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Mesmo sem uma lista de inscritos com equipas ofi-ciais, o Rali Torrié foi uma das provas deste Campeonato mais interessantes de seguir nos últimos tempos. Com duas viaturas da categoria S2000, vários grupos N, um GT e alguns concorrentes es-panhóis à mistura, foi fórmu-la mais do que suficiente para que se vivessem momentos de emoção em Vieira do Minho e na Póvoa de Lanhoso, sedes deste Rali.

Na superespecial de sexta-feira, que percorreu as ruas da Póvoa de Lanhoso, Pedro Peres/Tiago Ferreira em Mit-subishi Lancer EVO IX aver-baram o melhor tempo com uma vantagem 1,5 segundos sobre os segundos classifi-cados, que foram Bernardo Sousa/Nuno Rodrigues da Silva, dupla que estreou em Portugal o novo Ford Fiesta S2000. Paulo Antunes/Al-berto Oliveira, em Fiat Punto S1600, registaram o terceiro melhor tempo, a apenas três décimos de segundo.

Durante o dia de sábado foram percorridas mais duas superespeciais e nove provas especiais (PE) de classificação, onde a liderança foi nova-mente disputada entre Pedro Peres e Bernardo Sousa. No

entanto, um furo atirou Pedro Peres para último classificado do rali, sem hipóteses de lutar pela vitória. Bernardo Sousa comandou então desde a seis PE até ao final, não sem antes sentir problemas no seu Fiesta S2000. Problemas de tracção no eixo posterior e na direc-ção assistida do seu novo carro levaram a que Vítor Pasco-al/Mário Castro, em Peugeot 207 S2000, se aproximassem do madeirense, terminando o rali a apenas 6,6 segundos. O pódio ficou completo com Ricardo Moura/António Cos-ta, que a tripularem outro Mitsubishi Lancer EVO IX, também sentiram alguns pro-blemas de rendimento de mo-tor. Assim, optaram por não atacar o segundo lugar ocupa-do pelos pilotos do Amarante Rallye Team, consolidando o terceiro lugar.

De referir ainda que José Pedro Fontes/Paulo Babo, ao volante de um Porsche 997 GT3 fizeram uma exibição notável, sendo apenas pre-judicados por um furo que os impediu de ir mais longe na classificação final. Ain-da assim, venceram duas PE à geral, numa viatura que não é de todo concebida para Ra-lis, mas que pode ser um caso sério em ralis de asfalto.

João Ruivo/Alberto Silva vencem 2L/2RM

Integrado no Campeo-nato de Portugal de Ralis, o Campeonato dirigido a viaturas até 2000 cc e duas rodas motrizes teve uma surpresa de última hora. Adruzilo Lopes/Vasco Fer-reira em Renault Clio R3, que viram Francisco Barros Leite/Luís Ramalho, José Pedro Fontes/Paulo Babo e Victor Senra/David Vas-quez ficarem pelo caminho ou atrasarem-se, erraram no percurso da última super es-pecial, o que lhes valeu uma penalização forte. Assim, a dupla que tinha a vitória

na mão perdeu-a para João Ruivo/Alberto Silva, que, ao volante de um Fiat Stilo Multi-jet, arrecadou a pon-tuação máxima. O pódio fi-cou completo com Ricardo Marques/Hugo Rodrigues que com um Citroën C2 R2 Max dominaram desde cedo o plantão dos pequenos mo-delos da marca francesa.

A próxima prova do Cam-peonato de Portugal de Ralis é o Rali Serras de Fafe, onde serão percorridos os antigos troços do Rali de Portugal, com as míticas classificativas de Lameirinha e Luílhas a fa-zerem parte do itinerário do Rali, nos próximos dias 9 e 10 de Abril.

IIIsexta-feira, 19 Março de 2010

Desincentivos aos 50 mil empregos do sector

automóvel1. A ARAN soube, junto de fonte segura,

que o Governo vai restringir o incentivo ao abate de viaturas em fim de vida para 750 euros, no caso de a viatura a entregar ter entre 10 e 15 anos, e mil euros, quando o veículo a desmantelar tiver mais do que 15 anos. A confirmar-se, como deverá acontecer, esta medida significa um corte de 250 euros, em cada categoria no apoio. Se a comparação for feita com a majoração que vigorou entre Agosto e Dezembro, a diferença atinge uns impensáveis 500 euros. A isso há, ainda, a juntar o facto de o limite de emissões de CO2 da viatura nova passar de 140 g/km para 130 g/km. Ou seja, estamos perante mais um de-sincentivo ao sector automóvel!

Esta é mais uma prova que o Governo de-veria reunir com a ARAN. Com certeza que o Executivo terá as suas razões para efectuar cortes, até porque é sabido que os tempos são de grandes dificuldades. Contudo, é es-sencial que o Governo compreenda que há 50 mil portugueses ligados ao retalho auto-móvel que têm que garantir os seus postos de trabalho. De facto, antes de avançar com soluções como estas, deveria ter negocia-do com as associações do sector – entre as quais a ARAN – e, com certeza, ter-se-iam arranjado soluções alternativas, para que o sector automóvel não quebrasse mais, con-tribuindo para a sobrevivência das empresas que o compõem e empregam as já referidas 50 mil pessoas.

Recordo que, no período de majoração do incentivo que vigorou em 2009, as vendas de viaturas ao abrigo da medida duplicaram. É, por isso, importante perceber que os incenti-vos à renovação do parque automóvel são im-portantes. Vejam-se, aliás, os resultados que houve na Alemanha no ano passado, com as vendas a crescerem mais de 25%.

2. Entretanto, o fim da dupla tributação de IVA sobre ISV – que o Governo prevê, embo-ra sem detalhar quando e como o irá fazer – pode tornar mais cara a aquisição, para uso profissional, de automóveis comerciais ligei-ros e mistos tributados em sede de ISV (ver artigo na página XI). A confirmar-se o fim da dupla tributação nos moldes que o artigo an-tecipa, esse facto vem comprovar que, apesar de garantir que não o faz, o Governo está a operar aumentos encapotados na fiscalidade automóvel.

Outro exemplo disso é o IUC, como já tenho afirmado. Ao manter fixo os escalões está a aumentar esse imposto, bem como o parque de viaturas pagantes, já que até Junho de 2007 apenas eram devedoras desse imposto viaturas com até 25 anos, mas, este ano, já vão pagar IUC viaturas com 30 anos, já que o escalão fixou em 1981.

Resumindo e concluindo, o automóvel con-tinua a ser apenas uma fonte de receita. Isto sem que o Governo queira olhar para os mi-lhares de portugueses que fazem do sector a sua vida.

edItoRIAL

António teixeirA LopesPresidente da direcção da ARAN

Ficha técnica

Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo AutomóvelDirector: António Teixeira LopesRedacção: Aquiles Pinto, Bernardo Ferreira da Silva, Fátima Neto, João Lopes, Luís Cabral, Maria Manuel Lopes, Nelly Valkanova, Nuno Santos e Tânia MotaArranjo Gráfico e Paginação: Célia César, Fernando Pinheiro, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário AlmeidaPropriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Na-cional do Ramo Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida EconómicaContactos: Rua Faria Guimarães, 631 • 4200-191 PortoTel. 225 091 053 • Fax: 225 090 646 • [email protected] • www. aran.ptPeriodicidade mensalDistribuição gratuita aos associados da ARAN

O alargamento da actividade na em-presa António Garcia, SA, ao aliar a assistência dos comerciais ligeiros da Mercedes à dos pesados da marca alemã, atenuou os efeitos da crise económica no ano passado. De facto, a empresa da Guarda tinha, até Agosto, uma que-bra na facturação superior a 40% face a 2008. Contudo, com o arranque do pós-venda nos comerciais ligeiros da Merce-des, o balanço do ano, ainda assim ne-gativo, ficou-se por uma perda de 30% face ao exercício anterior. “Equilibrou a nossa actividade”, admite Vítor Garcia, um dos responsáveis pela empresa, que fechou 2009 com um volume de negó-cios na casa dos dois milhões de euros.

O cenário de instabilidade económica levou a António Garcia, SA “adiar ou, pelo menos, limitar” o plano de investi-mentos para 2010. Destaque, neste, para o alargamento ao distrito vizinho de Castelo Branco, com o qual a empresa se vai tornar num dos maiores operadores do sector da assistência a veículos comer-ciais na Beira Interior. “Dada a conjun-tura económica que se está a atravessar, podemos dizer que o sector automóvel, à imagem da situação mundial, tem sido um dos mais afectados, o que nos obri-gou a tomar medidas de forma a comba-ter a crise”, explica Vítor Garcia.

optimismo no AdN da empresa

Entre as dificuldades que a empresa sente, a nossa fonte destaca o “alarga-mento abrupto dos prazos médios de recebimento”. O mesmo responsável sa-lienta, porém, que “a empresa tem que

ajudar os seus clientes”, o que faz com “tenha grande sucesso” neste capítulo das cobranças.

O optimismo é, de resto, um dos va-lores da António Garcia, SA, de acordo com a nossa fonte. “Na nossa empresa sempre houve um forte espírito em-preendedor e o optimismo faz parte do nosso dia-a-dia”, refere. Quanto a pre-visões para 2010, Vítor Garcia acredita que a empresa “poderá ter um ligeiro crescimento em relação ao ano passa-do”.

Um parceiro importante para a em-presa é, garante a nossa fonte, a ARAN. “Sem dúvida que é uma mais-valia ser

associado, em virtude de sermos associa-dos desde 1968 e a ARAN ser a principal associação do ramo automóvel, na qual a António Garcia, SA tem tido um apoio bastante eficaz, principalmente na área jurídica”, defende.

Fundada no fim da década de 1960, a António Garcia, SA está, apesar de to-das as dificuldades, no sector certo, de acordo com o responsável pela empresa. “Voltaríamos a apostar no sector auto-móvel, com o apoio da ARAN em vários níveis, e com a aposta no acompanha-mento da evolução tecnológica do sector automóvel de modo a ser competitivo no mercado”, salienta Vítor Garcia.

Juntou assistência de comerciais ligeiros da Mercedes à dos pesados da marca

Alargamento da actividade atenuou crise na António Garcia, SA

A empresa fechou 2009 com um volume de negócios na casa dos dois milhões de euros.

Rali Torrié abre Campeonato de Portugal de Ralis

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Indica estudo da Capgemini

Diminuição nas vendas de novos abre portas ao pós-venda

Com a diminuição das vendas de automóveis novos, sobretudo nos países da Europa Ocidental, são muitos os fabricantes que es-tão a virar-se para as várias áreas do pós-venda, como seja a pro-dução e comercialização de peças e acessórios, além, claro está, do serviço. Esta é a principal con-clusão de um estudo sobre o pós-venda desenvolvido pela consul-tora Capgemini, em parceria com a Universidade de St. Gallen. A mesma análise sublinha, porém, que o sucesso neste segmento de mercado não é fácil de atingir, devido ao grande número de ac-tividades de manutenção implíci-tas e à complexidade das redes de abastecimento. Além disso, é um mercado muito concorrencial.

“Atendendo a que o negócio da produção e comercialização de peças, acessórios e serviços auto-móveis do segmento pós-venda gera margens cada vez mais atra-entes, as respectivas actividades estão a tomar lugar cimeiro na agenda das equipas de gestão das empresas do sector automóvel, quer nos mercados mais madu-ros, quer nos mercados emergen-tes, tornando-se áreas prioritárias de desenvolvimento do negócio. No entanto, para beneficiar das atractivas margens de crescimento nos mercados emergentes, as em-presas terão de adaptar-se às par-ticularidades do mercado e agir localmente. É quase certo que a estratégia de globalização mais tradicionalmente utilizada falha-

rá por completo nesta missão”, refere Frank Tennstedt, responsá-vel pelo estudo e vice-presidente da Capgemini Consulting.

O estudo, que engloba os mer-cados da Europa, Rússia, China e Índia, apresenta os programas de investimento adoptados pelas empresas que se tornaram líderes nos seus respectivos mercados e aponta os caminhos a seguir para o desenvolvimento e aumento dos índices de desempenho pelas empresas com níveis de perfor-mance menos elevados. O estudo conclui que, independentemente do nível de desempenho das em-presas do sector, estas ainda terão que reforçar e aumentar o valor dos seus investimentos no de-senvolvimento no segmento pós-venda de automóveis, de modo a irem de encontro às expectativas e necessidades dos clientes.

A maioria das empresas, no que toca ao desenvolvimento e gestão da sua área, continua a apostar numa aproximação organizacio-nal centrada nos custos e só pro-cede a optimizações funcionais de modo parcelar. Em comparação, os líderes de mercado deste seg-mento apostam numa abordagem totalmente distinta, assente numa estrutura operacional em tudo se-melhante a uma cadeia global de abastecimento, onde a empresa tem o controlo e a responsabili-dade integral, desde os fornece-dores até aos clientes. Estas em-presas gerem esta área de negócio como uma unidade totalmente

independente, com redes de dis-tribuição próprias, e recorrem a benchmarks internacionais para partilharem as melhores expe-riências entre os diferentes elos desta cadeia.

