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1 GUIA COMO EXPORTAR REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI As informações foram obtidas, na maioria, de fontes e dados oficiais. Apenas dados oficiais, da data da última publicação, foram incluídos. Não é possível garantir integridade, exatidão ou validade efetiva no momento da consulta pelo interessado. Os dados e elementos apresentados neste Guia são apenas para fins informativos, não constituindo qualquer assessoria ou aconselhamento para os interessados. JUNHO 2020 Embaixada do Brasil em Montevidéu Setor de Promoção Comercial Montevidéu

Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

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1

GUIA COMO EXPORTAR

REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI

As informações foram obtidas, na maioria, de fontes e dados oficiais. Apenas dados oficiais, da data da última

publicação, foram incluídos. Não é possível garantir integridade, exatidão ou validade efetiva no momento da consulta

pelo interessado. Os dados e elementos apresentados neste Guia são apenas para fins informativos, não constituindo

qualquer assessoria ou aconselhamento para os interessados.

JUNHO 2020

Embaixada do Brasil

em Montevidéu Setor de

Promoção Comercial Montevidéu

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RESUMO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 8

Mapa político do Uruguai ........................................................................................................................................... 8

Dados Básicos ............................................................................................................................................................. 9

I. ASPECTOS GERAIS ....................................................................................................................................... 11

I.1. Geografia .......................................................................................................................................................... 11

I.1.1. Localização e superfície ............................................................................................................................ 11

I.1.2. Localização, características da superfície, clima ...................................................................................... 11

I.2. População, centros urbanos e padrão de vida ................................................................................................. 12

I.2.1. População ................................................................................................................................................. 12

I.2.2. Centros urbanos ....................................................................................................................................... 12

I.2.3. Principais indicadores econômicos e sociais ............................................................................................ 13

I.2.3.1. Desenvolvimento Humano ....................................................................................................................... 13

I.2.3.2. Renda média per capita e domicílio ......................................................................................................... 13

I.2.3.3. Despesa média per capita e domicílio ..................................................................................................... 14

I.2.3.4. Distribuição da renda ............................................................................................................................... 15

I.2.3.5. Indicadores de pobreza por método da renda ......................................................................................... 15

I.2.3.6. Outros indicadores ................................................................................................................................... 15

I.3. Organização política e administrativa do Uruguai ............................................................................................ 16

I.3.1. Organização política ................................................................................................................................. 16

o Poder Executivo ................................................................................................................................................ 16

o Poder Legislativo .............................................................................................................................................. 17

o Poder Judiciário ................................................................................................................................................ 17

I.3.2. Partidos políticos ...................................................................................................................................... 17

I.3.3. Organização administrativa ...................................................................................................................... 17

I.4. Participação em organizações e acordos internacionais .................................................................................. 19

II ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS ................................................................................................................ 21

II.1. Conjuntura econômica ..................................................................................................................................... 21

II.1.1. Características gerais da economia do Uruguai e a variação do PIB geral e por atividade ...................... 21

II.1.2. Variação do Índice de Preços ao Consumo (IPC) no Uruguai ................................................................... 23

II.1.3. Variação do Índice de Preços ao Produtor de Produtos Nacionais (IPPN) no Uruguai ............................ 25

II.1.4. Taxa de atividade, emprego e desemprego ............................................................................................ 27

II.1.4.1. Taxa de atividade ...................................................................................................................................... 27

II.1.4.2. Taxa de emprego ...................................................................................................................................... 28

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II.1.4.3. Taxa de desemprego ................................................................................................................................ 29

II.2. Principais setores de atividade ......................................................................................................................... 29

II.2.1. Agropecuária ............................................................................................................................................ 29

II.2.1.1. Descrições gerais, principais regiões, principais recursos ........................................................................ 29

II.2.1.2. Culturas de inverno Ano agrícola 2020 - Superfície, produção e rendimento ......................................... 31

II.2.1.3. Cultura de verão destinada a grãos secos. Ano agrícola 2020 - Superfície, produção e rendimento ...... 32

II.2.2. Florestal .................................................................................................................................................... 33

II.2.3. Indústria ................................................................................................................................................... 34

II.2.4. Turismo ..................................................................................................................................................... 36

II.2.5. Energia ..................................................................................................................................................... 36

II.2.6. Serviços telefônicos .................................................................................................................................. 38

II.2.7. Serviço de rádio e televisão ..................................................................................................................... 38

II.2.8. Imprensa .................................................................................................................................................. 39

II.3. Moedas e finanças ........................................................................................................................................... 39

II.3.1. Moeda, mercado financeiro e meios de pagamento ............................................................................... 39

II.3.2. Balanço de pagamentos e reservas internacionais .................................................................................. 41

II.3.3. Finanças públicas ..................................................................................................................................... 43

II.3.4. Sistema financeiro .................................................................................................................................... 45

II.3.5. Risco-país ................................................................................................................................................. 46

III. COMÉRCIO EXTERIOR GERAL DO PAÍS ..................................................................................................... 48

III.1. Evolução recente: considerações gerais ........................................................................................................... 48

III.2. Origem e destino do comércio ......................................................................................................................... 49

III.2.1. Exportação ............................................................................................................................................... 49

III.2.2. Importação ............................................................................................................................................... 51

III.3. Composição por produto ................................................................................................................................. 52

III.3.1. Exportação ............................................................................................................................................... 52

III.3.2. Importação ............................................................................................................................................... 54

IV. RELAÇÕES ECONÔMICAS BRASIL – URUGUAI......................................................................................... 55

IV.1. Intercâmbio bilateral ........................................................................................................................................ 55

IV.1.1. Evolução recente ...................................................................................................................................... 55

IV.1.2. Composição do intercâmbio comercial bilateral ...................................................................................... 56

IV.1.2.1. Exportações do Brasil para o Uruguai ...................................................................................................... 56

IV.1.2.2. Importações realizadas no Brasil com origem no Uruguai ....................................................................... 56

IV.2. Investimentos bilaterais ................................................................................................................................... 57

IV.2.1. Nível atual de investimentos e reinvestimentos acumulados do Brasil e sua posição ............................ 57

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IV.2.2. Principais setores de investimento (e empresas) do Brasil no país.......................................................... 57

IV.3. Principais Acordos Econômicos com o Brasil ................................................................................................... 59

IV.3.1. Protocolo de Expansão Comercial ............................................................................................................ 59

IV.3.2. Acordo sobre intercâmbio de informações em matéria tributária e seu protocolo ................................ 59

IV.3.3. Acordo sobre a livre circulação de bens e serviços .................................................................................. 59

IV.3.4. Acordo para a facilitação de atividades empresariais no MERCOSUL ...................................................... 59

IV.3.5. Acordo entre a República Federativa do Brasil e a República Oriental do Uruguai sobre Residência

Permanente com o Objetivo de Alcançar a Livre Circulação de Pessoas ................................................................. 60

IV.3.6. Acordo de Complementação Econômica No 2 Celebrado entre a República Federativa do Brasil e a

República Oriental do Uruguai – Septuagésimo Sexto Protocolo Adicional ............................................................ 60

IV.3.7. Acordo para eliminar a dupla tributação dos impostos sobre a renda e a riqueza e impedir a evasão e

sonegação fiscais ...................................................................................................................................................... 60

IV. 4. Linhas de crédito de bancos brasileiros ........................................................................................................... 61

IV.4.1. Programa de Financiamento às Exportações (PROEX) ............................................................................. 61

IV.4.2. Linhas de financiamento para bens e serviços de exportações do BNDES .............................................. 61

IV.5. Matriz de oportunidades ................................................................................................................................. 61

V. ACESSO AO MERCADO ................................................................................................................................. 63

V.1. Sistema tarifário ............................................................................................................................................... 63

V.1.1. Território Aduaneiro ................................................................................................................................. 63

V.1.2. Classificação de mercadorias ................................................................................................................... 63

V.1.3. Sistemas de preferências .......................................................................................................................... 64

V.1.4. MERCOSUL ............................................................................................................................................... 64

V.1.5. Regime da ALADI ...................................................................................................................................... 65

o Acordo de Complementação Econômica No 2 (ACE No 2 [Brasil-Uruguai]): ..................................................... 65

o Acordo de Complementação Econômica No 18 (ACE No 18 [MERCOSUL]): ..................................................... 66

o Acordos de Complementação Econômica Nº 35 e 36 (ACE Nº 35 [MERCOSUL - Chile] e ACE Nº 36

[MERCOSUL - Bolívia]): ........................................................................................................................................... 66

o Acordo de Complementação Econômica Nº 55 (ACE Nº 55 [MERCOSUL – México]): .................................. 66

o Acordos de Complementação Econômica No 58 e 59 (ACE No 58 [MERCOSUL - Peru] e ACE No 59 [MERCOSUL

- Comunidade Andina]): ........................................................................................................................................... 67

o Acordo de Complementação Econômica No 62 (ACE No 62 [MERCOSUL – Cuba]): ......................................... 67

o Acordo de Complementação Econômica No 72 (ACE Nº 72 [MERCOSUL – Colômbia]): .................................. 67

V.1.6. Impostos internos aplicados às importações ........................................................................................... 68

o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) ............................................................................................................. 68

o Imposto de Renda sobre Atividades Econômicas (IRAE) .................................................................................. 68

o Imposto Específico Interno (IMESI) .................................................................................................................. 69

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o Imposto sobre Alienação de Bens Agropecuários (IMEBA).............................................................................. 69

V.1.7. Outras taxas e encargos sobre importações ............................................................................................ 69

o Despachantes Aduaneiros ................................................................................................................................ 69

o Imposto Aduaneiro Único (IMADUNI) .............................................................................................................. 69

o Taxa Consular ................................................................................................................................................... 70

V.2. Regulamentação das atividades do comércio exterior .................................................................................... 70

V.2.1. Regulamentação geral .............................................................................................................................. 70

V.2.1.1. Política geral de importações ................................................................................................................... 70

V.2.1.2. Regulamentação administrativa aplicável às importações no âmbito interno ........................................ 71

V.2.1.3. Restrições às importações ........................................................................................................................ 71

o Setor do açúcar ................................................................................................................................................ 71

o Indústria calçadista ........................................................................................................................................... 72

o Combustíveis .................................................................................................................................................... 72

V.2.1.4. Amostras e material publicitário .............................................................................................................. 72

V.2.2. Regulamentação específica ...................................................................................................................... 73

V.2.2.1. Alimentos e bebidas .................................................................................................................................... 73

V.2.2.2. Fertilizantes .............................................................................................................................................. 74

V.2.2.3. Calçado ..................................................................................................................................................... 74

V.2.2.4. Marcas e patentes .................................................................................................................................... 75

V.2.2.5. Medicamentos e produtos relacionados para uso humano .................................................................... 75

V.2.2.6. Produtos de origem vegetal e animal ...................................................................................................... 75

V.2.2.7. Têxteis....................................................................................................................................................... 76

V.2.3. Regime cambial ........................................................................................................................................ 76

V.2.3.1. Pagamento de importações ..................................................................................................................... 77

V.2.3.2. Principais restrições do câmbio ................................................................................................................ 77

V.3. Documentação e formalidades ........................................................................................................................ 77

V.3.1. Documentação requerida e usual ............................................................................................................ 77

V.3.1.1. Romaneio de carga (Packing List) ............................................................................................................. 77

V.3.1.2. Registro de exportação ............................................................................................................................ 78

V.3.1.3. Nota fiscal ................................................................................................................................................. 78

V.3.1.4. Conhecimento de embarque ................................................................................................................... 78

V.3.1.5. Fatura comercial ....................................................................................................................................... 78

V.3.1.6. Fatura “Proforma” .................................................................................................................................... 79

V.3.1.7. Carta Comercial ........................................................................................................................................ 79

V.3.1.8. Fatura de frete e certificado de seguro .................................................................................................... 79

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V.3.1.9. Fatura eletrônica ...................................................................................................................................... 79

V.3.1.10. Certificado de origem ............................................................................................................................... 80

V.3.1.11. Outros certificados ................................................................................................................................... 80

V.3.2. Despacho aduaneiro ................................................................................................................................ 81

V.3.2.1. Terminais de movimento.......................................................................................................................... 81

V.4. Regimes aduaneiros aplicáveis no Uruguai ...................................................................................................... 81

V.4.1. Admissão temporária ............................................................................................................................... 81

V.4.2. Draw Back ................................................................................................................................................. 81

V.4.3. Toma de Estoque ...................................................................................................................................... 82

V.4.4. Porto Livre ................................................................................................................................................ 82

V.4.5. Depósito aduaneiro .................................................................................................................................. 82

V.4.6. Zonas Francas ........................................................................................................................................... 83

VI. INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES ..................................................................................................... 84

VI.1. Infraestrutura interna ....................................................................................................................................... 84

VI.1.1. Transporte rodoviário ............................................................................................................................... 84

VI.1.2. Transporte ferroviário .............................................................................................................................. 85

VI.1.3. Transporte fluvial ..................................................................................................................................... 86

VI.1.4. Transporte aéreo ...................................................................................................................................... 87

VI.2. Infraestrutura para importação / exportação .................................................................................................. 88

VI.2.1. Transporte terrestre ................................................................................................................................. 88

VI.2.2. Transporte fluvial ..................................................................................................................................... 89

VI.2.3. Transporte aéreo ...................................................................................................................................... 89

VI.2.4. Exportação/Importação aérea ................................................................................................................. 89

VII. ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO ................................................................................................................ 90

VII.1. Canais de distribuição .............................................................................................................................. 90

VII.1.1. Considerações gerais ................................................................................................................................ 90

VII.1.2. Principais canais de distribuição e canais recomendados ....................................................................... 92

VII.2. Promoções e vendas ................................................................................................................................ 92

VII.2.1. Considerações gerais ................................................................................................................................ 92

VII.2.2. Feiras e Exposições ................................................................................................................................... 92

VII.2.3. Mídia publicitária ..................................................................................................................................... 93

VII.2.4. Consultoria de marketing ......................................................................................................................... 93

VII.3. Práticas comerciais ................................................................................................................................... 94

VII.3.1. Negociações e contratos de importação .................................................................................................. 94

VII.3.2. Nomeação de agentes .............................................................................................................................. 94

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VII.3.3. Abertura de escritório de representação comercial ou filial.................................................................... 95

VII.3.4. Formação de joint-ventures ..................................................................................................................... 97

VII.3.5. Seguro de transporte ............................................................................................................................... 97

VII.3.6. Supervisão de embarques ........................................................................................................................ 97

VII.3.7. Financiamento de importações ............................................................................................................... 98

VII.3.8. Arbitragem comercial ............................................................................................................................... 98

VII.4. Comércio eletrônico ................................................................................................................................. 98

VII.4.1. Panorama ................................................................................................................................................. 98

VII.4.2. Evolução, perspectivas e tendências do mercado eletrônico .................................................................. 98

VII.4.3. Direitos do consumidor ............................................................................................................................ 99

VII.4.4. Deveres do fornecedor ........................................................................................................................... 100

VII.4.5. Devoluções: obrigações e prazos ........................................................................................................... 100

VIII. RECOMENDAÇÕES PARA EMPRESAS BRASILEIRAS ............................................................................ 101

VIII.1. Comentários gerais ................................................................................................................................ 101

VIII.2. Características do empresário e mercado uruguaios ............................................................................. 102

VIII.3. Vantagens comparativas para empresários brasileiros .......................................................................... 102

VIII.4. Desvantagens do mercado uruguaio ...................................................................................................... 102

ANEXO I. ÓRGÃOS OFICIAIS, AGÊNCIAS GOVERNAMENTAIS, EMPRESAS PÚBLICAS, SERVIÇOS

DESCENTRALIZADOS NO URUGUAI E NO BRASIL ........................................................................................ 104

ANEXO II. EMPRESAS COM CAPITAL BRASILEIRO NO URUGUAI ................................................................ 114

ANEXO III. PRINCIPAIS EMPRESAS DE E-COMMERCE E ÓRGÃOS DE DEFESA ........................................ 119

DO CONSUMIDOR ................................................................................................................................................ 119

ANEXO IV. ÓRGÃOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS E ARBITRAGEM .......................................................... 120

ANEXO V. OUTROS DADOS ................................................................................................................................ 121

ANEXO VI. FRETES E COMUNICAÇÕES COM O BRASIL ............................................................................... 132

ANEXO VII. INFORMAÇÕES PRÁTICAS ............................................................................................................ 134

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................................... 135

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INTRODUÇÃO

Mapa político do Uruguai

Fonte: Mapa do Uruguai1

1 “Mapa Político de Uruguay”, de Mapas do Mundo, publicado em: https:l/espanol.mapsofworld.com/continentes/sur-america/uruguay/uruguay-mapa.html 20.

LEGENDA Fronteira Internacional

Limite Departamental

Capital Nacional

Departamento Capital

Outras cidades

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Dados Básicos

A República Oriental do Uruguai é um país cuja superfície abrange 176.215 km2 (área que cabe 48 vezes no

Brasil) e cuja população foi estimada2 no ano de 2020 em 3,53 milhões de habitantes (aproximadamente 60 vezes menor

que a população brasileira), com uma densidade demográfica de aproximadamente 20 h/km2.

De acordo com a legislação nacional, a educação é obrigatória a partir dos 4 anos de idade, do nível inicial até ao

terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio e

universitário com grau de bacharel ou equivalente. Por sua vez, os cursos de pós-graduação, doutorado e mestrado, não

são todos gratuitos.

A língua oficial do país é o espanhol, falado por toda a população. A religião mais praticada é a Católica Apostólica

Romana, à qual, segundo pesquisas de opinião, pertence cerca de 47,1% da população. Contudo, deve-se notar que o

Estado uruguaio é laico, e Igreja e Estado estão separados desde inícios do século XX.

Há 16 anos que o PIB do Uruguai mantém uma tendência crescente. Notadamente, no ano de 2018, o Produto

Interno Bruto (“PIB”) do Uruguai atingiu US$ 60.415 milhões, representando US$ 17.232 per capita3. Enquanto em 2019,

a economia uruguaia registrou uma variação de 0,2% no PIB em relação ao ano anterior.4

Nesse crescimento, o governo brasileiro teve uma importante colaboração, renovando a dinâmica desse processo

mediante o estabelecimento do Grupo de Alto Nível Brasil-Uruguai (GAN), visando a formular e a monitorar projetos em

áreas estratégicas da relação bilateral.

Nesse sentido, já em julho de 2013 foi aprovado o Plano de Ação para o Desenvolvimento Sustentável e a

Integração Brasil-Uruguai, documento que prevê quarenta ações de caráter estratégico, no curto, médio e longo prazo. O

trabalho dos subgrupos do GAN também possibilitou a assinatura do “Acordo de Residência Permanente”, com objetivo

de permitir a livre circulação de pessoas, estabelecendo um mecanismo simplificado para a concessão de residência

permanente aos cidadãos brasileiros e uruguaios que desejarem morar no país vizinho.

A economia do Uruguai é do tipo aberta e sua estrutura produtiva é baseada no setor agroindustrial. Apesar desse

setor ter sofrido em 2018 o impacto de condições financeiras mais desfavoráveis e ter enfrentado um mercado mais

protecionista, o PIB agropecuário conseguiu, nesse ano, aumentar 6% em relação ao ano anterior. Embora em 2018,

esse setor representou aproximadamente 11% da estrutura do PIB5, a sua importância é fundamental para apoiar o setor

industrial e as exportações, além da influência nos serviços financeiros e de transporte.

O Uruguai possui um mercado internacional que reconhece seu processo de produção e a qualidade dos

diferentes produtos agrícolas. Em particular, o setor pecuário possui um sistema de rastreabilidade que trabalha em cada

detalhe dos produtos obtidos no processo produtivo, do nascimento dos animais até o consumidor final.

2 “Uruguay: población estimada y proyectada por sexo al 30 de junio de cada año e indicadores de estructura demográfica – Periodo 1996 – 2050”, Indicadores Demográficos

– Estrutura demográfica, publicado em: http://www.ine.gub.uy/web/guest/indicadores-demograficos1 3 “Informe Agro – Negocios”, do Uruguay XXI, de agosto de 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c58a3bae82f4c5e3555cfe9c27ca746c7e04051e.pdf 4 “Informe de Cuentas Nacionales 2019”, Banco Central do Uruguai, publicado em: https://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-

Indicadores/Cuentas%20Nacionales/eecn11d1219.pdf 5 “El Banco Mundial en Uruguay”, do Banco Mundial, publicado em: http://www.bancomundial.org/es/country/uruguay

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Conforme os dados divulgados pela agência Uruguay XXI 6 , em 2018, os bens do setor agroindustrial

representaram aproximadamente 80% das exportações totais do Uruguai, em que as vendas agroindustriais foram da

ordem dos US$ 7.214 milhões. Conforme indicado, isso é devido à política de desenvolvimento sustentável, que inclui a

implementação de determinados planos, como os de uso e gestão responsável da terra, bem como os relativos à

produção de leite, além do fato de que as leis internas uruguaias não preveem limitações ou restrições quanto ao volume

dos produtos agroindustriais.

O país tem grande potencial para aumentar a produção de bens agroindustriais, uma vez que produz alimentos

para 28 milhões de pessoas no mundo e, nos próximos anos, espera atingir uma produção para 50 milhões.7

6 Oportunidades de Investimento. Agronegocios, Agosto 2019 publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c58a3bae82f4c5e3555cfe9c27ca746c7e04051e.pdf 7 Oportunidades de Investimento. Agronegocios, Agosto 2019 publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c58a3bae82f4c5e3555cfe9c27ca746c7e04051e.pdf

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I. ASPECTOS GERAIS

I.1. Geografia

I.1.1. Localização e superfície

Localizado no sudeste da América do Sul, o Uruguai ocupa uma área de 176.215 km2, menor que o estado do

Paraná. O país faz fronteira no Norte e Nordeste com o Brasil; e, no Oeste, se encontra o rio Uruguai, que demarca a

fronteira com a Argentina. Sua costa inclui o Rio da Prata ao sul e o Oceano Atlântico ao Sudeste.

Montevidéu, a capital do Uruguai, localiza-se nas margens do Rio da Prata e está a uns 804 quilômetros de Porto

Alegre, 2.363 quilômetros de Rio de Janeiro, 1.930 quilômetros de São Paulo, 2.914 quilômetros de Brasília, 1.852

quilômetros de Santiago, 1.344 quilômetros de Assunção e 579 quilômetros de Buenos Aires.

O Rio da Prata é um estuário que recolhe as águas de uma grande bacia, abrangendo uma área de três milhões

de km2, incluindo os territórios da Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia.8 Os principais afluentes, os rios Paraguai, Paraná

e Uruguai nascem no Brasil. Ao longo do rio Paraguai até a foz no rio Paraná, e deste último para o Rio da Prata,

encontra-se a chamada hidrovia Paraguai-Paraná, sistema institucional multilateral para o desenvolvimento da

navegação por esse canal.

I.1.2. Localização, características da superfície, clima

O Uruguai está numa área de clima temperado. A ausência de sistemas orográficos significativos, determina a

homogeneidade da temperatura e o regime de precipitações, bem como a acessibilidade a todas as regiões do país.

Há 17 milhões de hectares de terras aptas para a produção agrícola e pecuária. A produção pecuária

(principalmente gado bovino e ovino) estende-se em grande parte do país, ao tempo que as culturas agrícolas, a

depender das características de produtividade e do solo, estão agrupadas conforme as diferentes regiões: trigo, cevada

e soja, na costa do rio Uruguai; arroz, na zona oriental, perto da fronteira com o Brasil; frutas cítricas, no Noroeste;

produção florestal, no Norte, e também na área de fronteira.

As planícies que compõem o território uruguaio são cortadas por inúmeros corpos d'água, entre eles: (i) o rio

Uruguai, cujo principal afluente é o rio Negro; (ii) o Rio da Prata; e (iii) a Lagoa Mirim, na fronteira Uruguai-Brasil.

O país possui mais de mil quilômetros de rios navegáveis, dos quais 800 quilômetros correspondem ao Rio da

Prata e ao rio Uruguai. O último nasce no Brasil, recebendo numerosos afluentes em território uruguaio, sendo

navegável da sua foz no Rio da Prata até a cidade de Paysandú. O rio Negro nasce no Brasil, atravessa o país de Leste

a Oeste e deságua no rio Uruguai.

O clima do Uruguai é temperado e variável; em geral, as mudanças na precipitação, temperatura e outros

parâmetros são pequenas. A temperatura média anual do país está em torno dos 17,5 ºC. No verão é de 22ºC e atinge

um máximo de 32ºC. No inverno, a temperatura média é de 14ºC e a mínima é de 0ºC. Chove quase todo o ano,

atingindo uma precipitação média anual de 1.250 mm. No inverno, ventos fortes sopram do Sudoeste, chamados de

“pamperos”, que aumentam a sensação de frio. A umidade média anual é superior a 70%.9

8 “Uruguay Estudio Ambiental Nacional” da Oficina de Planeamiento y Presupuesto, Organização de Estados Americanos, Banco Interamericano de Desenvolvimento -

República Oriental do Uruguai - Relatório publicado pela Secretaria Ejecutiva para Asuntos Económicos y Sociales, Departamento de Desarrollo Regional y Medio Ambiente,

ano 1992, publicado em: https://www.oas.org/dsd/publications/Unit/oea10s/begin.htm 9 “Clima del Uruguay”, Real Academia Uruguay de la Universidad de la República, julho de 1999, Publicado em: http://www.rau.edu.uy/uruguay/geografia/Uy_clima.htm

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12

I.2. População, centros urbanos e padrão de vida

I.2.1. População

Estima-se que a população total do Uruguai atinja atualmente 3,53 milhões de habitantes, dos quais mais de 50%

são mulheres.10

Do total da população indicada, 95% dos habitantes vivem em áreas urbanas e o 5% restante vive em áreas

rurais. Conforme um recente estudo da CEPAL11, o Uruguai é o país mais urbanizado da América Latina. Em termos de

densidade populacional, estima-se que seja de 20 habitantes por quilômetro quadrado.

Em relação à origem racial e étnica da população uruguaia, cerca de 96% dos habitantes são de origem europeia

(especialmente espanhóis e italianos). Em relação ao crescimento populacional, estima-se em 0,368% ao ano, sendo um

dos mais baixos índices da América Latina. Todavia, a expectativa de vida ao nascer é de 74 anos para homens12 e 81

anos para mulheres13, um dos mais altos da América do Sul.

De acordo com dados publicados pelo INE14, segundo o último censo (2011), 21% da população está na faixa

etária de 0 a 14 anos de idade, enquanto a proporção da população de mais de 65% é de 13,9%. Em relação às

estatísticas projetadas para 2020, os números não sofrem grandes mudanças, pois, conforme indicado, o percentual da

população abaixo de 15 anos seria em torno de 19,67%, enquanto os maiores de 65 aumentariam para 14,59%15.

O Uruguai tem uma das taxas de alfabetização mais altas da América Latina, estimada em 98,1%. Segundo dados

informados pelo INE16, no ano de 2018: (i) 26,9% da população de mais de 25 anos tinha mais de treze anos de estudo;

(ii) 24,3% da população, entre 10 e 12 anos; (iii) 21,3%, de 7 a 9 anos; (iv) 23%, de 4 a 6 anos; (v) enquanto 4.4% tinha

de 0 a 3 anos.

I.2.2. Centros urbanos

Montevidéu é o principal centro administrativo, comercial, industrial e financeiro do país, concentrando 41% da

população total.17 Também possui o aeroporto internacional mais importante do Uruguai e o principal porto da região.

Outras cidades importantes do país são Salto, Paysandú, Rivera, Colonia, Maldonado - Punta del Este e Las Piedras

(distrito da área metropolitana de Montevidéu).

10 “Uruguay: población estimada y proyectada por sexo al 30 de junio de cada año e indicadores de estructura demográfica – Periodo 1996 – 2050”, Indicadores

Demográficos – Estrutura demográfica, publicado em: http://www.ine.gub.uy/web/guest/indicadores-demograficos1 11 “La Urbanización en América Latina: Aspectos espaciales y demográficos del crecimiento urbano y de la concentración de la población”, da Comissão Econômica para a

América Latina e o Caribe (CEPAL) - Unidade Central do Programa de Pesquisas Sociais sobre Problemas de População Relevantes para Políticas de População na

América Latina (PISPAL) adscrita ao CELADE. Publicado em: http://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/12563/NotaPobla9_es.pdf?sequence=1 12 Indicadores do Banco Mundial (esperança de vida ao nascer, homens (anos)), publicado em: https://datos.bancomundial.org/indicador/SP.DYN.LE00.MA.IN?locations=UY 13 Indicadores do Banco Mundial (esperança de vida ao nascer, mulheres (años)), publicado em: https://datos.bancomundial.org/indicador/SP.DYN.LE00.FE.IN?locations=UY 14 Resultados do Censo Populacional 2011, do Instituto Nacional de Estadísticas, de 30 de dezembro de 2011, acessar em: http://www.ine.gub.uy/censos-2011 15 “Uruguay: población estimada y proyectada por sexo al 30 de junio de cada año e indicadores de estructura demográfica – Periodo 1996 – 2050”, Indicadores

Demográficos – Estrutura demográfica, publicado em: http://www.ine.gub.uy/web/guest/indicadores-demograficos1 16 “Distribución porcentual de la población urbana de 25 años y más de edad según tramos de años de estudio completados. Localidades de 5000 o más habitantes”.

Educação – Séries Históricas – População de 25 e mais, segundo intervalos de anos de estudos concluídos – Distribuição percentual da população total, do Instituto

Nacional de Estadísticas, publicado em: http://www.ine.gub.uy/web/guest/educacion. 17 Resultados do Censo Populacional 2011, do Instituto Nacional de Estadísticas, de 30 de dezembro de 2011, publicado em: http://www.ine.gub.uy/censos-2011

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Salto, na margem do rio Uruguai, é a segunda cidade mais importante do país. Está localizada em uma das

principais áreas de produção de gado ovino e bovino, onde há modernos frigoríficos habilitados para exportação de

carne e seus derivados. A cidade é o centro comercial da principal zona produtora de cítricos do país.

Paysandú é a terceira cidade mais importante do Uruguai em número de habitantes, também localizada nas

margens do rio Uruguai, possui um parque industrial composto principalmente por plantas de produção de alimentos e

bebidas (incluindo a segunda maior unidade de processamento de cevada da América do Sul, propriedade da empresa

AMBEV). O território adjacente também é importante no que diz respeito à produção de cítricos e carne bovina.

Por sua vez, a cidade de Rivera, localizada na fronteira com o Brasil, vizinha da cidade de Santana do Livramento,

Rio Grande do Sul, destaca-se pela presença de um importante centro comercial, canalizando parte importante do

comércio bilateral.

Da mesma forma, vale a pena mencionar outros centros urbanos: Maldonado, especialmente Punta del Este

(centro turístico), Mercedes (centro de produção de cereais), Minas (produção ovina), Tacuarembó (frigoríficos e centro

pecuarista) e Las Piedras (uvas e vinicultura), cujas distâncias da capital podem ser observadas na Tabela Nº 1 abaixo.

(Tabla 1)Distancias entre Montevidéu y algumas cidades uruguaias

Cidade Distâncias a Montevidéu em Km

Artigas 501

Salto 424

Paysandú 336

Rivera 448

Melo 338

Maldonado 113

Chuy 284

Mercedes 250

Colonia 159

Fray Bentos 306

Fonte: Distâncias de Montevidéu, Geodatos18

I.2.3. Principais indicadores econômicos e sociais

I.2.3.1. Desenvolvimento Humano

Em 2019, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) realizou um censo mundial sobre o

Índice de Desenvolvimento Humano, a partir das desigualdades existentes, no qual participaram 189 países

classificados. Levando em conta o exposto acima, o estudo mostrou que, em termos de Desenvolvimento Humano, o

Uruguai encontra-se, a nível mundial, na posição 54, com um índice de desenvolvimento humano de 0,808, ocupando o

terceiro lugar na América Latina, atrás do Chile e da Argentina.19

I.2.3.2. Renda média per capita e domicílio

A pobreza de um país é medida em termos de renda per capita, se o país tem uma alta renda per capita, é

considerado um país rico.

18 Distâncias a cidades do Uruguai a partir de Montevidéu de Geodatos, publicado em: https://www.geodatos.net/distancias/ciudades/uruguay/montevideo/montevideo 19 Visão Geral - Relatório de Desenvolvimento Humano 2019 - Além do rendimento, além das médias, além do presente. Desigualdades no desenvolvimento humano no

século XXI, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 2019, publicado em: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr_2019_overview_-_spanish.pdf

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Segundo as estimativas feitas pelo Instituto Nacional de Estatísticas20, a renda média per capita, sem considerar o

décimo terceiro e sem valor locativo, para o total do país, atingiu, em fevereiro de 2020, um valor estimado de $U 24.644,

o que indicaria um aumento de $U 961 em relação a janeiro de 2020 ($U 23.683) e de $U 2.521, a fevereiro de 2019.

Analisando os números a nível local, em Montevidéu a média foi de $ 30.958, enquanto no resto do país a estimativa foi

de $U 20.525.

(Tabela 2) Renda média per capita a valores correntes em $U (sem décimo terceiro e sem valor locativo)

fevereiro de 2019 - fevereiro de 2020

Zona Estimativa pontual

Total do país 24.644

Montevidéu 30.958

Interior 20.525

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas21

Por sua vez, quanto à renda familiar média dos lares a valores correntes (sem décimo-terceiro e sem valor

locativo), estes foram estimados a fevereiro de 2020 em $U 69.289, representando um aumento de $U 6.948 em relação

ao mesmo período do ano anterior e $U 2.563 a janeiro de 2020. A nível local, a renda familiar média para o

departamento de Montevidéu foi estimada em $U 83.611, ao tempo que no interior do país, foi de $U 59.293.

(Tabela 3) Renda familiar média a valores correntes em $U (sem décimo terceiro e sem valor locativo)

fevereiro de 2019 - fevereiro de 2020

Zona Estimativa pontual

Total do país 69.289

Montevidéu 83.611

Interior 59.293

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas22

Quanto à composição da renda, esta geralmente é integrada pela renda decorrente de: (i) trabalho, seja

assalariado ou autônomo; (ii) transferências recebidas; (iii) renda por valor locativo; e (iv) renda oriunda da propriedade

de ativos.

I.2.3.3. Despesa média per capita e domicílio

Segundo os últimos dados oficiais publicados, relativos ao período 2016-2017, na distribuição da despesa com

valor locativo, habitação foi a rubrica de maior importância, tendo igual peso em Montevidéu e no interior. Em segundo

lugar, estão os alimentos e as bebidas alcoólicas. Esta rubrica representava em Montevidéu 17,3% do total da renda;

enquanto no interior tinha um peso substancialmente maior, chegando a 23,9%. Por sua vez, os lares de Montevidéu, se

comparados com os do interior do país, destinavam uma proporção maior do orçamento a rubricas como, saúde,

educação, restaurantes e hospedagem.

(Tabela 4) Estrutura de consumo dos lares por área geográfica, segundo rubrica de consumo – 2016-2017

20 “Boletín Técnico - Ingreso de los hogares y de las personas, febrero 2020”, do Instituto Nacional de Estadísticas, de 16 de abril 2020, publicado em:

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30869/Bolet%C3%ADn+T%C3%A9cnico+Ingresos+Febrero+2020/cc2d1b60-b824-4d3d-bc24-cd4487fff7b3 21 “Boletín Técnico - Ingreso de los hogares y de las personas, febrero 2020”, do Instituto Nacional de Estadísticas, de 16 de abril 2020, publicado em:

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30869/Bolet%C3%ADn+T%C3%A9cnico+Ingresos+Febrero+2020/cc2d1b60-b824-4d3d-bc24-cd4487fff7b3 22 “Boletín Técnico - Ingreso de los hogares y de las personas, febrero 2020”, do Instituto Nacional de Estadísticas, de 16 de abril 2020, publicado em:

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30869/Bolet%C3%ADn+T%C3%A9cnico+Ingresos+Febrero+2020/cc2d1b60-b824-4d3d-bc24-cd4487fff7b3

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Rubrica Com valor locativo Sem valor locativo

Total Montevidéu Interior Total Montevidéu Interior

Total 100 100 100 100 100 100

Alimentos e bebidas não alcoólicas 18,5 16,6 20,4 22,5 20,4 24,4

Bebidas alcoólicas e tabaco 1,1 1,1 1,1 1,4 1,4 1,4

Vestuário e calçado 3,1 2,7 3,5 3,7 3,3 4,2

Habitação 28,3 30,3 26,2 13,0 14,4 11,7

Mobiliário e utensílios domésticos 4,1 4,2 4,0 4,9 5,1 4,7

Saúde 11,9 11,4 12,4 14,4 14,0 14,9

Transporte 11,3 10,9 11,7 13,7 13,4 14,0

Comunicações 3,6 3,4 3,7 4,4 4,2 4,5

Lazer e cultura 6,3 6,6 6,1 7,6 8,1 7,3

Educação 2,8 4,1 1,6 3,4 5,1 1,9

Restaurantes e hospedagem 3,7 3,9 3,5 4,5 4,7 4,2

Bens e serviços diversos 5,3 4,8 5,8 6,4 5,9 6,9

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas23

I.2.3.4. Distribuição da renda

Há vários anos, o Uruguai vem se destacando na América Latina por seus menores indicadores de desemprego,

pobreza, indigência e distribuição de renda em relação ao restante da América Latina. Nesse sentido, desde 2006, o

Uruguai vem apresentando uma diminuição da disparidade de renda, tanto no caso da renda per capita dos lares quanto

dos autônomos.

Por sua vez, segundo os últimos dados publicados pelo Instituto Nacional de Estadísticas24, referentes a 2019, o

valor da linha de pobreza era de 1,3, o que significa que, em relação ao ano anterior, os indicadores aumentaram 0,1

ponto percentual. Os maiores índices correspondem a Canelones, Lavalleja, Durazno, Treinta y Tres, Soriano, Salto e

Montevidéu, enquanto os mais baixos estão em San José, Colonia e Artigas.

I.2.3.5. Indicadores de pobreza por método da renda

Segundo os dados obtidos em 2019 pelo Instituto Nacional de Estatísticas25, os lares e pessoas sob a linha de

indigência estavam em 0,1% e 0,2% respectivamente. Por sua vez, em igual mensuração, os lares sob a linha de

pobreza estavam em 5,9%, enquanto no total de pessoas o algarismo aumentava a 8,8%.

I.2.3.6. Outros indicadores

O Banco Mundial compilou os principais indicadores econômicos e sociais, e determinou a posição ocupada pelo

Uruguai neles, tanto globalmente quanto em relação à América do Sul. Na tabela 5, a seguir, analisamos a relação da

grande maioria deles e a posição atual do Uruguai a esse respeito.

23 “Encuesta Nacional de Gastos e Ingresos 2016-2017”, do Instituto Nacional de Estadísticas, publicado em:

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/35933/Principales+Resultados+de+la+Encuesta+de+Gastos+e+Ingresos+de+los+Hogares+2016-2017+%28ENGIH%29/f71f5305-

db24-4fc6-b797-9a67076e2188 24 Boletín Técnico - Estimación de la pobreza por el método de ingreso 2019, do Instituto Nacional de Estadísticas, del 31 de março 2020, publicado em:

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30913/Estimaci%C3%B3n+de+la+pobreza+por+el+m%C3%A9todo+de+ingreso+2019/c0c832b4-7e5c-4c2a-92e9-7ea69a75e92a 25 Boletín Técnico - Estimación de la pobreza por el método de ingreso 2019, do Instituto Nacional de Estadísticas, de 31 de março 2020, publicado em:

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30913/Estimaci%C3%B3n+de+la+pobreza+por+el+m%C3%A9todo+de+ingreso+2019/c0c832b4-7e5c-4c2a-92e9-7ea69a75e92a

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16

(Tabela 5) Principais indicadores econômicos e sociais e posição do Uruguai no mundo e na América do Sul

Índice (ano) Autor / Fonte Data de

publicação Países

Posição

a nível

mundial

Posição na

América do Sul

A liberdade de imprensa mundial

(2019)26 Repórteres sem fronteiras 2019 180 19

Índice de democracia

(2019)27 The Economist 2019 167 15 1

Paz Global (2019)28 Institute for Econômica &

Peace (IEP) 2019 163 34 2

Qualidade de vida (2019)29 Mercer 2019 231

(*)

78

(**) 1

Prosperidade Global

(2019)30 Instituto Legatum 2019 167 39 3

Competitividade em Turismo e

Viagens (2019)31 World Economic Forum 2019 140 74 7

Percepção da corrupção (2019)32 Transparency

International 2019 180 21 1

Liberdade econômica

(2019)33 Heritage Foundation 2019 180 40 2

Competitividade Global

(2019)34 World Economic Forum 2019 141 54 2

Índice dos direitos da

Propriedade (2019)35 Property Rights Alliance 2019 129 39 3

Índice de globalização

(2019)36

KOF Swiss Economic

Institute 2019 197 47 2

(*) Amostragem de cidades

(**) Montevidéu - Uruguai

I.3. Organização política e administrativa do Uruguai

I.3.1. Organização política

O Uruguai adota um sistema republicano presidencial. As eleições para autoridades nacionais e locais são por

voto obrigatório para pessoas maiores de 18 anos, por eleição popular direta.

o Poder Executivo

26 Publicado em: https://www.rsf-es.org/grandes-citas/clasificacion-por-paises/ 27 Publicado em: http://www.eiu.com/Handlers/WhitepaperHandler.ashx?fi=Democracy-Index-2019.pdf&mode=wp&campaignid=democracyindex2019 28 Publicado em: http://visionofhumanity.org/app/uploads/2019/07/GPI-2019web.pdf 29 Publicado em https://www.latam.mercer.com/newsroom/estudio-calidad-de-vida.html 30 Publicado em: https://www.prosperity.com/rankings 31 Publicado em: http://www3.weforum.org/docs/WEF_TTCR_2019.pdf 32 Publicado em: https://www.transparency.org/cpi2019 33 Publicado em: https://www.heritage.org/index/country/uruguay 34 Publicado em: http://www3.weforum.org/docs/WEF_TheGlobalCompetitivenessReport2019.pdf 35 Publicado em: https://atr-ipri2017.s3.amazonaws.coProperty Rights Alliancem/uploads/IPRI_2019_ES_Report.pdf 36 Publicado em: https://kof.ethz.ch/en/forecasts-and-indicators/indicators/kof-globalisation-index.html

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O Presidente, eleito por voto popular para um mandato de cinco anos, sem reeleição consecutiva em dois

períodos, é assistido pelo Vice-Presidente e por um Conselho de Ministros. Quanto ao funcionamento, pode ser de duas

formas: mediante o acordo do Presidente da República com um Ministro ou vários Ministros que se ocupem de uma

determinada questão, ou, através do Conselho de Ministros. Os ministérios são:

- Defesa Nacional

- Desenvolvimento Social

- Economia e Finanças

- Educação e Cultura

- Pecuária, Agricultura e Pesca

- Indústria, Energia e Mineração

- Interior

- Relações Exteriores;

- Saúde Pública;

- Trabalho e Previdência Social;

- Transporte e Obras Públicas;

- Turismo

- Habitação, Planejamento Territorial e Meio Ambiente

Os dados referentes à localização e números de contato dos escritórios dos Ministérios se encontram no Anexo I.

o Poder Legislativo

O Parlamento funciona em regime bicameral: o Senado (composto por 30 membros) e a Câmara dos

Representantes (composta por 99 membros). As eleições para senadores (circunscrição nacional) e deputados

(circunscrição departamental) ocorrem na mesma data da eleição para Presidente. O Vice-Presidente é também o

Presidente do Senado e o encontro de ambas as câmaras, chama-se Assembleia Geral.

o Poder Judiciário

O suporte máximo deste poder é a Suprema Corte de Justiça, composta por 5 membros. O Poder Judiciário

uruguaio também está integrado por Tribunais de Apelação, Tribunais de Primeira Instância em Matéria Criminal, Civil,

Menores, Família, Aduanas, Concursos, Trabalhista e Contencioso – Administrativo. Em um nível hierárquico inferior,

temos também os Tribunais de Paz Departamentais da capital e do interior, Tribunais em cidades, vilas ou povoados do

interior, e Tribunais de Paz rurais. Também há Tribunais de Faltas que julgam infrações à lei criminal, mas de menor

importância e transcendência. Sua função principal é garantir que as normas jurídicas sejam observadas em cada caso

específico onde houver um conflito e assim preservar a ordem jurídica.

I.3.2. Partidos políticos

Os principais partidos políticos são: Frente Amplio; Partido Nacional; Partido Colorado, Cabildo Abierto e Partido

Independiente.

I.3.3. Organização administrativa

O Uruguai (à diferença dos seus vizinhos Argentina e Brasil) divide-se, política e administrativamente, em

departamentos, em vez de províncias ou estados. O governo administrativo e executivo de cada departamento é

exercido por um Intendente eleito. A Junta Departamental é o órgão com funções legislativas e de controle das contas

públicas. Dentro de cada departamento há divisões territoriais do terceiro nível, chamados Municípios, responsáveis pela

administração local, que estão a cargo de um Conselho Municipal, presidido por um Alcalde.

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Os 19 departamentos que compõem o Uruguai são: (1) Artigas, (2) Canelones, (3) Cerro Largo, (4) Colonia, (5)

Durazno, (6) Flores, (7) Florida, (8) Lavalleja, (9) Maldonado, (10) Montevidéu, (11) Paysandú, (12) Río Negro, (13)

Rivera, (14) Rocha, (15) Salto, (16) San José, (17) Soriano, (18) Tacuarembó e (19) Treinta y Tres. Cada um dos 19

departamentos tem uma situação populacional muito diferente, conforme mostra a Tabela Nº 6.

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(Tabela 6) Dados de superfície, população e capital dos 19 departamentos que integram o Uruguai

Departamento Capital Área (km2) População

(Censo 2011)

População

(estimada para 2020)

Montevidéu Montevidéu 525 1.319.108 1.383.135

Canelones Canelones 4.534 520.187 581.155

Maldonado Maldonado 4.793 164.300 195.005

Salto Salto 14.163 124.878 133.707

Colonia Colonia del Sacramento 6.106 123.203 131.297

Paysandú Paysandú 13.922 113.124 119.882

Rivera Rivera 9.370 103.493 109.039

San José San José de Mayo 5.026 108.309 118.270

Tacuarembó Tacuarembó 15.969 90.053 92.894

Cerro Largo Melo 13.648 84.698 89.630

Soriano Mercedes 9.008 82.595 83.714

Artigas Artigas 11.928 73.378 74.075

Rocha Rocha 10.550 68.088 74.238

Florida Florida 10.417 67.048 69.324

Lavalleja Minas 10.016 58.815 58.699

Durazno Durazno 11.643 57.088 58.975

Río Negro Fray Bentos 9.536 54.765 58.308

Treinta y Tres Treinta y Tres 9.529 48.134 50.485

Flores Trinidad 5.144 25.050 26.485

Fonte: Tabela de criação própria com base em dados do Instituto Nacional de Estadísticas37, o Ministério de Economia e

Finanças38 e o Comitê dos Direitos da Criança39

Os dados referentes à localização e números de contato dos governos departamentais, de cada um dos

departamentos, se encontram no Anexo I.

