Servir a Deus com Dons e Ministérios - Bispo Josué Adam Lazier

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Editorial a respeito de Dons e Ministérios publicado pelo bispo da Igreja Metodista

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SERVIR A DEUS COM NOSSOS DONS E MINISTRIOS - Bispo Josu Adam LazierINTRODUOOs dons e ministrios tm sua razo de ser na vida da Igreja em funo da misso dada por Deus. Dons e Ministrios no um programa, mas sim um movimento conduzido pelo Esprito Santo, e onde todos participam do ministrio total da Igreja. Dons e Ministrios uma abertura para o mover do Esprito Santo que capacita para o cumprimento dos desafios da misso. A prtica de Dons e Ministrios no deve ser confundida com um programa especial e nem com tarefas que a Igreja deve realizar (1). E, nas palavras do Bispo Richard Santos Canfield, como no h limites para a ao do Esprito Santo, no h limites para ao daa na multiplicidade de seus ministrios que devem responder aos desafios do mundo em que vivemos (2).Portanto, Dons e Ministrios a Igreja em misso atravs do exerccio dos talentos, dons e ministrios dados por Deus aos membros do Corpo de Cristo para o servio cristo e testemunho ardoroso acerca da nova vida em Cristo Jesus.Esperamos que todos os membros da Igreja estejam envolvidos nos diversos ministrios, contribuindo com alegria para o cumprimento dos desafios pastorais e missionrios que nos chamam a servir a Deus. Podemos dizer que uma Igreja de Dons e Ministrios como um templo (edifcio): tem fundamento, tem colunas, tem paredes e telhados. Uma igreja ministerial significa uma igreja onde h dons e ministrios que so como fundamento, colunas, paredes ou telhados. Todos so importantes e necessrios para o equilbrio da igreja, assim como o fundamento, colunas, paredes e telhados so para o equilbrio do templo (edifcio).Nossas reflexes sobre Dons e Ministrios discorrem sobre a Igreja Ministerial, onde todos so chamados a servirem a Deus atravs dos dons e ministrios. Desta forma, destacada a prtica de dons e ministrios na Igreja Metodista e apresentada algumas definies, sobretudo dos dons e ministrios relacionados em alguns textos do Novo Testamento. O presente estudo procura orientar os membros da Igreja a descobrirem os seus dons e ministrios. Ele til para estudo pessoal, em grupo e, especialmente, com pessoas que ainda no descobriram em que ministrio atuar, mas que possuem o ardor da misso em seus coraes.A PRTICA DE DONS E MINISTRIOS NA IGREJA METODISTADons e Ministrios uma redecosberta, pois esta prtica sempre esteve presente na vida e na estrutura da Igreja Metodista. Em alguns momentos, de maneira no muito clara. Em outros momentos, de maneira no definida. Em outros, como agora, de forma conciliar e missionria, pois se trata da ao do Esprito Santo na vida da Igreja. No uma ao relmpago, mas sim progressiva, de maneira a influenciar a vida e as estruturas da Igreja.Desde os primrdios do movimento metodista havia grande participao dos leigos. Esta participao no foi iniciativa de Joo Wesley, mas foi obra da vocao divina. Toms Maxfield colocou-se a disposio de Wesley para trabalhar. Joo Wesley colocou-o para dar assistncia aos metodistas de Londres. Maxfield levou to a srio suas funes de assistente que comeou a pregar para a congregao que se reunia naquela cidade. Quando a notcia chegou aos ouvidos de Wesley, este viajou para Londres com o intuito de corrigir tal erro e proibir esta inovao, ou seja, a pregao leiga. Aconselhado pela me, foi ouvir a pregao de Maxfield e concluiu que era de Deus. Logo percebeu a importncia da pregao leiga para a expanso do movimento metodista.A introduo do pregador leigo no ministrio da Igreja constitui-se numa das maiores inovaes metodistas e atravs deste ministrio chamado leigo a Igreja Metodista pde expandir-se. Com isto, Joo Wesley seguiu os passos de Martinho Lutero, que redescobriu o sacerdcio universal de todos os crentes e convocou leigos para o cumprimento da misso.Alm do uso de artesos, lavradores e outros profissionais como pregadores Wesley usou os leigos para dirigirem as reunies das classes e sociedades. Estes dirigentes tinham a responsabilidade de visitar todos os membros; aconselhar, repreender, orientar, etc, e informar aos ministros sobre a situao dos membros e suas famlias. As "sociedades" ou as "classes" aumentavam a cada dia e Joo Wesley viu-se obrigado a preparar os lderes e descobrir outros que fossem vocacionados por Deus.No Plano Quadrienal da Igreja (1979-1982), poca da Igreja