SERÃO: A IDADE DO HOMEM E DA TERRA - 29 de julho de 2012 (Irmão Saul Milder – Doutor em Arqueologia pela UFRS)

Eu gostaria de dizer que estou aqui como um membro da Igreja em primeiro lugar, como pesquisador da universidade, alguém que tenta fazer uma correlação sincera e honesta entre a ciência e o que o evangelho tem a nos dizer. É uma longa conversa e provavelmente para alguns de vocês vai ser um assunto novo, exige muito foco, muita concentração para entender ao longo dessa conversa. Bem, irmãos, eu me baseei na minha experiência como professor universitário e como membro da Igreja para fazer algumas especulações. A primeira afirmação que eu vou fazer pra vocês é a pergunta inicial que sempre me fazem ao longo dos 6 ou 7 serões que a gente já fez: “Dinossauros existiram?” Não precisa perguntar isso no papelzinho. Outra coisa, eu não estudo dinossauros. Já tive oportunidade de participar de escavações, resgates de fósseis de dinossauros e outros animais mas eu não estudo dinossauros. Então, o serão se intitula como pensar a existência da Terra e do homem: tempo, espaço, ciência e religião. Como é possível ser cientista e ser religioso, como é possível ser cientista e ter passado pelo templo. Como ser um cientista e imaginar a criação do Todo Poderoso. Foi um desafio muito grande pra mim, vocês viram na súmula do meu currículo que eu sou professor de evolução humana. Eu ensino na universidade que o homem vem do macaco. Não é isso que vou ensinar pra vocês, porque isso não é verdade. Então, é basicamente essa a bibliografia que eu uso, as obras-padrão SUD, os livros - Life before a man, O despertar da cultura, Tempos históricos e tempos biológicos, Grandes debates da ciência, História natural do homem, Earth: in the beginning (Eric N. Skousen) e o site www.maxwellinstitute.byu.edu. Eu acesso diretamente do Marshall Institute da BYU. Eu posso acessar todos os textos pertinentes ao assunto. Nós vamos começar primeiramente com um pequeno filme que dura alguns minutos, para podermos começar a pensarmos no espaço e quão grande e imenso e incomensurável e eterno e infinito é o espaço.

Comparação de tamanhos dos planetas by Discovery Channel : http://www.youtube.com/watch?v=SncOVlA3pxI&feature=related

Eu tive um professor chamado José Joaquim Justiniano Proença Machado, um nome um pouco estranho, um dos grandes mitos da arqueologia brasileira que eu conheço, e eu lembro que eu era um aluno um tanto metido... Aí ele fez uma prova comigo, me chamou no laboratório e colocou uma série de artefatos históricos na mesa e disse assim: “Milder, esses artefatos falam!”, e eu na minha ignorância. E ele ficou lá fazendo as coisas dele e eu tentando ouvir o som das pedras, das coisas... Não saiu som nenhum. Ele disse assim: “Tu tem que saber perguntar pra eles. Se você fizer a pergunta certa ele vai te responder.”. E a partir daquela data eu aprendi que para obter conhecimento, eu tenho que saber fazer a pergunta certa, da maneira adequada, no tom adequado, com a intenção adequada. E para o conhecimento das coisas de Deus, no meu entendimento e para o entendimento das coisas da ciência da mesma forma, se na tua ciência, se na tua arte não souber fazer as perguntas adequadas...

D&C 88:79: Ou seja, Deus não está colocando limite para o conhecimento que nós devemos obter. Agora, se nós não obtemos o conhecimento é porque nós não estamos sabendo fazer a pergunta adequada para que o Senhor revele. Pres. Brigham Young dizia: “A pessoa que aplica seu coração à sabedoria, e procura diligentemente adquirir conhecimento, crescerá até ser grandioso em Israel.”, procura diligentemente adquirir conhecimento, ou seja, faz a pergunta adequada, vai adquirir conhecimento e crescerá até ser grandioso em Israel. Eu sempre duvidei daquela frase; “Não irmão, isso não é necessário para sua salvação... não precisa saber isso.” Todo o conhecimento é necessário para nossa salvação. Pres. Brigham Young continua dizendo: “Nunca deixarei de aprender enquanto viver (...).” ou seja, nunca deixarei de fazer as perguntas adequadas enquanto viver. “(...) Nem quando chegar ao reino celestial, lá aprenderei com maior facilidade, e quando receber meu corpo novamente, aprenderei mil vezes num tempo mil vezes menor. Mesmo assim, não pretendo parar de aprender, pois continuarei a pesquisar.”, ou seja, continuarei a fazer perguntas. Pres. Young: “Nossa religião não entra em choque ou contradição com qualquer coisa revelada pela ciência.” Pode ser que a ciência entre em choque ou contradição com o que conhecemos do evangelho, mas ele diz que ela, a nossa religião não entra em choque ou contradição com qualquer coisa revelada pela ciência. Portanto, nós temos certo para nós que a ciência também é uma arte que pratica a verdade. Estes três são os pilares da eternidade em si. Eles são os mais importantes eventos a ocorrer em toda a Eternidade. Eles são a Criação, a Queda e a Expiação. Eu ousarei humildemente tentar conversar com vocês, irmãos, hoje sobre a Criação; o que eu entendo sobre o processo criativo. Vamos começar então falando sobre o tempo. Existem três tipos de tempo: o tempo histórico, o tempo científico e o tempo conceitual. Que dia do mês é hoje? 29 de julho de 2012, isso é tempo histórico. Ele tá marcado no calendário. Ele é nossa data de nascimento, ele é nossa data de batismo, ele será nossa data de morte, ele será o ano que passa, ele será o nosso aniversário, ele será o nascimento do nosso filho, ele será o nascimento do nosso neto, marcado pelo calendário do tempo histórico. E é nessa dimensão de tempo que nós vivemos. Alma 40:8 diz assim: “(...) O tempo só é medido pelos homens (...)”. Só nós medimos o tempo, porque só nós estamos nessa condição. Portanto, só nós viramos o calendário; portanto, só nós finalizamos o calendário, porque nós vivemos o tempo histórico. Existe um outro tipo de tempo que é o tempo científico. Esse tempo é o tempo das medições radiométricas. Por exemplo, eu encontro um artefato pré-histórico e mando pro laboratório onde é datado por vários métodos. Vai ser dado para mim a idade daquele artefato, a idade daquele objeto. Isso é tempo científico. Nem sempre está conectado ou é uma realidade do tempo histórico. Ele é um tempo que não é medido pelo calendário, é o tempo que é medido por instrumentos químicos ou físicos. Portanto, esse é o tempo científico. Existe um outro tempo e esse tempo, tanto o tempo histórico como o tempo conceitual é importantíssimo para nós. Para algumas pessoas, se eu disser assim, “essa cidade tem mil anos”, mil anos é o máximo que eles conseguem recuar em suas mentes; porque se eu disser mil, um milhão ou alguns milhões, mil é o máximo que ele consegue recuar na mente dele... É o máximo do seu entendimento. Então existe um tempo tão longo, tão avançado, tipo 4,3 bilhões de anos que é