I.4. Participação em organizações e acordos internacionais

Politicamente, o Uruguai é membro da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados

Americanos (OEA), bem como das principais organizações e entidades internacionais. Nos âmbitos econômico,

comercial e financeiro, pertence às seguintes organizações, entre outras:

MERCOSUL - Mercado Comum do Sul

OMC - Organização Mundial do Comércio

FMI - Fundo Monetário Internacional

ALADI - Associação Latino-Americana de Integração

BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento

37 Resultados del Censo de Población 2011: población, crecimiento y estructura por sexo y edad, do Instituto Nacional de Estadísticas (INE), ano 2011, publicado em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/35289/analisispais.pdf/cc0282ef-2011-4ed8-a3ff-32372d31e690 y “Estimaciones y proyecciones de la población de Uruguay:

metodología y resultados”, Revisão 2013, publicado em junho 2014 em http://www.ine.gub.uy/c/document_library/get_file?uuid=c4d937f9-49e4-4989-b3fc-

c6130745233b&groupId=10181 38 Invertir en Uruguay - Regiones, de la Unidad de Apoyo al Sector Privado (UnaSep) do Ministério de Economia e Finanças (MEF), publicado em

https://www.mef.gub.uy/10101/8/areas/regiones.html 39 “População Estimaciones y Proyecciones. Informe 2019”, de 13 de junho 2019, publicado em: https://www.cdnuruguay.org.uy/mas-derechos/poblacion/

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20

BM - Banco Mundial

Algumas das secretarias dessas organizações estão instaladas na cidade de Montevidéu, como por exemplo: a

Secretaria-Geral da ALADI, a Secretaria Administrativa do MERCOSUL, o escritório regional da ONUDI para o

MERCOSUL, Bolívia, Chile e Peru, a sede da União Postal das Américas, Espanha e Portugal (UPAEP) e o Instituto

Interamericano da Criança e do Adolescente (órgão da OEA), entre outros.

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21

II ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS

II.1. Conjuntura econômica

II.1.1. Características gerais da economia do Uruguai e a variação do PIB geral e por atividade

A economia uruguaia completou uma década de crescimento acima da média da América Latina e está passando

pelo mais longo período de expansão, apesar de estar experimentando, desde 2015, uma marcada desaceleração.

O PIB do Uruguai cresceu desde 2004 a uma média de mais de 6% ao ano, inclusive em 2009 (embora em ritmo

mais lento devido à crise internacional iniciada em 2008).

Mais recentemente, de acordo com dados fornecidos pelo Banco Central, em 2018 o país teve um crescimento de

1,6% em relação a 2017, enquanto no quarto trimestre de 2019 houve um aumento de 0,2% no Produto Interno Bruto

(PIB) em termos de volume físico, comparado ao ano anterior.40

No entanto, em termos dessazonalizados, o PIB do quarto trimestre de 2019 mostrou um recuo de 0,6% em

relação ao trimestre imediatamente anterior, como consequência de uma menor atividade na indústria de transformação,

bem como nos setores de comércio, reparos, restaurantes e hotéis, que não pode ser compensado com o crescimento

de atividades como transporte, armazenamento e comunicação ou fornecimento de eletricidade, gás e água.41

(Tabela 7) Variação do índice de volume físico trimestral dessazonalizado (em %)

Por classe de atividade econômica 3° trim. 2019 /

2° trim. 2019*

4° trim. 2019 /

3° trim. 2019*

ATIVIDADES PRIMÁRIAS -5,6% -1,3%

Agricultura, pecuária, caça e silvicultura -5,7% -1,6%

INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 2,3% -5,3%

FORNECIMENTO DE ELETRICIDADE, GÁS E ÁGUA 1,8% 6,1%

CONSTRUÇÃO 0,4% 0,4%

COMÉRCIO, REPAROS, RESTAURANTES E HOTÉIS 1,1% -1,7%

TRANSPORTE, ARMAZENAMENTO E COMUNICAÇÕES 1,0% 1,6%

OUTRAS ATIVIDADES 1/ 0,6% -0,5%

Impostos menos subsídios sobre produtos 1,8% -1,0%

PRODUTO INTERNO BRUTO 0,6% -0,6% *Dados preliminares

1/ Inclui serviços de atividades imobiliárias, financeiros, prestados a empresas do governo em geral, sociais, de lazer, pessoais e de ajuste pelos serviços de intermediação

financeira medidos indiretamente (SIFIM).

A soma dos montantes parciais pode não coincidir com o total devido ao arredondamento dos valores.

Fonte: Banco Central do Uruguai42

40 Informe de Cuentas Nacionales 22019”, Banco Central do Uruguai, publicado em: https://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-

Indicadores/Cuentas%20Nacionales/eecn11d1219.pdf 41 Informe de Cuentas Nacionales 22019”, Banco Central do Uruguai, publicado em: https://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-

Indicadores/Cuentas%20Nacionales/eecn11d1219.pdf 42 Informe de Cuentas Nacionales 22019”, Banco Central do Uruguai, publicado em: https://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-

Indicadores/Cuentas%20Nacionales/eecn11d1219.pdf

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22

(Tabela 8) Variação do índice de volume físico trimestral (em %)

Por classe de atividade econômica e por componentes

da despesa final

3° trim. 2019/

3° trim. 2018*

4° trim. 2019/

4° trim. 2018*

Variação Incidência Variação Incidência

ATIVIDADES PRIMÁRIAS -8,0% -0,5 -7,5% -0,5

Agricultura, pecuária, caça e silvicultura -8,3% -0,5 -7,6% -0,5

INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 2,9% 0,4 -2,2% -0,3

FORNECIMENTO DE ELETRICIDADE, GÁS E ÁGUA 1,3% 0,0 6,1% 0,1

CONSTRUÇÃO -1,2% -0,1 -1,7% -0,1

COMÉRCIO, REPAROS, RESTAURANTES E HOTÉIS 0,0% 0,0 0,6% 0,1

TRANSPORTE, ARMAZENAMENTO E COMUNICAÇÕES 3,0% 0,6 2,5% 0,5

OUTRAS ATIVIDADES 1/ 1,2% 0,3 0,4% 0,1

VALOR AGREGADO BRUTO 0,9% 0,7 -0,1% 0,0

Impostos menos subsídios sobre produtos 1,8% 0,3 1,6% 0,3

PRODUTO INTERNO BRUTO 1,1% 1,1 0,2% 0,2

DESPESA CONSUMO FINAL 1,3% 1,2 1,0% 0,8

Despesa de consumo final das famílias e IPSFL 1,4% 1,1 1,0% 0,7

Despesa consumo final do Governo 0,7% 0,1 0,6% 0,1

FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL -8,8% -1,4 -0,5% -0,1

Formação Bruta de Capital Fixo 2,6% 0,4 5,4% 0,8

Setor Público -2,1% -0,1 -1,6% 0,0

Setor Privado 3,9% 0,5 7,7% 0,9

EXPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS 6,1% 1,7 1,6% 0,4

IMPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS (-) 1,3% -0,4 3,0% -0,8 * Dados preliminares

1/ Inclui serviços de atividades imobiliárias, financeiros, prestados a empresas do governo em geral, sociais, de lazer, pessoais e de ajuste pelos serviços de intermediação

financeira medidos indiretamente (SIFIM).

A soma dos montantes parciais pode não coincidir com o total devido ao arredondamento dos valores.

Fonte: Banco Central do Uruguai43

Em julho de 2013, a economia uruguaia começou a crescer a tal ponto que o Banco Mundial classificou o Uruguai

como um país de alta renda. Conforme observado no Quadro Nº 1, no ano de 2018, a renda nacional bruta per capita era

de US$ 21.940 no “PPA” (Paridade do Poder de Compra, em espanhol).44

Ademais, conforme destacado pelo Banco Mundial45 “O Uruguai conseguiu atingir um alto nível de igualdade de

oportunidades, em termos de acesso a serviços básico como educação, água potável, eletricidade e saneamento”.

Segundo afirmou em seus relatórios, “O Uruguai encontra-se entre os primeiros lugares na região, considerando

diversas medidas de bem-estar, como o Índice de Desenvolvimento Humano, o Índice de Oportunidade Humana e o

Índice de Liberdade Econômica”, inclusive, a classe média uruguaia é a maior da América, representando 60% da

população.

43 https://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-Indicadores/Cuentas%20Nacionales/eecn11d1219.pdf 44 Índices do Banco Mundial publicados em https://datos.bancomundial.org/indicador/NY.GNP.PCAP.PP.CD?locations=UY 45 El Banco Mundial en Uruguay - Panorama General, do Banco Mundial publicado em: http://www.bancomundlal.Org/es/country/umguay/overview#1

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23

(Quadro 1) INB per cápita, PPA (em $ internacionais atuais) (2018)

Fonte: Índices do Banco Mundial34.46

II.1.2. Variação do Índice de Preços ao Consumo (IPC) no Uruguai

O Índice de Preços ao Consumo (IPC) é um indicador que visa a calcular a variação mensal dos preços de bens e

serviços consumidos pelos lares e que compõem a denominada “cesta básica”. Para o cálculo, são levantados

mensalmente os preços dessa cesta básica composta por bens e serviços que compõem a estrutura da despesa de

consumo do lar médio do país. Se o índice for positivo, considera-se que houve um aumento nos preços (inflação),

enquanto que se for negativo, significa que houve uma queda nos preços (deflação).

Para o mês de maio de 2020, o valor do IPC era de 216,76, o que representa uma variação de 0,57% em relação

ao mês anterior. A variação acumulada no ano é de 6,77% e nos últimos doze meses de 11,05%.47

(Tabela 9) Variações no índice geral do IPC (maio 2019 - maio 2020)

Índice Geral

IPC

Variações em%

Mês

Acumulado

No ano Últimos 12 meses

maio

2020 216,76 0,57 6,77 11,05

maio

2019 195,19 0,40 4,59 7,73

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas48

46 Índices do Banco Mundial publicado em https://datos.bancomundial.org/indicador/NY.GNP.PCAP.PP.CD?locations=UY 47 Boletín Técnico – Índice de Precios del Consumo (IPC) Mayo 2020, do Instituto Nacional de Estadísticas, publicado em 3 de junho de 2020 em

tp://www.ine.gub.uy/documents/10181/30893/%C3%8Dndice+de+Precios+del+Consumo+%28IPC%29+Mayo+2020/be6e46b5-1c3b-4392-84bd-4a8fef23b8a3 48 Boletín Técnico – Índice de Precios del Consumo (IPC) Mayo 2020, do Instituto Nacional de Estadísticas, publicado em 3 de junho de 2020 em

tp://www.ine.gub.uy/documents/10181/30893/%C3%8Dndice+de+Precios+del+Consumo+%28IPC%29+Mayo+2020/be6e46b5-1c3b-4392-84bd-4a8fef23b8a3

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24

Na seguinte Tabela Nº 10, é possível observar a variação do IPC por classe e grupo de atividades, a fim de

compreender quais os setores que apresentaram as maiores variações e quais registraram um aumento constante.

(Tabela 10) Variação do IPC por classe e atividade (maio 2020)

Variações (em %)

Índice Mês Acumulado

no ano

Últimos 12

meses

Incidência

(em %)

IPC 216,76 0,57 6,77 11,05

Alimentos e bebidas não alcoólicas 235,55 0,96 8,02 19,26 0,27

Bebidas alcoólicas e tabaco 225,72 0,31 8,38 9,96 0,01

Vestuário e calçado 148,81 1,82 1,32 2,72 0,07

Habitação 219,53 0,29 14,82 7,63 0,04

Mobiliário e utensílios domésticos 228,73 0,88 6,29 10,36 0,05

Saúde 210,48 0,58 4,78 8,84 0,04

Transporte 201,69 0,10 6,76 7,27 0,00

Comunicações 128,88 0,05 6,63 10,74 0,00

Lazer e cultura 194,67 -0,05 8,64 8,64 0,05

Educação 259,70 -1,71 -1,32 1,83 -0,07

Restaurantes e hotéis 243,15 0,53 3,14 9,47 0,05

Bens e serviços diversos 221,75 1,25 5,05 10,01 0,08

Índice de Montevidéu 219,64 0,54 6,26 10,48

Alimentos e bebidas não alcoólicas 236,54 1,19 7,61 18,47 0,29

Bebidas alcoólicas e tabaco 222,82 0,48 8,19 9,73 0,02

Vestuário e calçado 156,62 1,85 2,15 3,67 0,06

Habitação 224,69 0,43 13,03 7,37 0,06

Mobiliário e utensílios domésticos 233,75 1,13 6,37 10,71 0,07

Saúde 216,23 0,76 5,00 9,17 0,06

Transporte 200,68 0,00 2,45 5,60 0,00

Comunicações 129,80 -0,01 6,58 7,21 0,00

Lazer e cultura 200,51 -0,71 7,13 11,81 -0,04

Educação 265,72 -2,78 -1,91 1,87 -0,14

Restaurantes e hotéis 243,18 0,66 3,62 9,94 0,07

Bens e serviços diversos 224,43 1,24 5,45 10,29 0,08

Índice no Interior 212,97 0,60 7,46 11,82

Alimentos e bebidas não alcoólicas 234,59 0,75 8,46 20,07 0,25

Bebidas alcoólicas e tabaco 229,41 0,09 8,63 10,24 0,00

Vestuário e calçado 140,20 1,77 0,32 1,59 0,07

Habitação 212,43 0,08 17,51 8,00 0,01

Mobiliário e utensílios domésticos 222,30 0,54 6,21 9,90 0,03

Saúde 201,30 0,28 4,39 8,26 0,02

Transporte 203,10 0,33 5,61 8,84 0,03

Comunicações 127,60 0,27 7,00 7,34 0,01

Lazer e cultura 186,71 0,93 5,90 9,21 0,05

Page 25: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

25

Educação 244,84 1,30 0,29 1,72 0,03

Restaurantes e hotéis 243,07 0,28 2,22 8,56 0,02

Bens e serviços diversos 217,86 1,28 4,46 9,60 0,08

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas49

Por outra parte, o Uruguai está entre os países da América Latina com a inflação mais alta (Tabela Nº 11).

(Tabela 11) Níveis de inflação no final de 2019 na América Latina

País Percentual de inflação 2018

Venezuela 7.374,40%

Argentina 53,8%

Uruguai 8,79%

Nicarágua 6,13%

Brasil 4,31%

Guatemala 3,41%

Colômbia 3,80%

Chile 3,00%

México 2,83%

Paraguai 2,80%

Costa Rica 1,52%

Peru 1,90%

Bolívia 1,47%

El Salvador 0,0%

Equador -0,07%

Fonte: Criação própria baseada em informações fornecidas nos sites oficiais de cada país

II.1.3. Variação do Índice de Preços ao Produtor de Produtos Nacionais (IPPN) no Uruguai

Desde 2001, o Índice de Preços por Atacado foi substituído pelo IPPN visando a contabilizar a evolução dos

preços do produtor de um conjunto de bens e serviços produzidos no país, possibilitando avaliar, a preços constantes, a

produção dos diferentes setores que contribuem ao valor agregado de toda a economia.

Em maio de 2020, o índice geral do IPPN era de 233,58, registrando uma variação mensal de 1,06%, enquanto o

acumulado nos últimos doze meses era de 15,66%.

(Tabela 12) Comparação de índices e variações

maio 2019 maio 2020

Índice Geral 201,96 233,58

Variação mensal (%) 2,29 1,06

Variação mensal (%) 8,29 4,29

Variação últimos 12 meses (%) 10,09 15,66

Fonte: Instituto Nacional de Estatísticas50

49 Boletín Técnico – Índice de Precios del Consumo (IPC) Mayo 2020, do Instituto Nacional de Estadísticas, publicado em 3 de junho de 2020 em

tp://www.ine.gub.uy/documents/10181/30893/%C3%8Dndice+de+Precios+del+Consumo+%28IPC%29+Mayo+2020/be6e46b5-1c3b-4392-84bd-4a8fef23b8a3 50 Boletín Técnico – Índice de Precios al Productor de Productos Nacionales (IPPN) a mayo 2020, publicado pelo Instituto Nacional de Estadísticas em 28 de maio 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30897/IPPN+Mayo+2020/d91f7aaa-dd82-4569-8e38-183b03f096a9

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26

Por sua vez, a Tabela 13 mostra a variação e incidência observadas em cada setor, no mesmo período.

(Tabela 13) Índices, variações mensais e acumuladas, e incidência mensal do IPPN – maio 2020

Variações %

Índice Mensal Acumulado

no ano

Últimos

12

meses

Incidência

ÍNDICE GERAL 233,58 1,06 4,29 15,66

AGRICULTURA, PECUÁRIA, CAÇA E

SILVICULTURA.

248,69 2,26 1,09 19,34 0,78

011- Culturas em geral 217,15 0,06 18,53 27,50

012- Cria de animais 264,62 3,40 -5,82 15,83

020- Silvicultura, exploração madeireira e serviços

conexos

319,02 0,97 11,70 19,34

PESCA 238,99 0,83 11,22 16,00 0,01

050- Pesca, exploração, serviços relacionados à

pesca

238,99 0,83 11,22 16,00

EXPLORAÇÃO MINEIRA E DE CANTEIRAS 248,48 0,98 0,71 -0,95 0,01

14- Exploração de outras minas e canteiras 248,48 0,98 0,71 -0,95

INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO 225,87 0,41 6,10 13,91 0,26

15 - Fabricação de prod. alimentícios e bebidas 244,31 0,44 4,56 18,57

16- Fabricação de produtos de tabaco (s) (s) (s) (s)

18- Fabricação de vestuário e tingimento de peles 144,29 0,08 -0,46 1,51

19- Curtumes e oficinas de acabamento; fabricação

de produtos de couro, exceto roupas; fabricação de

calçados de couro

196,47 0,92 13,63 19,66

22- Atividades de encadernação, impressão,

edição etc.

159,93 0,33 3,09 8,14

23- Fabricação de derivados de petróleo e de

carvão

162,51 -0,17 -1,37 -3,18

24- Fabricação de substâncias e produtos químicos 219,93 1,48 8,35 13,66

25- Fabricação de produtos de borracha e plástico 222,63 1,21 10,64 15,14

26- Fabricação de produtos minerais não metálicos 224,44 0,06 4,39 7,88

27- Indústrias metálicas básicas 191,25 -5,73 13,11 9,10

28- Fabricação de produtos metálicos, maquinário

e equipamentos

255,23 1,03 13,08 21,49

31- Fabricação de maquinário e aparelhos elétricos

n.c.p.

232,42 0,17 13,54 24,37

35- Fabricação de outros tipos de equipamentos de

transporte

(s) (s) (s) (s)

36- Fabricação de móveis; indústrias de

transformação n.c.p.

278,51 0,39 14,44 17,03

Page 27: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

27

NOTA: Nesta Tabela coloca-se um (s) nas divisões que apresentam reduzido tamanho de amostra ou de universo, não permitindo divulgar informações em função das

normas de sigilo estatístico (Lei 16.616, de 20 de outubro, artigo 3º)

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas51

II.1.4. Taxa de atividade, emprego e desemprego

II.1.4.1. Taxa de atividade

Segundo as últimas informações publicadas pelo Instituto Nacional de Estatísticas, a estimativa pontual da taxa de

atividade para todo o país, em março de 2020, era de 59,0%. Quanto ao cálculo por áreas, para o mesmo período, em

Montevidéu a estimativa pontual da taxa de atividade foi de 62,6 %, enquanto para o interior do país a taxa foi de 56,6%.

(Tabela 14) Taxas de atividade por área – março 2020

Zona Estimativa pontual Intervalos de confiança de 95%

Total país 59,0% 58,0%; 60,0%

Montevidéu 62,6% 60,9%; 64,3%

Interior 56,6% 55,1%; 58,1%

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas52

Por outra parte, quanto à distribuição por sexo, enquanto para os homens a taxa é de 65,9%, para as mulheres é

de 52,7%, representando uma diferença de 15,2 pontos percentuais.

(Tabela 15) Taxas de atividade por sexo – março 2020

Sexo Estimativa pontual Intervalos de confiança de 95%

Homens 65,9 % 64,6%; 67,2%

Mulheres 52,7% 51,3%; 54,1%

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas53

Em relação às diferenças de idade, a partir dos dados fornecidos até dezembro de 2019, observa-se que a taxa

de atividade, tanto dos mais jovens (14 a 24 anos) quanto dos idosos (acima de 60 anos) é significativamente menor que

para o resto da população.

(Tabela 16) Taxa de atividade e intervalos de confiança por faixa etária, segundo o sexo.

Total País (%) Ano 2019

Faixas etárias

Sexo

14 a 24 25 a 39 40 a 60 61 e mais

Est.

Pontual

Int.

Confiança

de 95%

Est.

Pontual

Int.

Confiança

de 95%

Est.

Pontual

Int.

Confiança

de 95%

Est.

Pontual

Int.

Confiança de

95%

Total 43,2 42,4; 44,0 88,5 88,0; 89,0 84,2 83,8; 84,6 20,7 20,1; 21,3

Homens 47,5 46,4; 48,6 94,6 92,3

29,3

51 Boletín Técnico – Índice de Precios al Productor de Productos Nacionales (IPPN) a mayo 2020, publicado pelo Instituto Nacional de Estadísticas em 28 de maio 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30897/IPPN+Mayo+2020/d91f7aaa-dd82-4569-8e38-183b03f096a9 52 Boletín Técnico – Índice de Precios al Productor de Productos Nacionales (IPPN) a mayo 2020, publicado pelo Instituto Nacional de Estadísticas em 28 de maio 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30897/IPPN+Mayo+2020/d91f7aaa-dd82-4569-8e38-183b03f096a9 53 Boletín Técnico – Índice de Precios al Productor de Productos Nacionales (IPPN) a mayo 2020, publicado pelo Instituto Nacional de Estadísticas em 28 de maio 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30897/IPPN+Mayo+2020/d91f7aaa-dd82-4569-8e38-183b03f096a9

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28

Mulheres 38,5 82,7 76,6 14,4

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas54

II.1.4.2. Taxa de emprego

De acordo com os últimos dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatísticas, a taxa de emprego no mês de

março de 2020 é de 53,1%. Quanto ao cálculo por áreas, em Montevidéu, a estimativa pontual da taxa de emprego é de

55,9%, enquanto para o interior do país é de 51,2%.

(Tabela 17) Taxa de Emprego e intervalos de confiança, por área geográfica – março 2020

Zona Estimativa pontual Intervalos de confiança de 95%

Total país 53,1% 52,0%; 54,1%

Montevidéu 55,9% 54,0%; 57,8%

Interior 51,2% 49,8%; 52,6%

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas55

Por sexo, a taxa de emprego específica foi de 59,5% para os homens, enquanto para as mulheres foi de 47,2%.

(Tabela 18) Taxa de emprego por sexo – março 2020

Sexo Estimativa pontual Intervalos de confiança de 95%

Homens 59,5 % 58,1%; 61,0%

Mulheres 47,2% 45,8%; 48,6%

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas56

Segundo as medições até dezembro de 2019, observa-se que a taxa de emprego em relação às faixas etárias é

significativamente menor nos mais jovens (14 a 24 anos) e nos idosos (acima de 60 anos). Em todas as faixas etárias

consideradas, a taxa específica de emprego masculino é significativamente maior que a feminina.

(Tabela 19) Taxa de Emprego e intervalos de confiança por faixa etária, segundo o sexo. Total País (%) Ano 2019

Faixas etárias

Sexo

14 a 24 25 a 39 40 a 60 61 e mais

Est.

Pontual

Int.

Confiança

de 95%

Est.

Pontual

Int.

Confiança

de 95%

Est.

Pontual

Int.

Confiança

de 95%

Est.

Pontual

Int.

Confiança de

95%

Total 31,2 30,4; 32,0 81,8 81,2; 82,4 80,5 80,0; 81,0 19,9 19,3; 20,5

Homens 36,2 35,1; 37,3 89,4 88,7; 90,1 89,0 88,4; 89,6 28,4 27,5; 29,3

Mulheres 25,9 24,9; 26,9 74,4 73,5; 75,3 72,4 71,6; 73,2 13,8 13,2; 14,4

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas57

54 Boletín Técnico – Actividad, Empleo y Desempleo – Diciembre 2019, publicado pelo Instituto Nacional de Estadísticas em 7 de fevereiro de 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30865/ECH+Empleo+Diciembre+2019/ff6c5251-69a3-4851-9fe0-17fcc5a294cd 55 Boletín Técnico – Índice de Precios al Productor de Productos Nacionales (IPPN) a mayo 2020, publicado pelo Instituto Nacional de Estadísticas em 28 de maio 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30897/IPPN+Mayo+2020/d91f7aaa-dd82-4569-8e38-183b03f096a9 56 Boletín Técnico – Índice de Precios al Productor de Productos Nacionales (IPPN) a mayo 2020, publicado pelo Instituto Nacional de Estadísticas em 28 de maio 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30897/IPPN+Mayo+2020/d91f7aaa-dd82-4569-8e38-183b03f096a9 57 Boletín Técnico – Actividad, Empleo y Desempleo – Noviembre 2019, publicado pelo Instituto Nacional de Estadísticas em 7 de fevereiro de 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30865/ECH+Empleo+Diciembre+2019/ff6c5251-69a3-4851-9fe0-17fcc5a294cd

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29

II.1.4.3. Taxa de desemprego

Em relação à taxa de desemprego, em março de 2020, a estimativa para o país era de 10,1%. Considerando a

área geográfica, o desemprego em Montevidéu aumentou 10,6%, enquanto no Interior o incremento foi de 9,7%.

(Tabela 20) Taxa de Desemprego por área – março 2020

Zona Estimativa pontual Intervalos de confiança de 95%

Total país 10,1% 9,1%; 11,1%

Montevidéu 10,6% 8,9%; 12,3%

Interior 9,7% 8,5%; 11,0%

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas58

Por outra parte, a estimativa da taxa de desemprego por sexo mostra que, para os homens, é de 9,8%, enquanto

para as mulheres é de 10,5%.

(Tabela 21) Tabela de desemprego por sexo – março 2020

Sexo Estimativa pontual Intervalos de confiança de 95%

Homens 9,8 % 8,4%; 11,2%

Mulheres 10,5% 9,1%; 11,8%

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas59

Da mesma forma, e de acordo com as estimativas indicadas, observou-se que a taxa de desemprego de

pessoas entre 14 e 24 anos de idade é substancialmente maior que para o restante das faixas consideradas.

II.2. Principais setores de atividade

A seguir há um resumo sobre os principais setores de atividade do país e atividades adicionais de grande

importância no mercado uruguaio.

II.2.1. Agropecuária

II.2.1.1. Descrições gerais, principais regiões, principais recursos

Apesar de o setor pecuário ter sido, originalmente, o mais importante no Uruguai (uma vez que era reconhecido

como país pecuarista), as terras para uso agrícola aumentaram exponencialmente, entre 2000 e 2011, com uma

expansão que atingiu 138%.

Isso não é devido apenas à sua contribuição direta para o PIB, mas também pelo seu efeito no setor industrial, de

exportações, de serviços financeiros e de transporte, no país. Concretamente, o Uruguai possui uma área adequada

para uso agropecuário de 16.357 milhões de hectares, dividida da seguinte forma:

(Tabela 22) Regiões agropecuárias

Regiões Superfície total regiões

58 Boletín Técnico – Índice de Precios al Productor de Productos Nacionales (IPPN) a mayo 2020, publicado pelo Instituto Nacional de Estadísticas em 28 de maio 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30897/IPPN+Mayo+2020/d91f7aaa-dd82-4569-8e38-183b03f096a9 59 Boletín Técnico – Índice de Precios al Productor de Productos Nacionales (IPPN) a mayo 2020, publicado pelo Instituto Nacional de Estadísticas em 28 de maio 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30897/IPPN+Mayo+2020/d91f7aaa-dd82-4569-8e38-183b03f096a9

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30

Milhares de há %

Total 16.357 100

Pecuária 6.467 40

Agrícolas de sequeiro 4.928 30

Arrozais 1.836 11

Florestais 2.448 15

Leite 344 2

Com agricultura intensiva 336 2

Fonte: Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca60

A zona agrícola estende-se ao longo da costa dos departamentos de Canelones, Montevidéu, San José e Colonia;

e ao Norte seguindo a costa do rio Uruguai, nos departamentos de Soriano, Río Negro, Paysandú e Salto.

Nos departamentos de antiga tradição agrícola, o cultivo extensivo de cereais foi abandonado devido à baixa

renda e ao esgotamento da terra. Passou-se a desenvolver em granjas intensivas atividades como: culturas hortícolas,

fruticultura, viticultura, floricultura, culturas forrageiras e formas de exploração mista. As culturas industriais de cereais se

deslocaram primeiro ao oeste e depois ao norte, ao longo da costa do rio Uruguai. Entre outros, podemos destacar as

seguintes culturas que se encontram em nosso território:

Culturas oleaginosas: plantas cultivadas para produzir óleos comestíveis (girassol, amendoim etc.) ou para uso

industrial (linho). Para óleo comestível também são cultivados cereais como: trigo, painço, milho e arroz.

Culturas sacarogênicas: devido ao clima de áreas tropicais e temperadas no Uruguai, é possível cultivar as duas

principais plantas utilizadas na produção de açúcar, isto é: cana de açúcar (áreas tropicais) e beterraba açucareira

(áreas temperadas).

Viticultura e horticultura: Cultiva-se a uva, mas a costa também fornece o principal centro de produção no

“cinturão laranja” e na zona platense, onde crescem cítricos, maçãs, peras, melões e pêssegos.

Horticultura: uma variedade de plantas é cultivada com duplo propósito: fornecer legumes para o mercado

urbano e abastecer a indústria de produtos enlatados, que vendem no mercado interno e, por sua vez, exportam

os produtos envasados. Também cultivam-se alho e cereais de inverno: trigo, centeio, cevada e especialmente

aveia (42 mil toneladas), além de algumas leguminosas como alfafa.

Quanto à exploração da atividade agropecuária, o Uruguai está posicionado junto à Argentina, Brasil e Paraguai

como parte da principal região exportadora de alimentos para o mundo. Em comparação com seus vizinhos, o Uruguai

possui vantagens comparativas na produção de alimentos a nível internacional, além de usufruir de reconhecido

prestígio internacional no processo produtivo e na qualidade de vários produtos agropecuários.61

Por outro lado, segundo valores de 201862, o setor agroindustrial ocupava 80% do valor total dos bens exportados

pelo Uruguai, quando os principais produtos do setor foram carne bovina, celulose e laticínios. No entanto, em 201963, a

60 “Anuario estadístico Agropecuario 2019” do Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca, Ano 2019, publicado em

https://descargas.mgap.gub.uy/DIEA/Anuarios/Anuario2019/Anuario2019.pdf 61 Informe de Agro negocios de Uruguay XXI, agosto do ano de 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c58a3bae82f4c5e3555cfe9c27ca746c7e04051e.pdf 62 Informe de Agro negocios de Uruguay XXI, agosto do ano de 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c58a3bae82f4c5e3555cfe9c27ca746c7e04051e.pdf

Page 31: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

31

soja assumiu um papel fundamental, sendo o produto com o maior impacto positivo nas exportações uruguaias,

totalizando US$ 1.002 milhões. Em termos de volume, o aumento atingiu 117% interanual, enquanto o valor foi de

aproximadamente 90%, devido à queda no preço médio de exportação. Além disso, laticínios e celulose sofreram

impacto. Em relação ao primeiro, as exportações de laticínios recuaram 5% em relação a 2018, atingindo US$ 649

milhões.

Por outra parte, no setor pecuário, a carne bovina destacou-se em 2019 como principal produto de exportação,

atingindo um total de US$ 1.798 milhões. Isso foi em razão do aumento do preço médio de exportação (10%) e à

demanda significativa chinesa, que, em termos de volume, concentrou 35% das vendas externas. Por sua vez, no

mesmo ano, as exportações de gado vivo atingiram US$ 100 milhões, o que significa uma redução de 50% no recorde

atingido em 2018.64

Em relação à categoria ovinos65 (lã e produtos de lã, carne ovina, peles ovinas, ovinos vivos e gordura de lã e

lanolina), durante o ano de 2019, foi observada uma redução de 16% em relação ao ano anterior, atingindo cerca de US$

276 milhões. As exportações de lã e de produtos de lã caíram 21%, representando uma receita de US$ 197 milhões,

enquanto, pelo contrário, as exportações de carne aumentaram 7%, com receitas de mais de US$ 73 milhões. Depois há

gordura de lã e lanolina, com receitas de US$ 4,6 milhões, peles ovinas com US$ 982 mil e ovinos vivos com US$

64.083.

Quanto aos principais destinos de carne ovina exportada, a China lidera com 52,6%, enquanto o Brasil ocupa o

segundo lugar com 33%. Em relação à lã, a China também ocupa o primeiro lugar, com cerca de 51% do mercado,

seguida pela Alemanha com 13%, Itália com 6%, Turquia com 3,8%, Bulgária com 34% e a Índia com 2,8%.

Adicionalmente, vale destacar o couro e a manufatura de couro bovino como subproduto da carne. No Uruguai,

esses produtos são comercializados basicamente em cinco estados: (i) fresco, isto é, refrigerado; (ii) salgado, com tempo

de armazenamento de cerca de seis meses; (iii) úmido, com tempo de armazenamento de um ano; (iv) semi-acabado,

sem limitação de tempo; (v) acabado, pronto para fazer diferentes artigos de couro (calçados, assentos, móveis, artigos

de couro, entre outros). Em valores de 2019, as vendas de couro sofreram uma grande retração, com uma variação

negativa de 30% em relação ao ano anterior, gerando receitas de apenas US$ 155 milhões.

Ademais, embora a produção de leite e laticínios tenha registrado uma expansão contínua nos últimos 25 anos e

ocupe o quarto lugar no elenco de exportações, gerando em 2019 uma receita de US$ 649 milhões, isso representa uma

redução de 5% em comparação com os resultados obtidos em 2018.66

II.2.1.2. Culturas de inverno Ano agrícola 2020 - Superfície, produção e rendimento

Dados oficiais do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca indicam que, no ano agrícola de 2019/2020, 495 mil

hectares foram semeados com culturas de inverno, o que significou um aumento de quase 11% nas medições

registradas no inverno anterior, em que foram plantados 447 mil hectares.67

63 Informe Anual de Comercio Exterior, Año 2019, de Uruguay XXI, publicado em

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/0267d1fb12c53eaa4b94ade9125f4bb34f599bcf.pdf 64 “Informe Anual de Comercio Exterior, Año 2019”, do Uruguay XXI, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/0267d1fb12c53eaa4b94ade9125f4bb34f599bcf.pdf 65 “Uruguay: Exportaciones del Rubro Ovino, Período: enero a diciembre de 2019”, do Secretariado Uruguayo de la Lana, publicado em:

https://www.sul.org.uy/descargas/be/Bolet%C3%ADn_Exportaciones_del_Rubro_Ovino_(enero_a_diciembre_de_2019).pdf 66 “Informe anual de Comercio Exterior” do Uruguay XXI, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf 67 “Encuesta agrícola - Primavera 2019”, do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, 17 de janeiro 2020, publicado em:

http://www.mgap.gub.uy/sites/default/files/publicacion_agr_primav2019.pdf

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32

Em relação ao principal destino das granjas de inverno colhidas em 2019, o Ministério da Agricultura e Pescas

indicou que são as culturas de verão, através da segunda safra, ocupando 89% da superfície, seguidas de prados

plurianuais com 6%.

Na Tabela Nº 23, é possível observar as áreas semeadas e de colheita de culturas de inverno, em relação ao

índice de produtividade.

(Tabela 23) Culturas de inverno Área semeada, colhida, perdida, para colheita e previsões de produção de culturas Safra

2019 - 2020

Cultura

Superfície (há) Previsão de

Plantado

total Colheita Para colheita Replantado Perdida

Produção

toneladas

Desempenho

Kg / há

Total 495.056 419.528 67.469 29.826 8.059 1.539.615 ---

Trigo 237.501 195.103 39.908 12.167 2.489 776.329 3.269

Cevada 164.937 144.891 17.704 13.329 2.342 606.723 3.679

Aveia 15.589 10.598 4.769 578 222 34.861 2.236

Canola + Brassica Carinata 73.251 66.945 3.300 3.362 3.005 113.282 1.546

Outros 3.778 1.991 1.787 390 --- 8.420 ---

Fonte: Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca68

II.2.1.3. Cultura de verão destinada a grãos secos. Ano agrícola 2020 - Superfície, produção e rendimento

Segundo dados do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, o plantio de culturas de verão é estimado em 1.074

mil hectares, representando um valor reduzido em relação ao registrado na safra 2018/2019 em que 1.105 mil hectares

foram plantados.69

Aos efeitos da análise dos números indicados, é mister ressaltar que os plantios de verão sofreram um atraso

devido à falta de água no solo de quase toda a área agrícola; havendo, em 15 de dezembro 2019, cerca de 200 mil

hectares de soja de segunda etapa para serem semeadas.

(Tabela 24) Cultura de verão destinada a grãos secos. Intenção de plantio, área semeada e a semear na data da pesqui-sa, por cultura. Safra 2019/2020

Culturas Superfície (há)

Total a semear Semeada na data da pesquisa Para semear

Total 1.074.414 792.393 282.021

Soja 910.411 680.135 230.276

Soja de 1° 518.979 483.554 35.425

Soja de 2° 391.432 196.580 194.851

Milho 129.593 91.747 37.846

Milho de 1° 88.234 82.984 5.250

Milho de 2° 41.359 8.763 32.596

Sorgo 34.410 20.511 13.899

Sorgo de 1 ° 22.140 15.349 6.792

68 “Encuesta agrícola - Primavera 2019”, do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, 17 de janeiro 2020, publicado em:

http://www.mgap.gub.uy/sites/default/files/publicacion_agr_primav2019.pdf 69 “Encuesta agrícola - Primavera 2019”, do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, 17 de janeiro 2020, publicado em:

http://www.mgap.gub.uy/sites/default/files/publicacion_agr_primav2019.pdf

Page 33: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

33

Sorgo de 2° 12.270 5.163 7.107

Fonte: Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca70

II.2.2. Florestal

O setor florestal é um grande foco de investimento no país. Desde finais da década oitenta, o Uruguai estimula o

desenvolvimento da produção florestal através de um sistema de promoção de impostos e de crédito, visando

prioritariamente ao aproveitamento de uma importante quantidade de hectares menos adequados para a produção

agrícola.

Com essa finalidade, o Uruguai possui um marco jurídico estável e favorável para investimentos no setor, visando

a uma produção sustentável e um código nacional de boas práticas florestais, a fim de atender às exigências da

demanda internacional, além de uma integração à pecuária extensiva, viabilizando o aumento de produção e eficiência

no uso dos recursos.

Plantações e outras atividades relacionadas às atividades florestais são reguladas basicamente pela Lei Nº

15.93971 de 1987 (“Lei Florestal”), com ressalva de outras normas adicionais. Essa lei declara a defesa nacional,

melhoria, expansão e criação de recursos florestais, o desenvolvimento de indústrias florestais e, em geral, a economia

florestal, de interesse geral.

A integração é um fator fundamental na atividade, uma vez que, como mostra o Quadro 2, o setor é conformado

por diferentes fases ou atividades complementarias: a fase inicial ou primaria, em que a produção agrária e a colheita da

matéria prima são geradas; a fase secundária ou industrial, em que a matéria prima é submetida a processos de

transformação em diversas cadeias, incluindo a comercialização; e, finalmente, a logística, transporte e serviços

profissionais associados.72

(Quadro 2) Atividades relacionadas ao setor florestal

Fonte: Uruguai XXI73

70 “Encuesta agrícola - Primavera 2019”, do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, 17 de janeiro 2020, publicado em:

http://www.mgap.gub.uy/sites/default/files/publicacion_agr_primav2019.pdf 71 Lei Nº 15.939 (Lei Florestal – Fundo Florestal – Recursos Naturais) de 28 de dezembro do ano 1987, publicada em https://www.impo.com.uy/bases/leyes/15939-1987 72 “Oportunidades de inversión - Sector Forestal”, do Uruguay XXI, agosto de 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/4e52d8c6a598944eb1ddc97bbf85233df5c290ba.pdf

73 “Oportunidades de inversión - Sector Forestal”, do Uruguay XXI, agosto de 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/4e52d8c6a598944eb1ddc97bbf85233df5c290ba.pdf

Fase primária Fase secundária

Silvícola: viveiros e bosques Industrial

Celulose / Papelaria

Madeira Elaborada

Energética

Química

Transporte e Logística

Pesquisa e Desenvolvimento (I+D)

Comercialização

Page 34: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

34

Nos últimos anos, as exportações do setor florestal mostraram um notável dinamismo e aumento, fortemente

associado à instalação de plantas de celulose: UPM em 2007 e Montes del Plata em 2009; além da instalação de

empresas e fundos de investimento como Lumin, Timber Investment Management Organization, GFP, BTG, The Rohatyn

Group, Liberty Mutual e Stafford, o que possibilitou um valor agregado significativo para a madeira produzida, gerando

um salto significativo na indústria.

Em termos estatísticos e conforme dados oficiais, em 2019, o comércio de exportação de celulose atingiu US$

1.527 milhões, tornando-se o segundo produto de exportação mais importante no país. No entanto, o ano terminou com

uma queda nas exportações de celulose medidas em dólares (-8%), apesar de um aumento no volume (1%).74

II.2.3. Indústria

O setor industrial uruguaio cresceu, entre 2008 e 2018, a uma taxa média de 1,5% e usufrui de grande confiança

por parte de investidores nacionais e estrangeiros, a ponto de que na última década foi o segundo país receptor de

Investimento Estrangeiro Direto, em relação ao PIB, bem como o segundo país em lucros reinvestidos em relação aos

lucros totais da América Latina.75

Informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Estatísticas indicam que o Índice de Volume Físico da Indústria

de Transformação (IVFIM, em espanhol) observou uma variação de 4,7% em março de 2020, na comparação com o

mesmo mês de 2019.76

Como referido no capítulo anterior, uma proporção significativa das exportações dos setores mais importantes de

fabricação do Uruguai tem como mercado de destino o Brasil.

(Tabela 25) Números índices de volume físico, variações e incidências de acordo com as divisões da Classificação

Internacional Industrial Uniforme – março 2020

DESCRIÇÃO

NÚMERO

DE

ÍNDICE

VARIAÇÕES % INCIDÊNCIAS

3-2020 3-2020

3-2019

Ac 3-2020

Ac 3-2019

3-2020

3-2019

Ac 3-2020

Ac 3-2019

INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO 134,60 4,67 0,93

INDÚSTRIA SEM REFINARIA 132,64 2,14 -0,26

Alimentos e bebidas 129,75 5,34 3,11 1,91 1,07

Tabaco (s) (s) (s) (s) (s)

Produtos têxteis 29,30 -22,44 -16,13 -0,19 -0,14

Vestuário 7,98 -39,76 -19,43 -0,10 -0,04

Curtumes e oficinas de acabamento 56,83 -23,00 -23,92 0,65 -0,66

Madeira e produtos de madeira 211,79 23,96 -1,36 0,44 -0,03

Papel e produtos de papel 1.142,84 11,07 6,96 1,63 1,04

Atividades de encadernação 62,97 -19,99 -18,78 -0,48 -0,46

Prod. derivados de petróleo e carvão 144,76 18,64 6,59 2,86 1,14

Substâncias e produtos químicos 183,68 1,49 -0,98 0,17 -0,10

74 “Informe Anual de Comercio Exterior”, ano 2019, de Uruguay XXI, publicado em

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/0267d1fb12c53eaa4b94ade9125f4bb34f599bcf.pdf 75 “Oportunidades de inversión – Parques Industrial” do Uruguay XXI, de janeiro 2020 publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/6a07f9e886beef0af5aa5797585ffc6d6af67164.pdf

76 “Boletín Técnico - Índice de Volumen Físico de la Industria Manufacturera, Noviembre 2019”, do Instituto Nacional de Estadísticas, publicado em 13 de janeiro 2020 em

http://ine.gub.uy/documents/10181/30905/IVFIM+Noviembre+2019/e45f5e85-a25c-48b7-a335-398185d0923b

Page 35: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

35

Produtos de borracha e plástico 97,94 -12,50 -12,87 -0,45 -0,45

Minerais não metálicos 81,03 -26,85 -7,22 -0,63 -0,14

Metálica básica 76,38 30,92 -9,12 0,57 -0,20

Produtos de metal, maquinário e

equipamentos 75,76 9,25 8,69 0,19 0,18

Maquinário, exceto elétrico 120,07 5,25 13,58 0,05 0,12

Máquinas de escritório, contabilidade e

informática (s) (s) (s) (s) (s)

Máquinas e aparelhos elétricos 86,30 -15,53 -10,11 -0,10 -0,06

Equipamento e aparelhos de rádio e

comunicação (s) (s) (s) (s) (s)

Instrumentos médicos, ópticos e de

precisão 193,70 -36,74 -13,35 -0,61 -0,18

Veículos automotores 79,35 -10,60 -16,95 -0,07 -0,10

Outros equipamentos de transporte 53,27 49,84 22,42 0,11 0,05

Móveis e outras indústrias NCP 45,89 -11,65 -12,01 -0,05 -0,06

Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas77

(Tabela 26) Produtos exportados para o Brasil com fabricação no Uruguai

Descrição Estrutura dos produtos

vendidos para o Brasil

Importância do Brasil como

mercado de destino para cada

produto

Produtos de borracha e plástico 15% 76%

Arroz processado 13% 46%

Bebidas maltadas e de malte 11% 99%

Trigo 8% 33%

Laticínios 7% 19%

Carne e processamento produtos e

armazenamento 7% 7%

Processamento e preservação de pescado

produtos 4% 32%

Veículos a motor e peças 4% 33%

Substâncias químicas básicas, exceto

fertilizantes 4% 51%

Óleos, gorduras e farinhas não

desengorduradas 3% 74%

Fonte: Banco Central do Uruguai, ano 201178

Em 2019, o Brasil ficou em terceiro lugar como destino das exportações uruguaias, depois da China e da União

Europeia (considerada no conjunto)79, mostrando um recuo no total das exportações de 0,1% em relação ao volume

físico e de 3,3% em relação ao índice de preços.80

77 “Boletín Técnico - Índice de Volumen Físico de la Industria Manufacturera, Marzo 2020”, do Instituto Nacional de Estadísticas, publicado em 12 de maio 2020 em

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30905/IVFIM+Marzo+2020/a4ec4a02-00cf-4405-a268-4ab8acbd0f47 78 “Análisis de la estructura exportadora del Uruguay”, do Banco Central do Uruguai, ano 2011, publicado em http://www.bvrie.gub.uy/local/File/doctrab/2011/2.2011.pdf 79 Informe anual de Comercio Exterior de Uruguay XXI, ano 2017, publicado em

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/53bf87c7047ac8cc0483a732c502c49524837aad.pdf 80 “Intercambio Comercial de Mercaderías - Diciembre 2019”, do Banco Central do Uruguai, publicado em https://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-

Indicadores/ComercioExterior_ICB/informe_mensual.pdf

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36

II.2.4. Turismo

O Turismo é uma das principais receitas do país. O Uruguai tem costa sobre o Rio da Prata e o Oceano Atlântico e

balneários, incluindo Punta del Este e Piriápolis, de fama internacional.

No entanto, o fluxo turístico é afetado pela evolução das economias e pelas mudanças a nível regional. Segundo

dados oficiais, em 2019, 3.220.602 turistas ingressaram ao Uruguai, 13,2% a menos dos que ingressaram em 201881.

Por sua vez, a queda no ingresso de divisas foi de 18,6%, atingindo US$ 1.753.781.316 e uma despesa per capita de

US$ 544,6, representando 6,2% menos que em 2018. Apesar dessa queda, o saldo foi positivo, entre as despesas

efetuadas pelos turistas uruguaios no exterior e a contribuição dos turistas não residentes em nosso país, ultrapassando

os US$ 553 milhões.82

Em relação às nacionalidades dos visitantes no último período, as autoridades observaram que, se comparado

com 2018, os visitantes argentinos diminuíram 24,8%, enquanto os brasileiros aumentaram 4,9%. Por sua vez, os norte-

americanos apresentaram um aumento de 0,8%, os europeus, 1,3%, enquanto o restante da América aumentou 7,9%.83 Quanto aos destinos, o favorito continua sendo Montevidéu, seguido de Punta del Este, Litoral Termal, Colonia,

Piriápolis, a costa de Rocha e Costa de Oro.

Segundo dados analisados pelo Ministério do Turismo, no último período a atividade turística ocupou mais de 115

mil pessoas. Em 2018, houve 116.327 empregos no setor de turismo, em todo o país, o que corresponde a 6,5% de

todos os empregos na economia uruguaia.84

II.2.5. Energia

O Uruguai não é um país produtor de petróleo, não tem reservas comprovadas; contudo, as atividades de

exploração offshore e onshore nos últimos anos posicionaram o país no mapa mundial da exploração petroleira. Em

virtude dessas atividades, houve avanços em relação ao conhecimento do solo uruguaio e da plataforma marítima em

alto mar.