Mercado maduro na Europa

A análise, como aliás era es-perado, conclui que este merca-do atingiu um elevado nível de maturidade na região da Europa Ocidental, revelando volumes de negócio sólidos e estáveis, e opor-tunidades de crescimento signifi-cativas nos mercados emergentes. O mercado da Europa Ocidental apresenta também elevados ní-veis de concorrência, enquanto a maioria dos mercados emergentes (Europa Oriental, Rússia e Índia) apresentam índices moderados de competitividade. A China é a única excepção. Espera-se que o nível de competitividade nos mercados emergentes venha ago-ra a fazer o mesmo movimento, e a atingir índices semelhantes aos que actualmente caracterizam os mercados da Europa Ocidental no que toca à concorrência.

Na Europa Ocidental, as em-presas que sejam capazes de am-pliar os seus processos de marke-ting e vendas, e utilizar as regras comunitárias para 2010 do “blo-ck exemption”, podem esperar taxas de crescimento adicional na ordem dos 5% a 10%, por comparação com os valores mé-dios de mercado. As regras visam

liberalizar este sector na Europa, aumentando a concorrência ao atrair mais fornecedores e tor-nando mais fácil o acesso a in-formação relevante por parte dos comercializadores independentes. Os produtores de peças originais (conhecidos como OEM, do in-glês “original equipment manu-facturers”) na Europa terão que enfrentar uma concorrência sig-nificativa a nível dos preços prati-cados pelos fabricantes de cópias, prevendo-se que nos próximos três anos o nível médio das recei-tas dos OEM venha a diminuir até 5%. Ainda assim, as empresas que melhoraram os seus proces-sos de inovação nos serviços, bem como os seus relacionamentos na

venda a retalho e por atacado, terão boas possibilidades de man-ter a sua posição de liderança ou, pelo menos, de alcançarem níveis mais elevados de desempenho.

O estudo revela também que cada um dos mercados emer-gentes tem características muito específicas, o que recomenda que haja uma abordagem própria para cada mercado, baseada nas carac-terísticas locais. Por exemplo, a expansão geográfica para a Rússia requer a melhoria dos processos de distribuição, enquanto na Ín-dia a principal preocupação deve-rá ser o facto de que o mercado é liderado por empresas asiáticas com elevados níveis de desempe-nho.

Entre a sede da marca e o salão de Genebra

Presidente-executivo da Opel na viagem inaugural do Ampera

O primeiro protótipo de produção do Opel Ampera completou, por estrada, os perto de 600 km de distância entre a sede da marca da General Motors, Rüsselsheim, na Alemanha, e Genebra, na Suíça, onde decorreu, até dia 14, o salão automóvel. De referir que o último tro-ço do percurso foi realizado pelo presidente-executivo da Opel/Vauxhall, Nick Reilly, que assumiu o volante do modelo eléctrico com extensor de autonomia da Opel.

Em Rüsselsheim, antes de partir para Genebra, a ba-teria de 16 kWh do Ampera foi carregada no posto eléc-trico recém-instalado nas instalações da sede da Opel. O director de implementação de veículos eléctricos da mar-ca, Gherardo Corsini, arrancou daí utilizando energia eléctrica fornecida exclusivamente pela bateria de iões de

lítio. Percorridos cerca de 60 km, já perto de Heidelberg, o sistema de alimentação eléctrica ligou automaticamente o motor/gerador de bordo, a gasolina, para continuar a fornecer electricidade ao motor eléctrico que propulsiona o Ampera. À chegada a Genebra, a bateria foi de novo ligada a uma tomada de corrente para ser recarregada.

No fim da experiência, Reilly afirmou, como seria de esperar, satisfeito. “Uma vez que 80% dos condutores percorrem diariamente menos de 60 km, só em situações excepcionais é que o motor de combustão/gerador en-trará em funcionamento”, disse o executivo à chegada ao centro de exposições Palexpo. “Obviamente, queremos ter a certeza de que o Opel Ampera também funciona sem problemas em viagens longas. Os resultados positi-vos extraídos desta primeira experiência de grande distân-cia demonstram-nos que estamos dentro do calendário para podermos arrancar com a produção em série no final do próximo ano. Apresentámos o design de produção há um ano. Hoje [dia 4], mostramos o primeiro protótipo de produção em série do novo Ampera”, indicou o líder da Opel.

Nick Reilly e Gherardo Corsini destacaram aspectos da viagem, nomeadamente o entusiasmo de conduzirem um automóvel silencioso com motor eléctrico de 111 kW (150 cv) capaz de oferecer um binário de 370 Nm contínuo logo desde a primeira rotação. O sistema de propulsão eléctrica consegue acelerar o Ampera de zero a 100 km/h em cerca de 9 segundos, permitindo-lhe ainda atingir a velocidade máxima de 161 km/h.

sexta-feira, 19 Março de 2010IV

“Uma vez que 80% dos condutores percorrem diariamente menos de 60 km, só em situações excepcionais é que o motor de combus-tão/gerador entrará em funcionamento”, disse Nick Reilly.

Com a diminuição das vendas de novos, os fabricantes estão a virar-se para o pós-venda.

Impoeste possibilita encomendas pela Internet

O site na Internet da empresa especialista em pintura Impoeste permite a encomenda on-line dos produtos, funcionalidade que se junta à descrição técnica. “A pos-sibilidade de os nossos clientes consultarem os nossos produtos a qualquer hora e em qualquer lugar é um serviço acrescido que oferecemos, bem como a possi-bilidade de fazerem encomendas on-line, pois o cliente pode fazer a encomenda à noite ou ao fim-de-semana. Não há impossibilidades de horário nem de espaço”, afirma a responsável de comunicação e marketing da Impoeste, Marta Santos.

O processo de encomendas on-line é simples, segundo a em-presa, bastando “entrar na página ‘Produtos’, procurar os produ-tos, que necessita, fazer o registo e enviar” a encomenda. “É fácil e muito prático. Não quería-mos de modo nenhum compli-car, este é um canal que se pre-tende prático e eficiente, o que é garantido pelo facto de todo o processo após a encomenda on-line seguir os trâmites usuais de

facturação e logística adoptados pela empresa. Assim, os clientes não perdem as suas condições comerciais por encomendarem on-line e a entrega no prazo en-tre as 24 horas e as 48 horas úteis não fica comprometida”, explica Marta Santos.

De acordo com a mesma fonte, a venda on-line é mais um passo que a Impoeste dá na procura de acompanhar os tempos, na procu-ra da satisfação dos seus clientes. “Compreendemos que vivemos num mundo digital e em que to-dos estão na Internet, se queremos chegar ao público temos que estar onde este está, por isso a nossa aposta no novo site e agora nos produtos on-line e na plataforma de encomendas on-line. Estamos muito entusiasmados com este passo e conscientes de que este é um meio de comunicação que não pode de maneira nenhuma estagnar, estaremos em constante actualização. Assim convidamos todos a visitarem o nosso site e a lá voltarem frequentemente”, afirma a responsável de comunicação e marketing da empresa.

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Os mais recentes “crash-tests” do EuroNCAP atestam que as re-gras deste organismo que certifica a segurança dos carros novos na Europa, em conjunto com as novas leis do continente, tornam os testes aos modelos mais difíceis. De facto, dos cinco veículos postos à prova, apenas o Toyota Verso atingiu as cinco estrelas de classificação máxi-ma. Kia Venga, Nissan Cube e Seat Exeo obtiveram quatro estrelas, enquanto o Citroën Nemo se ficou pelas três estrelas.

Este ano, o EuroNCAP subiu a fasquia para os construtores automóveis alcançarem as cinco estrelas, através das três áreas de protecção. Desse modo, a perfor-mance na protecção de ocupantes adultos e crianças subiu, respec-tivamente, de 75% para 80% e de 70% para 75%. É, porém, na protecção a peões que as exigên-cias mais se refinaram, passando o nível mínimo para obtenção da classificação máxima de 25% para 40%. O Toyota Verso foi não só o único carro a receber cinco estre-las como obteve bons resultados em todas as áreas, com destaque para 69% na protecção a peões.

Boa parte dos modelos postos à prova tem características de car-rinha familiares, alguns dos quais baseados em veículos comerciais, tendo o EuroNCAP destacado

que são “particularmente pobres em termos de equipamento e sistemas de segurança”. O orga-nismo destaca o Citroën Nemo, um derivativo do comercial, que conseguiu três estrelas e 29% nos equipamentos de assistência à se-gurança, por o controlo electróni-co de estabilidade e o assistente de limitação à velocidade não estarem disponíveis como opção. Quanto à pobre performance na protecção a adultos ocupantes, o EuroNCAP realça a falta de airbags de cortina de série e uma pobre protecção ao efeito chicote (em choques trasei-ros) dos assentos.

O Seat Exeo, modelo do segmen-to D baseado na anterior geração do Audi A4, conseguiu quatro es-trelas. Estruturas rígidas no tablier

representaram, segundo a entidade, um risco elevado de ferimentos nos joelhos e nos fémures, as quais o airbag de joelhos, de série, foi inca-paz de mitigar. Contudo, ressalva o EuroNCAP, o modelo foi bem na protecção aos peões e às crian-ças. O Nissan Cube teve uma boa performance global e obteve qua-tro estrelas. Foi apenas “traído” pela protecção a ocupantes crianças no teste de impacto frontal.

O Kia Venga obteve as mesmas quatro estrelas, mas também re-gistou problemas. Durante o teste frontal, o cinto de segurança do condutor foi parcialmente corta-do pelo trilho inferior do assento, uma falha grave que, potencial-mente, pode abalar a adequada retenção dos ocupantes da frente. De referir que a Kia apresentou, rapidamente, uma solução e en-contra-se a tomar medidas no mercado para responder às con-clusões do Euro NCAP.

O secretário-geral do EuroN-CAP, Michiel van Ratingen, avisa para a importância do bom fun-cionamento dos cintos. “Qual-quer restrição do desempenho do cinto de segurança não só representa um risco grave para o condutor e passageiro mas tam-bém compromete a validade da qualificação atribuído pelo Euro NCAP ao modelo. Os clientes devem assegurar-se que a modifi-cação é equipada, de modo que a classificação de quatro estrelas se aplique”, disse van Ratingen.

Os grupos BMW e PSA Peuge-ot Citroën chegaram a um acordo para prolongarem a colaboração no desenvolvimento conjunto de motores, desta feita para blocos a gasolina com quatro cilindros que cumpram as normas de emissões Euro VI. Assinado pelos presiden-tes de ambos grupos, Norbert Rei-thofer, pela BMW, e Philippe Varin, pela PSA, o acordo prevê ainda outras formas de cooperação, tan-to ao nível dos componentes como de sistemas para beneficiarem de sinergias no desenvolvimento, aquisição e produção.

O presidente do grupo BMW espe-ra manter o êxito no acordo. “Sem-pre tivemos muito sucesso nestas cooperações com os nossos parcei-ros e isso é particularmente verdade no que toca ao grupo PSA. Estamos

muito satisfeitos de continuar esta cooperação na área dos motores e examinaremos opções para o futu-ro», declarou Norbert Reithofer.

A palavra sucesso é, também, usada por Philippe Varin. “Este novo acordo com a BMW vem con-firmar o sucesso da cooperação entre os nossos dois grupos e que permitiu produzir em parceria 1,3 milhões de motores desde 2006. Estou convencido que a próxima geração de motores concebida conjuntamente terá o mesmo su-cesso que a geração actual”, refe-riu, por seu turno, o presidente da direcção da PSA Peugeot Citroën.

Os actuais motores, concebidos em parceria, equipam vários mode-los da marca Mini, bem como via-turas Peugeot e Citroën (na foto o DS3).

Mais recentes testes indicam que quatro em cinco modelos falham cinco estrelas

EuroNCAP aperta malha da segurança

Vincent Rambaud nomeado diRectoR-geRal da Peugeot

Vincent Rambaud foi nomeado director-geral da Peugeot. O exe-cutivo, que vai assumir funções em Abril, vai responder ao director das marcas do grupo PSA, Jean-Marc Gales. Com 51 anos, Vincent Rambaud (na foto) era antes di-rector da região da América Latina da PSA Peugeot Citroën.

Para Jean-Marc Gales, “a expe-riência de Vincent Rambaud obti-da a nível internacional é uma ga-rantia de sucesso para responder ao desafio da globalização da Peu-geot, no momento em que a Marca, beneficiando de uma nova identidade e de uma gama profundamente renovada e enriquecida, reencontra uma dinâmica de crescimento”.

Segundo a marca fran-cesa, a reorganização co-mercial da Peugeot vem no sentido de conseguir o triplo objectivo para 2015. Este passa por ganhar três lugares na classificação mundial de marcas automóveis, fazer da Peugeot uma referên-cia em matéria de estilo e tornar-se a líder em servi-ços de mobilidade.