teoricamente a idade da Terra é tempo conceitual – não consigo imaginar 4,3 bilhões de anos. As pessoas de senso comum têm uma dificuldade de entender o tempo conceitual, esse tempo longo, de longa duração, de imensa duração, esse tempo de quase uma eternidade. Eu nunca me esqueço, eu passei um ano e meio num projeto no interior do Rio Grande do Sul numa área de colonização alemã, onde poucas pessoas falam português, e eu estava fazendo escavação na propriedade de um senhor, e esse homem trabalhava na terra, um pequeno produtor rural, e todos os dias ao final da tarde ele ia até a escavação pra saber se a gente tinha achado ouro, prata, moedas, esse tipo de coisa. Tá na cabeça das pessoas, aparecem nos filmes, que os arqueólogos acham ouro... aí ele chegou “e aí professor, achou ouro?” Eu dizia “Não, achei só prata.” E nós estávamos num vale encaixado no rio, ou seja, escarpas dos dois lados, típicas escarpas do Rio Jacuí, e eu fui puxar assunto com ele, fugir daquela pressão do ouro e tal, e disse “Seu Repk, essas escarpas que o senhor vê aqui dos dois lados do rio, próximo da sua casa, elas foram formadas a aproximadamente 60 milhões de anos.” Ele olhou, deu uma parada, olhou pro lado, intoxicou um pouco com o cigarro dele, e ele disse assim: “Claro, professor! A minha avó lembra disso.” Então o tempo conceitual não funciona na cabeça dele. Se eu dissesse mil anos, ele ia dizer que a avó dele lembrava... Se eu dissesse 50, 60 milhões de ano, ele iria dizer, “Minha avó viu.”, porque o máximo de tempo que ele conseguia imaginar passado era o tempo que a avó dele nasceu. Cem anos, cento e dez anos... Mais que isso, não funciona. É tão importante, irmãos, que nós tenhamos essa capacidade de flexibilizar os nossos conceitos referentes ao tempo e referentes ao espaço. Porque se nós não flexibilizarmos nossos conceitos e não meditarmos em nossa mente a capacidade de flexibilizar, nós não entenderemos a eternidade, e é conceitual. Nós não entenderemos o infinito, que é conceitual. Nós não entenderemos o “para todo o sempre” que é conceitual. Então, na minha vida de escavador, de procurador de coisas pré-históricas, em múltiplas e variadas escavações em várias regiões do Brasil, ensinando na universidade, eu fui descobrindo coisas... E as coisas que eu ia descobrindo elas iam entrando em choque com aquilo que eu sabia do evangelho. E o que eu to falando aqui hoje pra vocês é parte dessas reflexões que eu fiz, quando as minhas pesquisas foram entrando em choque com o conhecimento que eu tinha do evangelho. Aqui estou eu (referindo-se ao slide) retirando amostras de sedimentos para datação, de tempo científico... E aí, quando eu comecei a colher as datas que eu tava produzindo, por exemplo 40 mil anos, 30 mil anos, 15 mil anos, 8 mil anos, pensei, “E a Terra, não tem 6 mil anos? A Terra não foi criada em 6 dias? Como que isso aqui tá dando 40 mil anos?” E isso começou a me preocupar, mas não abalou minha fé, de forma alguma. Meu testemunho por enquanto é forte... Aí eu pensei “Deve existir uma explicação para essa (e eu julgava) essa aparente contradição entre as marcas que eu estou obtendo na universidade e as escrituras!”. Ora, eu consegui uma data de 40 mil anos, mas a Terra só tem 6 mil!? Onde é que estão os outros 34 mil anos? Então, eu passei a estudar sobre a proximidade do que dizem os profetas vivos e a ciência que eu estava praticando. Hoje, eu não me sinto mais constrangido nem tenho nenhuma contradição na minha vida, por causa das datas que eu acabo descobrindo. Recentemente, 15 mil anos atrás. Tempo e o espaço: o tempo não volta. O que pode parecer óbvio para os físicos encerra uma das mais fascinantes facetas da Natureza: a irreversibilidade dos fenômenos naturais. Nós todos conhecemos o adágio popular muito comum no Brasil que ‘não se chora sobre leite derramado’. Quando é que o leite derrama? A gente coloca o leite no fogão, tá aquecendo, a gente vai fazer uma coisa, volta, já derramou! Aí o que tem que fazer, limpar o fogão, não é isso? É isso! Por que será que a gente não pode voltar no tempo, alguns minutos antes do leite derramar e desligar? Já pensou, se a gente pudesse

