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SETEMBRO 1 Xs^J7^ - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1953_02014.pdfNum gesto impuU vo, o príncipe deu o grito de "Independência ou Morte". Estava desde tal momento

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SLTEIBBBQLIBRA

— Terça-feira S. Egidio— Quarta-feira S. Estevão_ Quinta-feira Santa Eufemia

— Sexta-feira Santa Rosa de Viterbo— Sábado S. Lourenço Justiniano— Domingo Santa Libania— Segunda-feira INDEPEND. DO BRASIL

g Terça-feira Natividade de Nossa Senhora9 _ Quarta-feira S. Gorgonio

10 — Quinta-feira S. Nicoláu Tolentino11 — Sexta-feira Santa Teodora12 — Sábado Santa Auta13 — Domingo S. Felipe14 — Segunda-feira Exaltação da Santa Cruz15 — Terça-feira S. Nicomédio16 — Quarta-feira S. Cornélio17 — Quinta-feira S. Pedro de Arbues18 — Sexta-feira S. José Cupertino19 — Sábado S. Januário20 — Domingo S. Eustáquio21 — Segunda-feira S. Mateus22 — Terça-feira S. Tomaz23 — Quarta-feira S. Lino24 — Quinta-feira Nossa Senhora das Mercês25 — Sexta-feira S. Firmino26 — Sábado S. Cipriano27 — Domingo S. Cosme e S. Damião28 — Segunda-feira S. Vencesláu29 — Terça-feira S. Miguel Arcanjo30 — Quarta-feira S. Jerônimo

RECORDA-SEÊSTE MÊS

A TOMADA DE CURUZÚ — As forçasbrasileiras tomam aos paraguaios o Forte deCuruzú, no dia 3 de Setembro de 1866. Aoromper desse dia, o visconde de Tamanriarée o barão de Porto Alegre decidem-se a fa-vor do bombardeio e esse general manda for-mar a artilharia em massa entrando em ação.A artilharia inimiga responde ao ataque, ouiafinal cai em poder dos brasileiros, graças àbravura assombrosa da infantaria, comanda-da pelo general Gonçalves Fontes e brigada-ro Alexandre Manoel Albino de Carvalho. Oinimigo, aterrado, deixou-nos um despojo de13 bocas de fogo, 2 bandeiras, muito arma-mento e munição, e 30 prisioneiros. Ficaramno campo 852 cadáveres. As glórias destajornada pertencem exclusivamente aos brasi-leiros, pois os nossos aliados não tomaramparte nela

HENRIQUE DIAS - A 4 de Setembro de1639, foi assinada a Carta Patente, pelo Con-de da Torre, nomeando Henrique Dias "cabo

e governador dos crioulos, negros e mulato-,que servem e adiante servirem nesta guerra(contra os holandeses) e marcando-lhe o sol-do mensal de 40 cruzados." Henrique Dias

' foi um dos bravos da guerra contra o domi-nador holandês no Brasil cabendo-lhe umaparte vultosa das glórias colhidas na luta,pelos restauradores.

PROCLAMAÇAO DA INDEPENDÊNCIA— O príncipe D. Pedro proclama a 7 de Se-tembro de 1822 a independência do Brasil,às margens do Ipiranga, em São Paulo. £ amaior data nacional do Brasil. Voltava o prin-cipe de São Paulo e, em caminho, recel»"inotícias da Corte, que importavam em hu-milhação para o Brasil. Num gesto impuUvo, o príncipe deu o grito de "Independência

ou Morte". Estava desde tal momento a nos-sa pátria livre de qualquer ligação com Por-tugal. A nossa independência, entretanto, tevesuas razões históricas bem profundas. Maiscedo ou mais tarde nós a faríamos. Ela teveos seus mártires, que cultuamos de maneirainesquecível. Tiradentes, os sacrificados de

17, os bravos do Recôncavo baiano, deram avida pela causa da nossa liberdade política.

A LIBERDADE DOS INDIOS — O rei

Felipe III da Espanha, a 10 de Setembro de

1611, promulga a lei que reconhece, em principio a liberdade dos índios, mas declara le-

gítimo o cativeiro dos que fossem aprisiona-dos em justa guerra ou dos que fossem rr*-

gatados quando cativos de antropófagos. O-

colonos deram-se por satisfeitos com essa fei.Mas os jesuítas continuaram a insistir juntoao poder real e à autoridade da Igreja, no

sentido de obter completa jurisdição sobre os

selvícolas.

A CHECADA DE DUGUAYTROUIN -

A França, abalada com o malogro da expo-dição de Duclerc, enviou nova esquadra, -"l>

o comando de René Duguay-Trouin, um dosmais distintos oficiais da sua Marinha. LuizXIV forneceu-lhe alguns navios e cerca de4.000 homens. A Inglaterra quis evitar a

partida da expedição, mas o oficial francêsconseguiu evitar contacto com os inglese* ea 12 de Setembro de 1711 transpunha a bar-ra do Rio de Janeiro.

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P KATi'3 \X! í \v ¥ \

vovó•T* ÀNTO Setembro como os outros meses,-*¦ que se lhe seguem, ainda hoje conser-

vam os nomes respectivos pela ordem que ti-nham no Calendário de Romulo, quando oano começava em Março. Portanto, "Setem-bro" era o sétimo mês até à reforma deNuma, que aumentou o número de meses,com a criação de Janeiro e Fevereiro.

Conservou sempre seu nome até aos nos-sos tempos, apesar de ser agora o nono edo Senado Romano pretender que se chamas-

se "Tiberius", em honra do imperadorTibério, depois "Antonius", em home-nagem a Antônio Pio, e "Hércules", emhonra de Hércules.

A pricípio teve 30 dias; depois dareforma de Numa, 29; e novamente30, sob Júlio César.

O seu deus tutelar é Yulcano. E'representado pela figura de um ho-mem, coberto com um ligeiro manto,tendo na cabeça uma grinalda de par-

ras com os competentes cachose segurando, por um cordel, umlagarto, que tenta fugir. Tem aseu lado certos atributos, comoalgumas vasilhas e outros objetospróprios das vindimas.

O sol entra no signo da Li-bra (balança) pretendendo-se indicar com isto a igual-dade dos dias e das noi-tes.

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05 /ã&f Af l$?íNTIGAMENTE os bichos eram todos amigos, pois ainda não haviam surgido as intri-

gas e, principalmente, a inveja, o que mais tarde haveria de afastar uns dos outros,

destruindo, para sempre, amisades antigas. .

A história que vamos contar, ocorreu justamente nessa época. O Galo trabalha-

va em casa da Raposa, onde desempenhava as funções de secretário, sendo muito es-

timado por causa de sua belo plumagem e excelente voz. Ora, acontece que o Galo tinha um grande amigo,

o Gato, que o estava sempre obsequiondo, oferecendo-lhe belos presentes e fazendo-lhe toda a sorte de agra-

dos. Então, certa vez em que a Raposa teve que fazer uma viagem, o Galo aproveitou o ensejo para retribuir

as gentilezas do amigo, convidando-o paro passar uns dios èm sua companhia.

A Raposa, que possuía uma bela casa, tinha especial predileção por uns lindos peixes, que criava num

grande tanque, mandado construir especialmente no jardim. O Golo sabia muito bem da grande amisade que

a Raposa dedicava aos peixes.Mas, querendo fazer bonito perante o amigo, que era louco por uma peixada, resolveu oferecer-

lhe ao jantar o seu prato favorito, depois de pensar que os peixes eram tantos, que a falta de um não seria

notada. E, se bem pensou, melhor o fez.

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O TICO-TICO SETEMBRO. 195Í

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-- •- ¦ — - -

Conto deJURACY CORREIA

19

0 Gato, porém, tanto elogiou o

peixe, que o Galo ofereceu-lhe outro, nodia seguinte, ao almoço. E assim foi fa-zendo, durante muitos dias, sempre como mesma desculpa, que dava a si próprio, de que ospeixes eram muitos e a falta não seria percebida.

O resultado foi que, numa bela manhã, o Galoviu que não restavam senão dois peixes no tanque."Ora", disse consigo mesmo, para justificar-se:

"tan-

to faz dois, como nenhum". E apanhou-os, enquanto tratava deimaginar uma boa desculpa para dar à Raposa, quando esta re-gressasse, o que, para cúmulo do azar, se deu naquele mesmo dia,bem na hora do almoço. Quando a Raposa viu o Gato comendo, reparou nas espinhas, mas, antes que pergun-tasse qualquer coisa, o Galo foi logo explicando que o amigo estava almoçando carne de cobra, prato queapreciava bastante, apesar de exquisito.

