Sistema de Abastecimento de Água da Sede do Município de … · Silva, e o Diretor do Meio Ambiente, Sr. Ronaldo Sérgio da Silva, alegaram que existem informações que dependem

Rodovia Prefeito Américo René Gianetti, 4.001 – Serra Verde – Prédio Gerais 12º andar

Telefone: (031) 3915-8119 – Fax (031) 3915-2060 – CEP: 31.630-901 – Belo Horizonte/MG

Sistema de Abastecimento de Água da Sede

do Município de São Gonçalo do Pará

Belo Horizonte

Maio de 2015

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ÍNDICE

1. IDENTIFICAÇÃO DA AGÊNCIA REGULADORA .................................................................... 6

2. IDENTIFICAÇÃO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS .............................................................. 6

3. CARACTERÍSTICAS DA FISCALIZAÇÃO ............................................................................... 6

4. OBJETIVO ................................................................................................................................ 6

5. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 7

6. REPRESENTANTES PRESENTES ......................................................................................... 7

7. CRONOGRAMA DE TRABALHO ............................................................................................. 8

8. ENTREVISTAS ......................................................................................................................... 8

8.1. Prefeitura Municipal ................................................................................................. 8

8.2. Ministério Público..................................................................................................... 9

9. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................ 10

10. SEGMENTOS OPERACIONAIS E UNIDADES FISCALIZADAS .......................................... 13

11. FATOS LEVANTADOS SOBRE O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................ 14

11.1. Captação ............................................................................................................ 14

11.1.1. Captação Superficial – Ribeirão dos Morais ................................................ 14

11.1.2. Captação Superficial – Rio Pará ................................................................. 15

11.1.3. Captação Subterrânea – Poço C03 ............................................................. 16

11.2. Estação de tratamento de água ......................................................................... 17

11.2.1. Laboratório da ETA ..................................................................................... 17

11.2.2. Almoxarifado ............................................................................................... 19

11.3. Estação elevatória .............................................................................................. 19

11.3.1. Estação Elevatória de Água Tratada ........................................................... 19

11.3.2. Boosters ...................................................................................................... 22

11.4. Reservatórios ..................................................................................................... 22

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11.5. Rede de Distribuição .......................................................................................... 27

11.6. Controle de Qualidade da Água ......................................................................... 29

11.7. Perdas de água .................................................................................................. 32

12. FATOS LEVANTADOS NO ATENDIMENTO AO USUÁRIO ................................................. 32

12.1. Agência de Atendimento .................................................................................... 32

12.2. Disponibilidade de Documentos ......................................................................... 33

12.3. Prazos para execução dos serviços ................................................................... 33

12.4. Regularidade dos Serviços ................................................................................ 34

12.5. Solicitação de Informações / Documentos .......................................................... 34

13. OUTORGAS ........................................................................................................................... 34

14. CONTRATO DE CONCESSÃO.............................................................................................. 34

15. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 35

16. CONSTATAÇÕES E NÃO CONFORMIDADES .................................................................... 36

17. RECOMENDAÇÕES .............................................................................................................. 41

18. EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................................. 42

19. AGENTE DE FISCALIZAÇÃO ................................................................................................ 42

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ANEXOS

ANEXO I Decreto 3.085/2014 – Situação anormal provocada por desastre –

Estiagem. 43

ANEXO II Ofício Ministério Público - nº 1068/2014 45

ANEXO III Croqui Esquemático do Sistema de Abastecimento de Água 47

ANEXO IV Ata de solicitação de documentos 49

ANEXO V Outorga 51

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LISTA DE SIGLAS

AAB Adutora de Água Bruta

AAT Adutora de Água Tratada

ARSAE-MG Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de

Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais

CMB Conjunto Motor-bomba

COPASA Companhia de Saneamento de Minas Gerais

DN Diâmetro Nominal

EEAB Estação Elevatória de Água Bruta

EEAT Estação Elevatória de Água Tratada

ETA Estação de Tratamento de Água

IGAM Instituto Mineiro de Gestão das Águas

MP Ministério Público

PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico

POP Procedimento Operacional Padrão

RAP Reservatório Apoiado

RAT Reservatório de Água Tratada

RDA Rede de Distribuição de Água

REL Reservatório Elevado

REN Reservatório Enterrado

RSE Reservatório Semienterrado

SAA Sistema de Abastecimento de Água

SICOM Sistema de Informações Comerciais;

SISAGUA Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para

Consumo Humano

TQC Tanque de Contato

UTR Unidade de Tratamento de Resíduos

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1. IDENTIFICAÇÃO DA AGÊNCIA REGULADORA

Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento

Sanitário do Estado de Minas Gerais – ARSAE-MG.

Endereço: Cidade Administrativa - Rodovia Prefeito Américo Gianetti, 4.001 - Serra Verde –

Edifício Gerais / 12º andar – Belo Horizonte/ Minas Gerais – CEP 31.630-901.

Telefone: (31) 3915-8119 Fax: (31) 3915-2060

Site: http://www.arsae.mg.gov.br

2. IDENTIFICAÇÃO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS

Nome: Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA-MG

Endereço: Rua Mar de Espanha, 525 – Santo Antônio – Belo Horizonte/Minas Gerais – CEP

30.330-900

Site: http://www.copasa.com.br

3. CARACTERÍSTICAS DA FISCALIZAÇÃO

Tipo de Fiscalização Fiscalização Direta e Indireta

Município

Endereço Local

São Gonçalo do Pará

Rua Minas Gerais 75 - Nossa Senhora Aparecida

Telefone: (37) 32341334

Serviço Fiscalizado

Sistema de Abastecimento de Água

Ofícios Encaminhados Ministério Público – ARSAE-MG/DG N°0016/2015

Prefeitura – ARSAE-MG/DG N°085/2015

Prestador – ARSAE-MG/DG N°086/2015

Ministério Público – ARSAE-MG/DG N°087/2015

Período da Inspeção de Campo 02 a 06 de março de 2015

4. OBJETIVO

O objetivo do Relatório de Fiscalização é descrever e detalhar as condições técnico-

operacionais dos serviços de abastecimento de água prestados pela COPASA-MG,

apresentar as verificações do estado de conservação, proteção e segurança das suas

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instalações, além de recomendar a adoção de medidas corretivas e preventivas que garantam

a adequada prestação dos serviços na sede do município de São Gonçalo do Pará.