fazer isso, o ditado popular não ia existir! Existiria a reversibilidade do fenômeno. Por que nós não voltamos no tempo? Sabe por quê? Porque isso anularia o sacrifício expiatório do Salvador Jesus Cristo. Porque eu pecaria, voltaria no tempo, não cometeria o pecado novamente e seguiria na minha linha linear do tempo de vida, sem problemas. Por isso, o tempo histórico no qual nós vivemos presos como homens é irreversível. “O tempo não é uma outra coisa senão a extensão e será surpreendente se não for uma extensão do próprio espírito. Mas como se diminui ou extingue o futuro que ainda não existe? Ou como cresce o passado que já não existe? Senão, porque no espírito que faz isso há três operações: a expectativa, a atenção e a memória. Dessa forma, aquilo que é objeto de expectativa passa para aquilo que é objeto de atenção, para aquilo que é objeto de memória.”, dizia Santo Agostinho. Nós vivemos na ilusão irreversível do tempo histórico. Elder Neal Maxwell, um dos mais brilhantes apóstolos modernos, disse o seguinte: “Deus não vive na mesma dimensão de tempo que vivemos. Não somos apenas limitados por nossa natureza finita, tanto experimental quanto intelectual.“. Na seção D&C 110 nos mostra claramente nossa limitação experimental e intelectual. Disse Joseph: “Retirou-se o véu de nossa mente e abriram-se os olhos do nosso entendimento.”. Se não acontecer isso, ser retirado o véu de nossa mente, nós não passaremos pela experiência. Se os olhos de nosso entendimento não se abrirem, nós não perceberemos o que está na nossa frente. Depois que o véu foi retirado da mente deles , depois que os olhos do seu entendimento se abriram, eles puderam ver o Senhor em pé em cima do púlpito. Mas ora, como eles descrevem o Senhor? “(...) Seus olhos eram como labaredas de fogo (...)”. Jesus Cristo não tem olhos como labaredas de fogo, mas Joseph e seu colega não tinham conceito para explicar como são os olhos do Senhor. Não existia experimento nem intelectualidade suficiente para exprimir como são os olhos do Senhor. Então, eles disseram que os olhos do Senhor são como labareda de fogo. “... Os cabelos de Sua cabeça eram brancos como a pura neve (...)”. Porque para Joseph, a coisa mais branca que existia era a neve. “... Seu semblante resplandecia mais que o brilho do Sol, e Sua voz, como o ruído de muitas águas(...)”. Não somos apenas limitados apenas por nossa natureza finita tanto experimental quanto intelectual. Eu vou mostrar pra vocês um simples exemplo. Quando os europeus vieram para o Brasil, eles encontraram um animal muito estranho chamado tamanduá. Quando os europeus viram o tamanduá e tentaram descrever o tamanduá, eles não conseguiram. Eu li vários relatos, “Parece como um urso, mas não é um urso”. Então, se Deus mostrasse as coisas para nós agora, nós não saberíamos como descrever. Nós não temos conceito pra isso. Nós vamos falar, falar, e dizer, é magnífico, é esplendoroso, é fantástico, vocês nem imaginam como é. Nós somos limitados a nossa capacidade intelectual. “Não somos apenas limitados por nossa natureza finita, tanto experimental quanto intelectual, mas também por estarmos na dimensão do tempo histórico. Além disso, como todas as coisas estão presentes com Ele, Deus não prediz as coisas baseando-Se apenas no passado. De um modo não muito claro para nós, Ele vê e não apenas prevê o futuro, porque todas as coisas estão presentes perante Ele.” Deus não prevê, quem prevê é astrólogo, bola de cristal... Deus vê o futuro, Deus vê o passado, Deus vê o presente, porque tudo isso está sincronizadamente colocado diante Dele. As pessoas que têm entre 40 e 45 anos, levantem a mão. As irmãs não precisam levantar a mão. Vamos mudar, os que têm entre 18 e 20 anos, levantem a mão. Muito bem! Os que têm entre 25 e 30 anos, levantem a mão. Parabéns! Irmãos, nós vimos aqui uma diacronia: pessoas que levantaram suas mãos que têm entre 40 e 45 anos, pessoas que levantaram suas mãos que têm entre 18 e 20 anos, pessoas que