E a Raposa, que tinha o Galo em grande consideração, não só acreditou, como também teria aceitadoa explicação que ele já se preparava para dar, de que os peixes tinham morrido todos, vitimados provavelmen-te por alguma doença. Nisso, entretanto, um passarinho que estava pousado numa árvore do jardim, e quedetestava o Galo, pelo seu desmedido orgulho, começou a gritar:

"peixe-frito" ! "peixe-frito" ! "peixe-frito" !Observando melhor, a Raposa viu as cabeças dos peixes, que o Ga*o tinha tratado de esconder.

Indignada com a perda dos peixes, e ainda mais com a mentira, a Raposa, como castigo, comeu o Galono mesmo instante, só não fazendo outro tanto com o Gato, porque este, ágil como é, pulou de lado e fugiu.Até hoje as raposas detestam tanto os gaios como as galinhas. E os gatos continuam inimigos dos passarinhos.As crianças que moram no interior conhecem bem um passarinho que, ao cantar, parece dizer: "peixe-frito""peixe-frito".

Pois foi um antepassado dele que estragou a mentira do galo.

O TICO TICO

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^^A\ ^v W<> 7&WA& A èTATTeAR €M MT-)

O tio IldefokjO TIJOLO(J M homem de mau gênio vai passando debaixo

e um andaime, quando um tijolo, vindo decima, por pouco não lhe quebra a cabeça. Ficafulo, pega no tijolo e sobe ao prédio em obras. Vaia largas passadas, bufando e gesticulando. Umperfeito mafa-mouros.

—Quem foi que atirou isto ?—berra, comple-tamente fora de si.

Há um movimento de surpresa entre os opera-rios, até que um deles, um hércules com ar de lu-tador, desembaraçado, diz. — Fui eu. Por quê ?

— Por nada. Vim lhe trazer o seu tijolinho...O TICO

O tio Hdefonso era. r martírio daquele casal Havia dozeanos que íôra -riv«*fV»m os sobrinhos e, com êle, Insta-

lara-se a tirania naquela casaO tio Hdefonso mandava, dispunha, ralhava, dava or-

dens, batia o pé, enfim, era o senhor onipotente.Tanto ela como êle, temiam o tio Ddefonso. E obedeci-

am-lhe, satisfazendo todos os seus caprichos, por mais dis-paratados que fossem.

Mas tudo tem um fim e o tio üdefonso não podia fugirà fatalidade desta regra.

Morreu. O enterro foi triste.Ele e ela voltaram, cabisbaiios, do cemitério.E êle disse:

Coitado, descansou... Depois acrescentou:Mas acredita que se não fosse por gostar muito de

ti, nunca teria suportado tanto tempo o tal teu tio nde-fonso...

Meu? — grita a mulher — Mas eu também só o su-portei, por julgar que êle era teu tio!...

SETEMBRO — 1953

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^(^m^^IMÍIMs^^

Hoje vai haver exercício de tiro. Mas tiro de canhão, enão de fuzUzinho ou metralhadorazinha, que são tirinhos debobagem. O coronel traça os planos.

Joaquim Pararapinga Xillndró, nosso recruta biruta, é o es-colhido para manejar o enorme e potente canhão. Andaramdizendo que êle tem boa pontaria...

~* JU^^j "vç^'~\ "

Três alvos são postos lá longe, no horizonte. — Vejamcomo o horizonte está longe... Até parece que tem medo dostiros que vão dar... — E' hora I

À voz de "fogo", que o Comando da manobra dá pelo ml-crofone, o carro blindado começa a avançar e atirar. Xilin-dró delira I !

A boa distancia, o Grande Estado Maior — onde todos são E é então quando um tiro vem atingir justamente o bo-baixinhos para o Estado-Malor poder caber nesta página... nito quépi do chefão dos chefes, que por aquela não esperava— aprecia o exercício. e não se abaixou !

102% f^

-'¦ 2Ü_ ,~*,, , «T i y ' ¦ TNi r-^a hi*- ^a/>O marechal ficou danado, e com frio na careca qualquerhomem fica fora de si. Berrou, estrilou, ralhou pelo microfone,

contra a indisciplina.

E, como sempre, o noso Xilindró íoi levado preso para odito seu xará, onde ficou fazendo exercícios de pontaria, paraevitar outras tragédias futuras.

SETEMBRO 1953 O TICO-TICO

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QmEMiáu é}3aberA Terra, em qua

vivemos, é um pia-neta. Ocupa o quin-to lugar em tama-nho e o terceiro emafastamento do SolPertence ao sistemasolar e tem um sa-télite, a Lua.

Jack London, o fa-moso escritor, foi,anteriormente, opera-rio de uma fábricade conservas, caça-dor de focas, ope-rário numa fábricade sacos, marinheiro,fabricante de tapetes,comerciante, porteiro,empregado de lavan-daria, garimpei-ro, correspondente deguerra e explorador.

•A grande pirâmide

do Egito tem 150 me-tros de altura.

• •"A honestidade foi

e será sempre a ar-ma decididamentemsls forte para tô-das as lutas da hu-manidade que vive eprogride". — _. Fer-rari.

•Telefonema, em-

blema, teoréma, após-Uma, problema, tre-ma... são substan-tivos masculinos.

•O pais que tem

maior fronteira como Brasil, é a Bolívia

•Os pequenos pás-

raros cantores vivemno máximo 20 anos.

•Quem nasce em Javaé jau ou javanès.

•HA dois países sul-

americanos que náofazem fronteira com,o nosso: Equador eChile.

A superfície do glo-bo que habitamos éa seguinte, em qullô-rnetros quadrados:510.000.000. A su-perfície, ocupada pe-Ias terras, é de 139.000.000 qullôme-tros quadrados. Aapasso que a superíí-»cie pertencente àságuas, é de 371.000.000quilômetros quadra-dos. 'Portanto, anosso globo tem 73por cento de água e27 por cento de ter-ra.

•Os astros não são

Iguais. Costumam osmestres dividi-los emluminosos e opacos.Luminosos, como onome indica, são a-queles que têm luzprópria: as estrelas.Opacos, os que nãotém luz — os plane-tas.

VT"- •' v»_

Três capitais bra--silelras se encon-tram em ilha: SãoLuís, Vitória, Floria-nopolis.

•A região mais úml-

da do nosso pais é aAcre; a mais seca éo interior do Nor-deste.

•A ilha mais exten-

sa, a maior, a maiscuriosa, talvez, doglobo, é a Groenlân-dia.

•O Ceará foi o pri-

melro Estado do Bra-sil (então era Pro-vincia, não se cha-mava Estado) quafez a abolição da es-cravatura.

•Quais são os sim-

bolos nacionais ?Bandeira, Hino.

Selo e Armas da Re-pública. A Lei bra-sllelra permite, comoi justo, símbolos es-taduals e munlcl-pais.

•O pelxe-bol ali-

menta-se de vegetaisque êle alcança prin-cipalmente à mar-gem das águas...

O apreciado atordo cinema americano,Burt Lancaster, foi,anteriormente, repre-sentante comer-ciai, bombeiro, ven-dedor, fazendeiro eacrobata de circo.

As regiões do suldo nosso pais são aamais favoráveis aadesenvolvimento dogado bovino de cor-te.

•Caplstrano

de Abreu é um dosnossos maiores bis-torladores, um dosadmiráveis pesquisa-dores do passado denossa terra. O Bra-sil inteiro festeja,este ano, o centena-rio de Caplstrano deAbreu, que nasceu noCeará.

O Rio de Janeiro— cidade — foi fun-dado em primeiro deMarço do ano 1565.

•Paçamos consistir j

a virtude na tenacl-dade — afirmou ogrande dramaturgoInglês Shakespeare.Com essas palavras,queria êle dizer quenão se deve abando-liar um rabalho, de-•sistir duma empre-sa, deixar uma obraem melo de sua rea-Uzação.

/-¦ *y_f

Fanglo, o grandecorredor automobilis-tico, detentor de tan-tos troféus, figuradestacada do espor-te mundial, antes deo ser, teve estas pro-fissões: campônlo, Jo-g a <Lo r de futebol,boxeador, mecânico elavador de autos.

•A primeira missa

celebrada em nossaterra teve lugar em26 de abril de 1500; asegunda foi a 1-* demaio.

O TICO-TICO

Georges Simenon éum dos maiores escri-tores franceses, autorde romances policiais.Antes de conquistaresse .renome, foi em-pregado de livraria,empregado de jornal,secretário de escritor,secretário de um mar-quês, repórter e "cow-boy".

•O Brasil è cortada

pelo trópico de Ca-pricórnlo.

•No século XV foi

que se empregou, pe-la primeira vez, a pa-lavra Geologia. Quequer dizer Geologia ?Ciência da Terra, —Isto é, a sua Hlstó-ria.

•Castro Alves, o

maior poeta brasilel-ro, nasceu a 14 deMarço de 1847 e fa-leceu a 6 de Julhade 1871.

