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Sgc Inss 2014 Tecnico Etica Servico Publico Apostila 01 a 04

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Sgc Inss 2014 Tecnico Etica Servico Publico Apostila 01 a 04

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    tica no Servio Pblico INSS: Tcnico do Seguro Social

    Professor: Valter Otaviano

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    TICA NO SERVIO PBLICO

    Carssimos concurseiros,

    Sou o Professor Valter Otaviano da Costa Ferreira Junior. Sou servidor pblico

    federal, desde 2001, quando passei no concurso pblico para a Advocacia Geral da

    Unio (Advogado da Unio). Ministro aulas em cursos preparatrios h seis anos. Sei

    muito bem como a vida de concurseiro, e tenho certeza que minha experincia vai

    lhe ajudar muito neste momento to importante de sua vida.

    uma honra estar com vocs neste preparatrio para o INSS. Tenho certeza que

    faremos uma parceria de sucesso. Estudaremos a disciplina de tica no servio

    pblico.

    Como sempre falo em sala de aula, #tamojunto!

    Nosso objetivo com essa apostila complementar as vdeos-aulas, para que voc

    tenha a melhor preparao, rumo a sua aprovao! Apresentarei conceitos, dicas e

    farei tambm algumas questes de concursos anteriores, tudo muito focado para a

    sua aprovao!

    Ao final de cada explicao, farei um resumo para que voc possa fixar, ainda mais, o

    aprendizado.

    Lembre que as dicas de sucesso, eu chamo de PULO DO GATO!

    O contedo programtico que consta do seu edital o seguinte:

    Decreto n 1.171/1994 (Cdigo de tica Profissional do Servio Pblico) e Decreto n

    6.029/2007 (Institui Sistema de Gesto da tica do Poder Executivo Federal).

    Para que voc possa compreender com a profundidade necessria os decretos acima

    citados, cabe, antes de qualquer coisa, que voc tenha uma base conceitual sobre

    tica, que engloba os seguintes tpicos, abaixo elencados:

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    TICA E MORAL

    Importante para a sua prova saber qual a origem da palavra tica. Ela vem do

    Grego, ETHOS, que significa modo de ser, comportamento, carter (hbito), morada,

    costume. tica a cincia do comportamento moral dos homens em sociedade. E

    sabe por que ela uma cincia Porque possui objeto, leis e mtodo prprio.

    PULO DO GATO: tica > ethos > Grego > modo de ser > cincia: objeto, leis e

    mtodos prprios.

    O objeto da tica a moralidade positiva: conjunto de regras e comportamentos e

    formas de vida pelo meio da qual o homem tende a realizar o valor do bem. Uma

    pessoa tica quando se orienta por princpios e convices. Cincia do que o

    homem deve ser em funo daquilo que ele . A tica estabelece um dever, uma

    obrigao, um compromisso.

    PULO DO GATO: tica > objeto > moralidade POSITIVA > fazer o bem.

    A tica pode ser divida em dois grandes ramos: a geral e a aplicada. A geral faz a

    anlise e estudo das normas sociais, aquelas que atingem a toda a coletividade.

    Temas gerais ligados moralidade. A aplicada aprecia normas morais e cdigos de

    tica especficos (grupos, coletividades, categorias de pessoas, etc). So exemplo da

    tica aplicada: exemplos: tica ecolgica, tica profissional, tica familiar, tica

    empresarial, etc.

    PULO DO GATO: tica > dois grandes ramos > geral e aplicada.

    parte da filosofia. Considera concepes de fundo acerca da vida, do universo, do

    ser humano e de seu destino e suas condutas, estatui princpios e valores que

    orientam pessoas e sociedades. a casa para os Gregos. o prprio ser do homem:

    da sua natureza que surge a fonte de seu comportamento. Exemplos: o que

    esperamos do giz? Que ele escreva, pois de sua natureza escrever. O que

    esperamos do sol? Que ele brilhe, pois isto de sua natureza.

    PULO DO GATO: tica > parte da filosofia > casa para os gregos > o ser do

    homem.

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    Importante perceber que a tica no se torna uma imposio ou obrigao aleatria e

    at extrnseca ao ser humano: seus fundamentos objetivos tm que ser assimilados

    ou conscientizados pelo indivduo humano concreto. O que est em jogo na tica o

    ser humano, a pessoa em todas as suas dimenses, perfazendo, porm, uma

    unidade no seu ser e no seu dever.

    PULO DO GATO: tica > no pode ser imposta > precisa ser assimilada ou

    conscientizada > unidade no ser e no dever.

    Querido concurseiro, lembre que a tica brota de dentro do ser humano, daqueles

    elementos que o caracterizam na sua essncia como humano, diferenciando-se dos

    outros seres; a tica exige antes a determinao de sua realidade ontolgica para, a

    partir da, estabelecer a forma de comportamento. Ou seja, primeiro ser, para depois

    ter um comportamento adequado.

    Outro ponto muito cobrado em concurso pblico o que se refere origem da palavra

    Moral, que vem do Latim, MOS ou MORES, que significa costume ou costumes.

    parte da vida concreta. Trata da prtica real das pessoas que se expressam por

    costumes, hbitos e valores culturalmente estabelecidos.

    Etimologicamente existe uma proximidade entre tica e moral, pois ambas significam

    costume. No entanto, possuem conceitos diferentes, pois, como vimos, tica cincia

    e moral prtica.

    PULO DO GATO: tica e moral > proximidade etimolgica. tica e moral >

    distanciamento conceitual > tica cincia > moral prtica.

    tica seria a cincia dos costumes. A moral no cincia, mas objeto da cincia. Ex:

    da casa e do material usado na casa. Uma pessoa moral quando age em

    conformidade com os costumes e valores consagrados. Uma pessoa pode ser moral,

    mas no necessariamente tica. o estilo e a maneira de construir a casa.

    PULO DO GATO: moral objeto da tica > relao entre o material da casa

    (moral) e a casa (tica).

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    Importante apontar algumas distines entre tica e moral, que tem cado em

    concurso pblico, so elas:

    tica Universal

    Moral cultural

    tica teoria

    Moral prtica

    tica eterna

    Moral temporria

    Resumo do primeiro tpico:

    Querido concurseiro, lembre-se que tica e moral tem cado muito em concurso

    pblico. Leia com a ateno os pulos do gato. Tenha em mente que tica cincia.

    Moral objeto de estudo da tica. A moralidade positiva e no negativa, pois o que

    importa para a tica FAZER O BEM e no, apenas, evitar o mal. Existe uma

    aproximao etimolgica (de formao da palavra) entre tica e moral, pois ambas

    significam COSTUMES. Todavia, h um distanciamento conceitual, uma vez que,

    repito, a moral objeto de estudo da tica. Lembre-se da relao entre a casa (tica) e

    o material de construo (moral).