de Cargos, encontramos vestgios de uma prtica de Dons e Ministrios. O documento apela insistentemente para o testemunho, o servio e a evangelizao, sublinhando que tudo na Igreja existe em funo da Misso (3). Na Introduo o Documento afirma o seguinte: os programas devem ser definidos segundo as maiores necessidades e segundo os CARISMAS, recursos humanos e financeiros que a Igreja Local dispe (4). Neste Documente a Igreja definiu sua reas de Vida e Trabalho, a saber: Ao Social, Comunicao Crist, Educao (Crist, Teolgica e Secular), Miio Cristo, Misses e Evangelizao, Patrimnio e Finanas e Unidade Crist.No Plano de Vida e Misso, aprovado em 1982, dando continuidade aos Planos Quadrienais anteriores, a Igreja prioriza e define a sua Misso, atravs de suas reas de Vida e Trabalho. O Plano fundamenta bblica e teologicamente os desafios apresentados. Entre eles, encontramos vrias referncias a Dons e Ministrios (ou dons e servios), como uma forma de Ser Igreja para o cumprimento da Misso. Diz o Documento que o Metodismo reconhece que todo o povo de Deus chamado a desempenhar com eficcia, na Igreja e no mundo, ministrios atravs dos quais Deus realiza o seu propsito, ministrios essenciais para a evangelizao do mundo, para a assistncia, nutrio e capacitao dos crentes, para o servio e testemunho histrico em que Deus vocaciona - I Co, 12.7-11 (Item A, letra g).Finalmente, no XIV Conclio Geral da Igreja, o vento do Esprito Santo soprou mais forte e a Igreja Metodista sentiu-se impelida a mudar suas estruturas, na busca daquela que melhor responderia aos desafios que Deus vinha fazendo atravs dos documentos nos perodos anteriores. A escolha recaiu nos Dons e Ministrios. Vemos que esta nova dinmica na vida da nossa Igreja o resultado de um avivamento sem barulhos e sem personalismos, onde o Esprito Santo age conforme lhe apraz. Pessoas que no faziam nada se sentiram impulsionadas ao servio. H vocao de toda sorte e para todos os ministrios. H muitas formas de servio. E, nesta Igreja impulsionada pelo Esprito de Deus, h lugar para os ministrios clrigos e laicos (5).O XVII Conclio Geral, realizado em julho de 2001, reafirmou a organizao da Igreja Metodista em Dons e Ministrios. O Plano Nacional Objetivos e Metas estabeleceu dois objetivos para a Ao Missionria da Igreja: Igreja Nacional e Igreja Local. Sobre a igreja local o Plano afirma o seguinte: fortalecer e promover a ao da igreja local, como comunidade crist de Dons e Ministrios, espao de piedade, misericrdia, acolhimento e servio ao povo.DEFINIESEm I Corntios 12.4-6 lemos: Os dons so diversos, mas o Esprito o mesmo. E tambm h diversidade nos ministrios, mas o Senhor o mesmo. E h diversidade nas realizaes, mas o mesmo Deus que opera em todos. O texto fala de graa, de dons, de ministrios e de realizaes. As definies destes termos bblicos so importantes e orientam nossa reflexo:a) Graa do grego chris significa dom supremo, sendo o fundamento da vida crist. Ela testifica a presena do Esprito na vida dos membros e nas atividades da Igreja. Alguns textos bblicos falam da graa - Sl 63. Ef 2:1-10. 4:7, Rm 12:6, etc. Sem a Graa de Deus os dons e os ministrios no tm sentido nenhum.b) Dons - a palavra grega chrismata, que significa graas espirituais. Indica uma funo, ordinria ou extraordinria destinada edificao e ao testemunho do Corpo de Cristo. Os dons subentendem servio prestado na Igreja e na comunidade, pois so atributos especiais dados a cada membro do Corpo, segundo a graa de Deus. Arnold Bittlinger disse que "dom uma manifestao gratuita do Esprito Santo que atua para o bem comum do povo de Deus, nas capacidades naturais do fiel e atravs delas, porm superando-as" (6). Os dons naturais no so eficazes, de por si s, fazerem a obra; toda a habilidade humana e os dons naturais devem ser inteiramente consagrados a Deus. Deus s aceita a obra que feita por Ele e na dependncia do Seu Santo Esprito, que age atravs da vida da Igreja e por meio dos seus membros. A capacitao sempre dada por Deus. A palavra dons aparece 17 vezes no Novo Testamento. Em seis delas o sentido de dom gratuito. Nas outras vezes o sentido de dons recebidos para a edificao da Igreja (Rm 12.6, I Cor 1.7, 7.7, 12.4, 12.9, 12.2, 12.30, 12.31, I Tm 4.14 e I Pe 4.10).c) Ministrios - a palavra grega diakona que significa servio, ofcio ou ministrio reconhecido pela Igreja. Esta palavra est salientando o uso dos dons, a maneira como a pessoa usa seus talentos e a ocupao que alguns recebem, o que indica o tipo de sua atividade. Esta palavra aparece 