•Vocês ouvem falar

de ouro de 24 qulla-tes. E' o ouro puro.O ouro de 18 quilatescontém 18 partes de.ouro, três de prata etrês de cobre.

Entre os membrosda Academia de Le-trás da França desta-ca-se o nome de Geor-ges Duhamel, conhe-cido em todo o mon-do. Antes de ser es-critor, Duhamel foiglobe-trotter, médico,impressor, empregadode laboratório, diretorde revista e jornalis-ta.

•O principal maci-

ço nacional é oAtlântico ou MaciçoOrientai Brasileiro.

•Sempre que pude-

rem, usem limão nacomida, na ácrua, noa-ef rescos. E' exce-lente para a saúde.

•O som propaga-se,

no espaço, à razãode 340 metros porsegundo.

•Nunca me arre-

pendi do que nãodisse. — Franciso deMello.

. •As marés são con-

seqüência da atra-ção exercida pelo sole, principalmente,pela Lua-

•O tempo dura bas-

tante para aquelesque sabem aprovei-tá-lo, afirmou ogrande Leonardo daVinci.

•Cinco oitavos da

território do Brasilsão ocupados pelosplanaltos e pelasmontanhas.

•A voz da mulher é

uma oitava mais a-guda que a voa dohomem.

SETEMBRO, 1953

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V' _a~_M -^^_^_k _^_\ J_fit<__9f«h|_*^__r^______^____r_Ei ^~r * _____»_/ ^*U3-f _____ _7v/~' í __fln_ riin. - __ ¦_¦>*•' Br __. ^^t ^pjk" _¦ F_it ,,'j^"n_l Ia*-' i_£^n

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là *r~^4l l. '^r_____ ^^IPt* ÉSÉaA ¦* _| ÍME*^_fl ¦__ ^

. Há algum tempoJ| que o jovem Dick

MUler, agora com 15se vem interessan-

pela prestidigitação.Vive aprendendo tm-

quês e mágicas na espe-rança, talvez, de vir aser um grande artista defama universal.

Dick é americano. Ecomo na sua pátria acon-tecem sempre coisas in-criveis, vejam o que lheaconteceu: um grandeprestidigitador L e w yLowner, sabendo do seugosto pela arte, deixou-lhe, de herança, todo oseu material de traba-lho, reunido em váriosanos de vida artística !

Vejam, quanta coisa !Dick deve ter ficado ma-luco, de contente ! Atétimyi quer olhar...

dica:

r/O TICO-TICO

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Isto aqui é uma das coisas mais raras __do mundo. Sabem o que é? Um anel. Mas "—-*um anel célebre, que foi usado nada mais,nada menos que pela heroina francesa, hoje ca-nonixada Santa Joana D'Are.

Foi recolhido, após sua morte, pelo cardialHenrv de Beaumont, confessor da mártir.

Depois de ter permanecido na Inglaterra todoesse tempo, pertence hoje a um médico francêsque o vai ofertar i igreja de La Turbie, onde êlereside.

a. Na Alemanha não se deixa qualquervj pessoa dirigir veículos sem provar que está

habilitado a fazê-lo.Este escolar, em Nurembrcg, está diante da

banca examinadora, tirando a sua licença paraandar de bicicleta.Deve responder a perguntas teóricas e mos-

trar que sabe. na prática, "no chão", como umbom ciclista deve agir, cm certos casos.

Essa exigência visa proteger não só os pedes-tre como. principalmente, o dono da bicicleta.

SETEMBRO, 19S3 O TICO-TICO

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__£[EABI____E>0^———————————- ""^TT*^-^~~~""""™""*"^"^mm""^. ¦ ——'—»——*—¦————[_———.—

Fabricar sifóes é fácil E' só entender do riscado.Tamarindo, Simplício e o Dr. Carapetão foram manda-dos para a seção dos sifões. Aqui estão eles

O gerente do restaurante "Boiota" ficou encantadocom os sifõesinhos. Estavam que era uma beleza ! Quemaravilha de água gasosa iriam dar! E logo comproudiversos !

A hora do almoço os garçons perguntavam atodos os fregueses: — "Não quer uma sifonadazLaha ? "E todos queriam, é claro Todos gostam do que ébom !

Mal, porém, eles os prepararam, para pôr a águagasosa nos copos, os danados dos sifões começaram afazer feio. Pareciam aviões a jato, os malvados! Comosopravam forte !

vv À4JM ^^s^lA tPte, ykàty -$#_. I

M^^J^^^h £2~ limt } <a^Dentro de pouco voavam mesmo, como foguetes

ou bombas V2! Garçons e fregueses estavam apavora-dos ! As damas gritavam. Os cavalheiros não gritavam,mas tinham vontade

E começaram a explodir, os danados, como grana-das gigantescas ! Pipocava um aquL outro acolá, e aágua gasosa jorrava, molhando todos !

Aí, os fregueses nao tiveram mais contemplação:foram ao gerente. E fizeram um fuzuê danado ! Por fim,foram todos, incorporados, ao fabricante.

E o nosso amigo Tamarindo, único culpado, foi se-veramente repreendido pelo acontecido, e ficou decididoque viria nova transferênria... Outra, heta ? (Contínua)

10 O TICO-TICO sete___.ro?

1953

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SETEMBRO - 1953 Tro-TICO M

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rr ORA ET LABORA ti

Em em 1812.*Napoleâo, que aparecera na Europa

qual gênio da guerra e da vitoria, fora afinal en-contrar na Rússia a derrota.

Vencido, inqueto, sem poder dormir, levantava-se;puiltas vezes à, noite e percorria o campo, onde. aatropas, deitadas num como lençol de neve, dormiame... agonizavam.

Uma noite, por entre o espesso nevoeiro gelado,viu ao longe bnixelear uma luz numa das tendas dobl vaque.

"Quem vela a esta nora, depois da terrível lutado dia? — perguntou a si próprio". E mandou unxprdenança saber quem era.

—"ET o coronel Drouot, que reza e trabalha" —velo dizer o mensageiro".

No dia seguinte Drouot pelejou todo o dia comoum valente, à vista do Imperador, que, fingindo não ovêr, reparava em tudo. Ali mesno-Napoleáo o no-meou general e ajudante de campo.

—"Tu és isn valente. És um homem enérgico" —disse Napoleão.

— Senhor, respondeu Drouot, ,eu náo tenho medoda morte nem da pobreza: só temo a Deus... e nistoé que está a minha força.. .**

Sublime resposta de um crente é de um herói,como sublime forem as duas palavras que resumirama sua vida no campo da batalha: rezar e trabalhar.

"Ora et labora" — ora e trabalha I Es aqui umtmagnifico programa para a educação da mocldade.

^ \\\ 'J*_ _r*^ .1 MLiL^aaaÜBaaWMHBVÉli/' ^\^ P .aSãlaW ^»"™ mMm «N, —-T. ^t Vj-^B1 WW\w __t *_M

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O PRIMEIRO TRANSATLÂNTICOO primeiro vapor que atravessou o Atlântico foi, em tiíO,o "Rot/al William", construído em Quebec, e cuja» máqui-nas foram fabricadas em Montreal, também cidade do Ca-\tadd. A travessia fez-se em 21 dias.

Tempos depois, o governo espanhol adquiriu o "Boi/aiWilliam,

E' certo que o navio americano "Savannah" fez, em1819, o mesmo trajeto com auxílio do vapor, mas sabe-toque era vm navio a vela, com máquina simplesmente au-xiliar, que só se empregava Quando havia bom tempo

919 EÔEPiO Pt NATALObedecendo

ao que há anos já se tornou praxe, e constitui,

fcdiás, uma bela tradição, muito apreciada por seu leitores,

inicia "O TICO-TICO" no presente numero a publicação das

páginas que vão integrar o seu Presépio dé NataL

Aproxima-se a largos passos a comemoração festiva da glo-

riosa data da cristandade, e vocês terão, nas edições de Setem-

bro (que têm nas mãos), Outubro e Novembro, o material neces-

sário para armar o lindo Presépio, este ano, como nos anteriores,

realizado com capricho e bom gosto, de modo a resultar um con-

junto harmonioso e encantador.Feito com o cuidado necessário para evitar complicadas arma-

ções, de modo que qual-quer leitor deste mensario;

possa alcançar êxito no em-

preendimento, estamos cer-tos de que o Presépio de Na-tal deste ano vai conquistar'

maior numero deamigos para "O TICO*TICO".

