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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA NO DIA 6 DE DEZEMBRO Congresso www.justnews.pt Publicações PUB Eurico Monteiro O Corredor de Gaza _ P. 8 Jorge Spratley Um futuro promissor, tendo em conta a qualidade da formação dada aos novos especialistas _ P. 4 Artur Condé A mais-valia destas reuniões na formação contínua _ P. 3 Dar sempre o melhor aos doentes SERVIçO DE ORL DO HOSPITAL DE SANTO ANTóNIO

Serviço de ORL do Hospital de Santo António

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Com 105 anos de história, o Serviço de ORL do Centro Hospitalar do Porto é considerado, atualmente, “um serviço de referência”. Sua diretora há quase dez anos, Cecília Almeida e Sousa dá a conhecer o serviço do qual é responsável, referindo o esforço feito no sentido de dar sempre o melhor aos seus doentes, sobretudo no que se refere à qualidade assistencial.

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Distribuição gratuita no Dia 6 de dezembro

Congresso

www.justnews.pt

Publicações

PUB

Eurico Monteiro

O Corredor de Gaza_

P. 8

Jorge Spratley

Um futuro promissor, tendo em conta a qualidade da

formação dada aos novos especialistas

_P. 4

Artur Condé

A mais-valia destas reuniões

na formação contínua_

P. 3

Dar sempre o melhor

aos doentes

Rua Augusto Macedo, 12-D, Escritório 2 - 1600-503 LISBOA PortugalTels. +351 217 120 778 / 79 / 80 | Fax +351 217 120 204

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SErviço DE orL Do HoSpitAL DE SAnto António

6 | Jornal Médico 6 de dezembro 2014

Criado em 1909, é sob o lema “cons-truindo-se um serviço de referência de pes-soas para pessoas” que o Serviço de Otor-rinolaringologia do Centro Hospitalar do Porto tem vindo a escrever a sua história.

Sua diretora desde 2005, Cecília Al-meida e Sousa afirma que estes profissio-nais primam por “dar sempre o melhor” aos seus doentes, tanto na qualidade de prestação dos serviços, como na vanguar-da e na atualização de conhecimentos em todas as vertentes da ORL.

A otorrinolaringologista conta que o ser-viço foi criado, em 1909, por entendimento da Direção Administrativa do hospital, a fim de atender às crescentes solicitações das “moléstias de ouvidos, nariz e garganta”.

Posteriormente, seguiram-se tempos de amadurecimento e afirmação, em que

se contemplaram melhoramentos nas ins-talações, assim como o alargamento do corpo clínico.

Em 1962, foi criado o Internato da Es-pecialidade – o primeiro do Hospital de Santo António e do Norte do País – e, em 1980, iniciado o ensino pré-graduado. Fo-ram, ainda, realizadas inúmeras reu niões científicas internacionais de “elevada qua-lidade”.

Volvidos 105 anos, o serviço acom-panha a evolução das técnicas de meios complementares de diagnóstico e trata-mento na área assistencial e construiu os alicerces fundamentais, sendo hoje uma unidade atual e moderna em todas as suas vertentes, considerando-se um serviço de referência tanto a nível nacional como in-ternacional.

Vertentes e setores

O Serviço de ORL do Centro Hospi-talar do Porto tem várias características e vertentes. O Internamento e o Bloco Ope-ratório funcionam no edifício neoclássico, as Consultas Externas e a Urgência na par-te nova do hospital, no edifício Dr. Luís de Carvalho. “O funcionamento é integra-do, só temos de nos deslocar no espaço físico”, observa Cecília Almeida e Sousa, mencionando a, não menos importante, valência do Ambulatório, que funciona num local exterior ao hospital.

“Trata-se de um espaço autónomo, tal como preconizam as regras, e moderno, onde fazemos toda a cirurgia de ambulatório possível em ORL. Os doentes são submetidos aos procedimentos cirúrgicos e têm alta.”

No que respeita às cirurgias pediátri-cas, Cecília Almeida e Sousa contou que o serviço começou a realizá-las, recen-temente, no Centro Materno Infantil do Norte (CMIN). “Desde o encerramento do Hospital Maria Pia que as ‘nossas crianças’ eram operadas no bloco pediátrico do nos-so hospital. Atualmente, já transferimos as cirurgias para o CMIN e, dentro de algum tempo, serão as consultas. Portanto, a parte pediátrica vai funcionar toda lá, em pleno”, indica.

As Consultas Externas estão, desde 2006, e de acordo com Cecília Almeida e Sousa, setorizadas nas várias vertentes, isto é, o serviço disponibiliza consultas de rinite alérgica, rinoplastia, patologia do sono, foniatria e vertigem.

Salvo poucas exceções, os doentes são inicialmente triados pelo gestor de con-sulta para as diversas subespecializações. O espaço possui todos os exames comple-mentares necessários, sendo o utente, pos-teriormente, orientado para o tratamento médico ou cirúrgico adequado.

Estes profissionais fazem uma média total de 23.500 consultas/ano, isto é, 6500 primeiras consultas e 17 mil subsequen-

tes. São realizados uma média de 26.700 exames anuais.

Situados no belo edifício neoclássico do Hospital de Santo António, o Bloco e o Internamento somam uma média de 1700 doentes tratados/ano, com cerca de 900 in-divíduos intervencionados em cirurgia con-vencional e 800 em ambulatório. O tempo médio de internamento é de 2,8 dias.

Segundo a diretora deste serviço, a taxa de internamento por cirurgia con-vencional tem vindo a diminuir, porque os procedimentos são, sempre que possí-vel, efetuados em ambulatório.