    TICA, PRINCPIOS E VALORES:

    Dando continuidade ao nosso estudo focado para a sua aprovao neste concurso,

    irei abordar o ponto do seu edital relacionado tica, princpios e valores. O princpio

    fundamental da tica fazer o bem e evitar o mal. Mas o que o bem? Bem tudo

    aquilo que est de acordo com a natureza em geral e especialmente com a humana,

    totalizando uma integridade ou harmonia no todo.

    PULO DO GATO: tica > princpio fundamental > fazer o bem > evitar o mal.

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    O bem baseado numa relao especial e constituda por esta entre duas ou mais

    realidades. Ex: trabalhar para produzir algo valoroso. E o que o mal? uma

    negao, uma falta de um bem, uma desarmonia causada num todo pela ausncia de

    algo. Ex: matar algum, porque priva algum da vida.

    PULO DO GATO: bem > baseado > relao especial > envolvendo duas ou mais

    realidades > ex: trabalhar para ajudar as pessoas.

    Pode-se indicar como princpios da tica: a Responsabilidade que tem haver com a

    solidariedade, com o cuidado no agir humano. A Justia social, que busca a igualdade

    entre todos. A alteridade que significa que todo homem interage e interdepende de

    outros indivduos, devendo aprender com as diferenas do outro. A Liberdade que

    algo natural ao ser humano. uma escolha com responsabilidade e prudncia.

    PULO DO GATO: princpios ticos > responsabilidade > justia social >

    alteridade > liberdade

    Com relao aos valores, cabe destacar os seguintes para a sua prova: o Respeito, a

    Probidade, a Honestidade, a Sinceridade (dizer a verdade), a Dignidade, o decoro, o

    Zelo e ser correto (prestao de contas). Todos esses princpios se encontram no

    Decreto n 1.171, de 1994, moldando as condutas positivas dos servidores pblicos

    civis federais.

    PULO DO GATO: valores > respeito > probidade > honestidade > sinceridade >

    dignidade > decoro > zelo > ser correto.

    Resumo do segundo tpico:

    O Decreto n 1.171, de 1994, est permeado de princpios e valores ticos. Veja que

    no apenas evitar o mal, mas fazer o bem. atravs do bem que se observam os

    valores e princpios da tica no servio pblico.

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    TICA E DEMOCRACIA

    A nossa Constituio Federal de 1988, apresenta um novo modelo de democracia. a

    democracia participativa, tendo no povo a origem do poder. Etimologicamente

    democracia vem do Grego DemoKrtica, onde Demos significa povo e Krtia, poder.

    Logo, governo do povo.

    PULO DO GATO: CF de 1988 > novo modelo democrtico > governo do povo e

    para o povo.

    Essa nova democracia exige que o cidado aja com tica, especialmente na escolha

    de seus futuros governantes. E qual o instrumento de poder que o povo tem para o

    exerccio da cidadania? atravs do voto popular. a soberania popular, o povo o

    grande protagonista desse novo modelo constitucional.

    PULO DO GATO: democracia > cidado > agindo com tica > na escolha de seus

    dirigentes > voto popular.

    A nossa Carta Maior preceitua que vivemos numa Repblica Federativa do Brasil, num

    Estado Democrtico de Direito. Assim, fique atento, pois a nossa forma de governo a

    repblica; nossa forma de estado o federalismo; nosso sistema de governo o

    presidencialismo e, por fim, o nosso regime poltico a democracia.

    PULO DO GATO: Repblica Federativa do Brasil > Estado democrtico > forma

    de governo > repblica > forma de estado > federalismo > sistema de governo >

    presidencialismo > regime poltico > democracia.

    O art.1 da nossa Constituio Federal aponta a cidadania e a dignidade como

    princpios fundamentais da Repblica brasileira. Cidadania a nomenclatura que se

    d aos que participam da vida poltica do Estado, votando ou sendo votado. A

    evoluo da cidadania na correta escolha de seus governantes, passa pelo seu

    desenvolvimento tico (escolha feita com base em valores e princpios).

    PULO DO GATO: cidadania > dignidade da pessoa humana > princpios

    fundamentais da Repblica.

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    Resumo do terceiro tpico:

    tica e democracia tem uma relao direta. Quanto mais o povo agir com tica, mais

    ter condies de escolher os melhores dirigentes. O voto popular um instrumento

    fundamental para o exerccio dessa cidadania com tica. O amadurecimento da

    cidadania um fator que conduz s melhores escolhas.

    TICA E FUNO PBLICA

    Caro concurseiro, ser que h alguma relao entre tica e a funo pblica exercida

    pelo servidor Essa relao afeta apenas a vida profissional do servidor ou tambm a

    sua vida pessoal

    Resposta das duas perguntas: h uma relao direta entre tica e a funo pblica

    exercida pelo servidor. E essa relao afeta tanto a sua vida profissional quanto a sua

    vida particular. Da leitura atenta do Decreto n 1.171, de 1994, fica clara essa relao,

    pois nos apresenta a seguinte equao: Funo pblica: exerccio profissional + vida

    particular.

    Importante tambm, neste momento, voc perceber que a funo pblica se relaciona

    tambm com o direito, originando dessa relao a aplicao dos seguintes princpios

    constitucionais: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficincia. o

    famoso LIMPE. Toda vez que houver a violao a esses princpios teremos

    consequncias ticas, de infrao disciplinar, de improbidade e at mesmo criminal do

    servidor pblico. O primeiro degrau ser o da tica, aplicando-se o previsto no Decreto

    n 1.171, de 1994.

    PULO DO GATO: sujou > Limpe (legalidade, impessoalidade, moralidade,

    publicidade e eficincia)

    Outra equao importante para a sua prova: Funo pblica + direito = Legalidade,

    Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficincia

    Resumo do quarto tpico:

    O comportamento tico ser exigida do servidor pblico tanto no seu exerccio

    profissional, quanto na sua vida particular. Os princpios norteadores da administrao

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    pblica so de observncia obrigatria pelos servidores pblicos, sob pena de

    ferimento tico, disciplinar, de improbidade e criminal, quando for o caso.

    TICA NO SETOR PBLICO

    A tica Profissional a aplicao da tica geral no campo das atividades profissionais;

    a pessoa tem que estar imbuda de certos princpios ou valores prprios do ser

    humano para viv-lo nas suas atividades de trabalho.

    PULO DO GATO: tica profissional > a aplicao da tica geral > em atividades

    profissionais.

    Dois so os princpios bsicos da deontologia profissional: Agir segundo a cincia e

    conscincia. O princpio da Cincia se refere ao conhecimento tcnico adequado. a

    educao continuada. O princpio da conscincia tem haver com o bom senso. fazer

    juzo de valor de suas aes, agir com retido.

    PULO DO GATO: princpios > cincia (educao continuada) > conscincia (bom

    senso).