34 vezes no Novo Testamento e a palavra dikonos, que significa criado, servente, auxiliar ou ministro, cerca de 30 vezes.d) Realizaes a palavra grega energemton significa trabalhar, produzir, efetuar, em outras palavras, apresentar realizaes ou resultado. Refere-se ao uso prtico do dom dado por Deus, ao servio prestado relativo ao dom espiritual. O cristo que presta servio ou exerce um ministrio, utilizando seu dom, apresenta realizaes ou frutos. Quando um cristo exerce seu carisma, age como membro do Corpo de Cristo, isto , o prprio Jesus faz alguma coisa por meio de um homem. Quando Jesus age, sempre aparece um resultado concreto. Portanto, a finalidade de todos os dons a realizao de alguma coisa concreta, uma ajuda a algum, a edificao da comunidade (7).Para avaliar os vocacionados, Wesley e seus colaboradores elaboraram trs perguntas: Tens a Graa? (experincia pessoal de salvao mediante a f); Tens os Dons? (capacidade de proclamar com clareza o caminho da salvao); Tens os Frutos (realizaes)? (de pessoas despertadas e transformadas pelo testemunho e pregao do candidato) (8). Havendo respostas positivas, Wesley admitia como pregador leigo.As mesmas perguntas so dirigidas aos metodistas hoje. Que Deus nos d a Graa de respond-las afirmativamente e que tenhamos a humildade para buscar no Deus Pai, Deus Filho e Deus Esprito Santo a inspirao para o desempenho dos diversos ministrios.PROPSITOS DE DONS E MINISTRIOS1. Aperfeioamento dos santos - Ef 4.11-13. Segundo o texto bblico um dos propsitos de Dons e Ministrios o aperfeioamento de todos os membros para a edificao da Igreja. A palavra grega usada para aperfeioamento katartizo. Esta palavra significa literalmente e no seu sentido primitivo restaurar, por no lugar certo, colocar na condio ideal, completar. Seu sentido primitivo era consertar ossos quebrados. Ela aparece em outros textos com outras tradues: Mateus 4.21 - consertando a rede para a pesca. O pescador voltando da pesca conserta as redes para o prximo dia de pescaria; Lucas 6.4, Romanos 9.22 - equipando, instruindo; I Tessalonicenses 3.10 - reparando as deficincias da f. A Igreja, na sua plenitude atravs dos Dons e Ministrios, conserta as quebraduras e as machucaduras de seus membros, exercendo assim uma tarefa pastoral e preparando-os para o servio cristo. Segundo o Bispo Nelson Luis Campos Leite, esta plenitude caracterizada na vida da Igreja atravs de Dons e Ministrios (9).2. Unidade, diversidade e mutualidade. Paulo, para falar dos Dons e Ministrios, usa a figura do corpo humano - I Co 12.4-30. Com isto quer mostrar que os membros do Corpo de Cristo tm funes diferentes. Nenhum membro consegue fazer tudo sozinho. Para o bom funcionamento do corpo todos os membros devem estar ativos nas suas funes. Significa tambm que as diversas partes do corpo funcionam em benefcio de todos e para cumprir a plenitude do ministrio de Cristo no mundo.3. Perspectiva missionria. Em Mateus 9.36-10.1 Jesus tem sob seu prisma uma multido fatigada e aflita e que andava como ovelha sem Pastor, perdida e desorientada. Compadecido com esta viso, chama os discpulos e envia-os para a misso. Todo o captulo 10 de Mateus trata deste envio missionrio. Podemos afirmar que a igreja de Mateus foi uma comunidade missionria que se abriu para os gentios. O Evangelho de Mateus pode ter sido escrito como um pequeno manual de misses, sobretudo este captulo.IMPORTNCIA DE DONS E MINISTRIOS1. Compromisso missionrio. O povo de Deus no Antigo e no Novo Testamento assumiu uma forma de testemunhar e pregar a Palavra de Deus de modo bem especfico a cada cultura e contexto. Da mesma maneira hoje, o povo de Deus chamado metodista, atravs da forma de uma Igreja Ministerial busca anunciar as boas novas do Reino de Deus. Neste sentido, citando o Bispo Nelson Luis Campos Leite, e que define a ao missionria: Todas as aes realizadas pela Igreja sob a direo do Esprito Santo. Como vimos anteriormente, o texto bblico que nos desafia a isto, entre tantos, est em Mateus 9.35 a 10.42.2. Compromisso com a unidade. Os dons dados por Deus no so para a promoo da pessoa ou do grupo, muito menos para enfeitar a vida do cristo. Na figura que vimos anteriormente, os dons caracterizam-se pela diversidade, mas tambm pela mutualidade. Os dons s devem ser procurados para o bem da comunidade, e nunca visando bem estar pessoal. O texto Bblico que nos desafia a isto est em I Corntios 12, onde Paulo apresenta a figura do CORPO como o centro da diversidade dos dons. A manifestao de Deus sempre para