A ação de fiscalização, direta e indireta, realizada por fiscais credenciados visa determinar o

grau de conformidade do sistema auditado, em consonância com a legislação pertinente,

especialmente as Resoluções expedidas pela ARSAE-MG.

A presente fiscalização visa, ainda, responder às questões levantadas pelo Ministério Público,

por meio do Ofício n.º 1068/2014 da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Pará de Minas.

5. METODOLOGIA

A metodologia para desenvolvimento da fiscalização compreendeu entrevistas iniciais com o

Prefeito Municipal e com o Promotor de Justiça do Município, reunião de abertura com o

Prestador de Serviços, além dos procedimentos de vistoria técnica, levantamentos em campo,

análise e avaliação documental, obtenção de informações e dados gerais do sistema e

verificação da regularidade do abastecimento de água.

A vistoria foi acompanhada por representante designado pelo Prestador, que se encarregou

de explicar os processos operacionais e a funcionalidade de cada unidade e equipamento.

6. REPRESENTANTES PRESENTES

Funcionário designado pelo Prestador:

Ronaldo Augusto Lyrio Gonçalves Dias – Gerente de Distrito

Equipe técnica do Prestador:

José Uilson dos Santos – Encarregado Comercial

Arnaldo Pereira Alves – Técnico Químico

Paulo Elias Rodrigues – Gerente

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7. CRONOGRAMA DE TRABALHO

PERÍODO MANHÃ TARDE

02/03/2015

2ª-feira

- Viagem ao município de Divinópolis.

- Reunião de Abertura com o Prestador de Serviços.

03/03/2015

3ª-feira

- Fiscalização do SAA do município de São Gonçalo do Pará.

- Reunião com o Sr. Antônio André Nascimento Guimarães, prefeito do município de São Gonçalo do Pará, e fiscalização do SAA.

04/03/2015

4ª-feira

- Reunião com o Sr. Dorival Faria Barros, prefeito do município de São Sebastião do Oeste e fiscalização do SAA.

-Fiscalização do SAA São Sebastião do Oeste;

- Reunião com o Promotor Dr. Sérgio Gildin.

05/03/2015

5ª-feira - Reunião com o Prestador.

- Reunião de encerramento com o Prestador.

06/03/2015

6ª-feira

- Reunião com o Secretário de Saúde de São Gonçalo do Pará.

- Viagem de retorno a Belo Horizonte.

8. ENTREVISTAS

8.1. Prefeitura Municipal

Os fiscais da ARSAE-MG foram recebidos pelo Prefeito Antônio André Nascimento

Guimarães, pela Secretária do Meio Ambiente Gabriela Elisa da Silva Nogueira e pelo Diretor

do Meio Ambiente Ronaldo Sérgio da Silva.

Inicialmente, os fiscais explicaram que a atuação da ARSAE-MG iria se restringir à análise

das condições de prestação dos serviços de abastecimento de água na sede do município de

São Gonçalo do Pará, relacionadas à eficiência e regularidade da prestação do serviço e

ainda averiguar a situação anormal e de emergência em razão do colapso e exaurimento dos

recursos hídricos, conforme Decreto Municipal n.º 3085/2014 de 10/10/2014 (Anexo I).

O Sr. Prefeito informou que o Plano de Saneamento Básico está em fase de elaboração sob

a incumbência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A secretária, Sra. Gabriela Elisa da

Silva, e o Diretor do Meio Ambiente, Sr. Ronaldo Sérgio da Silva, alegaram que existem

informações que dependem do Prestador de Serviço, estas já foram solicitadas, mas não

obtiveram respostas.

Após os devidos esclarecimentos, o Sr. Prefeito pontuou suas insatisfações quanto à

prestação dos serviços relacionadas a seguir:

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O Prestador do Serviço recebeu alerta quanto ao rebaixamento do manancial e

permaneceu inerte, não adotando nenhuma medida para evitar ou atenuar o colapso que se

seguiu;

O comunicado quanto à falta de água foi feito de forma repentina ao Poder Concedente

e não houve comunicado à população; os usuários não receberam avisos prévios quanto ao

racionamento e ao sistema de rodízio implantado e constantemente alterado durante o

período de escassez, de 16/09/2014 a 25/10/2014;

A tarifa com valor elevado no período do colapso, além do aumento de problemas de

saúde que podem estar relacionadas à veiculação hídrica;

Diante da inércia do Prestador do Serviço e da necessidade da população, o Poder

Concedente assumiu algumas obrigações daquele, a fim de mitigar os problemas

ocasionados pela falta de água, que afeta a população de forma direta: alugou caminhões-

pipa e os abasteceu com água obtida junto à prefeitura de outro município; assumiu os

trabalhos de abertura das valas para construção da adutora de água bruta do Rio Pará e

disponibilizou funcionários e meio de transporte (girico) para transportar a tubulação

empregada na construção da adutora; e realizou o desassoreamento da barragem de nível;

Afirma ainda que, durante o desassoreamento da barragem de nível, foi possível

constatar fissuras nas paredes da barragem e a presença de materiais que evidenciavam

reparos paliativos;

O Prestador do Serviço não apresentou planos de investimento com o intuito de

melhorar o sistema de abastecimento de água. O atual sistema – repassado ao Prestador do

Serviço quando as partes assinaram contrato de concessão em 06 de novembro de 1981 –

possui redes antigas, subdimensionadas e se rompem quando há sobrecarga na rede;

O Poder Concedente apresentou documentos relacionados ao período de escassez

hídrica, bem como as medidas tomadas por este para remediar a situação;

Por fim, classificou o serviço de abastecimento de água como insatisfatório.

8.2. Ministério Público

Devido à indisponibilidade de datas, não foi possível marcar uma reunião com o Promotor de

Justiça da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Pará de Minas, Dr. Charles Daniel França

Salomão, assim, realizou-se a entrevista por conferência telefônica.

Inicialmente, os fiscais explicaram que a atuação da ARSAE-MG iria se restringir à análise

das condições de prestação dos serviços de abastecimento de água na sede do município de

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São Gonçalo do Pará, à luz do ofício n° 1068/2014, (anexo II), enviado pela 2ª Promotoria de

Justiça da Comarca de Pará de Minas, relacionado à eficiência e regularidade da prestação

do serviço e ainda averiguar a situação anormal e de emergência em razão do colapso e

exaurimento dos recursos hídricos, conforme Decreto Municipal nº 3085/2014 de 10/10/2014,

bem como as demais unidades do sistema e seu funcionamento em condições ideais. A

equipe da ARSAE esclareceu que ao término da fiscalização as constatações e

determinações serão consolidadas em um relatório cuja cópia será encaminhada à 2ª

Promotoria de Justiça da Comarca de Pará de Minas.

9. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O sistema é composto pelas seguintes unidades operacionais1:

Mananciais:

- Superficial: Barragem de Nível – Ribeirão dos Morais

- Outorga – Portaria do IGAM n°074/93, válida até 20/10/2013 (Vencida);

- Vazão outorgada = 30L/s; Vazão Captada = 30 L/s;

- Superficial: Captação Rio Pará

- Outorga – não possui;

- Projetada durante o colapso hídrico da captação Ribeirão dos Morais. Ainda não foi

efetivamente implantada. A adutora de água bruta está pronta, porém a balsa com o

conjunto moto bomba não foi instalada.

- Subterrânea: Poço C 04

- Outorga – não possui;

- Vazão Captada = 4,8L/s;

Poço temporariamente desativado devido ao reestabelecimento da capacidade hídrica do

manancial Ribeirão dos Morais.

1 Dado declarado pelo Prestador

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Estação de Tratamento de Água

ETA Tipo Vazão Máxima de

Operação (L/s) Vazão Média de Operação (L/s)

Estação de Tratamento de Água

Convencional 30 30

Estações Elevatórias:

Estação Elevatória Quantidade conjunto

moto-bomba

Bombeamento

Montante Jusante

Poço C-04 1 x 7,5vc Poço C-01 ETA

Balsa Rio Pará 1 x 25cv Rio Pará ETA

EEAT - 01 2 x 100cv ETA RAP 01 e RAP 02 e

REL ETA

EEAT - 2 2 x 20cv RAP – 01 e 02 REL São Francisco

EEAT - 3 2 x 3cv RAP – 01 e 02 REL 01 Escritório

Booster Bela Vista* 2 x 3cv RDA REL 04 – Bela Vista

Booster Mirante do Lago 2 x 2cv RDA REL 06 – Mirante

do Lago

Adutoras

Adutora Descrição

Água Bruta

(AAB -01)

Concreto Armado. Adutora de água bruta de 300 mm com extensão de 40 metros.

Água Bruta

(AAB 02 – Poço)

DeFoFo. Adutora de água bruta de 150 mm com extensão de 360 metros.

Água Bruta

(AAB 03 – Balsa)

DeFoFo. Adutora de água bruta de 250 mm com extensão de 1.930 metros.

Água Tratada

AAT 01 e AAT 02 Em paralelo: FoFo de 150mm e extensão de 2.942 metros.

Água Tratada

AAT 03 FoFo de 250mm e extensão de 103 metros.

Água Tratada

AAT 04 e AAT 05

Em paralelo: PVC de 140mm e extensão de 506 metros.

FoFo de 150mm e extensão de 506 metros.

Água Tratada

AAT 06 FoFo de 250mm e extensão de 63 metros.

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Reservatórios

Reservatório Capacidade

(m3) Função

REL – ETA 50 Abastecimento do autoconsumo da ETA

RAP 01 200 Interligado ao RAP-02, Abastecimento das Zonas Baixas e Média/Centro e Bairro Industrial

RAP 02 200 Interligado ao RAP-01, Abastecimento das Zonas Baixas e Média/Centro e Bairro Industrial

REL 01 – Escritório 100 Abastecimento do Bairro Nossa Senhora Aparecida

REL 02 – São Francisco 25 Abastecimento dos Bairros São Francisco e Nossa Senhora Aparecida

REL 03 – São Francisco 50 Abastecimento do Bairro São Francisco

REL 04 – Bela Vista 50 Abastecimento dos Bairros Bela Vista e Lago Azul

REL 05 – Industrial 50 Abastecimento do Bairro Industrial

REL 06 – Mirante do Lago

30 Abastecimento do Bairro Mirante do Lago*

Total 705 Capacidade de Reservação Total do Sistema**

*Em processo de recebimento do empreendedor; **Exceto REL ETA.

Características Gerais(1)

- População Atendida: 10.287 habitantes

- Rede de Distribuição: Extensão total – 107.001 metros

- Número total de ligações: 3.552 unidades

Residencial: 74,97%

Social: 12,20%

Comercial: 9,40%

Industrial: 1,50%

Pública: 1,93%

- Percentual de hidrometração: 100 %

- Idade média do parque de hidrômetros: 4,01 anos

Outras características das unidades operacionais constam do croqui do sistema (anexo III)

1 Dado declarado pelo Prestador

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10. SEGMENTOS OPERACIONAIS E UNIDADES FISCALIZADAS

Sistema Segmento

Operacional Unidade Visitadas

Abastecimento de Água

Captações

Captação Superficial Ribeirão dos Morais;

Poço C-04;

Captação Rio Pará.

Estação de Tratamento de

Água

Floculação;

Decantação;

Filtração;

Casa de Química;

Laboratório;

Tanque de Contato;

Almoxarifado.

Reservatórios

REL – ETA;

RAP 01;

RAP 02;

REL 01 – Escritório;

REL 02 – São Francisco;

REL 03 – São Francisco;

REL 04 – Bela Vista;

REL 05 – Industrial;

REL 06 – Mirante do Lago.

Elevatórias / Boosters

Poço C-04

Balsa Rio Pará

EAT - 01

EAT - 2

EAT - 3

Booster Bela Vista*

Booster Mirante do Lago

Rede de Distribuição

Coleta de Amostra:

Saída do Tratamento;

Rua Olegário Maciel, n.º 282, bairro São Francisco.

Válvula de Manobra:

Rua São Paulo, em frente à Igreja São Francisco.

Válvula de Descarga:

Rua Olegário Maciel, n.º 886, bairro São Paulo;

Rua Pará, esquina com Av. Sebastião Ferreira Guimarães, bairro Lago Azul.

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Sistema Segmento

Operacional Unidade Visitadas

Unidade de Atendimento ao

Público

Agência de Atendimento

Condições de atendimento;

Prazo para execução dos serviços.

