Sequência Didática - LAPEQ · Identificar as relações que os alunos fazem entre a Operação Carne Fraca e os conteúdos químicos, com base em seus conhecimentos prévios, apresentação

1 Metodologia do Ensino de Química

Laboratório de Pesquisa em Ensino de Química e Tecnologias Educativas

Sequência Didática x

Operação Carne Fraca: utilizando conceitos químicos na refutação das fake news

ELABORAÇÃO:

Gabriela Aparecida de Lima

Raul Gustavo de Almeida

ORIENTAÇÃO:

Prof. Dr. Marcelo Giordan

2018



SUMÁRIO Público Alvo 3

Caracterização dos alunos: 3

Caracterização da escola: 3

Caracterização da comunidade escolar: 3

Problematização 4

Objetivo geral 5

Aula 1 5

Atividade 1: Apresentação da sequência didática 5

Atividade 2: Resumindo a Operação 6

Atividade 3: Química na operação carne fraca 6

Atividade 4: discutindo as fontes e confiabilidade 7

Aula 2 8

Atividade 1: Introdução ao experimento 8

Atividade 2: Atividade experimental 8

Atividade 3: Histórico dos métodos de conservação de alimentos 9

Atividade 4: Oxidação e mecanismos de conservação 10

Aula 3 10

Atividade 1: Retomando o experimento 11

Atividade 2: A cinética nos alimentos 11

Atividade 3: Toxicidade 12

Atividade 4: ácido ascórbico como conservante de alimentos 12

Atividade 5: concentração 13

Aula 4 14

Atividade 1: Cálculo de concentração 14

Atividade 2: Síntese da SD 15

Atividade 3: Situação-problema 15

Atividade 4: Compartilhando resultados 16

Atividade 5: Para refletir 17

Avaliação 17

Referências Bibliográficas 17

Material utilizado 19



SEQUÊNCIA DIDÁTICA

PÚBLICO ALVO

CARACTERIZAÇÃO DOS ALUNOS:

A escola, localizada na região periférica da Zona Oeste de São Paulo, atende alunos advindos dos bairros vizinhos. A maioria destes concluíram o ensino fundamental em escolas públicas próximas a região e trazem dificuldades de aprendizagem - muitos não chegam alfabetizados.

A assiduidade da maioria dos alunos e alunas do período noturno é afetada pela rotina de trabalho desses estudantes que, por vezes, muito cansados da jornada de trabalho, faltam a escola.

A escola enfrenta problemas relacionados a cabulação de aula e abandono escolar: as classes são esvaziadas, com cerca de 20 alunos, enquanto que para cada turma estão inscritos cerca de 40 estudantes. Dos estudantes que frequentam as aulas, a postura da maioria é de quem está se sentindo obrigado a estar na escola, havendo raras e efêmeras ocasiões em que se observa uma nítida motivação dos alunos. Pode-se supor que muitos deles estão ali para finalizar o ensino médio como último passo em suas formações para iniciar ou continuar seguindo carreira profissional.

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA:

A aplicação da sequência didática será na sala 1 – LAPEQ (Laboratório de Pesquisa em Ensino de Química e Tecnologias Educativas) do bloco B da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. A sala possui 6 mesas para trabalho em grupo (para quatro pessoas cada), comportando até 24 alunos, além de instalações básicas de um laboratório de química, como saídas de gás, tomadas, armário de reagentes e vidrarias, pia e modelos moleculares tridimensionais do tipo bola vareta. Ferramentas expositivas disponíveis: lousa verde, tabela periódica grande, projetor multimídia conectado a um computador com caixas de som e lousa digital. Livros didáticos e revistas de divulgação científica podem ser consultados na estante no fundo da sala.

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR:

A instituição fundada na década de 70, era para membros comunidade escolar, antes da reorganização das escolas estaduais de 1996 (decreto n° 40473/95), uma escola de qualidade bem relacionada com seu entorno. Entretanto, após a reorganização, a escola perdeu muito de sua identidade graças às políticas de cunho neoliberal que foram plano de fundo para essa reforma: a escola antes arborizada, livre, sem muros ou grades, foi se transformando em uma escola fechada, cheia de grades, cadeados e correntes devido à violência que ocorre ao entorno.

