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SÃO PAULO - XXI NOVEMBRO DE 2019 - EDIÇÃO 255

SÃO PAULO - XXI NOVEMBRO DE 2019 - EDIÇÃO 255 DA PENH… · o tribunal de Cristo, para cada um receber a devida recompensa – prêmio ou castigo – do que tiver feito, de bem

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SÃO PAULO - XXI NOVEMBRO DE 2019 - EDIÇÃO 255

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O SANTUÁRIO DA PENHANOVEMBRO DE 20192

A IMPORTÂNCIA DOS LEIGOS E LEIGAS NA MISSÃO DA IGREJA E NA SOCIEDADE

“Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. Por isso, também, nos empe-nhamos em ser agradáveis a Ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado esta morada. Aliás, todos te-mos de comparecer, às claras, perante o tribunal de Cristo, para cada um receber a devida recompensa – prêmio ou castigo – do que tiver feito, de bem ou de mal, ao longo de sua vida corporal”. (2Cor 5,8-10)

Queridos irmãos e irmãs, a paz de Cristo!Chegamos ao mês de novembro. O

ano vai passando e, de repente, nos damos conta de que já está chegando ao fim. Os meses que antecedem o final do ano (Novembro e Dezembro) são uma ocasião propícia para parar-mos um pouco e, à luz da Palavra de Deus, fazermos um balanço de nossa caminhada cristã. Parar e pensar: como vivi este ano? Em que eu pude crescer na minha fé ao longo deste ano? E em que eu preciso investir, a partir de agora, para melhorar? A Palavra de Deus nos faz pedir ao Se-nhor: “Ensina-nos a contar nossos dias e assim teremos um coração sábio” (Sl 90, 12). Aproveitemos as ocasiões que as celebrações do Ano Litúrgico nos oferecem para exercitar essa sabedoria. Neste mês de novembro, conforme já acenei no artigo do mês anterior, celebramos a Comemoração de todos os fiéis falecidos (02/11). Esta comemoração na qual a Igreja

EDITORIAL / IGREJA

militante, unida à Igreja triunfante, reza e intercede pela Igreja padecen-te, é ocasião para pensarmos sobre o rumo que temos dado à nossa vida. Cristo nos disse que Ele é o caminho, a verdade e a vida (cf. Jo 14,6). Por-tanto, pensando no nosso destino final que é a vida eterna, nos questionamos se nossos passos e decisões têm toma-do esta direção ou se, ao contrário, temos nos afastado da meta! Quando celebramos a solenidade de Todos os Santos, a Igreja coloca diante de nós, mais uma vez, a nossa vocação, pois “Deus nos escolheu, antes da funda-ção do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor” (cf. Ef 1,4). Sobre a vocação à santidade nos diz o Concílio Vaticano II: “... todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam pastoreados, são chamados à santidade, segundo a pa-lavra do Apóstolo: «esta é a vontade de Deus, a vossa santificação» (1Tess. 4,3; cfr. Ef. 1,4). Esta santidade da Igreja incessantemente se manifesta, e deve manifestar-se, nos frutos da graça que o Espírito Santo produz nos fiéis; exprime-se de muitas maneiras em cada um daqueles que, no seu estado de vida, tendem à perfeição da caridade, com edificação do próximo; aparece dum modo especial na prática dos conselhos chamados evangélicos” (LG V, n. 39).

É a vivência e a perseverança nesta vocação que nos levará à posse daquilo que esperamos: a vida plena com Deus, como afirma o Apocalipse de São João:

“Aqui está a constância dos santos, da-queles que observam os mandamentos de Deus e a fidelidade a Jesus” (Ap 14,12). Portanto, ao rezarmos pelos nossos falecidos, lembremos que tam-bém nós um dia seremos chamados por Deus à sua Presença e, por isso, tenhamos no coração o desejo sincero e o empenho em mantermo-nos firmes na fé e na busca da santidade.

O tempo do Advento, que se iniciará em 01/12, é também ocasião oportuna para reavivarmos a nossa fé e reencon-trarmos a nossa vocação. Ao preparar-mo-nos para celebrar o Natal do Senhor, a sua primeira vinda, somos recordados da segunda: Ele virá na glória, o Reino de Deus chegará à sua plenitude e não terá fim. Vivamos bem o tempo do Ad-vento e preparemo-nos bem para esta festa tão importante participando da Novena de Natal em nossas famílias, montando o nosso presépio e mostrando às nossas crianças o amor e a ternura de Deus para conosco e empenhando-nos na caridade para com o próximo.

Na Solenidade da Imaculada Concei-ção de Nossa Senhora (08/12) contem-plamos Maria, nossa Mãe, preservada do pecado original em vista dos méritos de Cristo, para que pudesse receber em seu ventre o Santo dos Santos, nosso Salvador. Obrigado Mãe pelo seu sim! Tudo o que Deus concedeu à nossa Mãe Ela lhe entregou sem reservas para que, por meio dela, Ele pudesse realizar os seus desígnios de amor e sal-vação. Que Ela interceda por nós para

que todos os dons que recebemos de Deus nós os coloquemos a serviço d’Ele e dos irmãos.

Aquele que nasce do bendito fruto da Virgem Maria é o Cristo que reconhecemos como Deus e Senhor, o Rei dos Reis. Em 24/11 vamos celebrar a Solenidade de Cristo Rei. Ele é o Rei que dá a vida pelos seus súditos; é o Rei humilde e servidor do seu Povo. Que os membros de seu Corpo sejam semelhantes à Cabeça: humildes servidores. E que não bus-quem as pompas deste mundo os que tem por Rei aquele que carrega sobre a cabeça a coroa de espinhos e traz no corpo as marcas da Paixão e do amor que tem aos seus irmãos e irmãs.

Mãe de Deus e nossa Mãe, ajuda-nos a viver bem cada dia no amor a Deus e aos irmãos, lembra-nos sempre de nossa esperança final, intercede para que sejamos santos e irrepreensíveis no amor e para que Cristo, nosso Rei, seja o centro de nossas vidas!

Pe. EDILSON DE SOUZA SILVAPároco da Basílica de Nossa

Senhora da Penha

“Sob o nome de leigos entendem-se aqui todos os cristãos, exceto os mem-bros das Sagradas Ordens ou do estado religioso reconhecido na Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e a seu modo feitos participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, exercem, em seu âmbito, a missão de todo o Povo cristão na Igreja e no mundo” (CIC §897).

“Uma vez que, como todos os fiéis, por meio do batismo e da confirmação, são destinados por Deus ao apostolado, os leigos, individualmente ou reunidos em associações, têm obrigação geral e gozam do direito de trabalhar para que o anúncio divino da salvação seja co-

nhecido e aceito por todos os homens, em todo o mundo; esta obrigação é tanto mais premente naquelas circuns-tâncias em que somente através deles os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo” (CDC c. 225 §1). Como membros vivos na missão da Igreja, todos os leigos são chamados a desenvolverem funções que incremen-tam a perene santificação da própria comunidade (cf. LG n.33).

Atuando benevolentemente em trabalhos voluntários que atingem à vida do próximo nas pastorais, nos mo-vimentos e em missões fora da Igreja, os leigos e leigas continuam a escrever, com louvores, o Ato dos Apóstolos (cf. Jo 13,12-17). De semelhante para se-

melhante, a participação dos leigos não está somente nas missões desenvolvi-das dentro das comunidades eclesiais (cf. AA n.13), pois muitos se lançam às Bem-Aventuranças fora da Igreja e, voluntariamente, dedicam boa parte de suas vidas em ações de misericórdia e solidariedade em muitas instituições de saúde, casas de assistência aos ido-sos e crianças, casas de recuperação de usuários de entorpecentes e de álcool, e tantas outras belíssimas obras de promoção humana (cf. Mt 5,7). Em nossa comunidade, por exemplo, temos o SASP e a Missão Belém.