unir e fortalecer o seu povo, nunca para dividir. Quem divide o homem que no entendeu bem a revelao de Deus.3. Compromisso com a consolao. Os dons e ministrios so uma prtica de servio e autodoao Deus e aos outros. Deus o Senhor de toda consolao (II Co 1.3-5). Para consolar usa a ao do Esprito Santo atravs dos dons e ministrios. Paulo sabiamente fez a seguinte recomendao em I Corntios 12.31: que os cristos busquem os melhores dons. Usa uma palavra grega que quer dizer desejar ardentemente, cobiar, aspirar. Em I Corntios 14.1 repete a orientao e usa a mesma palavra. Mas quando faz referncia a procurar o amor a palavra grega que usa quer dizer correr atrs, perseguir, buscar, esforar-se, indicando uma ao que no termina nunca e persistente. Joo Wesley definiu a santificao como a prtica do amor. Para ele um metodista algum que tem o amor de Deus em seu corao, pelo Esprito Santo que lhe foi dado... (10).4. Cultivo das conquistas. Como resultado deste mover de Deus que resulta em ministrio e misso, observamos pontos positivos que precisam ser cultivados: Ao do Esprito Santo e Misso, tanto na dimenso pessoal como comunitria; Valorizao dos dons e dos ministrios como ferramenta de trabalho; nfase na busca pelos dons para servirem de instrumentos para a edificao do Corpo de Cristo; nfase na mutualidade dos ministrios; Vida Devocional e Dinamizao do trabalho leigo.CONHECENDO DONS RELACIONADOS NO NOVO TESTAMENTOOs dons e ministrios mencionados no Novo Testamento podem ser classificados da seguinte maneira: i) dons para o anncio (11): Rm 12.6,7, 8; I Co 1.5, 12.8,10, 28, 13.2,8; Ef 4.11; ii) dons para servir: Rm 12.7,8; I Co 12.28 e 13.3; iii) dons para liderana: At 20.28; Rm 12.8; I Co 12.28; Ef 4.11; I Ts 5.12; I Tm 3.1 e 5.17; iv) dons de poderes especiais: I Co 12.9,10, 28,30 e 13.2; v) dons de orao: I Co 12.10,28 e 14.15-17. Alguns dons e ministrios identificados nos textos do Novo Testamento so:I Co 12.8-10- Sabedoria - Conhecimento - F - Dons de Curas - Profecias (Profeta) - Discernimento - Dons de Lnguas e Interpretao.I Co 12.28-30- Apstolo - Profeta - Mestre (doutor) - Milagres - Assistncia (socorro) - Governo - Dons de Lnguas.Rm 12.6-8- Profeta - Dicono - Mestre (doutor) - Exortao - Presidir - Exercer Misericrdia - Contribuio.Ef 4.11- Apstolo - Profeta - Pastor - Mestre (doutor) - Evangelista.Vamos conhecer o significado destes dons e ministrios que estavam presentes na Igreja Primitiva e impulsionaram os primeiros cristos no cumprimento da vocao que receberam de Deus:a) Apstolo (I Co 12.18; Ef 4.11) - vem do grego apostllo que significa "enviar" e no sentido de uma misso. Esta era uma palavra usada pelos marinheiros daquela poca, e significava um navio de carga ou frota enviada. Mais tarde veio significar um comandante de expedies naval. Para o judasmo, a palavra apstolo representava os rabinos que faziam visitas peridicas aos judeus que moravam fora da Palestina e a funo de supervisionar comunidades judaicas e fazer coleta das ofertas para o templo. Para o Helenismo significava um mensageiro, um emissrio, com uma determinada tarefa. Portanto, nas escrituras, o termo "apstolo" significa algum enviado por Deus para uma tarefa determinada. Era um ministrio ordinrio e extremamente necessrio. Sua funo estava relacionada fundao de Igrejas e a representao de Cristo no mundo, pois os apstolos foram enviados diretamente por Cristo para publicar e anunciar a obra que Deus estava realizando atravs da morte e ressurreio de Jesus Cristo (12). Isto se deu aps um perodo de aprendizado, de orientao e de vivncia do ensino cristo. A pergunta que se faz hoje em dia , existem apstolos hoje? Como os doze apstolos, no. Eles foram nicos na histria e estabeleceram os fundamentos da Igreja Crist. O ministrio apostlico tem continuidade por meio da ordenao realizada pela Igreja de Cristo, estabelecendo pastores, presbteros e bispos (13).b) Profeta (I Co 12.10, 28; Rm 12.6) - vem do grego proftes que quer dizer "profeta", "proclamador". No Antigo Testamento a palavra hebraica para profeta era nabi, que significa "que chama", "que proclama". No Novo Testamento a palavra aparece cerca de 144 vezes e significa aquele que proclama e apresenta a mensagem de Deus. Sua funo era exortar, consolar e edificar a igreja (I Co 13:2).c) Doutor ou mestre (I Co 12.28; Rm 12.7Ef 4.11) - vem do grego didskalos e significa o "professor", "mestre". Era o ofcio na Igreja Primitiva de explicar aos outros a f crist e providenciar uma exposio clara e crist do Antigo Testamento. Este