Em junho de 2000, foi criada a Unidade Reguladora de Energia Elétrica, agência que vem atuando na regulação

do mercado de geração de energia elétrica. Os processos de transmissão e distribuição permanecem sob o monopólio

da UTE.

No marco das orientações estratégicas de política energética, acordadas por todos os partidos políticos para o

período 2008-2030, foi levantada a necessidade de reduzir a dependência de fontes de energia externas. Nesse

contexto, foi estabelecido o marco regulatório e institucional para o avanço da pesquisa e exploração de

hidrocarbonetos.

Em 2007, iniciou-se um processo de elaboração de rodadas de licitações, cujo objetivo inicial era atrair empresas

petrolíferas de alto nível que estivessem dispostas a investir na exploração do litoral do nosso país, tarefa assumida pela

Administración Nacional de Combustibles, Alcohol y Portland (“ANCAP”).

81 “Anuario, Estadísticas de turismo – 2019”, do Ministério do Turismo, publicado em https://www.gub.uy/ministerio-turismo/sites/ministerio-turismo/files/2019-

11/min_lib_anuario_set2019_versi%C3%B3n%20final_reduce.pdf 82 Dados oficiais publicados pelo Ministério do Turismo em 14 de janeiro de 2020 em: https://www.gub.uy/ministerio-turismo/comunicacion/noticias/2019-ingresaron-uruguay-

3220602-turistas-us-1753-millones-divisas 83 Dados oficiais publicados pelo Ministério do Turismo em 14 de janeiro de 2020 em: https://www.gub.uy/ministerio-turismo/comunicacion/noticias/2019-ingresaron-uruguay-

3220602-turistas-us-1753-millones-divisas 84 “Anuario, Estadísticas de turismo – 2019”, do Ministério do Turismo, publicado em https://www.gub.uy/ministerio-turismo/sites/ministerio-turismo/files/2019-

11/min_lib_anuario_set2019_versi%C3%B3n%20final_reduce.pdf

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As principais empresas petrolíferas internacionais (Total, ExxonMobil, Statoil, Shell, BP, BG, Tullow Oil, Inpex,

Petrobras, YPF, Galp e outras) participaram dessas atividades. Também foram contratadas outras empresas de serviços

geológicos e geofísicos que fizeram progressos notáveis no conhecimento da plataforma subterrânea do Uruguai.

Historicamente, o sistema energético uruguaio tem dependido em grande parte das condições climáticas, quanto à

necessidade de precipitações, para a geração de energia hidrelétrica. Contudo, nos últimos anos, essa situação se

alterou devido a uma mudança na matriz energética, o que implica diminuição da dependência de fatores externos e

aumento da autonomia energética do país.85

Os investimentos realizados no setor colaboraram, em grande medida, para alcançar esses resultados, sendo

muito relevantes em comparação com outros países. Até 2017, registra-se que, desde 2010, os investimentos em

infraestrutura de energia ultrapassaram US$ 7.000 milhões.86

De acordo com dados publicados pelo Ministério de Indústria, Energia e Mineração, em 2018, o fornecimento de

eletricidade de fontes solares e eólicas aumentou 49% (13ktep) e 25% (82ktep), respectivamente, enquanto a oriunda de

petróleo e seus derivados aumentou 13% (240 ktep). Esses aumentos compensaram a redução ocorrida na geração de

origem hídrica de 13% (83 ktep) e na oriunda de gás natural de 6% (3 ktep), resultando inclusive em um aumento líquido

no fornecimento de energia total.87

A mudança na matriz e os investimentos feitos pelo Uruguai foram de tal magnitude que este lidera o mercado de

produção de energia eólica, juntamente com a Dinamarca, Irlanda e Alemanha. 88 Mesmo em 2018, o Uruguai foi

reconhecido pela REN2189 como uma das nações líderes na produção de energia eólica e solar.

O país também avançou no uso de gás natural, apesar do consumo ter caído 69% em 2018.

No primeiro trimestre de 2018, foram consumidos 3.240.000 m3 de gás natural fornecido pela Administración

Nacional de Combustibles, Alcohol y Portland (ANCAP), pagando US$ 1.715.000 por esse conceito, tendo sido em

seguida interrompido o fornecimento de gás para geração de energia por parte da Argentina. Vale salientar que a tensão

no Uruguai é de 220 volts e 50 Hz de frequência.

Em não tendo produção própria, o Uruguai deve importá-lo da Argentina, por meio de gasodutos. Um deles leva o

nome de “Cruz del Sur”, unido ao Uruguai pela cidade de Colonia, sendo destinado a abastecer o sul do país e chegando

inclusive a Montevidéu. O outro gasoduto, chamado de “Gasoducto Cr. Federico Slinger”, chega ao departamento de

Paysandú, às margens do rio Uruguai, para fornecer energia à costa norte do país. Através desse gasoduto também são

abastecidas as indústrias, grandes consumidoras de gás natural.

Em 2000, foi assinado com a Argentina um acordo para integrar os mercados de eletricidade dos dois países, o

que permite a importação de eletricidade pelo Uruguai. O acordo abre a possibilidade de que os chamados “grandes

consumidores” assinem um contrato local para a compra de eletricidade através da UTE, com qualquer um dos 44

85 “Oportunidades de Inversión - Energías renovables, de Uruguay XXI”, setembro de 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-

content/uploads/sites/9/2017/10/Informe-de-Energ%C3%ADas-Renovables-Setiembre-de-2017-Uruguay-XXI.pdf 86 “Oportunidades de Inversión - Energías renovables, de Uruguay XXI”, setembro de 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-

content/uploads/sites/9/2017/10/Informe-de-Energ%C3%ADas-Renovables-Setiembre-de-2017-Uruguay-XXI.pdf

87 “Balance Energético 2018”, Ministério de Indústria, Energia e Mineração, publicado em: https://ben.miem.gub.uy/descargas/1balance/folleto-espa%C3%B1ol.pdf

88 “Uruguay, líder en energías renovables”, Uruguay XXI, publicado em 18/12/19 em https://www.uruguayxxi.gub.uy/es/noticias/articulo/uruguay-lider-en-energias-renovables/

89 “Renewables 2018 – Global Status Report”, Renewable Energy Policy Network for the 21st Century (REN21) publicado em: https://www.ren21.net/wp-

content/uploads/2019/08/Full-Report-2018.pdf

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geradores privados argentinos. As dificuldades de fornecimento que afetaram a Argentina em 2004 e 2005 levaram o

governo uruguaio a promover a negociação de redes regionais de gás natural para outras fronteiras.

Com o objetivo de reduzir o custo de geração de eletricidade a partir da energia térmica, a empresa estatal de

energia elétrica (UTE) decidiu substituir as antigas termelétricas por unidades que utilizam gás natural. Para o Uruguai,

uma alternativa de fornecimento de energia elétrica seria o processo de interconexão com os países vizinhos. Uma

estação conversora de frequência e tensão está operando perto das cidades de Rivera (Uruguai) e Santana do

Livramento (Brasil), o que permite a conexão das duas redes.

No final de 2019, foram assinados contratos de fornecimento de gás natural para a UTE, modalidade

interrompível, com a Pan American Energy LLC e a Pampa Energía S.A. Esses contratos permitem o fornecimento de

até 2,4 milhões de metros cúbicos equivalentes por dia, no verão, e até 600 mil metros cúbicos equivalentes por dia, fora

do verão.

II.2.6. Serviços telefônicos

No setor de telecomunicações e no segmento de telefonia básica, cujo monopólio é operado pela ANTEL, era

possível observar, em dezembro de 2019, cerca de 1.165.373 linhas de telefonia fixa, 83,9% residencial e 16,1%

comerciais.90

Em setembro de 1997, foi concluída a instalação da tecnologia digital em toda a rede telefônica, o que tornou o

Uruguai o sexto país no mundo e o primeiro na América a utilizar a tecnologia digital nos processos de comunicação e

transmissão telefônica.

Por sua vez, existem três empresas no mercado de serviços de telefonia móvel: a estatal ANTEL e as empresas

privadas Claro e Movistar, além de várias empresas de aluguel de telefones celulares (Anexo VI. Fretes e comunicações

com o Brasil - D - Serviços de telefonia celular).

Em dezembro de 2019, havia cerca de 5.667.631 serviços móveis, dos quais 53,6% eram operados pela ANTEL,

17% pela Claro e 29,5% pela Movistar.91

Por outro lado, e no que diz respeito ao acesso à Internet, os números cresceram consideravelmente. Embora em

2010 a quantidade fosse de apenas 382.948 serviços, em 2019 já totalizavam 1.012.46792, não representando um item

de luxo para a população uruguaia. O 97,7% desses serviços são residenciais, enquanto 1,9% é utilizado pelo setor

comercial e 0,4% pelo governo.

Em dezembro de 2019, a ANTEL ocupava 99.1% dos serviços de banda larga fixa de acesso à Internet por

operadora, sendo a maioria fornecida através de fibra ótica (75,8%).93

II.2.7. Serviço de rádio e televisão

90 “Informe de mercado de servicios de Telecomunicaciones de Uruguay – Datos a diciembre 2019”, da Unidad Reguladora de Servicios de Comunicaciones, publicado em:

file:///C:/Users/Admin/Downloads/InformeTelecom%20dic%202019.pdf 91 “Informe de mercado de servicios de Telecomunicaciones de Uruguay – Datos a diciembre 2019”, da Unidad Reguladora de Servicios de Comunicaciones, publicado em:

file:///C:/Users/Admin/Downloads/InformeTelecom%20dic%202019.pdf 92 “Informe de mercado de servicios de Telecomunicaciones de Uruguay – Datos a diciembre 2019”, da Unidad Reguladora de Servicios de Comunicaciones, publicado em:

file:///C:/Users/Admin/Downloads/InformeTelecom%20dic%202019.pdf 93 “Informe de mercado de servicios de Telecomunicaciones de Uruguay – Datos a diciembre 2019”, da Unidad Reguladora de Servicios de Comunicaciones, publicado em:

file:///C:/Users/Admin/Downloads/InformeTelecom%20dic%202019.pdf

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Em dezembro de 2014, o Uruguai aprovou a Lei Nº 19.30794 para regulamentar a prestação de serviços de rádio,

televisão e outros serviços de comunicação audiovisual, complementando muitas regras anteriores.

Quanto à dimensão dos serviços, de acordo com o cadastro da Unidade Reguladora de Serviços de

Comunicação, há 487 operadores de radiodifusão e 111 de televisão por assinatura. 95

Em dezembro de 2018, no Uruguai, havia 703.887 usuários de serviço de televisão por assinatura, dos quais 37%

estavam localizados em Montevidéu e 63% no resto do país.96

II.2.8. Imprensa

Os principais jornais uruguaios publicados em Montevidéu, com base no número de exemplares publicados, são:

El País, El Observador, La República e La Diaria. Os principais semanários são Búsqueda e Brecha. Embora jornais e

semanários em papel mantenham presença, os portais eletrônicos de notícias ganharam grande importância, entre os

quais podemos encontrar os seguintes:

www.elpais.com.uy

www.republica.com.uy

www.ladiaria.com.uy

www.elobservador.com.uy

www.búsqueda.com.uy

www.brecha.com.uy

www.montevideo.com.uy

www.espectador.com

www.uypress.net (Agencia Uruguaya de Noticias)

www.180.com.uy

www.en.mercopress.com (Mercopress Agency)

II.3. Moedas e finanças

II.3.1. Moeda, mercado financeiro e meios de pagamento

A moeda do Uruguai é o peso uruguaio ($), dividido em centésimos (100).

No último dia útil de dezembro de cada ano, a taxa de câmbio do peso uruguaio em relação ao dólar norte-

americano e ao real é a detalhada na Tabela Nº 27.

(Tabela 27) Valor da taxa de câmbio do peso uruguaio em relação ao dólar norte-americano e ao real

Moeda 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Dólar

norte-americano (US$) 21.10 24.05 29.45 28.93 28.76 32.40 37.30

Real (R$) 8.15 8.35 7.35 8.55 8.89 8.50 9.45

94 Lei Nº 19.307 (Lei de Mídia. Regulação da prestação de serviços de rádio, televisão e outros serviços de comunicação audiovisual), promulgada em 29 de dezembro de

2014, publicada em https://www.impo.com.uy/bases/leyes/19307-2014 95 Evolução no setor telecomunicações no Uruguai - Dados Estatísticos - junho de 2017, da Unidad Reguladora de Servicios de Comunicaciones, publicado em:

https://www.ursec.gub.uy/wps/wcm/connect/ursec/0ddda8b8-dc8b-41d7-b6d1- 96 Evolução no setor telecomunicações no Uruguai - Dados Estatísticos - junho de 2017, da Unidad Reguladora de Servicios de Comunicaciones, publicado em:

https://www.ursec.gub.uy/wps/wcm/connect/ursec/0ddda8b8-dc8b-41d7-b6d1-

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Fonte: Banco Central do Uruguai97

O mercado de câmbio é totalmente livre e sem restrições sobre transações e posse de moedas e metais

preciosos. Desde junho de 2002, o Uruguai adotou o sistema de taxa de câmbio flutuante. As transações em moeda

estrangeira são realizadas por meio de bancos autorizados, agências bancárias e casas de câmbio, que precisam

autorização do Banco Central para atuar no mercado.

A economia uruguaia tem um alto grau de abertura financeira, caracterizada pela existência de plena liberdade

para a circulação de capitais e a determinação das taxas de juros. A liberdade financeira também se traduz no sistema

de “sigilo bancário”, a redução de impostos sobre a propriedade de ativos financeiros e a liberdade para realizar

operações offshore.

No âmbito da regulamentação aplicável ao sector, destaca-se a legislação promovida pela reforma fiscal de 2007,

as medidas em favor da transparência fiscal internacional, a Lei Nº 18.93098, e Decreto Regulamentar Nº 247/01899,

sobre a identificação de acionistas ao portador, a desaceleração do sigilo bancário e a troca automática de informações

fiscais, desde 2017.

No caminho em prol da transparência, surge a Lei Nº 19.484 (Lei de Transparência Fiscal) 100 e Decreto

Regulamentar Nº. 77/017101 que prevê, por um lado, a obrigação de determinadas entidades de identificar e informar o

beneficiário final ao Banco Central do Uruguai (BCU) e, por outro lado, informar quem possui a propriedade das ações

emitidas por entidades com ações nominativas. Assim, é proibido abrir novas contas sem declarar a residência fiscal do

titular, em caso de pessoa física; enquanto, no caso de pessoas jurídicas, deve ser acrescentada a identificação dos

beneficiários finais das participações.

Além disso, em 20 de dezembro de 2017, foi promulgada a Lei Nº 19.574 (Lei Integral contra a Lavagem de

Dinheiro), regulamentada pelo Decreto Regulamentar Nº 379/018102, que compila e consolida a legislação nacional sobre

lavagem de dinheiro em um único texto ordenado. Entre outras inovações, o regulamento acima estabelece: (i) a

inexigibilidade de sigilo profissional ou reserva em relação a pedidos de informações por parte dos órgãos competentes;

(ii) adoção de medidas e políticas de segurança para todos os sujeitos obrigados, financeiros e não financeiros; (iii)

designação de novos sujeitos obrigados a relatar fatos e fornecer informações; (iv) possibilidade de confiscar bens

vinculados a atividades de lavagem de dinheiro; (v) criação de novas formas criminais em torno dessas figuras e inclusão

da fraude fiscal como uma forma de lavagem de dinheiro, com base em determinados montantes mínimos.

Ademais, desde 2014 rege a Lei Nº 19.210103 (Lei de Inclusão Financeira), que é uma iniciativa do governo para

regular os meios eletrônicos de pagamento, permitindo o acesso a serviços bancários a toda a população e, portanto,

promovendo a formalização da economia. Entre os principais aspectos sujeitos à regulamentação, deve-se destacar:

Implementação de reduções do IVA para os consumidores nas compras de bens e serviços pagos com cartões

de débito, instrumentos de dinheiro eletrônico, instrumentos similares e cartões de crédito.

97 Cotações do Banco Central do Uruguai, ano 2019, publicado em: https://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-Indicadores/Paginas/Cotizaciones.aspx 98 Lei Nº 18.930 (Regulamento de informações sobre participações patrimoniais ao portador destinadas ao BCU) publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/leyes/18930-

2012 99 Decreto No 247/012 (Regulamentação da Lei 18.930 sobre regulação das informações sobre participações patrimoniais ao portador destinadas ao BCU) publicado em:

https://www.impo.com.uy/bases/leyes/18930-2012 100 Lei Nº 19.484 (Lei de Transparência Fiscal) publicada em: https://www.impo.com.uy/bases/leyes/19484-2017 101 Decreto Regulamentar No 77/017, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/77-2017 102 Lei Nº 19.574 (Lei Integral contra a Lavagem de Ativos), publicada em: https://www.impo.com.uy/bases/leyes/19574-2017 103 Decreto Regulamentar Nº 379/018, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/379-2018

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41

O pagamento de salários, honorários, passivos, benefícios sociais e outros benefícios através de conta bancária

ou dinheiro eletrônico. O trabalhador terá o direito de escolher livremente o banco ou instituição onde deseja

receber seu salário.

Os pagamentos feitos pelo Estado uruguaio a fornecedores de bens ou serviços, devem ser feitos mediante

crédito em conta, em instituições de intermediação financeira.

O pagamento por meio eletrônico de qualquer transação ou operação legal cujo valor seja igual ou superior a

40.000 Unidades Indexadas (Ul).104

As receitas ou despesas em dinheiro para contribuições de capital, com ou sem prêmio de emissão,

contribuições irrevogáveis, adiantamentos de fundos, reembolsos de capital, pagamento de participações

societárias, eliminação, redução, reembolso, amortização de ações ou transações similares, pela Lei Nº 16.060

para empresas comerciais para os títulos acima, só podem ser feitos por meio eletrônico.

Os pagamentos em qualquer transação ou negócio jurídico no setor imobiliário por um valor superior a 40.000 UI

também devem ser feitos por meio eletrônico.

II.3.2. Balanço de pagamentos e reservas internacionais

O Banco Central do Uruguai informou que, no ano encerrado em dezembro de 2019, o Uruguai apresentou

superávit para transações correntes com o resto do mundo, alcançando US$ 419 milhões, equivalentes a 0,7% do PIB.

Isso representou uma diferença de 0,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior.105

Em dezembro de 2019, a economia uruguaia registrou uma posição líquida devedora com o resto do mundo de

US$ 15.113 milhões, permanecendo estável em relação ao ano anterior. No entanto, em termos do PIB, observou-se um

aumento de 2,4%, passando de 25,4% para 27%.106

(Tabela 28) Principais resultados do Balanço de Pagamentos (ano - móvel) e Posição de Investimento Internacional (fim de trimestre) (milhões de dólares)

2018 2019

I II III IV I II III IV

1. Conta corrente 609 325 -51 54 -14 95 347 419

% do PIB 1,0% 0,5% -0,1% 0,1% 0,0% 0,2% 0,6% 0,7%

1.A Bens e Serviços 3.908 3.621 3.211 3.259 3.119 3.246 3.408 3.301

Exportações 16.479 16.529 16.384 16.397 16.124 16.056 16.103 16.008

Importações 12.571 12.908 13.173 13.138 13.005 12.810 12.694 12.707

1.A.a Bens 2.704 2.515 2.210 2.425 2.543 2.736 2.925 2.920

Exportações 11.479 11.555 11.454 11.535 11.505 11.470 11.542 11.502

Mercadoria geral 10.324 10.269 10.054 10.008 9.997 10.030 10.166 10.153

Compra e venda 1.155 1.285 1.400 1.527 1.508 1.439 1.376 1.349

Importações 8.776 9.040 9.244 9.110 8.962 8.734 8.617 8.582

1.A.b Serviços 1.205 1.106 1.011 834 577 511 484 381

104 Lei Nº 19.210 (Lei de Inclusão Financeira) de 29 de abril de 2014, publicada em https://www.impo.com.uy/bases/leyes/19210-2014. Esta foi parcialmente modificada pelas

leis Nº 19.435, 19.487, 19.593, 19.732 105 Em janeiro de 2020 o valor da UI no Uruguai era de $ 4,3681, equivalente a R$ 0,44 (cotação do Banco República del Uruguay). 106 “Informe de Balanza de Pagos y Posición de Inversión Internacional” do Banco Central do Uruguai, 4° trimestre ano 2019, publicado em:

https://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-Indicadores/Balanza%20de%20Pagos/informe_m6.pdf

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Exportações 4.999 4.974 4.930 4.862 4.619 4.586 4.560 4.506

Importações 3.795 3.868 3.929 4.028 4.042 4.075 4.077 4.125

1.B Renda Primária -3.502 -3.501 -3.464 -3.412 -3.332 -3.352 -3.254 -3.073

1.C Renda Secundária 202 204 203 206 198 201 192 190

2. Conta Capital 18 19 45 44 38 38 22 52

3. Conta Financeira

(Empréstimo líquido (+) /

endividamento líquido (-))

1.502 700 -109 -143 -141 284 567 854

3.1. Investimento direto 1.977 1.641 1.307 1.108 949 742 542 472

3.2. Investimento de

portfólio -3.709 -4.265 -2.545 -1.636 -1.411 779 1.283 1.174

3.3. Derivados financeiros -170 -48 0 51 42 78 136 124

3.4. Outros investimentos -255 -429 530 742 351 948 330 195

3.5. Ativos de reserva do

BCU 3.658 3.802 600 -408 -72 -2.263 -1.722 -1.111

4. Erros e Omissões 875 357 -104 -241 -165 151 199 383

Posição de Investimento

Internacional líquido -15.332 -14.384 -14.939 -15.197 -14.621 -14.331 -14.818 -15.113

Ativo 62.616 63.919 62.957 61.956 63.763 64.190 64.569 65.221

1. Investimento direto 25.407 25.932 26.392 26.676 26.699 27.276 27.615 27.887

2. Investimento de

portfólio 9.676 9.317 9.248 9.119 9.332 9.497 10.809 11.373

3. Derivados financeiros

(exceto reservas) 51 70 70 78 129 204 284 318

4. Outros investimentos 11.086 10.821 11.340 10.526 11.247 11.594 11.576 11.138

5. Ativos de Reserva do

BCU 16.397 17.779 15.908 15.557 16.356 15.618 14.285 14.505

Passivo 77.949 78.303 77.896 77.153 78.384 78.522 79.387 80.334

1. Investimento direto 48.788 48.616 48.779 48.769 48.460 48.562 48.562 48.555

2. Investimento de

portfólio 15.419 15.953 15.453 14.929 16.473 16.515 17.216 17.880

3. Outros investimentos 13.741 13.734 13.664 13.456 13.450 13.445 13.609 13.899

Fonte: Banco Central do Uruguai107

No que diz respeito às reservas internacionais, de acordo com as últimas medições, elas seriam superiores a 16

milhões de dólares, sendo compostas conforme indicado na Tabela Nº 29.

(Tabela 29) Reservas internacionais 1/ e posição em moeda estrangeira do B.C.U. (saldos em milhões de

dólares U.S.A.) em 09/01/2020

107 “Informe de Balanza de Pagos y Posición de Inversión Internacional” do Banco Central do Uruguai, 4° trimestre ano 2019, publicado em:

https://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-Indicadores/Balanza%20de%20Pagos/informe_m6.pdf

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ATIVOS DE RESERVA (a) 14.182

OUTROS ATIVOS EXTERNOS DE CURTO PRAZO (b) 0

OBRIGAÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA COM O SETOR PÚBLICO (c) 2.250

OBRIGAÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA COM O SETOR FINANCEIRO (d) 7.120

ATIVOS DE RESERVA SEM CONTRAPARTIDA DOS SETORES PÚBLICO E FINANCEIRO

(e = a + b - c - d) 8.412

POSIÇÃO EM MOEDA ESTRANGEIRA B.C.U. 5.577 NOTAS:

1/ Valor aproximado de mercado

(a) A definição de ativos de reserva segue as diretrizes do 5º Manual do Balanço de Pagamentos do FMI.

(b) Corresponde a ativos externos de curto prazo do B.C.U. vinculados a operações de terceiros.

(c) Total das obrigações em moeda estrangeira do B.C.U. com o Governo Central, BPS, governos departamentais e empresas públicas.

(d) Obrigações totais em moeda estrangeira do B.C.U. com bancos, financeiras, cooperativas de intermediação financeira, CND, IFEs, AFAPs, caixas paraestatais,

seguradoras, casas de câmbio e outras instituições financeiras.

Fonte: Banco Central do Uruguai108

II.3.3. Finanças públicas

O resultado fiscal do setor público – não financeiro – para o ano de 2019 foi de -2,9% do PIB.

Como pode ser visto na Tabela Nº 30, a receita do Setor Público Não Financeiro encerrou o ano em 30,7% do PIB,

o que significa uma redução de 0,5% do PIB em relação a 2018, devido a uma menor arrecadação da DGI e do BPS

(0,4% do PIB e 0,1%, respectivamente), bem como uma queda em outras receitas do Governo Central de 0,2% do PIB.

Por outro lado, houve uma melhora de 0,1% do PIB no resultado primário corrente das empresas públicas, associado

principalmente a um melhor resultado da ANCAP.109

Quanto às despesas primárias do setor público não financeiro, elas atingiram 31,2% do PIB em 2019, mostrando

um aumento de 0,6% do PIB em comparação ao observado em 2018, basicamente devido ao aumento de remunerações

e passividades (0,4%) e despesas não pessoais (0,1%). Além disso, os investimentos aumentaram 0,1% do PIB,

principalmente associados à mudança nos estoques da ANCAP.

(Tabela 30) Grau de participação do Setor Público Consolidado no PIB

RESULTADO DO SETOR PÚBLICO

CONSOLIDADO -% do PIB 2018 2019

Variação

2019/2018

Receitas S. Público não Financeiro 31,3% 30,7% -0,5%

Governo Central 21,7% 21,1% -0,6%

DGI 18,0% 17,6% -0,4%

Comércio Exterior 1,1% 1,1% 0,0%

Outros 2,5% 2,4% -0,2%

Banco de Previsión Social 8,9% 8,8% -0,1%

Resultado Primário Corrente Empresas Públicas 0,7% 0,9% 0,1%

Despesas Primárias S. Público não Financeiro 30,6% 31,2% 0,6%

Despesas Primárias Correntes Governo Central - BPS 28,4% 28,9% 0,5%

Remunerações 5,3% 5,5% 0,2%

Despesas não pessoais 3,8% 3,9% 0,1%

Previdência 10,2% 10,3% 0,2%

108 “Informe de Balanza de Pagos y Posición de Inversión Internacional” do Banco Central do Uruguai, 4° trimestre ano 2019, publicado em:

https://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-Indicadores/Balanza%20de%20Pagos/informe_m6.pdf 109 “Estadísticas y Estudios – Activos de Reserva” do Banco Central do Uruguai, ano 2020, publicado em: http://www.bcu.gub.uy/Estadisticas-e-

Indicadores/Paginas/Activos.aspx

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Transferências 9,0% 9,1% 0,0%

Investimentos (GC + EP) 2,2% 2,3% 0,0%

Resultado Primário Municípios, BSE -0,1% -0,1% 0,0%

Resultado Primário Setor Público Não Financeiro 0,6% -0,5% -1,1%

Juros Setor Público Não Financeiro 2,6% 2,4% -0,2%

Governo Central - BPS 2,8% 2,6% -0,2%

Empresas Públicas 0,2% 0,2% 0,0%

Prefeituras 0,0% 0,0% 0,0%

BSE -0,3% -0,3% 0,0%

Resultado Global Setor Público Não Financeiro -2,0% -2,9% -0,9%

Resultado Global BCU -0,9% -0,5% 0,4%

Efeito líquido Lei 19.590 (“Cincuentones”) 1,3% 1,3% 0,0%

Fonte: Ministério da Economia e Finanças110

As receitas do Governo Central situaram-se em 20,4% do PIB, diminuindo 0,6% do PIB em relação a 2018. A

arrecadação fiscal da DGI explicou a maior parte da queda (-0,4% do PIB), representando 17,6% do PIB no ano, contra

os 18% gerados em 2018.111

As necessidades totais de financiamento do Governo Central em 2019 totalizaram US$ 4.833 milhões e 80% delas

estavam cobertas pela emissão de títulos no mercado em moeda local e estrangeira, em curto, médio e longo prazo das

diferentes curvas de dívidas soberanas; enquanto o saldo remanescente foi realizado principalmente através de

desembolsos de empréstimos com organizações multilaterais e o uso de ativos líquidos. Mais de um terço dos recursos

obtidos no mercado e junto às agências de crédito foi destinado ao cancelamento de obrigações: amortização de títulos

públicos e empréstimos, refinanciamento antecipado de vencimentos próximos por meio de operações de gerenciamento

de passivos e pré-pagamento de empréstimos. Em termos líquidos, a emissão de títulos e desembolsos de empréstimos

durante 2019 foi de aproximadamente US$ 1.529 milhões.112

Por sua vez, de acordo com relatórios publicados pelo Ministério de Economia e Finanças, as necessidades de

financiamento do Governo Central em 2020 seriam de cerca de US$ 3.973 milhões.113

(Tabela 31) Dívida e Ativos do Governo Central (em milhões de dólares, no final de cada ano)

Dívida e Ativos do Governo Central (em milhões de dólares no final de cada ano)

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Dívida bruta 21.191 21.520 22.346 23.581 26.098 28.664 29.383 29.838

Total de ativos 2.935 2.285 2.635 3.446 3.733 3.324 3.097 2.115

Ativos líquidos 2.395 1.802 2.104 3.001 2.515 2.230 2.132 1.213

Dívida líquida 18.256 19.235 19.711 20.135 22.366 25.341 26.285 27.723

Linhas de crédito de

realização imediata 1.390 1.940 1.940 2.167 2.418 2.418 2.434 2.191

110 “Resultados del Sector Público 2019”, do Ministério de Economia e Finanças, publicado em: https://www.gub.uy/ministerio-economia-finanzas/sites/ministerio-economia-

finanzas/files/2020-01/Comunicado_Diciembre_2019.pdf 111 “Resultados del Sector Público 2019”, do Ministério de Economia e Finanças, publicado em: https://www.gub.uy/ministerio-economia-finanzas/sites/ministerio-economia-

finanzas/files/2020-01/Comunicado_Diciembre_2019.pdf 112 “Resultados del Sector Público 2019”, do Ministério de Economia e Finanças, publicado em: https://www.gub.uy/ministerio-economia-finanzas/sites/ministerio-economia-

finanzas/files/2020-01/Comunicado_Diciembre_2019.pdf 113 “Reporte de Deuda Soberana 01/2020, Unidad de Gestión de Deuda” – Ministério de Economia e Finanças, publicado em:

http://deuda.mef.gub.uy/innovaportal/file/28409/2/reporte-de-deuda-soberana-enero-2020.pdf

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Fonte: Ministério da Economia e Finanças114

II.3.4. Sistema financeiro

O sistema financeiro do Uruguai é estável, transparente, regulamentado e com alto nível de supervisão. O

regulador e supervisor do sistema é o Banco Central do Uruguai através da Superintendencia de Servicios Financieros

(SSF), tarefa realizada através dos padrões do Comitê de Supervisão Bancária de Basiléia para definir o marco jurídico

que regula as normas de centralização bancária.115

Sua estrutura é composta por dois bancos oficiais, o Banco República (BROU) e o Banco Hipotecario (BHU), nove

bancos privados e uma ampla variedade de instituições não bancárias já consolidadas internamente. As instituições

financeiras podem ser divididas em: “casas financeiras, instituições financeiras externas (banco offshore), cooperativas

de intermediação financeira, empresas administradoras de grupos de poupança, casas de câmbio, administradoras de

crédito, representantes de entidades financeiras localizadas no exterior, empresas de serviços financeiros, empresas de

transferência de fundos e, por fim, prestadores de serviços de administração, contabilidade ou processamento de

dados”.116

(Tabela 32) Estrutura do sistema financeiro uruguaio

Tipo de instituição Nº de instituições

Bancos oficiais 2

Bancos privados 9

Casas financeiras 1

Instituições financeiras externas 1

Cooperativas de intermediação financeira 1

Administradoras de grupo de poupança 1

Casas de câmbio 13

Administradoras de crédito 30

Representantes de entidades financeiras constituídas no exterior 10

Empresas de serviços financeiros 23

Empresas de transferência de fundos 6

Prestadores de serviços de administração, contabilidade e processamento

de dados 33

Fonte: Banco Central do Uruguai117

Em nível estatístico, de acordo com relatórios realizados em setembro de 2019, observou-se que a situação de

solvência das instituições de intermediação financeira demonstrava um excedente de capital, que dobra a exigência

regulatória mínima ajustada aos riscos, incluindo os requisitos de risco de crédito, de mercado operacional e

sistemático.118

114 “Reporte de Deuda Soberana 01/2020, Unidad de Gestión de Deuda” – Ministério de Economia e Finanças, publicado em:

http://deuda.mef.gub.uy/innovaportal/file/28409/2/reporte-de-deuda-soberana-enero-2020.pdf 115 “Reporte de Deuda Soberana 01/2020, Unidad de Gestión de Deuda” – Ministério de Economia e Finanças, publicado em:

http://deuda.mef.gub.uy/innovaportal/file/28409/2/reporte-de-deuda-soberana-enero-2020.pdf 116 “Oportunidades de Inversión – Sector Financiero, de Uruguay XXI”, ano 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-

content/uploads/sites/9/2017/10/Informe-Sistema-Financiero_2017.pdf 117 “Oportunidades de Inversión – Sector Financiero, de Uruguay XXI”, ano 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-

content/uploads/sites/9/2017/10/Informe-Sistema-Financiero_2017.pdf 118 “Sistema Financiero, Bancos – Instituciones no bancarias”, publicado em: https://www.bcu.gub.uy/Servicios-Financieros-

SSF/Paginas/pres_Ser_Admin_Cont_Proc_Datos_Lst.aspx

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46

Por outro lado, em relação à mobilidade do mercado observada nos últimos doze meses até setembro de 2019,

segundo o Banco Central, os depósitos do setor não financeiro privado em moeda nacional apresentaram um aumento

de US$ 28.773 milhões em termos nominais, indicando um aumento real de 5%. Em moeda estrangeira, os depósitos

aumentaram em US$ 999 milhões.

No tocante ao tipo de prazos majoritários nos depósitos, predominam os depósitos à vista, representando, em

setembro de 2019, 69% em moeda nacional e 90% em moeda estrangeira.119

(Tabela 33) Depósitos do sistema bancário por tipo de instituição, prazo e moeda

Part. % no sistema bancário total – 2017

INSTITUIÇÃO Banca privada 55%

Banca pública 45%

PRAZO Vista 86%

Prazo 14%

MOEDA Moeda estrangeira 75%

Moeda nacional 25%

Fonte: Banco Central do Uruguai120

II.3.5. Risco-país

Os índices de risco-país determinam o nível de risco de investimento correspondente a cada país. No Uruguai,

República AFAP desenvolveu a análise deste risco-país no Uruguai, que denominou Uruguay Bond Index (“UBI”).121

Segundo o criador, o “UBI” é baseado em informações financeiras, nacionais e internacionais mensais, e dados

sobre eventos políticos e econômicos considerados relevantes. A esses efeitos, a construção do UBI envolve as

seguintes etapas:

Pesquisa de preços

Cálculo do rendimento de cada título

Cálculo do spread. Para cada papel é utilizado um título do Tesouro dos EUA com vencimento similar

Cálculo da capitalização de mercado de cada título

Construção de uma média ponderada dos spreads, utilizando como pesos a participação de cada instrumento na

capitalização total.

Este índice é calculado diariamente e reflete o “spread” médio ente o rendimento dos títulos uruguaios e o rendi-

mento dos títulos do Tesouro norte-americano Conforme explicado, “a existência de um diferencial entre o rendimento

dos títulos soberanos de um país com relação aos dos Estados Unidos (considerado o país com o nível mais baixo de

risco no mundo) é geralmente atribuível a um prêmio por risco de “default” ou descumprimento dos termos da dívida”.122

(Tabela 34) Últimos cálculos de risco-país

Conceito Data Pontuação

119 “Reporte del Sistema Financiero 3er trimestre de 2019 – Evolución reciente y situación actual del sistema financiero uruguayo”, do Banco Central do Uruguai, publicado

em: https://www.bcu.gub.uy/Servicios-Financieros-SSF/Reportes%20del%20Sistema%20Financiero/RSF_III_19.pdf 120 “Oportunidades de Inversión – Sector Financiero”, de Uruguay XXI, ano 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-

content/uploads/sites/9/2017/10/Informe-Sistema-Financiero_2017.pdf 121 “Oportunidades de Inversión – Sector Financiero”, de Uruguay XXI, ano 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-

content/uploads/sites/9/2017/10/Informe-Sistema-Financiero_2017.pdf 122 “Indicadores financieros – UBI” de República AFAP, publicado em: https://www.rafap.com.uy/mvdcms/Institucional/UBI-uc89

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UBI Uruguay Bond

Índex Em 09 de janeiro de 2020 130 pontos básicos

UBI Uruguay Bond

Índex Média mensal dezembro 2019 136 pontos básicos

Fonte: República AFAP123

123 “Indicadores Financieros – UBI” de República AFAP, , publicado em: https://www.rafap.com.uy/mvdcms/Institucional/UBI-uc89

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III. COMÉRCIO EXTERIOR GERAL DO PAÍS

III.1. Evolução recente: considerações gerais

Em 2012, as exportações de bens uruguaios atingiram novo recorde interno, totalizando US$ 8.751 milhões, o que

representou um aumento de 9% em relação a 2011.124 Na mesma linha, o ano de 2013 significou para o país receitas de

cerca de US$ 9.155 milhões, o que significou um aumento de 4,8% em relação a 2012. No caso das importações, estas

totalizaram US$ 8.536 milhões, mantendo certa estabilidade em relação a 2011.125

Em 2014, as receitas atingiram US$ 9.178 milhões, aumentando 0,3% na comparação com 2013. Se acrescidas

as vendas das Zonas Francas, o valor das exportações foi de US$ 10.056 milhões, representando um aumento de 0,6%

em comparação com 2013. As importações, por outro lado, cresceram 1,1% em relação ao ano anterior, atingindo US$

9.632 milhões.126

Em 2015, as exportações de bens totalizaram US$ 8.967 milhões, o que representou uma queda de 11,6% em

relação ao ano de 2014. Embora a expectativa de um recuo no crescimento fosse esperada, considerando a conjuntura

econômica da região, a redução nos preços internacionais das commodities e o processo de desaquecimento que a

economia estava experimentando, a recessão brasileira afetou em profundidade o Uruguai, agravando a situação devido

à crise. As importações atingiram US$ 8.547 milhões, o que indicou uma queda significativa em relação ao ano anterior,

de 11,6%.127

Em 2016, as exportações de bens atingiram US$ 8.301 milhões, o que representa uma queda anual de 7,3% em

relação a 2015. No entanto, as importações de bens totalizaram US$ 7.387, o que implicou uma redução de 13,6% em

relação ao ano anterior.128

No ano de 2017, as exportações anuais uruguaias totalizaram US$ 9.058 milhões, representando um aumento

anual de 9,2% em relação aos resultados obtidos em 2016. Esse aumento deveu-se a uma mudança no contexto

regional e mundial em que houve uma expressiva recuperação no comércio de bens. As principais exportações foram

soja, madeira, celulose e carne. As vendas de concentrado de bebidas de trigo diminuíram, registrando a maior

incidência negativa no ano. Nesse ano, a exportação de energia elétrica também dobrou, ultrapassando os US$ 141

milhões. Se incluirmos a energia elétrica no total das exportações, a receita total seria de US$ 9.200, perfazendo um

crescimento de 10% naquele ano. Por sua vez, em 2017 as importações de bens (excluindo petróleo e derivados)

totalizaram US$ 7.395 milhões, aumentando 1,4% em relação aos valores alcançados em 2016.129

Em relação a 2018, as exportações uruguaias de bens (incluindo as realizadas de zonas francas) registraram um

ligeiro aumento de 0,4% em relação a 2017, totalizando US$ 9.088 milhões. As exportações de celulose, madeira, carne

bovina, laticínios e veículos foram as que apresentaram maior incidência positiva no aumento para esse ano, enquanto

as vendas de soja e arroz registraram reduções com maiores impactos negativos no ano130. Quanto às importações de

bens em 2018 (sem considerar petróleo e derivados), estas atingiram cerca de US$ 7.635, representando um incremento

124 “Indicadores Financieros – UB”I de República AFAP, publicado em: https://www.rafap.com.uy/mvdcms/Institucional/UBI-uc89 125 “Informe de Comercio Exterior – Exportaciones e importaciones do Uruguay’, do Uruguay XXI, ano 2012 126 “Informe do Comercio Exterior – Exportaciones e importaciones do Uruguay”, do Uruguay XXI, ano 2013 127 “Informe do Comercio Exterior – Exportaciones e importaciones do Uruguay”, do Uruguay XXI, ano 2014 128 “Informe Anual do Comercio Exterior, Uruguay XXI – do ano 2015 129 “Informe Anual de Comercio Exterior de Uruguay XXI”, ano 2016, publicado em: https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/Informe-Anual-de-Comercio-Exterior-

2016-9.pdf 130 “Informe Anual de Comercio Exterior de Uruguay XXI”, ano 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-content/uploads/sites/9/2018/01/Informe-

Anual-de-Comercio-Exterior-2017.pdf

Page 49: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

49

de 3%. Os principais produtos importados nesse ano foram veículos, roupas, plásticos, telefones e substâncias quími-

cas.131

Em 2019, as exportações uruguaias de bens (incluindo as realizadas de zonas francas) registraram um ligeiro au-

mento de 0,7% em relação a 2018, totalizando US$ 9.146 milhões. Destaca-se que o crescimento das exportações de

soja (em volume) e de carne bovina (pelo quesito preço) foram os fatores que aqueceram as vendas externas em 2019,

conseguindo compensar a queda nas exportações de gado vivo e de produtos florestais (celulose e madeira), que foram

os produtos com maior incidência negativa em 2019.132

As importações de bens em 2019 (sem considerar o petróleo e derivados) atingiram US$ 7.201 milhões, represen-

tando uma retração de 7% em relação a 2018. Os principais produtos importados em 2019 foram veículos, vestuário,

plásticos, telefones e substâncias químicas.133

Todos os montantes fornecidos neste capítulo são expressos em valores FOB, isto é, em valores reais de merca-

dorias, sem incluir frete, seguro e outros custos envolvidos no processo de importação ou exportação.

III.2. Origem e destino do comércio

III.2.1. Exportação

Durante o ano de 2019, os cinco principais destinos de exportação foram China, União Europeia, Brasil, Estados

Unidos, Argentina e México.134

No caso da China, as exportações feitas pelo Uruguai em 2019 cresceram 23% na comparação interanual como

consequência de maiores embarques de carne bovina (ultrapassando, pela primeira vez, US$ 1 bilhão) e de soja. Esses

aumentos foram de 50% e 74%, respectivamente, e, por sua vez, permitiram à China aumentar sua participação no total

de exportações, atingindo 31% do total exportado (US$ 2.872 milhões).135

A participação da União Europeia nas exportações uruguaias foi de 17% em 2019, tornando-se o segundo destino

de exportação no ano (ao se considerar o conjunto de países). O total exportado foi de US$ 1.532 milhões, o que mostra

uma redução de 8% nos valores do ano de 2018. A celulose representou quase metade das vendas, sendo o principal

produto exportado, enquanto a carne bovina e a madeira ocuparam o segundo e terceiro lugar.

Em 2019, o total exportado para o Brasil foi de US$ 1.198 milhões, registrando um crescimento interanual de 5%

(representando 13% do total de vendas). Caso considerados os países individualmente, o Brasil foi o segundo principal

destino das exportações uruguaias. As vendas foram impulsionadas por produtos agropecuários, como malte, trigo,

cevada e arroz, posicionados como produtos com alto impacto positivo nas exportações. Ao contrário, as vendas de

carne ovina e borracha foram as que apresentaram maior incidência negativa.

131 “Informe Anual de Comercio Exterior de Uruguay XXI”, ano 2018, publicado em: https://www.uruguayxxi.gub.uy/es/centro-informacion/articulo/informe-de-comercio-

exterior-de-uruguay-2018/ 132 “Informe Anual de Comercio Exterior de Uruguay XXI”, ano 2018, publicado em: https://www.uruguayxxi.gub.uy/es/centro-informacion/articulo/informe-de-comercio-

exterior-de-uruguay-2018/ 133 “Informe Anual de Comercio Exterior de Uruguay XXI”, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf 134 “Informe Anual de Comercio Exterior de Uruguay XXI”, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf 135 “Informe Anual de Comercio Exterior de Uruguay XXI”, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf

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50

Os Estados Unidos, ocupando a quarta posição, representaram US$ 628 milhões, o que significou um crescimento

de 3% em relação às exportações realizadas em 2018. Esse crescimento foi devido ao aumento das exportações do

setor florestal, com vendas de celulose, painéis e madeira serrada. A carne bovina foi o principal produto nesse mercado,

com uma participação de 33% no total.

A Argentina ocupa o quinto lugar, sendo exportados, em 2019, US$ 369 milhões, o que significou uma queda nas

vendas de 21%. As autopeças, principal produto desse destino, sofreram retração de 20% nas colocações, enquanto a

soja também teve menos embarques. A celulose manteve valores similares aos de 2018 e ficou em segundo lugar como

produto exportado.

O México ficou em sexto lugar, apesar do recuo de 13% nas vendas para esse destino. O total exportado foi de

US$ 286 milhões, dos quais, os concentrados de bebidas ocuparam 49%, seguidos pelo arroz com 16% e laticínios com

10%.

(Tabela 35) Principais destinos das exportações uruguaias com seus 3 principais itens

Destino Descrição

VALOR US$ milhões

Janeiro - Dezem-

bro 2018

Janeiro - Dezem-

bro 2019

Variação

2019/2018(%)

Participação 2019

(%)

China

Carne bovina 730 1.095 50% 52%

Soja 391 510 31% 240%

Subprod. da carne 115 142 23% 7%

Subtotal 1.235 1.747 41% 83%

Total 1.681 2.117 26% 100%

Brasil

Plásticos 169 171 1% 16%

Laticínios 138 132 -5% 12%

Veículos 103 112 9% 10%

Subtotal 410 415 1% 39%

Total 1.088 1.072 -1% 100%

Estados Unidos

da América

Carne bovina 196 204 4% 46%

Madeira 47 53 13% 12%

Subprodutos de

carne 51 47 -7% 11%

Subtotal 293 304 4% 68%

Total 456 449 -2% 100%

Z.F. Nueva

Palmira

Soja 89 325 266% 77%

Malte 19 72 287% 17%

Trigo 9 11 18% 3%

Subtotal 116 407 250% 96%

Total 132 423 219% 100%

Z.F. Punta

Pereira

Madeira 319 339 6% 98%

Hidróxido de

sódio 0 1 395% 0%

Ácido sulfúrico 4 4 0% 1%

Subtotal 324 344 6% 99%

Total 327 347 6% 100%

Argentina

Autopeças 97 78 -20% 25%

Plástico 33 34 2% 11%

Tintas, vernizes e 30 25 -17% 8%

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51

outros

Subtotal 160 136 -15% 44%

Total 405 310 -23% 100%

(*) Nota: Não inclui exportações de Zona Franca

Fonte: Uruguai XXI136

III.2.2. Importação

Em 2019, as importações de bens, sem considerar petróleo e derivados, atingiram US$ 7.201 milhões,

representando uma retração de 7% em relação a 2018.

Em relação às principais origens das compras realizadas pelo Uruguai, estão Brasil, China, Argentina, Estados

Unidos e México. A participação do Brasil em 2019 foi de 23%, sendo os bens mais comprados veículos, carne bovina,

apresentando maior incidência positiva.

A China ficou em segundo lugar com uma participação de 22% no total das importações feitas pelo Uruguai,

apresentando uma queda de 4% em relação ao ano anterior. Os bens mais comprados foram: vestuário, telefones e

substâncias químicas.

