contingência da gripe

A PENÍNSULA de Setúbal vai ter 12 centros de saúde de portas aber-tas durante mais tempo – à noite e aos fins-de-semana - até ao dia 27 de Fevereiro. O objetivo do Go-verno aponta ao reforço do aten-dimento aos doentes numa épo-ca especialmente vulnerável. Se-gundo a própria Direção Geral de Saúde, espera-se uma maior afluên-cia de doentes por causa da epi-demia de gripe, mas esta medida excecional também pretende con-tribuir para aliviar os serviços de urgência dos hospitais de Setúbal, Almada e Barreiro. Não têm falta-do exemplos de congestionamen-tos no último mês.

Segundo a lista a que o Sem-mais teve acesso (ver caixa), as unidades de cuidado de saúde es-caladas pela tutela para prolon-garem o horário de funcionamen-to neste plano e contingência da gripe estão radicados em Palme-la, Sesimbra, Setúbal, Azeitão, Pi-nhal Novo, Alcochete, Moita, Bar-reiro, Seixal e Almada.

Os horários alargados vão man-ter-se ao longo de seis semanas, tendo o plano sido anunciado numa altura em que as urgências hospi-talares passam por grande dificul-dades para responderem a uma ele-vada afluência de pacientes, ten-do o distrito sido notícia devido a três casos de morte nestes servi-ços, após largas horas de espera.

O primeiro caso reporta-se a 2 de Janeiro. Diamantino Teixeira, e 77 anos, que morreu nas urgências do Hospital de Setúbal, onde, se-

gundo os familiares, esteve cerca de quatro horas à espera de ser aten-dido, embora a administração da unidade de saúde tenha garantido que a morte se ficou a dever ao fac-to do doente sofrer de múltiplas patologias e ter sido vítima de «agra-vamento clínico súbito», pelo que os esforços realizados não evita-ram o trágico desfecho.

Os argumentos do hospital não convencem a família. A filha, Lur-des Teixeira, alerta mesmo ter ha-vido uma desvalorização do qua-dro clínico do pai, que tinha sido operado há cerca de oito meses. O idoso vomitou durante cerca de

24 horas - entre o dia 1 e 2 de ja-neiro - e viria ficar confuso, até que a família decidiu chamar o INEM.

Porém, segundo relata Lur-des Teixeira à Lusa, o médico que se deslocou ao local considerou que o paciente precisava apenas de ser hidratado e informou o Centro de Orientação de Doen-tes Urgentes de que não era ne-cessário enviar uma ambulância para assegurar o transporte do doente ao hospital.

Uma semana depois, um ido-so morria no Hospital Garcia de Orta, após uma espera de três ho-ras. O homem tinha ficado com pulseira amarela após a triagem. A investigação do hospital tam-bém concluiu que não haveria nada a fazer, mas no último sá-bado a unidade de saúde volta-ria a ser acusada de ter abando-nado uma idosa, que também aca-baria por morrer.

Chamava-se Maria Vitória Moreira Forte. Segundo a famí-lia, deu entrada sábado, pelas 11.00 horas, vindo a ser vista por um médico «apenas cerca das 20.15», segundo o filho, João Carlos Silveira, que se afirma «indignado» com a forma como a mãe «foi deixada ao abando-no numa maca de um corredor sem comer». A idosa foi triada assim que entrou na unidade de saúde, ficando com pulseira amarela.

João Carlos Silveira revela que Maria Vitória Forte até chegou a ser chamada pelas 19.30, mas o filho não percebeu o número do gabinete. «Pedi ajuda à enfermei-ra, que, nessa altura, estava a mu-dar a fralda à minha mãe. Res-pondeu-me que naquele momen-to não podia ser», relata. Foi ter com o médico para explicar a si-tuação, mas garante ter sido mal recebido. «Pôs-me fora antes de a ir ver”, conta, relatando que a mãe, de 89 anos, estava acama-da há cinco meses na sua casa, em Almada.

Reforço pretende evitar que casos graves cheguem às urgências e reduzir afluência aos hospitais

DR

É uma decisão que decorre das últimas ocorrências nas urgências do S. Bernardo, em Setúbal, e Garcia de Orta, em Almada, com duas mortes polémicas.

Texto Roberto Dores

A lista das unidades de saúde com horários prolongadosAC Almada – Dias úteis das 20.00 às 22.00. Sábados e domingos das 10.00 às 17.00AC Seixal – Dias úteis das 20.00 às 22.00. Sábados e domingos das 10.00 às 17.00AC Barreiro, extensão da Quinta da Lomba – Dias úteis das 18.00 às 22.00. Sábados e domingos das 9.00 às 22.00AC Moita, extensão da Baixa da Banheira – Dias úteis das 18.00 às 22.00. Sábados e domingos das 09.00 às 22.00.AC Alcochete – Só abre sábados e domingos das 09.00 às 18.00AC UCSP Pinhal Novo – Praça do Ultramar – Só dias úteis das 14.00 às 20.00. Praça da República – das 14.00 às 20.00AC UCSP Azeitão – Só dias úteis das 14.00 às 19.00AC UCSP São Sebastião – Só dias úteis das 14.00 às 20.00AC UCSP Sesimbra – Dias úteis das 15.00 às 20.00. Sábados e domingos das 11.00 às 21.00AC UCSP Palmela – Só sábados e domingos das 10.00 às 20.00AC UCSP São Sebastião – Só sábados e domingos das 10.00 às 20.00*AC -Atendimento ComplementarUCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados

Casos clínicos não convencem famílias

Arguidos no caso da explosão no prédio n.º 13 em Setúbal não falaram no julgamentoOS TRÊS técnicos das empresas Gasfomento, Ecatotalinspe e Se-tgás acusados de comportamen-tos negligentes no decorrer de uma verificação ao sistema de gás do prédio nº 13 da Rua Afonso Paiva, no Monte Belo, em Setúbal, em No-vembro de 2007, e que terá esta-do na origem de uma explosão, re-cusaram-se a prestar declarações na fase inicial do julgamento que decorre desde segunda-feira, ad-mitindo no entanto que poderão fazê-lo posteriormente.

Além de tentar apurar eventuais responsabilidades criminais dos três arguidos, o tribunal singular, presidido pelo juiz Tiago Pruden-te, vai apreciar os pedidos de in-demnização por danos morais e patrimoniais apresentados pelas quarenta e oito famílias que resi-diam no prédio quando ocorreu a explosão, pelos moradores de pré-dios vizinhos e proprietários de es-tabelecimentos comerciais

As obras de estabilização do pré-dio custaram mais de 750 mil euros ao Governo Civil de Setúbal e a re-construção do prédio custou cerca de 1,3 milhões de euros pagos pelas seguradoras dos condóminos, sen-do que agora, quer o Estado Portu-guês quer as seguradoras, querem recuperar os montantes gastos. Os pedidos de indemnização no pro-cesso cível, que também serão apre-ciados no julgamento, ascendem a cerca de quatro milhões de euros.

As próximas cinco sessões do julgamento vão decorrer entre os dias 26 e 30 de janeiro, no Auditório Municipal Charlot cedido ao tribu-nal pela Câmara Municipal de Setú-bal, face ao elevado número que, só no caso das testemunhas, ascende a mais de 200.

Litoral alentejano pede audiência a Pires de Lima sobre o atraso das obras do IC1 e IP8OS PRESIDENTES dos municípios do Alentejo Litoral, reunidos na Co-munidade Intermunicipal do Alen-tejo Litoral (CIMAL), pediram uma audiência ao Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações para debater os gra-ves constrangimentos desta sub-re-gião no que respeita às acessibilida-des, nomeadamente estradas e fer-rovia. “Decorridos vários meses, não se obteve qualquer resposta”, dizem

os autarcas, que solicitam agora au-diência ao Ministro Pires de Lima.

Os autarcas de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Ca-cém e Sines, têm acompanhado com «enorme preocupação» a situação das infraestruturas de transportes no Alentejo Litoral. Independente-mente das ações levadas a cabo in-dividualmente por cada município, no seio da CIMAL os autarcas, além de “uma posição convergente têm

procurado um canal de interlocu-ção com o Governo. Contudo, os pe-didos de audiência enviados duran-te 2014 para o secretário de estado da tutela têm ficado sem resposta”.

Apesar das diversas promes-sas, nomeadamente relativas à re-qualificação do troço do IC1 entre Alcácer do Sal e Grândola e ao rei-nício das obras dos troços a con-cluir no IP8, é visível a ausência de “consequências no terreno”. Estas

são duas vias “fundamentais para a mobilidade dentro da região, mas também de acessibilidade exter-na”. No caso do IC1, a sinistralida-de “grave tem-se sucedido e a via não apresenta quaisquer condi-ções de circulação”.

Vítor Proença,presidente da CIMAL

Prédio n.º 13 depois da explosão

DR

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SOCIEDADE

Cinemas do distrito perderam 400 mil espectadores em dez anos

AS SALAS de cinema da região per-deram 394564 espectadores no es-paço de uma década. Em 2004 um total de 51 ecrãs reuniram à sua fren-te 1 538 000 clientes, enquanto em 2014 os 43 ecrãs não foram além de um 1 143 436 espectadores, para uma receita de 5,9 milhões de eu-ros. Ainda assim, o distrito de Setú-bal entra nas estatísticas como o ter-ceiro «mais importante» de Portu-gal, apenas atrás de Lisboa e Porto.

A revelação é feita à boleia dos dados provisórios do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), a que

o Semmais teve acesso, atestan-do a curva descendente do núme-ro de espectadores nas salas de ci-nema da península ao longo dos últimos dez anos, tendo 2014 re-gistado a audiência mais baixa da última década.

O distrito seguiu assim a ten-dência exibida pela maioria das re-giões do país, sendo que os bilhe-tes vendidos em 2014 traduzem ain-da uma queda de 3,8% face a 2013, que, por seu lado, já tinha sido um período que dava sequência a qua-tro anos de quedas consecutivas,

desde que em 2008 se atingiram va-lores mais animadores para a séti-ma arte nas salas da região.

Foi nesse ano que os 11 recintos – menos dois que os 13 do ano pas-sado – e os 48 ecrãs acumularam 1588608 de espectadores. Os clien-tes assistiram nesse ano a 54250 ses-sões, mais 8072 do que as 46178 exi-bidas em 2014.

Ainda no distrito de Setúbal o

“The Hunger Games: A Revolta – Parte 1” foi o filme mais visto em 2014, enquanto no cinema portu-guês, o campeão de bilheteira foi “Os Maias – Cenas da Vida Român-tica”, de João Botelho.

O negócio da exibição cine-matográfica continua a ter na NOS Cinemas (antiga Lusomun-do) a grande dominadora com uma quota de mercado que che-ga aos 61,6%. Seguem-se a UCI (12,3%), a Cineplace (8,7%) e a NLC (6,6%). Em conjunto, estas quatro empresas representam

89,2% do mercado nacional.A liderança repete-se na área da

distribuição com a Nos Audiovi-suais a assumir mais de metade do mercado (57%). A Big Picture Films (empresa participada pela NOS Au-diovisuais) ocupou o lugar deixa-do pela extinta Columbia TriStar Warner e tornou-se na segunda dis-tribuidora mais importante com 26% de quota de mercado. As duas líderes representam para cima de 80% do total.

Roberto Dores

Ainda assim distrito é dos mais cinéfilos do país

Casas velhas do distrito vão ter apoios do Estado que as podem deixar novas em folhaTEM ALGUMA casa a precisar de obras profundas, mas não dis-põe de dinheiro para as fazer? Ou mora em algum prédio que carece de intervenção, mas nem todos os condóminos estão dis-postos a pagar? A solução para estes dois exemplos pode estar a caminho, como explicou ao Semmais o secretário de Esta-do do Desenvolvimento Regio-nal, Manuel Castro Almeida, de-pois do Governo ter criado um fundo de 2 mil milhões de euros destinados a financiar a reabi-litação urbana promovida por privados em todo o país. Alguns dos centros históricos da região estão na calha para aproveita-rem o programa.

O financiamento é apresen-tado pelo governante com «a vantagem» dos senhorios pas-sarem a usufruir de «prazos lon-gos e com taxas muito baixas», numa altura em que já foi publi-

cado em Diário da República o despacho que criou o grupo de trabalho que vai agora desenhar o instrumento financeiro.

O grupo já tem menos de 30 dias para essa tarefa que vai jun-tar fundos comunitários. «Serão verbas dos programas operacio-nais regionais e do programa operacional nacional para a sus-tentabilidade e eficiência no uso de recursos», explicou Manuel Castro Almeida, revelando que o financiamento terá origem no Banco Europeu de Investimen-tos e da banca comercial.