Atualmente a comunidade escolar é relativamente heterogênea, sendo constituída principalmente de moradores da região e uma parte menor de bairros mais afastados, uma vez que a escola é localizada próximo à uma estação de trem (CPTM) e um terminal



de ônibus. Aos finais de semana a comunidade visita a escola, seja para realizar as atividades de projetos desenvolvidos por voluntários ou para a prática de esportes.

PROBLEMATIZAÇÃO

O Brasil é um dos países que mais utiliza as redes sociais no mundo, de acordo com as pesquisas de agências como We Are Social (2016) e Nielsen (2010). Pelo fato de estar quase o tempo todo conectado, o brasileiro está mais sujeito a se deparar com notícias difundidas nas redes sociais do que outros países não tão conectados. O problema surge quando as notícias não apresentam fontes confiáveis, ou sequer uma fonte, e mesmo assim causam polêmica entre os usuários das redes, dentre os quais a maioria não busca confirmar a veracidade dos fatos em fontes mais confiáveis e seguem espalhando tais notícias falsas no dia-a-dia, ou informações parcialmente distorcidas sobre os fatos, popularmente conhecidas como fake news.

Outro aspecto que favorece a difusão de algumas das fake news consiste no fato de que determinadas notícias envolvem conceitos sobre assuntos dos quais o usuário não possui conhecimentos básicos a respeito. Vamos aqui focalizar a ciência, sobretudo, a química, como assunto distante do usuário das redes sociais para discutir os aspectos que favorecem a distorção de tais notícias.

Os adolescentes e jovens brasileiros são os usuários mais assíduos das redes sociais, e acreditamos que uma sequência didática (SD) bem fundamentada em questões do conhecimento científico e sócio-político, pode auxiliar no desenvolvimento de uma sociedade mais crítica, que tenha mais argumentos para questionar e seja menos passiva, e consequentemente menos passível de manipulação.

Tendo isso em vista, pretendemos abordar as principais notícias acerca da operação, realizada pela Polícia Federal, denominada Carne Fraca, que, resumidamente, consistiu na investigação de grandes frigoríficos no país sob a suspeita de adicionarem conservantes nas carnes comercializadas em quantidades acima do que as permitidas por lei, além de injetar substâncias para maquiar a aparência e o mau odor de alimentos com prazo de validade vencido.

Antes mesmo de chegar ao tópico de notícias distorcidas, vale iniciar a discussão com a notícia mais polêmica divulgada pela própria Polícia Federal, que seria o fato de os produtores estarem supostamente adicionando papelão nas carnes comercializadas. Essa notícia foi motivo de indignação de vários brasileiros, e ao mesmo tempo, uma fonte rica para a produção de memes pelos usuários nas redes sociais. Dias depois da divulgação dessa notícia a Polícia Federal se retratou, afirmando que houve uma precipitação na divulgação das informações, e que o “papelão” ouvido em uma das gravações analisadas era referido em relação à embalagem das carnes, e não que estava sendo adicionada nas mesmas.

Entretanto, esse não foi o único mal-entendido, outros enganos como dizer que o ácido ascórbico presente nas carnes era uma substância carcinogênica, sem a menção, em qualquer momento, à relação entre concentração e toxicidade. Diante disso, pretendemos apresentar o conceito de toxicidade atrelado ao de concentração, de modo que nas próximas ocasiões em que forem levantadas polêmicas semelhantes nossa audiência estabeleça um pensamento crítico e busque comparar as concentrações divulgadas pela mídia e as estabelecidas como limites pelos órgãos de regulamentação.

Acredita-se ser importante realizar uma discussão acerca dos conceitos químicos mal utilizados pela mídia, que atrelado ao fato de constituirmos uma sociedade tão dependente das redes sociais, sendo tão passível de acreditar nas fake news, bem como difundi-las. Além disso, mostra-se indispensável a reflexão sobre a evolução dos métodos de conservação de alimentos - que teve um papel importantíssimo na história do ser humano - buscando-se desmistificar a química como vilã da sociedade, tendo esta ciência uma vasta contribuição na melhoria das condições de vida da população. Dentro desta perspectiva, buscaremos apresentar os fatores



que afetam a velocidade de uma reação química e associá-los aos métodos de conservação mais conhecidos.