Focado mais precisamente em ações pastorais nas Igrejas, imagine-mos a quantidade de fiéis engajados em todas as comunidades do universo cristão: são milhares de leigos e leigas envolvidos na estrutura eclesial, e, jun-tamente ao clero - bispos, presbíteros e diáconos (cf. AA n.25) -, como membros

ativos, ajudam na missão evangelizado-ra, anunciando Jesus, O Cristo – cabeça da nossa Igreja – movida pela ação do Espírito Santo (cf. AA n.3). Hoje, seria impossível mantermos as estruturas de atuação das nossas comunidades eclesiais sem o apostolado dos leigos (cf. CIC §900). Rezemos, pois, pela fe-cundidade da ação evangelizadora, que conta com o nosso orar e o nosso agir.

ROBERTO A. de OLIVEIRATerço dos Homens

Basílica de N. Sra. da Penha

EDITORIAL

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O SANTUÁRIO DA PENHA NOVEMBRO DE 2019 3PUBLICIDADES

“AS BEM-AVENTURANÇAS NASCIDAS DO CORAÇÃO DE CRISTO SÃO O CAMINHO QUE NOS CONDUZ À SANTIDADE”

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O SANTUÁRIO DA PENHANOVEMBRO DE 20194PUBLICIDADES

“ACOLHENDO O CRISTO E SEU REINO SEREMOS SANTIFICADOS PELA PRÁTICA DO BEM E DA JUSTIÇA”

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O SANTUÁRIO DA PENHA NOVEMBRO DE 2019 5FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

O NOSSO CHAMADO À SANTIDADE

No dia 1 de novembro – no Brasil, transfere-se para o primeiro domingo do mês -, a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos. “A santidade é o rosto mais belo da Igreja” (GE 9) e “os santos, que já chegaram à presença de Deus, mantêm conosco laços de amor e comunhão” (GE 4).

“Até que o Senhor venha em sua majestade e todos os anjos com Ele (cf. Mt 25,31), que a morte seja destruída e todas as coisas a Ele submeti-das (cf. 1Cor 15,26-27), muitos dos seus discípulos caminham na terra. Outros, passada esta vida, estão sendo purificados. Outros, enfim, glorificados, contemplam ‘claramente Deus uno e trino, tal como é’. Todos, no entanto, em graus e regimes diversos, participamos do mes-mo amor de Deus e do próximo e cantamos o mesmo hino à glória de nosso Deus. Todos os que são de Cristo e possuem o seu Espírito estão reunidos numa só Igreja e ligados uns aos outros no próprio Cristo (cf. Ef 4,16). A união entre os que caminham na terra e os irmãos que morreram na paz de Cristo não é, pois, de maneira alguma rompida. Pelo contrário, é até mesmo forta-lecida, de acordo com a fé da Igreja, pela comunhão nos bens espirituais” (LG 49).

Isso significa que estamos em comunhão uns com os outros – e afirmamos crê-lo na profissão de fé, quando dizemos que acreditamos na “comunhão dos santos”: nós, que aqui peregrinamos rumo à Pátria definitiva, somos a Igre-ja militante; os irmãos e irmãs no purgatório, Igreja padecen-te; aqueles e aquelas já na eternidade, Igreja triunfante. Unidos estamos, no entanto, como uma só Igreja: quando a Igreja militante (=nós) reza pelos mortos, é pelos que estão na Igreja padecente, para que cheguem, o quanto antes, à Igreja triunfante; quando, por

sua vez, pede a intercessão dos santos, dirige-se à Igreja triun-fante. Somos uma só Igreja, embora em diferentes graus.

Neste sentido, “celebra-mos os que estão no céu não só por causa do exemplo que deixaram, mas principalmente por causa da união de toda a Igreja no Espírito, que é reforçada pela prática da ca-ridade fraterna (cf. Ef 4,1-6). Assim como a comunhão cristã entre os que caminhamos nos aproxima mais de Cristo, o convívio com os santos nos une a Cristo, fonte e cabeça de que provêm toda graça e a própria vida do povo de Deus. É muito importante amar os amigos e co-herdeiros de Jesus Cristo como nossos irmãos e grandes benfeitores, agradecendo a Deus por nos tê-los dado. Invoquemo-los em nossas sú-plicas e recorramos ao seu favor, auxílio e orações para obter os benefícios de Deus por seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, único Redentor e Salvador” (LG 50).

Celebrar todos os santos, portanto, nos estimula a con-tinuar a correr para a meta, com os olhos fixos em Jesus (cf. Hb 12,2). “E, entre tais testemunhas, podem estar a nossa própria mãe, uma avó ou outras pessoas próximas de nós (2Tm 1,5). A sua vida talvez não tenha sido sempre perfeita, mas, mesmo no meio das imperfeições e quedas, continuaram a caminhar e agradaram ao Senhor” (GE 3). É por isso que se celebra todos os santos: quantos não foram os que, nesse mundo, levaram uma vida santa e, por isso, intercedem por nós junto ao Pai, ainda que não sejam conhecidos e conhecidas por todos e todas?

“Não pensemos apenas nos que já estão beatificados ou canonizados. O Espírito Santo derrama a santidade, por toda a parte, no santo

povo fiel de Deus. [...] Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e nas mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir. Nesta constância de caminhar dia após dia, vejo a santidade da Igreja militante” (GE 6-7).

Contemplamos, portanto, os santos não para imitá-los, mas para que eles nos sirvam de estímulo e motivação. Cada irmão e cada irmã deve entender e discernir o próprio caminho, neste mundo de lu-zes e sombras. A Solenidade de todos os Santos, recordando-nos de todos os que já cantam o hino dos eleitos na eternidade, lembra-nos que “todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o pró-prio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra” (GE 14). Aliás, isso já havia falado o Concílio Vati-cano II (1962-1965) quando nos lembrava da “Vocação Universal à Santidade”, recordando-nos que “todos os fiéis santificar-se-ão dia a dia, sempre mais, nas diversas condições de sua vida, nas suas ocupações e circuns-tâncias, e precisamente através de todas estas coisas” (LG 41).

Muitos, nesse sentido, ain-da se perguntam: “O que faço para ser santo?”. “Esta santidade, a que o Senhor te chama, irá crescendo com pequenos gestos. Por exemplo, uma senhora vai ao mercado fazer as compras, encontra uma vizinha, começam a falar e surgem as críticas. Mas essa mulher diz para consigo: ‘Não! Não falarei mal de ninguém’. Isso é um passo rumo à santi-dade. Depois, em casa, o seu filho reclama a atenção dela para falar de suas fantasias e ela, embora cansada, senta-se ao seu lado e escuta com pa-ciência e carinho. Trata-se de

outra oferta que santifica. Ou então atravessa um mo-mento de angústia, mas lem-bra-se do amor da Virgem Maria, pega o terço e reza com fé. Esse é outro cami-nho de santidade. Em outra ocasião, segue pela estrada afora, encontra um pobre e detém-se a conversar cari-nhosamente com ele. É mais um passo” (GE 16). Com estes exemplos, o Papa Francisco nos lembra que a santidade não tem a ver apenas com fazer coisas extraordinárias, mas sim em viver o dia a dia da vida de modo cristão, com amor.