Assim, a marca vai ter a partir do próximo mês uma direcção-geral mais concentrada e operacio-nal, organizando as ac-tividades comerciais em quatro direcções: França, sob a direcção de Olivier Veyrier; Norte da Europa (inclui a Alemanha, Grã-Bretanha, Irlanda, Áustria, Suíça, Holanda, Bélgica e o Luxemburgo, os países bálticos, a Escandinávia, os países da Europa Central e de Leste), sob a direcção de Olivier Dardart; Sul da Europa, sob a direcção do ex-director-geral da Peugeot Portugal Rafael Prieto (abrange a Espanha,

Portugal, Itália, Grécia, Chipre, Malta e Turquia); e Internacional (inclui as zonas de desenvolvi-mento prioritário, América Latina, China e Rússia, bem como todos os outros mercados onde a marca está operacionalmente presente, ou seja África, Ásia-Pacífico, Mé-dio Oriente, etc.), sob a direcção de Jean-Philippe Imparato.

As direcções dos restantes cin-co departamentos da Peugeot fi-cam inalteradas. Xavier Peugeot lidera o marketing e a comunica-

ção, Marcel de Rycker as vendas a profissionais, Olivier Quilichini os veículos usados, Daniel Rollet o desenvolvimento da rede e Qua-lidade e Serge Habrant o comércio de serviços e peças. Também as duas áreas de suporte que comple-mentam este dispositivo, recursos humanos, sob a responsabilidade de Alexandra Merino, e gestão, li-derada por Marie-Thérèse Lardeur, ficam na mesma.

Jaguar Land Rover com novo administrador-executivo

A Jaguar Land Rover nomeou Ralf Speth como administrador-executivo, reportando a Carl-Peter Forster, recentemente nomeado administrador-exe-cutivo do grupo Tata Motors.

Speth, de 54 anos, tem mais de 22 anos de expe-riência na indústria automóvel europeia, a grande maioria na BMW, onde desempenhou as funções de vice-presidente da marca Land Rover antes de ser nomeado director de produção, qualidade e plane-amento de produto do Premier Automotive Group da Ford. Posteriormente, Speth juntou-se ao Linde Group, como Responsável de Operações Globais re-portando ao Presidente.

O vice-presidente da Tata Motors, Ravi Kant, afir-mou satisfação pela contratação. “A nomeação de Ralf Speth para a Jaguar Land Rover, sob a direcção de Carl-Peter Forster, irá reforçar consideravelmente a equipa de gestão da companhia e maximizar a po-

sição e a reputação das duas marcas icónicas em li-nha com a estratégia de longo prazo da companhia”, disse Kant.

Vsexta-feira,19 Março de 2010

Modelo Pontuação total

Adultos Crianças Peões Sistema. Segurança

Citroën Nemo

3 estrelas 59% 74% 55% 29%

Kia Venga

4 estrelas 79% 66% 64% 71%

Nissan Cube

4 estrelas 83% 64% 56% 84%

Seat Exeo

4 estrelas 77% 81% 50% 57%

Toyo ta Verso

5 estrelas 89% 75% 69% 86%

Fonte: EuroNCAP

O Toyota Verso foi o único dos cinco modelos em teste a conseguir cinco estrelas.

bmW e PSa Peugeot citRoën com acoRdo para motores a gasolina com quatro cilindros

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Mercado aumenta 53% em Fevereiro

Crescimento nas vendas de ligeirosde passageiros é ilusórioO mercado de ligeiros de passa-

geiros registou um crescimen-to de 53% em Fevereiro. No

entanto, este é um valor ilusório de re-cuperação, já que o ano passado foi de profunda crise. Em termos comparati-vos, face a igual mês de 2008, a quebra foi de 11,5%, passando para 12,6% no acumulado. As perspectivas são muito negativas para os operadores de merca-do.

Apesar do aumento de 57,2% nos dois primeiros meses do ano, face ao exercício transacto, a situação é de for-tes preocupações no sector automóvel. Nem sequer se trata de uma recupera-ção efectiva, já que a comparação é ilu-sória face aos números do ano passado. Mais, as coisas tendem a agravar-se nos próximos meses, tendo em conta as propostas já anunciadas de cortes nos benefícios fiscais e nos apoios sectoriais. Também o automóvel não vai escapar a restrições orçamentais, ainda que as-sim seja há muitos anos. A tudo isto junta-se o endividamento crescente das famílias e o aumento do desemprego. As perspectivas económicas são muito cautelosas, com os consumidores a to-marem precauções acrescidas.

Apesar do referido crescimento nos dois primeiros meses, a realidade é que só foram colocados 29 905 veículos, um valor que não é suficiente para descan-sar a fileira automóvel. A ARAN chama a atenção para os números relacionados

com os veículos comerciais, sendo que estes são o reflexo da nossa economia. E são realmente preocupantes. O mês de Fevereiro foi inferior em 30%, face a igual período de 2008, e em termos acumulados a quebra foi de 31%. E se em países como a Alemanha e França foi possível iniciar a retoma através de apoios estatais, no mercado nacional não se prevê nada de bom para aqueles que se dedicam ao comércio automóvel, adianta a associação.

Peugeot em destaque

Por marcas, a Renault continua a li-derar a tabela de vendas de veículos li-geiros de passageiros, com uma quota de mercado de 11,5%. Mas é à Peuge-ot que o mercado está a correr melhor. Ocupa a segunda posição, tendo regista-do uma variação positiva de 135%, face aos dois meses do ano passado. A sua quota é agora de 8,8%, sendo que em Fevereiro manteve a tendência de for-te crescimento. Mesmo marcas de topo de gama, como a Jaguar, a Porsche ou a Aston Martin, tiveram crescimentos consideráveis durante os dois primei-ros meses. Aliás, este é um segmento em que não se têm registado quebras, mesmo em períodos de grandes dificul-dades. Há ainda a salientar que as qua-tro primeiras marcas do ranking detêm mais de um terço do mercado nacional de veículos ligeiros de passageiros.

sexta-feira, ��� Mar�o de ������� Mar�o de ����VI

Por marcas, a Renault (na foto a carrinha Mégane) continua a liderar a tabela de vendas de veículos ligeiros de passageiros, com uma quota de mercado de 11,5%.

Na União Europeia

Vendas automóveis longe dos níveis de antes da crise

As vendas de veículos ligeiros de pas-sageiros registaram um crescimento de 3% em Fevereiro, na União Eu-

ropeia, face a igual mês do ano passado. Nos dois primeiros meses do ano, o au-mento foi de 7,9%. Tendo em conta os ní-veis de antes da crise, os decréscimos ainda se situam em 15% e 16%, respectivamen-te, de acordo com a ACEA – Associação dos Construtores Europeus Automóveis.

Em Fevereiro, foi registado um total de 974 346 novos automóveis na Europa, mais 3% do que em período homólogo do ano passado. O decréscimo na Alemanha (quase menos 30%) foi contrabalançado por aumentos na maior parte dos prin-cipais mercados automóveis europeus. A descida no mercado germânico tem a ver com o facto de terem sido levantados os apoios estatais à compra de automóveis novos.

Em contrapartida, sob a influência con-tinuada dos incentivos à renovação de fro-tas, a França obteve um crescimento de mais de 18% nas vendas, no mês passado, enquanto a Itália apresentou um acrésci-mo de 20,6%. Também o Reino Unido e a Espanha tiveram desempenhos muito po-sitivos, com aumentos de 26,4% e 47%, respectivamente. Já a Roménia, a Hungria e a Polónia revelaram descidas acentuadas, na ordem de 63%, 60% e 19%, respecti-vamente.

Relativamente aos dois primeiros meses, foram registados 2 033 753 novos veículos

ligeiros de passageiros no espaço comuni-tário, mais 7,9% do que no ano passado. Em termos absolutos, a Itália foi o país que registou mais unidades (407 580 ve-ículos), seguindo-se a Alemanha (376 035 unidades), a França (352 013), o Reino Unido (214 165) e a Espanha (161 411). A Alemanha foi o único grande mercado a sofrer uma contracção (-19,5%), entre

Janeiro e Fevereiro. O mercado cresceu 16,3% em França, mais de 25% em Itália e perto de 29% no Reino Unido. A Espanha surpreendeu com um acréscimo de quase 33%, nos dois primeiros meses do ano. No entanto, importa referir que alguns destes mercados tiveram fortes descida no exer-cício transacto, pelo que os crescimentos podem ser considerado algo ilusórios.

Peugeot com bom desemPenho nos lIgeIros de PassageIros

Marcas Unidades Variação % no mercado2010 2009 % 2010 2009

Renault 3 433 1 829 87,7 11,5 9,6Peugeot 2 617 1 112 135,3 8,8 5,8

VW 2 540 1 601 58,7 8,5 8,4Ford 2 257 1 509 49,6 7,6 7,9Opel 2 054 1 107 85,5 6,9 5,8

Citroen 1 717 1 364 25,9 5,7 7,2Seat 1 659 1 119 48,3 5,6 5,9

Toyota 1 511 1 136 33 5 6BMW 1 495 1 040 43,8 5 5,5Fiat 1 445 935 54,5 4,8 4,9

Fonte: ACAP

Países Jan.-Fev. Jan.-Fev. Variação %2010 2009 2010/2009

Áustria 42 668 37 819 12,8Bélgica 96 960 93 594 3,6Bulgária 2 106 3 898 -46

República Checa 21 893 18 665 17,3Dinamarca 19 271 15 237 26,5

Estónia 944 1 748 -46Finlândia 19 972 18 752 6,5França 352 013 302 736 16,3

Alemanha 376 035 467 125 -19,5Grécia 40 312 35 839 12,5

Hungria 5 810 13 294 -56,3Irlanda 28 865 24 682 16,9Itália 407 580 324 782 25,5

Letónia 531 937 -43,3Lituânia 874 1 270 -31,2

Luxemburgo 7 617 7 322 4Holanda 100 548 90 102 11,6Polónia 49 740 56 865 -12,5Portugal 29 905 19 025 57,2Roménia 4 792 21 002 -77,2

Eslováquia 6 393 6 208 3Eslovénia 9 853 9 288 6,1Espanha 161 411 121 492 32,9Suécia 33 495 25 902 29,3

Reino Unido 214 165 166 446 28,7UE 2 033 753 1 884 030 7,9

Portugal com maIor crescImento nas Vendas euroPeIas

Fonte: ACEA

Laboratório Automóvel do ISEP com novo espa�o oficinal

O Laboratório Automóvel do Insti-tuto Superior do Porto (ISEP) tem um novo espaço oficinal. Inaugurado, no passado dia 9 de Março, pelo presidente da instituição, João Rocha, entre outras entidades do mundo académico e au-tomóvel, este espaço foi construído de raiz para o efeito, sendo constituído por quatro zonas distintas (3 baias técnicas e uma sala de aula), e dispõe de vários equipamentos oficinais, laboratoriais e didácticos, compatíveis com as actuais exigências do sector automóvel.

“É um equipamento por excelência, que permite o apoio à nova licenciatu-ra em Engenharia Mecânica Automó-vel, o desenvolvimento de trabalhos de investigação, e um importante meio de colaboração com as empresas, ou outras entidades do sector automóvel”, refere o ISEP em comunicado. “Este evento, para além da inauguração e apresentação das novas instalações, serviu de mote para consolidar as relações entre a escola e os seus parceiros, assim como promover o contacto com outras empresas/entidades do sector automóvel nacional e inter-nacional, numa perspectiva de elevar a qualidade do serviço que a escola presta à sociedade”, acrescenta a entidade.

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VIIsexta-feira, 19 Março de 2010

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Portaria n.º 69/2010 de 4 de Fevereiro Primeira alteração à Portaria n.º 353-E/2009, de 3 de Abril, que estabelece os limites máximos de preço e de volume de venda de biocombustíveis, a partir dos quais se constituem excepções à obrigatoriedade de incorporação e de venda às entidades que introduzam gasóleo rodoviário no consumo.

Portaria n.º 72/2010 de 2010-02-04Regras respeitantes à liquidação, pagamento e repercussão da taxa de gestão de resíduos e revoga a Portaria n.º 1407/2006, de 18 de Dezembro.

Decreto-Lei n.º 11/2010 de 12 de Fevereiro Estabelece os requisitos relativos às interfe-rências radioeléctricas dos automóveis e à instalação de dispositivos de iluminação de automóveis pesados de grandes dimensões e seus reboques, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2009/19/CE, da Comissão, de 12 de Março, na parte que se refere às interferências radioeléctricas dos automóveis, e a Directiva n.º 2008/89/CE, da Comissão, de 24 de Setembro, alterando os Decretos-Leis nºs 237/2006, de 14 de De-zembro, e 218/2008, de 11 de Novembro, e o Regulamento dos Elementos e Caracte-rísticas dos Veículos a Motor de Duas e Três Rodas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 267-B/2000, de 20 de Outubro.