levantaram suas mãos que têm entre 25 e 30 anos. Nós vimos isso diacronicamente. Deus olharia e veria todos com a mesma idade. Elder Richard G. Scott comentando, num dos seus memoráveis discursos... Ele diz assim: “O que aprendemos sobre a abordagem científica da descoberta da verdade?...” O que nós membros da Igreja podemos aprender com a descoberta da verdade? O que o mundo aprende com a descoberta da verdade através dos cientistas? “(...) Vamos ilustrar com um exemplo: por mais que tente, não consigo nem no mínimo grau entender a extensão, a profundidade e a maravilhosa majestade daquilo que nosso Santo Pai Eloim permitiu que fosse revelado pelo método científico. Se pudéssemos contemplar a Terra do espaço sideral, a veríamos primeiro como os astronautas viram, mas também teríamos uma visão privilegiada do Sol e dos planetas que o orbitam. Eles pareceriam um pequeno círculo de objetos contra um fundo imenso e fulgurante das estrelas. Se continuássemos nessa trajetória, veríamos a espiral da nossa Via Láctea com mais de 100 bilhões de estrelas, girando em órbitas circulares em torno de uma densa região central controlada pela gravidade. Mais além, veríamos um grupo de galáxias aglomerada. Além dela, a 10 bilhões de anos-luz de distância, encontraríamos as galáxias fotografadas pelo telescópio Hubble. A enormidade estonteante dessa distância é percebida quando se sabe que a luz viaja a 300 mil quilômetros por segundo. Mesmo com essa perspectiva extraordinária, não há a mínima evidência de que nos aproximaríamos de algum limite das criações de Deus, o Pai.”. Nós nos projetamos com essa citação de Elder Scott para o infinitamente grande e distante. Nós podemos fazer o caminho inverso para o infinitamente pequeno. Continuo com Elder Scott: “... Por mais que essa incrível visão dos céus nos deixe maravilhados, a outra consideração (xx) capaz de sondar os poderes de nosso Pai Celeste. Se nos deslocássemos em direção oposta para explorar a estrutura da matéria, poderíamos ver de perto a dupla espiral da molécula do DNA, que é a estrutura que determina a composição de nosso corpo físico. Indo em frente, chegaríamos ao nível do átomo, composto de nêutrons e elétrons, dos quais já ouvimos falar. Se penetrássemos mais ainda nos mistérios da estrutura mais básica da criação, chegaríamos ao limite de nossa compreensão atual. Nos últimos 70 anos, muito aprendemos sobre a estrutura da matéria. Desenvolveu-se um modelo padrão de partículas que interagem que é a base dos experimentos que comprovam a existência das partículas fundamentais chamadas quarks e (xxx). Esses modelos explicam os padrões de aglutinação nuclear e a depredação da matéria, mas ainda não dão explicação satisfatória das forças gravitacionais.” É curioso um apóstolo falando sobre isso. Geralmente eles falam sobre fé, arrependimento, batismo, obra missionária. Ele está falando sobre física quântica... “ Além disso, há quem acredite que instrumentos mais potentes do que aqueles usados para obter compreensão da matéria, poderiam revelar outras partículas fundamentais. Portanto, existem mais criações do Pai Celestial a serem compreendidas cientificamente. Vemos que o método científico trouxe uma expansão extraordinária a nossa capacidade de compreensão, à medida que o Senhor inspirou pessoas talentosas que podem até não compreender quem criou essas coisas e com que propósito. Muitas delas, talvez nem mesmo reconheçam tal inspiração nem dêem crédito a Deus pela origem de suas descobertas.” Presidente Young diz o seguinte sobre o espaço-tempo: “Supondo que em alguma época ocorreu o princípio de todas as coisas; deveríamos concluir que haveria um fim. Será que a eternidade pode ser circunscrita? [Ou seja, limitada?] Se pudesse, haveria um fim a toda sabedoria, conhecimento, poder e glória. Tudo mergulharia em aniquilação. Isso, contudo, nunca acontecerá porque nunca haverá um fim, nem pro infinitamente pequeno, nem pro infinitamente grande. Nunca houve tempo que não existissem homens passando pelas mesmas provações que atravessamos agora. Esse curso tem sido seguido desde a eternidade [que é o tempo conceitual] e ainda está e continuará a ser repetido por toda a eternidade. Também, nunca houve tempo que não existisse uma Terra como essa, povoada por homens e mulheres. Nunca houve princípio nessa ordem da criação na qual nos encontramos.”