Internos conferem dinâmica ao espaço

A formação é outra vertente, que Cecília Almeida e Sousa considera muito importante e afirma conferir grande di-nâmica ao serviço. “Temos o ensino pré--graduado, que pertence ao Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e à Faculdade de Medicina da Universida-de do Porto, e o pós-graduado”, observa.

No que se refere a este último, e no seu entender, os internos estão voca-

CECíLiA ALMEiDA E SouSA, DirEtorA Do SErviço DE orL Do HoSpitAL DE SAnto António:

“primamos por dar sempre o melhor aos doentes”

Com 105 anos de história, o Serviço de ORL do Centro Hospitalar do Porto é considerado, atualmente, “um serviço de referência”. Sua diretora há quase dez anos, Cecília Almeida e Sousa dá-nos a conhecer o serviço do qual é responsável, referindo o esforço feito no sentido de dar sempre o melhor aos seus doentes, sobretudo no que se refere à qualidade assistencial.

Jornal Médico | 76 de dezembro 2014

cionados para a pesquisa, investigação e busca de novos temas, o que acaba também por ser uma vantagem no que respeita à atualização e desenvolvimento do serviço.

“É, sem dúvida, uma mais-valia, por-que acabamos por estar permanentemen-

te em update relativamente às diversas pa-tologias e às novas formas de tratamento, quer médico, quer cirúrgico.”

O serviço conta, neste momento, com seis internos da especialidade e tem espa-ço disponível para que estes jovens médi-cos em formação possam estar, estudar e

treinar como, por exemplo, numa sala de treino de cirurgia otológica.

Em busca de uma melhor qualidade assistencial

Falando, de um modo geral, do ser-viço do qual é responsável, assim como destes seus nove anos enquanto diretora, Cecília de Almeida e Sousa faz um balanço muito positivo.

Afirmando que se tem esforçado, des-de sempre, por dar o seu melhor, a nossa entrevistada diz entender que os objetivos têm sido cumpridos.

“A experiência é muito importante, tenho-me empenhado, em primeiro lugar, para dar continuidade ao que os diretores anteriores fizeram pelo serviço. Procuro, e vou conseguindo, que vá sempre progre-dindo e melhorando em todos os aspetos, sobretudo na qualidade assistencial”, refe-re a otorrinolaringologista, acrescentando que, apesar de se atravessar uma difícil conjuntura económica, a pouco e pouco, vão conseguido tudo o que necessitam.

“O Conselho de Administração faz sem-pre um esforço no sentido de nos ir dispo-

nibilizando o que faz falta, por exemplo, do ponto de vista de apetrechamento, com ma-terial topo de gama, que vai sempre surgin-do e queremos ter para prestar um serviço de melhor qualidade aos nossos doentes”, salienta, referindo que até mesmo no que diz respeito aos recursos humanos, e apesar das dificuldades de contratação, sempre que necessário são dadas as autorizações.

“Acho que, apesar do contexto políti-co que estamos a atravessar, não me pos-so queixar. Pedi, recentemente, mais um médico para o serviço e foi autorizado.”

O espaço conta assim com 23 médicos – dois chefes de serviço, seis assistentes gra-duados, nove assistentes hospitalares e seis internos da especialidade. 14 enfermeiros, um na consulta externa e 13 no internamen-to, e ainda três administrativas, duas na con-sulta externa e uma no internamento.

Para o futuro, a diretora tem como obje-tivo dar ao espaço outras valências ainda não desenvolvidas, como é o caso da vertigem.

“Não temos ainda um espaço físico, mas foi-me prometido que, com a aber-tura do CMIN, me seria disponibilizado. Contudo, é preciso ainda adquirir meios complementares de diagnóstico mais mo-dernos e de reabilitação”, conclui.

CECíLiA ALMEiDA E SouSA, DirEtorA Do SErviço DE orL Do HoSpitAL DE SAnto António:

Nascida em Castelo de Paiva, em 1951, Cecília Almeida e Sousa licenciou-se em Medicina pela FMUP, em 1979. Fez, de seguida, o serviço médico à periferia, no Concelho de Esposende e, em 1983, iniciou o seu Internato de ORL, no Hospital de San-to António, no Porto.

Foi para Bordéus, em 1988, onde fez um estágio na área da Foniatria. Regressou em 1989 e entrou para o quadro do Hospital de Santo António, no Porto. Altura em que fez, também, o concurso de habilitação ao grau de consultora de ORL.

Em 2005, assumiu a Direção do Serviço de Otorrinolaringologia do mesmo hospital e, em 2006, foi pro-movida à categoria de chefe de serviço.

É casada, tem uma filha e dois ne-tos pequenos, um menino e uma meni-na, com 4 e 2 anos de idade.

perfil de Cecília Almeida e Sousa

Ficha técnicarecursos humanos

Médicos especialistas em orL:

Médicos internos:

Enfermeiros:

administrativos:

número total de consultas/ano:

Primeiras consulta:

subsequentes:

Doentes tratados/ano:

Cirurgias convencionais:

Cirurgias em ambulatório:

Meios complementares de diagnóstico:

17

6

14

3

23.500

6500

17.000

1700

900

800

26.700

Diretores do serviço

1909-1936 – antónio teixeira Lopes Júnior

1937-1953 – antónio Veloso de Pinho

1953-1962 – Eurico de oliveira1962-1964 – antónio Veloso de

Pinho1964-1970 – alvarenga de

andrade1970-1971 – Eurico de oliveira 1971-2003 – antónio gameiro dos

santos 2003-2005 – alcides LimaDesde 2005 – Cecília almeida e

sousa