Portaria n.º 99/2010 de 15 de Fevereiro Estabelece uma medida excepcional de apoio ao emprego para o ano de 2010 que se traduz na redução de um ponto percen-tual da taxa contributiva a cargo da entidade empregadora

Decreto-Lei n.º 12/2010 de 19 de Fevereiro Cria as sociedades financeiras de microcré-dito

Declaração de Rectificação de 26 de Feve-reiro Rectifica o Decreto-Lei n.º 324/2009, de 29 de Dezembro, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, que modifica, transito-riamente, durante o ano de 2010, o prazo de garantia para acesso ao subsídio de desem-prego, publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 250, de 29 de Dezembro de 2009

Portaria n.º 125/2010 de 1 de Março Prevê medidas excepcionais de apoio à con-tratação para o ano de 2010

Portaria n.º 126/2010 de 1 de Março Estabelece as normas de funcionamento e de aplicação das medidas a disponibilizar no quadro da nova geração de iniciativas secto-riais, no âmbito do Programa Qualificação-Emprego

Portaria n.º 134/2010 de 2 de Março Segunda alteração à Portaria n.º 277-A/99, de 15 de Abril, que regula a actividade de transportes em táxi e estabelece o equipa-mento obrigatório para o licenciamento dos veículos automóveis de passageiros.

Decreto-Lei n.º 15/2010 de 9 de Março Estabelece medidas de apoio aos desempre-gados de longa duração, alargando por um período de seis meses a atribuição do sub-sídio social de desemprego inicial ou sub-sequente ao subsídio de desemprego que cesse no decurso do ano de 2010, proceden-do à primeira alteração do Decreto-Lei n.º 68/2009, de 20 de Março.

Decreto-Lei n.º 16/20102 de 12 de Mar-ço Aprova o Regulamento Que Estabelece o Quadro para a Homologação CE de Modelo de Automóveis e Reboques, Seus Sistemas, Componentes e Unidades Técnicas, altera o Regulamento Que Estabelece as Disposições Administrativas e Técnicas para a Homolo-gação dos Veículos das Categorias M(índice 1) e N(índice 1), Referentes à Reutilização, Reciclagem e Valorização dos Seus Compo-nentes e Materiais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 149/2008, de 29 de Julho, procede à transposição para a ordem jurídica interna da Directiva n.º 2007/46/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Setembro, e da Directiva n.º 2009/1/CE, da Comissão, de 7 de Janeiro, e revoga o Decreto-Lei n.º 72/2000, de 6 de Maio

Lei n.º 2/2010 de 15 de Março Altera o artigo 22.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de Dezem-bro

S íntese Legislativa

Medidas de Apoio ao Emprego para 2010

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Em 19 de Fevereiro de 2010 foi pu-blicado em Diário da República o De-creto-Lei 12/2010, que vem permitir a constituição de sociedades financeiras vocacionadas para a concessão de micro crédito.

Este decreto-lei permite que sejam criadas em Portugal sociedades vocacio-nadas para o micro crédito.

Estas sociedades, no futuro, conce-

derão financiamento de valor reduzido para o desenvolvimento de uma activi-dade económica, quer a desempregados quer a pequenos empresários.

Pretende o Governo com esta medida apoiar e promover o emprego relativa-mente a actividades económicas de me-nor peso na economia nacional. Trata-se de uma iniciativa ao empreendedorismo e também a criação de auto emprego.

Criação de Sociedades Financeiras de Microcrédito

Foram publicadas para 2010 medidas excepcionais de Apoio ao Emprego.

A primeira consiste na redução de um ponto percentual da taxa contributiva a cargo da entida-de empregadora relativa a cada trabalhador ao seu serviço. Con-tudo, é necessário que reúna as seguintes condições:

• O trabalhador estar vincula-do à entidade empregadora bene-ficiária por contrato de trabalho sem interrupção desde 2009;

• O trabalhador ter auferido, pelo menos num dos meses do último semestre de 2009, remu-neração igual ao valor da remu-neração mínima mensal garan-tida;

• A entidade empregadora ter a situação contributiva regulari-zada perante a Segurança Social.Porém, a taxa contributiva é ainda aplicável às entidades

empregadoras cujos trabalha-dores tenham auferido em 2009, por força da aplicação de instrumentos de regulação colectiva de trabalho, valores a remuneração mensal míni-ma garantida até €475, e cujo aumento em 2010 seja, pelo menos, de €25.

A segunda medida consiste na prorrogação até 31 de Dezem-bro de 2010 a vigência do apoio previsto no artigo 4º da Portaria 130/2009 de 30 de Janeiro, rela-tivo ao apoio ao emprego em mi-cro e pequenas empresas. Assim, caso a entidade empregadora, com mais de 49 trabalhadores ao seu serviço, inclusive, beneficia de uma redução de três pontos percentuais de taxa contributiva a seu cargo relativa a trabalha-dores com mais de 45 ou mais anos.

Quanto aos trabalhadores que

venha a completar 45 anos de idade ao longo do ano de 2010, a redução produz efeitos no mês seguinte a verificação das condi-ções para a sua atribuição.

Esta medida depende da ma-nutenção do nível de emprego pela entidade empregadora em 2010, aferida semestralmente, pela Segurança Social. O não cumprimento das condições faz cessar o direito à redução para o semestre seguinte.

O direito a redução da taxa contributiva cessa em caso de cessação do contrato de trabalho e pela verificação de que a enti-dade empregadora deixou de ter a situação contributiva regulari-zada.

Estas medidas de apoio ao em-prego, para além de serem cumu-láveis, produzem efeitos entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2010.

Podem solicitar uma declaração de não dívida à Segurança Social o contribuinte ou o seu representante legal os credores ou o Ministério Público.

Para tanto, são necessários os seguin-tes documentos:

• Fotocópia de documento de identi-ficação válido;

• Fotocópia do Cartão de Contribuin-te da Pessoa Colectiva;

• Fotocópia do Cartão de Segurança Social da Pessoa Colectiva ou Número de Identificação da Segurança Social de Pessoa Colectiva;

• A declaração é válida pelo período de 6 meses quando a situação contributiva estiver regularizada. Neste caso, pode renovar-se automaticamente de 6 em 6

meses até ao limite de 2 anos.Contudo, a validade será somente de

4 meses se houver dívidas que estejam a ser pagas em prestações dentro dos prazos e condições do acordo ou se o contribuinte tiver reclamado, recorri-do ou contestado em processo judicial desde que tenha apresentado garantia idónea.

Porém, caso não concorde com o con-teúdo da declaração e quiser reclamar, deve juntar a reclamação os documen-tos que comprovem que pagou as suas contribuições até ao mês imediatamente anterior àquele em que foi passada de-claração.

Os formulários estão disponíveis em www.seg-social.pt.

Regras e requisitos para pedir uma declaração de não dívida à Segurança Social

Cabe a entidade patronal a obrigação de prestar anual-mente informações sobre a ac-tividade social da empresa.

Este ano deverão enviar para a Autoridade para as Condi-ções do Trabalho (ACT), de 16 de Março até 15 de Abril, o Relatório Anual de Activi-dades de Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho, documen-to emitido pelas entidades que realizam os Serviços de Higie-ne e Saúde no Trabalho, e o Relatório Único.

Documentação a enviar: • Mapa do quadro de pes-

soal; • Comunicação trimestral

de celebração e cessação de contratos de trabalho a ter-mo;

• Relação semestral dos tra-balhadores que prestaram tra-balho suplementar;

• Relatório da formação profissional contínua;

• Relatório da actividade anual dos serviços de Seguran-ça e Saúde no Trabalho;

• Balanço social; • Greves; O Relatório Único é com-

posto por:

• Anexo A – Quadro Pesso-al

• Anexo B – Fluxo de entra-da e saída de trabalhadores.

• Anexo C – Relatório Anu-al de Formação Contínuo.

• Anexo D – Relatório Anu-al de Actividade de Segurança e Saúde no Trabalho.

• Anexo E – Greves. O relatório é entregue por

meio informático durante o período de 16 de Março a 15 de Abril do ano seguinte ao que respeita.

No respeitante ao relatório sobre a formação contínua, mais uma vez referimos que o mesmo só será entregue a par-tir do ano de 2011, ou seja, durante o período de 16 de Março até 15 de Abril de 2011, com referência à formação mi-nistrada no ano de 2010.

Os formulário, assim como instruções e os elementos au-xiliares de preenchimento en-contram-se disponíveis nos sites da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP), respecti-vamente em www.act.gov.pt/ www.gep.mtss.gov.pt/.

Relatório único da actividade social

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• O prazo para entrega em papel dos contribuintes com rendimentos do trabalho dependente e/ou de pensões terminam na segunda-feira, dia 16 de Março, mas a entrega electrónica poderá ser feita até 15 de Abril;

• Termina a 22 de Março o prazo para entrega da declaração recapitula-tiva por transmissão electrónica de dados pelos sujeitos passivos do regime normal mensal e regime normal trimestral quando o total de transmissões exceda J100.000 no trimestre em curso, que tenham efectuado transmissões intracomunitárias de bens ou serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do artigo 6º do Código do IVA.

• O Governo vai alterar as regras relativas ao subsídio de desemprego, pelo que será mais difícil rejeitar emprego. O objectivo é acelerar a reintegração dos trabalhadores na vida activa;

• O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) foi apresentado nas suas linhas gerais pelo primeiro-ministro aos partidos e discutido com os parceiros sociais. Tem como objectivo reduzir o défice e a contenção da despesa.

• Governo vai lançar uma linha de crédito para pequenas e médias empre-sas com dívidas à Segurança Social e ao Fisco, mas que tenham regularização garantida.

• Foi aprovado, no passado dia 12 de Março, na votação final global, o Orçamento Geral de Estado. O diploma prevê um défice orçamental de 8,3% do PIB e um crescimento da economia de 0,7%. O Presidente da Re-publica tem agora o prazo de 20 dias para promulgar ou vetar o documento. Após promulgação, o Orçamento Geral de Estado entra em vigor um mês depois.

• Portugal e o Brasil celebraram acordo no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho e de Inspecção do Trabalho. O acordo visa programas específi-cos, troca de experiências e formação por 36 meses.

• Férias: O empregador deverá elaborar o mapa de férias com indicação do início e do termo dos períodos de férias de cada trabalhador, até 15 de Abril e mantê-lo afixado entre esta data e 31 de Outubro.

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Em destaque…. Iniciativas desenvolvidas pela ARAN

Ao longo do mês de Fevereiro e início do mês de Março, a ARAn desenvolveu e irá desenvolver várias iniciativas em bene-fício dos associados.

no passado dia 25 de Fevereiro, a ARAn realizou, assembleia-geral para aprovação de relatório de actividades e contas refe-rentes ao ano de 2009, bem como o res-pectivo orçamento para 2010.

A Assembleia teve a seguinte ordem de trabalhos:

1º Apreciação, discussão e aprovação do Relatório de Actividade e Contas da Di-recção e Parecer do Conselho Fiscal relati-vos ao Exercício de 2009.

2º Apreciação e discussão do Plano de Trabalhos para 2010.

1º Apreciação, discussão e aprovação do Relatório de Contas de 2009.

O Senhor Presidente da Mesa da Assem-bleia-Geral colocou o Relatório e Contas à votação, os quais foram aprovados, por aclamação e unanimidade.

Passou-se, de imediato, à análise do Pare-cer do Conselho Fiscal, que o Senhor Presi-dente da Mesa leu em voz alta. Em virtude de nenhum dos presentes pretender intervir, foi o mesmo posto à votação, tendo sido aprovado por aclamação e unanimidade.

2º - Apreciação e discussão do Plano de Trabalhos para 2010.

Seguidamente, o Senhor Presidente da

Mesa, depois de ouvida a exposição do Senhor Presidente da Direcção sobre o ponto “Plano de Trabalhos para 2010”, e não havendo nenhum interveniente, submeteu-o à aprovação da Assembleia, sendo o mesmo aprovado por aclamação e unanimidade.

Oficinas

A ARAn recebeu a comunicação oficial da atribuição por parte das seguradoras do Grupo Caixa Seguros do patrocínio de um plano de formação acordado com o Centro Zaragoza, sendo que o custo das acções de formação previstas a ministrar pelo Centro Zaragoza será assumido pelo mesmo Grupo.

Além disso, a ARAn está a trabalhar num acordo com várias companhias de Seguros, através de um grupo de trabalho comum, sendo objectivo determinar que a resolução de todos os litígios emergentes entre associados da ARAn as Seguradoras seriam por essa via solvidos.

Rebocadores

A ARAn irá marcar uma reunião para análise dos vários problemas do sector, nomeadamente, tempos de condução e repouso e também para reflexão sobre a paragem prevista para o mês de Dezem-bro de 2009.

Já anteriormente nos pronunciámos sobre o enquadramento legal dado às situações em que, em virtude de um aci-dente de viação, uma determinada via-tura fica impossibilitada de circular, isto é, imobilizada.