Presidente Young - e aqui ele fala uma coisa que pode estar acontecendo comigo nesse momento e pode estar acontecendo com alguns que estão assistindo esse serão: “Quando se tenta meditar e se concentrar no fato de que nunca existiu um princípio, fica-se imediatamente perdido. Do presente e do futuro, compreendemos alguma coisa, mas o passado é para nós uma folha em branco, e é certo e razoável que assim seja. Entretanto, se formos fiéis às coisas de Deus, elas se abrirão [se nós soubermos perguntar, obviamente!] cada vez mais. Nossas mentes se expandirão, buscarão e receberão cada vez mais e mais compreensão de modo que, aos poucos poderemos começar a perceber que os Deuses sempre existiram. Existe diante de nós uma eternidade [então são tantos mistérios que ele disse que existe uma eternidade de mistérios a ser desvendada], e quando tivermos vivido milhões de anos [como a avó do seu Hilbert Kept que tinha 60 milhões de anos](...)”. O Presidente Young, em sua sabedoria, de tanto ter o véu aberto diante dele e compreender as coisas do Senhor, aqui ele usa a quantificação de milhões de anos, é uma quantificação que para o século XIX que ele vivia, nem se cogitava. Lord Kelvin advertia que a Terra tinha 100 mil anos, mais do que isso, ninguém imaginava, e ele está dizendo aqui, quando tivermos vivido milhões de anos, vemos a clarividência e a capacidade do presidente Young em dilatar sua mente em direção ao tempo conceitual. [Continuando] “ (...) quando tivermos vivido milhões de anos na presença de Deus e anjos e tivermos nos associado com seres celestiais, cessaremos então de aprender? Não! Ou a eternidade deixaria de existir. Não há fim. Avançaremos de graça em graça, de luz em luz e verdade em verdade”. Existe uma séria crítica à teologia de nossa Igreja, porque nós lemos nos manuais da Igreja e nas obras-padrão que Deus não fez a Terra a partir do nada. Recentemente, foi publicado um livro de dois autores chamados Copan e Craig onde eles dizem que o nosso Deus é um Deus sucateiro, um Deus que cria mundos de sucata, de resto de outros mundos, e que um Deus verdadeiro só pode criar as coisas a partir do nada. Chama-se ‘criatio ex nilo’, ou seja, criar a partir do nada. Essa não é uma realidade para nós membros da Igreja. Deus não cria as coisas a partir do nada. “(...) Deus nunca criou algo do nada, pois isso não corresponde à organização ou a lei pela qual os mundos foram, são ou serão criados. Temos uma eternidade cheia de matéria diante de nós. Se compreendêssemos o suficiente a respeito do Senhor e de Seu modo de fazer as coisas, diríamos que tomou dessa matéria e com ela, organizou esta Terra (...).” De novo, presidente Young dizendo: “Há um poder que organizou todas as coisas a partir da matéria bruta que flutua na imensidão do espaço (...)”. Lá, além, muito além dos limites do tempo e do espaço, existe uma matéria onde os Deuses capturam essa matéria e transformam essa matéria em planetas e seres como nós vemos na nossa Terra. “(...) Ele deu movimento, forma e vida a esse mundo material (...)” [a esse mundo material que não está poluído, se tu olha pra cima, numa noite sem Lua e vê a imensidão,) Ele deu forma a esse mundo. “(...) Mundos são feitos do elemento bruto que flutua sem limites na eternidade, na imensidão do espaço, uma eternidade de matéria. Não há limites pra essa matéria, em seu estado bruto natural. E o Todo Poderoso tem influencia sobre ela, e em sabedoria quando fala, Ele é obedecido e a matéria junta-se e se organiza (...)”. (Journal of Discourses Brigham Young 13:248) Dá pra entender porque nós não podemos ser Deuses agora? O que eu diria pra matéria bruta? Eu sou muito ignorante, eu não saberia nada o que dizer pra matéria bruta que está lá flutuando, à espera da organização dos Deuses. Então, o que Brigham Young disse, em sabedoria, ‘quando Ele fala, Ele é obedecido, e a matéria junta-se e se organiza’. Continuando com Presidente Young: “Se pudéssemos compreender a verdadeira filosofia de modo que entendêssemos nossa própria criação, seu propósito, quais foram os desígnios e a intenção do Supremo Criador ao organizar a matéria e faze-la assumir a forma na qual eu as vejo aqui nesse momento, poderíamos compreender que a matéria não pode ser destruída, que ela é sujeita a duas coisas: organização e desorganização (...)”. Quando nós morremos, nosso corpo se desorganiza, quando nós nascemos, nosso corpo se organiza. “(...) Poderíamos entender

também que a matéria pode ser organizada e assumir a forma de inteligência, sendo capaz de possuir mais inteligência e de continuar a progredir nela. Poderíamos aprender os princípios que organizaram a matéria em forma de animais, vegetais e seres inteligentes como nós. Poderíamos discernir a divindade agindo e atuando sobre os princípios e propagando de modo a transformá-los em matéria, a fim de produzir seres inteligentes e exaltados [com qual objetivo? Para que tenham felicidade]. Algo menor que isso deixaria plenamente satisfeito o espírito que foi colocado dentro de nós? Não!”. Discursos de Brigham Young 1 pg. 49 � D&C 131:7 As vezes irmãos, eu me acho brincando de achar que eu vou ser Deus um dia. As vezes, eu me acho, na minha arrogância, achando que eu posso ser Deus um dia. E quando eu vejo que um Deus tem que dialogar com o Universo, dialogar com a matéria inorganizada, em sabedoria, eu me sinto profundamente envergonhado em não estar qualificado pra isso. Eu espero estar u dia. René Staut escreveu um livro e ele torna mais didática essa explicação do Presidente Young sobre o universo. “Vivemos em meio a dois universos: o mais amplo é chamado de universo inorganizado [aquele que o Presidente Young se refere a estar repleto de matéria inorganizada] e imerso nele [ou dentro dele] está o universo organizado [ou o espaço conforme nós vemos lá fora], que a família dos Deuses extraiu do universo inorganizado. Apesar dos nossos telescópios avistarem bilhões de anos-luz, isso constitui uma porção diminuta de espaço visível dentro do universo organizado dos Deuses”. A extensão do universo inorganizado, aquele universo de matéria bruta, não tem princípio ou fim, assim como o tempo. Ele prossegue infinitamente em todas as direções. Não tem limites ou fronteiras de qualquer espécie até onde foi revelado. Estende-se para além do alcance dos nossos mais potentes telescópios ou comprimentos de onda. Jaz além dos limites do tempo e do espaço”. Dizia presidente Young: “Apesar de o universo inorganizado ser desprovido do espírito do Senhor que tudo organiza e sustém, ainda assim, é o repositório de estruturas construtivas primárias, um número ilimitado de elementos e inteligências inorganizadas. Todos os reinos do universo organizado, da mais minúscula partícula sub-nuclear à maior constelação galáctica, é constituído por duas dessas matrizes primárias: elemento e inteligência.”. O profeta Lei descreveu esses dois tipos de matrizes construtivas do universo: as inteligências ele denominou coisas que agem e os elementos primários, ele denominou coisas que recebem ação. Eu sempre me questiono na minha vida se eu sou alguma coisa que age ou sou uma coisa que recebe a ação. Tem pessoas que vivem a vida toda recebendo ação “Vamos fulano, faz isso fulano, faz isso sicrano.” E outros fazem. Geralmente, aqueles que agem e atuam são os que chegam ao final da sua proposta ou da sua corrida. A diferença entre o universo inorganizado e o universo organizado é que o universo organizado está totalmente preenchido do Espírito de Deus. O Senhor descreveu esse poder que tudo penetra, é a luz de Deus que brilha e procede da presença de Deus para preencher a imensidão do espaço. Está em todas as coisas, que dá vida a todas as coisas, que é a lei pela qual todas as coisas são governadas, sim, o poder de Deus. O universo inorganizado não é simples matéria inanimada em movimento como presumem. Há um labor constante da família dos Deuses para estruturas construtivas primárias do universo inorganizado e compô-la em vários tipos de matéria. O resultado é a expansão permanente dos domínios de Deus, o universo organizado”. Existe a teoria que o nosso universo está em constante expansão à velocidade da luz. Ora, o universo é infinito, então você tem que imaginar uma coisa infinita se expandindo à velocidade da luz. Então, vocês têm que imaginar a quantia de matéria necessária que é retirada do universo inorganizado e incorporado para o universo organizado para que ele se expanda infinitamente à velocidade da luz. Os Deuses não param. Não existe isso de dormir no céu, Eles não param. Quem pensa em ir pro céu descansar, ta pegando o ônibus errado!