    A deontologia o estudo dos deveres especficos que orientam o agir humano no seu

    campo profissional. Por sua vez, a diciologia o estudo dos direitos que a pessoa tem

    ao exercer suas atividades.

    PULO DO GATO: deontologia profissional > cincia dos deveres > diciologia >

    estudo dos direitos.

    Cada conjunto de profisses deve seguir uma ordem de conduta que permita a

    evoluo harmnica do trabalho de todos, a partir da conduta de cada um, atravs de

    uma tutela no trabalho que conduza a regulao do individualismo perante o coletivo.

    PULO DO GATO: conjunto de profisses > ordem de conduta > harmonia com o

    todo.

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    So as seguintes condies para ser considerada uma profisso:

    1 - A atividade deve envolver operaes intelectuais acompanhadas de

    responsabilidade individual.

    2 - Deve comportar uma aprendizagem especial na rea de seu conhecimento.

    3 - Deve constituir numa tcnica capaz de ser transmitida atravs de disciplina

    especializada.

    4 - Deve dispor de organizaes adequadas com atividades, obrigaes e

    responsabilidades com conscincia de grupo.

    Conceitua-se profisso como uma atividade pessoal, desenvolvida de maneira estvel

    e honrada, ao servio dos outros e a benefcio prprio, de conformidade com a prpria

    vocao e em ateno dignidade da pessoa humana. O esprito de servio, de

    doao ao prximo, de solidariedade, caracterstica essencial profisso. Todas as

    profisses reclamam um proceder tico.

    PULO DO GATO: profisso > servir aos outros > vocao > dignidade da pessoa

    humana > solidariedade > agir com tica.

    Perceba que o Cdigo de tica Profissional tem por objetivo estruturar e sistematizar

    as exigncias ticas (padro de conduta) no trplice plano de orientao, disciplina e

    fiscalizao. Os cdigos no esgotam o contedo e as exigncias de uma conduta

    tica. Cdigos de tica fazem parte do sistema de valores que orientam o

    comportamento das pessoas, grupos e das organizaes e seus administradores. Por

    si no tornam melhores os profissionais, mas representam uma luz e uma pista para

    seu comportamento, imprescindvel compreender e viver a razo bsica das

    determinaes.

    PULO DO GATO: cdigo de tica profissional > orientar > disciplinar > fiscalizar

    > sistema de valores > precisa compreender e viver.

    Resumo do quinto tpico:

    O agir segundo a cincia e a conscincia so os dois princpios fundamentais da

    deontologia das profisses. Deontologia a cincia dos deveres, enquanto a diciologia

    o estudo dos direitos. Ter uma profisso exige o pensar em servir o outro, com

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    dignidade e tica. O cdigo de tica profissional tem por objetivos: orientar, disciplinar

    e fiscalizar os profissionais.

    Referncias bibliogrficas:

    Bittar, Eduardo C. B. Curso de tica jurdica: tica geral e profissional, So Paulo:

    Saraiva, 2012.

    Boff. Leonardo. tica e Moral: a busca dos fundamentos. Petrpolis, RJ: Vozes, 2012.

    Camargo, Marculino. Fundamentos da tica geral e profissional. Petrpolis, RJ: Vozes,

    2008.

    Nalini, Jos Roberto. tica geral e profissional. So Paulo: Editora RT, 2008.

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    Questes comentadas:

    Prova: FCC - 2012 - INSS - Perito Mdico Previdencirio Q5802 |

    Disciplina: tica na Administrao Pblica | Assunto: Decreto n 6.029 de 2007

    Manoel, servidor pblico civil do Poder Executivo Federal, est sendo investigado para

    apurao de eventual infrao tica. Nos termos do Decreto no 6.029/2007, Manoel

    tem o direito de saber o que lhe est sendo imputado, de conhecer o teor da acusao

    e de ter vista dos autos,

    a) no recinto da Comisso de tica, mesmo que ainda no tenha sido notificado

    da existncia do procedimento investigatrio.

    b) no recinto da Comisso de tica, porm, apenas se tiver sido devidamente

    notificado da existncia do procedimento investigatrio.

    c) dentro ou fora da Comisso de tica, mesmo que ainda no tenha sido

    notificado da existncia do procedimento investigatrio.

    d) dentro ou fora da Comisso de tica, porm, apenas se tiver sido devidamente

    notificado da existncia do procedimento investigatrio.

    e) no recinto da Comisso de tica, no estando, no entanto, includo em tal

    direito o de obter cpia dos autos.

    Resposta: letra a. Fundamento: Decreto n 6029, de 2007, art. 14. A qualquer

    pessoa que esteja sendo investigada assegurado o direito de saber o que lhe est

    sendo imputado, de conhecer o teor da acusao e de ter vista dos autos, no recinto

    das Comisses de tica, mesmo que ainda no tenha sido notificada da existncia do

    procedimento investigatrio.

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    Prova: FCC - 2012 - INSS - Perito Mdico Previdencirio Q5801 |

    Disciplina: tica na Administrao Pblica | Assunto: Decreto n 6.029 de 2007

    No que concerne Comisso de tica Pblica CEP, consoante as disposies

    previstas no Decreto no 6.029/2007, pode-se afirmar que

    a) contar com uma Secretaria-Executiva, vinculada ao Ministrio da Justia,

    qual competir prestar o apoio tcnico e administrativo aos trabalhos da

    Comisso.

    b) seus integrantes sero designados para mandatos de trs anos, no

    coincidentes, sendo vedada reconduo.

    c) a atuao no mbito da CEP enseja remunerao a seus membros e os

    trabalhos nela desenvolvidos so considerados prestao de relevante servio

    pblico.

    d) compete-lhe, dentre outras atribuies, dirimir dvidas a respeito de

    interpretao das normas do Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal,

    deliberando sobre casos omissos.

    e) deve observar, dentre outros princpios, a proteo identidade do denunciante,

    que dever sempre ser mantida sob reserva.

    Resposta: letra d. Fundamento: art. 4, II, b do Decreto n 6029, de 2007: b) dirimir

    dvidas a respeito de interpretao de suas normas, deliberando sobre casos

    omissos.

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    Prova: FCC - 2012 - INSS - Perito Mdico Previdencirio Q5798 |

    Disciplina: tica na Administrao Pblica | Assunto: Decreto n 6.029 de 2007

    Nos termos do Decreto no 6.029/2007, o procedimento para a apurao de infrao

    tica deve ser mantido com a chancela de reservado. Sobre o prazo em que deve

    ser mantida tal chancela, pode-se afirmar que

    a) aps a apresentao da defesa pelo investigado, possvel a supresso da

    chancela de reservado.

    b) possvel que, a qualquer momento, ainda que antes da concluso do

    procedimento, seja retirada tal chancela.

    c) a condio de reservado deve ser mantida at a concluso do procedimento e

    deliberao da respectiva Comisso de tica do rgo ou entidade ou da CEP.

    d) tal condio deve ser mantida at a concluso do procedimento,

    independentemente de qualquer deliberao da respectiva Comisso de tica

    do rgo ou entidade ou da CEP.

    e) aps concluda a fase probatria, possvel a supresso da chancela de

    reservado.