Depois será gerido pelas en-tidades financiadoras e pelas au-tarquias, que o governante con-sidera serem essenciais na iden-tificação dos prédios e no estí-mulo aos proprietários” para que recorram ao financiamento. «É possível que esta medida dina-mize o mercado de arrendamen-to e consiga também melhorar

a eficiência energética das ha-bitações, contribuindo para mu-dar a imagem das cidades», acres-centou.

Ainda assim, ficou a ressal-va: «Não se trata de verbas a fun-do perdido, mas antes de em-préstimos a taxas muito baixas, por serem fundos europeus, que não têm juros, e de longo prazo, que poderão chegar mesmo aos 20 anos», insistiu o governante, acreditando que a oportunida-de será aproveitada «por mui-tos proprietários e que o país vai começar a melhorar o seu par-que urbano».

O mesmo representante do Governo deu ainda o exemplo de prédios onde morem várias famílias: «O fundo prevê apoio a todas e não apenas a algumas. Não faz sentido um edifício ser parcialmente recuperado, en-quanto a outra parte continua degradada».

Requalificação urbana pode ver a ter outra oportunidade

DR

“The Hunger Games: A Revolta” foi o filme mais visto

Em 2004, as cerca de cinquenta salas de cinema da região registaram 1.538.000 espectadores, contra 1.143.436 verificadas o ano passado. Ainda assim o distrito é o terceiro mais cinéfilo do país.

Manuel Castro Almeida afir-mou ainda que o objetivo é que o fundo, que inicialmente pode-rá ser superior aos 2 mil milhões

de euros, possa vir a crescer com o tempo à medida que o dinhei-ro emprestado for sendo amor-tizado.

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Francisco Cardoso reconduzido no cargo de Provedor da Misericórdia de PalmelaFRANCISCO CARDOSO, que apos-ta num trabalho de parcerias, foi reconduzido no cargo de Prove-dor da Misericórdia de Palmela pela quarta vez. Francisco Cardo-so afirmou que, com o novo en-quadramento legal das misericór-dias, é preciso, cada vez mais, «tra-balhar em parcerias para sermos todos mais fortes em prol dos mais carenciados», acrescentando que os apoios têm sido escassos por pertencermos à Área Metropoli-tana de Lisboa. «Temos de fazer as coisas com capital próprio e isso não nos permite meter em gran-des aventuras», sublinhou.

A Misericórdia de Palmela, in-cluindo a cantina social, dá apoio a cerca de 280 pessoas repartidas também pelo lar de S. Pedro e cen-tro de dia em Aires. Cerca de cem famílias carenciadas batem à por-ta da instituição para tomar a sua refeição, com «tendência para au-mentar».

Um dos grandes desejos da Mi-sericórdia de Palmela é a entrada em ação do serviço de apoio do-miciliário e a transformação do Hotel Apartamento de Palmela, que está em insolvência, num ou-tro projeto para a instituição. «En-

quanto não forem resolvidas al-gumas situações burocráticas, que esperamos que aconteça no pri-meiro trimestre deste ano, não nos podemos candidatar, por exem-plo, ao serviço de apoio domici-liário», esclareceu, reconhecendo que se trata de uma valência de «grande importância» para aque-las pessoas que não frequentam os lares.

A tomada de posse dos novos

corpos sociais para o quadriénio 2015/2018, teve lugar no passa-do dia 20, ao final da tarde, na Igre-ja da Misericórdia, em Palmela, tendo sido benzida pelo pároco José Maria. Ao ato comparece-ram, entre outros, Ana Clara Bir-rento, diretora da Segurança So-cial do Distrito, Cardoso Ferrei-ra, representante da União das Mi-sericórdias Portuguesas, a verea-dora da CDU Adília Candeias e Fernando Baião, presidente da Junta de Palmela. A sessão foi ani-mada por alunos do Conservató-rio de Palmela.

Fernando Baião referiu que a Misericórdia está a «trabalhar bem», enquanto Fernando Cardoso con-sidera que estas instituições es-tão a «prestar um serviço de gran-de relevância à comunidade». Já Adília Candeias desejou uma «boa gestão» para o novo mandato, en-quanto Ana Clara Birrento subli-nhou que «o trabalho em rede em articulação com a Segurança So-cial, as mutualidades e as IPSS´s é fundamental para «encontrar so-luções para o combate à pobreza e à exclusão social.

António Luís

Francisco Cardoso, à direita na foto

DR

37 mil alunos da região vão estar no 7.º Geração DepositarãoO 7.º Geração Depositarão da ERP Portugal vai contar com a partici-pação de cerca de 37 mil alunos de Setúbal, representando 54 escolas do distrito. A ação apela à recolha e ao correto tratamento dos resíduos de equipamentos elétricos e eletró-nicos e resíduos de pilhas e acumu-ladores, envolvendo as escolas e a comunidade local.

Com esta iniciativa, a ERP Por-tugal pretende introduzir o tema da gestão destes resíduos junto dos mais novos, tendo as escolas como agen-tes importantes na divulgação e in-trodução de boas práticas. «É de sa-lientar que a última edição recolheu mais de 300 toneladas destes resí-duos encaminhados para tratamen-to e reciclagem, o que representa um crescimento de 36 por cento em re-lação à edição anterior. O envolvi-mento cada vez maior das escolas reflete-se no aumento dos volumes recolhidos, bem como no reconhe-cimento das escolas como pontos de recolha», afirma Filipa Moita, res-ponsável de comunicação e sensi-bilização da ERP Portugal.

Provedor desde 2007Francisco Cardoso, 55 anos, bancá-rio de profissão, nasceu em Palmela. O primeiro cargo que assumiu na San-ta Casa, foi o secretário da Mesa da Assembleia Geral, em 2003. É Prove-dor desde 2007. Francisco Cardoso ainda pode desempenhar tais fun-ções por mais dois mandatos, que agora passaram a 4 anos.

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LOCAL

O MUNICÍPIO aprovou, em reu-nião de Câmara, tomada de posi-ção contra o agravamento das con-dições de acesso da população do concelho aos cuidados de saúde. A autarquia considera que nas úl-timas décadas se tem vindo a as-sistir à degradação dos serviços públicos de saúde, com o encer-ramento de serviços, a concentra-ção de valências e departamen-tos, a diminuição dos horários de

funcionamento das unidades de saúde e com a falta de investimen-tos que permitam qualificar o Sis-tema Nacional de Saúde.

A falta de meios e equipamen-tos de saúde no concelho, onde so-bressai os mais de 40 mil utentes sem médico de família e a insufi-ciente capacidade de resposta do Hospital Garcia de Orta, bem como a não construção do Hospital do Seixal, têm significado um “pre-juízo acrescido” para os doentes e população.

Quando o quadro existente fa-zia pressupor a necessidade ur-gente de medidas por parte do Go-verno para ultrapassar a situação atual, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, por orientação do Governo, “não considerou, no quadro do concur-

so para preenchimento de 70 va-gas de médicos de família, qual-quer vaga destinada às Unidades de Saúde de Seixal e Almada, não obstante o respetivo agrupamen-to ser um dos mais carenciados em termos de recursos humanos em toda a ARSLVT”.

A edilidade expressa, por esta via, a “mais profunda contestação” a esta decisão da ARSLVT, que pre-judicará ainda mais o acesso aos cuidados de saúde primários às populações do Seixal e Almada.

Esta medida do Governo é “de-monstrativa do desrespeito” pe-las populações de Seixal e Alma-da que através das suas comis-sões de utentes e órgãos do Po-der Local Democrático têm so-licitado “insistentemente” junto do Ministro da Saúde, Paulo Ma-

cedo, uma reunião para discus-são deste “grave problema e que não só têm sido ignorados, como agora parecem ser discrimina-

dos pela persistência na reivin-dicação por melhores cuidados de saúde para as populações do Seixal e Almada”.

Seixal queixa-se do agravamento das condições de acesso aos cuidados de saúde

Alcochete isenta e reduz taxas ao movimento associativo

Montijo organiza gala sénior

Grândola investe mais de 13 mil euros no parque escolar

A GALA da Agenda Sénior 2015 – Projeto Outros Olhares acontece dia 29, a partir das 15 horas, no Tea-tro Joaquim D’Almeida.

O edil Nuno Canta dará início a esta gala que contará com as atua-ções dos alunos dos Ateliers do Gabinete Sénior da autarquia de teatro, dança e música.

A tarde de quinta-feira será, ainda, marcada pelas atuações do grupo de danças tradicionais da Universidade Sénior, do Grupo de Ginástica do Projeto Saudável 65 e do Grupo de Cavaquinhos da So-ciedade Filarmónica da 1.º de De-zembro.

O recém-formado grupo co-ral da Academia Sénior do Alto Est./Jardia encerra o evento.

A Agenda Sénior visa combater o isolamento social e promover um envelhecimento ativo, através da promoção de iniciativas recreati-vas e sessões de informação.

O MUNICÍPIO continua a dar prio-ridade à manutenção e reabilita-ção do parque escolar tendo pro-cedido, durante a primeira quin-zena de janeiro, à substituição das janelas das escolas da aldeia do Futuro, Ameiras e Canal Caveira.

Um investimento municipal de mais de 13 mil euros que irá pro-porcionar melhorias significati-vas nas condições térmicas den-tro das salas de aula que agora têm caixilharias de alumínio com vi-dro duplo de corte térmico.

Recorde-se que no final de 2013 a autarquia procedeu aos traba-lhos de substituição das janelas dos edifícios 1 e 2 da Escola EB1 de Grândola, com um custo de mais de 15 mil euros.

O MUNICÍPIO aprovou, dia 21, vá-rias isenções e reduções de taxas a aplicar ao movimento associa-tivo, como forma de apoio a todas as associações e coletividades que promovem atividades culturais, desportivas, sociais e recreativas no concelho.

Entre outras, foram aprovadas isenções na licença especial de ruí-do; albergue da Juventude - isen-ção de pagamento de taxas até 20 dormidas por ano civil; Veículos - isenção do pagamento de taxas relativas a 1 500 quilómetros (ida + volta), por ano civil, não poden-do as viagens excederem os 400 quilómetros (ida e volta); Fórum - isenção em uma utilização do au-ditório, por ano civil, devendo a mesma ocorrer em qualquer dia da semana excetuando domingo e feriados.

A Câmara do Seixal considera que o Governo PSD/CDS está a prejudicar as populações por encerrar serviços de grande utilidade

A degradação dos serviços públicos de saúde têm vindo a agravar-se

Barreiro adota estratégia de adaptação às alterações climáticas

O MUNICÍPIO foi uma das 26 autarquias que assinou este mês, em Lisboa, o protocolo de par-ceria com o consórcio ClimA-daPT.Local, que visa a elabora-ção de estratégias municipais adaptadas às alterações climá-ticas.

A sensibilização dos técni-cos autárquicos e da popula-ção sobre estas matérias, com enorme impacto na vida das po-pulações, que ultrapassa o es-trito âmbito do clima, com im-plicações múltiplas, como na saúde pública, e “estimular o envelope financeiro que permi-ta passar à prática” são, con-forme o vereador Rui Lopo, os três pontos fundamentais a ter em conta na prossecução do projeto. Rui Lopo enfatizou a necessidade de procurar garan-tir meios financeiros, nomea-damente, avançou, contemplar apoios a nível comunitário.

Rui Lopo realçou o papel das autarquias no processo. “O País pode contar com os municípios portugueses para mais este de-sígnio”, disse estar certo.

A sessão, que se realizou na Reitoria da Universidade de Lis-boa, contou com a presença de académicos e especialistas, na-

cionais e estrangeiros, tendo sido encerrada pelo Secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos. O Barreiro terá, assim, em abril de 2016, uma estraté-gia municipal de adaptação às alterações climáticas.

Além do Barreiro, assinaram o protocolo as seguintes 25 au-tarquias: Amarante, Braga, Bra-gança, Castelo de Vide, Caste-lo Branco, Coruche, Évora, Fer-reira do Alentejo, Figueira da Foz, Funchal, Guimarães, Ílha-vo, Leiria, Lisboa, Loulé, Mon-talegre, Odemira, Porto, Seia, São João da Pesqueira, Tomar, Tondela, Torres Vedras, Viana do Castelo e Vila Franca do Cam-po. Almada, Cascais e Sintra são os municípios piloto deste pro-jeto.

Medidas vão ter impato na cidade

CMA desagrava associativismo Requalificação em marcha

Dia 27, é lançado o 2.º volume comemo-rativo dos 500 Anos do Foral Manuelino de Aldeia Galega do Ribatejo, às 21 horas, na galeria municipal. Da autoria de João Dias, a obra pretende ser mais um con-

tributo para o acervo documental sobre a cultura e a identidade do povo de Aldeia Galega do Ribatejo e para a apresentação pública de uma visão histórica sobre os códices dos forais novos.