Disponibilidade de documentos:

– cópia da Resolução n°40/2013 da ARSAE-MG;

– cópia da Resolução tarifária em vigor;

– cópia das “Tabelas de Preços e Prazos de Serviços não Tarifados”, homologadas pela ARSAE-MG;

– cópia do Relatório Anual sobre a qualidade de água do respectivo município, de acordo com o Decreto Presidencial n° 5.440/2005.

– um exemplar do Código de Defesa do Consumidor, nos termos da Lei Federal n° 12.291/2010.

– livro próprio com páginas numeradas para possibilitar as manifestações por escrito do público.

*O Booster Bela Vista, erroneamente nomeado no croqui e Formulário de Descrição do Sistema

preenchido pelo prestador, corresponde ao Booster Centro Industrial, conforme constatação in loco.

11. FATOS LEVANTADOS SOBRE O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

São listados neste capítulo os fatos levantados na inspeção de campo referente ao Sistema

de Abastecimento de Água da sede do município de São Gonçalo do Pará e as informações

coletadas junto ao Prestador de Serviços, no sentido de verificar as condições operacionais e

o cumprimento da regulamentação expedida pela ARSAE-MG.

11.1. Captação

11.1.1. Captação Superficial – Ribeirão dos Morais

Captação por gravidade realizada em barragem de nível no manancial Ribeirão dos Morais.

No momento da fiscalização observou-se que o corpo hídrico aparentava condições

compatíveis com o uso, as imediações do ponto de captação estavam com a manutenção

adequada, porém a placa de identificação foi removida e encontrava-se encostada em local

ermo. Passarela danificada.

Captação sem placa de identificação e advertência (placa de identificação não

instalada). (Foto 01).

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Inexistência de parte da passarela que dava acesso à comporta de descarga de fundo

da barragem. Segundo o prestador a passarela foi destruída por uma enchente. (Foto

02).

Foto 01 Foto 02

11.1.2. Captação Superficial – Rio Pará

Manancial alternativo buscado pelo Poder Concedente e Prestador para incremento de oferta

em virtude da queda da disponibilidade hídrica na captação superficial do Ribeirão dos Morais.

Ainda não se encontra em operação.

Segundo o representante do prestador de serviços, a via de acesso que foi criada apresenta

limitações de movimentação de veículos imposta pelo proprietário, que não permite o trafego

de veículos pesados. (Foto 03)

O acesso ao ponto onde acontecerá a captação é inexistente. A ponte que existia era

improvisada e caiu quando a equipe de fiscalização iniciou a travessia (Foto 04).

Foi possível registrar imagem das proximidades do ponto de captação (Foto 05), a partir da

margem acima do mesmo.

Observou-se que a balsa com o conjunto moto bomba não foi instalada, se encontrando, no

momento da fiscalização, no pátio da agência de atendimento. (Foto 06)

Ausência de acesso ao ponto de captação Rio Pará (Foto 04)

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Foto 03 Foto 04

Foto 05 Foto 06

11.1.3. Captação Subterrânea – Poço C03

Captação subterrânea de caráter emergencial a ser utilizada em períodos de baixa vazão da

captação superficial Ribeirão dos Morais.

Ausência de cerca de proteção, placas de identificação e advertência. (Fotos 07 e 08)

Foto 07 Foto 08

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11.2. Estação de tratamento de água

A estação de tratamento de água é do tipo convencional, com vazão nominal de 17L/s.

Atualmente, apresenta vazão média de operação de 30 L/s, obtida, segundo informado pelo

Prestador, mediante adequações operacionais. Na mesma área da unidade se encontram

também, o laboratório da ETA, o reservatório de água tratada (REL-ETA) para consumo na

própria ETA, tanque de contato, estação elevatória de água tratada e almoxarifado.

Estruturas de madeira dos floculadores danificadas. (Fotos 09 e 10)

Foto 09 Foto 10

11.2.1. Laboratório da ETA

As instalações do laboratório atendem às condições mínimas para o correto funcionamento,

entretanto, a proximidade entre equipamentos e a disposição dos cabos de alimentação de

energia podem comprometer a organização necessária à realização das análises de

qualidade. Há ainda, sobre as bancadas, objetos alheios aos processos laboratoriais.

Produto químico com indicação do prazo de validade ilegível. (Foto 11)

Ausência de armários. (Foto 12)

Armazenamento inadequado de reagentes e insumos: solução guardada em vidraria

inapropriada – balão volumétrico, utilizado para preparar soluções; solução em uso

acondicionadas sobre estabilizador; reagentes de uso laboratorial e material de limpeza

juntos. (Fotos 13 e 14)

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Foto 11

Foto 12 Foto 13

Foto 14

19 /52



11.2.2. Almoxarifado

O almoxarifado aparentava condições mínimas de armazenamento uma vez que possui

suporte de madeira e estes estão devidamente distantes das paredes para evitar a umidade.

Todos os reagentes estavam com o prazo de validade regular. O hidróxido de sódio estava

acondicionado no almoxarifado (Foto 15). O reagente ácido fluossilícico encontrava-se

estocado na sala de bombas dosadoras com identificação de locação improvisada (Foto 16).

O almoxarifado não possui armários e ou estantes. Os demais reagentes são estocados em

área aberta com cobertura, a identificação dos mesmos mostra-se paliativa, impressas em

papel ofício não apresentando resistência contra as intempéries. (Fotos 17 e 18).

Foto 15 Foto 16

Foto 17 Foto 18

11.3. Estação elevatória

11.3.1. Estação Elevatória de Água Tratada

Durante a fiscalização, o barrilete de recalque da EEAT da ETA aparentava condições

adequadas de funcionamento, porém as válvulas necessitam de manutenções.

Há vazamentos nas válvulas da adutora de água tratada. (Fotos 19 e 20)

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Caixa das válvulas em péssimo estado de conservação. (Fotos 21 e 22).

Foto 19

Foto 20

Foto 21 Foto 22

As estações elevatórias de água tratada aparentavam condições adequadas de

funcionamento. (Fotos 23 e 24)

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Foto 23 Foto 24

A EEAT 02 apresentava gotejamento continuo na válvula. (Foto 25).

Ausência do conjunto moto bomba reserva da EEAT 03. (Fotos 26 e 27).

Foto 25

Foto 26 Foto 27

EEAT 3

EEAT 2

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11.3.2. Boosters

No momento da fiscalização os boosters Centro Industrial e Mirante do Lago (Foto 30)

aparentavam condições adequadas de funcionamento.