    Resposta: letra c. Fundamento: Decreto n 6029, de 2007, art. 13: Ser mantido com

    a chancela de reservado, at que esteja concludo, qualquer procedimento

    instaurado para apurao de prtica em desrespeito s normas ticas.

    1o Concluda a investigao e aps a deliberao da CEP ou da Comisso de tica

    do rgo ou entidade, os autos do procedimento deixaro de ser reservados.

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    Prova: CESPE - 2008 - INSS - Tcnico do Seguro Social Q114127 |

    Disciplina: tica na Administrao Pblica | Assuntos: Decreto 1.171, Decreto n 6.029

    de 2007

    Considere a seguinte situao hipottica.

    Natlia e sua equipe de servidores do setor de comunicao de um ministrio foram

    encarregadas de preparar folheto destinado a divulgar as atividades da Comisso de

    tica Pblica (CEP) e de explicar, em particular, as relaes entre o presidente da

    Repblica, os ministros de Estado e a referida Comisso.

    A partir dessa situao, julgue os prximos itens, de acordo com o disposto nos

    decretos n.s 6.029/2007 e 1.171/1994.

    Considere-se que, durante os trabalhos, Natlia tenha orientado sua equipe para

    traar um perfil do pblico que iria receber o folheto e, depois, selecionar diagramas e

    fotografias adequados para esse pblico. Considere-se, ainda, que um colega da

    equipe tenha argumentado, em conversa com Natlia, que a equipe no deveria

    gastar tempo e recursos nessa tarefa, a seu ver desnecessria. Nesse caso, a deciso

    de Natlia a mais adequada, pois dever do servidor pblico ter cuidado ao tratar os

    usurios do servio, aperfeioando os processos de comunicao e contato com o

    pblico.

    Certo

    Errado

    Resposta: certo. Fundamento: Decreto n 1171, de 1994, inciso XVI, letra e: tratar

    cuidadosamente os usurios dos servios aperfeioando o processo de comunicao

    e contato com o pblico.

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    Prova: CESPE - 2008 - INSS - Tcnico do Seguro Social Q114128 |

    Disciplina: tica na Administrao Pblica | Assuntos: Decreto 1.171, Decreto n 6.029

    de 2007

    Considere a seguinte situao hipottica.

    Natlia e sua equipe de servidores do setor de comunicao de um ministrio foram

    encarregadas de preparar folheto destinado a divulgar as atividades da Comisso de

    tica Pblica (CEP) e de explicar, em particular, as relaes entre o presidente da

    Repblica, os ministros de Estado e a referida Comisso.

    A partir dessa situao, julgue os prximos itens, de acordo com o

    disposto nos decretos n.s 6.029/2007 e 1.171/1994.

    Considere-se que a verso inicial do folheto preparado pela equipe de Natlia

    contivesse diagrama no qual a CEP e sua Secretaria-Executiva estivessem

    diretamente ligadas ao ministro da Justia, por ser esse ministrio o mais antigo.

    Nesse caso, o folheto deveria ser corrigido, pois a CEP e sua Secretaria-Executiva so

    vinculadas diretamente ao presidente da Repblica.

    Certo

    Errado

    Resposta: errado. Fundamento: art.4, pargrafo nico do Decreto n 6029, de 2007:

    Pargrafo nico. A CEP contar com uma Secretaria-Executiva, vinculada Casa

    Civil da Presidncia da Repblica, qual competir prestar o apoio tcnico e

    administrativo aos trabalhos da Comisso.

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    Aulas 01 a 04

    Prova: CESPE - 2008 - INSS - Tcnico do Seguro Social Q114125 |

    Disciplina: tica na Administrao Pblica | Assunto: Decreto n 6.029 de 2007

    Considere a seguinte situao hipottica.

    Natlia e sua equipe de servidores do setor de comunicao de um ministrio foram

    encarregadas de preparar folheto destinado a divulgar as atividades da Comisso de

    tica Pblica (CEP) e de explicar, em particular, as relaes entre o presidente da

    Repblica, os ministros de Estado e a referida Comisso.

    A partir dessa situao, julgue os prximos itens, de acordo com o disposto nos

    decretos n.s 6.029/2007 e 1.171/1994.

    Suponha-se que o folheto preparado pela equipe de Natlia explicasse que as

    decises tomadas pela CEP no precisariam ser, necessariamente, seguidas pelo

    presidente da Repblica, visto que a Comisso se caracteriza apenas como um rgo

    de aconselhamento. Nesse caso, a informao do folheto estaria correta, pois, em

    matria de tica pblica, a CEP , de fato, instncia consultiva do presidente da

    Repblica e dos ministros de Estado.

    Certo

    Errado

    Resposta: certo. Fundamento: art.4, inciso I, do Decreto n 6029, de 2007: atuar

    como instncia consultiva do Presidente da Repblica e Ministros de Estado em

    matria de tica pblica.

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    Aulas 01 a 04

    A seguir, voc ter acesso aos Decretos do seu edital, coloquei em vermelho aquilo

    que mais tem cado em concurso pblico. Bons estudos e vamos firmes, rumo sua

    aprovao!

    Presidncia da Repblica

    Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    DECRETO N 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994

    Aprova o Cdigo de tica Profissional do

    Servidor Pblico Civil do Poder Executivo

    Federal.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art.

    84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituio, bem

    como nos arts. 116 e 117 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10,

    11 e 12 da Lei n 8.429, de 2 de junho de 1992,

    DECRETA:

    Art. 1 Fica aprovado o Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do

    Poder Executivo Federal, que com este baixa.

    Art. 2 Os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta

    implementaro, em sessenta dias, as providncias necessrias plena vigncia do

    Cdigo de tica, inclusive mediante a Constituio da respectiva Comisso de tica,

    integrada por trs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego

    permanente.

    Pargrafo nico. A constituio da Comisso de tica ser comunicada

    Secretaria da Administrao Federal da Presidncia da Repblica, com a indicao

    dos respectivos membros titulares e suplentes.

    Art. 3 Este decreto entra em vigor na data de sua publicao.

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    Braslia, 22 de junho de 1994, 173 da Independncia e 106 da Repblica.

    ITAMAR FRANCO

    Romildo Canhim

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 23.6.1994.

    ANEXO

    Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo

    Federal

    CAPTULO I

    Seo I

    Das Regras Deontolgicas

    I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficcia e a conscincia dos princpios morais

    so primados maiores que devem nortear o servidor pblico, seja no exerccio do

    cargo ou funo, ou fora dele, j que refletir o exerccio da vocao do prprio poder

    estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes sero direcionados para a preservao

    da honra e da tradio dos servios pblicos.

