3
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO CENTRAL CÍVEL 10ª VARA CÍVEL Praça João Mendes s/nº , andar - salas 712/718-719/721 - Centro CEP: 01501-900 - São Paulo - SP Telefone: 21716111 - E-mail: [email protected] 1018745-51. 2013. 8. 26. 0100 - lauda 1 CONCLUSÃO Em 12 d e se t e mbro d e 2013, faço estes autos conclusos a(o) MM. Juiz(a) de Direito da 10ª Vara Cível de São Paulo, Dr.(ª) Andr e a d e Abr e u e Braga Eu ______, Escr., subscr. SENTENÇA Processo nº: 1018745-51.2013.8.26.0100 Classe - Assunto Proce dime nto Ordinário - Planos d e Saúd e Requerente: SILVIA MARIA PEREIRA RAMOS SILVA Requerido: Fun ç ão Saud e Itau Juiz(a) de Direito: Dr(a). Andr e a d e Abr e u e Braga Vistos. SILVIA MARIA PEREIRA RAMOS SILVA moveu a presente ação em face de FUNDAÇÃO SAÚDE ITAÚ, alegando, em síntese, que é aposentada e permaneceu trabalhando para o Banco Itaú, quando então o contrato de trabalho foi rescindido sem justa causa. Na ocasião, optou pela manutenção do plano de saúde, com a participação da ex empregadora. Entretanto, o prazo concedido para a continuidade do benefício se encerrará. A autora entende que possui o direito de permanecer como beneficiária por tempo indeterminado no plano de saúde disponibilizado pela ré, arcando com a integralidade do prêmio, nos termos do artigo 31, da Lei nº9656/98, mas que o valor cobrado pela ré mostra-se excessivo e não espelha a somatória da parcela paga pela beneficiária e pela empregadora. Pede a condenação da ré a manter a autora associada ao plano de saúde "executivo I", enviando-lhe cobranças sempre para o dia 05, em valor igual à somatória da co-participação da autora com a co-participação da ex-empregadora, sob as mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho da autora, por prazo indeterminado. Juntou documentos. Deferida a liminar, a ré foi validamente citada e apresentou defesa, sustentando, que a alteração do valor do prêmio decorreu da adequação da autora ao plano dos funcionários aposentados. Diz que quando a autora encontrava-se na ativa, o plano de saúde era subsidiado pela empregador a e na atual situação, deve haver o reenquadramento, que se encontra de acordo com a normatização específica. Requereu a improcedência. Juntou documentos. Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1018745-51.2013.8.26.0100 e o código 534806. Este documento foi assinado digitalmente por ANDREA DE ABREU E BRAGA. fls. 174

Silvia maria sentença(1)

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Manutenção do Plano de Saúde após aposentadoria. Cliente Périsson Andrade Advogados

Citation preview

Page 1: Silvia maria sentença(1)

T RIBUN A L D E JUST I Ç A D O EST A D O D E SÃ O PA U L OCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL CÍVEL10ª VARA CÍVELPraça João Mendes s/nº, 7º andar - salas nº 712/718-719/721 - CentroCEP: 01501-900 - São Paulo - SPTelefone: 21716111 - E-mail: [email protected]

1018745-51.2013.8.26.0100 - lauda 1

C O N C L USÃ OEm 12 de setembro de 2013, faço estes autos conclusos a(o) MM. Juiz(a) de Direito da 10ª Vara Cível de São Paulo, Dr.(ª)Andrea de Abreu e B raga Eu ______, Escr., subscr.

SE N T E N Ç A

Processo nº: 1018745-51.2013.8.26.0100Classe - Assunto Procedimento O rdinário - Planos de SaúdeRequerente: SI L V I A M A RI A PE R E IR A R A M OS SI L V ARequerido: Função Saude I tau

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Andrea de Abreu e B raga

Vistos.

SILVIA MARIA PEREIRA RAMOS SILVA moveu a presente ação em face de

FUNDAÇÃO SAÚDE ITAÚ, alegando, em síntese, que é aposentada e permaneceu trabalhando

para o Banco Itaú, quando então o contrato de trabalho foi rescindido sem justa causa. Na ocasião,

optou pela manutenção do plano de saúde, com a participação da ex empregadora. Entretanto, o

prazo concedido para a continuidade do benefício se encerrará. A autora entende que possui o

direito de permanecer como beneficiária por tempo indeterminado no plano de saúde

disponibilizado pela ré, arcando com a integralidade do prêmio, nos termos do artigo 31, da Lei

nº9656/98, mas que o valor cobrado pela ré mostra-se excessivo e não espelha a somatória da

parcela paga pela beneficiária e pela empregadora. Pede a condenação da ré a manter a autora

associada ao plano de saúde "executivo I", enviando-lhe cobranças sempre para o dia 05, em valor

igual à somatória da co-participação da autora com a co-participação da ex-empregadora, sob as

mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de

trabalho da autora, por prazo indeterminado. Juntou documentos.