e outros ministrios so necessrios para que a Igreja conhea o plano de Deus e seja uma Igreja aberta para todos que se rendem ao senhorio de Jesus Cristo. O fato de muitos escritos do Novo Testamento mencionarem o doutor ou mestre, indica a importncia do ensino nas Igrejas Primitivas.d) Evangelista (Ef 4.11) - vem do grego evangelists, que quer dizer "proclamador das boas novas do Evangelho". A descrio mais exata de um evangelista est na passagem que descreve a ida de Felipe a uma cidade de Samaria (Atos 8: 5-7). Esta passagem mostra que o evangelista no tinha moradia fixa. "Os evangelistas eram pessoas repletas de amor e poder, capazes de conquistar outros para Cristo, tanto nos ambientes religiosos como fora deles" (14).e) Pastor (Ef 4.11) - vem do grego poimn, que quer dizer chefe, condutor, "pastor, "boiadeiro". O verbo poimano tem o sentido de pastorear, apascentar, guiar, vigiar, levar ao pastor, cuidar de indicando de maneira metafrica o cuidado com o rebanho (15). Esta uma palavra usada simbolicamente para indicar o lder, o governante, o comandante. A funo do pastor do rebanho conduzir, proteger, alimentar e guiar as ovelhas. Esta funo ns encontramos em I Pedro 5:2-4 e Mateus 18:12-14.A figura do pastor era muito familiar na Palestina e no Mdio Oriente. Diariamente o pastor saia com suas ovelhas para conduzi-las s pastagens ou, em determinados momentos, s fontes. De tarde reconduzia as ovelhas ao curral. Na literatura universal o pastor tornou-se a figura do guia poltico ou religioso de uma determinada comunidade. Em Israel os reis (Ez 34,2-6), os sacerdotes e os profetas so chamados de pastores. Deus foi reconhecido como pastor (Sl 24). As citaes bblicas sobre Deus como pastor so as mais variadas. O Salmo 78 narra a histria do povo no Antigo Testamento e compara a vida do povo como a de uma ovelha que segue e guardada pelo seu pastor. Trata-se de um Salmo Didtico, pois lembra ao povo as aes de Deus, do Deus Pastor.f) Palavra de Sabedoria (I Co 12.8) - A Palavra grega sophia aparece em torno de 24 vezes nos 3 primeiros captulos de I Corntios e faz uma clara distino entre sabedoria humana e sabedoria de Deus. um dom produzido pela presena e ao do Esprito Santo. Refere-se a compreenso e transmisso de verdades divinas. Donald Gee diz que este dom no um depsito permanente de sabedoria sobrenatural (16).g) Palavra de Conhecimento (I Co 12.8) - um pronunciamento ou declarao de fatos, inspirado dum modo sobrenatural. Em quais assuntos? Um estudo do uso da palavra "cincia" nos dar a resposta. A palavra denota o conhecimento: - de Deus, tal como oferecido nos evangelhos (II Co 2:14), especialmente na exposio que Paulo fez (II Co 10:5); - das coisas que pertencem a Deus (Rm 11:13); inteligncia e entendimento (Ef. 3:19); - mais profundo, mais perfeito e mais amplo da vida crist, tal como pertence aos mais avanados (I Co 12:8, 13:2-8, 14:6, II Co 6:6, 8:7, 11:16); - mais elevado das coisas divinas e crists das quais os falsos mestres se jactam (I Tm 6:20); - visto como sabedoria moral como se demonstra numa vida reta (II Pd. 3:7); - concernente s coisas divinas e aos deveres humanos (Rm 2:20, Cl 2:3).Qual a diferena entre sabedoria e cincia? Segundo um erudito, a cincia o conhecimento profundo ou a compreenso das coisas divinas, e a sabedoria o conhecimento prtico ou exerccio de habilidades fundamentais.h) F (I Co 12.9) - Vem do grego pistis, que quer dizer "f". Seu correspondente verbal pisteuo, que quer diz "crer". No contexto dos "Dons do Esprito" ela tem uma conotao mais forte. No a f exercida na salvao. Weymouth traduz como sendo, "f especial Donald Gee descreve o dom da f como sendo uma "qualidade de f, s vezes chamada por nossos telogos antigos, a f de milagres (17). Parece vir sobre os servos de Deus em tempos de crise e oportunidade especiais, gerando uma firme convico a respeito da ao sobrenatural de Deus (18).i) Dons de Curas (I Co 12.9) - Talvez este seja o dom mais desejado pelos crentes. Por isso criou-se uma crena errada sobre ele. Este no um dom permanente, no sentido de que a pessoa que o tem vai entrar num hospital e curar todos os doentes. No se deve entender que quem possui esse dom tenha o poder de curar a todos, mas deve se dar lugar a soberania de Deus e atitude e condio espiritual do enfermo. Todos os crentes em geral, e os lderes da igreja em particular, podem orar pelos enfermos (Mc 16:18, Tg 5:14).j) Discernimento (I Co 12.10,28) - Vem do grego diskrseis, que quer dizer "julgando atravs". o ato de conhecer