Ausência de placa de identificação no booster Mirante do Lago. (Fotos 28 e 29).

Foto 28

Foto 29 Foto 30

11.4. Reservatórios

Reservatório Apoiado – RAP 01

Reservatório de concreto armando com capacidade de 200m3. Possui sistema comunicante

com o RAP 02 que, em conjunto com o este, é responsável pelo abastecimento das Zonas

Baixa, Média, Centro e Bairro Industrial.

No ato da fiscalização o RAP 01 aparentava condições adequadas de operação.

Fissuras nas paredes com incidência de vazamentos (Foto 31);

Material (tubulação) estocado de maneira inadequada (Foto 31).

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Foto 31

Reservatório Apoiado – RAP 02:

Reservatório de concreto armando com capacidade de 200m3. Possui sistema comunicante

com o RAP 01 em conjunto com o este é responsável pelo abastecimento das Zonas Baixa,

Média, Centro e Bairro Industrial. No ato da fiscalização o RAP 2 aparentava condições

adequadas de operação. (Fotos 32 e 33).

Ausência de tubo vertical no extravasor. (Foto 33)

Foto 32 Foto 33

Reservatório Elevado – REL São Francisco:

Reservatório de concreto armando com capacidade de 25m3. É responsável pelo

abastecimento dos bairros São Francisco e Nossa Senhora Aparecida. (Fotos 34 e 35).

No ato da fiscalização o reservatório aparentava condições adequadas de operação.

Vazamento na válvula de descarga (Foto 36).

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Foto 34 Foto 35

Foto 36

Reservatório Elevado – REL Bela Vista

Reservatório metálico com capacidade de 50m3. É responsável pelo abastecimento dos

bairros Bela Vista e Lago Azul. O reservatório estava devidamente cercado, protegido e a área

ao entorno com manutenção satisfatória. No ato da fiscalização o reservatório aparentava

condições adequadas de operação. (Foto 37).

Vulnerabilidade do reservatório – a escada próxima ao solo sem tranca ou corrente.

(Fotos 38 e 39).

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Foto 38

Foto 37 Foto 39

Reservatório Elevado – REL Industrial

Reservatório metálico com capacidade de 50m3. É responsável pelo abastecimento do bairro

Industrial. O reservatório estava devidamente cercado, protegido e a área ao entorno com

manutenção satisfatória. No ato da fiscalização o reservatório aparentava condições

adequadas de operação. (Fotos 40 a 42)

Vulnerabilidade do reservatório, escada próxima ao solo sem tranca ou corrente.

(Fotos 41).

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Foto 40

Foto 41 Foto 42

Reservatório Elevado – REL Mirante do Lago

Reservatório metálico com capacidade de 50m3. Responsável pelo abastecimento do bairro

Mirante do Lago. O reservatório estava devidamente cercado, protegido e a área ao entorno

com manutenção satisfatória. No ato da fiscalização o reservatório aparentava condições

adequadas de operação. (Fotos 43 e 44).

Ausência de identificação do reservatório. (Foto 43)

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Foto 43 Foto 44

11.5. Rede de Distribuição

Durante a fiscalização da rede de distribuição de água, foram vistoriados os seguintes pontos:

o Válvulas de Descarga de Rede

Rua Olegário Maciel, nº 186 – Bairro São Paulo. (Foto 45);

Rua Pará, esquina com Avenida Sebastião Ferreira Guimarães – Bairro Lago Azul. (Foto

46).

Salienta-se que as válvulas de descarga fiscalizadas encontravam-se funcionando

adequadamente, apesar do excesso de sedimento na caixa de manobra, contudo o acúmulo

contínuo de sedimento poderá comprometer operações posteriores.

Não houve presença significativa de sedimentos na rede de distribuição.

As caixas das válvulas de descarga nas ruas mencionadas estavam com excesso de

sedimentos, comprometendo eventuais manobras e manutenções. (Fotos 45 e 46)

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Foto 45

Foto 46

o Registro de Manobra:

- Rua São Paulo, em frente à igreja São Francisco. (Foto 47)

Verificou-se que o registro de manobra fiscalizado encontrava-se funcionando

adequadamente e não havia indícios de vazamentos.

Caixa das válvulas de descarga com excesso de sedimentos. (Foto 47)

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Foto 47

Coleta de água para análise

- Foi feita ainda a coleta na saída do tratamento. (Foto 48)

- Rua Olegário Maciel, nº 282 – Bairro São Francisco. (Foto 49)

Foto 48 Foto 49

11.6. Controle de Qualidade da Água

Após exame da documentação apresentada pelo Prestador de Serviços com relação às

análises do controle de qualidade da água do SAA da sede do município de São Gonçalo do

Pará, no período de outubro de 2014 a Janeiro de 2015, constatou-se que o valor detectado

para o parâmetro turbidez no mês de dezembro não atendeu a Portaria MS n.º 2.914/2011.

Os demais parâmetros, a saber, turbidez, flúor e cor se encontravam em conformidade aos

padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria MS n.º 2.914/2011.

Quanto aos parâmetros bacteriológicos, foram realizadas 119 análises, nas quais não foi

detectada presença de E. Coli ou de Coliformes Totais. Estes resultados estão dentro dos

limites estabelecidos pela Portaria MS 2.914/11.

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Os Gráficos de 01 a 05 representam o resultado das análises realizada no período

mencionado.

Turbidez fora dos parâmetros de Potabilidade da Portaria MS. n.º 2.914/2011

21,8

2 2

0,40,5

0,2

0,5

0

0,5

1

1,5

2

2,5

out/14 nov/14 dez/14 jan/15

Máximo Registrado

Mínimo Registrado

Valor Máx. permitido

Valor Mín. Exigido

Gráfico 01 - Análises da Qualidade da Água -Parâmetro Cloro Residual Livre

2,5 2,5

5

2,52,5 2,5 2,5 2,5

0

2

4

6

8

10

12

14

16


Máximo Registrado

Mínimo Registrado

Valor Máx. Permitido

Gráfico 02 - Análise da Qualidade da Água -Parâmetro Cor

31 /52



0,84 0,85 0,83 0,85

0,65 0,65 0,650,72

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6


Máximo Registrado

Mínimo Registrado


Valor Mín. Exigido

Gráfico 03 - Análise da Qualidade da Água -Parâmetro Flúor

2,2

5

5,78

1,86

0,1 0,37 0,31 0,36

0

1

2

3

4

5

6

7


Máximo Registrado

Mínimo Registrado


Gráfico 04 - Análise da Qualidade da Água -Parâmetro Turbidez

87,3

7,9 7,66,8 6,5 6,5

7,1

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10


Máximo Registrado

Mínimo Registrado

Valor Máx. permitido

Valor Mín. Exigido

Gráfico 05 - Análise da Qualidade da Água -Parâmetro pH

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11.7. Perdas de água

O sistema dispões de macromedição da água distribuída. De acordo com a análise dos

documentos apresentados verificou-se que a perda de água no sistema é de 18,60%.