Não tenhamos medo, por-tanto, de peregrinar no ca-minho da santidade, que, na verdade, não nos torna menos humanos, porque é o encontro da nossa fragilidade com a força da graça (GE 34). Por isso, ouçamos o apelo do Papa Francisco: “Deixa que a graça do teu batismo frutifique em um caminho de santidade. Deixa que tudo esteja aberto a Deus e, para isso, opta por Ele, escolhe Deus sem cessar. Não desanimes, porque tens a força do Espírito Santo para tornar possível a santidade e, no fundo, esta é o fruto do Espírito Santo na tua vida (Gl 5,22-23). Quando sentires

a tentação de te enredares na tua fragilidade, levanta os olhos para o Crucificado e diz-lhe: ‘Senhor, sou um mise-rável! Mas vós podeis realizar o milagre de me tornar um pouco melhor’. Na Igreja, santa e formada por pecadores, encon-trarás tudo o que precisas para crescer rumo à santidade” (GE 15). Assim seja!

Pe. TIAGO COSMO da S. DIAS

Vigário Paroquial e Coordenador Diocesano

da PASCOM

*no texto, a sigla LG refe-re-se à Constituição Dogmá-tica Lumen Gentium, sobre a Igreja, do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965); e GE, à Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, sobre o chamado à santidade no mun-do atual, do Papa Francisco.

“Com alegria, celebramos os 90 de nossa mãe, com as bênçãos de Deus e a proteção da Virgem da Penha; no beijo do irmão caçula e no olhar contemplativo dos sete filhos, dezenove netos e vinte bisnetos... Obrigada a todos pelas felicitações enviadas e pelo carinho”!

MARIA APARECIDA ALTEMARIComunidade Nossa Senhora de Fátima

90 ANOS DE DONA ANTÔNIA ANTONITA

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O SANTUÁRIO DA PENHANOVEMBRO DE 20196PUBLICIDADES

“OS SOFRIMENTOS QUE LEVAM À ANGÚSTIA E ÀS VEZES, ATÉ A MORTE, NÃO INTIMIDAM OS SEGUIDORES DE JESUS”

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O SANTUÁRIO DA PENHA NOVEMBRO DE 2019 7FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

DIA DOS FINADOS CANTINHO DO LEITORNossa roupa de domingo

SANTA CECÍLIA, Padroeira dos Músicos

“Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não res-suscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. (1Cor 15,16-17)

Para nós, católicos, o Dia dos Finados não é uma data apenas para recordar e reverenciar a memória dos mortos, mas é o dia dedicado, de modo especial, para rezarmos pelas almas daqueles que se foram. Essa nossa obriga-ção decorre da certeza que temos na ressurreição dos mortos e na existência do purgatório.

Rezamos pelas almas dos mortos na esperança de que, se estão no Céu, por nós poderão interceder junto ao Pai; se no purgatório, para que as nossas orações sejam um pedido ao Pai, para que minimize as suas penas. De qualquer forma, estas orações nos serão sempre úteis, pois não é só no Céu que as boas almas podem interceder por nós, mas, conforme a Tradição Católica, as santas almas do purgatório têm um grande poder de intercessão junto de Nosso Senhor. Jesus, em

No dia 22 de novembro, dia dos músicos e da música, a Igreja celebra a festa de Santa Cecília. Nascida, provavelmente, no ano 150, em Roma, Cecília era cristã e, desde pequena, fez voto de castidade para viver o amor de Cristo. Quando forçada pelos pais a se casar com um cidadão roma-no, de nome Valeriano, resistiu e contou-lhes de sua promessa. O marido e o irmão, diante das palavras, não só respeitaram sua decisão como se converteram, recebendo o Batismo, o que gerou uma revolta no prefeito de Roma, que os condenou à morte quando soube da conversão. Mesmo com o prefeito exigindo a renúncia de sua fé, Cecília manteve-se firme em ajudar os pobres, falando aos soldados romanos, sob torturas, sobre as maravilhas de Deus, a verdadeira religião e o sentido da vida, que só se encontra no seguimento de Jesus Cristo.

Em seus últimos minutos de vida, Cecília, sentindo que sua missão estava cumprida, conseguiu ainda cantar a Deus as suas maravilhas: “Senhor, guardai sem manchas o meu corpo e mi-

Sempre me comoveu participar de Missas e ce-lebrações em paróquias de pequenas cidades e vilarejos. É muito bonito ver como as pessoas têm especial cuidado com sua arrumação pessoal e com seu modo de se vestir para a Missa. O decoro e a elegância com que se apresentam, aquela “roupa de domingo“, que não é luxuosa, mas que se vê que foi cuidadosa-mente escolhida, refletem a piedade e sensibilidade da sua alma. Essa atitude me faz pen-sar que a aparência exterior é uma maneira de expressar o amor que temos dentro do coração.

A preparação para a Santa Missa é, antes de tudo, uma atitude interior: a disposição de oferecer a Deus tudo o que somos e temos, e de per-doar nossos irmãos antes de apresentarmos nossa oferta. No entanto, também a nossa atitude exterior é importante para um digno culto a Deus e se manifesta, entre outros aspec-tos, por meio da nossa postura e do nosso modo de vestir.

A vestimenta é uma forma de nos comunicar. Quando va-mos visitar uma pessoa muito importante ou por quem temos um grande apreço, gastamos tempo para nos preparar, pois estar bem arrumados é uma forma de prestigiá-la. A ninguém ocorre pensar em ir a um casamento ou a uma festa com trajes esportivos. Na Missa, nosso anfitrião é o próprio Deus, o que faz dela o acontecimento mais importan-te da nossa semana.

Por isso, muito me entris-tece ver as pessoas chegando para a Missa direto do parque, do churrasco ou da praia, ves-tidas como se a celebração eucarística fosse apenas uma parte a mais de sua rotina de domingo, um compromisso pouco importante. A Missa torna presente o mesmo sacri-fício da Cruz e cada um de nós está ali como a Virgem Maria, o Apóstolo João ou as Santas

inúmeras passa-gens do Seu Evan-gelho, refere-se à ressurreição dos mortos:

“Os filhos deste mundo casam-se e se dão em ca-samento; mas os que serão dignos do outro mundo e da ressurreição dos mortos não terão mulher ou marido. Eles jamais poderão mor-rer, pois são iguais aos anjos e são filhos de Deus, por serem filhos da ressurreição”. (Lc 20, 34-37)

O corpo ressuscitado não será o mesmo que possuímos nesta vida, imperfeito e sujeito à corrupção, mas será um corpo transcendental, livre das necessidades materiais, semelhante ao corpo de Cristo, quando de Sua Ascensão. Se os filhos da ressurreição não poderão mais morrer, é porque gozarão de outra vida, a vida eterna. Esta vida, evidentemente, não será nada semelhante à nossa vida mor-tal, sujeita a sofrimentos, fadigas e decepções. Os eleitos verão, amarão e possuirão a Deus, que é a fonte de todo o Bem.

Mas por que a necessidade da

ressurreição? As almas, que estão no Céu, já não gozam a perfeita felicidade? Conforme nos explica São Tomás de Aquino, só a alma não é o homem. Assim, também só o corpo não é o homem, mas ele é um todo único de corpo e alma. Portanto, para que o homem possa gozar da beatitude, que é a plena felicidade na presença de Deus, é necessário que ele seja completamente homem, com seu corpo e alma. Nosso Senhor Jesus Cristo afirma que morreu para a salvação dos homens e não para a salvação só de suas almas. Re-zemos, pois, para que no Dia da Ressurreição, sejamos colocados entre os eleitos para que, assim como a Santíssima Virgem o foi, sejamos alçados aos Céus para gozarmos da felicidade eterna.