claramente o que no pode ser conhecido naturalmente. Este dom d a capacidade para o cristo distinguir as aparncias, bem como a natureza de uma inspirao.l) Dons de Lnguas e Interpretao (I Co 12.10) - Tem se dado muito tempo e espao na discusso destes dons, dando a eles um privilgio e importncias maiores do que lhes devido. O dom de lnguas a capacidade concedida por Deus a certos membros do Corpo de Cristo de falarem com Deus numa lngua que nunca aprenderam. Tanto pode ser uma lngua no falada na terra, ou a glossollia, idioma conhecido, mas que usualmente a pessoa no conhece. O exemplo mais claro disso em Pentecostes. Este dom edifica aquele que fala (I Co. 14:1-14). Alguns ensinam que o dom de lnguas a prova fsica da plenitude do Esprito Santo. No encontramos nenhum ensino bblico que fundamente esta compreenso. O dom de interpretao a capacidade de entender uma lngua desconhecida. Interpretao no necessariamente traduo, mas a compreenso e o sentido do que foi falado. O falar em lnguas estranhas como ensina o apstolo no racional, mas um fluir do Esprito atravs do nosso esprito.m) Exortao (Rm 12.8) - Vem do grego parakalo, que quer dizer "aquele que exorta", "consolao", "encorajamento". a capacidade de encorajar, consolar e animar outros membros do Corpo de Cristo para continuarem firmes na vida crist. Julgamos que este dom precisa ser urgentemente redescoberto e ordenado na Igreja. A crescente necessidade de aconselhamento e acompanhamento das pessoas requer membros preparados. Este dom a capacidade para este tipo de ministrio na igreja.n) Contribuio (Rm 12.8) - a capacidade de contribuir para a obra. Esta contribuio est relacionada com a generosidade. Donald Gee diz que "o contribuir da igreja crist primitiva era um ministrio to digno quanto o ensinar ou o curar, e requeria ser igualmente realizado no poder e na graa do Esprito Santo. Aqueles a quem Deus confiara riquezas materiais consideravam-se mordomos de um ministrio concedido por Deus que devia ser usado em benefcio de todo o corpo, assim como o ministrio dos profetas e dos pastores - no para dominar o corpo com a sua riqueza, mas, sim, para usar como parte integrante do todo (19).Este dom no invalida o compromisso que todos os membros da Igreja assumiram de entregar regularmente os dzimos, como resultado na nova vida em Cristo Jesus. O dom de contribuir motiva a pessoa a faz-lo alm do dzimo.o) Presidir (Rm 12.8) - Est em foco as funes administrativas da Igreja envolvendo aqueles que so responsveis pelo funcionamento da mesma, na administrao, na organizao e no cuidado com a vida e misso da Igreja.p) Exercer Misericrdia (Rm 12.8) - a capacidade de sentir uma intensa e genuna empatia pelos que passam necessidades e canalizar este sentimento para dentro de uma ao que expresse o amor de Cristo e alivie o sofrimento da pessoa carente. a ao solidria da Igreja para com os que sofrem e enfrentam lutas e dificuldades na vida.r) Servir (Rm 12.7) - Vem do grego diakonia, que quer dizer "servio", "ofcio", "auxlio", "distribuio". a capacidade de identificar-se com a necessidade referente a uma determinada tarefa da igreja e fazer uso dos recursos disponveis para satisfazer esta necessidade. Vrios outros termos gregos apresentam o conceito de servir no Novo Testamento: douleo - servir como escravo, estar sujeito a; therapeo - cuidado e preocupao presente no ato de servir; latreo - servir por salrio; leitourgo - servio oficial e pblico do povo e do estado; no caso do cristianismo significa o servio da Igreja; pereto - designa a relao do escravo para com o seu senhor e diakono - servio prestado por amor (20). Mas a palavra mais usada a diakono, seguindo seu uso corrente que indicava aqueles que serviam mesa, ou seja, os servidores (diconos). Em Filipenses 1.1 e I Timteo 3.8-12 encontram-se referncias aos diconos, indicando pessoas que ocupam determinados encargos na comunidade crist.s) Governo (I Co 12.28) Se refere atividade de organizar os trabalhos da igreja e ordenar as suas atividades.t) Socorro (I Co 12.28) - Vem do grego antlephis, que significa "ajuda", "socorro", "auxlio". a capacidade de atender as pessoas fora da Igreja, ou seja, na comunidade em geral, sinalizando o amor e a solidariedade da Igreja, anunciando a paz e a esperana.u) Dons de operar maravilhas (I Co 12.28) a palavra grega traduzida para maravilhas dunamis, que quer dizer fora, poder. Em Joo 14.12 h uma promessa de Jesus que os discpulos fariam milagres e maravilhas.OUTROS DONSEstes dons e ministrios podem estar presentes