O Teatro Joaquim Benite dá início ao “Conversas com o público”, que permi-te reflexão aprofundada em torno de te-mas suscitados por alguns dos espetá-culos em cena. A primeira conversa, que

está marcada para este sábado, dia 24, às 18 horas, será dedicada a “Kilimanjaro” e a Ernest Hemingway. Além do encena-dor Rodrigo Francisco, estão presentes José Mário Silva e José Vieira Mendes.

Montijo lança livro sobre o foral manuelino Conversas com o público em Almada

O município não esquece idosos

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A COMISSÃO de Proteção de Crian-ças e Jovens de Sines apresenta o Plano Local de Promoção e Pro-teção dos Direitos da Criança 2015/17, a 4 de fevereiro, às 14 ho-ras, no Centro de Artes de Sines.

Este plano surge no segui-mento de um desafio lançado a todas as CPCJ do país, pela Co-missão Nacional de Proteção das Crianças e Jovens em Risco e visa construir uma cultura de promoção dos direitos das crian-ças e dos jovens e prevenção para situações de perigo.

O plano resulta de um diag-nóstico feito no concelho, fruto de um esforço comum entre as entidades locais com competên-cia em matéria de infância e ju-ventude, e de um questionário realizado junto de crianças e jo-vens em contexto escolar, atra-vés dos quais foram aferidas as situações de risco com maior in-cidência no concelho.

Neste sentido, foi elaborado um plano de ação estratégico, que define três eixos fundamen-

tais em termos de prevenção pri-mária, nomeadamente, a pro-moção dos direitos das crianças e dos jovens, a educação paren-tal e ainda os comportamentos de risco das crianças/jovens, com uma execução de 3 anos, que será operacionalizado e ava-

liado pelas entidades envolvi-das.

A apresentação do plano re-sulta da certeza de que uma efe-tiva promoção dos direitos da criança exige o envolvimento de toda a comunidade do concelho de Sines.

Palmela experimenta nova carreira em Quinta do Anjo

Almada reforça horário para doentes com gripe

Santiago promove enguia da Lagoa de Santo André

Setúbal dá novo visual a praceta

O CENTRO de Saúde de Almada tem novo período de atendimen-to de doença aguda no âmbito do surto de gripe, entre as 20 e as 22 horas, nos dias úteis.

Este horário destina-se exclu-sivamente ao atendimento de doen-tes com sintomas de gripe e irá du-rar até 27 de fevereiro.

Todas as outras situações clí-nicas que não sejam diagnostica-das como gripe, serão orientadas para atendimento nas respetivas unidades de saúde.

O MUNICÍPIO está a organizar, até dia 1 de fevereiro, o 1.º Fes-tival da Enguia da Lagoa de San-to André. Os sete restaurantes disponibilizam vários pratos con-fecionados com esta maravilha gastronómica local. Os restau-rantes Cascalheira, Chez Daniel, Martins, Faz-te Esperto, Ti Lena, A Charrua – Kasa das Espetadas e Quinta do Giz, são os locais onde decorrerá esta mostra que visa «em primeira instância, po-der dar a conhecer, para quem não conhece, esta iguaria que é muito local e que tem uma tra-dição muito forte, em particu-lar na freguesia de Santo André, como é natural», destaca Álva-ro Beijinha, presidente da edili-dade, que classifica os pratos confecionados com as enguias da Lagoa de Santo André como «únicos», em virtude da sua qua-lidade.

A CÂMARA está a executar a re-qualificação da Praceta Miguel Tor-res, no bairro da cooperativa CHE Setúbal, com novas áreas pedo-nais, espaços verdes e mobiliário urbano.

A obra, com custos de 17 mil euros, abrange a melhoria das aces-sibilidades, o tratamento de uma zona de terra batida, o alargamen-to e continuidade de passeios e a criação de áreas de circulação pe-donal, bem como a organização do estacionamento.

O PERÍODO experimental da car-reira 714, entre Quinta do Anjo/Estação da Penalva, via Bairro Alen-tejano, estende-se até março.

Apesar dos TST ter assumido a carreira apenas até ao final do ano, o município está convicto da necessidade desta opção de trans-porte na freguesia e conseguiu chegar a acordo para o prolon-gamento.

Segundo a autarquia, a utili-zação “regular por parte das po-pulações é determinante para o sucesso do projeto, continuando a ser expetativa da autarquia a con-solidação da carreira, de forma permanente”.

O percurso conta com ligações diárias entre Quinta do Anjo e a Estação da Penalva, servindo os Portais da Arrábida e Palmela Vi-llage, a Quinta da Marquesa e os Bairros Alentejano, Marinheiros e Assunção Piedade.

Alcácer do Sal prepara recriação histórica COMERCIANTES, INSTITUIÇÕES e população responderam ao ape-lo feito pelo município e pela Jun-ta de Freguesia do Torrão e parti-ciparam no passado dia 20, na pri-meira reunião preparatória da V Recriação Histórica – Feira Qui-nhentista do Torrão que decorre entre 22 e 24 de maio.

A reunião, realizada no polo da biblioteca, serviu para o edil Vítor Proença, dar a conhecer o que se pretende para o evento

deste ano e apelar à participa-ção de todos para que a feira seja um sucesso.

Conhecer o “Torrão ao Tempo de Bernardo Ribeiro”, o escritor e poeta renascentista torranense in-trodutor do bucolismo em Portu-gal, autor da célebre novela “Sau-dades”, que colaborou no “Cancio-neiro Geral”, de Garcia de Resende, e pertenceu à elite de poetas pala-cianos, é o tema e a proposta para esta recriação histórica.

DR

Moita distribui verbas à comunidade escolar NA SEQUÊNCIA da política de gestão e rentabilização dos es-paços desportivos municipais, a autarquia moitense aprovou por unanimidade, na sua última reunião, a transferência de uma verba mensal para a EB 2, 3 José Afonso, em Alhos Vedros, e para a EB 2, 3 Mouzinho da Silveira, na Baixa da Banheira.

Assim, tendo em conta os tem-pos de utilização e outras despe-

sas, a EB 2, 3 José Afonso vai rece-ber, mensalmente, 2 500 euros. À EB 2,3 Mouzinho da Silveira, ca-berá 1 632 euros mensais. Com a gestão total do pavilhão despor-tivo, na Moita, e com a gestão par-tilhada dos pavilhões desportivos daquelas escolas, o município alar-ga a resposta desportiva ao movi-mento associativo e seus atletas, bem como à população em geral, em horário pós laboral.

Sines protege crianças e jovens

O plano resulta de um diagnóstico feito no concelho

Os trabalhos estão a decorrer

Bar e minimercado de campismo de Sesimbra em hasta pública

A HASTA pública de conces-são de exploração do snack-bar e minimercado do Parque de Campismo do Forte do Cavalo decorre a 3 de fevereiro, às 10 horas, na biblioteca municipal, com base de licitação de 100 eu-ros. A concessão de exploração tem prazo de oito meses.

As propostas podem ser en-viadas em sobrescrito fechado, por correio sob registo, ou en-tregues na Divisão de Gestão de Aprovisionamento e Patri-mónio da Câmara, até às 15 ho-ras de 2 de fevereiro.

Os elementos do procedi-mento encontram-se disponí-veis para consulta na Divisão de Gestão do Aprovisionamento.

INICIATIVAS

Seminário sobre Parque Natural Os valores naturais do Parque Natural da Arrábida são divul-gados num seminário a reali-zar dia 26, na Casa da Baía, em Setúbal. O encontro conta com a participação de investiga-dores e professores da Uni-versidade Nova de Lisboa. O seminário de divulgação dos recursos do PNA é comple-mentado por uma exposição de posters científicos paten-te até dia 31 na galeria da Casa da Baía.

Moita dá a conhecer financiamentos Para dar a conhecer os finan-ciamentos que se perspetivam no âmbito do Quadro Estra-tégico Comum e da Estraté-gia Portugal 2020, entre ou-tros assuntos, o município pro-move este sábado e domingo, sessões de esclarecimento, no auditório da biblioteca Bento de Jesus Caraça, na Moita, di-rigidas às entidades públicas e privadas.

Montijo dá posse a conselho de juventude

Os membros do Conselho Mu-nicipal de Juventude do Mon-tijo tomam posse dia 26, às 18 horas, na galeria municipal. Este órgão consultivo para as-suntos relacionados com os jovens do concelho foi criado em Outubro de 1998, funcio-nou até 2004, tendo efetuado reuniões com periodicidade trimestral onde foram abor-dados temas como a educa-ção e a toxicodependência.

Seixalmoda abre inscriçõesJá estão a decorrer as inscri-ções para o 22.º Seixalmoda – Concurso de Estilismo In-terescolas do Seixal. A parti-cipação é aberta a alunos, até aos 23 anos, das escolas se-cundárias da rede pública do concelho. Os interessados po-dem ler as normas de parti-cipação no site da autarquia e inscreverem-se, como mo-delos ou como estilistas, até 11 de fevereiro. As propostas serão avaliadas pelo júri, de acordo com a criatividade, originalidade e a harmonia do projeto.

O horário dura até 27 de Fevereiro

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CULTURA

Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

VENTO, DO latim «ventus». Ven-to, massa de ar, deslocação, mo-vimento, fulgor, agitação. Ven-tos: dinâmicas resultantes de diferentes pressões atmosféri-cas em diversos lugares. O ven-to e os cheiros; bons e maus ares; aromas ou cheiros pestilentos. Vento-veículo.

«O ar, para se purificar, ne-cessita da tempestade», ensi-na o provérbio. A adivinha re-pete esse movimento que o ca-racteriza: «Sou frio, / também sou quente, / sou fraco, / tam-bém sou forte, / nunca posso estar parado. / Vejam lá a mi-nha sorte!».

Os ventos podem ser cons-tantes (alísios e contra-alísios); periódicos (monções e brisas); locais ou variáveis. Andar «con-tra» o vento ou «a seu favor»; «bons e maus ventos»: boa ou má sorte; gritar «aos quatro ventos»: em todas as direcções.

Na «Odisseia», de Home-ro, os ventos trazem e levam Ulisses. Eólo, o Rei dos Ven-tos, ajuda o herói prendendo, num saco, os ventos nocivos. Em «Eros e Psique», de Apu-leio, também é o vento que leva Psique do seu rochedo para o castelo do deus Eros/Cupido.

«bons ventos o tragam» - a saudação; «de Espanha, nem bom vento nem bom casamen-to» - o alerta. «beber os ven-tos por alguém»: perder-se de amores. Quando corre bem, a relação passa a ir «de vento em popa»; se corre mal, faz--se «um pé-de-vento» mas, como avisa a Bíblia a propó-sito do vento: «Sabes de onde vem e para onde vai?» Apren-der a ver «de que lado sopra o vento» - a leitura de sinais e a consequente adaptação. «ven-tos de mudança»: expressão que implica noções de agita-ção, circulação, renovação.

O Vento era um homem que Deus tornou invisível, en-sina o imaginário tradicional, para que pudesse atirar tudo ao chão, levantar as saias das mulheres e destruir o que os outros homens construíam, sem que o pudessem culpar - vento isento, inimputável.

Os sons do vento: uiva, ruge, assobia, sussurra, silva, geme – personificações e outras apro-priações. Também por apro-priação de características (ve-locidade e leveza), a associa-ção vento-cavalo acontece nos contos tradicionais havendo muitas vezes referência a ca-valos que «correm como o ven-to» (o cavalo mais rápido é, ge-ralmente, o que «corre como

o pensamento»; o segundo, «o que corre como o vento»).

De acordo com Plínio: «Ninguém ignora que na Lu-sitânia, nos arredores de Lis-boa e nas margens do Tejo, as éguas voltam-se para o Ven-to Ocidental e ficam fecunda-das por ele; os potros assim engendrados possuem uma admirável ligeireza (…)

O vento percorre a litera-tura: «E Tudo o Vento levou», de Margaret Mitchell; «A Som-bra do Vento» de Carlos Ruiz Zafón; «O Vento nos Salguei-ros», de Kenneth Grahame; «Vento, Areia e Amoras Bra-vas», de Agustina Bessa-Luís; «O Vento assobiando nas Gruas», de Lídia Jorge; «Ven-tos do Apocalipse», de Pauli-na Chiziane; «Os Ventos e ou-tros Contos», de Eudora Wel-ty; «O Vento dos Outros», cró-nicas de viagens, de Raquel Ochoa; «Mudam os Ventos, Mu-dam os Tempos - adagiário po-pular», de Manuel Costa Alves.

«Ventoinha»: o diminuti-vo e o feminino; vento domés-tico, domesticado.

Ventiladores e ar condicio-nado – o vento obediente, eléc-trico, manipulável.

