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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL
DAYANE ANDREA GONÇALVES DOS SANTOS
TRABALHO DE PORTFÓLIO
Arapiraca2015
DAYANE ANDREA GONÇALVES DOS SANTOS
PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Dependência.
Prof.
Arapiraca
2015
INTRODUÇÃO
A sociedade vem mudando muito aceleradamente nos últimos
anos, principalmente nas últimas décadas e essas mudanças tem afetado
diretamente nas instituições, nas relações sociais, entre outras.
A cosmovisão de cada geração tem afetado não só a estrutura do
trabalho bem como as relações familiares, a própria visão sobre a família tem
mudado, sua estrutura e relações de hierarquia.
A partir daí lançaremos um olhar panorâmico sobre três aspectos
que se interagem: a divisão social do trabalho, as relações familiares na
contemporaneidade e a mulher, seu lugar no mercado de trabalho e as
configurações familiares do século XX.
DESENVOLVIMENTO
1. Divisão social do trabalho
Os primeiros habitantes do nosso país, os índios, tinham já nas
suas relações de trabalho e familiares papeis bem definidos, cada um sabia qual a
sua função na casa e no grupo em que viviam, essespapeis continuaram os
mesmos, com poucas alterações até o dia de hoje, o homem cumprindo o seu
papel de líder e provedor da família e a mulher a administradora do lar e cuidadora
dos filhos. Filhos por sua vez demoravam mais na casa dos pais que os
mantinham até a idade de “ganhar o mundo”.
Apresento a seguir um trecho de uma música que mostra o papel
do homem na família e com relação ao trabalho.
... O Homem se humilha se castram seus sonhos, seu sonho é
sua vida e vida é trabalho e sem o seu trabalho o homem não tem honra e sem a
sua honra se morre se mata... (RAIMUNDO FAGNER).
A divisão social do trabalho ainda é muito baseada em gênero,
apesar das mulheres terem alcançado nesse setor muitas conquistas e da
participação também o homem nas tarefas domésticas, existem até casos, mesmo
sendo poucos em que há uma inversão de papeis, a mulher trabalha fora e o
homem cuida da casa e dos filhos. Os filhos têm tido participação no mercado de
trabalho e no sustento da família.
O termo divisão social do trabalho é encontrado em estudos
oriundos de diversas áreas do conhecimento, como a economia, a sociologia, a
antropologia, a História, a saúde, a educação, dentre outras e tem sido utilizado
em diversas variações.
Em termos genéricos refere-se as diferentes formas de produzir
bens e serviço necessários à vida: 1) Divisão social do Trabalho ou divisão do
trabalho social; 2) divisão capitalista do trabalho ou divisão parcelar ou
pormenorizada do trabalho, divisão manufatureira do trabalho ou divisão técnica
do trabalho; 3) divisão sexual do trabalho; 4) divisão internacional do trabalho.
(DENISEELVIRA GOMES, 2009).
2. As relações familiares na contemporaneidade
Vivemos várias mudanças das relações familiares nos últimos
anos, levamos em conta nessa consideração as gerações que vieram após a
Segunda Guerra Mundial, a quem os estudiosos classificam como gerações BB,
X, Y e na atualidade a geração Z.
Há alguns anos pensávamos em gerações com espaços
temporais de 25 anos entre elas, hoje com o advento da tecnologia, porque a
tecnologia atualmente atua como marco para o tempo, pensamos em geração
com espaço temporal de 10 anos.
Com o final da Segunda Guerra, em meados de 1945, muitos
soldados americanos voltaram para sua pátria e se reencontraram com suas
famílias e suas esposas. O resultado disso foi um aumento do número de
nascimentos, fenômeno que ficou conhecido como Baby Boom (explosão de
bebês numa tradução livre), por isso, os nascidos nessa época ficaram
conhecidos por baby boomers. Aqui no Brasil os nascidos nessa época também
ficaram conhecido assim. Essa geração foi educada para competir, trazida dentro
de uma disciplina rígida, ordem e respeito pelos outros, forma ensinados a
respeitar a hierarquia nas relações familiares, respeito aos mais velhos, pedir a
benção, entre outras coisas. No entanto, foi no decorrer dessa geração que
ocorreram muitas mudanças nas relações familiares. Podemos ver nessa época o
surgimento de dois perfis de jovens, o disciplinado e o rebelde. O disciplinado
aceitavam mais as imposições dos pais e tinham um comportamento mais dentro
dos padrões do que se considerava correto, amadureciam com mais rapidez e
buscavam estabilidade na vida profissional etinham como anseio a constituição de
família. Já os ditos rebeldes, filhos de pais geralmente mais abastados
economicamente procuravam transgredir regras socialmente colocadas dentro da
família e da sociedade em que viviam.
A geração seguinte, denominada geração X, surgiu depois de
1964 e se estende segundo alguns até 1977, essa geração foi marcada por muitos
acontecimentos como escândalos políticos como o assassinato de Martin Luther
King, o advento da Guerra Fria, a queda do muro de Berlim, a AIDS, entre outros
acontecimentos. Viveram um momento de inovação tecnológica, foi a época dos
Hippies e prezavam muito pela liberdade de escolha. Muitos dessa época são
filhos de pais separados e de mães que trabalhavam fora. Essa geração buscou
quebrar padrões que consideravam ultrapassados, tanto quanto ao convívio
social, quanto na questão da moralidade. O casamento em si passou a ser
questionado como instituição para sempre.