Com relação à Argentina, as compras foram as que apresentaram a maior incidência negativa no total. Estas

recuaram 12% em relação a 2018 e totalizaram US$ 968 milhões. As compras de plástico, produtos químicos e papel

foram as principais.

Quando aos Estados Unidos, por sua parte, ocupa o quarto lugar e representam 7% do total de compras,

permanecendo estável com relação aos montantes de anos anteriores. Os principais produtos importados foram

plásticos, substâncias químicas e telefones.

Em quinto lugar está o México, que ultrapassou origens históricas como a Alemanha e a Espanha.

(Tabela 36) Principais origens de importação do Uruguai - acumulado Janeiro-Dezembro (US$ milhões)

Origens janeiro - dezembro

2018

janeiro - dezembro

2019

Variação

2019-2018%

Participação em

2019 (%)

Brasil 1.622 1.625 0% 23%

China 1.678 1.609 -4% 22%

Argentina 1.094 968 -12% 130%

Estados Unidos 520 488 -6% 7%

México 220 210 -5% 3%

Alemanha 224 210 -6% 3%

Índia 203 163 -19% 2%

Espanha 158 161 2% 2%

Itália 158 161 2% 2%

França 152 129 -15% 2%

Paraguai 147 108 -27% 1%

Coreia do Sul 99 105 7% 1%

Chile 106 97 -8% 1%

136 “Informe Anual de Comercio Exterior de Uruguay XXI”, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf

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52

Japão 60 65 8% 1%

Reino Unido 60 59 -2% 1%

Subtotal 6.507 6.132 -6% 85%

Total 7.703 7.201 -7% 100%

Fonte: Uruguai XXI137

III.3. Composição por produto

III.3.1. Exportação

Quanto aos produtos mais importantes do mercado de exportação, conforme observado na Tabela Nº 37, em

2019, foram soja, carne bovina, concentrado de bebidas, trigo e derivados de carne, enquanto a redução nas vendas de

gado vivo e celulose foram os que apresentaram maior impacto negativo nas exportações, no ano

A carne bovina foi o principal produto de exportação em 2019, com um total de US$ 1.798 milhões.

Por sua vez, o ano encerrou com queda nas exportações, em dólares, de polpa de celulose em dólares (-8%),

apesar do incremento no volume (1%). O total exportado foi de US$ 1.527 milhões, posicionando-se como o segundo

produto de exportação do país.

A respeito desse produto, deve-se ressaltar que, em 7 de novembro de 2017, o Governo uruguaio da época

assinou um Contrato de Investimento com a empresa finlandesa UPM para a instalação de uma planta de celulose,

estimando que o referido projeto aumentaria as exportações em mais 1 bilhão de dólares por ano e colocaria o Uruguai

entre os primeiros países exportadores deste produto.138

Posteriormente, em 15 de maio de 2020, o atual Governo uruguaio assinou um Memorando de Entendimento com

a UPM, no contexto da situação extraordinária causada pela pandemia do vírus COVID-19. Nele, foram acordadas mais

contribuições financeiras pela UPM, a fim de aliviar parcialmente as obrigações assumidas pelo Uruguai no Contrato de

Investimento assinado e o eventual impacto econômico da pandemia no país. Nesse sentido, entre os novos

compromissos assumidos pela UPM no contexto da referida renegociação, estão a construção de uma planta dedicada à

produção de insumos industriais, que ficará localizada na cidade de Fray Bentos, bem como a construção de um viveiro

de última geração para desenvolvimento e pesquisa florestal em Sarandí del Yí. Essas novas obras foram avaliadas em

US$ 55 milhões, o que se acrescenta ao total global de US$ 3 bilhões comprometidos pela UPM.139

Em terceiro lugar, no elenco de produtos exportados, encontra-se a soja, que apresentou o maior impacto positivo

nas exportações uruguaias em 2019, com um total de US$ 1.002 milhões. O volume de soja vendido ao exterior mais

que dobrou em 2019, com uma colheita ajudada por um regime de chuvas muito positivo após a seca na colheita

anterior. O aumento em termos de volume foi da ordem de 117% interanual, enquanto o montante foi um pouco menor,

em torno de 90%, devido à queda no preço médio de exportação.140

(Tabela 37) Lista de bens exportados do Uruguai em janeiro-dezembro 2019, variação e incidência.

Produto Milhões

US$ FOB

Milhões

US$ FOB Var % 2018-2019

Part. (%)

2019 Incidência (%)

137 “Anexo de Informe anual de comercio exterior”, Uruguay XXI, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/bfde834e2e6327315c128f052a3a0ff50abde4e3.pdf 138 “Anexo de Informe anual de comercio exterior”, de Uruguay XXI, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/bfde834e2e6327315c128f052a3a0ff50abde4e3.pdf 139 Publicado em: https://medios.presidencia.gub.uy/tav_portal/2019/noticias/AD_336/0.%20Acuerdo%20de%20Inversi%C3%B3n%20ROU-UPM.pdf 140 Publicado em: https://www.presidencia.gub.uy/comunicacion/comunicacionnoticias/memorando-entendimiento-upm-gobierno

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53

2018 2019

Carne bovina 1.624 1.798 11% 20% 1,9%

Celulose 1.660 1.527 -8% 17% -1,5%

Soja 529 1.002 90% 11% 5,2%

Laticínios 682 649 -5% 7% -0,4%

Conc. de bebidas (em branco) 472 524 11% 6% 0,6%

Arroz 398 372 -6% 4% -0,3%

Madeira 468 359 -23% 4% -1,2%

Subprodutos de carne 279 302 8% 3% 0,3%

Plásticos 230 235 2% 3% 0,1%

Malte 203 216 6% 2% 0,1%

Prod. farmacêuticos 227 211 -7% 2% -0,2%

Lã e tecidos 246 186 -25% 2% -0,7%

Autopeças 203 181 -11% 2% -0,2%

Couro e suas manufaturas 223 155 -30% 2% -0,7%

Veículos 128 117 -9% 1% -0,1%

Peixes e outros 117 117 0% 1% 0,0%

Gado em pé 271 100 -63% 1% -1,9%

Margarina e óleos 93 88 -5% 1% -0,1%

Carne ovina e caprina 69 71 4% 1% 0,0%

Frutas cítricas 61 63 4% 1% 0,0%

Trigo 23 63 172% 1% 0,4%

Produtos de limpeza 70 57 -19% 1% -0,1%

Substâncias químicas 56 51 -7% 1% 0,0%

Tintas, vernizes e outros 60 51 -15% 1% 0,1%

Papel e papelão 36 38 6% 0% 0,0%

Cigarros e tabaco 32 31 -4% 0% 0,0%

Vestuário, calçados e outros têxteis 31 29 -7% 0% 0,0%

Borracha 45 29 -36% 0% -0,2%

Carne equina, suína e outras 30 27 -10% 0% 0,0%

Pedras preciosas 21 23 8% 0% 0,0%

Cevada sem processar 2 17 (---) 0% 0,2%

Vinho 21 16 -22% 0% -0,1%

Mel 14 16 15% 0% 0,0%

Peles e confecções 12 10 -14% 0% 0,0%

Frutas e frutas não cítricas 11 10 -11% 0% 0,0%

Milho 0 8 (---) 0% 0,1%

Preparações de frutas e outros 13 8 -42% 0% -0,1%

Gorduras de lã 5 5 0% 0% 0,0%

Óleos de petróleo 0 4 (---) 0% 0,0%

Carne de ave 4 3 -27% 0% 0,0%

Ouro 16 0 -99% 0% -0,2%

Total 9.080 9.146 0,7% 100%

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54

Fonte: Uruguai XXI141

III.3.2. Importação

Como mostra a Tabela 38, os principais produtos importados são veículos, vestuário e calçados, plásticos,

telefones celulares e produtos farmacêuticos.142

No caso dos automóveis, 62% do montante importado correspondia a automóveis, 37% a veículos para transporte

de mercadorias e 10% a tratores.

Por sua vez, as compras de vestuário e calçado ficaram em segundo lugar, com um montante de US$ 418

milhões. Nesse item, o principal fornecedor é a China, seguida pelo Brasil com 13%.

No caso do setor plástico, em 2017 as importações foram de US$ 338 milhões. Das compras desses produtos,

60% foram feitas do Brasil, Argentina e Chile.

Os telefones celulares foram o quarto produto mais importado em 2017, tendo como principais fornecedores China

e os Estados Unidos.

(Tabela 38) Principais itens de importação realizadas pelo Uruguai em 2019 e variação (US$ milhões)

Participação % 2019 Milhões de US$ Variação %

Veículos 7% 571 0%

Vestuário e calçado 6% 418 -10%

Plásticos 5% 338 -10%

Telefones 4% 282 -8%

Produtos farmacêuticos 4% 272 0%

Substâncias químicas 4% 272 -2%

Autopeças 3% 225 -7%

Papel e papelão 2% 177 -6%

Tintas e vernizes 2% 167 -7%

Carne bovina 21% 127 101%

Fonte: Uruguai XXI143

141 “Informe anual de comercio exterior”, Uruguay XXI, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf 142 “Anexo de Informe anual de comercio exterior”, de Uruguay XXI, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/bfde834e2e6327315c128f052a3a0ff50abde4e3.pdf 143 “Informe anual de comercio exterior”, de Uruguay XXI, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf

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55

IV. RELAÇÕES ECONÔMICAS BRASIL – URUGUAI

IV.1. Intercâmbio bilateral

IV.1.1. Evolução recente

O Brasil e o Uruguai são economias em grande parte complementares. As quantias e as características do

comércio bilateral observados na Tabela Nº 39 refletem essa situação. Entre os principais produtos que o Brasil vendeu

para o Uruguai em 2019, destacam-se os derivados de petróleo e minerais betuminosos (30% do total das exportações

para o Uruguai); seguidos pelos veículos motorizados (5,4%); carne bovina (4,1%); veículos para transporte de

mercadorias e usos especiais (3,7%); carne de porco (3,5%); entre outros produtos.144 Por outro lado, entre os principais

produtos que o Uruguai vendeu para o Brasil em 2019, estão: produtos agroindustriais, como cereais, farinhas, amidos

(16%); laticínios (9,5%); veículos automotores para transporte de mercadorias e usos especiais (8,7%); carne bovina

(5,1%); margarinas (4,9%), plásticos (4,7%), entre outros.145

O Brasil é um parceiro comercial decisivo para a economia uruguaia, uma vez que vários setores dependem das

exportações para esse destino Destacam-se, entre outras, as exportações de malte, veículos, cevada e plásticos, todos

estes produtos destinam, em média, 80% da sua produção para o Brasil. Vale ressaltar também que o Brasil é um dos

principais fornecedores de bens para o Uruguai, juntamente com a China e a Argentina.146

Esse relacionamento se mantém apesar das situações de recessão vividas nos últimos anos no Brasil. Mesmo em

2017, o Brasil foi o segundo cliente do Uruguai, apesar da redução de 9% em relação às compras feitas em 2016. Por

outro lado, considerando os países individualmente, em 2019, o Brasil foi o segundo parceiro comercial do Uruguai; com

maior peso na indústria automotiva, com valores atingindo US$ 382 milhões. Além disso, em 2019, foi o principal país

origem das importações, com participação de 23% e montantes estáveis em relação a 2018. As compras de veículos

representaram os maiores algarismos.147

(Tabela 39) Intercâmbio Comercial Brasil - Uruguai desde 2012 a 2019 (US$ FOB)

ANO Exportações Importações Resultado

US$ FOB (A) US$ FOB (B) Saldo (A-B) Corrente (A+B)

2012 2.184.176.924 1.818.919.660 365.257.264 4.003.096.584

2013 2.070.658.484 1.766.973.521 303.684.963 3.837.632.005

2014 2.945.317.738 1.918.479.277 1.026.838.461 4.863.797.015

2015 2.726.537.719 1.216.630.579 1.509.907.140 3.943.168.298

2016 2.743.829.463 1.284.208.831 1.459.620.632 4.028.038.294

2017 2.348.121.791 1.323.900.791 1.024.221.000 3.672.022.582

2018 3.007.607.510 1.160.165.962 1.847.441.548 4.167.773.472

2019 2.477.719.089 1.113.601.799 1.364.117.290 3.593.320.888

144 “Informe anual de comercio exterior”, de Uruguay XXI, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf 145 Publicado em: http://comexstat.mdic.gov.br/es/comex-vis 146 Publicado em: http://comexstat.mdic.gov.br/es/comex-vis 147 “Informe anual de comercio exterior”, de Uruguay XXI, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf

Page 56: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

56

Fonte: Elaboração própria com base nas informações fornecidas pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e

Serviços (MDIC) - (Brasil)148

IV.1.2. Composição do intercâmbio comercial bilateral

IV.1.2.1. Exportações do Brasil para o Uruguai

A Tabela Nº 40 mostra os principais grupos de produtos comprados pelo Uruguai do Brasil, em 2019, e sua

variação em relação aos anos de 2018 e 2017.

(Tabela 40) Os dez principais grupos de produtos exportados pelo Brasil para o Uruguai

(em milhões de US$ - FOB)

Descrição (Capítulo) Ano 2019 Ano 2018 Ano 2017

Combustíveis minerais, óleos minerais; ceras minerais, outras. 760,3 1.263,5 753,9

Veículos a motor, tratores e outros, suas peças e acessórios 305,5 341,2 375,0

Carne e miudezas comestíveis 191,8 119,9 93,5

Plástico e suas manufaturas 120,8 109,3 91,6

Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, outros. 99,9 112,4 107,4

Minérios metalíferos, escórias e cinzas 84,6 90,8 56,4

Café, chá, erva-mate e especiarias 71,1 76,2 71,4

Móveis; mobiliário médico cirúrgico; artigos de cama e afins; outros 60,4 55,5 51,2

Papel e papelão; manufaturas de pasta de celulose, de papel ou papelão 56,8 71,3 52,0

Fundição, ferro e aço 53,8 70,0 41,4

Fonte: Elaboração própria com base nas informações fornecidas pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Servi-

ços (MDIC) - (Brasil)149

IV.1.2.2. Importações realizadas no Brasil com origem no Uruguai

A Tabela Nº 41 mostra os principais grupos de produtos comprados pelo Brasil no mercado uruguaio em 2019, e

sua variação em relação aos anos de 2018 e 2017.

(Tabela 41) Os dez principais grupos de produtos importados pelo Brasil do Uruguai

(em milhões de US$ - FOB)

Descrição (Capítulo) Ano 2019 Ano 2018 Ano 2017

Produtos de moagem, malte, amidos, outros 185,9 149,0 173,4

Leite e laticínios, ovos de aves, mel natural, outros 130,5 136,8 238,2

Veículos a motor, tratores e outros, suas peças e acessórios 126,0 139,0 93,2

Plástico e suas manufaturas 106,1 155,6 128,9

Cereais 91,0 44,4 115,5

Carne e miudezas comestíveis 82,4 103,4 102,2

Gorduras e óleos animais ou vegetais, outras 62,7 67,8 69,4

Várias preparações alimentares 45,5 18,5 16,0

Manufaturas de fundição, ferro ou aço 41,6 43,8 42,6

148 “Informe anual de comercio exterior”, de Uruguay XXI, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf 149 Informação obtida de http://comexstat.mdic.gov.br/es/geral/7835 y http://comexstat.mdic.gov.br/es/geral/7836

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Borracha e suas manufaturas 23,7 36,8 46,0

Fonte: Elaboração própria com base nas informações fornecidas pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e

Serviços (MDIC) - (Brasil)150

IV.2. Investimentos bilaterais

Em matéria de investimentos, destaca-se o aumento que estes tiveram no Uruguai, nos últimos 20 anos. De

acordo com um relatório publicado pelo Uruguay XXI, em 2003 as empresas estrangeiras tinham uma participação de

24% nas exportações de bens, enquanto em 2018 essa participação aumentou para 70%. No período analisado,

observou-se que as exportações de empresas de capital europeu foram as que mais aumentaram a participação,

enquanto na região, a participação de empresas argentinas ficou relativamente estável, ao tempo que as brasileiras

experimentaram um crescimento relevante a partir de 2007, pela aquisição de alguns dos principais frigoríficos do país.

Em relação à origem do capital, as empresas brasileiras instaladas no Uruguai exportaram um total de US$ 1.397,

representando 22% do total exportado em 2018.151

De acordo com as informações fornecidas pelo Banco Central do Uruguai, desde 2015, o Brasil ocupa o terceiro

lugar na lista de países originários dos investimentos que o Uruguai recebe, com uma participação de 8,2% do total do

Investimento Estrangeiro Direto (IED). Naquela época, o montante total de investimentos estrangeiros diretos registrados

pelo Uruguai para esse destino era de US$ 105 milhões, valor que teve uma queda significativa de 58,5% em relação a

2014, nesse momento o montante de IED era de US$ 253 milhões.152

De acordo com estimativas publicadas, até 2015 o Uruguai teria recebido investimentos de 180 empresas de

capital brasileiro e 6 com capitais compartilhados instaladas no Uruguai. 153 Entre elas estão: SAMAN, GALOFER,

Frigorífico Tacuarembó, SACEEM, Frigorífico Canelones, Canarias, Sadia, entre outras. Em geral, os investimentos

brasileiros giram em torno das seguintes áreas: serviços financeiros, atividades profissionais e administrativas, indústrias

de transformação (alimentos, bebidas, tabaco e frigoríficos), comércio, construção, entre outros.

IV.2.1. Nível atual de investimentos e reinvestimentos acumulados do Brasil e sua posição

Em 2016, o Investimento Estrangeiro Direto representou 1,8% do PIB uruguaio, o equivalente a US$ 953 milhões.

Os países seguintes destacam-se como origem do investimento realizado no Uruguai: Argentina com 28%, seguida pela

Alemanha com 11,2%, depois o Brasil (8,2%), a Itália (7,8%), a Bélgica (6,6%), o Canadá (4,7%) e a Nova Zelândia com

3,5%, entre outros.

Os principais setores investidos que se destacaram em 2016 foram Indústria, Serviços e Comércio. Aliás, nesse

no, 53% dos projetos recomendados pela COMAP (Comissão para a Aplicação da Lei de Investimentos) tiveram

investimento estrangeiro como fonte.

IV.2.2. Principais setores de investimento (e empresas) do Brasil no país

150 Informação obtida de http://comexstat.mdic.gov.br/es/geral/7834 151 Informação obtida de http://comexstat.mdic.gov.br/es/geral/7837 152 “Bono de IED en Uruguay y su impacto en las exportaciones de bienes”, Documento de Trabalho Nº 13, Departamento de Inteligencia Competitiva, Uruguay XXI,

publicado em: https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c75329ad68c4170a631ef87f864c37d3515fc48d.pdf 153 “Brasil – Ficha país, de Uruguay XXI”, julho de 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-content/uploads/sites/9/2017/07/Informe-Brasil_2017.pdf

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Conforme indicado no item IV.2, segundo estimativas publicadas, até 2015 o Uruguai teria recebido investimentos

de 180 empresas de capital brasileiro e 6 com capitais compartilhados instaladas no Uruguai.154 Na Tabela Nº 42 abaixo,

algumas delas podem ser observadas, sem como suas áreas de atuação.

(Tabela 42) Empresas no Uruguai com capital brasileiro

EMPRESAS SETOR

S.A.M.A.N. - Sociedad Anónima Molinos Arroceros Nacionales

(CAMIL ALIMENTOS) Indústria alimentícia

ARROZAL 33 S.A. Indústria alimentícia

FNC S.A. (Fábricas Nacionales de Cerveza) - AMBEV Indústria de bebidas

VINÍCOLA AURORA S.A. Indústria vinícola

BRF URUGUAY (MINERVA FOODS URUGUAY) Indústria alimentícia

FRIGORÍFICO TACUAREMBÓ (MARFRIG) Indústria alimentícia

MINERVA FOODS URUGUAY (Frigorífico Canelones S.A.,

Frigorífico Matadero Carrasco S.A. e Frigorífico PUL S.A.) Indústria alimentícia

Eletrobrás Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Sucursal Uruguay Energia

PETROBRAS URUGUAY Energia

Banco ITAÚ Instituição financeira

Porto Seguro Seguros del Uruguay S.A. Seguradora

AZUL Linhas Aéreas - Blaser S.A. Transporte aéreo de passageiros

GOL Uruguay Líneas Áreas Transporte aéreo de passageiros

LATAM Airlines Group Transporte aéreo de passageiros

Transporte Turismo Ltda (TTL) Transporte terrestre

Bordel S.A. - Tip Group Uruguay (CVC) Turismo

HOTEL FASANO Punta del Este Hotelaria

HOTEL INTERCITY Montevidéu Hotelaria

BTG PACTUAL - LUMIN (ex - Weyerhaeuser) Florestamento

Costa Fortuna del Uruguay S.A. Engenharia e Construção

Hidrovías del Sur S.A. Logística e Transporte

Saceem S.A. - Neocorp Engenharia e Construção

RR Etiquetas Uruguay S.A. - Grupo CCRR Indústria gráfica

FCC Uruguay S.A. Indústria química

Gerdau Laisa S.A. Indústria siderúrgica

Leb S.A. - Loren Pet Indústria de plástico

Oxiteno Uruguay S.A. Indústria química

Urupema SA. - PETROSUL Indústria química

Tigre S.A. - Tubconex Uruguay S.A. Fabricação de tubos

Arctests Ltda Inspeção e manutenção industrial

Lukyzen S.A. - DATELLI Calçado

Ibope Medios Uruguay Medição de audiência

Lojas Renner Uruguay S.A. Moda

Totvs Uruguay Software empresarial

Cementos Artigas S.A. Cimentos

Viña Eden Indústria vinícola

Vinícola Salton Indústria vinícola

154 “Brasil – Ficha País, de Uruguay XXI”, julho de 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-content/uploads/sites/9/2017/07/Informe-Brasil_2017.pdf

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Para mais informações de contato de cada uma dessas empresas, recomendamos consultar o Anexo II

(Empresas com capital brasileiro no Uruguai).

IV.3. Principais Acordos Econômicos com o Brasil

Além dos acordos subscritos na ALADI e no MERCOSUL, o Brasil e o Uruguai celebraram inúmeros atos

internacionais para intensificar as relações bilaterais, destacando-se, entre os mais recentes, as ações destinadas a

aprofundar a integração na área de fronteira.

IV.3.1. Protocolo de Expansão Comercial

O Protocolo de Expansão Comercial (PEC) – Acordo de Complementação Econômica Nº 2, subscrito entre a

República Federativa do Brasil e a República Oriental do Uruguai em 20 de dezembro de 1982, “teve como objetivo

promover o aproveitamento máximo dos fatores produtivos e estimular a complementação econômica, com base no

estabelecimento de uma redução no programa de intercâmbio recíproco. Da mesma forma, as partes acordaram não

pactuar condições mais onerosas em relação às tarifas de exportação do que os termos e normas contidos no

acordo”.155

IV.3.2. Acordo sobre intercâmbio de informações em matéria tributária e seu protocolo

Nos termos do Acordo de Intercâmbio de Informações em Matéria Tributária, assinado entre o Uruguai e o Brasil

em 2015156, ambas as partes se comprometeram a prestar assistência por meio da troca de informações tributárias e de

atividades dos indivíduos. As informações compreendidas devem ser de interesse para determinar a cobrança e

estabelecimento de impostos, a recuperação e execução de reclamações tributárias ou os procedimentos de

investigação e judiciais na matéria.

IV.3.3. Acordo sobre a livre circulação de bens e serviços

Em 2017, Uruguai e Brasil assinaram um novo acordo de complementação econômica157, visando a garantir o

intercâmbio comercial e promover a expansão do comércio de bens e serviços, aprofundando as relações comerciais

entre os dois países. Para tanto, foi criada a Comissão de Comércio bilateral Brasil-Uruguai (CCB). Esse acordo foi

materializado no âmbito dos termos do Protocolo Nº 71 do Acordo de Complementação Econômica Nº 2.

Na busca por um tratamento rápido e eficaz aos problemas de acesso aos mercados, foi estabelecido um

mecanismo de consulta para o CCB que procura lidar com as dificuldades entre os dois Estados, além de proporcionar

defesa comercial, medidas sanitárias e fitossanitárias, costumes, normas técnicas e procedimentos aduaneiros, entre

outros.

IV.3.4. Acordo para a facilitação de atividades empresariais no MERCOSUL

Em 16 de dezembro de 2004, foi assinado em Belo Horizonte (Brasil) o Acordo para a Facilitação de Atividades

Empresariais no MERCOSUL, que estabelece que os empresários de nacionalidade dos países membros do

155 “Brasil – Ficha país, de Uruguay XXI”, julio 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-content/uploads/sites/9/2017/07/Informe-Brasil_2017.pdf 156 Acordo de Complementação Econômica – Protocolo de Expansão Comercial – ALADI – Subscrito Uruguai – Brasil – publicado em:

https://www.impo.com.uy/bases/decretos-internacional/551-1985 157 Acordo de Troca de Informações Fiscais – Uruguai Brasil – 30 /12 / 2015 - https://www.presidencia.gub.uy/comunicacion/comunicacionnoticias/promulgacion-leyes-

acuerdos-brasil-tributarios-notas-reversales

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MERCOSUL poderiam estabelecer-se em quaisquer das outras nações do bloco sem mais restrições do que aquelas

aplicáveis aos locais. Nesse sentido, em virtude deste instrumento, os países membros se comprometeram a

proporcionar aos empresários dos demais estados-partes o estabelecimento e o livre exercício das atividades

empresariais.

O acordo entrou em vigor em três dos estados membros do MERCOSUL, para a Argentina e o Uruguai, em 24 de

fevereiro de 2007, e para o Brasil em 27 de dezembro de 2007.

O acordo estabelece requisitos diferentes de acordo com a categoria em que os empresários estiverem

localizados. Entre outros, podemos destacar que para pessoas físicas o jurídicas, investidoras, deverão ser

apresentadas referências comerciais e bancárias, bem como creditar a transferência de um montante mínimo de US$

30.000 comprovados através de instituições bancárias oficiais, esse montante é significativamente inferior ao exigido por

outros países para investidores estrangeiros.

IV.3.5. Acordo entre a República Federativa do Brasil e a República Oriental do Uruguai sobre Residência

Permanente com o Objetivo de Alcançar a Livre Circulação de Pessoas

Aprovado no Uruguai pela Lei Nº 19.214, de 23 de maio de 2014158, o Acordo de Residência Permanente foi

subscrito entre os governos do Uruguai e do Brasil em 9 de julho de 2013, a fim de facilitar o trânsito de nacionais de

ambos os países, a fim de ampliar as oportunidades para todos os seus cidadãos e aprofundar a integração.

O Acordo regula a possibilidade de que tanto cidadãos nacionais uruguaios quanto brasileiros tenham acesso a

residência permanente ou visto permanente, mediante a apresentação de documentação determinada e a observância

dos requisitos descritos.

IV.3.6. Acordo de Complementação Econômica Nº 2 Celebrado entre a República Federativa do Brasil e a

República Oriental do Uruguai – Septuagésimo Sexto Protocolo Adicional

Nos termos deste instrumento, foi incorporado ao Acordo de Complementação Econômica Nº 2, o anexo “Acordo

sobre a Política Automotiva Comum entre a República Federativa do Brasil e a República Oriental do Uruguai”.159 Trata-

se de um acordo sob o qual as partes expressaram sua vontade e compromisso de buscar o estabelecimento de uma

política automotiva, no marco do Acordo de Complementação Nº 18.

Desde a entrada em vigor, o Acordo sobre a Política Automotiva Comum entre o Brasil e o Uruguai, anexo ao

Sexagésimo Oitavo Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica Nº 2, foi revogado.

IV.3.7. Acordo para eliminar a dupla tributação dos impostos sobre a renda e a riqueza e impedir a evasão e

sonegação fiscais

Os governos do Brasil e do Uruguai subscreveram, em 7 de junho de 2019, um acordo para evitar a dupla

tributação sobre renda e capital, que é considerado uma ferramenta essencial para promover o investimento e o

comércio entre os dois países, particularmente em relação à área de serviços e tecnologia da informação.160

Embora o convênio subscrito entre esses países ainda não esteja em vigor, este segue as diretrizes do Modelo de

158 Septuagésimo primeiro protocolo adicional ao Acordo de Complementação Econômica Nº 2, Uruguai – Brasil , 11 de março de 2013, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/ca05a6ae01cc969583257d8100416d1e/dcbe434f858dde2103257c5900520f13?OpenDocument 159 Publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/leyes-internacional/19214-2014/1 160 Publicado em: http://www2.aladi.org/biblioteca/publicaciones/aladi/acuerdos/ace/es/ace02/ACE_002_076_Rectificado.pdf

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Convênio aprovado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e representa uma

segunda etapa no relacionamento entre o Uruguai e o Brasil, após a assinatura do Acordo sobre troca de informações

em matéria fiscal e seu protocolo.

IV. 4. Linhas de crédito de bancos brasileiros

IV.4.1. Programa de Financiamento às Exportações (PROEX)

O Programa de Financiamento às Exportações (PROEX) é um programa do Governo Federal do Brasil de apoio

às exportações brasileiras de bens e serviços, viabilizando os financiamentos em condições equivalentes às praticadas

no mercado internacional. O Banco do Brasil S.A. é o agente financeiro responsável pela gestão e operação do

PROEX.161

O PROEX oferece duas modalidades:

PROEX Financiamento: financiamento direto ao exportador brasileiro ou ao importador com recursos do

tesouro nacional brasileiro. Essa modalidade apoia as exportações brasileiras de empresas com faturamento bruto

anual de até R$ 600 milhões. Os prazos de financiamento variam de 60 dias a 10 anos, o que dependerá do

conteúdo tecnológico da mercadoria exportada ou da complexidade do serviço prestado. Para financiamentos com

prazo de até 2 anos, o percentual pode chegar até 85% do valor das exportações.

Proex Equalização: trata-se de uma exportação financiada por instituições financeiras no país e no exterior, na

qual o PROEX assume parte dos encargos financeiros, tornando-os equivalentes àqueles praticados no mercado

internacional. Essa modalidade pode ser contratada por empresas brasileiras de qualquer porte. A equalização

pode ser concedida no financiamento ao importador, pelo pagamento em dinheiro ao exportador brasileiro e nos

refinanciamentos concedidos ao exportador. Os prazos de equalização variam de 60 dias a 15 anos, definidos de

acordo com o valor agregado da mercadoria ou a complexidade do serviço prestado, podendo o percentual atingir

até 100% do valor da exportação.

IV.4.2. Linhas de financiamento para bens e serviços de exportações do BNDES

Esse mecanismo é o principal braço financiador do Governo Federal do Brasil. O BNDES162 tem incentivado a

área de comércio exterior e a internacionalização de empresas com custos e prazos diferenciados. Entre as ações

implementadas destacam-se o aumento da competitividade internacional da produção brasileira de bens e serviços de

maior valor agregado e o crescente estímulo à ação brasileira na América do Sul, ampliando os laços comerciais

estratégicos.

Para ampliar a capacidade de exportação das empresas brasileiras, o BNDES atua em duas frentes: apoiando a

produção de bens e serviços destinados ao mercado externo (pré-embarque) e financiando a comercialização desses

produtos no exterior (pós-embarque).

No financiamento pré-embarque, cabe ao exportador amortizar e liquidar a dívida. Nas exportações pós-

embarque, por sua vez, o valor pago pelo BNDES ao exportador brasileiro é um adiantamento feito pelo importador no

exterior. O importador assume a dívida e paga ao BNDES.

IV.5. Matriz de oportunidades

161 Publicado em: http://presidencia.gub.uy/comunicacion/comunicacionnoticias/Visita-oficial-a-Brasil 162 Mais informações em: www.bb.com.br

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A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), cuja origem remonta a 2003,

prepara estudos e análises de mercado com o objetivo de incentivar as empresas brasileiras a exportar. No escopo

desses estudos, a Apex Brasil prepara um mapa estratégico de mercados e oportunidades comerciais para ajudar na

diversificação de destinos e produtos exportados. O mapa estratégico para o Uruguai pode ser encontrado em:

http://geo.apexbrasil.com.br/Oportunidades_Comerciais.html#/

No âmbito destes, existem certos nichos de mercado que são de potencial interesse para o empresário brasileiro,

entre eles:

Setor de alimentos e bebidas. É perceptível a possibilidade de abertura de um nicho de mercado para a

“cachaça”, de alto valor agregado, desenvolvida pelo Brasil e com identificação da bebida com o país de origem.

Setor de bens de capital. O Brasil poderia aumentar suas exportações de bens de capital, aproveitando as

vantagens como país vizinho e as preferências tarifárias do MERCOSUL, no contexto do desenvolvimento do

setor de infraestrutura do Uruguai. Em termos gerais, o Brasil concorre com as principais marcas mundiais

produtoras de bens de capital. No ano de 2017, o Brasil exportou, dos capítulos 84 e 85 da NCM (Seção 16 da

NCM que correspondem a máquinas, aparelhos e ferramentas para uso agrícola, agropecuário, industrial e

comercial e suas partes), o montante de US$ 143.570.317. Os setores que poderiam demandar produtos

brasileiros são: engenharia e construção em obras de infraestrutura e geração de energia.

Setor de calçados. O Brasil já tem uma boa posição no mercado calçadista uruguaio, que poderia melhorar por

causa da qualidade dos produtos brasileiros em comparação com os de origem asiática.

Setor de móveis. O setor de móveis acabados tem potencial para as exportações brasileiras. O Brasil já tem uma

posição privilegiada no mercado moveleiro uruguaio, que deveria ser mantida devido à forte concorrência de

produtos chineses a preços baixos.

Setor de mármores e granito. O Brasil tem uma posição importante no mercado uruguaio, que deveria ser

mantida em relação à concorrência de produtos chineses.

Setor de serviços de arquitetura e engenharia. As empresas brasileiras de arquitetura e engenharia poderão

aproveitar o potencial de crescimento do setor de obras de infraestrutura para penetrar no mercado uruguaio. A

concorrência no setor é alta, tanto de empresas locais quanto estrangeiras.

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V. ACESSO AO MERCADO

V.1. Sistema tarifário

V.1.1. Território Aduaneiro

De acordo com as disposições do artigo 5 do Código Tributário do Uruguai, entende-se por território aduaneiro ou

área aduaneira nacional o âmbito geográfico onde as disposições aduaneiras da República serão aplicadas. Este é

integrado por: (i) terra firme insular do país; (ii) águas jurisdicionais; e (iii) o espaço atmosférico. Quanto às águas

jurisdicionais, o conceito inclui águas interiores e águas limítrofes ou fronteiriças e, finalmente, o mar territorial. Além

disso, o território aduaneiro nacional é integrado pelos enclaves das Alfândegas da República que estão estabelecidas

em seu favor, em território estrangeiro.

Por outra parte, é importante ressaltar que não fazem parte do território aduaneiro nacional, os depósitos

alfandegários portuários, depósitos aduaneiros e zonas francas, outros recintos aduaneiros estabelecidos ou a serem

estabelecidos no território nacional.163

V.1.2. Classificação de mercadorias

O sistema tarifário uruguaio é baseado em um regime de classificação tarifária pelo qual todas as mercadorias

estão sujeitas a uma classificação na Nomenclatura Tarifária correspondente, com base no Sistema Harmonizado de

Classificação e Codificação de Mercadorias, de tal forma que, todas e cada uma delas pode ser classificada em item

tarifário, com a correspondente tarifa de importação e exportação.164

Contudo, a existência de tarifas de importação implica apenas onerar a mercadoria na importação ao território

aduaneiro.165

Em 2011, foi promulgada a Lei Nº 18.800166 aprovando a Convenção Internacional do Sistema Harmonizado de

Classificação e Codificação de Mercadorias subscrito em Bruxelas, em 14 de junho de 1983, e o Protocolo da Emenda

de 24 junho de 1986. Como resultado, a Convenção foi internalizada e, portanto, a Dirección Nacional de Aduanas pôde

integrar o Comitê Técnico do Sistema Harmonizado da Organização Mundial de Aduanas.167

O Sistema Harmonizado de Classificação e Codificação de Mercadorias (SH) é uma nomenclatura internacional

orientada às tarifas alfandegárias e às estatísticas do comércio exterior. Consiste em 21 seções e 99 capítulos (dois dígi-

tos). Todos os países que fazem parte da referida Convenção são obrigados a respeitá-la sem introduzir mudanças. So-

mente após o sexto dígito (após o subitem) cada país pode expandir a sua nomenclatura, desde que respeitando as

Regras Gerais, as notas explicativas e a abertura para o nível de subitem.168

Por sua parte, a NCM uruguaia incorpora dez dígitos (dois a mais do que a aplicada pelos países membros do

MERCOSUL), o que permite uma discriminação mais detalhada dos produtos. Essa denominação é utilizada para esta-

163 Mais informações sobre essa modalidade de financiamento em: www.bndes.gov.br 164 “Territorio Aduanero”, da Dirección Nacional de Aduanas, publicado em: https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/v/2774/8/innova.front/territorio-aduanero.html 165 “Nomenclatura y aranceles Uruguay”, publicado em: http://apc.mef.gub.uy/711/3/areas/nomenclatura-y-aranceles-uruguay.html%20-

%20consulte%20Base%20Arancelaria%202018 166 “Arancel de Importación”, da Dirección Nacional de Aduanas, publicado em: https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/v/2491/8/innova.front/arancel-de-importacion.html 167 Lei Nº 18.800 (Aprovação do Convênio Internacional do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias) de 26 de agosto de 2011, publicada em

http://www.impo.com.uy/bases/leyes/18800-2011 168 Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, da Dirección Nacional de Aduanas, 21 de setembro de 2009, publicado em:

https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/file/7587/1/ley-18800-011.pdf

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belecer a Tarifa Externa Comum do MERCOSUL (TEC), em vigor desde 1º de janeiro de 1995, em todo o território adua-

neiro do mercado comum, substituindo as tarifas nacionais de cada um dos estados partes, sendo aplicadas às importa-

ções oriundas de terceiros países. Devido à importância estratégica de alguns produtos e/ou sua relevância econômica,

os esquemas de exceção são negociados (listas nacionais básicas) e a convergência para a Tarifa Externa Comum

(bens de capital, telecomunicações e tecnologia da informação), dos quais, estão excluídos o setor automotivo e o açu-

careiro.

V.1.3. Sistemas de preferências

Tanto o Uruguai quanto o Brasil são membros plenos do MERCOSUL, o que implica que, com relação à

comercialização de seus produtos, a tarifa é 0%. No entanto, existem algumas exceções à tarifa externa comum para

produtos pertencentes tanto ao setor açucareiro quanto ao setor automotivo, que devem pagar uma tarifa entre 0% e

35% acima do valor aduaneiro.

Além do exposto, tanto o Brasil quanto o Uruguai são membros da ALADI, portanto, fazem parte de inúmeros

acordos de escopo parcial e de acordos de complementação econômica.

V.1.4. MERCOSUL

O Uruguai, juntamente com o Brasil, Argentina e Paraguai, são Estados Partes do MERCOSUL. Posteriormente

foram incorporados: a Venezuela (cujos direitos e obrigações inerentes ao status de Estado Parte do Mercosul estão

suspensos, em conformidade com o disposto no segundo parágrafo do artigo 5 do Protocolo de Ushuaia) e a Bolívia

(cujo processo de adesão está em andamento). A participação nesse bloco, permite que as empresas dos estados partes

possam acessar um mercado ampliado.

O MERCOSUL consiste em um processo de integração regional dinâmico e aberto, que busca dinamizar o

comércio e o investimento, integrando as economias dos seus membros e constituindo uma união aduaneira em que os

produtos comercializados o façam com tarifa benéfica “0”, entre as partes, com exceção dos produtos dos setores

automotivo e açucareiro, que foram objeto de negociações específicas.

Em relação ao setor automotivo, em 2000, foi aprovada uma série de normas que estiveram em vigor de 2001 a

2006, quando se esperava o estabelecimento definitivo da Política Automotiva Comum (PAC). Até 2017, a nível de

MERCOSUL, é aplicado o Acordo sobre a Política Automotiva do MERCOSUL (PAM), aprovado mediante Decisão CMC

Nº 70/00 e cuja entrada em vigor foi a partir de 1º de janeiro de 2001. Até o momento, o estabelecimento de uma Zona

de Livre Comércio entre os países do MERCOSUL para o setor não foi alcançado, conforme previsto no acordo.

Basicamente, o principal objetivo alcançado é a complementação industrial baseada na especialização produtiva.

O estabelecimento de uma Política Automotiva Comum envolve a integração de vários acordos bilaterais que

regulam a política automotiva na região.169 Por exemplo, entre o Uruguai e o Brasil regem os termos do septuagésimo

Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica Nº 2.170

Por outro lado, para o setor açucareiro, regras comuns ainda não foram acordadas, de modo que as importações

desses produtos são regidas pela legislação interna de cada estado parte.

169 Sistema Harmonizado de Classificação de Produtos, Dirección Nacional de Aduanas, setembro de 2015, publicado em:

https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/file/14443/1/3-sistema-armonizado-para-la-clasificacion-de-la-mercaderia.pdf 170 Análise do setor automotivo, da Cámara de Industria del Uruguay, ano 2007, publicado em:

http://www.ciu.com.uy/innovaportal/file/494/1/analisis_del_sector_automotriz.pdf

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V.1.5. Regime da ALADI

Tanto o Brasil quanto o Uruguai fazem parte da ALADI, o maior grupo de integração da América Latina. A ALADI é

composta por treze estados membros que são: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México,

Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, abrangendo assim mais de 510 milhões de habitantes.

O marco jurídico global constitutivo e regulador da ALADI é o Tratado de Montevidéu de 1980 (“TM80”), subscrito

em 12 de agosto de 1980. Nele são estabelecidos os seguintes princípios gerais: pluralismo em matéria política e

econômica; convergência progressiva de ações parciais para a formação de um mercado comum latino-americano;

flexibilidade; tratamentos diferenciados com base no nível de desenvolvimento dos países membros; e multiplicidade nas

formas de concordância de instrumentos comerciais.

Em conformidade com os princípios mencionados, a ALADI favoreceu a criação de uma área de preferências

econômicas na região, com o objetivo final de alcançar um mercado comum latino-americano, através de três elementos:

uma preferência tarifária regional aplicável a produtos originários dos países membros frente às tarifas vigentes

para terceiros países;

acordos de escopo regional (comuns a todos os países membros);

acordos de escopo parcial, com a participação de dois ou mais países da área.

Os acordos regionais e de escopo parcial podem abranger várias questões, como redução tarifária e promoção

comercial; complementação econômica; comércio agrícola; cooperação financeira, tributária, aduaneira e sanitária;

preservação do meio ambiente; cooperação científica e tecnológica; promoção do turismo; normas técnicas; e muitos

outros aspectos.

Também neste contexto, foi decidido que os países da região com menor desenvolvimento econômico (Bolívia,

Equador e Paraguai) tenham um sistema preferencial que viabilize a integração.

A seguir, analisaremos alguns dos acordos celebrados no âmbito da ALADI e que estão em vigor.

o Acordo de Complementação Econômica Nº 2 (ACE Nº 2 [Brasil-Uruguai]):

O ACE Nº 2 (também conhecido como “PEC” - Protocolo de Expansão Comercial) e seus Anexos I, II, III e IV

foram celebrados entre o Brasil e o Uruguai.171 Conforme estabelecido no artigo 1º, o principal objetivo do acordo é

promover o máximo aproveitamento dos fatores produtivos e estimular a complementação econômica, com base no

estabelecimento de uma redução no programa de intercâmbio recíproco, em que as partes concordaram “não aplicar

novas restrições ou intensificar as que foram declaradas nas respectivas notas” (artigo 2).

Alguns dos produtos, preferências e requisitos outorgados pelo Brasil no Protocolo de Adequação do Anexo I do

Acordo são: couros, carne, produtos agrícolas, fertilizantes, produtos manufaturados, frutas, produtos orgânicos,

inorgânicos sintéticos, tintas, diversos produtos industriais, fibras, tecidos, madeira etc.172 Por outro lado, alguns dos

produtos e preferências concedidos pelo Uruguai no Protocolo de Adequação Anexo II do Acordo são: ovos, plantas,

sementes, sucos, extratos vegetais, cacau, frutas, álcool, minerais, óleos, produtos químicos, sais, vitaminas, hormônios,

171 Acordo sobre a Política Automotiva comum entre a República Federativa do Brasil e a República Oriental do Uruguai, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/ca05a6ae01cc969583257d8100416d1e/1f27fc936709a60403257b2c004d7401?OpenDocument 172 Acordo de Complementação Econômica Nº 2, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/5e800d33de11b31203256a65006bcdd4/d72e2aff61056c8283256b0c005b837a?OpenDocument

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pigmentos, geleias, borracha, madeira, metal, algodão, máquinas-ferramentas e produtos de pesquisa científica, entre

outros.173

O septuagésimo protocolo adicional ao ACE Nº 2 foi incorporado como anexo ao “Acordo sobre a Política

Automotiva Comum entre a República Federativa do Brasil e a República Oriental do Uruguai”, com o propósito de

estabelecer certas regras relativas à política automotiva entre os dois estados, expressando a intenção de fornecer plena

cooperação para o estabelecimento de uma política automotiva comum definitiva no âmbito do MERCOSUL. Desde a

entrada em vigor desse Anexo, o Acordo sobre a Política Automotiva Comum entre o Brasil e o Uruguai, anexo ao

Sexagésimo Oitavo Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica Nº 2, foi revogado.174

o Acordo de Complementação Econômica Nº 18 (ACE Nº 18 [MERCOSUL]):

Esse acordo175 foi subscrito em 29 de novembro de 1991 pelo Brasil, o Uruguai, a Argentina e o Paraguai176 e seu

principal objetivo é facilitar as condições para o estabelecimento do Mercado Comum (MERCOSUL), visando à

liberalização do comércio entre os Estados e à coordenação das políticas macroeconômicas, de forma gradual e

convergente, além de proceder ao estabelecimento de uma tarifa externa comum e adotar acordos setoriais. Cada uma

das partes estabelece uma lista de exceções para essa finalidade, com relação a determinados produtos.

o Acordos de Complementação Econômica Nº 35 e 36 (ACE Nº 35 [MERCOSUL - Chile] e ACE Nº 36 [MER-

COSUL - Bolívia]):

O Acordo de Complementação Econômica Nº 35 foi subscrito em 25 de junho de 1996177, por Argentina, Brasil,

Paraguai, Uruguai e Chile178, tendo como objetivos: (a) estabelecer o marco jurídico e institucional de cooperação e

integração econômica e física que facilite a livre circulação de bens e serviços; (b) formar uma área de livre comércio; (c)

promover o desenvolvimento e uso da infraestrutura física; (d) promover e incentivar investimentos recíprocos e (e)

promover a complementação e cooperação econômica, energética, científica e tecnológica entre as partes.