Durante a SD pretende-se que os alunos realizem reflexões acerca do tema e, ao final, sejam capazes de responder às questões: Quais os impactos sociais da distorção midiática e como evitá-los? Como avaliar a confiabilidade de uma fonte de informações associando o conhecimento científico? O que é tóxico? Qual a relação entre a concentração de uma substância em uma amostra e sua toxicidade? De que modo os argumentos baseados no conhecimento científico podem refutar informações inconsistentes durante a divulgação de uma notícia, como ocorreu no caso da Operação Carne Fraca?

OBJETIVO GERAL

Pretende-se discutir a Operação Carne Fraca em seus aspectos sócio-político e científico e o efeito na sociedade da distorção das informações divulgadas pela mídia, buscando um debate sobre fontes de informações confiáveis, bem como apresentar alguns tópicos sobre o direito do consumidor. Além disso, pretende-se apresentar a evolução dos métodos de conservação de alimentos na história e sua implicação da vida do ser humano. Relacionar os conceitos de toxicidade e concentração, buscando retomar o aspecto de confiabilidade de dados, citando órgãos como a OMS e a Anvisa, além de introduzir o conceito de fatores cinéticos de uma reação química, relacionando-os aos métodos mais conhecidos de conservação de alimentos.

METODOLOGIA DE ENSINO

AULA 1

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

● Investigar as concepções prévias dos alunos sobre conservantes, cinética química e toxicidade através de questionários;

● Apresentar as questões centrais da problematização como agente provocador; ● Sintetizar e refletir a respeito das principais notícias sobre a Operação Carne

Fraca; ● Introduzir o conceito de fontes confiáveis de informação; ● Identificar os métodos de conservação de alimentos conhecidos pelos alunos.

CONTEÚDOS:

● Confiabilidade de fontes de informação; ● Degradação e conservação de alimentos.

ATIVIDADE 1: APRESENTAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA TEMPO: 5 minutos.



ABORDAGEM COMUNICATIVA: Não-Interativa/ De autoridade.

PROPÓSITO: Familiarizar os alunos com o ambiente no qual será aplicada a SD, apresentando a sequência do minicurso e sua problematização.

CONTEXTO: MENTAL

Motivação dos alunos e capacidade de interpretação de recursos audiovisuais. SITUACIONAL

Grupos de três alunos por mesa voltados para a lousa digital e quadro negro.

MATERIAIS DE APOIO: Lousa digital, projetor, fala e gestos dos docentes.

DESCRIÇÃO: Os alunos serão ambientados no laboratório onde será aplicada a SD e convidados a se sentar em grupos de 3 pessoas de frente para a lousa. Em seguida, será feita a apresentação dos professores e da SD com seus propósitos e sua problematização.

ATIVIDADE 2: RESUMINDO A OPERAÇÃO

TEMPO:

15 minutos.

ABORDAGEM COMUNICATIVA:

Interativa/ De autoridade.

PROPÓSITO:

Fazer um resumo das principais notícias sobre a Operação Carne Fraca

CONTEXTO:

MENTAL

Operação Carne Fraca

SITUACIONAL


MATERIAIS DE APOIO:

Lousa digital, projetor, fala e gestos dos docentes, apresentação de slides

DESCRIÇÃO:

A atividade consiste em expor, através de uma apresentação de slides, as principais notícias sobre a Operação Carne Fraca.

ATIVIDADE 3: QUÍMICA NA OPERAÇÃO CARNE FRACA

TEMPO:

15 minutos.


Interativa/Dialógica.



PROPÓSITO:

Identificar as relações que os alunos fazem entre a Operação Carne Fraca e os conteúdos químicos, com base em seus conhecimentos prévios, apresentação anterior e textos fornecidos.