12. FATOS LEVANTADOS NO ATENDIMENTO AO USUÁRIO

12.1. Agência de Atendimento

Foram verificados no Posto de Atendimento os aspectos que envolvem a qualidade do

atendimento aos usuários.

A Agência de atendimento possui placa de identificação do Prestador de Serviços, destaque

do horário de atendimento aos usuários e fácil acesso, localiza-se à rua Minas Gerais, 75,

bairro Nossa Senhora Aparecida. As instalações físicas e a infraestrutura para atendimento

foram consideradas adequadas. (Fotos 50 a 52).

Foto 50 Foto 51

Foto 52

33 /52



12.2. Disponibilidade de Documentos

No tocante à disponibilização de informações, verificou-se o cumprimento da Resolução

Normativa ARSAE n.º 040/2013, estando à disposição dos usuários o livro para registro de

manifestações, a cópia Resolução ARSAE n.º 40/2013 (Foto 53), a Resolução tarifária em

vigor; “Tabelas de Preços e Prazos de Serviços não Tarifados”, homologadas pela ARSAE-

MG e o Código de Defesa do Consumidor.

O Prestador não disponibilizava cópia do Relatório Anual sobre a qualidade de água

de acordo com o Decreto Presidencial n° 5.440/2005.

Foto 53

12.3. Prazos para execução dos serviços

A partir da amostra de ordens de serviços emitida no SICOM, foi possível examinar os pedidos

de vistoria e ligação de água, solicitados pelos usuários, nos meses de setembro de 2014 a

fevereiro de 2015. Constatou-se a ocorrência de pedidos atendidos fora dos prazos

estabelecidos pela Resolução n.º 40/2013 da ARSAE-MG, conforme apresentado na Tabela

01.

Tabela 01: Amostra de Ordens de Serviço – Setembro/2014 a fevereiro de 2015

Tipo de Serviço

Número total de pedidos N.º de pedidos

atendidos fora

do prazo.

Percentual de pedidos

atendidos fora do prazo

Set/2014 Out/2014 Nov/2014 Dez/2014 Jan/2015 Fev/2015

Vistoria para

Ligação de Água 07 08 07 12 10 07 3 6%

Ligação de Água 07 04 06 09 09 07 1 2%

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No mesmo período, 01 de outubro de 2014 a 28 de fevereiro do 2015, foram registradas 101

ocorrências de vazamento de água.

12.4. Regularidade dos Serviços

De acordo com Poder Concedente e relato oral de alguns usuários, o rodízio no abastecimento

não atendeu as necessidades da população, que ficou sem água por período prolongado, não

atendendo ao artigo 43 da Lei Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007.

Durante a crise hídrica, que afetou o abastecimento de forma direta, a COPASA não fez

nenhum comunicado à ARSAE, conforme definido na Resolução n.º 40/2013.

12.5. Solicitação de Informações / Documentos

Durante a fiscalização foi solicitado à COPASA o registro das paralisações superiores a doze

horas dos últimos seis meses com identificação das paralisações programadas e não

programadas, porém os documentos não foram apresentados. O representante da COPASA

se comprometeu a enviar os documentos solicitados, conforme lavrado em ata durante a

reunião de encerramento – anexo IV. Até a emissão do presente relatório, os documentos não

foram protocolados na ARSAE.

13. OUTORGAS

A outorga referente à captação do na barragem Ribeirão dos Morais foi emitida em 20 de

outubro de 1993 pelo prazo de 20 anos. A outorga venceu em 20 de outubro de 2013.

As demais outorgas, Poço C03 e Captação Rio Pará, não foram apresentadas. Na ocasião da

fiscalização, os pontos de captação se encontravam desativados, uma vez que a vazão do

manancial superficial Ribeirão dos Morais atendia a demanda o município.

14. CONTRATO DE CONCESSÃO

O Contrato de Concessão do serviço de abastecimento de água foi celebrado entre o

município de São Gonçalo do e a COPASA em 06 de novembro de 1981, com prazo de 30

anos. O Prestador iniciou a operação do Sistema em 06 de novembro de 1983. Em 07 de abril

de 2004 o contrato em vigência foi renovado até 17 de maio de 2034 e não possui metas

físicas.

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15. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O sistema de abastecimento de água da sede do município São Gonçalo do Pará é operado

de forma satisfatória em relação à quantidade e qualidade da água distribuída, em

cumprimento ao estabelecido na Resolução n.º 40/2013 da ARSAE-MG.

Após análise da documentação de registros de inspeção sanitária dos reservatórios, não

foram constatadas irregularidades. Verificou-se que o Prestador mantém adequadas

condições de limpeza e reservação de forma a garantir a qualidade da água distribuída.

Em relação às outorgas, constatou-se, que a outorga existente, referente à captação no

manancial Ribeirão dos Morais, está vencida. Para as demais captações o Prestador não

apresentou outorga.

O sistema é dotado de Plano de Emergência e Contingência local e cadastro atualizado da

rede de distribuição de água e das adutoras de água bruta e de água tratada, informações

fundamentais para uma gestão adequada e operação eficiente do sistema.

Quando questionado sobre a não prestação de informações ao Poder Concedente, o

Prestador afirmou que está disposto a prestar quaisquer informações pertinentes aos serviços

prestados solicitadas oficialmente.

Para solucionar os problemas existentes durante a crise hídrica o Prestador afirmou que fez

uso do Plano de Emergência e Contingência, além buscar fontes alternativas de captação

(perfuração de poços e construção de nova adutora para captação superficial no rio Pará).

