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Práticas e Modelos de Auto-Avaliação de Bibliotecas Escolares Sessão 3

2ª sessão online

Síntese da Sessão:

O Modelo de Auto-avaliação. Problemáticas e conceitos implicados

Foram objectivos desta sessão:

Perceber a estrutura e os conceitos implicados na construção do Modelo de Auto-

Avaliação das Bibliotecas Escolares.

Entender os factores críticos de sucesso inerentes à sua aplicação.

As tarefas propostas consistiram:

As formandas deveriam escolher uma das três tarefas propostas:

Tarefa 1: Planificar um Workshop formativo de apresentação do Modelo de Auto-Avaliação dirigido à sua escola/ agrupamento. As temáticas a abordar deveriam ser, entre outras, as seguintes:

- Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares.

- O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados.

- Organização estrutural e funcional.

- Integração/ Aplicação à realidade da escola/ biblioteca escolar. Oportunidades e

constrangimentos.

- Gestão participada das mudanças que a sua aplicação impõe. Níveis de participação da escola.

Tarefa 2:

Fazer uma análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, tendo em

conta os seguintes aspectos:

- O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados.

- Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares.

- Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.

- Integração/ Aplicação à realidade da escola.

- Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação.

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Tarefa 3:

Elaborar um texto, recorrendo, para fundamentar as afirmações, a citações das leituras obrigatórias, onde se reflectisse sobre:

A implementação do Modelo de Auto-Avaliação requer uma liderança forte e uma

mudança de atitude e de práticas por parte do professor bibliotecário e da escola.

Aspectos que considera ser essenciais à mudança e que a implementação do Modelo vem

necessariamente originar.

Realização das tarefas:

Em relação à realização das tarefas, devemos dizer que das actuais 19 formandas desta acção,

quatro não apresentaram a tarefa dentro do prazo estipulado para esta sessão. E dessas quatro,

duas não chegaram mesmo a colocar o seu trabalho na plataforma. As restantes elaboraram um

dos trabalhos propostos (7 optaram pela 1ª tarefa; outros 7 optaram pela 2ª tarefa e apenas 3

optaram pela 3ª tarefa). Das 17 formandas que realizaram o trabalho nesta sessão apenas uma

não apresentou a sua auto-avaliação.

Apesar de se verificar que nem todos cumpriram a actividade estipulada para esta sessão dentro

do prazo estipulado, consideramos que, dada a qualidade das participações, os objectivos da

sessão foram plenamente alcançados. Nota-se que as formandas estão a fazer um esforço para

apresentarem bons trabalhos.

REALIZAÇÂO DA 1ª TAREFA:

No que diz respeito à 1ª tarefa, em que se pedia para “planificar um Workshop”, algumas das

formandas não terão percebido bem o que era pedido e não se focaram concretamente e apenas

na planificação de uma sessão de trabalho, apresentando antes os documentos/ferramentas de

que se iriam servir durante a realização desse Workshop. Parece-nos que a construção dos

powerpoints e de todos os documentos de apoio lhes terá dado trabalho acrescido. Pretendia-se

mais um trabalho de preparação prévio da sessão como o que realizaram, por exemplo, as colegas

Alexandra Lopes e Isabel Reis( só para servir de exemplo). Não nos podemos esquecer que esta

formação pretende servir para apoiar o nosso trabalho nas escolas e os trabalhos que aqui são

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pedidos podem e devem ser utilizados na nossa prática, e faz sentido prepararmos nas escolas

uma sessão de trabalho sobre esta matéria.

Na planificação desta actividade é fundamental não perder de vista que a auto-avaliação da BE só

adquire a dimensão desejada se a escola se sentir envolvida nela e se cada um dos intervenientes

tiver a noção de que o seu contributo é importante. Por isso é fundamental aproveitar esta

oportunidade para apresentar de uma forma simples, mas não simplista, alguns conceitos

subjacentes:

Domínios e subdomínios

Indicadores e factores críticos de desempenho

Perfis de desempenho

Prática baseada em evidências

Valor

A apresentação do modelo é um bom pretexto para elucidar os professores sobre a profundidade

e alcance da missão da BE e para os alertar para a importância da colaboração entre esta e o

currículo.