CONTEXTO: MENTAL

Conhecimentos químicos, entre eles, concentração e reações de oxirredução.

SITUACIONAL


MATERIAIS DE APOIO:

Quadro negro, giz, falas e gestos dos professores e alunos, trechos de notícias e nota e resoluções da Anvisa sobre a Operação.

DESCRIÇÃO:

Será entregue aos alunos trechos de notícias sobre a Operação Carne Fraca e uma nota da Anvisa sobre a Operação e tabelas de resoluções acerca dos aditivos adicionados a carne, também do órgão. Será pedido que identifiquem a ocorrência de conceitos químicos nos textos.

ATIVIDADE 4: DISCUTINDO AS FONTES E CONFIABILIDADE

TEMPO:

15 minutos.



PROPÓSITO:

Criar uma discussão sobre a ocorrência de conceitos químicos nos trechos e sua relação com a confiabilidade da notícia.

CONTEXTO: MENTAL

Apresentação anterior, notícias e conhecimentos prévios em química.

SITUACIONAL

Alunos dispostos em grupos de três voltados para o quadro negro.

MATERIAIS DE APOIO:

Quadro negro, giz, fala dos professores e alunos

DESCRIÇÃO:

Será feito um levantamento, junto aos alunos, relacionando a ocorrência de conceitos químicos nas notícias e sua confiabilidade, tendo como referência de fonte confiável de dados a nota e resoluções da Anvisa.



AULA 2


● Descrever os métodos de conservação de alimentos conhecidos ao longo da história;

● Descrever os conservantes de alimentos mais utilizados e apresentar as suas devidas fórmulas: estruturais, dos compostos orgânicos e unitárias, dos compostos iônicos;

● Explicar, de modo sucinto, e demonstrar a propriedade antioxidante do ácido ascórbico.

● Identificar os mecanismos dos conservantes na inibição da degradação de alimentos;

CONTEÚDOS:

● Fórmulas estruturais de conservantes orgânicos; ● Fórmulas unitárias de conservantes salinos (iônicos). ● Oxirredução.

ATIVIDADE 1: INTRODUÇÃO AO EXPERIMENTO

TEMPO:

5 minutos.


Não interativa/ De autoridade.

PROPÓSITO:

Explicar o experimento mostrando os materiais a serem utilizados.

CONTEXTO: MENTAL

Reconhecer as variáveis e os materiais envolvidos no experimento.

SITUACIONAL

Alunos sentados em grupos ouvindo as explicações sobre o experimento a ser realizado.

MATERIAIS DE APOIO:

Lousa digital e roteiro experimental projetado na lousa.

DESCRIÇÃO:

A fim de introduzir os aspectos químicos envolvidos na Operação Carne Fraca, será

feito um experimento de inibição ou favorecimento da oxidação de alguns pedaços de

maçã por meio do uso de ácido ascórbico, exposição ao frio e ao ar. Para tanto, os professores explicarão a sequência de procedimentos a ser adotada durante o experimento, com o roteiro projetado na lousa digital, e apresentar os materiais que serão utilizados.

ATIVIDADE 2: ATIVIDADE EXPERIMENTAL

TEMPO:



10 minutos.


Interativa/De autoridade.

PROPÓSITO:

Demonstrar a propriedade conservante do ácido ascórbico comparando os processos de oxidação das maçãs em diferentes condições.

CONTEXTO: MENTAL

Reconhecer as variáveis e os materiais envolvidos no experimento anterior.

SITUACIONAL

Alunos dispostos em pé na bancada do laboratório ouvindo as instruções e seguindo o roteiro experimental previamente distribuído.

MATERIAIS DE APOIO:

Roteiro experimental, maçãs, água destilada, ácido ascórbico, faca, filme de PVC e placas de Petri.

DESCRIÇÃO:

Os professores deverão orientar os alunos durante o experimento, acompanhando o manuseio dos materiais bem como assegurando a segurança dos mesmos. Os alunos devem trabalhar em grupos de cinco, sendo que cada aluno será responsável por um parâmetro experimental, sendo eles: exposição ao frio (1), exposição ao ar (2), exposição ao ácido ascórbico em solução (3), aumento da superfície de contato pela raspagem da maçã (4) e com bloqueio do contato com o ar atmosférico por filme PVC (5).