Por sua vez, o Acordo de Complementação Econômica Nº 36 foi subscrito em 17 de dezembro de 1996179, por

Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia180, com o mesmo objetivo de alcançar o estabelecimento de uma zona de

livre comércio.

o Acordo de Complementação Econômica Nº 55 (ACE Nº 55 [MERCOSUL – México]):

173 Protocolo de Adequação – Anexo I - Acordo de Complementação Econômica Nº 2, ano 2002, publicado em:

http://www.sice.oas.org/Trade/BRA_UR/BRA_UR_text_s_anexI.asp 174 Protocolo de Adequação – Anexo II - Acordo de Complementação Econômica Nº 2, ano 2002, publicado em:

http://www.sice.oas.org/Trade/BRA_UR/BRA_UR_text_s_anexII.asp 175 Publicado em: http://www2.aladi.org/biblioteca/publicaciones/aladi/acuerdos/ace/es/ace02/ACE_002_076_Rectificado.pdf 176 Acordo de Complementação Econômica Nº 18, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/4d5c18e55622e1040325749000756112/49efa678bc0690cb03257742004a7d81?OpenDocument 177 A sua internalização foi efetuada através das seguintes normas: ARGENTINA: Decreto Nº 415 de 18/03/1991 (CR/di 274) - BRASIL: Decreto Nº 550 de 27/05/1992

(SEC/di 407.1) - PARAGUAI: Nota Nº 048/16 de 29/08/2016-Lei Nº 9/91 (CR/di 4343) - URUGUAI: Nota Nº 35/92 de 27/01/1992 - Decreto de 07/01/1992 (CR/di 310) 178 Acordo de Complementação Econômica Nº 35, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/4d5c18e55622e1040325749000756112/85868e7a6308d7d70325776d005ad45a?OpenDocument 179 A sua internalização foi efetuada através das seguintes normas: ARGENTINA: Decreto Nº 415 de 18/03/1991 (CR/di 274) - BRASIL: Decreto Nº 96 de 12/09/1996 (SEC/di

848) - CHILE: Decreto Nº 1.411 de 30/09/1996 (CR/di 604) - PARAGUAI: Decreto Nº 15.939 de 31/12/1996 e Lei Nº 1.038 de 20/03/1997 (CR/di 685 e CR/di 775) -

URUGUAI: Decreto Nº 663 de 27/11/1985 (SEC/di 202) 180 Acordo de Complementação Econômica Nº 36, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/4d5c18e55622e1040325749000756112/a38f409deb2bd723032577ea006764e9?OpenDocument

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Em relação à política comercial do setor automotivo no âmbito da ALADI, em 27 de setembro de 2002, foi

assinado o Acordo de Complementação Econômica Nº 55181 entre Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e México182,

sendo seu principal objetivo estabelecer as bases para o estabelecimento do livre comércio no setor automotivo e

promover a integração e a complementação produtiva dos setores automotivos.

o Acordos de Complementação Econômica Nº 58 e 59 (ACE Nº 58 [MERCOSUL - Peru] e ACE Nº 59

[MERCOSUL - Comunidade Andina]):

O Acordo de Complementação Econômica Nº 58 foi subscrito em 30 de novembro de 2005183, por Argentina,

Brasil, Paraguai, Peru e Uruguai.184 Por sua vez, o Acordo de Complementação Econômica Nº 59 foi subscrito em 18 de

outubro de 2004185, por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Equador, Venezuela.186

O principal objetivo de ambos os acordos é estabelecer o marco jurídico e institucional para a cooperação e

integração econômica e física que contribua para a criação de um espaço econômico ampliado, para facilitar a livre

circulação de bens e serviços, bem como a plena utilização dos fatores produtivos.

o Acordo de Complementação Econômica Nº 62 (ACE Nº 62 [MERCOSUL – Cuba]):

O referido acordo foi subscrito em 21 de julho de 2006187 entre Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Cuba188,

sendo seu principal objetivo impulsionar o comércio entre as partes.

o Acordo de Complementação Econômica Nº 72 (ACE Nº 72 [MERCOSUL – Colômbia]):

Esse acordo foi subscrito em 21 de julho de 2017189 entre Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Colômbia190,

visando ao estabelecimento de uma Zona de Livre Comércio através da diversificação e expansão do intercâmbio

comercial e eliminação das barreiras tarifárias entre as partes.

181 A sua internalização foi efetuada através das seguintes normas: ARGENTINA: Decreto Nº 415 de 18/03/1991 (CR/di 274) - BOLÍVIA: Decreto Supremo Nº 24.503 de

21/02/1997 e Decreto Supremo (vigência administrativa) 25651 de 14/01/2000 (CR/di 654 e CR/di 1057) - BRASIL: Decreto Nº 2.240 de 28/05/1997 (CR/di 690 e SEC/di 980)

- PARAGUAI: Decreto Nº 16.626 de 21/03/1997 (CR/di 685) - URUGUAI: Decreto Nº 663 de 27/11/1985 (SEC/di 202) 182 Acordo de Complementação Econômica Nº 55, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/4d5c18e55622e1040325749000756112/49f7cdd2e4a9e05603257893005a65ae?OpenDocument 183 A sua internalização foi efetuada através das seguintes normas: Argentina: Nota C.R. Nº 172/02 de 17/12/02- Decreto Nº 415/92 (CR/di 1528) - Brasil: Nota Nº 201 del

08/11/2002- Decreto 4.458 del 6/XI/2002 (CR/di 1514) - México: Nota Nº 286/02 de 19/12/02 (CR/di1550) e Nota Nº 1/03 de 3 de janeiro de 2003, que anexa Acordo

publicado no D.O. de 31/12/2002 - CR/di 1542) - Paraguai: Nota Nº 030/11 de 20/01/2011 - Decreto Nº 5.935 de 31/12/2011 (CR/di 3304) - Uruguay: Nota Nº 893/02 de

17/12/02- Decreto 663/05 de 27/11/85 (CR/di 1533). 184 Acordo de Complementação Econômica Nº 58, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/4d5c18e55622e1040325749000756112/83f546df31fd8b30032578950053f323?OpenDocument 185 A sua internalização foi efetuada através das seguintes normas: ARGENTINA: Nota Nº EMSUR - CR Nº 125/05 de 14/12/2005 (CR/di 2156) - BRASIL: Nota Nº 02 de

02/01/2006 - Decreto Nº 5651 de 29/12/2005 (CR/di 2172) -

PARAGUAI: Nota RP/ALADI - MERCOSUR/4/Nº 012/06 de 15/02/06- Decreto 7.110 de 06/02/2006 (CR/di 2205)- PERU: Nota Nº 7-5-ZR/36 de 20/12/2005 - Decreto

Supremo Nº 035-2005-MINCETUR de 12/12/2005 (CR/di 2160) - URUGUAI: Nota Nº 1095/05 de 16/12/2005 - Decreto 663/85 de 27/11/1985 (CR/di 2158). 186 Acordo de Complementação Econômica Nº 59, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/4d5c18e55622e1040325749000756112/a87b9915768aab9b032578af004bcd49?OpenDocument 187 A sua internalização foi efetuada através das seguintes normas: ARGENTINA: Nota EMSUR C.R. Nº 5/05 de 13/01/05 (CR/di 1937) - BRASIL: Nota Nº 10 de 02/02/2005 -

Decreto Nº 5361 de 31/01/2005 (CR/di 1951) - COLÔMBIA: Nota MPC-009 de 28/01/2005 - Decreto Nº 141 de 26/01/2005 (CR/di 1948).Nota MPC 052 de 19/03/2007 (CR/di

2422) Nota MPC.030 de 07/04/2008 - Ley 1000 de 30/11/2005 (CR/di 2422.1) - EQUADOR: Nota Nº 8/05 de 23/03/2005 - Decreto Nº 2675-A de 18/03/2005 (CR/di 1987) -

PARAGUAI: Nota Nº RP/ALADI-MERCOSUR/4/ Nº 64/05 de 22/04/2005 - Decreto Nº 5130 de 19/04/2005 (CR/di 2000) - URUGUAI: Nota Nº 008/05 de 3/01/2005 - Decreto

663/85 de 27/11/1985 (CR/di 1932) - VENEZUELA: Nota II.2.U3.E1/ A 545/04 de 07/01/2005 - Decreto Nº 3.340 de 20/12/2004 (CR/di 1934) Nota II.2.U3.E1/ A 077/04 de

30/03/2005 - Decreto Nº 3.340 de 20/12/2004 (CR/di 1934.1) 188 Acordo de Complementação Econômica Nº 62, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/4d5c18e55622e1040325749000756112/f85abd0d9bde5004032578af005a1727?OpenDocument

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V.1.6. Impostos internos aplicados às importações

A seguir, detalharemos alguns dos impostos que podem onerar a importação de bens e serviços no Uruguai.

o Imposto sobre Valor Agregado (IVA)

A efetiva introdução de bens em território aduaneiro uruguaio é onerada por esse imposto nas seguintes

operações: (a) importações feitas diretamente pelos contribuintes; b) importações efetuadas por terceiros, importações

efetuadas por intermédio de terceiros em nome destes, mas por conta de outrem, seja o responsável contribuinte ou não;

c) importações efetuadas por não contribuintes, importações efetuadas diretamente por pessoas que não sejam

contribuintes, qualquer que seja o destino, salvo no caso de bens que fossem de uso pessoal antes da importação.

A taxa básica é de 22%, mas também existe um percentual mínimo de 10% para produtos como: pão; peixe e

carne frescos, congelados ou refrigerados; óleos comestíveis; arroz, farinha de cereais e subprodutos; massas; sal para

uso doméstico; açúcar; erva mate; café; chá; sabão comum; gorduras comestíveis; transporte de leite; medicamentos e

produtos farmacêuticos, substâncias ativas para a preparação de medicamentos e implementos para incorporação no

corpo humano de acordo com técnicas médicas; frutas, flores e vegetais em seu estado natural. Além disso, a alíquota

mínima é paga na venda de pacotes turísticos locais organizados por agências ou atacadistas, locais ou no exterior,

assim como no fornecimento de energia elétrica aos municípios para iluminação pública, gasóleo, transporte terrestre de

passageiros, transações com frutas, flores e vegetais em seu estado natural quando vendidos aos consumidores finais,

exceto quando colocados diretamente pelos agricultores. Entre os produtos isentos de IVA estão os metais preciosos;

combustíveis de petróleo cru e produtos petrolíferos; leite; cordeiro; produtos para uso agrícola; jornais; revistas, livros e

brochuras de qualquer tipo, exceto pornográficas; máquinas e acessórios agrícolas (isenção concedida pelo Poder

Executivo).

O IVA é calculado com base na soma do valor CIF da mercadoria mais o imposto de importação. O exportador

pode deduzir o imposto sobre bens e serviços que, direta ou indiretamente, integram o custo do produto exportado. Se,

por esse conceito, houver um crédito em favor do exportador, este será devolvido ou alocado ao pagamento de impostos

ou outras contribuições previdenciárias.

Ao mesmo tempo, é importante ter em mente que o Decreto Nº 220/1998 191 estabelece que, na ocasião da

importação de bens tributados, o importador deve, salvo exceções expressas, fazer um adiantamento do IVA calculado

sobre o valor aduaneiro mais a tarifa, de acordo com as seguintes alíquotas: 10% para o caso das importações de bens

tributados à taxa básica e de 3% para o caso de importações tributadas à alíquota mínima.

o Imposto de Renda sobre Atividades Econômicas (IRAE)

Este imposto onera as receitas empresariais, qualquer que seja a sua natureza. Nesse sentido, o Decreto Nº

189 A sua internalização foi efetuada através das seguintes normas: ARGENTINA: Nota EMSUR - C.R. 5/07 de 15 /01/2007 (CR/di 2389) - BRASIL: Nota Nº 57 de 03/04/2007

- Decreto Nº 6.068 de 26/03/2007 (CR/di 2430) - CUBA: Nota Nº 24/07 de 02/08/2007 (CR/di 2500) - PARAGUAI: Nota RP/ALADI-MERCOSUR/4/Nº 012/09 de 04/03/2009 -

Decreto Nº 1570 de 24/02/2009 (CR/di 2888) - URUGUAI: Nota Nº 541/08 de 12/09/2008 - Ley Nº 18.337 de 21/08/2008, publicada no Diário Oficial Nº 27.560 de 03/09/2008

(CR/di 2767). 190 Acordo de Complementação Econômica Nº 72, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/4d5c18e55622e1040325749000756112/c78e8e08c98db52003257c4700515bc6?OpenDocument 191 A sua internalização foi efetuada através das seguintes normas: ARGENTINA: Nota Nº 86/17 de 06/11/2017-Decreto 415/91 ALADI/CR/di 4536) - BRASIL: Nota Nº 173 de

08/12/2017- Decreto Presidencial Nº 9.230, de 06/12/2017 publicado no Diário Oficial da União Nº 234, de 07/12/2017 (ALADI/CR/di 4556) - COLÔMBIA: Nota MPC Nº 069

de 20/12/2017-Decreto Nº 2111 de 15/12/2017, publicado no Diário Oficial da República de Colômbia Nº 50.448 de 15/12/2017 (ALADI/CR/di 4563) - PARAGUAI: Não há

informações - URUGUAI: Não há informações.

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788/2008192 estabelece que os contribuintes do Imposto de Renda sobre Atividades Econômicas devem efetuar o paga-

mento antecipado do imposto, por ocasião da importação de bens de consumo. O referido adiantamento será determina-

do aplicando à soma do valor aduaneiro, acrescido da tarifa, as seguintes alíquotas: (a) 15% para os bens de consumo

constantes do Anexo I do Decreto Nº 230/2009193; e (b) 4% para os bens de consumo constantes do Anexo II.

o Imposto Específico Interno (IMESI)

Regulado pelo Título 11 do Texto Ordenado da Dirección General Impositiva194, o IMESI tem alíquotas de até 85%,

tributando a importação de alguns produtos que podem ser considerados, em alguns casos, como de uso não essencial,

como bebidas alcoólicas, cosméticos, cigarros, perfumes e lubrificantes. É requerido o pagamento antecipado de 100%

da alíquota sobre o preço fictício determinado pelo Poder Executivo ou o valor real, dependendo do produto.

o Imposto sobre Alienação de Bens Agropecuários (IMEBA)

De acordo com o Título 9 do Texto Ordenado da Dirección General Impositiva195, esse imposto onera a importação

de produtos registrados pelos contribuintes do IRAE em termos de venda, fabricação ou afetação de uso próprio. Nos

dois primeiros casos, o pagamento desse imposto pode ser deduzido do IRAE. Os produtos tributados são: lã, peles,

gado, cereais, sementes oleaginosas, leite, produtos cítricos, vegetais, frutas, produtos derivados de aves de criação,

produtos derivados da apicultura, produtos derivados de coelhos, flores, sementes e outros produtos. As alíquotas

variam entre 2,5% e 1,5%.

V.1.7. Outras taxas e encargos sobre importações

O custo final da importação também será afetado por outros encargos adicionais, seja por deslocamentos,

comunicações, custódia, armazenamento de cargas nos terminais ou em câmaras frigoríficas, bem como pelos serviços

requeridos nos portos. Da mesma forma, os custos associados à participação de um despachante aduaneiro devem ser

considerados, bem como a aplicação de determinados impostos, como o IMADUNI e a Taxa Consular.

o Despachantes Aduaneiros

A lei estabelece que a declaração de importação é realizada por despachantes aduaneiros, que são responsáveis

pelo pagamento de impostos e liberação de mercadorias. A comissão do despachante aduaneiro é diretamente

proporcional à carga, dependendo da quantidade e do volume da operação, ou seja, não há preço fixo. Para o cálculo

dos honorários do despachante, tomam-se em conta o equivalente em moeda nacional e o valor aduaneiro da transação,

bem como a taxa de câmbio do dólar em vigor na data de numeração da Alfândega.

Entanto o Código Aduaneiro Comum do MERCOSUL não seja aprovado, a avaliação aduaneira das operações de

importação deve incluir todos os custos e despesas de transporte e outros custos relacionados ao transporte, causados

pelo ponto de entrada da mercadoria em território aduaneiro nacional.

o Imposto Aduaneiro Único (IMADUNI)

192 Decreto Nº 220/1998 (Regulamentação do IVA), de 12 de agosto de 1998, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/220-1998 193 Decreto N] 788/008 (Regime de adiantamentos do IRAE por importação de bens de consumo) de 22 de dezembro de 2008, publicado em:

https://www.impo.com.uy/bases/decretos/788-2008 194 Decreto Nº 230/009 (Introduz alterações ao Decreto No 788/008), de 19 de maio fr 2009, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos-originales/230-2009 195 Titulo 11 do Texto Ordenado da Dirección General Impositiva, publicado em: http://www.dgi.gub.uy/wdgi/page?2,empresas,IMESI-Normativa,O,es,0,

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Tributo que onera a introdução ao país, em forma definitiva, para consumo ou uso próprio, ou de terceiros, de to-

das as mercadorias vindas do exterior, cuja alíquota é de 35%196, com exceção dos produtos provenientes ou originários

dos estados partes do MERCOSUL ou que tenham recebido o tratamento de originário, cuja alíquota é de 0%.197

o Taxa Consular

Recentemente, através da Lei 19.535198, o valor da taxa consular, de 2% a 5% do valor CIF do produto importado

foi aumentada. Caso o produto importado estiver amparado pelo Acordo de Alcance Parcial de Complementação

Econômica Nº 18 (MERCOSUL), a alíquota será de 3% do valor aduaneiro dos bens importados.

Por sua vez, estão isentos do pagamento da Taxa Consular os bens para uso industrial, agropecuário, pesqueiro e

petróleo cru, que estão contemplados no regime de admissão temporária e cuja Alíquota Tarifária Global é de 2% (dois

por cento) ou 0% (zero por cento).199

Recorde-se que o Acordo sobre Facilitação de Comércio do Mercosul, firmado em dezembro de 2019, prevê prazo

de 3 anos para eliminação dessa cobrança pelo Uruguai.

V.2. Regulamentação das atividades do comércio exterior

V.2.1. Regulamentação geral

V.2.1.1. Política geral de importações

Desde 1970, o Uruguai vem implementando uma liberalização progressiva do regime de importações. A adesão do

país ao MERCOSUL reforçou o processo de liberalização do comércio e, ao mesmo tempo, levou à busca da

harmonização de normas técnicas e regulamentações sanitárias e fitossanitárias. No entanto, ainda persistem, em

alguns casos, barreiras não-tarifárias.200

Nesse sentido, para determinados produtos é necessário obter autorizações administrativas específicas e

submeter-se aos controles indicados pelos regulamentos, perante a autoridade estadual competente, para concluir com

sucesso o processo de importação. Alguns dos produtos e matérias-primas envolvidos nesse tipo de controle são:

medicamentos para uso humano e animal, produtos vegetais, sementes, frutas, animais e produtos alimentícios, entre

outros. Existem também licenças especiais e automáticas de importação, cujo pedido de importação deve ser

processado antecipadamente junto ao órgão estatal competente, tanto para produtos têxteis quanto para a importação

de calçados. Por fim, destacamos a presença de padrões técnicos e de qualidade para determinados equipamentos

aplicados ao processo produtivo e industrial.

A nível da Organização Mundial do Comércio (OMC), foi subscrito o Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços

(GATS) em virtude do qual foi encomendada a missão principal de alcançar a liberalização progressiva do comércio de

196 Titulo 9, do Texto Ordenado, Dirección General Impositiva, publicado em: file:///C:/Users/Admin/Downloads/T9+IMEBA+actualizado+08.08.pdf 197 Lei Nº 14.629 (Imposto Aduaneiro Único à Importação) de 05 de janeiro de 1977, publicada em https://www.impo.com.uy/bases/decretos-ley/14629-1977 198 Decreto Nº 410/2016 (aprovação da nomenclatura comum do MERCOSUL, ajustada à VI Emenda do Sistema Harmonizado, com a correspondente tarifa externa comum)

de 26 de dezembro de 2016, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/410-2016 199 Lei Nº 19.535 (Lei de Prestação de Contas e Balanço de Execução Orçamentária correspondente ao exercício 2016) de 03 de outubro de 2017, publicada em:

https://www.impo.com.uy/bases/leyes-originales/19535-2017. 200 Lei Nº 19.535 (Lei de Prestação de Contas e Balanço de Execução Orçamentária correspondente ao exercício 2016) de 03 de outubro de 2017, publicada em:

https://www.impo.com.uy/bases/leyes-originales/19535-2017. Vide artigo 265, relativo à “Taxa Consular”.

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serviços através de negociações diretas.201 Conforme relatado, a intenção é liberalizar setores como telecomunicações,

logística, transporte, comércio eletrônico, serviços financeiros, serviços profissionais e assim por diante. Na última

conferência ministerial realizada em dezembro de 2017, da qual o Uruguai e o Brasil fizeram parte, nenhum progresso foi

atingido. Razão pela qual apenas declarações multilaterais foram assinadas, contendo expressões de vontade sobre o

rumo que as negociações deveriam ter. Em particular, o Uruguai assinou declarações referentes ao comércio eletrônico,

à facilitação de investimentos para o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, à regulamentação nacional de

serviços e medidas sanitárias e fitossanitárias.

V.2.1.2. Regulamentação administrativa aplicável às importações no âmbito interno

Sem prejuízo de uma multiplicidade de regras específicas a nível interno e regional, em março de 2015, entrou em

vigor uma grande parte do Código Aduaneiro da República Oriental do Uruguai (CAROU), através da Lei 19.276. Com

esse novo Código, várias inovações foram introduzidas no âmbito aduaneiro, a fim de sistematizar as regulamentações

aplicáveis e gerar uma harmonia entre elas, bem como com as políticas internas. A promulgação dessa lei que consagra

o “Novo Código Aduaneiro da República Oriental do Uruguai” atende a necessidade urgente de modernizar a legislação

aduaneira para torná-la uma ferramenta que facilite as operações de comércio exterior e contribua para a inserção

internacional do país.202

V.2.1.3. Restrições às importações

O sistema uruguaio é de livre importação, porém certos produtos só podem ser importados por entidades

designadas. O petróleo cru e seus derivados, combustíveis líquidos, semilíquidos e gasosos (exceto asfalto e derivados)

só podem ser importados pela ANCAP. Da mesma forma, as importações de substâncias entorpecentes arroladas nas

Listagens 1 e 11 da Convenção Única de 1961 - Nova York, só podem ser importadas pelo Ministério de Saúde Pública.

Por sua vez, em relação ao restante dos produtos, o governo do Uruguai estabeleceu restrições em casos

concretos, estabelecendo barreiras não-tarifárias como forma de implementar controles. Algumas dessas barreiras

podem ser vistas nos preços, licenças, cotas e exigências de certificados sanitários ou fitossanitários.

Nesse sentido, alguns produtos, como óleos, açúcar refinado para uso industrial, têxteis e calçados, estão sujeitos

ao licenciamento de importação, sem cotas ou restrições de importação sob o regime de licenciamento. No entanto, além

do regime de licenciamento de importações, existem diversos produtos cuja importação requer autorização prévia de

alguma entidade governamental.

A seguir, descreveremos alguns setores nos quais os produtos integrantes estarão condicionados à realização de

algum trâmite ou à obtenção de alguma habilitação para proceder à importação.

o Setor do açúcar

O Decreto Nº 57/006203 estabelece o regime jurídico aplicável ao setor açucareiro, aplicando uma taxa de 35%

(máximo consolidado por Uruguai na OMC) e de 0% para os países que compõem o MERCOSUL. Da mesma forma,

para a sua comercialização, prevê-se a tramitação e apresentação do Certificado de Produtos de Necessidade, emitido

pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, para açúcar não refinado, e do Ministério de Indústria, Energia e

201 Evolução do Mercado Comum do Sul, MERCOSUL, ano 2014, publicado em: http://www.sela.org/media/264703/t023600006230-0-di_8_evolucion_mercosur.pdf 202 As Negociações sobre Serviços; Organização Mundial do Comércio, ano 2001, publicado em Página Oficial: https://www.wto.org/spanish/tratop_s/serv_s/s_negs_s.htm 203 “Oportunidades de Inversión - Inversión extranjera directa, de Uruguay XXI”, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/92e051cf2c5ee8a723a3c733c6e690346c1739e6.pdf

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Mineração para açúcar refinado. De maneira complementar, deve-se destacar que o Decreto Nº 58/016204 estabelece

que empresas industriais que utilizam açúcar em seus processos produtivos podem importar esse produto com tarifa

zero (0%), devendo para tanto fazer o registro antecipado no LATU.

o Indústria calçadista

Por meio do Decreto Nº 257/003205, foi estabelecido o marco jurídico para a importação desses produtos, para o

qual é exigida a apresentação prévia de um pedido de importação junto à Dirección Nacional de Industrias do Ministério

de Indústria, Energia e Mineração. Uma vez aprovado, o pedido é enviado à Dirección Nacional de Aduanas, que

aplicará o controle correspondente.

o Combustíveis

A Lei Nº 8.764206 criou a Administración Nacional de Combustibles, Alcohol y Portland (ANCAP), uma entidade

estatal que detém o monopólio da importação e refino de petróleo, mas não da distribuição, a cargo de empresas

privadas.

Atualmente, as distribuidoras de óleo combustível líquido no país são: Petrobras Uruguay Distribución S.A., Axion

Energía (ex-Esso Standard Oil Co) e Distribuidora Uruguaya de Combustibles S.A. (DUCSA). Recorde-se que a

Petrobras está em processo de formalização de sua saída do Uruguai, por meio de negociação da venda de seus ativos

no país.

As plantas de combustível no país são de propriedade da ANCAP. Delas, o combustível é distribuído para os

postos de gasolina em todo o país.

Por sua vez, visando ao objetivo principal de promover a produção de biocombustíveis e, assim, diversificar a

matriz energética do país, a Lei Nº 18.195, aprovada em novembro de 2007207, exclui a produção e exportação de álcool

e biodiesel do monopólio, o que possibilita a presença de produtores privados de biodiesel e etanol no mercado.

V.2.1.4. Amostras e material publicitário

A entrada no país de amostras sem valor comercial e material promocional é regulada pelo Decreto Nº 200/016.208

O regime estabelecido no referido decreto somente é aplicável quando o importador estiver registrado no Registro Único

Tributario da Dirección General Impositiva e estiver em dia com suas obrigações perante a DGI, BPS e BSE.

De acordo com as providências do Artigo 2 do Decreto Nº 200/016, a amostra é “o objeto completo ou incompleto,

representativo de uma mercadoria, destinado exclusivamente a exibição, demonstração ou análise para concretizar

operações comerciais, estando, portanto, proibida a sua comercialização”. No entanto, nos artigos a seguir, diferencia-se

a amostra de valor comercial daquela que não tem. No caso de amostra com valor comercial, este se diferencia da que

não o tem pelo fato ser apta para comercialização; todavia, o valor não pode ultrapassar US$ 500, em caso de

204 Decreto Nº 57/006 (Estabelecimento da Taxa Global Tarifária – Importação do açúcar) de 1º março de 2006, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/57-

2006?verreferencias=norma 205 Decreto Nº 58/016 (Procedimento de controle e comercialização de açúcar para uso industrial) de 29 de fevereiro de 2016, publicado em:

https://www.impo.com.uy/bases/decretos/58-2016 206 Decreto No 2571003 (Regulação da solicitação de importação. Declarações de importação de calçado – Nomenclatura Comum do Mercosul) de 25 de junho de 2013,

publicado em: http://www.impo.com.uy/bases/decretos/257-2003 207 Lei Nº 8764 Administración Nacional de Combustibles Alcohol y Portland de 15 de outubro de 1931, publicada em

http://www.ursea.gub.uy/web/mnormativo2.nsf/A9822714AD7FDEA383257909006AF9E3/$file/Ley%20No%208764.pdf?OpenElement 208 Lei Nº 18.195 (Promoção e Regulação da Produção, Comercialização e Utilização de Biocombustíveis), de 14 de novembro de 2007, publicado em:

https://www.impo.com.uy/bases/leyes/18195-2007/19

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importação, e US$ 1.000, em caso de exportação, podendo ser utilizado esse regime para a entrada definitiva, um

máximo de quatro vezes por ano e por importador. Em ambos os casos, a amostra estará isenta do pagamento de

impostos.

Embora a entrada de amostras e material publicitário seja processada sob as mesmas diretrizes do DUA Digital

Importação, em dezembro de 2017, a Direção Nacional de Aduanas, por meio da Resolução Geral Nº 59/2017 209

aprovou um procedimento específico210 para esses fins. O procedimento incorporou a obrigação da intervenção do

Despachante Aduaneiro para o processamento do Documento Único e a tramitação correspondente em todos os casos

de entrada de amostras.

Por sua vez, o Decreto Nº 227/999211 dispõe sobre a validade e aplicação do “Tratamento Aduaneiro para Material

Promocional” que foi aprovado pela Resolução Nº 121/996 do Grupo Mercado Comum em 13 de dezembro de 1996.212 A

referida norma estabelece que o material promocional que circular entre os estados membros do MERCOSUL, seja

utilizado ou distribuído gratuitamente por ocasião de feiras, exposições, palestras, seminários, reuniões ou qualquer

outra atividade similar de caráter turístico, cultural, educacional, científico, esportivo, religioso ou comercial, estará isento

do pagamento de taxas alfandegárias e não será atingido por proibições ou restrições de natureza econômica.

Considera-se material promocional: a) brochuras, catálogos, revistas, cartazes, guias, fotografias, mapas ilustrados e

outros materiais gráficos similares; b) filmes, slides, discos compactos, disquetes e similares, cujo conteúdo seja de

caráter promocional; e c) outros bens a serem distribuídos gratuitamente, cujas características estejam associadas a fins

comerciais da divulgação de um produto ou de uma marca, e cujo valor comercial FOB total não ultrapasse US$ 5.000

por beneficiário. Os beneficiários deste esquema são as pessoas físicas ou jurídicas, de um estado parte do

MERCOSUL, que possam demonstrar sua participação no evento de outro estado parte. O regime aplica-se apenas a

bens comunitários oriundos de um estado parte do MERCOSUL.

V.2.2. Regulamentação específica

V.2.2.1. Alimentos e bebidas

Todos os alimentos e bebidas importados no Uruguai e/ou modificados devem estar previamente registrados no

Ministério de Saúde Pública. Da mesma forma, é o importador quem deverá obter a habilitação sanitária respectiva a

esses efeitos. Caso os produtos importados não exijam modificação posterior no país, a venda a varejo, o controle e a

qualificação sanitária são assumidos pelo governo municipal.213

Além disso, alimentos e bebidas importados para o mercado interno estarão sujeitos, no momento da entrada no

país, à inspeção do Laboratorio Tecnológico del Uruguay (LATU). O importador de alimentos e/ou bebidas deve solicitar

a inspeção desses produtos, a fim de obter o certificado de comercialização para posterior venda. O objetivo desta

certificação é o cumprimento das regulamentações técnicas e de rotulagem de produtos alimentícios importados

embalados para consumo. Na chegada da mercadoria ao país e se a inspeção for solicitada, as autoridades do LATU

209 Decreto Nº 200/016 (Regulamentação dos artigos 127 A 131, 142, 143 e 144 da Ley Nº 19.276 [Código Aduaneiro] e revogação dos Decretos 330/992, 399/001 e

159/012) de 04 de julho de 2016), de 4 de julho de 2016, publicado em: https://wwvv.impo.com.uy/bases/decretos/200-2016 210 Resolução Geral da Dirección Nacional de Aduanas Nº 59/201 de 14 de novembro 2017, publicada em https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/file/17850/1/resolucion-

general-59-2017.pdf. 211 O texto dos procedimentos específicos de importação e exportação de amostras e material publicitário pode ser encontrado publicado no site da Dirección Nacional de

Aduanas em: https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/file/17850/1/procedimiento-de-importacion-temporal-de-muestras-y-material-de-publicidad-14112017.pdf (trâmite

aplicado ao ingresso temporário de amostras) e em: https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/file/17850/1/procedimiento-de-importacion-definitiva-de-muestras-material-de-

publicidad-y-partes-repuestos-y-dispositivos-14112017.pdf (trâmite para ingresso definitivo). 212 Decreto Nº 227/999, (Regra sobre tratamento aduaneiro para material promocional), de 28 de julho de 1999, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/227-

1999/1 213 Resolução Nº 121/96 do Grupo Mercado Comum, publicado em: http://www.mercosur.int/innovaportal/v/3093/2/innova.front/resoluciones-1996

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retirarão uma amostra por depósito alfandegário. Assim que esta instância estiver concluída, a Dirección Nacional de

Aduanas poderá autorizar a transferência da mercadoria para o depósito do importador. A mercadoria não poderá ser

colocada à venda até que o certificado seja efetivamente emitido.214

No Uruguai, há inúmeras regulamentações de direito interno que acolhem as regras do MERCOSUL, a fim de

regular a disposição, composição, manipulação, técnicas e materiais para uso na embalagem de alimentos aprovados.

Algumas dessas regulamentações são: o Regulamento Bromatológico Nacional (315/994), Habilitação e Operação de

Açougues (Decreto N° 110/995), Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade do Leite (Decreto N° 408/997),

Princípio de Transferência de Aditivos Alimentícios (Decreto N° 409/997), Regulamento Técnico de Identidade e

Qualidade da Caseína Alimentícia (Decreto N° 411/997), Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade da Gordura

Anidra do Leite (Decreto N° 412/997), Regulamento Técnico sobre Rotulado Nutricional dos Alimentos Envasados

(Decreto N° 413/997), Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Caseinatos Alimentares (Decreto N° 414/997)

Declaração de Ingredientes no Rotulado de Alimentos Envasados (Decreto N° 415/997), Regulamento Técnico de

Identidade e Qualidade de da Gordura Láctea (Decreto N° 416/997).

Recorde-se, ademais, está prevista para 2021 a entrada em vigor do Decreto N° 272/018, que estabeleceu regras

para a rotulagem frontal de alimentos quando houver em sua composição sódio, açúcares, gorduras e gorduras

saturadas que excedam os limites estabelecidos.

V.2.2.2. Fertilizantes

A importação de fertilizantes só pode ser feita com autorização prévia do Ministério da Pecuária, Agricultura e

Pesca (MGAP). Esse órgão é responsável pelo registro de importadores, exportadores, processadores, distribuidores e

estoquistas ou vendedores de fertilizantes, além de produtos.

Uma das exigências, em relação aos produtos, é que devem ser acompanhados de documentação que determine

a fórmula e a análise, bem como todas as informações exigidas pelo Ministério. Também é necessário aplicar etiquetas

em espanhol às embalagens, que devem conter as seguintes informações: a) nome e endereço do vendedor dos

fertilizantes; b) peso líquido; c) análise; d) fórmula; e) número de registro; f) preço de venda ao consumidor; g) indicação

se é produção nacional ou importada e, quando couber, país de origem.

A lei Nº 13.663215, estabeleceu em 1968 o marco legal para fertilizantes no Uruguai, definindo-os como qualquer

substância, simples ou composta, ou uma mistura delas, transportadora de nutrientes essenciais para o desenvolvimento

vegetal, seja por aplicação no solo ou diretamente nas plantas.

Nesse sentido, também foi estabelecido um regulação obrigatória para vasilhames de fertilizantes vendidos,

colocados à venda, expostos à venda ou transportados no país, que, entre outros, devem conter as seguintes

informações: (a) nome e endereço da pessoa que rotula ou vendedor do fertilizante; (b) peso líquido; (c) análise; (d)

fórmula; e) número de registo, f) preço de venda ao consumidor; (g) se é indústria nacional ou importado e, neste último

caso, o país de origem.216

V.2.2.3. Calçado

214 Certificação, controle, certificação de produtos, alimentos, do Laboratorio Tecnológico de Uruguay, publicado em: www.latu.org.uy/certificacion-control/certificacion-de-

productos/alimentos 215 Certificação, controle, certificação de produtos, alimentos, do Laboratorio Tecnológico de Uruguay, publicado em: www.latu.org.uy/certificacion-control/certificacion-de-

productos/alimentos 216 Lei Nº 13.663 (Produção, comercialização, importação e exportação de fertilizantes) de 14 de junho de 1986, publicada em https://wwvv.impo.com.uy/bases/leyes/13663-

1968

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A partir da data de vigência do Decreto Nº 272/009217, qualquer fabricante ou importador desses produtos deverá

aplicar pelo menos em um pé de cada par, um rótulo com as seguintes informações: a) país de origem; b) nome,

domicílio e identificação fiscal do fabricante nacional ou importador; e c) principais componentes do produto.

V.2.2.4. Marcas e patentes

No Uruguai, o controle e o registro oficial de marcas e patentes são realizados no âmbito do Ministério de

Indústria, Energia e Mineração, através da Dirección Nacional de la Propiedad Intelectual (DNPI).

Em relação ao regime de marcas, o Uruguai faz parte da Convenção de Paris para a Proteção da Propriedade

Industrial e da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Para as classes correspondentes a cada marca,

deve ser levada em consideração a Classificação de Nice estabelecida pelo Acordo de Nice (1957), que é uma

classificação internacional de bens e serviços, aplicada ao registro de marcas. A décima primeira edição da referida

classificação entrou em vigor em 1º de janeiro de 2019.

Internamente, as marcas são reguladas pela Lei Nº 17.011218 promulgada em setembro de 1998 (Lei de Marcas) e

regulamentada pelo Decreto N° 34/999.219 Dentre os principais destaques, vale ressaltar que as marcas comerciais

possuem 10 anos de proteção, indefinidamente renováveis pelo mesmo período.

Por outro lado, as patentes são reguladas pela Lei Nº 17.164220 que consolida o marco legal aplicável às patentes

de invenção, modelos de utilidade e projetos industriais.

O órgão encarregado de realizar os processos de registro de marcas e patentes é a Dirección Nacional de

Propiedad Industrial, que depende do Ministério de Indústria, Energia e Mineração.

V.2.2.5. Medicamentos e produtos relacionados para uso humano

O Ministério de Saúde Pública regula e controla a importação de medicamentos, produtos farmacêuticos e

cosméticos. Como no caso dos alimentos processados, é necessária a habilitação sanitária do estabelecimento do

importador. Para a comercialização, exige-se: a) registro do produto; b) registro para cada licença de princípio ativo; e c)

autorização de venda. No caso de medicamentos, é preciso acrescentar um registro de drogas.

De acordo com o Decreto Nº 324/999221 e o Decreto Nº 521/84222, cabe aos importadores e representantes de

medicamentos tramitar o certificado do Ministério de Saúde Pública, que deve ser obtido antes da importação para

qualquer medicamento para uso humano, cosméticos e outros produtos relacionados.

V.2.2.6. Produtos de origem vegetal e animal

Os produtos vegetais devem atender todos os requisitos fitossanitários estabelecidos pela autoridade sanitária do

país, o Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), através da Dirección General de Servicios Agrícolas. Os

importadores devem declarar a importação das mercadorias junto a essa Dirección, cinco dias úteis antes da chegada ao

país.

217 Trâmite de requerimento e registro de importação de fertilizantes, Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca – vigência em 2017 publicado em:

http://www.mgap.gub.uy/unidad-ejecutora/direccion-general-de-servicios-agricolas/tramites-y-servicios/servicios/importacion-de-fertilizantes 218 Decreto No 272/009 (Obrigação de rotular o calçado nacional e o estrangeiro) de 08 de junho de 2009, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/272-2009/1 219 Lei Nº 17.011 (Lei de Marcas) de 25 de setembro de 1998, publicada em: https://www.impo.com.uy/bases/leyes/17011-1998/19 220 Decreto No 34/999 (Regulamentação da Lei de Marcas) de 03 de fevereiro de 1999, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/34-1999/91 221 Lei Nº 17.164 (Propriedade Industrial – Lei de Patentes) de 02 de setembro de 1999, publicada em: https://www.impo.com.uy/bases/leyes/17164-1999 222 Decreto Nº 324/999 (Medicamentos e produtos afins de uso humano) de 12 de outubro 1999, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/324-1999/7

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Para produtos considerados de alto risco para a saúde, deve ser solicitada a Habilitação Fitossanitária de

Importação (AFIDI) antes que as mercadorias sejam vendidas na origem. A entidade deve decidir em até 5 dias após a

data do requerimento; findo o prazo, a mercadoria estará sujeita à inspeção e trâmite habitual. Os requisitos da AFIDI

deverão estar no certificado fitossanitário de origem.

Animais e produtos de origem animal devem ser acompanhados de certificado emitido pela autoridade sanitária do

país de origem. Os importadores devem solicitar à Dirección General de Servicios Ganaderos do MGAP, o documento de

autorização correspondente, denominado Resolução Sanitária. Há casos em que, devido ao tipo e/ou origem, o produto

pode renunciar a essa autorização. Nesses casos, a autoridade sanitária emitirá um documento isentando o produto

dessa exigência.223

V.2.2.7. Têxteis

Cada fabricante ou importador, antes de oferecer aos consumidores produtos têxteis de origem nacional ou

estrangeira, deve aplicar a cada peça uma etiqueta com as seguintes informações: (a) nome, endereço e identificação

fiscal do fabricante nacional ou importador; b) país de origem; c) nomes das fibras ou filamentos e sua composição; (d)

cuidado ou tratamento para conservação; e (e) indicação das dimensões. Os produtos que não atendem os requisitos de

rotulagem devido às suas características (por exemplo, meias, roupas de bebê, entre outros) podem registrar as

informações na embalagem, que deve incluir o número de unidades e a proibição de venda sem embalagem.

O Decreto Nº 394/000224 estabelece a obrigatoriedade de os importadores de têxteis oriundos de países não

pertencentes ao MERCOSUL enviarem um requerimento de importação para que o Ministério de Indústria, Energia e

Mineração, comunique imediatamente à Asesoría de Política Comercial do Ministério de Economia e Finanças. A

Dirección Nacional de Industrias e a Asesoría de Política Comercial aprovarão os requerimentos conforme forem

recebidos, na medida em que sejam devidamente apresentados no prazo de dez dias úteis após a importação. Uma vez

que os requerimentos tenham sido aprovados por ambas as repartições, estes serão enviados para a Dirección Nacional

de Aduanas para inclusão na análise.

Em 25 de novembro de 2011, foi promulgada a Lei Nº 18.846225 e Decreto Regulamentar Nº 179/012, cujo objetivo

principal é o fortalecimento e desenvolvimento da indústria nacional de vestuário, criando o cadastro de empresas de

vestuário, operando sob o Ministério de Indústria, Energia e Mineração. Considerar-se-á sujeito à aplicação deste artigo:

qualquer empresa industrial, oficina, trabalhadora doméstica, empresa, pessoa ou qualquer outro pessoal envolvido total

ou parcialmente na fabricação ou importação de vestuário, qualquer que seja seu estado ou destino (exportação,

reexportação ou comercialização no local).

V.2.3. Regime cambial

Denomina-se “câmbio de moeda” qualquer operação na qual um determinado ativo, instrumento financeiro ou

meio de pagamento (quaisquer meios de pagamento: notas, cheques, depósitos, empréstimos etc.) passa de ser cotado

em uma determinada moeda, denominada de origem, a estar em uma moeda diferente (de câmbio).226

223 Decreto Nº 521/984 (Regulamentação da Lei Nº 15.433 relativa à regulação de medicamentos) de 22 de novembro de 1984, publicada em:

https://www.impo.com.uy/bases/decretos/521-1984/137 224 Importação de alimentos para animais, Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca - Dirección General de Servicios Agrícolas, ano 2016, publicado em:

http://www.mgap.gub.uy/unidad-ejecutora/direccion-general-de-servicios-agricolas/tramites-y-servicios/servicios/importaci%C3%B3n-de-alimentos 225 Decreto Nº 394/000 (Estabelecimento de direitos de importação específicos. Importação de produtos têxteis) de 27 de dezembro de 2000, publicado em:

https://www.impo.com.uy/bases/decretos/394-2000/1 226 Lei Nº 18.846 (Fortalecimento e Desenvolvimento da Indústria Nacional do Vestuário) de 25 de novembro de 2011, publicada em:

https://www.impo.com.uy/bases/leyes/18846-2011/9

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O regime cambial é o conjunto de normas gerais e abstratas emitidas pelo Banco Central do Uruguai, aplicável às

operações de câmbio no território nacional. O preço da moeda ou taxa de câmbio irá variar dependendo da oferta e

demanda nos mercados de moeda, flutuando constantemente. As instituições de intermediação financeira, casas de

câmbio e empresas de serviços financeiros podem determinar livremente as cotações fixando a taxa de câmbio

comprador (valor que será pago por uma moeda que você vender) e a taxa de câmbio vendedor (valor que você pagará

pela mesma moeda).227

V.2.3.1. Pagamento de importações

O sistema de importação é operado com uma taxa de câmbio dólar fondo BCU (Banco Central do Uruguai). Para o

pagamento de bens, a lei uruguaia oferece três opções para o importador: a) compra de moeda estrangeira no mercado

(o mercado de câmbio é livre); b) utilizar seus recursos disponíveis no exterior; ou c) com crédito obtido com essa

finalidade.228

V.2.3.2. Principais restrições do câmbio

Os exportadores têm acesso ao regime de câmbio através de uma instituição financeira do mercado e devem fa-

zer um depósito de 10% ou 30% do total da exportação que desejam financiar, por um período de até 180, 270 ou 360

dias.

Para isso, devem apresentar a documentação aduaneira certificando o cumprimento da exportação. Essa situação

habilita os exportadores a receber os juros estipulados, dependendo da opção escolhida, sobre o montante total exporta-

do.

A Circular Nº 2.039 (regra geral e abstrata emitida pelo Banco Central do Uruguai) estabeleceu que a partir de 1º

de novembro de 2009, todas as devoluções dos exportadores serão realizadas somente em pesos uruguaios.229

Embora, basicamente, os movimentos de capitais tenham sido livres em nosso país, sendo exigido o levantamento

do sigilo bancário somente em casos específicos de delitos, vale ressaltar que já se iniciou um processo de reforço das

atividades de controle de determinadas atividades (especialmente intermediação offshore, casas de câmbio, imobiliárias,

casinos etc.) para evitar que o Uruguai seja uma praça favorável para operações de lavagem de dinheiro.230

V.3. Documentação e formalidades

V.3.1. Documentação requerida e usual

V.3.1.1. Romaneio de carga (Packing List)

Este documento é utilizado para o despacho de mercadorias, tanto no embarque quanto no desembarque, pois

discrimina os volumes de embarque e seu conteúdo. Além da indicação da fatura correspondente, o documento deve

conter: (a) data, nome e razão social do vendedor e do comprador; (b) quantidade; (c) nome e tipo específico do

contêiner das mercadorias, identificando as marcas; d) numeração do tipo de contêiner e o conteúdo de cada um deles;

(e) peso bruto e líquido do contêiner.

227 Portal Usuário Financeiro do Banco Central do Uruguai, publicado em: http://www.bcu.gub.uy/Usuario-Financiero/Paginas/Cambio_Moneda.aspx 228 Portal Usuário Financeiro do Banco Central do Uruguai, publicado em: http://www.bcu.gub.uy/Usuario-Financiero/Paginas/Cambio_Moneda.aspx 229 Portal Usuário Financeiro do Banco Central do Uruguai, ano 2017, publicado em: http://www.bcu.gub.uy/Usuario-Financiero/Paginas/Cambio_Moneda.aspx 230 Publicado em: https://www.bcu.gub.uy/Politica-Economica-y-Mercados/Paginas/Financiamiento-de-Exportaciones.aspx

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V.3.1.2. Registro de exportação

Uma vez preenchida a lista de embarque, e antes da emissão da nota fiscal, o proprietário da empresa deve

preencher o registro de exportação, correspondente à transação em questão, através do Sistema Integrado de Comércio

Exterior (SISCOMEX).231

V.3.1.3. Nota fiscal

O exportador procederá à emissão da correspondente nota fiscal, que serve para dar suporte ao trânsito interno

das mercadorias, acompanhando a saída da fábrica ou do depósito até o local onde a carga é efetuada.232

V.3.1.4. Conhecimento de embarque

O conhecimento de embarque é um tipo de documento a ser emitido pela transportadora ou seu agente

autorizado. O documento, assinado pela transportadora ou seu agente, atesta a propriedade dos bens e funciona como

meio de prova da saída para o exterior. No caso, o conhecimento de embarque também é necessário para o processo de

compra e venda de moedas nos bancos.

O Código Aduaneiro do Uruguai define o conhecimento de embarque como aquele que contém uma declaração

geral de cada remessa de mercadorias formuladas pelo remetente e assinado pelo capitão ou pela pessoa autorizada no

porto de saída; portanto, deve ser necessariamente por escrito, para depois ser incorporado ao contrato de transporte. A

principal função deste documento é a especificação do valor representativo da mercadoria transportada, bem como um

título hábil para a posse e transporte da mercadoria para a transportadora envolvida na operação, uma vez que atesta a

recepção das mercadorias a bordo; implementa o contrato de transporte; representa o direito de dispor da mercadoria e,

uma vez verificada a sua apresentação, permite a entrega dos bens ao legítimo proprietário, sem prejuízo das demais

funções previstas em lei.

Através do conhecimento de embarque, a transportadora assume a obrigação literal e autônoma de entregar a

carga e no local indicado nesse documento negociável ao portador.233

V.3.1.5. Fatura comercial

O exportador deve emitir uma fatura comercial para a exportação com base na fatura proforma. Em geral, a fatura

comercial deve ser preparada após a realização da remessa e deve conter os elementos básicos da operação, tais

como: a) data; b) nome e endereço do exportador; c) nome e endereço do importador; d) descrição de produtos, valores

e volumes; e) valor total de referência ao INCOTERM; f) valor do frete e/ou seguro, se aplicável; e g) forma de

pagamento.