RALPH ROSÁRIO [email protected]

nha alma, para que eu não seja confundida! ” Segundo consta, foi um canto emocionante, que tocou profundamente o coração de todos. É daí, pois, que vem o fato dela ser considerada patrona dos músicos e da música sacra.

Aliás, quando olhamos, hoje, para as nossas paróquias, fica difícil imaginar o que seria da celebração litúrgica sem a música! Sem sombra de dúvidas, não foi por acaso que o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), na Constituição Sacrosanctum Con-cilium, sobre a Sagrada Liturgia, dedicou um capítulo inteiro para tratar da música litúrgica, resga-tando, assim, seu real sentido de “parte integrante” e expressão memorial do ministério celebra-do. “A música sacra é tanto mais santa quanto mais intimamente se articula com a ação litúrgica, contribuindo para a expressão mais suave e unânime da oração ou con-ferindo ao ritual maior solenidade” (SC 112). “A ação litúrgica ganha em nobreza quando o serviço divino se celebra com solenidade e é cantado tanto pelos ministros quanto pelo povo, que dele par-

ticipa ativamente” (SC 113).Todos já ouvimos aquela céle-

bre expressão de Santo Agostinho: “Quem canta, reza duas vezes”. De fato, a música é algo que consegue mexer com as emoções do ser humano e, por isso, cons-titui-se também como uma forma de oração e, portanto, de diálogo com o Senhor.

Em nossa Basílica, sempre na missa das 19h, contamos com a animação do tradicional coral da Penha, do qual sou regente. Par-ticipe dos nossos ensaios e venha cantar conosco.

Maestro ADEMILSON SANTOSCoral da Basílica de Nossa

Senhora da Penha

Mulheres, acompanhando Je-sus no Calvário.

No Evangelho de São Marcos (Mc 14,3-9), lemos que Jesus não censurou a mulher por derramar sobre seus pés um perfume de grande preço. Pelo contrário, demonstrou grati-dão pelo gesto de amor que teve para com Ele. Imagino como alegra o coração de Deus quando damos generosamente a Ele o que temos de melhor, não o que nos sobra. Por isso, fazer da Missa o centro do nosso domingo, preparando a nossa alma e o nosso corpo adequadamente para esse mo-mento tão sublime, é a melhor forma de demonstrar nosso amor a Deus.

Mesmo sendo profissional da área, não pretendo dar exemplos concretos, pois não se trata de um editorial de moda. Cada um, a seu modo e sem perder seu estilo pessoal, pode pensar como se apresentar de maneira mais especial para a Missa. Como cristã, gostaria apenas de propor uma reflexão: como podemos demonstrar ex-ternamente mais reverência a Jesus Eucarístico, retribuindo-Lhe o Amor com que se entrega a cada um de nós todos os do-mingos na Santa Missa?

FONTE: http://www.osao-paulo.org.br/colunas/a-nossa-roupa-de-domingo-terça-fei-

ra, 20 de agosto de 2019Texto de autoria de Isa-

bella Fiorentino-Arte: Sergio Ricciuto Conte

colaboração: JOSÉ MACHADO NETO

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O SANTUÁRIO DA PENHANOVEMBRO DE 20198FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

TUA MISSA DO DOMINGO, TEU TRABALHO DA SEMANA - 5 O Glória a Deus nas alturas

“Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados” (Lc 2,14). Assim começa o hino de louvor da San-ta Missa. Expressa a nossa ale-gria por sermos filhos de Deus. Segue o Ato Penitencial, pois recebemos o perdão de Deus, o que nos deve tornar alegres e agradecidos. Cristão verdadeiro é cristão alegre. Não da alegria que o mundo não pode dar, mas daquela que brota da paz inte-rior da união com Cristo Ressus-citado, o qual celebramos a cada domingo. Por isso, ao canto do Glória, devemos participar com a nossa voz e o nosso coração.

A Sagrada Escritura refere-nos em várias passagens a ale-gria que caracteriza o filho de Deus, remido por Jesus Cristo. Entre elas, podemos citar o caso do paralítico curado pelos Após-tolos: “Deu um salto, pôs-se de pé e começou a andar, entrou no templo, saltando e louvando a Deus” (At 3,8-9). Nossa Senhora exulta no Espírito Santo ao rece-ber a saudação angélica: “Minha alma engrandece o Senhor, exulta de alegria o meu espirito em Deus meu Salvador!” (Lc 1,46-47). E, no mesmo evangelista, os anjos cantam o glória natalino de Je-sus (ver acima, Lc 2,14). Simeão canta de alegria ao ver o Salvador prometido (Lc 2,29-32). E Paulo recomenda: “Sob inspiração da graça, cantai a Deus de todo coração, salmos, hinos e cânticos espirituais” (Cl 3, 16).

O canto do Glória é dos hinos mais antigos na Liturgia católica, assumidas de ocasiões pagãs e cristianizadas. Como a súplica do Ato Penitencial, suas expressões eram dirigidas a um general ou imperador que re-tornava triunfante das batalhas, eram expressões de louvor ao conquistador, o “triumphator”, que adentrava em Roma. E o povo gritava: “Laudamus te!”, ouro grupo além: “Benedicimus te!”, outro grupo bradava: “Ado-ramus te!”. A sensibilidade cristã viu que esse triunfador mundano não significava nada. O verda-deiro triunfador foi, é e será o Ressuscitado. Por isso, agora santifica as mesmas aclamações ao verdadeiro vencedor da mor-te e do pecado. E, mais tarde, as melodias gregorianas uniram as invocações esparsas e isoladas. E a união dos elementos diversos

e desconexos, re-sultou num mosaico poético e musical vi-brante e belo, pois a beleza é o “splendor ordinis”, o esplen-dor da ordem.

O cântico do Glória foi, também, um cântico matinal do primeiro século de era cristã. Por isso, foi-nos con-servado no início da missa dominical, como des-pontar do sol da Eucaristia, celebrada ao raiar da manhã, após a vigília semanal da co-munidade cristã, memória da ressurreição e símbolo do Cristo, Sol vencedor.

Já na Idade Média, o Glória foi o cântico da primeira Missa. Quando o papa celebrava as Têmporas (vigílias pascais) e o povo passava a noite reunido e rezando e cantando. Era a ocasião das ordenações sacerdotais. E os neo-sacerdotes não concelebra-vam com o papa. Mas depois de ordenados dirigiam-se a sua igreja titular, pois como sacerdote-cardeal, passava a pertencer ao presbitério do bispo de Roma. Ao chegar à sua igreja, ao raiar do dia, a comunidade o esperava e a liturgia começava com o cântico do Glória. Assim, o glória, nessa ocasião, tinha o aspecto de um cântico de primícias, como os pri-meiros frutos da vida no sagrado ministério.

Por fim, o Glória tem um forte apelo pascal. Tem seu lugar, tanto quanto o “Exultet” (Precônio Pas-cal), na Vigília pascal. É o cântico matinal ao império do Cristo res-suscitado, pois a missa de Páscoa era celebrada ao nascer do dia. Na Idade Média, de acordo com o Sacramentário Gregoriano, o sa-cerdote só podia cantar o glória na Páscoa. Aos poucos, porém, o canto do Glória foi se impondo em solenidades dos mártires e domingos, pois cada festa de um mártir é uma celebração de ressurreição e cada domingo é uma Páscoa semanal. Apenas no século XII é que esta se tornou norma geral para a Igreja.