Moinhos de vento: Dom Quixote via neles gigantes e promessas de aventura.

Moinhos de papel: para os fazer rodar, basta um sopro de criança. Memórias.

Vento e chuva; vento com chuva: «Na chuvada, a venta-nia / faz virar o guarda-chu-va. / Risada do vento», de Luí-sa Freire - e de novo o som do vento: o riso.

Ciclones: o vento ciclópico. Ventos temperados, destempe-rados, desusados. Vento que des-penteia. Vento e areia. Vento que fustiga; que varre e briga. Ven-to veloz, vento lento, vibração. Vento, vela - barco à vela. Ven-to agreste, agressivo, inusitado. Vento súbito, insubmisso. Ven-to vida, sopro, pneuma. Vento Norte, nortada; Ventos Sul, Este e Oeste: Rosa-dos-Ventos. Ven-to fértil, seminal – as ideias an-dam no ar, viajam no espaço com o vento e, com o tempo, só é pre-ciso aprender a inalar. Inspira-ção e alento. Vento-desalento: «Todo aquele castelo de vento laboriosamente construído nos seus dias de ilusão, todo ele se esboroava e desfazia, como ven-to que era (…)», escreveu Macha-do de Assis. Os castelos de ven-to (tal como os de areia) desfa-zem-se como as nuvens que dele precisam para existir e se trans-formar. Impermanências.

VENTO

Super Bock Super Rock troca Sesimbra por Lisboa

DEPOIS DE cinco edições na Her-dade do Cabeço da Flauta, junto à praia do Meco, em Sesimbra, o Su-per Bock Super Rock muda-se este ano para o Parque das Nações, em Lisboa, para assinalar 20 anos de existência e para revolucionar, uma vez mais, o paradigma dos gran-des festivais em Portugal, com «um conceito moderno, assumidamen-te urbano e cosmopolita, com con-dições de excelência e uma loca-lização única, tendo a qualidade e o conforto como atributos es-senciais», refere Luís Montez, da organização.

Augusto Pólvora, presidente do município de Sesimbra, lamen-ta a saída do evento do concelho, pois, na sua ótica, «dava, sem dú-vida, uma grande visibilidade» à terra. Para o edil, o balanço das cinco edições em Sesimbra é po-sitivo. «O festival foi muito impor-tante uma vez que devido à sua

popularidade e aos grandes no-mes mundiais que passaram pe-los seus palcos, ajudou a projetar o nome do concelho e deu a co-nhecer a milhares de pessoas a zona do Meco e Sesimbra».

A autarquia, que concedeu apoio logístico às cinco edições do SBSR, entende que o festival deu uma «enorme visibilidade me-diática» ao concelho. «Para um concelho com as características de Sesimbra, que tem o turismo como uma das principais ativida-des económicas, este aspeto é de-

cisivo. Refira-se também um gran-de incremento da atividade eco-nómica, sobretudo a ligada ao tu-rismo», frisa Augusto Pólvora.

Pelo Meco passaram grandes nomes da música mundial, como Pet Shop Boys, Prince, Keane, Pe-ter Gabriel, Incubus, Massive Atta-ck, Eddie Vedder, Vampire Weekend, Empire of The Sun, entre muitos ou-tros. O 21.º SBSR, que se realiza de 16 a 18 de Julho, tem já confirma-das as presenças de Sting, Floren-ce and the Machine, Litle Dragon e Kindness Modernos.

Depois de cinco edições de luxo na Cabeça da Flauta

A fadista portuguesa Ana Moura foi a convidada do cantor Prince na SBSR

DR

Texto António Luís

O CONTO “O Verdadeiro Amor Nunca Morre”, de Daniela do Ro-sário, tem como palco a cidade de Alcácer do Sal. Natural e resi-dente em Santarém, esta jovem de 28 anos, conta a história de dois jovens que namoraram quando eram estudantes e, por circuns-tâncias da vida, cada um seguiu o seu caminho. No entanto, o des-tino vai levá-los a reencontrarem--se. «É um livro que nos fala de amor, traição, perdão, tragédia e, sobretudo, de recomeço», revela a autora.

Depois de um estágio PEPAL de doze meses no gabinete de In-formação e Relações Públicas da Câmara de Alcácer do Sal, Danie-la do Rosário, afirma que o ro-mance começou a ser escrito «há uns anos atrás» mas, todavia, sur-giu primeiro a oportunidade de publicar “A Borboleta Zulmira”,

e o romance «foi ficando esque-cido na gaveta. Com o feedback dos leitores, não tardou a ter von-tade de lhe pegar de novo e ter-miná-lo».

“O Verdadeiro Amor Nunca Morre”, que foi publicado pela Chia-do Editora, em junho do ano pas-sado e apresentado em dezembro, na biblioteca local, tem o preço de capa de 10 euros e pode ser en-contrado em várias livrarias e tam-bém pode ser adquirido online através da Livraria Bertrand, Wook ou através do website da Chiado Editora.

Daniela do Rosário, respon-sável pela Comunicação e Ima-gem do Museu Nacional Ferro-viário, confessa que pretende con-tinuar a escrever mais obras. O próximo trabalho, destinado ao público juvenil, deverá ser lança-do este ano. Daniela do Rosário tem nova obra

DR

A biblioteca municipal do Vale da Amoreira, na Moita, é palco este sábado, dia 25, às 16 horas, da apresentação do livro “Malanje – O Tempo e a Me-mória”, que conta com a presença dos três auto-res do livro. A 1.ª edição contou com 500 exem-

plares, mas despertou enorme interesse junto da comunidade angolana. Por isso, esta obra histórico-fotográfica sobre as gentes e a província de Malanje/Angola, volta a ser editada.

Recordar Angola com livro solidário

O município reconhece que o evento nacional deu grande visibilidade à terra e espevitou o turismo e comércio

Romance de ribatejana presta homenagem a Alcácer do Sal

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24Sáb

ado

O FORUM Cultural de Alcochete recebe este sábado, às 21h30, um espetáculo de teatro, música e dan-ça intitulado “À Barca!”, pela An-dante Associação Artística, que pre-tende celebrar os 500 anos do Fo-ral de Alcochete e Aldeia Galega.

A convite do município, a An-

dante “arregaçou” as mangas e pre-parou este “À Barca”, um espetá-culo que leva a Alcochete elemen-tos dos Clubes de Leitura em Voz Alta, músicos da banda da Socie-dade Imparcial 15 de janeiro de 1898, bailarinos de dança contem-porânea do Conservatório Regio-

nal de Artes do Montijo e as dan-ças e cantares da Fonte da Senho-ra do 5.º ano da escola EB 2,3 El--Rei D. Manuel I.

A entrada é livre. Os bilhetes são disponibilizados na bilhetei-ra do Forum Cultural de Alco-chete.

Alcochete celebra 500 anos do foral com teatro, música e dança

Ofertas Semmais - Inscreva-se já!

“As Criadas” surpreendem e emocionam no Barreiro A PEÇA “As Criadas”, de Jean Genet, continua em cena no Teatro Municipal do Barreiro, pelo grupo ArteViva. Segundo Rita Conduto, da direção, o tra-balho está a fazer «uma boa carreira para uma peça com uma carga dramática densa», acrescentando que o público «tem feito críticas positivas ao de-sempenho das atrizes no sentido do seu rigor, con-trole das emoções e perfeccionismo».

No final de Fevereiro o ArteViva irá estrear mais uma comédia de Fernando Gomes intitulada “Rosa Enjeitada”, com encenação de Luís Pacheco. E no úl-timo trimestre, deverá estrear “Leandro, Rei da Helí-ria”, encenada por Carina Silva e Jorge Cardoso. Esta produção envolverá «muitos atores de várias gera-ções e marcará as comemorações dos 35 anos da Ar-teViva». Ainda em finais de Fevereiro, estreará a peça infanto-juvenil “A Odisseia de Ulisses...Manuel”. Para

crianças mais pequenas o grupo vai até à biblioteca, uma vez por mês, com as “Histórias Vivas”, onde é fei-ta leitura encenada de um livro.

Se quer ganhar convites para “As Criadas” bas-ta ligar 918 047 918.

Imaginar de forma divertidaAo longo do espetáculo infantil “Pés de Prlim Pim”, com pequenos quadros soltos e abstratos, os mais pequenos são convidados a pensar, questionar, refletir, sugerir, criar e imaginar de forma divertida. O espetáculo de dança é apresentado pela Passos e Compassos.Teatro João Mota, Sesimbra, 17 horas.

Revista popular anima Alcácer O grupo cénico da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba repõe, até domingo, a peça de teatro de revista estreada em dezembro de 2014 e intitulada “Vai Lá Vai”, com encenação de Mauro Félix e António Grilo e mais de 20 atores em palco. Teatro Pedro Nunes, Alcácer do Sal, 21h30.

24Sába

do

“Whitman” volta aos palcosA peça “Trilogia Whitman – Capítulo II – Saudação”, estreada com êxito na última Festa do Teatro, volta aos pal-cos para contar a história de uma viagem em forma de tri-logia que começa no capítulo II com base no recentemente descoberto texto integral “Sau-dação a Whitman”, de Álvaro de Campos. Forum Luísa Todi, Setúbal, 21h30.

24Sába

doContos de Ernest

Hemingway“Kilimanjaro”, com dra-

maturgia e encenação de Rodrigo Francisco, baseia-se

na adaptação de vários contos de Ernest Hemingway.Kili-

manjaro e é uma co-produção da Companhia de Teatro de

Almada com o Teatro Nacional D. Maria II.

Teatro Joaquim Benite, Al-mada, 21h30.

25Dom

.Danças tradicionais europeias

Os bailes de danças tradicionais europeias,

coordenados por Leónia de Oliveira, têm anima-ção musical a cargo do

SeSam Duo. Com-posto por Sérgio Cobos

(acordeão) e por Samuel Santos (violoncelo), este

duo traz na bagagem temas originais e ban-das sonoras de filmes

de outras épocas, para dançar e sonhar.

Biblioteca de Palmela, 16 horas.

25Dom

.

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POLÍTICA

PSD denuncia más condições de trabalho no posto da GNR da Moita OS DEPUTADOS ‘laranja’ do distri-to consideram que as atuais instala-ções do posto da GNR da Moita não oferecem condições «dignas e fun-cionais» para os militares, após uma visita ao local.

Além de não existir privacidade para as vítimas, o espaço de atendi-mento é «exíguo, as condições de se-gurança para o desempenho do tra-balho dos militares não são as ade-quadas», explica Bruno Vitorino.

O deputado realça que o antigo quartel dos Bombeiros Voluntários da vila, que pertence ao Ministério da Administração Interna, tem sido apontado como alternativa, sendo necessárias as respetivas obras de remodelação. «Este seria um espa-ço digno, com todas as condições ne-cessárias para albergar a GNR», acres-centa Bruno Vitorino.

Bloco de Esquerda crítica atraso de verbasdo Governo às escolas de músicaA DEPUTADA do BE Mariana Ai-veca e uma delegação daquele par-tido, estiveram reunidos recente-mente com a direção da Acade-mia de Música de Almada (AMA), que é um dos 15 estabelecimentos de ensino artístico a quem o Mi-nistério da Educação deve cerca de 3 milhões de euros. No distrito estão também nesta situação os Conservatórios de Palmela e de Setúbal, bem como a Academia Luísa Todi.

«Tal como as restantes, a AMA é uma escola de ensino especiali-zado da música com paralelismo pedagógico para os cursos bási-co e secundário. Isto significa que o Estado paga a esta escola para cobrir uma oferta de ensino que não existe na rede pública de edu-cação», sublinha a deputada.

Apesar dos atrasos nas trans-ferências serem habituais, a falta de pagamento que se verificou este

ano relativamente à primeira tran-che de 190 mil euros já causou «pro-blemas muito graves» para docen-tes e alunos da AMA. Segundo Ma-riana Aiveca, os 190 alunos do en-sino articulado encontram-se nes-te momento com as aulas «sus-pensas» porque as escola «não tem

dinheiro para pagar aos profes-sores». Já os docentes têm dois me-ses de salário e o subsídio de Na-tal em atraso e os dirigentes da AMA «acabam por ter se endivi-dar para manter níveis mínimos de funcionamento».

«Estas escolas de ensino arti-culado prestam um serviço pú-blico para o qual foram contra-tadas pelo Estado e que é o Esta-do que está em falta para com es-tes alunos e professores. Os alu-nos de ensino básico e secundá-rio que frequentam o ensino da música articulado precisam des-tas avaliações para concluírem os seus graus de ensino. Os profes-sorem e funcionários que aqui tra-balham são necessários e traba-lham todos os meses, mas nem em todos os meses recebem sa-lário para pagar as suas rendas e compromissos financeiros», afir-ma a deputada.