De facto, o Decreto-Lei n.º 291/2007, de 21 de Agosto, no artigo 42º, deter-mina que, verificando-se imobilização do veículo sinistrado, o lesado tem di-reito a um veículo de substituição de características semelhantes a partir da data em que a empresa de seguros as-suma a responsabilidade exclusiva pelo ressarcimento dos danos resultantes do acidente.

Analisando, entretanto, as regras ge-rais sobre o direito a indemnização, concretamente o artigo 562º do Códi-go Civil, resulta que o responsável pelo dano está obrigado a reparar o dano, através da reconstituição da situação que existiria se não fosse o evento que obriga à reparação, no caso um acidente de viação. Este princípio, “da restitutio in integrum”, ou seja, da restituição na-tural da esfera do lesado, sofreu e sofre, porém, restrições, a nosso ver, inadmis-síveis com a entrada em vigor daquele DL que transpõe para a ordem jurídica nacional, uma Directiva comunitária.

A consagração de que o direito a viatura de substituição apenas existe a partir do momento em que a empresa de seguros assuma a responsabilidade exclusiva pelo ressarcimento dos danos dá lugar a consecutivos abusos por parte

das seguradoras que a tal se sentem legi-timadas pela lei.

não raras vezes, os prazos em que as seguradoras assumem a responsabilida-de exclusiva pela regularização do sinis-tro são longos, ao que acresce a “legal” informação de que o lesado (diga-se não culpado pelo acidente) não tem direito à disponibilização da viatura de substitui-ção, porquanto a decisão sobre a assun-ção da responsabilidade exclusiva pelo sinistro não se encontra tomada.

Assim, e não obstante, o lesado ter sempre direito a ser indemnizado no ex-cesso de despesas em que incorre com transporte durante o tempo em que não dispôs de veículo de substituição, fica o lesado as mais das vezes prejudicado, em benefício das seguradoras.

Ora, fácil é de ver que o equilíbrio de forças entre lesado/companhias de seguros se encontra manifestamente de-sequilibrado. O que se verifica é que a lei, em lugar da protecção da parte mais desfavorecida, passou a proteger e favo-recer as seguradoras.

Apesar disso, sempre as seguradoras estarão obrigadas a indemnizar o lesado pela privação do uso do seu automóvel, e logo após a ocorrência do sinistro, desde logo, porque os prazos dentro dos quais estas procedem à regulariza-ção de sinistros não dependem do lesa-do, muito pelo contrário, estão fora da sua disponibilidade. Pelo que não seria aceitável que a demora das seguradoras em assumir a responsabilidade exclusiva

pelo acidente viesse a prejudicar o direi-to do lesado a imediatamente ser ressar-cido pela privação do uso. O princípio da reconstituição natural a isso obriga, sendo assim, a seguradora responsá-vel pelo pagamento das despesas que o lesado venha a ter (ou com táxi, com aluguer de uma viatura, ou transportes públicos).

A solução introduzida pelo legislador merece, quanto a nós, as maiores reser-

vas, sendo essencial a criação de meca-nismos de resolução dos acidentes de viação sem que os direitos conferidos aos lesados (que o são em virtude de um acidente para cuja ocorrência não con-correram) sejam violados, e, bem assim, mecanismos de controlo com comina-ção de consequências para os eventuais prevaricadores (leia-se intervenientes no processo de regularização do sinistro au-tomóvel).

Dano da privação do uso do veículo

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IXsexta-feira, 19 Março de 2010

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Além de todos os sistemas de melhoria de conforto que equipam os veículos mo-dernos, a prática de uma condução eficien-te traduz-se numa melhoria do conforto significativa. Acima de tudo, a condução eficiente é um estilo de condução repleto de tranquilidade e sossego, contribui para a redução dos problemas de tensão e do stress inerentes à circulação no trânsito a que estão sujeitos os condutores.

A prática de uma condução eficiente, tal como o próprio nome indica, pode propor-cionar reduções significativas no consumo de combustível do seu veículo, pelo que a

atenção a este estilo de condução deverá ter um impacto significativo na factura men-sal de combustíveis.

De seguida apresentamos alguns conse-lhos práticos para um estilo de condução eficiente na utilização de veículos automó-veis:

• Ligar o veículo apenas quando iniciar a viagem. O aquecimento do motor com o veículo parado contribui para desperdiçar combustível e poluir o ambiente;

• Conduzir sempre com uma distância de segurança e um amplo campo de visão. Ao conduzir por antecipação reduz o nú-

mero de acelerações e travagens, melho-rando os consumos médios e aumentado o conforto na condução. Ao adoptar uma condução antecipada terá maior tempo de reacção, sendo capaz de prevenir situações de perigo e contribuir assim para uma maior segurança rodoviária;

• Sempre que possível, utilize as rotações do motor mas baixas e ao gerir a caixa de velocidades utilize mudanças mais altas. Troque de mudanças dentro da gama de rotação do motor correspondente à zona de binário máximo (tipicamente num veículo a gasóleo entre as 1500 rpm e 2000 rpm);

• Acelere e desacelere suavemente, as acelerações bruscas levam a que o veículo consuma mais combustível e emita mais poluentes para a atmosfera. As repeti-das acelerações e travagens provocam um maior desgaste mecânico e contribuem para um aumento do desconforto dos pas-sageiros;

• Mantenha a velocidade o mais cons-tante possível, siga a fluidez da circulação, evite as acelerações e alterações de mudan-ças desnecessárias. Não conduza em velo-cidades elevadas, pois implica maior risco e aumenta o consumo de combustível. Os limites do código da estrada correspondem a consumos aceitáveis;

• Evite situações de ralenti. Um automó-vel ligeiro gasta aproximadamente um litro de combustível por hora de funcionamen-to ao regime de ralenti, sendo que em pou-cos segundos o gasto energético associado ao início do funcionamento (dar arranque)

do motor é compensado pelo período em que o motor permaneceu desligado. Um funcionamento de um automóvel ao ra-lenti contribui para o ruído ambiente e para o aumento da poluição energética;

• Nas descidas e travagens, mantenha uma mudança engrenada. Um veículo com tecnologia moderna corta a injecção de combustível quando se retira o pé do acelerador e se mantém uma mudança en-grenada. Esta situação permite aproveitar a energia cinética do veículo para prolongar o seu movimento, sem ser necessário con-sumir combustível. Ao retirar o pé do ace-lerador, mantenha sempre uma mudança engrenada, e em descidas ou situações de travagem controlada pode aproveitar mais eficientemente a energia utilizada;

• Em paragens prolongadas (acima dos 60 segundos) é recomendado desligar o motor.

• Mantenha o veículo bem afinado e verifique o nível de óleo regularmente. Os veículos bem afinados funcionam de forma mais eficiente e ajudam a reduzir as emissões de CO2.

• Verifique a pressão dos pneus regular-mente. Os pneus com pressão inferior à indicada contribuem para um aumento do consumo de combustível.

• Verifique o alinhamento da direcção e dos restantes eixos do veículo regularmen-te. Os eixos mal alinhados contribuem para um aumento do consumo de combustível bem como para um desgaste prematuro dos pneus.

Dicas para uma condução eficiente

O Código da Trabalho obriga o em-pregador a efectuar várias comunica-ções à administração do trabalho de cariz social, entre os quais se destacam o quadro de pessoal, a comunicação trimestral de celebração e cessação de contratos de trabalho a termo, à re-lação semestral dos trabalhadores que prestaram trabalho suplementar, ao relatório da formação profissional con-tínua, ao relatório da actividade anual dos serviços de segurança e saúde no trabalho e balanço social.

Com a publicação e entrada em vi-gor da Portaria n.º 55/2010, de 21 de Janeiro, foi regulado o conteúdo e pra-zo de apresentação da informação so-bre a actividade social da empresa, por parte do empregador, ao serviço com competência inspectiva do ministério responsável pela área laboral.

Este Relatório Único, cujo modelo consta do Anexo à citada Portaria, será constituído pelo relatório propriamen-te dito e por vários anexos. Assim:

- Anexo A: Quadro de Pessoal;- Anexo B: Fluxo de entrada e saída

de trabalhadores;- Anexo C: relatório anual de forma-

ção contínua;- Anexo D: Relatório anual de activi-

dades do serviço de segurança e saúde;

- Anexo E: Greves;- Anexo F: Informação sobre presta-

dores de serviços;Em 2010, o empregador deve as-

segurar o preenchimento dos anexos mencionados, com referência ao ano de 2009, exceptuando os anexos C (re-latório anual de formação contínua) e F (informação sobre prestadores de serviço). Estes anexos só devem ser preenchidos em 2011, com referência ao ano de 2010.

Prazo de entrega

Atendendo ao disposto no artigo 4.º da Portaria n.º 55/2010, de 21 de Ja-neiro, o relatório deve ser entregue por meio informático, durante o período de 16 de Março a 15 de Abril do ano seguinte àquele que respeita. Com este novo sistema, não será possível efec-tuar qualquer entrega em formato de papel. A entrega será efectuada exclu-sivamente por via electrónica.

Acesso e responsabilidade

O acesso ao sistema será processado com os elementos (nome de utilizador e palavra-chave) que foram enviados no ano de 2009, para efeitos de entrega do

relatório das actividades de segurança e saúde no trabalho. Estes elementos fo-ram enviados por carta pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP).

O empregador é o responsável pela entrega do relatório único.

Outro aspecto a realçar é o facto de a obrigatoriedade da entrega do Rela-tório Único ser aplicável a entidades com trabalhadores ao seu serviço. As-sim, empregadores que não têm traba-lhadores ao seu serviço não estão obri-gados a efectuar a entrega do Relatório Único.

Relatório único – informação sobre actividade social

Preenchimento dos Mapas Integrados de Registo de Resíduos disponível até 31 de Março

O Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRA-PA) tem como prazo limite para o preen-chimento do mapa integrado de registo de resíduos (MIRR), o dia 31 de Mar-ço de 2010. A nível do preenchimento, o mapa deste ano é um tudo similar ao mapa disponibilizado no ano anterior, todavia existem algumas situações para as quais a ARAN gostaria de alertar.

O acesso à edição do mapa relativo ao ano de 2009 poderá estar indisponível para os estabelecimentos que tenham informação incompleta. A informação a preencher poderá estar, em parte dos casos, relacionada com a localização do estabelecimento (Distrito, Concelho, Freguesia e Coordenadas, sendo que para este último ponto está disponível nesse separador um botão para o cálculo au-tomático das coordenadas da freguesia indicada) e com a data de início de la-boração.

Alguns associados transmitiram à ARAN ter recebido uma mensagem por parte da Agência Portuguesa do Ambien-te apontando para a existência de poten-ciais incoerências nos dados lançados no mapa de 2008. Assim, deverão confirmar as quantidades enviadas (de acordo com as guias de acompanhamento de resídu-os) e também quantidades produzidas e armazenadas no início e fim do período.

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sexta-feira, 19 Março de 2010X

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F ormação Profissionalplano DE Formação 2010

março abril 2010

Condições exigidas para a inscrição ser considerada válida (as vagas são preenchidas por ordem de chegada):

1. Ficha de Inscrição preenchida;

2. Cheque do montante endossado à ARAN ou transferência bancária NIB 0019 0006 00200022130 19 (envio de comprovativo de transferência por fax, mail ou correio), antes do início da acção;

3. Cópias de B.I., Cartão de Contribuinte e Comprovativo de NIB em que o formando seja titular da conta.

Formação Profissional = Ferramenta de Competitividade

Para mais informações, contactar o Departamento de Recursos Humanos e Formação Profissional da ARAN : Tel. 22 509 10 53 Fax: 22 509 06 46 E-mail: [email protected] Morada: Rua Faria Guimarães 631 4200-291 Porto

Designação Local Duração Início Fim Horário Valor

Diag. Rep. Sist. Ign. Inj. Electrónica Motores Gasolina

Viseu 50h 22-03-10 09-04-10 19-23h 89J

Diagnóstico e Rep. Sistemas de Segu-rança Activa e Passiva

Tomar 50h 07-04-10 23-04-10 19-23h 89J

Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Injecção Diesel

Mirandela 50h 13-04-10 29-04-10 19-23h 89J

plano de formação co-financiado da aran

A ARAN – Associação Nacional do Ramo Automóvel, continua à espera da aprovação da Candidatura Integrada de Formação para o ano de 2010 pelo POPH – Programa Operacional do Potencial Humano.

Segundo últimas informações recebidas, a aprovação será feita até ao final do mês de Março. Por conseguinte, para que os Associados da ARAN não fiquem sem oferta formativa, estão a ser divulgados cursos pertencentes ao CEPRA – Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel.

Para mais informações. contactar o Departamento de Recursos Humanos e Formação Profissional da ARAN.