12 o TICO TICO SETEMBRO 1951

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-BEfó&ffgiS)V1-INHAM de longe as tendências de emancipação política, manifestadas pelos filhos do Brasil. A colônia, reconhe-

cendo a própria opulência e obedecendo ao inato sentimento americano, acabara por julgar intoleráveis os proces-sos ad_ünistrativos da mãe-pátria e pagara já com seu sangue generoso mais de uma tentativa de independência. O

¦ terreno estava, pois, preparado para nele germinar a semente da liberdade.A tais circunstâncias propícias veio dar incremento notável a transferência da corte portuguesa para o Rio de

Janeiro, em 1808. Este fato trouxe como conseqüência lógica a abertura dos portos do Brasil ao comércio das naç-Sesamigas, a organização de serviços públicos, a criação de academias, bibliotecas e bancos, o estabelecimento de tribunaisde primeira instância e de apelação, a liberdade de indústrias até então coibida por decretos vexatórios, os melhora-mentos de viação, etc.

Claro está que, passados treze anos neste regime, em 1821, quando D. João VI regressou para Portugal, a auto-nomia política do Brasil era uma simples questão de oportunidade. O próprio rei manifestou este pressentimento emsuas palavras de despedida ao filho D. Pedro, que ficava como seu lugar-tenente.

Retirando-se D. João VI para Portugal, e abrindo as Cortes reunidas em Lisboa uma campanha tenaz para re-tirar ao Brasil as vantagens e prerrogativas adquiridas, era inevitável a reação.

Aceitou-se a idéia da separação no espírito do povo, e os mais atilados políticos viram que ela se devia fazersem demora.

Por sua parte, D. Pedro I percebeu claramente qual o melhor caminho que lhe ditava o interesse. A 9 de Janeirode 1822, o príncipe declarou à Câmara Municipal do Rio de Janeiro que desobedecia à ordem de regresso expe-dida pelas Cortes, e que ficava no Brasil; a 15 de Fevereiro embarcou para a Europa a divisão portuguesa auxiliadora; a5 de Março a esquadra portuguesa teve ordem de voltar imediatamente para o reino. Pouco depois foi D. Pedro a Mi-nas; a 14 de Agosto partiu para S. Paulo com o intuito de apaziguar disseiisões que ali haviam surgido.

Foi ao voltar de Santos para a capital daquela província, junto ao Ipiranga, a 7 de Setembro de 1822, que rece-beu os últimos e decisivos despachos de Lisboa, pejados de azedumes e de intimação.

Não havia hesitar. D. Pedro, obedecendo à convenção entabolada, arancou do chapéu o tope lusitano e pronun-ciou o grito: Independência ou morte!

Estava declarada oficialmente a emancipação política do Brasil.

SETEMBRO. 1953 O TICO-TICO li

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jKaweeo, õoiAo €/iz€/ro/mATE'QUE AFINAL,CONSEGUI COMPRAR I MEU PASSARINHO ^\0 DISCO COM A MÚSICA DB QUEX v\VÜOU...AVUOU...AVUOU...,, JA^tS2^2Lc-—AA— E NUNCA MAIS \"X

/ A^kks » VOLTOU...VOLTOU...VOLTOU.^p

l"^ il 7 / ' 1 Êr^MEU PASSARINHO ~^~> I RECO-RECO, ESSE DISCO QUE O BOLÃO )

C "AVUOU...AVUOU...AVUOU... COMPROU, JA' ESTA' PAULIFICANDO/' V

X VOLTOU...VOLTOU...VOLTOU..^^j) Q^ ^VANuOSiÒaR^ \\\1A

JA PROCUREI O MEU DISCO POR TODA ^>| I ORA BOLÃO/ ÊLE 'ÀVUOU... "AVUOU"..PARTE E NÃO O ENCONTREI. ISSO SO' TANTO...TANTO, QUE DEVE TER SEPODE SER ASTÜC/A DO RECO-RECO E TRANSFORMADO NUM DISCO JDO AZEITONA. VOU PROCURÃ-LOS.T^ 'V~~;--t_ "AVUADOR"'

_j~~—^—

14 SETEMBRO — 1953

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@(5X_)C5?Zrv^^d LWL7lÍlmÚ.4M!mT(m^^

Depois da aventura da ponte — estão lembrados? — Estavam os bandidos emboscados, quando o nosso heróidestemido mocinho Gonçalinho saiu a galopar através da chegou ao Morro da Pata Choca, de onde ficou, por sua vez,campina. Azaré, coitado, dava o que podia assuntando . . . Quando atacariam?

No instante em que Gonçalinho viu que ia se dar o ata- .batendo as patas no chão e relinchando, o que dava aque, tomou a iniciativa: tirou da cinta as pistolas e foi uma impressão de que vinha do Morro um piquete completo, emfuzilaria ! Azaré. fiel, ajudava . . busca dos bandidos !

Estes, que começaram a fugir - no outro quadrinho, £_T?*° *£.^^aJTSÍÍS £_L_TbX

r ia por Cachoeiro do Itapemirim... mo. quem éque £*J^té«l.

** á«^estas horas devem andar iâ porEstava salva a caravana !

. «ai harwHH/w nwi ... de modo que foi um tal de nariz amassado, de beiço

aJ3ff£irPn„"r^oXTsr. is %>* _. ««.v—* s.«,-- .*£»--no u,m...

SETEMBRO — 1953 O TICO-TICO ,5

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OS JE$-UíTAf mm A

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QF. _—. - " . --^^ft* vÇ^^_M ¦>___4q[ !_______&_-_-__!* *^A Jr *^^~^ *^__gfL* -_. I _Bv _____r** ~~^_^_iMB_J__c_'S^_^í__*;a- ^*f^t ^^*_M

^Brí^k*_efi^r_^~*^<-__W**v*já __5^__B_fc__i_~— ^--r>*v*~^^r- ^" \ ¦__¦ •>*-*___¦ *****-Z^*_H v» _.'-_B________9^*___. ^^^Q'_Wa>^B—P^S^^r?_-__g[ sl_sáí__'-è5::r*^~5T^-*aR_(__''' A __!

A 10 de Setembro de 1611, o rei Felipe Ul, da Espa-nha, promulgou uma lei que reconhecia a llber-dade dos Índios do Brasil, mas declarando legitimoo cativeiro dos que fossem aprisionada em Justa

guerra ou dos que fossem resgatados, quando cativos dosantropófagos.

Os colonos deram-se por satisfeitos com essa lei.Mas os jesuítas continuaram a insistir Junto ao po-'

der real e à autoridade da Igreja, no sentido de obtercompleta Jurisdição sobre os indios.

Quando os portugueses deescobriram o Brasil e to-maram posse da terra em nome do rei D. Manoel, osindígenas foram sendo, pouco a pouco, transformadosem escravos.

Embora a tarefa nao oferecesse grandes facilidadesaos conquistadores, pela resistência que os selvagens ofe-reciam, estes cediam ante a força superior.

Os donos da terra, os brasileiros legítimos, tiverama liberdade sacrificada e foram submetidos | aos mais du-ros vexames e ao mais negro cativeiro.

Invocavam os lusitanos o direito que julgavam lhesassistia, por serem, então, oa novos donos do Brasil. Ecomo nio tinham gente para os trabalhos do campo,para construírem suas casas, para servi-los, faziam doaipobres sei vi colas seus escravos.

Essa situação continuou até que Portugal passou ao

domínio do rei de Espanha, em face da morte darei e Cardeal d. Henrique, que nio tinha des-

cendentes.O governo da Espanha tratou de conceder a llber-

dade dos indios, com as restrições acima mencionadas.Entretanto, praticamente, o estado de coisas ficou

quase como dantes, pois sem uma fiscalização eficienteseria Impossível evitar a exploração e a violação da lei.

Quando os brancos queriam escravos, Inventavamuma "Justa guerra" contra os aborígenes e aprisionavamos que nao podiam fugir. Dessa maneira estava legiti-mado o cativeiro.

Da mesma forma, eles perseguiam os antropófagos,para lhes tirar os prisioneiros. Pela lei, eram seus.

Talvez os prisioneiros preferissem mesmo ser comi-dos pelos antropófagos, a serem transformados em es-cravos do homem branco.

Só multo mais tarde, os indios tiveram sua llber-dade verdadeiramente assegurada no Brasil. Hoje emdia, os selvicolas tém seus direitos garantidos pela nossaConstituição, Inclusive o da propriedade das suas terras,que s&o invioláveis.

16 O TICO TICO SETEMBRO, 1953

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Como

vimos acima, o» Jesuítas pleitearam do rei daEspanha e da autoridade da Igreja Católica a ]u-risdição sobre os índios. Todos sabem os serviços

valiosos e Inestimáveis que os padres Jesuítas prestarami S da catequese e conversão dos indígenas noBraAí_chleta,

Nobrega e outros abnegados soldados daFé entregaram-se de corpo e alma a essa camp-tnha ge-nllWe benemérita, muitos até sacrificando a própriavida A atividade desses sacerdotes constitui uma da»DáKlnas mais belas da história da nossa pátria.

Penetrando pelos sertões, sofrendo as conseqüência»de uma natureza hostil, arriscando a saúde em contate*com uma terra selvagem, sem recursos sanitários de es-oécle alguma, os padres Jesuítas traziam à religião deCristo os selvagens. _

Muitos deles rebelavam-se contra a ação dos jesui-tas, cujo alcance nâo podiam compreender, e matavamos heróicos salvadores de almas.