O profeta Isaías referia-se a isso quando falou: “O Senhor, teu Criador, estendeu os céus.”. Também Enoque foi arrebatado e teve uma visão do universo organizado e exclamou: “Se fosse possível ao homem contar as partículas da Terra...”. São as partículas infinitamente pequenas que compõem a Terra. Não é o pó de Hickens descoberto recentemente, que é chamada a partícula de Deus. É muito menor ainda. “Se fosse possível ao homem contar as partículas da Terra...”, ou seja, as partículas infinitamente pequenas de milhões de Terras como essa, “...esse era o princípio do número de Suas criações. E Tuas cortinas se estendem ainda além.” Presidente Young trazendo luz a nossa discussão, diz o seguinte: “Quantas Terras existem? Eu disse essa manhã que se tomássemos as partículas que compõem a Terra e se as pudéssemos contar, elas seriam apenas o princípio do número das criações de Deus, e elas estão continuamente sendo formadas, sofrendo alterações passando pela mesma experiência que nós estamos passando no presente momento.” Atualmente, nós como filhos de Deus, cientistas, seres humanos, isso está nos livros escolares, nós conhecemos apenas 757 sistemas planetários. Quantas Terras existem? É conceitual, é muito grande o número. Nós conhecemos 757 sistemas planetários, 1654 planetas e 6 sistemas multiplanetários, do universo organizado que não tem fim e se expande à velocidade da luz. A Terra: no livro “A Casa do Senhor”, James E. Talmage menciona que a cerimônia do templo inclui uma narração dos eventos preponderantes do início da Criação da condição de nossos primeiros pais no Jardim do Éden e sua desobediência e sua conseqüente expulsão daquela habitação bem-aventurada e de sua nova situação no mundo solitário e triste. Joseph Fielding Smith: “O relato do tempo não descreve fato do tempo que ocorreram durante a criação espiritual da Terra. Pelo contrário, restringe-se à criação da Terra física.” Bruce R. McConkie: ”O relato da criação do tempo difere em aspecto significante nos relatos de Moisés e Abraão. Moisés e Abraão colocam os eventos criativos nos mesmos dias sucessivos. O relato do tempo tem uma divisão do tempo diferentes e importantes dados sobre os estágios finais da criação.” Ou seja, se existe um estágio final é porque existe um estágio inicial. Se nós chegamos à conclusão que a Terra não tem mais 6000 anos, conclusão que eu cheguei há pouco tempo atrás, e se nós chegamos à conclusão que ela tem 4,3 bilhões de anos, nós estamos indo pelo caminho certo. Presidente Brigham Young e Presidente Joseph Smith, o começo da criação física: “As Terras são formadas por materiais pré-existentes. Deus não fez o mundo do nada, é contrário aos princípios e meios pelos quais Deus opera. Deus nunca fez o mundo do nada e nunca o fará, Ele nunca poderia, esse princípio não existe.” No artigo “A origem do homem” de 1909, o Presidente Joseph F. Smith declarou sobre nós: “O espírito do homem foi gerado e nasceu de Pais Celestiais e foi criado até a maturidade nas eternas mansões do Pai antes de vir à Terra. O Pai gerou os espíritos da raça humana como nós geramos nossos filhos, pois não existe outro processo de criação nos céus.” Existiu uma criação espiritual conceitualmente eterna e existiu uma criação física. A Terra nasceu de modo semelhante, foi gerada espiritualmente, depois, teve um segundo processo, recebeu um corpo físico, o nascimento de planetas é outro princípio científico divino. Essa criação através do nascimento segue um padrão eterno. Todas as ordens de seres mais elevados ao alcance da existência organizada assim. A matéria com a qual o corpo físico foi construído é proveniente de sobras provenientes de outros planetas que não cumpriram a medida de sua criação. Essa Terra foi organizada com matéria de outros planetas que foram desmontados e remodelados. Entendo que esse “desmontado” segundo Deus não é explodir esses planetas com dinamite, pegar os pedaços que andam vagando pelo espaço e colar no novo planeta. Simplesmente, pela autoridade do Seu sacerdócio, Ele estala os dedos e esse planeta se desorganiza, volta a ser elemento inferior e é novamente organizado pelo Seu poder de Seu sacerdócio, as inteligências e seus elementos novamente se organizam, mas isso é um processo demorado, é um processo gestatório, é um processo de gestação. A família dos Deuses está continuamente reciclando os