Deferida a liminar, a ré foi validamente citada e apresentou defesa, sustentando,

que a alteração do valor do prêmio decorreu da adequação da autora ao plano dos funcionários

aposentados. Diz que quando a autora encontrava-se na ativa, o plano de saúde era subsidiado pela

empregador a e na atual situação, deve haver o reenquadramento, que se encontra de acordo com a

normatização específica. Requereu a improcedência. Juntou documentos.

Se im

pres

so, p

ara

conf

erên

cia

aces

se o

site

http

s://e

saj.t

jsp.

jus.

br/e

saj,

info

rme

o pr

oces

so 1

0187

45-5

1.20

13.8

.26.

0100

e o

cód

igo

5348

06.

Este

doc

umen

to fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or A

ND

REA

DE

ABR

EU E

BR

AGA.

fls. 174

Page 2: Silvia maria sentença(1)

T RIBUN A L D E JUST I Ç A D O EST A D O D E SÃ O PA U L OCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL CÍVEL10ª VARA CÍVELPraça João Mendes s/nº, 7º andar - salas nº 712/718-719/721 - CentroCEP: 01501-900 - São Paulo - SPTelefone: 21716111 - E-mail: [email protected]

1018745-51.2013.8.26.0100 - lauda 2

É o relatório.

Decido.

O feito comporta julgamento antecipado, sendo desnecessária a produção de outras

provas.

No mérito, a ação é procedente.

Com efeito, é incontroverso nos autos que, durante o período em que a autora

trabalhou para a estipulante houve efetiva configuração de regime de coparticipação no plano de

saúde.

Portanto, correto o entendimento da requerente de que, no momento da

aposentadoria, o autora já fazia jus à continuidade do plano de saúde, nas mesmas condições

previstas no artigo 31, da Lei nº9656/98.

E mesmo que a autora tenha sido contratado pela ré posteriormente à

aposentadoria, tal fato não desnatura ou extingue direito pleiteado.

A tese da ré é de que, com o término do vínculo empregatício, a autora deveria se

enquadrar no plano previsto aos aposentados.

Entretanto, qualquer normatização infralegal que restrinja ou modifique o direito

previsto na Lei n9656/98, não pode ser aplicada.

Assim, sendo a autora aposentada, e tendo ela contribuído pelo prazo legal, em

regime de coparticipação, faz jus à manutenção do plano de saúde, com a única alteração de arcar

com a parcela paga pela empregadora.

Assim, cabe à ré manter o autor no plano de saúde que lhe foi proporcionado, nas

exatas condições vigentes no momento da extinção do vínculo empregatício, desde que o

requerente assuma a totalidade do prêmio mensal.

Diante do exposto, julgo PROCEDENTE a ação para condenar a ré a manter a

autora associada ao plano de saúde "executivo I", enviando-lhe cobranças sempre para o dia 05,

em valor igual à somatória da co-participação da autora com a co-participação da ex-empregadora,

sob as mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato

de trabalho da autora, por prazo indeterminado, com a possibilidade de aumentos do prêmio anual,

Se im

pres

so, p

ara

conf

erên

cia

aces

se o

site

http

s://e

saj.t

jsp.

jus.

br/e

saj,

info

rme

o pr

oces

so 1

0187

45-5

1.20

13.8

.26.

0100

e o

cód

igo

5348

06.

Este

doc

umen

to fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or A

ND

REA

DE

ABR

EU E

BR

AGA.

fls. 175

Page 3: Silvia maria sentença(1)

T RIBUN A L D E JUST I Ç A D O EST A D O D E SÃ O PA U L OCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL CÍVEL10ª VARA CÍVELPraça João Mendes s/nº, 7º andar - salas nº 712/718-719/721 - CentroCEP: 01501-900 - São Paulo - SPTelefone: 21716111 - E-mail: [email protected]

1018745-51.2013.8.26.0100 - lauda 3

de acordo com o autorizado pela ANS. Torno definitiva a liminar outrora concedida.

Em virtude da sucumbência, a ré arcará com as custas processuais e honorários

advocatícios da parte adversa que arbitro em R$2.000,00.

Nos termos da Lei n.º 11.608/03, o valor do preparo para eventual interposição de

recurso importa em R$201,18.

P.R.I.C.

São Paulo, 12 de setembro de 2013.

D O C U M E N T O ASSIN A D O DI G I T A L M E N T E N OS T E R M OS D A L E I 11.419/2006, C O N F O R M E I MPR ESSÃ O À M A R G E M DIR E I T A

Se im

pres

so, p

ara

conf

erên

cia

aces

se o

site

http

s://e

saj.t

jsp.

jus.

br/e

saj,

info

rme

o pr

oces

so 1

0187

45-5

1.20

13.8

.26.

0100

e o

cód

igo

5348

06.

Este

doc

umen

to fo

i ass

inad

o di

gita

lmen

te p

or A

ND

REA

DE

ABR

EU E

BR

AGA.

fls. 176