O Glória canta louvor dos homens “por Ele amados”. O amor de Deus é para todos os homens, mas nem todos O acei-tam. Somente as pessoas de boa vontade se deixam amar por

Ele. Ora, eu não tem o amor de Deus no coração, não consegue glorifica-lo.

O Glória se dirige ao Pai e a Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. No início glorifi-camos ao Pai:

Glória a Deus nas alturas E paz na terra aos homens por Ele amados.

Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso, nós vos louvamos, nós vos bendi-zemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória.

A seguir, dirigimo-nos a Je-sus, nosso Mediador e Redentor que intercede por nós no Espírito Santo.

Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordei-ro de Deus, Filho de Deus Pai,

Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica.

Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós.

Só vós sois o Santo, só vós o Senhor, só vós o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai.

Amém!Lembremos que o cântico

do Glória tem uma fórmula fixa ordenada pela Liturgia. Porém, às vezes costuma-se cantar outros hinos diferentes. Nesses casos, deve-se pelo menos, con-servar-se o sentido de louvor e glorificação a Deus no sentido do Glória oficial do Missal Romano.

Que Maria Santíssima, aquela que melhor glorificou a Deus por sua vida e seu sim, nos ensine a glorificar a Trindade Santa de tal modo que a nossa voz com a qual cantamos, concorde com a nossa vida.

ATÍLIO MONTEIRO JÚNIORMinistro da Palavra e do

Batismo

Decorridos apenas vinte e sete anos de sua morte e Ma-ria Rita de Souza Brito Lopes Pontes (nome de batismo) foi canonizada Santa Dulce dos Pobres, no dia 13 de outubro, no Vaticano, pelo Papa Fran-cisco. Foi dos processos mais rápidos de toda a história da Igreja. Nasceu Maria Rita em Salvador dia 26 de maio de 1914, filha do dentista e pro-fessor universitário Augusto Lopes Pontes e da dona de casa Dulce de Souza Brito.

A grande marca de toda sua vida foi a dedicação aos pobres. Lutou dia a dia para conseguir um atendimento digno para os desvalidos, especialmente os doentes. Não media esforços para ir atrás de socorro, doações e pessoas que pudessem cola-borar. A menina irrequieta e alegre que gostava de soltar pipas e de futebol logo se transformou em uma adoles-cente ativa e em uma adulta extremamente dinâmica, sem perder a alegria, usando toda sua energia para se dedicar ao próximo. Já aos 13 anos, em sua casa, atendia os pobres, moradores de rua e doentes.

Sua família de classe mé-dia na capital da Bahia, muito religiosa, influenciou em sua formação cristã, mas não no seguimento de carreira profissional. Após alguma re-sistência, obteve o consenti-mento de seu pai e ingressou na Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e, então, adotou o nome de Dulce, homenagean-do sua mãe, falecida quando ainda era criança.

O “Anjo Bom da Bahia”, como foi chamada, teve oportunidade de bons estu-dos: curso normal, oficial de farmácia e auxiliar de serviço social. Mas seu desejo era mesmo cuidar daqueles a quem ninguém olhava: os pobres e desvalidos, os doentes. Cuidou, ainda, de crianças abandonadas en-caminhando-as para um or-fanato; de desempregados, oferecendo alimentação e

local para dormir.A vida de Santa Dulce

não foi nada fácil. Além da dificuldade para atender a “seus” doentes, pois não tinha sequer local adequado para isso, teve de ocupar casas abandonadas e, final-mente, um local junto ao convento, após convencer sua superiora, na área do ga-linheiro, onde hoje se encon-tra o Hospital Santo Antônio, o maior da Bahia. Muita luta foi necessária para que seus projetos sociais avançassem.

Na vida pessoal também enfrentou muitos problemas com a saúde, padecendo, nos últimos 30 anos de sua vida, de enfisema pulmonar. Nada disso, porém, a fazia esmorecer. Humildemente, dizia que “quem faz tudo é Deus”. Grande consolo e estímulo para sua dedicação aos pobres foi a visita que re-cebeu, em duas ocasiões, do Papa João Paulo II, em 1980 e 1991, já bastante debilitada.

Santa Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos. Muitos que a conhece-ram ainda vivem.

Muito interessante obser-var a grande repercussão na imprensa brasileira – escrita, falada e televisada - por oca-sião da Canonização de Irmã Dulce. A Igreja Católica nunca esteve em tanta evidência. Santa Dulce, a primeira santa brasileira, atraiu a atenção e o respeito de todos, católicos e não católicos. Certamente foi um momento significativo de evangelização e estímulo à prática da caridade e para que se volte a atenção para as pessoas, hoje mais do que nuca, que vivem necessitan-do de ajuda.

IDEOVALDO R. ALMEIDAPastoral da Comunicação

SANTA DULCE DOS POBRES

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“A PALAVRA NOS FALA DE SINAIS QUE MOSTRAM A PRESENÇA E A AÇÃO SALVADORA DO SENHOR NO MUNDO”

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O SANTUÁRIO DA PENHANOVEMBRO DE 201910FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

SÍNODO PARA A AMAZÔNIA: uma resposta à evangelização

NOS CAMINHOS DE MARIA Maria, segura “esCaDa” até o senhor:a Devoção a nossa senhora da escada

Nossa Senhora da Escada é um dos infindos títulos que a piedade popular atribui à Virgem Maria. Comemora-se essa invocação no dia 21 de novembro, Festa Litúrgica da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Na ver-dade, a devoção à Senhora da Escada está relacionada absolutamente com o episódio da Apresentação de Maria, costume religioso judeu cum-prido fielmente por sua santa família.

No Oriente, a Festa da Apresentação de Nossa Senho-ra começou a ser celebrada no século VII e passou ao calendá-rio da Igreja Ocidental apenas

no século XIV. Segundo uma piedosa tradição perpetuada por Evangelhos apócrifos, Ma-ria, ao ser levada por Santa Ana e São Joaquim ao Templo de Jerusalém, tendo por vol-ta de seus três anos, subiu a escadaria do altar. Chegando ao terceiro degrau (talvez uma referência à Trindade), a Santíssima Menina começou a dançar, manifestando sua ale-gria em estar na presença do Altíssimo. Conta-se que Maria foi educada no Templo, servin-do ao Senhor, até a sua adoles-cência. Essa cena da vida da Mãe de Jesus, ainda infante, é que deu origem à devoção a Nossa Senhora da Escada.

Outro episódio relaciona-do a essa devoção popular remonta à época das gran-des navegações portuguesas. Naquela época, era costume os navegantes trazerem nas embarcações uma imagem de Nossa Senhora (da Conceição), a quem pediam a proteção antes de partir. Chegando à nova terra, ao desembarcar, faziam uso de uma grande escada. Confiavam, assim, ao patrocínio de Nossa Senhora, como Escada segura e calcada, o desbravamento do lugar.

As imagens de Nossa Se-nhora da Escada, geralmente, recordam a Virgem da Concei-ção ou a Virgem com o Menino,

No começo de outubro, mês dedicados às missões, a Igreja iniciou o Sínodo para a região Pan- Amazônica. Essa pauta foi proposta em 2017, pelo Papa Francisco, e, desde então, vem sendo discutida e prepa-rada, até chegar ao momento ápice: o próprio sínodo, que aconteceu entre os dias 6 e 27 de outubro, com o intuito de discutir sobre a evangelização da população amazonense e a preservação dos recursos na-turais que, atualmente, vem sendo alvo de explorações.