elementos até que sejam permanentemente associados a uma unidade cósmica. E os Deuses chamaram a expansão Céu e dirigiram Sua ordem à própria expansão, dando a entender que os elementos tinham dentro de si a capacidade inteligente de obedecer. Só que os elementos atuam, obedecem ao Criador num tempo conceitual. Ou seja, Eles ordenaram à expansão e esperaram que a expansão obedecesse ao poder do Seu sacerdócio. Nós, como vivemos no tempo histórico, não podemos ver essas transformações que estão ocorrendo no universo, porque nossa vida é muito pequena. Por exemplo, pra nós termos uma idéia, segundo o tempo de Kolob, Jesus Cristo não chegou a passar 1 dia de Kolob na Terra; aliás, Jesus Cristo chegou a passar 1 hora do tempo de Kolob na Terra. Ele passou 1 hora na Terra, faz 2 dias que Ele voltou ao Pai Celestial para dar seu relato de Sua trajetória aqui na Terra. Se fôssemos para Kolob, viveríamos apenas 2 horas. Então, nós não temos a capacidade de perceber, com essa estrutura que nós temos o tempo eterno, mas a expansão não foi criada instantaneamente, uma vez que os Deuses vigiavam aquelas coisas que Eles haviam ordenado até que elas obedeceram (está em Abraão 4:18): “E os Deuses disseram, preparemos as águas para produzirem abundantemente as criaturas que se movem e que têm vida e as aves para que voem acima da Terra na expansão aberta do céu e abençoá-los-emos e faremos com que frutifiquem e se multipliquem.” Os Deuses então dirigiram Sua atenção para a preparação das massas de Terra, a fim de que em ocasião futura dessem sustentação às formas atuais de vida animal. “E os Deuses prepararam a Terra para as criaturas viventes segundo sua espécie, gado e coisas que rastejam e bestas da Terra segundo sua espécie. E foi isso um dia e os Deuses viram que eles obedeceriam.” (Abraão 4: 24-25) Quantas vezes o bispo fica esperando ser obedecido. Com alguns irmãos, o bispo passaria a eternidade esperando. Talvez o bispo pense o seguinte “o irmão não obedeceu”. Quando Abraão declara que os Deuses viram que eles obedeceriam, isso implica a disposição dos animais espirituais de tomar sobre si corpos físicos quando a mortalidade se iniciasse, ou seja, significa que toda vida animal, tanto quanto nós vem a essa Terra voluntariamente. Isso está de acordo com a lei universal da participação voluntária ou lei do livre-arbítrio, sem a qual nada de permanente pode ser criado ou estabelecido nesse ou em qualquer outro mundo. As águas já estavam prontas para receber os corpos físicos das formas atuais de vida aquática. O ar estava preparado para receber as formas atuais de vida aérea e a Terra estava pronta para dar lugar aos corpos físicos de todas as formas atuais de vida animal, inclusive a forma de vida mais elevada e perfeita, o homem. Entretanto, precisamos esclarecer diversas questões importantes: Por que a Terra já não nasceu pronta para abrigar as formas atuais de vida? Por que a Terra tem 4,3 bilhões de anos? A resposta é provavelmente a mesma dada à pergunta: Por que cada ser humano já não vem à Terra plenamente formado como adulto? As questões se equivalem. Existem propósitos, nem todos revelados ou compreendidos para o desenvolvimento gradual e lenta maturação do planeta. Essas razões são tão complexas e pouco compreendidas quanto os propósitos do nosso próprio desenvolvimento gradual como progênie de Deus, pois também precisamos de aprendizado e aquisição de experiências. E acima de tudo, haverá alguma evidência na crosta terrestre do trabalho do Senhor durante o período preparatório da criação da Terra? Será que Deus deixou pistas de como Ele criou essa Terra? De como Ele organizou essa Terra? De como Ele estabeleceu os primeiros sistemas ecológicos? Os primeiros biomas? Os primeiros animais? As primeiras bactérias? Ele deixou pistas... E essa preparação deve ter-se iniciado após a preparação da criação física e terminado antes da chegada de Adão e Eva e dos pais de todas as outras formas de vida atuais. O fato é que essas evidências existem. Elas têm sido cuidadosamente extraídas do registro das rochas por cientistas. Eu tive o privilégio de fazer o que eu faço. É muito gostoso fazer o que eu faço na universidade e ganho um salário razoável. Quem é que já viu a Era do Gelo aqui? Na Era do Gelo, existe um tipo de tatu gigante que é o prictodonte. Eu já tive o privilégio de escavar um prictodonte fóssil, porque só existe na forma fóssil. Irmãos, ele tem o tamanho de um fusca, e é fantástico perceber que aquele animal teve um propósito e existiu e se extinguiu e desapareceu com um propósito...