ATIVIDADE 3: HISTÓRICO DOS MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS

TEMPO:

15 minutos.


Interativo/ De autoridade.

PROPÓSITO:

Apresentar os métodos de conservação de alimentos conhecidos ao longo da história, identificando os conservantes mais utilizados com as suas devidas fórmulas: estruturais dos compostos orgânicos e rede cristalina dos compostos iônicos.

CONTEXTO: MENTAL

Noções sobre conservação de alimentos, bem como ligações químicas, e as diferentes representações dos compostos químicos.

SITUACIONAL

Alunos dispostos em grupos de três voltados para a lousa digital e quadro negro.

MATERIAIS DE APOIO:



Lousa digital, quadro negro, giz, apresentação de power point e modelos moleculares tridimensionais.

DESCRIÇÃO:

Será apresentado um breve histórico acerca da evolução dos métodos de conservação de alimentos, e os professores devem retomar os métodos conhecidos pelos alunos, complementando, caso necessário, com os mais utilizados. Serão apresentadas na lousa digital as fórmulas estruturais de conservantes constituídos de compostos orgânicos, no caso de ácido ascórbico e ácido sórbico, e rede cristalina para compostos iônicos, no caso do cloreto de sódio.

ATIVIDADE 4: OXIDAÇÃO E MECANISMOS DE CONSERVAÇÃO

TEMPO:

20 minutos.


Não interativa/ De autoridade.

PROPÓSITO:

Apresentar os mecanismos envolvidos nos métodos de conservação de alimentos, relacionando a deterioração com processos oxidativos.

CONTEXTO: MENTAL

Noções gerais sobre conservação de alimentos e reações químicas

SITUACIONAL

Alunos dispostos em grupos de três voltados para a lousa digital e quadro negro.

MATERIAIS DE APOIO:

Lousa digital, quadro negro, giz, apresentação de power point e texto de apoio.

DESCRIÇÃO:

Explicar sucintamente os mecanismos envolvidos nos métodos de conservação de alimentos, como inibição de proliferação de microrganismos, inibição de reações de oxidação, retardamento de reações de decomposição através de resfriamento e enlatamento. O conceito de oxidação será abordado resumidamente por meio da leitura dinâmica de um texto pelos alunos, de modo a explicar o papel de um antioxidante, no caso do ácido ascórbico, que se oxida ao invés das substâncias presentes no alimento, fornecendo-se uma base conceitual para a discussão do experimento na aula a seguir.

AULA 3


● Discutir o experimento da aula anterior, buscando chegar a uma explicação, em conjunto com os alunos, sobre as observações realizadas;

● Introduzir o conceito de fatores que influenciam na velocidade de reações químicas;



● Relacionar os conceitos de toxicidade e concentração, reforçando a ideia da necessidade de se realizar pesquisas através de fontes confiáveis, citando órgãos como Anvisa e OMS.

CONTEÚDOS:

● Fatores cinéticos das reações químicas; ● Concentração (molar, em massa, em volume, ppm e suas conversões); ● Toxicidade.

ATIVIDADE 1: RETOMANDO O EXPERIMENTO

TEMPO:

10 minutos.


Interativo/ Dialógico.

PROPÓSITO:

Analisar o resultado do experimento e discutir os fatores de influenciam a conservação e degradação de alimentos.

CONTEXTO: MENTAL

Reconhecer as variáveis e os materiais envolvidos no experimento anterior, oxidação e mecanismos de conservação de alimentos.

SITUACIONAL


MATERIAIS DE APOIO:

Quadro negro, giz, maçãs e roteiro experimental.

DESCRIÇÃO:

Neste momento, os alunos devem observar eventuais alterações nos aspectos visuais das maçãs, havendo a seguir uma discussão dos fenômenos observados, relacionando-os aos fatores que influenciam nos processos de conservação e degradação dos alimentos.

