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Simeone aula inaugural ufpr mar 2012

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A comunicação e a condição pública dos processos de mobilização social Aula inaugural do mestrado em Comunicação Social da UFPR, 2012.

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Márcio Simeone – [email protected]

Comunicação e Mobilização Social

A comunicação e a condição pública dos processos de

mobilização social

Márcio Simeone Henriques

Universidade Federal de Minas Gerais

UFPR – março de 2012

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Márcio Simeone – [email protected]

Comunicação e Mobilização Social

Mobilização Social

É a reunião de sujeitos que definem objetivos e compartilham sentimentos,

conhecimentos e responsabilidades para a transformação de uma dada realidade, movidos por um acordo em relação a

determinada causa de interesse público.

HENRIQUES et. Al., 2004

Condição pública dos processos de mobilização social

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Comunicação e Mobilização Social

Formação de públicos

Visão situacional

Forma-se um público quando um conjunto de cidadãos se vê afetado pelas consequências indiretas de atos privados (Dewey, 1927)

“Os atos humanos têm consequência sobre os demais; algumas dessas consequências se percebem e sua percepção requer um esforço de controle da ação para assegurar umas consequências e evitar outras. Assim, há consequências de dois tipos: as que afetam às pessoas diretamente implicadas e as que afetam a outras distintas das imediatamente implicadas. É essa distinção o germe da distinção entre privado e público. O público se compõe de todos aqueles que se veem afetados pelas consequências indiretas das transações, até o ponto em que resulta necessário ocupar-se sistematicamente dessas consequências” (John Dewey, “O Público e seus problemas”, 1927)

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Comunicação e Mobilização Social

Visão situacional

“Um” público é um grupo de pessoas:

)2 envolvidas numa questão;

2) divididas em termos dessa opinião;

3) com discussão a respeito de tal problema.

“A presença de uma questão, de discussão e de uma opinião coletiva constitui a marca do público” (Herbert Blumer, “A massa, o público e a opinião pública”, 1946)

Herbert Blumer

Escola de Chicago

“Collective Behavior” (1955)

Formação de públicos

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Comunicação e Mobilização Social

O público que se define pela existência de controvérsia pública

Desejo cada vez maior dos indivíduos de “influir na apreciação e na resolução das controvérsias de interesse público” - Transformação das massas em “genuínos públicos” (ANDRADE, 1989:14)

“Grupo que se identifica por uma resposta a uma situação racional”, “grupo intencional que se forma, ainda que por curto período, em virtude de um objetivo social ou moral” (POYARES, 1974:158-159)

O público que se define pela existência de um dilema social ou moral

Formação de públicos

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Comunicação e Mobilização Social

• Os públicos sempre se definem pela existência de um problema em comum que seus membros reconhecem - o conceito de “público geral” é uma impossibilidade lógica

(GRUNIG & HUNT:1984)

O público que se define pelos interesses comuns

• “Público” é qualquer coleção de indivíduos, organizados ou não, com interesse comum.

(CASTRO NEVES, 2002:72)

Todo público é um grupo específico

Segmentação

Formação de públicos

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Comunicação e Mobilização Social

O público é o espaço social criado pela circulação reflexiva de discursos e possui uma dimensão performativa

WARNER, 2002

Virtualidade

Endereçado a interesses presumidos

Possibilitado pela manifestação de

interesses

Movimentação de públicos

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Comunicação e Mobilização Social

A dupla via da formação

Um público formado pela projeção segmentada de interesses da organização

Um público que se auto-organiza e se

apresenta como público

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Comunicação e Mobilização Social

Difusa Organizada

Nível de (auto)organização e institucionalização

Dinâmica de (auto)organização dos públicos:

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Comunicação e Mobilização Social

A comunicação e a condição pública dos processos de

mobilização social

Márcio Simeone Henriques

Universidade Federal de Minas Gerais

UFPR – março de 2012