Mas nada disso arrefeceu o animo dos catequlstas.De arrojo em arrojo, eles Iam conquistando as almas,

llumlnando-as com o calor das suas prédlcas, com os seusensinamentos sadios.

Ainda hoje vemos os padres católicos entre eles oi

Salesianos, continuarem a obra dos Jesuítas. A se-mente plantada pelos padres Anchieta e Nóbrega

fruttflcou através das séculos.Os Salesianos têm sido

bravos cooperaiiores da ca-tequese -civil, por tantosanos chefiada pelo GeneralCândido Rondon.

Quem quiser saber o que tem sido a contribuição dos.padres salesianos para a conversão dos indios braaUe-ros,basta consultar o ' -Boletim da Ordem" e verá oque elestêm feito Nâo sâo poucos os padres salesianos trucidados

pelas tribus mais bárbaras do nosso interior, nas selvasprofundas do Amazonas e de Mato Grosso.

Mas, o sacrifício desses mártires, em vez de arrete-ter o entusiasmo dos soldados de Deus, mais estimula,neles o desassombro, a coragem, a necessidade de arran-car das trevas as almas nela submersas.

A Igreja tem sido, dessa forma, uma grande e valo-rosa obrelra da civilização brasileira. Seria a Jtnals negrae a mais profunda das Injustiças, negar o mérito, a be-nemerêncla, o desvelo, dos Jesuíta*, dos salesianos e deoutras ordens católicas.

Eles se tornaram credores da estima, da admiraçãoe do reconhecimento da nossa gente. Infelizmente, tô-das as grandes ações históricas encontram seus apedre-Jadores, seus negadores. Isso é humano.

Fica, porém, eternizado o valor dos beneméritos.íxae valor desafia a furta dos demoUdores. A históriaverdadeira, escrita por homens serenos e imparciais, sa-berá fazer a devida Justiça.

Em resumo: ficam vocês sabendo que foi o rei daEspanha. Felipe IH, que deu o primeiro passo para aliberdade dos indios! e qua foram, e ainda sâo, os padres

católicos os admiráveis obrei-ros da catequese dos selvi-colas, sem que se deva negaro que multo tem realizado oespirito civil da República.

AMÉRICOPALHA

SETEMBRO, 19S3 O TICO-TICO n

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o pé... pesava CAIXA PARA FERRAMENTASM BOCADO'

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UL)

— nm tt Mittu iiHiiint

0 mimo

brinquedos

Qualquer caixa comum, de ma-

deira, pode ser transformadaem uma prática caixa de ferra-mentas, sem mais transformaçõe3que a colocação de um pedaço decorda que lhe servirá como alça.

Essa corda será colocada comonos mostra a figura e, além de tera serventia citada, passa a servir!também como dobradiça e, alémdisso, de fecho, quando se carregai!a caixa. Faz-se um orifício em cadauma das cabeceiras da caixa, nqcentro e na parte superior, assimcomo na tampa, na mesma linha)daqueles, como se pôde ver na ilus-tração.

Passa-se por eles a corda, dandoum nó nas extremidades. O com-prlmento da corda deverá ser sufi-ciente para que se possa erguer atampa e passá-la para trás (figurainferior).

.Ao transportaria (fig. superior)agarra-se a corda e o próprio pesojda caixa faz com que a tampa fi-que colada, mantendo-a firme emseu lugar.

As duas ilustrações mostram a caixa deferramentas ajoerta e fechada, sendotransportada

VIVOSSe você está gostandod e st a história escrevauma carta ao Teddy, aoscuidados desta revista,dando a sua opinião.

_» / Oi tmigutnhc. ja se pre- _>0Oi amiguinhos iá se pre-pararam para voltar a suas casasquando o sargento começa falar:**Eh, Teddy, está bem para vocêresolver tudo, mas... e eu? Voeise esqueceu de que os animaixinhosforam encoritrados em meu escri-torio? Que é que o inspetor vaidizer quando souber do fato?"Voltam tedos para a delegacia,onde Silvia c Chico passam reciboe se responsabilizam pela posse dosbrinquedos vivos. E tudo acababem Deixam, felizes, a delegacia.

Silvia t Chico subiam omorro rumo a suas casas quandosurge lá fora o urgento, aindapreocupado. Cocando a cabeça,Carranca diz a Teddy: "Estou atra-pilhado... Nio sei se agi direitodeixando aqueles dois levaram osbichinhos com eles. Afinal, queprovas tenho eu de que a girafao hipopótamo pertencem a vocci?"*Ao que Teddy, sempre desembara-çado, responde: "Diabo, sargento,pode acreditar em nói! Tição con-firmará tudo o que lhe coaxamos.'*

yt&^JÒt OS AMIGUINHOS DE TEDDY COMEM SEMPRE^__í»""i_' 'iij'^' «_É! ^. ^r

d) %fss AYMORÉBISCOITOS AYMORÉ LIMITADA

20 O TICO-TICO "HI.MKKH H*1

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_ _ L|L \ / seja um /C^SRa"~^-J •* p!^-^' __^ i i T i iiii .•(£< M.ENINO 'Wft -^^ÍzÍ^/^^^^P^^^Í /ftjj& LEVADO, MAS Í~M J. ^

1 LJV-U -Mãos ao alto, todos! V ^ MCM&IUK— _\KH..- au «•""• y^ FIXADOR POR EXCELÊNCIA

— Eu também ? L a canja gg ^^ a ^^ pelo Re.mbolso Po>u,—^*—"^"—""""—^i^ - .'-*J /# rtmm — I-tw oa bluiasa» — CrS 1»,M

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— Não posso mais! Tá quente pra xu_*u! ^J lY^_____E>

MmWêí^^^ codeinol/ V^ J^l/hy^^>^^ \ ^A ^^^ V_Ê ktoca palha

PREFERIDO FILAS CRIANÇASPC» SER DE GOSTO AGRADA-

VEL.PREFERIDO PELOS MÉDICOSPOR BER DK EFEITO SEGURO.PREFERIDO POB TODOS POBSER O REMtDIO QUK ALIVIA

ACALMA S CURA.InlallTel contr» resfriado-, Aam*

0 brooquitet.

— Ei! Olhe só com que fome estamos .SETEMBRO 1953 O TICO-TICO

21

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&f^QOO)

/guando o tio Samuel perce-^^ beu que em breve iriamorrer, chamou seus três fi-lhos, Daniel, Lúcio e Amancioe lhes disse :

- Meus filhos, antes deadormecer para sempre, querodeixar os meus assuntos resol-vidos, pois não me agradariasaber que vocês ficariam emdificuldades.

Não tenho terras nem di-nheiro. Esta cabana em quevivemos, foi-me cedida pelo

w antigo patrão. Só os pou-cos móveis e pertences que háaqui é que são meus. Quero,portanto, que cada um de vocêsescolha o que deseja, pois iodossempre foram bons para mim.Daniel - prosseguiu o ancião, —você é o mais velho e é quemdeve escolher primeiro.

Tradução |

de I9 Maria Matilde ?

O primogênito olhou aoredor e fez um movimen-io com os ombros.

Na verdade, naquelahumilde cabana não ha-via nada que valesse apena, nem que tentasse acobiça de alguém.

Meu pai — disse porfim — sempre achei que osenhor fazia mal em mo-rar sozinho aqui. Bempodia morar com um dosseus filhos. Estaria muitomelhor.

Eu sei disso, meu fi-lho! —respondeu o ancião.— Mas, e os trabalhos queeu teria dado? Os velhossempre atrapalham...

22

gja ^^^^^W^

O TICO-TICO SETEMBRO — 1953

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Não diga isso, pa-pai — protestou Lúcio.

Vamos, Daniel, es-colhe o que mais teagradar — insistiu odoente.

Então este apanhouuma caneca de folha cdisse:

Levareiisto como re-cordação...

Lúcio esco-lheu uma pa-nela, pensan-do consigoque serviria para darágua às galinhas.E tu, Amâncio? —

Que é que vais levar?Eu, papai — res-

pondeu o rapaz —já fiza minha escolha. Queroeste prego grande, ondeo senhor penduravaseu chapéu e seu casa-co. Depois o levarei.

Os irmãos mais ve-lhos levaram cada umo que escolhera e pou-cos dias depois Samuelexpirou.

Vocês querem le-var mais alguma coisa?— indagou A maneio, aovoltarem do enterro

Não. Levar o que?