    II - O servidor pblico no poder jamais desprezar o elemento tico de sua

    conduta. Assim, no ter que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o

    injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas

    principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art.

    37, caput, e 4, da Constituio Federal.

    III - A moralidade da Administrao Pblica no se limita distino entre o bem

    e o mal, devendo ser acrescida da idia de que o fim sempre o bem comum. O

    equilbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor pblico, que

    poder consolidar a moralidade do ato administrativo.

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    Aulas 01 a 04

    IV- A remunerao do servidor pblico custeada pelos tributos pagos direta ou

    indiretamente por todos, at por ele prprio, e por isso se exige, como contrapartida,

    que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissocivel de

    sua aplicao e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqncia, em fator de

    legalidade.

    V - O trabalho desenvolvido pelo servidor pblico perante a comunidade deve ser

    entendido como acrscimo ao seu prprio bem-estar, j que, como cidado, integrante

    da sociedade, o xito desse trabalho pode ser considerado como seu maior

    patrimnio.

    VI - A funo pblica deve ser tida como exerccio profissional e, portanto, se

    integra na vida particular de cada servidor pblico. Assim, os fatos e atos verificados

    na conduta do dia-a-dia em sua vida privada podero acrescer ou diminuir o seu bom

    conceito na vida funcional.

    VII - Salvo os casos de segurana nacional, investigaes policiais ou interesse

    superior do Estado e da Administrao Pblica, a serem preservados em processo

    previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato

    administrativo constitui requisito de eficcia e moralidade, ensejando sua omisso

    comprometimento tico contra o bem comum, imputvel a quem a negar.

    VIII - Toda pessoa tem direito verdade. O servidor no pode omiti-la ou false-

    la, ainda que contrria aos interesses da prpria pessoa interessada ou da

    Administrao Pblica. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder

    corruptivo do hbito do erro, da opresso ou da mentira, que sempre aniquilam at

    mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nao.

    IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao servio pblico

    caracterizam o esforo pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos

    direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano

    a qualquer bem pertencente ao patrimnio pblico, deteriorando-o, por descuido ou

    m vontade, no constitui apenas uma ofensa ao equipamento e s instalaes ou ao

    Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligncia, seu

    tempo, suas esperanas e seus esforos para constru-los.

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    Aulas 01 a 04

    X - Deixar o servidor pblico qualquer pessoa espera de soluo que compete

    ao setor em que exera suas funes, permitindo a formao de longas filas, ou

    qualquer outra espcie de atraso na prestao do servio, no caracteriza apenas

    atitude contra a tica ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral

    aos usurios dos servios pblicos.

    XI - O servidor deve prestar toda a sua ateno s ordens legais de seus

    superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta

    negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acmulo de desvios tornam-se, s

    vezes, difceis de corrigir e caracterizam at mesmo imprudncia no desempenho da

    funo pblica.

    XII - Toda ausncia injustificada do servidor de seu local de trabalho fator de

    desmoralizao do servio pblico, o que quase sempre conduz desordem nas

    relaes humanas.

    XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional,

    respeitando seus colegas e cada concidado, colabora e de todos pode receber

    colaborao, pois sua atividade pblica a grande oportunidade para o crescimento e

    o engrandecimento da Nao.

    Seo II

    Dos Principais Deveres do Servidor Pblico

    XIV - So deveres fundamentais do servidor pblico:

    a) desempenhar, a tempo, as atribuies do cargo, funo ou emprego pblico

    de que seja titular;

    b) exercer suas atribuies com rapidez, perfeio e rendimento, pondo fim ou

    procurando prioritariamente resolver situaes procrastinatrias, principalmente diante

    de filas ou de qualquer outra espcie de atraso na prestao dos servios pelo setor

    em que exera suas atribuies, com o fim de evitar dano moral ao usurio;

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    Aulas 01 a 04

    c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu carter,

    escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opes, a melhor e a mais

    vantajosa para o bem comum;

    d) jamais retardar qualquer prestao de contas, condio essencial da gesto

    dos bens, direitos e servios da coletividade a seu cargo;

    e) tratar cuidadosamente os usurios dos servios aperfeioando o processo de

    comunicao e contato com o pblico;

    f) ter conscincia de que seu trabalho regido por princpios ticos que se

    materializam na adequada prestao dos servios pblicos;

    g) ser corts, ter urbanidade, disponibilidade e ateno, respeitando a

    capacidade e as limitaes individuais de todos os usurios do servio pblico, sem

    qualquer espcie de preconceito ou distino de raa, sexo, nacionalidade, cor, idade,

    religio, cunho poltico e posio social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes

    dano moral;

    h) ter respeito hierarquia, porm sem nenhum temor de representar contra

    qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

    i) resistir a todas as presses de superiores hierrquicos, de contratantes,

    interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens

    indevidas em decorrncia de aes imorais, ilegais ou aticas e denunci-las;

    j) zelar, no exerccio do direito de greve, pelas exigncias especficas da defesa

    da vida e da segurana coletiva;

    l) ser assduo e freqente ao servio, na certeza de que sua ausncia provoca

    danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

    m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato

    contrrio ao interesse pblico, exigindo as providncias cabveis;

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    Aulas 01 a 04

    n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os mtodos

    mais adequados sua organizao e distribuio;

    o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do

    exerccio de suas funes, tendo por escopo a realizao do bem comum;

    p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exerccio da funo;

    q) manter-se atualizado com as instrues, as normas de servio e a legislao

    pertinentes ao rgo onde exerce suas funes;

    r) cumprir, de acordo com as normas do servio e as instrues superiores, as

    tarefas de seu cargo ou funo, tanto quanto possvel, com critrio, segurana e

    rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.

    s) facilitar a fiscalizao de todos atos ou servios por quem de direito;

    t) exercer com estrita moderao as prerrogativas funcionais que lhe sejam

    atribudas, abstendo-se de faz-lo contrariamente aos legtimos interesses dos

    usurios do servio pblico e dos jurisdicionados administrativos;

    u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua funo, poder ou autoridade com

    finalidade estranha ao interesse pblico, mesmo que observando as formalidades

    legais e no cometendo qualquer violao expressa lei;

    v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existncia

    deste Cdigo de tica, estimulando o seu integral cumprimento.