ATIVIDADE 2: A CINÉTICA NOS ALIMENTOS

TEMPO:

15 minutos.



PROPÓSITO:

Fazer um levantamento dos fatores cinéticos envolvidos em reações químicas com ênfase na conservação de alimentos.

CONTEXTO:



MENTAL

Reconhecer as variáveis e os materiais envolvidos no experimento anterior, noções sobre reações químicas e conservação de alimentos.

SITUACIONAL


MATERIAIS DE APOIO:

Quadro negro e giz.

DESCRIÇÃO:

Partindo da discussão do experimento, após os alunos realizarem suas observações, os professores buscarão realizar um levantamento, através do diálogo com os alunos, de fatores que afetam a velocidade de uma reação química e associando tais conceitos aos métodos de conservação de alimentos. Os fatores levantados durante o diálogo serão escritos no quadro negro e devem ser complementados pelos professores na medida que for necessário.

ATIVIDADE 3: TOXICIDADE

TEMPO:

5 minutos.



PROPÓSITO:

Analisar a compreensão dos alunos sobre toxicidade e sua relação com a Operação Carne Fraca.

CONTEXTO: MENTAL

Toxicidade, operação carne fraca, conservação de alimentos.

SITUACIONAL


MATERIAIS DE APOIO:

Lousa digital, quadro negro, giz e texto de apoio.

DESCRIÇÃO:

Os alunos serão solicitados a apresentar suas concepções de toxicidade, com base em suas experiências, seja através de definições ou simples palavras-chave, as quais serão escritas no quadro negro para posterior discussão.

ATIVIDADE 4: ÁCIDO ASCÓRBICO COMO CONSERVANTE DE ALIMENTOS

TEMPO

5 minutos


Não-interativo/ De autoridade.



PROPÓSITO:

Apresentar uma notícia como fonte confiável de informação sobre a polêmica do uso de ácido ascórbico na conservação dos alimentos e seu possível potencial carcinogênico.

CONTEXTO: MENTAL

Fontes de informação confiáveis, Operação Carne Fraca e órgãos regulamentadores

SITUACIONAL

Leitura individual de texto impresso

MATERIAIS DE APOIO:

Texto impresso

DESCRIÇÃO:

Será entregue a cada aluno uma notícia sobre a utilização do ácido ascórbico na conservação de carnes. Após leitura, os alunos deverão manifestar o grau de concordância com algumas assertivas propostas relacionadas ao texto.

ATIVIDADE 5: CONCENTRAÇÃO

TEMPO:

15 minutos.



PROPÓSITO:

Conceituar toxicidade a partir de concentração, retomando dados de órgãos regulamentadores como a Anvisa, discutindo por fim, a notícia sobre toxicidade do ácido ascórbico nas carnes (operação carne fraca).

CONTEXTO: MENTAL

Toxicidade, concentração, conservação de alimentos, operação carne fraca, órgãos reguladores.

SITUACIONAL


MATERIAIS DE APOIO:

Lousa digital, quadro negro e giz.

DESCRIÇÃO:

Após a leitura do texto, os professores farão um levantamento das opiniões dos alunos expressas na atividade anterior. Neste momento, será contabilizado e registrado no



quadro negro o número de alunos que concorda com cada assertiva. Então, será trabalhado o conceito de toxicidade a partir de concentração. Por fim será feito um novo levantamento para verificar possíveis mudanças de opinião em relação às questões.

AULA 4


● Realizar exercícios de cálculos estequiométricos e de concentração associados a toxicidade;

● Sintetizar os conteúdos abordados nas aulas 1, 2 e 3, abrindo espaço para dúvidas;

● Comparar as respostas dos alunos nos questionários da aula 1 com suas impressões finais da SD, verificar eventuais alterações e discutindo aspectos pontuais;

● Introduzir uma nova “provocação” (questionamento) relacionada ao tema, cujo intuito é suscitar a curiosidade dos alunos para que reflitam, depois da SD, não havendo discussão em sala.

CONTEÚDOS:

● Métodos de conservação de alimentos; ● Antioxidantes;

● Fatores cinéticos; ● Concentração e toxicidade; ● Confiabilidade de fontes de informação.