É importante que nestes momentos de reflexão, nas escolas, incluam alguma inovação nas

estratégias utilizadas e salientamos a preocupação de alguns formandos em preverem momentos

em que pedem aos participantes que realizem trabalhos práticos pois, durante a realização destes

trabalhos , o professor bibliotecário poderá aproveitar para aprofundar a colaboração com os

departamentos, grupos disciplinares e conselhos de docentes. No entanto, chamamos a atenção

para que tenham cuidado com o tempo que é estipulado para a realização de cada uma das

tarefas pedidas aos professores.

É também importante uma perspectiva menos abordada nos trabalhos apresentados: a motivação

e envolvimento da Direcção neste processo. Será o/a Director/a a convocar as reuniões onde este

workshop se realizará e terá de ser discutida com ele/ela a melhor estratégia para o fazer.

REALIZAÇÂO DA 2ª TAREFA

Após a leitura dos trabalhos respeitantes à 2ª tarefa, constatámos que há textos onde

efectivamente se faz uma análise crítica e outros que se ficam por uma apresentação dos aspectos

essenciais do modelo. Julgamos que, com o tempo e com um melhor conhecimento do modelo e

das práticas que lhe são inerentes, todas as formandas poderão ter uma posição mais crítica e

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aprofundar a sua análise. Neste momento, sugerimos a leitura dos trabalhos das colegas porque,

nalguns casos, eles expressam ideias que podem despoletar outras reflexões e enriquecer o nosso

conhecimento do modelo.

Para fazer a síntese do trabalho realizado nesta tarefa, parece-nos útil transcrever algumas

citações das análises dos formandos que focam aspectos essenciais deste modelo, para depois as

comentarmos:

“A avaliação de qualquer actividade é sempre pertinente, já que é condição essencial para a

detecção de problemas e dificuldades, no sentido do seu aperfeiçoamento posterior.”

Ana Salgueiro

“Uma vez que os objectivos consignados no Plano de Acção da BE devem ir ao encontro dos

estabelecidos pela Escola no seu Projecto Educativo e em outros documentos, o Modelo de

Avaliação, ao estar directamente ligado ao processo de planeamento da BE, estará

automaticamente ligado também ao ambiente externo da biblioteca (prioridades da escola,

adequação aos objectivos e estratégias de ensino-aprendizagem,...).”

Mª de Fátima Pedro

Este modelo tem muito boas condições para contribuir para a cultura avaliativa das escolas e deve

ser o mais possível articulado com a avaliação das mesmas. À luz dessa nova cultura, a avaliação

será vista como “exequível” e “como uma necessidade”, capaz de iluminar as tomadas de decisão.

“Segundo Todd, a prática de recolha de evidências é apresentada como primordial para uma, cada

vez mais, correcta actuação da BE e para a melhoria do impacto que ela produz nas

aprendizagens. É compreensível! Mas será que, embora não negando o papel que essa prática

efectivamente terá, não passaremos a preocupar-nos demasiado com a recolha de evidências, em

detrimento de uma melhor preparação de acções que visem o enriquecimento e a evolução dos

alunos, que é afinal o principal objectivo? Não passaremos a “gastar” tempo precioso na

construção de registos que evidenciem as práticas? Talvez seja uma questão de adquirir esse

hábito, visto que, por vezes, realizamos actividades das quais nem nos lembramos de efectuar um

pequeno registo escrito ou fotográfico.”

Mª de Fátima Pedro

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“As escolas têm contextos sociais heterogéneos, percursos diferentes, ofertas diversificadas,

professores e alunos oriundos de realidades diversas. Por isso, aplicação do modelo tem de ser

flexível e adaptada à realidade da escola, com identidade própria.”

Marta Fortunato

Sublinhamos aqui o carácter eminentemente formativo da avaliação que este modelo propõe e a

necessidade de prevermos processos rigorosos mas simples, de recolha de evidências, sob pena

de sermos assustadoramente soterrados. Esses processos deverão ser integrados nas nossas

rotinas.

“ Esta perspectiva constitui o valor que a BE e o bibliotecário escolar poderão ganhar na escola,

contribuindo para as mudanças globais necessárias na escola do mundo actual, caminhando no

sentido de uma melhor formação para a cidadania e de uma maior democratização do ensino.”

Ana Salgueiro

“Teremos de nos preocupar em mostrar o impacto efectivo nos utilizadores, em termos do

aumento de conhecimentos, de competências, de atitudes, de valores.”