JCP não quer privatizaçãodas pousadas de JuventudeO PCP e a JCP são contra a priva-tização das pousadas da juventu-de anunciada em Agosto de 2011 pelo Governo PSD/CDS, uma vez que «coloca em causa a sua mis-são específica, a sua qualidade e os preços praticados».

Após esta decisão, foram en-cerradas várias pousadas de Ju-ventude um pouco por todo o País, incluindo a de Setúbal.

«Se estas pousadas não tinham as condições materiais adequa-das, deveriam ser dotadas de tais equipamentos e não encerradas deliberadamente. Estes equipa-mentos desempenham um papel determinante como instrumen-tos de coesão social e territorial, além de constituírem fatores de desenvolvimento económico e social para estes distritos», salien-ta fonte da JCP, que acrescenta que a rede nacional de pousadas da juventude corresponde a «um

investimento público importan-te, e que agora o Governo ofere-ce aos privados para obtenção de lucro».

Esta decisão é «inseparável de uma política mais profunda de pri-vatização de serviços públicos e desmantelamento das funções so-ciais do Estado, para favorecimen-to dos grupos económicos atra-vés da criação de áreas de negó-cio lucrativas», opina.

O ministro da Educação, Nuno Crato, vai estar presente nas V Jornadas dedicadas à Consolidação, Crescimento e Coesão, que se vão realizar em Setúbal, no dia 29, pelas 21 horas, no Novotel. Além do go-

vernante, vão também ser oradores nas jornadas, Elsa Cordeiro, deputada e mem-bro da Comissão Política Nacional, e Pau-lo Ribeiro, deputado e vice-presidente da Distrital de Setúbal do PSD.

A Concelhia de Almada do PCP realiza a sessão “Em defesa do Arsenal do Alfeite” no dia 26, pelas 17h30, na Academia Alma-dense. Esta sessão integra-se no âmbito da iniciativa legislativa do Grupo Parla-

mentar do PCP na AR, de apresentação do projeto-lei de integração do Arsenal do Al-feite na estrutura orgânica da Marinha. A discussão deste projeto-lei na Assembleia da República tem lugar dia 28.

Nuno Crato nas vai às jornadas do PSD Setúbal Comunistas debatem arsenal do Alfeite

Deputados social-democratas

A parlamentar Mariana Aiveca

DR

PS do Barreiro arrasa CDU que «deprime» população e não cativa investidores

OS SOCIALISTAS do Barreiro con-sideram que o concelho «está es-tagnado» do ponto de vista econó-mico e também «animicamente de-primido». E a causa está, afirma o líder local André Pinotes, «num enorme desgaste do atual execu-tivo» liderado pela CDU. «O que se vê é um avolumar de episódios de crispação pública entre altos diri-gentes do PCP, que constituem gran-de preocupação», acrescenta.

Esta conclusão foi manifesta-da à imprensa esta semana, du-rante uma conferência de impren-sa, na qual os socialistas conside-

ram urgente encontrar soluções para «encontrar um novo estímu-lo», nomeadamente no setor eco-nómico, como criticou João Pin-tassilgo, da direção local do PS, que acusou a maioria camarária de não ter uma estratégia própria. «A Câmara está a condicionar o futuro do Barreiro, uma vez que o PCP se limita a esperar pelos pro-jetos do Poder Central, aos quais se agarra como uma boia de sal-vação, transmitindo assim uma imagem de gestão errónea que des-

gasta a confiança dos investido-res e alimenta falsas espectativas», afirmou João Pintassilgo.

O mesmo dirigente, reiterou a ideia de que, com esta forma de fazer gestão, o PCP/CDU está a en-contrar um caminho de «desres-ponsabilização pela não concre-tização de projetos», hipotecan-do a via de «promover a econo-mia local e a qualidade de vida dos munícipes».

Carregar nos impostos por mera arrecadação de receitas

Outro dos aspetos a merece-rem crítica do PS Barreiro é a po-lítica fiscal da autarquia utilizada, segundo Isidro Heitor, deputado municipal do partido da rosa como mero «instrumento de recolha de receitas». E deputado afirmou que os socialistas já propuseram bai-xas de IMI e de IRS, como «sinal de apoio às famílias», mas não pas-saram pelo crivo da maioria CDU. «Poderia haver uma gestão cria-tiva dos impostos para cativar em-presas inovadoras, motivando o urbanismo sustentável e fixando a juventude do concelho», salien-tou o membro socialista.

Também o deputado Eduardo Cabrita, uma das referências so-cialistas no concelho, acusou a ges-tão do PCP no Barreiro de ter «gran-de complacência e tolerância com o governo de Passos Coelho». E lembrou, a propósito, o processo sobre o novo terminal de conten-tores projetado para o concelho. «Existem opiniões muito diversas e a necessidade de elaborar um con-junto de estudos que sustentem a iniciativa. Queremos ouvir todos sobre essa possibilidade. Quem está a favor, mas também quem está contra.», disse o deputado.

Menos impostos e debate aprofundado sobre instalação de terminal de contentores

Os socialistas do Barreiro arrasam a gestão da maioria CDU na autarquia e querem fazer voltar o ânimo junto da população. Querem carga de impostos mais ligeiro e mais discussão sobre o processo do novo terminal de contentores.

Texto Anabela Ventura

Socialistas do Barreiro em conferência de imprensa esta semana

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DESPORTO

CONVENHAMOS, SEM quais-quer hesitações, que Cretino é uma palavra forte, carecendo de ponderadas razões para ser apli-cada.

Mas lá que há uma espécie de “reino” dos cretinos, lá isso há…

Etimologicamente, cretino sig-nifica pessoa idiota, de formação pastosa, por extensão corrente, um indivíduo imbecil, fraco de es-pírito. E há pessoas de boa forma-ção, sem nada ter de pastosa, que não se livram do epíteto.

Em diversos programas tele-visivos, dedicados ao Desporto, incluindo os que dizem só res-peito a clubes, temos vindo a re-gistar indesejáveis intervenções de candidatos ao negativo rótu-

lo de cretinos.De costas voltadas ao bom sen-

so, ao equilíbrio de juízos de va-lor, uns quantos comentandos si-tuam-se, em nossa opinião, nes-se imaginário “reino” dos cretinos.

Haverá, decerto, ingénuos ou iletrados que julgam que um cre-tino é um habitante de Creta, ad-mirável polo da cultura helénica.

Tomamos nós o encargo de apresentar desculpas aos cida-dãos cretenses e avançamos para a explanação a que nos propu-

semos nos domínios (deplorá-veis) de frequentes locuções cre-tinas que nem todos conseguem suportar. Como sou um dos que se sentem incomodados em tais circunstâncias, aqui vos deixo o meu desabafo.

Em diversos órgãos de comu-nicação social, escrita falada e, em especial, televisiva, surgem--nos intervenções tocadas de in-comodativa cretinice, deixando--nos admirados da condescen-dência/tolerância de quem assu-me responsabilidades de selec-ção de comentadores em anti--senso, o que se deplora.

Um médico de grande quali-dade, mas de pura “cegueira” clu-bística, consegue espaço televi-sivo para dizer que o linguado grelhado que comeu no Algarve estava uma delícia ou que por hi-pótese, um dos seus netos já sabe contar até 10!

Um novo e bem pensado ca-nal televisivo de tutela clubista, tolera a intervenção de três sujei-tos que acumulam baboseiras, sem nexo nem mínimo respeito pelos mais singelos aspectos de ética.

É lamentável que se conceda espaço para uma tão idiótica su-cessão de brincadeiras de mau gosto que nada beneficiam o Clu-be que lhes dá guarida.

Outras figuras de inegável no-tabilidade intelectual, às quais se proporciona espaço para cróni-cas de raro equilíbrio, conseguem entristecer-nos pelo frequente resvalamento para opiniões mui-to próximas da cretinice, falan-do de pessoalíssimas viagens ex-tra-desportivas e de infaustos acontecimentos de doenças gra-ves ou de falecimentos de fami-liares próximos.

E pergunte-se: a quem podem ser pedidas responsabilidades quanto a esses deploráveis “atro-pelamentos” ao bom senso e à ver-dadeira utilidade da informação?

Enquanto leitor e espectador televisivo sinto-me no pleno di-reito de me insurgir contra essas tão frequentes intromissões num imaginário “reino” – o dos creti-nos. Por muito cultos e famosos (noutras áreas) que sejam os pre-varicadores.

No “Reino” dos Cretinos

David SequerraColaborador

Rita Ribeiro é nova coqueluche do meio fundo juvenil

RITA RIBEIRO, atleta do Vitória de Setúbal, venceu no passado fim--de-semana, em Braga, a prova de 800 metros em pista coberta nos Campeonatos Nacionais de Juve-nis. A atleta conquistou ainda o segundo lugar nos 1500 metros na mesma competição, confirman-do assim tratar-se de um dos no-vos valores do atletismo juvenil numa disciplina que, em tempos, foi a que mais notoriedade trou-xe à modalidade.

A praticar atletismo há cerca de dois anos, depois de um lon-go percurso na natação, Rita Ri-beiro tem batido sucessivos re-cordes regionais e distritais e tem vencido um conjunto de provas que têm chamado a atenção para as suas performances. Carlos Lo-pes, o campeão olímpico da ma-ratona, tem sido um “olheiro” aten-to à jovem fundista do Bonfim.

Antes da participação nos Cam-peonatos Nacionais de Juvenis, Rita Ribeiro tinha batido o recorde re-gional de juvenis de 2.000 metros,

uma marca que teimava em não cair há perto de duas décadas. As duas medalhas de ouro conquistadas no Verão passado, nos jogos da CPLP, naquela que foi a sua primeira in-ternacionalização, foram o ponto alto de uma carreira que vai ainda nos primeiros passos, mas que já lhe valeu algumas distinções, no-meadamente por parte do Vitória de Setúbal e da Câmara Municipal.

Para a jovem atleta «todas es-tas conquistas devem-se sobre-tudo ao meu treinador que sem-pre se empenhou comigo, se de-dicou e que me deu sempre mo-tivação e me ajudou quando mais precisava», mas não deixa de considerar que o ambiente vi-vido no Bonfim, com um grupo de trabalho pequeno e bastan-te unido, é outro dos motivos para os sucessos alcançados. «Tive a sorte de ser recebida por uma equipa excecional, humil-

de, unida, lutadora, de garra e amiga, uma família!», diz Rita que não poupa elogios a todos quantos a têm acompanhado nestes últimos meses, em espe-cial aos pais.

Apesar das muitas conquistas já alcançadas, o futuro está em aberto e a jovem atleta acredita que com trabalho, esforço e dedi-cação «o céu é o limite» e por isso «há que continuar a trabalhar com garra e determinação como tenho feito ao longo deste tempo.»

A jovem atleta vitoriana diz que o futuro está em aberto, mas acredita que «o céu é o limite»

DR

Bruno Ribeiro regressa ao Bonfim para «salvar» a épocaA TAREFA que lhe é pedida não é fácil, mas Bruno Ribeiro está dis-posto a trabalhar para conseguir a manutenção na I Liga daquele que sempre foi o seu clube.

Chamado para substituir Do-mingos Paciência que não resistiu aos maus resultados da primeira volta da Liga principal, Bruno Ri-beiro regressa a uma casa que bem conhece com o objetivo de evitar a descida. As contas estão complica-das. O Vitória está a três pontos da linha de água e, a avaliar pela pri-meira volta, a falta de eficácia ata-cante é um dos principais proble-mas com que a equipa se debate.

Para já, Bruno Ribeiro parece ter sido o amuleto da sorte no Bon-fim e, a assistir da bancada, o novo treinador viu o Vitória vencer o Guimarães para a Taça da Liga por duas bolas a zero. Resta saber se a “estrelinha da sorte” o vai acom-panhar neste regresso a casa. O técnico admite que a equipa tem condições para somar os pontos necessários à manutenção a ava-liar pela «atitude que os jogado-res demonstraram frente ao Gui-marães».

Quanto ao regresso ao clube do qual se confessa adepto, Bru-no Ribeiro assume-se «feliz e or-gulho, este é o emblema do meu coração. Estou satisfeito por abra-çar este projeto e vou tentar aju-dar o clube e esta direção que apos-tou em mim».

Atletismo – Atleta do Vitória vence campeonatos nacionais de juvenis e é já um valor seguro, ao ponto de estar já sob o ‘olheiro’ Carlos Lopes

A Avenida Capitães de Abril, na Baixa da Banheira, recebe no próximo dia 31, a partir das 14 horas, o Campeona-to Regional de Marcha Atlética, numa organização do Centro de Atletismo

da Baixa da Banheira, em parceria com a Associação da Atletismo de Setúbal e com a Associação de Atletismo de Lisboa. Este evento vai trazer à loca-lidade atletas de todo o distrito.