Caso seja uma fatura emitida de acordo com a legislação nacional, deverá atender os requisitos estabelecidos

pela Dirección General Impositiva (DGI). Caso contrário, a estrutura e o conteúdo devem apresentar as formas usuais no

comércio, com a condição de que seja legível, compreensível e que contenha as seguintes informações: (a) data de

emissão; (b) nome ou razão social e endereço do vendedor e do comprador; (c) número de unidades comerciais, nome

específico e preço unitário das mercadorias; (d) preço total a pagar, forma e condições de pagamento; (e) condições de

entrega, notadamente o local onde o vendedor é obrigado a localizar as mercadorias, a fim de determinar as despesas

231 Informe de Financiamento de Exportações, do Banco Central do Uruguai, ano 2017, publicado em: http://www.bcu.gub.uy/Politica-Economica-y-

Mercados/Paginas/Financiamiento-de-Exportaciones.aspx 232 Procedimento DUA Digital – Importação da Dirección Nacional de Aduanas, ano 2012, publicado em:

https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/file/10163/1/procedimiento_dua_digital_-_importacion.pdf 233 Procedimento DUA Digital – Importação da Dirección Nacional de Aduanas, ano 2012, publicado em:

https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/file/10163/1/procedimiento_dua_digital_-_importacion.pdf

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que devem ser arcadas por sua conta; (f) se o idioma utilizado na redação da fatura não for habitualmente usado no

comércio (espanhol, inglês ou português), a tradução será necessária.234

V.3.1.6. Fatura “Proforma”

A estrutura e o conteúdo devem estar alinhados com a Recomendação Nº 1 realizada pela “UN/CEFACT” (órgão

das Nações Unidas para facilitar o comércio eletrônico) e adotar as formas usuais do comércio.235

V.3.1.7. Carta Comercial

Essa deve ser apresentada quando não houver fatura comercial. Nesse caso, é necessário incluir como arquivo

anexo ao DUA, um tipo “FGEX” que corresponde à imagem comercial da carta em formato digital. O número de controle

da ficha deverá ser identificado com o formato “AAAA/ 05007 / NNNNN” autorizando a substituição da nota fiscal

correspondente.236

V.3.1.8. Fatura de frete e certificado de seguro

Será necessário quando esses conceitos não estiverem incluídos na fatura final. Documentação adicional será

exigida para operações de importação, a fim de obter todas as informações sobre custos e despesas relacionados ao

transporte, gerados até o ponto de entrada da mercadoria no território nacional. Quando a condição de entrega da

mercadoria não incluir esses custos e despesas e não estiver indicado no certificado de transporte correspondente, os

documentos de pagamento serão exigidos. As características dessas faturas são as mesmas da fatura final.237

Quando o seguro não for contratado, é necessário indicar, nesse caso, 1% (um por cento) do valor FOB dos bens,

incluindo a Declaração de Valor Aduaneiro (DVA).

V.3.1.9. Fatura eletrônica

Atualmente, a DGI está implementando um procedimento de faturas eletrônicas chamado E-Factura. Pode-se

dizer, em termos gerais, que antes de usar as faturas eletrônicas, deve-se postular para adquirir a qualidade de emissor

eletrônico de CFE (Comprovante Fiscal Eletrônico).238

(Tabela 43) Documentação da exportação e importação de acordo com o novo regulamento da DGI

Tipo de documento Remessa da DGI

E-fatura eletrônica de ex-

portação

Cada fatura deverá ser enviada com antecedência nos seguintes casos: (i) na remessa

definitiva para o receptor da fatura eletrônica (ii) na remessa definitiva para o receptor do

transporte de mercadorias ou (iii) para proceder à entrega de representação impressa ao

receptor não eletrônico.

234 “Definição de conhecimento de embarque” da Dirección Nacional de Aduanas, publicado em:

https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/v/2539/8/innova.front/conocimiento-de-embarque.html 235 “Fatura comercial” da Dirección Nacional de Aduanas, ano 2017, publicado em: https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/v/5708/3/innova.front/factura-comercial.html 236 Apresentação de fatura Proforma, ano 2003, publicado em: https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/v/6237/3/innova.front/presentacion-de-factura-pro-forma-de-flete-y-

seguro-por-las-empresas-transportistas.html 237 Procedimento DUA Digital Importação da Direção Geral de Comércio, de 31 agosto de 2012, publicado em:

https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/file/9601/1/anexo_od_29_2012procedimiento_dua_digital_-_importacion.pdf 238 Procedimento DUA Digital Importação da Direção Geral de Comércio, de 31 agosto de 2012, publicado em:

https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/file/9601/1/anexo_od_29_2012procedimiento_dua_digital_-_importacion.pdf4

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Nota de Crédito de E-fatura

exportação

Deve-se enviar: (i) antes de ser enviado ao receptor do transporte de mercadorias; (ii)

para entrega de representação do receptor não eletrônico.

Nota de Débito de E-fatura

exportação

Deverá enviar-se um relatório contendo informações sobre: (i) números de consumo emi-

tidos e cancelados por data, por tipo de documento, (ii) vendas totais e impostos acumula-

dos.

E- Remito Exportação

Consiste em enviar um relatório diário com as seguintes informações: (i) consumo de nú-

mero emitido e cancelado de acordo com número e tipo de documento, (ii) total de vendas

e impostos acumulados por tipo e data do voucher e por número de sucursal.

Fonte: Dirección General Impositiva239

Nota: As características desses documentos são as mesmas que as definidas para a fatura final. Nesses documentos,

quem emitir a fatura e o destinatário devem coincidir com o importador, exportador, emissor/receptor, prestatário ou

beneficiário do DUA no exterior, conforme o caso.

V.3.1.10. Certificado de origem

Este documento destina-se a certificar a origem dos bens a serem exportados. Sua emissão correta é fundamental

para que a mercadoria receba o tratamento tarifário que lhe corresponder na chegada ao país de destino.

No caso de mercadorias destinadas ao Uruguai, o exportador brasileiro deverá providenciar a remessa do

certificado de origem do MERCOSUL. No certificado de origem deverão ser incluídos todos os estados ou associações

internacionais (ex. ALADI) que participaram no processo de industrialização ou comercialização do produto que se

deseja importar.

Esse certificado tem validade de 180 dias corridos, contados a partir da data de emissão. Sempre se deve

apresentar o original do certificado, não sendo válidas fac-símiles ou fotocópias. Erros no preenchimento do certificado

poderão invalidar o documento (ex. erro na data).240

V.3.1.11. Outros certificados

Sempre que exigido pela lei brasileira ou quando solicitado pelo importador uruguaio, em razão da

regulamentação em vigor em ambos os países, certificados sanitários ou fitossanitários pertinentes, emitidos pelas

autoridades competentes, deverão ser previstos. Além disso, certificados de qualidade emitidos por entidades com

competência específica poderão ser exigidos, ou outros documentos, resoluções, certificados ou autorizações,

necessários para a aplicação do regime declarado, poderão ser solicitados. As condições e a oportunidade da

apresentação dos documentos associados a acordos, isenções e Medidas Nacionais Não Tributárias (MNNT) são

registrados nos documentos requeridos no sistema Lucia da Dirección Nacional de Aduanas.

239 Comprobante fiscal eletrônico da Dirección General Impositiva - Módulo Postulação, ano 2017, publicado em:

https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:7YAqCT_Pa64J:https://www.efactura.dgi.gub.uy/files/descargar-todas-las-preguntas-frecuentes-actualizadas-al-15-

06-2012-archivo-pdf-aprox-160-kb%3Fes+&cd=2&hl=es&ct=clnk&gl=uy 240 Comprobante fiscal eletrônico da Dirección General Impositiva - Módulo Postulação, ano 2017, publicado em:

https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:7YAqCT_Pa64J:https://www.efactura.dgi.gub.uy/files/descargar-todas-las-preguntas-frecuentes-actualizadas-al-15-

06-2012-archivo-pdf-aprox-160-kb%3Fes+&cd=2&hl=es&ct=clnk&gl=uy

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V.3.2. Despacho aduaneiro

V.3.2.1. Terminais de movimento

No Capítulo III do Código Aduaneiro do Uruguai são definidos os diferentes tipos de Zonas Aduaneiras. Em geral,

destacamos a existência de dois tipos de zonas principais pelas quais os produtos importados e exportados podem

entrar/sair do território, respectivamente, ou podem simplesmente circular apresentando determinada documentação.

A Zona Primária está definida pelo Código Aduaneiro como área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua,

ocupada por portos, aeroportos, pontos de fronteira, suas áreas adjacentes e outras áreas do território aduaneiro,

delimitada por lei ou pelo Poder Executivo e habilitadas pela Dirección Nacional de Aduanas, onde é efetuado o controle

de entrada, saída, permanência, armazenamento e circulação de mercadorias, meios de transporte e pessoas. Por sua

vez, a Zona Secundária é definida como o território aduaneiro não incluído na Zona Primária aduaneira.

V.4. Regimes aduaneiros aplicáveis no Uruguai

V.4.1. Admissão temporária

O procedimento de admissão temporária é utilizado para a introdução de mercadorias estrangeiras, provenientes

do exterior em relação ao território aduaneiro nacional, com finalidade diversa do consumo, e geralmente para serem

reexportadas no mesmo estado em que entraram ou após a sua transformação. Este regime é aplicado, inclusive, a

máquinas e equipamentos de fabricação nacional que entrem temporariamente ao país com a única finalidade de serem

reparados ou modernizados.

As mercadorias beneficiárias deste regime poderão ser introduzidas e permanecer no país por um período máximo

de até 18 meses (sem possibilidade de prorrogação), ficando isentas de qualquer ônus de importação ou interno

(incluindo o IVA).

Este regime está regulado pela Lei Nº 18.184241 de 27 de outubro de 2007 (Regulação dos Mecanismos de

Importação em Admissão Temporária de Toma de Estoque e Regime Devolutivo - Draw Back -) bem como pelo Decreto

N° 505/009242 de 3 de novembro de 2009, e é administrado pelo Laboratorio Tecnológico del Uruguay (LATU), que

recolhe uma taxa pela função.

Sob este esquema, empresas com autorização prévia do LATU, por conta própria ou através de empresas

comerciais, podem introduzir no país: matérias-primas e insumos intermediários; peças de reposição, motores,

equipamentos e materiais; embalagem e material de embalagem; moldes e modelos; produtos consumidos nos

elementos do processo de produção ou controle de qualidade; equipamentos ou materiais necessários para software de

suporte, programação ou informações relacionadas às tecnologias da informação; máquinas e equipamentos de

qualquer fonte, que temporariamente entra para reparo, manutenção ou modernização.

V.4.2. Draw Back

Esse sistema, especialmente previsto no artigo 32 do Decreto Nº 505/009, consiste no reembolso parcial ou total

dos impostos pagos pela importação de produtos utilizados no beneficiamento, melhoria, complementação, completação,

acabamento, montagem ou embalagem de produtos finais exportados. O LATU é o órgão encarregado do controle do

regime.

241 Certificados de origem, da Cámara Nacional de Comercio y Servicios, atualizado 2014 com regulamentação da Lei Nº 19.111 que regula o regime punitório em matéria de

certificado de origem e regulamentação de empresas uruguaias emissoras de certificados de origem - publicado em: http://www.cncs.com.uy/certificados-de-origen/ 242 Lei Nº 18.184 (Regulação dos mecanismos de importação em admissão temporária de toma de estoque e regime devolutivo [draw back])” de 27 de outubro de 2007,

publicada em: https://www.impo.com.uy/bases/leyes/18184-2007

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É importante ter em mente que as exportações sob o sistema de reembolso devem ser realizadas dentro dos 18

meses a contar da data de autorização da operação pelo LATU. Para proceder à restituição de impostos e encargos

correspondentes, o detalhe exato das exportações feitas, juntamente com o valor estimado da restituição devida,

deverão ser apresentados junto ao LATU. O LATU verificará os volumes amparados pelo regime e informará à Direção

Nacional de Aduanas, que determinará a quantia exata a ser restituída.243

V.4.3. Toma de Estoque

O mecanismo consiste na “possibilidade de substituir mercadorias importadas sob o regime geral, importando

mercadorias similares, isentas de impostos e taxas, quando utilizadas como insumo para transformação, elaboração,

reparo ou agregação de valor determinados no país, com ocupação efetiva de mão de obra, de produtos exportados”.244

Para operar sob esse regime, deverão ser apresentados junto ao LATU, prévio à exportação, todos os elementos

que permitam atestar a efetiva verificação das condições de inclusão dentro do regime e os bens com os que se

procederá a reposição de estoque, para serem importados no prazo de até 18 meses a contar da data de autorização em

uma única operação e por até a mesma quantia.245

V.4.4. Porto Livre

O porto livre pode ser definido como um espaço alfandegário portuário onde vigoram regimes fiscais e

aduaneiros especiais, incluindo a livre circulação de mercadorias, sem exigência de autorizações nem procedimentos

formais e isentas de impostos aduaneiros, taxas e tributos aplicáveis à importação ou por ocasião desta. Nesse regime,

há livre circulação de mercadorias, não são necessárias autorizações ou procedimentos formais, podendo permanecer

por um período máximo de cinco anos.

Para o depósito de mercadorias, diferentes modalidades podem ser adotadas: (a) depósito de armazenamento,

(b) depósito comercial, (c) depósito de reparo e manutenção, (d) depósito temporário para exposição ou outra atividade

similar, (e) depósito logístico. A única restrição atual é a impossibilidade de usar essa modalidade como depósito

industrial.

V.4.5. Depósito aduaneiro

No depósito aduaneiro a mercadoria entra e permanece em um espaço sob administração privada sem

pagamento de impostos, com a única exceção das taxas no momento de sua inclusão em outro regime aduaneiro,

reembarque ou reexportação. Segundo informações publicadas pelo Instituto Nacional de Logística, o Uruguai possui

mais de 15 depósitos aduaneiros.246

As mercadorias ali depositadas poderão permanecer por um prazo máximo e não prorrogável de 24 meses,

período em que são consideradas em trânsito, podendo a qualquer momento serem desembarcadas ou reembarcadas,

livres de impostos de importação ou exportação, e qualquer imposto interno.

243 Decreto Nº 505/009 (Regulamentação da Lei Nº 18.184 relativa a importações em admissão temporária, toma de estoque e regime devolutivo [“draw back”]) de 3 de

novembro de 2009, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/505-2009 244 Decreto Nº 505/009 (Regulamentação da Lei Nº 18.184 relativa a importações em admissão temporária, toma de estoque e regime devolutivo [“draw back”]) de 3 de

novembro de 2009, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/505-2009 245 Lei Nº 18.184 e Decreto No 505/009, publicados em: https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/v/4811/3/innova.front/definiciones.html 246 Incentivos à exportação, de Uruguay XXI, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/exportaciones/incentivos-a-la-exportacion/

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De acordo com o novo Código Aduaneiro, os depósitos são autorizados nas seguintes modalidades: (a) depósito

de armazenamento, (b) depósito comercial, (c) depósito industrial, (d) depósito de reparo e manutenção, (e) depósito

temporário para exposição ou outra atividade similar, e/ou (f) depósito logístico.

V.4.6. Zonas Francas

Através da Lei Nº 7.593247 de 1923, foram instaladas no Uruguai duas zonas francas, a fim de desenvolver polos

industriais no interior do país. Em 1988, através da Lei Nº 15.921248 e Decretos Regulamentares N° 454/988 e 308/019,

determinou-se a importância de “...promover investimentos, expandir as exportações, incrementar a utilização de mão de

obra nacional e incentivar a integração econômica internacional” e assim, o desenvolvimento deste regime.

As Zonas Francas são áreas do território nacional de propriedade pública ou privada, cercadas e isoladas de

maneira eficiente e distintiva, as quais são determinadas pelo Poder Executivo, mediante prévia assessoria da Comisión

Honoraria Asesora de Zonas Francas, com o objetivo principal de que os usuários tenham certas isenções tributárias,

além de outros benefícios fiscais e logísticos. Em geral, todos os tipos de atividades industriais, comerciais ou de

serviços podem ser desenvolvidas em Zonas Francas.

O Uruguai conta atualmente com 12 zonas francas com diversas especializações, a maioria delas próximas da

área metropolitana. Elas são: Parque de las Ciencias, Zona Franca Punta Pereira, WTC Free Zone, Aguada Park, Zona

Franca Nueva Palmira, Zona Franca Rivera, Zona Franca Florida, Zona Franca Libertad, UPM Fray Bentos, Zona Franca

Colonia, Zona Franca Colonia Suiza e Zonamérica.

247 Regulamentação de Depósitos Aduaneiros, Instituto Nacional de Logística (INALOG), publicado em: http://www.inalog.org.uy/es/normativa-depositos-aduaneros/ 248 Lei Nº 7593 (Poder Executivo. Autorização. Obras Públicas. Concessão) de 20 de junho de 1923, publicada em: http://www.impo.com.uy/bases/leyes/7593-1923

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VI. INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

VI.1. Infraestrutura interna

VI.1.1. Transporte rodoviário

O Uruguai tem um importante grau de conectividade rodoviária - interna e externa - e uma rede rodoviária mais

densa em comparação com outros países da América Latina. Segundo dados oficiais, o Uruguai tem cerca de 8.776 km,

dos quais 7.977 km são pavimentados, o que representa 45 km de estradas pavimentadas para cada 1.000 km2.

Conforme declarado no marco do Fórum Econômico Mundial, o Uruguai é o terceiro país da América do Sul em termos

de qualidade das estradas.249

(Quadro 3) Mapa de transporte rodoviário – Rotas principais do Uruguai

Fonte: Ministério de Transporte e Obras Públicas (MTOP) - GeoPortal250

As conexões rodoviárias com o Brasil melhoraram significativamente nos últimos anos. Os importadores uruguaios

em geral dão preferência à estrada para a carga brasileira, uma vez que essa modalidade oferece as vantagens do

transporte “porta a porta”, evitando o pagamento de taxas portuárias. O total de carga internacional transportada por

estradas atingiu oito milhões de toneladas em 2016. Por outra parte, três pontes sobre o rio Uruguai unem o país com a

249 Lei Nº 15.921 (Aprovação da Lei de Zonas Francas) de 17 de dezembro de 1987, publicada em: https://www.impo.com.uy/bases/leyes/15921-1987 250 “Oportunidades de Inversión – Infraestructura”, de Uruguay XXI, do ano 2018, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/ec84a6128add59eb26796a99cbf58bd85d056179.pdf

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Argentina. A frota veicular do Uruguai é de 943.460 mil carros e utilitários. Em 2016, estima-se que havia cerca de 67.378

mil caminhões e tratores e, finalmente, 5,2 mil ônibus e taxis para o transporte.251

VI.1.2. Transporte ferroviário

A Administración de Ferrocarriles del Estado (AFE) é a empresa estatal responsável pelos serviços de rede e

ferroviários no Uruguai. A AFE transporta uma média de 1.335.000 toneladas por ano (6,5% do total do transporte

terrestre nacional) com uma distância média de 220 km, atingindo cerca de 300 milhões de toneladas por km.252

(Quadro 4) Mapa do transporte ferroviário - rotas ativas

Fonte: Ministério de Transporte e Obras Públicas (MTOP) - GeoPortal253

A rede ferroviária do Uruguai se estende por 3.073 km e está interligada com suas contrapartes brasileiras em

Rivera - Santana do Livramento (RS). Desta extensão, 1.641 km estão atualmente em operação.

Embora as redes ferroviárias do Uruguai e do Brasil possuam bitolas diferentes, esse sistema de enlace ferroviário

oferece aos trens que circulam nas duas larguras, um “guindaste de pórtico” que permite a transferência de mercadorias.

251 Ministério de Transporte e Obras Públicas – MTOP, GeoPortal – Informação Geográfica – IDEMTOP, publicado em:

http://geoportal.mtop.gub.uy/visualizador/geomoose_prod.php?app_id=Geoportal#xy=-3842220.476137,-239285.6828259,7 252 Os desafios a um novo marco regulatório da Asociación del. Comercio Automotor del Uruguay, ano 2015, publicado em:

http://www.acau.com.uy/images/stories/anuario_2015.pdf 253 “Oportunidades de Inversión – Infraestructura”, de Uruguay XXI, do ano 2018, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/ec84a6128add59eb26796a99cbf58bd85d056179.pdf

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Recentemente, foi realizada a reabilitação do trecho ferroviário que liga a cidade de Livramento à cidade de

Cacequi, no sul do Brasil, permitindo ligar o porto de Montevidéu com os principais centros de distribuição e consumo

dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.254

O tráfego ferroviário no Uruguai concentra-se, atualmente, em oito produtos principais: arroz, cevada, cimento Por-

tland, clínquer, derivados de petróleo, madeira, contêineres e calcário. O peso combinado deles representa 98% da tone-

lagem total transportada e 99% em toneladas por quilômetro.255

Atualmente, o governo uruguaio está promovendo o projeto denominado “Ferrocarril Central”, que consiste numa

obra de infraestrutura relevante para o sistema de transporte multimodal no país, sendo uma das obras mais destacadas

dos últimos anos. O projeto consiste na construção e manutenção de 273 km de ferrovias entre o Porto de Montevidéu e

a cidade de Paso de los Toros (departamento de Tacuarembó), que permitirá a circulação de trens de carga, a uma velo-

cidade de cerca de 80 km/h e com 22,5 toneladas de carga por eixo. Estima-se que o mesmo, somado a outros projetos

que já estão em andamento, como a reabilitação da linha Rivera e a linha litoral entre Piedra Sola e Salto, consolide a

expansão da oferta de transporte ferroviário para cargas tanto nacionais e quanto regionais, complementando os modos

usados até agora. Vale ressaltar que, na linha central entre o Porto de Montevidéu e Rivera (considerando a área de

influência próxima a esta), existem vários empreendimentos de natureza agrícola, mineira, industrial e florestal. Embora

esses empreendimentos já utilizem esse meio de transporte, estima-se que, com esse projeto, a oferta possa ser subs-

tancialmente melhorada, oferecendo menores custos, consequentemente, incentivando um uso mais intensivo, o que

permitirá captar novas cargas e aprimorará a plataforma logística do País.256

VI.1.3. Transporte fluvial

O Uruguai tem oito portos marítimos. O porto de Montevidéu é o mais importante.

O movimento total de mercadorias a partir do porto de Montevidéu aumentou 7% no acumulado janeiro-abril de

2017, quando comparado ao mesmo período de 2016. Ademais, segundo dados publicados em 2018, o movimento total

de mercadorias – cargas e descargas – do Porto de Montevidéu, medido em toneladas, aumentou 27% no primeiro

bimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2017, informado pelo Instituto Nacional de Logística.257

O terminal portuário de Nueva Palmira é o segundo em importância no sistema portuário uruguaio e se caracteriza

pelo grande volume de transporte de grãos e celulose, com um faturamento anual de cerca de 11 milhões de toneladas.

O porto de Nueva Palmira tem duas importantes vantagens: sua localização no ponto de saída para o exterior da

hidrovia Paraná-Paraguai-Uruguai e o regime fiscal de Porto Livre ou Zona Libre.258

Por outro lado, o porto de Fray Bentos, na margem do rio Uruguai, começa a ganhar importância como ponto de

partida para a crescente produção florestal uruguaia. Este terminal portuário de contêineres experimenta um processo

sustentado de crescimento entre 2012 e 2016, atingindo 2.120.856 toneladas mobilizadas.259

254 Ministério de Transporte e Obras Públicas – MTOP, GeoPortal – Informação Geográfica – IDEMTOP, publicado em:

http://geoportal.mtop.gub.uy/visualizador/geomoose_prod.php?app_id=Geoportal#xy=-3842220.476137,-239285.6828259,7 255 “Oportunidades de Inversión – Infraestructura”, de Uruguay XXI, do ano 2018, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/ec84a6128add59eb26796a99cbf58bd85d056179.pdf 256 “Oportunidades de Inversión – Infraestructura”, de Uruguay XXI, do ano 2018, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/ec84a6128add59eb26796a99cbf58bd85d056179.pdf 257 Projeto “Ferrocarril Central”, publicado em: http://ferrocarrilcentral.mtop.gub.uy/web/ferrocarril_central 258 https://www.presidencia.gub.uy/comunicacion/comunicacionnoticias/puerto-montevideo-carga-enero-febrero 259 Publicado em: https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/ec84a6128add59eb26796a99cbf58bd85d056179.pdf

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(Quadro 5) Mapa de transporte fluvial – portos

Fonte: Ministério de Transporte e Obras Públicas (MTOP) - GeoPortal260

VI.1.4. Transporte aéreo

O transporte aéreo tem um papel muito importante no transporte de passageiros e transporte de carga, com 11

aeroportos (em Artigas, Carmelo, Carrasco, Colonia, Melilla, Melo, Paysandú, Punta del Este, Rivera, Salto e Durazno-

Santa Bernardina). Destes, os dois mais importantes são o Aeroporto Internacional de Carrasco e o Aeroporto

Internacional de Laguna del Sauce, localizado em Punta del Este.

A responsável por controlar e fiscalizar as empresas habilitadas a esses efeitos é a Dirección Nacional de Aviación

Civil (DINACIA).261

O crescimento econômico do Uruguai, em particular o incremento do setor turístico, reflete-se no notório aumento

do transporte de passageiros pelos dois principais aeroportos do país. Segundo dados oficiais, em 2017, o aeroporto de

Carrasco ultrapassou dois milhões de passageiros entre chegadas e partidas, superando as medições feitas em 2011.

260 “Infraestructura Física”, Administración Nacional de Puertos, ano 2017, publicado em: http://www.anp.com.uy/inicio/institucional/infraestructura/ 261 Ministério de Transporte e Obras Públicas – MTOP, GeoPortal – Informação Geográfica – IDEMTOP, publicado em:

http://geoportal.mtop.gub.uy/visualizador/geomoose_prod.php?app_id=Geoportal#xy=-3842220.476137,-239285.6828259,7

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(Quadro 6) Mapa de transporte aéreo - aeroportos

Fonte: Ministério de Transporte e Obras Públicas (MTOP) - GeoPortal262

VI.2. Infraestrutura para importação / exportação

VI.2.1. Transporte terrestre

Até o momento, vários fóruns bilaterais foram realizados pelas agências que implementaram o acordo sobre

transporte rodoviário internacional Uruguai – Brasil, buscando planejar e implementar o intercâmbio de informações em

termos de entrada e saída do país de mercadorias através da via terrestre.263

A fim de atender o estabelecido na regulamentação atual, o Ministério de Transporte e Obras Públicas (MTOP) im-

plementou o Guia Eletrônico de Transporte de Carga (habitualmente conhecido como “Guia de Carga”), cuja emissão é

exigível para todo transporte rodoviário de carga realizado no país com veículos de mais de 8.500 kg de peso bruto má-

ximo autorizado, a partir do mês de novembro de 2014. Ainda não foi definida uma data para a sua exigibilidade no caso

de veículos de menor porte, ou seja, cujo peso bruto máximo é inferior a 8.500 kg.264

262 Companhias aéreas que operam no Uruguai, Dirección Nacional de Aviación Civil, publicado em: http://www.dinacia.gub.uy/comunidad-aeronautica/seguridad-de-vuelos-y-

navegacion-aerea/transporte-aereo/companias-aereas-que-operan-en-uruguay.html 263 Ministério de Transporte e Obras Públicas – MTOP, GeoPortal – Informação Geográfica – IDEMTOP, publicado em:

http://geoportal.mtop.gub.uy/visualizador/geomoose_prod.php?app_id=Geoportal#xy=-3842220.476137,-239285.6828259,7 264 Acordo de transporte terrestre internacional de mercadorias, ALADI, ano 2017, publicado em:

http://www.aladi.org/nsfaladi/textacdos.nsf/5907ef28575b756103256d2c005e5b6c/9d7c08ca93596b3503256825006219b2?OpenDocument

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Em geral, o Guia de Carga é emitido pela Internet, através de aplicativos desenvolvidos e disponibilizados pelo

MTOP. Recentemente, novos controles foram incorporados estabelecendo com caráter geral a integração do Guia Ele-

trônico de Transporte de Carga ao Sistema Integral de Controle de Transporte de Carga (SICTRAC), que funciona sob a

órbita da Dirección Nacional de Transporte, adaptando o funcionamento do Sistema aos avanços tecnológicos, de modo

a permitir o monitoramento e o controle mais eficiente da regularidade e formalidade do transporte de cargas em todo o

território nacional.

VI.2.2. Transporte fluvial

O Uruguai carece de uma frota de longo alcance, uma vez que possui apenas um pequeno número de

embarcações costeiras. O MTOP, informa que até o ano de 2017 estão cadastrados no país 16 navios de cabotagem de

petróleo e carga em geral. Os principais objetivos da Dirección Nacional de Transporte Marítimo y Fluvial são: (a)

coordenar e garantir a otimização dos serviços de transporte internacional, marítimo, fluvial e lacustre em relação ao

sistema de transporte regional, (b) o registro de dados de navios e empresas autorizadas a prestar serviços nacionais e

internacionais serviços internacionais de carga e de passageiros, e c) manter estatísticas atualizadas sobre operações

marítimas e interiores.

Os portos do Uruguai estão localizados em: Montevidéu, Nueva Palmira, Fray Bentos, Colonia, Juan Lacaze,

Paysandú, Salto e La Paloma.265

VI.2.3. Transporte aéreo

Uruguai tem os seguintes aeroportos habilitados: Aeroporto Internacional de Carrasco (MVD), Aeroporto Internaci-

onal de Nueva Hespérides en Salto (STY), Aeroporto Internacional de Cerro Chapéu - Pte. Gral. (PAM) Oscar D. Gestido

(RVY), Aeroporto Internacional de Artigas (ATI), Aeroporto Internacional de Cerro Largo (MLZ), Aeroporto Internacional

Laguna de los Patos em Colonia (CYR), Aeroporto Internacional de Santa Bernardina em Durazno (DZO), Aeroporto

Internacional Angel S. Adami em Melilla, Departamento de Montevidéu (SUAA), Aeroporto Internacional Tydeo Larre Bor-

ges, em Paysandú (PDU), e Aeroporto Internacional de Laguna del Sauce - Capitán de Corbeta Carlos Curbelo (PDP).266

VI.2.4. Exportação/Importação aérea

Ao olhar em detalhe o que entra e sai do terminal aéreo, a listagem varia. De um modo geral, o negócio de

importação e exportação é de 50%-50% em volume. O que chega no país é liderado principalmente por produtos

eletrônicos, farmacêuticos, flores (em datas específicas do ano chegam cargueiros cheios de flores) e peças de

reposição especiais para empresas. Esse meio também é utilizado para exportar soja, produtos farmacêuticos, cortes

especiais de carne e couros, mirtilo e outras frutas, entre outros.

265 Lei Nº 17.296 (Orçamento Nacional de salários, despesas e investimentos) de 21 de fevereiro de 2001, publicada em: https://www.impo.com.uy/bases/leyes/17296-2001.

Vide artigo Nº 271 referente ao “Guia Eletrônica de Carga”; Decreto Nº 349/001 (Classificação do Transporte Terrestre de Cargas, Transporte Profissional, Transporte

Próprio, Registro de empresas profissionais de transporte terrestre de carga para terceiros), de 4 de setembro de 2001, publicado em:

https://www.impo.com.uy/bases/decretos/349-2001; Decreto Nº 366/013 (Criação do guia eletrônico de transporte de carga e sistema de informações de carga de transporte

terrestre [SICTT]) de 12 de novembro de 2013, publicado em: https://www.impo.com.uy/bases/decretos/366-2013 266 Sistema de Información de Carga del Transporte Terrestre, Ministério de Transporte e Obras Públicas, ano 2017, publicado em: http://www.mtop.gub.uy/transporte/guia-

de-carga

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VII. ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO

VII.1. Canais de distribuição

VII.1.1. Considerações gerais

O mercado uruguaio é considerado um boml ponto de expansão para empresas buscando internacionalizar-se, já

que é simples e de fácil acesso. Isso se deve a uma grande variedade de razões, de natureza política, econômica,

comercial, cultural e geográfica. Para muitas empresas, a exportação para o Uruguai é um bom primeiro passo no

processo de saída ao exterior, uma vez que, de modo geral, é um mercado onde os produtos estrangeiros têm boa

acolhida e o ambiente comercial não é hostil, mas, pelo contrário, é muito agradável. No entanto, como em qualquer

mercado estrangeiro, deve-se levar em conta que os canais de distribuição de produtos e serviços são diferentes em

relação aos demais da região. Uma revisão da situação atual pode nos dizer como o sistema de distribuição funciona

para os principais tipos de bens, dependendo do canal do produto ou serviço em questão, o que nem sempre é ajustado

corretamente.

Em 2016, registrou-se a primeira desaceleração na economia uruguaia desde 2005, sendo que as exportações

caíram 7,3%. Diversos fatores explicam a queda das exportações nesse ano. Entre eles, as condições climáticas tiveram

um impacto importante nas principais culturas, gerando menores rendimentos. Da mesma forma, os preços de referência

internacionais tenderam a cair, resultando em valores menores que em anos anteriores. As importações de bens também

caíram 13,6%, quantia que também mostra a queda registrada no mercado de consumo interno.267

Por outro lado, no ano de 2017, as exportações de bens aumentaram por volta de 6%. Esse crescimento pode ser

explicado principalmente pela recuperação dos volumes de exportação, estabilidade e aumento dos preços.

As exportações uruguaias de bens, incluindo as realizadas de zonas francas, registraram um ligeiro aumento de

0,7% em 2019, totalizando US$ 9.146 milhões. Em um ano marcado por tensões comerciais entre os principais

mercados e um relativo desaquecimento da economia mundial, o desempenho do setor de exportação do Uruguai teve

um ritmo similar ao da região.268

A compra e venda de bens de consumo duráveis é realizada, em geral, pelos seguintes canais de distribuição: a)

importadores-atacadistas; b) importadores-varejistas; e (c) prepostos. No entanto, no mercado uruguaio em geral, a

cadeia de suprimentos é curta e é escassa a presença do intermediário comercial, exceto nos casos específicos em que

há representantes e importadores, ou um representante, um importador e distribuidor exclusivo para uma região ou para

todo o território nacional.

Uma figura amplamente aceita na maioria dos produtos e serviços, tanto para consumo em massa quanto para o

industrial é o representante. Tanto uma sociedade (pessoa jurídica) quanto uma pessoa física podem ser representantes

de uma empresa, uma divisão de produtos, uma marca ou uma linha completa de produtos ou alguns deles.

Embora muitas empresas estrangeiras ingressem na Cámara Nacional de Comercio de Uruguay através das

Câmaras Binacionais (como a Câmara de Comércio Uruguai-Brasil), para identificar um potencial representante, o ideal

é que a busca seja feita de forma personalizada e de acordo com as características e necessidades que a empresa

brasileira tiver.

267 Portos do Uruguai, Administración Nacional de Puertos (ANP) publicado em: http://anp.com.uy/Inicio 268 Aeroportos do Uruguai, Dirección Nacional de Aviación Civil e Infraestructura Aeronáutica (DINACIA), publicado em: http://www.dinacia.gub.uy/aeropuertos-

uruguayos.html

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Posteriormente, encontramos os canais que realizam a etapa de atacado. Normalmente, para mercadorias

estrangeiras, essa função pode ser realizada pelo próprio importador, que, ao mesmo tempo, distribui a mercadoria,

tornando-se importador-distribuidor. Em diversos casos, no entanto, a figura de um distribuidor participa retirando as

mercadorias do importador ou fabricante e distribuindo-as a nível nacional ou regional. Usualmente, e dado o tamanho

do mercado uruguaio, o distribuidor assume um papel exclusivo para todo o território nacional. O distribuidor exclusivo

combina sua função comercial com a logística e distribui bens complementares, que exigem os mesmos canais ou

sistemas de transporte, como mercadorias destinadas a bancas de jornais ou que precisam de cadeia de frio, para dar

um exemplo simples.

Na fase de venda a varejo, quando chegamos diretamente ao consumidor, pode ser através de lojas de varejo

(varejistas), vendas diretas, bem como através de sistemas de telemarketing.

Também é necessário analisar sucintamente as compras do setor público. Os controles e aprovações que devem

ser observados nos processos de compra do setor público são regulados pelo Texto Ordenado de Contabilidad y

Administración Financiera (“TOCAF”), aprovado pelo Decreto Executivo Nº 150/012 de 11 de maio de 2012.269 Conforme

decorre desse documento, recomenda-se para essas operações dar preferência às propostas que favoreçam a

colocação de produtos uruguaios em qualidade e paridade de preços.

As modalidades de aquisição são qualificadas pelos valores e prazos, tendo os tipos seguintes:

o Licitação pública internacional: publicação em página de compras estatais, no mínimo 20 dias antes da data final

da abertura da licitação, data na qual os licitantes submetem as ofertas, a menos que a emergência da compra

seja decretada; nesse caso, o prazo da publicação nunca será inferior a 10 dias.

o Licitação pública nacional: com mais de quinze dias de antecedência em relação à data de publicação e abertura

das ofertas, a menos que a emergência da compra seja decretada; nesse caso, o prazo nunca será inferior a 5

dias. Para o mecanismo de licitação pública, não há um montante máximo estipulado para a compra estatal.

o Licitação abreviada, as ofertas deverão ser publicadas no site de Compras Estatais por um prazo mínimo de 3

dias antes da abertura das ofertas; prazo que poderá ser reduzido para 48 horas quando a urgência ou

conveniência da compra o exigir. O montante da transação não poderá ultrapassar $ 5.000.000 (cinco milhões de

pesos uruguaios).

o Compra direta: O mecanismo de contratação direta poderá ser utilizado quando o valor da compra ou serviço

não ultrapassar $ 250.000 (duzentos e cinquenta mil pesos uruguaios). Deve-se levar em conta que os valores são

constantemente atualizados, bem como as garantias de manutenção das propostas e de cumprimento do contrato.

o Também deve ser levado em conta que, por razões de boa administração, um fornecedor poderá ser contratado

diretamente nos casos em que o contrato deva necessariamente ser executado no exterior ou não haja

fornecedores ou distribuidores da produção locais.

Aos efeitos de padronizar as compras estatais, a Agencia de Compras y Contrataciones del Estado (ACCE)

presta assessoria à administração pública do órgão envolvido, em questões de compra e contratações.

Adicionalmente, a Agencia de Compras y Contrataciones del Estado desenvolve e mantém o Registro Único de

Proveedores del Estado [Cadastro Único de Fornecedores do Estado], onde estão cadastradas todas as empresas

autorizadas a contratar com o Estado. Inclusive, no site da Agencia de Compras y Contrataciones del Estado (ACCE),

serão publicados os editais de compras e contratações estatais, bem como outras orientações quanto à assessoria

269 “Informe anual de Comercio Exterior”, Uruguay XXI, ano 2016, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-content/uploads/sites/9/2017/01/Informe-Anual-

de-Comercio-Exterior-2016.pdf

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personalizada de fornecedores em termos de melhores práticas, procedimentos e ferramentas aplicáveis nos

processos de contratação. Os dados de contato encontram-se no Anexo I deste documento.

VII.1.2. Principais canais de distribuição e canais recomendados

Para selecionar um canal de comercialização, diversos fatores devem ser considerados, entre os quais vale

destacar: a estrutura de exportação da empresa, as exportações reais e os investimentos destinados a operações de

exportação, entre outros. Recomenda-se que os exportadores brasileiros procurem ter conhecimento pessoal do

mercado uruguaio e selecionem o canal de comercialização mais adequado para seus produtos, bem como adotar as

decisões apropriadas sobre a conveniência de nomear um agente ou representante local ao comercializar seus produtos

no mercado doméstico.

Para a nomeação de um agente ou representante local, geralmente são levados em consideração os seguintes

fatores: tempo de permanência da empresa no mercado local e, em princípio, não considerar empresas com pouca

experiência em comércio exterior.

VII.2. Promoções e vendas

VII.2.1. Considerações gerais

As formas de distribuição de produtos no Uruguai sofreram uma profunda transformação. Apenas uma pequena

parte das vendas ainda é realizada em pequenos estabelecimentos.

No momento, podemos encontrar cinco principais cadeias de supermercados. No entanto, algumas delas optaram

por abrir um maior número de “mini-mercados”, a fim de alcançar uma maior expansão em áreas estratégicas do país.

Há também seis shopping centers, dispersos principalmente nas principais áreas da capital do departamento, geralmente

localizados em áreas de maior concentração populacional. Deve-se notar, no entanto, que os shoppings, como

aconteceu no Brasil, passaram a ocupar um lugar de destaque no comércio de bens de consumo. Todavia, o lugar mais

destacado em termos do consumo geral da população é ocupado pelos serviços.

O mercado uruguaio é limitado porque, como já dissemos, o Uruguai tem uma população total de 3,51 milhões de

habitantes. Essa característica é decisiva no que diz respeito à distribuição de produtos importados, seja de bens de

consumo, matérias-primas, produtos semimanufaturados ou fabricados com base em máquinas. Por sua vez, isso tem

como consequência que, muitas vezes, o importador real também precisa assumir o papel de agente, distribuidor e

inclusive usuário final.

Em alguns casos, o consumidor uruguaio ainda pode ser considerado conservador, embora essa tendência esteja

lentamente em processo de mudança. Em geral, produtos estrangeiros e nacionais coexistem. O consumidor, em alguns

casos, opta por produtos e marcas importadas com a mesma facilidade que o faz por reconhecidas marcas nacionais. A

esse respeito, deve-se notar que o consumidor do Uruguai, devido à proximidade geográfica com o Brasil e às

facilidades fornecidas pelas regulamentações do MERCOSUL, está familiarizado com as marcas brasileiras,

especialmente aquelas dos estados do sul. É também notoriamente importante que a estrutura dos custos de carga e a

velocidade de entrega da carga nos processos de exportação são consideravelmente menores, especialmente quando

comparados com remessas de países do Sudeste Asiático e da União Europeia, que concorrem com as exportações

brasileiras.

VII.2.2. Feiras e Exposições

As feiras e exposições são uma ótima oportunidade para conhecer não apenas as principais tendências do

mercado, mas também para conhecer os produtores concorrentes e suas linhas de estoque, além de ser uma ocasião

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ideal para entrar em contato com empresas que, por sua vez, podem trabalhar como representantes ou distribuidores

locais.

Algumas das feiras mais importantes já realizadas são: Expo Prado, Expo Melilla, Expo Activa, Expo Educa

Montevidéu, Expo Frio Calor Uruguay, Expo Fútbol Uruguay, Expo Hogar, ExpoOutDoor, Expo Punta Arte Internacional,

Expo VTN Encotur Uruguay, Feria de la Construcción, Feria Tecnológica, FIFU Uruguay, Itaú MoWeek Uruguay.

As feiras uruguaias estão abertas ao público em geral. A regulamentação admite que o comércio de qualquer

produto seja livre nelas, desde que tenham sido importados em forma definitiva, e pagas todas as taxas e tributos

correspondentes. Por outro lado, para fazer a compra da mercadoria admitida temporariamente (para entregar amostras

no evento, por exemplo), o requerente deve completar a importação definitiva na Dirección Nacional de Aduanas.

A Expo Prado (www.expoprado.com) é a principal feira multissetorial do país que reúne o campo e a cidade. Tem

uma trajetória de mais de 100 anos e é realizada anualmente por doze dias a partir da primeira quarta-feira de cada mês

de setembro. Recebe em cada edição cerca de 400 mil visitantes.

Em 2016, pela primeira vez, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), com

o apoio da Embaixada do Brasil em Montevidéu, assumiu a responsabilidade de organizar o Pavilhão do Brasil. O

Pavilhão contou com a participação de expositores brasileiros de diversas áreas, como máquinas e implementos

agrícolas, produtos alimentícios e calçados, entre outros. A experiência se repetiu em 2017 com um pavilhão institucional

e uma missão paralela que participou de uma rodada de negócios com empresários uruguaios. Em 2020, está prevista

nova participação da Embaixada do Brasil no evento.

VII.2.3. Mídia publicitária

Um dos veículos promocionais de maior influência no consumidor uruguaio, pela abrangência e eficácia na

promoção de bens de consumo, é a televisão. No Anexo V, há relação de endereços e contatos dos principais canais de

televisão do Uruguai.

Dado o volume de investimentos em publicidade e seu alcance, a imprensa, considerada como um todo, é outro

importante segmento de promoção. Jornais e revistas são os meios preferidos de divulgação de serviços públicos,

seguros, bancos, instituições oficiais e indústrias de bens de consumo. Publicações especializadas e/ou setoriais

(associações ou cooperativas, por exemplo) podem ser usadas como mecanismo para divulgar e promover anúncios, a

fim de alcançar um tipo específico de consumidor. No Anexo V, há relação de endereços e contatos dos principais jornais

do Uruguai.

A rádio, por causa de seu longo alcance e custo relativamente baixo, também é amplamente usada como recurso

na promoção de produtos. No Uruguai, a rádio é um divulgador importante, atingindo inclusive um amplo espectro da

população. No Anexo V, há relação de endereços e contatos das principais rádios do Uruguai.

Embora mais recente, outro veículo de publicidade são as publicações em redes sociais e mailings eletrônicos,

que têm uma presença crescente em nosso país.

VII.2.4. Consultoria de marketing

Existem várias empresas de consultoria especializadas em marketing no Uruguai, que estão amplamente

capacitadas para desenvolver estudos de mercado e viabilidade comercial.

Estudos realizados visam à análise de mercados, risco e consultoria, além de haver uma massa crítica de

operadores locais e estrangeiros, cuja principal função é fornecer serviços de assessoria e gestão de ativos para clientes

regionais e extrarregionais.

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Devemos lembrar que o Uruguai tem características muito boas para o desenvolvimento de serviços empresariais,

destacando-se especialmente a segurança, estabilidade, benefícios fiscais, formação de talentos, localização geográfica,

fuso horário, qualidade e acesso a telecomunicações e qualidade de vida; o que posiciona o país como local privilegiado

para operações em diferentes modalidades.270

Algumas das consultoras que realizaram estudos específicos para o Brasil em ocasiões anteriores são: Grupo

Radar, Cifra e Research Uruguay. Os dados dessas consultoras podem ser encontrados no Anexo.

No Anexo V deste documento, encontram-se os endereços de algumas das empresas de marketing, que

desenvolvem estudos de mercado e consultoria de marketing em Montevidéu.

VII.3. Práticas comerciais

VII.3.1. Negociações e contratos de importação

Os idiomas geralmente usados são o espanhol e o inglês.

No comércio exterior, é costume usar o modelo de contrato sob a “Convenção das Nações Unidas sobre Contratos

de Compra e Venda Internacional de Mercadorias”. A lei Nº 16.879271 de 3 de novembro de 1997 (Contratos de Compra e

Venda Internacional de Mercadorias) retifica e incorpora à nossa legislação as normas integrantes dessa Convenção.

A negociação das condições de venda normalmente se materializa com a celebração de um contrato de compra e

venda privado entre as partes, geralmente atendendo as normas “INCOTERMS”. 272 Essas normas estabelecem

parâmetros gerais sobre entrega de mercadorias e/ou produtos, sendo utilizadas adicionalmente para esclarecer casos

de dúvidas em negociações internacionais, delimitando responsabilidades entre comprador e vendedor, sem

necessidade de maiores formalidades. Elas também determinam os termos “padrão” utilizados na compra e venda,

indicando qual das partes tem a obrigação de se encarregar do transporte ou bem, do seguro, o local de entrega da

mercadoria, transferência de risco, entre outras questões.

Nas negociações sob INCOTERMS CIF o importador não controla o frete, mas este é contratado na origem,

portanto tem menos controle sobre os tempos de espera, cadeia logística e status da mercadoria, além disso é o agente

ou despachante quem recebe a mercadoria, solicitando ao comprador o reembolso de todas as despesas ocasionadas.

Nas negociações sob INCOTERMS FOB, o comprador é responsável pelo pagamento, contratação e gestão do

frete internacional, o que elimina risco da operação e garante um maior controle sobre o curso do embarque, bem como

de toda a operação globalmente considerada.