    Seo III

    Das Vedaes ao Servidor Pblico

    XV - E vedado ao servidor pblico;

    a) o uso do cargo ou funo, facilidades, amizades, tempo, posio e influncias,

    para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

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    Aulas 01 a 04

    b) prejudicar deliberadamente a reputao de outros servidores ou de cidados

    que deles dependam;

    c) ser, em funo de seu esprito de solidariedade, conivente com erro ou

    infrao a este Cdigo de tica ou ao Cdigo de tica de sua profisso;

    d) usar de artifcios para procrastinar ou dificultar o exerccio regular de direito

    por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

    e) deixar de utilizar os avanos tcnicos e cientficos ao seu alcance ou do seu

    conhecimento para atendimento do seu mister;

    f) permitir que perseguies, simpatias, antipatias, caprichos, paixes ou

    interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o pblico, com os jurisdicionados

    administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

    g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda

    financeira, gratificao, prmio, comisso, doao ou vantagem de qualquer espcie,

    para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua misso ou para

    influenciar outro servidor para o mesmo fim;

    h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para

    providncias;

    i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em

    servios pblicos;

    j) desviar servidor pblico para atendimento a interesse particular;

    l) retirar da repartio pblica, sem estar legalmente autorizado, qualquer

    documento, livro ou bem pertencente ao patrimnio pblico;

    m) fazer uso de informaes privilegiadas obtidas no mbito interno de seu

    servio, em benefcio prprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

    n) apresentar-se embriagado no servio ou fora dele habitualmente;

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    Aulas 01 a 04

    o) dar o seu concurso a qualquer instituio que atente contra a moral, a

    honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

    p) exercer atividade profissional atica ou ligar o seu nome a empreendimentos

    de cunho duvidoso.

    CAPTULO II

    DAS COMISSES DE TICA

    XVI - Em todos os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal direta,

    indireta autrquica e fundacional, ou em qualquer rgo ou entidade que exera

    atribuies delegadas pelo poder pblico, dever ser criada uma Comisso de tica,

    encarregada de orientar e aconselhar sobre a tica profissional do servidor, no

    tratamento com as pessoas e com o patrimnio pblico, competindo-lhe conhecer

    concretamente de imputao ou de procedimento susceptvel de censura.

    XVII -- Cada Comisso de tica, integrada por trs servidores pblicos e

    respectivos suplentes, poder instaurar, de ofcio, processo sobre ato, fato ou conduta

    que considerar passvel de infringncia a princpio ou norma tico-profissional,

    podendo ainda conhecer de consultas, denncias ou representaes formuladas

    contra o servidor pblico, a repartio ou o setor em que haja ocorrido a falta, cuja

    anlise e deliberao forem recomendveis para atender ou resguardar o exerccio do

    cargo ou funo pblica, desde que formuladas por autoridade, servidor,

    jurisdicionados administrativos, qualquer cidado que se identifique ou quaisquer

    entidades associativas regularmente constitudas. (Revogado pelo Decreto n 6.029,

    de 2007)

    XVIII - Comisso de tica incumbe fornecer, aos organismos encarregados da

    execuo do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta tica,

    para o efeito de instruir e fundamentar promoes e para todos os demais

    procedimentos prprios da carreira do servidor pblico.

    XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comisso de tica, para a

    apurao de fato ou ato que, em princpio, se apresente contrrio tica, em

    conformidade com este Cdigo, tero o rito sumrio, ouvidos apenas o queixoso e o

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    servidor, ou apenas este, se a apurao decorrer de conhecimento de ofcio, cabendo

    sempre recurso ao respectivo Ministro de Estado. (Revogado pelo Decreto n 6.029,

    de 2007)

    XX - Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua reincidncia,

    poder a Comisso de tica encaminhar a sua deciso e respectivo expediente para a

    Comisso Permanente de Processo Disciplinar do respectivo rgo, se houver, e,

    cumulativamente, se for o caso, entidade em que, por exerccio profissional, o

    servidor pblico esteja inscrito, para as providncias disciplinares cabveis. O

    retardamento dos procedimentos aqui prescritos implicar comprometimento tico da

    prpria Comisso, cabendo Comisso de tica do rgo hierarquicamente superior o

    seu conhecimento e providncias. (Revogado pelo Decreto n 6.029, de 2007)

    XXI - As decises da Comisso de tica, na anlise de qualquer fato ou ato

    submetido sua apreciao ou por ela levantado, sero resumidas em ementa e, com

    a omisso dos nomes dos interessados, divulgadas no prprio rgo, bem como

    remetidas s demais Comisses de tica, criadas com o fito de formao da

    conscincia tica na prestao de servios pblicos. Uma cpia completa de todo o

    expediente dever ser remetida Secretaria da Administrao Federal da Presidncia

    da Repblica. (Revogado pelo Decreto n 6.029, de 2007)

    XXII - A pena aplicvel ao servidor pblico pela Comisso de tica a de

    censura e sua fundamentao constar do respectivo parecer, assinado por todos os

    seus integrantes, com cincia do faltoso.

    XXIII - A Comisso de tica no poder se eximir de fundamentar o julgamento

    da falta de tica do servidor pblico ou do prestador de servios contratado, alegando

    a falta de previso neste Cdigo, cabendo-lhe recorrer analogia, aos costumes e aos

    princpios ticos e morais conhecidos em outras profisses; (Revogado pelo Decreto

    n 6.029, de 2007)

    XXIV - Para fins de apurao do comprometimento tico, entende-se por servidor

    pblico todo aquele que, por fora de lei, contrato ou de qualquer ato jurdico, preste

    servios de natureza permanente, temporria ou excepcional, ainda que sem

    retribuio financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer rgo do

    poder estatal, como as autarquias, as fundaes pblicas, as entidades paraestatais,

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    Aulas 01 a 04

    as empresas pblicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde

    prevalea o interesse do Estado.

    XXV - Em cada rgo do Poder Executivo Federal em que qualquer cidado

    houver de tomar posse ou ser investido em funo pblica, dever ser prestado,

    perante a respectiva Comisso de tica, um compromisso solene de acatamento e

    observncia das regras estabelecidas por este Cdigo de tica e de todos os

    princpios ticos e morais estabelecidos pela tradio e pelos bons

    costumes. (Revogado pelo Decreto n 6.029, de 2007)

    Presidncia da Repblica

    Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    DECRETO N 6.029, DE 1 DE FEVEREIRO DE 2007.

    Institui Sistema de Gesto da tica do

    Poder Executivo Federal, e d outras

    providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84,

    inciso VI, alnea a, da Constituio,

    DECRETA:

    Art. 1o Fica institudo o Sistema de Gesto da tica do Poder Executivo Federal

    com a finalidade de promover atividades que dispem sobre a conduta tica no mbito

    do Executivo Federal, competindo-lhe:

    I - integrar os rgos, programas e aes relacionadas com a tica pblica;

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    Aulas 01 a 04

    II - contribuir para a implementao de polticas pblicas tendo a transparncia e

    o acesso informao como instrumentos fundamentais para o exerccio de gesto da

    tica pblica;

    III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilizao e interao

    de normas, procedimentos tcnicos e de gesto relativos tica pblica;

    IV - articular aes com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo

    e incremento ao desempenho institucional na gesto da tica pblica do Estado

    brasileiro.