na igreja hoje, mas no tm que estar presentes, necessariamente. Eles foram dados por Deus atravs da ao do Esprito Santo para atender aos desafios da misso. Havia tambm na Igreja Primitiva algumas funes, tais como presbteros, mestres, evangelistas, diconos, bispos, etc.Alm destes, outros dons e ministrios tm sido dados por Deus para o cumprimento da misso e de acordo com as necessidades que a Igreja tem para cumprir com sua vocao. H dons especficos para cada aspecto do ministrio conjunto da Igreja Crist (21). Hoje tem sido necessrio o dom e o ministrio relacionado ao trabalho com crianas e com famlias. So dois desafios da sociedade e, para atender a estes desafios, pessoas tm sido desafiadas e vocacionadas a se dedicarem a este ministrio. Outros dons e ministrios poderiam ser mencionados como necessrios vida da Igreja. Entre estes podemos destacar o ministrio do discipulado. Este ministrio visa acompanhar o novo convertido afim de que viva o discipulado como um estilo de vida e evidencie as marcas do seguimento de Cristo. H tambm o ministrio da visitao que deve ser desenvolvido junto s pessoas de fora da igreja local, pessoas com problemas e dificuldades e pessoas interessadas em conhecer o Evangelho e a prpria Igreja. O trabalho deste ministrio no exclui a visitao aos membros da igreja, mas deve priorizar o trabalho evangelstico e os membros afastados.H algumas atividades que tm sido consideradas como ministrios, mas que so responsabilidades do cristo e no necessariamente ministrios de algumas pessoas. Citamos como exemplo o louvor. Ele no deveria se considerado um ministrio, pois se trata de uma atitude do cristo perante Deus e os outros. Todos os cristos devem adorar a Deus e no apenas alguns (Ef 1.6,12, 14). Devemos reconhecer tambm que Deus d talentos naturais para a msica e o canto. Desta forma, deveria existir o ministrio de msica e liturgia, mas o louvor e adorao so deveres de todos os cristos. Da mesma forma a orao e intercesso. A orao um aspecto da espiritualidade do cristo e no um ministrio de alguns membros do corpo de Cristo. Segundo o ensino bblico, a orao deve ser constante (I Ts 5.17). O fato que pessoas se dedicam mais a este aspecto da espiritualidade, mas a orao no deveria ser entendida como ministrio e sim como atitude de todos, pois todos tm a responsabilidade de orar e de interceder pelos outros e pelos problemas da vida. Grupos de orao no lar e na igreja podem reunir as pessoas que desejam se dedicar mais orao e, assim, interceder pelas pessoas. Para o caso de haver este ministrio em nossas igrejas, como tem sido comum entre ns, o mesmo deve trabalhar em sintonia com o ministrio da visitao e o ministrio que realiza o trabalho social, sobretudo na intercesso pelas pessoas que enfrentam lutas e problemas na vida.AS REAS DE AO MISSIONRIAA Igreja Metodista tem estabelecido na sua estrutura quatro reas de ao: ao administrativa, expanso missionria, educao crist e ao social. Todas elas se organizam e trabalham para o cumprimento da tarefa missionria da Igreja. Nenhuma mais importante do que a outra, as quatro reas conjuntamente so fundamentais para o pleno atendimento da misso. Os diversos ministrios e rgos devem estar arrolados numa destas quatro reas de ao. Por exemplo: ministrio de ensino, ministrio de famlia e departamento do trabalho com crianas so da rea de educao crist; e assim por diante.A Igreja define assim as reas de ao (22): - expanso missionria as vrias aes que envolvem a Misso da Igreja no mundo se constitu em Ao Missionria. Contudo, aqui nesta rea, a nfase maior est na Expanso Missionria; - ao administrativa os ministrios da rea de Ao Administrativa compreendem todos os seios que visam organizar e administrar recursos materiais e financeiros para a execuo dos projetos missionrios da Igreja; - educao crist os ministrios da rea de Educao Crist integram os servios necessrio ao modo de fazer misso. Deve apoiar todos os ministrios da Igreja com capacitao permanente; - ao social os ministrios da rea de Ao Social compreendem os servios que a igreja lopresta e/ou est envolvida na comunidade.COMO DESCOBRIR OS DONS E MINISTRIOSQueremos sugerir alguns passos para que cada membro da igreja possa descobrir seu dom e ministrio. Para isto, quatro requisitos so necessrios: Ser cristo, pois os dons e ministrios so dados ao Corpo de Cristo; Crer, nos dons e nos ministrios, pois eles so resultados da ao dinmica do Esprito Santo; Estar disposto para trabalhar e servir, pois o dom e ministrio no so dados para ser