Em geral, o contrato deve indicar a cotação utilizada. No Uruguai, a valoração CIF das importações é a 100%, pois

é o principal campo de informação controlado pela Alfândega; já a valoração da operação FOB é a 80% ou 70%.

VII.3.2. Nomeação de agentes

Se possível, a nomeação de agentes deve ser precedida de contatos com outras empresas para avaliar as

270 “Informe anual de Comercio Exterior”, Uruguay XXI, ano 2019, publicado em:

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c67ca170296d8f8f6801add452e31e936d569ff3.pdf 271 Texto Ordenado de Contabilidad Financiera del Estado - TOCAF – publicado em: https://www.tcr.gub.uy/normativas.php?cat=27 272 Servicios Globales de Exportación en Uruguay, Uruguay XXI, ano 2017, publicado em: http://www.uruguayxxi.gub.uy/informacion/wp-

content/uploads/sites/9/2017/02/Informe-Servicios-Globales-Uruguay-XXI-Febrero-2017.pdf

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possibilidades de comercialização rentável e, ao mesmo tempo, ter uma presença ativa no mercado. No contexto de

feiras, exposições e congressos, empresários brasileiros podem se reunir com representantes de empresas

potencialmente capazes de canalizar no mercado local os produtos que o primeiro quiser exportar. Nos últimos anos, a

tendência tem sido selecionar um fabricante e um comerciante especializado no setor para representar os produtos

exportados ao Uruguai. Outra forma de identificar agentes potenciais é através de associações e grupos profissionais ou

associações empresariais setoriais.

Não há providências oficiais sobre nomeação de agente comercial; ou seja, as partes têm liberdade para fixar os

termos do contrato de agência comercial e a formalização do relacionamento, desde que respeitadas as normas

genéricas aplicáveis em relação à capacidade, requisitos essenciais, consentimento e formalidades probatórias.

No âmbito desse tipo de contrato, é geralmente estipulado expressamente o outorgamento de poder de

representação ou mandato para agir em nome da empresa e são incluídas cláusulas que preveem: se a representação é

exclusiva ou não; a extensão geográfica da jurisdição do agente; o(s) produto(s) a ser(em) representado(s); percentual

de comissão; pagamento; duração do contrato; e formas de extinção da representação.

A Dirección General de Secretaría do Ministério de Economia e Finanças é o órgão encarregado de manter o

Registro Nacional de Representantes de Empresas Estrangeiras. Esse registro é necessário para que se possa participar

de licitações públicas e formalizar atos, além de tramitar processos perante órgãos públicos. Para preencher esse

registro, de acordo com a Lei Nº 16.497, de 15 de junho de 1994, a empresa deve comprovar, entre outros requisitos,

estar registrada junto ao Banco de Previsión Social (BPS) e junto à Dirección General Impositiva.

Para obter informações sobre possíveis parceiros de negócios, uma via de informação pode ser a Liga de Defensa

Comercial de Uruguay (LIDECO). Trata-se de entidade que fornece informações comerciais, econômicas e financeiras

das empresas. Atualmente, possui um acordo com a agência de crédito do Brasil. O empresário brasileiro pode solicitar

um “relatório completo” sobre os dados da liga de crédito da praça, também poderá solicitar referências bancárias e,

assim que possível, os balanços patrimoniais da empresa com a qual pretende manter uma possível relação comercial.

O requerimento e o pagamento do serviço deverão ser realizados diretamente na entidade de crédito no Brasil

(www.serasa.com.br).

VII.3.3. Abertura de escritório de representação comercial ou filial

A Lei Nº 16.906, de 07 de janeiro de 1998, regulamenta os investimentos no Uruguai, estabelecendo como

princípios orientadores a igualdade de renda e o tratamento igualitário dos investimentos feitos por nacionais e

estrangeiros. O Estado garante a livre transferência de capital e lucros ao exterior, bem como outros montantes

relacionados ao investimento, feitos em moeda livremente conversível.

Se uma empresa brasileira pretende estabelecer-se em território uruguaio, deve observar os procedimentos

estabelecidos para a abertura de qualquer negócio, de acordo com a modalidade societária que poderá selecionar,

dependendo das características de seu produto.

Quanto às modalidades societárias, estas são reguladas pela Lei Nº 16.060 das Sociedades Comerciais. As duas

modalidades de empresas comumente usadas são: Sociedade Anônima (S.A.) e Sociedade de Responsabilidade

Limitada (S.R.L). Por outra parte, em 2019, foi aprovada a Lei Nº 19.820 de fomento ao empreendedorismo, que regula a

criação de um novo tipo de empresa denominada Sociedade Anônima Simplificada (S.A.S.), cuja criação representaria

um passo de avanço e desenvolvimento do governo tecnológico no Uruguai, uma vez que se trata de um veículo que

pode ser constituído por meios digitais.

No caso das Sociedades Anônimas (S.A.), pode-se dizer que é a figura comercial mais importante e a forma

melhor desenvolvida de organização empresarial no Uruguai. Da mesma forma que o resto das empresas comerciais, as

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S.A. constituem uma pessoa jurídica individual e diferente dos sócios que a constituem, sendo sujeito de direitos e

obrigações próprias.

As S.A. caracterizam-se pela participação de acionistas em cotas ou percentuais do capital social. Um dos

principais atrativos desse tipo societário repousa no fato de que, como solução de princípio, a responsabilidade dos

acionistas limita-se à integralização das ações subscritas, ou seja, à sua participação na sociedade. Dessarte, os

acionistas da S.A. não têm responsabilidade pelas dívidas sociais, em relação às quais, em princípio, apenas responde o

patrimônio da sociedade. Não obstante o acima exposto, em casos de fraude judicialmente declarada, ou qualquer uso

indevido do negócio societário e em decorrência da aplicação do instituto de levantamento do sigilo societário, os bens

pessoais do acionista podem ser comprometidos.

Em termos de titularidade, há legislação imposta no Uruguai, desde 2012, estabelecendo que qualquer sociedade

ou entidade com participações ao portador (como fideicomissos, sociedades comerciais, sociedades pecuaristas, entre

outros) deverá cadastrar no Banco Central do Uruguai todos os detentores dessas participações ao portador, uma vez

constituída ou a cada transferência sucessiva. Essa obrigação também foi estendida aos detentores de ações

nominativas, através da Lei Nº 19.494, promulgada em 5 de janeiro de 2017. O registro mantido pelo BCU é reservado,

não acessível ao público e mantido apenas para fins informativos para ações criminais ou administrativas de lavagem de

dinheiro e similares, ou, para informação da DGI sobre questões tributárias específicas ou troca de informações.

Também é importante ressaltar que não existem limitações quanto à qualidade dos acionistas por parte de

pessoas jurídicas, que poderão ser nacionais ou estrangeiras, salvo exceções específicas em que seja exigida

nacionalidade uruguaia, como a exploração de emissoras de rádio e televisão, aviação, e linhas de ônibus de longa

distância. Da mesma forma, no caso de S.A. detentoras de imóveis rurais e explorações agropecuárias, estas deverão

obrigatoriamente conter ações nominativas e ser de propriedade de pessoas físicas, sem prejuízo de exceções

autorizadas pelo Poder Executivo.

As S.R.L. têm um regime mais flexível de criação e operação, podendo estar constituídas por dois a 50 sócios.

Nesse caso, a responsabilidade dos sócios nas S.R.L. se limita ao capital integralizado, com exceção das dívidas

trabalhistas, sobre as quais os sócios são subsidiariamente responsáveis. Trata-se de um tipo social amplamente

utilizado em nosso país, especialmente para a exploração de pequenas e médias empresas. O capital deve ser

representado por cotas sociais. Não é possível emitir títulos negociáveis de capital.

Quanto à nova figura da S.A.S., estas podem ser constituídas por pessoa física ou jurídica (com exceção de uma

S.A.) ou por um conjunto de pessoas físicas ou jurídicas, por escrito em documento público ou privado, sendo

fundamental a inscrição no Registro de Comércio, tal constituição pode ser realizada por meios tecnológicos. Em relação

às ações, elas podem ser registradas, endossáveis ou não endossáveis ou escriturais, sendo aplicáveis os requisitos

para identificação de beneficiários finais e detentores de participações societárias estabelecidas na Lei Nº 19.484. Em

relação ao capital e ao dever de integralização dos acionistas, no momento da constituição, no mínimo, 10% do capital

social deve ser integralizado, desde que seja em dinheiro. Caso ñam seja em dinheiro, a integralização deve ser 100%.

O prazo máximo para a integralização estabelecido pelo regulamento é de 24 meses, aplicando o mesmo prazo para as

contribuições irrevogáveis que poderiam ser feitas pelos acionistas por conta de futuras integralizações. Em relação à

transferibilidade das ações, o regulamento não estabelece limites, ressalvado o fato que o regime admite que, por lei,

sejam estabelecidas restrições ou limitações à negociação e transferência das ações.

Por sua parte, deve-se notar que a lei uruguaia prevê o reconhecimento do pleno direito de sociedades

devidamente constituídas no exterior, estando habilitadas para a celebração de atos isolados e para comparecer um

juízo. Já para realizar de forma habitual os atos compreendidos no objeto social e, consequentemente, estabelecer uma

sucursal ou qualquer outro tipo de representação permanente, a lei exige a observância de alguns requisitos formais, tais

como o cadastro, junto à Dirección Nacional de Registros, do estatuto e da resolução de se instalar no país,

acompanhado de posterior publicação de um extrato do estatuto no Diário Oficial ou outro jornal.

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No que diz respeito à documentação pessoal dos empresários que vêm se estabelecer no Uruguai, a Dirección

Nacional de Migración concede a Residência Temporária por um período de dois anos, renovável por igual período, o

que totalizaria quatro anos. Por sua vez, se a intenção do empreendedor for de se radicar e tramitar a residência

permanente no Uruguai, poderá optar pela Residência Permanente MERCOSUL.

Recomendamos consultar o Anexo I para acessar as informações de contato e localização.

VII.3.4. Formação de joint-ventures

A joint-venture não tem regulação específica no Uruguai; no entanto, pode-se destacar que esse instituto constitui

um fenômeno de colaboração empresarial, em virtude da qual as empresas compartilham recursos para completar uma

tarefa ou operação comum, participando também das perdas, benefícios e custos necessários para a operação.

Embora não haja limites para sua criação, podendo adotar quaisquer das formas societárias analisadas

anteriormente, uma maneira razoável de estabelecê-la poderia ser através de um Grupo de Interesse Econômico (GIE).

VII.3.5. Seguro de transporte

A contratação de um seguro de transporte faz parte das negociações privadas entre o exportador e o importador

do Uruguai. A contratação deverá estar enquadrada nos termos em que a operação de exportação foi realizada (FOB,

CIF etc.). Lembremos que se a importação é realizada sob o INCOTERM CIF, tanto o frete quanto o seguro é contratado

por um terceiro (agente ou despachante), enquanto se a importação é realizada sob o INCOTERM FOB, o comprado é

que contrata o frete e, portanto, o seguro para a movimentação da mercadoria.

No Anexo V deste guia, há informações de contato de algumas das principais seguradoras que operam no Uruguai

e que estão localizadas em Montevidéu.

VII.3.6. Supervisão de embarques

Uma vez encerradas as negociações e estabelecidas as bases dos negócios e determinado o INCOTERM,

através do Despachante Aduaneiro, deverá ser enviada toda a documentação necessária para preparar o Documento

Único Aduaneiro (DUA) da Dirección Nacional de Aduanas. É a própria agência quem realiza a avaliação e a validação

do DUA, enviando uma mensagem de numeração para o despachante. Quando a mercadoria está no ponto de saída, o

DUA é impresso e, juntamente com toda a documentação adicional mais a declaração jurada assinada por exportador e

despachante, viajará para a origem. O sistema informático da Dirección Nacional de Aduanas designará o canal de

verificação, que pode ser vermelho, laranja ou verde.

Quando a mercadoria é embarcada, o despachante envia uma mensagem de cumprimento ao sistema

informatizado, que é a terceira e última mensagem com os dados definitivos do embarque, entre eles, o peso total da

mercadoria, quantidade, valor, entre outros. Finalmente, uma vez pagos os tributos correspondentes, a Dirección

Nacional de Aduanas concluirá a exportação no sistema informático, e irá comparar as informações com a terceira

mensagem enviada pelo Despachante Aduaneiro.

Uma vez controlada a mensagem, a empresa poderá solicitar o reembolso da exportação ou importação à

Dirección General Impositiva.273

273 Lei Nº 16.789 (Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias) promulgada em novembro de 1997.

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VII.3.7. Financiamento de importações

Existem linhas de crédito disponíveis para importadores e, em geral, não há restrições específicas a esse respeito.

Os montantes e as taxas são determinados em cada caso específico. Em termos gerais, pode-se dizer que toda a rede

bancária pública e privada do país possui linhas de crédito para importadores.

Com relação ao financiamento das importações do Brasil, o Governo Federal apresentou o Programa de Apoio à

Exportação (PROEX) e o Programa de Financiamento das Exportações do Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES), que tem linhas de crédito para exportadores brasileiros com métodos pré e pos

embarque. Informações sobre esses programas podem ser obtidas nos portais dessas organizações:

www.bancobrasil.com.br y www.bndes.gov.br, respectivamente.

VII.3.8. Arbitragem comercial

Independentemente da resolução de conflitos através da intervenção do Poder Judiciário, há alguns anos a Bolsa

de Comercio do Uruguai criou o Centro de Conciliación y Arbitraje para facilitar a resolução de disputas entre partes

relacionadas ao comércio e ao investimento no país, bem como gerenciar os chamados “métodos alternativos de

resolução de conflitos”.

O Centro de Conciliación y Arbitraje tem sua sede na Bolsa de Comercio e conta com uma lista de especialistas e

todos os regulamentos necessários para especificar e desenvolver as conciliações e arbitragens. Os dados deste centro

encontram-se no Anexo IV deste guia.

VII.4. Comércio eletrônico

VII.4.1. Panorama

De acordo com um estudo realizado pela AGESIC (Agencia del Gobierno Electrónico y Sociedad de la Información

y del Conocimiento), em 2014, o comércio eletrônico está a caminho de se consolidar como uma nova forma de

comercialização para as empresas, alcançando volumes de vendas que podem ser gerenciados remotamente, dando

maior abertura ao comércio mundial das empresas uruguaias.

VII.4.2. Evolução, perspectivas e tendências do mercado eletrônico

O comércio eletrônico continuará a se desenvolver com ou sem as atuais empresas uruguaias. Se estas

conseguem vencer os fatores que ainda as inibem, ou seja, os meios de pagamento, a logística, considerar o canal

online como uma unidade estratégica de negócio diferentes, com regras diferentes, e o design dos sites, então é

altamente provável que o desenvolvimento do comércio eletrônico seja acelerado notoriamente e em favor destas.274

Das empresas que têm site, mas não têm carrinho de compras 275 , 48% afirma que tem “seguramente” ou

“provavelmente” a intenção de incorporar esse canal de vendas, em um futuro próximo; 46% “seguramente” ou

“provavelmente” NÃO o incorporará; e 5% não sabe.

Das empresas com carrinho de compras ou que pelo menos recebem pedidos de orçamento ou vendem sem

carrinho276, 62% tem “muito interesse” em incrementar o canal online no futuro próximo; 7% têm “algum interesse”; e

29% tem “pouco interesse”.

274 INCOTERMS, Dirección Nacional de Aduanas, ano 2017, publicado em: https://www.aduanas.gub.uy/innovaportal/v/2674/8/innova.front/incoterms.html 275 “Guía para el exportador”, Uruguay XXI, ano 2016, publicado em: https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/2368d887c5c496fecc6239cb6baf7bb9d7754830.pdf

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Segundo dados oficiais da AGESIC, em 2014, os uruguaios realizaram cerca de 380.000 transações eletrônicas

por mês. Ao mesmo tempo, foi indicado para o mesmo ano que 15% dos uruguaios que utilizava a Internet todos os dias,

havia feito pagamentos ou transferências pela Internet, algarismo equivalente a 270.000 pessoas.

Resta analisar o impacto da covid-19 sobre preferências futuras dos consumidores uruguaios para esse meio de

compra, uma vez que a pandemia gerou grande desenvolvimento dos métodos de compra e venda eletrônicos.

VII.4.3. Direitos do consumidor

A Lei Nº 17.250 (Lei de Relações de Consumo) regula as relações de consumo e estabelece os direitos básicos

dos consumidores. Esta encontra-se regulada pelo Decreto Nº 244/000 de 23 de agosto de 2000, que estabelece a

aplicação de mecanismos de defesa legal de que dispõem os consumidores para a salvaguarda dos seus direitos. Não

obstante o acima exposto, em 2009, foi aprovada a Lei Nº 18.507, que regulamenta um procedimento mais ágil para

reclamações relacionadas a relações de consumo, cujo valor não ultrapasse o equivalente a 100 UR ($U 119.878 a

valores de janeiro de 2020).

Em relação aos direitos básicos do consumidor, a Lei Nº 17.250 estabelece que são considerados direitos básicos

dos consumidores:

a) A proteção da vida, saúde e segurança contra riscos causados por práticas no fornecimento de produtos

e serviços considerados perigosos ou prejudiciais.

b) A educação e divulgação sobre o consumo adequado de produtos e serviços, a liberdade de escolha e o

tratamento igualitário quando se contrata.

c) Informações suficientes, claras e verdadeiras, em espanhol, sem prejuízo de que outras línguas possam

ser usadas.

d) Proteção contra publicidade enganosa, métodos coercitivos ou desleais no fornecimento de produtos e

serviços, e cláusulas abusivas em contratos de adesão, cada um deles dentro dos termos previstos nesta lei.

e) A associação em organizações cujo objeto específico é a defesa do consumidor e ser representado por

elas.

f) A prevenção eficaz e compensação de danos patrimoniais e extra-patrimoniais.

g) O acesso aos órgãos judiciais e administrativos para a prevenção e reparação de danos mediante

procedimentos ágeis e eficazes, nos termos previstos nos respectivos capítulos da presente lei.

Adicionalmente, a Lei Nº 18.159277 regulou a concorrência no Uruguai, aos efeitos de “promover o bem-estar dos

consumidores e usuários, visando à promoção e defesa da concorrência, ao estímulo da eficiência econômica, e à

liberdade, bem como à igualdade de condições de acesso de empresas e produtos aos mercados”.

Com esse objetivo, o referido diploma proíbe “o abuso da posição dominante”, bem como quaisquer práticas cujo

objetivo primal seja “restringir, limitar, obstaculizar, distorcer ou impedir a concorrência atual ou futura em um mercado

relevante”.

No Anexo III (Principais empresas de e-commerce e órgãos de defesa do consumidor), é possível encontrar o

endereço e o contato do órgão competente do Uruguai para a defesa dos direitos do consumidor.

276 “Comercio Electrónico en el Uruguay”, da Agencia de Gobierno Electrónico y Sociedad de la Información y del Conocimiento (AGESIC), ano 2014, publicado em:

https://www.agesic.gub.uy/innovaportal/file/3834/1/presentacion_oc_edce_ecommerceday_cdh2v6.pdf 277 “Comercio Electrónico en el Uruguay”, da Agencia de Gobierno Electrónico y Sociedad de la Información y del Conocimiento (AGESIC), ano 2014, publicado em:

https://www.agesic.gub.uy/innovaportal/file/3834/1/presentacion_oc_edce_ecommerceday_cdh2v6.pdf

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VII.4.4. Deveres do fornecedor

No que diz respeito ao regime de responsabilidade desses atores, de acordo com a regulamentação em vigor no

Uruguai, o fornecedor é responsável apenas por perdas e danos que sejam consequência imediata e direta de fato ilícito,

incluindo danos patrimoniais e extra-patrimoniais.

No entanto, a legislação interna prevê que os fornecedores de produtos e serviços perigosos ou prejudiciais à

saúde deverão informar de forma clara e visível a respeito da periculosidade ou nocividade, sem prejuízo de outras

medidas que possam ser adotadas em cada caso específico.

Segundo estabelecido no artigo 15 da Lei Nº 17.250, o fornecedor deverá informar, em todas as ofertas, e prévio à

formalização do respectivo contrato: (a) preço incluindo impostos; (b) nas ofertas de crédito ou de financiamento de pro-

dutos ou serviços, o preço à vista, conforme o caso, o montante do crédito outorgado e o total financiado, conforme o

caso, e o número de pagamentos e periodicidade; (c) as formas de atualização da prestação, juros e qualquer adicional

por morosidade, despesas adicionais, se houver, e o local de pagamento.

Na oferta de serviços, o fornecedor deverá informar: (a) nome e endereço do prestador de serviços; (b) descrição

do serviço a ser prestado; (c) descrição dos materiais, implementos, tecnologia a ser empregada e o(s) prazo(s) de cum-

primento da prestação; (d) preço, incluindo impostos, sua composição e forma de pagamento; (e) os riscos que o serviço

possa causar para a saúde ou a segurança, quando esta circunstância ocorrer; e (f) escopo e duração da garantia,

quando outorgada.

VII.4.5. Devoluções: obrigações e prazos

A oferta de produtos ou serviços realizados fora do local empresarial, por meio postal, telefônico, televisivo,

informático ou similar, dará direito ao consumidor que a aceitou de rescindir ou resolver, de pleno direito, o contrato.

De acordo com a Lei Nº 17.250, o consumidor poderá exercer este direito em até cinco (5) dias úteis, a partir da

assinatura do contrato ou da entrega do produto, a seu exclusivo critério, sem qualquer responsabilidade de sua parte.

Essa opção deverá ser comunicada ao fornecedor por qualquer meio comprovável, e o consumidor deverá devolver o

produto, sem uso, no mesmo estado em que foi recebido, exceto quanto à comprovação deste. Por sua parte, o

fornecedor deverá restituir imediatamente ao consumidor a quantia que tiver pago. Cada parte será responsável pelos

custos da restituição da prestação recebida.

A demora na restituição dos montantes pagos pelo consumidor, fará jus à exigência por parte deste da atualização

dos montantes a restituir. Em consequência, a utilização desta opção implicará que fiquem sem efeito as formas de

pagamento diferido das prestações decorrentes desse contrato, que tenham sido efetuadas através de cartões de crédito

ou similares. A esses efeitos, bastará que o consumidor comunique às emissoras dos referidos cartões o exercício da

opção.

No caso de serviços parcialmente prestados, o consumidor pagará apenas a parte executada e se o serviço foi

pago antecipadamente, o fornecedor deverá devolver imediatamente o valor correspondente à parte não executada. A

demora na restituição dos montantes pagos pelo consumidor, fará jus à exigência por parte deste da atualização dos

montantes a restituir.

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VIII. RECOMENDAÇÕES PARA EMPRESAS BRASILEIRAS

VIII.1. Comentários gerais

Uma vez que o empresário brasileiro definir seu interesse no mercado uruguaio, deverá atender certas

formalidades no Brasil para estar habilitado a exportar e, ao mesmo tempo, identificar potenciais clientes para iniciar as

negociações de vendas.

As formalidades no Brasil estão vinculadas ao registro da empresa para operar no comércio exterior com a devida

inscrição no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior). O Siscomex é uma plataforma informatizada que

integra as atividades de registro, acompanhamento e controle do comércio exterior, realizadas pela Secretaria de

Comércio Exterior (SECEX) do Ministério da Economia, pela Receita Federal (RFB) e pelo Banco Central do Brasil

(BACEN). Além do Siscomex, participam instituições facilitadoras, a saber: Comando do Exército (COMEXE), Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Departamento de

Polícia Federal (DPF) e Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), entre outros.

Para acessar o Siscomex é necessário cadastrar a empresa no “Registro e Rastreamento da Atuação dos

Intervenientes Aduaneiros” (RADAR) que estabelece procedimentos de habilitação de importadores e exportadores para

a operação do Siscomex e o credenciamento de seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao

desembaraço aduaneiro.

Embora exista a possibilidade de trabalhar com uma empresa exportadora comercial como intermediária, para

evitar atender diretamente certas formalidades, isso poderá aumentar o custo da operação devido às comissões de

intermediação. Também, deve-se ter em mente que o uso de um intermediário não isenta a empresa de observar todos

os regulamentos relativos ao produto de exportação e as habilitações sanitárias ou técnicas que couberem ao

estabelecimento do fabricante (habilitações da ANVISA, do MAPTA, do INMETRO, Certificado de Origem, entre outros).

A identificação de potenciais clientes poder ocorrer por diferentes vias. Uma das opções é pessoalmente, em

eventos como feiras internacionais setoriais, no Brasil e no Uruguai, às quais os empresários uruguaios estão habituados

a comparecer para identificar fornecedores de produtos. Também em “projetos compradores” realizados por entidades

como a APEX Brasil, sempre em coordenação com outras instituições como o SEBRAE, entidades empresariais,

Secretarias de Desenvolvimento e Federações de Indústrias estaduais, que organizam convites específicos de

compradores escolhidos de países da região para participar em rodadas de negócios. Essas mesmas entidades também

organizam missões comerciais ao exterior, incluindo o Uruguai como destino, com o objetivo de participar de rodadas de

negócios, feiras e visitas técnicas a potenciais compradores.

Existe, ainda, a possibilidade de identificar os importadores uruguaios através dos serviços prestados pelo Setor

de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Montevidéu (SECOM Montevidéu). O serviço é gratuito e baseia-se

nas estatísticas aduaneiras relativas aos movimentos realizados pelas empresas, por NCM (nomenclatura comum do

MERCOSUL) do produto. Com a lista de importadores, a empresa brasileira pode iniciar o primeiro contato de

apresentação e oferecimento do produto. Sem prejuízo do exposto acima, a identificação pode ser dada pela indicação

oportuna do próprio meio empresarial ou entidade (federação, associação, sindicato) de que o empresário participa.

Uma vez identificados os importadores, que expressam interesse no produto, cada empresário deverá apresentar

os preços para que o potencial comprador avalie a conveniência do negócio. O empresário brasileiro deveria fazer a

cotação em dólares americanos, que é a moeda habitual aplicada para o comércio com Uruguai. O método de cotação

em dólares, em termos de taxa de câmbio, é decisão do exportador, tendo que avaliar as variáveis pertinentes, o risco e

as flutuações da taxa de câmbio no Brasil.

Se a identificação do importador não tiver ocorrido de maneira presencial, uma vez avançadas as negociações é

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recomendável um encontro pessoal, além das reuniões virtuais que possam acontecer. O exportador pode optar por

visitar o importador ou convidá-lo a visitar as instalações da fábrica no Brasil.

O idioma não é empecilho para a comunicação. Os empresários uruguaios estão acostumados a trabalhar com o

Brasil, dada a magnitude deste país vizinho e as relações comerciais próximas.

Recomenda-se verificar a idoneidade da empresa uruguaia com a qual as negociações estão ocorrendo. O

SECOM Montevidéu pode oferecer informações sobre a operação e movimentação da empresa no comércio exterior,

mas para conhecer os antecedentes comerciais e creditícios é conveniente utilizar os serviços do SERASA - Expirian

que possui convênio com a Liga de Defensa Comercial del Uruguay para requerimento, preparação e pagamento dos

relatórios de empresas uruguaias.

Antes de concretizar o primeiro negócio, podem ser enviadas amostras sem valor comercial para verificar a

qualidade dos produtos, de acordo com o procedimento explicado no Capítulo V.

VIII.2. Características do empresário e mercado uruguaios

O empresário uruguaio tem total liberdade na hora de fazer negócios, desde que respeite os regulamentos aplicá-

veis. Não se requer nenhum registro especial para operar em comércio exterior, basta contratar um Despachante Adua-

neiro cuja intervenção é obrigatória para o desembaraço da mercadoria. Diferentemente do empresário brasileiro, não

precisa de registro em sistemas tipo Siscomex ou Radar.

No Uruguai, compra-se e vende-se moedas estrangeiras com absoluta liberdade. Não há necessidade de contrato

prévio com a autoridade monetária (Banco Central do Uruguai) para qualquer operação de comércio exterior.

A maneira de calcular os impostos é direta e simples. Todos os impostos e taxas aplicáveis na importação são cal-

culados sobre o valor CIF da mercadoria (independentemente do INCOTERM negociado para a operação) e de forma

plana. Para as bases de cálculos, os impostos não são cumulativos, exceto o IVA e o IRAE, que são calculados sobre o

valor CIF acrescido do imposto de importação. O único imposto que apresenta algumas diferenças é o Imposto Específi-

co Interno (IMESI), vide Capítulo V, para o qual as taxas são aplicadas sobre preços fictícios decretados pelo Poder Exe-

cutivo com essa finalidade. O IVA também apresenta algumas exceções para produtos têxteis e a taxa é aplicada, con-

forme o caso, sobre preços fictícios quando o valor aduaneiro for inferior ao estabelecido.

VIII.3. Vantagens comparativas para empresários brasileiros

1) A principal vantagem comparativa do Brasil em relação aos concorrentes de fora da região é dada pelas

preferências tarifárias e pela profunda relação comercial histórica entre os dois países. Embora atualmente o

Uruguai tenha preferências tarifárias negociadas no âmbito da ALADI (quase 100% do comércio), o Brasil continua

sendo o principal parceiro comercial da região e do MERCOSUL.

2) A proximidade geográfica é também outra vantagem comparativa que permite o modo de transporte terrestre e

a pronta entrega de mercadorias. A maior parte do comércio entre o Uruguai e o Brasil é concretizada pelo

transporte rodoviário.

3) A fronteira é fluida, o desembaraço aduaneiro em postos de fronteira seca é mais ágil e facilita o fluxo de

mercadorias, notadamente no posto de controle aduaneiro unificado das cidades de Rivera e de Santana do

Livramento.

VIII.4. Desvantagens do mercado uruguaio

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1) Em diversos setores a concorrência dos produtos chineses é extremamente forte e o preço torna-se um

fator decisivo na hora de concretizar as compras. Não obstante a distância e suas consequências nos atrasos e

custos dos fretes marítimos, a falta de isenção de impostos de importação e as diferenças culturais, os produtos

chineses continuam incrementando sua presença no mercado uruguaio.

2) O empresário brasileiro deve ter em mente o tamanho do mercado uruguaio, a população do Brasil é 60

vezes maior que a do Uruguai. Apesar disso, o Uruguai não deveria ser enxergado pela escala. A importância

política da manutenção e profundidade dos laços econômico-comerciais deve ser levada em conta.

3) A influência política dos sindicatos, os altos custos trabalhistas e a carga tributária são aspectos

substanciais a serem levados em consideração no desenvolvimento de negócios no Uruguai.

Apesar dessas desvantagens, fica claro que, como mercado, oferece muitas vantagens e poderia representar para o

empresário brasileiro uma excelente oportunidade de incursão no mercado externo.

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ANEXO I. ÓRGÃOS OFICIAIS, AGÊNCIAS GOVERNAMENTAIS, EMPRESAS PÚBLICAS, SERVIÇOS DESCENTRA-

LIZADOS NO URUGUAI E NO BRASIL

I.1. Órgãos oficiais (Uruguai)

Portal do Estado Uruguaio: https://www.gub.uy/

a) Presidência

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Torre Ejecutiva – Plaza Independencia 710

11000 Montevideo

Tel: (598) 2 150

Website: www.presidencia.gub.uy

(Guida autoridades, legislação)

b) Parlamento e Poder Judiciário

PODER LEGISLATIVO

Assembleia Geral

Av. de las Leyes s/n “Palacio Legislativo”

Montevidéu

Tel: (598) 2400 9111

Website: https://parlamento.gub.uy/

PODER JUDICIÁRIO

Serviço de atendimento ao público

Pasaje de los Derechos Humanos 1309, Planta Baja

Montevidéu

Tel: (598) 2 1907

Website: http://poderjudicial.gub.uy/

c) Ministérios e Direções

MINISTERIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Av. 18 de Julio 1453

11200 Montevideo

Tel: (598) 2400 0302

Website: https://www.gub.uy/ministerio-desarrollo-social/

MINISTÉRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS

Colonia 1089

11100 Montevideo

Tel: (598) 0800 8612

Website: https://www.gub.uy/ministerio-economia-finanzas/

DIREÇÃO NACIONAL DE ADUANAS (DNA)

Rambla 25 de agosto de 1825 199

11000 Montevideo

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105

Tel: (598) 2915 0007

Website: www.aduanas.gub.uy

DIREÇÃO GERAL IMPOSITIVA (DGI)

Av. Daniel Fernández Crespo 1534

11200 Montevideo

Tel: (598) 2 1344 - 1344

Website: www.dgi.gub.uy

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

Colonia 1206

11100 Montevideo

Tel.: (598) 2902 1010

Website: https://www.gub.uy/ministerio-relaciones-exteriores/

MINISTÉRIO DO INTERIOR

Mercedes 933

11100 Montevideo

Tel: (598) 2030 4000

Website: www.minterior.gub.uy

MINISTÉRIO DA PECUÁRIA, AGRICULTURA E PESCA

Constituyente 1476

11200 Montevideo

Tel: (598) 2400 4155 / 58

Website: www.mgap.gub.uy

MINISTÉRIO DE DEFESA NACIONAL

Av. 8 de Octubre 2628, Edificio Gral. Artigas

11600 Montevideo

Tel: (598) 2487 2828

Fax: (598) 2487 4425

Website: www.mdn.gub.uy

MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

Reconquista 535 c/ Ituzaingó

11000 Montevideo

Tel: (598) 2915 0103 / 2915 0203

Website: https://www.gub.uy/ministerio-educacion-cultura/

DIRECCION GENERAL DE REGISTROS

Av. 18 de Julio 1730,

11200 Montevideo

Tel: (598) 2402 5642 int. 1441 / 1442 / 1443 / 1418

Website: https://portal.dgr.gub.uy/

MINISTÉRIO DE TRANSPORTE E OBRAS PÚBLICAS

Rincón 561

11000 Montevideo

Tel: (598) 2915 8333

Website: www.mtop.gub.uy

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106

MINISTÉRIO DE INDÚSTRIA, ENERGIA E MINERAÇÃO

Sarandí 620

11000 Montevideo

Tel: (598) 2840 1234

Website: www.miem.gub.uy

DIRECCIÓN NACIONAL DE LA PROPIEDAD INDUSTRIAL

Rincón 719 piso 3

11000 Montevideo

Tel: (598) 2900 0658

Website: https://www.miem.gub.uy/marcas-y-patentes

MINISTÉRIO DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL

Juncal 1511

11000 Montevideo

Tel: (598) 1928 / 2915 2020

Website: https://www.gub.uy/ministerio-trabajo-seguridad-social/

MINISTÉRIO DE SAÚDE PÚBLICA

Av. 18 de Julio 1892

11200 Montevideo

Tel: (598) 1934

Website: https://www.gub.uy/ministerio-salud-publica/

MINISTÉRIO DE TURISMO

Rambla 25 de Agosto de 1825 s/n esq. Yacaré

Tel: (598) 1885

Website: https://www.gub.uy/ministerio-turismo/

MINISTÉRIO DE HABITAÇÃO, ORDENAMENTO TERRITORIAL E

MEIO AMBIENTE

Zabala 1432 esq. 25 de Mayo

11000 Montevideo

Tel: (598) 2917 0710

Website: www.mvotma.gub.uy

d) Governos Municipais

INTENDENCIA MUNICIPAL DE MONTEVIDEO

Av. 18 de Julio 1360 – Palacio Municipal

11200 Montevideo

Tel: (598) 1950

Website: http://montevideo.gub.uy/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE ARTIGAS

Av. Carlos Lecueder n° 472 - Artigas

Tel: (598) 1884

Website: http://www.artigas.gub.uy/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE CANELONES

Tomás Berreta Nº 370 - Canelones

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107

Tel: (598) 1828

Website: https://www.imcanelones.gub.uy/es

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE COLONIA

Av. General Flores 467 - Colonia del Sacramento

Tel: (598) 4522 7000

Website: http://www.colonia.gub.uy/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE CERRO LARGO

Edificio Central: Justino Muñiz 591 – Melo

Tel: (598) 464 26551 a 26558

Website: https://www.gub.uy/intendencia-cerro-largo/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE DURAZNO

Herrera 908 - Durazno

Tel: (598) 4362-3891 al 96 / Gratuito 0800 8563

Website: http://duraznogub.uy/portal/index.php

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE FLORES

Sma. Trinidad 597 - Trinidad

Tel: (598) 4364-2210

Website: http://www.imflores.gub.uy/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE FLORIDA

Independencia 586 - Florida

Tel: (598): 435 25161

Website: http://www.florida.gub.uy/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE LAVALLEJA

José Batlle y Ordóñez 546 – Minas

Tel: (598) 442 2752

Website: http://www.lavalleja.gub.uy/web/lavalleja

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE MALDONADO

Edificio Comunal, Acuña de Figueroa y Burnett - Maldonado

Tel: (598) 4222 3333

Website: http://www.maldonado.gub.uy/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE PAYSANDU

Sarandí esq. Zorrilla de San Martín - Paysandú

Tel.: (598) 472 26220 internos 2171 / 2283

Website: http://www.paysandu.gub.uy/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE ROCHA

Edificio Central: Gral. Artigas N° 176 - Rocha

Tel: (598) 1955

Website: https://www.rocha.gub.uy/portal/index.php

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE RIO NEGRO

Palacio Municipal, 25 de Mayo 3242, Fray Bentos

Tel: (598) 1935

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108

Website: http://www.rionegro.gub.uy/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE RIVERA

Agraciada 570 - Rivera

Tel: (598) 4623 1900

Website: http://www.rivera.gub.uy/portal/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE SALTO

Juan Carlos Gómez 32- Salto

Tel: (598) 473 29898

Website: http://www.salto.gub.uy/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE SAN JOSE

Asamblea 496 / Ciganda s/n esq. Treinta y Tres, San José de Mayo

Tel.: (598) 434 29000

Website: http://www.sanjose.gub.uy

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE SORIANO

Giménez 643 – Mercedes

Tel.: (598) 4532 2201

Website: http://www.sorianogub.uy/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE TACUAREMBO

18 de julio 164 - Tacuarembó

Tel.: (598) 4632 4671 al 76

Website: http://tacuarembo.gub.uy/stg/

INTENDENCIA DEPARTAMENTAL DE TREINTA Y TRES

Manuel Lavalleja 1130 - Treinta y tres

Tel: (598) 4452 2108

Website: http://www.33.gub.uy

e) Outras agências governamentais, empresas públicas e serviços descentralizados:

ADMINISTRACIÓN DE FERROCARRILES DEL ESTADO (AFE)

Rondeau 1921 esq. Lima

11800 Montevideo

Tel.: (598) 2924 3942

Website: https://www.afe.com.uy/

ADMINISTRACIÓN DE LAS OBRAS SANITARIAS DEL ESTADO (OSE)

Carlos Roxlo 1275

11200 Montevideo

Tel: (598) 1952 / 0800 1871

Website: www.ose.com.uy

ADMINISTRACIÓN NACIONAL DE COMBUSTIBLES, ALCOHOL Y

PORTLAND (ANCAP)

Paysandú esq. Libertador Brig. Gral. Lavalleja

Tel: (598) 1931

Website: www.ancap.com.uy

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109

ADMINISTRACIÓN NACIONAL DE CORREOS

Buenos Aires 451

11000 Montevideo

Tel: (598) 2916 0200

Website: https://www.correo.com.uy

ADMINISTRACIÓN NACIONAL DE PUERTOS (ANP)

Rambla 25 de Agosto de 1825 Nº 160

11000 Montevideo

Tel: (598) 1901

Website: www.anp.com.uy

ADMINISTRACIÓN NACIONAL DE TELECOMUNICACIONES

(ANTEL)

Guatemala 1075 - Torre de las Telecomunicaciones

11800 Montevideo

Tel: (598) 0800 6611

Website: www.antel.com.uy

ADMINISTRACIÓN NACIONAL DE USINAS Y TRASMISIONES ELÉCTRICAS (UTE)

Paraguay 2431 - Palacio de la Luz

11800 Montevideo

Tel: (598) 155

Website: https://portal.ute.com.uy/

AGENCIA DE COMPRAS Y CONTRATACIONES DEL ESTADO (ACCE)

Andes 1365, piso 8 11100 Montevideo

Tel: (598) 2903 1111

Portal: https://www.gub.uy/agencia-compras-contrataciones-estado/

ASOCIACION RURAL DEL URUGUAY

Av. Uruguay 864

11100 Montevideo

Tel: (598) 2902 0484 - Fax: 2902 0489

Portal: www.aru.org.uy

Portal: www.expoprado.com

BANCO CENTRAL DO URUGUAI (BCU)

Diagonal Fabini 777

11000 Montevideo

Tel: (598) 2 1967

Website: www.bcu.gub.uy

BANCO DE PREVISIÓN SOCIAL (BPS)

Av. Daniel Fernández Crespo 1621, esq. Mercedes

11200 Montevideo

Tel.: (598) 2 1997

Website: www.bps.gub.uy

DIRECCIÓN NACIONAL DE MIGRACIÓN

Misiones 1513, Montevideo.

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110

Tel.: (598) 152 1800 / 152 1801 / 152 1802 / 152 1803

Website: https://migracion.minterior.gub.uy/

INSTITUTO DE PROMOCIÓN DE INVERSIONES Y EXPORTACIONES “URUGUAY XXI” Rincón 518 - 528

11100 Montevideo

Tel: (598) 2915 3838

Website: https://www.uruguayxxi.gub.uy/es/

INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA (INE)

Torre Ejecutiva Anexo piso 3 y 4, calle Santiago de Liniers 1280,

11100 Montevideo

Tel: (598) 2902 7303

Website: www.ine.gub.uy

INSTITUTO NACIONAL DE PUBLICACIONES OFICIALES

(DIARIO OFICIAL)

Av. 18 de Julio 1373

11200 Montevideo

Tel: (598) 2908 5042

Website: www.impo.com.uy

INSTITUTO URUGUAYO DE NORMAS TÉCNICAS (UNIT)

Plaza Independencia 812 - Piso 2

Montevidéu

Tel: (598) 2901 2048

Website: www.unit.org.uy

LABORATORIO TECNOLÓGICO DEL URUGUAY (LATU)

Av. Itália 6201

11500 Montevideo

Tel: (598) 2601 3724 / 200

Website: www.latu.org.uy

I.2. Entidades oficiais com vinculação brasileira no Uruguai

DELEGAÇÃO PERMANENTE DO URUGUAI PARA ALADI E MERCOSUL

Plaza Independencia 808 Mesa 702 - Torre da Presidência - Montevidéu

Tel: (598) 2902 5305 / 2902 5306

Website: www.aladi.org

SECRETARIA ADMINISTRATIVA DEL MERCOSUR

Dr. Luis Piera 1992 – Piso 1 Edificio MERCOSUR

11200 Montevideo

Tel: (598) 2412 9024

Website: www.mercosur.org.uy

SECRETARÍA GENERAL DE ALADI

Cebollatí 1461 – Montevideo

11200 Montevideo

Tel: (598) 2410 1121

Page 111: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

111

Website: www.aladi.org

EMBAIXADA DO BRASIL EM MONTEVIDÉU

Bulevar Artigas 1394 – 11300 Montevideo

Tel: (598) 2707 2119

Website: http://montevideu.itamaraty.gov.br/pt-br/

ALADI - DELEGACIÓN PERMANENTE DE BRASIL

Andes 1365 - Piso 6 – Ed. Torre Independencia, Montevideo

Tel: (598) 2902 0777

Website: http://brasaladi.itamaraty.gov.br/pt-br/

CONSULADO GERAL DO BRASIL EM MONTEVIDÉU

Convención 1343 - Piso 6 - Edificio La Torre- Montevideo

Tel: (598) 2901 2024

Website: http://cgmontevideu.itamaraty.gov.br/es-es/

CONSULADO DO BRASIL EM RIVERA

Ceballos 1159 - Rivera

Tel: (598) 4622 4470

CONSULADO DO BRASIL EM CHUY

Tito Fernández 147 - Chuy - Rocha

Tel: (598) 4474 2049

VICE-CONSULADO DO BRASIL EM ARTIGAS

Avda. Lecueder 432 - Artigas

Tel: (598) 4772 5414

VICE-CONSULADO DO BRASIL EM RIO BRANCO

Calle Ismael Velázquez 1239 -Río Branco

Tel: (598) 4675 2003

I.3. Órgãos no Brasil de Funcionários Uruguaios

EMBAJADA DE URUGUAY EN BRASILIA

Avda. Naciones, Lote 14 Bloque 803

Sector Embajada sur

CEP 70450.900 - Brasilia – DF

Tel: (+55) 61 3322 1200

Website: www.emburuguai.org.br

Os dados de outras representações uruguaias no Brasil podem ser consultadas em internet: www.mrree.gub.uy (Opções:

“Embajadas Y Consulados” “en el Exterior”)

CONSULADO URUGUAYO EN SALVADOR (ESTADO DE BAHÍA)

Rua Gregorio de Matos - 20 1º piso - Pelourinho – Salvador – Bahia

Tel: (71) 3321-2188

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112

CONSULADO URUGUAYO EN FORTALEZA (ESTADO DE CEARÁ)

Endereço: Av. Dom Luis, 500 sala 1925 Shopping Aldeota – Expansão - Fortaleza-CE

Tel.: (005585) 4006-5880

CONSULADO URUGUAYO EN OLINDA (ESTADO DE PERNAMBUCO)

Endereço: Rua Prudente De Morais, 281 – Carmo - Olinda – PE

Tel: (005581) 3439-8990

CONSULADO URUGUAYO EN BELO HORIZONTE (ESTADO DE MINAS GERAIS)

Endereço: Av. Do Contorno Nº 6777, Sala 1301/2, 30110 – 110, Belo Horizonte – Minas Gerais.

Tel: (31) 3296.75273296.7873

CONSULADO URUGUAYO EN RÍO DE JANEIRO (ESTADO DE RÍO DE JANEIRO)

Endereço: Praia de Botafogo 242/6º Andar 22250 – 040, Rio de Janeiro,

Tel: (55-21) 3553 6030

CONSULADO URUGUAYO EN SAN PABLO (ESTADO DE SAN PABLO)

Endereço: Calle Estados Unidos 1284 – Cep. 01427-001, San Pablo, SP, Brasil

Tel: (5511) 2879 6600

CONSULADO URUGUAYO EN CURITIBA (ESTADO DE PARANÁ)

Endereço: Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 sala 3101 Curitiba – Paraná

Tel: (005541) 3225 5550

CONSULADO URUGUAYO EN FLORIANÓPOLIS (ESTADO DE SANTA CATARINA)

Endereço: Av. Osvaldo Rodrigues Cabral, Nº 1570, sala 115 – Centro Empresarial Florianópolis

Tel: (005548) 3222-3718

CONSULADO URUGUAYO EN PORTO ALEGRE (ESTADO DE RÍO GRANDE DEL SUR)

Endereço: AV. 24 DE OUTUBRO 850 SALA 305, Moinhos de Vento, 90510 – 000 Porto Alegre RS

Tel: (+55) (51) 9335 3060

CONSULADO URUGUAYO EN CIUDAD CHUI – (ESTADO DE RÍO GRANDE DEL SUR)

Venezuela 311

Tel: +55 53 3265-1151

I.4. Organizações relacionadas com o comércio

CÁMARA DE COMERCIO URUGUAYO-BRASILEÑA

Tacuarembó 1404, p. 101 - Montevideo

Tel: (598) 2402 2742

CÁMARA DE INDUSTRIAS DEL URUGUAY (CIU)

Av. Italia 6101 - Montevideo

Tel: (598) 2604 0464

Website: www.ciu.com.uy

(Informação: registro de membros por nome e setor)

CÁMARA NACIONAL DE COMERCIO Y SERVICIOS DEL

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113

URUGUAY

Rincón 454 - 2do. Piso - Montevideo

Tel: (598) 2916 1277

Website: www.cncs.com.uy

CÁMARA MERCANTIL DE PRODUCTOS DEL PAÍS

Av. Gral. Rondeau 1908 - 1er. Piso - Montevideo

Tel: (598) 2924 0644

Website: www.camaramercantil.com.uy

LIGA DE DEFENSA COMERCIAL

Julio Herrera y Obes 1413 - Montevideo

Tel: (598) 2908 1636

Sito web: https://www.lideco.com/lideco/

(Órgão que fornece informações comerciais, econômicas e financeiras às empresas, possui convênio com a agência de

crédito do Brasil- www.serasa.com.br- pelo qual os requerimentos de informações e serviços de pagamento podem ser

reenviados).