Cerca de duas centenas de atletas partici-pam este sábado, no Pavilhão Municipal da Torre da Marinha, nos Campeonatos de Por-tugal Taekwondo 2015, uma iniciativa pro-movida pela Federação Portuguesa Taekwon-

do (FPT) e organizada pela Associação de Taekwondo Distrito de Setúbal. Disputam--se nos escalões Seniores Absolutos em Kyo-rugi (combate olímpico) e Cinturões Ne-gros em Poomsae (formas).

Marcha Atlética na Baixa da Banheira Taekwondo na Torre da Marinha

“ É lamentável que se conceda espaço para uma tão idiótica sucessão de brincadeiras de mau gosto que nada beneficiam o Clube que lhes dá guarida ”

Atleta do Vitória pratica modalidade desde há dois anos, depois de percurso na natação

Texto Marta David

Elogios a treinador empenhado que dá motivação

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NEGÓCIOS

«Conseguimos fazer um outsourcing planeado à medida das tarefas que as empresas necessitam»

CRIADA EM Maio de 2012, a Ex-centrikVetor é uma empresa re-cente no mercado que actua em diversos sectores, nomeadamen-te no outsourcing, limpezas in-dustriais, manutenção de edifí-cios, catering, organização de eventos e «em todos os tipos de serviços que possam responder aos desafios de novos clientes».

No início da constituição da empresa, a ExcentrikVetor es-tava vocacionada apenas para o outsourcing. Era este sector a grande aposta da empresa. Mas, chegando à conclusão de que muito mais poderia ser feito, em Janeiro de 2013, a ExcentrikVe-tor abriu o leque de oferta para as empresas e resolveu apostar noutras áreas, como as limpe-zas industriais e a manutenção de edifícios. Mais recentemen-te, a empresa investiu num novo sector, o do catering, onde estão a ser dados os primeiros passos. «Temos uma cozinha industrial e estamos a conseguir servir re-feições a locais onde, até hoje, era impensável, o fornecimento de refeições vindas do exterior. Estamos a desenvolver essa área e já estamos com um número muito simpático de refeições diá-rias», revela Francisco Martins, director-geral da ExcentrikVe-tor. E, a passos firmes, é também nesta área que a ExcentrikVetor quer marcar a diferença, sem-pre com a máxima qualidade. «Hoje em dia o importante é aqui-lo que nos alimenta. A qualida-de é regra básica e deve estar aci-ma de tudo, em todas as nossas áreas, mas com especial relevân-cia no catering», sublinha Fran-cisco Martins.

Para além das áreas já refe-ridas, a ExcentrikVetor desen-volve ainda actividade na área da organização de eventos, vo-cacionada directamente, e prin-cipalmente, para o team buil-ding. «Trabalhamos a ligação e a relação entre os colaborado-

res. É importante relacionar as pessoas nos diferentes depar-tamentos, porque nas empresas muito grandes isso nem sempre acontece, promovendo a con-fiança e um leque alargado de contactos, para que os colabo-radores possam ajudar e contri-buir para os projectos da sua pró-pria empresa, em especial».

No campo do outsourcing, na ExcentrikVetor trabalha-se o cha-mado outsourcing directo, à me-dida de cada empresa. «Nós con-seguimos fazer um outsourcing programado. O cliente não nos pede o número de pessoas, diz--nos em termos de tarefas o que lhe faz falta, e nós conseguimos perspectivar quanto é que o clien-te vai gastar no final do mês ou do ano. O cliente tem sempre os custos controlados», explica Fran-cisco Martins.

No que concerne ao outsour-cing, em Setúbal o mercado ain-da é reduzido e, por isso, a gran-de prioridade para 2015 passa por alargar horizontes. «Em Se-túbal existe um nicho pequeno de mercado. Há poucas empre-sas vocacionadas para o out-sourcing e este é um trabalho que vai demorar alguns anos a desenvolver. A nossa aposta pas-sa por ir para o mercado de Lis-boa, onde, aí sim, está implemen-tadíssimo o sistema de outsour-cing nas várias áreas», adianta Francisco Martins.

Assumindo como principal objectivo o sucesso global das parcerias em que participa, a Ex-centrikVetor vê a inovação e a qualidade como um meio de pro-porcionar oportunidades de aprendizagem e de realização profissional dos seus colabora-dores.

Ouvir pensar e resolver. São estas as palavras-chave que tra-duzem a filosofia da Excentri-kVetor, uma empresa que apos-

ta na qualidade e na garantia de uma comunicação contínua en-tre cliente e parceiro, de forma a resolver todas as situações de uma forma mais directa e pes-soal. Ou seja, a ExcentrikVetor preocupa-se com cada cliente, individualmente. Na Excentri-kVetor cada cliente é um clien-te, com necessidades e caracte-rísticas especificas, por isso, há uma aposta na relação de pro-

ximidade entre empresa e clien-te. “Ouvimos o nosso cliente, per-cebemos quais são as suas ne-cessidades, pensamos na melhor solução e depois vamos traba-lhar na resolução do problema com os nossos serviços e com as nossas equipas multidiscipli-nares”, diz o responsável máxi-mo da ExcentrikVetor.

Em 2014, a ExcentrikVetor foi distinguida pelo Millennium

Francisco Martins, da ExcentrikVetor, aposta na polivalência para ganhar um mercado cada mais diversificado

MERCADO Em três anos de atividade, a empresa, com sede em Setúbal, tem conquistado uma fatia relevante no mercado de outsourcing, em áreas que vão da limpeza industrial, manutenção de edifícios ou catering. É uma aposta ganha.

Texto Rita Matos

«A ordem é para avançar»No início de um novo ano, o balanço do ano transacto é um procedimento normal por parte das empresas. Apesar da conjuntura sócio-económica do país, Francis-co Martins, mostra-se satisfeito com o trabalho desenvolvido e com os resultados obtidos em 2014. «Poderíamos estar melhor, se assim o país o permitisse. A crise afectou todas as empresas e nós não somos excepção. Contudo, o balanço é fran-camente positivo, porque sobrevivemos àquela que foi a maior crise dos últimos anos». O director-geral da ExcentrikVetor diz confiante para 2015 e garante que empre-sa vai continuar a trabalhar para chegar cada vez mais longe. «Não nos é limitado negócio nenhum, seja ele de que dimensão for. Temos condições financeiras e uma equipa especializada, competente, motivada. A ordem é para avançar!»

Parcerias e saber ouvir, pensar e resolver

BCP com o prémio Programa Cliente Aplauso. Um “galardão” recebido com orgulho por par-te da empresa que não descura a qualidade do serviço, conti-nuando a trabalhar diariamen-te com o mesmo empenho e de-dicação de sempre. E o que real-mente distingue a ExcentrikVe-tor? Francisco Martins realça que «a diferença contratual é muito importante. Cada vez mais as empresas controlam os seus custos. Nós o que conseguimos fazer é a polivalência de estru-turas, ganhando áreas de negó-cio completamente distintas. Conseguimos com o menor nú-mero de pessoas realizar a mes-ma tarefa que antigamente ti-nha de ser executada por mais pessoas. Isto transforma-se numa redução substancial dos custos».

A ExecntrikVetor é constituí-da por equipas multidisciplina-res, das quais fazem parte pro-fissionais qualificados e espe-cializados. «O know how (conhe-cimento) que os nossos colabo-radores trazem é muito impor-tante para o crescimento das es-truturas. Todos nós viemos de uma empresa muito grande onde tivemos bases sólidas, em ter-mos de aprendizagem, muita for-mação e isso agora transforma--se em resultados práticos no terreno», sublinha Francisco Mar-tins.

Francisco Martins, diretor-geral da empresa, aposta numa gestão inovadora, interventiva e motiva-dora dos seus colaboradores. E os resultados de três anos de atividade confirmam a chegada de novos desafios.

Nenhum cenário poderia ser mais convi-dativo para um casal do que namorar, em pleno dia de S. Valentim, num hotel com vista para o Atlântico, rodeado pela bele-za da Arrábida. É este o cenário intimista

que o Sesimbra Hotel & Spa oferece para o Dia dos Namorados com programa que inclui alojamento em quarto com espu-mante e rosas, jantar ou almoço com be-bidas incluídas e música ao vivo.

Se tem dúvidas sobre gravidez, amamenta-ção ou parto, ou se necessita de aconselha-mento específico sobre estes ou outro tema, no Clube Mamãs, Papás & Bebés do Alegro Setúbal encontra todas as respostas. As ses-

sões decorrem às 16 horas. Dia 31 o tema é “Parentalidade Positiva”, a importância de dar afeto, de brincar e elogiar. As sessões têm acompanhamento técnico e especiali-zado feito por formadores e enfermeiras

Romance perfeito no Sesimbra Hotel & Spa Clube Mamãs, Papás & Bebés no Alegro Setúbal

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Porto de Setúbal superou a barreira dos 100 mil TEU e exportações valem 67%

O PORTO de Setúbal fechou o ano passado com um movimento de contentores de mais de 103 TEU, correspondente a um crescimen-to de 47% face ao ano de 2013, uma duplicação, neste tipo de carga, face a 2010.

No total, foram ultrapassados 8 milhões toneladas de carga, man-tendo-se um crescimento de 1 mi-lhão de toneladas em cada ano, desde 2011, o que, segundo os res-ponsáveis da Administração do Porto de Setúbal e Sesimbra (APSS) “abre perspetivas de o porto po-der vir a ser um ‘porto core’, até 2018”, atingindo um movimento de 10 milhões de toneladas por ano, tendo em conta a sua grande ca-pacidade instalada.

Estas marcas foram resultado, segundo os dirigentes da APSS, por ter sido “um ano de união de von-tades das empresas da Comunida-de Portuária de Setúbal e os todos os seus trabalhadores, na rentabi-lização das infraestruturas existen-tes, dando uma resposta efetiva e competitiva às necessidades das empresas clientes”.

Recorde-se que desde 1994 até 2014, o movimento do porto dupli-cou, passando de cerca de 4 milhões

de toneladas para 8 milhões. No que diz respeito às expor-

tações, a plataforma portuária ter-minou o ano com 5,2 milhões de toneladas de mercadorias, o que correspondeu a 67% do total mo-vimentado relativamente à carga internacional, que atingiu 7,7 mi-lhões de toneladas, depois de ex-cluído o movimento de e para os portos nacionais.

Este movimento de carga ficou a dever-se também a uma diversi-ficação do destino, com 1,3 milhões de toneladas exportadas para a União Europeia, um crescimento

superior a 25% face ao ano ante-rior, e 3,9 milhões de toneladas ex-portadas para países terceiros, que representou 19,5% em relação ao mesmo período.

Para este facto, contribuiu o au-mento generalizado, em 2014, do mo-vimento de quase todos os modos de acondicionamento, face a 2013: granéis sólidos, com 2,8 milhões de toneladas, mais 14%; carga geral, com 3,7 milhões de toneladas, mais 20%; roll-on roll-off, com 149 mil unida-des, mais 19,5%; contentores, com 103,5 mil TEU, mais 46,8%.

Nas mercadorias, liderou o ci-

mento, com 1,9 milhões de tonela-das, seguido dos produtos meta-lúrgicos, com 1,3 milhões de tone-ladas, do clínquer, com 1,1 milhões de toneladas, dos adubos, com 504 mil toneladas, dos minérios, com 443 mil toneladas, da madeira, com 400 mil toneladas, e do papel, com 308 mil toneladas.

No resumo do desempenho dos terminais, os de Serviço Público cres-ceram mais de 18%, com 4,8 milhões de toneladas, e os Terminais de Uso Privativo, mais cerca de 10%, com um movimento de cerca de 3,2 mi-lhões de toneladas.

2014 foi um ano histórico para a plataforma portuária de Setúbal em todas as áreas

Para além da carga geral, o Ro-Ro tem registado uma grande evoluçao. À direita foto de novo contrato para a nova linha.

DR

PORTOS A plataforma portuária de Setúbal fechou um ano histórico, com aumento de carga movimentada, uma subida vertiginosa nos contentores e um aumento consolidado nas exportações, que já valem 67 por cento.

Texto Anabela Ventura

Nova Linha Ro-Ro já funcionaA plataforma portuária de Setúbal já conta com um nova linha de serviço regular em cargas Ro-Ro denomina-da “West Med Trade” a cargo do arma-dor belga, EML – Euro Marine Logis-tics. A frequência é semanal, com es-cala regular todas as 2ªfeiras. A linha irá distribuir os veículos de exportação da VW, mas também irá exportar e im-portar outras marcas de automóveis.A primeira escala, no dia 19 de janeiro, coube ao Ro-Ro “Aquarius Ace”, um navio de 175 metros e 36.615 GT. Os portos servidos pela linha são, para além de Setúbal, Barcelona, Santander (Espanha), Sheerness, Grimsby, White Hill Point, Tyne (Reino Unido) e Ames-terdão (Holanda).