F ormação Profissionalplano DE Formação 2010

Condições exigidas para aincrição se considerar vália:Ficha de Inscrição preenchida;Cheque do montante endossado à ARAN ou transferência bancária: NIB 0035 0442 0000 2848 930 69Cópias de B.I., Cartão de Contribuinte Local: Instalações da ARAN sita Rua Faria Guimarães 631 4200-291 Porto Telf. 22 509 10 53 Fax. 22 509

06 46 E-mail: [email protected]

Designação Local Duração Datas Horário Valor

Assertividade na Empresa Porto 15 horas 22/23/24/25/26 de Março 19-22h J65

Gestão Ambiental no Sector Automóvel Porto 15 horas 5/6/7/8/9 de Abril 19-22h J65

Gestão do Tempo na Empresa Porto 15 horas 26/27/28/29/30 de Abril 19-22h J65

Como organizar uma campanha de e-mail marke-ting?

Porto 9 horas 10/11/12 de Maio 19-22h J40

Atendimento de Excelência Porto 15 horas 24/25/26/27/31 de Maio 19-22h J65

Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade ISO9001

Porto 15horas 14/15/16/17/18 de Junho 19-22h J65

Imagem e Comunicação – Marketing de Empresa Porto 15 horas 28/29/30 de Junho e 1/ 2 de Julho 19-22h J65

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Porto 21 horas 6/7/8/9/10/13/14 de Setembro 19- 22h J95

Inglês Comercial Porto 15 horas 27/28/29/30 de Setembro e 1 de Outubro 19-22h J65

Gestão de Conflitos / Motivação Empresarial Porto 21 horas 20/21/22/25/26/27/28de Outubro 19-22h J95

Estratégias de Vendas Porto 12 horas 8/9/10/11 de Novembro 19-22h J55

Condução Defensiva, Económica e Ambiental Porto 15 horas 15/16/17/18/19 de Novembro 19-22h 65J

Inteligência Emocional nas Empresas Porto 15 horas 22/23/24/25/26 de Novembro 19-22h 65J

obrigatoriedade de entrega de relatório Único por meio informático sobre formação contínua à act – autoridade

para as condições de trabalho, a partir de 2011, com referência

ao ano 2010 (portaria 55/2010, de 21 de Janeiro)

obs. Ver informação mais pormenorizada na secção dos serviços jurídicos

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O fim da dupla tributação de IVA sobre ISV – que o Governo prevê, sem, contudo, detalhar quando, na proposta de Orçamen-to de Estado para 2010 – poderá tornar a aquisição de frotas por parte das empresas mais onerosas, em valores que podem, se-gundo contas da “Vida Económica”, ultra-passar os 600 euros. Isto porque os veículos comerciais e mistos comprados pelas em-presas para uso profissional podem deduzir o IVA a pagar, incluindo o que incide sobre o ISV (nos casos em que se aplica), o que, naturalmente, deixará de acontecer sem a dupla tributação.

As já referidas diferenças entre o cenário actual e futuro poderão chegar a 639,48 euros num Peugeot 207 XA 1.6 HDI 90 (o IVA actual é de 3111,34 euros, baixando para 2471,86 se incidir apenas sobre o pre-ço base da viatura). Já o Toyota Yaris Bizz poderá ter uma diferença de 435,09 euros de IVA dedutível (2773,33 actuais, contra 2338,24 eventuais). Os populares deriva-dos de turismo são, com efeito, os modelos comerciais em que o diferencial é maior (ver quadro). Porém, mesmo numa Toyota Hiace Mista, por exemplo, o diferencial de IVA a deduzir em caso de uso profissional é de 284,26 euros (de 4185 para 3900,74 euros).

Recorde-se que o Governo adianta que o fim da dupla tributação de IVA sobre ISV, a ter lugar, terá um efeito neutro para o consumidor. Há, contudo, excepções, esta é uma delas, mas também sectores como as “rent-a-car” podem sentir este efeito. O nosso jornal contactou o Ministério das Finanças para apurar se Teixeira dos San-tos prevê regimes de excepção, mas não obteve, até ao fecho deste artigo, qualquer esclarecimentos.

Nuno Azevedo, fiscalista da sociedade de advogados ABBC, explicou à “Vida Eco-nómica” que, quando “uma parte do preço do veículo vê a sua natureza alterada de IVA para ISV, deixa de ser possível deduzir o IVA. O que significa que, para essas enti-dades, vai haver um acréscimo do custo de aquisição proporcional a esses 20% de IVA sobre ISV. Em suma, para as empresas vai haver um aumento de tributação”, referiu. “Numa fase em que a economia precisa de ser estimulada, em vez de manter as coi-sas como estão, o Governo corre o risco de lançar um acréscimo de custos”, acrescenta o fiscalista.

Marcas esperam que situação seja acautelada

As marcas de automóveis ouvidas pela “Vida Económica” mostram-se cautelosas e expectantes na altura de comentar esta pos-sibilidade. “Isso é algo que terá de ser tido em atenção na reformulação do imposto, a qual não é conhecida ainda”, referiu-nos o administrador da SIVA, Fernando Mon-teiro. “A única informação que temos é que essa alteração terá um impacto neutro no mercado. Vamos a ver como se vai ma-nifestar essa neutralidade, de modo a não afectar [algumas situações], caso contrário não será neutra”, referiu a mesma fonte.

O responsável pelo departamento de frotas da Toyota Caetano Portugal, Nuno Braga, admitiu que, “caso esse cenário se venha a constatar, poderá ter algum im-pacto a nível das empresas, com uma even-tual redução nas vendas dos segmentos de comerciais que pagam” ISV. “Mas acho que estamos a assistir a tantas alterações seguidas no mercado nacional que temos

dificuldades em fazer previsões”, defende Nuno Braga.

A posição da Ford Lusitana é de algu-ma apreensão com a eventualidade de as deduções diminuírem. “Esse é um assunto que nos preocupa, se e quando vier a ser uma realidade. O sector já fez saber junto do Governo que tal constitui uma enorme preocupação, numa indústria que tem vivi-do tempos difíceis e tal situação só poderia torná-la ainda mais difícil para as empresas que necessitem adquirir veículos comer-ciais”, declarou a directora de comunica-ção da filial nacional da marca, Anabela Correia.

Mas a cautela nas reacções é, mesmo, a palavra de ordem nas posições das marcas.

Fonte da Automóveis Citroën, que liderou o segmento dos comerciais no ano passa-do (posição em que se mantém em 2010), referiu à “Vida Económica” não ter uma posição oficial por não serem conhecidos os moldes em que, a acontecer, a altera-ção à dupla tributação se vai processar. A Renault, líder “crónico”, por marcas, das vendas de ligeiros em Portugal tem uma orientação pouco diferente. “Esta alteração do regime fiscal poderá ter algum impac-to no mercado, mas isso é algo que não é, actualmente, possível estimar”, referiu-nos, somente, o director de comunicação da filial lusa do construtor francês.

Aquiles [email protected]

Incidência de IVA sobre ISV viola directiva e códigoA incidência do IVA sobre o ISV vai

contra o que está definido na sexta direc-tiva do IVA e do próprio código (CIVA) deste imposto. A administração fiscal está, por isso, a agir contra o legalmente estabe-lecido no que respeita à devolução do IVA que incide sobre o ISV.

Um acórdão do TJCE (C-98/05) refe-re que, quando um distribuidor vende ao cliente um automóvel já matriculado por um preço que inclua o imposto de matrí-cula sobre automóveis novos previamente pago, esse imposto (no caso português, o ISV) não se inclui no conceito de “impos-tos aduaneiros, taxas e demais encargos” sobre os quais poderá incidir o IVA. Ora, esta parcela do preço total do automóvel que o comprador paga ao vendedor será

antes o reembolso de uma despesa – o pa-gamento da matrícula do veículo ou ISV – que o fornecedor efectua em nome do comprador do automóvel. Como tal, pare-ce evidente que a incidência do IVA sobre o ISV viola a sexta directiva do IVA e o próprio CIVA.

De facto, este último define que do valor tributável são excluídas as quantias pagas em nome e por conta do adquirente dos bens ou do destinatário dos serviços regis-tadas pelo contribuinte em contas de ter-ceiros apropriadas. Do que se conclui que o TJCE entendeu que, sendo o ISV uma despesa indispensável para a legal da cir-culação do veículo, que não pode aguardar pelo momento da primeira venda do mes-mo, essa despesa é realizada pelo fornece-

dor de automóveis em nome e por conta do futuro comprador. Sendo a despesa re-embolsada ao fornecedor quando a venda acontece, trata-se de uma quantia expressa-mente excluída do âmbito de incidência do IVA, como atrás referido, quer por força da sexta directiva, quer do CIVA.

Tendo como base esta argumentação, deverá ser efectuado o pedido de revisão da liquidação, independentemente de este vir a ser indeferido pela administração tri-butária. Sendo indeferido o pedido em causa, poderá – e deverá – o contribuinte interpor recurso para o Tribunal Adminis-trativo e Fiscal, prevendo-se que a deci-são da instância judicial seja no sentido da restituição do imposto pago indevida-mente.

XIsexta-feira, 19 Março de 2010

Dedução de IVA em caso de uso profissional diminuirá valores superiores a 600 euros

Fim da dupla tributaçãopode aumentar pressão fiscal nos comerciais ligeirosO fim da dupla tributação de IVA sobre ISV previsto pelo Orçamento de Estado para 2010, se e quando acontecer, vai tornar mais cara a aquisição, para uso profissional, de automóveis comerciais ligeiros e mistos tributados em sede de ISV. Isto porque a base de incidência de IVA passará a ser menor – crescendo em igual valor o ISV –, o que reduzirá as deduções. Simulações feitas pela “Vida Económica” revelam diferenciais na casa dos 600 euros por veículo.

Deduções de iVA com quebra consideráveis

Modelo preço base iVA total iVA preço base Dif. PVP

Toyota Yaris Bizz 1.4 D4D J11 691,2 J2175,46 J2773,3 435,09 J16 640

Peugeot 207 XA 1.6 HDI 90

J12 359,29 J3111,34 J2471,86 J639,48 J18 675

Toyota Hiace 6 Lug. 117 cv J19 503,68 J4185 J3900,74 J284,26 J25 110

A aquisição de frotas por parte das empresas poderá ficar mais onerosa. Os valores podem, segundo contas da “Vida Económica”, ultrapassar os 600 euros.

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Grupo alemão procura juntar hegemonia ecológica à do mercado

Volkswagen quer liderar mercado mundial de híbridos e eléctricos em 2018

O grupo Volkswagen (VW) quer juntar à liderança do mer-cado automóvel mundial a he-gemonia em termos de vendas de veículos híbridos e eléctricos. Num evento que antecedeu o Sa-lão de Genebra, que teve lugar de 4 a 14 deste mês, o presidente-executivo do construtor alemão disse que o grupo “vai tornar-se, até 2018, no número um da indústria automóvel, em termos económicos e ecológicos”.

O responsável adiantou ainda que naquela altura os modelos eléctricos vão representar 3% das vendas do grupo, o que cor-responderá a cerca de 300 mil unidades. “A VW é o construtor automóvel que vai tirar os hí-bridos do nicho, com modelos de volume. Além disso, vai ser o primeiro construtor a lançar um carro eléctrico de produção em série para todos”, garantiu Win-terkorn.

No caminho para a meta de li-derar a indústria automóvel mun-dial, a VW, afiançou a mesma fonte, vai manter “os pés assentes na terra” e “o foco no cliente”. “Uma posição económica sólida, mobilidade responsável e segura e, claro, condução emotiva, com motores de combustão interna ou eléctricos. É por isto que o grupo VW se bate”, rematou o presidente-executivo do grupo.

Antes, a propósito da eficiência ambiental, Martin Winterkorn tinha referido que os “motores de combustão interna eficientes são a base para mobilidade res-ponsável” no grupo VW, sendo a mobilidade eléctrica um novo nível. “Como um grupo multi-marca com sistemas modulares,

estamos muito bem posicionados para ter sucesso nos nossos objec-tivos. Isto porque podemos levar, flexível e economicamente, sis-temas de propulsão alternativos para modelos das várias marcas do grupo”, afirmou o executivo da empresa de Wolfsburg.

Híbridos este ano, eléctricos em 2013

O programa de produtos da marca para obter esta liderança em híbridos e eléctricos é, como seria de prever, ambicioso. Já este ano, vai chegar uma variante hí-brida do novo Touareg e vai co-meçar uma experiência-piloto de frotas de veículos eléctricos na Europa, América do Norte e China. Em 2012, vai ser lançado o Jetta Hybrid, a que se seguirão versões com a mesma tecnologia do Passa e do Golf. 2013 será o ano da “electrificação” da gama VW. Primeiro o e-up!, depois o E-Golf e, no fim desse ano, o E-Jetta.

O lançamento de híbridos e eléctricos vai, refira-se, estender-se a outras marcas do grupo. A Audi, por exemplo, vai lançar um Q5 híbrido nos últimos meses do presente ano e um modelo eléc-trico no fim de 2012.

“O facto decisivo nestes veícu-los é que não sejam apenas com-patíveis ambientalmente, mas também acessíveis, fiáveis e se-guros”, defende o presidente-exe-cutivo do grupo VW. “É a única maneira de a indústria automóvel alcançar sucesso com a mobilida-de zero emissões”, acrescenta.