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114

ANEXO II. EMPRESAS COM CAPITAL BRASILEIRO NO URUGUAI

Arctest Ltda.

Arctest Inspeção e manutenção industrial

Yi 1543 of. 6 – Montevideo

+598 9875 2577

Arrozal 33 S.A.

Indústria alimentícia

Cerrito 534 Ap. 201 – Montevideo

+598 2916 2568

www.arrozal33.com.uy

Artinol S.A. (Carmen Steffens)

Calçado

Ellauri 350 local 228 – Montevideo

+598 2710 8897

www.carmensteffens.com.uy

Banco Itaú

Instituição financeira

World Trade Center - Luis Bonavita 1266 Torre IV Piso 14 – Montevideo

+598 2624 2624

www.itau.com.uy

Blaser S.A. (Azul Linhas Aéreas)

Transporte aéreo de passageiros

Plaza Independencia 831 Oficia 905 – Montevideo

+598 2900 0232

https://www.voeazul.com.br/uy/home

Blaufarma Uruguay S.A. (Blau Farmacéutica)

Indústria Farmacêutica

Dr. Luis Bonavita, Piso 1.266 - Piso 1 - Of.105 - Torre IV WTC – Montevideo

+598 2626 1616

http://blau.com.uy/

BRF Uruguai (BRF)

Indústria alimentícia

Miraflores 1445 of. 103 – Montevideo

+598 26046425

http://www.sadiauruguay.com.uy/

Cementos Artigas S.A. (Votorantim)

Cimentos

María Orticochea 4707 - Montevideo

+598 2309 2810

www.cementosartigas.com.uy

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115

Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Sucursal Uruguay (Eletrobrás)

Energia

World Trade Center - Av. Luis A. de Herrera 1248 Torre II Esc. 311- Montevideo

+598 2623 4400

https://eletrobras.com/

Costa Fortuna del Uruguay S.A. (Costa Fortuna Fundações e Construções)

Engenharia e construção

25 de Mayo 713 Of. 207 - Ed. Imperium Building – Montevideo

+598 2902 2271

http://costafortunalatam.com/

FCC Uruguay S.A. (FCC)

Indústria química

Ruta 102 km 25,500 - Colonia Nicolich, Canelones

+598 26830609

FNC S.A. - Fábricas Nacionales de Cerveza (Ambev)

Indústria de bebidas

Entre Ríos 1060 - Montevideo

+598 2200 1681

www.fnc.com.uy

Frigorífico Tacuarembó Marfrig (Grupo Marfrig)

Indústria alimentícia

World Trade Center - Av. Luis A. de Herrera 1248 Torre II Piso 16 -Montevideo

+598 26240000

www.marfrigbeef.com/es

Gerdau Laisa S.A. (Gerdau)

Indústria siderúrgica

Teniente Galeano 2250 - Montevideo

+598 2514 2727

www.gerdau.com.uy

GOL URUGUAY (Gol Linhas Aéreas)

Transporte aéreo de passageiros

Yaguaron 1427, local 11 – Montevideo

+598 2903 0097

https://www.voegol.com.br/

Hidrovias del Sur S.A. (Hidrovias do Brasil)

Logística e Transporte

Juncal 1437 piso 9 – Montevideo

+598 2915 6917

www.hbsa.com.uy

Hotel Fasano Punta del Este (Fasano)

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116

Hotel

Cno. Cerro Egusquiza e Paso del Barranco s / n - Punta del Este - Maldonado

+598 4267 0000

www.fasanocom.br/hoteis/fasano-punta-del-este

Ibope Medios Uruguay (Ibope)

Medição de audiências

Juncal 1305 2º andar – Montevideo

+598 2916 3202

https://kantaribopemedia.com.uy/

LATAM Airlines Group

Transporte aéreo de passageiros

World Trade Center - Av. Luis A. de Herrera 1248 Oficina 1476 - Montevideo

+598 2623 4060

https://www.latam.com/es_uy/

Leb S.A. (Loren Pet)

Indústria do plástico

Ruta 1 km 52.300 - Libertad, San José

+598 4345 4010

www.leburuguay.com

Lojas Renner Uruguay S.A. (Lojas Renner)

Indústria da Moda

Avda. 18 de Julio 1301 – Montevideo

+598 2904 0510

https://uydesk.renner.com/

Lumiar Health Care S.A. (LUMIAR URUGUAY)

Saúde

Av Italia 6160 – Montevideo

+598 2603 9525

Lumin - ex Weyerhaeuser (BTG Pactual)

Florestação

José Iturriaga 3589 esquina Tomás de Tezanos – Montevideo

+598 2623 4470

https://www.lumin.com/

Minerva Foods Uruguay/Athenas Food

(Frigorífico Canelones, Frigorífico Carrasco e Frigorífico PUL)

Minerva

Indústria alimentícia

Cno. Carrasco 5 - Canelones

+598 26014002

https://portal.minervafoods.com/

Oxiteno Uruguay S.A.

Indústria química

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117

Camino Carlos A. Lopez 5940 – Montevideo

+598 2222 5411

http://www.oxiteno.com/

Petrobras Uruguay

Energia

San Fructuoso 927 – Montevideo

+598 2200 9920

http://www.petrobras.com/es/paises/uruguay/uruguay.htm

Porto Seguro Seguros del Uruguay S.A.

Companhia de seguros

Av. Américo Ricaldoni 2750 – Montevideo

+598 2709 3333

www.portoseguro.com.uy

RR Etiquetas Uruguay S.A. (Grupo CCRR)

Indústria gráfica

Veracierto 3190 Local 3 - Montevideo

+598 25095758

http://rretiquetas.com.uy/

S.A.M.A.N. (CAMIL ALIMENTOS)

Indústria alimentícia

Rbla. Baltasar Brum 2772 – Montevideo

+598 22081421

www.saman.com.uy

Saceem S.A. (Neocorp)

Engenharia e Construção

Brecha 572 – Montevideo

+598 2916 0208

www.saceem.com.uy

Totvs Uruguay

Software empresarial

Luis A. de Herrera 1052 Torre A of. 404 (Torres del Puerto) - Montevidéu

+598 2623 2216

https://es.totvs.com/

Transporte Turismo Ltda. (TTL)

Transporte terrestre

Br. Artigas 1825 local 26 – Montevideo

+598 2401 1410

www.ttlturismo.com.uy

Tubconex Uruguay S.A. (Tigre S.A.)

Fabricação de tubos

Ruta 1 km 46.200 – Libertad, San José

+598 4345 3511

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118

www.tigre.com.uy

Urupema S.A. (Petrosul)

Indústria química

Ruta 8 Km 27.200 - Barros Blancos, Canelones

+598 2288 4927

http://urupema-uy.com/

Vinícola Aurora S.A.

Indústria vitivinícola

Cno. Russi 4446 0 – Montevideo

+598 23200534

www.vinicolaaurora.com.br

Vinícola Salton

Indústria vitivinícola

+598 9922 6177

https://www.salton.com.br/

Viña Eden

Indústria vitivinícola

Ruta 12 Km 26, Pueblo Edén

https://www.vinaeden.com/

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119

ANEXO III. PRINCIPAIS EMPRESAS DE E-COMMERCE EY ÓRGÃOS DE DEFESA

DO CONSUMIDOR

ÁREA DE DEFENSA AL CONSUMIDOR (MEF)

Av. Uruguay 948 - Montevidéu

Tel: (598) 0800 8612

CÁMARA DE LA ECONOMIA DIGITAL DE URUGUAY

Tiburcio Gómez 1330 (piso 2) - Montevideo

Tel: (598) 2626 1638

AGENCIA DE GOBIERNO ELECTRONICO Y SOCIEDAD DE LA INFORMACION

Liniers 1324 - Torre ejecutiva Sur, piso 4 - Montevideo

Tel: (598) 2901 2929

COMISIÓN DE PROMOCIÓN Y DEFENSA DE LA COMPETENCIA (MEF)

Misiones 1423 piso 2 - Montevideo

Tel: (598) 2 1712 3511

URSEC – UNIDAD REGULADORA DE SERVICIOS DE COMUNICACIONES

Av. Uruguay 988 - Montevidéu

Tel: (598) 2902 8082

Website: https://www.ursec.gub.uy/

URSEA - UNIDAD REGULADORA DE SERVICIOS DE ENERGIA Y AGUA

Liniers 1324 Piso 2, Torre Ejecutiva

Tel: (598) 0800 8773

Website: http://www.ursea.gub.uy/inicio

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120

ANEXO IV. ÓRGÃOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS E ARBITRAGEM

CENTRO DE CONCILIACIÓN Y DE ARBITRAJE

Rincón, 454, 5ª planta

11000 Montevideo

Tel: (598) 2916 1277

A Cámara Nacional de Comercio del Uruguay possui um Regulamento de Procedimentos de Arbitragem com o qual é

possível abordar conflitos nacionais e internacionais.

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121

ANEXO V. OUTROS DADOS

A) Principais bancos

A.1) Banca Pública

BANCO DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY (BROU)

Piedras 369 Montevideo

Tel: (598) 2900 2900

Website: https://www.brou.com.uy/

BANCO HIPOTECARIO DEL URUGUAY (BHU)

Fernández Crespo 1508

11200 Montevideo

Tel: (598) 2409 7809

Website: https://www.bhu.com.uy/

A.2) Banca Privada

SCOTIABANK

Misiones 1399 esquina 25 de Mayo

11000 Montevideo

Tel: (598) 2901 6655 / 1991

Website: www.scotiabank.com.uy

BANCO SANTANDER S.A.

25 de Mayo 501

11000 Montevideo

Tel: (598) 2 1747 6120 / 2904 3596 / 132

Website: www.santander.com.uy

BBVA (BANCO BILBAO VIZCAYA ARGENTARIA URUGUAY)

25 Mayo 401

11000 Montevideo

Tel: (598) 2917 2500

Website: www.bbva.com.uy

CITIBANK NA

Cerrito 455

11000 Montevideo

Tel: (598) 2915 5050

Website: www.citibank.com.uy

HSBC BANK (URUGUAY) SA

Zabala 1403

11000 Montevideo

Tel: (598) 2915 1010

Website: www.hsbc.com

BANCO ITAU

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122

Zabala 1463, 11000 Montevidéu

Tel: (598) 2916 0127

Website: https://www.itau.com.uy

A.3) Bancos uruguaios no Brasil

BANCO DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY (BROU)

Filial Sao Paulo

Avda. Paulista, 1776 -. Piso 9 - Edificio Park Avenue - Bela Vista

CEP 01310.200 - Sao Paulo - SP

Tel: 00 55 11 3251 2454/ 3251 - 2699

B) Mídia

B. 1) Canais de Televisão

CANAL 4 - MONTE CARLO TV SA

Paraguay 2253

11800 Montevideo

Tel: (598) 2924 4444

Website: www.canal4.com.uy

CANAL 5 – Televisión Nacional del Uruguay

Bulevar Artigas 2552

11600 Montevideo

Tel: (598) 19595

Website: http://www.tnu.com.uy/

CANAL 10 - SAETA TV

Lorenzo Carnelli 1234

11200 Montevideo

Tel: (598) 2400 2120

Website: www.canal10.com.uy

CANAL 12 - SOCIEDAD TELEVISORA LARRAÑAGA S.A.

Enriqueta Compte y Riqué 1276

11800 Montevideo

Tel: (598) 2208 3555

Website: www.teledoce.com

RED URUGUAYA DE TELEVISIÓN SA (INTERIOR)

Gral. Enrique Martínez 1337

11800 Montevideo

Tel: (598) 2203 2425

Website: http://www.redtv.com.uy/

B.2) Principais jornais

EL PAÍS

Zelmar Michelini 1287

11100 Montevideo

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123

Tel: (598) 2902 0115

Website: www.elpais.com.uy

EL OBSERVADOR

Cuareim, 2052

11800 Montevideo

Tel: (598) 2924 7000 / 0800 8218

Website: https://www.elobservador.com.uy/

LA REPÚBLICA

Av. Gral. Garibaldi, 2579

11600 Montevideo

Tel: (598) 2487 3565

Website: https://www.republica.com.uy/

LA DIARIA

Tel: (598) 2900 0808

Website: https://ladiaria.com.uy/

EL ESPECTADOR

Pablo de Maria 1015

11100, Montevidéu

Tel: (598) 2418 0151

Website: https://espectador.com/

B.3) Principais semanários

BÚSQUEDA

Mercedes 1131

111000 Montevideo

Tel: (598) 2902 1300

Website: www.busqueda.com.uy

BRECHA

Av. Uruguay 844

11100 Montevideo

Tel: (598) 2902 5042

Website: https://brecha.com.uy/

B.4) Outros portais de notícias:

MONTEVIDEO PORTAL

Website: www.montevideo.com.uy

AGENCIA URUGUAYA DE NOTICIAS

Website: www.uypress.net

CIENTOCHENTA

Pablo de Maria 1015

Website: http://www.180.com.uy/

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124

MERCOPRESS AGENCY

Website: http://es.mercopress.com/

B.5) Principais estações de rádio (AM)

CX 8 - RADIO SARANDÍ

E. Compte y Riqué, 1250

11800 Montevideo

Tel: (598) 2208 2612

Website: www.radiosarandi.com.uy

CX 12- RADIO ORIENTAL

Cerrito 475

11200 Montevideo

Tel: (598) 2916 1130

Website: https://www.sarandi690.com.uy/

CX 14- RADIO EL VISOR

Pablo de Maria 1015

11100 Montevideo

Tel: (598) 2418 0151

Website: https://espectador.com/

CX 16- RADIO CARVE

Mercedes 973

11100 Montevideo

Tel: (598) 2902 6162 / 2902 6163

Website: https://www.carve850.com.uy/

CX-20 - RADIO MONTECARLO

Av. 18 de Julio 1224

11200 Montevideo

Tel: (598) 2900 5423

Website: www.radiomontecarlo.com.uy

B.6) Principais estações de rádio (FM)

EMISORA FM AZUL

Tacuarembó, 1442 piso 12

Tel: (598) 2401 0072

Website: www.azulfm.com.uy

EMISORA FM CONCIERTO

Paysandú, 1186

11100 Montevideo

Tel: (598) 2902 3939

Website: http://www.conciertofm.com/index.html

EMISORA FM DIAMANTE

Av. 18 de Julio, 2247 apto. 1206

11200 Montevideo

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125

Tel: (598) 2401 0382

Website: https://www.diamantefm.com/

EMISORA DEL PLATA FM

Enriqueta Compte y Riqué 1250

11200 Montevideo

Tel: (598) 2208 2612

Website: https://www.delplatafm.com

EMISORA DEL SOL

Pablo de María 1015 11300 Montevideo

Tel: (598) 2903 2225 / 102

Website: https://delsol.uy/

EMISORA OCÉANO FM

Rambla Armenia 1647

11300 Montevideo

Tel: (598) 2628 9240

Website: https://www.oceano.uy/

C) Principais empresas de correio postal

DHL

Tel: (598) 2604 1331

Website: https://www.logistics.dhl/uy-es/home.html

FEDEX (FEDERAL EXPRESS)

Tel: (598) 2628 0100

Website: www.fedex.com/uv

Administración Nacional de Correos (EL CORREO URUGUAYO)

Buenos Aires 451, esq. Misiones,

Código Postal 11000, Montevidéu.

Tel: (598) 0800 2108

Website: www.correo.com.uy

WORLD COURIER

Misiones 1379, Oficina 502

11000 Montevideo

Tel: (598) 2915 1175

Website: www.worldcourier.com/uv

UPS

Treinta y Tres 1590

11000

Tel: (598) 2916 1638

Website: www.ups.com

D) Consultorias

GONZÁLEZ, RAGA & ASOCIADOS (CIFRA)

Av. Brasil 2446

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126

11300 Montevideo

Tel: (598) 2707 0677

Website: www.cifra.com.uy

EQUIPOS MORI

Javier de Viana 1018

11200 Montevideo

Tel: (598) 2708 6362 / 2413 2543

Website: www.equipos.com.uy

FACTUM

Juan D. Jackson 1126

11200 Montevideo

Tel: (598) 2412 1818

Website: www.factum.com.uy

INTERCONSULT GRUPO

Dalmiro Costa 4685

Tel: (598) 2619 5025/1124

Website: www.interconsult.com.uy

GRUPO DE RADAR

Av. Luis Alberto de Herrera 1248 - WTC Torre 3 piso 12

CP 11.300- Montevideo – Uruguay

Tel: (598) 2623 6649

Website: [email protected]

INSTITUTO DE DESARROLLO DE ESTRATEGIAS EMPRESARIALES

Tomás Diago 782

11300 Montevideo

Tel: (598) 2710 1033

INSTITUTO DE MARKETING DEL URUGUAY SRL (IMUR)

Andes 1217 oficina 304 esquina Soriano

Tel: (598) 2908 0204

Website: www.imur.com.uy

RESEARCH URUGUAY

Av. 18 de Julio 1296 Of. 503

Tel: (598) 2902 6839

Website: http://research.com.uy/es/

E) Despachantes Aduaneiros

ASOCIACIÓN DE DESPACHANTES DE ADUANA DE URUGUAY

Zabala 1425-37

Tel: (598) 2916 5612

Website: www.adau.com.uy

F) Hoteis

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127

HYATT CENTRIC MONTEVIDEO

Rambla República del Perú 1479, 11300 – Buceo

Tel: (598) 2621 1234

Website: https://montevideo.centric.hyatt.com/es/hotel/home.html

HILTON GARDEN INN MONTEVIDEO

Dr. Luis Bonavita 1315, 11300 - Montevideo

Tel: (598) 2623 8000

Website: http://www.hiltonhotels.com/es_XM/uruguay/hilton-garden-inn-montevideo/

HAMPTON BY HILTON MONTEVIDEO CARRASCO

Avenida de las Américas 4239 - 15000 - Canelones

Tel: (598) 2603 3333

Website: http://www.hiltonhotels.com/es_XM/uruguay/hampton-by-hilton-montevideo-carrasco/

ESPLENDOR MONTEVIDEO – A WYNDHAM GRAND HOTEL

Manuel Errazquin 2370 - Punta Carretas

Tel: (598) 2716 0000

Website: https://www.esplendorhoteles.com/es/

CALA DI VOLPE BOUTIQUE HOTEL

Parva Domus 2531, 11300 – Punta Carretas

Tel: (598) 2710 2000

Website: www.hotelcaladivolpe.com.uy

REGENCY WAY

Av. General Fructuoso Rivera 3377 – Buceo

Tel: (598) 2628 7777

Website: http://www.regencyway.com.uy/

MERCURE MONTEVIDEO PUNTA CARRETAS

Rambla Gandhi 371 – Punta Carretas

Tel: (598) 2716 1114

Website: https://mercuremontevideopuntacarretas.com-montevideo.com/

RADISSON MONTEVIDEO VICTORIA PLAZA HOTEL

Plaza Independencia 759 - Centro

11100 Montevideo

Tel: (598) 2902 0011

Website: https://www.radissonvictoriaplaza.com.uy/home

SHERATON MONTEVIDEO HOTEL

Víctor Soliño 349 - Punta Carretas

11300 Montevideo

Tel: (598) 2710 2121

Website: www.sheraton.com

SOFITEL CARRASCO HOTEL

Rambla República de México 6451 - Carrasco

11500 Montevideo

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128

Tel: (598) 2604 6060

Website: https://sofitel.accor.com/hotel/7969/index.es.shtml#origin=sofitel

BEST WESTERN ARMON SUITES

21 Setiembre 2885 - Pocitos

11300 Montevideo

Tel: (598) 2712 4120

Website: www.bwarmonsuites.com.uy

CRYSTAL PALACE HOTEL

Av. 18 de Julio 1210 - Centro

Tel: (598) 2900 4645

Website: https://www.crystalpalacehotel.com.uy/

FOUR POINTS SHERATON MONTEVIDEO

Ejido 1275 - Centro

Tel: (598) 2901 7000

Website: http://www.fourpointsmontevideo.com/es

HOLIDAY INN

Colonia 823 - Centro

11100 Montevideo

Tel: (598) 2902 0001

Website: www.holidayinn.com.uy

HOTEL LAFAYETTE

Soriano 1170 – Centro

11100 Montevideo

Tel: (598) 2902 4646

Website: www.lafayette.com.uy

HOTEL IBIS

La Cumparsita 1473 – Palermo

Tel: (598) 2413 7000

Website: http://www.ibis.com/es/hotel-3539-ibis-montevideo/index.shtml

HOTEL NH COLUMBIA

Rambla Gran Bretaña 473- Ciudad Vieja

Tel: (598) 2916 0001

Website: https://www.nh-hoteles.es

POCITOS PLAZA

Benito J. Blanco 640 - Pocitos

11300 Montevideo

Tel: (598) 2712 3939

Website: https://www.pocitosplazahotel.com.uy

G) Aluguel de veículos

ALAMO RENTA CAR

Nicaragua 1144

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129

Tel: (598) 2924 3225

Website: https://alamouruguay.com/

SILVER RENT A CAR

Avenida Italia 4912 Local 2

Tel: (598) 2614 0382

Website: http://www.silverentacar.com.uy/

ALPINA RENT A CAR

Paraguay 2410

Tel: (598) 2208 8113

Website: http://www.alpinarentacar.com.uy/

AVIS RENT A CAR URUGUAY

Paysandú 881

Tel: (598) 2 1700

Website: https://www.avis.com.uy

HERTZ URUGUAY

Guipúzcoa y Solano García – Shopping Punta Carretas

Tel: (598) 2712 5000

Website: https://hertz.com.uy/Index

MULTICAR RENT A CAR

Colonia 1227

Tel: (598) 2902 2555

Website: http://www.multicar.com.uy/

THRIFTY CAR RENTAL

Bulevar General Artigas 2966

Tel: (598) 2 18488

Website: http://www.thrifty.com.uy/

H) Serviços de assistência ao automóvel

AUTOMOVIL CLUB

Tel: (598) 1707

Website: http://acu.com.uy/

CAR UP

Av. Italia 5045,

Tel: (598) 2614 1555

Website: https://www.carup.com.uy/

I) Seguradoras de transporte

SEGURO BANCO DEL ESTADO (BSE)

Av. Liberator 1465

Tel: 1998

Website: https://www.bse.com.uy/inicio

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130

PORTO SEGURO - SEGURO DEL URUGUAY

Av. Américo Ricaldoni 2750 - Montevideo

Tel: (598) 2709 3333

Website: http://www.portoseguro.com.uy/

SURA URUGUAY

Plaza Independencia 743

11000 Montevideo

Tel: (598) 0800 7872

CIA. ALLIANCE INSURANCE DE BAHIA URUGUAY S.A.

(Empresa con capital brasileña)

Río Negro 1394 Esc. 702

11100 Montevideo

Tel: (598) 2902 1086

J) Seguros privados de saúde, clínicas e prontos socorros

BLUE CROSS & BLUE SHIELD OF URUGUAY

Rambla República de México 6405

Tel: (598) 2604 2604

Website: https://www.bcbsu.com.uy/bcbsu/SiteBCBSU

HOSPITAL BRITÁNICO

Av. Italia 2420/2460

Tel: (598) 2487 1020

Website: https://www.hospitalbritanico.org.uy/

SEMM (SERVICIO MÉDICO DE EMERGENCIA MÓVIL)

Br. Artigas 864

Tel: (598) 2711 2121

Website: https://www.semm.com.uy/

SUAT (SERVICIO ATENCIÓN URGENTE Y RECOGIDA)

21 de setiembre 2474

Tel: (598) 2711 0711

Website: https://www.suat.com.uy/

UCM (UNIDAD CORONARIA MÓVIL)

José Mazzini 2957

Tel: (598) 2487 3333

Website: http://ucm.com.uy/

COSEM

Bvar. Artigas 1375

Tel: (598) 2403 0000

Website: https://www.cosem.com.uy/

MÉDICA URUGUAYA

Av. 8 de Octubre 2492

Tel: (598) 1912

Page 131: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

131

Website: http://www.medicauruguaya.com.uy/

ASOCIACIÓN ESPAÑOLA

Casa central: Br. Artigas 1515 esq. Palmar

Tel: (598) 1920 7000

Website: http://www.asesp.com.uy/

SMI (SERVICIO MÉDICO INTEGRAL)

Sede Centro: Mercedes 1290

Tel: (598) 2902 2592

Website: https://www.smi.com.uy/mvdcms/index_1.html

CÍRCULO CATÓLICO

Minas 1250 esq. Soriano

Tel: (598) 1870

Website: http://www.circulocatolico.com.uy/

SANATORIO AMERICANO

Isabelino Bosch 2466 entre Av. Ponce y Campbell

Tel: (598) 1760

Website: http://www.americano.com.uy/

MP (MEDICINA PERSONALIZADA)

Av. Dr. Américo Ricaldoni 2452 esq. Campbell

Tel: (598) 2711 1000

Website: https://www.mp.com.uy/

K) Polícia

Emergência da Polícia

Tel: 911

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132

ANEXO VI. FRETES E COMUNICAÇÕES COM O BRASIL

A) Transporte aéreo

GOL LINHAS ÁREAS

Torre de los Profesionales, Yaguarón 1427 Local 11, Montevideo

Tel: (598) 2903 0097

Website: www.voegol.com.br/URU

LATAM AIRLINES

Luis Alberto de Herrera 1248 local 24/25, Montevideo

Tel: 00040190223

Website: www.latam.com

B) Transporte rodoviário de passageiros

TERMINAL DE ÓMNIBUS DE LA CIUDAD DE MONTEVIDEO – TRES CRUCES

Bulevar Artigas 1825 esquina Galicia (Shopping Tres Cruces)

Tel: (598) 2408 8601

Website: www.trescruces.com.uy

EGA (Empresa General Artigas)

Br. Artigas 1825 Tres Cruces Terminal

Tel: (598) 2402 5164

Website: www.egakeguay.com

TTL (Transporte Turismo Ltda.)

Br. Artigas 1825 Tres Cruces Terminal

Tel: (598) 2401 1410

Website: www.ttlturismo.com

C) Cargas de transporte rodoviário

ALBERTO ACOSTA - TRANSPAN

Soriano 875 esc. 604

11100 - Montevideo

Tel: (598) 2902 1520

ARDOÍNO TRANSPORTE INTERNACIONAL

Camino los Aromos, Ruta 101 Km. 25.800, Canelones

Tel: (598) 2200 0000

COMARO (COMAS AROCENA TRANSPORTES)

Misiones 1589

Tel: (598) 2916 6647

DM TRANSPORTE Y LOGÍSTICA INTERNACIONAL

Av. Gral. Flores 3457

11700 Montevideo

Page 133: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

133

Tel: (598) 2200 8979

Website: www.dminternacional.com

EXPRESSO RIO GRANDE

Av. Joaquín Suárez 2900

11800 - Montevideo

Tel: (598) 2208 1109

LINEAS SUDAMERICANAS

Ricaurte 866

Tel: (598) 2209 6614

TORA TRANSPORTE IND. SRL.

Ituzaingó 1482 de. 204

11000 - Montevideo

Tel: (598) 2916 3716

D) Serviços de telefonia celular Uruguai

ANTEL

Guatemala 1075 - Torre de las Telecomunicaciones

Montevideo

Tel: (598) 0800 6611

Website: https://www.antel.com.uy/

MOVISTAR

Francisco Soca 1444

Montevideo

Tel: (598) 095 704 040

Website: https://www.movistar.com.uy/home/

CLARO

18 de Julio 977

Tel: (598) 0800-1611

Website: https://www.claro.com.uy/personas/

O usuário brasileiro, antes de viajar para o Uruguai, deve pedir à sua operadora de telefonia móvel no Brasil para

habilitar o serviço de roaming e para indicar com quais empresas no Uruguai tem acordo. Se o usuário se cadastrou no

serviço “entrega da chamada”, poderá fazer e receber ligações no seu telefone celular brasileiro, como se estivesse no

Brasil.

Page 134: Setor de Embaixada do Brasil em MontevidéuPromo ção ......terceiro ano do ensino médio (dez anos no total). A educação pública é gratuita nos níveis de ensino básico, médio

134

ANEXO VII. INFORMAÇÕES PRÁTICAS

o Moeda: Peso uruguaio

o Pesos e medidas: Sistema métrico

o Feriados:

- 1º de janeiro - Ano Novo (não se trabalha)

- 6 de janeiro - Dia de Reis (se trabalha)

- 2 dias em fevereiro - Carnaval (se trabalha)

- 2 dias em março/abril - Semana de Turismo (se trabalha)

- 19 de abril - Desembarco dos 33 Orientais (se trabalha)

- 1º de maio - Dia dos Trabalhadores (não se trabalha)

- 18 de maio - Batalha de Las Piedras (se trabalha)

- 19 de junho - Nascimento de Artigas (se trabalha)

- 18 de julho - Jura da Constituição (não se trabalha)

- 25 de agosto - Declaração da Independência (não se trabalha)

- 12 de outubro - Dia da Raça (se trabalha)

- 2 de novembro - Dia de Defuntos (se trabalha)

- 25 de dezembro - Natal (não se trabalha)

o Hora oficial: GMT - 3 horas (Brasília - 0)

o Horário de verão: geralmente de setembro a março

o Horário comercial: o comércio em geral permanece aberto das 9:00 às 19:00. Os shopping centers de 10:00 a

22:00

o Tensão: 220 V / frequência: 50 Hz

o Vacinas obrigatórias para entrar no país: atualmente não há vacinas obrigatórias para quem ingressar como

turista. Se houver interesse de residência, o MSP deverá ser consultado sobre a exigência de alguma vacina em

particular, a qual dependerá da idade, condições físicas e exposição da pessoa interessada.

o Câmbio: como é variável, a taxa de câmbio poderá ser consultada no site do Banco de la República Oriental del

Uruguay (www.brou.com.uy). Na opção Informações Financeiras-Cotações. Esta será a referência para o

mercado.

o Horário bancário: das 13 às 17 horas.

o Horário das Casas de Câmbio: mantêm o horário comercial.

o Horários dos shoppings centers: em geral, o horário é de 10:00 a 22:00 horas. O shopping center “Tres Cruces”,

devido a que também funciona como rodoviária, tem uma casa de câmbio que opera das 07:00 às 23:00. No

aeroporto há uma casa de câmbio que opera das 06:00 até a saída do último voo do dia.

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Acuerdo de Complementación Económica N° 59, publicado en

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Certificados de origen, de la Cámara Nacional de Comercio y Servicios, actualizado 2014 con reglamentación de

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uruguayas emisoras de certificados de origen – publicado en https://www.cncs.com.uy/certificados-origen/

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Decreto No 394/000 (Fijación de derechos de importación específicos. Importación de productos textiles) del 27 de

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Decreto No 788/008 (Régimen de anticipos del IRAE por la importación de bienes de consumo) de 22 de

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Decreto No 366/013 (Creación de la guía electrónica de transporte de carga y el sistema de información de carga

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Decreto No 58/016 (Procedimiento de control y comercialización de azúcar para uso industrial) del 29 de febrero

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Decreto No 200/016 (Reglamentación de los Arts. 127 A 131, 142, 143 y 144 de la Ley No 19.276 [Código

Aduanero] y derogación de los Decretos 330/992, 399/001 y 159/012) del 04 de julio del año 2016), del 4 de julio

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según tramos de años de estudios completados – Distribución porcentual de la población total, del Instituto

Nacional de Estadística, publicado en http://www.ine.gub.uy/web/guest/educacion

Encuesta continua de hogares – Enero 2018 – Ingreso de los hogares y de las personas, del Instituto Nacional de

Estadística, del 9 de marzo 2018, publicado en

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30869/ECH+Ingresos+Enero+2018/d8ec01fb-9f39-431a-9b12-

0790fc64fed1

Estimación de la pobreza por el Método de Ingreso 2017, del Instituto Nacional de Estadística, publicado en,

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/364159/Estimaci%C3%B3n+de+la+pobreza+por+el+M%C3%A9todo+del+

Ingreso+2017/f990baaf-1c32-44c5-beda-59a20dd8325c

Estimaciones y proyecciones de la población de Uruguay: metodología y resultados, junio 2014, del Instituto

Nacional de Estadística, publicado en http://www.ine.gub.uy/c/document_library/get_file?uuid=c4d937f9-49e4-

4989-b3fc-c6130745233b&groupId=10181

Encuesta Nacional de Gastos e Ingresos 2016-2017, del Instituto Nacional de Estadística, publicado en

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/35933/Principales+Resultados+de+la+Encuesta+de+Gastos+e+Ingresos+

de+los+Hogares+2016-2017+%28ENGIH%29/f71f5305-db24-4fc6-b797-9a67076e2188

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142

Informe de prensa de fecha 30 de diciembre 2019 del Instituto Nacional de Estadísticas, publicado en

http://www3.ine.gub.uy/documents/10181/30897/IPPN+Diciembre+2019/9fa74252-7e9b-498b-b343-1f6cbfbcf817

Informe de prensa de fecha 03 de enero 2020, del Instituto Nacional de Estadísticas, publicado en,

http://ine.gub.uy/documents/10181/30893/%C3%8Dndice+de+Precios+del+Consumo+%28IPC%29+Diciembre+20

19/59dca314-4900-47e2-b0d5-e8a83e7a63e5

Encuesta Continua de Hogares - Diciembre 2019 - Actividad, Empleo y Desempleo, del Instituto Nacional de

Estadística, publicado en http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30865/ECH+Octubre+2019/b56b800c-71ae-

47fc-8eea-cf737d1bf1cd

Ingreso de los Hogares y de las Personas, Febrero 2020, del Instituto Nacional de Estadística, publicado en

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30869/Bolet%C3%ADn+T%C3%A9cnico+Ingresos+Febrero+2020/cc2d1b

60-b824-4d3d-bc24-cd4487fff7b3

Índice de Precios del Consumo (IPC) Mayo 2020, del Instituto Nacional de Estadística, publicado el 3 de junio de

2020 en

http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30893/%C3%8Dndice+de+Precios+del+Consumo+%28IPC%29+Mayo+2

020/be6e46b5-1c3b-4392-84bd-4a8fef23b8a3

Índice de Precios al Productor de Productos Nacionales (IPPN) a Mayo 2020, publicado por el Instituto Nacional de

Estadística el 28 de mayo 2020 en http://www.ine.gub.uy/documents/10181/30897/IPPN+Mayo+2020/d91f7aaa-

dd82-4569-8e38-183b03f096a9

Deuda pendiente del Gobierno Central del Instituto Nacional de Estadística, año 2018, publicado en:

http://www.ine.gub.uy/finanzas-publicas

16. Instituto Nacional de Logística (INALOG)

Normativa de depósitos Aduaneros del Instituto Nacional de Logística, publicado en

http://www.inalog.org.uy/es/normativa-depositos-aduaneros/

17. Mapa Político de Uruguay, de “Mapas del Mundo”, publicado en https://espanol.mapsofworld.com/continentes/sur-

america/uruguay/uruguay-mapa.html

18. Mercado Común del Sur (MERCOSUR)

Resolución No 121/96 del Grupo Mercado Común, publicado en https://www.mercosur.int/documentos-y-

normativa/normativa/

19. Ministerio de Economía y Finanzas (MEF) Uruguay

“Invertir en Uruguay - Regiones, de la Unidad de Apoyo al Sector Privado (UnaSep)”, del Ministerio de Economía y

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Finanzas (MEF), publicado en https://www.mef.gub.uy/10101/8/areas/regiones.html

“Resultado del Sector Público Consolidado”, del Ministerio de Economía y Finanzas, año 2019, publicado en,

https://www.gub.uy/ministerio-economia-finanzas/sites/ministerio-economia-finanzas/files/2019-

06/comunicado_diciembre_2018_corregido.pdf

“Nomeclatura y aranceles Uruguay”, publicado en publicado en Base arancelaria 2020,

http://apc.mef.gub.uy/711/3/areas/nomenclatura-y-aranceles-uruguay.html%20-

%20consulte%20Base%20Arancelaria%202018

20. Ministério da Fazenda [Brasil]

“Manual de Habilitación en el Siscomex” del Ministério da Fazenda – Receita Federal – publicado en

http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/habilitacao

21. Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) Uruguay

“Anuario estadístico Agropecuario 2019” del Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca – DIEA del año 2019,

publicado en https://descargas.mgap.gub.uy/DIEA/Anuarios/Anuario2019/Anuario2019.pdf

“Encuesta agrícola - Primavera 2017”, del Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, 12 de diciembre del año

2018, publicado en http://www.mgap.gub.uy/sites/default/files/comunicado_agr_prim_2018.pdf

“Importación de alimentos para animales” del Ministerio de Ganadería Agricultura y Pesca – Dirección General de

Servicios Agrícolas, año 2016, publicado en http://www.mgap.gub.uy/unidad-organizativa/direccion-general-de-

servicios-agricolas/tramites-y-servicios/servicios/alimento-para-animales/importaci%C3%B3n-de-alimentos

“Trámite de solicitud y registro de importación de fertilizantes” del Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca,

vigencia al 2017 publicado en http://www.mgap.gub.uy/unidad-organizativa/direccion-general-de-servicios-

agricolas/tramites-y-servicios/servicios/importacion-de-fertilizantes

22. Ministerio de Industria, Energía y Minería (MIEM) Uruguay

“La importancia de las centrales hidroeléctricas”, de la Dirección Nacional de Energías del Ministerio de Industria,

Energía y Minería (MIEM), año 2012 publicado en

http://www.dne.gub.uy/documents/112315/133193/impo%2003%202012%20-

%20Centrales%20Hidroel%C3%A9ctricas.pdf

23. Ministerio de Industria, Comercio Exterior y Servicios [Brasil]

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“Serie Histórica de Intercambio Comercial Brasil – Uruguay” del Secretaria de Comercio Exterior del Ministerio de

Industria, Comercio Exterior y Servicios (MDIC) – (Brasil), publicado en

http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/balanca-comercial-brasileira-

acumulado-do-ano (Allí deberá seleccionar la opción “Por país” , ingresar el destino “ Uruguay” y descargar el

informe correspondiente).

Estadísticas de comercio exterior Brasil-Uruguay, publicado en http://comexstat.mdic.gov.br/es/comex-vis

24. Ministerio de Transporte y Obras Públicas (MTOP) Uruguay

“Sistema de Información de Carga del Transporte Terrestre,” del Ministerio de Transporte y Obras Públicas, año

2017, publicado en http://www.mtop.gub.uy/transporte/guia-de-carga

Ministerio de Transporte y Obras Públicas – MTOP, GeoPortal – Información Geográfica – IDEMTOP, publicado

en https://geoportal.mtop.gub.uy/visualizador/?call=capas&c=v_locaciones#xy=-3830602.0478391,-

6250904.1111235,7

“Proyecto Ferrocarril Central”, Ministerio de Transporte y Obras Públicas, publicado en

http://ferrocarrilcentral.mtop.gub.uy/web/ferrocarril_central

25. Ministerio de Turismo (MinTur) Uruguay

“Anuario, Estadísticas de Turismo – 2019”, del Ministerio de Turismo, publicado en https://www.gub.uy/ministerio-

turismo/sites/ministerio-turismo/files/2019-11/min_lib_anuario_set2019_versi%C3%B3n%20final_reduce.pdf

26. Laboratorio Tecnológico del Uruguay (LATU)

“Certificación control, certificación de productos, alimentos” del Laboratorio Tecnológico de Uruguay, publicado en

www.latu.org.uy/certificacion-control/certificacion-de-productos/alimentos

27. Organization of American States

“Uruguay Estudio Ambiental Nacional” de la Oficina de Planeamiento y Presupuesto, Organización de Estados

Americanos, Banco Interamericano de Desarrollo, República Oriental del Uruguay, Secretaria Ejecutiva para

Asuntos Económicos y Sociales, Departamento de Desarrollo Regional y Medio Ambiente, año 1992, publicado en

https://www.oas.org/dsd/publications/Unit/oea10s/begin.htm

Protocolo de adecuación – Anexo I - Acuerdo de Complementación Económica n° 2, año 2002, publicado en

http://www.sice.oas.org/Trade/BRA_UR/BRA_UR_text_s_anexI.asp

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Protocolo de adecuación – Anexo II - Acuerdo de Complementación Económica n° 2, año 2002, publicado en

http://www.sice.oas.org/Trade/BRA_UR/BRA_UR_text_s_anexII.asp

28. Presidencia República Oriental del Uruguay

“Informe Económico Financiero de la Oficina de Planeamiento y Presupuesto”, año 2017, publicado en

https://www.gub.uy/contaduria-general-nacion/sites/contaduria-general-nacion/files/inline-

files/Informe%20Economico%20Financiero.pdf

“Uruguay se prepara para recibir inversión de 5.000 millones de dólares, la más importante de su historia” de

Presidencia de la República, de fecha 15 de julio del año 2016, publicado en

https://www.presidencia.gub.uy/comunicacion/comunicacionnoticias/conferencia-vazquez-planta-upm

“Acuerdo de Intercambio de Información Fiscal – Uruguay Brasil” en Presidencia de República, de fecha 30 de

diciembre 2015, publicado en https://www.presidencia.gub.uy/comunicacion/comunicacionnoticias/promulgacion-

leyes-acuerdos-brasil-tributarios-notas-reversales

“Acuerdo de Inversión Uruguay-UPM”, publicado en:

https://medios.presidencia.gub.uy/tav_portal/2019/noticias/AD_336/0.%20Acuerdo%20de%20Inversi%C3%B3n%2

0ROU-UPM.pdf

“Nuevo memorando de entendimiento con UPM”, 26 de mayo de 2020, publicado en

https://www.presidencia.gub.uy/comunicacion/comunicacionnoticias/memorando-entendimiento-upm-gobierno

“Uruguay y Brasil acordaron eliminar la doble imposición en materia de impuestos sobre le renta y el patrimonio”, publicado con fecha 7 de junio de 2019 en http://presidencia.gub.uy/comunicacion/comunicacionnoticias/Visita-

oficial-a-Brasil

29. Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo (PNUD)

“Panorama General - Informe sobre Desarrollo Humano 2018 – Desarrollo Humano para todos” del Programa de

las Naciones Unidas para el Desarrollo (PNUD), año 2018, publicado en

http://hdr.undp.org/sites/default/files/2018_human_development_statistical_update_es.pdf

30. Red Académica Uruguaya de la Universidad de la República

“Clima del Uruguay” de la Red Académica Uruguaya de la Universidad de la República, julio del año 1999,

publicado en http://www.rau.edu.uy/uruguay/geografia/Uy_clima.htm

31. República AFAP

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“Indicadores financieros – UBI” de República AFAP, publicado en

https://www.rafap.com.uy/mvdcms/Institucional/UBI-uc89

32. Secretariado Uruguayo de la Lana

“Uruguay: Exportaciones del Rubro Ovino” del Secretariado Uruguayo de Lana, datos del período mayo 2018 a

abril 2019,

https://www.sul.org.uy/descargas/ber/Bolet%c3%adn_Exportaciones_del_Rubro_Ovino_(abril_2019).pdf?_mrMaili

ngList=241&_mrSubscriber=3897

33. Sistema Económico Latinoamericano y del Caribe (SELA)

Evolución del Mercado Común del Sur, MERCOSUR, año 2014, publicado en

http://www.sela.org/media/3199984/t023600006230-0-di_8_evolucion_mercosur.pdf

34. Tribunal de Cuentas

Texto Ordenado de Contabilidad Financiera del Estado - TOCAF – publicado en

https://www.tcr.gub.uy/normativas.php?cat=27

35. Unidad Reguladora de Servicios de Energías y Aguas

Ley Nº 8.764 “Administración Nacional de Combustibles Alcohol y Portland” del 15 octubre del año 1931,

publicada en

http://www.ursea.gub.uy/web/mnormativo2.nsf/A9822714AD7FDEA383257909006AF9E3/$file/Ley%20No%20876

4.pdf?OpenElement

36. Unidad Reguladora de Servicios de Comunicaciones (URSEC)

Informe de mercado de servicios de Telecomunicaciones de Uruguay – Datos a diciembre 2019, de la Unidad

Reguladora de Servicios de Comunicaciones, publicado en

file:///C:/Users/Admin/Downloads/InformeTelecom%20dic%202019.pdf

“Agentes regulados”, de la Unidad Reguladora de Servicios de Comunicación, publicado en

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147

https://www.ursec.gub.uy/operadores/servlet/hllamadapg?HURPortalConsultaOperadores,DSP,DSP,,,,0,0,0,0,0,0,

,,0

37. Uruguay XXI

“Informe Agro – Negocios” de Uruguay XXI, año 2019, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c58a3bae82f4c5e3555cfe9c27ca746c7e04051e.pdf

“Informe de Comercio Exterior - Exportaciones e importaciones de Uruguay” de Uruguay XXI, año 2012

“Informe de Comercio Exterior - Exportaciones e importaciones de Uruguay” de Uruguay XXI, año 2013

“Informe de Comercio Exterior - Exportaciones e importaciones de Uruguay” de Uruguay XXI, año 2014

“Informe Anual de Comercio Exterior”, Uruguay XXI – del año 2015

“Informe Anual de Comercio Exterior” de Uruguay XXI, año 2016, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/Informe-Anual-de-Comercio-Exterior-2016-9.pdf

“Informe anual de Comercio Exterior” de Uruguay XXI, año 2017, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/53bf87c7047ac8cc0483a732c502c49524837aad.pdf

“Informe Anual de Comercio Exterior”, Uruguay XXI – del año 2019, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/0267d1fb12c53eaa4b94ade9125f4bb34f599bcf.pdf

Anexo I de “Informe anual de Comercio Exterior”, de Uruguay XXI, diciembre del año 2019, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/bfde834e2e6327315c128f052a3a0ff50abde4e3.pdf

“Oportunidades de inversión – Sector Forestal” de Uruguay XXI, agosto del año 2019, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/4e52d8c6a598944eb1ddc97bbf85233df5c290ba.pdf

“Oportunidades de Inversión - Energías renovables”, de Uruguay XXI, setiembre del año 2017, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/Informe%20de%20Energ%C3%ADas%20Renovables%20-

%20Setiembre%20de%202017%20-%20Uruguay%20XXI-9.pdf

“Oportunidades de Inversión – Sector Financiero”, de Uruguay XXI, año 2017, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/Informe%20Sistema%20Financiero_2017-1.pdf

“Rio Grande do Sul, Brasil - Perfil Regional”, de Uruguay XXI, agosto del año 2014

“Bono de IED en Uruguay y su impacto en las exportaciones de bienes”, Documento de Trabajo Nº 13,

Departamento de Inteligencia Competitiva, Uruguay XXI, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/c75329ad68c4170a631ef87f864c37d3515fc48d.pdf

“Brasil – Ficha país”, de Uruguay XXI, julio 2017, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/8dbf27d450e41ce6fb23b41b7510d0d8c567570b.pdf

“Oportunidades de Inversión - Inversión extranjera directa”, de Uruguay XXI, año 2019, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/92e051cf2c5ee8a723a3c733c6e690346c1739e6.pdf

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“Incentivos a la exportación”, de Uruguay XXI, publicado en https://www.uruguayxxi.gub.uy/es/quiero-

exportar/informacion-comercial/

“Oportunidades de Inversión – Infraestructura”, de Uruguay XXI, abril del año 2018, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/ec84a6128add59eb26796a99cbf58bd85d056179.pdf

“Servicios Globales de Exportación en Uruguay”, Uruguay XXI, año 2017, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/Informe%20Servicios%20Globales%20-

%20Uruguay%20XXI%20-%20Febrero%202017-8.pdf

“Guía para el exportador”, Uruguay XXI, publicado en

https://www.uruguayxxi.gub.uy/uploads/informacion/2368d887c5c496fecc6239cb6baf7bb9d7754830.pdf

38. World Trade Organization

“Las Negociaciones sobre los Servicios” de la Organización Mundial del Comercio, año 2001, publicado en

https://www.wto.org/spanish/tratop_s/serv_s/s_negs_s.htm