    Art. 2o Integram o Sistema de Gesto da tica do Poder Executivo Federal:

    I - a Comisso de tica Pblica - CEP, instituda pelo Decreto de 26 de maio de

    1999;

    II - as Comisses de tica de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho de

    1994; e

    III - as demais Comisses de tica e equivalentes nas entidades e rgos do Poder

    Executivo Federal.

    Art. 3o A CEP ser integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos de

    idoneidade moral, reputao ilibada e notria experincia em administrao pblica,

    designados pelo Presidente da Repblica, para mandatos de trs anos, no

    coincidentes, permitida uma nica reconduo.

    1o A atuao no mbito da CEP no enseja qualquer remunerao para seus

    membros e os trabalhos nela desenvolvidos so considerados prestao de relevante

    servio pblico.

    2o O Presidente ter o voto de qualidade nas deliberaes da Comisso.

    3o Os mandatos dos primeiros membros sero de um, dois e trs anos,

    estabelecidos no decreto de designao.

    Art. 4o CEP compete:

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    Aulas 01 a 04

    I - atuar como instncia consultiva do Presidente da Repblica e Ministros de

    Estado em matria de tica pblica;

    II - administrar a aplicao do Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal,

    devendo:

    a) submeter ao Presidente da Repblica medidas para seu aprimoramento;

    b) dirimir dvidas a respeito de interpretao de suas normas, deliberando sobre

    casos omissos;

    c) apurar, mediante denncia, ou de ofcio, condutas em desacordo com as

    normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas;

    III - dirimir dvidas de interpretao sobre as normas do Cdigo de tica

    Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal de que trata

    o Decreto no 1.171, de 1994;

    IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gesto da tica Pblica do

    Poder Executivo Federal;

    V - aprovar o seu regimento interno; e

    VI - escolher o seu Presidente.

    Pargrafo nico. A CEP contar com uma Secretaria-Executiva, vinculada Casa Civil

    da Presidncia da Repblica, qual competir prestar o apoio tcnico e administrativo aos

    trabalhos da Comisso.

    Art. 5o Cada Comisso de tica de que trata o Decreto no 1171, de 1994, ser

    integrada por trs membros titulares e trs suplentes, escolhidos entre servidores e

    empregados do seu quadro permanente, e designados pelo dirigente mximo da respectiva

    entidade ou rgo, para mandatos no coincidentes de trs anos.

    Art. 6o dever do titular de entidade ou rgo da Administrao Pblica Federal,

    direta e indireta:

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    I - assegurar as condies de trabalho para que as Comisses de tica cumpram

    suas funes, inclusive para que do exerccio das atribuies de seus integrantes no lhes

    resulte qualquer prejuzo ou dano;

    II - conduzir em seu mbito a avaliao da gesto da tica conforme processo

    coordenado pela Comisso de tica Pblica.

    Art. 7o Compete s Comisses de tica de que tratam os incisos II e III do art. 2o:

    I - atuar como instncia consultiva de dirigentes e servidores no mbito de seu

    respectivo rgo ou entidade;

    II - aplicar o Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder

    Executivo Federal, aprovado pelo Decreto 1.171, de 1994, devendo:

    a) submeter Comisso de tica Pblica propostas para seu aperfeioamento;

    b) dirimir dvidas a respeito da interpretao de suas normas e deliberar sobre casos

    omissos;

    c) apurar, mediante denncia ou de ofcio, conduta em desacordo com as normas

    ticas pertinentes; e

    d) recomendar, acompanhar e avaliar, no mbito do rgo ou entidade a que

    estiver vinculada, o desenvolvimento de aes objetivando a disseminao,

    capacitao e treinamento sobre as normas de tica e disciplina;

    III - representar a respectiva entidade ou rgo na Rede de tica do Poder

    Executivo Federal a que se refere o art. 9o; e

    IV - supervisionar a observncia do Cdigo de Conduta da Alta Administrao

    Federal e comunicar CEP situaes que possam configurar descumprimento de

    suas normas.

    1o Cada Comisso de tica contar com uma Secretaria-Executiva, vinculada

    administrativamente instncia mxima da entidade ou rgo, para cumprir plano de

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    trabalho por ela aprovado e prover o apoio tcnico e material necessrio ao

    cumprimento das suas atribuies.

    2o As Secretarias-Executivas das Comisses de tica sero chefiadas por

    servidor ou empregado do quadro permanente da entidade ou rgo, ocupante de

    cargo de direo compatvel com sua estrutura, alocado sem aumento de despesas.

    Art. 8o Compete s instncias superiores dos rgos e entidades do Poder

    Executivo Federal, abrangendo a administrao direta e indireta:

    I - observar e fazer observar as normas de tica e disciplina;

    II - constituir Comisso de tica;

    III - garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a Comisso

    cumpra com suas atribuies; e

    IV - atender com prioridade s solicitaes da CEP.

    Art. 9o Fica constituda a Rede de tica do Poder Executivo Federal, integrada

    pelos representantes das Comisses de tica de que tratam os incisos I, II e III do art.

    2o, com o objetivo de promover a cooperao tcnica e a avaliao em gesto da

    tica.

    Pargrafo nico. Os integrantes da Rede de tica se reuniro sob a coordenao

    da Comisso de tica Pblica, pelo menos uma vez por ano, em frum especfico,

    para avaliar o programa e as aes para a promoo da tica na administrao

    pblica.

    Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comisses de tica devem ser

    desenvolvidos com celeridade e observncia dos seguintes princpios:

    I - proteo honra e imagem da pessoa investigada;

    II - proteo identidade do denunciante, que dever ser mantida sob reserva, se

    este assim o desejar; e

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    III - independncia e imparcialidade dos seus membros na apurao dos fatos,

    com as garantias asseguradas neste Decreto.

    Art. 11. Qualquer cidado, agente pblico, pessoa jurdica de direito privado,

    associao ou entidade de classe poder provocar a atuao da CEP ou de Comisso

    de tica, visando apurao de infrao tica imputada a agente pblico, rgo ou

    setor especfico de ente estatal.

    Pargrafo nico. Entende-se por agente pblico, para os fins deste Decreto, todo

    aquele que, por fora de lei, contrato ou qualquer ato jurdico, preste servios de

    natureza permanente, temporria, excepcional ou eventual, ainda que sem retribuio

    financeira, a rgo ou entidade da administrao pblica federal, direta e indireta.

    Art. 12. O processo de apurao de prtica de ato em desrespeito ao preceituado

    no Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal e no Cdigo de tica

    Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal ser instaurado, de

    ofcio ou em razo de denncia fundamentada, respeitando-se, sempre, as garantias

    do contraditrio e da ampla defesa, pela Comisso de tica Pblica ou Comisses de

    tica de que tratam o incisos II e III do art. 2, conforme o caso, que notificar o

    investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de dez dias.

    1o O investigado poder produzir prova documental necessria sua defesa.

    2o As Comisses de tica podero requisitar os documentos que entenderem

    necessrios instruo probatria e, tambm, promover diligncias e solicitar parecer

    de especialista.