Apesar dos problemas de abastecimento resultantes do colapso hídrico, os quais motivaram

o envio à ARSAE-MG do ofício n° 1068/2014 da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Pará

de Minas, a prestação de serviço no que diz respeito à qualidade, quantidade e continuidade

durante a fiscalização era satisfatória. Porém, cumpre destacar que na ocasião da fiscalização

a disponibilidade hídrica no Ribeirão dos Morais já havia se reestabelecido. Assim, para

garantir o abastecimento em períodos de estiagem, é necessário que o Prestador monitore

constantemente as condições do manancial e disponha de fontes alternativas em condições

de uso imediato, como o Poço C03 e o Rio Pará.

Quando indagado sobre os procedimentos de comunicação previstos na Resolução n.º

40/2013, o prestador declarou que os usuários foram comunicados através dos mecanismos

disponíveis, como rádio local, carro de som e anúncio na igreja.

Durante a crise hídrica, que afetou o abastecimento de forma direta, a COPASA-MG não fez

nenhum comunicado à ARSAE-MG, conforme definido na Resolução n.º 40/20013.

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Quando questionado sobre plano de investimento para melhorias ou substituição da ETA do

município, o Prestador afirmou que o crescimento vegetativo não é significativo e que as

melhorias no processo operacional são suficientes para atender a demanda local.

Até a data da emissão do relatório, a Concessionária não enviou a documentação solicitada

em ata durante a reunião de encerramento, conforme mencionado no item 12.5.

Conforme constatado o Município está elaborando o Plano Municipal de Saneamento Básico

(PMSB). Vale ressaltar que Plano é uma exigência da Lei federal 11.445/2007, marco

regulatório do setor de saneamento. O PMSB é o resultado de estudos que objetivam planejar

as ações e alternativas para a universalização dos serviços públicos, resultando na promoção

do saneamento, da saúde pública e do meio ambiente. Com o Plano Municipal de

Saneamento devidamente aprovado, o Município poderá firmar com o Prestador de Serviços

o Contrato de Programa, definindo investimentos, metas e prazos, de modo que possa ter, o

mais breve possível, os serviços de melhor qualidade e mais adaptados às suas reais

necessidades.

16. CONSTATAÇÕES E NÃO CONFORMIDADES

CONSTATAÇÃO – C01

Prestação de Serviços

O Prestador não forneceu água com regularidade, conforme consta no artigo 43º da Lei

Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007;

O prestador não comunicou a situação à Ouvidora da ARSAE.

NÃO CONFORMIDADE

NC01 - A COPASA-MG não está cumprindo os artigos 3º, 4º, 106 e 107 da Resolução n.º

40/2013 da ARSAE-MG, transcrito a seguir:

“Art. 3° O prestador é responsável pela adequada prestação dos serviços, que compreende a integralidade, a continuidade, a eficiência, a segurança e a atualidade.” “Art. 4º O prestador deverá assegurar o suprimento de água potável de forma contínua, garantindo sua disponibilidade durante as vinte e quatro horas do dia. (...)” § 2º Os Laboratórios devem manter programa de capacitação continuada de seus servidores ou empregados, adequadas as suas atividades atuais e futuras, permitindo identificar quais treinamentos são previstos para cada servidor ou empregado.”

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“Art. 106 No caso de paralisação do serviço com duração superior a 12 (doze) horas, o prestador de serviços deverá prover fornecimento de emergência aos usuários que prestem serviços essenciais à população, definidos no parágrafo único do art. 96 desta Resolução. Parágrafo Único. Quando houver paralisação dos serviços com duração superior a 12 (doze) horas, o prestador deverá comunicar à Ouvidoria da ARSAE-MG, por correio eletrônico, as informações constantes no art. 107 desta Resolução, em até 4 (quatro) horas da constatação do fato.” “Art. 107 O prestador de serviços deverá manter banco de dados atualizado, contendo: I – ocorrências de paralisações superiores a 12 (doze) horas, por município e localidade(s) afetada(s); II – número de usuários e população afetada; e III – duração da paralisação, com data, horário de início e encerramento das ocorrências.”


Captação Superficial – Ribeirão dos Morais

Ausência de Placa de identificação do manancial superficial da barragem de nível no

Ribeirão dos Morais;

Falta de passarela que dê acesso à comporta de descarga de fundo da barragem.

Captação Superficial – Rio Pará

Falta de identificação e avisos de advertência da unidade operacional;

Falta de acesso ao ponto de captação – rompimento da ponte improvisada.

Captação Subterrânea – Poço C-03

Falta de identificação, advertência e proteção da unidade operacional.

ETA

Estruturas internas do floculadores danificadas.

EEAT

Vazamento nas válvulas da adutora de água tratada;

Caixa das válvulas em péssimo estado de conservação;

EEAT 02 – Vazamento na válvula;

EEAT 03 – Ausência do conjunto Moto bomba reserva.

Booster – Mirante do Lago

Ausência de placa de identificação da unidade operacional.

RAP 01

Fissuras nas paredes com incidência de vazamentos;

Material (tubulação estocado de maneira inadequada).

RAP 02

Ausência de tubo vertical no extravasor.

REL 02 – São Francisco

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Vazamento do registro de descarga.

REL 04 – Bela Vista

Escada de acesso fora dos padrões, próxima do solo e sem fechamento com alçapão.

REL 05 – Industrial

Escada de acesso fora dos padrões, próxima do solo e sem fechamento com alçapão.

REL 06 – Mirante do Lago

Ausência de placa de identificação da unidade operacional.

Rede de Distribuição

Excesso de sedimentos nas válvulas de descargas de rede.

Excesso de sedimento na válvula de manobra.

NÃO CONFORMIDADE

NC02 – A COPASA-MG não está cumprindo o artigo 8° da Resolução n.º 40/2013 da ARSAE-

MG, transcrito a seguir:

“Art. 8° O prestador de serviços executará, de forma constante, a conservação e a manutenção dos sistemas públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, mantendo-os em condições adequadas de operação, segurança e limpeza, obedecendo às normas e aos procedimentos técnicos pertinentes. § 1° O prestador deverá evitar vazamentos de água e extravasamentos de esgoto com a finalidade de prevenir perdas no sistema público de abastecimento de água ou contaminação do meio ambiente. (...) § 4° O prestador deverá adotar medidas de segurança e de prevenção de acidentes, bem como medidas adequadas de proteção no sentido de restringir o acesso de pessoa não autorizada às unidades operacionais. § 5° As unidades operacionais deverão dispor de identificação própria e do prestador de serviços e conter avisos de advertência. (...)”