Num cenário como esse, surgiram as mais variadas posições. Alguns críticos espe-cularam notícias falsas, antes mesmo de o sínodo ocorrer, levando aos fiéis informações de que a Igreja estaria pas-sando por uma suposta crise e o Instrumento de Trabalho - ‘’Instrumentum Laboris’’, documento pauta do evento - estaria sendo uma ameaça à Tradição da Igreja. “Uma coisa é o tradicionalismo que fica preso no passado, outra é

a verdadeira tradição que é a história viva da Igreja, em que cada geração, acolhendo o que lhe é entregue pelas gerações anteriores como compreensão e vivência da fé em Jesus Cristo, enriquece esta tradição com sua própria vivência e compreensão desta mesma fé em Jesus Cristo no tempo atual”, esclareceu o relator do sínodo, Dom Claudio cardeal Hummes, OFM, no seu discurso de abertura.

Nesse intuito, extrapolando críticas e simplórios posicio-namentos que não levam em consideração a situação real da Igreja na região da Amazô-nia, vale a pena relembrarmos quais eram os principais obje-tivos deste grande encontro:

•CONHECER a riqueza do bioma, os saberes e a diversi-dade dos Povos da Amazônia, especialmente dos povos In-dígenas, suas lutas por uma ecologia integral, seus sonhos e esperanças.

•RECONHECER as lutas e resistências dos Povos da Ama-

zônia que enfrentam mais de 500 anos de colonização e de projetos desenvolvimentistas pautados na exploração des-medida e na destruição da flo-resta e dos recursos naturais.

•CONVIVER com a Ama-zônia, com o modo de ser de seus povos, com seus recursos de uso coletivo compartilhados num modo de vida não capi-talista adotado e assimilado milenarmente.

•DEFENDER a Amazônia, seu bioma e seus povos ame-açados em seus territórios, injustiçados, expulsos de suas terras, torturados e assassi-nados nos conflitos agrários e socioambientais, humilhados pelos poderosos do agronegócio e dos grandes projetos econô-micos desenvolvimentistas.

“A humanidade tem uma grande dívida para com os povos indígenas nos diferentes continentes da terra e também na Amazônia. É preciso que aos povos indígenas seja devolvido e garantido o direito de se-rem sujeitos de sua história,

protagonistas e não objetos do espírito e prática de co-lonialismo de quem quer que seja. Suas culturas, línguas, história, identidade, espiritu-alidade constituem riquezas da humanidade e devem ser respeitadas, preservadas e incluídas na cultura mundial”, disse também Dom Cláudio.

O Papa Francisco, na ho-milia da santa missa de aber-tura do sínodo, nos alertou: “Reacender o dom no fogo do Espírito é o oposto de deixar as coisas correr sem se fazer nada. E ser fiéis à novidade do Espírito é uma graça que deve-mos pedir na oração. Ele, que faz novas todas as coisas, nos dê a sua prudência audaciosa; inspire o nosso Sínodo a reno-var os caminhos para a Igreja na Amazônia, para que não se apague o fogo da missão”. E mais: “Reacender o dom no fogo do Espírito é o oposto de deixar as coisas correr sem se

fazer nada. E ser fiéis à novi-dade do Espírito é uma graça que devemos pedir na oração. Ele, que faz novas todas as coisas, nos dê a sua prudên-cia audaciosa; inspire o nosso Sínodo a renovar os caminhos para a Igreja na Amazônia, para que não se apague o fogo da missão”.

Abramo-nos, portanto, também nós, à ação do Es-pírito que, sem dúvida, quer agir na região da Amazônia. Lembremo-nos que a Igreja é humana, sim, mas sobretudo divina, e é Ele quem a conduz, acima de tudo. Continuemos rezando e aguardando as con-clusões desse tão polêmico e, ao mesmo tempo, esperando acontecimento da nossa Igreja.

NEYLANA OLIVEIRA e Pe. TIAGO COSMO da S. DIAS

PASCOM

tendo nas mãos, entrelaçada, uma pequena escada rústica de madeira.

Pr óx imos de nós existem dois núcleos históricos dedicados a Nossa Senhora da Escada: Barueri – SP (datado de 1560) e a Fre-guesia da Escada em Guararema – SP (cuja igreja é de 1652), famosa também pela devoção a São Longuinho. Ambos surgiram a partir de aldeamentos je-suíticos e realizam a Festa da Padroeira, todos os anos, com grande solenidade.

Seja Maria, como boa Mãe da igreja, nossa Escada até os céus, que nos ensina a escalar os degraus da fé, da confiança, da justiça, da solidariedade, da luta contra toda a opressão. Guarde e proteja os pobres,

os doentes e todos os que padecem, o meio ambiente, a Igreja, o Papa Francisco, os cristãos leigos e leigas e todas as pessoas de boa vontade e dispostas a construir escadas que religuem a humanidade ao seu Criador.

LEONARDO CAETANO de ALMEIDA

Pastoral da Comunicação e Associado da Academia Ma-

rial de Aparecida

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“CRISTO É O SENHOR DA HISTÓRIA E DO MUNDO, POIS MOSTRA SUA SALVAÇÃO AO MALFEITOR ARREPENDIDO”

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O SANTUÁRIO DA PENHA NOVEMBRO DE 2019 13FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

SOLENIDADE DE JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

O SACRAMENTO DA ORDEM

A celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, fecha o Ano Litúrgico, no qual meditamos sobretudo o mistério de sua vida, sua pregação e o anúncio do Reino de Deus.

Durante o anúncio do Reino, Jesus nos mostra o que este sig-nifica para nós como Salvação, Revelação e Reconciliação ante a mentira mortal do pecado que existe no mundo. Jesus responde ao Pilatos quando pergunta se na verdade Ele é o Rei dos judeus: “Meu Reino não é deste mun-do. Se meu Reino fosse deste mundo, meus súditos teriam combatido para que não fosse entregue aos judeus. Mas meu Reino não é daqui” (Jo 18, 36).

Jesus não é o Rei de um mun-do de medo, mentira e pecado; Ele é o Rei do Reino de Deus que traz e ao que nos conduz. Cristo Rei anuncia a Verdade e essa

Verdade é a Luz que ilumina o caminho amoroso que Ele tra-çou, com sua Via Crucis, para o Reino de Deus. “Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta minha voz.” (Jo 18, 37) Jesus nos revela sua missão reconciliadora de anun-ciar a verdade ante o engano do pecado. Assim como o demônio tentou Eva com enganos e men-tiras, agora Deus mesmo se faz homem e devolve à humanidade a possibilidade de retornar ao Reino, quando qual cordeiro se sacrifica amorosamente na cruz.

Esta festa celebra Cristo como o Rei bondoso e singelo que como pastor guia a sua Igreja peregrina para o Reino Celestial e lhe outorga a comu-nhão com este Reino para que possa transformar o mundo no qual peregrina. A possibilidade

de alcançar o Reino de Deus foi estabelecida por Jesus Cristo, ao nos deixar o Espírito Santo que nos concede as graças ne-cessárias para obter a Santidade e transformar o mundo no amor. Essa é a missão que deixou Jesus à Igreja ao estabelecer seu Rei-no. Pode-se pensar que somente se chegará ao Reino de Deus após passar pela morte, mas a verdade é que o Reino já está instalado no mundo através da Igreja que peregrina ao Reino Celestial. Justamente com a obra de Jesus Cristo, as duas realidades da Igreja -peregri-na e celestial- enlaçam-se de maneira definitiva, e assim se fortalece a peregrinação com a oração dos peregrinos e a graça que recebem por meio dos sa-cramentos. “Quem é da verdade escuta minha voz.” (Jo 18, 37) Todos os que se encontram com o Senhor, escutam seu chamado à

Santidade e empreendem esse caminho se con-vertem em membros do Reino de Deus.