(Trecho de áudio perdido sobre homo sapiens neandertalenses) Agora, algumas perguntas e respostas: O que seria um planeta não cumprir a medida de sua criação? Seria um planeta, como um ser vivo, não cumprir com os propósitos iniciais da sua criação. Todos os seres foram criados e fizeram uma livre escolha de aceitar o plano. No momento em que qualquer criação de Deus se desvia do plano por Ele traçado, ele seria desorganizado. Muitos Deuses ajudaram na construção, na preparação desse planeta durante 4,3 bilhões de anos até o momento em que vivemos agora. Entre Deuses e seres especiais está nosso Senhor Jesus Cristo, está nosso pai Adão e, de acordo com relatos modernos, o próprio Joseph ajudou a organizar esse planeta. Diante de tudo o que foi explicado, estaríamos nós preparando a Terra para uma espécie mais evoluída de inteligência? A Terra será celestializada e nós que seremos Deuses, caso isso aconteça, seremos transformados também. E nesse sentido, também, o planeta irá evoluir e nós evoluiremos de homo sapiens para “homo deuses”. Porque algumas inteligências se tornaram homo sapiens e outras se tornaram as demais? Lá no começo eu falei que Deus falava com a matéria inorganizada, as inteligências e Ele era ouvido em sabedoria. Deus fez uma proposta para cada um: Olha, você vai ser organizado dessa forma. Você quer? Você concorda? Você deseja isso? Você quer esse caminho? Deus não impôs nada a ninguém, a nenhuma inteligência: tudo de acordo com a livre participação universal, com a lei do livre-arbítrio. Os pré-adamitas cumpriram a medida da criação deles? Isso significa que aproveitaram a expiação? Irmãos, eu não conheço muito sobre a expiação, mas Jesus Cristo expiou por todo o universo criado por Eloim. Por todos os seres, plantas, animais e pré-adamitas. Todos eles e todos nós recebemos a graça da expiação. Os espíritos que habitavam os demais homo sapiens foram criados pelo Pai Celestial como nossos espíritos? Vou pensar sobre isso... Existe um Salvador para cada mundo criado? Não, existe um Salvador para todo o universo criado por Eloim. Sobre os fósseis que servem de composição para o petróleo, calcário, etc.: esses recursos irão se extinguir? Sim. Qual a evidência de que os homo sapiens neandertalenses não se comunicavam verbalmente? É que existe uma diferença de posição da traqueia e da laringe nos homo sapiens neandertalenses em relação a nós. As nossas crianças até certa idade não falam e só emitem certos sons guturais. Eles tinham a posição da laringe e da faringe similar a de um bebê recém-nascido, por isso não eram capazes de falar. Ciência e religião não são contraditórias. Nós só temos que olhar da forma adequada.

ANOTAÇÕES DE LUCIA MONFERRON PIRES

Os 3 pilares da eternidade 1) A criação; 2)A queda e 3) A Expiação *"Para adquirir conhecimento precisamos fazer a pergunta adequada, no tom adequado" BY cap. 27..."A pessoa que aplica em seu coração...pag261 pag. 248 do mesmo manual..."nunca deixarei de aprender..." D&C 88:79 D&C 3:24 e 131:7 A CRIAÇÃO 1) Tempo histórico - datas/calendário (Alma 40:18) 2) Tempo científico - medição radiometrica, instrumentos químicos ou físicos 3) Tempo conceitual - 4.3 bilhões de anos da Terra (duração imensa ou eterna ) * flexibilizar nossos conceitos de tempo e espaço *irreversibilidade dos fenômenos naturais - uma das facetas da natureza...será que sempre estaremos presos a essa assimetria entre o passado e o futuro? *Pq não podemos voltar no tempo? Pq isso anularia a expiação!! Sto Agostinho - "...O tempo não é outra coisa senão extensão(...) (procurar no google) *Tempo histórico é uma grande ilusão: Elder Neal A. Maxwell: " Deus não vive na mesma dimensão..." D&C110 - retirou-se o véu de nossa mente. D&C130:4-7 e Alma 40:8 - Deus não prediz as coisas baseando-se no passado. De um modo não muito claro para nós, Ele vê e não apenas prevê,o futuro. Richards G. Scott - "O que aprendemos sobre a abordagem científica...(A Liahona, nov 2007 - A verdade) BY - tempo e espaço"suponho que em qualquer época...(JD2,307) JD((Journal Discourses) 7:33- "os deuses sempre existiram..." JD 6:344 ver cap27 do manual BY JD 13:248 - "há um poder que organizou todas as coisas a partir..." D&C 131:7

DBY pag 49 e cap 7 (Skousen - O ESPAÇO - vivemos em dois universos - vide google) JD 2:94 2Nefi 2:14 - Elementos (as que recebem a ação) e inteligências (as que praticam a ação) *Nós somos qual deles? D&C 88:11-13 Isaías 51:13 Moisés 7:30 JD 14(ou 114):71 A TERRA "A Casa do Senhor" - James E. Talmage Doutrinas de Salvação - 1:75 Ensign - Junho 1982, pag 11 Começo da Criação Física - JD 13:248 J. Smith words pg. 60- "A matéria com a qual o globo físico foi construído é proveniente de sobras de outros planetas que não cumpriram a medida de sua criação". Abraão 4 Joseph Smith words, pag 107 ´"Sinais na terra da obra de Deus" Hist. of. church vol 5 Joseph Smith Hist - 1,17 D&C 130 JD 2:203 JD 3:319 *Hominídeos são inconteste *Vida preparatória - retirados ou transformados Moisés 3:5