“LIBERDADE, IGUALDADE, Fra-ternidade! Palavras vãs, mesmo funestas, a partir do momento em que se tornaram politicas, é que a politica faz delas três men-tiras”

Louis Venillot

Num jantar encontraram-se três amigos de infância, um ar-quiteto, um jurista e um politico que dissertavam sobre qual de-les tinha a profisão mais antiga.

Dizia o jurista“ A profissão mais antiga é a

de jurista pois foram eles que criaram as leis,que permitiram a governação dos povos”.

Dizia o arquiteto“A profissão mais antiga é a

do arquiteto pois foi ele que pôs

ordem no universo, porque an-tes era um caos.”

Respondeu o politico“Meus amigos e quem pen-

sam que criou o caos?”Parece anedota mas não é

pois estamos na era da politica, o que significa que estamos no caos.

Agora, entrando nas minhas considerações tributárias, que-ro dizer o seguinte... No tempo do imperador romano Julio Cé-sar, os governadores das provin-cias, entre os quais estava a Lu-sitânia, os governadores pediam ao imperador que lhes permitis-se aumentar os impostos que re-caiam sobre os seus subditos.

O imperador respondeu-lhes “tosquiem-nos mas não os es-folem.”

Todos os governadores en-tenderam a mensagem, menos o da Lusitânia, que com tirania começou a sobrecarregar com impostos tudo e todos os que lhe apareciam à frente.

A tal ponto que foi um pró-prio romano chamado Sertório

que perante tanta injustiça se re-voltou contra os seus patricios e os expulsou da Lusitânia.

Os atuais governadores da Lusitânia (leia-se Portugal), pa-rece que não aprenderam a lição atrás referida, ou nunca leram a História de Portugal... Porquê?

Porque ele não se limitam a tosquiar os contribuinetes, eles estão a esfolá-los. São impos-tos sobre impostos, taxas sobre taxas, são sobretaxas, são taxi-nhas, que durante 40 anos que trabalhei na Direção Geral de Contribuições de Impostos, nun-ca vi semelhante insensatez.

Para terminar, faço uma per-gunta... Quando é que volta a vir um romano, como Sertório que ponha fim a esta bagunçada?

Tributos de Portugal Antigo

CapitaçãoSistema de imposição direta por cabeça. Isto é por pessoa, levan-do.se em consideração a posi-ção do indivíduo em relação à Sociedade, à Igreja ou ao Esta-do. Pela Capitação, cobrava-se do contribuinte conforme os ren-dimentos auferidos noexercicio da sua profissão, das suas terras ou, até seugundo sua aceitação, pela sociedade, como era o caso dos judeus.

Podia também ser uma quan-tia fixa por pessoa. Pode-se dizer que esta é a mais remota forma de tributação que originaria o atual IRS. Já um alvará de 18 de agosto de 1662, tratava da capitação.

Carreto JanelaEx Diretor de Finanças

CONSIDERAÇÕES TRIBUTÁRIAS

Porto de Sines regista em 2014 melhor ano de sempre

NA SENDA dos últimos anos, com crescimentos assinaláveis e mui-tos recordes, o Porto de Sines re-gistou o ano passado os melhores números de sempre, nomeada-mente uma movimentação global de 1.227.694 TEU nos contentores e de 37,6 milhões de toneladas de mercadorias movimentadas.

Nos contentores o crescimen-to foi de 32%, face ao período ho-mólogo, reforçando a sua posição no top mundial dos principais por-tos com este segmento de carga. Nas mercadorias o Porto de Sines cresceu mais 3% (+1.069.000 to-neladas).

Para este crescimento susten-tando destacaram-se os serviços de longo curso, principalmente com os mercados dos EUA e Mé-dio Oriente, reforçando-se igual-mente a relação comercial com os mercados da América do Sul.

O tráfego para o hinterland também cresceu, proporcional-mente, com especial destaque para o modo ferroviário, com um in-cremento de 36% no que diz res-peito à movimentação de conten-tores, enquanto o número de com-boios, também para o transpor-te de carga contentorizada, regis-tou um aumento de 40% face a 2013.

Cargas sempre a subir em Sines

DR

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Sábado • 24 janeiro 2015 • www.semmaisjornal.com 14

OPINIÃO

2015 COMEÇOU. Mais um ano. Um ano que, desta vez, queremos mesmo novo. E, inevitável como o passar do tempo, acabou 2014. Estamos assim perante mais um ano de turismo. Não conhecendo ainda de forma completa e rigo-rosa os resultados do ano, o que só acontecerá entre agosto e se-tembro, conhecemos, pelo menos, sinais e pistas. E o que é que nos dizem então esses quase resulta-dos?

Em primeiro lugar um bom ano turístico. Para além de qualquer dúvida. Um muito bom ano turís-tico, desde logo, para Portugal que deverá registar um valor em tor-no dos 46 milhões de dormidas. Valor nunca antes atingido.

Depois, um excelente ano tu-rístico para a região de Lisboa (coincidente com os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa). Região que certamente ultrapas-sará, pela primeira vez, os 11 mi-lhões de dormidas na hotelaria. No ano anterior (2013) tinha ultrapas-

sado, também pela primeira vez, os 10 milhões de dormidas. Mais um milhão. E mais um milhão é sempre um facto a salientar.

Sendo assim, um milhão de-pois, o que é que mudou?

Mudou o peso da região no país. Bastante maior por sinal. E mu-dou o perfil. A região é hoje bas-tante mais internacional com os turistas estrangeiros a baterem su-cessivos máximos históricos. No-vas rotas aéreas e um cada vez maior interesse por parte dos me-dia internacionais ajudam a ex-plicar o ano turístico.

Por ultimo, e as melhores no-

ticias frequentemente vêm no fim, um igualmente excelente ano tu-rístico na Península de Setúbal.

Em 2014 o Seixal “regressou” ao turismo impulsionado por um novo hotel de 4 estrelas. Palmela e o Montijo voltaram ao crescimen-to. Setúbal e Sesimbra registaram assinaláveis indicadores com au-mentos de dois dígitos. No caso de Setúbal a partir da abertura de no-vas ofertas hoteleiras; no caso de Sesimbra baseado na melhoria da sua prestação com melhores taxas de ocupação. E Almada muito pro-vavelmente ultrapassou as 300.000 dormidas na hotelaria, um núme-ro nunca atingido na Península de Setúbal e, mesmo na Área Metro-politana, apenas ao “alcance” de outras “dimensões” turísticas como Lisboa ou Cascais.

Porquê os números, afinal? Porque “só o que se pode medir pode melhorar”. O que não se pode medir (falando de atividade eco-nómica, claro) é apenas avaliado em termos da opinião individual

de cada um. Uns gostam, outros não. Por isso, e em particular num país como o nosso, medir e ava-liar é decisivo.

Porém no turismo para além dos números existe um “mundo” de rea-lidades. Realidades que, de tantas vezes repetidas, arriscam deixar de significar o que quer que seja. Uma das mais relevantes é a adequação dos sítios, dos locais e das cidades para receber quem nos visita. O con-trário de simplesmente estar à es-pera de quem chegue. O propósito de ativamente “convidar” quem che-ga a “visitar mais”, a “ficar mais tem-po”, a “descobrir o tanto que há a descobrir” a “encontrar-se e a per-der-se em tudo o que somos”.

Por último, e a propósito des-te novo ano, vem aí o Portugal 2020. Que este não seja o “Portu-gal das (muitas) conversas”, o “Por-tugal das boas intenções” mas sim o “Portugal das realidades”. Rea-lidades que perdurem. E, já ago-ra, que seja possível serem me-didas e avaliadas.

O que houve de novo no já velho ano turístico de 2014?

Jorge HumbertoColaborador

COMEÇAR O Ano Novo com as pa-lavras do Padre António Vieira, no seu mais célebre Sermão (aos pei-xes), pareceu-me não só apropria-do à quadra como aos tempos “sal-gados” que temos vivido na cena na-cional.

O efeito do sal, relembra-nos avi-sadamente o célebre padre jesuíta e grande mestre da língua portugue-sa, é o de impedir a corrupção ( re-lembre-se que corrupção vem do la-tim corruptus e que o verbo corrom-per significa “tornar pútrido”). Mas se o que assistimos intensamente com as revelações dos últimos anos (mas poderíamos ir mais atrás, ao caso Partex, ao Setúbal Connection, etc.) que envolveu BPN, BPP, BCP e

agora o BES, entre os financeiros, ou os mais directamente políticos, como o caso Portucale, a compra dos sub-marinos, o caso Face Oculta, ou Free-port, revela que o sal não salga ou que a terra não se deixa salgar?

Alice, ainda estremunhada da noite mal dormida depois de ouvir tantos testemunhos de pessoas gra-das (e graúdas pelas suas respon-sabilidades nas empresas do Gru-po Espírito Santo de que o seus ren-dimentos anuais eram, aliás, teste-munho eloquente) que parecem acometidas de uma estranha doen-ça que lhes afecta a memória, de tal forma grave que não parecem dis-pensar a seu lado dois ou três cui-dadores ( e mais estranho é que não

são formados em medicina, mas an-tes são reputados advogados) no decorrer do inquérito parlamentar ao “Caso BES”, ou, quiçá, ainda com resquícios da azia, que perdurava desde a consoada do Natal (“é só uma vez por ano, não faz mal filha”, dizia-lhe com ternura a mãe) dis-parou entre o inesperada e o iróni-co “será que as adquiriu (as azevias) às irmãs de Ricardo Salgado?”. Só então me lembrei das palavras de PQP – Pedro Queiroz Pereira, o pa-trão da SEMAPA, dono da Secil e da Portucel, que na comissão de in-

quérito ao BES afirmara que elas (as irmãs de Ricardo Salgado) “fi-cam em casa à noite a fazer bolos e ele nunca se preocupou a defen-dê-las” e não deixei de esboçar um sorriso pela boa disposição que ela (a Alice) ainda conseguia manter perante tantos escândalos prota-gonizados por “la crème de la crè-me” (a nata) da finança portugue-sa e que fora determinante para a má fama do país lá fora e para o aumento da pobreza do país cá dentro.

Inspirada, rematou pondo fim à crónica, lembrando do nosso gran-de, enorme, Fernando Pessoa, dois versos do seu livro “A Mensagem” que, por acaso ou malquerença, ela embrincava na matéria (na maté-ria ou na forma?) que tinha vindo a ser tratada, e que gostosamente transcrevemos aqui, sem segundo sentidos, supõe-se: “Ó mar salga-do, quanto do teu sal/ São lágri-mas de Portugal!”

Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra não se deixa salgar?

Arlindo MotaPolítólogo

O BENFICA suscita paixões.Vende jornais. Alimenta con-

versas e o imaginário de milha-res de pessoas.

Bastou um conhecido Benfi-quista ir visitar José Sócrates, não para aplaudir a sua política ou para questionar a justiça da sua prisão preventiva e logo os jornais se acotovelavam para dis-cutir se o ex-Primeiro-Ministro teria direito a aquecer-se com o cachecol do glorioso ao pesco-ço, ou não.

Claro está que sendo os cache-cóis proibidos nas prisões portu-guesas por ser um instrumento que pode permitir o enforcamen-to, logo os outros prisioneiros vie-ram reclamar sobre a justiça e dis-cricionariedade da decisão de per-mitir a entrega do famoso cache-

col, pela mão do não menos fa-moso adepto benfiquista.

E os restante prisioneiros aprenderam uma forma de con-tornar regulamentos: desde que o bem proibido leve o símbolo do glorioso, logo a autorização não tardará. Ou será que estou a ver mal o filme e a autorização é por ser um pedido do ainda mais fa-

moso “Recluso 44”? Bem, mas como ia a dizer,

quando se fala do Benfica, logo a emoção vem à tona. Então na Câ-mara Municipal do Seixal, não são raras as vezes que a oposição em uníssono clama pelo cumprimen-to do último protocolo, para logo a “maioria” nos cair em cima e clamar que não admite que a sua seriedade seja posta em causa. Se-riedade? Mas quem falou em se-riedade? curiosamente ninguém. Só os próprios.

O que nós dizemos é que que-remos os protocolos que assina-mos com a grande instituição que é o Benfica, (seja a SAD ou o clu-be) e que os interesses da Câma-ra sejam salvaguardados. Claro que não falo da seriedade dos res-ponsáveis. Falo sim da compe-

tência e autoridade que a admi-nistração local deve impor a to-das as pessoas, singulares ou co-letivas.