“Por eles eu rogo; não rogo pelo mundo, mas pelos que me deste, porque são teus, e tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu, e neles sou glorificado. Já não estou no mundo; mas eles permanecem no mundo e eu volto para ti. Pai Santo guarda-os em teu nome que me deste, para que sejam um como nós. Não peço que os tires do mundo, mas que os guarde do Maligno. Eles não são do mundo como eu não sou do mundo. Santifica-os na ver-dade; a tua palavra é verdade.” (Jo 17, 9-11.15-17) - Esta é a oração que recita Jesus antes de ser entregue e manifesta seu desejo de que o Pai nos guarde e proteja. Nesta oração cheia de

amor para nós, Jesus pede ao Pai para que cheguemos à vida divina pela qual se sacrificou: “Pai santo, cuida em seu nome aos que me deste, para que sejam um como nós”. E pede que apesar de estar no mundo vivamos sob a luz da verdade da Palavra de Deus.

Jesus Cristo é o Rei e o Pastor do Reino de Deus, que nos tirando das trevas, nos guia e cuida em nosso caminho para a comunhão plena com Deus Amor.

ROBERTO A. de OLIVEIRAEquipe de Acolhida

e PASCOM

“Tu és sacerdote eterna-mente segundo a ordem de Melquisedec”

Queridos paroquianos e lei-tores do nosso jornal, depois de termos refletido sobre os Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Confirmação, Eucaris-tia), nesta edição vamos meditar sobre o Sacramento da Ordem que, junto ao Matrimônio, cons-titui os Sacramentos do Serviço. O ponto de partida para essa reflexão é o porquê do nome sacramento da Ordem. Na antiga Roma, a palavra Ordo (Ordem) designava um corpo constituído no sentido civil, como hoje, a Ordem dos advogados etc. Na Igreja antiga, havia corpos cons-tituídos ordines, por exemplo, a Ordo episcoporum (Ordem dos Bispos), mas também a ordem dos presbíteros, dos diáconos, dos catecúmenos, das virgens, das viúvas etc. Hoje o termo ordinatio é reservado para o ato sacramental dos bispos, presbí-teros e diácono, para indicar que não se trata de simples eleição, designação, delegação ou ins-tituição pela comunidade, mas

conferindo o Espírito Santo, pode exercer um “poder sagrado” que vem do próprio Cristo e da sua Igreja cujo sinal e a imposição das mãos, (2Tm 1, 6).

O Catecismo da Igreja, no parágrafo 1536, nos ensina que “a Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo a seus Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é, portanto, o sacramento do ministério apos-tólico. Comporta três graus: o episcopado, o presbiterado, o diaconato”. Mas a base da vo-cação cristã está no sacramento do Batismo, pelo qual todo fiel se torna sacerdote, profeta e rei. Os que receberam o sacramento da Ordem são consagrados para ser, em nome de Cristo, “pela palavra e pela graça de Deus, os pastores da Igreja” (LG 11). Ao entrar no Povo de Deus pela fé e pelo Batismo, todos recebemos a participação na vocação única deste povo, em sua vocação sacerdotal, profética e régia. Vejam que esta é vocação de todo o povo de Deus. O Padre, já antes da ordenação, participa

ele também, enquanto batizado, da função sacerdotal, profética e régia, porque o Batismo nos conforma ao Cristo e é a fonte de toda vocação.

Vale ressaltar, como afirmou o Sagrado Concílio Vaticano II: “Apesar de o sacerdócio comum (batismal) e o sacerdócio minis-terial ou hierárquico diferirem entre si essencialmente e não apenas em grau, ordenam-se um para o outro; de fato ambos par-ticipam, cada qual a seu modo, do sacerdócio único de Cristo” (LG 8). Portanto, o padre, pelo batismo, participa da função de Jesus e da função do batizado: sacerdotal, profética e régia; pela ordenação, de uma forma diferente, pois a ordenação con-figura o padre ao Cristo Pastor. É nesta nova função (munus) que o padre assume a dimensão sacer-dotal, profética e régia de Jesus e do povo cristão.

A este propósito, é famosa a frase de santo Agostinho: “Com isso espanta-me o que sou para vós; consola-me o que sou con-vosco. Para vós sou bispo, con-vosco sou cristão. Aquilo designa

o ministério, por isto a graça; aquilo o perigo e isto a salvação” (Sermão 340,1).

Jesus chamou a todos para o seu seguimento, mas dentro do grande número de discípulos (segundo Lucas, os 12, os 72, as mulheres e outros dentro da multidão), escolheu doze para um seguimento singular, do qual Mc 3,13-15 descreve a dinâmica: “Depois subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis. E foram ter com ele. Escolheu doze dentre eles para ficarem em sua compa-nhia e para enviá-los a pregar, com o poder de expulsar os demônios”. “No serviço eclesial do ministro ordenado é o próprio Cristo que está presente em sua Igreja como Cabeça de seu corpo, como pastor de seu rebanho, como sacerdote do sacrifício redentor e Mestre da Verdade. A Igreja o expressa dizendo que o sacerdote, em virtude do sacramento da Ordem, age ‘in persona Christi capitis’. (na pessoa de Cristo Cabeça)”. (CIC 1548). Todavia, esta representa-tividade não deve ser entendida como honra e privilégio, mas como verdadeiro serviço.

Por fim, termino essa breve reflexão sobre o ministério sa-cerdotal pedindo orações pelos

nossos bispos, presbíteros, diá-conos e, de modo muito especial, pelo nosso Bispo de Roma, o santo padre, o papa Francisco; pois os sacerdotes são como os aviões, quando um cai faz notícia, mas existem inúmeros levando Deus aos corações. Por isso, antes de criticar, difamar e ofender o seu padre, reze por ele, pois “é o sacerdote que continua a obra de redenção na terra [...]. Se soubéssemos o que é o sacerdote na terra, morreríamos não de espanto, mas de amor [...]. O sacerdote é o amor do coração de Jesus” (São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes).

Pe. DIEGO NASCIMENTO Vigário Paroquial

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O SANTUÁRIO DA PENHANOVEMBRO DE 201914PUBLICIDADES

“ATRAVÉS DE SUA PALAVRA O SENHOR NOS CONVIDA À PERSEVERAR VIGILANTES AOS SINAIS DE SUA PRESENÇA”

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O SANTUÁRIO DA PENHA NOVEMBRO DE 2019 15PUBLICIDADES

“O TESTEMUNHO E AS BOAS OBRAS DA VIDA CRISTÃ ATRAEM OS HOMENS PARA A FÉ E PARA DEUS”

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O SANTUÁRIO DA PENHANOVEMBRO DE 201916

02/nov Missas pelos fiéis defuntos às 10h30; 15h e 18h, na Basílica.03/nov Celebração do Ba-tismo às 9h00, na Basílica.07/nov Terço dos Homens às 19h00, na Basílica.08/ nov Missas em louvor à NOSSA SENHORA DA PENHA às 7h30; 15h00 e 19h30, na Basílica.09/ nov Preparação para pais e padrinhos do Batismo às 18h00, no Salão Paroquial da Basílica.10/nov Formação Litúrgica, às 15h00, no Salão Paroquial da Basílica. (Tema: O Ciclo do Natal).14/nov Terço dos Homens às 19h00, na Basílica.20/nov Retiro Paroquial (o dia todo) – Comunidade Nossa Senhora de Fátima, Vila Luíza.21/nov Terço dos Homens às 19h00, na Basílica.23/nov Formação para os Músicos (Dia de Santa Cecí-

FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

PARA VOCÊ LEMBRAR!