ATIVIDADE 1: CÁLCULO DE CONCENTRAÇÃO

TEMPO:

10 minutos.



PROPÓSITO:

Realizar exercícios de cálculo estequiométrico e de concentração para determinar se uma amostra está dentro dos parâmetros estabelecidos pelos órgãos reguladores.

CONTEXTO: MENTAL

Concentração, toxicidade, órgãos reguladores, cálculos estequiométricos.

SITUACIONAL



Alunos dispostos em grupos de três voltados para a lousa digital.

MATERIAIS DE APOIO:

Lousa digital com a apresentação dos exercícios, quadro negro, giz.

DESCRIÇÃO:

Serão apresentados, a princípio, limites de toxicidade estabelecidos pela Anvisa e em seguida os alunos deverão, sob orientação dos professores, resolver alguns exercícios para determinar se uma amostra está dentro os parâmetros estabelecidos por este órgão.

ATIVIDADE 2: SÍNTESE DA SD

TEMPO:

12 minutos.



PROPÓSITO:

Sintetizar os principais conteúdos abordados nas atividades anteriores.

CONTEXTO: MENTAL

Noções gerais sobre os conteúdos desenvolvidos nas aulas anteriores.

SITUACIONAL


MATERIAIS DE APOIO:

Lousa digital com a síntese da SD e alguns estudos recentes sobre fake news

DESCRIÇÃO:

Serão retomados os principais conteúdos abordados ao longo da SD, enfatizando-se a importância dos conhecimentos científicos como ferramenta para evitar a propagação de notícias falsas, e a importância da fiscalização realizada por órgãos reguladores como a Anvisa para assegurar a qualidade dos alimentos.

ATIVIDADE 3: SITUAÇÃO-PROBLEMA

TEMPO:

15 minutos



PROPÓSITO:

Proporcionar uma situação de apropriação dos conhecimentos abordados durante a SD na proposta de resolução de um problema.



CONTEXTO: MENTAL


SITUACIONAL

Alunos dispostos em grupos de 5-6 discutindo a resolução do problema proposto.

MATERIAIS DE APOIO:

Folha com a descrição da situação-problema e caneta.

DESCRIÇÃO:

Serão apresentadas aos diferentes grupos algumas situações em sejam necessárias a aplicação de um método de conservação de alimentos, sendo descrita, detalhadamente, a situação e sendo necessário escolher apenas um método, justificando tal escolha e recusa dos demais, utilizando em seus argumentos conceitos desenvolvidos nas aulas anteriores como toxicidade, concentração, fatores cinéticos e oxirredução. Cada grupo deve escrever no espaço indicado no material do aluno, sucintamente, a proposta de resolução bem como a justificativa, sendo valorizado mais adiante a discussão do que propriamente a escrita.

ATIVIDADE 4: COMPARTILHANDO RESULTADOS

TEMPO:

8 minutos



PROPÓSITO:

Avaliar as proposições dos grupos acerca da situação-problema, e ponderar sobre as propostas de resolução, para isso, retomando conceitos abordados ao longo da sequência didática.

CONTEXTO: MENTAL


SITUACIONAL


MATERIAIS DE APOIO:

Folha com a descrição da situação-problema e fala dos professores.

DESCRIÇÃO:

Após a escolha de resolução da situação-problema proposta para cada grupo, os alunos devem apresenta-la aos colegas e professores, buscando sustentar seus argumentos com base em conceitos desenvolvidos ao longo das aulas. Os professores devem avaliar as propostas de resolução, realizando observações e considerações finais para grupo.



ATIVIDADE 5: PARA REFLETIR

TEMPO:

5 minutos.


Não-interativa/ De autoridade.

PROPÓSITO:

Propor uma reflexão entre os alunos sobre a importância do conhecimento científico no

desenvolvimento de novos processos de conservação de alimentos, bem como sobre o

papel da mídia na propagação inadequada de informações e possíveis meios de reduzir

ou evitar a proliferação das fake news.

CONTEXTO: MENTAL

A sequência didática.