Amâncio, então, repartiu entreos pobres do lugar o pouco quehavia na cabana. Quando nadamais restava na choupana, alémdaquele prego negro e enferruja-do, Amâncio olhou-o com triste-za, sentiu falta do casaco e dochapéu do pai. Depois, resoluta-

mente, agar-rou a cabeçado prego e o

íp puxou com— energia! E,

então, oh as-sombro! Ocravo saiu,

abrindo um enorme buraco naparede, por onde começaram acair moedas de ouro e prata, quenada mais eram que as economiasdo velho Gabriel

Amâncio, que era bom rapaz,repartiu o achado com os irmãos.

— Por tua cau-so é que agoranos coube es^afortuna. —disse-ram»* Daniel eLúcio. - Se nãofosses tão pou-co ambicioso,este tesouro te-ria ficado per-dido. Merecesa n ^ior parte.-

E assim foifeito.O TIC'v-TICO

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VEGETAL completo, a árvore Impressionou

o homem primitivo. Deu-lhe frutos, íô-lhas, madeira, abrigo... Assim sendo, cer-

to o bomem tinha de lhe ser grato.E a prova é que o primeiro homem passou

a prestar à árvore um culto deveras tocante,culto esse que existiu até os fins do paganismo.

E, se hoje, entre nós ela não têm esse culto,de Idolatria com que os antigos a cercavam, con-tudo, nos merece, quiçá, multo mais que umculto objetivo: a nossa gratidão, o nosso amorpelo multo que lhe devemos, desde a sombra ,amiga, desde os frutos com que nos alimenta,até as chuvas* que lhe devemos, provocadas quesão pelas nossas florestas.

Vendo na árvore um sêr em que os deu_e_t_.se manifestavam, os povos primitivos da Aslae da Europa votavam-lhe um respeito como-vedor.

Bastava-lhes que uma árvore fosse feridapor um ralo, ou tivesse uma floração desusada,para ser tida como eleita dos deuses.

Tornava-se, então. Inviolável.Rodeavam-na de muros ou barreiras que a

separassem de todo o contacto profano e, àsvezes, por um edifício sem teto, como a oliveirade Minerva, no Acrópole de Atenas, e o carva-lho de Júpiter, em Roma.

Era tal a veneração dos antigos pela árvore,que fizeram dela o seu primeiro templo.

Assim, os amidos, sacerdotes dos antigosgauleses e bretães reuniam-se sob árvores, quese tornaram sagradas, para suas orações e parao seu culto.

Gregos e romanos dedicaram as árvores aos1deuses: o carvalho pertencia a Júpiter; o lou-reiro e a palmeira, a Apoio; a oliveira, a Mlner-va e a Palas; a murta e a tUia, a Vènus; o pi-nheiro, a Cibele; o c_o_po, a Hércules; o cipres-te, a Plutão; a vinha, a Baco; o cedro, a Eum.-nldes etc.

Chegavam até a consagrar aos deuses fio-restas inteiras.

__ra frente ás árvores sagradas, onde se faziao culto, armavam altares ou mesas de oferenda:

Sabe-se que os gaulezes veneravam o car-',valho e a planta que nele se apega, o visco.

Como remlnlscéncla do paganismo ficou emuso na Europa, em Maio, a festa das árvores,como prenuncio da primavera, portanto, do re-nascimento e do refloramento das plantas, e, ao

rnesmo tempo, em sinal de regosljo público.Entre nós, a Festa da Arvore é este mês.

Foi dentre aa árvores de Maio que algunsautores viram a origem das árvores da liberdade,antes e durante a época revolucionária.

Outros autores provam que, desde o despem-tar do ano de 1790, passaram a plantar noscampos essas árvores da liberdade, aos pés dsaquais os .cidadãos queimavam, quando podiam,.os títulos senhorlals.

As árvores da liberdade eram ornadas defitas brancas, azul e vermelha, as cores slmbó-llcas da França.

Em Maio de 1792 contavam-se em Françamais de sessenta mil dessas árvor_s. Eram elascuidadas eom desvelo pelas populações locais

Reunia-se o povo sob seus ramos para pres-tar juramento cívico, bem como para tratar d*assuntos de Interesse coletivo.

Plantou-se também a árvore da fraternidade.Dizem que uma delas foi posta na praça

de Carroussel, em 22 Janeiro de 1793.Outra foi levantada na fronteira entre a

Itália e França, como testemunho da concórdiaentre os povos desses dois paises.

Sob o Império de Napoleão Bonaparte, emdiversas regiões, algumas árvores da liberdade»passaram a chatmar-sc árvore de Napoleão.

Na época da restauração essas árvores fo-ram procuradas e... postas abaixo I

Arvores há cujo valor simbólico as tornaobjeto de veneração por parte do povo. Se fos-semos buscar todas essas árvores, longa seriaa enumeração.

Como curiosidade basta que citemos:Os cedros do Líbano, cujos raros exemplares

existentes passam por ser contemporâneos deSalomão;

As oliveiras de Oetsemani, lembrando noJardim das Oliveiras, a noite de vigília dolorosade Jesus, antes de ser traído;.

O plátano de Bujukderi, chamado o plátanode Godofredo de Boulllon, célebre em todo o•oriente, situado num belíssimo vale, perto deConstantinópla.

Conta a lenda que a tenda de Godofredofoi levantada sob sua sombra. Godofredo. deBoulllon foi o primeiro rei latino, em Jerusalém,e, como fosse cristão, combateu os mouros nadefesa do santo sepulcro, e que lhe valeu mere-icer esse titulo e ter, com tem, um nome vene-rado pelos católicos.

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24 O TICO TICO SETEMBRO. 1951

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A árvore de Pope, perto de Bln:fleld, rodeada de respeito universal.

Foi sob essa árvore que Pope, Ale-«xandre Pope, grande poeta inglês,compôs a Ode à soltude, com a Ida-de de doze anos.

O cedro do Jardim das Plantas,uma das mais belas e mais antigasarvores da França.

Contam que Bernard de Jussieu 0levou dentro do seu chapéu, de umaregião longínqua e, durante a via-*gem, privou-se, multas vezes do seuquinhão dágua para dá-lo ao cedroque, assim, pôde chegar à França evingar.

O castanheiro do Etna. Quandonovo, fora o vegetal mais robusto ede fronde espaçossslma. Ficando ve-lho, com os séculos e J ungido pelastempestades, dividiu-se em três tron-cos; mas, mesmo assim, é objeto deadmiração e de respeito.

E* também chamado o Castanhei-ro dos cem cavalos, pois, diz a-lenda,a rainha Joana de Aragão, supreen-dlda no Etna por terrivel tempes-tade, encontrou sob o castanheiro,abrigo para ela e mais cem cavalei-ros de seu séquito.

O carvalho de Rei Estevão, na pro-vinda de Southampton, sob o qual orei matou um monstro — um cervode proporções gigantescas.

O carvalho de Ouernica, uma daamais históricas árvores da Espanha.

Sob êle, reunla-se de dois em doisanos a assembléia governativa daprovíncia de Biscaia para votar.

Em 1476, os reis Fernando e Isa-bíTluraram, sob seus ramos, man-

l£**_JL_re*peltar as leis blscainas. AArvore antiga já morreu e foi subs-tltulda por um rebento, hoje árvoremagnífica.

O loureiro de Virgüio, plantado,«egundo dizem, por Petrarca, sobre otúmulo daquele célebre poeta.

O loureiro de Isola Bela, magníficaárvore que se encontra em uma dasIlhas Borromeu, no lago Maior.

Três dias antes da batalha de Ma-rengo, dizem, Napoleão BonaparteJantou sob sua ramada e deixou gra-vada no seu tronco a palavra Itália-*aa — Bataglia! I

A macieira de Newton. «Segundo atradição, Newton estava deitado soba macieira quando lha caiu uma ma-çã. Dai concebeu êle a primeira Idéiada lei da queda dos corpos.

O salgueiro de Santa Helena; dl-zem que Napoleão vendo-o, no belo

vale de Gerânlo, disse: "Se devamorrer sobre esta rocha, que me en-terrem sob esse salgueiro, perto dorio". ' \

E assim foi feito, em 8 de Janeirode 1821.

A árvore da triste noite, uma ceibaque» próxima de Tacuba, no México,deu abrigo a Fernando Cortez, de-pois de vencido pelos mexicanos re-belados contra Alvarado.

Segundo contam, Cortes chorou sobessa árvore, em 1520.

O loureiro de Qubia, próximo daGranada, entoe cujos ramos se ocul-tou Isabel, a católica, fugindo daperslgulção dos mouros.

A ceiba histórica de Cristóvão Oo»lombo, na qual foram amarradas astrês caravelas espanholas que desço-briram a terra americana.

A famosa palmeira regia, no Jar-dlm Botânico do Distrito Federal,

plantada por D. João VL quando daestada da família real no Brasil.

Há ainda no Brasil a chamada ar-vore da independência, cujas folhas,verde e amarelo, lembram as coresda nossa bandeira, adotadas por oca-felão da independência do BrasQ.

