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Síntese das Conferências Estaduais: Processo de Mobilização e Conferências
Eixo 1 – Processo histórico da participação popular no país, trajetória e significado do controle social na Política de Assistência Social e Conselhos de Assistência Social Maria Carmelita Yazbek / Dez. 2009
Pontos fracos apontados nas Conferências EstaduaisUSUÁRIOS A frágil presença e organização
coletiva do usuário que ainda não aparece como uma questão central no cotidiano da política. Os relatórios apontam uma participação passiva ou falta de participação;
Despreparo. Desconhecimento da política e de seus direitos socioassistenciais;
USUÁRIOS
Distancia dos locais onde ocorrem as reuniões dificulta o deslocamento dos usuários, principalmente da zona rural;
Descompasso entre a escolaridade dos usuários e a linguagem utilizada nos espaços de participação;
Desconhecimento de programas e benefícios e diretos socioassistenciais
SOCIEDADE CIVIL / CONSELHOS Quanto ao processo de
Mobilização os relatórios apontam:
Pouco conhecimento do processo histórico acerca da mobilização e participação popular e dos avanços democráticos conquistados com a Constituição de 1988;
SOCIEDADE CIVIL / CONSELHOS Falta de proposições, cooptação
de lideranças, representação civil tutelada por gestores;
Falta de informações sobre a Política e os Conselhos. Falta de acompanhamento da política.
Conselhos inativos, ausentes
SOCIEDADE CIVIL / CONSELHOS Organização popular
fragilizada. Cultura da não participação. Necessidade de mudança na cultura política local. Cultura política patrimonialista, clientelista, primeiro damista, assistencialista
Despreparo da sociedade civil para compor os conselhos por meio de eleições diretas
SOCIEDADE CIVIL / CONSELHOSDespreparo para decisões no âmbito
do planejamento e orçamento Fóruns desmobilizados. Poucos
movimentos sociais nos Municípios. Frágil participação do Ministério
público no controle social; Falta de integração das instâncias
de controle Conselhos sem Capacitação ou com
Capacitação insuficiente e descontínua.
Estruturação e Funcionamento dos Conselhos Falta de infra estrutura: sede
própria, equipamentos e funcionários de apoio
Faltam condições objetivas para funcionamento, orçamento e recursos financeiros e humanos;
Pouco conhecimento da PNAS pelos conselheiros, principalmente por parte da sociedade civil.
Desconhecimento da realidade social.
- Programas e Serviços socioassistenciais. Assistência Social ainda
assistencialista e clientelista Falta de ações integradas e
intersetoriais que contemplem a realidade local;
Ausência de profissionais qualificados para lidar com a democratização participativa da política;
- Programas e Serviços socioassistenciais.• A execução de serviços, programas e projetos
delegados prioritariamente a ONGs, não garantindo a primazia do Estado na condução da política de assistência social e do SUAS, conforme preconiza a LOAS
Pontos fortes apontados nas Conferências Estaduais
USUÁRIOS maior participação dos usuários
na composição dos Conselhos e maior presença no debate de suas necessidades;
Maior envolvimento e participação da população nas Conferências. Muitos estados com 100% das conferências municipais realizadas;
Encontros e reuniões preparatórias (com grande número de usuários)
SOCIEDADE CIVIL / CONSELHOS Criação de conselhos vista como
conquista de espaço de participação democrática no controle social. Em alguns estados, os Conselhos funcionam em todos os Municípios
Melhor estruturação e qualificação dos conselhos. Organização da sociedade civil em associações (moradores, de produção, conselhos escolares , criação de fóruns de Conselhos Municipais);
Orçamento participativo e articulação efetiva da população na construção da PNAS
SOCIEDADE CIVIL / CONSELHOS Crescente participação de
associações comunitárias; Apoio das Secretarias Municipais
aos Conselhos; Conselhos com maior autonomia
e poder deliberativo Aumento da participação da
sociedade civil; Sociedade mais conhecedora de
seus direitos.
SOCIEDADE CIVIL / CONSELHOS Aumento do número de gestores
sinalizando de forma positiva para a participação dos usuários;
Ampliação do debate, maior participação dos usuários;
A importância das pré conferências descentralizadas que alcançaram inclusive a área rural;
Programas e serviços socioassistenciais. A existência de programas e projetos
sociais sendo implantados em conformidade com a legislação vigente;
O processo de implantação da PNAS, SUAS NOB e NOB/RH, CRAS e CREAS. A construção de novos espaços de diálogo com as comunidades;
Nos CRAS e CREAS : o desenvolvimento de habilidades dos usuários para exercer seu protagonismo como via de consolidação de direitos.
Programas e serviços socioassistenciais Em alguns Estados a organização do
atendimento na área rural; Mudança de paradigma de
assistencialismo para Assistência social;
Capacitações continuadas para conselheiros, gestores e técnicos . Disponibilização por parte do MDS de publicações sobre a política, palestras nos bairros através dos CRAS
Aumento de profissionais especializados nos CRAS
Resultados Esperados (Municípios)
A participação efetiva e qualificada dos usuários;
Mobilização da comunidade para participar do processo de implantação e implementação do SUAS, socializar experiências , ampliar para a zona rural (encontros com informações para comunidades rurais, indígenas e quilombolas), criação de serviços e reuniões itinerantes
Conselhos fortes, democráticos, estruturados com sede, equipamentos e recursos humanos,
Resultados Esperados (Municípios) Publicização dos programas projetos e
serviços e da política à população das áreas urbanas e rurais. Divulgação dos direitos sócio assistenciais;
- CRAS fortalecidos e abertos a reuniões, debates sobre a PNAS
Capacitação continuada para conselheiros e trabalhadores da assistência social;
Promoção de estudos sobre a realidade
Resultados Esperados (Municípios) Desburocratização; Determinação legal dos percentuais
para a Assistência Social Resultados Esperados (Estados) (confundem-se com os dos
Municípios) Fortalecer a representação popular,
criar condições para a participação efetiva de usuários que devem ser informados de seus direitos
Resultados Esperados (Estados) Capacitação de Conselheiros
Estaduais e assessoria técnica aos seus trabalhos. Especialmente para elaboração de planos , orçamento
Criar a união de conselhos Alteração da lei da criação dos
conselhos para adequar ao SUAS Que o Estado assuma a primazia na
condução e gestão da política pública.
Avaliação/ Resultados Esperados (União) Da União espera-se coordenação e
manutenção da a unidade nas ações de Assistência Social no país;
Suporte técnico, jurídico e político, coordenação e co- financiamento para capacitações, aperfeiçoamento e consolidação do SUAS, articulando se com o conselhos estaduais;
Divulgar a PNAS, criar instrumentos de participação dos usuários;
Estimulo à ampliação de fóruns e da participação popular