Pendência de documentos

O Prestador não disponibilizou as informações solicitadas pela ARSAE, conforme

registrado na ata de solicitação lavrada na reunião de encerramento – Anexo IV.

NÃO CONFORMIDADE

NC03 - A COPASA-MG não está cumprindo o artigo 17 da Resolução n.º 40/2013 da ARSAE-


“Art. 17 O prestador atenderá, no prazo estipulado pela ARSAE-MG, aos pedidos de informações e de esclarecimentos sobre aspectos relacionados com a prestação dos serviços. Parágrafo único. Qualquer restrição relacionada ao sigilo de informações deve ser expressamente advertida, nos termos da Lei Federal n° 12.527/2011.“

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Agência de atendimento

O Prestador não disponibilizava cópia do Relatório Anual sobre a qualidade de água

de acordo com o Decreto Presidencial n.º 5.440/2005.

NÃO CONFORMIDADE

NC04 - A COPASA-MG não está cumprindo o artigo 20 da Resolução 40/2013 da ARSAE-


“Art. 20 O Prestador manterá nas unidades de atendimento ao público, em local de fácil visualização e acesso: (...) V – cópia do Relatório Anual sobre a qualidade de água do respectivo município, de acordo com o Decreto Presidencial n° 5.440/2005. (...)”


Prazo de execução de serviços

Pedidos de vistoria e ligação de água atendidos fora do prazo estipulado pela Resolução

ARSAE-MG n.º 40/2013.

NÃO CONFORMIDADE

NC05 – A COPASA-MG não está cumprindo o artigo 65 da Resolução n.º 40/2013 da

ARSAE-MG, transcrito a seguir:

“Art. 65 A ligação, precedida de vistoria, será realizada dentro dos seguintes prazos, salvo o disposto nos artigos 55, 56 e 66 desta Resolução: I – em área urbana: 7 (sete) dias úteis, contados a partir da data de aprovação das instalações ou da liberação para realização da obra pelo poder executivo municipal; e II – em área rural: 10 (dez) dias úteis, contados a partir da data de aprovação das instalações. § 1° A vistoria destina-se a verificar a adequação do padrão de ligação, os dados cadastrais constantes do pedido de ligação e, se for o caso, aprovar as instalações. § 2° A vistoria deverá ocorrer no prazo de até 3 (três) dias úteis em áreas urbanas e até 5 (cinco) dias úteis em áreas rurais, a contar da comunicação pelo usuário sobre o atendimento das providências constantes no parágrafo anterior.


Laboratório

Substância com prazo de validade ilegível;

Substância armazenada em recipiente inadequado (balão volumétrico, sem data de

preparo e ou validade);

Substâncias em uso, alocadas de lugar inapropriado (sobre estabilizador);

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Ausência de bancadas ou armário fechados para o correto armazenamento de

reagentes, soluções e insumos.

Insumos armazenados de forma inadequada (papel higiênico sobre a bancada de

trabalho, produto de limpeza acondicionado com vidrarias, reagentes e soluções

utilizadas no processo de controle de qualidade da água).

NÃO CONFORMIDADE

NC06 – A COPASA-MG não está cumprindo os artigos 1º e 15 da Resolução n.º 44/2013 da

ARSAE-MG, transcritos a seguir:

“Art. 1º Os Laboratórios objeto desta Resolução devem ser planejados e estruturados conforme dispõe a Norma NBR13035 e possuir um Sistema de Gestão da Qualidade orientado pelos requisitos gerais da NBR ISO/IEC 17025, ambas, expedidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT” “Art. 15 Os frascos de reagentes e soluções devem estar rotulados de forma a permitir a sua correta identificação, procedência, utilização, forma de armazenamento, prazo de validade e descarte em conformidade com as instruções do produto.”


Qualidade da água

Análises de qualidade da água fora dos padrões estabelecidos pela Portaria 2.914/2011

do Ministério da Saúde.

NÃO CONFORMIDADE

NC07 – A COPASA-MG não está cumprindo o artigo 12 da Resolução n.º 44/2014 da ARSAE-


“Art. 12 O Prestador controlará, de acordo com Portaria n° 2.914 de 2011 do Ministério da Saúde, a qualidade e a potabilidade da água por ele distribuída para consumo humano com a finalidade de mantê-las nos padrões e níveis estabelecidos.”

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17. RECOMENDAÇÕES

1) Adotar providência quanto às constatações mencionadas nesse relatório a fim de atender

às Resoluções Normativas n.º 40/2013 e n.º 44/2014 da ARSAE-MG;

2) Verificar as unidades do sistema e tomar providências em relação às ocorrências citadas

nesse relatório e outras semelhantes;

3) Buscar entendimento junto ao Poder Concedente e apresentar solução ou justificativa às

indagações apresentadas por esse, mantendo esta Agência sempre atualizada sobre os

acordos e entendimentos;

4) Regularizar Outorgas de direito de uso de águas junto aos órgãos ambientais;

5) Implementar medidas e estabelecer metas para a redução do índice de perdas.

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18. EQUIPE TÉCNICA

Karla Patrícia Dias Da Silva – Engenheira Ambiental – MASP: 1.062.435-1

Ronaldo Coelho de Freitas – Engenheiro Civil – MASP: 361.966-5

Marcos Vinícius Valadares Nunes – Estagiário de Engenharia Civil

19. AGENTE DE FISCALIZAÇÃO

Karla Patrícia Dias Da Silva

Ronaldo Coelho de Freitas

Belo Horizonte, 19 de maio de 2015.

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ANEXO I

DECRETO 3.085/2014 – SITUAÇÃO ANORMAL PROVOCADA POR

DESASTRE – ESTIAGEM.

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ANEXO II

OFÍCIO MINISTÉRIO PÚBLICO – 1.068/14

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47 /52



ANEXO III

CROQUI ESQUEMÁTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE

ÁGUA

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ANEXO IV

ATA DE SOLICITAÇÃO DE DOCUMENTOS

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51 /52



ANEXO V

OUTORGA

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Documents

Sistema de Abastecimento de Água da Sede do Município de … · Silva, e o Diretor do Meio Ambiente, Sr. Ronaldo Sérgio da Silva, alegaram que existem informações que dependem