    3o Na hiptese de serem juntados aos autos da investigao, aps a

    manifestao referida no caput deste artigo, novos elementos de prova, o investigado

    ser notificado para nova manifestao, no prazo de dez dias.

    4o Concluda a instruo processual, as Comisses de tica proferiro deciso

    conclusiva e fundamentada.

    5o Se a concluso for pela existncia de falta tica, alm das providncias previstas

    no Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal e no Cdigo de tica Profissional do

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    Aulas 01 a 04

    Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal, as Comisses de tica tomaro as

    seguintes providncias, no que couber:

    I - encaminhamento de sugesto de exonerao de cargo ou funo de confiana

    autoridade hierarquicamente superior ou devoluo ao rgo de origem, conforme o

    caso;

    II -- encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da Unio ou

    unidade especfica do Sistema de Correio do Poder Executivo Federal de que trata

    o Decreto n o 5.480, de 30 de junho de 2005, para exame de eventuais transgresses

    disciplinares; e

    III - recomendao de abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da

    conduta assim o exigir.

    Art. 13. Ser mantido com a chancela de reservado, at que esteja concludo,

    qualquer procedimento instaurado para apurao de prtica em desrespeito s normas

    ticas.

    1o Concluda a investigao e aps a deliberao da CEP ou da Comisso de

    tica do rgo ou entidade, os autos do procedimento deixaro de ser reservados.

    2o Na hiptese de os autos estarem instrudos com documento acobertado por

    sigilo legal, o acesso a esse tipo de documento somente ser permitido a quem detiver

    igual direito perante o rgo ou entidade originariamente encarregado da sua guarda.

    3o Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser mantidos, as

    Comisses de tica, depois de concludo o processo de investigao, providenciaro

    para que tais documentos sejam desentranhados dos autos, lacrados e acautelados.

    Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada assegurado o direito de

    saber o que lhe est sendo imputado, de conhecer o teor da acusao e de ter vista dos

    autos, no recinto das Comisses de tica, mesmo que ainda no tenha sido notificada da

    existncia do procedimento investigatrio.

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    Pargrafo nico. O direito assegurado neste artigo inclui o de obter cpia dos

    autos e de certido do seu teor.

    Art. 15. Todo ato de posse, investidura em funo pblica ou celebrao de

    contrato de trabalho, dos agentes pblicos referidos no pargrafo nico do art. 11,

    dever ser acompanhado da prestao de compromisso solene de acatamento e

    observncia das regras estabelecidas pelo Cdigo de Conduta da Alta Administrao

    Federal, pelo Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder

    Executivo Federal e pelo Cdigo de tica do rgo ou entidade, conforme o caso.

    Pargrafo nico . A posse em cargo ou funo pblica que submeta a autoridade

    s normas do Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal deve ser precedida

    de consulta da autoridade Comisso de tica Pblica acerca de situao que possa

    suscitar conflito de interesses.

    Art. 16. As Comisses de tica no podero escusar-se de proferir deciso sobre

    matria de sua competncia alegando omisso do Cdigo de Conduta da Alta

    Administrao Federal, do Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do

    Poder Executivo Federal ou do Cdigo de tica do rgo ou entidade, que, se

    existente, ser suprida pela analogia e invocao aos princpios da legalidade,

    impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.

    1o Havendo dvida quanto legalidade, a Comisso de tica competente

    dever ouvir previamente a rea jurdica do rgo ou entidade.

    2o Cumpre CEP responder a consultas sobre aspectos ticos que lhe forem

    dirigidas pelas demais Comisses de tica e pelos rgos e entidades que integram o

    Executivo Federal, bem como pelos cidados e servidores que venham a ser

    indicados para ocupar cargo ou funo abrangida pelo Cdigo de Conduta da Alta

    Administrao Federal.

    Art. 17. As Comisses de tica, sempre que constatarem a possvel ocorrncia

    de ilcitos penais, civis, de improbidade administrativa ou de infrao disciplinar,

    encaminharo cpia dos autos s autoridades competentes para apurao de tais

    fatos, sem prejuzo das medidas de sua competncia.

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    Aulas 01 a 04

    Art. 18. As decises das Comisses de tica, na anlise de qualquer fato ou ato

    submetido sua apreciao ou por ela levantado, sero resumidas em ementa e, com

    a omisso dos nomes dos investigados, divulgadas no stio do prprio rgo, bem

    como remetidas Comisso de tica Pblica.

    Art. 19. Os trabalhos nas Comisses de tica de que tratam os incisos II e III do

    art. 2o so considerados relevantes e tm prioridade sobre as atribuies prprias dos

    cargos dos seus membros, quando estes no atuarem com exclusividade na

    Comisso.

    Art. 20. Os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal daro

    tratamento prioritrio s solicitaes de documentos necessrios instruo dos

    procedimentos de investigao instaurados pelas Comisses de tica .

    1o Na hiptese de haver inobservncia do dever funcional previsto no caput, a

    Comisso de tica adotar as providncias previstas no inciso III do 5o do art. 12.

    2o As autoridades competentes no podero alegar sigilo para deixar de prestar

    informao solicitada pelas Comisses de tica.

    Art. 21. A infrao de natureza tica cometida por membro de Comisso de tica

    de que tratam os incisos II e III do art. 2o ser apurada pela Comisso de tica

    Pblica.

    Art. 22. A Comisso de tica Pblica manter banco de dados de sanes

    aplicadas pelas Comisses de tica de que tratam os incisos II e III do art. 2o e de

    suas prprias sanes, para fins de consulta pelos rgos ou entidades da

    administrao pblica federal, em casos de nomeao para cargo em comisso ou de

    alta relevncia pblica.

    Pargrafo nico. O banco de dados referido neste artigo engloba as sanes

    aplicadas a qualquer dos agentes pblicos mencionados no pargrafo nico do art. 11

    deste Decreto.

    Art. 23. Os representantes das Comisses de tica de que tratam os incisos II e

    III do art. 2o atuaro como elementos de ligao com a CEP, que dispor em

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    Aulas 01 a 04

    Resoluo prpria sobre as atividades que devero desenvolver para o cumprimento

    desse mister.

    Art. 24. As normas do Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal, do

    Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal e do

    Cdigo de tica do rgo ou entidade aplicam-se, no que couber, s autoridades e

    agentes pblicos neles referidos, mesmo quando em gozo de licena.

    Art. 25. Ficam revogados os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV do Cdigo de

    tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo

    Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994, os arts. 2o e 3o do Decreto de 26 de maio de

    1999, que cria a Comisso de tica Pblica, e os Decretos de 30 de agosto de 2000 e

    de 18 de maio de 2001, que dispem sobre a Comisso de tica Pblica.

    Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicao.

    Braslia, 1 de fevereiro de 2007; 186o da Independncia e 119o da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA

    Dilma Rousseff

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 2.2.2007