A geração Y, descendentes das gerações Baby Boomers e
também da geração X, compreendem aqueles nascidos entre os anos de 1980 e
2000, segundo alguns e entre 1978 e 1994 entre outros estudiosos, e a geração
dos resultados, nascida na época das tecnologias. Nessa geração o modelo
familiar padrão foi sendo substituído por um mais flexível, não atrelado
necessariamente a exigência da presença dos pais. Nessa época o pensamento
que mais imperou foi o de preparar os filhos para o futuro. Nessa época a agenda
infantil passou a ser recheada de muitos afazeres (cursos de idiomas, esportes,
entre outros). Houve uma perceptível quebra nas relações familiares que as vezes
foram substituídas poroutras.
A geração Z, que é a atual geração, são considerados como
pertencentes a essa geração os nascidos em meados da década de 1980, para o
pensamento dessa geração é inconcebível a não existência do computador, do
celular e das tecnologias atuais. É uma geração marcada pelo imediatismo, o que
na verdade não é uma marca somente dela, mas um reforço do imediatismo da
geração anterior. Sentem-se à vontade para fazer várias coisas ao mesmo tempo
como ver televisão, acessar a internet, estudar e até ouvir música. Não tem muito
apreço pelas relações familiares e apesar do avanço dos meios de comunicação,
como a internet, as redes sociais com seus amigos virtuais, estão cada vez mais
isolados.
É uma geração que convive com uma crise no conceito de
autoridade dentro da família e por extensão socialmente, não gostam de ser
contrariados e tem o ouvido seletivo, daí muitos dos filhos dessa geração
demorarem a atender dentro de casa um chamado de outra pessoa, seja ele pai,
mãe, etc.
Entender essas gerações e suas nuances se faz necessário para
uma intervenção no sentido de uma integração entre elas e principalmente
amenizar o choque cultural entre Inter geracional para o bem de todos e da
sociedade em geral.
3. Mulher, seu lugar no mercado de trabalho e as configurações familiares
do século XX
O papel que a mulher ocupa no mercado de trabalho tem
mudando significativamente com o passar dos anos, sem contundo, representar
uma ruptura total em alguns conceitos adquiridos há muitas gerações. A mulher
como responsável pela administração do lar e principalmente o cuidado com os
filhos.
Ainda hojeexistem trabalhos discriminados culturalmente como
“trabalho de homem e de mulher”. Apesar da mulher hoje ser responsável por
cerca de 44% da força produtiva, ela ainda é, salvo algumas exceções a única
responsabilizada pela manutenção do lar. Ou seja, mesmo trabalhando fora, ainda
tem a incumbência de cuidar da casa e dos filhos. Ainda é muito pequena a
participação do homem na divisão das tarefas domésticas.
Outro ponto a ser salientado é que as mulheres ainda estão
recebendo menos, mesmo realizando as mesmas tarefas do homem e cumprindo
as mesmas cargas horárias de trabalho destes.
Hoje podemos observar muitas famílias onde a chefia do lar cabe
a mulher, por diversas razões e até lares onde a mulher trabalha fora e o marido
cuida do lar, mas esse caso é mais raro.
O fato é que é mulher tem conquistado seu espaço na sociedade,
desde a “queima dos sutiãs”, episódio emblemático da luta contra a dominação da
cultura machista, acontecida na década de 70, tem tentado ocupar seu lugar de
importância na família e na sociedade.
Na família o papel de mulher que faz tudo ainda é muito presente,
e algumas tem tentado conscientizar os outros membros da família, principalmente
o companheiro da importância de dividir a tarefa de cuidar da casa e dos filhos.
Levemos em consideração as novas configurações de família
presentes nos nossos dias, os profissionais que trabalham com famílias têm
levado em consideração a existência de novos tipos de família e não só a família
nuclear, composto por pais e filhos, mas também a família mosaico, famílias
unipessoais, famílias uniparentais.
CONCLUSÃO
Podemos perceber o quanto o passar das gerações, bem como
sua evolução tem influenciado a sociedade como um todo, não só no seio da
família, ou seja nas relações familiares, bem como no mercado de trabalho.
Cada geração tem sua visão sobre o mercado produtivo mas
também com questões morais dentro da família e acima de tudo com relação a
hierarquia familiar.
Neste texto o tema foi trazido de forma superficial, até porque é
um assunto por demais complexo para ser exaurido nessas poucas linhas.
Cabe mais uma reflexão profunda a respeito do assunto a partir
dos textos apresentado.
REFERÊNCIAS
A relação de trabalho no Brasil, disponível em https://www.youtube.com/watch?
v=GeKsrjffA0.
Geração X, Y e Z. As Mudanças no Mercado de Trabalho – Jornal da Globo, parte
1, disponível em https://www.youtube.com.br/watch?v=x10lv6AGHo8
Profissão Mulher, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=cjL326Zfest.
Relações Familiares, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=ig-i19A-
OOA.
PIRES, Denise Elvira. Divisão Social do Trabalho. Disponível em
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/divsoctra.html
MONTALI, Lilia. Familia e trabalho na reestruturação produtiva: ausência de
políticas de emprego e deterioração das condições de vida.