Martin Winterkorn destaca, aliás, a importância das marcas

automóveis, das empresas ener-géticas e da classe política. “Só conseguiremos tornar o carro eléctrico numa realidade nas es-tradas através de um esforço con-junto”, assevera.

Grupo vai crescer acima do mercado este ano

No ano passado, o grupo Volkswagen teve uma redução de 79,8% nos lucros, para 960 mi-lhões de euros. Ainda assim, foi o único grande construtor inter-nacional que se manteve no “ver-de”. “O grupo demonstrou força em 2009, um ano muito difícil para a indústria automóvel, com as entregas num nível recorde, um crescimento significativo na quota de mercado global e com um lucro operacional de 1,9 mil milhões de euros”, disse Win-terkorn.

Quanto a 2010, o executivo acredita que o mercado automó-vel vai ter “um crescimento ligei-

ro”, mas que o grupo VW vai ter um desempenho melhor do que o mercado: “Encaramos os pró-ximos meses com um optimismo moderado. Os nossos modelos dão-nos razões para estarmos confiantes”. Em Janeiro, o grupo aumentou as vendas 41% face ao mês homólogo de 2009.

SIVA também pretende ganhar quota

Em Portugal, o desempenho da SIVA, que importa a VW, a Audi e a Skoda (das marcas de volume do grupo, apenas a Seat não é repre-sentada no nosso país pela empre-sa), foi menos negativo do que o do mercado. “A SIVA vendeu me-nos carros em 2009, não está imu-ne à crise e passou de 31 mil para 25 mil unidades, mas ganhou quo-ta de mercado, quer nos ligeiros de passageiros, segmento em que a SIVA reforçou a liderança em Por-tugal, quer na totalidade dos veícu-los ligeiros, em que a SIVA passou

a ocupar o número um, que não ocupava”, disse à “Vida Económi-ca” o administrador da empresa, Fernando Monteiro. Recorde-se que o mercado automóvel luso perdeu 25% no ano passado.

Em 2010, a SIVA pretende voltar a conquistar quota de mer-cado. “Com a dinâmica de pro-duto que temos – que está aqui bem patente no Salão de Gene-bra, em que o grupo Volkswagen apresenta excelentes novidades, com modelos para todos os seg-mentos e com vários sistemas de propulsão, eléctricos, híbridos e de combustão com baixas emis-sões –, com a imagem das marcas e com uma excelente organização comercial – as nossas redes de concessionários têm aguentado de forma muito positiva a situ-ação de mercado –, acreditamos que vamos ter uma performance melhor do que a do mercado”, confia Fernando Monteiro.

Aquiles Pinto, em [email protected]

sexta-feira, 19 Março de 2010XII

Martin Winterkorn destacou que, além de “compatíveis ambientalmente”, os eléctricos terão de ser “também acessíveis, fiáveis e seguros”.

À anunciada liderança do mercado automóvel a partir de 2018, o grupo Volkswagen quer associar a hegemonia no mercado de híbridos e eléctricos. Segundo Martin Winterkorn (presidente-executivo do grupo) os modelos eléctricos vão representar 3% das vendas do grupo, o que corresponderá a cerca de 300 mil unidades. O objectivo da empresa alemã é retirar os híbridos os eléctricos do nicho.

Para o “assalto” à liderança, o grupo VW continua a aumentar a oferta, no sentido de chegar a mais seg-mentos e fortalecer a posição em mais mercados. A “pick up” é a primeira incursão da VW no segmento e pretende marcar pontos na América Latina, onde já está a ser lançada, antes de chegar à Europa. O A1 é o mais pequeno Audi de sempre, chegando com a missão de fazer frente ao Mini. Além dis-so, pretende ajudar a marca do anéis a seduzir o público norte-americano. Aliás, não será estranho ao facto a escolha do cantor Justin Timberlake para embaixador do modelo. De realçar ainda o acordo da VW com a Suzuki, alcançado em Dezembro, para comprar 19,9% do capital do construtor japonês, por 2,49 mil milhões de dólares (1,82 milhões de euros).O objectivo do construtor alemão com a parceria é partilhar conhecimentos nos segmentos compactos, em que a Suzuki é especialista. “A marca tem tec-nologia de ponta no modelos mais pequenos, faz di-

nheiro nesse segmento”, recordou o presidente do conselho de administração do grupo VW, Ferdinand Piech.A este facto há a juntar a posição de liderança da Suzuki Maruti no gigantesco mercado indiano não é alheio ao interesse da casa de Wolfsburgo. Isso mesmo reconheceu o presidente da marca japonesa, Osamu Suzuki, convidado de honra do evento de Genebra. Su-zuki destacou, também, o conhecimento da marca nos segmentos mais baixos e a importância que esta tem “na Índia e em outros mercados asiáticos.Osamu Suzuki realçou ainda que não é fácil encon-trar parceiros nos tempos que correm e que a VW “pode ser um excelente professor”. Confiança foi uma palavra muito usada pelas duas partes. “A con-fiança é muito importante. As duas partes têm uma experiência de confiança que é boa para a parceria”, disse o presidente do conselho de administração da Suzuki.

AP

PArcerIA com SuzukI A PenSAr nA ÍndIA

Osamu Suzuki esteve no evento da VW.

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O grupo VW apresentou várias novidades para múltiplos segmentos no Salão de Ge-nebra. A marca-mãe do grupo mostrou, só por si, seis estreias: Sharan, Touareg, Ama-rok, Polo GTI, CrossPolo e CrossGolf.

Destaque para o Sharan, não fosse o modelo produzido em Portugal. 15 anos e mais de 600 mil unidades vendidas de-pois, o monovolume de Palmela vai poder montar quatro motores, dois a gasolina e outros tantos diesel. Destaque, no merca-do nacional, para os 2.0 TDI, tanto na va-riante de 170 cv como, sobretudo, na 140 cv, para o qual a marca anuncia consumos médios de 5,5 litros aos 100 km e emissões de CO2 de 145 g/km. Com data de che-gada a Portugal marcada para o segundo semestre, por preços a partir de 34 mil eu-ros, a marca conta disputar a liderança do

segmento com o novo Sharan. Mais tarde, o mesmo bloco 2.0 diesel vai ter um pata-mar de potência de 115 cv.

No Touareg, o realce vai para a intro-dução da versão híbrida, em que o motor V6 turbo a gasolina e o motor eléctrico debitam um potência conjunta de 380 cv, com consumos médios de gasolina de 8,2 litros aos 100 km. Com lançamento euro-peu marcado para Abril, este SUV – que partilha a plataforma com o “irmão” Pors-che Touareg, que também foi apresentado

por terras helvéticas e conta, igualmente, com uma variante híbrida – pode ter ainda motores V6 e V8 TDI.

Na Skoda, realce para o “restyling” ao modelo do segmento B da marca, o Fabia. Mais largo e com um design que o faz pa-recer mais “colado” ao chão, o modelo tem ainda materiais melhorados no interior.

Com o “facelift”, com lançamento luso previsto para os próximos meses, chega também a vitaminada versão RS que mon-ta motor 1.4 biturbo com 180 cv.

No stand da Audi estava uma das prin-cipais novidades de Genebra: o A1. O mo-delo chega no Verão e representa a entrada da marca “premium” no segmento B para

olhar o Mini de frente. Com perto de qua-tro m de comprimento, partilha platafor-ma e motores com o VW Polo. Para já são conhecidos dois a gasolina – 1.2 com 86 cv e 1.4 com 122 – e outros tantos diesel – 1.6 com 90 ou 105 cv. Realce, também, para outros dois modelos no espaço da Audi: o RS5 e o A8.

XIIIsexta-feira, 19 Marco de 2010

Só a Volkwagem teve seis novidades

Lançamentos para todos os gostos e medidas em Genebra

Volkswagen apresentou seis novidades em Genebra.

VW Touareg,

VW Sharan.

Skoda Fabia. Audi A1.

Outros destaques no salãoNão tivesse o estatuto de um dos cinco

maiores salões automóveis mundiais, a 80ª edição de Genebra apresentou dezenas de es-treias importantes. Entre estas há a destacar o novo Ford Focus (a berlina já tinha sido re-velada em Detroit, mas agora foi mostrada a carrinha). Com chegada prevista para Janeiro de 2011, o modelo vai montar motores 1.6 a gasolina, 1.6 diesel e 2.0 diesel. Com base na mesma plataforma, vai chegar, ainda antes, a

versão monovolume C-MAX, com cinco ou sete lugares. De referir que a Ford também apresentou um programa de lançamentos de cinco híbridos ou eléctricos até 2013.

Importante também é o novo Volvo S60. Prestes a passar para as mãos dos chineses da Geely, a marca sueca tem um programa de produto ambicioso. Disponível a partir do Verão com quatro motores, com destaque, em Portugal, para o 2.0 diesel com 160 cv,

o modelo do segmento D inova nos sistemas de segurança. Depois de o SUX XC60 tra-var automaticamente em situações de pára-arranca do trânsito, o S60 vai mais longe e detecta peões, evitando atropelamentos até 35 km/h.

Os olhos do visitante do certame também procuraram o Mini Countryman, o quarto

modelo da marca recriada pelo grupo BMW. Este SUV tem quatro portas, maior altura ao solo e pode ter sistema 4x4. Os motores serão cinco, três a gasolina e dois diesel, com potências entre 90 e 184 cv.

Também o monovolume da 5 foi revelado. O modelo japonês apenas vai chegar a Portu-gal no início do próximo ano, com a tarefa de fazer esquecer uma geração que deu cartas no mercado nacional. O motor-estrela em Portu-gal deverá continuar a ser o 2.0 diesel.

Outro monovolume em realce em Gene-bra é o Opel Meriva. Com lançamento em Portugal previsto para o fim do Verão, a se-gunda geração do monovolume do segmen-to B, que criou o sub-segmento em 2003,

traz algumas inovações. Além de manter o FlexSpace – agora melhorado, permite des-locar os bancos traseiros para o lado – estreia as FlexDoors. Este é um sistema de portas de abertura antagónica (por oposição às da frente, as portas traseiras abrem para trás).

Os motores serão seis, com destaque, em c Portugal, para 1.3 turbodiesel com 75 cv.

Realce ainda para o Alfa Romeo Giulietta. Com base na mesma plataforma do Fiat Bravo, vai chegar na Primavera com sistema DNA e quatro motores turbo: 1.4 TB com 120 cv e o 1.4 TB MultiAir com 170 cv (a gasolina) e o 1.6 JTDM com 105 cv e 2.0 JTDM com 170 cv (ambos diesel). O motor mais desportivo é o 1750 TBi de 235 cv aliado ao exclusivo equi-pamento Quadrifoglio Verde.

APFord Focus

Volvo S60

Mini Countryman Mazda5_2010_action_01_

Opel Meriva

Alfa Romeo Giulietta

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Opel melhora Corsa

A gama Opel Corsa foi rejuvenescida. O modelo alemão do segmento B passa a contar com uma gama de motores mais evoluídos, com reduções de até 13% no consumo de combustível, bem como me-lhorias ao nível do chassis e da direcção. “A par dos acréscimos em agilidade e confor-to, o novo Corsa ganha em performances graças à potência mais elevada dos moto-res”, refere a marca da General Motors. O novo Corsa ecoFLEX 1.3 CDTI é um dos principais destaques da renovada gama. Agora com 95 cv de potência (era 75), oferece um consumo de 3,7 litros de gasóleo a cada 100 km e um nível de emissões de CO2 de 99 g/km. Benefician-do de uma estratégia de preços mais agres-siva, sem redução de conteúdo de equipa-

mento, o novo Corsa ecoFLEX de 95 cv tem um preço de venda ao público que está 300 euros abaixo do preço da ante-rior versão de 75 cv. Sublinhe-se, de resto, que também toda a restante gama apre-senta preços inferiores face às anteriores versões correspondentes: 1.2 Enjoy (cerca de menos 100 euros), 1.2 e 1.4 Cosmo (cerca de menos 1100 euros) e 1.7 CDTI Cosmo (cerca de menos dois mil euros). As primeiras unidades do Opel Corsa 2010 começam a chegar ao mercado por-tuguês ainda este mês. Os preços das ver-sões com motores a gasolina variam entre 14 850 e 18 710 euros (28 460 euros na variante desportiva OPC), enquanto os diesel custam entre 18 550 e 22 370 eu-ros.

Modelo já no mercado nacional

Chevrolet Spark foi às compras no arranque das vendasO citadino Chevrolet Spark

começou a comercialização em solo português com uma acção, que decorreu entre o fim-de-se-mana passada e ontem (dia 18), em 50 centros comerciais. Nesta acção estiveram envolvidos os 39 distribuidores autorizados por-tugueses da marca da General Motors.