1 A festa da árvore é hoje de todosos povos, e as crianças escolares, nes-se dia, ao som de cânticos, plantam.uma árvore, em sinal de respeito aesse vegetal protetor e belo.

Foram os Estados Unidos da Amé-rico do Norte, os primeiros povos querenovaram essa bela e expressiva so-lenldade.

Nós, aqui, no Brasil, não esquece-moe de prestar à árvore o culto que.ela nos merece.

A Festa da Arvore, comemoradanas nossas escolas, tem lugar a 21deste mês.

[ ÓLEO DE OVO ^^|BMarca Registrada

Cabelos sedofase ondulados

DMOMA 0£ HONRA fl ^^m**'m*^m*mÊmm*m*^)ff u twmçto mcotouUw •¦*>) _^m*^^ ^^*ms^_

i«^—-* *-^M Exija o legítimo de ^^

O LEGÍTIMO CARLOS BARBOSA \

jpTcflW LEITE que traz o nome jf

7CAR10S BARBOSA LEITEC

SETEMBRO, 1953 O TICO-TICO 25

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LAVENTURAS DE ZE MACACO

Zé Macaco apareceu em casa com uma — Além de cozinhar sozinha, ex- Puseram a dita no fogo

geringonça complicada, dizendo ser o seu plicou, vem para a mesa, quando a dois para a mesa e...último invento. Era uma panela atômica. comida fica pronta. espera.

, foram osficaram à

ri j-Ti ! ^—<—¦—Miiíiw111 I. 'Al ..V^rvl íol LLI

E a panela atômica começou a fazer ruidos. Afinal, como se fosse um "Constelation", ou avião a jato,Chiava, piava, uivava, gemia, espirrava, ladra- uma necha, em direção à sala Zé Macaco estava radiante,va, miava, e fazia pi-piii... encantada ! !

saiu comoFaustina,

Em vez, entretanto de ir para cima damesa, ela fot em direção à janela e ga-nhou a rua!

26

E calculem só a surpresa daqueles operários, vendo chegar do céu,íumegando e cheia de feijoada aquela estranha panela, trazendo o ai-moço para eles ! Foi uma festa, podem crer !

O TICO-TICO SETEMBRO - 1953

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2 POSRAR AS PARTES FONTICHAPAS " '^

SETEMBRO — 1953 O TICO-TICO 27

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Lv

§wMàfaMmLINDA

é esta lenda que anda de boca em boca nos rincões do Rio Grande do

Sul Tanto mais que, segundo ela, a fé e a esperança não desamparamaque-

les que confiam no poder do ne grinho mártir e colocam sob sua guarda os

objetos perdidos no campo, que serão logo encontrados.

E mm em La nada mais nada menos aue d, um coto de veta e -.guma- orações

Não é fantástico? Vejamos a lenda: ^ma^ aHavta um estanctairo muito mau. Surrava os e*ravos e maltratava pordem^

^^da. .m dta comprou «e .-pontade 'mm^mam^a£_£,.»'ZZ

rachar e congelar os ossos. Soltou o gado no campo e™ _~*

linho de quatorze anos. „_k__*_ r___Ao pôr do sol trazia o pretinho, para o curral, o gado, o qual era ~*££^*£

cabeça pelo terrível estancieiro. Certa vez, depois da contagem deu o homem por fa^a

TZZlo. Nâo conversou: encostou o seu cavalo no do pobr,i^roto. deu-üve uma

surra tremenda. Deixou as costas do rapazinho em sangue e ainda lhe disse

_ «^L, o meu novilho. Va* me dar conta dele, do contrário. ,e «natarel^ pancada.

O negrinho deu rédeas ao cavalo e partiu em busca do animal perdi-

do. Logo adiante, encontrou-o pastando, mas não conseguiu laçá-lo.

O animal era brabo, conseguiu partir o laço e saty ^em disparada. Desesperado, voltou o pobrezinho ao patrãoe deu-lhe conta do sucedido. Este mandou amarrá-lo dos

pés à cabeça e, depois de nova e horrenda surra, mandoudespi-lo e colocá-lo dentro de um formigueiro!

No dia seguinte, fez questão o mau homem de conti-

nuar o castigo. Foi ao formigueiro buscar a sua vítima,

porém não mais a encontrou. Mas ainda pôde avistar, ,_atônito, uma nuvem que subia ao cêu e viu, envolvido

j^nela, o pretinho (

O fato foi presenciado também por muitos campone-/ses e daí a auréola de santo que cerca o negrinho do pas-\^toreio. E' uma espécie de protetor de perdidos e achados.

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28 O TICO-TICO SETEMBRO, l»iS

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SOLUÇÃO DOCONCURSO N.° 314

As profissões eram wsseguintes:PESCADOR — QUITAN-DEIRO — MARÍTIMO

ENFERMEIÍtA

CONCURSON.° 3 16

Com o lápis, ou cane-

ta, encha os espa-ços que, no quadro aolado, têm, dentro, uma*cruz.

Aparecerá a repro-dução de um quadrocélebre,

Feito isto, cole o qua-dro numa folha de blo-co, escreva em baixo,com clareza, seu nomee endereço completo qremeta a " NOSSOSCONCURSOS" Red. de"O TICO-TICO" — R.Senador Dantas, 15-5.°andar — Rio — D. F.

A solução e o resul-tado aparecerão na edi-ção de "O TICO-TICO"de Novembro vindouro.

COLECIONE as páginas^ do PRESÉPIO DE NA-TAL que começaram a sairnesta edição, continuando aaparecer em Outubro e No-vembro.

oyfieftbMENSARIO INFANTIL

Propriedade da S. A. "O MALHO"Diretor: Antônio A. de Souza e Silva

Rua Senador Dantas, 15 — (5.° andar)RIO DE JANEIRO

ASSINATURAS(Sob registro postal) 12 números ... Cr$ 50,00Número avulso Cr 4,00 — Atrazado. . Cr| 5,00

QUADRO DE HONRAFORAM CLASSIFICADOS PORSORTE, PARA SAIR NO QUADRODE HONRA, OS SEGUINTES CON-CORRENTES QUE NOS ENVIARAMSOLUÇÕES CERTAS DOS DOIS

ÚLTIMOS ' CONCURSOS.

— CREUSA DE PAULA BASTOS-r- Ibicuí — Estado do Rio.— NAUN JACOB LaranjalPaulista — São Paulo.— ZELIA STETTNER — Porto Fe-liz — São Paulo.— NEIDA D. ESCALIER — Can-gussú — Rio Grande do Sul.— ALUNOS DO 3.* ANO — Ca-félândia — São Paulo.— FLAVIO SOUZA UMA — San-tos — São Paulo.— LUCIANO KLEIN — Caí RioGrande do Sul.— GUARAC1 L. AIMEODA — Pe-lotas — Rio Grande do Sul.— LÍDIA P. DE CARVALHO —Joazeiro — Bahia.

10 — DANIEL C. ALMEIDA — SãoPaulo — S. P.

11 — ARI ROBERTO DIAS — Fio-rianópolis — Santa Catarina.

12 — HELELA LUIZA ROMA — Vi-tórla — Espirito Santo.

13 — HERMES CAF____r_*TT — Bar-ra Mansa — Estado do Rio.

14 — MARIA ALICE RUIZ — Salva-dor — Bahia.

15 — JOSIAS M. F. SILVA — BeloHorizonte — Minas Gerais.

16 — TEREZrNA OFMELSTTER — Ca-noas — Rio Grande do Sul.

17 — LUCI t.fa*_s — Morro Azul —— E. do Rio.

18 — OLGA LAÍS MOREIRA — Re-cite — Pernambuco.

19 — SEVERINO OLIVEIRA — Ita-buna — Bahia.

20 — MARIA HELENICE DODT —

P. Alegre — Rio Grande do Sul.

OBSERVAÇÃOATENDENDO

a que as soluções enviadas pelos leito-res residentes nos Estados nos chegam sempre com

grande atraso, resolvemos, no seu próprio interesse, mo-dificar a forma de sorteio dos nomes que devem apare-cer, cada mês, no Quadro de Honra.

Assim, o sorteio abrangerá sempre as soluções DOSDOIS ÜLTIMOS CONCURSOS, em ves de se limitar àdo concurso cuja solução vai publicada.

SETEMBRO, 1953 O TICO-TICO 29

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Mjai ! Serei eu mesmo,^^^**^ ^y^^_^cL Mlu ^vX

acordou1, oVhou para o e.pélho e-*. ¦ ^ r*^5ffL^^

f!