Sim, porque como Benfiquis-ta assumido, como todos sabem, tenho um orgulho enorme em ver o meu clube como um gran-de expoente de formação e que esse centro formador seja na au-tarquia onde sou vereador, no entanto, maior orgulho terei quando vir que o meu Benfica, fez um grande negócio em se ins-talar no Seixal e o “meu” (permi-tam-me o abuso) Seixal, tenha feito um grande negócio por per-mitir a instalação do Benfica na sua terra.

Um grande negócio é quando todos ganhamos. E este tem tudo para ser fantástico para ambos.

Paulo Edson CunhaVer. PSD/Seixal

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSAFicha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, Bernardo Lourenço, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Violência doméstica

ASSISTIMOS, mais uma vez per-plexos, esta quinta-feira, a mais uma morte por violência domés-tica, no seio de um casal aparen-temente sem faíscas sociais. É um fenómeno que parece não ceder, antes pelo contrário.

Vi, como todos os que recebe-rem ou souberam da notícia, a foto da vítima. A Mimi, que conhecia de múltiplos eventos empresariais de Setúbal. Foi mais um estrondo, a ideia que transparecia era a de um ser hu-mano afável, de cuidada educação, sempre bem-composta, de uma sim-patia irrepreensível.

O que leva um homem a tirar a vida à sua companheira? É a per-gunta que se impõe. As respostas são múltiplas e as razões apenas radi-cam de uma falha tenebrosa de ra-cionalidade, um surto momentâneo que trespassa a vida anterior, os mo-mentos vividos, os afetos, a família e os valores.

Um terror que invade a mente, o precipício de um caminho sem rumo, que leva a matar e, eventual-mente, a querer morrer.

A linha editorial do Semmais re-cusa esse ‘sangue’, e por isso (até por-que a comunicação social foi inun-dada com notícias a propósito) não fazemos notícias sobre casos parti-culares, a não ser análises mais abran-gentes.

Está em causa o que se pode con-siderar a ‘perfuração’ da vida priva-da deste casal, com uma vítima que deixa dois filhos e um homem que se tornou assassino num ápice.

Infelizmente, como se prova, este fenómeno nada tem a ver com clas-ses sociais, nem com educação ou formação. E a região bate recordes. O ano passado foram sete as vítimas de violência doméstica no distrito e dezenas de casos reportados às au-toridades policiais.

Há que por cobro ao flagelo que nos envergonha e corrói por dentro, mas como…

EDITORIALRaul Tavares

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O GOVERNO do PSD/CDS preten-de legislar sobre a transferência de novas atribuições e competências para os municípios e comunidades intermunicipais. No projeto de De-creto-Lei, o Governo pretende que os municípios passem a ter compe-tência, designadamente na área da educação, da segurança social, da saúde e da cultura. Neste projeto de Decreto-Lei o governo quer contra-tualizar com os municípios aquelas competências que desta forma não são universais e definitivas uma vez que, ficam dependentes da vontade do Governo da República e de cada um dos Municípios individualmen-te considerados.

Com esta legislação o que se pre-tende não é uma descentralização administrativa de competências nos

municípios por via legal. De facto, o princípio da subsidiariedade só se efetivará se permitir uma clara e inequívoca atribuição de compe-tências entre o Estado e os Municí-pios, assente numa estrutura finan-ceira clara e inequívoca que consi-dere a correspondente repartição de recursos financeiros. A materia-lização da descentralização admi-

nistrativa de competências nos mu-nicípios deve assentar, ser realiza-da, privilegiar, a transferência uni-versal e definitiva de forma a ga-rantir a racionalização dos recur-sos disponíveis, visando a coesão territorial, a solidariedade entre re-giões, a aproximação das decisões aos cidadãos e desta forma melho-rar a qualidade dos serviços pres-tados. Mas não é este o caminho que o projeto de Decreto-Lei do gover-no preconiza. Trata-se agora de uma delegação de competências por via da celebração de contratos intera-dministrativos. Uma delegação con-tratual que depende da vontade das partes, governo e município, sus-cetível de trazer para cima da mesa negocial, condições diferentes em função da gestão partidária do go-

verno e do município respetivo, com custos incalculáveis em matéria de recursos e meios, da confiança, bem como a violação do princípio basi-lar da transparência, da igualdade, e do interesse público em geral. O que é desejável é que a lei seja uma Lei-Quadro que estabeleça de uma forma geral e universal, a transfe-rência de atribuições e competên-cias para os municípios e não uma lei que permita negociar competên-cias ao sabor das conjunturas po-liticas e, consequentemente dando azo à celebração de acordos desi-guais, temporários e injustos.

Por outro lado, sempre se dirá que na gestão das áreas a nego-ciar nada se diz sobre o papel das diversas entidades que já estão a operar nos territórios concelhios

nas áreas a delegar, como as IPSS na área social, os centros de saú-de na área da saúde, entre outros. Qual é o papel reservado ao mu-nicípio, na gestão, isto é, partici-pa e assume a responsabilidade ou entrega os meios financeiros, logísticos e humanos e não é res-ponsável? Estes são aspetos sus-ceptiveis, a nosso ver, de gerar a maior confusão e opacidade, para além de poder sobressair também o «amiguismo,» que é inaceitável quando se trata de gerir a “res-pú-blica”. De salientar ainda, a possi-bilidade de duplicação e sobrepo-sição de tarefas e poderes que em nada contribuem para a raciona-lização dos recursos disponíveis nem para a obtenção de ganhos de eficácia e eficiência.

A confusão é amiga da opacidade

Maria Amélia AntunesAdvogada

ERRATA

Troca de textoNa fase final de produção da última edição foi inserido, por lapso, um texto repetido sobre a educação no distrito, na página de Negócios, na qual deveria ter sido publicado um texto sobre as performances do porto de Setúbal, que editamos na página 13 da presente edição. Pelo facto pedimos as devidas des-culpas aos nossos leitores.

SOB O sistema de ensino recaem muitas responsabilidades. Para além da aprendizagem dos con-teúdos e do desenvolvimento de competências, à escola cabe a for-mação de cidadãos livres, criati-vos e felizes, que possam partici-par na vida política, económica e social do país.

Muitos são os professores, fun-cionários, alunos e pais que ten-tam fazer da escola um motor de transformação social, que contri-bua para a construção de uma so-ciedade mais justa. Por vezes qui-xotesco, esse empenho embate na realidade, nas decisões políticas e administrativas, nas restrições or-çamentais, nas contingências so-ciais…O sistema educativo que te-mos reflete a sociedade em que está inserido, integra-se na rede com-plexa das suas instituições, dinâ-micas e práticas culturais.

Apesar de se ter generalizado o acesso ao ensino, não estão ainda garantidas condições essenciais de equidade, que permitam a genera-lização do sucesso escolar. Os pro-blemas que se verificam na escola são ainda semelhantes aos da vida. Os sucessos e os insucessos do sis-tema educativo espelham, dão eco e, às vezes, ampliam o conjunto de circunstâncias que o condicionam.

Não é exatamente a mesma coi-sa falar de resultados de exames e sucesso escolar. Com efeito, sem-pre que se procuram sobrepor es-tas duas realidades não se leva em linha de conta a forma como os con-textos e suas variáveis influenciam os processos educativos e forma-tivos. O resultado dos exames re-presenta uma classificação quan-titativa, que nada nos diz sobre o trabalho desenvolvido pelos pro-fessores, também nada dizendo so-bre condições de origem e as va-riáveis de contexto dos estudantes.

No passado dia 17 de janeiro, o semmais trouxe à capa a notícia que o “Distrito de Setúbal lidera a nível nacional chumbos e desis-

tências nas escolas”. No ano leti-vo de 2012-2013, a nível nacional desistiram ou ficaram retidos no 12º ano de escolaridade 36% dos estudantes. Ou seja, mais de um terço dos 58529 alunos matricu-lados, não conseguiram terminar o ensino secundário. No caso do Distrito de Setúbal a taxa de reten-ção e desistência foi de 43%. Dos 4622 alunos matriculados no 12º ano, quase 2000 não conseguiram concluir o ensino secundário.

Sem desresponsabilizar os alu-nos e a escola, não é difícil encon-trar razões para tão mau desempe-nho. Entre elas surge a conjuntura socioeconómica, que assume uma expressão particularmente dura no distrito de Setúbal. O desemprego e a miséria, convertem-se em han-dicap sociocultural afetando as pres-tações escolares. Os resultados de-nunciam também a instabilidade vivida nas escolas, causados pelos erros das opções políticas do Mi-nistério da Educação e Ciência.

Estes resultados são preocu-pantes pelas assimetrias que reve-lam e por demonstrarem o muito que está por fazer. Sendo difícil agir de forma rápida sobre o contexto social e económico, no que respei-ta às políticas educativas, importa criar condições para: conferir es-tabilidade e segurança ao corpo do-cente; reduzir o número de alunos por turma; implementar projetos eficazes e continuados de comba-te ao insucesso; bem como desen-volver o ambiente motivacional de todos os intervenientes nos proces-sos educativos e formativos.

Chumbos e Desistências

João CouvaneiroProfessor do Ensino Superior

EDUCAÇÃO & CIDADANIA

A CÂMARA Municipal de Montijo é o Município que respira melhor saúde financeira na Península de Setúbal. Os resultados relativamen-te ao exercício das contas de 2014 demonstram que a execução orça-mental ultrapassou os 88%, um re-sultado que se deve a uma gestão rigorosa e a uma saúde financeira saudável que se afirmou e consoli-dou no ano que passou.

Contrariando a posição da opo-sição, quer do PCP, quer do PSD, a Câmara Municipal de Montijo man-tém uma situação financeira posi-tiva porque soube, agora, mas tam-bém no passado, ajustar a despesa e a receita, apesar da enorme dimi-nuição de receitas que sofreu nos últimos anos motivada pela crise em geral e pela crise do setor imo-biliário em particular.

Factos são factos. O Montijo be-neficiou do PAEL, mas foi dos pri-meiros se não o primeiro Municí-pio a liquidar o empréstimo, ainda no ano de 2013. O Montijo é o Con-celho da Península de Setúbal e pro-vavelmente de todo o país, com tem-pos de pagamento a fornecedores mais baixos, 42 dias, ao contrário da maioria das Câmaras da Penín-sula que acumulam em alguns ca-sos mais de uma centena de dias.

Mas para além da boa gestão, igualmente relevante são as op-ções políticas, e nestas podemos atestar a escolha consciente de apoiar e beneficiar as populações contribuindo para a justiça social, sendo exemplo incontornável a decisão feita pelo Partido Socia-lista no Montijo de desagravamen-to fiscal através do IMI e do IRS.

Estas medidas não foram segui-das pela grande maioria dos Mu-nicípios da Península, sendo que em alguns casos até se verificou o contrário.

O executivo da Câmara Muni-cipal de Montijo liderado pelo Pre-sidente Nuno Canta, apesar do chumbo orçamental protagoniza-do pelo PCP e pelo PSD para 2015, provou ao longo do último ano a sua competência à frente dos des-tinos do Montijo, realizando obra que a oposição dizia impossível de acontecer, veja-se o caso do Mercado Municipal tão badalado pelo PSD na campanha eleitoral, apostando no serviço público aos cidadãos com especial destaque

para a resposta aos problemas so-ciais, academias seniores descen-tralizadas, serviços de atendimen-to na área social no âmbito da ação social, imigração, violência do-méstica. Mas também poderia fa-lar da gestão do parque escolar, da boa cobertura da rede de pré--escolar, apenas como outros exemplos.

Há que referir que neste pri-meiro ano de mandato de Nuno Canta vimos as ruas limpas e as estradas asfaltadas, quando a opo-sição, os arautos da desgraça, va-ticinavam a incapacidade de ação do executivo que, note-se, gover-na com maioria relativa e apenas com o Presidente e três vereado-res, mas com responsabilidade e ambição de tornar o Montijo um concelho melhor.

O PS no Montijo marca a dife-rença. A diferença num território onde, todos os outros Municípios são governados por outra força política e onde os problemas fi-nanceiros graves, os longos tem-pos de pagamento a fornecedo-res, as opções de não despenali-zar fiscalmente as famílias, a des-responsabilização permanente em áreas chave como a rede de equi-pamentos escolares ou em pro-gramas como as Atividades Extra Curriculares, alegando sempre fa-tores externos à gestão como mo-tivo para justificar, muitas das ve-zes o injustificável, são o argumen-tário para uma governação defi-citária que traduz má gestão e op-ções políticas que não beneficiam os cidadãos e cidadãs que vivem nestes municípios.

PS marca a diferença nos Municípiosda Península de Setúbal

Catarina MarcelinoDeputada PS

“ Contrariando a posição do PCP e do PSD, a Câmara do Montijo mantém uma situação financeira positiva ”

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