SITUACIONAL


MATERIAIS DE APOIO:

Fala dos professores.

DESCRIÇÃO:

Os professores apresentarão as seguintes questões que devem ser levadas pelos alunos

para posterior reflexão, não havendo discussão em sala:

● Quais seriam os efeitos da distorção midiática causados na sociedade, como a

que ocorreu durante a Operação Carne Fraca, caso não houvesse fácil acesso a

fontes confiáveis de informação as quais utilizam corretamente o conhecimento

científico?; e

● Tendo em vista o impacto que a Operação Carne Fraca gerou nacional e

mundialmente, e considerando que os meios de comunicação foram

ferramentas para a propagação inadequada de certas informações, como

determinar e selecionar as fontes confiáveis de informação? E o que poderia ser

feito para reduzir a proliferação das fake news?

AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados por suas produções escritas e participação nas aulas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BBC BRASIL. Papelão e substância cancerígena ou exagero? O que se sabe - e o que é dúvida - na Operação Carne Fraca. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39317738> Acesso em: 14 de agosto de 2018.

G1. Polícia Federal prende 36 pessoas durante a Operação 'Carne Fraca'. Disponível em: <http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2017/03/policia-federal-prende-36-pessoas-durante-operacao-carne-fraca.html> Acesso em: 14 de agosto de 2018

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 1002, de 11 de dezembro de 1998. Lista os produtos, comercializados no país, enquadrando-os nas Sub-categorias que fazem parte da Categoria 8 - Carnes e Produtos Cárneos. Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 14 de dezembro de 1998.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 1004, de 11 de dezembro de 1998. Aprova o Regulamento Técnico: "Atribuição de Função de Aditivos, Aditivos e seus Limites Máximos de uso para a Categoria 8 - Carne e Produtos Cárneos". Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 14 de dezembro de 1998.

DIONYSIO, R. B.; MEIRELLES, F. V. P. Conservação de alimentos. Rio de Janeiro: Museu Virtual & Sala de Aula, PUC-RIO. Disponível em: <http://web.ccead.puc-rio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_conservacao_de_alimentos.pdf> Acesso em: 21 de agosto de 2018

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria da Saúde. Conceitos Básicos de Toxicologia. Disponível em <http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/Conceitos_Basicos_de_Toxicologia.pdf>. Acesso em: 21 de agosto de 2018

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FOGAÇA, J. R. V.; Ácido Ascórbico da Vitamina C como Agente Redutor. Mundo Educação. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/acido-ascorbico-vitamina-c-como-agente-redutor.htm> Acesso em: 21 de agosto de 2018

CARVALHO, L.C.; LUPETTI, K.O.; FATIBELLO-FILHO, O. Um estudo sobre a oxidação enzimática e prevenção do escurecimento de frutas no ensino médio. Química Nova na Escola, n. 22, p. 48-49, 2005.

TITO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. 3 ed. São Paulo: Moderna, p. 185, 195-198. 2003.

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https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39317738

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http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/Conceitos_Basicos_de_Toxicologia.pdf

https://www.unicamp.br/unicamp/sites/default/files/2017-03/impressao_boxnet_2017-03-27_-_12h18m43s.pdf

https://www.unicamp.br/unicamp/sites/default/files/2017-03/impressao_boxnet_2017-03-27_-_12h18m43s.pdf

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/acido-ascorbico-vitamina-c-como-agente-redutor.htm

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/acido-ascorbico-vitamina-c-como-agente-redutor.htm



MATERIAL UTILIZADO

Projetor multimídia;

Apresentação (ppt) “Operação Carne Fraca”;

Material do aluno;

Quadro negro;

Giz;

Computador;

Geladeira;

Placas de Petri (06);

Água destilada;

Solução de Ácido Ascórbico;

Solução Peróxido de Hidrogênio 30 vol.;

Filme PVC;

Maçãs (03) e

Facas (03).

Documents

Sequência Didática - LAPEQ · Identificar as relações que os alunos fazem entre a Operação Carne Fraca e os conteúdos químicos, com base em seus conhecimentos prévios, apresentação