Antes do lançamento oficial do modelo, a Chevrolet obteve um total de 100 encomendas do novo Spark efectuadas por clien-tes particulares. “Os primeiros sinais que recolhemos durante o período de pré-vendas são extre-mamente positivos e permitem-nos manter as elevadas expecta-tivas que depositamos no nosso novo modelo, criado de raiz sob a chancela Chevrolet e benefician-do de todos os principais atribu-tos da marca: qualidade, design, preço justo e um símbolo com

cem anos de história”, conside-ra o director-geral da Chevrolet Portugal, João Falcão Neves.

Recorde-se que a primeira centena de clientes que efectuou encomendas do Spark foi distin-guida com uma oferta especial à escolha, designadamente um dos “packs” de acessórios personali-zados que foram criados especi-ficamente para o novo modelo: uma bicicleta de BTT da marca Cube, uma prancha de snowbo-ard Nitro ou uma prancha de surf da Semente. Finalizado o período de pré-vendas, todos es-tes conjuntos de acessórios per-sonalizados estarão disponíveis através da rede de distribuidores Chevrolet.

Dois motores e preços des-de 10 mil euros

Com cinco portas e cinco lu-

gares, Chevrolet Spark está dis-ponível no mercado nacional com um motor 1.0 a gasolina com 68 cv, associado aos níveis de equipamento base e LS, e 1.2 com 81 cv, igualmente a gasoli-na, com o nível de equipamento de mais elevado, o LT. Os preços variam entre os 9850 euros da versão 1.0, os 10 550 euros da 1.0 LS e os 11 990 euros para a versão 1.2 LT.

O equipamento do novo ‘mini’ da Chevrolet inclui, desde a versão de entrada, designada simplesmente de Spark, direcção assistida, rádio com CD (leitor de MP3) e entradas Aux/USB, vidros dianteiros eléctricos e banco do condutor ajustável em altura, entre outros. A versão de equipamento intermédia, a LS, acrescenta ar condicionado, vo-lante ajustável em altura, faróis de nevoeiro e alarme. Já a mais

equipada LT adiciona ar condi-cionado automático, jantes de liga leve de 15 polegadas, quatro vidros eléctricos, computador de bordo, comandos do rádio no volante, sensores de estaciona-mento, barras de tejadilho lon-

gitudinais, pára-choques despor-tivos e aplicações coloridas no habitáculo em conjugação com o exterior. O controlo electróni-co de estabilidade com controlo de tracção está disponível como opcional em todas as versões.

Skoda Superb recebe versão BreakO Skoda Superb acaba de

receber uma variante Break, a qual poderá dar um alento co-mercial ao modelo da marca checa do grupo Volkswagen, dada a conhecida apetência do consumidor português para as carrinhas. Com 4,838 m de comprimento, 1,817 de largu-ra, 1,510 de altura e 2,761 de distância entre eixos, o modelo tem uma bagageira de 633 li-tros, expansíveis a 1865 com os bancos rebatidos.

Com base nestes números, o construtor faz, como não po-deria deixar de ser, do espaço

para pessoas e bagagens o grande trunfo do produto.

Além do espaço interior e da capacidade da bagageira, a nova Superb Break, a marca destaca outros pontos fortes. A Skoda realça “o tecto de abrir pano-râmico de dois painéis, com a secção dianteira deslizante, a abertura e fecho eléctricos do portão traseiro, o sistema va-riável de retenção dos volumes colocados no porta-bagagens através de calhas longitudinais e barras deslizantes, a lanterna amovível de LED na bagageira e o sistema Kessy, comando das

portas por sensor com botão ig-nição start/stop”.

O modelo pode ter tracção à frente ou 4x4 e caixas manuais ou automáticas de dupla em-braiagem. Os motores são seis, três a gasolina e três diesel. A gasolina, a oferta reside no 1.4 TSI com 125 cv, no 1.8 TSI com 160 cv e no 3.6 FSI com 260 cv. A diesel, a escolha pode ser feita entre o 1.9 TDI com 105 cv e o 2.0 TDI com 140 ou 170 cv. Os preços começam nos 28 960 euros, nas variantes a gasolina, e nos 29 960 euros, no caso dos diesel.

Nova campanha Suzuki nas redes sociais destaca a importância dos carros pequenos

A Suzuki ampliou a sua estratégia de co-municação com uma campanha nas redes sociais, incluindo um concurso de vídeo no Youtube. A 12 de Fevereiro, a marca japonesa iniciou acção no endereço www.youtube.com/suzuki.

Pioneiros de vídeos on-line, realizado-res e todos os utilizadores do site, foram, então, convidados a criar e publicar ao vivo a sua própria curta-metragem sobre o tema “pequenas coisas que fazem a dife-rença” até 18 de Março. Entretanto, desde hoje (dia 19) até 1 de Abril, o concurso vídeo da Suzuki no Youtube entra na sua segunda fase onde todos os utilizadores do sítio poderão votar no vencedor final. O criador da melhor curta-metragem sob o tema “pequenas coisas da vida que fa-zem a diferença” será premiado com um Alto, o pequeno, elegante e económico citadino da Suzuki.

A longo prazo a campanha irá ser apoia-da pelo site www.small-things.eu. Ali, um grupo de especialistas, “bloggers” e celebri-

dades actuam como embaixadores da mar-ca, opinando sobre temas que no seu en-tender coincidem com o tema “pequenas coisas da vida que fazem a diferença”. As histórias dos embaixadores incluem textos, ilustrações, imagens e vídeos e estão dis-poníveis num diversificado e visualmente atractivo blogue.

As campanhas no Facebook, Twitter e Flickr suportam o projecto do site de In-ternet. Adicionalmente, todos os embaixa-dores espalharam a palavra através das suas redes sociais. “Nesta fase estamos focados especificamente na credibilidade individu-al de cada autor e da sua rede social”, expli-ca o director-geral de marketing para a Eu-ropa na marca, Stefan Gundelach. “Através dos embaixadores da marca e outras activi-dades nos populares sites Web 2.0, visamos aumentar o reconhecimento da marca Su-zuki e salientar o facto da Suzuki, de algu-mas décadas para cá, ser um dos mais bem sucedidos construtor de carros pequenos”, acrescentou Gundelach.

sexta-feira, 19 Março de 2010XIV

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Toyota Auris com visual renovado para 2010A Toyota operou um “res-

tlying” ao Auris. Já disponível em Portugal, este automóvel in-serido no segmento C (familiares e compactos), e que tinha sido lançado em Abril de 2007, sur-ge, agora, com um novo visual, tendo beneficiado de alterações de design e mecânica ao nível do exterior e interior. Vai também contar, pela primeira vez, com uma versão híbrida, que deve ser lançada em meados deste ano.

As alterações são discretas, e a par de uma nova grelha e pára-choques frontal, o Toyota Auris, apresenta agora um capot escul-pido. Alterações ao nível da ba-gageira, novas ópticas traseiras

e o aumento do comprimento são outras alterações que pode-mos vislumbrar. No interior, são também visíveis a introdução de materiais de melhor qualidade e mais suaves ao toque, novo vo-lante plano e ainda alterações no local de colocação do travão de mão.

Nas motorizações, é de salien-tar o novo 1.33 VVTi (gasolina) com sistema Stop & Start e a nova construção em alumínio do 1.4 D-4D, que o torna mais leve e com ganhos na redução de consumos. O sistema Stop & Start desliga automaticamente o motor quando o veículo está no chamado ponto-morto, voltan-

do novamente a arrancar, assim que o pedal da embraiagem é pressionado. Este sistema per-mite reduzir as emissões de CO2 libertadas e pode contribuir para uma redução no consumo até 3%,

Marca quer 11% do segmento

Para este ano, a Toyota Caeta-no estima vender 2570 unidades do Auris, que significa 11% das

vendas na quota do mercado au-tomóvel do segmento C. Com carroçaria de três e cinco portas, o modelo conta, em solo luso, com três níveis de equipamen-to, Active, Comfort e Exclusive. Neste último, os clientes podem ainda optar pelo “pack sport”, que acrescenta elementos que conferem ao Auris um visual mais dinâmico, como sejam as jantes de liga leve de 17 polega-das ou o painel de instrumentos desportivo.

De referir que este opcional é oferta de lançamento para quem optar pela versão 1.4 D-4D Ex-clusive.

O Toyota Auris oferece ainda, e exclusivamente em Portugal, garantia de cinco anos ou 160 mil km. Quanto a preços, come-çam 16 380 euros, versão a gaso-lina, e 19 740 euros, em versões a gasóleo.

SuSana almeida, em Barcelona [email protected]

A segunda geração do Citroën C3 já chegou a Portugal. O modelo do segmento B não seguiu a tendência da indústria e manteve-se abaixo da barreira dos quatro metros de comprimento (tem 3,94). Quanto a outras medidas, o C3 tem 1,71 m de largura, 1,52 de altura e um

diâmetro de viragem de 10,2 m.Ainda assim, o Citroën C3 ofe-

rece uma bagageira de 300 litros e um bom espaço para os passagei-ros. Isso foi conseguido porque os designers da marca projecta-ram uma parte inferior do tablier reduzida (embora o porta-luvas mantenha 13 litros de capacida-de), o que permite ao “pendura” chegar-se à frente 8 cm em re-lação ao condutor, libertando, assim, espaço para o passageiro de trás. Além disso, os bancos da frente têm costas finas, libertan-do três cm de espaço suplementar para os joelhos dos passageiros traseiros. Em matéria de qualida-de dos materiais nota-se alguma evolução face ao C3 lançado em 2002, mas é na montagem que o modelo, com tem sido regra na Citroën, mais evolui.

A sensação de espaço é reforça-

da pela luminosidade a bordo do modelo, possível graças ao pára-brisas Zenith. Este é, com efeito, o grande trunfo do modelo, já que aumenta, e muito, o bem-es-tar a bordo.

Com um comprimento de 1350 mm, este opcional aumenta o campo de visão dos passageiros da frente em 80 graus. Como com este pára-brisas a travessa su-perior desaparece, há um degradé progressivo de 25 cm na parte su-perior. A transmissão energética desta zona mais escura é de nível nove, quando os normais vidros escurecidos têm 50. Ainda assim, há uma persiana rígida equipada com duas palas de sol.

Conforto dinâmico

Uma vez em movimento, o mo-tor 1.4 HDi com 70 cv mostra a

suas habituais forças e fraquezas. Com efeito, se, a baixa rotação, disfarça mal a pouca cilindra-da e potência, nos regimes mais elevados revela-se um razoável estradista. Mas é na altura de ir (ou de ir menos vezes) à bomba que surge a principal qualidade do bloco: os baixos consumos. A marca anuncia um consumo misto de 4,3 litros aos 100 km. No nosso ensaio não consegui-mos valor tão “secos”, mas, ainda assim, conseguimos uma média pelo computador de bordo infe-rior na casa dos 5,5 litros, o que é digno de registo.

Em matéria de comportamen-to, está uns furos acima do ante-cessor. Ainda assim, continua a fazer do conforto das viagens fa-miliares o seu grande objectivo.

aquileS [email protected]

Chegado ao mercado português, em Abril de 2008, o Jaguar XF tem consegui-do conquistar clientes do segmento E, pois o seu design, desenvolvido por Ian Callum, alia a “herança” britânica ao desportivismo que as berlinas que lideram o segmen-to – BMW Série 5 e Mercedes Classe E – ostentam. O único senão do modelo nos primeiros seis meses de comercialização foi o motor diesel 2.7 com 207 cv, que não obedecia à imagem desportiva.

Essa lacuna foi resolvida no início de 2009, com a chegada do motor 3.0D com 240 ou 275 cv. A “Vida Económica” teve a oportunidade de contactar com o motor no nível de 240 cv e conclui que o modelo

fica mais completo. O motor é mais dispo-nível e “mexe” as 1,8 toneladas que o XF pesa com muito mais facilidade.

Este bloco, ao permitir ao modelo atingir os 100 km/h em 7,1 segundos, com uma velocidade máxima de 240 km/h, oferece, aliás, performances desportivas, isto com consumos combinados na casa dos nove li-tros aos 100 km (a marca anuncia 6,8 litros de gasóleo aos 100 km). Quem preferir mais emoções a diesel pode encomendar o mesmo motor com 275 cv. Por outro lado, os clientes que não se preocupem com o comportamento dinâmico podem, desde Fevereiro, encomendar o mesmo modelo com 211 cv.

Em relação a preços, a versão conduzida pela “Vida Económica” é proposta desde 72 073 euros. A variante mais potente tem preços desde 75 433 euros, enquanto a

com 211 cv pode ser adquirida desde 66 834 euros.

aP

XVsexta-feira, 19 Março de 2010

Ao volante – Jaguar XF 3.0D 240 cv

O motor que faltava

citroën c3 1.4 Hdi

Cilindrada: 1398 ccPotência: 70 cv Binário: 160 NmAcel. 0-100 km/h: 13,7 s.Vel. Max.: 163 km/hConsumo misto: 4,3 l/100 kmEmissões de CO2: 113 g/kmPreço: €19 250 a €21 450

Ao volante – Citroën C3 1.4 HDi

Novos horizontes

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