Isabel Braga

“Ora, a BE deverá ser o palco de um conjunto de aprendizagens que permitam ao aluno

desenvolver saberes. Formar indivíduos informados e capazes de desenvolver novas compreensões,

percepções e ideias. Contudo, para que a biblioteca consiga ter impacto nestas funções educativas,

é necessário que haja “abertura” por parte da escola/agrupamento.”

Sílvia Bastos

De facto, o valor da Biblioteca Escolar mede-se, em última instância, pelo impacto que tem na

aprendizagem dos alunos. Salienta-se também a importância deste modelo se constituir como

uma referência para todas as Bibliotecas Escolares.

“O professor bibliotecário, em conjunto com a equipa que o coadjuva, é o principal responsável por

esta mudança. Como tal, terá de ter qualificação na área, terá de ter características de líder, fazer

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a articulação com os vários órgãos da escola e fazer crer no valor da biblioteca e na sua

importância nas aprendizagens, ou seja, na construção do conhecimento. Deverá ainda informar-

se e formar-se permanentemente.”

Mª de Fátima Pedro “E o professor bibliotecário, sozinho, pouco poderá fazer para conseguir a aferição desses impactos

ou até para os provocar. Por isso, é indicado como fundamental o trabalho colaborativo com os

outros professores, no interior do currículo , não só na BE mas também na e com a sala de aula. Na

verdade, as competências e missão que estamos a atribuir à BE só fazem sentido e só são possíveis

de concretizar se forem absorvidas, integradas no trabalho pedagógico das disciplinas e das

ACND.”

Isabel Braga

O perfil do professor Bibliotecário, disponível e incentivador da colaboração com os restantes

professores, aberto à inovação e o seu papel na implementação do modelo também são de

assinalar.

REALIZAÇÂO DA 3ª TAREFA

Para realizar esta 3º tarefa, as formandas deviam elaborar um texto claro, objectivo, crítico mas

bem fundamentado em citações dos textos que apoiavam a sua reflexão.

A Implementação do Modelo de Auto-avaliação vem, necessariamente, acarretar mudanças.

Procuraremos, através de citações dos textos das formandas, elencar algumas dessas mudanças:

“A liderança pressupõe um trabalho estreito e colaborativo com a escola e com os seus

projectos, com os professores enquanto colaboradores essenciais junto dos alunos e com os

alunos, enquanto objectos do empenho e dedicação de todos. Digamos que nesta

liderança, o professor bibliotecário não surge isolado, mas apenas numa posição

privilegiada para ser o motor da mudança”

Madalena Cardoso

“Mudar as práticas no meio escolar não é uma tarefa fácil e cabe ao PB responsabilizar-se

pela construção de um Plano de Acção que apresente mudanças efectivas e bem

planeadas, partindo da avaliação daquilo que é feito naquele contexto. Ele deverá ter

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sempre um papel activo e proactivo, tentando exercer influência junto dos professores e da

Direcção, mostrando-se sempre como sendo um elemento útil e relevante para a sua

prática enquanto docentes. “

Christine Reyntjens

“Torna-se fundamental que o Modelo:

- Tenha reconhecimento por parte das escolas e das equipas e se assuma como um instrumento

agregador, capaz de unir a escola e a equipa em torno do valor da BE e do impacto que pode ter

na escola e nas aprendizagens.

- Se assuma como instrumento de mudança e de melhoria da qualidade do funcionamento das

bibliotecas escolares, através do uso estratégico das evidências/ informação recolhida no

processo. Esta informação deve ser utilizada na planificação futura, com vista à continuidade ou

melhoria dos níveis atingidos.

- Tenha pontos de intersecção com a avaliação da escola e seja conhecida e reconhecida pela

direcção e pela escola que, desta forma, toma conhecimento do trabalho e impacto da biblioteca

escolar. “

Isabel Baptista

Professor Bibliotecário, assim como a sua equipa, deverão implementar determinadas

rotinas na sua prática que permitam a formalização da implementação da auto-avaliação

e facilitem a recolha de evidências (tal como a sistematização de certos registos do seu

trabalho – actividades, inciativas, contactos...)

Christine Reyntjens

Felicitamos o conjunto da turma pelo trabalho desenvolvido e desejamos a todas a continuação de

um bom trabalho!

As formadoras

Helena Araújo Isabel Mendinhos Novembro de 2009