enfeite ou acessrio; Orar buscando a direo de Deus para determinar seu dom e ministrio.Agora vamos aos passos:1. Estudar a respeito dos dons e ministrios e assimilar esta estrutura ministerial e missionria. Ser difcil descobrir os dons e os ministrios se no tivermos uma idia do que significam os dons, ministrios e as reas de ao da Igreja. O primeiro passo estudar a este respeito e familiarizar-se com a dinmica da Igreja.2. Experimentar um ministrio. Veja as necessidades de sua Igreja e faa uma experincia para ver se voc pode atend-las, procure ver quais so as reas de maior necessidade na sua igreja. Se voc tem um talento natural, consagre-o a Deus. Depender do talento em vez de depender do Senhor vai trazer resultados negativos para o seu ministrio e para a igreja. No se esquea de que toda a suficincia deve vir de Deus.3. Avaliar os resultados. Se Deus d os dons porque Ele quer que faamos algo. Os cristos que tm convico da sua vocao e se dedicam a Deus costumam dar bons resultados. Se voc pensa que tem um dom e ministrio, mas no aparecem os frutos, talvez esteja fazendo uso errado do dom ou o seu ministrio seja outro. Algumas pessoas podem estar usando simplesmente o talento natural sem a dedicao a Deus.4. Aguardar a confirmao pela igreja. Os dons e ministrios so para uso no contexto do corpo local. Se voc pensa que tem um dom e ministrio deve buscar o reconhecimento da igreja. Quem diz que temos o dom para o exerccio de qualquer ministrio a igreja, a comunidade da qual participamos. No basta apenas dizer que temos o dom, a igreja tem que testificar e dizer a mesma coisa. A igreja reconhece os ministrios. Isto importante.Exerccio prtico1. Entre os ministrios e reas de ao da sua igreja mencione aqueles que voc julga que pode desenvolver ou j est desenvolvendo:2. Relacione algumas necessidades da sua igreja, s quais voc poderia ajudar com sua orao, apoio e trabalho:3. Entre os ministrios e necessidades que voc relacionou, destaque trs dos quais voc acredita que pode desenvolver:4. Entre os trs que voc relacionou anteriormente, destaque um que voc poderia desenvolver imediatamente na igreja:5. Coloque em prtica seu ministrio, avalie e receba a confirmao por parte da sua igreja local.CONCLUSOEsperamos que todos os membros da Igreja desenvolvam seus talentos, dons e ministrios na perspectiva de uma Igreja ministerial e, portanto, chamada para dar o testemunho da misso. O ardor que aquece o corao dos metodistas obra do Esprito Santo de Deus, que age para despertar pessoas para a vivncia do discipulado, da santidade bblica e para o testemunho do Evangelho. Devemos cuidar para que os esteretipos no influenciem nossa percepo sobre os dons e os ministrios que Deus tem dado Sua Igreja. Devemos cuidar tambm para no supervalorizar as pessoas que apresentam determinados dons. Os dons so oportunidades de servio e no para promover pessoas ou grupos, tampouco para enfeitar o cristo com a vaidade e a soberba. Os dons nos impulsionam para a humildade e o servio.BIBLIOGRAFIA:(1) COLGIO EPISCOPAL, A Igreja de Dons e Ministrios: A Viso dos Bispos Metodistas, Piracicaba: Agentes da Misso, 1991, pg 15, 34.(2) IGREJA METODISTA, Plano Quadrienal, 1979 - 1982, So Paulo: Imprensa Metodista, pg 06, 14.(3) IGREJA METODISTA, Plano Nacional Objetivos e Metas, So Paulo: Cedro, 2001, pg 35.(4) BITTLINGER, Arnold, Dons e Ministrios, So Paulo: Paulinas, pg. 19.(5) BITTLINGER, A., Dons e Graa, So Paulo: Paulinas, 1977, pg. 21, 75, 121.(6) REILY Duncan A., Dons e Ministrios: Fontes e Desafios, Piracicaba: Agentes da Misso, 1991, pg 44.(7) LEITE, Nelson L. Campos, Aspectos Pastorais dos Dons e Ministrios, em A Igreja de Dons e Ministrios: A Viso dos Bispos Metodistas, Piracicaba: Agentes da Misso, 1991, pg 37.(8) WESLEY, Joo, As Marcas de um Metodista, So Paulo: Imprensa Metodista, pg 3.(9) DELORME, Jean, Diversidad e Unidad de los Ministerios segun el Nuevo Testamento, em El Ministerio y los Ministerios segn el Nuevo Testamento, Madrid: Cristiandad, pg. 270.(10) RICHARDSON, Alan, Introduo Teologia do Novo Testamento, So Paulo: ASTE, 1966, pg. 319.(11) BEYREUTHER, E., Dicionrio Internacional de Teologia do Novo Testamento, vol. III, So Paulo: Edies Vida Nova, 1985, pg. 469.(12) GEE, Donald, Acerca dos Dons Espirituais, Pindamonhangaba: IBAD, 1985, pg. 37, 48, 69.(13) BEYER, Hermann, Wolfgang, Servir - Servio - Dicono, em Kittel, G., A Igreja no Novo Testamento, So Paulo: ASTE, pg. 273.(14) IGREJA METODISTA, A Igreja Metodista e sua Organizao, So Paulo, 2002, pg. 12 a 15.