CONFISSÕES INDIVIDUAIS

MISSAS NA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:2ª feira às 15:00 h, no Ossário.4ª feira às 15:00 h (Novena Perpétua) 6ª feira às 15:00 h. (Pelos Enfermos)DOMINGO às 07:30 h, 10:30 h e 19:00 h.MISSA DO DIA 08: Missa de Nossa Senhora da Penha na Basílica às 07:30 h; 15:00 h e 19:30 h.MISSAS NA COMUNIDADE NOSSA SENHORADE FÁTIMA:Todos os Domingos às 09:00 h.

MISSAS NO SANTUÁRIO EUCARÍSTICO:3ª a 6ª feira às 07:15 h e 17:00 h.Sábado às 07:15 h e 16:00 h.DOMINGO às 9:30 h.MISSAS NA IGREJA DO ROSÁRIO:2ª feira às 11:00 h.CELEBRAÇÃO DA PALAVRA NA IGREJA DO ROSÁRIO:Todo primeiro domingo do mês às 10:00 hMISSA NA CAPELA DO CLUBE ESP.DA PENHA:2° e 4° Domingo do Mês às 09:00 h.

GRUPO DE ORAÇÃO – MISERICÓRDIA DIVINA:6ª feira às 19h30 (exceto a segunda sexta do mês) na Igreja do RosárioGRUPO DE ORAÇÃO – RENOVADOS PELO ESPÍRITO:Sábado às 19:30 h na Igreja do Rosário.CATEQUESE: Sábado das 09:00 h às 11:00 h.

TERÇO DOS HOMENS: 5ª feira as 19:00 h, na Capela do Santíssimo da BasílicaBATIZADOS e CASAMENTOS: Marcar de 2ª à 6ª feira das 08:30 h às 11:30 h e das 14:00 h às 17:00 h e Sábado das 08:30 h às 11:30 h e das 14:00 h às 15:30 h na secretaria da Basílica.

SANTUÁRIO EUCARÍSTICO DIOCESANO:Terça à Sexta: das 09:00 h às 11:00 h e das 15:00 h às 16:00 h

Sábado: das 09:00 h às 11:00 h.BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:

Sexta: das 16:00 h às 17:30 h. - Sábado: das 9:00 às 11:00 e das 14:00 h às 15:00 h.NOTAS!

O SANTÍSSIMO SACRAMENTOFica exposto durante o dia (exceto às 2ª feiras) no Santuário Eucarístico Diocesano (Igreja Velha da Penha).

VISITA AOS DOENTES:Para receber a visita do Padre ou de Ministros (as) para comunhão, necessário agendar na livraria ou na secretaria (deixando: en-dereço, telefone e horários mais

convenientes).

CAMPANHA DOS ALIMENTOS PARA AS

FAMÍLIAS CARENTES:Trazer como ofertório

nas missas do dia 08 de cada mês, na Basílica.

SECRETARIA DA BASÍLICASegunda à Sexta-Feira das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 17:30 h

Sábado das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 16:00h. A secretaria está fechada aos Domingos e Feriados

Dízimo do mês de Outubro 2019 - R$ 9.477,00Ganhador(a) da Bíblia sorteada em 08 de Outubro 2019

NÃO HOUVE SORTEIO

PASTORAL DO DÍZIMO

ÓRGÃO INFORMATIVO E FORMATIVO DA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA PADROEIRA DA CIDADE DE SÃO PAULO DIOCESE DE SÃO MIGUEL PAULISTA | RUA SANTO AFONSO, 199 – FONES: 2295-4462 – SÃO PAULO.

Site: www.basilicadapenha.com.br / e-mail: [email protected]://facebook.com/basilicansradapenhasp

• DIRETOR:Pe. Edilson de Souza Silva •EDITOR:Pe. Tiago Cosmo da Silva Dias• JORNALISTARESPONSÁVEL: Ricardo Bigi - Mtb 39.450 •DIGITAÇÃOeMONTAGEM: Roberto A. de Oliveira •REVISÃO:Eduardo Mazzocatto •RELAÇÕESPÚBLICAS/COMERCIAIS:Elvis R. Bertola e Roberto A. de Oliveira •ASSINATURAS:José Pinfildi Filho •COLABORADORES:Pe. Edilson de Souza Silva, Pe. Tiago Cosmo da Silva Dias, Pe. Diego Nascimento Silva, Atílio Monteiro Junior, Ideovaldo Ribeiro de Almeida, Leonardo C. de Almeida, Maestro Ademilson Santos, Prof. José Machado Neto, Neylana Oliveira, Ralph Rosário Solimeo, Roberto A. de Oliveira e Soleimar M. Ros-si. •ILUSTRAÇÕESeFOTOS:Pascom, Inventy Soluções Criativas, site da Diocese de São Miguel Paulista.•MURAL:Juliana A. Pinfildi •SITEeFACEBOOK:Emerson Pinfildi, Lécia Braz Bittencourt e João “Vatapᔕ TIRAGEM:3.000 exemplares• EDITORAÇÃOELETRÔNICA:José Hildegardo – Fone: (88) 99974-9086• FOTOLITOeIMPRESSÃO: Atlântica Gráfica e Editora Ltda. – Fone: (11) 4615-4680Asmatériasassinadassãodetotalresponsabilidadedeseusautores.

GRAÇA ALCANÇADA

lia) – das 16h00 às 18h00, na Basílica.23/nov Confraternização em comemoração ao Dia do Músico ás 18h00, no Salão Paroquial da Basílica.24/nov DOMINGO DE CRIS-TO REI - Celebração do Batis-mo às 9h00, na Basílica.24/nov Encontro Diocesano de Ministros às 15h00, na Basílica.26/nov Reunião do Clero, das 09h00 às 13h30, no Se-minário Diocesano.28/nov Terço dos Homens às 19h00, na Basílica.30/nov Formação para Mi-nistros, às 9h30, no salão paroquial da Basílica.01/dez Celebração do Ba-tismo às 9h00, na Basílica.05/dez Terço dos Homens às 19h00, na Basílica.08/ dez Missas da SOLENI-DADE DA IMACULADA CONCEI-ÇÃO às 7h30; 15h00 e 19h30, na Basílica.

A devota O. S. O. veio à Basílica para agradecer a Nossa Senhora da Penha, diante da sua imagem bendita, por uma graça alcançada: o resultado de seu exame de colonoscopia deu negativo! “Ela é muito milagrosa!” – afirma a devota, com gratidão, sobre a Virgem da Penha.

Pastoral da Comunicação – PasCom* Se você alcançou uma graça pela intercessão de NOSSA

SENHORA DA PENHA, Padroeira da cidade de São Paulo, deixe seu depoimento e contato na secretaria paroquial aos cuidados da Pastoral da Comunicação. Seu testemunho é importante para tornar cada vez mais conhecida a interces-são poderosa de nossa Mãe, sempre atenta aos seus filhos!