50 par^^^__\W _ _^" Sou um simples borr^V^°| J^a-Je o mundo) W&\li /aprecio as combinações) £^__í^_^w]acabar/y7 vUiJíliSi,).) ir r <te cores .'Por QUe. ^AQf^-^

¦¦¦¦* —' ¦¦— •[_• - -*^*^-»y^'" * _* —'¦****_> ¦ ¦ ..mi i -—«j i. .____^y '^^ ' ,_» _

*__ !§ »R-á SonTi nu a-

Que quer conosco?Riamos brigadas «*ur,.ios misturamos mai»!

ps cjue nao) Ç Ma$ isso í um.^í^-—^^ absurdo/. ^

bM

vtfl f\ */^ tf cr

COnde ja í>e viu ãrv-otiçL £vefmdna?H burro Jl> a mareio? t ^-"^pois eu preciso rícai0

marrom,culrq Ve,/^! Ninquem Vai qoò_taf ck umPecV.'

30 O TICO-TICO Sr-TEMBRO — 1953

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mmm18. MIliSIÊ

R IM

GLÂNDULASUDORÍPARA

Prof. ANY BELLAGAMBA

EXCREÇÃO

APARELHO URINARIO

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URETERES

BEXIGA

URETRA

SETEMBRO — 1953 O TICO-TICO

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Noções de Historia NaturalProf. ANY BELLAGAMBA

(Vêr ilustrações no verso)

O HOMEM

9 — Excreção

M_ aristem no corpo humano várias substâncias inúteis e até nocivas,

que devem ser eliminadas. Para esse flm há, no organismo, diversosórgãos cuja função é eliminar tais elementos prejudiciais.

O aparelho urinário cuja função consiste unicamente em eliminai*

Resíduos inúteis ao organismo, é formado de: rins, uréteres, bexiga ouretra.

V RINS — São órgãos que produzem a urina. Apresentam a formade um grão de feijão e ficam situados perto de coluna vertebral, maisou menos por trás dos intestinos.

URÉTERES — São os canais que levam a urina dos rins à bexiga.

BEXIGA — E* um saco que recebe a urina vinda dos rins pelosúréteres e a' guarda por algum tempo.

URETRA — E' o canal que conduz a urina da bexiga para o exte-rior. A urina é um liquido amarelado (formado de água, sais, uréia,ácido úrico, etc...) tirado do sangue pelos rins, que o derramam, pe-los uréteres, na bexiga.i A bexiga contém a urina durante certo tempo, variável de indiví-,duo para indivíduo de acordo também com o estado de saúde de cadaum, etc...

TT árias outras substâncias são também eliminadas pela pele, em for-ma de suor.O suor é secretado pelas glândulas sudoriparas. Estas estão situa-

das sob a pele, no derme, e estão espalhadas, em grande número, por.todo o corpo. O suor é composto de água e pequena quantidade de cio-tureto de sódio e ácido látlco.

A excreção do suor tem como objetivo, além da eliminação de su-bstâncias inúteis, manter o equilíbrio da temperatura do corpo.

Quando o calor aumenta, as glândulas entram em funcionamentoe cobrem a pele de uma camada liquida que, evaporando-se, tira o ex-cesso de calor do corpo.

(Continua)

32 0 TICO-TICO SETEMBRO. líJ?

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SETEMBRO. 1953 O TICO-TICO 33

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34 O TICO-TICO SETEMBRO " 'li

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A JOGADA DO REI Paderewski, "negocianfe

de porcos"O conde de Grammont era umdos mais finos espíritos da cortede Luís XIV; por isso os anaisdaquela época abundam em di-tos espirituosos que lhe são atri-buídos.

Um dia, estando Luís XIV ajogar o gamão, levantaram-se dú-vidas sobre uma das jogadas. Dis-cutia-se; os cortezãos, com receiode desagradarem ao rei, calavam-se. Nisto, apareceu o conde deGrammont:

Grammont, — disse o rei,— dê aqui a sua opinião.

Senhor, Vossa Majestade

perdeu, — respondeu imediata-mente Grammont, sem hesitar.

Como pode assim decidir, senem sabe de que se trata ? —volveu o reL

Reflita Vossa Majestade, quese o caso fosse simplesmente du-vidoso, todos estes cavalheirosvos teriam declarado vencedor!

Luís XIV, que apreciava oselogios, mas dava ainda maisapreço à justiça e ao espírito, riude bom grado e pagou.

0 grande pianista Paderewski da-va muito apreço à vida decampo e à criação de animais

domésticos, e sua mulher ganhoumuitos prêmios em várias exposiçõesde avicultura, pelos exemplares queali apresentava.

Uma vez, por intermédio de umagente, comprou 'o célebre artista,uns tantos porcos, numa propriedaderústica de Inglaterra.

Os animais iam ser remetidos paraa casa de campo que Paderewski pos-suia na Polônia, mas antes de os ex-pedirem, quis o músico dar uma vol-

ta pela. Inglaterra para fazer umavisita ao lavrador inglês, e ver quetais eram \os animalsinhos que ha-via comprado.

O dito lavrador, que não conheciao visitante, mostrou-lhe todas as de-pendências da propriedade, e entreoutras coisas mostrou-lhe tambémitm curral onde guardava váriosexemplares de gado suino, em fren-te aos quais, disse o bom do homem,cheio de orgulho:

— Aqui estão estes animais quesão do melhor que se cria. Vendi-osa Paderewski, esse grande negocian-te de porcos, estrangeiro. Talvez oBenhor o conheça.

O pianista respondeu ;aíirmativa-mente.

0 prêmio da franqueza UM DÒCE raroPediu esmola a Marivaux um

homem novo e saudável, a quemo célebre escritor francês dis-se:

Por que não trabalhas, vistoseres forte e teres saúde ?

Ah ! senhor... Se soubessecomo sou preguiçoso !

Toma lá, em paga da tuafranqueza ! — respondeu Mari-vaux, dando-lhe uma esmola.

DOIS TRONOS ORIGINAISNo fim do século passado, quando Menelik II, imperador

da Abissinia, teve noticia de que nos Estados Unidos a eletro-cução estava em moda, encomendou imediatamente duas ca-deiras elétricas. Mas, ao recebê-las, o pobre "negus" verificouque lhe seria impossível utilizá-las sem eletricidade, coisa inexis-tente em seus domínios. Em vista disso, resolveu servir-se delascomo tronos, e durante muitos anos as duas cadeiras presta-ram, nessa qualidade, bons serviços.

A George Sand aborrecia muito10 pouco cuidado que com sua pessoatinha o critico Gustavo Pianche, che-gando a andar com as mãos sujas eas unhas de luto.

Um dia, querendo dar-lhe uma li-ção, entregou-lhe um pacotinho, di-zendo:

Tome, meu caro: isto faz-lhemuita falta.

Pianche pôs o pacotinho no bolsoe, ao chegar em casa, abriu-o, apare-cendo uma espécie de pastilha, comcheiro de amêndoas.

Pianche, pensando tratar-se de ai-go comestível, partiu um pedaço ecomeu. O gosto era detestável; po-rém o critico pensou: — "Deve seralgum novo doce inglês que deramà Sand."

Semanas depois Pianche foi à casade George Sand e esta perguntou-lhe:

Que tal o meu presente ?Exquesito

Mas usou-o ?Comi-o todo.Comeu ! — exclamou horrorizada

a escritora. — Mas se era um pedaçode sabão I

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AV5NT6IKAÔ PÊ

«

Chiquinho anda agora com uma nova comprar no sebo um tratado sobre essa deu a notícia: Nego, estou formado

mania: o hipnotismo. Tendo visto no teatro bonita mas perigosa ciência e começou em hipnotismo, magnetismo e. . .um artista que hipnotizava as pessoas, e fazia estudar tudo o que havia a respeito. —E analfabetismo! completou o

coisas incríveis, decidiu. .. Há dias chamou Benjamim e lhe Benjamim, que gosto de fazer piados.

F^2ÍTj^ J ^^i4--IhvForam para o parque fronteiro e lá encontraram, num banco, c

velho Pascoale Milaneze, que fazia a "digestó" sentado no seu ban-

quinho. Pascoale é o zelador do parque e velho conhecido de Chi-

quinho. — Queres ver? — perguntou

este a Benjamim. — Vou fazer o italiano dormir, pelo hipnotis-mo. Disse isso e começou a fazer gestos, enquanto o zelador come-cova a cabecear, mas de sono "no duroA como fazia todos os diasdepois do almoço. Vendo-o a cochilar

Wk^FfWzWI^=^

o nosso hipnotizodor ficou encantado ! . aceso do Pascoale, t deu um grito tão não é sopa, tratou de mandar, por Wj

Viste ? Viste ? — perguntou, enquanto opon- forte que o zelador acordou assustado, logo cesso itoliono, o hipnotizodor para longe,

tova com o dedo o italiano. Mas, descuidon- percebendo que ali havia traquinada'. E como Quanto a Benjomim, correndo, já onda*0

dose, meteu o dedo no cachimbo. .. Pascoale Milaneze... a léguas do local !

GRAFICA PIMENTA DE MM I o LIMITADA — *l°